OUTUBRO 2010 AnoVI
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OUTUBRO 2010 AnoVI
De coração 021 OUTUBRO 2010 AnoVI PUBLICIDADE Um país sem esperança? Nesta edição, a De coração entra para o seu sexto ano. EDITORIA L De coração EDITORIAL 03 É ainda uma publicação jovem, mas ter ultrapassado os 5 anos não deixa de ser uma etapa assinalável. Daí, termo-nos permitido um exercício de algum narcisismo e termos escolhido para a capa uma retrospectiva de diferentes capas que marcaram o nosso percurso. Sobretudo, congratulamo-nos por continuarmos a marcar presença e agradecemos aos nossos leitores o carinho com que nos têm acolhido e as mensagens de incentivo que nos vão transmitindo. Mas, porque a De coração é, assumidamente, uma revista integrada e atenta ao contexto social e económico da Região e do País, não podemos deixar de notar que este, que é para nós o sexto ano, será um período particularmente difícil. Por norma, os editoriais têm procurado assinalar as oportunidades presentes em todas as situações e contextos, por mais difícil que esse optimismo possa parecer. Mas, neste caso, reconhecemos que esta será uma regra difícil de manter. Os próximos tempos serão de congelamento da economia, com todas as previsões a anunciar a diminuição do consumo, o aumento do desemprego e, inevitavelmente, o incremento da pressão social e dos níveis de criminalidade. Neste momento, é um cenário a que não é possível escapar e temos todos de redobrar esforços para o ultrapassar. Na verdade, não é nada a que os últimos anos não nos tenham habituado. Já há muito que andamos a “estagiar” para este momento mas, até por isso, não podemos deixar de reparar nas injustiças relativas de um contexto em que todos pagam a factura da crise, menos os mais directamente responsáveis pela sua criação. Não podemos deixar de nos lamentar pela inimputabilidade que, na prática, é atribuída aos decisores políticos que, ao longo de anos de má gestão, nos conduziram à situação actual. Enquanto que um empresário é responsabilizado criminalmente e com os seus bens pelos seus erros de gestão, àqueles que têm a empreitada maior de gestão da economia e finanças de um país resta-lhes, como pena capital, a não recondução no cargo e o purgatório de um lugar Dá que pensar… Presidente do Conselho de Administração da Matobra De coração | OUTUBRO 2010 passagem por um organismo internacional de prestígio. EDITORIAL de liderança numa empresa pública ou privada de grande dimensão ou uma PUBLICIDADE FICHA TÉCNICA Entidade proprietária | Matobra - materiais de construção e decoração, S.A. Coordenação | Marta Rio-Torto Textos | Claúdio Domingos e Marta Rio-Torto Rua Luís Ramos | Adémia Apartado 3021-901 Coimbra | Portugal | Tel.: 239 433 777 | Fax: 239 433 769 | [email protected] Fotografia | Danilo Pavone Paginação e Projecto gráfico | Alexandre Saraiva Tiragem | 2000 exemplares Periodicidade | Trimestral Impressão | FIG - Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020 Coimbra Isenta de registo no I.E.S. mediante decreto regulamentar 8/99 de 9/06 art. 12º nº 1 a) Índice 3 Editorial 7 Entrevista De coração | Florindo Belo Marques 17 Com assinatura Matobra 17 | Das nossas mãos para os seus sentidos 18 | Escala de cinzas 22 | Decorar com cor 24 Ideias e soluções 24 | Descubra tudo o que o seu lava-louça pode fazer por si 28 | Vá ao Mercado Popular 31 Entrevista |Manuel da Silva Mendes 36 Estilus 36 | Do trabalho para casa 41 | Geberit Monolith - Sistema Sanitário Inovador 44 | Matobra lança IN9espaço 46 Entrevista | António Albano Domingues 54 Galeria Matobra 54 | Showerbasin na rota de um novo banho Siga-nos no facebook PUBLICIDADE ENTREVISTA 07 Entrevista De coração Florindo Belo Marques Pode dizer-se que é um homem que fez do risco profissão, embora no seu caso o termo seja sinónimo de traço. Florindo Belo Marques escolheu ser arquitecto numa época em que a profissão era pouco conhecida e menos ainda reconhecida e hoje congratula-se por ver a mais valia da produção de arquitectura ser consensual. Nos seus projectos, oscila entre a sua afirmação pessoal e um compromisso de generosidade e humildade face à cidade e à envolvente do futuro edifício, procurando encontrar uma resposta que considere as pré-existências. Num contexto de crise do sector da construção e em que o número de arquitectos cresceu exponencialmente defende um entendimento da profissão numa perspectiva de banda larga, alargando o mercado a áreas como o design, o imobiliário e o comércio de materiais de construção. De coração | OUTUBRO 2010 “O arquitecto não se pode dissociar do seu papel de intervenção no edificado e como tal, na própria cidade” 08 ENTREVISTA Como se define como arquitecto? a possibilidade de agir coerentemente em Defino-me como um profissional que iniciou relação à cidade. esta actividade há cerca de 30 anos e que tem tentado acompanhar a evolução que Assim como a escrita pode reflectir a a arquitectura, ou pelo menos o exercício nossa personalidade, esta pode sentir- dela, tem feito neste país. se no modo como projecta um edifício? O cenário de hoje nada tem a ver com A comparação pode ser difícil, porque nós aquele que existia na altura em que temos sempre de responder ao programa acabei o curso… Só havia duas escolas de do cliente e no entanto, temos que ser livres arquitectura no país - em Lisboa e no Porto para poder chamar à obra nossa. - éramos mil e poucos arquitectos, hoje Nomeadamente, isso remete para a questão somos 18 mil. do custo da construção. Muita gente tem Este crescimento exponencial trouxe a noção que as obras dos arquitectos são vantagens. Quando comecei a trabalhar mais caras. Não têm que ser, não devem perguntavam-me com frequência o que era ser. Um dos pressupostos básicos é a noção um arquitecto. Nessa altura, a percentagem daquilo que o cliente quer gastar, porque de projectos feitos por arquitectos era cerca se fizermos um projecto para um custo de 4%, o resto era feito por profissionais superior, não estamos a prestar um bom menos preparados e neste momento, a serviço. O projecto não foi eficaz porque o percentagem rondará os 40%. Portanto, a custo inviabilizou a sua construção. mais valia da produção da arquitectura tem Genericamente, vindo a ser reconhecida. equilíbrio entre a intenção do cliente e a tem que haver “Quando comecei a trabalhar perguntavam-me com frequência o que era um arquitecto.” um visão do arquitecto. Quando desenvolvo um Qual é a característica pela qual gosta projecto não posso vê-lo como um objecto que um edifício seu se afirme? estranho, tenho que me rever naquilo que Ele tem que ter uma imagem forte mas, por estou a criar, não repudiar a possibilidade de outro lado, também não pode ser egoísta, habitar nele. isto é, tem que olhar para o que está à volta, não se pode impor por si próprio. Há Muitas vezes, os arquitectos são acusados especialmente de trabalhar? de olharem para o umbigo e de fazerem Sim, materiais nobres, como o vidro, a objectos singulares. Eu não materiais com que goste defendo madeira e o metal. Mas, apesar de serem essa situação, embora em determinados materiais de eleição, têm que