Gaby Saboia e Marcello Sampaio em MUSAS
Transcrição
Gaby Saboia e Marcello Sampaio em MUSAS
''(E o que mais dói) é viver num corpo que é um sepulcro que nos aprisiona (segundo Platão) do mesmo modo como a concha aprisiona a ostra.'' Frida Kahlo M eu nome é Magdalena Carmen Frida Khalo y Calderon, sou mais conhecida como Frida Kahlo. Nasci em 1907 na cidade de Coyoacán no México na “Casa Azul” muito visitada até hoje e tem o nome de “Museu Frida Kahlo”.Tive uma vida intensa e engajada. Aos seis anos contrai poliomelite que deixou uma lesão no meu pé direito, um apelido de infância “Frida perna de pau” e me levou a usar calças e depois longas saias. Comecei a pintar cedo, mas como passatempo. Aos 18 anos sofri um grave acidente quando o bonde em que viajava colidiu com um trem. Tive múltiplas fraturas. Uma barra de ferro atravessou meu corpo entrando pela bacia e saindo pela vagina. Esse acidente me deixou de cama por muito tempo e com grandes dificuldades de mobilidade.Nesse período me dediquei à pintura utilizando uma caixa de tintas que pertencia ao meu pai e um cavalete adaptado à cama. Minha mãe pendurou um espelho em cima da minha cama e comecei a retratar minha própria pessoa. Pinto minha própria figura porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor. Três anos depois me filiei ao Partido Comunista mexicano e conheci o homem que iria se tornar o meu marido, um grande influenciador do meu trabalho e o meu segundo acidente trágico: Diego Rivera. Viajamos muito e moramos nos Estados Unidos por um período. Sempre explorei as cores nas minhas obras, muitos me julgaram uma pintora surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade. Meu casamento com Diego foi muito tumultuado, marcado por casos extraconjugais. Nos dois tínhamos temperamento forte. Quando me separei de Diego, foi uma separação muito dolorosa, pois descobri que ele mantinha um relacionamento com minha irmã Cristina, que sempre tive uma relação doentia de inveja. Tive um caso com o revolucionário Leon Trotski que passou um período hospedado na minha casa. Fui interrogada e presa depois do assassinato do revolucionário. Tive gangrena na cadeia e fui obrigada a amputar os dedos dos pés. Em 1940 eu e Diego nos unimos novamente, nunca conseguimos lidar direito com a nossa separação. Diego sempre aceitou meus casos extraconjugais com mulheres, mas nunca com homens. Uma das minhas maiores dores é nunca ter tido filhos, apesar de ter engravidado mais de uma vez. As seqüelas do acidente que sofri não me deixavam levar a gestação até o fim. Tive uma perna amputada e fui viciada em morfina, mas Diego esteve sempre ao meu lado, mesmo com suas amantes. Esses anos foram muito produtivos na minha carreira. Tive a primeira exposição das minhas obras no meu próprio país. Na abertura da exposição Diego falou que eu era “o maior acontecimento da sua vida”. Como sempre fui muito intensa tentei o suicídio algumas vezes com facas e martelos, mas o que me matou foi uma pneumonia que contrai. Quando percebi que estava próxima da morte chamei meu “Panzón” era assim que chamava Diego e ele me chamava de “Friducha” e o presenteei com um anel pelos nossos 25 anos de casados, entre idas e vindas. Diego não entendeu, pois faltavam duas semanas para comemorarmos nossa “Boda de Prata”. Faleci nessa mesma noite no dia 13 de julho de 1954. Muitos acham que morri de overdose ou envenenada por uma das amantes de Diego, mas em meu atestado de óbito está registrado “embolia pulmonar”. Minha última frase foi: Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar. Frida Kahlo (Escrito por Gaby de Saboya) “Como é frágil o coração humano espelhado poço de pensamentos. Tão profundo e trêmulo instrumento de vidro, que canta ou chora.” Sylvia Plath M eu nome é Sylvia Plath nasci em Massachusetts no Estados Unidos em 1932,mas passei uma parte da minha vida em Londres. Sou filha de Aurelia Schober Plath, da primeira geração norte-americana de uma família austríaca, e de Otto Emile Plath, um imigrante alemão que era professor e um notável especialista em abelhas. Meu gosto pela literatura começou cedo, aos 8 anos publiquei meu primeiro poema na sessão infantil do Boston Herald. Essa idade foi marcante para mim, pois uma semana e meia após o meu aniversário, perdi meu pai devido a complicações seguidas à amputação de uma das pernas em decorrência da diabete.No período da faculdade fui me firmando como escritora, sempre gostei de escrever diários . Fui convidada a ser editora da “Mademoiselle” e morar um mês em Nova York. Foi uma experiência conturbada que inspirou meu único romance “A Redoma de Vidro” e a minha primeira tentativa de suicídio , quando tomei uma overdose de narcóticos. Estive em tratamento psiquiátrico , quando recebi eletrochoques como terapia. Me recuperei e consegui me formar na Smith College em 1955. Como sempre fui uma ótima aluna , obtive uma bolsa integral fullbright na Universidade de Cambridge na Inglaterra, onde continuei a escrever poesias e publiquei algumas no jornal Varsity que era organizado por estudantes. Em uma festa de lançamento de uma nova revista literária conheci o poeta britânico Ted Hughes,e foi uma paixão imediata, eu já conhecia e admirava seu trabalho literário. Nos casamos em 16 de junho de 1955.Nos primeiros anos nos dedicamos a promover a carreira literária de Ted. Moramos um período nos Estados Unidos, onde eu lecionava inglês. Voltamos para Inglaterra quando eu descobri que estava grávida de Frieda . Nessa época foi publicada minha primeira coletânea de poemas entitulada “The Colossus”. Depois