Relatório Contas ASA 2010
Transcrição
Relatório Contas ASA 2010
Conteúdo Introdução ......................................................................................................................................... 3 I. Contexto Económico e Actividade da ASA em 2010 ......................................................... 4 1. Conjuntura Económica Internacional ............................................................................... 4 2. Conjuntura Económica Nacional ....................................................................................... 6 3. Desempenho do Sector de Transporte Aéreo em 2010 ................................................ 7 4. Desempenho da ASA em 2010 ......................................................................................... 8 5. Recursos Humanos ........................................................................................................... 13 II. Apresentação das Demonstrações Financeiras ............................................................... 17 1. Os Rendimentos ............................................................................................................ 17 1.1 Rendimentos de Navegação Aérea ........................................................................ 18 1.2 Rendimentos de Exploração Aeroportuária .......................................................... 19 1.3 Outros Rendimentos ................................................................................................. 21 2. Gastos ............................................................................................................................. 22 2.2 Gastos com Pessoal ................................................................................................. 27 2.3 Gastos com Amortizações e Reintegrações ......................................................... 29 2.4 Outros Gastos ............................................................................................................ 30 3 Resultados ...................................................................................................................... 31 4 Os Investimentos ........................................................................................................... 32 5 O Fluxo de Caixa ........................................................................................................... 34 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................... 36 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................... 42 Relatório de Contas 2010 Página 2 Introdução O presente relatório tem por objectivo apresentar de forma sucinta e clara a situação financeira e patrimonial da ASA, S.A. – Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea, Sociedade Anónima, a 31 de Dezembro de 2010. Para o efeito, foram elaboradas as Demonstrações Financeiras da empresa, com base no Normativo Contabilístico de Cabo Verde, aprovado pelo Decreto/Lei nº 05/2008 de 04 de Fevereiro de 2008. As Demonstrações Financeiras, conforme o estipulado no Normativo Contabilístico em vigor, compõem-se das seguintes peças: 1. Um Balanço, referente à 31 de Dezembro de 2010, que tem por objectivo evidenciar a situação financeira da empresa nesta data; 2. Uma Demonstração de Resultados do período em apreço (01 de Janeiro à 31 de Dezembro de 2010), evidenciando o desempenho da empresa ao longo do referido período; 3. Um Mapa de Fluxos de Caixa do período, evidenciando os fluxos monetários gerados pela empresa ao longo do referido período; 4. Um Mapa de Alterações no Capital Próprio do período em apreço (01 de Janeiro à 31 de Dezembro de 2010), evidenciando as modificações ocorridas no património líquido da empresa, resultantes da actividade da empresa ao longo do referido período; 5. Um Anexo, com notas explicativas às contas. Este relatório encontra-se estruturado da seguinte forma: Parte I – Contexto Económico e Actividade da ASA em 2010, onde se faz por um lado, uma breve caracterização da conjuntura económica internacional e nacional que serviu de pano de fundo para o desenrolar da actividade da empresa e, por outro lado, uma caracterização do desempenho da ASA enquadrada na referida conjuntura. Parte II – Apresentação das Demonstrações Financeiras, onde faremos a apresentação dos mapas legais já referidos, o seu desdobramento, análise e comentários pertinentes para a sua compreensão. Relatório de Contas 2010 Página 3 I. Contexto Económico e Actividade da ASA em 2010 1. Conjuntura Económica Internacional O crescimento económico em 2010 deu sinais de sólida recuperação. Os principais indicadores económicos (quantitativos e qualitativos), nomeadamente o indicador do clima económico e os indicadores de confiança dos diversos sectores económicos, apontam claramente que a actividade económica está em recuperação e revelam um desempenho positivo no primeiro semestre de 2010. Com efeito, a economia mundial continuou, em 2010, a recuperação que se iniciou no segundo semestre de 2009, após a forte recessão global ocorrida nos anos de 2008 e 2009. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook), a economia mundial registou um crescimento de aproximadamente 5,0% em 2010, recuperando de uma recessão global caracterizada pela retracção do crescimento do produto em termos reais da economia mundial de -0,6% em 2009. A actual fase de recuperação tem-se caracterizado por um crescimento mais moderado nas economias avançadas, apesar de melhor do que inicialmente esperado, apresentando níveis de desemprego ainda elevados, enquanto nos mercados emergentes a actividade permanece robusta e alguns sinais inflacionistas começam a manifestar-se, aparentando sintomas de sobreaquecimento. O desempenho global foi liderado pelas economias emergentes e em desenvolvimento que, no seu conjunto terão crescido 7,1%. Merecem particular destaque os desempenhos da economia Chinesa, Indiana e Brasileira, que terão crescido 10,3%, 9,7% e 7,5%, respectivamente. A recuperação foi igualmente extensível às economias desenvolvidas, não obstante terem registado um menor ritmo de crescimento, que se cifrou em 3%. A economia Norte-Americana cresceu 2,8% do PIB e o Japão 4,3% (a taxa mais elevada desde 1990), tendo os países da Zona do Euro registado um crescimento de 1,8%. Dentro destes, merece destaque particular o desempenho da economia Alemã, com um crescimento de 3,6%, exercendo o papel de motor da Zona Euro. Em África, com a retoma da economia mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento estima que a economia do continente cresça entre 4.5% a 5.0%. No que respeita à evolução dos preços, verifica-se também uma evolução distinta, tendo a ampla capacidade económica ainda ociosa e as expectativas de inflação bem ancoradas contribuído para uma evolução moderada dos preços no consumidor nas economias desenvolvidas, de cerca de 1,5%. Nas economias emergentes e em desenvolvimento, o forte crescimento económico e a subida dos preços dos bens alimentares, que se manteve persistente ao longo do ano, começou a ter impacto nos preços no consumidor, cujo crescimento se cifrou em 6,3%. O ano de 2010 ficou também caracterizado pela recuperação do comércio mundial, tendo os volumes de bens e serviços transaccionados crescido cerca de 12% em 2010, face a uma forte contracção de 10,7% registada em 2009. O Gráfico seguinte mostra-nos o Desempenho da Evolução do PIB Mundial no período 2006 a 2010: Relatório de Contas 2010 Página 4 Relatório de Contas 2010 Página 5 2. Conjuntura Económica Nacional Os dados do Banco de Cabo Verde (BCV) e do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), sugerem alguma recuperação económica nacional em 2010. A ligeira recuperação da confiança dos agentes no comércio e nos transportes, o comportamento positivo para a indústria, a estabilização e a recuperação do sector da construção civil e dos serviços, explicam essa evolução favorável dos indicadores económicos em 2010. O desempenho do crescimento económico em Cabo Verde é visível na evolução de alguns indicadores quantitativos e qualitativos, com a produção interna a crescer cerca de 5,6%. As receitas do turismo cresceram 5,0% no primeiro semestre de 2010, em linha com o aumento da procura turística (5,4%), depois de terem diminuído 20% em 2009. No 3º trimestre contudo, desaceleraram para cerca de 1,0% em termos homólogos, reflectindo o abrandamento do ritmo de recuperação dos principais países emissores do turismo (Reino Unido, Portugal, Alemanha, entre outros). INDICADORES SOBRE O DESEMPENHO DA ECONOMIA CABOVERDEANA NO PERÍODO 2008 A 2010 Rúbricas Unidades 2008 PIB Real % 6,4 Stock de Dívida Externa Pública Milhões CVE 53.443,3 Stock de Dívida Externa Privada Milhões CVE 17.377,9 Câmbio Médio Anual USD/CVE 82,4 Inflação Média Anual 6,8 Défice da BTC/PIB % ‐11,7 Desemprego % 17,8 Investimento Directo Estrangeiro % do PIB 13,4 Massa Monetária V. Anual % 9,9 Reservas Cambiais Meses de Importação 3,4 Remessas de Emigrantes Milhões CVE 11.029,2 Crédito Interno Total Variação 15,4 Crédito SPA Variação ‐9,8 Crédito à Economia Variação 24,7 Fonte : BCV, MTFSS e INE Previsão 2009 4,0 58.866,1 18.525,9 75,4 1,0 ‐11,1 20,9 8,0 3,3 3,5 10.331,8 14,7 ‐12,2 11,8 2010 5,6 67.700,3 20.351,7 83,4 2,1 ‐7,5 6,2 6,7 4,2 10.848,4 7,7 3,7 8,7 O Quadro acima evidencia os indicadores de desempenho da economia Cabo-verdiana no período 2008 a 2010 e permite-nos tirar as seguintes ilações: 9 Que a taxa de inflação, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), deverá situar-se no intervalo [1.6% - 2,1%] em 2010, com aumento, em Dezembro, de 0,3 pontos percentuais na taxa de variação média de 12 meses do IPC. Relatório de Contas 2010 Página 6 9 Que o indicador de consumo cresceu 29,8% em termos homólogos, tendo concorrido para esta evolução o aumento expressivo registado nas importações de bens de consumo duradouro e a aceleração das importações de bens de consumo não duradouros. 9 Que os indicadores de investimento, designadamente as importações de bens de construção e bens de equipamento estimularam a recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), não obstante as importações de materiais de transporte terem registado uma queda de 3,7%. 9 Que as reservas internacionais líquidas do Banco de Cabo Verde ascenderam a 294,1 milhões de Euros em finais de Dezembro, crescendo em 7,2% face ao período homólogo, devido sobretudo aos desembolsos da ajuda pública ao desenvolvimento. Em 2010, as reservas cambiais atingiram 4,2 meses de importação. 9 Que em 2010, as remessas de emigrantes em divisas cresceram cerca de 1,35% relativamente ao ano de 2009, tendo atingido o valor de 10,3 milhões de contos. A evolução favorável das transferências ocorreu no 2º semestre do ano, com um incremento de +7,24% contra -5,2% do semestre anterior. Portugal e França destacam-se entre os países que mais têm contribuído, representando cerca de 30,9% e 22,7% do total das remessas. 9 Que o défice da balança de mercadorias cresceu 9% em 2010, reflectindo a aceleração das importações (10%), por quanto as exportações registaram um aumento expressivo no ano (33,5%). O aumento da procura também se reflectiu no comportamento das importações e refira-se que a importação de bens de consumo contribuiu para o aumento da importação de mercadorias em 2010. 9 A aceleração dos preços internacionais de produtos alimentares e do petróleo, conjugado à difícil conjuntura económica dos principais parceiros de Cabo Verde que se viram obrigados a adoptarem medidas de austeridade visando a execução de um programa rígido de consolidação orçamental, com efeitos directos nos investimentos externos (turismo, transferências oficiais e remessas dos emigrantes), constituem algumas incertezas para a economia cabo-verdiana no exercício de 2011. 3. Desempenho do Sector de Transporte Aéreo em 2010 Após a forte regressão no tráfego mundial verificado nos últimos anos resultante da crise financeira e imobiliária a demanda do mercado parece dar sinais de retoma. As últimas previsões feitas pela IATA no decorrer de 2010 apontavam um tímido crescimento do tráfego mundial (4,9%). Mas, o ano encerrou com dados mais optimistas, um aumento na ordem dos seis pontos percentuais, mais de dois pontos percentuais acima do previsto. Os movimentos de aeronaves evoluíram positivamente em todas as regiões devido a “recuperação acentuada do comércio mundial”. Relatório de Contas 2010 Página 7 O número de passageiros transportados em 2010 cresceu cerca de 6,3% em relação a 2009, totalizando 2,5 mil milhões de pessoas. O tráfego de passageiros internacionais cresceu 7,3% e o doméstico 5,2%. Relativamente a Carga, esperava-se em 2010 um crescimento de 7,0% atingindo 37,7 milhões de toneladas, mas o fecho do ano superou as expectativas com um aumento de 16,8% mais de 67,0 milhões de toneladas. De notar que o desempenho da indústria da aviação continua sendo muito afectado pelo aumento do preço dos combustíveis, que segundo a IATA representou 36% do total dos custos operacionais em 2009. Para 2010, previu-se que o preço dos combustíveis representaria 26% do total dos custos operacionais das companhias aéreas. 4. Desempenho da ASA em 2010 O quadro seguinte espelha os principais indicadores de gestão da ASA no período 2009/10: INDICADORES DE GESTÃO INDICADORES ATM (Movimentos Aeronaves) Total de Passageiros Total de Carga (em Kg) Movimentos na FIR Rendimentos totais Gastos totais EBITDA (Resultados antes Deprec, Juros e Impo EBIT (Resultados antes Juros e Impostos) EBT (Resultados antes Impostos) Imposto s/Rendimentos R. Líquido VAB Investimentos Autofinanciamento 2010 33.415 1.700.702 3.660.550 39.273 4.849.226 4.427.344 1.608.651 642.756 421.882 (103.484) 318.398 3.127.065 574.849 1.426.307 2009 31.218 1.531.799 3.353.101 37.731 4.650.985 4.657.700 1.245.283 278.152 (6.715) (18.264) (24.979) 2.774.786 520.267 1.225.161 Var. 2010/09 Valor % 2.197 7,0% 168.903 11,0% 307.449 9,2% 1.542 4,1% 198.242 4,3% (230.356) -4,9% 363.368 29,2% 364.604 131,1% 428.598 6382,3% (85.220) 466,6% 343.378 1374,6% 352.279 12,7% 54.582 10,5% 201.147 16,4% Alinhada com o sector onde se encontra inserida e bem assim o contexto económico subjacente, a ASA registou um extraordinário desempenho tanto em termos de volume de tráfego como em termos económico-financeiro. Os resultados líquidos do período ascenderem a 318.398 contos. O volume de negócios atingiu a cifra de 4.849.226 contos. O valor acrescentado bruto (VAB) foi de 3.127.065 contos e o EBITDA (resultados antes de juros, impostos depreciações e amortizações) foi de 1.608.651 contos. Relatório de Contas 2010 Página 8 Não obstante no início do ano ainda se sentir os efeitos da crise mundial, verificámos ao longo do ano uma melhoria da actividade da empresa, pelo que podemos concluir que o ano foi de excelente desempenho, sendo de destacar: ¾ Os Movimentos na FIR Oceânica Os movimentos na nossa região de informação de voo ascenderam os 39.273 sobrevoos, um aumento de mais de 4% face a igual período do ano anterior, ao qual correspondeu uma facturação de aproximadamente 3.123.024 contos, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior. Podemos verificar que, a retoma deu-se a partir do 2º trimestre tendo o último trimestre registado um aumento de 11,3% face ao período homólogo. O Ranking de operadoras na Fir Oceânica continua a ser dominado pela TAP Air Portugal com cerca de 19% do total dos sobrevoos registado tendo mesmo aumentado em 2010 mais 9% dos seus movimentos. A companhia nacional TACV, também registou um aumento de 15%, mantendo em 5º lugar no ranking. Tendência inversa teve a IBERIA, que não obstante estar em terceiro lugar no Ranking, baixou em 8% os seus movimentos face a igual período do ano anterior. Sobrevoos/Facturação na Fir 2009/2010 Meses Janeiro Fevereiro Março 1ºTrimestre Abril Maio Junho 2ºTrimestre Julho Agosto Setembro 3ºTrimestre Outubro Novembro Dezembro 4ºTrimestre Total Variação Moviment os 2009 2010 2010/2009 3.416 3.275 2.906 2.921 -4,1% 0,5% 3.378 3.196 -5,4% 9.700 9.392 -3,2% 3.005 2.899 -3,5% 2.926 2.995 2,4% 2.918 3.158 8,2% 8.849 9.052 2,3% 3.394 3.615 6,5% 3.419 3.637 6,4% 3.072 3.227 5,0% 9.885 10.479 6,0% 3.118 3.487 11,8% 3.089 3.329 7,8% 3.090 3.534 14,4% 9.297 10.350 11,3% 37.731 39.273 4,1% Ranking de Companhias que operam na FIR OCEÂNICA Movimentos Variação CODE 2009 2010 % TAP Air Portugal TAP 7.006 7.621 9% TAM Linhas Aereas, SA TAM 5.014 5.307 6% IBERIA-Lineas A. Espana, SA IBE 4.641 4.264 -8% Group Air France AFR 3.806 3.679 -3% TACV Cabo Verde Airlines TCV 1.855 2.134 15% Delta Airlines, Inc DAL 1.892 1.656 -12% South African Airways SAA 1.252 1.371 10% Deutche Lufthansa, A.G. DLH 1.180 1.172 -1% Aerolineas Argentinas ARG 856 951 11% LAN Chile LAN 754 816 8% Air Europa Lineas A.,S.A.U. AEA 681 783 15% British Airways BAW 702 708 1% Royal Dutch Airlines KLM 616 626 2% Aerosur RSU 168 299 78% Arik Air,Ltd ARA 26 295 1035% Sonair ,SA SOR 62 107 73% OUTRAS 7.220 7.484 4% TOTAL 37.731 39.273 4,1% Operadoras ¾ Sector Aeroportuário Movimento de Aeronaves As variações foram igualmente positivas. Foram processadas 33.415 aeronaves nos aeroportos e aeródromos do país, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Através do quadro dos movimentos de aeronaves, verifica-se que a recuperação deu-se a partir de Abril de 2010 tendo sido registado no último trimestre o maior aumento. Relatório de Contas 2010 Página 9 AERONAVES MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO ATER. 1.297 1.138 1.264 1.391 1.266 1.308 1.610 1.678 1.352 1.367 1.424 1.619 DESC. 1.295 1.141 1.260 1.390 1.270 1.306 1.606 1.677 1.352 1.364 1.428 1.612 TOTAL 16.714 16.701 TOTAL VAR.09/10 2.592 -4,3% 2.279 -7,2% 2.524 -4,9% 2.781 10,7% 2.536 5,1% 2.614 7,7% 3.216 11,7% 3.355 1,3% 2.704 9,2% 2.731 13,4% 2.852 22,9% 3.231 22,0% 33.415 7,0% O AIAC, continua sendo o aeroporto de maior movimento aeroportuário, não obstante os aumentos registados no ABV no ADP. No contexto dos aeródromos destaque vai para o de S. Filipe no Fogo, que registou um aumento de 14% comparado com o ano de 2009. MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL % TOTAL 2009 % Variação 2010/09 AIAC 945 824 940 912 870 888 1.046 1.001 826 925 888 1.019 11.084 33% 10.967 35% ADP 740 654 737 936 774 804 985 1.067 895 871 913 1.052 10.428 31% 9.607 31% ASP 358 318 346 370 338 339 474 520 396 346 353 436 4.594 14% 4.613 15% 1,1% 8,5% -0,4% AERONAVES ABV FOGO S. NICOLAU 305 162 48 279 130 46 304 135 36 298 187 48 290 188 48 320 183 46 376 215 82 397 253 79 314 178 55 319 182 42 372 204 42 364 218 58 3.938 2.235 630 12% 7% 2% 3.454 1.565 644 11% 5% 2% 14,0% 42,8% -2,2% MAIO 34 28 26 30 28 34 38 38 40 46 80 84 506 2% 368 1% TOTAl 2.592 2.279 2.524 2.781 2.536 2.614 3.216 3.355 2.704 2.731 2.852 3.231 33.415 100% 31.218 100% 37,5% 7,0% Movimento de Passageiros O volume de passageiros em 2010 (embarcados, desembarcados e em trânsito), ascendeu a mais de 1,7 milhões, registando uma variação de 168.903 passageiros, mais 11% face a igual período do ano anterior. Relatório de Contas 2010 Página 10 MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL PASSAGEIROS TOTAL VAR.09/10 EMB. DES 66.499 59.553 64.873 63.732 56.692 55.545 76.600 95.133 71.597 58.600 64.246 72.076 805.146 61.248 127.747 58.737 118.290 64.716 129.589 60.642 124.374 55.557 112.249 58.485 114.030 84.206 160.806 86.667 181.800 63.915 135.512 58.366 116.966 65.335 129.581 81.047 153.123 798.921 1.604.067 3,4% 10,2% 11,1% 2,6% 4,3% 2,6% 13,3% 13,0% 15,8% 13,6% 19,4% 20,9% 11,0% TRANS. 