Tabloide Pontual - Dez2009-Jan2010 - FINAL.cdr
Transcrição
Tabloide Pontual - Dez2009-Jan2010 - FINAL.cdr
ponto central Edição Nº 08 Todos os direitos reservados - Pontual Centro de Ensino LONDRINA, DEZEMBRO - 2009 / JANEIRO - 2010 NOSSAS RAÍZES Palacete Garcia Cid O Ponto Central conta a história de uma das mais belas e antigas construções de Londrina. Página 2 ENTREVISTA MEIO AMBIENTE OBRA DE ARTE Agressão social A natureza pede socorro Entenda Os Retirantes, de Portinari Presente entre os principais motivos de evasão escolar, o Bullying é um tipo de agressão traumatizante que, recentemente, passou a ser reconhecida e combatida nas escolas. A antropóloga Maria Carolina Vidal fala a respeito. Página 10 VESTIBULAR Redação: “Bicho de sete cabeças”? A professora Elaine Fabris faz uma retomada histórica da Redação nos vestibulares e ensina o que se espera de um bom texto. Página 8 Poucas são as medidas eficazes, a curto prazo, em prol do meio ambiente. Além do trabalho formiguinha – cada um faz sua parte – a real solução para os problemas ambientais é uma nova consciência: que só a educação pode atingir. Página 4 Vidas secas, como seco é o chão que pisam: assim se pode traduzir um dos mais importantes quadros da arte contemporânea brasileira. Paulo André Chenso, professor de Artes do Pontual Centro de Ensino, traz em detalhes. Página 9 2 ponto central MOSAICO EDITORIAL O Ponto Central prestigia sua vizinhança: Agora, além de notícias sobre educação, saúde, cultura e atualidades, você tem acesso a informações históricas da região Central de Londrina, serviços prestados e diversas novidades. Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 RAÍZES DO PONTO CENTRAL E, para a próxima edição, queremos sua sugestão. Se você é morador do Centro de Londrina e tem uma boa história para contar sobre nossa região, escreva para o Ponto Central: [email protected] Contamos com você, caro leitor! Castelo de contos de fadas Mais parecido com os castelos das princesas e príncipes de estórias infantis, o palacete da família Garcia Cid ainda é um presente para os olhos dos londrinenses, que o tempo não esmorece. O Ponto Central conta sua história. PLANO CENTRAL Novidades para o centro de Londrina O Ponto Central procurou o vereador Eloir Valença, no gabinete municipal, para saber quais são os planos da prefeitura de Londrina quanto ao implemento de melhorias no centro da cidade. Eloir nos apresentou projetos que vão de encontro aos interesses dos moradores da região. Valorização do Espaço Público: aproveitamento do bosque. O bosque de Londrina é uma área de exuberante vegetação em pleno centro da cidade. Belíssimo; um alívio para a correria diária. Entretanto, a quantidade de pombos ali presentes inviabiliza sua boa utilização, afinal, há fezes das aves por todo lado. Além disso, o bosque possui um caminho perigoso durante a noite. O vereador Eloir possui um projeto que visa a estimular o comércio filantrópico no bosque durante a noite. O primeiro passo é chegar a uma solução para a questão dos pombos, eliminando-os da maneira menos traumática possível. Para isso, ele pretende colher abaixo-assinados dos moradores e, com o apoio da população, levar a prefeitura a tomar as providências necessárias. Segundo Eloir, “quando o bem não ocupa um espaço, o mal toma conta”, ou seja, se o bosque não for devidamente utilizado, o vandalismo tomará conta dele. Assim como a Concha Acústica está ganhando vida com a “sexta na concha”, os outros espaços públicos também reviverão se houver estímulo da administração municipal. A idéia é que haja uma parceria com instituições beneficentes para que estas comercializem produtos artesanais, numa espécie de feira noturna no bosque. Projeto Pé na faixa: consciência no trânsito. Tendo em vista que a região com maior número de pedestres em Londrina é o centro, o projeto Pé na Faixa, que já está em andamento, tem maior relevância para seus habitantes. Uma parceria entre a Associação dos Profissionais de Propaganda, o