ser bem contextos faça sentido que o edifício se trabalhados, doseados. Também não é saliente no tecido urbano. Refiro-me a obras indiferente o sítio onde o projecto será emblemáticas, que devem funcionar como desenvolvido, mais uma vez, a questão das um apelo aos visitantes, como a Casa da pré-existências... Música, por exemplo. Mas, tem genericamente, forçosamente De coração | OUTUBRO 2010 pré-existências, de a arquitectura olhar inserir-se e para as Qual foi o primeiro trabalho que sentiu como um verdadeiro desafio? dar-lhes O primeiro projecto é sempre o nosso continuidade. Não devemos estar sempre a grande desafio, a que não é estranho a querer fazer uma obra singular em qualquer inexperiência, o amadorismo e o receio situação. Portanto, voltando à sua pergunta, de não conseguir responder. Quando um a minha afirmação enquanto arquitecto é recém-licenciado ingressa no mercado de a de com generosidade e humildade olhar trabalho sabe muito pouco, a prática só para a cidade e para o que está à volta e acontece depois no dia-a-dia do ateliê. tentar dar a resposta que ela precisa. Com No meu caso, a minha primeira obra foi o afirmação, não me escondendo, mas com Quartel de Bombeiros da Lousã. “Não devemos estar sempre a querer fazer uma obra singular em qualquer situação, portanto, a minha afirmação enquanto arquitecto, é de com generosidade e humildade olhar para a cidade e para o que está à volta e tentar dar a resposta que ela precisa.” De coração | OUTUBRO 2010 ENTREVISTA 09 10 ENTREVISTA Foi um projecto desafiante, porque era Numa situação dessas não podemos deixar uma obra necessária mas, como não havia de ter a nossa intervenção, o arquitecto dinheiro, foi projectada para poder ser não se pode dissociar do seu papel de construída por fases. Nessa altura, senti pela intervenção no edificado e como tal, na primeira vez o impacto do mercado. própria cidade. Se agirmos com bom senso, não nos anulando, estaremos a dar a melhor Uma obra que presumo que tenha sido resposta. especialmente aliciante, até por toda a carga simbólica que envolve, terá sido Tem o Memorial da Irmã Lúcia, um edifício projectos para obra pública. É um projectado por si e construído de raiz estímulo diferente, saber que é um nos terrenos anexos ao convento. Qual edifício para ser vivido por um grande foi a sua grande preocupação neste número trabalho? directamente com a comunidade? Estava perante um contexto singular. As Sim, com certeza. Neste momento, estamos Irmãs estão em clausura e havia a intenção a desenvolver um projecto para uma obra de não transportar nada para o exterior, em Penela que é um empreendimento que respeitar a privacidade do espaço. servirá para instalar empresas que possam Mais uma vez, a minha preocupação foi a de tirar partido de produtos endógenos da responder ao programa, embora da minha região. Não havendo experiência anterior, parte tenha havido uma proposta mais é um desafio, em que temos que perceber destabilizante relativamente ao que me foi onde é que podemos inovar e o que é que inicialmente pedido. já está feito. A intenção era simplesmente a de recuperar Temos que nos tornar versáteis e saber um espaço que já existia - uns galinheiros - e vestir a camisola dos utentes. Quando estou não fazer obra nova. Mas, do meu ponto de a trabalhar num edifício destinado a um vista, as condições não eram as ideais para público mais sénior, estou a rever-me no se trabalhar nesse contexto e portanto, a que será um período mais próximo, no meu minha proposta foi no sentido de demolir o caso. Mas também não me posso esquecer que estava e fazer uma obra nova, embora da criança que já fui, quando estou a dentro dos muros, doseando sempre esta projectar um edifício destinado para um questão da privacidade. público infantil ou juvenil. desenvolvido de pessoas variadíssimos e que mexe De coração | OUTUBRO 2010 O que foi interessante foi exactamente pegar na carga simbólica que referiu e tentar Sente que a população portuguesa que os visitantes também tivessem essa percebe hoje essa necessidade de exigir percepção. As pessoas que ali vão, estão à qualidade arquitectónica nos edifícios e procura de um ambiente, uma experiência. nos espaços onde vive? Tentei colocar-me no contexto dessas Com certeza, a mensagem penso que pessoas e perceber o que era admissível passou. Aliás, hoje em dia já temos um propor. turismo Os materiais escolhidos são metal, vidro e organizados. As pessoas procuram saber madeira, num ambiente o mais minimalista que arquitectura vão ver e programam as possível, num espaço deveras carregado suas viagens já com um circuito previamente pela imagem da Irmã Lúcia, daí que ela determinado. apareça logo na entrada. Actualmente, em Portugal, começamos a ter Devo dizer que, apesar de numa primeira a possibilidade de nos rever na arquitectura fase ter subvertido um pouco a intenção que temos. de arquitectura com roteiros inicial, o resultado tem tido uma resposta positiva, o que me deixa mais tranquilo. As mentalidades estão a mudar: “Tal como acontece com outras formações superiores que têm saídas profissionais diversas, a arquitectura deve ser vista nessa perspectiva de banda larga.” ENTREVISTA 11 a arquitectura “experimental” de Penso que o arquitecto deve ser versátil e alguns anos, que era uma arquitectura adaptar-se a todas estas situações. marginal, hoje é o sistema, e um meio É bem melhor do que estar em caixas de grande divulgação. Qual será para si de supermercado, que é outro problema a arquitectura do futuro? terrível que temos na profissão, que é o A moda não arquitectura. convive A bem arquitectura com a facto de haver profissionais que não podem vai-se fazer aquilo de que gostam e para o qual reafirmando, adaptando-se com respostas contemporâneas, mas fazendo foram preparados. sempre referência a modelos anteriores. Está no terceiro mandato como Mas também há questões conjunturais. Presidente do Núcleo de Arquitectos da Estamos na era da informática e a Região de Coimbra. O que é que o levou arquitectura produzida com a ajuda do a assumir estas funções? Que tipo de desenho assistido, é diferente daquela contributos pretende dar? que era produzida com o desenho à mão. Este último mandato foi um pouco por sentir Consigo ver aí alguma influência. que não havia alternativa e pela necessidade Não vamos copiar aquilo que foi feito no de dar continuidade a uma ideia que vinha século passado, até porque estamos a usar a ser desenvolvida desde 2001, quando outros materiais, as exigências de mercado começámos a pensar em criar a Casa da são outras, a legislação é diferente, a própria Arquitectura de Coimbra. resposta da tecnologia, produz um objecto O objectivo era o de criar uma instalação diferente. Portanto, é inserida em todo onde os arquitectos pudessem reunir, este contexto, que também é cultural, que ter pós-formação e ser um espaço que hoje se pode produzir a boa arquitectura excedesse a simples ideia corporativa da contemporânea. profissão e fosse aberto à cidade, para Eu diria que para termos futuro temos que nele serem produzidos diversas actividades saber ler o passado. Não vamos ter