sofri um aborto e retratei a dor dessa perda em vários poemas que escrevi. Nos mudamos novamente para os Estados Unidos e nasceu meu segundo filho , Nicholas. Resolvi dedicar mais tempo a minha vida como mãe e mulher do que como poetisa. Ted pareceu desapontado com o nascimento de um menino e não de uma menina, tornando-se frio e distante comigo. Nosso casamento começou a desmoronar de vez. A razão definitiva para o término foi o envolvimento de Ted Hughes com Assia Wevill, então casada com o poeta David Wevill. Em outubro de 1962, Ted saiu definitivamente de casa. Minha dor serviu para escrever o que consideram meus melhores poemas. Voltei para Londres e fui morar no prédio onde W.B Yeats também havia morado, isso me soou como um bom presságio. Foi nesse apartamento que escrevi “A Redoma de Vidro”. Tentei levar minha vida, mas nunca consegui superar a minha separação do Ted e a gravidez de Assia , que acabou perdendo o bebê. Foi um período muito solitário, um inverno perverso sem sol ,filhos pequenos, um apartamento sem telefone e com aquecimento deficiente. No dia 11 de fevereiro de 1963 vedei completamente o quarto das crianças com toalhas molhadas e roupas, deixei leite e pão perto de suas camas e tive o cuidado de abrir as janelas do quarto, mesmo no meio de uma forte nevasca. Tomei uma grande quantidade de narcóticos e deitei minha cabeça sobre uma toalha no interior do forno com o gás ligado. Me tornei um mito da literatura norte-americana dois anos após minha morte com a publicação de “Ariel “. Impressionante como um poeta fica mais vivo depois de morto. Sylvia Plath (Escrito por Gaby de Saboya) Musas Musas O espetáculo teatral “Musas”, com direção de Marcelo Morato e no elenco Gaby de Saboya e Marcelle Sampaio, é um encontro ficcional de duas grandes artistas, a pintora , Frida Kahlo e a poeta Sylvia Plath que nunca se encontraram em vida. “Musas” é concebido em linguagens variadas, apoiadas numa pesquisa estética contemporânea – palavra, música, corpo e cor, além de uma ficha técnica de excelência, despertando o interesse de diferentes públicos, principalmente os jovens. O projeto foi um dos quatro espetáculos de todo o Brasil vencedor do edital do Sesi- SP de Circulação, abrindo esse projeto inédito do SESI de Formação de Platéia em diversos lugares pela capital. O espetáculo esteve durante o mês de outubro de 2011 em cartaz no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro. As atrizes do espetáculo foram selecionadas para uma residência na Dinamarca com o diretor Eugenio Barba e a Odin Teatret durante o mês de agosto de 2012 e apresentaram o espetáculo lá . Junto com a apresentação do espetáculo nas cidades de São Paulo e Salvador realizaremos o seminário “Fragmentos de um teatro latinoamericano que consiste nas leituras dramatizadas de 4 textos contemporâneos latino americanos traduzidos e lançados recentemente pela UFBA com atores e diretores convidados e a realização de um ciclo de debates após as leituras com debatedores convidados. Sinopse Inédita no Brasil, a peça Musas, de Nestor Caballero promove um encontro ficcional entre a pintora Frida Kahlo e a poetisa Sylvia Plath Donas de uma existência vertiginosa, a pintora mexicana Frida Kahlo (19071954) e a poetisa norte-americana Sylvia Plath (1932-1963) nunca se esbarraram. Suas vidas sim. Dores, amores, homens célebres e infiéis, obras consagradas legadas à posteridade, de um tudo elas tiveram em comum numa rotina de deixar em carne viva qualquer mortal. Imaginando como teria sido um encontro entre as duas, o premiado dramaturgo venezuelano Nestor Caballero escreveu em 1983 a peça Musas, que já ganhou palcos da América Latina e agora chega ao Brasil pela primeira vez. Ao chegar no teatro, o público já começa a entrar na atmosfera do espetáculo. No foyer do teatro acontece uma intervenção visual da artista Carolina Ivancevic que é formada por dois vestidos, peças que simbolizam uma espécie de inventário das personagens Frida Kahlo e Sylvia Plath, com elementos que remontam à vida de ambas. “A opção de montar esse texto inclui a paixão que nutrimos pelas histórias das personagens, mas vai além. É de fundamental importância montar um texto latinoamericano que, afinal, poucas vezes temos contato na cena teatral brasileira. Inclusive, durante a pesquisa para o trabalho nos deparamos com grande dificuldade de acesso a dramaturgia produzida pelos nosso vizinhos. Esta montagem também almeja colaborar para que este distanciamento diminua”, destaca a atriz e produtora Gaby de Saboya. A cenografia elaborada por Desirée Bastos é apoiada em 12 caixões em cena, que servem para guardar os objetos manipulados pelas atrizes e como metáfora da morte, que permeia a vida das artistas e o texto de Nestor Caballero. Na peça a morte tem a conotação do dia dos mortos no México, que é um evento de celebração. Colocar a vida dessas duas mulheres no palco é trazer a tona questões políticas femininas e universais, pois o pessoal é político e a questão do “sujeito” é crucial para uma política feminista, acredita o diretor Marcelo Morato. “Nosso objetivo é trazer à cena o exemplo de duas mulheres que, mesmo diante de vários obstáculos e inseridas em uma sociedade patriarcal , tornaram-se referências e possuem um lugar legitimado e reconhecido na ordem pública. Através de suas obras, inventaram a si próprias como personagens, fizeram-se ‘atrizes’ na cena social, conquistando um lugar não somente no mundo das artes e da cultura, mas na memória coletiva da sociedade contemporânea. Teatralizaram a existência, enfim”, define Morato. “A