Curso Nacional de Ventilação Mecânica Mecânica
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Curso Nacional de Ventilação Mecânica Mecânica
Curso Nacional de Ventilação Mecânica - SBPT 2012 Suporte ventilatório invasivo em pacientes com limitação de fluxo aéreo: Asma e DPOC Augusto M. C. Farias • Vice Vice--coordenador da UTI Geral Hospital Português – BA • Ex Ex--Presidente da Sociedade de Pneumologia da Bahia • Presidente do II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica – 2000 AFarias Introdução • Menos de 5% dos pacientes com Asma Aguda Grave necessitam de intubação e ventilação mecânica (VM) (VM).. • A crise de asma é responsável por 2% das admissões em UTI. UTI. Metade destes requer VM invasiva nas primeiras 24 24h h e a mortalidade é de 10 10% % (0-38 38% %). • São pacientes predominantemente jovens (média de 40 anos). anos). • Parada cardiorespiratória antes da admissão hospitalar é o principal fator associado a mortalidade mortalidade.. • Os pacientes asmáticos que sobreviveram à VM apresentaram apresentaram:: taxa de mortalidade de 10 10% % no primeiro ano, 14 14% % em 3 anos e 23 23% % em 6 anos anos.. AFarias Farias AMC, Dalcin PTR, Menna Barreto SS. Tratamento intensivo na asma. Editora Atheneu, 2004, S. Paulo III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110 Rodrigo GJ e cols J Bras Pneumol. 2008 34(8): 546546-551 Introdução • DPOC é um dos maiores problemas de saúde do mundo com graves repercussões econômicas econômicas.. São 2,7 milhões do óbitos relacionados a patologia (2000) 2000). EsperaEspera-se que em 2020 represente a terceira causa de morte no mundo. mundo. • No Brasil estima estima--se que existam 5,5 milhões de pacientes, ocupando entre a 4ª e 7ª causa de morte. morte. Estas taxas são crescentes.. crescentes • A mortalidade na internação é de 3-4%, elevandoelevando-se a 11 11--24 24% % se tratamento intensivo é necessário, chegando a 43 43--46 46% % de óbitos em 1 ano ano.. • ¾ dos pacientes intubados sobreviveram a internação e metade destes continuavam vivos dois anos após. após. AFarias Farias AMC, Dalcin PTR, Menna Barreto SS. Tratamento intensivo na asma. Editora Atheneu, 2004, S. Paulo III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110 Rodrigo GJ e cols J Bras Pneumol. 2008 34(8): 546546-551 1 Risco de Falência Respiratória DPOC História clínica Co Co--morbidades Grau de disfunção respiratória basal Severidade da dispnéia Sinais clínicos Freqüência respiratória Uso de MM acessória Peek flow inútil Gases arteriais Acidose respiratória Ausência de melhora com TTo AFarias Asma Admissão prévia em UTI Ventilação mecânica Piora em tratamento ótimo Aumento do B2 nos últimos dias Acrescentar: Acrescentar: Silêncio a ausculta Alterações hemodinâmicas Sudorese Ansiedade, estupor ou coma Sem melhora 1-2h após início TTo Peek flow Útil Normo ou hipercapnia Hipoxemia Sem redução de PCO2 ou correção da hipoxemia García Vicente E, et al. Med Intensiva. 2011;35:2882011;35:288-98 Evidências para uso de VNI em EAEA-DPOC RISCO DE INTUBAÇÃO AFarias MORTALIDADE HOSPITALAR Quon BS e col. Chest 2008;133;7562008;133;756-766 Asma e VNI Authors' conclusions The application of NPPV in patients suffering from status asthmaticus, despite some interesting and very promising preliminary results, still remains controversial. Large, prospective, randomised controlled trials are therefore needed to determine the role of NPPV in status asthmaticus. AFarias Ram FS et al. Non-invasive positive pressure ventilation for treatment of respiratory failure due to severe acute exacerbations of asthma. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Jan 25;(1):CD004360 2 DPOC – Indicações para VM Invasiva • Incapaz de tolerar VNI, ou falência de VNI • Parada cardíaca • Pausas respiratórias com perda de consciência, ou respiração arquejante • Redução do nível de consciência, agitação psicomotora não controlada por sedação • Aspiração maciça • Incapacidade para expectorar • Freqüência cardíaca < 50 50/min, /min, com perda da lucidez • Instabilidade hemodinâmica severa, sem resposta a fluidos ou drogas vasoativas • Arritmias ventriculares severas • Hipoxemia ameaçadora em pacientes incapazes de tolerar VNI AFarias Global Strategy for the Diagnosis, Management and Prevention of COPD, COPD, (GOLD) 2011. Indicações de Intubação Traqueal e Ventilação Mecânica na Asma Aguda Tipo de Indicação Situação Clínica Parada cardíaca Parada respiratória Absoluta Hipoxemia não corrigida em uso de O2 sob máscara Significante alteração no estado mental Progressiva exaustão durante o curso do tratamento Arritmias graves Relativa Isquemia miocárdica Acidose láctica não resolvida 1.Não 1.Não--reversão ou piora da acidose respiratória (pH < 7,207,207,25), após tratamento pleno AFarias Dalcin PDR, Menna Barreto SS. Asma Grave no Adulto. Rotinas em Terapia Intensiva 3ª ed Porto Alegre: Artmed Editora, 2001: 128128-38. 53. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110. Intubação em Seqüência Rápida (Asmáticos) 1. Preparação e checagem de materiais e equipamentos 2. Pré Pré--oxigene ou hiperventile com 100% 100% de oxigênio 3. Administre 1,5 mg/Kg de lidocaína, IV 4. Administre 3 mcg/Kg de fentanil 5. Manobra de Sellick até insuflação do balonete 6. Após 01 min min.. Ketamina 1 a 2 mg/Kg (não libera histamina e produz broncodilatação). O propofol é uma alternativa de uso crescente (2 a broncodilatação). 2,5 mg/Kg) 7. Imediatamente após o agente indutor administre o bloqueador neuromuscular (rocurônio 0,9 mg/kg, ou vecurônio 0,3 mg/Kg) 8. Após 50 a 60 s. do agente paralizante realize a laringoscopia 9. Posicione suavemente o tubo na traquéia sob visão direta direta.. Após, realize a fixação do mesmo, atento a sua profundidade AFarias Farias AMC e cols. .Manejo das Vias Aéreas. In Teixeira PJZ, Silva LCC, eds. Doenças Respiratórias Graves: Manejo Clínico. Série Pneumologia Brasileira 2003; 3: 6262-89. 3 Fisiopatologia da Asma Heterogeneidade das alterações • A- Normal • B- Ocluido • C- Grande alçaponamento de ar • D- Pequeno alçaponamento de ar Ventilação Mecânica • Direcionamento da pressão positiva para áreas sem obstrução e conseqüentes conseqüentes:: Distensão Alterações hemodinâmicas Barotrauma Barotrauma.. AFarias Oddo M e cols. Intensive Care Med 2006, 32:50132:501-510 Hiperinsuflação e PEEP intrínseco Hiperinsuflação dinâmica secundária ao aprisionamento do ar decorrente de consecutivas expirações incompletas Medição da PEEPi em paciente ventilado. Necessária oclusão da válvula expiratória para medição. AFarias Levy BD, Kitch B, Fanta CH: Medical and ventilatory management of status asthmaticus. Intensive Care Med 1998, 24:10524:105-117. Asma – AutoAuto-PEEP (PEEP intrínseco) O novo ciclo inspiratório é ativado antes que o fluxo chegue a zero zero.. Esta ativação é feita com esforço adicional do paciente, realizado para negativar o autoauto-PEEP, em condição desvantajosa da musculatura e com maior trabalho elástico. elástico. AFarias García Vicente E, et al. Med Intensiva. 2011;35:288--2011;35:288---98 98 4 Ventilação Mecânica na Asma - Fluxo A medida que o fluxo é reduzido, redução observaobserva-se da pressão de pico e aumento da pressão de platô e do volume ao final da inspiração inspiração.. A variação do volume é menos significativa com Te > 4s e VM < 10 10l/min l/min.. O maior volume ao final da inspiração é correlacionado com barotrauma Oddo M e cols. Intensive Care Med 2006, 32:50132:501-510 McFadden ER Jr, e cols. N Engl J Med 1973 288:221– 288:221–225 Tuxen DV, Lane S. Am Ver Respir Dis 1987 136:872– 136:872–879 AFarias Ventilação Mecânica na Asma – Freqüência Resp. e Tempo expiratório Para um dado VM (VE) o volume ao final da expiração é minimizado pela combinação de redução de VC (Vt) e Fr Fluxo - 100l/min. (RR) alta alta.. Para um valor de VC (Vt) a hiperinsuflação é minimizada pelo aumento do tempo expiratório (Te) – redução da FR (RR) e consequentemente do VE. VE. Oddo M e cols. Intensive Care Med 2006, 32:50132:501-510 McFadden