Cooperação
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Cooperação
Projeto em destaque Bolsas institucionais Bolsas Bolsas para estrangeiros Bolsas para espanhóis Os responsáveis pela Direção de Relações Culturais e Científicas, contando com a ajuda e conselhos das Universidades, dos Organismos Públicos de Investigação e do Ministério de Ciência e Inovação de Espanha, põem em andamento através do programa de bolsas institucionais e para o ano 2011/2012, uma experiência inovadora dirigida em exclusiva a países beneficiários da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento. As Bolsas MAEC-AECID para cidadãos estrangeiros compõem uma ferramenta orientada essencialmente para a formação de profissionais nos países recetores da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD). A intenção é que, atendendo aos critérios de eficácia da ajuda, estas bolsas deem conta das necessidades dos países sócios para reforçarem os seus sistemas de educação superior e investigação em setores económicos chave e em áreas estratégicas de conhecimento. Baseando-nos na convicção de que o impacto da educação para o desenvolvimento dos países se caracteriza pelo seu claro efeito multiplicador, esta nova ferramenta fundamenta-se, em último termo, na ideia de que, capacitando a uma estrutura institucional educativa, o impacto da intervenção será exponencialmente maior, dado que a sua influência poderá expandirse até atingir todas as pessoas que, ao longo do tempo, venham a ser formadas na referida instituição. Ao mesmo tempo, o Departamento de Cooperação Universitária e Científica tem encarado o repto de assentamento dos distintos programas de bolsas para estrangeiros no novo Espaço Europeu de Educação Superior. Por outro lado, seguindo as linhas de política de investigação surgidas da União Europeia, encoraja-se a todos os beneficiários das bolsas MAEC-AECID a depositarem em formato eletrónico os resultados das suas investigações (nomeadamente em forma de teses, artigos, livro, capítulos de livros, etc.) num repositório institucional ou temático conforme com os protocolos de acesso aberto à comunicação científica (Open Acess). No seu primeiro ano de existência, esta iniciativa estará disponível para mais de 325 universidades públicas de 20 países recetores da AOD —todos eles países prioritários do Grupo A (“Associação ampla”) segundo o atual Plano Diretor da Cooperação Espanhola 2009-2012— situados na América Latina, na África Subsariana e no Magrebe. Cada bolsa institucional permitirá realizar estudos de pós-grau (Mestrado Oficial ou Doutoramento), numa universidade espanhola, a um máximo de 6 membros de pessoal investigador ou docente das universidades solicitantes. A chave das bolsas que finalmente sejam selecionadas residirá na contribuição dos projetos de formação apresentados para o fortalecimento efetivo das capacidades científicas da universidade de origem, assim como para o desenvolvimento do seu contexto sócioeconómico. Finalmente, cabe assinalar que o orçamento que financia este programa tem crescido muito durante o período do Plano Diretor Atual (2009-2012), até se ter consolidado numa verba superior aos 20 milhões de euros. A convocatória de Bolsas MAEC/AECID para espanhóis, junto como as Bolsas para a Academia da Espanha em Roma, constituem a oferta de formação do Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação da Espanha para jovens formados universitários superiores. Durante os últimos anos tem-se procurado potenciar outorgar às bolsas uma focagem decidida de cooperação internacional para o desenvolvimento, como parte de uma estratégia que tem permitido uma maior associação com outros programas da AECID. Dentro do vasto conjunto de linhas de atuação que reúne a convocatória de Bolsas MAEC-AECID, é importante salientarmos o programa de bolsas de gestão cultural, iniciativa que permite apoiar tanto a promoção cultural no exterior como o quadro da Estratégia de Cultura e Desenvolvimento. De igual modo, existe a possibilidade de realizarem práticas e estadias formativas em organismos internacionais que tenham sedes, gabinetes ou delegações em países beneficiários da AOD. Por último, não devemos esquecer o novo programa incorporado à convocatória de Bolsas para a realização de trabalhos de último ano de licenciatura e trabalhos fim de mestrado comprometidos com a cooperação para o desenvolvimento, independentemente da sua área de conhecimento específico. + CD CULTURA + DESENVOLVIMENTO n. 27 / m a r ç o 11 Cooperação universitária e científica A luta contra a pobreza e a implementação de