peça trata do encontro ficcional entre estas duas grandes personalidades da História, com trajetórias de vida marcantes e que não conseguiram separar vida pessoal e arte. Suas dúvidas, inquietações e questionamentos ao longo da vida transbordaram para as suas obras. Frida e Sylvia atingiram o pódio da consagração nacional em seus países de origem e internacionalmente pelo mérito excepcional de suas obras, mas também pela singularidade de suas personalidades exóticas e pelas histórias de vida incomuns. É isso que queremos mostrar com a encenação”, destaca a atriz Marcelle Sampaio. Descrição Musas aborda o universo de duas mulheres que tiveram uma vida curta mas intensa, e trava um diálogo entre elas, um debate filosófico que só reafirma a reflexão do dramaturgo Heiner Muller “É preciso aceitar a presença dos mortos como parceiros de diálogo [...] somente o diálogo com os mortos engendra o futuro”. Musas é um espetáculo que propõem um diálogo sobre a busca da identidade, e sobre o processo de construção da cidadania. A estrutura dramatúrgica parte das experiências pessoais de duas figuras emblemáticas do século XX, Frida Kahlo e Sylvia Plath e das próprias atrizes. O cruzamentos dessas identidades é a matéria prima para a discussão e reflexão sobre o desdobramento da nossa identidade pessoal, para uma identidade cultural, nacional , latino-americana e mundial. O que há em comum entre essas mulheres? O que nos move? Como encaramos a vida e a morte ? O que essas mulheres romperam para buscar novos desafios? O que é romper comportamentos atualmente?Como elas nos influenciam hoje? Belas, fortes e brilhantes, na vida real elas jamais se encontraram. Na ficção, porém, esse encontro acontece pela vontade do dramaturgo Nestor Caballero que coloca Sylvia e Frida lado a lado. Elas falam de momentos esparsos de suas vidas, da relação com a arte, com os homens, com o futuro e, com a vida e com a morte. Suas protagonistas se revelam personagens ricos, contraditórios, repletos de nuances e que muitas vezes são o contrário daquilo que gostariam de aparentar. Descrição "Tenho medo da autobiografia em público" Virgínia Woolf Virgínia Woolf sempre lutou contra a exposição de sua vida privada em público, mas como muitas mulheres marcantes na história mundial, foi impossível manter essa distância. Frida Kahlo e Sylvia Plath foram duas mulheres marcantes que não conseguiram separar a vida da arte, partes de si mesmas transbordaram para as suas obras. No espetáculo Musas - Frida Kahlo e Sylvia Plath, o autor venezuelano Nestor Caballero coloca as duas personalidades frente a frente em um diálogo. Ele ficcionaliza o que seria o encontro de duas “musas” da história mundial . As artistas construíram o que o filósofo Foucault chama de “estética da vida” . Obras que traduzem os processos de construção da subjetividade e seu auto-reconhecimento. E é por esse mesmo processo que se passa a construção do espetáculo. Frida e Sylvia construíram uma identidade plenamente reconhecida e legitimada socialmente. Atingiram o pódio da consagração nacional em seus países de origem e internacionalmente pelo mérito excepcional de suas obras, mas também pela singularidade da personalidade rara, com marcas de exotismo, de ambigüidades e excentricidade, pelas histórias de vida incomuns e, por que não, pela capacidade que tiveram de serem elas próprias artífices da imagem que queriam perpetuar de si mesmas. Construíram obras calcadas na subjetividade , no mundo privado e no feminino. Não foram contemporâneas, quando Sylvia nasceu Frida já tinha 25 anos, mas viveram situações parecidas como se relacionar com um artista, as dificuldades no relacionamento, a traição, o aborto, a dificuldade em ser mulher e artista , as tentativas de suicídio e a morte precoce. As duas escreveram diários de suas vidas. Frida,reconhecida em sua terra e no exterior pela força de sua pintura, sentindo-se cada vez mais fragilizada pela seqüência de sofrimentos físicos que marcaram sua existência, começa a escrever um diário íntimo (O Diário Íntimo de Frida Kahlo). Deixou nas páginas desse diário o produto do diálogo solitário que mantinha consigo mesma, seus gritos de dor, suas confissões amorosas a Diego Rivera, o amor permanente em meio a tantas outras experiências amorosas que não deixou de ter, as mutilações físicas que sofreu, junto às aspirações políticas de uma revolução comunista nas Américas. O que faz dessa escrita íntima um território político, compondo a teia em que o privado e o público se permeiam. Em seus registro, aparece também o humor e a alegria, que tanto marcaram sua vida penosa. Descrição Sylvia começou a escrever os diários ainda em criança. Eles funcionavam como o repositório das suas experiências , como exercícios de escrita e o lugar privilegiado onde ela registrava as idéias para os poemas. É notória a sua ânsia de perfeição, o seu desejo urgente, intenso, absorvente, em relação à poesia. O seu rigor, a exigência em relação a si própria. O Diário mostra o caráter obsessivo de Sylvia , a sua sexualidade exacerbada, o seu ciúme, a paixão pela escrita, as dificuldades de relacionamento com a própria mãe por quem sentia uma antipatia profunda, o desgosto pela morte do pai, o seu esgotamento, em 1953, que a levou a uma primeira tentativa de suicídio. A sua história, intimamente ligada a uma obra genial, aparece-nos como uma verdadeira tragédia, cheia de golpes, de teatro, de violência, de sangue e de muitas lágrimas. A sua morte continua a ser um mistério e conferiu-lhe a glória que tanto procurou em vida. O seu sofrimento foi o