10.232 7.769 10.238 7.617 7.042 6.786 8.309 10.057 8.495 6.287 5.821 7.982 96.635 Confirmando a tendência de recuperação da actividade, podemos verificar que à excepção dos meses de Janeiro e de Abril a Junho (época baixa), onde o aumento foi menor, registou-se uma média de crescimento nos outros meses na ordem dos 15%, face ao ano anterior. O Aeroporto do Sal continua ainda a ser o de maior fluxo de passageiro, com 36%, seguido do ADP com 30%, o ABV com 17% e o ASP com 11%. Na generalidade dos aeroportos houve aumentos do número de passageiros com destaque para o ABV que aumentou em mais de 22% face a ano de 2009. Destaque também vai para a variação registada em todos os aeródromos que viram o movimento de passageiros aumentado numa média de 23% face aos movimentos de 2009. MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL 2010 % TOTAL 2009 % Variação 2010/09 AIAC 54.658 49.743 56.606 47.189 40.033 40.657 54.607 62.500 48.901 44.523 49.071 57.126 605.614 36% 561.873 37% ADP 37.887 34.506 37.373 38.367 36.498 36.426 53.596 60.555 44.837 37.008 40.902 48.850 506.805 30% 470.869 31% ASP 14.350 13.725 13.648 13.629 13.454 12.933 21.767 24.314 17.262 13.571 14.229 17.640 190.522 11% 175.335 11% 7,8% 7,6% 8,7% Relatório de Contas 2010 PASSAGEIROS ABV FOGO S. NICOLAU 23.034 5.078 1.810 20.503 4.681 1.708 24.319 4.986 1.680 23.739 5.978 1.887 20.542 5.847 1.719 21.929 5.596 1.874 28.043 6.067 3.726 31.955 7.121 3.783 23.963 4.994 2.564 20.192 5.004 1.515 21.346 6.729 1.469 26.167 7.078 2.199 285.732 69.159 25.934 17% 4% 2% 233.346 55.499 21.174 15% 4% 1% 22,4% 24,6% 22,5% MAIO TOTAl 1.162 137.979 1.193 126.059 1.215 139.827 1.202 131.991 1.198 119.291 1.401 120.816 1.309 169.115 1.629 191.857 1.486 144.007 1.440 123.253 1.656 135.402 2.045 161.105 16.936 1.700.702 1% 100% 13.703 1.531.799 1% 100% 23,6% 11,0% Página 11 Movimento de Carga e Correios Analisando os dados de Carga e Correios, podemos observar que a houve em 2010, um aumento de carga movimentada nos aeroportos de Cabo Verde, em 9,2%. Foram movimentadas cerca de 3.660,55 toneladas, das quais 62% são carga desembarcada. Relativamente ao movimento de correio, que em 2010 ascendeu a 346.978 unidades, registamos uma diminuição de 18,5% face ao ano de 2009, facto que poderá ser explicado pela massificação do uso de tecnologias de informação, nomeadamente o uso da internet e do e-mail, com impactos directos no correio transportado. MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL 2010 CARGAS (Kg) CORREIOS EMB. DES TOTAL VAR.09/10 112.006 228.051 340.057 7,7% 101.048 170.161 271.209 -11,6% 123.547 180.176 303.723 -2,1% 106.057 153.335 259.392 16,3% 108.558 176.938 285.496 23,4% 122.544 173.006 295.550 30,8% 121.704 190.941 312.645 28,7% 109.666 205.777 315.443 26,5% 121.931 192.224 314.155 23,4% 122.702 169.116 291.818 -4,4% 105.040 192.292 297.332 -8,7% 139.964 233.766 373.730 3,2% 1.394.767 2.265.783 3.660.550 9,2% EMB. 11.294 10.659 13.463 11.286 10.813 11.218 9.924 10.651 9.918 11.499 9.613 17.763 138.101 DES 18.498 16.572 17.936 16.022 16.523 16.405 15.802 15.148 16.572 19.701 16.591 23.107 208.877 TOTAL VAR.09/10 29.792 -34,7% 27.231 -27,4% 31.399 -14,6% 27.308 -23,7% 27.336 -15,6% 27.623 -25,3% 25.726 -15,5% 25.799 -11,1% 26.490 -14,0% 31.200 -15,4% 26.204 -19,2% 40.870 0,1% 346.978 -18,5% Relativamente a Carga movimentada nos aeroportos nacionais, registamos um fluxo maior no ADP, com 42% do total, o AIAC em segundo lugar com 35% e o ASP com 12% do total transportado. O domínio do ADP neste segmento, prende-se essencialmente com a natureza dos voos com origem e destino a Praia, voos regulares de carga e passageiros da TAP e da TACV, enquanto nos outros aeroportos, mais precisamente o AIAC e o ABV, são essencialmente charter “Low-Costs” que não fazem o transporte de carga. MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL 2010 % TOTAL 2009 % Variação 2010/09 TOTAL DE CARGA EMBARCADA E DESEMBARCADA AIAC ADP ASP ABV FOGO S. NICOLAU MAIO TOTAl 114.347 144.831 38.513 29.974 7.139 3.733 1.520 340.057 89.042 112.689 39.010 22.517 4.751 2.324 876 271.209 107.502 124.504 40.657 21.690 5.634 2.721 1.015 303.723 91.437 101.328 34.517 21.808 6.121 2.061 2.120 259.392 100.763 112.586 44.144 17.942 6.101 2.448 1.512 285.496 78.291 142.018 42.156 20.633 7.771 2.892 1.789 295.550 92.540 138.202 49.670 21.656 4.468 5.076 1.033 312.645 113.739 131.735 34.598 27.215 3.948 2.408 1.800 315.443 94.588 138.812 45.550 27.413 3.550 2.798 1.444 314.155 84.019 124.568 49.590 22.143 5.155 3.954 2.389 291.818 100.073 132.040 34.129 21.038 5.332 3.472 1.248 297.332 130.490 144.674 46.776 29.630 15.766 5.278 1.116 373.730 1.196.831 1.547.987 499.310 283.659 75.736 39.165 17.862 3.660.550 33% 42% 14% 8% 2% 1% 0% 100% 1.158.730 1.434.420 401.543 250.665 61.055 26.649 20.039 3.353.101 35% 43% 12% 7% 2% 1% 1% 100% 3,3% Relatório de Contas 2010 7,9% 24,3% 13,2% 24,0% 47,0% -10,9% 9,2% Página 12 5. Recursos Humanos Efectivo de Colaboradores De acordo com os dados extraídos do Balanço Social, a ASA contou em 2010, com um contingente de 502 colaboradores, sendo 365 do sexo masculino e 127 do sexo feminino, repartidos conforme o quadro a seguir. Desse contingente, 450 são efectivos e 52 contratados a prazo. Colaboradores por Centros de Actividade Turnover , Antiguidade e Idade Em 2010 registaram-se seis (6) saídas, duas por reforma e quatro desvinculações a pedido dos trabalhadores Essas saídas verificaram-se nas seguintes funções: • • • • Um Controlador de Tráfego Aéreo, no CA Um Condutor e um Auxiliar de Serviços Gerais no Departamento de Logística Operacional na DFA, Um Serralheiro e um Auxiliar de Serviços Gerais no Departamento de Manutenção Geral na DEMIA e, Um Auxiliar de Armazém no Departamento de Aprovisionamento na DFA. Como se pode constatar, o índice de turnover não é significativo face aos parâmetros internacionalmente estabelecidos. Este indicador permite avaliar positivamente a performance da ASA no mercado nacional, e de igual modo a sua política de retenção de pessoal nomeadamente através do sistema de carreira, formação e política salarial. Relatório de Contas 2010 Página 13 A média de antiguidade na ASA manteve-se nos 16 anos em 2010, repercutindo positivamente na estabilidade desse activo na Empresa. A manutenção dos colaboradores da organização vem passando pela política salarial que se mostra competitiva no mercado Cabo-verdiano e da política de compensações e benefícios atractivos para os colaboradores e para a sociedade em geral. Atente-se que em 2010 o número de pedidos de emprego foi de 255, na sua maioria quadros licenciados. Não sendo o salário, um dado por si só elementar na relação laboral, concorre contudo e, afecta a motivação dos colaboradores. O ambiente laboral do mercado em que a empresa se insere não oferece oportunidades de emprego tão sedutoras e atractivas, circunstância que se apresenta com uma das condições de estabilidade dos colaboradores na organização. Na realidade da ASA este dado tem especial interesse, considerando que parte expressiva dos seus quadros exercem funções específicas alinhadas à área de negócio e a sua formação ser impar no contexto nacional. Relatório de Contas 2010 Página 14 Em consonância com os dados constantes no Balanço Social a média das idades dos colaboradores da ASA manteve-se nos 40 anos, destacando-se a maior franja entre os 31 e 35 anos, sendo a média de idade de entrada dos colaboradores de 26 anos. Formação e Habilitações Literárias Durante o exercício de 2010 a empresa investiu mais de 42 mil contos em acções de formação ao pessoal, sendo de destacar que o maior volume desse montante foi para formações técnicas, reflectindo assim a aposta em dotar o pessoal de competências técnicas para a prestação de um serviço de qualidade. Como complemento, foram também ministradas formações comportamentais no montante de aproximadamente 11 mil contos, de forma a garantir o alinhamento dos colaboradores com os desafios e políticas definidas pela empresa nesta matéria. Custos com Formação Pessoal Técnicas 22.651 Comportamentais 10.790 Monitoria 3.121 Académico 2.757 Estágios 3.101 Total Global 42.420 A ASA apresenta um total de 9 (nove) colaboradores com Mestrados, 47 (quarenta e sete) colaboradores com Licenciatura e 15 (quinze) com Bacharelato. Relatório de Contas 2010 Página 15 No que concerne ao ensino básico integrado o percentual é de 27%. Em relação ao total dos colaboradores no ensino secundário, o percentual actual é de 58%, incluindo os que ainda estão a estudar e não completaram o décimo segundo ano. Na sua maioria integrados nas áreas operacionais. Este indicador reflecte a boa política de incentivos criados pela empresa nomeadamente na comparticipação de 50% das propinas pagas pelos colaboradores, dispensas para as aulas, exames e outros. No capítulo de Apresentação das Demonstrações Financeiras, serão comentados os gastos com o pessoal. Relatório de Contas 2010 Página 16 II. Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras com referência ao exercício de 2010 demonstram que a empresa continua com uma boa estrutura do seu património, destacando-se o seguinte: O activo líquido da empresa aumentou 1,13%, em virtude da variação registada nas contas de créditos a receber de clientes e outros. Apesar dos acordos para regularização de dívidas, a empresa continua a deparar-se com dificuldades em recuperar as da TACV e da Halcyonair que juntas totalizam mais de 2 milhões de contos, o equivalente a 71,4% dos valores a receber de clientes. Esta situação agravou o rácio de prazo médio de recebimento de 231 para 262 dias o que poderá colocar sérios problemas de tesouraria caso a situação se mantenha dado os compromissos já assumidos, nomeadamente no pagamento dos empréstimos obtidos no âmbito do programa de modernização das infra-estruturas aeroportuárias do país. Medidas deverão ser tomadas no sentido de as estancar e ao mesmo tempo fazer com que as mesmas sejam cobradas. O passivo da empresa diminuiu cerca de 2,2% em virtude da redução dos débitos de médio e longo prazo na rubrica de financiamentos obtidos. Comportamento inverso teve os débitos de curto prazo (outras contas a pagar) e as provisões. O Capital Próprio também registou um aumento de 4,14%, pela via dos Resultados Líquidos do período estimado em 318.398 contos. 1. Os Rendimentos Os dados apurados para o exercício de 2010 demonstram que os Rendimentos conheceram um desempenho positivo, atingindo o montante de 4.849.226 contos, uma variação positiva de +4% (+198.241 contos) relativamente a 2009 e +0,5% quando comparada com o previsto nos IGP’s2010. Contribuíram para este aumento: 9 a variação registada nos Rendimentos de Exploração Aeroportuárias, que atingiram 1.339.477 contos, mais 10,32% (cerca de 125.315 contos) face ao exercício de 2009, justificado pelo bom desempenho nos aeroportos de movimentos de aeronaves, passageiros e carga; 9 o incremento de 38.461 contos (+1,21%) nos rendimentos de navegação aérea, devido ao aumento dos sobrevoos na Fir Oceânica; 9 a variação registada na rubrica “outros rendimentos” em 25,73% (+29.414 contos), que inclui os ganhos cambiais com operações em moeda estrangeira (USD) e rendimentos suplementares; Relatório de Contas 2010 Página 17 9 reversão de imparidades de dívidas a receber do accionista, em cerca de 18.353 contos. ASA, S.A. RENDIMENTOS Conta Descricao 7 RENDIMENTOS 71 711 72 721 722 725 76 762 763 78 781 782 784 785 786 787 788 Vendas Mercadorias Prestacoes de servicos Rendimentos de Exploração Aeroportuária Rendimentos da Fir Ocêanica do Sal Serviços secundários Reversões De perdas por imparidade De provisões Outros rendimentos Rendimentos suplementares Descontos de pronto pagamento obtidos Ganhos em inventários Rend. em subsidiárias, associadas e emp Rendimentos nos restantes investimentos Rendimentos em investimentos não finance Outros 79 791 792 793 798 Ganhos de financiamento Juros obtidos Diferenças de câmbio favoráveis Outros Juros e Dividendos Outros ganhos de financiamento 2010 2009 U=Contos Variação Valor % 4.849.226 4.650.986 198.241 4,3% 241 241 4.669.983 1.339.477 3.213.890 116.615 18.354 18.354 0 143.710 45.753 105 1.199 865 0 5.409 90.378 18 18 4.505.950 1.214.162 3.175.430 116.358 5.635 0 5.635 114.296 31.865 39 4.457 0 0 2.014 75.920 223 223 164.032 125.315 38.461 257 12.719 18.354 -5.635 29.414 13.887 66 -3.258 865 0 3.395 14.458 1239,4% 1239,4% 3,6% 10,3% 1,2% 0,2% 225,7% 16.939 13.828 522 2.589 0 25.087 4.271 0 8.173 12.643 -8.148 9.557 522 -5.584 -12.643 -32,5% 223,8% -100,0% 25,7% 43,6% 169,2% -73,1% 168,5% 19,0% -68,3% -100,0% 1.1 Rendimentos de Navegação Aérea Os rendimentos provenientes de prestação de serviços de navegação Aérea continuam a representar cerca de 66% do total dos rendimentos da empresa, e face ao ano de 2009 houve um ligeiro crescimento na ordem dos 1,2% e 0,35% face ao inicialmente previsto no IGP’2010, com destaque para o crescimento das Taxas TNC (Terminal Navigation Charge). ASA, S.A. RENDIMENTOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA Conta Descricao 722 Rendimentos da Fir Ocêanica do Sal 7221 Taxas de Rota 7222 Taxas TNC Relatório de Contas 2010 2010 2009 U=Contos Variação Valor % 3.213.890 3.175.430 38.461 1,2% 3.120.481 93.410 3.091.506 83.924 28.975 9.486 0,9% 11,3% Página 18 1.2 Rendimentos de Exploração Aeroportuária Da análise dos Rendimentos de Exploração Aeroportuária por centro de actividade, podemos concluir que houve um aumento de 9,4% face ao previsto no IGP2010 e um aumento de 10,3% face ao ano de 2009. ASA, S.A. RENDIMENTOS DE EXPLORAÇÃO AEROPORTUÁRIA Conta Descricao 721 Rendimentos de Exploração Aeroportuária 72101 72102 72103 72104 72105 72106 72108 72109 72110 72111 72112 72113 72114 72115 72119 Aterragem e Descolagem Estacionamento Balizagem e Luminosa Serviços de Passageiros Embarque e Desembarque de Carga Assistência Aeronaves Informação Sonora Aprovisionamento de Aeronaves AIS-Publicações Inf.Aeronauticas Parqueamento Derrame de Combustivel Terminal de Carga e Correio Ocupação Balcões Check In Abastecimento de Combustivel Outras Taxas de Trafego 2010 2009 U=Contos Variação Valor % 1.339.477 1.214.162 125.315 10,3% 356.452 15.161 84.478 787.754 5.846 40.668 3.858 661 372 6.947 4 27.560 3.371 6.181 164 312.453 14.843 81.301 709.641 5.393 38.103 3.486 534 449 6.664 0 32.268 3.232 5.106 690 43.999 318 3.178 78.114 453 2.566 371 127 -77 283 4 -4.708 139 1.075 -526 14,1% 2,1% 3,9% 11,0% 8,4% 6,7% 10,7% 23,8% -17,2% 4,3% -14,6% 4,3% 21,1% -76,3% Na estrutura dos rendimentos, verificamos que a taxa de passageiros representa aproximadamente 60% dos rendimentos da actividade aeroportuária, enquanto os rendimentos de aterragem e descolagem ronda os 27%. O AIAC representa cerca de 43% do total dos rendimentos de exploração aeroportuária, seguido do ADP com 30%, ABV com 17%, o ASP com 7% e os aeródromos representam apenas 3%. Relatório de Contas 2010 Página 19 Distribuição dos Rendimentos de Exploração Aeroportuária por Centro de Actividades: RENDIMENTOS DE EXPLORAÇÃO AEROPORTUÁRIA 2010 Rúbrica AIAC ADP BVISTA ASP FOGO SNICOL MAIO FIR U=Contos Total Geral 72101 - Aterragem e Descolagem 163.876 72102 - Estacionamento 6.985 72103 - Balizagem e Luminosa 34.103 72104 - Serviços de Passageiros 309.276 72105 - Embarque e Desembarque de Carga 2.059 72106 - Assistência Aeronaves 40.668 72108 - Informação Sonora 1.150 72109 - Aprovisionamento de Aeronaves 661 72110 - AIS-Publicações Inf.Aeronauticas 0 72111 - Parqueamento 2.583 72112 - Derrame de Combustivel 4 72113 - Terminal de Carga e Correio 5.268 72114 - Ocupação Balcões Check In 1.644 72115 - Abastecimento de Combustivel 4.286 72119 - Outras Taxas de Trafego 159 Total real 2010 572.722 99.064 7.108 31.613 238.992 2.307 0 1.652 0 0 2.350 0 22.292 605 1.097 5 407.086 56.747 711 9 166.500 509 0 402 0 0 921 0 0 705 787 1 227.293 24.090 241 18.734 46.963 748 0 346 0 0 1.070 0 0 353 11 -1 92.554 7.823 103 19 16.511 128 0 267 0 0 18 0 0 34 0 0 24.903 2.772 9 0 5.753 62 0 41 0 0 5 0 0 0 0 0 8.642 2.080 3 0 3.760 32 0 0 0 0 0 0 0 30 0 0 5.905 0 0 0 0 0 0 0 0 372 0 0 0 0 0 0 372 356.452 15.161 84.478 787.754 5.846 40.668 3.858 661 372 6.947 4 27.560 3.371 6.181 164 1.339.477 Total real 2009 386.804 185.435 78.757 18.867 7.400 4.864 450 1.214.162 531.584 Distribuição Rendimentos Aeroportuário ADP 30% BVISTA 17% AIAC 43% FIR 0% FOGO 2% MAIO 0% ASP 7% SNICOL 1% % de crescimento face ao IGP'2010 e ao ano 2009 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% AIAC ADP BVISTA Var 2010/2009 Relatório de Contas 2010 ASP Var 2010/IGP10 FOGO SNICOL MAIO IGP2010 Página 20 De acordo com os dados estatísticos, os aumentos verificados, resultaram do crescimento do tráfego nos aeroportos de 7%, sendo de destacar o ABV com mais de 14% seguido do ADP com 8,5% e do AIAC com mais de 1%, e neste último, invertendo a tendência registada nos últimos anos. 1.3 Outros Rendimentos Os outros rendimentos e ganhos compreendem: 9 a reversão da imparidade registada em 2009 relativa ao protocolo assinado em 2001 entre ASA/Estado/TACV para a regularização da dívida dos TACV por via do efeito temporal decorrido e a expectativa de regularização da dívida da TACV; 9 ganhos cambiais operacionais relativamente as cobranças recebidas em USD; 9 rendimentos relativamente ao fornecimento de electricidade, principalmente no AIAC; 9 Juros de obrigações e outros títulos em carteira ASA, S.A. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS Conta 76 762 763 78 781 782 784 785 786 787 788 79 791 792 793 798 Descricao Reversões De perdas por imparidade De provisões Outros rendimentos Rendimentos suplementares Descontos de pronto pagamento obtido Ganhos em inventários Rend. em subsidiárias, associadas e e Rendimentos nos restantes investimen Rendimentos em investimentos não fin Outros Ganhos de financiamento Juros obtidos Diferenças de câmbio favoráveis Outros Juros e Dividendos Outros ganhos de financiamento Relatório de Contas 2010 2010 18.354 18.354 0 143.710 45.753 105 1.199 865 0 5.409 90.378 16.939 13.828 522 2.589 0 2009 5.635 0 5.635 114.296 31.865 39 4.457 0 0 2.014 75.920 25.087 4.271 0 8.173 12.643 U=Contos Variação Valor % 12.719 225,7% 18.354 -5.635 -100,0% 29.414 25,7% 13.887 43,6% 66 169,2% -3.258 -73,1% 865 0 3.395 168,5% 14.458 19,0% -8.148 -32,5% 9.557 223,8% 522 -5.584 -68,3% -12.643 -100,0% Página 21 Repartição dos Outros Rendimentos por Centro de Actividade Rúbrica 76212 ‐ Dividas a receber 7622 ‐ Ajustamentos em inventários 7812 ‐ Aluguer de equipamento 78161 ‐ Fornecimento electricidade 78164 ‐ Depósito de bagagem 78169 ‐ Outros rendimentos suplementares 782 ‐ Descontos de pronto pagamento obtidos 7841 ‐ Sinistros 7848 ‐ Outros ganhos em inventários 7851 ‐ Dividendos 7853 ‐ Alienações 7868 ‐ Outros rendimentos 7871 ‐ Alienações 7872 ‐ Sinistros 7881 ‐ Correcções reletivas a periodos anteriores 7882 ‐ Excesso de estimativa para impostos 7883 ‐ Imputação de subsidios para investimentos 7888 ‐ Outros não especificados 7889 ‐ Diferença cambio operacionais 7911 ‐ De aplicações de financiamentos obt 7911 ‐ De aplicações de financiamentos obtidos 791801 ‐ Juros obrigações 7928 ‐ Outras diferenças cambio 7931 ‐ Dividendos Total Geral A DP AIA C ASP BVISTA FIR FOGO SA NTÃ O SEDE 18.354 34.913 508 707 2 203 148 6.334 566 84 1.580 35 41 94 55 154 683 9 312 446 183 1 1 18 82.068 8 1 1 53 0 13 2 1 0 0 36.342 8.329 605 277 82.068 0 154 864 ‐1 5.373 18 1.338 2.780 2.307 1.662 223 2.344 297 11.124 506 2.589 51.227 Total Geral 18.354 0 148 42.050 508 3.047 105 570 629 1 864 0 5.373 36 1.338 2.780 2.307 1.662 82.292 2.354 351 11.124 522 2.589 179.002 2. Os Gastos Os gastos apurados evidenciam no cômputo geral, uma diminuição de 4,9% representando cerca de -230.356 contos, com destaque para: 9 a redução nos Fornecimentos e Serviços Externos de 10,9%, menos 188.497 contos; 9 a redução das Perdas com Imparidade de 19,1%, menos 51.225 contos; 9 a redução na rubrica “Outros Gastos” de 38,1%, menos 86.596 contos; 9 a redução de Gastos de Financiamento de 23,3%, menos 72.141 contos Evolução diferente foi registada nas seguintes rubricas: 9 Provisões do Exercício em mais 668,8%, mais 123.540 contos; 9 Gastos com Pessoal em mais 4%, mais 45.799 contos; Relatório de Contas 2010 Página 22 ASA, S.A. 2009 U=Contos Variação Valor % 4.427.344 4.657.700 -230.356 -4,9% 1.541.867 1.182.305 692.311 944 10.950 138.839 2.263 336.999 965.896 961.922 3.974 216.911 213.060 3.851 142.013 122.999 19.014 140.540 32.703 856 1.292 125 314 105.249 237.812 163.048 10.365 64.399 1.730.364 1.136.506 680.311 0 14.063 133.794 2.230 306.108 967.131 949.298 17.833 268.136 264.534 3.602 18.473 0 18.473 227.136 7.950 12.603 819 667 0 205.098 309.953 218.427 13.946 77.580 -188.497 45.799 12.000 944 -3.112 5.044 33 30.891 -1.236 12.624 -13.859 -51.225 -51.474 248 123.540 122.999 541 -86.596 24.754 -11.747 473 -542 314 -99.848 -72.141 -55.379 -3.581 -13.181 -10,9% 4,0% 1,8% GASTOS Conta Descricao 6 GASTOS 62 63 632 633 634 635 636 638 64 642 643 65 651 652 67 671 678 68 681 684 685 686 687 688 69 691 692 698 Fornecimentos e serviços externos Gastos com o pessoal Remunerações do pessoal Benefícios pós-emprego Indemnizações Encargos sobre remunerações Seguros de acidentes no trab. e doenças Outros gastos com o pessoal Gastos de depreciação e de amortização Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Perdas por imparidade Em dividas a receber Ajustamentos em inventários Provisões do periodo Impostos Outras provisões Outros gastos Impostos Perdas por inventário Gastos em subsidiárias, associadas e emp Gastos nos restantes investimentos finan Gastos em investimentos não financeiros Outros Perdas de financiamento Juros suportados Diferenças de câmbio desfavoráveis Outras perdas de financiamento 2010 -22,1% 3,8% 1,5% 10,1% -0,1% 1,3% -77,7% -19,1% -19,5% 6,9% 668,8% 2,9% -38,1% 311,4% -93,2% 57,8% -81,3% -48,7% -23,3% -25,4% -25,7% -17,0% 2.1 Fornecimento e Serviços Externos Os gastos com Fornecimentos e Serviços Externos, que ascenderam a aproximadamente 1.541.867 contos, registaram uma evolução positiva em relação ao ano de 2009, com menos 10,9%, representando uma diminuição de 188.497 contos, justificados essencialmente pela redução nos gastos com publicidade e patrocínios, taxa de regulação aeronáutica, gastos com notariado e electricidade. Não obstante esta redução, algumas rubricas que apresentaram comportamento inverso, sendo de destacar os gastos com consumo de água, conservação e reparação e estudos e pareceres. Relatório de Contas 2010 Página 23 ASA, S.A. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Conta Descricao 62 Fornecimentos e serviços externos 6211 6212 6213 6214 6215 6216 6217 6218 6219 6221 6222 6223 6224 6225 6227 6229 6230 6231 6232 6233 6234 6235 6236 6237 6238 6296 6297 6298 Agua Electricidade Combustíveis e outros fluidos Conservação e reparação Ferramentas e utensílios de desgaste ráp Material de escritório Publicidade e propaganda Livros e documentação técnica Limpeza, higiene e conforto Rendas e alugueres Despeza de representação Prestação Serviço Meteo Comunicação Seguros Vigilancia e segurança Estudo e pareceres Serviços de informática Transporte de inventários Transporte de pessoal Deslocações e estadias Comissões Honorários Contencioso e notariado Serviços bancários Taxa Regulação IAC Equipamentos de baixo valor Artigos para oferta Outros fornecimentos e serviços Relatório de Contas 2010 2010 2009 U=Contos Variação Valor % 1.541.867 1.730.364 -188.497 -10,9% 63.434 161.532 52.317 172.409 805 11.073 120.006 4.698 67.087 6.904 3.286 120.000 27.768 57.520 100.958 75.063 3.505 5.664 13.640 51.152 41.479 38.007 117 5.681 280.499 234 647 56.380 48.495 181.521 48.881 129.479 4.407 10.570 286.794 744 57.673 16.381 2.194 120.000 35.443 60.362 94.535 4.909 1.882 19.049 9.613 40.165 45.039 42.425 30.833 8.091 325.610 46 521 104.701 14.938 -19.988 3.436 42.930 -3.602 503 -166.788 3.955 9.414 -9.477 1.092 0 -7.675 -2.841 6.423 70.155 1.624 -13.385 4.027 10.987 -3.560 -4.419 -30.716 -2.410 -45.112 188 126 -48.322 30,8% -11,0% 7,0% 33,2% -81,7% 4,8% -58,2% 531,8% 16,3% -57,9% 49,8% 0,0% -21,7% -4,7% 6,8% 1429,2% 86,3% -70,3% 41,9% 27,4% -7,9% -10,4% -99,6% -29,8% -13,9% 412,8% 24,1% -46,2% Página 24 Repartição dos FSE por Centro de Actividade ASA, S.A. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS POR CENTROS DE ACTIVIDADE Descrição 6211 - Agua 6212 - Electricidade 62131 - Gasóleo 62132 - Gasolina 62138 - Outros combustíveis 62139 - Outros Fluidos 6214 - Conservação e reparação 6215 - Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 6216 - Material de escritório 621701 - Publicidade 621702 - Patrocinio e comparticipações diver 6218 - Livros e documentação técnica 6219 - Limpeza, higiene e conforto 6221 - Rendas e alugueres 6222 - Despeza de representação 6223 - Prestação Serviço Meteo 622401 - Circuitos Internacionais 622402 - Telefone 622403 - Telemóvel 622404 - Internet 622405 - Envio de correspondência 622501 - Seguro de Responsabilidade Civil 622502 - Seguro parque Automóvel 622503 - Seguro de Inst. e Equipamentos 622504 - Seguro de Viagem 622505 - Seguro Transporte Inventários 6227 - Vigilancia e segurança 6229 - Estudo e pareceres 6230 - Serviços de informática 6231 - Transporte de inventários 6232 - Transporte de pessoal 6233 - Deslocações e estadias 6234 - Comissões 6235 - Honorários 6236 - Contencioso e notariado 6237 - Serviços bancários 6238 - Taxa Regulação AAC 6296 - Equipamentos de baixo valor 6297 - Artigos para oferta 629801 - Outros fornecimentos e serviços 629802 - Exercício emergência ABV Total Relatório de Contas 2010 FIR SEDE U=Contos AIAC ADP 467 1.088 820 968 4 5.553 13.065 87.927 34.672 12 16 6.130 9 1.258 413 30.766 6 3.978 60.254 44.883 4.290 1.334 1.071 2.394 71 1.179 40.708 521 1.794 744 1.094 248 349 1.459 48 54.000 11.815 37 159 2.477 18 11.491 3.342 1.817 387 100 313 12.382 1.294 180 6.400 41.478 1.989 270 425 14.874 3.485 1.840 616 23.247 28.491 805 193 27.720 211 1.023 60 1.587 11.905 3.484 4.666 29.068 39.323 40 557 ASP SNICOL FOGO MAIO BRAVA SANTÃO 40.147 49.513 5.111 16 93 35 19.476 181 1.900 2.301 6.965 160 22.151 2.003 436 20.160 4.710 8.128 976 1 134 103 10.251 66 1.032 775 578 3.513 13.444 1.904 471 100 26 63.334 22 957 588 1.354 69 324 178 340 1.089 395 424 0 7 518 12 655 7 572 35 84 29 6 7.552 36 25 8.280 6.095 1.420 124 3.960 667 59 4 2.040 163 18 17 2.400 284 27 45 1.440 1 6 1.424 448 71 21 2.228 295 718 863 158 185 6 1.432 301 424 167 409 2 1.910 639 179 69 8 29 129 12 152 955 148 955 148 73 15 58 6 955 148 41.508 5.513 20 867 7.681 5.986 0 454 266.336 24.347 113 2.948 1.700 12.383 396 333 11.693 4.456 4 346 3.794 51 252 25.730 421.218 249.355 352.230 267.606 981 3.503 BVISTA 152 58 11 14.926 13.783 12.417 276 22 315 2.018 744 4.588 5.074 1.468 712 4.796 334 16 2.489 132 774 59 28 1.816 977 300 221 3.363 156 39 2.054 3.425 728 1.098 27 23 5.911 3 174 423 0 109 805 1.140 770 94.951 128.795 9.013 9.354 9.035 Página 25 3 15 4 2 0 258 14 18 292 Total Geral 63.434 161.532 50.034 488 426 1.369 172.409 805 11.073 65.074 54.932 4.698 67.087 6.904 3.286 120.000 12.026 7.391 2.844 5.354 153 31.831 5.475 17.944 1.989 281 100.958 75.063 3.505 5.664 13.640 51.152 41.479 38.007 117 5.681 280.499 234 647 52.955 3.425 1.541.867 Ranking de Gastos de FSE ASA, S.A. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Descrição 6238 - Taxa Regulação AAC 6214 - Conservação e reparação 6212 - Electricidade 6223 - Prestação Serviço Meteo 6227 - Vigilancia e segurança 6229 - Estudo e pareceres 6219 - Limpeza, higiene e conforto 621701 - Publicidade 6211 - Agua 621702 - Patrocinio e comparticipações diver 629801 - Outros fornecimentos e serviços 6233 - Deslocações e estadias 62131 - Gasóleo 6234 - Comissões 6235 - Honorários 622501 - Seguro de Responsabilidade Civil 622503 - Seguro de Inst. e Equipamentos 6232 - Transporte de pessoal 622401 - Circuitos Internacionais 6216 - Material de escritório Outor Gastos com Fornecimento e Serviços Relatório de Contas 2010 U=Contos FIR 266.335,71 6.129,94 1.087,71 54.000,00 1.294,33 348,87 412,50 467,40 395,92 6.399,95 820,40 41.478,29 SEDE 1.700,00 30.766,10 3,57 425,30 14.873,69 1.334,34 60.253,91 967,74 44.883,23 11.692,57 23.246,72 5.552,50 24.347,08 11.490,86 12.381,64 AIAC 3.502,68 40.707,77 87.926,98 27.720,00 29.068,44 39.323,26 28.490,63 743,83 13.064,67 1.093,68 4.456,40 556,74 34.672,09 12.382,77 11.904,66 4.665,55 615,52 11.815,28 1.258,39 5.100,76 3.978,02 24.602,12 210,83 1.793,56 9.945,08 ADP 3.794,21 19.476,32 49.512,96 20.160,00 41.507,61 5.513,25 22.150,53 2.301,33 40.147,03 6.965,09 25.729,96 5.985,97 5.111,29 0,47 BVISTA 3.362,92 10.250,60 8.128,11 8.280,00 14.925,98 13.783,13 7.552,35 774,95 4.710,02 577,60 2.053,96 5.073,52 976,05 976,78 1.432,38 ASP SNICOL FOGO MAIO 1.097,51 173,68 423,15 108,70 63.334,10 517,73 654,50 571,83 13.444,06 324,36 1.089,41 3.960,00 2.040,00 2.400,00 1.440,00 12.416,67 22,32 315,30 2.018,45 275,66 6.095,00 667,12 163,14 283,86 587,73 3.513,32 69,18 339,83 151,54 1.354,12 58,00 5.911,08 804,63 1.140,15 770,34 4.796,32 2.488,89 773,86 1.816,19 1.904,38 178,47 395,46 423,73 2.228,15 717,78 7.681,34 4.587,50 300,00 1.909,84 179,44 712,03 1.899,98 6.718,40 1.032,15 6.472,92 956,69 6.047,54 Página 26 954,92 954,92 16,20 35,19 662,18 BRAVA SANTÃO 15,14 258,27 1,27 3,08 14,20 954,92 27,75 84,40 620,00 28,80 438,43 3,96 5,54 8,75 Total Geral 280.498,55 172.408,89 161.532,29 120.000,00 100.958,34 75.063,31 67.087,09 65.074,25 63.433,78 54.931,72 52.955,01 51.152,35 50.034,37 41.478,76 38.006,62 31.830,65 17.944,41 13.640,34 12.026,11 11.072,70 60.620,15 2.2 Gastos com Pessoal Os gastos com o pessoal ascenderam a 1.182.304 contos, representando um aumento de 4,0% relativamente a 2009, embora -0,1% quando comparado com o orçamento para 2010. Esta variação resultou do aumento salarial e dos gastos com ajudas de custo relativamente a deslocação do pessoal em missão de serviço. ASA, S.A. GASTOS COM PESSOAL Conta Descricao 63 Gastos com o pessoal 632 6321 6322 6324 633 6331 634 6341 6342 635 63501 636 638 63801 63802 63803 63804 63805 63806 63807 63808 63809 63810 Remunerações do pessoal Pessoal Cont.P/T.Indeterminado Pessoal Contratado a prazo Subsídio de Férias Benefícios pós-emprego Prémios para pensões Indemnizações Reforma Incentivada Antecipada Rescisão contrato Encargos sobre remunerações INPS Seguros de acidentes no trab. e doenças Outros gastos com o pessoal Horas Extraordinárias Subsídio de Turno Prémio Qualificação Aeronautica Gratificações Ajudas de Custo Abono para Falhas Prémio de Produtividade Subsídio de Refeição Formação de Pessoal Gastos diversos com o pessoal Relatório de Contas 2010 2010 2009 1.182.305 1.136.506 692.311 558.334 80.166 53.810 944 944 10.950 698 10.252 138.839 138.839 2.263 336.999 36.186 30.719 30.971 19.790 29.108 210 54.096 59.518 42.420 33.981 680.311 575.255 52.158 52.898 0 0 14.063 12.716 1.346 133.794 133.794 2.230 306.108 35.445 30.021 30.416 18.745 22.342 170 53.001 59.089 41.777 15.100 U=Contos Variação Valor % 45.799 4,0% 12.000 1,8% -16.921 -2,9% 28.008 53,7% 912 1,7% 944 944 -3.112 -22,1% -12.018 -94,5% 8.906 661,5% 5.044 3,8% 5.044 33 1,5% 30.891 10,1% 741 2,1% 698 2,3% 555 1,8% 1.045 5,6% 6.765 30,3% 40 23,5% 1.095 2,1% 428 0,7% 643 1,5% 18.881 125,0% Página 27 Repartição dos Gastos com Pessoal por Centro de Actividade ASA, S.A. GASTOS COM PESSOAL Descrição 6321 ‐ Pessoal Cont.P/T.Indeterminado 6322 ‐ Pessoal Contratado a prazo 6324 ‐ Subsídio de Férias 6331 ‐ Prémios para pensões 6341 ‐ Reforma Incentivada Antecipada 6342 ‐ Rescisão contrato 63501 ‐ INPS 636 ‐ Seguros de acidentes no trabalho 63801 ‐ Horas Extraordinárias 63802 ‐ Subsídio de Turno 63803 ‐ Prémio Qualificação Aeronautica 63804 ‐ Gratificações 63805 ‐ Ajudas de Custo 63806 ‐ Abono para Falhas 63807 ‐ Prémio de Produtividade 63808 ‐ Subsídio de Refeição 63809 ‐ Formação de Pessoal 63810 ‐ Gastos diversos com o pessoal Total Relatório de Contas 2010 FIR SEDE 121.173 17.392 11.677 116.680 16.751 11.246 944 698 21.439 274 10.569 6.807 24.096 5.062 4.137 64.313 915 1.448 1.195 AIAC 144.600 20.777 13.937 10.252 29.699 482 6.686 11.007 ADP ASP SNICOL FOGO MAIO BRAVA SANTÃO 85.431 12.262 8.233 24.011 3.446 2.314 47.462 6.813 4.574 5.025 721 484 8.368 1.202 807 3.350 481 323 558 80 54 1.675 240 161 1.054 76 3.909 965 967 30 760 442 1.142 37 1.014 332 791 20 145 442 176 3 108 264 13 109 332 811 2.951 30 2.326 2.677 1.181 4.222 6.238 134 5.502 3.315 2.292 573 4.817 30 4.598 4.581 2.673 2.230 1.674 425 1.542 487 1.071 41 130 811 1.309 54 119 162 476 252 325 714 411 347 49.974 95.834 11.832 15.700 8.891 1.152 3.433 11.739 9.639 3.119 1.654 573 7.072 120 11.306 11.959 28.776 10.761 14.011 17.136 2.113 6.888 12.756 279 6.045 5.775 4.584 4.684 5.982 30 8.277 9.836 4.107 7.496 248.776 284.759 286.179 175.775 8.087 507 BVISTA Página 28 U=Contos Total Geral 558.334 80.166 53.810 944 698 10.252 138.839 2.263 36.186 30.719 30.971 19.790 29.108 210 54.096 59.518 42.420 33.981 1.182.305 2.3 Gastos com Amortizações e Reintegrações Os gastos com Reintegrações e Amortizações do exercício ascenderam a 965.895 contos, menos 0,1% em relação ao ano de 2009. Esta variação resultou da depreciação/reintegração normal dos bens tangíveis e intangíveis em virtude da vida útil estimada. ASA, S.A. U=Contos Variação Valor % GASTOS COM AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES Conta Descricao 2010 64 Gastos de depreciação e de amortização 642 6422 6423 6424 6425 6426 643 6431 6432 Activos fixos tangíveis Edificios e outras construções Equip.bas.maq.out.instalações Ferramentas e utensilios Material carga e transporte Equip.admini.social e mob.divers Activos intangíveis Programas de computador Outros activos intangiveis 2009 965.896 967.131 -1.236 -0,1% 961.922 629.079 252.150 475 50.007 30.212 3.974 3.974 0 949.298 618.949 260.285 475 41.113 28.476 17.833 4.011 13.822 12.624 10.130 -8.135 0 8.893 1.735 -13.859 -37 -13.822 1,3% 1,6% -3,1% 0,0% 21,6% 6,1% -77,7% -0,9% -100,0% Repartição dos Gastos com Amortizações por Centro de Actividade ASA, S.A. GASTOS COM DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES Descrição FIR 6422 ‐ Edificios e outras construções 6423 ‐ Equip.bas.maq.out.instalações 6424 ‐ Ferramentas e utensilios 6425 ‐ Material carga e transporte 6426 ‐ Equip.admini.social e mob.divers 6431 ‐ Programas de computador Total 24.176 142.806 4 SEDE 3.361 4.259 2.646 2.022 7.931 1.944 169.632 19.517 AIAC ADP 109.616 15.772 277 11.280 9.602 220.783 69.370 146.547 329.681 32.754 4.744 2.030 BVISTA ASP SNICOL FOGO MAIO 97.187 10.651 147 1.536 2.824 136.142 5.026 46 1.207 1.755 12.089 1.289 10.414 1.678 15.311 1.299 403 3 403 389 403 317 112.346 144.176 13.784 12.884 17.329 BRAVA SANTÃO U=Contos Total Geral 629.079 252.150 475 50.007 30.212 3.974 0 0 965.896 As vidas úteis estimadas para os activos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue: Anos Edifícios e outras construções Equipamento básico, outras máquinas e instalações Material de carga e transporte Outras activos tangíveis Entre 10 a 25 Entre 5 a 10 Entre 5 a 10 Entre 4 a 12 Os terrenos e os activos em curso não são depreciados. As vidas úteis dos activos são revistas em cada data de relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos activos, sendo alteradas prospectivamente. Relatório de Contas 2010 Página 29 2.4 Outros Gastos ASA, S.A. OUTROS GASTOS Conta Descricao 65 Perdas por imparidade 651 6511 652 67 671 678 6781 68 681 6811 6812 6813 684 6848 685 6852 686 6868 687 6872 688 6881 6882 6883 6884 6887 6888 6889 69 691 6911 6918 692 6921 6928 698 6981 6988 Em dividas a receber Clientes Ajustamentos em inventários Provisões do periodo Impostos Outras provisões Para riscos e encargos diversos Outros gastos Impostos Impostos Directos Impostos indirectos Taxas Perdas por inventário Outras perdas Gastos em subsidiárias, associadas e empreendimº conjunto Aplicação do método da equivalência patrimonial Gastos nos restantes investimentos finan Outros gastos Gastos em investimentos não financeiros Sinistro Outros Correcções relativas a periodos anterior Donativos Quoatizações Ofertas e amostra de inventários Juros de mora Outros não especificados Diferença cambio operacionais Perdas de financiamento Juros suportados Juros de financiamentos obtidos Outros juros Diferenças de câmbio desfavoráveis Relativas a financiamentos obtidos Outras Outras perdas de financiamento Relativos a financiamentos obtidos Outros 2010 2009 U=Contos Variação Valor % 216.911 268.136 -51.225 213.060 213.060 3.851 142.013 122.999 19.014 19.014 140.540 32.703 16.331 10.602 5.770 856 856 1.292 1.292 125 125 314 314 105.249 4.965 423 521 46 6.445 28.841 64.009 237.812 163.048 163.026 23 10.365 4.165 6.200 64.399 64.399 0 264.534 264.534 3.602 18.473 0 18.473 18.473 227.136 7.950 1.372 6.526 52 12.603 12.603 819 819 667 667 0 0 205.098 4.972 28.144 120 28 15.369 67.925 88.541 309.953 218.427 218.427 0 13.946 0 13.946 77.580 58.634 18.947 -51.474 -19,5% -51.474 -19,5% 248 6,9% 123.540 668,8% 122.999 541 2,9% 541 2,9% -86.596 -38,1% 24.754 311,4% 14.959 1090,3% 4.076 62,5% 5.718 11066,2% -11.747 -93,2% -11.747 -93,2% 473 57,8% 473 57,8% -542 -81,3% -542 -81,3% 314 314 -99.848 -48,7% -7 -0,1% -27.721 -98,5% 401 333,9% 19 67,5% -8.924 -58,1% -39.084 -57,5% -24.532 -27,7% -72.141 -23,3% -55.379 -25,4% -55.402 -25,4% 23 -3.581 -25,7% 4.165 -7.746 -55,5% -13.181 -17,0% 5.765 9,8% -18.947 -100,0% -19,1% Atendendo ao quadro apresentado acima verificamos que, à excepção das provisões, houve uma diminuição face ao ano anterior, destacando-se as perdas por imparidade e perdas cambiais operacionais. A redução nos gastos financeiros resultou, por um lado, da diminuição do capital em dívida dos empréstimos obtidos, por outro, da redução das taxas Euribor, indexante associado a maior parte dos financiamentos obtidos. Relatório de Contas 2010 Página 30 O aumento registado na rubrica de provisões resultou de contingências fiscais em sede do IVA e do IUP, bem como da cobertura de riscos e encargos diversos. 3 Resultados Os Resultados Líquidos do período ascendem a 318.398 contos, mais 1.375% em relação ao ano de 2009, em que os mesmos foram negativos. Este resultado, deveu-se para além do bom desempenho da actividade aeroportuária, que cresceu mais de 10% face ao ano anterior, à redução dos gastos de funcionamento em cerca de 5%. Demonstração dos Resultados Líquidos do Exercício Período compreendido entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010 DESCRIÇÃO NOTAS Vendas e Prestações de Serviços Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 23 6 Resultado operacional bruto Fornecimento e serviços externos 24 Valor acrescentado bruto 25 10 11,15 18 26 27 Resultados antes de depreciações, amortizações, perdas/ganhos de financiamento e impostos Gastos/Reversões de depreciação e de amorização Perdas/Reversões por imparidade de activos/amortizáveis 4,5 Resultado operacional (antes perdas/ganhos de financiamento e impostos) Juros e ganhos similares obtidos Juros e perdas similares suportados 28 28 Resultado antes de impostos Imposto sobre rendimentos do período Imposto sobre rendimentos do diferido 29 29 Resultado líquido do período FIR 897.718 3.296.331 2.398.613 (103.484) 2.295.129 Relatório de Contas 2010 SEDE 916.145 51.673 (864.472) AIAC 939.421 644.180 (295.241) ADP BVISTA 834.188 294.937 483.387 235.861 (350.801) (59.076) ASP 437.645 96.690 (340.955) FOGO SNICOL 35.969 32.605 25.634 8.955 (10.335) (23.650) (864.472) (295.241) (350.801) (340.955) (10.335) (59.076) (23.650) O 4.670.224 (1.292) 4.505.968 (819) 4.668.931 4.505.149 (1.541.867) (1.730.364) 3.127.065 Gastos com pessoal Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) Provisões Aumentos/reduções de justo valor Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas Total de Gastos Total Rendimentos Resultados antes Imposto Provisão Para Imposto Resultados Liquidos U= Contos PERÍODO 2010 2009 VALORES VALORES 2.774.786 (1.182.305) (3.851) (194.706) (142.013) 0 143.710 (139.248) (1.136.506) 2.032 (264.534) (18.473) 0 114.296 (226.318) 1.608.651 1.245.283 (965.896) 0 (967.131) 0 642.755 278.152 16.939 (237.812) 25.087 (309.953) 421.882 (6.715) (190.009) 86.525 (85.973) 67.709 318.398 (24.979) MAIO BRAVA SANTÃO Total Geral 33.820 1.170 3.725 4.427.344 6.361 0 154 4.849.226 (27.459) (1.170) (3.571) 421.882 (103.484) (27.459) (1.170) (3.571) 318.398 Página 31 Resultados Liquidos por Centros de Actividade 2.500.000,00 2.000.000,00 1.500.000,00 1.000.000,00 500.000,00 0,00 ‐500.000,00 ‐1.000.000,00 ‐1.500.000,00 Resultados Liquidos Quando comparados com o previsto no orçamento de 2010 (resultado previsto de 447.662 contos), os mesmos ficaram aquém das expectativas, acusando uma variação de menos 28,9%. Essa diferença é justificada pelo facto de no orçamento, não se ter estimados os custos com a imparidade de dívidas a receber, as depreciações estarem subavaliadas e os fornecimentos e serviços externos subavaliados. 