uma culturais. arquitectura completamente de ruptura. Em 2004, assinámos o protocolo com a Câmara de Coimbra, que cedeu um terreno na Rua Pedro Monteiro, com cerca de o sector da construção civil está em 800m2. crise, e há cerca de 18 mil arquitectos, é Mas trata-se de uma obra com um peso inevitável que estes profissionais sofram financeiro muito considerável e nos últimos o impacto dessa crise. Que soluções tempos a situação não tem sido favorável. alternativas podem ser consideradas? Entretanto, Tal como acontece com outras formações assinámos uma adenda ao protocolo para superiores, que têm saídas profissionais podermos ter um plano alternativo. Isto diversas, a arquitectura deve ser vista nessa é, enquanto não podermos pensar na perspectiva de banda larga. construção definitiva, criar uma estrutura Não tenho qualquer problema, antes pelo provisória que possa ser desmontada no contrário, em ver um arquitecto como meu momento em que for começada a outra interlocutor numa empresa de materiais de construção. construção. É muito interessante poder ter A nossa ideia seria instalar um pré-fabricado, essa possibilidade e a resposta faz-se de mas queríamos transformar esse objecto uma forma mais eficaz. numa boa peça de arquitectura. Esta possibilidade de alargamento do Entretanto, tivemos um problema porque mercado é muito importante. Refiro-me a empresa com quem tínhamos parceria ao design e a opções ao nível comercial e sofreu um incêndio nas instalações no dia imobiliário. seguinte a termos assinado o protocolo. em Setembro passado, De coração | OUTUBRO 2010 “A opinião pública tem uma ideia preconceituosa de que os arquitectos e engenheiros se dão mal, mas não é verdade.” No actual contexto nacional em que 12 ENTREVISTA Continuamos a contar com eles, mas não colchão muito mais interessante a essa estamos certos de que seja possível manter candidatura caso esse património estivesse os prazos previstos. já recuperado. Mas naturalmente que é um Ainda assim, já foi lançado o desafio aos candidatura geradora de expectativa quanto alunos finalistas das escolas de arquitectura à possibilidade de aumentar a capacidade de Coimbra para ajudarem a encontrar uma de atracção de público para um roteiro forma interessante, com a maior qualidade cultural e arquitectónico. arquitectónica possível. O urbanismo pode dar qualidade de vida a Esperamos conseguir ter uma proposta estas zonas, mas também segurança, que é seleccionada até ao fim do ano. um problema que decorre da desertificação. Enquanto tivemos a Universidade Não poderia deixar de me referir à concentrada na Alta toda a zona estava tradicional dicotomia entre engenheiros preenchida com a habitação dos estudantes, e arquitectos. Ainda é sentida? a partir do momento em que se diversificou É um falso problema. A opinião pública por pólos, isso perdeu-se. Não digo que o tem uma ideia preconceituosa de que os fenómeno seja mau, mas devia ter sido arquitectos e os engenheiros se dão mal, compensado. mas não é verdade. O arquitecto e o engenheiro são parceiros, É a velha questão da reabilitação dos não podem deixar de se entender e de centros históricos… conversar. Tem que haver vontade política do país, Um projecto é um conjunto coordenado não é uma questão que possa ser resolvida e multidisciplinar que enquadra várias apenas ao nível das autarquias. valências. É preciso ter coragem para pegar nesse O nosso problema foram sempre os agentes problema, que produzem arquitectura e que não são condições de poder ser tido como um arquitectos e não os engenheiros. aspecto prioritário na nossa intervenção. Nunca me dei mal com os engenheiros, dei- Tem a ver naturalmente com o problema me sempre muito bem e a própria relação da crise económica em que estamos, com entre as duas Ordens é muito boa. a lei do arrendamento, com contextos de desmontá-lo e pô-lo em De coração | OUTUBRO 2010 legislação que precisam de ser alterados. A arquitectura pode e deve ser uma Eu diria que a reabilitação não pode deixar contribuição de ser o futuro, já produzimos muita essencial para uma requalificação do território, no sentido construção, mais do que as necessidades. turístico, criando landmarks. Isto é A cidade é como um donut, que tem a ainda cidade construção à volta e depois tem o buraco como Coimbra, em que não temos sol, mais evidente no meio, precisamos urgentemente de nem praia, mas temos um edificado de preencher esse vazio. grande valor patrimonial e simbólico. Tal como acontece no campo, em que se Só a Universidade recebe cerca de 200 um terreno não for cultivado, os infestantes mil turistas por ano. Vê como uma tomam conta dele, se há zonas da cidade esperança renovada a candidatura a que ficam desertificadas, degradam-se e património mundial da UNESCO? surgem problemas de criminalidade. A candidatura não numa funcionar Recuperar a cidade e o centro urbano isoladamente da cidade, a Universidade pode é também contribuir para uma maior não é suficiente para poder gerar essa qualidade de vida, não só para essa zona possibilidade. A cidade é todo um conjunto como também para tudo o que está à coerente e neste caso, temos um problema volta. É um benefício para o nosso contexto grave com a Alta, que poderia dar um enquanto cidadãos. [email protected] “Recuperar a cidade e o centro urbano é também contribuir para uma maior qualidade de vida, não só para esse centro como também para tudo o que está à volta. É um benefício para o nosso contexto enquanto cidadãos.” De coração | OUTUBRO 2010 ENTREVISTA 13 14 ENTREVISTA De perfil… Uma referência? Cada estado de espírito tem uma referência, mas uma será Siza Vieira. A música que não se cansa de ouvir? Gosto muito de música e sou eclético. As músicas dos anos 60 e 70 têm uma referência especial, mas também ouço música clássica e música mais contemporânea, como Robbie Williams. O filme que o marcou? Muitos … A Guerra das Estrelas, O Senhor dos Anéis, Citizen Kane… Um livro? Memorial do Convento, de José Saramago. Um objecto de que não se separa? A minha lapiseira de grafite. Quando tem tempo gosta de…? Tenho pouco tempo livre, mas gostava de ter mais tempo para ler, ir ao cinema e viajar. O prato a que não resiste? Cozido a portuguesa. Uma bebida? Água. Destino de férias? Brasil. Uma qualidade de que se orgulhe e um defeito que não possa negar? De coração | OUTUBRO 2010 A perseverança. Se exagerar nessa qualidade passa a ser defeito. Tem de ser doseada com generosidade, se não tornamo-nos demasiado incisivos e esquecemo-nos de ouvir os outros. A solução cerâmica para a sua casa. 