políticas eficazes de ajuda para o desenvolvimento constituem uma tarefa complexa que sem dúvida supõe, a dia de hoje, um dos principais reptos propostos à comunidade internacional. Neste processo, a capacitação científico-técnica e a incorporação com sucesso do conhecimento aos processos produtivos nos países recetores da Ajuda Oficial para o Desenvolvimento são elementos basilares do esforço conjunto e coordenado para se alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Sem a ajuda da ciência, da tecnologia e da inovação coloca-se como impossível atingirmos os objetivos propostos. O Plano Diretor da Cooperação Espanhola 2009-2012 ilustra de forma significativa como a Agência de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), através da sua Direção de Relações Culturais e Científicas, enfrenta com especial atenção o desafio de implementar uma política de cooperação científica e universitária que contribua para desenvolver os sistemas científicos dos países sócios e promocione a sua orientação cara a solução dos problemas no seu desenvolvimento. O conjunto das atividades da AECID no terreno da cooperação universitária e científica será realizado mediante três grandes instrumentos: o programa de Bolsas MAEC/AECID, o programa de Leitorados e o Programa de Cooperação Interuniversitária e Científica (PCI). Estas três ferramentas convergentes dirigem-se cara o desenvolvimento de atuações em universidades e centros de investigação à volta de duas linhas principais. Por um lado, trata-se de reforçar as estruturas de educação superiores e de investigação do país sócio, fomentando a criação de competências pessoais e o fortalecimento de instituições através das ferramentas já existentes. Por outro lado, procura-se potenciar projetos e grupos de investigação conjuntos para a abordagem de temas sensíveis para com o desenvolvimento. Não obstante, a cooperação universitária e científica não se constitui como um setor de atuação específico e isolado. A investigação para o desenvolvimento nas suas diferentes faces (ciência e tecnologia, avaliação de políticas públicas, programas de formação especializada ou doutoramento, etc.) atravessa de jeito horizontal a totalidade dos diferentes setores de intervenção. Esta focagem transversal é que pode contribuir para consolidar uma vantagem comparativa da cooperação espanhola e constitui-se como um ponto de partida excelente para avançarmos no aperfeiçoamento e adequação dos nossos instrumentos aos desafios impostergáveis aos quais nos compete fazer face. Distribuição de bolsas para estrangeiros segundo as áreas geográficas de procedência na convocatória 2010/2011 Magrebe Médio Oriente ..252.............. 15% PECO e CEI ........................ 99................ 6% África Subsaariana. .........140............. 8.5% Asia Pacífico .....................133................ 8% UE países ocidentais. ........ 28................ 2% América Latina e Caribe . 997........... 60.5% TOTAL ........................... 1649 ........... 100% http://www.aecid.es/web/es/becas/becas/ Envio de sugestões para o debate Cultura + Desenvolvimento [email protected] www.aecid.es/culturaydesarrollo O Programa de Cooperação Interuniversitária e Investigação Científica (PCI) com a América Latina, o Mediterrâneo e a África Subsariana. Ajudas 2004-2010 O programa de Cooperação Interuniversitária e Investigação Científica (PCI) tem como objeto o financiamento de projetos conjuntos entre instituições espanholas e países recetores da Ajuda Oficial para o Desenvolvimento que sejam significativos para a cooperação espanhola. Entre as instituições que podem participar na convocatória encontram-se as universidades (tanto públicas como privadas), os Organismos Públicos de Investigação (OPIs) e outras entidades públicas de investigação e docência. a sua inclusão responde à crescente presença da AECID nos países da região e ao importante esforço realizado pela cooperação espanhola para conseguir uma implementação significativa e eficaz no continente. Por outro lado, está previsto que o Haiti e as Filipinas passem a fazer parte no 2011 da lista de países incluídos no programa. A finalidade última do PCI é o fortalecimento das instituições e estruturas que suportam os sistemas de ciência, tecnologia e inovação dos países sócios mediante a constituição, desenvolvimento e consolidação de redes estáveis de cooperação científica e de investigação, assim como de docência de pós-grau. As referidas redes são estruturadas a partir de equipas conjuntas das Universidades e Organismos espanhóis e dos países participantes