O QUE SÃO TERREMOTOS A movimentação da crosta terrestre
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O QUE SÃO TERREMOTOS A movimentação da crosta terrestre
O QUE SÃO TERREMOTOS A movimentação da crosta terrestre devido a causas naturais originárias de vulcanismo ou tectonismo gera ondas elásticas cuja passagem provoca violento movimento na superfície da Terra, denominado sismo. Os abalos sísmicos são classificados de acordo com a energia mecânica que liberam. Adota-se uma unidade de medida denominada magnitude, que representa quantitativamente a atividade sísmica. Ela está relacionada com a amplitude das ondas registradas pelos sismógrafos. A magnitude é a medida mais comumente usada para informar o tamanho de um sismo. Começou como uma medida completamente empírica definida por Beno Gutenberg e Charles Francis Richter na década de 1930. Eles quiseram determinar um modo quantitativo para comparar sismos, baseado em gravações instrumentais, independente da localização do observador. Para isso, emprestaram a ideia da escala de magnitude dos astrônomos, usada para classificar o brilho das estrelas. Em 1935, estudando os sismos do sul da Califórnia, o norte-americano Charles Francis Richter (1900-1985), sismólogo do Instituto de Tecnologia da Califórnia, introduziu o conceito de magnitude. Richter definiu a magnitude zero (0) como aquela que proporciona uma amplitude de onda de um micrômetro (1 mm) de vibração a uma distância de 100 km do epicentro. A escala de Richter é formulada de mais de trinta maneiras diferentes; dependendo do tipo de onda sísmica, do período da onda, da profundidade do foco, da distância epicentral e do tipo de solo onde se encontra o sismógrafo. Uma das equações mais empregadas é: M = 0,67 log E - 7,9 Em que E representa a energia liberada por um sismo no seu epicentro. Esta energia é medida em ergs e M a correspondente magnitude na escala, que por definição não tem unidade. Analisando a equação acima, pode-se verificar, por exemplo, que um sismo 10 vezes mais intenso em energia provoca uma variação de apenas 0,67 unidades na escala de Richter ou determinando a inversa da função dada verificamos que o acréscimo de uma unidade na escala de Richter provoca um sismo cerca de 32 vezes mais intenso em energia. Deste fato resulta, por exemplo, que um acréscimo de "apenas" 2 unidades na magnitude, corresponde à liberação de uma energia cerca de mil vezes maior e o acréscimo de 3 unidades na magnitude corresponde a trinta mil vezes mais energia liberada. A escala de magnitude pode ser calculada diretamente dos sismogramas e oferece uma descrição quantitativa do tamanho do sismo. Ela não tem limites, é uma escala aberta por ambos os lados, mas, na prática, os maiores sismos aproximam-se de grau 9,0. "Esta é uma limitação da Terra e não da escala", disse Richter. Para cobrir todos os tamanhos de sismos - desde os microtremores de magnitudes negativas até os super-terremotos com magnitudes superiores a 8,0 - foi idealizada uma escala logarítmica, sem limites. No entanto, a própria natureza impõe um limite superior a esta escala já que ela está condicionada ao próprio limite de resistência das rochas da crosta terrestre. Como termo de comparação, admite-se que a magnitude 6 equivalha à energia liberada pela bomba atômica que destruiu Hiroxima. Ondas Sísmicas - Ondas do tipo P e S Os Terremotos produzem três tipos principais de ondas de energia radiada. Duas destas ondas viajam pelo corpo da Terra e a outra é onda de superfície que viajam ao longo da superfície da Terra. As duas ondas que viajam pelo corpo da Terra são Ondas P (ondas Primárias) e a outra é a onda S (ondas Secundárias). As ondas P são compressional ondula enquanto as ondas S são ondas cortadas. As ondas S não podem viajar através de fluidos; assim, as andas P são as únicas que viajam pelo caroço (núcleo) da Terra. As ondas do tipo P viajam mais rapidamente, mas as ondas de S normalmente são 2 a 3 vezes maior que a onda de P. Isto conduz à forma característica de um terremoto em um sismograma com uma onda de P pequena seguida por uma onda de S maior. Devido a onda P está viajando mais rapidamente, o tempo entre as ondas de P e S tendem a aumentos longe do terremoto. De fato, o tempo entre as ondas P e as ondas S pode dizer