motor que transformou a sua arte em algo sublime. Ela foi capaz de descrever, como ninguém, os meandros da solidão, da angustia, da raiva e da fúria. Mas não podemos ver a obra de Sylvia apenas pelo viés da morte , apesar de ser depressiva e ter escrito frases como : “Morrer é uma arte, como tudo o mais. Nisso sou excepcional”. Ela ousou sem ser melodramática, com uma linguagem enxuta e sem floreios e acessórios. Ao mesmo tempo sua obra tem um misto de morte, prazer e alegria. Colocar a vida dessas duas mulheres no palco é trazer a tona questões políticas femininas e universais, pois o pessoal é político e a questão do “sujeito” é crucial para uma política feminista. O exemplo de duas mulheres que mesmo diante de vários obstáculos , inseridas em uma sociedade patriarcal , tornaram-se referências e possuem um lugar legitimado e reconhecido na ordem pública. Através de suas obras, inventaram a si próprias como personagens, fizeram-se “atrizes”na cena social, conquistando um lugar não somente no mundo das artes e da cultura, mas na memória coletiva da sociedade contemporânea. Teatralizaram a existência. Viveram na primeira metade do século XX e atravessaram tensões culturais que hoje explodidas, obrigam o pensamento crítico e os artistas a buscar novos parâmetros. Esse é o nosso objetivo. Trazer à cena a busca desses novos parâmetros através dessas duas personagens. Não queremos transformá-las em ícones, pois isso seria congelar o que nelas é potência transformadora, mas abordá-las como dispositivo. Objetivo Objetivo Geral Resgatar e reestabelecer uma relação da produção dramatúrgica brasileira com autores latino americanos, pois a dramaturgia brasileira, que sempre teve como referência a dramaturgia norteamericana e européia, a partir dos anos 90, se distanciou ainda mais da produção latino americana. Apresentar o espetáculo “Musas”, do venezuelano Nestor Caballero e um panorama da dramaturgia latino americana através de um debate ao final da peça. Realização do seminário “ Fragmentos de um teatro latino americano “ que tem como objetivo apresentar um panorama da dramaturgia latino americana, com leitura de textos de cinco países e debates. Serão lidos textos de dramaturgos de países como Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Venezuela. Pretendemos discutir a dramaturgia e a produção teatral latino americana, dada a proximidade física e social do Brasil com estes países. Objetivo Objetivos Específicos • Apresentar ao publico a história de duas grandes mulheres da História Mundial: Frida Kahlo e Sylvia Plath . •Oferecer a oportunidade de dialogar com essas histórias buscando as contradições e semelhanças com outras mulheres . •Refletir sobre quais são as fronteiras histórico culturais além das geográficas , que separam o México , de Londres, dos EUA e do Rio de Janeiro,tendo como pano de fundo a vida de duas grandes musas da história da arte. Ou seja, o centro está em toda a parte. •Estimular o público a uma reflexão sobre o funcionamento das sociedades latino-americanas e mundiais, convidando-o a uma conscientização de que os problemas , medos e anseios das mulheres são semelhantes, independente da diferença de língua e da época. •A vida e obra dessas qualquer público: mulheres podem interessar a todo e 1.Poderá ser de interesse para a juventude atual, pois os personagens são figuras desde a infância,inquietas e curiosas,criativas e sempre inesperadas, surpreendendo os adultos com sua imaginação e discussões que levantam questionamentos importantes para sua época e se mantém atuais nos dias de hoje. Além de uma linguagem inovadora tem todas as características da linguagem jovem atual. 2.Desperta especial curiosidade no público feminino de qualquer idade, com sua indignada crítica à “redução do universo da mulher ao etéreo, frágil e delicado”, e suas indagações a respeito de “o que é o feminino?” 3.Permite refletirmos sobre os desafios com que hoje nos confrontamos neste mundo contemporâneo. Justificativa Levar o espetáculos à cena , é uma oportunidade de reconhecer a riqueza e diversidade da cultura e dramaturgia latinoamericana. Trazer ao público brasileiro a primeira montagem nacional de uma peça internacional que estreou em 1983 e já percorreu várias cidades do mundo como Buenos Aires Argentina, Santiago do Chile , Caracas, Venezuela, Lima , Cidade do México e Guadalajara ,Santa Cruz de La Serra , Havana e no Brasil já foi apresentada no FILO – Festival Internacional de Londrina e na mostra internacional de Língua espanhola e nos corredores culturais do MERCOSUL. A discussão e reflexão acerca dos valores e problemáticas apresentadas no texto, amplamente pertinentes ao cotidiano de todas as classes sociais e faixas etárias, é capaz de dialogar com um público em qualquer região e cidade do país: A encenação da história de duas mulheres ícones da história mundial. Parceria com a UFBA para a realização do evento “Fragmentos de uma dramaturgia latinoamericana” em Salvador e São Paulo , junto com a temporada da peça. O tema e seus desdobramentos podem ter alcance principalmente entre o público jovem , feminino e ligados as artes cênicas, nos debates que promoveremos. Os artistas que estão vinculados ao projeto vêm se destacando por montar espetáculos e projetos com pouco investimento mas com resultados comprovados no campo da linguagem, com reconhecimento de mídia,intelectuais e público. É preciso valorizar e estimular projetos com foco na juventude, faixa que mais cresce no país , e no universo feminino, pois a peça é um retrato poético da vida e obra de mulheres