Ministério Público e o Poder Executivo desenvolveu essa campanha de conscientização de trânsito. Através de propaganda em panfletos, sites e palestras, o projeto difunde regras para melhorar a relação entre pedestre e motorista no trânsito, conferindo mais segurança ao pedestre. O sucesso do projeto, entretanto, depende do voluntariado. As empresas que se interessarem em participar da campanha podem escrever para o [email protected] Nas Estações de Aptidão do Pontual ponto Do terreno onde a casa começava a ser construída, pode-se ver uma Londrina cheia de cafezais, como uma imensa fazenda: a capital mundial do café. O vereador Eloir Valença em entrevista ao Ponto Central. Centro de Ensino, o projeto Vá de Bike estudou e apoiou o Pé na Faixa. Reescrevendo a história de Londrina: reativação de espaços culturais. É importante que os moradores de uma cidade lembrem sua própria história e, por essa razão, o projeto Reescrevendo a história de Londrina objetiva estimular a população a valorizar lugares e monumentos históricos, como o Museu Padre Carlos Weiss e a rodoviária antiga, na rua Sergipe, que foi tombada como o primeiro prédio de arquitetura moderna do Estado do Paraná e hoje abriga o Museu de Arte de Londrina. O projeto está pronto, mas ainda não foi apresentado para apreciação da Câmara, porque precisa de apoio da iniciativa privada. A ideia consiste em unir, também, documentos históricos e depoimentos dos primeiros moradores de cada região para que os atuais conheçam suas raízes. Você pode participar! Escreva para o [email protected] Que criança nunca quis morar naquela bela (e enorme) casa branca localizada na Avenida Higienópolis, esquina com a rua Tupi? Além de protagonizar histórias no imaginário das crianças, a casa da família Garcia Cid faz parte da história de Londrina. Beatriz Garcia Cid, que teve o privilégio de crescer ali, falou ao Ponto Central. Na época da construção, que teve início nos primeiros meses de 1945 e foi concluída em Março de 1947, a avenida Higienópolis não tinha calçamento, era barro. A grande casa foi construída na terra e havia poucas edificações. Segundo Beatriz, filha de Celso e Francisca Garcia Cid, já estavam lá a casa dos anõezinhos (que, infelizmente, foi demolida) e a casa onde hoje fica a loja TNG. Londrina não tinha o material utilizado no projeto, motivo pelo qual quase tudo veio de fora. Os azulejos e as peças dos banheiros, por exemplo, são ingleses, com piso em mármores diversos; os lustres, em bronze e cristal. Somente a madeira foi comprada na região: os pisos de amoreira, imbuia e cabriúva; as portas de cabriúva maciça. O projeto arquitetônico da casa é original, idealizado por João Bobadilla, para quem Celso trabalhara como ajudante de pedreiro em Cambará. Bobadilla era sogro do irmão mais velho de Celso, Arthuro. João Fonseca Mercer foi o engenheiro civil e responsável técnico pela obra, cuja construção executou-se pela firma VICTORIO GAVETTI. O italiano José Spoladore era o mestre de obra, sempre chamado pelo patriarca da família Garcia Cid de “meu engenheiro-chefe”. O palacete teve sua localização escolhida por Celso, que considerava a região o “espigão” de Londrina – fazendo alusão à parte mais alta de uma fazenda, da qual se pode ver toda a propriedade. Na década de 30, quando Londrina não tinha edificações altas (pois mal tinha edificações...), a cidade era aberta e podia ser vista globalmente a partir daquele ponto, principalmente a Viação Garcia, propriedade da família que se localizava onde hoje é o Shopping Royal Plaza. Por essa razão, Celso e sua esposa Francisca foram morar ali ao se casarem, numa casa construída em alvenaria, porém provisória, demolida para a construção do palacete no mesmo terreno. E, assim, ficaram prontos os 1085 metros quadrados de área construída, onde até mesmo o presidente Juscelino Kubstichek pernoitou na década de 60. Beatriz nasceu um ano antes de a casa ficar pronta. Morou nela de 1947 a 1969, quando se casou. Após o falecimento de Celso