4 Os Investimentos O montante de investimentos realizados no exercício de 2010 ascendeu a 574.849 contos, sendo que os activos fixos totalizaram 525.983 contos, o correspondente a cerca de 21,5% do previsto no Orçamento, conforme evidenciado no quadro seguinte: INVESTIMENTOS EM ACTIVOS FIXOS Edifícios e outras construções Terrenos Equipam ento básico Equipam ento transporte Equipam ento adm inistrativo Outros activos tangíveis Activos em curso Total 1 de Janeiro de 2010 Custo de aquisição 928 13.229.650 3.020.372 539.849 419.765 36.679 29.779 - (3.537.238) (1.999.716) (394.131) (331.441) (16.687) - (6.279.214) 928 9.692.412 1.020.656 145.718 88.324 19.992 29.779 10.997.810 29.284 525.983 Depreciações acumuladas Valor líquido 17.277.024 Movim ento em 2010 Adições 0 17.044 140.401 Transferências e abates 0 26.825 21.309 Depreciação - exercício 0 (629.079) (252.150) Valor líquido 0 -585.210 -90.440 18.983 28.887 291.384 26.918 (38.315) (36.737) (50.007) (30.212) (475) -20.723 15.689 -9.903 254.647 284.426 (961.923) -435.941 31 de Dezem bro de 2010 Custo de aquisição 928 13.273.519 3.182.082 569.134 465.666 27.251 - (4.166.317) (2.251.866) (444.138) (361.653) (17.163) - (7.241.137) 928 9.107.202 930.216 124.995 104.013 10.089 284.426 10.561.870 Depreciações acumuladas Valor líquido 17.803.007 Dos projectos previstos e que tiveram o seu início em 2010, destacamos: No Aeroporto da Boavista Relatório de Contas 2010 Página 32 • • • Inicio das Obras de Extensão da Plataforma do ABV, com um total realizado de 164.256 contos; Aquisição de uma viatura de combate a incêndios no montante de 45.373 contos; Elaboração do Projecto para o Terminal de Cargas e Correios no montante de 13.783 contos; No Aeroporto da Praia • A Conclusão das obras do Terminal VIP, financiado pelo Governo de Cabo Verde, no total de investimento de 452.087 contos; • Operacionalização, Mobiliários e Equipamentos pata o Terminal VIP, num total de 71.596 contos; • Viatura de apoio VIP no montante de 4.280 contos. No Aeroporto do Sal • Continuidade do projecto da Nova Central Eléctrica e AGL – Airport Ground Lights, obra que se esperava estar concluída no final de 2010, com um total de investimento de 7,5 milhões de euros, sendo que no exercício foi realizado 28.751 contos; • Arranque do projecto de substituição da Rede de Média Tensão, orçado em 3.2 milhões de euros; • Renovação da frota automóvel da empresa em 2010, num total de investimento de 17.380 contos; • Elaboração dos projectos executivos do Terminal de Passageiros do AIAC; • Reabilitação do Terminal de Cargas e Correios, no montante aproximado de 8.000 contos; • Aquisição de um equipamento de medição de fricção na pista no montante de 5.904 contos. No Aeroporto de S. Pedro • Reforço do revestimento sistema drenagem, num total de 22.992 contos; • Correcção largura/Reperfilamento Strip, no montante de 17.203 contos; • Reabilitação do caminho periférico no montante de 7.725 contos; Relatório de Contas 2010 Página 33 • Pavimentação placa estacionamento de equipamentos handling, no montante de 7.111 contos; Ainda destacamos pequenos investimentos realizados, nomeadamente: 5 • A renovação da frota automóvel de todos os aeródromos; • Continuação da implementação do PDTIC, traduzido, nesta fase, pela aquisição de novos servidores, operacionalização de uma sala de formação em informática e resolução dos problemas da interligação da rede informática; • Continuação da implementação do Projecto de Qualidade, com aquisição de mobiliários e instalação dos quadros afectos a esse gabinete. O Fluxo de Caixa Um dos principais critérios de sobrevivência de uma empresa, a par da obtenção de resultados positivos e significativos, é a sua capacidade de gerar recursos para fazer face aos seus compromissos de tesouraria correntes e estratégicos, de forma programada e o mais eficiente possivel. Neste contexto, o Mapa de Fluxos de Caixa é extremamente importante, como uma ferramenta que permite monitorizar os meios monetários de uma entidade, isto é, a sua proviniência e como foram utilizados, permitindo assim avaliar a sua gestão operacional (finanças operativas ou de curto prazo) bem com as decisões estratégicas de investimento e de financiamento (finanças corporativas ou estratégica). Do Mapa de Fluxo de Caixa anexo, pode-se fazer a seguinte leitura relativamente aos meios monetários gerados e utilizados durante o exercício em apreço: Origens Montante Aplicações Receitas Operacionais Dividendos Subsídios ao Investimento Investimentos Financeiros Financiamentos Obtidos 4.129.410 2.589 2.307 865 262.991 Despesas Operacionais Investimentos Reembolsos de Financiamentos Encargos Financeiros Diferenças de Câmbio Influxos 4.398.162 Exfluxos Variação de Caixa Montante 2.857.804 574.849 747.276 231.763 9.953 4.421.645 23.483 Igualmente pode-se ler que, o fluxo gerado pelas actividades operacionais é positivo, cerca de 1.271.606 contos, o que significa que a empresa tem a capacidade de gerar tesouraria como consequencia da sua actividade normal e dentro do seu mercado. Relatório de Contas 2010 Página 34 Os recebimentos de clientes, 4.110.461 contos, representam aproximadamente 85% dos rendimentos (4.849.226 contos) do período. O saldo final, que tambem é positivo, cerca de 378.710 contos, representa os influxos monetários retidos na empresa, após absorver os desembolsos derivados das decisões de investimento e do reembolso dos financiamentos obtidos e pagamento de respectivos encargos, e da sua análise pode-se concluir que: • a empresa encontra-se num período de franco investimento com vista a posicionar-se numa situação mais competitiva no mercado; • parte do investimento tem sido suportado com o financiamento de longo prazo, como dita o principio do equilíbrio financeiro; • parte do investimento tem sido suportado por fundos próprios (autofinanciamento); Particular realce para a redução do saldo final de tesouraria em cerca de 6%, relativamente ao ano anterior, que deve ser analisado tendo em conta as políticas de gestão financeira. Relatório de Contas 2010 Página 35 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Relatório de Contas 2010 Página 36 Balanço em 31 de Dezembro de 2010 Rúbricas Notas ACTIVO Activo não corrente Activos Fixos Tangíveis Terrenos e recursos naturais Edificios e outras cosntruções Equipamento Básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros activos tangiveis Investimentos em curso U=Contos 2009 Valores 2010 Valores 4 928 9.107.201 930.217 124.995 104.013 10.090 284.426 10.561.871 928 9.692.412 1.020.656 145.717 88.324 19.992 29.779 10.997.810 18.421 18.421 6.131 6.131 482 324.713 368.949 7.728 22.831 11.740 1.775 290.819 283.144 11.593 10.888 11.954 11.316.735 11.614.113 4.904 60.756 2.251.821 37.636 275.618 350.191 36.567 902 378.710 3.051 63.668 1.897.485 31.839 178.319 331.837 26.873 0 402.193 3.397.105 2.935.264 14.713.840 14.549.377 5 Activos Intangíveis Programas de computador Investimentos financeiros Participações Financeiras - método de equivalência patrimonial Outros activos financeiros Activos por impostos diferidos Estado e outros entes públicos Outras contas a receber Activos não correntes detidos para venda 6 7 8 13 11 9 Total de activo não corrente Activo corrente Inventários Matérias primas subs e de consumo em curso Matérias primas subs e de consumo Clientes Adiantamento a Fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas/sócios Outras contas a receber Diferimentos Caixa e depósitos bancários 10 11 12 13 14 15 2 Total de activo corrente Total de activo Relatório de Contas 2010 Página 37 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio Capital realizado Outros instrumentos de capital próprio Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Resultado líquido do período 16 5.201.184 0 45.339 2.498.319 (45.116) 318.398 5.201.184 0 45.339 2.498.319 (20.137) (24.979) 8.018.124 7.699.726 18 19 8 229.771 4.069.752 18.124 4.317.648 87.758 4.520.481 18.844 4.627.083 20 13 14 19 21 22 95.715 214.771 527.559 685.336 827.004 27.683 116.286 208.788 527.559 737.172 602.774 29.989 Total de passivo corrente 2.378.068 2.222.568 Total do passivo 6.695.716 6.849.651 14.713.840 14.549.377 17 17 Total do capital próprio Passivo Passivo não corrente Provisões Financiamentos obtidos Passivos por impostos diferidos Total de passivo não corrente Passivo corrente Fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas/sócios Financiamentos obtidos Outras contas a pagar Diferimentos Total do capital próprio e passivo Relatório de Contas 2010 Página 38 Demonstração dos Resultados Líquidos do Exercício Período compreendido entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010 DESCRIÇÃO NOTAS Vendas e Prestações de Serviços Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 23 6 Resultado operacional bruto Fornecimento e serviços externos 24 Valor acrescentado bruto U= Contos PERÍODO 2010 2009 VALORES VALORES 4.670.224 (1.292) 4.505.968 (819) 4.668.931 4.505.149 (1.541.867) (1.730.364) 3.127.065 Gastos com pessoal Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) Provisões Aumentos/reduções de justo valor Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas 25 10 11,15 18 26 27 Resultados antes de depreciações, amortizações, perdas/ganhos de financiamento e impostos Gastos/Reversões de depreciação e de amorização Perdas/Reversões por imparidade de activos/amortizáveis 4,5 Resultado operacional (antes perdas/ganhos de financiamento e impostos) Juros e ganhos similares obtidos Juros e perdas similares suportados 28 28 Resultado antes de impostos Imposto sobre rendimentos do período Imposto sobre rendimentos do diferido 29 29 Resultado líquido do período O 2.774.786 (1.182.305) (3.851) (194.706) (142.013) 0 143.710 (139.248) (1.136.506) 2.032 (264.534) (18.473) 0 114.296 (226.318) 1.608.651 1.245.283 (965.896) 0 (967.131) 0 642.755 278.152 16.939 (237.812) 25.087 (309.953) 421.882 (6.715) (190.009) 86.525 (85.973) 67.709 318.398 (24.979) Relatório de Contas 2010 Página 39 Demonstração de Fluxos de Caixa Período compreendido entre 01 de Janeiro de 2010 e 31 de Dezembro de 2010 DESCRIÇÃO NOTAS PERÍODO 2010 VALORES 2009 VALORES Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal 4.110.461 (1.976.288) (780.017) 4.003.610 (1.886.506) (729.125) 1.354.156 1.387.979 (101.499) 18.949 (278.774) 599.207 1.271.606 1.708.412 (525.983) (16.264) (32.602) (414.271) (6.758) (99.238) 865 2.307 2.589 749 2.307 7.424 (569.087) (509.787) Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Outras operações de financiamento 249.163 13.828 4.271 2.014 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Juros e gastos e similares Dividendos Outras operações de financiamento (747.276) (167.365) 0 (64.398) (727.997) (178.637) (483.474) (1.892) Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento (716.048) (1.385.714) (13.530) (9.953) 402.193 378.710 (187.088) (64.229) 653.510 402.193 1.953 1.163 376.758 401.030 378.710 402.193 Caixa gerada pelas operações Pagamento/ recebimento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/ pagamentos Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais Fluxos de caixa das actividadades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Outros activos Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Subsídios ao investimento Dividendos Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Variação de caixa e seus equivalentes Efeitos das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 2 Detalhe da Caixa e equivalentes de caixa Caixa Descobertos bancários Depósitos bancários 2 Relatório de Contas 2010 Página 40 Demonstração De Alterações no Capital Próprio Período compreendido entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010 U= Contos 1 POSIÇÕES NO INÍCIO DO PERÍODO 2010 5.201.184 45.339 2.498.319 (20.137) ALTERAÇÕES REFERENTES A RENDIMENTOS E GASTOS RECONHECIDOS NO PERÍODO Resultado Líquido do período Primeira adopção do novo referencial contabilístico Alterações nas politicas contabilísticas e as correcções de erros Diferenças de conversão de demonstrações financeiras Realização de excedentes de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis Excedentes de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis e respectivas variações Ajustamentos por impostos diferidos Outras alterações reconhecidas no capital próprio RESULTADO EXTENSIVO 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Total Resultado Líquido do Período Resultados Transitados Outras Variações no Capital Próprio Ajustamentos em Activos Financeiros Excedentes de Revalorização Outras Reservas Reservas Legais Prémios de Emissão Prestações Suplementares e Outros Instrumentos de Acções (quotas próprias) Notas DESCRIÇÃO Capital Realizado Capital próprio atribuído aos detentores do capital (entidade individual/empresa mãe) (24.979) 7.699.726 318.398 (24.979) 24.979 318.398 0 0 0 0 0 0 0 (24.979) 343.377 318.398 OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO Realizações de capital Realização de prémios de emissão Distribuições Entradas para cobertura de perdas Outras operações com detentores do capital OUTRAS OPERAÇÕES POSIÇÕES NO FIM DO PERÍODO 2009 Relatório de Contas 2010 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1+2+3+4 5.201.184 0 0 0 45.339 2.498.319 0 0 0 (45.116) 318.398 8.018.124 Página 41 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Relatório de Contas 2010 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (Valores expressos em milhares de Escudos Cabo-verdianos “mESC”) INFORMAÇÃO GERAL A ASA - Empresa Nacional de aeroportos e Segurança Aérea, S.A. (adiante designada por “ASA” ou “Empresa”) resultou da transformação da ASA, E.P. em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Esta transformação decorreu por via do Decreto Regulamentar nº 3/2001 de 4 de Junho, por transferência de todos os direitos, prerrogativas, poderes e obrigações de que era detentora a ASA EP. O capital social da ASA de 5.201.183.557 Escudos é, actualmente, detido integralmente pelo Estado da República de Cabo Verde, sendo representado por 150.000 acções (ver Nota 16). Os Estatutos da ASA, publicados pelo Decreto Regulamentar nº 3/2001 de 4 de Junho referem como objecto da empresa: (i) a exploração e o desenvolvimento em moldes empresariais e em regime exclusivo do serviço público de apoio à aviação civil; (ii) a gestão do tráfego aéreo; (iii) garantir os serviços de partida, sobrevoo e chegada de aeronaves; e (iv) a gestão dos terminais de carga e correios, assegurando para isso as actividades e serviços inerentes às infra-estruturas aeronáuticas e de navegação aérea, em todos os aeroportos e aeródromos públicos de Cabo Verde e na Região de Informação de Voo Oceânica do Sal, designada por FIR Oceânica do Sal. Actualmente a actividade da ASA consiste: (a) na gestão e exploração do aeroporto Amílcar Cabral, na Ilha do Sal, do aeroporto da Praia, do aeroporto da Boavista, do aeroporto de São Vicente e, desde Março de 1993, dos aeródromos existentes nas restantes ilhas, através da prestação de serviços aeroportuários, comerciais e afins e (b) na gestão da FIR Oceânica do Sal, prestando os serviços relacionados com a gestão do tráfego aéreo a todas as aeronaves que utilizem este espaço aéreo. A ASA, tem a sua sede na Estrada do aeroporto, Espargos, Ilha do Sal e conta com delegações nas ilhas de Santiago, S. Vicente, Boavista, S. Nicolau, Fogo e Maio. Estas demonstrações financeiras individuais foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de 29 de Janeiro de 2011. Relatório e Contas 2010 0 – Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 0.1 Base de Preparação Estas demonstrações financeiras foram preparadas pela ASA de acordo com as Normas de Relato Financeiro (“NRF”) – emitidas e em vigor à data de 31 de Dezembro de 2010 em Cabo Verde. A preparação das demonstrações financeiras teve por base a convenção do custo histórico, excepto no que respeita aos activos financeiros valorizados ao justo valor A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com o SNCRF requer o uso de algumas estimativas contabilísticas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adoptar pela ASA, com impacto significativo no valor contabilístico dos activos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte. Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência do Conselho de Administração e nas suas expectativas em relação aos eventos e acções correntes e futuras, os resultados actuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras são apresentadas na Nota 1.21. 1 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 1.1 Conversão cambial Moeda funcional Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da ASA estão mensurados na moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional), o escudo Cabo-verdiano. As demonstrações financeiras da ASA e as respectivas notas são apresentadas em milhares de escudos Cabo-verdianos salvo indicação explícita em contrário. Transacções e saldos As transacções em moedas diferentes do escudo cabo-verdiano são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transacções. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/recebimento das transacções bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do balanço, dos activos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de Relatório e Contas 2010 gastos financeiros, se relacionadas com empréstimos ou em outros rendimentos ou gastos operacionais, para todos os outros saldos/transacções. Cotações utilizadas As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue: Moeda EUR USD CHF GBP 1.2 2010 2009 110,265 83,132 88,452 128,337 110,265 78,803 74,316 122,676 Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis são valorizados ao custo deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas. O custo inclui o custo considerado e o custo de aquisição para os activos adquiridos após a data da transição. O custo de aquisição inclui o preço de compra do activo, as despesas directamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a colocação do activo na localização e condição necessária ao seu funcionamento conforme pretendido pela gestão. A ASA optou por reconhecer os custos de financiamento relacionados com activos qualificáveis como gastos do exercício quando incorridos. Os custos subsequentes suportados com renovações e grandes reparações, que façam aumentar a vida útil, ou a capacidade produtiva dos activos são reconhecidos no custo do activo. Por outro lado, os gastos de natureza corrente com reparação e manutenção são reconhecidos como um gasto do período em que são incorridos. Os custos a suportar com o desmantelamento ou remoção de activos instalados em propriedade de terceiros serão considerados como parte do custo inicial dos respectivos activos quando se traduzam em montantes significativos. Os activos fixos tangíveis são depreciados numa base sistemática, pelo método das quotas constantes, pelo período da vida útil estimada. As vidas úteis estimadas para os activos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue: Relatório e Contas 2010 Anos Edifícios e outras construções Equipamento básico, outras máquinas e instalações Material de carga e transporte Outras activos tangíveis Entre 10 a 25 Entre 5 a 10 Entre 5 a 10 Entre 4 a 12 Os terrenos e os activos em curso não são depreciados. As vidas úteis dos activos são revistas em cada data de relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos activos, sendo alteradas prospectivamente. Os activos tangíveis subsidiados pelo Governo ou entidade equiparada são depreciados na mesma base e às mesmas taxas dos restantes bens da Empresa, sendo o respectivo custo compensado em “Outros rendimentos e ganhos” (ver Nota 26), pela amortização dos subsídios registados em “Diferimentos” (ver Nota 22). Os ganhos e perdas provenientes da alienação de activos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre o seu valor de realização e o valor contabilístico do activo, sendo reconhecido na demonstração dos resultados. 1.3 Activos intangíveis Os activos intangíveis são registados quando estão cumpridas as condições para o seu reconhecimento. No reconhecimento inicial os activos intangíveis adquiridos são mensurados ao preço de compra acrescidos dos custos directos. Nos períodos subsequentes, os activos são amortizados pelo período de vida útil estimada e deduzidos de eventuais perdas de imparidade. A ASA capitaliza na rubrica de activos intangíveis, a título de “Software” os custos incorridos com o desenvolvimento de aplicações informáticas por entidades externas bem como a aquisição de licenças de utilização e de upgrades de software. Estes activos são amortizados em 5 anos. Os dispêndios com estudos e avaliações efectuados no decurso das actividades operacionais são reconhecidos nos resultados do exercício em que são incorridos. 1.4 Imparidade de activos não financeiros Os activos sujeitos a amortização ou depreciação são revistos quanto à imparidade sempre que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do activo face ao seu valor Relatório e Contas 2010 recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um activo, menos os gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os activos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa). No caso da ASA a unidade geradora de caixa mais baixa identificada é a própria Empresa. Embora a ASA tenha duas actividades a seu cargo: i) a gestão aeronáutica; e ii) a gestão da rede de aeroportos e aeródromos de Cabo Verde, o modelo de fixação de tarifas seguido pelo regulador (modelo single till) determina que as duas actividades gerem receitas interdependentes. Os activos não financeiros, que não o goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados, a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade. Quando há lugar ao registo ou reversão de imparidade, a amortização e depreciação dos activos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável. 1.5 Investimentos em empreendimentos conjuntos Os interesses em entidades conjuntamente controladas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. A quota-parte da ASA nos ganhos ou perdas do empreendimento conjunto é reconhecida na demonstração dos resultados e a quota-parte nos movimentos de reservas do empreendimento conjunto é reconhecida em reservas. Transacções e ganhos ainda não realizados entre a ASA e os empreendimentos conjuntos são eliminados tendo em conta o interesse da ASA. As políticas contabilísticas das entidades em empreendimento conjunto são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente com as da ASA. 1.6 Activos financeiros O Conselho de Administração determina a classificação dos activos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com a NRF 16 – Instrumentos financeiros. Os activos financeiros podem ser classificados/ mensurados como: a) Ao custo ou custo amortizado menos qualquer perda por imparidade; ou b) Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração de resultados. Relatório e Contas 2010 A ASA classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os activos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cujo retorno seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado. Para os activos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são determinados de acordo com o método da taxa de juro efectiva, que corresponde à taxa que desconta exactamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro, para o seu valor líquido contabilístico. São mensurados ao custo ou custo amortizado os activos financeiros que constituem empréstimos concedidos, contas a receber (clientes, outros devedores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado activo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável. A ASA classifica e mensura ao justo valor os activos financeiros que não cumpram com as condições para ser mensurados ao custo ou custo amortizado, conforme descrito acima. São mensurados ao justo valor os activos financeiros que constituem instrumentos de capital próprio cotados em mercado activo, contratos derivados e activos financeiros detidos para negociação. As variações de justo valor são registadas nos resultados de exercício, excepto no que se refere aos instrumentos financeiros derivados que qualifiquem como relação de cobertura de fluxos de caixa. A ASA avalia a cada data de relato financeiro a existência de indicadores de perda de valor para os activos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objectiva de imparidade, a ASA reconhece uma perda por imparidade na demonstração dos resultados. Os activos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse. 1.7 Inventários Os inventários são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o valor líquido de realização. Os inventários referem-se a materiais utilizados nas actividades internas de manutenção e conservação da ASA. Os inventários são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, o qual inclui todas as despesas suportadas com a compra. O custo é determinado utilizando o método do custo médio ponderado. Relatório e Contas 2010 Os inventários são ajustados por imparidade por referência à intenção de uso e a sua condição. O ajustamento de inventário calculado pela ASA tem por base a rotatividade dos stocks no final do exercício (ver Nota 10). 