instigantes, divertidas,depressivas,irônicas, contraditória e por vezes desconcertantes,mas sempre sensíveis, corajosas e inteligentes. Mulheres que romperam com comportamentos, valores e atitudes de uma época, impondo transgressões, contrastes e confrontos, novas buscas e desafios - que perduram até hoje, para todos nós. O espetáculo é de fácil circulação, devido ao elenco de duas pessoas e uma cenografia móvel , possibilitando o deslocamento para diferentes Estados e Cidades, aumentando a capilaridade da peça . O que amplia ainda mais as possibilidades de atingirmos os objetivos do Projeto. O diálogo com a dramaturgia latino americana nos permite sempre ampliar e aprofundar a visão sobre o que está acontecendo em outros países, contribuindo para situarmos a nossa produção cênica em relação a aspectos formais e temáticos que estão sendo desenvolvidos em outras regiões. Porém, mais especificamente, ao conhecer espetáculos de países do continente latino-americano, permite que possamos reconhecer traços comuns e distintos. Público Alvo e duração O espetáculo tem como publico alvo, jovens , adultos e idosos das classes A, B, C e D. O espetáculo têm 1 hora de duração . A faixa Etária recomendada é 16 anos. Proposta de Dramaturgia e Encenação Concepção de cenário, figurino, iluminação e música A construção cênico- dramatúrgica foi desenhada reforçando o diálogo com o público . Os elementos que atuam como dispositivos geradores são: a biografia de Frida e Sylvia, suas obras, depoimentos pessoais da atriz e o diálogo proposto pelo autor Nestor Caballero em sua peça. A pesquisa do trabalho propõem um processo colaborativo, que possa gerar um diálogo permanente , onde as investigações individuais e coletivas de toda a equipe envolvida atuem em parceria de criação para a realização do espetáculo. Pois como afirma Jean Pierre Sarrazac em seu livro intitulado O Futuro do Drama “ No teatro contemporâneo o espectador já não se contenta em reconhecer um estilo ou apreender uma história , ele entra também no universo da montagem do espetáculo.” A cenografia elaborada por Desiree Bastos é apoiada em 12 caixões em cena , que servem para guardar os objetos de cena e como metáfora da morte que permeia a vida das artistas e o texto de Nestor Caballero. Na peça a morte tem a conotação do dia dos mortos no México que é um evento de celebração. O figurino é apoiado na Verossimilhança com o utilizado pelas personagens em vida através de uma pesquisa sobre cada personagem e o vestuário da época e local em que viveram. A personagem Frida Kahlo tem predominância do clima quente do México e Sylvia Plath do inverno de Londres dentro das cores vermelho e verde . A iluminação de Renato Machado delimita o espaço de cada uma das personagens e suas tonalidades quentes e frias e uma área comum que é a área do encontro. A música é feita de ruídos, sonoridades do universo de cada personagem e trilha sonora original composta especialmente para a peça pelo Diretor Musical Fabiano Krieger. Junto com o espetáculo realizamos no foyer do teatro uma intervenção visual da artista Carolina Ivancevic . Uma exposição de dois vestidos inventários das personagens Frida Kahlo e Sylvia Plath. Com o objetivo de aproximar o espectador da obra dessas duas grandes artistas. o vestido inventário trabalha em cima das histórias e obras dessas duas mulheres fascinantes da história mundial e suas expectativas, imaginações, esperanças e destinos. Ficha Técnica Autor: Nestor Caballero Atrizes: Gaby de Saboya e Marcelle Sampaio Direção: Marcelo Morato Tradução: Carolina Virguez Cenografia e Figurino: Desirée Bastos Direção Musical e Trilha Sonora: Fabiano Krieger Iluminação:Renato Machado Direção de Movimento:Duda Maia Intervenção Visual:Carolina Ivancevic Coach: Suzana Saldanha Mixagem e assistente de produção musical: Antonio de Pádua Operador de Som: Carlos Conceição Operador de Luz: Neck Cenógrafos Assistentes: Carlos Augusto Campos e Leandro Ribeiro Assistente de cenografia: Erik Costa Contra-regra: Carlos Conceição e Lucas Sobrinho Costureira: Teresa Cristina Severo Assistente de Produção: Mariana Saboya Programação Visual : Ciel Alcântara Fotografia:Paula Kossatz Assessoria de Imprensa: Mônica Riani Idealização: Gaby de Saboya Direção Artística do projeto: Gaby de Saboya e Marcelle Sampaio Direção de Produção : Gaby de Saboya Produção Executiva: Luciana Arantes Administração: EAV Produções Plano estratégico e Cronograma ETAPAS ATIVIDADES préproduçào fechar agenda com as cidades selecionadas préproduçào Convocação equipe artistica préproduçào Contratação de assessoria de imprensa préproduçào Liberação e autorizações junto aos órgãos competentes préproduçào Contratação de design gráfico préprodução preprodução produçào Confecção das peças promocionais e publicitárias Ensaio Apresentação Espetáculo divulgaç ão Divulgação local divulgaç ào Divulgação através de peças promocionais divulgaç ão Divulgação imprensa pósproduçào através da assessoria de Desmontagem, carta de agradecimento e prestação de contas 1°mês 2°mês 3°mês 4°mês Plano estratégico e Cronograma Durante os meses de setembro, outubro e novembro de 2010 foram realizadas leituras dramatizadas do espetáculo na ABL (Academia Brasileira de Letras) para jovens do ensino fundamental de escolas da rede publica e de projetos sociais . Ganhamos um patrocínio do SESI- SP e montamos o espetáculo e ficamos em cartaz durante 3 meses em São Paulo, com apresentações gratuitas pelo Estado. Trouxemos o espetáculo para o Rio e ficamos em cartaz no Teatro Poeira, através de financiamento coletivo. Com o