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A luz que parece existir onde não pode entrar é fruto de uma escolha de materiais e marcas que colocam a utilidade a jogar com o bom gosto. Assim, a Trend com o revestimento Prezioso 270x60 Pigmentado Bordeaux dá um toque feminino e sensual que, juntamente com o Cristalino Branco 120x60 cria um ambiente ao mesmo tempo intimista e aberto. Para equilibrar os tons, nada melhor do que a Pastilha Branca, da Emacor que transmite uma sensação de luz constante. Já o chão é o Cristalino Vermelho 60x60, também da Trend, digno de ser pisado por quem o aprecia. Os sanitários, torneiras, toalheiro e mobiliário equilibram um ambiente que tem feito as delícias de vários clientes, tal a energia positiva que se pode concentrar numa casa de banho. [email protected] O Bidé e a Sanita são da Série SA02, da Galassia Lavatório Lola Herzburg, da Rapsel (Philippe Starck) Móvel Suspenso Box, da Maderó De coração | OUTUBRO 2010 Toalheiro Série Hotel, da Vivacor 18 COM ASSINATURA MATOBRA Escala de cinzas Quando a proprietária da casa recorreu aos serviços da Matobra, para a decoração desta sala, deixou clara a vontade de que fosse prevista bastante arrumação para livros e um louceiro. O projecto concebido partiu deste pressuposto e da necessidade de organização do espaço em duas zonas funcionais: refeições e lazer. O cinza foi eleito como cor predominante, misturando diferentes tonalidades para criar mais ritmo e conseguir um resultado com maior impacto visual. O princípio foi aplicado, desde logo, aos estofos. O tecido usado no sofá não foi repetido nas cadeiras da mesa, forradas com padrão para diferenciar o espaço e evitar um efeito demasiado homogéneo. Mesmo para as janelas houve a preocupação de manter a cor, mas recorrendo a um tecido translúcido, para não impedir a entrada de luz. De notar que na janela lateral não se optou por cortinado, mas por um estore. Trata-se de uma janela comum à divisão adjacente – a cozinha – onde esta opção já tinha sido seguida. Assim, quando a porta de passagem entre as duas divisões está aberta, o resultado é mais coerente, ao mesmo tempo que mais funcional, por facilitar a circulação. As duas estantes criam diferentes zonas de arrumação, prevendo espaço para livros e para a televisão. Em vez de constituir uma peça autónoma, a arrumação da louça surge num conceito integrado numa das estantes. Tal como acontece De coração | OUTUBRO 2010 nas portas deste armário, a mesa de refeições tem tampo de vidro em preto, criando maior harmonia no conjunto. [email protected] COM ASSINATURA MATOBRA 19 De coração | OUTUBRO 2010 O desencontro das linhas das estantes ajuda a criar ritmo e aumenta o interesse visual. FASSALUSA lda | Zona industrial de São Mamede lote 1 e 2 | 2945-036 São Mamede ( Batanha ) | tel. 244 709 200 - Fax 244 704 020 www.fassabortolo.pt - [email protected] PUBLICIDADE PUBLICIDADE 22 COM ASSINATURA MATOBRA De coração | OUTUBRO 2010 Decorar com cor Um casal com duas filhas pequenas, de 5 e 8 anos, recorreu aos serviços da Matobra para a decoração da entrada, sala e quarto das crianças. As primeiras conversas com os clientes revelaram o gosto pelo contemporâneo e ambientes com impacto, por oposição a composições mais discretas e conservadoras. As soluções propostas traduzem esse conceito. No hall, o papel de parede e o tapete marcam o espaço. A escolha pelo preto total cria um estilo carismático e sem necessidade de grandes peças de mobiliário. O espelho e a consola em inox e vidro completam o ambiente. Tal como acontece noutras divisões, nesta decoração foi deixado espaço para a personalização pelo proprietário, incorporando posteriormente molduras e outros acessórios. A decoração da sala teve como ponto de partida um sofá em tons de roxo que os proprietários da casa quiseram manter. Os tecidos das restantes peças oscilam entre os castanhos e os beges, replicados também na decoração das paredes, mais uma vez um elemento central na decoração da divisão, onde a escolha de um tom que associa reflexos castanhos e roxos, atribui maior coerência ao conjunto, estabelecendo ligação a toda a paleta cromática. Os apontamentos de papel distinguem visualmente as duas zonas da sala - de lazer e de refeições - com destaque para o painel com silhuetas de árvores. Tratando-se de uma família com duas crianças pequenas, optou-se por privilegiar a facilidade de circulação no espaço, pelo que, o mobiliário foi reduzido ao mínimo de conforto. O móvel de apoio à TV foi concebido pela equipa de decoração que propôs uma solução à medida, com a vantagem de permitir guardar nas gavetas o leitor de DVD e outro material de apoio. Para o quarto das crianças, desenvolveu-se um conceito que recria um ambiente de conto de fadas. O rosa e as linhas marcadamente infantis são os elementos chave da decoração. Os sommiers foram desenhados pela equipa de decoração, assim como o móvel de televisão. De notar que sendo um quarto pequeno, para partilhar por duas pessoas, não se poderia ocupar demasiado espaço com a TV. O móvel projectado incorpora uma gaveta para o leitor de DVD e alguma arrumação extra, acrescido de um painel que permite ocultar cabos. Salienta-se a opção pouco habitual de revestir o tecto a papel. Esta solução permite reforçar a cor, sem criar um efeito saturado, como aconteceria com a escolha mais comum da parede principal, em que as cabeceiras de cama já assumem o tom. [email protected] De coração | OUTUBRO 2010 COM ASSINATURA MATOBRA 23 24 IDEIAS E SOLUÇÕES Descubra tudo o que o seu lava-louça pode fazer por si A Frasa, através da In Sink Erator, propõe duas utilidades que vão potenciar o uso que faz do seu lava-louça, tornando-o muito mais do que um mero ponto de lavagem. O sistema de água filtrada quente e fria e os trituradores de resíduos alimentares são bons aliados para a sua cozinha, garantindo comodidade e poupança de tempo. Frasa apresenta sistema de água filtrada quente e fria Não é apenas uma torneira, mas um verdadeiro auxiliar na confecção das suas refeições. O modelo HC1100 da In Sink Erator, lançado pela Frasa, permite-lhe dispor de água filtrada fria ou a 98 graus, directamente da mesma torneira. Basta um toque na alavanca da torneira para fazer chá, café e outras bebidas quentes, preparar massa ou arroz, ferver legumes e verduras e até descongelar alimentos. Para maior segurança, a válvula de fechamento automático interrompe o fluxo de água assim que a alavanca é libertada. Sem chaleiras, sem fios eléctricos sobre a área de trabalho e sem chama ou chapa aquecida, torna-se um meio extremamente rápido e seguro de aquecer água. A comodidade e a economia de tempo são claras, mas este modelo inclui também ganhos para a sua saúde, já que, possui ainda um sistema de filtragem que reduz o cloro, o chumbo e a acumulação de sais, assim como odores e gostos desagradáveis. É uma alternativa à água engarrafada que ajuda a reduzir custos e com vantagens ambientais, contribuindo para a diminuição do número de garrafas de plástico em aterros sanitários. O consumo de energia eléctrica gerado é menor do que uma lâmpada de 40 watts e a própria limpeza da louça e outros utensílios é facilitada, dispensando o recurso a produtos químicos agressivos. Às vantagens de funcionalidade é associado um design elegante, com possibilidade de escolha entre vários acabamentos diferentes, incluindo cromado polido e aço escovado. De coração | OUTUBRO 2010 [email protected] IDEIAS E SOLUÇÕES 25 | Até 100 copos de água filtrada a 98º C por hora | Fácil de instalar na sua cozinha actual, com filtro rapidamente substituível | Tanque de água compacto de 2,5 litros em aço inoxidável que se encaixa sob a pia De coração | OUTUBRO 