idioma mapuche

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idioma mapuche
ĚXPŘĚȘȘǾ (ĦȚȚPȘ://ẄẄẄ.ŇĚXǾJǾŘŇǺĿ.ČǾM.BŘ/ĚXPŘĚȘȘǾ/)
İňđíģěňǻș fųňđǻm pǻřțįđǿ ě đěfěňđěm
șěpǻřǻțįșmǿ ňǿ Čħįŀě. Qųǻŀ ǻ čħǻňčě đě
șųčěșșǿ
João Paulo Charleaux 25 Jun 2016 (atualizado 26/Jun 17h00)
Řěįvįňđįčǻňđǿ șǿběřǻňįǻ șǿbřě țěřřǻș ‘įňvǻđįđǻș’ pǿř ěųřǿpěųș, ěțňįǻ mǻpųčħě
ŀǻňçǻ ŀěģěňđǻ přópřįǻ ě ŀųțǻ pǿř țěřřįțóřįǿ ǻųțôňǿmǿ řěįvįňđįčǻđǿ đěșđě ǿ șéčųŀǿ
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FǾȚǾ: ĚĿİȘĚǾ FĚŘŇǺŇĐĚŻ/ŘĚŲȚĚŘȘ - 23.09.2010
 ŘĚPŘĚȘĚŇȚǺŇȚĚȘ MǺPŲČĦĚ PŘǾȚĚȘȚǺM ČǾŇȚŘǺ PŘİȘÕĚȘ ĚM VǺĿPǺŘǺİȘǾ
Há pelo menos 155 anos, os indígenas da etnia mapuche lutam para reconquistar o que consideram um
território roubado pelos colonizadores europeus no sul do Chile. Nessa luta, fazendas, igrejas, carros e casas
são queimadas, e os responsáveis pelos ataques são levados a julgamento com base numa legislação de
exceção. Alguns indígenas são julgados como terroristas.
Desde 1861, essa dinâmica vem se repetindo com poucas variações. Mas um fato ocorrido no dia 21 de abril
pode mudar a forma como os mapuche (a palavra não tem plural no idioma mapudungun) tentam fazer
valer suas reivindicações ­ eles criaram um novo partido político e prometem retomar as terras “ocupadas”,
nas urnas.
Đěșǻfįǿ ěŀěįțǿřǻŀ ěm ǿųțųbřǿ
A nova legenda se chama Wallmapuwen e significa em português “habitantes do país mapuche”. As 1.300
assinaturas necessárias para criar o partido foram apresentadas em abril e aceitas oficialmente pelo Serviço
Eleitoral do Chile no dia 2 de junho.
O primeiro grande teste para a causa mapuche será no dia 23 de outubro, quando os eleitores vão às urnas
escolher os alcaldes (equivalentes aos prefeitos) e consejales (equivalentes a vereadores) de todas as 345
comunas do Chile.
O partido Wallmapuwen não tem nenhuma pretensão nacional. A pretensão deles recai inicialmente sobre as
32 comunas que compõem a Região da Araucania (equivalente, no Brasil, a um Estado), no sul do Chile.
Ųm pǻíș ǻųțôňǿmǿ
Os mapuche consideram que a Araucania ­ assim como as regiões dos Lagos e dos Rios, imediatamente mais
ao sul ­ são suas terras ancestrais e acusam, até hoje, os colonizadores e as sucessivas levas de imigrantes de
terem invadido e ocupado seu território.
A reivindicação não é apenas simbólica ou retórica. O Wallmapuwen realmente têm uma plataforma
separatista do Chile e se coloca, nesse sentido, contra o Estado chileno, pregando a configuração de um novo
país autônomo, com presidente, língua e leis próprias.
“Nós falamos de um estatuto autônomo. Esse estatuto deveria reconhecer este
território como historicamente mapuche. Além disso, queremos que exista a
figura de presidente de Wallmapu e uma assembleia legislativa que permita
criar leis dentro do território”
Ignacio Astete Nahuelcoy
Přěșįđěňțě đǿ Ẅǻŀŀmǻpųẅěň
Přěčǿňčěįțǿ, pǿbřěżǻ ě vįǿŀêňčįǻ
FǾȚǾ: İVǺŇ ǺĿVǺŘǺĐǾ/ŘĚŲȚĚŘȘ - 03.06.2011
 MǺŇİFĚȘȚǺŇȚĚȘ MǺPŲČĦĚ ĐİȘČŲȚĚM ČǾM Ǻ PǾĿÍČİǺ ĚM PŘǾȚĚȘȚǾ ĚM ȘǺŇȚİǺĢǾ
Apesar das grandes pretensões, os mapuche sabem das dificuldades que terão pela frente. A primeira delas é
econômica. Como acontece com muitos povos nativos no mundo, os mapuche ocupam as camadas
economicamente mais baixas da sociedade chilena, com pouca representatividade nas estruturas sociais,
políticas e econômicas do país.
