Milho Biofortificado
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Milho Biofortificado
O milho é o alimento básico de mais de 1 bilhão e 200 milhões de consumidores da África Subsaariana e da América Latina. Nestas regiões, mais de 50 milhões de pessoas apresentam deficiência em vitamina A. Dietas à base de milho, particularmente aquelas consumidas por populações muito pobres, freqüentemente carecem de vitaminas essenciais a exemplo da vitamina A. As fontes dietéticas de vitamina A podem apresentar-se de duas maneiras: a vitamina A propriamente dita (presente em produtos lácteos e em outros produtos de origem animal), ou como pró-vitamina A (encontrada em alimentos de origem vegetal, entre eles o milho). A identificação de cultivares de milho ricas em pró-vitamina A e o aumento de sua oferta podem melhorar de forma significativa a saúde e a longevidade da população em diversas partes do mundo. Estratégia Variedades de milho com concentrações aumentadas de micronutrientes estão sendo selecionadas a partir do germoplasma existente e desenvolvidas através de melhoramento convencional. Os institutos de pesquisa internacionais, principalmente o Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT) e o Instituto Internacional de Agricultura Tropical (IITA), estão conduzindo a maior parte do trabalho preliminar de melhoramento. O melhoramento para adaptação das variedades à condições locais será realizado em parceria com sistemas nacionais de pesquisa e extensão agrícolas (SNPA) na América Latina e África. O projeto tem como enfoque inicial as variedades de milho que apresentem altos níveis de pró-vitamina A, visto que uma significativa variação genética já foi identificada para esta característica. O desenvolvimento de variedades de milho biofortificadas com ferro e zinco permanecerá como uma segunda prioridade até que uma maior variação genética seja identificada e uma estratégia viável seja desenvolvida. Como apoio ao programa de melhoramento, pesquisas estão sendo conduzidas no Brasil, Estados Unidos e Europa para o desenvolvimento de protocolos para detecção de pró-vitamina A que sejam simples, rápidos e de baixo custo. Desta maneira, o custo dos ensaios será reduzido dos atuais 70-100 US dollar para 5-10 US dollar por amostra. O método rápido requererá o mínimo de equipamentos, facilitando o seu uso pelos parceiros e colaboradores. Os estudos que estão sendo realizados no Brasil e nos Estados Unidos também buscam encontrar marcadores genéticos que favoreçam a seleção assistida com relação à concentração de pró-vitamina A e, se possível, sua biodisponibilidade. A retenção e perda de pró-vitamina A e de micronutrientes será estudada com relação aos diferentes métodos de armazenamento, processamento e cozimento utilizados nos países consumidores de milho que forem selecionados como alvo do estudo. Um ensaio de eficácia em humanos com milho rico em pró-vitamina A, em colaboração com a Universidade de Wageningen, está planejado para 2005. Extensão Difusão e Para facilitar a extensão e difusão de variedades biofortificadas de milho, serão formadas equipes nos países considerados como alvo principal do projeto. Estas equipes conduzirão pesquisa de melhoramento adaptativo, avaliação das variedades desenvolvidas com a participação de agricultores, campanhas nutricionais e atividades LEGENDA: promocionais que encorajem Países desenvolvidos ou regiões sem dados a aceitação generalizada e Mais de 15% das crianças em idade pré-escolar apresentam deficiência de vitamina A criem a demanda para as Alto consumo de milho (excluindo importações) variedades biofortificadas. Os melhoristas de milho dos setores público e privado dos países em desenvolvimento estão avaliando o germoplasma local para identificar variedades nutricionalmente superiores já existentes. Os países inicialmente escolhidos para este trabalho são: Brasil, Etiópia, Gana, Guatemala e Zâmbia. Fonte: FAO, OMS, MI, UNICEF Cortesia do CIMMYT MILHO Biofortificado Desenvolvendo Produtos Agrícolas Mais Nutritivos Uma característica chave desta estratégia será a formação de alianças