dentro do âmbito das áreas temáticas prioritárias para a cooperação bilateral de Espanha correspondente com cada um deles. Com a passagem do tempo, o PCI tem-se vindo a adaptar aos objetivos da cooperação assim como aos diferentes Planos Diretores existentes, experimentado modificações encaminhadas para a melhora da eficácia da ajuda. Fruto desta evolução tem-se vindo a consolidar a necessidade de alinhar a cooperação universitária e científica com a restante cooperação para o desenvolvimento. Embora a cooperação científica tenha as suas próprias especificidades, e o fortalecimento institucional dos centros de educação superior seja um objetivo em si próprio, é importante que os projetos docentes e de investigação financiados estejam relacionados com áreas prioritárias para o país sócio em matéria de desenvolvimento. Em todo o caso, o conjunto das reformas que estão sendo realizadas no sentido da melhora da eficácia do programa correspondem-se com os trabalhos de coordenação com outros atores e agentes notórios da Cooperação Científica para o Desenvolvimento como o Ministério de Ciência e Inovação, o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), o Ministério de Educação e as Universidades e outras instituições com competências na matéria. Trata-se de um programa fechado a um número limitado de países agrupados em três grandes áreas geográficas: a América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, O Salvador, Uruguai e Venezuela); o Mediterrâneo (Argélia, Egipto, Jordânia, Marrocos e Tunes); e a África Subsariana (Angola, Etiópia, Mali, Níger, Moçambique, Senegal e Cabo Verde). Estes últimos entraram a fazer parte do programa na convocatória do ano 2009, como resposta a uma solicitude realizada pelas universidades espanholas. Igualmente, Fotografias de graduação Foto: Pablo María García LLamas http://www.aecid.es/web/es/becas/pci/ Países de "larga associação" ou prioritários Países de "associação localizada" ou com atenção especial Países de "associação para a consolidação dos avanços de desenvolvimento" ou preferentes PCI Leitorados Leitorados O programa de Leitorados MAEC-AECID, que funciona há mais de vinte anos, tem-se atualizado de acordo com as mudanças que foram surgindo nas políticas públicas de cooperação. O instrumento base para o desenvolvimento do programa é a convocatória que anualmente aprova a Presidência da AECID. Os objetivos do referido programa são, principalmente, três. Em primeiro lugar, cooperar no fortalecimento académico e institucional dos departamentos de espanhol nas universidades dos países sócios. Em segundo lugar, contribuir para a formação de especialistas em línguas estrangeiras, assim como de profissionais do ensino do espanhol como língua estrangeira. Finalmente, e paralelamente à consecução dos dois objetivos fundamentais já referidos, o programa contribui para a promoção dos estudos de espanhol e de cultura espanhola no âmbito universitário e cultural do país de destino. Os leitorados configuram-se a partir da solicitude que realizam as próprias universidades do país sócio. Neste sentido, quando a solicitude procede de países recetores da Ajuda Oficial para o Desenvolvimento (AOD), contribuem para o fortalecimento institucional de ditos centros veiculado através do reforço dos departamentos de línguas estrangeiras ou de espanhol. Os leitores, além de desenvolverem os programas de ensino-aprendizagem do espanhol nas universidades de destino, colaboram com as Embaixadas e Gabinetes Técnicos de Cooperação na realização das provas de obtenção dos Diplomas de Espanhol como Língua Estrangeira (DELE). Com efeito, 192 leitores encontram-se na atualidade a receberem formação especí- fica para a obtenção de uma maior qualidade na prestação da referida colaboração. Ainda, para lhes facilitar o desenvolvimento das suas funções, o Departamento de Cooperação Universitária e Científica proporciona-lhes aos leitores o material didático correspondente e necessário. Na atualidade existem 258 vagas de leitores em universidades de todo o mundo, 180 das quais se encontram localizadas em países recetores de AOD. Nestes países, e muito especialmente na área da África Subsariana, tem-se visto incrementado de maneira notável o número de vagas durante os últimos anos. Além do mais, são mantidos 78 postos de leitores em países membros da OCDE não recetores de AOD, como reflexo da política de apoio à difusão do espanhol do Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação inserida no quadro das ações de diplomacia cultural aplicadas pelo Governo da