Um Acesso Desigual ao Desenvolvimento

Transcrição

Um Acesso Desigual ao Desenvolvimento
Escola Secundária Abel Salazar
2009/2010
Disciplina de Geografia C
Um Acesso Desigual ao
Desenvolvimento
Trabalho realizado por:
Ana Rita nº2
Bruno Pina nº5
Diana Santos nº7
Joana Enes nº9
Joana Alvesnº10
Susana Correia nº14
12ºD / 2009-2010
Introdução
O crescimento da riqueza mundial foi muito acelerado nos
últimos dois séculos mas só um certo número de países e
uma pequena percentagem da população mundial
beneficiaram desse crescimento.
Ao nível das necessidades básicas os contrastes entre países são uma realidade.
Nos países em desenvolvimento, são
consideradas necessidades básicas a
alimentação, a saúde, a habitação e a
educação. Apresentam uma
qualidade de vida baixa.
Nos países desenvolvidos a
satisfação das necessidades
básicas fez evoluir este
conceito surgindo novas
necessidades (emprego,
qualidade de ambiente,
informação, cultura). Estes
apresentam uma qualidade de
vida alta.
Para atingir níveis de
desenvolvimento elevados e
melhorar a qualidade de vida das
populações é importante não só
que os rendimentos aumentem
mas também que:
• A distribuição dos rendimentos
seja mais equilibrada;
• Melhorem os serviços de saúde e
a assistência médica e sanitária;
• Toda a população tenha acesso a
água potável;
• Melhorem os níveis de
alfabetização e de escolarização;
• A alimentação seja adequada;
• Toda a população tenha direito a
habitação;
• Os empregos sejam duradouros.
As politicas dos governos
devem promover a qualidade do
crescimento económico e não
apenas o seu aumento
quantitativo.
Assim, pretende-se que nos
países de baixos rendimentos, o
aumento da capacidade humana
possa:
 Dinamizar o crescimento
económico.
 Melhorar a qualidade de vida.
 Promover o desenvolvimento.
Os indicadores como medida de
desenvolvimento
Com o objectivo de conhecer o fenómeno do
desenvolvimento num determinado país ou
região utilizam-se indicadores estatísticos que
permitem melhorar o conhecimento da
realidade do ponto de vista social, económico
e político.
No entanto, é necessário utilizar um conjunto
diversificado de indicadores, quer de carácter
quantitativo, quer qualitativo. Utilizam-se
assim dois tipos :
• simples,
avaliam
aspectos
sociais,
económicos, políticos ou demográficos;
• compostos, constituídos por um conjunto de
indicadores simples considerados importantes
na construção do indicador global.
•
Indicadores simples - o Produto Nacional Bruto
(PNB) por habitante, utilizado para medir o
crescimento económico dos países e o nível médio de
rendimento de cada indivíduo.
•
Indicadores compostos:
•
- Índice de Gini - mede a extensão até à qual a distribuição do
rendimento (ou consumo) entre indivíduos e famílias, num país,
se desvia de uma distribuição perfeitamente igual;
•
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - mede a
realização média em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano:



uma vida longa e saudável medida pela esperança média de vida à nascença;
o acesso ao conhecimento medido pela taxa de escolarização e de alfabetização;
um nível de vida digno medido pelo PIB per capita.
O sentido do crescimento económico só pode ser
o do desenvolvimento humano que abrange todos os
aspectos da vida humana e engloba todas as pessoas
sem excepção.
O crescimento económico só pode ser considerado
benéfico se for o meio que:
 garanta o pleno emprego;
 distribua equitativamente os recursos;
 garanta a liberdade e valorize as
capacidades das pessoas;
 promova a coesão social e
salvaguarde o desenvolvimento futuro.
A POBREZA, nega o Desenvolvimento Humano
Nos países em desenvolvimento
a pobreza mede-se:





através da fome;
do analfabetismo;
das epidemias;
da ausência de serviços de saúde;
da falta de acesso a água potável.
Nos países desenvolvidos devido à
resolução destes aspectos quase na
totalidade, a pobreza assume a forma de
exclusão social.
IPH 1
Para medir a pobreza humana, as Nações Unidas criaram em 1997 o Índice de Pobreza
Humana (IPH).
Para distinguir as situações de pobreza
presentes
nos
países
em
desenvolvimento (PED) das verificadas
nos países industrializados (PI), o IPH foi
dividido:
 IPH1 ( para os PED)
 IPH2 ( para os PI).
O IPH1 mede:
 as
privações
das
populações
relativamente
à
satisfação
das
necessidades básicas
 revela a percentagem dos indivíduos
que são afectados pela pobreza.
IPH2
O IPH2 para além destas três
dimensões integra a exclusão social.
Índice de Desenvolvimento Humano
Ajustado ao Género (IDG)
O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado ao
Género (IDG) ajusta a realização média para reflectir
as desigualdades entre homens e mulheres nas
seguintes dimensões e respectivos indicadores:
 uma vida longa e saudável medida pela esperança
média de vida à nascença;
 conhecimento medido pela taxa de alfabetização
de adultos e pela taxa de escolarização bruta
combinada do primário, secundário e superior;
 e um nível de vida digno, medido pelo rendimento
auferido estimado (dólares PPC).
Não existe desenvolvimento humano
se as mulheres não tiverem as mesmas
oportunidades.
O emprego e a exclusão social
No final de 2007, a população empregada do mundo distribuía-se da seguinte forma:
• as actividades relacionadas com a agricultura contava com cerca de 35% no emprego total do
mundo, e domina regiões como: Ásia Oriental, Sudoeste Asiático, Ásia Meridional e África
Subsariana, que concentram 60% da população em idade de trabalhar, uma vez que a maioria da
população pobre vive nestas regiões.
A única solução para alcançarem um vida digna é trabalharem no sector agrícola;
• as actividades industriais foram responsáveis por apenas 22% da emprego total no mundo e o
emprego no sector dos serviços é responsável por cerca de 43% do emprego mundial. Cresceu
em todas as regiões tendo ultrapassado a agricultura.
Emprego nos países em desenvolvimento
Empregos precários, com baixa produtividade;
Emprego nos países desenvolvidos
 Desde os anos do século XX, uma tendência
para a estagnação dos salários reais ;
Rendimentos pouco elevados;
 Consequente expansão da pobreza entre os
Existência do trabalho infantil, com cerca de 210 trabalhadores, com reflexos nos sistemas de
milhões de crianças dos 5 aos 14 anos, para
segurança social e de saúde;
completarem os rendimentos familiares.
Aumento da precarização do emprego, com a
imposição de trabalho a tempo parcial;
 recurso sistemático aos contratos a termo
certo e à individualização das carreiras.
O direito a um trabalho digno e uma remuneração
adequada, continua a ser um desafio de todos os
indivíduos nas várias regiões do globo.
Relação entre emprego e
exclusão social
De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), no final de 2007, um terço da população
activa encontrava-se no desemprego (cerca de 190 milhões).
Quase metade dos desempregados são jovens.
O desemprego na população activa mais jovem contribui para:
 aumentar a pobreza
 atrasar o início da vida familiar
 fomentar um sentimento de marginalização, exclusão e frustração de quem se encontra em início de vida.
Uma grande porção da população mundial não tem esperanças de conseguir uma vida melhor tornando-se
esta situação numa restrição constante ao desenvolvimento.
Outra causa da exclusão social relaciona-se com a qualificação dos trabalhadores. É necessário que seja feito
um esforço para elevar a formação e qualificação dos trabalhadores.
Os dados da OIT mostram que, em todo o mundo, os ordenados nas profissões mais qualificadas cresceram
com maior rapidez do que nas profissões menos qualificadas, verificando-se um redução das desigualdades
salariais.
O problema: a educação e a formação continuam a ser encaradas como um custo e não como
um investimento necessário.
Medidas para atenuar a
exclusão social
•Adoptar as medidas das organizações como a OIT, no sentido de promover oportunidades
para que as pessoas possam encontrar um trabalho;
•Promoção da educação e formação para todos, principalmente para as mulheres;
•Atribuição de microcrédito, ou seja pequenos empréstimos para estimular o auto-emprego e
contribuir para o desenvolvimento local;
•Criação de condições nos países menos desenvolvidos para fixar a população mais
qualificada…
Fome e Má Nutrição
Existem grandes contrastes entre os países desenvolvidos e os países em
desenvolvimento
A nível da agricultura
PD
PED