quão distante ocorreu o terremoto. O tipo de rocha do local e a profundidade da causa do terremoto têm poucas variações, mas o número de segundos entre as ondas P e S de tempo 5 estão aproximadamente distantes há milhas do terremoto. Esta relação entre ondas P e S também afetam algumas de nossas percepções dos terremotos. Por exemplo, pessoas informarão frequentemente ouvir um som agudo antes do terremoto ou que eles "ouviram que vem um terremoto". Eles não estão ouvindo algo antes do terremoto, mas estão ouvindo bastante das ondas P que antecedem o sentir da chegada ondas S. Se as pessoas tivessem contado o tempo entre as duas, elas poderiam saber a distancia onde ocorreu o terremoto! A onda P menor também é responsável por muitos dos relatórios que um terremoto estava vindo. Com sua audição mais apurada, os animais são mais prováveis a sentir e ouvir as ondas P. Os seres humanos pensam que o animal soube antes do terremoto acontecer quando de fato o animal sentiu o começo do terremoto que os humanos, menos sensíveis, não podem perceber. Sismógrafos Um sismógrafo é um aparelho que os cientistas usam para medir terremotos. O objetivo de um sismógrafo é gravar com exatidão o movimento do chão durante um terremoto. Se você vive em uma cidade, deve ter notado que às vezes os prédios tremem quando um grande caminhão ou o metrô passa nas proximidades. Sismógrafos eficazes são, portanto, isolados e conectados a uma rocha para prevenir esse tipo de "poluição de informações". O principal problema ao criar um sismógrafo é que ele não trema quando o chão treme. Portanto, a maioria dos sismográficos é isolado de alguma forma. Você pode fazer um sismógrafo muito simples pendurando um peso em uma corda sobre uma mesa. Amarrando uma caneta ao peso e colocando na mesa um pedaço de papel para que a caneta possa rabiscar o papel, você pode gravar os tremores da terra (terremotos). Se usar um rolo de papel e um motor que lentamente puxe o papel sobre a mesa, você poderá gravar os tremores diversas vezes. Contudo, seria preciso haver um grande tremor. Em um sismógrafo real, alavancas ou equipamentos eletrônicos são usados para ampliar o sinal, detectando assim os pequenos tremores. Um peso de 450 kg ou mais é anexado a um grande sismógrafo mecânico, e há diversas alavancas que ampliam significativamente o movimento da caneta. A Escala Richter é uma escala padrão usada para comparar terremotos. Tratase de uma escala logarítmica, o que significa que os números na escala medem fatores de 10. Por exemplo, um terremoto que mede 4.0 na escala Richter é 10 vezes maior de um que mede 3.0. Na escala Richter, qualquer coisa abaixo de 2.0 é indetectável a uma pessoa normal, e é chamado de microterremoto. Microterremotos ocorrem constantemente. Os terremotos moderados medem menos que 6.0 na escala Richter, e os acima dessa faixa podem causar graves danos. O máximo já medido foi de 8.9. Escalas Richter e Mercalli-Modificada são utilizadas para medir a magnitude e a intensidade dos abalos sísmicos. Terremotos ou sismos são vibrações na crosta terrestre provocadas pela movimentação de placas tectônicas presentes na litosfera, logo abaixo da superfície da Terra. Essas placas deslizam lenta e constantemente sobre uma camada de magma chamada astenosfera. Os movimentos delas são também responsáveis pela deriva dos continentes e pela formação de montanhas e vulcões. O atrito entre as placas gera uma energia em potencial que, quando liberada, provocam vibrações que se propagam pela crosta, causando os abalos sísmicos. Há duas formas de medir a força dos tremores: pela sua magnitude e pela sua intensidade. "A primeira está associada com a energia liberada pelo terremoto, enquanto a segunda é o efeito causado por ele na superfície da Terra”, explica Célia Fernandes, geofísica e técnica em sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). “Para medir a energia liberada pelo sismo, utilizamos a escala Richter, e para avaliar seus efeitos, utilizamos a escala Marcalli-Modificada”, complementa. A escala Richter foi desenvolvida em 1935 na Califórnia, Estados Unidos. Ela é calculada a partir dos sismogramas (registros dos sismos) produzidos pelos sismógrafos, aparelhos que possuem sensores de vibração que monitoram a movimentação da superfície