Garcia Cid, a senhora Francisca permaneceu na casa, onde recebeu seus pais. Por culpa das escadas que dificultavam a locomoção de sua mãe, porém, Francisca decidiu mudar-se para um apartamento, em 1980, e a casa foi alugada. Hoje, sedia o Banco Real. Guarda municipal: segurança priorizando o ponto central de Londrina. A Guarda Municipal já foi aprovada pela Câmara dos Vereadores de Londrina e as inscrições para o concurso também já foram abertas. Em Janeiro de 2010, os candidatos realizarão o exame e, entre Março e Abril, as contratações devem se consumar. Serão 200 policiais, entre homens e mulheres, que vão trabalhar em diversas regiões da cidade, priorizando, contudo, o centro, já que é a área de maior movimentação. EXPEDIENTE entral Ponto Central é uma publicação do Edição nº 7 - Dezembro 2009 /Janeiro 2010 Coordenação Geral: Regina Helena Saldanha Fonseca Colaboração: Alunos do Projeto Assessoria de Imprensa Supervisão e revisão: Amanda Colombo Edição: Amanda Colombo (43) 3321-6757 Rua Tupi, 455 - Cep 86020-350 Londrina-PR www.pontuallondrina.com.br [email protected] Diagramação: José Adriano Bordignon Jornalista responsável: Denise Ligmanovski MTB 2290 DRT/PR Tiragem: 10.000 exemplares ponto central Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 GERAL Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 3 EM LONDRINA Superpopulação de pombos em Londrina A superpopulação de pombos na cidade chegou a um ponto em que o abate parece inevitável. Grande parte da população, porém, aprecia a presença das aves. Por Luca Carrer, 2° ano Médio, e Murilo Casagrande, 5ª série Já é bastante conhecido o problema da superpopulação de pombos em Londrina que, obviamente, não nasceu de um dia para o outro. A população de pombos veio crescendo através dos anos e hoje chega a mais de 200 mil aves na cidade. Os pombos, alguns de origem européia trazidos pelos imigrantes, foram aumentando a sua população pela facilidade de encontrar alimentos - algumas vezes fornecidos pelos próprios seres humanos - e pela facilidade em se adaptar ao meio urbano, onde não é encontrado o seu predador. O contato entre humanos e pombos pode causar algumas doenças, entre elas a criptococose, que desencadeia um sério quadro neurológico, levando, até mesmo, à meningite; a salmonelose (tipo de gastro-enterite causada pela bactéria salmonela, a qual pode estar presente nas fezes das aves e desencadeia forte diarréia, dores abdominais, febre, vômito e dores de cabeça); e a ornitose, originada por protozoário, cujos sintomas se iniciam de forma branda, podendo chegar a insuficiência respiratória aguda e morte. Alguns dos pais que acompanharam a jornada do time. Diversos cidadãos estão incomodados com a superpopulação de pombos em Londrina, é o que diz Gustavo Villa, 17 anos, aluno do Pontual Centro de Ensino: “Os pombos fazem muita sujeira no calçadão, suas fezes deixam o chão bastante escorregadio, além de serem nojentas e deixarem a cidade menos bonita.” A bióloga e professora Talita Saldanha acha que o abate dos pombos é inevitável, pois a população dessas aves está muito grande e as doenças causadas são graves. A prefeitura da cidade está discutindo métodos para o abate, pois grande parte dos londrinenses gosta dos pombos e sente dó, por considerarem-nos animais inofensivos. O abate de uma certa quantidade de pombos seria uma solução imediata, porém, mais a longo prazo, há a possibilidade de esterilização dos machos ou fêmeas através de rações que modificam as taxas hormonais desses animais. Se controlada, a população de pombos em Londrina pode se tornar, até mesmo, atração turística. Escreva sua opinião para o Ponto Central: [email protected] estimulando as melhorias, e, em sua opinião, nada há de negativo na concorrência, muito pelo contrário, já que existe uma solidariedade grande entre os donos de pizzarias em Londrina: quando acaba algum ingrediente em uma delas, num horário em que não é mais possível comprá-lo, eles chegam a emprestar o produto um para