2010 | Garantia de dois anos 26 IDEIAS E SOLUÇÕES Triturador de Resíduos Alimentares Higiénico, prático e instantâneo De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em média, cada português produz em casa 511 quilos de lixo por ano. O valor poderá surpreendê-lo mas, no seu dia-a-dia, apercebe-se da rapidez com que o seu caixote do lixo se enche. Uma parte significativa são, sem dúvida, detritos que geramos enquanto cozinhamos. Um triturador de resíduos orgânicos é a solução ideal para este problema, ao oferecer uma nova forma de tratar os desperdícios. Em vez de estar a acumular lixo e maus odores na sua cozinha, os restos de comida vão directamente para o lava-louça. Basta abrir a torneira de água fria, ligar o triturador e deitá-los pela abertura. Os detritos caem num prato giratório de metal, onde a força centrífuga os empurra contra a parede da câmara de trituração. A pressão exercida contra esta superfície reduz os restos a pequenas partículas que são depois eliminadas pelo esgoto. A linha de Trituradores de Resíduos Orgânicos da In Sink Erator distingue-se pelos modelos compactos, que se encaixam debaixo do lava-louça, sem ocupar um espaço significativo no armário. O sistema de montagem “quick-lock”, exclusivo da ISE, torna a instalação deste equipamento simples e rápida, quer esteja a planear uma nova cozinha ou a aplicá-lo num lava-louça já existente. De coração | OUTUBRO 2010 [email protected] IDEIAS E SOLUÇÕES 27 | Higiénico: Livrar-se do lixo assim que é gerado é muito mais higiénico, evitando maus cheiros, bactérias e insectos. | Conveniente: Um triturador reduzirá significativamente o número de idas ao lixo, poupando tempo e incómodo. | Prático: O triturador de resíduos orgânicos é compacto, fácil de instalar e adapta-se à maioria dos lava-louças. | Responsável: Os trituradores auxiliam na reciclagem do lixo, permitindo De coração | OUTUBRO 2010 que estes detritos sejam transformados em fertilizantes agrícolas. 28 IDEIAS E SOLUÇÕES Vá ao Mercado Popular! Uma visita ao Mercado Popular, o outlet da Matobra, vai-lhe poupar tempo e dinheiro, na remodelação que está prevista há algum tempo dentro de sua casa. Para além das excelentes oportunidades destacadas no último número, chamamos agora à atenção para a possibilidade de adquirir mobiliário de WC, revestimento ou balanças originais, com o requinte, autenticidade e qualidade das grandes marcas a preços de estupefacção. 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Natural de Pombal, mas com obras em várias regiões, não tem a preocupação de inventar novos mercados para que as Construções Alimendes possam crescer, porque basta olhar para as nossas cidades e para as nossas ruas para verificar que ainda há muito a fazer por cá. É à estrutura de cada obra que incute a maior importância na qualidade da construção. A prova está na Quinta da Portela, bem como um pouco por todo o país. 32 ENTREVISTA Em que momento da sua vida resolve trabalhar na construção civil? O meu pai, apesar de negociar em materiais de construção, trabalhava mais com madeiras, e desde muito jovem que o tentava convencê-lo a dedicar-se exclusivamente à construção. Assim, até aos meus vinte anos, tive mais experiência na área do corte de madeiras, altura em que me casei e resolvi emigrar para a Suiça já com a certeza de ir para a construção civil. De coração | OUTUBRO 2010 A emigração para a Suiça aconteceu em que ano? Estive na Suiça desde 1980 até finais de Julho de 1991. Tive a sorte de trabalhar numa empresa de estruturas, isolamentos e impermeabilizações, o que me trouxe muitos conhecimentos e posso dizer que, hoje em dia, ainda tenho essa mentalidade suíça, porque considero que o principal numa obra é a estrutura e o isolamento. Até porque no que respeita à decoração de interiores e aos acabamentos há sempre a hipótese de se alterar posteriormente. Por exemplo, a Matobra coloca ao nosso dispor produtos que permitem a colagem perfeita de revestimentos por cima de outro, caso o cliente assim o exija. Como surgiram as Construções Alimendes? Quando regressei da Suiça, em 1991, já fazia parte de uma sociedade de construção no Algarve onde fizemos algumas construções. Não foi uma escolha fácil porque já estava a trabalhar por minha conta, já tinha um nível de vida muito bom, aliás, fui muito criticado pela comunidade portuguesa por deixarmos o sucesso lá alcançado para depois voltar. A minha mulher, por exemplo, geria um condomínio com muitos imóveis e o patrão fez alguma pressão para nós nos mantermos lá, inclusivamente com a promessa de me garantir um emprego caso decidisse regressar à Suiça. Já em Portugal, compro um terreno em Condeixa onde faço a primeira urbanização, entretanto, em 1992, fundei, juntamente com um familiar, as Construções Ramiro e Coelho. Em 2004, surge a empresa Construções Alimendes, cuja primeira construção foi o Edifício Éden, na Quinta da Várzea, onde está a Prabitar. Que motivações tem para continuar esta actividade? Acima de tudo o facto de trabalhar com gosto e por prazer, porque é essencial estar ligado a uma profissão que nos motive e que tenhamos que nos esforçar e investir nela. Depois tenho uma natureza que me obriga a estar constantemente ocupado e, neste sector, começa-se desde as seis da manhã até às dez ou onze da noite, e muitas vezes, ao fim-de-semana. Também é preciso ter alguma ambição e destaco também o orgulho que me dá ser reconhecido pelos nossos clientes. Tenho a sorte de fazer aquilo que gosto. Ao longo dos tempos tem tido a oportunidade de ouvir alguns conselhos. Gosta de os aplicar ou é homem de pensar só pela sua própria cabeça? Gosto de ouvir opiniões, aliás faço questão de ouvir os meus filhos e a minha mulher relativamente a muitos assuntos. Mas filtro sempre o que me dizem e pondero segundo aquilo que penso e mediante a experiência e as informações que tenho. Quais os aspectos em que nos podemos aperceber da qualidade de um construtor? Sempre que eu decido adquirir um terreno é porque também gostaria de viver lá. O local é essencial para a compra de uma casa. A partir daí é desenvolver um projecto bem feito, até porque somos obrigados a respeitar a arquitectura do espaço envolvente, como acontece aqui na Portela, em que tivemos de adaptar as divisões interiores à parte exterior. Depois é a qualidade da estrutura e do isolamento que fazem de uma construção o sítio e a casa ideal. No que respeita à decoração de interiores e aos acabamentos devo destacar o trabalho da minha esposa que é a responsável dessa área e que os clientes têm apreciado. Os clientes são mais exigentes e mais informados. Os construtores respondem a essa mudança no mercado? Neste momento está disponível no mercado um mundo de possibilidades e as empresas têm de trabalhar com uma qualidade muito alta porque os clientes têm o poder de escolher. Quem não seguir esses princípios sai do mercado. Pessoalmente, aconselho sempre os clientes a virem acompanhados por pessoas que percebam de construção civil, como um engenheiro, um arquitecto ou outra pessoa capaz, para que tenham sempre uma visão abrangente da obra. A Quinta da Portela é uma