ER Jr, e cols. N Engl J Med 1973 288:221– 288:221–225 AFarias Tuxen DV, Lane S. Am Ver Respir Dis 1987 136:872–879 Objetivos da Ventilação Mecânica na Asma e DPOC Asma DPOC Reduzir o trabalho respiratório Promover o repouso muscular respiratório Evitar barotrauma Minimizar pulmonar a hiperinsuflação Melhorar a troca ventilação alveolar Estabilizar o enquanto o medicamentoso crise paciente tratamento reverte a gasosa e Possibilitar a resolução da causa básica / otimização do tratamento Possibilitar secreções aspiração de Possibilitar o sono AFarias III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110. 5 Ventilação Mecânica na Asma - Bases AFarias Ventilação Mecânica na Asma - Bases Asmáticos em VM SEM Hipercapnia AFarias Asmáticos em VM COM Hipercapnia Am J Respir Crit Care Med Vol 150. pp 17221722-1737, 1994 Ventilação Mecânica na Asma/DPOC – Estratégia Ventilatória • Para minimizar a hiperinsuflação pulmonar reduz reduz--se o Volume Minuto e prolonga--se o Tempo Expiratório. prolonga Expiratório. • Os volumes corrente e minuto devem ser baixos, com altos fluxos ventilatórios e com maior tempo expiratório. expiratório. Recomenda Recomenda--se Volume Minuto abaixo de 10 10l/min l/min.. • Prioriza Prioriza--se a oxigenação e não a normalização do Volume Minuto, evitando--se a hipoxemia, o barotrauma e as repercussões hemodinâmicas. evitando hemodinâmicas. • A elevação da PaCO2 e redução do pH devem ser aceitos como uma conseqüência imposta pela ventilação (hipercapnia permissiva) permissiva).. Em alguns casos advogaadvoga-se o uso de sol sol.. de bicarbonato para correção do pH. pH. • O uso da PEEP na ASMA é controverso e pode levar a piora da hiperinsuflação.. Em casos especiais, pode hiperinsuflação pode--se testar o uso de PEEP externo, monitorizando o impacto na hiperinsuflação hiperinsuflação.. AFarias III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110. Oddo M e cols. Intensive Care Med 2006, 32:50132:501-510 6 Ventilação Mecânica na Asma – Estratégia Ventilatória Parâmetro Modo ventilatório III Consenso Oddo e cols Controlados a pressão (D) Volume controlado < 10l/min Volume minuto Reduzido (C) Volume corrente 5-7 mL/kg (B) 6-10 ml/Kg peso ideal Freqüência resp. 7-11/min (B) 10 10--14/min. Tempo expiratório 4-5 s (B) 4 -5 s Fluxo inspiratório > 60 L/min. se VC (B) 60 60--80l/min. Desacelerada Forma do onda Desacelerada (D) Pico de pressão < 50 cmH2O (D) Pressão de platô < 35 cmH2O (D) < 30 cmH2O Peep externo Casos especiais (C) 0 cmH2O Auto--peep Auto < 15 cmH2O (D) PaCO2 < 90mmHg (B) pH > 7,0 (B) Oxigenação SaO2 > 95% (D) SaO2 > 90% III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110. Oddo M e cols. Intensive Care Med 2006, 32:50132:501-510 AFarias Ventilação Mecânica na DPOC – Estratégia Ventilatória Parâmetro III Consenso Modo ventilatório Controlados a Pressão ou Volume(D) Volume minuto Reduzido (D) Volume corrente 6-8 mL/kg (D) Freqüência resp. 10 10--12/min (D) Tempo expiratório Reduzido para I:E < 1:3 (D) Fluxo inspiratório > 40 40--80 L/min. se VC (D) Forma do onda Quadrado se VC (D) Pico de pressão < 45 cmH2O (D) Pressão de platô < 30 cmH2O (D) PEEP Externo 85% PEEPi (D) Auto--peep Auto < 15 cmH2O PaCO2 Atenção para não induzir alcalose pH > 7,27,2-7,4 (D) Oxigenação AFarias 60--80 mmHg (D) SaO2 > 90% , PaO2 60 III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 111111-s 118 Ventilação Mecânica Asma/ DPOC – Estratégia Ventilatória • O modo Pressão Controlada estabiliza melhor as pressões, porém sofre com a variabilidade de volume que necessita monitorização rigorosa para evitar hipo ou hiperventilação hiperventilação.. • No modo Volume Controlado são as pressões que carecem de limitação, podem levar a redução do VM VM.. O uso de fluxo desacelerado pode minimizar os freqüentes abortamentos do ciclo ao reduzir a pressão de pico.. pico • O Volume Pulmonar ao Final da Inspiração está melhor correlacionado com hiperinsuflação e barotrauma, porém é de difícil mensuração clínica.. clínica • A