em cada país alvo ou em sub-regiões desses países para que as seguintes tarefas sejam realizadas: ® ® Organizar e coordenar, juntamente com os serviços de extensão e com as ONGs, uma avaliação das variedades biofortificadas que conte com a participação dos agricultores. Avaliar, juntamente com universidades, indústrias, nutricionistas e cientistas de alimentos, o efeito dos métodos locais de processamento de alimentos na biodisponibilidade de pró-vitamina A e de outros minerais. ® ® Formular e implementar, juntamente com nutricionistas, outras equipes de projetos do HarvestPlus e os ministérios da Saúde e da Educação, uma campanha de informação nutricional que inclua a promoção da adoção de variedades biofortificadas. Desenvolver, juntamente com produtores e distribuidores de sementes, com a indústria de alimentos e a indústria de rações, uma estratégia para garantir o acesso às variedades biofortificadas de milho pelos agricultores e consumidores, que serão os principais beneficiados com o seu uso. Aliança HarvestPlus para o Milho País Categoria Instituto Responsabilidade África Organização regional Universidade Universidade SNPA* Africa Agriculture Technology Foundation Apoio e promoção de políticas University of Freiburg Adelaide University, School of Agriculture Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA (Centros: Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Agroindústria de Alimentos**) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Genômica nutricional Melhoramento de plantas Melhoramento de plantas, difusão e tecnologia de alimentos Nutrição humana e tecnologia de alimentos Pesquisa em economia e políticas alimentares Pesquisa em nutrição Pesquisa em nutrição Melhoramento de plantas Genômica nutricional Melhoramento de plantas Pesquisa em nutrição Difusão de tecnologia Melhoramento de plantas Melhoramento de plantas Ensaios de eficácia nutricional Melhoramento de plantas Melhoramento de plantas Melhoramento de plantas Melhoramento de plantas Alemanha Austrália Brasil Universidade Estados Unidos CGIAR Universidade Etiópia Gana Guatemala Holanda SNPA SNPA ONG SNPA SNPA Universidade México Nigéria Quênia Zâmbia CGIAR CGIAR CGIAR SNPA International Food Policy Research Institute (IFPRI) Cornell University, U.S. Plant, Soil & Nutrition Iowa State University University of Illinois Michigan State University Ethiopian Agricultural Research Organization (EARO) Ethiopian Health and Nutrition Research Institute (EHNRI) Sasakawa Global 2000 (SG2000) Crops Research Institute (CRI) Instituto de Ciencia y Tecnología Agrícolas (ICTA) Division of Human Nutrition and Epidemiology, Wageningen University International Maize and Wheat Improvement Center (CIMMYT) International Institute of Tropical Agriculture (IITA) International Maize and Wheat Improvement Center (CIMMYT) Ministry of agriculture * Sistema nacional de pesquisa e extensão agrícolas ** Coordenação no Brasil Publicações Selecionadas Bänziger, M. y J. Long. The potential for increasing the iron and zinc density of maize through plant breeding. Food and Nutrition Bulletin 21(4):397-400, 2000. Graham, R., D. Senadhira, S. Beebe, C. Iglesias e I. Monasterio. Breeding for micronutrient density in edible portions of staple food crops: Conventional approaches. Field Crops Research 60:57-80, 1999. Umeta, M., C.E. West, H. Verhoef, J. Haidar y J.G.A.J. Hautvast. Factors associated with stunting in infants aged 5-11 months in the Dodota-Sire District, rural Ethiopia. Journal of Nutrition 133:1064-1069, 2003. Instituições que generosamente apóiam este programa: Fundação Bill e Melinda Gates, Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional (DANIDA), Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (SIDA), Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e Banco Mundial. Contato: Kevin Pixley Líder do Projeto Milho, HarvestPlus CIMMYT PO Box 25171 Nairobi, Kenya [email protected] Bonnie McClafferty Coordenadora de Comunicação, HavestPlus c/o IFPRI 2033 K. St., N.W. Washington, DC 20006 USA [email protected]
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