mais valia para a empresa? É um grande investimento que estamos a fazer, são cerca de cinquenta apartamentos. Devo dizer que fui dos primeiros construtores a investir neste local, isto em 2000, tendo escolhido, na minha opinião, a melhor zona já que é o local mais alto da urbanização. Assim, temos as salas e as cozinhas todas viradas a sul, para a zona da piscina, com vistas fabulosas para a Serra da Lousã, tendo os apartamentos sol durante todo o dia. A Portela está a ter uma grande adesão, até porque estão a abrir novos serviços, como bancos, farmácias, pastelarias, entre outros. Muitas pessoas falam do preço excessivo na construção, em Coimbra... A construção na cidade de Coimbra não pode ser barata devido ao nível de construção que nós fazemos e que o cliente exige e, por outro lado, porque os terrenos são muito caros e os projectos muito demorados. Pelo que conheço, posso dizer que em De coração | OUTUBRO 2010 ENTREVISTA 33 34 ENTREVISTA termos de qualidade, não existe melhor construção do que em Coimbra. É uma cidade ideal para se construir. Mas também temos construído no Algarve, em Lisboa, na Mealhada, em Pombal e em Condeixa, e temos o compromisso de construirmos a casa ideal para os nossos clientes, independentemente do local. De coração | OUTUBRO 2010 Depois de terminar uma obra, o que sente? Sejam o edifício Éden, o edifício na Avenida Fernando Namora, as urbanizações em Condeixa, a Colina do Sol, ou a Portela, todas elas me enchem de orgulho, mas é evidente que as obras mais recentes têm cada vez mais qualidade devido à constante evolução. Como avalia o actual mercado de construção, em Portugal? Estou com algum receio que a realidade ainda piore. O país produz pouco e importa muito. Quando regressei da Suiça senti muito esse aspecto porque os suíços enquanto tiverem um produto deles não compram do estrangeiro. Lembro-me de há trinta anos, um vinho espanhol custava um franco ou franco e meio e eles preferiam dar sete ou oito francos por um vinho suíço, de qualidade duvidosa. Nós vamos aos chineses porque é mais barato, as frutas vêm de Espanha e não produzimos nada, desprezamos a agricultura e apoiamos quem não trabalha, o que desencoraja os que trabalham e isso é muito preocupante. Os impostos que pagamos não nos incentivam a trabalhar, os cafés estão cheios de clientes dos rendimentos mínimos. Temos cerca de um milhão de pessoas que não produzem e temos falta de pessoal qualificado para trabalhar na construção. Que conselho (s) daria para que o mercado ganhasse força? Maior eficiência a nível dos serviços, nomeadamente da EDP, e menor carga fiscal, o que permitiria uma baixa de preço da construção, com maior acesso à população em geral. Por outro lado, penso que o grau de exigência tem de ser muito alto para que o próprio mercado seleccione quem tem qualidade para fazer a diferença. Tem de existir muito rigor nos certificados acústicos e energéticos, e defendo o fim da ficha técnica, porque para além de ser um gasto de folhas desnecessário, nós prestamos todo o serviço ao cliente após a venda. Qual a experiência mais gratificante que teve enquanto construtor? Aprendemos todos os dias, mas a minha experiência na Suiça foi extremamente importante porque o rigor que existia na estrutura e isolamento da obra, também devido ao clima, preparou-me para ser mais exigente e competente nessa matéria. A empresa prefere a construção de raiz ou a renovação? Já fizemos renovação, acho que é um nicho de mercado que pode crescer, mas é preciso criar condições para que seja possível remodelar os centros das nossas cidades, pois é impossível trabalhar em ruas tão estreitas e tão limitadas. Tem que existir coragem política para que essa mudança avance e isso é uma obrigação, porque não é lógico estarmos a alargar as cidades para outras zonas quando não melhoramos e protegemos os centros. A empresa já teve algumas experiências no mercado externo? Quais? Tenho tido alguns convites para o exterior, mas não pretendo apostar nesses mercados porque temos muita coisa para fazer e construir no nosso país. Neste momento e neste contexto de crise, é mais importante investir ou não arriscar? Penso que é preciso ponderar muito bem qualquer investimento, até porque as recentes notícias nos desmotivam um pouco. O que tem construído ao longo destes anos enquanto empresário? Considero ter construído um percurso com muito trabalho e dedicação, com muitos sucessos e muitas obras que me deixam orgulhoso, e que fazem hoje de mim um empreendedor com uma vasta experiência. Ao olhar para trás arrepende-se de alguma decisão tomada? Uma das decisões de que me poderia arrepender foi a de ter saído da Suiça e de regressar a Portugal, apesar de todas as pessoas me dizerem que estava a cometer um grave erro. Felizmente não estou arrependido. Num universo tão vasto de construtoras em que é que a Alimendes se destaca? Nós temos um feeling próprio, a nossa forma de trabalhar. Apostamos forte na estrutura da obra, a nível dos isolamentos, na qualidade do ferro e do betão, tudo isso faz a diferença. Outro ponto forte que temos, é a nossa relação de dia-a-dia com o cliente, sendo que o nosso objectivo é a sua total satisfação, e o que faz com que muitos clientes antigos voltem a comprar ou a recomendar os nossos imóveis. Muito importante também é o apoio na decoração de interiores e no sector administrativo que a minha mulher sempre colocou ao serviço da empresa. [email protected] ENTREVISTA 35 BREVES Uma obra que gostaria de ter feito… A sede da CGD, em Lisboa. Uma obra que tem orgulho de ter feito… Todas as que fiz. Uma obra que gostaria de fazer… Primeiro acabar esta obra na Quinta da Portela, e depois começar os dois edifícios no Alto S. João, junto à antiga Makro. Uma viagem que não esquece… Um Cruzeiro no Mediterrâneo. Uma ementa predilecta… Costeletas de borrego assado no forno, feitas pela minha mulher. Um vinho de eleição… Tinto, de Arraiolos. Ser feliz é…. Ter saúde. Uma noticia que gostaria de ouvir… A crise terminou e tenho os apartamentos todos vendidos. De coração | OUTUBRO 2010 A voz que gosta de ouvir… Rui Veloso e Mariza. 36 ESTILUS Do trabalho para casa Funciona muitas vezes como arrecadação e depósito de papéis mas, porque é aqui que se guardam os documentos mais importantes, o escritório deverá ser um espaço bem organizado. Ainda que não tenha o hábito de levar trabalho para casa, precisa de um local para o seu computador ou, simplesmente, onde possa colocar a sua correspondência em dia. Quer seja uma divisão inteira ou parte de uma sala, cozinha ou quarto, um escritório pode ser criado com sucesso em qualquer recanto da sua casa. Em termos de mobiliário, as peças chave incluem uma mesa de trabalho, uma cadeira e uma estante. Poderá optar por conjuntos completos ou combinar peças de gamas diferentes. Não tenha receio de misturar estilos, mas procure um conceito comum para criar coerência entre as peças e harmonizar o ambiente. Se tiver espaço, optar por um sofá-cama é um valor acrescentado para quando tiver visitas, permitindo associar ao seu escritório a função de quarto de hóspedes. De coração | OUTUBRO 2010 Conheça as alternativas disponíveis na Matobra. [email protected] ESTILUS 37 Quando estiver a escolher uma cadeira verifique se De coração | OUTUBRO 2010 lhe permite trabalhar numa posição confortável. 