Espanha. http://www.aecid.es/web/es/becas/lectorados/ O Programa de Cooperação Interuniversitária e Investigação Científica (PCI) com a América Latina, o Mediterrâneo e a África Subsariana. Ajudas 2004-2010 O programa de Cooperação Interuniversitária e Investigação Científica (PCI) tem como objeto o financiamento de projetos conjuntos entre instituições espanholas e países recetores da Ajuda Oficial para o Desenvolvimento que sejam significativos para a cooperação espanhola. Entre as instituições que podem participar na convocatória encontram-se as universidades (tanto públicas como privadas), os Organismos Públicos de Investigação (OPIs) e outras entidades públicas de investigação e docência. a sua inclusão responde à crescente presença da AECID nos países da região e ao importante esforço realizado pela cooperação espanhola para conseguir uma implementação significativa e eficaz no continente. Por outro lado, está previsto que o Haiti e as Filipinas passem a fazer parte no 2011 da lista de países incluídos no programa. A finalidade última do PCI é o fortalecimento das instituições e estruturas que suportam os sistemas de ciência, tecnologia e inovação dos países sócios mediante a constituição, desenvolvimento e consolidação de redes estáveis de cooperação científica e de investigação, assim como de docência de pós-grau. As referidas redes são estruturadas a partir de equipas conjuntas das Universidades e Organismos espanhóis e dos países participantes dentro do âmbito das áreas temáticas prioritárias para a cooperação bilateral de Espanha correspondente com cada um deles. Com a passagem do tempo, o PCI tem-se vindo a adaptar aos objetivos da cooperação assim como aos diferentes Planos Diretores existentes, experimentado modificações encaminhadas para a melhora da eficácia da ajuda. Fruto desta evolução tem-se vindo a consolidar a necessidade de alinhar a cooperação universitária e científica com a restante cooperação para o desenvolvimento. Embora a cooperação científica tenha as suas próprias especificidades, e o fortalecimento institucional dos centros de educação superior seja um objetivo em si próprio, é importante que os projetos docentes e de investigação financiados estejam relacionados com áreas prioritárias para o país sócio em matéria de desenvolvimento. Em todo o caso, o conjunto das reformas que estão sendo realizadas no sentido da melhora da eficácia do programa correspondem-se com os trabalhos de coordenação com outros atores e agentes notórios da Cooperação Científica para o Desenvolvimento como o Ministério de Ciência e Inovação, o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), o Ministério de Educação e as Universidades e outras instituições com competências na matéria. Trata-se de um programa fechado a um número limitado de países agrupados em três grandes áreas geográficas: a América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, O Salvador, Uruguai e Venezuela); o Mediterrâneo (Argélia, Egipto, Jordânia, Marrocos e Tunes); e a África Subsariana (Angola, Etiópia, Mali, Níger, Moçambique, Senegal e Cabo Verde). Estes últimos entraram a fazer parte do programa na convocatória do ano 2009, como resposta a uma solicitude realizada pelas universidades espanholas. Igualmente, Fotografias de graduação Foto: Pablo María García LLamas http://www.aecid.es/web/es/becas/pci/ Países de "larga associação" ou prioritários Países de "associação localizada" ou com atenção especial Países de "associação para a consolidação dos avanços de desenvolvimento" ou preferentes PCI Leitorados Leitorados O programa de Leitorados MAEC-AECID, que funciona há mais de vinte anos, tem-se atualizado de acordo com as mudanças que foram surgindo nas políticas públicas de cooperação. O instrumento base para o desenvolvimento do programa é a convocatória que anualmente aprova a Presidência da AECID. Os objetivos do referido programa são, principalmente, três. Em primeiro lugar, cooperar no fortalecimento académico e institucional dos departamentos de espanhol nas universidades dos países sócios. Em segundo lugar, contribuir para a formação de especialistas em línguas estrangeiras, assim como de profissionais do ensino do espanhol como língua estrangeira. Finalmente, e paralelamente à consecução dos dois objetivos fundamentais já referidos, o programa contribui para a promoção dos estudos de espanhol e de cultura espanhola no âmbito universitário e cultural do país de destino. Os leitorados configuram-se a partir da solicitude que realizam as próprias universidades do país sócio. Neste sentido, quando a solicitude procede