pressão de platô e a PEEPi são recomendados para monitorizar a hiperinsuflação. Devem ser correlacionados clinicamente hiperinsuflação. clinicamente.. • A pressão de pico é afetada pela resistência de vias aéreas, sendo menos importante na monitorização monitorização.. Está aumentada em função dos fluxos altos e resistência de via aérea elevados. elevados. AFarias III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 110. Oddo M e cols. Intensive Care Med 2006, 32:50132:501-510 7 Liberação de Aerossol em VM Técnica de Uso do Spray Dosimetrado 1. Acople o Spray Dosimetrado em orifício específico do espaçador (30 30cm cm do pac.., entre este e o umidificador /trocador de calor) pac 2. Se o paciente colaborativo solicite inspiração profunda e com pausa ao final da inspiração por 3-5 segundos; segundos; 3. Se não colaborativo observe o ciclo do respirador para aplicação no início da inspiração (Ideal VC >500ml, 500ml, FR baixa) 4. Aplique o Spray Dosimetrado no início da Inspiração 5. Repita a Operação a cada 15 segundos conforme prescrição 6. Após término do uso retraia e trave a câmara do espaçador Concentração Dose em VM Intervalo Fenoterol Medicação 100 mcg/dose 4-6 puffs 3-4 horas Salbutamol 100 mcg/dose 4-6 puffs 3-4 horas Brometo de Ipratrópio 16 mcg/dose 4-6 puffs 4-6 horas Se nebulização: fluxo 66-8L/min. Ajustar alarmes e volumes, se fluxo externo Dhand R, Tobin MJ. Am J Respir Crit Care Med 1997; 156:3– 156:3–10 Dhand R, Guntur VP. Clin Chest Med 2008;29(2):277 2008;29(2):277--96, VI Marick P, Hogan J. Chest 1999;115;1653 1999;115;1653--1657 Dhand R, Curr Opin Crit Care 2007;13:27 2007;13:27– –38 AFarias Desmame da Ventilação Mecânica Critérios para o Desmame FiO2 menor ou igual a 40% PEEP < ou = a 5 cmH2O PH > 7,3 e < 7,6 Broncoespasmo controlado Resistência das vias aéreas (RVA) < 20 cmH2O/ l/s Retirar a sedação Desmame em PSV ou tubo T Manter com máscara de Venturi, inalação com beta2beta2-agonista e corticosteróide endovenoso póspós-extubação AFarias SBPT. II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Jornal de Pneumologia. 2000; 26(2). Ventilação Mecânica na Asma/DPOC – Aspectos Relacionados • Analgésicos e sedativos – Evitar liberadores e histamina (Ex Ex.. Morfina e meperidina) (B) • Bloqueadores neuromusculares – Devem ser evitados se possivel (B) • Podem ser usada em situações especiais – Agentes anestésicos – Circulação extracorpórea – Mistura hélio hélio--oxigênio (Heliox) – Lavado brônquico Rodrigo C. Chest 2004;125;10812004;125;1081-1102 AFarias III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol, 2007;33(supl):S 106106-s 118 8 Ventilação Mecânica - Complicações • • • • • • • • • • Barotrauma Hipotensão Pneumonia Arritmia Coma reversível Atelectasias Estenose traqueal Sangramento Digestivo Miopatia Encefalopatia anóxica AFarias Am J Respir Crit Care Med Vol 150. pp 17221722-1737, 1994 AFarias Asma - Critérios de Transferência para UTI 1. Deterioração progressiva, a despeito de tratamento pleno (PEF < 100 l/min ou não mensurável ou VEF1 menor que 1 l) l);; 2. Hipoxemia grave (PaO2 < 60 mmHg / SaO2 < 90 90% % c/ FiO2 > 0,5); 3. Hipercapnia (PaCO2 > 45 mm Hg); Hg); 4. Freqüência respiratória > 40 incursões por minuto; minuto; 5. Sensação de exaustão ou incapacidade para falar; falar; 6. Pulso paradoxal ascendente ou em queda; queda; 7. Sinais de fadiga da musculatura respiratória 8. Inconsciência, confusão mental ou sonolência; sonolência; 9. Presença de comorbidades 10. Presença de complicações 11. Parada respiratória ou cardiorrespiratória; cardiorrespiratória; 12. Ventilação mecânica AFarias Barbas CSV e cols. Ventilação Mecânica nas Doenças Obstrutivas: Asma e DPOC. In Carvalho CRR, ed. Ventilação Mecânica, vol. II, Avançado. Série Clínicas Brasileiras de Medicina Intensiva. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. 