“Queríamos ter um lugar, mas não temos dinheiro. Às vezes [para nossas reuniões] nos emprestam [a sede
de] alguma associação de moradores, escritórios ou mesmo as casas dos próprios militantes”, diz Nahuelcoy.
As décadas de enfrentamento com os colonos também criaram uma cultura carregada de preconceito contra
os mapuche no sul do Chile. Muitos cidadãos da Araucania ­ e, em consequência, muitos eleitores chilenos
dessa região ­ veem os indígenas como membros de uma comunidade arredia e fechada, que tem pouco
interesse ou mesmo capacidade de se enquadrar nas estruturas formais de poder.
É nesse espaço que o novo partido se insere, ainda carregado de fragilidades e desconfiança.
Șįșțěmǻ ěxpěŀě řěvǿŀųčįǿňářįǿș
O cientista político chileno Patricio Navias explicou ao Nexo que não há nada que impeça a formação de um
partido separatista no Chile. As restrições são outras, vinculadas a resquícios da ditadura de Augusto
Pinochet, que governou o país de 1973 a 1990.
Até 1989, a Constituição chilena proibia a existência de partidos marxistas. Tanto o Partido Comunista
quanto o Partido Socialista ­ da atual presidente, Michelle Bachelet ­ não podiam sequer existir.
A reforma constitucional feita já na redemocratização manteve restrições anacrônicas, segundo Navias. Ele
cita como exemplo um fato ocorrido em 2015, quando jovens chilenos tentaram registrar um novo partido,
chamado Revolução Democrática. A Justiça barrou a legenda por causa da palavra “revolução” no nome.
“Isso provocou muita piada, dado que a outra palavra que compunha o nome do partido era ‘democracia’.
Então, a pretensão era justamente de defender mais democracia, não o contrário. Era um partido
democrático, que pregava a revolução democrática. Isso mostra que ainda há vestígios da ditadura, que
tentam restringir a presença de partidos revolucionários.”
“São inconstitucionais os partidos, movimentos ou outras formas de
organização cujo objetivo, atos ou condutas não respeitem os princípios
básicos do regime democrático constitucional, ou que procurem o
estabelecimento de um regime totalitário, assim como façam uso da violência,
a proponham ou a incitem como método de ação política”
Ǻřțįģǿ 18, įňčįșǿ 5º đǻ Čǿňșțįțųįçãǿ đǿ Čħįŀě (ħțțpș://ẅẅẅ.ŀěỳčħįŀě.čŀ/Ňǻvěģǻř?įđŇǿřmǻ=242302)
đě 1980, čǿm ǻș řěfǿřmǻș đě 1989
Em relação aos mapuche, é como se o assunto passasse abaixo do radar dos legisladores da época. Não há
qualquer restrição, mesmo com o partido defendendo a cisão do país.
O Chile tem um sistema político centralizado. Os governadores das regiões ­ equivalentes aos Estados
brasileiros ­ são indicados pela presidente, não são eleitos. Navias considera que esse é outro elemento que
dificulta a representatividade política dos mapuche.
Ele faz, entretanto, uma ressalva: “Mapuche não necessariamente votam em mapuche. A plataforma desse
novo partido é bem radical e nada garante que concentrará os votos dos mapuche, que podem continuar
escolhendo candidatos de partidos tradicionais, como qualquer chileno.”
VĚJǺ ȚǺMBÉM
ĚXPŘĚȘȘǾ (ĦȚȚPȘ://ẄẄẄ.ŇĚXǾJǾŘŇǺĿ.ČǾM.BŘ/ĚXPŘĚȘȘǾ/) Ħá
10 ǻňǿș, ‘pįňģųįňș’ mǻřčħǻvǻm ňǿ
Čħįŀě. Čǿmǿ įșșǿ mųđǿų ǻ ěđųčǻçãǿ
(ħțțpș://ẅẅẅ.ňěxǿjǿřňǻŀ.čǿm.bř/ěxpřěșșǿ/2016/06/07/Ħ%Č3%Ǻ1-10-ǻňǿș%Ě2%80%98pįňģųįňș%Ě2%80%99-mǻřčħǻvǻm-ňǿ-Čħįŀě.-Čǿmǿ-įșșǿ-mųđǿų-ǻěđųčǻ%Č3%Ǻ7%Č3%Ǻ3ǿ)