O direito e o avesso de Ana
Transcrição
O direito e o avesso de Ana
O direito e o avesso de Ana O drama de Ana Problemas em casa - esterilidade, provocações continuadas da rival, anorexia, tristeza e um marido apaixonado, dividido e presunçoso (1 Sm 1.6-8). O drama de Ana Problemas na Casa do Senhor - o sacerdote não ofereceu seu ombro para Ana desafogar sua aflição e cometeu o imperdoável equívoco de tratá-la como uma mulher vagabunda (1 Sm 1.12-14). A depressão de Ana Ana na Casa do Senhor tristeza, angústia, amargura, muito choro, desabafo, humilhação e voto (1 Sm 1.9-16). Jesus no Jardim do Getsêmani - tristeza profunda e mortal, angústia, desabafo e submissão (Mt 26.36-46). A defesa de Ana “O sacerdote se equivocou. Não bebi vinho nem qualquer outra bebida forte. Não estou embriagada. Não sou mulher vadia. Tenho marido e só não tenho filhos porque o Senhor tem me deixado estéril até agora.” A defesa de Ana “Estou apenas chorando, derramando o excesso de minha tristeza diante do Senhor, desafogando a minha alma, desabafando meus segredos e minhas dores, suplicando a remoção de minha esterilidade, clamando a Deus por um filho e prometendo consagrar esse filho ao Senhor logo após o desmame. Não estou bêbada. Estou triste, muito triste.” A defesa de Ana “Estou angustiada, muito angustiada. Estou amargurada, muito amargurada. Estou humilhada, muito humilhada. Estou cheia, muito cheia, de Penina, a outra mulher de meu marido, que me irrita, me provoca, me deixa com os nervos à flor da pele. Estou chorando, chorando muito. Estou pedindo, pedindo muito. Estou prometendo, prometendo muito!” (paráfrase de 1 Sm 1.15-16.) A apresentação de Ana Dois ou três anos depois, Ana voltou a Siló, com o pequeno Samuel [e mais um filho no ventre] para cumprir o voto anteriormente feito e lá deixou para sempre o primogênito. Então, ela se encontrou com o sacerdote e se apresentou a ele: “Meu senhor, eu sou aquela chorona, aquela mulher que mexia os lábios mas não emitia som algum.” A apresentação de Ana “Sou aquela mulher casada e séria que o senhor julgou bêbada e vagabunda. Sou aquela mulher estéril, ansiosa para engravidar e sentir as dores de parto. Sou aquela mulher machucada pela outra mulher de meu marido. Sou aquela mulher que estava no limiar de um desequilíbrio emocional. A apresentação de Ana “Sou aquela mulher que não comia nem bebia e carregava um semblante triste. Sou aquela mulher que recorreu à oração para superar um problema sem solução. Sou aquela mulher em cuja cabeça o senhor finalmente deitou suas mãos para me dizer: ‘Vá em paz, e que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu’. Sou aquela mulher que fez o voto de dedicar ao Senhor o filho que porventura Ele me desse por todos os dias de sua vida" (paráfrase de 1 Sm 1.26-28). A adoração de Ana Ana em Siló - Adorou o Senhor depois de ganhar um filho (1 Sm 1.28). Davi em Jerusalém Adorou o Senhor depois de perder um filho (2 Sm 12.20). A adoração de Ana Ana orou antes (1 Sm 1.10) e depois (1 Sm 2.1). A primeira oração foi para desabafar, pedir e prometer. A segunda oração foi para engrandecer o Senhor. Agiu de acordo com a fórmula de Tiago: “Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores.” (Tg 5.13.) O cântico de Ana Declara que o Senhor é a fonte de sua alegria e não há ninguém igual a ele. Menciona os dois grupos inevitáveis: os fortes e os fracos, os que têm muito e os que estão famintos, a mulher estéril e a mãe de muitos filhos, o pobre e o príncipe, os santos e os ímpios. O cântico de Ana Mostra a soberania do Senhor dos Exércitos: “O Senhor mata e preserva a vida [...] faz descer à sepultura e dela resgata [...] empobrece e enriquece, [...] humilha e exalta” (1 Sm 2.6-8). Afirma que “não é pela força que o homem prevalece” (2.9). Zacarias completa: “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).