o outro. Os londrinenses confirmam a preferência pela Donatello. Mariana Portugal, colaboradora do Pontual Centro de Ensino, diz que o atendimento da pizzaria é excelente, com muitos sabores de pizzas deliciosas para escolher. Na opinião de Elias, aluno do 1° ano do Ensino Médio, no Pontual Centro de Ensino, a Donatello é uma pizzaria muito boa, onde ele já foi diversas vezes, e a pizza de que mais gostou foi a Baiana. Gilberto considera um privilégio poder trabalhar com a família e sente orgulho da prosperidade de seu negócio. Para o Ponto Central, inclusive, o sucesso da Donatello está no fato de ser uma empresa familiar, que é seu mais importante ingrediente. NOSSOS VIZINHOS Pizzaria Donatello Não é sem razão que a Donatello é uma das pizzarias mais famosas de Londrina. Conheça um pouco sobre a história desse aconchegante estabelecimento, localizado bem no centro da cidade. David Gabriel R. Marques, aluno da 7ª série do Pontual Centro de Ensino, entrevistando Gilberto, proprietário da Pizzaria Donatello. Por David Gabriel Marques, 7ª série, e João Vitor Carrer, 8ª série. A pizzaria Donatello surgiu em 1997, tendo início a partir da experiência de Gilberto Carlos Ruglio, um de seus proprietários, que trabalhava no ramo desde 1988. Unido aos sócios, sua tia e INFORMATIVO SERVIÇOS NO PONTO CENTRAL ACADEMIA ? Academia de Karatê e Musculação Oguido Dojo Rua Belo Horizonte, 325. Fone 3324-1046 ? Fit Line Academia Rua Paranaguá, 700. Fone 3324-5292 ? Quality Academia Rua Pará, 1814, Sl. 4. Fone 3344-3449 CARROS ? Auto Peças Londrina Rua Belo Horizonte, 259. Fone: 3324-6321. ? Sound Point som e alarmes Rua Belo Horizonte, 249. Fone 3324-3488 CASA DE CARNES ? Casa de Carnes Belo Horizonte Rua Belo Horizonte, 597. Fone 3326-2203 CASA E CONSTRUÇÃO ? Casa Acabamentos Rua Belo Horizonte, 477. Fone 3324-5133 ? Persianas e Cia Rua Paranaguá, 300. Fone 3356-3936 tio, e à esposa Muriel, agregou tudo que aprendera à sua pizzaria, cujo nome provém de um consenso geral entre os sócios, justamente por lembrar a Itália, terra da pizza. Segundo Gilberto, não foi fácil nem rápido chegar à estabilidade e ao crescimento que a pizzaria apresenta hoje. Durante os primeiros dias da semana, são vendidas aproximadamente 80 pizzas diariamente; já nos finais de semana, a Donatello produz cerca de 360 pizzas por dia. Geralmente, mais de 60% dos pedidos são para entrega. As pizzas mais pedidas são: frango com catupiry e, dentre as promocionais, mussarela. Quanto à concorrência, Gilberto acredita que é uma forma de fortalecer seu negócio, CLÍNICAS ? Clínica Odontológica Sorridente Rua Piauí, 1127. Fone 3344-3276 ? Clínica Psicológica Drª Salete Regina Galvão Coser Rua Santos, 322, sl. 202. Fone 3322-8122 ? Orthosistem Consultório Odontológico Dr. Cleiton Rodrigo Machado Rua Paranaguá, 222, sl. 101. Fone 3326-7424 ESCOLAS DE FRANÇÊS ? Alliance Fraçaise de Londrina ESTÉTICA ? Depyl Action especializada em depilação Rua Santos, 766, lj. 2. Fone 3334-2316 Rua Joaquim de Matos Barreto, 1152. Fone 3324-2316 ? Piu Bella Centro Estético Rua Paranaguá, 903. Fone 3323-7863 ESCOLAS DE INGLÊS Rua Belo Horizonte, 1038. Fone 3373-0400 ? Instituto Britânico de Línguas Rua Belo Horizonte, 1701. Fone 3323-7733 Rua Madre Leônia Milito, 1020. Fone 3321-7733 ? Wizard Centro Rua Paranaguá, 1284. Fone 3321-4709 ? Yazigi Rua Tupi, 450. Fone 3324-4886 ESCOLA DE MÚSICA ? Studio Musical Rua Santos, 617. Fone 3324-4334 POSTO DE GASOLINA ? Posto Ecológico Rua Goiás, 1544. Fone 3344-4525 IMOBILIÁRIAS ? Imobiliária Milton Franco Rua Paranaguá, 903. Fone: 3027-1700 ? Imobiliária Santa Clara Rua Santos, 352, sobreloja. Fone 3324-2288 Rua Paranaguá, 406. Fone 3324-7508 ? CCAA PAPELARIA ? Contpel papelaria Rua Belo Horizonte, 370. Fone 3337-5095 PET SHOP E CLÍNICAS VETERINÁRIAS ? Bichos e Caprichos: veterinária e pet store Rua Paranaguá, 222, lj 3. Fone 3322-2503 ? Pet Shop JR Rua Piauí, 1276. Fone 3324-1432 LAVANDERIAS ? Lux's Lavanderia Rua Paranaguá, 577. Fone: 3344-6710. ? Lavanderia