onde estão localizados. Cada unidade de magnitude representa uma energia liberada dez vezes maior que o grau anterior, ou seja, um terremoto de 4 graus na escala Richter libera uma energia dez vezes maior que um terremoto de 3 graus. Não há limites nessa escala. “Ela é aberta, isto é, vai desde menos infinito até mais infinito”, afirma Célia. “O terremoto de maior magnitude já registrado foi no Chile, em maio de 1960. Sua magnitude foi de 9,6”. Abaixo de 2 graus, os tremores são praticamente imperceptíveis. Já a escala Mercalli, que mede a intensidade dos terremotos, foi proposta pelo vulcanólogo italiano Giuseppe Mercalli em 1902, e alterada em 1931, quando passou a ser chamada de Mercalli-Modificada. “Ela possui 12 graus indicados por algarismos romanos de I a XII. A intensidade não é calculada, apenas se observam os efeitos que o sismo causou na superfície, ou seja, é uma medida qualitativa dele”, explica a especialista, que mostra como a escala funciona no quadro abaixo: ESCALA DE INTENSIDADE MERCALLI-MODIFICADA (ABREVIADA) I. Não sentido. II. Sentido por pessoas em repouso eu em andares superiores. III. Vibração leve. Objetos pendurados balançam um pouco. IV. Vibração como a causada pela passagem de caminhões pesados. Chacoalhar de janelas e louças. Carros parados balançam. V. Sentido fora de casa. Acorda as pessoas. Objetos pequenos tombam e quadros nas paredes se movem. VI. Sentido por todos. Deslocamento de mobília. Louças e vidros se quebram. Queda de objetos. Rachadura no reboco de casas. VII. Percebido por motoristas dirigindo. Dificuldade em manter-se em pé. Sinos tocam em igrejas, capelas etc. Danos, como quebra de chaminés, ornamentos arquitetônicos e mobília; queda de reboco; rachaduras em paredes, algumas casas podem até desabar. VIII. Motoristas de automóveis sentem o tremor. Galhos e troncos se quebram. Rachaduras em solo molhado. Destruição de torres de água elevadas, monumentos, casas de adobes. Danos severos a moderados em estruturas de tijolo, casas de madeira (quando não estão firmes com fundação), obras de irrigação e diques. IX. Solo rachado, como “crateras de areia”. Desabamentos. Destruição de alvenaria de tijolo não armado. Danos severos a moderados, em estruturas inadequadas de concreto armado e tubulações subterrâneas. X. Desabamentos e solo rachado. Destruição de pontes, túneis e algumas estruturas de concreto armado. Danos severos a moderados de alvenarias, barragens e estradas de ferro. XI. Distúrbios permanentes no solo. XII. Danos quase totais. Por que é raro ocorrer terremotos no Brasil? Tremores de terra ou abalos causados pela liberação de energia acumulada no interior da crosta terrestre não são raridades aqui. Ao contrário: o território nacional sofre cerca de 90 tremores todos os anos. Incomuns, na verdade, são os sismos de grande magnitude porque o país está em uma zona intraplacas tectônicas, com maior estabilidade, afastado das zonas de contato ou de separação de plataformas. Essas áreas de contato são muito instáveis, como é o caso do arquipélago japonês, que sofre com abalos fortes. Mas grandes terremotos já foram registrados aqui. Em 1955, em Mato Grosso, um sismo atingiu 6,2 graus na escala Richter (que vai até 9). Ele teria sido devastador se tivesse ocorrido em uma área mais povoada. Embora esteja localizado sobre o centro de uma placa tectônica, o Brasil não é imune a terremotos de grande magnitude, de acordo com o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (Obsis). O mais recente deles, e o primeiro a registrar mortes, ocorreu na madrugada do dia 09 de dezembro de 2007, em Itacarambi, Minas Gerais. O abalo, de 4,9 pontos na escala Richter, causou a morte de uma menina de 5 anos e deixou mais de 70 famílias desabrigadas. Veja lista dos maiores terremotos ocorridos em solo brasileiro: •São Paulo, 1922 – 5.1 pontos na escala Richter •Espírito Santo, 1955 – 6.3 pontos na escala Richter •Mato Grosso, 1955 – 6.6 pontos na escala Richter •Ceará, 1980 – 5.2 pontos na escala Richter •Amazonas, 1983 – 5.5 pontos na escala Richter •Rio Grande do Norte, 1986 – 5.1 pontos na escala Richter •Minas Gerais, 2007 – 4.9 pontos na escala Richter] - Fontes – Nova Escola - Como Tudo Funciona - Dia a Dia Educação
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