de países recetores da Ajuda Oficial para o Desenvolvimento (AOD), contribuem para o fortalecimento institucional de ditos centros veiculado através do reforço dos departamentos de línguas estrangeiras ou de espanhol. Os leitores, além de desenvolverem os programas de ensino-aprendizagem do espanhol nas universidades de destino, colaboram com as Embaixadas e Gabinetes Técnicos de Cooperação na realização das provas de obtenção dos Diplomas de Espanhol como Língua Estrangeira (DELE). Com efeito, 192 leitores encontram-se na atualidade a receberem formação especí- fica para a obtenção de uma maior qualidade na prestação da referida colaboração. Ainda, para lhes facilitar o desenvolvimento das suas funções, o Departamento de Cooperação Universitária e Científica proporciona-lhes aos leitores o material didático correspondente e necessário. Na atualidade existem 258 vagas de leitores em universidades de todo o mundo, 180 das quais se encontram localizadas em países recetores de AOD. Nestes países, e muito especialmente na área da África Subsariana, tem-se visto incrementado de maneira notável o número de vagas durante os últimos anos. Além do mais, são mantidos 78 postos de leitores em países membros da OCDE não recetores de AOD, como reflexo da política de apoio à difusão do espanhol do Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação inserida no quadro das ações de diplomacia cultural aplicadas pelo Governo da Espanha. http://www.aecid.es/web/es/becas/lectorados/ Projeto em destaque Bolsas institucionais Bolsas Bolsas para estrangeiros Bolsas para espanhóis Os responsáveis pela Direção de Relações Culturais e Científicas, contando com a ajuda e conselhos das Universidades, dos Organismos Públicos de Investigação e do Ministério de Ciência e Inovação de Espanha, põem em andamento através do programa de bolsas institucionais e para o ano 2011/2012, uma experiência inovadora dirigida em exclusiva a países beneficiários da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento. As Bolsas MAEC-AECID para cidadãos estrangeiros compõem uma ferramenta orientada essencialmente para a formação de profissionais nos países recetores da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD). A intenção é que, atendendo aos critérios de eficácia da ajuda, estas bolsas deem conta das necessidades dos países sócios para reforçarem os seus sistemas de educação superior e investigação em setores económicos chave e em áreas estratégicas de conhecimento. Baseando-nos na convicção de que o impacto da educação para o desenvolvimento dos países se caracteriza pelo seu claro efeito multiplicador, esta nova ferramenta fundamenta-se, em último termo, na ideia de que, capacitando a uma estrutura institucional educativa, o impacto da intervenção será exponencialmente maior, dado que a sua influência poderá expandirse até atingir todas as pessoas que, ao longo do tempo, venham a ser formadas na referida instituição. Ao mesmo tempo, o Departamento de Cooperação Universitária e Científica tem encarado o repto de assentamento dos distintos programas de bolsas para estrangeiros no novo Espaço Europeu de Educação Superior. Por outro lado, seguindo as linhas de política de investigação surgidas da União Europeia, encoraja-se a todos os beneficiários das bolsas MAEC-AECID a depositarem em formato eletrónico os resultados das suas investigações (nomeadamente em forma de teses, artigos, livro, capítulos de livros, etc.) num repositório institucional ou temático conforme com os protocolos de acesso aberto à comunicação científica (Open Acess). No seu primeiro ano de existência, esta iniciativa estará disponível para mais de 325 universidades públicas de 20 países recetores da AOD —todos eles países prioritários do Grupo A (“Associação ampla”) segundo o atual Plano Diretor da Cooperação Espanhola 2009-2012— situados na América Latina, na África Subsariana e no Magrebe. Cada bolsa institucional permitirá realizar estudos de pós-grau (Mestrado Oficial ou Doutoramento), numa universidade espanhola, a um máximo de 6 membros de pessoal investigador ou docente das universidades solicitantes. A chave das bolsas que finalmente sejam selecionadas residirá na contribuição dos projetos de formação apresentados para o fortalecimento efetivo das capacidades científicas da universidade de origem, assim como para o desenvolvimento do seu contexto sócioeconómico. Finalmente, cabe assinalar que o orçamento que financia este programa tem crescido muito durante o período do Plano Diretor Atual (2009-2012), até se ter consolidado numa verba superior