1.8 Clientes e outras contas a receber Os saldos de clientes e outras contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade dos clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objectiva de que os saldos a receber não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transacção. Os riscos efectivos de cobrança dos saldos de clientes e outras contas a receber, apurados por referência a critérios de gestão como a avaliação do risco de crédito e o período estimado de recebimento, são objecto de revisão a cada data de relato. Para a determinação da imparidade sobre os saldos de clientes, o critério utilizado pela ASA é de ajustar 100% os saldos vencidos há mais de 12 meses (excluindo entidades públicas), conforme informação histórica sobre as perdas incorridas. Adicionalmente, é efectuada uma análise, caso a caso, para os saldos de clientes com antiguidade inferior a 12 meses. As perdas por imparidade identificadas são registadas na demonstração dos resultados, em “Imparidade de dívidas a receber”, sendo subsequentemente revertidas na mesma rubrica, caso os indicadores de imparidade diminuam ou se extingam. 1.9 Caixa e depósitos bancários A rubrica de “Caixa e depósitos bancários” inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses. Os descobertos bancários são apresentados no balanço, na rubrica de financiamentos obtidos, no passivo corrente. Na demonstração dos fluxos de caixa, os descobertos bancários são considerados como caixa e equivalentes de caixa. 1.10 Capital social As acções ordinárias são classificadas no capital próprio. Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções são apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante emitido. A parcela não realizada do capital não é objecto de registo. Relatório e Contas 2010 As prestações acessórias de capital são reconhecidas no capital próprio quando não existe prazo de reembolso definido, não estejam sujeitas a juros e cumpram as demais condições de reconhecimento na rubrica de capital próprio. 1.11 Reservas A ASA tem reconhecido os seguintes tipos de reservas: Reserva legal A nova redacção do CEC – Código das Empresas Comerciais, estabelece no seu Artigo 262º, que “as sociedades anónimas são obrigadas a constituir uma reserva legal no mínimo igual à quinta parte do seu capital social, devendo para o efeito, anualmente, e até se achar integralmente preenchida ou reintegrada, afectar a esse fim a vigésima parte dos seus lucros”. Outras reservas Nos termos das disposições estatutárias da ASA, aprovados no Decreto Regulamentar nº 3/2001 de 4 de Junho, a Empresa, após deduzida a parte destinada à reserva legal, poderá aplicar o resultado líquido conforme decidido em assembleia-geral, nomeadamente: i) Cobertura dos prejuízos anteriores; ii) Constituição e eventual reintegração da reserva legal e de outras reservas que a Lei determinar; iii) Constituição, reforço ou reintegração de outras reservas que a assembleia-geral deliberar; iv) Distribuição de dividendos aos accionistas; v) Gratificação a atribuir aos membros dos órgãos sociais Neste contexto, foram constituídas as seguintes reservas: Reserva para investimentos: Esta reserva inclui, (a) a parcela dos resultados apurados em cada exercício que lhe for anualmente destinada e (b) as verbas provenientes de dotações e doações com essa finalidade expressa, de que a Empresa seja beneficiária. Reserva para fins sociais: Destina-se exclusivamente à prestação de benefícios sociais ou serviços de benefício colectivo para os trabalhadores, e à atribuição de bonificações dos empréstimos para aquisição, construção, reparação, beneficiação, ou ampliação de habitação própria permanente. A dotação anual que lhe for destinada não poderá exceder 10% dos resultados líquidos do exercício respectivo. As utilizações desta reserva são efectuadas através do Fundo Social criado pela ASA e gerido por uma Comissão de Gestão, cujos membros são empregados da ASA. Relatório e Contas 2010 Reserva para remuneração de capitais: De acordo com o Decreto nº 115/90, de 8 de Dezembro, as empresas públicas deverão constituir a reserva para remuneração dos capitais investidos prevista na Lei de Bases Gerais das Empresas Públicas até ao limite de 30% do capital estatutário, através da retenção de, pelo menos, 5% dos resultados líquidos anuais depois de deduzidos da dotação necessária à amortização de eventuais prejuízos transitados, a qual se destina a financiar os montantes a entregar ao Tesouro a título de participação do Estado nos lucros da Empresa. Reservas gerais: A reserva geral é reforçada anualmente com uma percentagem dos resultados líquidos de cada exercício, a definir em assembleia-geral. A reserva geral só pode ser utilizada (a) para cobrir a parte do prejuízo registado no balanço de cada exercício que não possa ser coberto pela utilização de outras reservas, (b) para cobrir a parte dos prejuízos transitados de exercícios anteriores que não possa ser coberta pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas e (c) para incorporação no capital estatutário. 1.12 Passivos financeiros O Conselho de Administração determina a classificação dos passivos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com a NRF 16 – Instrumentos financeiros. Os passivos financeiros podem ser classificados/mensurados: c) Ao custo amortizado; ou d) Ao justo valor com as alterações de justo valor reconhecidas na demonstração de resultados. A ASA classifica e mensura ao custo amortizado, os passivos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cuja remuneração seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar uma alteração à responsabilidade pelo reembolso do valor nominal e do juro acumulado a pagar. Para os passivos registados ao custo amortizado, o custo com juros a reconhecer em cada período é determinado de acordo com o método da taxa de juro efectiva, que corresponde à taxa que desconta os pagamentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro, para o seu valor presente. São registados ao custo ou custo amortizado os passivos financeiros que constituem financiamentos obtidos, contas a pagar (fornecedores, outros credores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado activo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável. Relatório e Contas 2010 Uma entidade deve desreconhecer um passivo financeiro (ou parte de um passivo financeiro) apenas quando este se extinguir, isto é, quando a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire. 1.13 Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são reconhecidos inicialmente ao seu valor nominal ou justo valor, quando diferente, deduzido dos respectivos custos de transacção quando incorridos. Os financiamentos obtidos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transacção) e o valor amortizado é reconhecida na demonstração dos resultados ao longo do período do financiamento, utilizando o método da taxa efectiva. Os financiamentos obtidos são classificados no passivo corrente, excepto se a Empresa possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço, sendo classificado como não corrente. 1.14 Imposto único sobre o rendimento e impostos diferidos Com a publicação do Decreto-Lei nº 1/96, de 15 de Janeiro, foi aprovado o Regulamento do Imposto Único sobre o Rendimento, segundo o qual o rendimento tributável é determinado com base no resultado do exercício antes de impostos, eventualmente ajustado pelos custos e proveitos que, nos termos do referido Decreto-Lei, não devam ser considerados para efeitos fiscais. A taxa do imposto foi fixada em 25% pelo Orçamento Geral do Estado de 2009, com efeito retroactivo ao exercício económico de 2008. As declarações de impostos podem ser revistas pela administração fiscal por um período de cinco anos, pelo que as declarações fiscais de 2006 a 2010 podem vir a ser corrigidas. Os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de três anos, após a sua ocorrência, por dedução aos lucros fiscais gerados durante esse período. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base tributável. A base tributável dos activos e passivos é determinada de forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa em vigor à data de balanço, ou a taxa que esteja já aprovada para utilização futura. Os impostos diferidos activos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estarão Relatório e Contas 2010 disponíveis para utilização da diferença temporária. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua recuperação. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis, excepto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill; ou ii) o reconhecimento inicial de activos e passivos, que não resultem de uma concentração de actividades, e que à data da transacção não afectem o resultado contabilístico ou fiscal. Os impostos diferidos são classificados na face do balanço como activos e/ou passivos não correntes. 1.15 Provisões para riscos e encargos As provisões são reconhecidas quando a ASA tem: i) uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável do que não, que seja necessário um dispêndio de recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, a ASA divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota. As provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizando uma taxa antes de impostos, que reflecte a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa. 1.16 Subsídios e apoios do Governo A ASA reconhece os subsídios do Governo de Cabo-Verde ou organismos equiparados pelo seu justo valor, quando exista uma certeza razoável de que o subsídio será recebido. Os subsídios ao investimento não reembolsáveis são reconhecidos inicialmente na rubrica de diferimentos, sendo subsequentemente creditados na demonstração dos resultados numa base pró-rata da depreciação dos activos a que estão associados. Os subsídios à exploração são reconhecidos como rendimentos na demonstração dos resultados no mesmo período em que os gastos associados são incorridos e registados, ou nos períodos seguidos se recebidos posteriormente. 1.17 Locações Locações de activos relativamente aos quais a ASA detém substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à sua propriedade são classificados como locações financeiras. São igualmente classificadas como locações financeiras os acordos em que a análise de uma ou Relatório e Contas 2010 mais situações particulares do contrato aponte para tal natureza. Todas as outras locações são classificadas como locações operacionais. Nas locações financeiras os activos são capitalizados no início da locação pelo menor entre o justo valor do activo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, determinados à data. A dívida resultante de um contrato de locação financeira é registada líquida de encargos financeiros, na rubrica de empréstimos. Os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos activos locados, são reconhecidos na demonstração dos resultados, no período a que dizem respeito, Os activos tangíveis adquiridos através de locações financeiras são depreciados pelo menor entre o período de vida útil do activo e o período da locação quando a ASA não tem opção de compra no final do contrato, ou pelo período de vida útil estimado quando a ASA tem a intenção de adquirir os activos no final do contrato. Nas locações consideradas operacionais, as rendas a pagar são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados quando incorridos, durante o período da locação. 1.18 Gastos e rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidos como activos ou passivos, se qualificarem como tal. 1.19 Rédito O rédito da ASA refere-se, essencialmente, à prestação de serviços, o qual é reconhecido no período contabilístico em que os serviços são prestados, com referência à fase de acabamento da transacção à data do balanço. De acordo com a legislação nacional e internacional emitida, para o sector, o rédito da ASA consubstancia-se nas taxas cobradas pela utilização do espaço aéreo cabo-verdiano e pela utilização das infra-estruturas aeroportuárias, como taxas de rota, taxas de aterragem e descolagem, taxas de serviço de passageiros entre outras. i) Serviços de navegação En-route air navigation charge: Corresponde à taxa de rota cobrada às companhias aéreas por sobrevoarem o espaço aéreo de Cabo Verde, independentemente, do destino. A taxa é calculada com base na distância percorrida e no PMD (peso máximo à descolagem). Relatório e Contas 2010 Terminal area navigation charge – TNC: corresponde a uma taxa paga pelas companhias aéreas por cada operação de aterragem e descolagem em Cabo Verde. Esta taxa varia consoante o peso máximo de descolagem do avião. ii) Serviços de operação aeroportuária O rédito obtido dos serviços de operação portuária tem as seguintes naturezas: Serviços de passageiros: taxas cobradas aos passageiros embarcados em voos domésticos e internacionais; Aterragem e descolagem (Landing – Take-off): taxa cobrada por unidade de tonelada métrica do peso máximo à descolagem indicado no certificado de navegabilidade ou documento para o efeito considerado equivalente; Estacionamento (Open air parking): taxa definida nas áreas de tráfego, nas áreas de manutenção ou outras e calculada por tonelada métrica e por hora ou fracção, estabelecida em função do peso máximo à descolagem. Balizagem e iluminação (Lighting aids): taxa devida por cada operação de aterragem ou descolagem em que seja utilizada balizagem luminosa, quer nos casos em que é obrigatória quer quando solicitada pela aeronave. Embarque e desembarque de carga: taxa devida por cada quilo de carga embarcada ou desembarcada e separação de bagagem; Informação sonora (Announcements): taxa cobrada por anúncio audio divulgado no sistema sonoro do aeroporto; Parqueamento: taxa única devida por serviço prestado por sinaleiro da ASA em cada operação de sinalização, parqueamento ou remoção de aeronaves. iii) Locação de infra-estruturas aeroportuárias Rédito proveniente da locação de infra-estruturas aeroportuárias, nomeadamente, espaços comerciais e escritórios. Nos espaços comerciais estão incluídos restaurantes, bares, lojas, agências de viagens, bancos e operadoras aéreas localizadas nos aeroportos explorados pela ASA. Os rendimentos resultantes destas locações são reconhecidos na Demonstração dos resultados mensalmente com referência à fase de acabamento, à data de balanço. Os rendimentos decorrentes desta prestação de serviços não são reconhecidos caso existam dúvidas quanto à cobrança da prestação do serviço. Relatório e Contas 2010 1.20 Responsabilidades assumidas para com o pessoal De acordo com a legislação Cabo-verdiana vigente, os trabalhadores têm, anualmente, direito a um mês de férias remuneradas, que representa um direito adquirido pelo serviço prestado no ano civil anterior ao do seu pagamento. Adicionalmente, a Sociedade garante aos trabalhadores o pagamento de subsídio de férias o que, à semelhança das férias, representa um direito adquirido pelo serviço prestado no ano civil anterior ao do seu pagamento. Esta responsabilidade encontra-se apresentada em balanço na rubrica outras contas a pagar (ver Nota 21). Os trabalhadores da ASA encontram-se integralmente abrangidos pelo sistema oficial de previdência social, pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), não assumindo a Empresa qualquer responsabilidade, presente ou futura, relacionada com o pagamento de pensões ou complementos de reforma. 1.21 Estimativas e Julgamentos As estimativas e julgamentos efectuados pelo Conselho de Administração são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência e outros factores, designadamente na estimativa sobre eventos futuros que seja provável virem a ocorrer, de acordo com as circunstâncias actuais. Imparidade de saldos de clientes A ASA analisa de forma periódica os saldos vencidos de clientes de forma a detectar problemas de imparidade no recebimento destes valores relativos a: (i) risco de crédito; ou (ii) período de regularização estimado. Provisões A ASA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. Activos tangíveis A estimativa das vidas úteis dos activos, bem como o método de depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada exercício. Relatório e Contas 2010 Estes dois pressupostos são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração para os activos e negócios em questão, considerando também as práticas adoptadas por empresas do sector ao nível internacional. 2 – Fluxos de caixa O detalhe do montante considerado na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” na demonstração de fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como segue: 2010 Numerário - Caixa Depósitos bancários - Depósitos à ordem Caixa e equivalentes de caixa (activo) 2009 1.953 1.163 376.758 376.758 401.030 401.030 378.710 402.193 3 - Gestão de riscos financeiros A exposição da Empresa a riscos financeiros não é significativa e refere-se, principalmente, a variações de taxa de câmbio e de taxas de juro. i) Risco cambial O risco cambial é elevado porque embora exista uma paridade fixa entre o Escudo face ao Euro, moeda em que são contratados parte dos empréstimos contraídos junto de entidades estrangeiras, e a facturação ser efectuada em Escudos Cabo Verdianos, uma grande parte destas no momento da cobrança é recebida em dólares. ii) Risco da taxa de juro Os empréstimos vencem juros a taxas variáveis, estando a ASA sujeita ao risco da variação da taxa de juro. A ASA não tem definida qualquer política para a cobertura deste risco ou negociados quaisquer instrumentos financeiros derivados que visem a minimização destes impactos. iii) Risco de crédito Pela natureza do seu negócio o risco de crédito da ASA está segmentado entre: a) facturação efectuada às companhias aéreas que sobrevoam o espaço aéreo de Cabo Verde no âmbito da FIR. Neste caso o risco de crédito das companhias Relatório e Contas 2010 aderentes à IATA1 é minimizado pelo controlo centralizado de cobranças efectuado por esta entidade; b) facturação efectuada às companhias aéreas que estão fora da IATA e que utilizam os aeroportos e aeródromos geridos pela ASA. Neste caso existe uma grande concentração de risco de crédito em algumas empresas, que é alvo de avaliação regular por parte da direcção financeira da ASA. Para as prestações de serviços secundários (ex: arrendamentos) estão definidas políticas de corte de serviço que procuram assegurar que as vendas efectuadas/ serviços prestados são cobradas. iv) Risco de liquidez A gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades de fundos através de facilidades de crédito negociadas. Devido ao esforço de investimento efectuado nos últimos anos a ASA tem obtido financiamentos específicos a médio longo prazo para o financiamento das infra-estruturas construídas, com períodos de carência de juros. v) Gestão do capital O objectivo da ASA em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face balanço é salvaguardar a continuidade das operações da Empresa. O plano de financiamento da ASA é efectuado considerando as necessidades de investimento em infra-estruturas, as necessidades de capital relativas à actividade operacional e financeira e as comparticipações do Estado. 