Leal Rua Belo Horizonte, 430. Fone 3027-2589 PANIFICADORAS ? Confeitaria Mister Cuca Rua Sergipe, 1524. Fone 3373-1000 ? Pane Di Madre Panificadora Rua Paranaguá, 485, lj 6. Fone: 3324-5804 ? Panificadora e confeitaria Pane Doro Rua Paranaguá, 877. Fone: 3029-1152 ? Panificadora Jacrisse Rua Paranaguá, 1238. Fone 3324-1696. PRÉ-ESCOLA ? Berçário e Pré-escola Ichtus Rua Belo Horizonte, 1290. Fone 3323-8097 SACOLÃO ? Sacolão Santos Rua Santos, 623. Fone 3356-7878 SUPERMERCADO ? Musamar Jardim Rua Pio XII, 626. Fone 3344-0040 I, 626. Fone 3344-0040 4 ponto central GERAL Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 NATUREZA Educação Ambiental: construindo um novo pensamento O pensamento se constrói através da educação e cabe ao educador transmitir a idéia de uma nova mentalidade que garantirá um futuro sadio para o homem To r n a d o s , f u r a c õ e s , m a r e m o t o s , terremotos... Vulcões, inundações, destruição e fúria. Quem pensava que a natureza só emitia gritos de socorro fora do Brasil e se vangloriava por viver em uma terra bela e segura, começou a acordar para a realidade que nos ronda. Recentemente, as mudanças bruscas e inesperadas de temperatura vêm surpreendendo os brasileiros: chuvas ininterruptas inundando casas e até cidades inteiras; calor intenso em pleno inverno; vendavais que se aproximam de tufões, árvores derrubadas, casas destelhadas, desequilibrando construções. Coincidência, ou um chamado à mudança de atitude? Já há alguns anos, especialistas garantem que a Terra não suportará determinados abusos. O aquecimento global é uma realidade, o derretimento das calotas polares já começou e tentativas frustradas como o Protocolo de Kyoto não desistem de remar contra a maré das grandes nações consumistas. Há uma mentalidade conformista incutida no comportamento da geração que hoje governa o planeta: o hábito de buscar maior conforto, tentando apenas reduzir os custos financeiros, está implícito nas ações que permeiam a evolução do mundo. Não se deve sonhar com uma solução brusca Alunos do Pontual Centro de Ensino visitam o Parque Arthur Tomas, onde assistem a palestra a curto prazo, seria perda de tempo. Pode-se e deve-se adotar medidas pró-ativas que façam do dia-a-dia um cuidado constante com a mãe natureza. Para isso, porém, é necessário mudar o pensamento, de modo a tornar naturais as providências tomadas em prol da Terra. O pensamento se constrói através da educação e o educador tem por obrigação transmitir a idéia dessa nova mentalidade, a qual garantirá um futuro sadio para o homem. Em termos de educação ambiental, o projeto Estações de Aptidão do Pontual Centro de Ensino recebe nota 10. Existe um esforço dos professores e da equipe pedagógica para comprovar teoricamente a necessidade de construir uma sociedade sustentável, e há Alunos do projeto “Matemática e meio ambiente” vão ao “lixão” de Londrina experimentações que levam o próprio aluno a essa conclusão. A professora Taciana Lopes Coppo, desenvolve o tema A natureza pede socorro, a partir do qual discute com os alunos a possibilidade de aliar progresso e sustentabilidade ambiental, estudando a realidade do meio ambiente em Londrina com visitas, pesquisa e observação. Já Rodolfo Faria e Ricardo Eugênio trabalham, com seu grupo de alunos, o tema Vá de bike, conscientizando-os sobre a necessidade de meios de transporte alternativos, os quais não poluam o meio ambiente, tornem o tráfego mais fluente nas grandes cidades e sejam mais saudáveis. Todas essas características se encaixam na bicicleta. O OPINIÃO grupo apóia o projeto Pé na Faixa. A escolha de combustíveis limpos também é primordial para estabelecer uma cultura de desenvolvimento sustentável. Essa é a proposta do professor Rodolfo Funfas com o tema Combustíveis Fósseis e outras fontes de Energia. Os alunos fazem experimentos no laboratório de ciências, testando os combustíveis, suas potencialidades e resultados. Já os alunos do professor Anderson Quilles, através do projeto Matemática