9 DPOC - Critérios de Transferência para UTI • Dispnéia severa que responde inadequadamente ao tratamento na emergência • Mudança no Status mental (confusão , letargia, coma) • Hipoxemia persistente ou piorada (PaO2<40 mmHg) e ou severa acidose (pH < 7,25 25)) ou piora desta a despeito de oxigênio e VNI • Necessidade de Ventilação invasiva • Instabilidade hemodinâmica – necessidade de vasopressores AFarias Global Strategy for the Diagnosis, Management and Prevention of COPD, COPD, (GOLD) 2011. Liberação de Aerossol em VM • MDI - JET – Espaçador – Montagem no ramo inspiratório a 30 30--40 cm do Y do circuito – Descontinue humidificação /trocadores de calor – Aplique durante inspiração assistida – Tubo endotraqueal calibroso – Volume corrente > 500ml 500ml – Aumente TI, reduza a FR, considere pausa insp. insp. (3-5s) – Ajuste o fluxo p/ gerar aerossol (6-8l/min) l/min).. Ajuste alarmes e volumes em função do fluxo externo. externo. JET – Considere nebulização contínua. contínua. JET AFarias Adaptado de Phipps et al.Thorax al.Thorax 2003;58;81 2003;58;81--88 Critérios de seleção da VNI na IRespA •PCR •Instabilidade hemodinâmica ou elétrica (arritmias) •Incapacidade de proteger vias aéreas Ausência de contra-contra indicações •Incapacidade de ajustar a (trauma facial, queimaduras) máscara •Obstrução de via aérea (VA) alta •Pneumotórax não drenado •Secreção abundante •Não cooperação •Cirurgia recente em VA ou Ap. Ap.digestivo alto AFarias Liesching T. Chest 2003 10 Definições e Prognóstico • AAG refratária ou estado de mal asmático refratário – Deterioração clínica a despeito da intervenção farmacológica agressiva, evoluindo para IRespA com risco de vida. vida. • Menos de 5% dos pacientes com AAG necessitam de intubação e ventilação mecânica (VM), a mortalidade nestes casos varia de 0 a 38 38% %. • Rodrigo e cols encontraram mortalidade de 0,8% dos pacientes hospitalizados (Latino (Latino--América e Espanha) Espanha).. • Os pacientes que sobreviveram à VM apresentaram apresentaram:: taxa de mortalidade de 10 10% % no primeiro ano, 14 14% % em 3 anos e 23 23% % em 6 anos anos.. Farias AMC, Dalcin PTR, Menna Barreto SS. Tratamento intensivo na asma. Asma um grande desafio. Cruz AA ed. Editora Atheneu, 2004, S. Paulo Rodrigo GJ e cols J Bras Pneumol. 2008 34(8): 546546-551 AFarias AFarias Tratamento da Asma na UTI • Oxigênio – Baixos fluxos (V/Q) – Monitorização contínua da SaO2(>90 (>90--92 92% %) – Relato de altos fluxos comprometerem a ventilação em pacientes hipercápnicos • Broncodilatadores Beta 2 agonistas – Inalados ou sistêmico – Inalador – MDI (com espaçador) x nebulizador - JET – Contínuo ou intermitente AFarias Rodrigo C. Chest 2004;125;10812004;125;1081-1102 11 Tratamento da Asma na UTI • VMI – Intubação – Estratégia de ventilação • Não convencional – Ketamina , halotano, isoflurano – Lavado brônquico – Heliox em VM – ECMO AFarias Rodrigo C. Chest 2004;125;10812004;125;1081-1102 AFarias Fenótipos em Asma Quase Fatal Variável AFarias Asma aguda grave Asma aguda asfixiante Sexo Feminino > Masculino Masculino > Feminino Curso Dias Horas Incidência 80 80--85% 15 15--20% Função pulm. basal Obstrução moderada a grave Função normal ou pouco diminuída Patologia •Edema da parede brônquica •Hipertrofia das glândulas mucosas •Secreção espessada •Infiltrado eosinofílico •Broncoespasmo agudo •Infiltrado neutrofílico Resposta ao tratamento Lenta Rápida Prevenção Possível Indeterminada Teixeira PJZ e cols. Manejo do Paciente com Asma Aguda Grave. Série pneumologia Brasileira 2003; 3: 165165-172. Restrepo RD e cols. Current Opinion in Pulmonary Medicine 2008, 14:1314:13-23 12 Complicações da Asma Aguda Grave Complicação Método diagnóstico Pneumotórax, pneumomediastino, Rx de tórax enfisema subcutâneo, pneumoperiárdio, tampão mucoso, atelectasia Toxicidade da teofilina Dosagem sérica da teofilina Distúrbio eletrolítico (hipocalemia, hipofosfatemia, hipomagnesemia) Dosagem sérica de eletrólitos Arritmia ECG, monitorização cardíaca Miopatia CPK, ENMG, biópsia muscular Acidose lática AG e lactato sérico Hipotensão Monitorização PAM e hemodinâmica Injúria cerebral anóxica Ex. neurológico, EEG, TC crânio AFarias