Resumos Clínicos Bifásicos
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Resumos Clínicos Bifásicos Desfibrilhação de Fibrilhação Ventricular e Taquicardia Ventricular Antecedentes A Physio-Control levou a cabo um ensaio clínico multicêntrico, prospectivo, aleatório e em ocultação, de choques de exponencial truncado bifásico (BTE) e de choques convencionais de curva sinusoidal amortecida (MDS). Mais especificamente, testou-se a equivalência dos choques BTE de 200 J e 130 J com os choques1 MDS de 200 J. Métodos Foi induzida a fibrilhação ventricular (VF) em 115 pacientes durante a avaliação da função do desfibrilhador cardioversor implantável e em 39 pacientes durante a avaliação electrofisiológica de arritmias ventriculares. 19±10 segundos depois da VF, um desfibrilhador personalizado transmitiu automaticamente um choque aleatório. A eficácia baseou-se no êxito deste choque. Para demonstrar a equivalência dos choques de teste com os choques de controlo, foi necessário que o limite de confiança superior de 95% relativo à diferença em eficácia (95 UCLD), controlo menos teste, fosse inferior a 10%. Resultados Fibrilhação ventricular Os choques de 200 J BTE provaram ser, pelo menos, equivalentes a choques de 200 J MDS (95UCLD = 2%). A diferença em termos de taxas de êxito de 200 J MDS menos choques de 200 J BTE foi de –10% (intervalo de confiança exacto de 95% entre –27% a 4%). Os choques de 130 J não foram equivalentes aos choques de 200 J MDS (95UCLD=22%). No entanto, a sua eficácia também não foi significativamente mais baixa do que a dos choques de 200 J MDS (potência estatística limitada pelos tamanhos pequenos da amostra). No caso de todos os tipos de choques, os parâmetros hemodinâmicos (saturação de oxigénio e pressão arterial sistólica e diastólica) situaram-se ou estiveram próximos dos níveis de pré-indução, 30 segundos após choques administrados com êxito. FIBRILHAÇÃO VENTRICULAR 1ª CHOQUE COM ÊXITO INTERVALO DE CONFIANÇA EXACTO DE 95% 200 J MDS 61/68 (90%) 80–96% 200 J BTE 39/39 (100%) 91–100% 130 J BTE 39/47 (83%) 69–92% CHOQUE 1 S.L. Higgins et al., “A comparison of biphasic and monophasic shocks for external defibrillation”, Prehospital Emergency Care, 2000, 4(4):305-13. Taquicardia ventricular Setenta e dois episódios de taquicardia ventricular (TV), induzida em 62 pacientes, foram tratados com choques randomizados. Observaram-se taxas elevadas de conversão com choques bifásicos e monofásicos. Os tamanhos das amostras foram demasiado pequenos para a determinação estatística da relação entre as taxas de êxito das curvas testadas. TAQUICARDIA VENTRICULAR 1ª CHOQUE COM ÊXITO INTERVALO DE CONFIANÇA EXACTO DE 95% 200 J MDS 26/28 (93%) 77–99% 200 J BTE 22/23 (96%) 78–100% 130 J BTE 20/21 (95%) 76–100% CHOQUE Conclusões Neste estudo de dupla ocultação, demonstrou-se que a eficácia dos choques bifásicos de 200 J BTE era, pelo menos, equivalente à eficácia dos choques de 200 J MDS no caso da desfibrilhação de VF de curta duração e electricamente induzida. Contudo, a comparação da eficácia dos choques bifásicos de 130 J e de 200 J para a VF foi inconclusiva. Todas as curvas testadas forneceram uma taxa elevada de terminação da VT. Os tamanhos das amostras VT foram demasiado pequenos para a determinação estatística da relação entre as taxas de êxito VT das curvas testadas. Em comparação com os choques convencionais na fibrilhação ventricular (VF), não constatámos a presença de efeito negativo ou positivo de choques bifásicos para VF nos parâmetros hemodinâmicos após o choque de desfibrilhação. É possível que, em comparação com os choques monofásicos de 200 J, os choques bifásicos de 200 J permitam, em alguns casos, uma terminação precoce da VF. Portanto, chegámos à conclusão que os choques bifásicos para VF transmitidos a níveis de energia convencionais apresentam potencialidades para melhorar os resultados da reanimação de pacientes com paragem cardíaca. 