4 – Activos tangíveis Em 31 de Dezembro de 2010 os movimentos registados em rubricas do activo fixo tangível foram como segue (em mESC): 1 IATA – International Air Transport Association Relatório e Contas 2010 Terrenos Edifícios e outras construções 928 13.229.650 3.020.372 539.849 - (3.537.238) (1.999.716) (394.132) 928 9.692.412 1.020.656 145.717 Adições - 17.044 140.401 Alienações - - - Transferências e abates - 26.825 21.309 Depreciação - exercício - (629.079) (252.150) Depreciação - alienações - - - 928 9.107.201 928 Equipam ento básico Equipam ento transporte Equipam ento adm inistrativo Outros activos tangíveis Activos em curso 419.765 36.679 29.779 17.277.024 (331.442) (16.687) - (6.279.215) 88.324 19.992 29.779 10.997.810 29.284 18.983 28.887 291.384 525.983 (37.091) - - - (37.091) - 26.918 (38.315) (36.737) (50.007) (30.212) (475) - (961.922) 37.091 - - - 37.091 930.217 124.995 104.013 10.090 284.426 10.561.871 13.273.518 3.182.082 532.042 465.667 27.252 - (4.166.317) (2.251.866) (407.047) (361.654) (17.162) - (7.204.046) 928 9.107.201 930.217 124.995 104.013 10.090 284.426 10.561.871 Total 1 de Janeiro de 2010 Custo de aquisição Depreciações acumuladas Valor líquido Movim ento em 2010 Valor líquido - 31 de Dezem bro de 2010 Custo de aquisição Depreciações acumuladas Valor líquido Relatório de Contas 2010 284.426 17.765.916 Página 59 Em 31 de Dezembro de 2010 os movimentos registados em rubricas do activo fixo tangível foram como segue (em mESC): Terrenos Edifícios e outras construções 928 13.017.236 2.974.554 454.924 - (2.918.289) (1.739.431) (353.018) 928 10.098.947 1.235.124 101.905 90.757 Equipam ento básico Equipam ento transporte Equipam ento adm inistrativo Outros activos tangíveis Activos em curso 393.722 23.269 4.613 16.869.247 (302.965) (16.242) - (5.329.946) 7.027 4.613 11.539.302 414.271 Total 1 de Janeiro de 2009 Custo de aquisição Depreciações acumuladas Valor líquido Movim ento em 2009 Adições - 26.577 3.902 84.595 12.099 73.091 214.007 Transferências e abates - 185.837 41.916 330 13.944 (59.681) (188.840) Depreciação - exercício - (618.949) (260.285) (41.113) (28.476) (475) - (949.299) Depreciação- transf. e abates - - - - - 30 - 30 928 9.692.412 1.020.656 145.717 88.324 19.992 29.779 10.997.810 29.779 Valor líquido (6.494) 31 de Dezem bro de 2009 Custo de aquisição Depreciações acumuladas Valor líquido Relatório de Contas 2010 928 928 13.229.650 3.020.372 539.849 419.765 36.679 (3.537.238) (1.999.716) (394.132) (331.442) (16.687) 9.692.412 1.020.656 145.717 88.324 19.992 Página 60 29.779 17.277.024 (6.279.215) 0 10.997.810 As adições e transferências para activos tangíveis firmes registadas no exercício de 2010 referem-se maioritariamente às rubricas: 1) 2) Edifícios e outras construções: a) Construção de um depósito de água e posto de vigia SOS no aeroporto da Praia no montante de 12.597 mESC; b) Pavimentação de bermas junto à pista do aeroporto da São Pedro no montante de 7.111 mESC. Equipamento básico: a) Aquisição de uma viatura de combate a incêndios, no montante de 45.373 mESC para o aeroporto da Boavista; b) Aquisição de diverso mobiliário para a Sala VIP do aeroporto da Praia no montante de 71.596 mESC; c) Aquisição de equipamento de movimentação de bagagens para o aeroporto de São Pedro no valor total de 18.389 mESC. 3) Equipamento de transporte: a) Renovação da frota de automóvel da ASA no valor total de 29.284 mESC, dos quais 12.920 mESC foram adquiridos através de contratos de locação financeira. No final de 2010 e 2009 os valores mais significativos incluídos na rubrica de “Activos em curso” referem-se a: 2010 Activos em construção Extensão da plataforma ABV Projecto AGL - Airport ground lights (AIAC) Remodelação aerogare de São Nicolau Muro vedação ABV Remodelação centro alimentação pista Sala VIP AdP Adiantamentos por conta activos tangíveis Extensão da plataforma ABV Projectos de importação em curso Projecto AGL - Airport ground lights (AIAC) Total activos em curso Relatório de Contas 2010 2009 104.403 69.228 5.577 2.694 675 182.577 2.694 1.120 3.814 59.853 5.729 36.268 101.850 22.473 3.493 25.966 284.426 29.779 Página 61 Do total dos “Activos em curso” no final de 2010 destacam-se os seguintes investimentos: i) Ampliação da plataforma do aeroporto da Boavista: Obra orçamentada em 419 mil contos que está a ser executada pela empresa Construções Cabo Verde e deverá ficar concluída durante o exercício de 2011; ii) Projecto AGL – Airport ground lights para o aeroporto do Sal: Projecto de iluminação substituição da rede de média tensão - que está a ser efectuada pelo fornecedor Aberdore e cujo orçamento total ascende a 343 mil contos. Obra deverá ficar concluída durante o exercício de 2011. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 o valor líquido dos activos fixos tangíveis, adquiridos sob o regime de locação financeiras é como segue (ver igualmente Nota 19): 2010 Valor bruto Depreciações acumuladas 2009 12.920 (942) - 11.978 - As depreciações dos activos fixos tangíveis estão reconhecidas na rubrica de “Gastos/reversões de depreciação e de amortização” da demonstração dos resultados pela sua totalidade. 5 – Activos intangíveis A rubrica de activos intangíveis engloba, essencialmente, valores capitalizados com a aquisição de diversos tipos de software, com fim de suporte às actividades desenvolvidas pela ASA. A evolução registada para os exercícios apresentados é como segue: Software 2010 2009 A 1 de Janeiro Custo de aquisição Amortizações acumuladas Valor líquido 76.571 (70.440) 69.813 (52.607) 6.131 17.207 Adições Amortização - exercício 16.264 (3.974) 6.758 (17.833) Valor líquido 18.421 6.131 31 de Dezembro Custo de aquisição Amortizações acumuladas Valor líquido Relatório de Contas 2010 92.835 (74.413) 18.421 76.571 (70.440) 6.131 Página 62 Na rubrica de software estão incluídos os custos incorridos com o projecto de implementação do sistema integrado de gestão dos recursos humanos (ano 2006) e o sistema de gestão de tráfego desenvolvido em coordenação com a AENA e INDRA (ano 2006), que se encontram totalmente amortizados a 31 de Dezembro de 2010. Durante o exercício de 2010 destaca-se a aquisição de um software de gestão de activos, cujo montante total ascendeu a 10.610 mESC. 6 – Participações financeiras – Método equivalência patrimonial A 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a ASA detém a seguinte participação financeira registada pela equivalência patrimonial: Sociedade Multipessoal, Lda. 1 de Janeiro de 2009 Ganhos / (Perdas) do exercício 31 de Dezembro de 2009 Ganhos / (Perdas) do exercício 31 de Dezembro de 2010 2.594 (819) 1.775 (1.292) 482 A participação na Sociedade Multipessoal, Lda. (“Multipessoal”) resulta de uma parceria efectuada com a Multipessoal Portugal, empresa do Grupo BES, onde a ASA participa em 30% do capital social, mas assume o controlo conjunto. A Sociedade Multipessoal, Lda. tem como objecto a promoção, participação, desenvolvimento e gestão de negócios e projectos relacionados com o sector dos recursos humanos, bem como a promoção, desenvolvimento e formação de profissionais na área da segurança e higiene no trabalho e a consultoria e assessoria em questões referentes ao recrutamento, selecção, colocação de pessoal em empresas, formação profissional e elaboração de estudos de mercado. Os activos e passivos a 31 de Dezembro de 2010, e os rendimentos e gastos gerados desde a data de aquisição, conforme reconhecido nas demonstrações financeiras da Multipessoal, são como segue: Relatório de Contas 2010 Página 63 Sociedade Multipessoal, Lda. 2010 Activos Não correntes Correntes Passivos Não correntes Correntes Capital Próprio 2009 367 16.584 16.951 252 12.578 12.830 0 15.343 15.343 4.860 2.055 6.915 1.608 1.608 5.915 5.915 72.857 (77.164) (4.308) 44.461 (47.190) (2.730) 30% (1.292) 30% (819) Actividade no ano Rendimentos Gastos Resultado líquido % participação detida A informação financeira utilizada para a aplicação do método da equivalência patrimonial corresponde à informação incluída nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, apresentadas pela Sociedade Multipessoal, Lda. 7 – Outros activos financeiros Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os activos reconhecidos nesta rubrica referem-se a: 2010 2009 Acções Obrigações Outros depósitos (Garantias) 86.340 127.892 110.481 89.218 92.183 109.418 Total 324.713 290.819 Acções Nº acções Banco Comercial do Atlântico Total Relatório de Contas 2010 28.780 2010 86.340 86.340 Nº acções 28.780 2009 89.218 89.218 Página 64 Este investimento encontra-se valorizado ao justo valor de acordo com cotação na bolsa de valores de Cabo Verde, conforme boletim publicado com referência às datas do balanço apresentadas: • cotação a 31 de Dezembro de 2010: 3.000 ESC/ acção • cotação a 31 de Dezembro de 2009: 3.100 ESC/ acção Até 31 de Dezembro de 2008 a ASA tinha em carteira 20.000 acções adquiridas a 2.328 Escudos cada em 21 de Dezembro de 2000, mais um lote de 1.725 acções adquiridas a 2.280 Escudos cada, à mesma data. Em 26 de Março de 2009 a ASA adquiriu um lote adicional de 7.055 acções pelo valor de 7.055 mESC. Estas acções encontram-se depositadas numa conta título na Agência do BCA no Sal. No exercício de 2010, o montante de dividendos recebidos do BCA ascendeu a 2.584 mESC (em 2009: 7.424 mESC), os quais foram reconhecidos em juros e ganhos similares obtidos. Obrigações Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os activos reconhecidos nesta rubrica correspondem a títulos de dívida adquiridos pela ASA, emitidos pelas seguintes entidades: Nº Condições Obrigações SOGEI Descrição 29.956 Obrigações Tecnicil 12.237 Obrigações Fast Ferry 49.990 Obrigações Fast Ferry 25.000 Obrigações BCA 10.709 Euribor 6 meses + 2,75% (Tx min 6,4%; Tx máx 7,4%) Reembolso em 2014 Taxa 7,5% (fixa); Juros semestrais postecipados Reembolso 2014 Taxa 9% (fixa) Reembolso 2015 Taxa 9% (fixa) Reembolso 2011 Taxa crescente (5,75% a 6,25%); Juros semestrais postecipados Reembolso início em 2013 Total 2010 2009 29.956 29.956 12.237 12.237 49.990 49.990 25.000 - 10.709 - 127.892 92.183 A especialização dos juros das obrigações encontra-se registada na rubrica de juros e ganhos similares – Juros obtidos (Ver Nota 28). Outros depósitos (Garantias) Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os activos reconhecidos nesta rubrica correspondem ao depósito garantia constituído pela ASA, no âmbito do financiamento obtido do BEI. A Relatório de Contas 2010 Página 65 ASA é obrigada a manter esta aplicação até 2019, a qual venceu juros, em 2010, à taxa de juro de 1%. 2010 2009 Garantia BEI 110.481 109.418 Total 110.481 109.418 Este depósito encontra-se denominado em euros, correspondendo o saldo acumulado a 31 de Dezembro de 2010 a 1.001.960 Euros (em 2009: 992.366 Euros). 8 – Impostos diferidos Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a ASA apresenta os seguintes saldos de impostos diferidos: Imposto diferido activo Imposto diferido passivo 1 de Janeiro de 2009 236.331 (20.419) Reclassificação imposto a pagar/ a receber Aumentos / (reduções) por resultados Aumentos / (reduções) por capitais próprios (19.321) 66.134 - 31 de Dezembro de 2009 283.144 (18.844) 85.805 - 720 - 368.949 (18.124) Aumentos / (reduções) por resultados Aumentos / (reduções) por capitais próprios 31 de Dezembro de 2010 1.575 - O detalhe da natureza dos impostos diferidos activos para os exercícios apresentados é como segue: Outras provisões Cobrança duvidosa Inventários Imparidade TACV A 1 de Janeiro de 2010 18.095 160.421 1.765 102.863 283.144 Reversão por resultados Constituição por resultados 36.795 52.626 333 (3.949) - (3.949) 89.754 Movimento do exercício 36.795 52.626 333 (3.949) 85.805 A 31 de Dezembro de 2010 54.890 213.047 2.098 98.914 368.949 Relatório de Contas 2010 Total Página 66 Outras provisões Cobrança duvidosa Inventários Imparidade TACV 18.095 135.421 1.765 61.729 Reclassificação I.U.R. a receber Reversão por resultados Constituição por resultados - 25.000 - Movimento do exercício - 25.000 18.095 160.421 A 1 de Janeiro de 2009 A 31 de Dezembro de 2009 Outros Total 19.321 236.331 41.134 (19.321) - (19.321) 66.134 - 41.134 (19.321) 46.813 1.765 102.863 - 283.144 - O reconhecimento de impostos diferidos activos à data de 1 de Janeiro de 2008 decorreu da adopção do SNCRF, e da aplicação retrospectiva da NRF 22 – Imposto sobre o rendimento. A rubrica ”Outros”, em 2009, refere-se ao impacto dos ajustamentos da transição contabilística para o SNCRF, nas categorias de activos tangíveis e intangíveis. Em 1 de Janeiro de 2009, data da transição fiscal conforme Decreto-Lei nº 14/2010 de 26 de Abril, os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adopção pela primeira vez das normas constantes do SNCRF considerados fiscalmente relevantes, foram reclassificados para a rubrica do Estado – I.U.R. a receber. Este montante concorreu para a formação do lucro tributável do exercício de 2009 e dos quatro períodos de tributação seguintes. O detalhe da natureza dos impostos diferidos passivos para os períodos apresentados é como segue: Justo valor Acções A 1 de Janeiro de 2010 Desconto saldo Estado Activos detidos para venda Total (7.918) (918) (10.009) (18.844) Constituição por resultados Reversão por resultados 720 - - 720 Movimentos do período 720 - - 720 (7.198) (918) (10.009) (18.124) A 31 de Dezembro de 2010 Relatório de Contas 2010 Página 67 Activos detidos para venda Justo valor Acções Desconto saldo Estado Total A 1 de Janeiro de 2009 (4.757) (918) (14.745) (20.419) Constituição por resultados Reversão por resultados (3.161) - - 4.736 (3.161) 4.736 Movimentos do período (3.161) - 4.736 1.575 A 31 de Dezembro de 2009 (7.918) (918) (10.009) (18.844) 9 – Activos não correntes detidos para venda Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a ASA tem classificado como activos não correntes detidos para venda as seguintes classes de activos: 2010 Activos fixos tangíveis Terrenos Moradias 2009 766 10.974 766 11.187 11.740 11.954 Os terrenos e moradias classificados como detidos para venda referem-se a terrenos e moradias para os quais já foram assinados os contratos de promessa de compra e venda, estando a ASA a aguardar a realização das escrituras. A manutenção da classificação destes activos para além dos 12 meses deve-se ao facto das questões pendentes não estarem no controlo da ASA. O valor pelo qual se encontram mensurados é inferior ao valor de venda já negociado para a alienação. 10 – Inventários O detalhe de inventários em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é como segue: 2010 2009 Material auto Material eléctrico Material de construção Materiais diversos n/ específicados Outros materiais (< 5.000) 30.507 21.403 5.241 6.276 13.951 31.121 19.907 7.622 5.691 15.519 Total inventário em armazém 77.379 79.860 4.904 3.051 Inventários em trânsito Ajustamentos em inventários Total inventários Relatório de Contas 2010 -16.623 65.660 (16.192) 66.719 Página 68 O custo dos inventários reconhecidos em 2010, como gasto e incluído na rubrica ”Fornecimentos e serviços externos” ascendeu a 50.424 mESC (em 2009: 54.967 mESC) Os inventários em trânsito referem-se a custos de processos de desalfandegamento. Ajustamentos em inventários 2010 2009 A 1 de Janeiro 16.192 18.224 Aumentos Utilizações Reduções 3.851 (3.420) - 3.602 (5.634) A 31 de Dezembro 16.623 16.192 A variação ocorrida nos ajustamentos a inventários foi reconhecida na rubrica de “Imparidade em existências”, na demonstração dos resultados. 11 – Clientes Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a decomposição da rubrica de clientes, é como segue: Corrente Clientes c/c i) Clientes de cobrança duvidosa Perdas por imparidade Total clientes 2010 Não corrente Total Corrente 2009 Não corrente Total 2.251.821 - 2.251.821 1.486.077 - 1.486.077 1.607.687 - 1.607.687 1.806.035 - 1.806.035 3.859.508 - 3.859.508 3.292.111 - 3.292.111 (1.607.687) - (1.607.687) (1.394.627) - (1.394.627) 2.251.821 - 2.251.821 1.897.485 - 1.897.485 Os saldos de clientes c/c resultam, maioritariamente, da facturação das taxas de rota às companhias aéreas pela utilização do espaço aéreo de Cabo Verde, sendo os saldos em aberto mais significativos referentes às companhias aéreas que não estão associadas à IATA – International Air Transport Association. Relatório de Contas 2010 Página 69 Resumo dos saldos de clientes sem considerar o ajustamento para imparidade: Entidade 31-12-2010 31-12-2009 1.725.984 303.693 200.696 142.446 121.760 107.286 103.529 67.872 60.736 56.550 55.648 52.854 52.433 36.692 35.810 735.518 1.333.299 291.310 109.685 123.647 129.722 170.872 90.662 70.327 62.200 56.159 40.522 44.472 24.509 36.107 708.618 3.859.508 3.292.111 TACV Cabo Verde Airlines Aerolineas Argentinas Halcyonair Cabo-Verde SA TAM - Linhas Aéreas, SA Iberia - Linhas Aéreas de Espanha TAP Air Portugal Air France Sonair SAA - South Africa Airways Air Comet Ghana Airways Corporation Arik Air Southern Winds, SA Cabo Verde Express Deusche Luftansa Outros < 30.000 contos Perdas por imparidade 2010 2009 A 1 de Janeiro 1.394.627 1.145.981 Aumentos Transferências Reduções 213.060 - 247.654 991 - 1.607.687 1.394.627 A 31 de Dezembro O aumento registado na rubrica de “Perdas por imparidade – clientes” refere-se: i) à dívida da Halcyonair, entidade com a qual a ASA assinou um protocolo para pagar a dívida vencida no prazo de 9 anos, mas que não está a ser cumprido. O reforço correspondeu à facturação emitida no ano que ascendeu a 91.012 mESC; ii) à divida da ARIK AIR, companhia aérea nigeriana que apenas sobrevoa o espaço FIR de Cabo Verde, cujo montante facturado em 2010 ascendeu a 48.548 mESC, valor integralmente ajustado em 2010; iii) à dívida de diversos clientes em virtude da actual crise financeira vivida na generalidade dos países; e iv) ao registo de imparidade sobre os créditos vencidos dos TACV, devido aos atrasos registados na regularização da facturação emitida. No que se refere ao saldo a receber dos TACV, por se tratar de uma entidade detida a 100% pelo Estado de Cabo Verde não se coloca em causa a recuperabilidade do valor a receber, Relatório de Contas 2010 Página 70 contudo existe o efeito temporal do dinheiro a considerar. Desta forma a ASA procedeu ao cálculo da imparidade, tendo por base a melhor estimativa do período de recebimento destes saldos, uma vez que os diferentes acordos efectuados com os TACV para a regularização da dívida não têm vindo a ser cumpridos. O cálculo de imparidade efectuado teve por base os seguintes pressupostos: (i) recebimento dos valores em dívida num prazo médio de 4 anos e numa única transacção; e (ii) taxa de desconto de 8%, considerada equiparável ao custo médio de financiamento dos TACV. Estes pressupostos foram mantidos para os dois exercícios apresentados devido ao agravamento e acumulação dos saldos vencidos. Do cálculo efectuado resultou o reconhecimento de uma perda acumulada de 355.842 mESC e uma perda do exercício de 2.558 mESC (em 2009: 147.654 mESC). 12 – Adiantamentos a fornecedores O saldo desta rubrica compreende os adiantamentos efectuados a fornecedores no âmbito das propostas aceites, quando ainda não tenha sido prestado o serviço. Em 31 de Dezembro de 2010 os saldos mais significativos referem-se aos seguintes fornecedores: i) Montreal: 17.646 mESC relativos a pagamentos efectuados pela ASA para a aquisição de betão a título de adiantamento por conta de obras relacionadas com o Projecto AGL – Airport Ground Lights; ii) LCI – Leite Construções Imobiliária: 4.350 mESC pelas obras de remodelação e ampliação da aerogare ASN (20% da empreitada); iii) ICAO: 3.065 mESC para aquisição de peças para manutenção do equipamento de pista das infra-estruturas aeroportuárias da ASA. Em 31 de Dezembro de 2009 os saldos mais significativos referiam-se aos seguintes fornecedores: i) Camilo Almeida: 7.418 mESC relativos a despesas aduaneiras; ii) LCI – Leite Construções Imobiliária: 4.510 mESC pelas obras de remodelação e ampliação da aerogare ASN (20% da empreitada); iii) CVC – Construções Cabo Verde: 2.438 mESC pela construção de um depósito no ADP (20% da empreitada); iv) Constur: 2.103 mESC pelos trabalhos de beneficiação do Centro Controlo Oceânico do Sal (50% da empreitada) Relatório de Contas 2010 Página 71 13 – Estado e outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos activos e passivos de “Estado e outros entes públicos” são como segue: Devedor 2010 Credor Devedor 2009 Credor Imposto s/ rendimento - IUR Retenções imposto s/ rendimento Imposto s/ valor acrescentado - IVA Contribuições p/ previdência Outros impostos 20.903 262.444 - (163.975) (19.682) (31.114) - 24.767 165.122 22 (150.251) (19.313) (28.462) (10.762) Total 283.347 (214.771) 189.911 (208.788) Não corrente Corrente 7.728 275.618 (214.771) 11.593 178.318 (208.788) 283.347 (214.771) 189.911 (208.788) Saldos devedores Os saldos desta rubrica referem-se maioritariamente ao valor do IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado a receber, relativo aos exercícios de 2007, 2008, 2009 e 2010, para os quais a ASA já entregou os respectivos pedidos de reembolso em Janeiro de 2008, Janeiro de 2009, Janeiro de 2010 e Janeiro de 2011. A ASA tem, ainda, reconhecido como um valor a recuperar, o pagamento provisório de IUR – ‘Imposto único sobre o rendimento’ efectuado em 2005 por conta do exercício de 2004, para o qual no final foi apurado prejuízo fiscal. A ASA estima recuperar este montante através da dedução a pagamentos futuros de IUR, decorrido o prazo durante o qual a administração fiscal pode efectuar correcções ao cálculo efectuado pela ASA. Saldos credores Relativamente aos saldos credores, o mais significativo refere-se ao saldo do IUR a pagar. As rubricas “Retenções imposto s/ rendimento” e “Contribuições p/ previdência” referem-se às retenções efectuadas sobre as remunerações dos empregados e contribuições da ASA, a liquidar em Janeiro do ano seguinte à data de balanço. A rubrica de “Outros impostos”, que em 2009 incluía, essencialmente, o valor a pagar da contribuição predial autárquica dos exercícios de 2005 a 2009, encontra-se sem valor dado que este imposto foi integralmente liquidado no exercício de 2010, incluindo o valor correspondente ao próprio exercício. Relatório de Contas 2010 Página 72 Detalhe dos saldos de IUR a 31 de Dezembro de 2010 e 2009: 2010 Pagamento por conta 2005 Impacto transição IUR Estimativa de IRC do ano Imposto a pagar/(receber) do ano anterior i) 2009 (9.310) (11.593) 186.144 (22.169) (9.310) (15.457) 82.109 68.141 Total 143.072 125.484 Saldo devedor Saldo credor (20.903) 163.975 (24.767) 150.251 i) ii) iii) De acordo com o Decreto-Lei nº. 14/2010, de 26 de Abril, “os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adopção pela primeira vez, das normas constantes do SNCRF, que sejam consideradas fiscalmente relevantes nos termos do RIUR (…) concorrem em partes iguais para a formação do resultado tributável do primeiro período de tributação em que se apliquem as normas e dos quatro períodos seguintes. O valor total considerado relevante ascendeu a 19.321 mESC (ver Nota 8) tendo sido deduzido na estimativa de imposto a pagar de 2010 o valor de 3.864 mEsc (2009: 3.864 mEsc). ii) Com a publicação do Decreto – Lei n.