Dalcin PDR, Menna Barreto SS. Asma Grave no Adulto. In Menna Barreto SS e col. Rotinas em Terapia Intensiva 3ª ed . Porto Alegre: Artmed Editora, 2001: 128128-38. Tratamento da Asma na UTI: Metas • Impedir a morte iminente iminente.. • Tratar a obstrução do fluxo aéreo, de forma a impedir a insuficiência respiratória aguda. aguda. • Obter a melhor função pulmonar possível. possível. • Prevenir complicações • Evitar a recidiva da crise Farias AMC, Dalcin PTR, Menna Barreto SS. Tratamento intensivo na asma. Asma um grande desafio. Cruz AA ed. Editora Atheneu, 2004, S. Paulo AFarias Corticosteróides Manser R, Reid D, Abramson M. Corticosteroids for acute severe asthma in hospitalised patients (Cochrane Review) Review).. In: In: The Cochrane Library, Issue 1, 2007. 2007. Oxford: Oxford: Update Software Software.. Reviewers' conclusions No differences were identified among the different doses of corticosteroids in acute asthma requiring hospital admission. admission. Low dose corticosteroids (< or = 80 mg/day of methylprednisolone or < or = 400 mg/day of hydrocortisone) appear to be adequate in the initial management of these adult patients. patients. Higher doses do not appear to offer a therapeutic advantage. advantage. AFarias 13 Epidemiologia • Asma é a doença crônica mais comum no mundo. mundo. Representa > 1,5 milhões de atendimentos de emergência, 500. 500.000 hospitalizações e 5.000 mortes/ ano, só nos EUA. EUA. • No Brasil, são estimadas 2.000 mortes / ano por asma, 70 70% % durante a hospitalização e a maioria sem receber cuidados intensivos.. intensivos • No RS, em 1995 1995,, ocorreram 19 19..085 internações por asma pelo SUS.. As UTIs receberam 2,35 SUS 35% % dessas internações internações.. A mortalidade foi de 1 / 347 internações hospitalares, 40 40% % destas na UTI. UTI. Farias AMC, Dalcin PTR, Menna Barreto SS. Tratamento intensivo na asma. Asma um grande desafio. Cruz AA ed. Editora Atheneu, 2004, S. Paulo Rodrigo GJ e cols J Bras Pneumol. 2008 34(8): 546546-551 AFarias Epidemiologia • Em recente estudo Rodrigo e cols (2008) 2008) encontraram mortalidade de 0,8% dos pacientes hospitalizados (Latino(LatinoAmérica e Espanha). Espanha). • Menos e 5% dos pacientes com AAG necessitam de intubação e ventilação mecânica (VM), a mortalidade nestes casos varia de 0 a 38 38% %. • Os pacientes que sobreviveram à VM apresentaram apresentaram:: taxa de mortalidade de 10 10% % no primeiro ano, 14 14% % em 3 anos e 23 23% % em 6 anos anos.. Farias AMC, Dalcin PTR, Menna Barreto SS. Tratamento intensivo na asma. Asma um grande desafio. Cruz AA ed. Editora Atheneu, 2004, S. Paulo Rodrigo GJ e cols J Bras Pneumol. 2008 34(8): 546546-551 AFarias Estágios Clínicos da Asma Aguda de Acordo com a Gasometria Arterial Estágio PaO2 Estado Ventilatório clínico (mm Hg) AFarias PaCO2 SaO2 (%) (mm Hg) pH 1 Hiperventilação precoce > 80 < 35 > 94 > 7,45 2 Hiperventilação tardia 60 60--80 < 35 85 85--94 > 7,45 3 Normoventilação < 60 35 35--40 < 85 < 7,35 4 Hipoventilação < 60 > 45 < 85 < 7,35 Dalcin PDR, Menna Barreto SS. Asma Grave no Adulto. In Menna Barreto SS e col. Rotinas em Terapia Intensiva 3ª ed . Porto Alegre: Artmed Editora, 2001: 128128-38. 14 Diagnóstico Diferencial de Asma Aguda Vias aéreas superiores Vias aéreas inferiores Outras Edema de laringe Aspiração ICC esquerda Corpo estranho Corpo estranho Carcinóide Neoplasia Neoplasia Embolia pulmonar Estenose traqueal Estenose brônquica Pneumonias eosinofílicas Paralisia de cordas Exacerbação da DPOC Reações alérgicas vocais ou anafiláticas Disfunção cordas vocais de Exposição a fumaça ou vapores tóxicos Envenenamento por organofosforado Refluxo gastroesofágico Dalcin PDR, Menna Barreto SS. Asma Grave no Adulto. In Menna Barreto SS e col. Rotinas em Terapia Intensiva 3ª ed . Porto Alegre: Artmed Editora, 2001: 128128-38. AFarias Beta 2 Agonistas Cates CJ, Crilly JA, Rowe BH. BH. Holding chambers (spacers) versus nebulisers for beta beta--agonist treatment of acute asthma (Cochrane Review) Review).. In In:: The Cochrane Library, Issue 1, 2007. 