2 Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control Cardioversão Externa de Fibrilhação Auricular Apresentação O desempenho da curva exponencial truncada bifásica (BTE, Biphasic Truncated Exponential) da Physio-Control foi comparado com o da curva sinusoidal amortecida monofásica (MDS, Monophasic Damped Sine) convencional num estudo clínico aleatório, prospectivo, multicêntrico, internacional, de pacientes adultos sujeitos a uma cardioversão electiva da fibrilhação auricular (AF, Atrial Fibrillation). Um total de 80 pacientes foram inscritos no estudo e foram tratados com um ou mais choques do estudo. O conjunto primário de dados consistiu em 72 pacientes inscritos por terem tido uma AF confirmada. Os dados de sete pacientes com “flutter” auricular foram analisados em separado. Um dos pacientes que não satisfez todos os critérios do protocolo foi excluído da análise. A escolha dos indivíduos para receber choques bifásicos ou monofásicos do desfibrilhador/monitor LIFEPAK 12 foi aleatória. No caso de persistência de AF, foram administrados choques progressivos de 70, 100, 200 e 360 J da curva atribuída e um choque cruzado de 360 J da outra curva. Os choques foram administrados utilizando os eléctrodos de ECG/Desfibrilação/Pacing QUIK-COMBO® do EDGE System™ aplicados na posição standard antero-lateral. A cardioversão bem sucedida foi definida como a eliminação confirmada de AF após a administração de um choque, conforme determinada pela leitura repetida do ECG por dois cardiologistas sem qualquer conhecimento da curva do choque. Depois da intervenção, os pacientes classificaram a dor cutânea com base numa escala de 0 a 8. Este estudo veio demonstrar que estes choques bifásicos asseguram uma eficácia superior no caso da cardioversão da fibrilhação auricular, implicando menos choques, menos 65% de corrente e menos 65% de energia para a cardioversão da fibrilhação auricular. Em comparação com os pacientes sujeitos a um protocolo monofásico, os pacientes sujeitos a uma cardioversão electiva com o protocolo bifásico comunicaram menos dor depois da intervenção. Objectivos O estudo teve como objectivo primário comparar a eficácia cumulativa dos choques bifásicos e monofásicos de 200 J ou menos no caso da cardioversão da fibrilhação auricular. Empregou-se um design triangular sequencial para testar a existência de uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos de pacientes tratados com estas duas curvas. Os objectivos secundários incluíram 1) o fornecimento de uma estimativa da relação dose-resposta relativamente às duas curvas que permitiriam aos médicos proceder a selecções correctas das doses de energia para a cardioversão com choques bifásicos e 2) a comparação da dor sentida pelos pacientes após o tratamento com choques monofásicos e bifásicos. Resultados Setenta e dois dos pacientes inscritos estavam em fibrilhação auricular e 7 em “flutter” auricular. Em média, os pacientes tinham estado em fibrilhação auricular durante 88 dias, tinham 66 anos de idade, pesavam 81 kg e tinham 72 ohms de impedância transtorácica. Sessenta e três por cento eram do sexo masculino e 46% tinham sido anteriormente submetidos à cardioversão. Não se detectaram quaisquer diferenças significativas entre os grupos de pacientes tratados com choques monofásicos e bifásicos, quer nestas características iniciais quer na dimensão auricular esquerda, quer no caso das medicações cardíacas ou no caso do diagnóstico. Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control ©2006-2008 Physio-Control, Inc. 3 As taxas cumulativas de êxito relativamente à cardioversão da fibrilhação auricular são apresentadas na Tabela 1 e na Figura 1. Estes dados fornecem uma estimativa razoável da probabilidade esperada do êxito da cardioversão no caso de um só choque, em qualquer nível de energia, dentro do intervalo estudado. A energia e a corrente de pico transmitidas para todos os choques em cada regulação da energia são apresentadas na Tabela 2. Tabela 1 Taxas cumulativas de êxito e resultados cruzados no caso da cardioversão da AF REGULAÇÃO DA ENERGIA 70 J 100 J 200 J 360 J 360 J ÊXITOS CRUZADOS MDS: n = 37 5,4% 19% 38% 86% 4 de 5 pcs foram bem sucedidos com choques BTE de 360 J BTE: n = 35 60% 80% 97% 97% 0 de 1 pcs foram bem sucedidos com choques MDS de 360 J As percentagens cumulativas de êxitos no caso da cardioversão da AF com choques de 200 J ou menos, o objectivo primário do estudo, foram significativamente mais elevadas no grupo bifásico do que no grupo monofásico (p<0,0001). A percentagem cumulativa observada dos êxitos com 360 J foi igualmente mais elevada para os choques bifásicos do que para os choques monofásicos, embora não tenha alcançado um significado estatístico. Tabela 2 Regulações da Energia, Energia Transmitida e Corrente de Pico relativamente aos Choques Administrados aos Pacientes em AF REGULAÇÃO DA ENERGIA NÚMERO DE PACIENTES ENERGIA TRANSMITIDA CORRENTE DE PICO, AMPS Choques monofásicos 70 J 37 73 ±3 21,0 ±3,5 100 J 35 105 ±4 24,6 ±4,3 200 J 30 209 ±7 34,6 ±5,9 360 J 23 376 ±13 46,8 ±8 Choques cruzados de 360 J 1 380 44,7 Choques bifásicos* 70 J 35 71 ±0 11,9 ±2,5 100 J 14 102 ±0 14,9 ±3,5 200 J 7 203 ±1 20,6 ±3,5 360 J 1 362 28,5 Choques cruzados de 360 J 5 361 ±6 32,4 ±8,5 * A corrente de pico e a energia transmitida não se encontram disponíveis para dois dos pacientes tratados com choques bifásicos. 4 Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control 100% BTE 90% 80% % de Êxito 70% 60% MDS 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Regulação da Energia (J) Figura 1 Êxito Cumulativo do Choque no Caso da Cardioversão na Fibrilhação Auricular com Choques Monofásicos (MDS) e Bifásicos (BTE): Taxas Observadas (n) Graficamente Representadas com Curvas da Resposta Estimada à Dose Em comparação com os choques monofásicos, os choques bifásicos fizeram a cardioversão da fibrilhação auricular com menos corrente de pico (14,0 ±4,3 vs. 39,5 ±11,2 A, p<0,0001), menos energia (97 ±47 vs. 278 ±120 J, p<0,0001), menos choques (1,7 vs. 3,5 choques, p<0,0001) e menos energia cumulativa (146 ±116 vs. 546 ±265 J, p<0,0001). Em comparação com os pacientes tratados com o protocolo monofásico, os pacientes tratados com o protocolo bifásico comunicaram menos dor no período imediatamente após (0,4 ±0,9 vs. 2,5 ±2,2, p<0,0001) e 24 horas depois do procedimento (0,2 ±0,4 vs. 1,6 ±2,0, p<0,0001). Todos os pacientes com “flutter” auricular obtiveram cardioversão com o primeiro choque (70 J), independentemente de este ter sido monofásico (n=4) ou bifásico (n=3). A colocação anterior-lateral do eléctrodo foi empregue para o tratamento da maior parte (96%) dos pacientes estudados. Os relatórios da literatura diferem entre si na questão de se saber se a colocação anterior-posterior do eléctrodo proporciona uma melhor eficácia do choque do que a colocação anterior-lateral. A eventual vantagem da colocação anterior-posterior do eléctrodo prende-se, possivelmente, com a obtenção de taxas de êxito da cardioversão modestamente mais elevadas com ambas as curvas, em comparação com as observadas neste estudo. No entanto, mostra-se improvável que venha a afectar a relação observada entre as eficácias das curvas monofásicas e bifásicas. Conclusões Os dados demonstram que a curva bifásica da Physio-Control é clinicamente superior à curva sinusoidal amortecida monofásica convencional para a