patrocínio do Premio Myrian Muniz iremos circular com a peça pela país nas regiões : 1- Centro Oeste ( Brasília e Goiânia) 2- Nordeste ( Salvador) 3- Sudeste ( São Paulo- capital) Sugestão de Locais para a realização do projeto Brasília- 3 apresentações Teatro Funarte Plinio Marcos Goiânia- 2 apresentações Centro Cultural Municipal de cultura Goiania Ouro São Paulo- 6 apresentações + 4 leitura dramatizada e debates Espaço Parlapatões Salvador- 3 apresentações + leitura dramatizada Teatro Sesc-Senac Pelourinho Plano estratégico de comunicação e de divulgação A estratégia de divulgação pretende uma abordagem ao mesmo tempo ampla e com diversos recortes destinados a um público específico. O esforço de nossa estratégia será para atingir com público (entre pagantes e gratuidades) a lotação dos teatros onde serão apresentados os espetáculos. Nosso objetivo é tanto a visibilidade do espetáculo como a formação de platéia, por isso teremos um cota de convites em todas as apresentações para estudantes de artes cênicas e projetos sociais. Assim nossa estratégia não abdicará de meios já clássicos para a divulgação das atividades realizadas no Teatro e abordagem do público da área, mas se empenhará, também, em propor inovações a partir do uso criativo da comunicação virtual e seus espaços em rede: •Divulgação em Jornais impressos de cada capital •Criação do site sobre o espetáculo e manutenção de blog e atualização de notícias e mensagens nas redes sociais (facebook, twitter, etc) •Impressão e Distribuição de Folders, Cartazes e Filipetas – em pontos estratégicos de cada cidade. •Inserção das Atividades da Ocupação nos Roteiros Culturais de jornais, revistas, rádios e Tvs •Inserção das Atividades da Ocupação em mídias especializadas das Artes Cênicas (Revista Off, etc) •Envio da programação para grupos, rádios e jornais de cada cidade. •Convites gratuitos para programação mediante jogos realizados pela internet e para projetos sociais e educacionais. O projeto vai circular em diferentes regiões como Sudeste, Nordeste e Centro-oeste o que amplia a comunicação direta , uma marketing espontâneo, a capilaridade das ações e o fomento da diversidade cultural brasileira. No que diz respeito às estratégias de marketing convencionais, estaremos realizando ações em todos os meios de comunicação em cada cidade que o projeto acontecer , como: televisão, rádios, jornais, revistas , internet e redes sociais; que serão trabalhados por uma assessoria, que alimentará a imprensa de informação, além de agendar entrevistas. Em relação ao material grafico, produziremos os itens abaixo para serem distribuidos e expostos. Programa : Banner : formato 20 X40 cm ( aberto) 20X20 (fechado) 2 X 3 m ; Cor 4/0 Filipetas : 10 X 15 couchê 90g ; Cor 4/0 Cartazes : A3 Atividade Paralela Sempre após as apresentações as atrizes do espetáculo realizarão um debate com o público. Os debates terão como foco a juventude e os novos dramaturgos que surgem a partir de projetos sociais. Como uma situação de conflito pode interferir em uma poética? Como fazer arte confessional em diferentes localidades do País, assim como fizeram as personagens de locais tão distantes? O Foco do debate são os jovens, pois pretendemos destacar a importância da juventude na criação de uma nova dramaturgia. em geral. Vamos levantar a discussão da relação da dramaturgia e da produção teatral brasileira com os demais países da América Latina, dada a proximidade física e social. Observamos que a dramaturgia brasileira, que sempre teve como referência a dramaturgia norte-americana e européia, a partir dos anos 90, se distanciou ainda mais da produção latino americana. Nas cidades de São Paulo e Salvador iremos promover o seminário “Fragmento de uma dramaturgia latino americana” que consiste em uma série de leituras dramatizadas e debates. ( segue a descrição) Acreditamos que o projeto vem de encontro a política da Funarte que é promover e debater a cultura FRAGMENTOS de um Teatro Latino AmericanoLeituras Dramatizadas + Seminário o projeto de fazer um ciclo de leitura e de debates sobre a dramaturgia latino americana nasceu durante o processo de pesquisa para a construção do espetáculo MUSAS. Buscamos outros textos latinos americanos como forma de compreensão da construção dramatúrgica do autor. Durante a pesquisa nos deparamos com a dificuldade de acesso a dramaturgia produzida pelos nossos vizinhos em nossa língua. Encontramos uma coleção da UFBA (Universidade Federal da Bahia) , que traduziu quatro textos de autores contemporâneos. A coleção “Dramaturgia Latino-Americana” que é organizada por LUIS ALBERTO ALLONSO, HÉCTOR BRIONES e CACILDA POVOAS e tem como objetivo ampliar as fronteiras e criar diálogos com autores cuja prática cênica, no âmbito teatral de nosso continente, é ativa e recente. Todos os textos publicados são inéditos no Brasil, assim como o texto do espetáculo MUSAS . A coleção vem preencher uma lacuna nas publicações de textos dramáticos no Brasil, que pouca atenção tem dado ao teatro latino-americano contemporâneo, principalmente dos anos 90 em diante, sendo pouquíssimas as publicações aqui existentes sobre esse tipo de dramaturgia. Muitas dessas publicações são esporádicas e pouco divulgadas. Grande parte do teatro latino americano, dos anos 60 até os 80, era formada por grupos que pretendiam promover um projeto utópico socialista, acionando um teatro político de esquerda. Estes, principalmente nos países que nessas décadas passaram por ditaduras, contestaram o poder problematizando-o nas suas bases econômicas, culturais e humanas. Nesse