2007. Oxford:: Update Software Oxford Software.. A substantive amendment to this systematic review was last made on 04 January 2006 2006.. Reviewers' conclusions Metered--dose inhalers with spacer produced outcomes that were Metered at least equivalent to nebuliser delivery. delivery. Spacers may have some advantages compared to nebulisers for children with acute asthma.. asthma AFarias Beta 2 Agonistas – Contínuo x Intermitente Camargo CA, Spooner CH, Rowe BH. BH. Continuous versus intermittent beta beta-agonists for acute asthma (Cochrane Review). Review). In: In: The Cochrane Library, Issue 1, 2007.. Oxford 2007 Oxford:: Update Software. Software. A substantive amendment to this systematic review was last made on 01 August 2003. 2003. Continuous" nebulisation was defined as truly continuous aerosol delivery of beta--agonist medication (e beta (e..g., using a commercially available largelarge-volume nebuliser, or a smallsmall-volume nebuliser with infusion pump) or sufficiently frequent nebulisations that medication delivery was effectively continuous (i. (i.e., 1 nebulisation every 15 minutes or > 4 nebulisations per hour). hour). Reviewers' conclusions Current evidence supports the use of CBA in patients with severe acute asthma who present to the emergency department to increase their pulmonary functions and reduce hospitalisation hospitalisation.. Moreover, CBA treatment appears to be safe and well tolerated in patients who receive it it.. AFarias 15 Anticolinérgicos Rodrigo GJ, Rodrigo C. The Role of Anticholinergics in Acute Asthma Treatment*:An EvidenceEvidence-Based Evaluation (CHEST 2002; 121:1977– 121:1977–1987) Conclusion “(1) The use of multiple doses of ipratropium bromide are indicated in the ED treatment of children and adults with severe acute asthma. The studies reported a substantial reduction in hospital admissions (30 to 60%; number needed to treat, 5 to 11) and significant differences in lung function favoring the combined treatment. treatment. No apparent increase in the occurrence of side effects was observed...” AFarias Anticolinérgicos Plotnick LH, Ducharme FM FM.. Combined inhaled anticholinergics and beta beta2 2-agonists for initial treatment of acute asthma in children (Cochrane Review) Review).. In In:: The Cochrane Library, Issue 1, 2007.. Oxford 2007 Oxford:: Update Software Software.. A substantive amendment to this systematic review was last made on 25 April 2000. 2000. Reviewers' conclusions A single dose of an anticholinergic agent is not effective for the treatment of mild and moderate exacerbations and is insufficient for the treatment of severe exacerbations exacerbations.. Adding multiple doses of anticholinergics to beta beta2 2 agonists appears safe, improves lung function and would avoid hospital admission in 1 of 12 such treated patients patients.. Although multiple doses should be preferred to single doses of anticholinergics, the available evidence only supports their use in schoolschool-aged children with severe asthma exacerbation.. There is no conclusive evidence for using multiple exacerbation doses of anticholinergics in children with mild or moderate exacerbations.. exacerbations AFarias Critérios de Gravidade e Risco Fatal Identificação da Gravidade da Crise Atual Duração prolongada dos sintomas Fadiga extrema Alteração do estado mental Privação do sono Retardo no auxílio médico Exacerbação ou recidiva em vigência de tratamento adequado Idade > 55 anos Comorbidades Incapacidade de assumir a posição supina FC > 120 bpm, FR > 30 ipm, pulso paradoxal > 12 mm Hg Incapacidade de falar ou fala monossilábica Uso da musculatura acessória da respiração Sudorese, tórax silencioso, cianose, alteração do sensório Sinais de pneumotórax ou pneumomediastino - Enfisema subcutâneo, desvio da traquéia, assimetria do tórax AFarias 16 Critérios de Gravidade e Risco Fatal História Clínica Pregressa 1. Intubação e ventilação mecânica prévia, 