º 1/96 de 15 de Janeiro, foi aprovado o Regulamento do Imposto Único sobre os Rendimentos, segundo o qual o rendimento tributável é determinado com base no resultado líquido do exercício antes de impostos, eventualmente ajustado pelos custos e proveitos que nos termos do referido Decreto – Lei não devam ser considerados para efeitos fiscais. Sobre este resultado é aplicada uma taxa de 25%, que foi fixada através da Lei n.º34/VII/2008 de 29 de Dezembro. Para o efeito o valor estimado do imposto a pagar é provisionado no ano a que diz respeito, sendo o saldo acima designado como a estimativa de imposto sobre os rendimentos de 2010, a liquidar junto das autoridades fiscais em 2011. iii) Valor a receber relativo ao diferencial do IUR pago referente ao exercício de 2009 e o que efectivamente foi apurado, sendo o mesmo dedutível ao valor a pagar referente ao IUR do exercício de 2010. Relatório de Contas 2010 Página 73 Valor Imposto a pagar - IUR 2009 Liquidação provisória 1ª Prestação do plano de pagamento 2010 - Fev10 2ª Prestação do plano de pagamento 2010 - Mar10 3ª Prestação do plano de pagamento 2010 - Abr10 4ª Prestação do plano de pagamento 2010 - Mai10 5ª Prestação do plano de pagamento 2010 - Jun10 6ª Prestação do plano de pagamento 2010 - Jul10 Liquidação Correctiva de 2010 - Juros Imposto a pagar/(receber) anos anteriores 79.329 (51.499) (8.667) (8.750) (9.628) (9.711) (9.794) (9.895) 6.445 (22.169) 14 – Accionista Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a ASA tem registado os seguintes saldos em aberto com o seu accionista, o Estado de Cabo Verde: 2010 Descrição Devedor Acordo ASA/ Estado CV/ TACV Divida MSF e A. Cunha i) ii) 2009 Credor Devedor Credor 390.000 - (527.559) 390.000 - (527.559) 390.000 (527.559) 390.000 (527.559) Imparidade (39.809) Valor líquido 350.191 (527.559) (58.163) 331.837 (527.559) i) Acordo ASA/Estado/ TACV O detalhe dos saldos a receber do accionista refere-se aos seguintes saldos: Descrição Protocolo 2001 Imparidade 2010 2009 390.000 390.000 390.000 390.000 (39.809) (58.163) 350.191 331.837 Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo a receber do accionista resulta do protocolo assinado em 2001 para a regularização da dívida dos TACV através da cedência de acções desta empresa, no futuro processo de privatização. Não existindo informação adicional do Estado relativamente ao seu pagamento, a ASA considerou a sua regularização através da cedência de acções nos TACV, a ocorrer, segundo Relatório de Contas 2010 Página 74 estimativa a 31 de Dezembro de 2010, no prazo de 2 anos (3 anos a 31 de Dezembro de 2009), tendo por isso procedido ao desconto do saldo, por esse prazo, considerando uma taxa de 5,531%. ii) Dívida MSF e Armando Cunha Este saldo refere-se a dívidas pagas pelo Estado de Cabo Verde por conta da ASA, no âmbito do financiamento obtido do Estado Português para a modernização das infra-estruturas aeroportuárias de Cabo Verde. As dívidas dizem respeito às empresas MSF e Armando Cunha, nos montantes de 333.026 contos e 234.568 contos respectivamente, pelas empreitadas realizadas nos aeroportos da Boavista, S. Vicente e S. Filipe. A ASA tem ainda registado em provisões, o valor dos juros referentes a estas dívidas. 15 – Outras contas a receber Corrente 2010 Não corrente Total Corrente 2009 Não corrente Total Fundo s ocial ASA i) 14.328 14.257 28.585 11.972 6.189 18.161 Em prés tim os ao pes s oal ii) 15.760 8.574 24.334 5.886 4.699 10.585 Outros iii) 17.930 17.930 23.194 70.849 41.052 (14.179) (14.179) 56.670 26.873 48.018 Ajus tam entos iv) Outros devedores Devedores por acréscimos de rendimentos Total i) 22.831 (14.179) 33.840 v) - 22.831 - 23.194 10.888 10.888 51.940 (14.179) 37.761 2.727 - 2.727 - - - 36.567 22.831 59.397 26.873 10.888 37.761 Fundo social ASA Saldo referente aos apoios dados aos empregados na forma de empréstimos ou comparticipações: na educação, na doença, na aquisição casa própria, na aquisição de equipamento informático e outros. Estes empréstimos vencem juros a taxa bonificada. ii) Empréstimos concedidos ao pessoal O saldo desta rubrica compreende empréstimos e adiantamentos atribuídos aos empregados destinados a aquisição de viaturas e fins diversos. Os empréstimos para aquisição de viatura vencem juros e têm um período de reembolso até 5 anos. iii) Outros O saldo desta conta, inclui entre outros, um valor a receber 13,7 mESC (em 2009: 13,7 mESC) do fornecedor Semedo & Brito que resultou de parte de adiantamentos concedidos pela ASA, Relatório de Contas 2010 Página 75 em 2000, com o objectivo de facilitar a conclusão no prazo previsto dos trabalhos no Concourse Hall e que nunca foram regularizados. Este montante encontra-se totalmente ajustado. iv) Ajustamento para devedores de cobrança duvidosa O ajustamento para devedores de cobrança duvidosa destina-se a fazer face aos riscos de cobrança de devedores identificados. v) Devedores por acréscimos de rendimentos Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo desta rubrica refere-se à especialização dos juros a receber relativamente às obrigações detidas pela empresa (ver Nota 7). 16 – Capital Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o capital social da ASA, encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 150.000 acções, com o valor nominal de 34.674,55 Escudos cada. O detalhe do capital social a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como segue: Capital Social Número de acções Capital Social 150.000 5.201.184 17 – Outras reservas As rubricas “Outras reservas” registaram os seguintes movimentos durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009: Reserva legal Reserva investimento Reserva para fins sociais Reserva para remuneração de capitais Reservas gerais A 1 de Janeiro de 2009 21.800 1.658.839 115.963 87.384 391.327 2.275.314 Transf. para outras reservas 23.539 244.805 - - - 268.344 A 31 de Dezembro de 2009 45.339 1.903.645 115.963 87.384 391.327 2.543.658 Transf. para outras reservas - - - - - - A 31 de Dezembro de 2010 45.339 1.903.645 115.963 87.384 391.327 2.543.658 Total Não ocorreram movimentos nas reservas em 2010 Relatório de Contas 2010 Página 76 O movimento registado nas reservas em 2009 resultou da deliberação da assembleia-geral do dia 19 de Novembro de 2009 (conforme acta nº 01/AG/ASA/2009) relativamente à aplicação dos Resultados de 2008: - Reserva legal 5%................................... 23.538.969 ESC - Reserva para investimentos 52%......... 244.805.274 ESC 18 – Provisões A evolução das provisões para outros riscos e encargos nos exercícios de 2010 e 2009 é como segue: Processos Judiciais A 1 de Janeiro de 2009 Constituição Utilização Redução Outros Riscos Total 40.422 - 72.380 112.802 (30.211) - 18.473 (13.305) - 18.473 (43.516) - 10.211 - 77.548 87.758 - 122.999 - 19.014 - 142.013 - 10.211 122.999 96.562 229.771 A 31 de Dezembro de 2009 Constituição Utilização Redução A 31 de Dezembro de 2010 i) Impostos Provisão para processos judiciais Em Outubro de 1999 foi efectuado um acordo entre a ASA, o Estado e o INPS relativo a um programa de reforma antecipada que previa a constituição de um fundo como garantia do pagamento da pensão antecipada de reforma até os trabalhadores atingirem o limite de idade de reforma (65 no caso homens e 60 no caso das mulheres). Contudo, foi movida uma acção judicial contra a ASA por ex-trabalhadores que reclamavam a actualização da reforma que auferiam tendo a decisão do tribunal sido desfavorável à ASA. Em 2007, a ASA procedeu ao pagamento aos trabalhadores conforme sentença do tribunal e assumiu a responsabilidade de reforçar o fundo criado pelo INPS para fazer face à estimativa da actualização dos montantes a pagar aos trabalhadores beneficiários. Em 2008 ocorreram novos pagamentos aos empregados e as custas do processo (maioritariamente advogados). O saldo em 31 de Dezembro de 2010 refere-se à obrigação quantificada do reforço do fundo do INPS que se encontra por pagar. Relatório de Contas 2010 Página 77 Provisão para impostos Provisão constituída no exercício de 2010 relativa a: (a) Imposto Único sobre o Património A Secretaria-geral da Câmara Municipal do Sal exigiu em 2010 através da Nota nº 1957 o pagamento de 26.799 mESC relacionado com o aumento de capital efectuado pela ASA no exercício de 2009. De acordo com a legislação em vigor, sempre que existem aumentos de capital em espécie as empresas são obrigadas a pagar 3% de IUP (art. n.º 1 alínea c) e art. n.º 9 alínea b)). Contudo, a ASA alegou que nada devia porque o Estado está isento de acordo com o n.º 1 do art. 16. No entanto, o nº 8 do art. 13 refere que neste tipo de operações o sujeito passivo é a sociedade para a qual os bens se transmitem, ou seja, a ASA, que embora seja uma Sociedade detida pelo Estado a 100%, caracteriza-se como uma Sociedade Anónima. Sendo assim, apesar da nota de liquidação ter sido contestada é provável que a ASA venha a pagar o imposto referido. (b) Despesas Alfandegárias No âmbito da modernização da Sala VIP do ADP a ASA adquiriu diverso mobiliário no exercício de 2010. Foi solicitado pelo despachante da ASA a isenção aduaneira das mercadorias em causa, pelo que a ASA não procedeu ao pagamento das mesmas. Contudo, a Alfândega indeferiu o pedido, alegando o não enquadramento deste tipo de mercadoria (artigos de decoração e fardamentos) na Lei em vigor uma vez que a mesma prevê somente benefícios fiscais para materiais de construção dos aeroportos, equipamentos de manuseamento de bagagem, de comunicação e segurança de voo. A ASA efectuou um pedido de recurso dirigido à Ministra das Finanças. De acordo com o despachante o montante em causa é de aproximadamente 46.200 mESC. (c) Reembolso do IVA A empresa apresenta um saldo de IVA a recuperar no montante de aproximadamente 262.000 mECV, para o qual efectuou pedidos de reembolso em 2008, 2009, 2010 e Janeiro de 2011. Os Serviços do IVA encontram-se a analisar a documentação de suporte às declarações que suportam o valor em causa. Tendo a ASA conhecimento de que existem suportes relativamente a IVA deduzido que podem ser questionáveis pelos referidos serviços foi decidido em 2010 constituir uma provisão de aproximadamente 20% do valor a receber (50.000 mESC), percentagem esta que corresponde à expectativa da empresa relativamente ao valor que estes serviços possam vir a questionar/não aceitar. Provisão para outros riscos O pagamento das obras contratualizadas e efectuadas pela MSF e Armando Cunha nos aeroportos da Boavista e S. Vicente, respectivamente, foi assumido pelo Governo de Cabo Verde (ver Nota 14 - Accionistas). Relatório de Contas 2010 Página 78 Contudo, foram realizados trabalhos adicionais pelas referidas construtoras face ao que se encontrava inicialmente acordado (no aeroporto e acessos), que não estão reconhecidos nas contas da ASA, sendo a expectativa da Administração que estas obras venham a ser incorporadas no património da Empresa. Adicionalmente, encontram-se em dívida juros de mora à MSF respeitantes a atrasos nos pagamentos destas facturas, que também é expectável que venham a ser imputados à ASA. Desta forma, foi constituída uma provisão para fazer face: (i) ao custo a incorrer com os juros de mora; e (ii) à correcção a efectuar à depreciação dos activos tangíveis em questão que se encontram em utilização mas cujo custo de aquisição final está pendente da imputação dos custos adicionais suportados directamente pelo Estado de Cabo Verde. 19 – Financiamento obtido Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 os saldos dos financiamentos obtidos são os seguintes: Corrente Agence Française de Development BEI - Banco Europeu de Investimento BES - Restaurante NAP BES - Aeroporto de Boavista BCA - Linha Crédito NAP CGD - Obra Aeroporto S. Pedro BCA/BIA - Viaturas Incêndio NAP Extensão Plataforma do ABV Sistema Iluminação AIAC- AGL Empréstimo Obrigacionista i) ii) iii) iv) v) vi) vii) viii) ix) x) Locações financeiras Juros a pagar - especialização Gastos antecipados - Seguro COSEC Gastos antecipados - Comissão abertura de crédito xi) xii) xiii) xiv) i) 2010 Não corrente Total Corrente 2009 Não corrente Total 37.517 158.843 47.238 198.816 211.112 25.736 4.405 1.714 - 281.375 1.455.226 596.449 1.161.116 40.040 118.946 46.279 600.000 318.891 1.614.069 47.238 795.265 1.372.228 65.776 123.351 47.994 600.000 37.517 154.183 47.237 198.816 64.880 211.112 26.767 - 318.891 1.614.069 47.237 795.265 1.372.227 58.815 600.000 356.408 1.768.251 94.474 994.081 64.880 1.583.339 85.582 600.000 685.381 4.299.430 4.984.811 740.511 4.806.504 5.547.015 2.952 50.843 (53.634) (205) 8.259 (232.389) (5.548) 11.211 50.843 (286.023) (5.753) 55.295 (58.634) - (286.023) - 55.295 (344.657) - 685.336 4.069.752 4.755.088 737.172 4.520.481 5.257.653 Agence Française de Development Financiamento obtido em 1999 para financiar as obras de expansão e renovação do Aeródromo de S. Pedro, na Ilha de S. Vicente (Empréstimo Nº C CV 1005 01 N). Financiamento com valor nominal de 4.423.124 Euros (487.715.841 ESC) que vence juros a uma taxa anual fixa de 2,05%, com pagamentos semestrais. O plano da dívida prevê o reembolso em 26 prestações semestrais, com um período de carência de 8 anos a iniciar na data da primeira utilização. ii) European Investment Bank Financiamento obtido em 2002 para o desenvolvimento do projecto de Controlo de Tráfego Aéreo em Cabo Verde (Empréstimo Nº 21681). Relatório de Contas 2010 Página 79 Financiamento com valor nominal de 20.000.000 Euros (2.205.300 mESC) que vence juros à taxa anual de 3%, com pagamento de juros semestrais. O plano da dívida prevê o reembolso do capital em 17 anos, com um período de carência de 4 anos. iii) Banco Espírito Santo - Linha de crédito - NAP Financiamento obtido para a realização das obras de adaptação do restaurante no terminal de chegadas domésticas do aeroporto da Praia. Financiamento com valor nominal de 2.804.007 Euros (309.184 mESC) que vence juro à taxa EURIBOR a seis meses, acrescida de um spread de 1,75%. O plano da dívida prevê o reembolso do capital em 6,5 anos (13 prestações semestrais), não existindo período de carência. iv) Banco Espírito Santo - Linha de crédito - Boavista Financiamento obtido para a remodelação do aeroporto da Boavista. Financiamento com valor nominal de 15.326.148 Euros (1.689.938 mESC) que vence juros à taxa EURIBOR a seis meses, acrescida de um spread de 1,25%. O capital irá ser reembolsado em 9 anos (18 prestações semestrais), com início após a última utilização do crédito (ocorrida em Novembro de 2006). v) Banco Comercial do Atlântico - Linha de crédito - NAP Financiamento obtido para financiar a aquisição de equipamentos para o aeroporto da Praia. Financiamento com valor nominal 270.000 mESC que vencia juros à taxa de 10%. O capital ficou integralmente liquidado durante o exercício de 2010, tendo sido reembolsado em 4,5 anos (20 prestações trimestrais). vi) Caixa Geral de Depósitos Financiamento obtido para financiar a expansão e renovação do aeroporto de São Pedro, na Ilha de São Vicente. Financiamento com valor nominal de 19.145.846 Euros (2.111.117 mESC) que vence juros à taxa EURIBOR a seis meses, acrescida de um spread de 1,25%. O plano da dívida prevê o reembolso em 10 anos (20 prestações semestrais), com início, após a última utilização do crédito (ocorrida em Julho de 2007). Relatório de Contas 2010 Página 80 vii) Banco Comercial do Atlântico / Banco Interatlântico Financiamento obtido para financiar a aquisição de viaturas de combate a incêndios para o aeroporto da Praia. Financiamento com valor nominal 157.644 mESC que vence juros à taxa EURIBOR a três meses, acrescida de um spread de 2,75%. O capital será reembolsado em 6 anos (24 prestações trimestrais), com um período de carência de 3 meses a contar da data da última utilização do crédito (ocorrida em Julho de 2007). viii) Banco Comercial do Atlântico Financiamento obtido para financiar a ampliação da plataforma do aeroporto da Boavista. Financiamento com valor nominal de 419.747 mESC que vence juros à taxa BCAINDEX a seis meses, acrescida de um spread de 1,3%. O plano da dívida prevê o reembolso em 7 anos (28 prestações trimestrais), com início, após a última utilização do crédito (que se prevê ocorrer em Julho de 2011), sendo que o prazo para utilização do mesmo corresponde a 3 anos após a data da homologação do contrato, ocorrida a 17 de Junho de 2010. ix) Banco Comercial do Atlântico Financiamento obtido para liquidação do crédito documentário n.º 6123902.60.44, referente ao fornecimento de equipamentos eléctricos e obras de reabilitação da rede eléctrica do aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal. Financiamento com valor nominal de 347.332 ESC que vence juros a à taxa BCAINDEX a seis meses, acrescida de um spread de 1,247%. O plano da dívida prevê o reembolso em 7 anos (28 prestações trimestrais), com início, após a última utilização do crédito (que se prevê ocorrer em Julho de 2011), sendo que o prazo para utilização do mesmo corresponde a 9 meses após a data da homologação do contrato, ocorrida a 30 de Dezembro de 2010. x) Empréstimo obrigacionista Este empréstimo obrigacionista, no valor de 600.000 mESC (600.000 obrigações com valor nominal de 1 mESC), foi emitido por um prazo de 5 anos com uma taxa de juro variável equivalente à EURIBOR a seis meses, acrescida de um spread de 2,25%. As obrigações serão reembolsadas em Agosto de 2012. Relatório de Contas 2010 Página 81 xi) Locações financeiras Contrato de leasing celebrado em 2010 com a empresa Promoleasing, Sociedade de Locação Financeira, S.A. para a aquisição de 4 viaturas no montante total de 12.920 mESC acrescido de IVA. Este contrato será reembolsado em 48 prestações mensais constantes e vence juros à taxa BCAINDEX a seis meses, acrescida de um spread de 1,4%, não podendo descer abaixo dos 6,75% (taxa mantém-se fixa durante cada período de 6 meses). Apresenta-se seguidamente o resumo dos pagamentos mínimos futuros associados ao referido contrato: 2010 Locações Financeiras - pagamentos mínimos da locação Até 1 ano Entre 1 e 5 anos Custos financeiros futuros das locações financeiras Valor actual do passivo das locações financeiras xii) 3.612 9.031 12.643 1.433 11.211 2009 - Juros a pagar (especialização) Este saldo refere-se à especialização dos juros a pagar, à data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, considerando o período de juros decorrido e as taxas de juro negociadas, para cada empréstimo. xiii) Juros pagos (antecipadamente) Estes montantes correspondem ao valor do prémio do seguro de crédito pago relativo aos empréstimos contraídos junto do Banco Espírito Santo e da Caixa Geral de Depósitos (cerca de 15% do montante de cada financiamento solicitado, tendo o valor sido deduzido ao montante do empréstimo disponibilizado pelos respectivos Bancos). O valor do prémio pago constitui um custo incremental na obtenção do empréstimo, a ser reconhecido de acordo com a taxa de juro efectiva. Contudo, uma vez que o resultado do diferimento linear destes custos não é materialmente diferente do resultante da aplicação da taxa de juro efectiva a ASA manteve o diferimento linear destes custos. xiv) Comissão de abertura de crédito (pago antecipadamente) Este montante corresponde às comissões pagas de 0,75% sobre os novos financiamentos obtidos no exercício de 2010 junto do Banco Comercial do Atlântico. O valor pago constitui um custo incremental na obtenção do empréstimo, a ser reconhecido de acordo com a taxa de juro efectiva. Contudo, uma vez que o resultado do diferimento linear destes custos não é Relatório de Contas 2010 Página 82 materialmente diferente do resultante da aplicação da taxa de juro efectiva a ASA irá proceder ao diferimento linear destes custos, após o termo da data de utilização dos referidos financiamentos. A 31 de Dezembro de 2010 a maturidade dos financiamentos obtidos é a seguinte: 31-12-2010 Agence Française Development Banco Europeu Investimento BES-NAP restaurante BES-Aeroporto da Boavista BCA Linha de crédito NAP CGD - Financiam. obra S. Pedro BCA/BIA - Viaturas incêndio NAP Extensão Plataforma do ABV Sistema iluminação AIAC- AGL Empéstimo obrigacionista Total Financiamentos obtidos 318.891 1.614.069 47.238 795.265 1.372.228 65.776 123.351 47.994 600.000 4.984.811 2011 2012 37.517 158.843 47.238 198.816 211.112 25.736 4.405 1.714 685.381 37.517 163.644 198.816 211.112 27.940 17.622 6.856 600.000 1.263.506 2016 e Seguintes 2013 2014 2015 37.517 168.590 198.816 211.112 12.100 17.622 6.856 652.612 37.517 173.686 198.816 211.112 17.622 6.856 645.608 37.517 178.935 211.112 17.622 6.856 452.042 131.308 770.370 316.669 48.459 18.855 1.285.662 Justo valor dos financiamentos O valor contabilístico e o justo valor dos financiamentos é como segue: Empréstimos Bancários Empréstimos Obrigacionistas Valor contabilístico 31.12.2010 31.12.2009 Justo valor 31.12.2010 31.12.2009 4.384.811 600.000 4.947.015 600.000 4.576.121 600.000 5.136.728 600.000 4.984.811 5.547.015 5.176.121 5.736.728 O justo valor é baseado nos fluxos de caixa descontados, com base nas taxas de juro em vigor à data do balanço, de acordo com as condições de cada financiamento. No que se refere aos financiamentos negociados a taxas variáveis, o custo amortizado aproxima-se do justo valor, o que não acontece com os financiamentos negociados a taxas de juro fixas. 