terreno surgiram dramaturgias que, em sua maioria, aspiravam revelar objetivamente a situação social que se estava vivendo, em um tom sociológico e, também, em uma ousada denúncia do descalabro econômico e humano existente na época. Dos anos 90 até hoje estão surgindo textos que operam por desconexões, com situações ambíguas, com personagens que não podem ser vistos como bons ou maus. Emerge uma dramaturgia que não pretende dar respostas e nem propor projetos macros sociais, senão fazer flutuar em suas escritas alguns fantasmas que se tornam presentes nas letras desses autores. A peça MUSAS se encaixa nesse perfil, são dramaturgias que exigem do espectador reflexões próprias e não mais uma adesão ou repulsão, já que não pretendem convencer ninguém, senão mostrar, por diversos ângulos. Daí a sua riqueza de experimentação formal, a partir da qual se inauguram outras formas de resistência política. São textos que propositalmente deixam lacunas, que são provocações para a cena, ou seja, exigem ser articulados com os demais elementos cênicos: luz, som, espaço, corpo e voz do ator, entre outros. É justamente este tipo de dramaturgia que pretendemos abordar no ciclo de debates , nas leituras dramatizadas e na apresentação do espetáculo MUSAS. Neste sentido, o objetivo do projeto é juntar a apresentação de MUSAS com a realização de um ciclo de debates e leituras dramatizadas intitulado “FRAGMENTOS DE UM TEATRO LATINO AMERICAN”. O projeto tem como objetivo discutir sobre essa dramaturgia latino americana. A discussão se dará através de um ciclo de debate formada por autores, diretores e intelectuais, além da presença do autor do espetáculo MUSAS que discutirão sobre a história do teatro latino americano, o estágio atual da produção teatral e as relações do teatro com a realidade social do continente.Esse projeto conta com a parceria da UFBA para acontecer em Salvador. FRAGMENTOS De um Teatro Latino Americano Textos Neva, de Guillermo Calderón, do Chile. Baseada em fatos reais, é uma reflexão auto-crítica e sarcástica sobre a arte teatral, onde três atores aguardam a trupe para ensaiar durante o Domingo Sangrento de São Petersburgo, em 1905. Os Mansos, de Alejandro Tantanian, da Argentina. Mistura de dados autobiográficos do autor com os personagens de O Idiota, de Dostoiévski. Apesar das dificuldades de se viver em um mundo de violência , os personagens lutam para permanecerem mansos. Adeus Ayacucho, de Miguel Rubio, do Peru. Uma indagação poética sobre os possíveis papéis do teatro em tempos de violência política através da autonarrativa da trajetória de dirigente camponês morto e esquartejado no Peru. Em um Sol Amarelo, de César Brie, da Bolívia. Peça política que aborda o terremoto que ocorreu em 1998 na Bolívia através de depoimentos reais dos sobreviventes . A obra tem um tom documental e ao mesmo tempo intimista, pela singularidade dolorosa dos depoimentos expostos. Ciclo de debates Ciclo de debates formado por autores, diretores e intelectuais, com o objetivo de discutir sobre a história do teatro latino americano, o estágio atual da produção teatral e as relações do teatro com a realidade social do continente. Temas inicialmente propostos: “Os caminhos da dramaturgia latino americana”;; “O Brasil como fragmento da cena latino americana”;; “Teatro, Performance e Política - como uma situação de conflito interefere em uma poética”;; “Teatro e Memória”. Gaby de Saboya , atriz , cineasta e jornalista com formação acadêmica multidisciplinar e reconhecida experiência em arte, cultura, práticas comunitárias de cunho sócio-cultural, e gestão cultural em equipamentos públicos. É Mestre em teatro pela Universidade Federal do Rio de janeiro; pós graduada em Telejornalismo pela Universidade Estácio de Sá; graduada em Comunicação Social / jornalismo. Tem curso técnico de Direção Cinematográfica pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro; Formação de Atores pela UniverCidade; e Técnico em Dança pela Escola Angel Vianna. Como atriz participou de diversas montagens teatrais entre elas: A to B com a diretora holandesa Ria Marks; Musas do autor venezuelano Nestor Caballero ;Um Inimigo do Povo de Henrik Ibsen; Fences de August Wilson, A hora da Estrela de Clarice Lispector , Roberto Zucco de Bernard Marie Koltez entre outros. Participou da intervenção urbana com grupo Py nas Barcas- Rio-Niterói e apresentou a performance “Madame Bovary é culpada pelo consumo”no Forum Mundial Social. No cinema participou de curtas metragens como Universos Paralelos, o média metragem As noves musas da memória dirigida por Edson Erdmann, e longas metragens, Maré nossa história de amor e Quase dois irmãos de Lucia Murat. Foi diretora Artística do Espaço Cultural Sergio Porto entre 2003 e 2009, um dos principais centros culturais de arte contemporânea da cidade do Rio de Janeiro. Coordenou o projeto de Artes Visuais Centro Espacial Vik Muniz na ONG Galpão Aplauso, com destaque para a produção de filmes para celular. Realizou também, em parceria com o artista plástico Ducha, a Produção da Mostra de Intervenção Urbana De olho na Rua com jovens de 300 comunidades do Rio de Janeiro do projeto Galpão Aplauso . Atualmente produz a mostra de intervenção urbana “UltraPPasse”que é realizado com jovens das comunidades pacificadas do Rio de Janeiro e participou programação oficial da Rio+20. Produziu o espetáculo “sobrancelha é o bigode do olho “ em circulação nacional pela Caixa Cultural e Sesc e o evento “2008 conta 68”na Caixa Cultural do Rio de Janeiro . Produziu durante 6 anos um festival nacional de cenas curtas