2. Acidose respiratória, 3. Três ou mais visitas a emergência ou 2 ou mais hospitalizações por asma no último ano, 4. Hospitalização no último mês, 5. Tratamento crônico com corticóide no último ano, 6. Suspensão recente da corticoterapia, 7. Tratamento médico inadequado, 8. Má aderência ao tratamento, 9. Problemas psicológicos ou psicossociais psicossociais.. AFarias Doses dos Beta2Beta2-Adrenérgicos na Asma Aguda Apresentação Doses e intervalos Via Inalatória Observação Salbutamol solução (5mg/ml) 2,5 – 5 mg a cada 20 min por 3 doses; após, até h/h. Diluir com SF 10 10--15 mg /h contínuo. Inalatória Diluir com SF Salbutamol spray (100 mcg/jato) 4-8 jatos a cada 20 min por 3 doses; após até h/h. Inalatória Com espaçador Salbutamol injetável 0,5mg/ml 200 mcg em 10 min, seguido da infusão de 33-12 mcg/min. Intravenosa Controverso Fenoterol gotas (5g/ml) 2,5 – 5 mg a cada 20 min por 3 doses; após, até h/h. Inalatória Diluir com SF Terbutalina injetável (0,5 mg/ml) 0,25 mg a cada 20 min por 3 doses; e, após, até 2/2 hs. Subcutânea Preferir via IN 250 mcg em 10 min, seguido da infusão de 33-12 mcg/min. Intravenosa Controverso Adrenalina 1:1000 (1 mg/ml) 0,3 a 0,5 mg a cada 20 min por 3 doses. Subcutânea Preferir via IN 0,2 mg dose de ataque em 5 min, seguido de 11-20 mcg/min. Intravenosa Controverso Dalcin PDR, Menna Barreto SS. Asma Grave no Adulto. In Menna Barreto SS e col. Rotinas em Terapia Intensiva 3ª ed . Porto Alegre: Artmed Editora, 2001: 128128-38. AFarias Tratamento da Asma na UTI • Corticóides – 6-24 24h h para início de ação (ação dependente de síntese protéica) – Dose – controversa “Higher doses (>80 (>80 mg/dia MP) do not appear to offer a therapeutic advantage” Cochrane Review, 2007 – Sistêmicos x Inalados – Inalados – ação < 3h (efeito tópico) tópico).. Vasoconstricção da mucosa, potenciação de efeitos adrenérgicos a nível de receptores pós -sinápticos. sinápticos. Benefício x placebo • Anticolinérgicos – Aumento do tono vagal em via aérea – Incremento da função e redução das hospitalizações (doses altas, múltiplas) AFarias Rodrigo C. Chest 2004;125;10812004;125;1081-1102 17 Doses dos Anticolinérgicos e Corticosteróides na Asma Aguda Apresentação Doses e intervalos Via Prednisona 60 mg 6/6 hs Oral Metilprednisolona 60 – 125 mg 6/6 hs. Intravenosa Hidrocortisona 2 – 3 mg/kg 4/4 hs Intravenosa Apresentação Doses e intervalos Via Brometo de ipratrópio 0,5 mg a cada 20 minutos por 3 Inalatória sol.. p/ neb sol neb.. (0,25 25mg/ml) mg/ml) doses e, após, a cada 2-4 h. Brometo de ipratrópio spray (0,020 mg/jato) 4 a 8 jatos a cada 20 min min.. por 3 Inalatória doses e, após, a cada 2-4 h. Dalcin PDR, Menna Barreto SS. Asma Grave no Adulto. In Menna Barreto SS e col. Rotinas em Terapia Intensiva 3ª ed . Porto Alegre: Artmed Editora, 2001: 128128-38. AFarias Tratamento da Asma na UTI Xantinas - controverso Travers et al . Chest 2002; 2002;122; 122;12001200-1207 The use of IV B2-agonists compared to inhaled B2-agonists or IV methylxanthines did not lead to any significant differences in pulmonary functions, laboratory measures of ventilation and oxygenation, or clinical failure/success.. failure/success Heliox - controverso Ho AM et al. al.Chest Chest.. 2003 Mar; Mar;123( 123(3):882882-90 There are insufficient data on whether heliox can avert tracheal intubation, or change intensive care and hospital admission rates and duration, or mortality.. mortality AFarias Tratamento da Asma na UTI Magnésio - controverso Rodrigo et al. al. Am J Emerg Med. Med. 2000 Mar; Mar;18 18((2):216216-21 The existing evidence reveals that the addition of MgSO4 MgSO4 to ED patients with moderate to severe asthmatic exacerbations does not alter treatment outcomes outcomes.. VNI - controverso Cochrane Database Syst Rev. Rev. 2005 Jan 25 25;;(1):CD004360 CD004360 The application of NPPV in patients suffering from status asthmaticus, despite some interesting and very promising preliminary results, still remains controversial... controversial... AFarias 18