20 - Fornecedores Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os saldos de fornecedores mais significativos referem-se às seguintes entidades: Relatório de Contas 2010 Página 83 Descrição TACV - Cabo Verde Air Lines Electra Armando Cunha Cabo Verde Telecom Enacol Outros Total saldo fornecedores - corrente 2010 i) ii) iii) iv) v) 2009 43.884 5.841 3.695 2.264 5.808 34.224 25.032 24.682 7.400 4.919 3.221 51.033 95.716 116.286 Em 31 de Dezembro de 2010 os saldos de fornecedores mais significativos referem-se a: i) TACV – Cabo Verde Airlines: saldo a pagar refere-se a passagens aéreas realizadas em 2008, 2009 e 2010; ii) Electra: saldo referente às facturas de fornecimento de electricidade; iii) Armando Cunha: saldo relativo à compra de activos tangíveis, nomeadamente a empreitadas de obras realizadas no aeródromo de S. Filipe, na ilha do Fogo, e o remanescente a obras de reabilitação do pavilhão junto do cineteatro da ASA; iv) Cabo Verde Telecom: saldo relativo aos serviços de telefone, internet e aluguer de circuitos; v) Enacol: saldo relativo ao fornecimento de combustíveis aos aeroportos. Em 2010 verificou-se a regularização dos valores em atraso relativos ao fornecimento de electricidade que a ASA havia contestado devido a potências disponibilizadas. 21 – Outras contas a pagar Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a natureza dos saldos da rubrica de outras contas a pagar são as seguintes: Relatório de Contas 2010 Página 84 Corrente 2010 Não corrente Total Corrente 2009 Não corrente Total 38.400 - 38.400 - - - Outros credores 365.423 - 365.423 124.277 - 124.277 Credores por acréscimo de gastos Gastos c/ pessoal - Férias e SF Outros serviços Taxas de regulação 142.778 4.333 276.069 - 142.778 4.333 276.069 143.745 11.942 322.810 - 143.745 11.942 322.810 Outras contas a pagar 827.004 - 827.004 602.774 - 602.774 Fornecedores investimentos Detalhe da rubrica de outros credores 2010 Agência Aeronáutica Civil Outros i) i) 2009 353.708 11.715 120.512 3.765 365.423 124.277 Agência de Aeronáutica Civil Montante a pagar referente a taxas de regulação e outros serviços decorrentes da actividade operacional da empresa, referente aos exercícios de 2008, 2009 e 2010. ii) Outros A rubrica de “Outros” inclui a 31 de Dezembro de 2010: (i) cerca de 7.495 mESC referentes a facturas do fornecedor INECO relativas à elaboração de projectos para a nova estação de águas residuais no aeroporto do Sal; (ii) renovação do check-in no mesmo aeroporto; e (iii) auditorias técnicas e fiscalização da obra de ampliação da plataforma do aeroporto da Boavista. Relatório de Contas 2010 Página 85 22 – Diferimentos Descrição 2010 2009 Gastos a reconhecer Diversos Total 902 - 902 - 27.683 29.989 27.683 29.989 Rendimentos a reconhecer Subsídio ao investimento - Subvenção AFD Total Subsídios ao investimento / subvenção AFD Valor pago pela AFD para fiscalização das obras de extensão e modernização do aeroporto de São Pedro na Ilha de São Vicente. Dado que esta verba não será reembolsada, foi-lhe dado o tratamento contabilístico de um subsídio ao investimento, sendo amortizado, anualmente, à taxa dos bens a que está afecto. O valor da amortização anual ascende a 2.307 mESC, sendo reconhecida na rubrica de “Outros rendimentos” na demonstração dos resultados. 23 – Vendas e serviços prestados Os serviços prestados e as vendas por tipo de produto/ serviço podem ser apresentados da seguinte forma: 2010 2009 Vendas de produtos Mercadorias 241 18 Total de vendas 241 18 Serviços prestados Taxas de rota i) 3.120.481 3.091.506 Taxas TNC Rendimentos de exploração aeroportuária Outros ii) iii) iv) 93.410 1.339.477 116.615 83.924 1.214.162 116.358 Total de serviços prestados 4.669.983 4.505.950 Vendas e serviços prestados 4.670.224 4.505.968 Relatório de Contas 2010 Página 86 i) ii) Taxas de rota: Taxa cobrada às companhias aéreas por sobrevoarem o espaço aéreo de Cabo Verde, sendo determinada com base na distância percorrida e no PMD (peso máximo à descolagem); Taxas TNC: Taxa paga pelas companhias aéreas por cada operação de aterragem e take-off em Cabo Verde. Esta taxa varia consoante o peso máximo de descolagem do avião e é aplicável tanto nos voos internacionais como nos domésticos; iii) Rendimentos de exploração aeroportuária: Taxas de aterragem e descolagem, taxas de serviços de passageiros, entre outras, cobradas às companhias aéreas que utilizem as infra-estruturas aeroportuárias de Cabo Verde; iv) Outros: Inclui (a) rendas obtidas pela locação de infra-estruturas aeroportuárias, nomeadamente, espaços comerciais e escritórios que se traduzem em rendas fixas ou comparticipação nas vendas de lojas e bares; (b) valores cobrados pela colocação de publicidade e letreiros; (c) outros. 24 – Fornecimentos e serviços externos O detalhe de custos suportados pela ASA com fornecimentos e serviços externos é como segue: 2010 Taxa regulação IAC Conservação e reparação Electricidade Publicidade e propaganda Prestação serviços meteorológicos Vigilância e segurança Estudos e pareceres Limpeza, higiene e conforto Água Seguros Combustíveis e outros fluídos Deslocações e estadias Outros ( inferiores a 50.000 mESC) Fornecimentos e serviços externos i) ii) i) ii) iii) iv) v) vi) 2009 280.499 172.409 161.532 120.006 120.000 100.958 75.063 67.087 63.434 57.520 52.317 51.152 219.889 325.610 129.479 181.521 286.794 120.000 94.535 4.909 57.673 48.495 60.362 48.881 40.165 331.940 1.541.867 1.730.364 Taxa regulação IAC – Esta rubrica regista os custos relacionados com a taxa de regulação, paga à Agência Aeronáutica Civil. De acordo com o D.L. 35/2009 (Art. 41º e 43º), os operadores do sector de aviação civil são legalmente obrigados a pagar: contribuições relativas a prestação de serviços de aterragem, assistência a passageiros, “handling” de bagagem em 0,75% do total das receitas e 8% da facturação anual da FIR Oceânica do Sal, com referência ao ano anterior; Conservação e reparação – O aumento registado na rubrica de conservação e reparação refere-se, em grande parte, aos gastos com trabalhos a mais no montante global de Relatório de Contas 2010 Página 87 45.341 mECV efectuados na aerogare do aeroporto de São Vicente para corrigir as obras iniciais que apresentavam defeitos; iii) Electricidade – encargos suportados com consumo de energia eléctrica nas instalações aeroportuárias da ASA durante o exercício. A redução verificada deve-se à alteração efectuada pela Electra em 2009 no cálculo do consumo de electricidade no aeroporto da Praia e a valores facturados em excesso que foram apurados e regularizados pela Electra em 2010; iv) Publicidade e propaganda – os gastos incorridos com publicidade e propaganda referemse maioritariamente a publicidade institucional a Cabo Verde ou às infra-estruturas aeroportuárias remodeladas/ inauguradas; v) Serviços meteorológicos – gastos relativos ao serviço de meteorologia contratado com o INMG conforme protocolo assinado entre a ASA e o INMG desde Janeiro de 2008, e que define um montante mensal a pagar de 10.000 mESC. A informação meteorológica é um requisito das entidades que fazem o controlo de rotas, devendo a mesma ser prestada às aeronaves; vi) Outros fornecimentos e serviços – nesta rubrica incluem-se outras naturezas de gastos incorridos sendo os mais significativos referentes a: combustíveis, comissões pagas à IATA, honorários diversos, deslocações e estadas, estudos e projectos, etc. 25 - Gastos com pessoal Em 2010 e 2009 os gastos com pessoal apresentam a seguinte composição: 2010 2009 Remunerações Pessoal 692.311 680.311 Sub-total 692.311 680.311 Encargos sobre remunerações Subsídio de refeição Prémio fim ano Formação de pessoal Horas extraordinárias Prémio qualificação aeronáutica Subsídio de turno Outros custos com pessoal 138.839 59.518 54.096 42.420 36.186 30.971 30.719 97.246 133.794 59.089 53.001 41.777 35.445 30.416 30.021 72.650 Sub-total 489.994 456.195 1.182.305 1.136.506 Custos com o pessoal O número médio de empregados da ASA em 2010 foi de 502 (2009: 502). Relatório de Contas 2010 Página 88 26 – Outros rendimentos e ganhos O detalhe desta rubrica é como segue: 2010 Diferenças câmbio favoráveis Outros rendimentos suplementares Escesso da estimativa para imposto Imputação subsídios ao investimento (ver Nota 22) Outros não específicados Correcções relativas a exercícios anteriores Ganhos em inventários Outros i) ii) 2009 82.292 45.753 2.780 2.307 1.662 1.338 1.199 6.380 42.828 31.865 143.709 114.296 iii) 2.307 16.070 12.820 4.457 3.949 Os outros rendimentos e ganhos correspondem, essencialmente, a: i) Diferenças de câmbio favoráveis - resultam da actualização dos saldos em moeda estrangeira no final do exercício e do diferencial ocorrido entre o valor facturado e o valor recebido dos clientes no decurso do exercício (através da IATA); ii) Outros rendimentos suplementares - correspondem à facturação de electricidade fornecida a entidades terceiras que ocupam instalações da ASA nos aeroportos. A variação registada face a 2009 deve-se ao facto da ASA ter passado a facturar aos TACV a ocupação de instalações no ADP e consequentemente o consumo de energia; iii) Outros não especificados – Em 2009 incluía regularizações de saldos de fornecedores não reclamados, cuja antiguidade reportava a exercícios anteriores a 2005 e que foram objecto de análise exaustiva por parte da empresa, tendo sido anulados. 27 – Outros gastos e perdas O detalhe desta rubrica é como segue: 2010 Diferenças câmbio desfavoráveis Impostos Correcções relativas a exercícios anteriores Perdas por inventário Donativos Outros i) ii) iii) iv) 2009 64.009 32.703 4.965 856 423 36.292 88.541 7.950 4.972 12.603 28.144 84.110 139.248 226.318 Os outros gastos e perdas correspondem, essencialmente, a: Relatório de Contas 2010 Página 89 i) Diferenças de câmbio desfavoráveis - resultam da actualização dos saldos em moeda estrangeira no final do exercício e do diferencial ocorrido entre o valor facturado e o valor recebido dos clientes no decurso do exercício; ii) Impostos – o aumento registado nesta rubrica resultou do Imposto Único sobre o Património pago por via da inscrição na matriz predial do terminal de carga e correios, do concourse hall e arruamentos do aeroporto Amílcar Cabral no Sal referente aos anos de 2007 a 2010 e das infra-estruturas aeroportuárias do aeroporto da Praia referente aos anos de 2005 a 2010. Por outro lado, a Câmara Municipal do Sal começou em Dezembro de 2009 a cobrar taxa de resíduos sólidos urbanos e limpeza pública; iii) Donativo – em 2009 incluía comparticipações (a) a favor das Forças Armadas de Cabo Verde para suportar os custos com deslocação para inspecção da única aeronave que esta entidade dispõe para missões de busca e salvamento; e (b) a favor da Direcção Nacional da Polícia Nacional para a aquisição e instalação nos aeroportos de aparelhos de leitura óptica de documentos de viagem; iv) Outros – incluem gastos com (a) o pagamento de indemnizações de cessação dos contratos de trabalho do pessoal do restaurante do AIAC no montante de 14.218 mESC; (b) o pagamento das dívidas a diversos fornecedores por conta da antiga gerência do restaurante do AIAC no montante de 9.323 mESC; e (c) outros. 28 – Juros e similares obtidos/ suportados Esta rubrica é detalhada como segue: 2010 2009 (163.048) (61.521) (10.365) (2.878) (237.373) (58.634) (13.946) (237.812) (309.953) Juros e perdas financeiras Juros suportados Outros juros de financiamento Diferenças de câmbio desfavoráveis Perdas justo valor i) ii) iii) - Juros e ganhos financeiros Juros obtidos Diferenças de câmbio favoráveis i) iv) 13.828 522 5.020 Rendimento de participação capital - Dividendos v) Ganhos justo valor 2.589 - 7.424 12.643 16.939 25.087 - Juros suportados – incluem os gastos financeiros suportados com os juros dos empréstimos contraídos para financiamento dos investimentos efectuados nas infraestruturas aeroportuárias; Relatório de Contas 2010 Página 90 ii) Outros juros de financiamento – custo com o prémio de seguro COSEC pago como parte da negociação dos financiamentos, que está a ser diferido pela maturidade dos financiamentos; iii) Perdas justo valor – perda de justo valor resultante da valorização das acções do Banco Comercial do Atlântico ao justo valor (ver Nota 7); iv) Juros obtidos – incluem a remuneração de saldos de depósitos à ordem da empresa e a especialização dos juros a receber do investimento efectuado em obrigações e o depósito garantia do BEI; v) Dividendos – relativos à participação financeira no capital do Banco Comercial do Atlântico. 29 – Imposto do Exercício A decomposição do montante de imposto do exercício reconhecido nas demonstrações financeiras, é conforme segue: 2010 2009 Imposto s/ rendimento corrente Imposto s/ rendimento diferido 190.009 (86.525) 85.973 (67.709) Imposto sobre o rendimento 103.484 18.264 A taxa de imposto utilizada para calcular o imposto do exercício e a valorização das diferenças tributárias à data de balanço do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 foi de 25% (2009: 25%) A reconciliação do montante de imposto do exercício é conforme segue: 2010 Resultado antes de Imposto Taxa de Imposto Custos não dedutíveis Rendimentos não tributáveis Efeitos correcção impostos diferidos 2009 421.882 25,0% (6.715) 25,0% 105.471 (1.679) 2.853 (3.457) (1.382) 22.002 (2.059) - 103.485 18.264 Imposto s/ rendimento corrente Imposto s/ rendimento diferido ( Ver Nota 8) 190.009 (86.525) 85.973 (67.709) Imposto s/ rendimento Taxa efectiva de imposto 103.484 24,5% 18.264 N/A (1) (0) 30 – Dividendos por acção Relatório de Contas 2010 Página 91 Em 2010 não foi pago qualquer dividendo. Em 2009 foram atribuídos dividendos de 202.435 mESC (1,350 mESC por acção), 31 – Partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2010, a ASA é controlada pelo Estado da República de Cabo Verde, que detém 100% do capital social da empresa, sendo o seu último accionista. 31.1 Remuneração do Conselho de Administração O Conselho de Administração da ASA foi considerado de acordo com a NRF 4 – Divulgação de partes relacionadas, como sendo os únicos elementos “chave” da gestão da ASA. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as remunerações auferidas pelo Conselho de Administração da ASA ascenderam a: 2010 Remunerações 9.448 9.448 2009 12.711 12.711 31.2 Transacções entre Partes Relacionadas (a) Natureza do relacionamento com as partes relacionadas: Accionista ou por via accionista - Estado da República de Cabo Verde - TACV – Cabo Verde Airlines Empreendimento conjunto - Multipessoal (Cabo Verde), Prestação e Gestão de Serviços (b) Transacções e saldos pendentes i) Accionista e as suas partes relacionadas: Durante o exercício, a ASA efectuou as seguintes transacções com aquelas entidades: Relatório de Contas 2010 Página 92 2010 2009 Prestações de serviços TACV - Cabo Verde Airlines 739.602 659.422 739.602 659.422 2010 2009 Compras de serviços TACV - Cabo Verde Airlines 18.851 13.843 18.851 13.843 Saldos devedores e credores No final do exercício de 2010, os saldos resultantes de transacções efectuadas com Accionistas e as suas partes relacionadas, a valores nominais, são os seguintes: 2010 2009 Saldos devedores Estado da República de Cabo Verde (ver Nota 14) TACV - Cabo Verde Airlines (ver Nota 11) 390.000 1.725.984 390.000 1.333.299 2.115.984 1.723.299 (567.594) (43.884) (567.594) (25.032) (611.478) (592.626) Saldos credores Estado da República de Cabo Verde (ver Nota 14) TACV - Cabo Verde Airlines (ver Nota 20) (ii) Empreendimentos conjuntos: Durante o exercício, a ASA efectuou as seguintes transacções com aquelas entidades: Prestações de Serviços Não existiram transacções. Compras de produtos e serviços 2010 2009 Compra de serviços Multipessal (Cabo Verde), Prestação e Gestão de Serviços - 4.739 4.739 Saldos devedores e credores No final do exercício de 2010 e 2009 não existiam saldos pendentes com a Multipessoal. Relatório de Contas 2010 Página 93 32 – Outras informações sobre a aplicação do regime do acréscimo De acordo com a obrigação de divulgação específica os impactos da aplicação do regime do acréscimo a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, são seguintes: Descrição Nota 2010 2009 Acréscimos de rendimentos Devedores por acréscimos de rendimentos 15 (2.727) (2.727) - Diferimentos de gastos Diversos Gastos seguro COSEC Gastos comissão abertura de crédito 22 19 19 (902) (286.023) (5.753) (292.678) (344.657) (344.657) Acréscimos de gastos Credores por acréscimos Credores por acréscimos Credores por acréscimos Credores por acréscimos 21 21 21 19 142.778 4.333 276.069 50.843 474.024 143.745 11.942 322.810 55.295 533.792 22 27.683 27.683 29.989 29.989 de gastos de gastos de gastos de gastos Diferimentos de rendimentos Subsídios ao investimento - AFD Total - Férias e subs. féria - Outros - Taxas regulação - Juros a pagar 33 – Passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos Passivos contingentes: i) Garantias À data do balanço a ASA tem as seguintes garantias prestadas: a) Garantias bancárias no valor de 206.085 mESC (1.869.000 euros) emitidas pelo “Banque et Caisse d'Espargne de L'État Luxembourg” para fazer face ao empréstimo concedido pelo European Investment Bank. b) Garantia bancária junto da Caixa Económica de Cabo Verde no valor de 56.676 mESC (€514,000) no âmbito do projecto ATS – Novo centro de controlo de tráfego aéreo. c) O crédito conjunto do Banco Interatlântico e Banco Comercial do Atlântico foi garantido pelo aval do Estado de Cabo Verde através de resolução do Conselho de Ministros nº28/2005 publicada no Boletim Oficial nº29. Relatório de Contas 2010 Página 94 ii) Processos judiciais Em 31 de Dezembro de 2010 a ASA tem os seguintes processos judiciais em curso para os quais não foi constituída provisão por não ser provável o exfluxo de recursos da Empresa para pagar a) Acção Ordinária n.º 03/98 - Tribunal judicial da Comarca do SAL, no valor de 2.600 mESC, intentada pela Cash - Catering e Serviços Hoteleiros, contra a ASA, no âmbito do concurso público para exploração do restaurante/bar do aeroporto do Sal. Fase Processual: Aguarda Despacho Saneador b) Acção Ordinária n.º 11/98 - Tribunal judicial da Comarca do SAL, no valor de 6.850 mESC, intentada pela Cash - Catering e Serviços Hoteleiros contra a ASA referente ao processo supra. Fase Processual: Sentença em 1ª instância favorável à ASA, Aguarda julgamento do recurso interposto. As partes já foram notificadas para pagar preparos para julgamento. c) Acção Ordinária n.º 01/04 - Tribunal judicial da Comarca do SAL, no valor de 1.500 mESC, intentada pela Freitas Catering SARL contra a ASA, referente ao recurso de contencioso no âmbito do processo de adjudicação do Restaurante do ConcourseHall. Fase Processual: Aguarda Sentença d) Tribunal Comarca da Praia: Processo Ordinário no valor de 4.500 mESC movida pela empresa Electroaris, relacionada com extravio de uma carga no terminal de carga do aeroporto da Praia. e) Supremo Tribunal de Justiça: Dois processos laborais sumários no valor de 4.337 mESC e 500 mESC, movida por colaboradores. Aguarda-se decisão de recurso f) Tribunal Comarca de S. Vicente: Processo intentado por um trabalhador, de natureza de recurso contencioso administrativo, no valor de 500 mEsc, já julgado mas aguarda-se a sentença final. 34 – Divulgações exigidas por diplomas legais Não existem divulgações exigidas por legislação específica. 35 – Eventos subsequentes Desde a data do fecho de contas até esta data não se verificou qualquer acontecimento que possa influenciar significativamente as demonstrações financeiras apresentadas. -:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:- Relatório de Contas 2010 Página 95