de teatro, Mercadão Cultural. Trabalha como repórter e apresentadora na TV Câmara . Trabalhou também como apresentadora do Telejornal CJC Notícia na RIT TV e repórter da Multi-Rio. Foi apresentadora do programa Terceiro Sinal no Canal Brasil. Realizou o documentário de curta duração Teatro em locais de guerra em Hanói no Vietnã e Vila Cruzeiro (2008), e uma série de minidocumentários para o evento 2008- 40 anos de 68. Foi assistente de direção do Longa Documentário Carnaval, bexiga, funk e sombrinha (2006) que ficou em cartaz no Unibanco Arteplex ( RJ e SP), cine-santa, festival cineesquemanovo, mostra do filme etnográfico e festival de Milão ( Itália). Foi selecionada para Odin Week , do Odin Theater de Eugenio Barba na Dinamarca . Marcelle Sampaio é graduada em Licenciatura em Dança pela Faculdade Angel Vianna em 2006 e formada no Curso Profissinalizante em Dança Contemporânea pela Escola Angel Vianna em 1997, onde leciona Dança Contemporânea desde 1998. Como intérprete-criadora desenvolveu trabalhos com coreógrafos tais como: Alexandre Franco, Luciana Bicalho, Duda Maia (também como assistente de coreografia) , Frederico Paredes e Lia Rodrigues. Ao longo de sua permanência na Lia Rodrigues Companhia de Danças de 1999 à 2005, Marcelle participou da criação dos espetáculos “Aquilo de que somos feitos”, Formas Breves” e “Contra Aqueles Difíceis de Agradar”, apresentando-se em importantes festivais em turnês pela Europa, América do Norte e América do Sul, e de performances como a realizada para a obra “Resgate” do artista plástico Tunga –CCBB- SP e outra para o Projeto Anos 70: Trajetórias”- Itaú Cultural Como artista independente, Marcelle passou a trabalhar em colaboração com outros artistas, intensificando seu interesse por criações que confrontem o corpo com o tempo presente, a dança contemporânea com a arte da performance. Em 2005, criou a performance “Corpo Sensorial”, dirigida por Angel Vianna – CCBB – Rj, as fotos “Corpo Desenho” – FotoRio – Rj e Scope – NY e o vídeoarte “Cômodo (2006), com a artista plástica Gabriela Maciel. Com o coreógrafo e diretor Frederico Paredes, desenvolveu sua parceria nas coreografias “Quase Praia” e “Passagens margeadas pelo Rio ao fundo” para o Festival Dança em Trânsito 2005 – Rj e o espetáculo “Cada Um” - Kunsten Festival Des Arts 2006 – Be e Teatro Sérgio Porto- RJ. Criou e dirigiu,em parceria com Patrícia Niedermeier, o espetáculo “7 Propostas Monocromáticas”, híbrido de dança contemporânea e performance inspirado na obra do artista plástico francês Yves Klein - Espaço Sesc- RJ.Em 2008, participou da performance ”Maiakóvsky o Mosaico”, dirigida por Fábio Ferreira no Espaço Sesc- RJ . Como diretora de movimento e preparadora corporal, Marcelle trabalhou em espetáculos como “Tem um psicanalista na nossa cama”, com direção de Rogério Fabiano, 2003; “Toalete”- 2007 ; O nosso amor agente inventa” - 2008 e “A mulher do candidato” 2008 dirigidos por Cininha de Paula; ‘Sofá Virado”, dirigido por Andrea Zeni e os espetáculos da Companhia Aplauso, resultado artístico do projeto social Galpão Aplauso,“Nossa Odisséia”, 2008 dirigido por Thierry Tremouroux e “Todo Mundo é Mundo”, 2008 dirigido por Gilberto Gawronky, Em televisão fez a direção de movimento do episódio “Império sem sentidos”, no programa “Toma lá dá cá”, da Rede Globo de Televisão, ainda em 2008. Neste ano de 2009 fez a direção de movimento do espetáculo ”Don Juan [DJ]”, dirigido por Thierry Tremouroux, Espaço Sesc- RJ. Atualmente assina a direção de movimento do projeto “Valentina”, monólogo com Simone Spoladore, dirigido por Filipe Vidal, com estréia em janeiro de 2010, no Espaço Sesc-RJ e integra o elenco da Companhia de teatro Bufomecânica dirigida por Cláudio Baltar e Fábio Ferreira,estreando em setembro o espetáculo “Mistério Bufo”, no Centro Cultural Banco do Brasil – DF e em 2010, no Oi Futuro, Rio de Janeiro. Esta desde 2010 em cartaz como atriz e diretora artística do espetáculo “Musas”de Nestor caballero, que esteve em cartaz em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. Ainda em 2011, atuou em “Ensaio- Penso Ver o que Escuto “ Projeto Shakespeare/RSC, processo de montagem de Ricardo III” ,espetáculo da Companhia Bufomecânica, “Two roses for Richard “ que estreou no Festival Mundial de Shakespeare, Statfford Upon–Avon e Londres, , a convite da Royal Shakespeare Company. Em 2012 foi selecionada para oficina com Roberta Carreri, Odin Teatret, assim como para a residê.ncia artística Odin Week, que acontecerá na sede da Companhia entre agosto/setembro, Holstebro, Dinamarca. Clipping MOSTRA: A CENA DA CIDADE Apresentação de uma cena da montagem ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS- Leituras Dramatizadas FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBAApresentação do processo SESI MOGI DAS CRUZES- SP Estréia nacional SESI MOGI DAS CRUZES- SP Estréia nacional SESI MOGI DAS CRUZES- SP Estréia nacional TEATRO POEIRATemporada RJ 31/10/2011 - 21:49 Marieta Severo prestigia a despedida da peças Musas Atriz aplaudiu de pé a atuação de Marcelle Sampaio como Frida Kahlo Divulgação Marieta Severo prestigia a despedida da peças Musas Nesse final de semana, Marieta Severo prestigiou despedida da peça Musas, que aconteceu no Teatro Poeira, no Centro do Rio de Janeiro. Além de Marieta, a atriz Elizangela prestigiou a performance da filha Marcelle Sampaio, que interpreta Frida Kahlo no palco com Gaby de Saboya como Sylvia Plath. (JÁ) TEATRO POEIRATemporada RJ TEATRO POEIRATemporada RJ TEATRO POEIRATemporada RJ TEATRO POEIRATemporada RJ TEATRO POEIRATemporada RJ