38 ESTILUS Invista num bom candeeiro, que possa ser facilmente regulado para lhe dar mais ou menos luz junto do computador ou de um livro. Escolha caixas para guardar objectos que melhor se adaptem às suas necessidades. Estas peças podem De coração | OUTUBRO 2010 também ter uma função decorativa, introduzindo cores e texturas no espaço. PUBLICIDADE Liberte o espaço de banho. PUBLICIDADE eBre a rotina. Moderna, original e acessível são as palavras que definem a nova série Kapa. Agora, vai ver que quebrar a rotina do seu espaço de banho não custa nada. Conjunto de louça sanitária a partir de E220 + IVA. Móvel Easy a partir de E311 + IVA. www.sanitana.com ESTILUS 41 Geberit Monolith – Sistema Sanitário Inovador Prémio IF Design de Produto 2010 Num momento em que cada vez mais se fala em remodelação e renovação, a Geberit inventa uma solução para quando for necessária a substituição de uma sanita, sem ter de se limitar a uma peça ao chão com um autoclismo exterior. A alternativa é Geberit Monolith, um módulo sanitário elegante para sanitas com autoclismo integrado e que pode ser ligado à drenagem e à distribuição de água existentes, sem alterações estruturais na construção, sem trabalhos adicionais, entulhos e sujidades. Este conceito integra discretamente o autoclismo por trás do vidro e o seu design elegante cria uma óptica contemporânea embutida. É fixado na parede e no chão e adapta-se a todas as situações construtivas, graças à sua estrutura modular. Para além das características técnicas, o Monolith apresenta materiais de elevada qualidade como o vidro temperado e o alumínio. Todos os componentes técnicos são produzidos de acordo com os padrões de qualidade da Geberit e a sua substituição está garantida durante 2 5 anos. Todos os mecanismos estão facilmente acessíveis, permitindo uma manutenção simples. De coração | OUTUBRO 2010 [email protected] COLECÇÃO MERIDIAN Lavatório. Duplos, mural, semi-encastrar, compacto, assimétrico, canto, handicap, Unik-Meridian. Sanita. Tanque baixo, BTW, compacta, suspensa. Bidé. suspenso, suspenso compacto, compacto. Na vida temos várias opções. Agora, o seu espaço de banho também. PUBLICIDADE ® Adaptabilidade Máxima Na vida escolhemos tudo: os nossos amigos, a maneira de vestir e a decoração da casa. Tudo. Agora, também pode escolher o seu espaço de banho. A nova colecção Meridian da Roca oferece a maior e mais abrangente gama de modelos, com um design inovador que lhe permite escolher a opção que melhor se adapta a si, ao seu gosto e às suas necessidades. Meridian Adaptabilidade Máxima. Para conhecer as nossas Soluções para o Espaço de Banho solicite gratuitamente a publicação “Soluções de Banho” para: Roca, S.A. - Apartado 575 - 2416-905 Leiria Nome: Rua: C.P.: Localidade: PUBLICIDADE 44 ESTILUS Matobra lança IN9 espaço Sem hestitações, sem surpresas Serviço chave na mão Quantas vezes lhe aconteceu estar a escolher a mobília para uma divisão, mas ter dúvidas se as dimensões serão as mais indicadas para o espaço que tem disponível? Ou gostar de um tapete mas não estar certo se o padrão combinará da melhor forma com os tecidos que entretanto escolheu para o sofá e os cortinados? Quase todos nós já fizemos uma compra de que nos viemos a arrepender... É bem mais frequente do que se possa pensar, razão pela qual é raro encontrar uma garagem que não tenha uma dessas más escolhas encostada a um canto. Para resolver este problema, a Matobra oferece aos seus clientes um novo serviço - IN9 espaço - que lhe garante o fim da frustração de um resultado final que não corresponda à sua expectativa. Com o apoio de uma equipa com formação em design e arquitectura de interiores, em vez de ter de imaginar o resultado final, o cliente pode antecipá-lo com um projecto em 3D, que lhe permite experimentar diferentes soluções com liberdade e optar por uma solução final com toda a confiança. Seja em decorações para espaços vazios ou para integrar com outros elementos que pretenda conservar, o primeiro passo será sempre uma visita a casa do cliente onde a nossa equipa, tendo em conta o espaço disponível, a configuração da divisão, as zonas de iluminação e, naturalmente, o seu gosto pessoal recolherá os elementos fundamentais para a concepção de um projecto totalmente personalizado. O cliente terá depois a possibilidade de visualizar as propostas num software que lhe garante uma percepção a 3 dimensões do espaço. Com toda a comodidade, poderá depois testar em tempo real os ajustes que lhe parecerem interessantes, seja uma troca de um móvel por outros, uma outra cor na parede, um novo padrão para os cortinados, etc . Feitas as alterações em conjunto com o cliente, já na fase de execução, todas as montagens em sua casa serão supervisionadas pelo profissional que concebeu o projecto, garantindo que o resultado final seja, ao detalhe, a concretização da sua expectativa. De destacar que o serviço tem ainda a vantagem de não se limitar a seleccionar diferentes hipóteses de mobiliário entre os catálogos deste ou aquele fornecedor, permitindo a concepção de uma peça de mobiliário de raiz, numa total personalização, adaptando a peça às suas necessidades e não forçando o ajuste das suas necessidades, como acontece na produção em grande escala. Esta valência é especialmente útil para quem pretende tirar o melhor partido de espaços reduzidos ou com configurações problemáticas como sótãos, vãos de escada, etc. De coração | OUTUBRO 2010 [email protected] De coração | OUTUBRO 2010 ESTILUS 45 46 ENTREVISTA De coração | OUTUBRO 2010 A qualidade produz-se por medida A M. Domingues (MDM) surgiu pelas mãos do seu pai, mas foi pela sua curiosidade que se tornou inovadora no mercado. António Albano Domingues foi o primeiro a fabricar móveis de casas de banho lacados, em Portugal, numa altura em estas divisões começaram a ganhar espaço dentro de uma casa e em que a MDM surge no mercado no comboio da liderança. Foram várias as paragens e os percalços encontrados, mas o certo é que o percurso continua a fazer-se para a frente, conquistando novos caminhos. ENTREVISTA 47 Por onde passou a infância?. uma coluna, e mais nada. Sou natural desta zona, pelo que os Começou a luta de querer fabricar, mas primeiros passados não tinha nem o conhecimento dos na Escola Primária do Barrô e depois, processos envolventes, nem as matérias- na Escola Secundária da Águeda, primas necessárias em Portugal. onde conclui o Curso Tecnológico de Seguiu-se, durante dois anos, um Mecanotécnia. Seguiu-se o serviço estragar de materiais e, sobretudo de militar na Armada Portuguesa durante tempo, na tentativa de descobrir como dois anos. se produziam tais acabamentos. estudos foram Só por uma grande teimosia, eu não A actividade empresarial acabou desisti. Não por ser um objectivo, mas por ser um acaso da vida ou um simplesmente porque eu gostava do investimento pessoal? toque refinado dos produtos que tinha Quis dar continuidade à empresa, visto