aos 20 milhões de euros. A convocatória de Bolsas MAEC/AECID para espanhóis, junto como as Bolsas para a Academia da Espanha em Roma, constituem a oferta de formação do Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação da Espanha para jovens formados universitários superiores. Durante os últimos anos tem-se procurado potenciar outorgar às bolsas uma focagem decidida de cooperação internacional para o desenvolvimento, como parte de uma estratégia que tem permitido uma maior associação com outros programas da AECID. Dentro do vasto conjunto de linhas de atuação que reúne a convocatória de Bolsas MAEC-AECID, é importante salientarmos o programa de bolsas de gestão cultural, iniciativa que permite apoiar tanto a promoção cultural no exterior como o quadro da Estratégia de Cultura e Desenvolvimento. De igual modo, existe a possibilidade de realizarem práticas e estadias formativas em organismos internacionais que tenham sedes, gabinetes ou delegações em países beneficiários da AOD. Por último, não devemos esquecer o novo programa incorporado à convocatória de Bolsas para a realização de trabalhos de último ano de licenciatura e trabalhos fim de mestrado comprometidos com a cooperação para o desenvolvimento, independentemente da sua área de conhecimento específico. + CD CULTURA + DESENVOLVIMENTO n. 27 / m a r ç o 11 Cooperação universitária e científica A luta contra a pobreza e a implementação de políticas eficazes de ajuda para o desenvolvimento constituem uma tarefa complexa que sem dúvida supõe, a dia de hoje, um dos principais reptos propostos à comunidade internacional. Neste processo, a capacitação científico-técnica e a incorporação com sucesso do conhecimento aos processos produtivos nos países recetores da Ajuda Oficial para o Desenvolvimento são elementos basilares do esforço conjunto e coordenado para se alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Sem a ajuda da ciência, da tecnologia e da inovação coloca-se como impossível atingirmos os objetivos propostos. O Plano Diretor da Cooperação Espanhola 2009-2012 ilustra de forma significativa como a Agência de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), através da sua Direção de Relações Culturais e Científicas, enfrenta com especial atenção o desafio de implementar uma política de cooperação científica e universitária que contribua para desenvolver os sistemas científicos dos países sócios e promocione a sua orientação cara a solução dos problemas no seu desenvolvimento. O conjunto das atividades da AECID no terreno da cooperação universitária e científica será realizado mediante três grandes instrumentos: o programa de Bolsas MAEC/AECID, o programa de Leitorados e o Programa de Cooperação Interuniversitária e Científica (PCI). Estas três ferramentas convergentes dirigem-se cara o desenvolvimento de atuações em universidades e centros de investigação à volta de duas linhas principais. Por um lado, trata-se de reforçar as estruturas de educação superiores e de investigação do país sócio, fomentando a criação de competências pessoais e o fortalecimento de instituições através das ferramentas já existentes. Por outro lado, procura-se potenciar projetos e grupos de investigação conjuntos para a abordagem de temas sensíveis para com o desenvolvimento. Não obstante, a cooperação universitária e científica não se constitui como um setor de atuação específico e isolado. A investigação para o desenvolvimento nas suas diferentes faces (ciência e tecnologia, avaliação de políticas públicas, programas de formação especializada ou doutoramento, etc.) atravessa de jeito horizontal a totalidade dos diferentes setores de intervenção. Esta focagem transversal é que pode contribuir para consolidar uma vantagem comparativa da cooperação espanhola e constitui-se como um ponto de partida excelente para avançarmos no aperfeiçoamento e adequação dos nossos instrumentos aos desafios impostergáveis aos quais nos compete fazer face. Distribuição de bolsas para estrangeiros segundo as áreas geográficas de procedência na convocatória 2010/2011 Magrebe Médio Oriente ..252.............. 15% PECO e CEI ........................ 99................ 6% África Subsaariana. .........140............. 8.5% Asia Pacífico .....................133................ 8% UE países ocidentais. ........ 28................ 2% América Latina e Caribe . 997........... 60.5% TOTAL ........................... 1649 ........... 100% http://www.aecid.es/web/es/becas/becas/ Envio de sugestões para o debate Cultura + Desenvolvimento [email protected] www.aecid.es/culturaydesarrollo