cardioversão da fibrilhação auricular. Mais especificamente, em comparação com os choques monofásicos, os choques bifásicos fizeram a cardioversão da fibrilhação auricular com menos corrente de pico, menos energia, menos choques e menos energia cumulativa. Em comparação com os pacientes sujeitos a um protocolo monofásico, os pacientes sujeitos a uma cardioversão electiva com o protocolo bifásico comunicaram menos dor no período imediatamente após e 24 horas depois da intervenção. Tal pode dever-se ao facto de serem necessários menos choques, menos energia cumulativa, menos corrente de pico transmitida ou outras características desta curva bifásica. Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control ©2006-2008 Physio-Control, Inc. 5 Guia para a Selecção da Energia dos Choques A curva bifásica constitui uma tecnologia padronizada para os desfibrilhadores cardíacos. O estudo resumido aqui1 fornece as melhores informações disponíveis com base nas quais se devem proceder às selecções de energia para a cardioversão com esta curva. Quanto à cardioversão da fibrilhação auricular, os resultados deste estudo fornecem directrizes específicas para três estratégias possíveis no momento da selecção dos níveis de energia do choque. • Para uma optimização possível e, assim,optimizar uma cardioversão mais rápida e menos choques, escolha os níveis de energia bifásica anteriormente utilizados com os desfibrilhadores monofásicos (por exemplo, utilize 200 J bifásico em vez de 200 J monofásico). Consequentemente, é de esperar um aumento da taxa de êxito, ainda que se verifique uma diminuição da corrente de pico do primeiro choque e dos choques subsequentes. • Para manter a eficácia dos choques equivalente à previamente observada com os choques monofásicos, seleccione um nível de energia bifásico correspondente a cerca de um terço da energia anteriormente utilizada para os choques monofásicos (por exemplo, utilize 100 J bifásico em vez de 300 J monofásico). • Para optimizar a baixa energia inicial e cumulativa utilizando um protocolo gradual, seleccione 70 J para o primeiro choque e opte por aumentos pequenos em termos de energia no caso de serem necessários mais choques. Cada uma destas estratégias deverá proporcionar uma terapia eficaz com cardioversão, ainda que reduza substancialmente a quantidade de corrente de pico a que o coração é exposto. Quanto à cardioversão das arritmias auriculares, que não a fibrilhação auricular, são extremamente limitados os dados disponíveis para a selecção das regulações da energia. É provável que as doses bifásicas inferiores a 50 J proporcionem elevadas taxas de êxito no decorrer do tratamento do “flutter” auricular e da taquicardia supraventricular paroxística. No entanto, enquanto não forem disponibilizados mais dados clínicos, talvez seja aconselhável utilizar as mesmas regulações da energia para os choques bifásicos como as que são habitualmente empregues para os choques monofásicos. As arritmias podem persistir devido a uma série de motivos não relacionados com o tipo de curva empregue para a cardioversão. Nos casos persistentes, os médicos continuam a ter a opção de aumentar a intensidade do choque ou de mudarem para uma colocação alternativa do eléctrodo. 1 6 Koster R., Dorian P., et al. Um estudo aleatório que compara os choques com curva monofásica e bifásica para cardioversão externa da fibrilhação auricular. American Heart Journal, 2004;147(5):K1-K7. Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control Desfibrilhação Ventricular Intra-operatória Apresentação A eficácia da desfibrilhação pela curva exponencial truncada bifásica (BTE, Biphasic Truncated Exponential) da Physio-Control foi comparada com a da curva sinusoidal amortecida monofásica (MDS, Monophasic Damped Sine) padrão num estudo clínico prospectivo, aleatório e multicêntrico de pacientes sujeitos a uma desfibrilhação intra-operatória directa no caso da fibrilhação ventricular (VF, Ventricular Fibrillation). Foram inscritos no estudo um total de 251 pacientes adultos; destes, 98 desenvolveram VF, tratada por meio de um ou mais choques de estudo. Sete pacientes, que não satisfizeram todos os critérios do protocolo, foram excluídos da análise. A escolha dos indivíduos para receber choques BTE ou MDS de monitores/desfibrilhadores LIFEPAK 12 foi aleatória. Aqueles que desenvolveram VF, após a eliminação do estreitamento aórtico, receberam choques progressivamente mais intensos de 2, 5, 7, 10 e 20 joules (J), empregando pás de 2 polegadas (5 cm) até à ocorrência da desfibrilhação. No caso de persistência da VF, procedeu-se à administração de um choque cruzado de 20 J da curva alternativa. O presente estudo veio demonstrar que estes choques bifásicos apresentam uma maior eficácia da desfibrilhação e implicam menos choques, menos energia limiar e menos energia cumulativa do que os choques sinusoidais monofásicos amortecidos. Objectivos Este estudo teve por objectivo primário a comparação da eficácia cumulativa dos choques BTE com os choques MDS a 5 J ou menos. Empregou-se um design triangular sequencial para testar a existência de uma diferença entre os grupos de curvas. O objectivo secundário consistiu em fornecer uma estimativa da relação dose-resposta relativamente às duas curvas que permitiriam aos médicos proceder a selecções correctas das doses de energia para a desfibrilhação intra-operatória com choques bifásicos. Resultados Trinta e cinco indivíduos do sexo masculino e 15 indivíduos do sexo feminino foram escolhidos aleatoriamente para o grupo BTE; 34 e 7 para o grupo MDS. A média de idades correspondeu a 66 e 68 anos, respectivamente. Não se observaram diferenças significativas entre os grupos de tratamento com BTE e MDS em termos de etiologia cardíaca, antecedentes de arritmias, medicações cardíacas actuais, classe de risco da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA – American Society of Anesthesiology), espessura da parede ventricular esquerda, tempo do bypass cardiopulmonar, temperatura central ou valores químicos hematológicos no momento da eliminação do estreitamento aórtico. O êxito cumulativo da desfibrilhação com 5 J ou menos, o objectivo primário do estudo, foi significativamente mais elevado no grupo tratado com BTE do que no grupo de MDS (p=0,011). Devido a variações do protocolo que ocorreram na sequência do choque após a administração do choque de 5 J, não foi possível incluir em análises abrangentes adicionais dois dos 91 pacientes incluídos nesta análise do objectivo primário. Assim, as taxas cumulativas de êxito no caso da desfibrilhação intra-operatória nos restantes 89 pacientes são apresentadas na Tabela 3 e na Figura 2. Estes dados fornecem uma estimativa razoável da probabilidade esperada do êxito da desfibrilhação no caso de um só choque, em qualquer nível de energia, dentro do intervalo estudado. Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control ©2006-2008 Physio-Control, Inc. 7 Em comparação com o grupo MDS, o grupo BTE necessitou, em média, de menos choques (2,5 vs. 3,5: p=0,002), menos energia limiar (6,8 J vs. 11,0 J: p=0,003) e menos energia cumulativa (12,6 J vs. 23,4 J: p=0,002). Não se observou uma diferença significativa entre as taxas de êxito no caso dos choques cruzados BTE versus MDS. Tabela 3 Taxas cumulativas de êxito dos choques e resultados dos choques cruzados no caso da desfibrilhação intra-operatória REGULAÇÃO DA ENERGIA 2J 5J 7J 10 J 20 J 20 J ÊXITOS CRUZADOS MDS: n = 41 7% 22% 34% 51% 76% 3 de 8 pcs foram bem sucedidos com choques BTE de 20 J BTE: n = 48* 17% 52% 67% 75% 83% 3 de 8 pcs foram bem sucedidos com choques MDS de 20 J * Não foi possível incluir nas taxas cumulativas de êxito apresentadas na tabela dois indivíduos escolhidos aleatoriamente para o grupo BTE devido à ocorrência de desvios ao protocolo após a administração do choque de 5 J. 100% 90% BTE 80% % de Êxito 70% MDS 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 5 10 15 20 Regulação da Energia (J) Figura 2 Êxito cumulativo do choque no caso da desfibrilhação intra-operatória com choques monofásicos (MDS) e bifásicos (BTE): Taxas Observadas (n) Graficamente Representadas com Curvas da Resposta Estimada à Dose Conclusões Os dados demonstram que a curva bifásica da Physio-Control é clinicamente superior à curva sinusoidal amortecida monofásica convencional no caso da desfibrilhação interna pós-operatória da VF. Mais especificamente, estes choques bifásicos apresentam uma maior eficácia da desfibrilhação e implicam menos choques, menos energia limiar e menos energia cumulativa do que os choques sinusoidais monofásicos amortecidos. Não se obtiveram resultados inseguros ou efeitos adversos decorrentes do uso da curva bifásica. 8 Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control Guia para a Selecção da Energia dos Choques A curva bifásica constitui uma tecnologia padronizada para os desfibrilhadores cardíacos. Os resultados deste estudo1 fornecem directrizes específicas para três estratégias possíveis no desenvolvimento de um regime posológico. • Para optimizar a baixa energia inicial e cumulativa utilizando um protocolo gradual, seleccione 5 J para o primeiro choque e opte por aumentos pequenos de energia no caso de serem necessários mais choques. Neste estudo, os choques bifásicos de 5 J foram bem sucedidos em cerca de metade dos pacientes. • Para optimizar e assegurar a obtenção de uma desfibrilhação mais rápida e de um menor número de choques, seleccione o nível de energia de BTE previamente empregue com MDS (por exemplo, BTE de 20 J em vez de MDS de 20 J), sendo de esperar que tal venha a aumentar a taxa de êxito e, simultaneamente, reduzir em cerca de 30% a corrente de pico do primeiro choque e dos subsequentes. • Para manter um grau de eficácia equivalente ao que foi anteriormente observado com os choques MDS, um nível de energia BTE correspondente a uma metade daquele previamente usado para os choques MDS (por exemplo, BTE de 10 J em vez de MDS de 20 J) constitui, possivelmente, uma escolha adequada. Cada uma destas estratégias deverão proporcionar uma terapia eficaz de desfibrilhação, reduzindo substancialmente a quantidade de corrente de pico a que o coração é exposto. A fibrilhação pode persistir devido a uma série de motivos não relacionados com o tipo de curva empregue para a desfibrilhação. Nos casos de persistência da fibrilhação, os médicos continuam a poder optar por aumentar a intensidade dos choques ou por mudar para pás de tamanho maior. Sabe-se que pás de tamanho maior reduzem os requisitos de energia para uma desfibrilhação bem sucedida.2 1 2 B. Schwarz, et al. Choques bifásicos comparados com choques de curva sinusoidal amortecida monofásica para desfibrilhação ventricular directa durante uma cirúrgica de coração aberto. Anesthesiology. 2003;98(5):1063-1069. Y. Zhang et al., “Open chest defibrillation: biphasic versus monophasic waveform shocks”, J Am Coll Cardiol, 2001, 37(2 supplement A):320A. Resumos Clínicos Bifásicos da Physio-Control ©2006-2008 Physio-Control, Inc. 9 Physio-Control, Inc. 11811 Willows Road NE Redmond, WA 98052 EUA Telefone: 425.867.4000 Fax: 425.867.4121 www.physio-control.com ©2006-2008 Physio-Control, Inc. Todos os direitos reservados. Data de publicação: 6/2008 MIN 3208014-140
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