baixa produtividade
 Elevada mecanização
Bons rendimentos
A produção de cereais constitui um componente para se averiguar o nível
de desenvolvimento de cada país.
Existem no mundo tantas pessoas Subnutridas
como Sobrenutridas
Nos países em desenvolvimento
nomeadamente na África
Subsariana e na Ásia Meridional
– elevado número de pessoas
com fome devido a:
•Crescimento populacional
elevado;
•Fraca produtividade agrícola.
Os conflitos e as catástrofes naturais têm dificultado as tentativas de erradicar a
fome.
Existem no mundo tantas pessoas Subnutridas como
Sobrenutridas
Nos países Desenvolvidos o problema é o
consumo de calorias em excesso,
causado pelo:
•Aumento do número de horas em frente da
televisão e de jogos de vídeo;
•Campanhas intensivas de marketing de doces
e comida rápida.
Mas, a obesidade atinge os países desenvolvidos e os países em
desenvolvimento, causando inúmeras preocupações pelo facto de os PED,
não terem orçamento para combaterem possíveis doenças.
Para garantir uma maior competitividade os países
apostam em alimentos transgénicos, globalizando os
protestos por parte dos defensores da biodiversidade.
Estes movimentos consumeristas ,provocam na
população uma maior exigência quanto aos produtos
que consomem.
Esta pressão sobre a opinião publica leva os Estados a
repensarem sobres as opções que escolhem.
Fonte:
http://images.google.com/imgres?
Fonte: http://images.google.com/imgres
Deste modo, a União Europeia, aceitou a produção de
produtos geneticamente modificados, com a condição de
estes serem devidamente avaliados e classificados com
rótulos de qualidade.
O Papel da Organização Mundial de
Saúde (OMS)
Pretende implementar a ‘’Agenda de
Nutrição’’ que tem como objectivo:
 Acabar com todos os problemas de nutrição.
Fonte: http://images.google.com/imgres
Também a União Europeia propôs o “Programa de
saúde e Protecção de consumidor da U.E” que entre 20072013 pretende:
 melhorar as decisões sobre saúde;
 promover políticas que proporcionem
uma forma de vida mais saudável ao
consumidor; entre outras;
 Desenvolver sistemas de saúde
mais eficientes;
 Assegurar um elevado nível de
protecção para todos.
A pobreza e a saúde
Desigualdades na saúde:
• Vacinação
• Saneamento Básico
• Hospitais
• Medicamentos
Causas das desigualdades:
• Divida externa nos PED
• Pobreza nos PED
Consequências das desigualdades:
• Diferentes esperanças médias de
vida
• Diferentes taxas de mortalidade
infantil
• Diferentes desenvolvimentos na
saúde
Papel das ONGs:
• Prevenção
• Tratamento e captação de águas
• Campanhas de educação sexual
• Construção de escolas
• Formação de professoras
• Campanhas de melhorias nas práticas
agrícolas
• Campanhas de educação
Conclusão
•
Conclui-se então que o desenvolvimento é cada vez mais encarado como um
desenvolvimento humano.
• Para observar o nível de desenvolvimento humano é utilizado o indicador
composto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
• O Desenvolvimento Humano é marcado por uma fractura tanto económica
como social em que a globalização promove desigualdades de:
-Rendimento, ilustrados pela polarização, pelo coeficiente de Gini e pelo PNB.
-Pobreza, registada através do Índice de Pobreza humana. IPH1 para os países em
desenvolvimento e o IPH2 para os países desenvolvidos.
-Nutrição que se manifesta pela subnutrição e sobrenutrição.
• Para um melhor desenvolvimento humano é necessária uma solidariedade
global que tem sido marcada por sucessos e fracassos que tornam
indispensável a definição de uma via rápida para o desenvolvimento. Esta
solidariedade global manifesta-se principalmente através da Declaração do
milénio que define objectivos de desenvolvimento do milénio, metas e
indicadores para o combate à pobreza e para a promoção do bem-estar e
dignidade humana.
Um Acesso Desigual ao
Desenvolvimento
«O relativismo cultural, no seu limite, afirma que, por exemplo, os povos
africanos são iguais aos chineses, japoneses e europeus. Mas se são, a
questão que se coloca é saber por que não realizaram as mesmas coisas. E,
para isso, essa concepção não tem resposta. Não se trata, em absoluto, de
dizer que algumas culturas ou povos são inferiores, menos inteligentes ou
moralmente piores do que os outros, mas de reconhecer que as realizações
são muito diferentes. Pensando no caso africano, eles desenvolveram,
evidentemente, sistemas de conhecimento sobre a natureza, mas não
puderam desenvolvê-los da mesma forma que os outros o fizeram, com a
ajuda do que chamo de ´tecnologia do intelecto`, ou seja, da escrita e do
que ela possibilita (....) A habilidade de ler, escrever, usar livros me capacita
a fazer coisas que os povos de uma cultura fundamentalmente oral, por
mais talentosos e inteligentes que sejam, não podem fazer. Igual vantagem
em produtividade adquirem aqueles que usam tração animal ou o trator
para trabalhar a terra, em vez da energia humana»
(In Palhares Burke, 2000, p. 47 e 48).
Bibliografia
• Geografia C 12ºano Volume2, Cristina
Domingos, Jorge Lemos e Telma Canavilhas.
• jovensmalucas.blogspot.com/.../preocupacao.
html
• sac89.wordpress.com/.../
• www.nerdssomosnozes.com/2009/05/ogreenpeace-...
• www.ceap.g12.br/.../obesidadeinfantil.htm
• www.hottopos.com/videtur21/nilce.htm
• Imagens, Google