em Itália e, tendo em conta que criada pelo meu pai, em 1967. Em não existiam móveis de banho em 2000 decidiu passar a empresa para os Portugal, eu acreditava que poderia ser três filhos, eu e as minhas duas irmãs, um móvel com futuro. no entanto, aos 79 anos, o meu pai continua a vir trabalhar todos os dias A MDM atingiu uma dimensão sendo, inúmeras vezes, o primeiro a nacional, isso deveu-se a quê na sua chegar. opinião? Porquê a aposta no mercado do talvez por sermos os primeiros a fazer mobiliário de casas de banho, nessa aquele tipo de produto. altura? No início dos anos noventa, nós O que o meu pai produzia eram portas, tínhamos tanta procura que chegámos janelas e cozinhas. Não eram produtos a ir á F.I.L. em Lisboa, e tínhamos que me motivassem muito, daí que, encomendas equivalentes a dez anos quando o nosso conterrâneo, o saudoso de produção normal em apenas cinco Eng. Adolfo Roque da Revigrés, me dias, o que era uma coisa inimaginável. perguntou se eu seria capaz de È evidente que essa procura massiva se construir o stand para a F.I.L, eu vi que deveu à não existência de concorrência eram esse tipo de desafios, de trabalhos e porque era uma novidade para as mais criativos, que me despertavam pessoas, que começaram a querer interesse. No ano de 1984 fui à Feira móveis de casa de banho. Foi um de Bolonha, CERSAIE, e vi móveis de aumento de vendas de tal ordem casa de banho lacados, algo que em que nos levou a fazer um enorme Portugal não existia, já que o que existia investimento em maquinaria e em infra- no WC era um simples lavatório com estruturas, pelo que o crescimento da De coração | OUTUBRO 2010 Essencialmente foi devido ao trabalho e 48 ENTREVISTA MDM disparou. … Isto tudo sem esquecer a importância Em 1990 o mercado em Portugal que a casa de banho começou a ter pertencia aos fabricantes nacionais, que nas casa dos portugueses, sendo já constituíam um número reduzido. Com considerada, a seguir à cozinha, a o desvanecer das fronteiras, passamos a divisão mais importante. Uma boa casa ter concorrência o que nos estrangulou de banho vende uma casa. mas também ensinou. Actualmente penso que o interesse dos Em termos de volume de vendas, estrangeiros pelo nosso mercado tem quais têm sido os resultados nos vindo a diminuir. três tipos de produtos fabricados? Os móveis de casa de banho Isso acontece porquê? representam 85% da nossa produção, Penso que acontece porque somos os roupeiros situam-se nos 12% e os muito versáteis na elaboração de móveis restantes 3% vão para o fabrico de fora de catálogo, algo para o qual mobiliário de cozinha, que só fazemos muitos dos fabricantes estrangeiros não por gosto, para o nosso distrito e num estão vocacionados, e muito menos mercado bastante residual. interessados. banho As marcas estrangeiras estão mais fabricamos muito por medida, ao gosto empenhadas na venda massiva e do arquitecto ou do cliente, que não exclusiva de produtos de catálogo. Nos móveis de casa de gosta de copiar do catálogo e que quer dar o seu cunho pessoal. Daí que, desde Encara a MDM como uma profissão há seis anos, criamos as condições ou como uma missão? para que seja possível executar móveis Quando se trabalha com motivação e personalizados e, essa sim, foi também quando se gosta muito do que se faz, uma das nossas grandes apostas. podemos pensar que essa é mesmo a Por exemplo, em 2009, provavelmente nossa missão, até porque a missão vai mais de 60% dos móveis foram evoluindo e nós evoluímos com ela. fabricados por medida e isso obriga-nos Posso dizer que a MDM é a minha vida. De coração | OUTUBRO 2010 a estar sempre ao nível das exigências de diversos gostos e estilos. E qual a sua opinião sobre o mercado Porque uma coisa é fazer mobiliário de trabalho, em Portugal? standard e outra é conceber móveis por No estrangeiro, o profissional português medida para situações tão diferentes é visto como um trabalhador empenhado entre si. e responsável. Deveríamos ter o mesmo espírito quando trabalhamos no nosso Falou-me de um mercado no inicio País, exigindo das empresas, uma maior da empresa que já não é o de hoje aposta na formação profissional, nas De coração | OUTUBRO 2010 ENTREVISTA 49 50 ENTREVISTA condições de trabalho, de higiene e de transformado segurança. alcançado? em objectivo Mantermo-nos como uma empresa de A MDM já sentiu o baixo poder de referência nesta fase difícil, o que pode compra? ser importantíssimo para que a MDM Sentiu, temos tentado combater a resista a esta tempestade. quebra de vendas de mercado com medidas de reestruturação através um Conselhos para dar a volta a esta maior controlo de despesas, um melhor crise? aproveitamento de recursos, e tentando Apostar na qualidade, na inovação e, mentalizar os nossos colaboradores que, sobretudo, na assistência pós-venda face aos tempos de grande dificuldade para garantir a fidelidade dos clientes. que atravessamos, é necessário sermos Como gostaria de ver esta empresa mais versáteis e profissionais. daqui a vinte anos? Para além do mercado nacional, a Com o prestígio que possui actualmente. MDM tem tido experiências noutros países? O que tem dado a esta empresa ao Sim, temos clientes na Alemanha, longo dos tempos? Espanha, França, Suíça, entre outros Era mais fácil se me perguntasse o que países, não tenho dado… A lista seria mais ainda que os valores da curta. exportação sejam pouco relevantes. Será sempre um objectivo da MDM o exportar em maior quantidade mas, E o que tem recebido? continua a ser um objectivo ainda Alegrias, dissabores e desafios. maior, o de sermos cada vez mais fortes Qual o lema da empresa? no mercado nacional. Servir bem o nosso cliente, pela Um objectivo que alcançou enquanto empresário. Desde que nos originalidade do design. iniciámos que conseguimos ser a empresa que mais móveis de casa de banho produz em Portugal. De coração | OUTUBRO 2010 O nosso objectivo é manter e aumentar o prestígio da marca estando no pelotão da frente. E um sonho que qualidade, não tanto pelo preço, e pela quer ver [email protected] ENTREVISTA 51 BREVES Sonho de infância Pilotar um avião Uma pessoa que o marcou O meu avó Uma viagem que não esquece Marrocos Local que quer conhecer Amazónia A Refeição Bacalhau com grão O Vinho Da Bairrada A voz que não se cansa de ouvir A das minhas filhas De coração | OUTUBRO 2010 A notícia que quer ouvir amanha Portugal civilizado PUBLICIDADE PUBLICIDADE 54 GALERIA MATOBRA Showerbasin na rota de um novo banho Se juntar todas as combinações possíveis para que a sua casa de banho possa oferecer todo o conforto, a privacidade e glamour ao mesmo tempo, o resultado não andará muito longe do novo conceito do espaço de banho que surge pelas mãos da Roca. À primeira vista é um lavatório e espaço de duche integrados num único produto. Mas mais do que isso, Showerbasin é a fusão perfeita de uma divisória com tratamento Maxiclean, um Lavatório e uma Base de Duche de Stylech®, uma Torneira para Lavatório, uma Coluna de Duche, um Móvel e um Espelho com placa anti-embaciamento e iluminação. De coração | OUTUBRO 2010 [email protected] PUBLICIDADE O LUGAR MAIS SEGURO NO MUNDO! PUBLICIDADE