e meio ambiente, fizeram um estudo prático sobre o lixo que produzem, como lidar com ele, diferenças entre reciclagem e compostagem, pesquisa estatística, aterro sanitário e aterro controlado. SAÚDE Grafite: arte ou vandalismo? O melhor antidepressivo é correr Você sabe a diferença entre grafite e pichação? Pois elas existem e despertam opiniões contraditórias. Conheça! Por Rafael Felipe Gonçalves, 1° ano Médio, e Yagho Prenzler, 8ª série Grafite é o nome dado às inscrições como caligrafia ou desenho realizadas, geralmente, com spray e em locais não considerados adequados a essa atividade, sempre, porém, utilizados com autorização. Existem opiniões paradoxais sobre o grafite. Antigamente, era uma manifestação vista como assunto irrelevante em termos de arte; na atualidade, entretanto, é considerado uma expressão das artes visuais representante da street art ou arte urbana, na qual o grafiteiro - nome dado ao artista do grafite - utiliza os espaços públicos para criar uma linguagem que interfira no visual da cidade. O grafite aparece na história desde o Império Romano, contando os feitos, aquisições e a história desse povo. Há, contudo, quem o compare com a pichação, apesar das grandes diferenças existentes entre os dois: A pichação é uma forma de vandalismo, uma poluição visual através de desenhos, rabiscos ou assinaturas em locais não autorizados, geralmente depredando Vitor Narciso, 1° ano Médio: “O grafite é uma arte, pois são imagens e figuras humanas representando a sociedade.” patrimônio alheio ou público. A pichação já foi um problema muito grave em Londrina que, entretanto, vem melhorando desde que a Prefeitura Municipal passou a valorizar o grafite e apoiar os praticantes da arte em spray. Alguns alunos do Pontual Centro de Ensino manifestaram sua opinião sobre o assunto. Elias Gimenez de Oliveira, do 1° ano Médio, acha que o grafite é uma arte, feita em um lugar certo, e sabe, inclusive, que há diversos projetos em andamento na Prefeitura de Londrina para apoiar e difundir essa manifestação artística. Para Lucas Teodoro Machado, do 2° ano Médio, o grafite é uma arte por ser o modo através do qual o artista expressa seus sentimentos e emoções. Vitor Narciso, do 1° ano Médio, também acha que o grafite é uma arte, pois não são apenas riscos sem nenhum nexo, são imagens e figuras humanas representando a sociedade. Entenda porque a corrida é um antidepressivo e aprenda a praticá-la corretamente Descobriu-se, recentemente, que o cérebro humano continua a fabricar neurônios durante toda vida, mesmo em adultos, conforme for necessário. A pesquisa sobre o assunto mostra que a neurogênese (fabricação de neurônios) é de suma importância para cura ou prevenção de diversas doenças psíquicas, como a depressão. Dois grandes cientistas americanos, a saber Fred Gage, do Salk Institute, e Barry Jacobs, da Universidade de Princeton, descobriram que a depressão clínica pode resultar de uma falha cerebral na produção de novos neurônios. Experimentos mostram que a fabricação de neurônios ocorre, principalmente, em uma parte do cérebro chamada hipocampo, responsável por reger a aprendizagem, a memória e as emoções. O hipocampo do paciente que está em depressão há muito tempo é menor que o dos pacientes não depressivos, pois a produção de novos neurônios não é rápida o suficiente para substituir os que estão morrendo. Os maiores responsáveis por essa falha são o estresse e fatores genéticos. Segundo o preparador físico e mental Nuno Cobra, “O laboratório Gage chegou a uma descoberta surpreendente: percebeu que a neurogênese se duplicou quando ratos tinham em sua gaiola uma roda onde faziam corridas de longa duração. A explicação para o fenômeno é que a atividade física aumenta o ritmo cardíaco e a circulação sanguínea no cérebro, que, portanto, recebe maior quantidade de estimulantes da produção de novas células. Outra justificativa é que a corrida proporciona um ritmo cerebral chamado “thetha” que, por sua vez, aumenta a produção de serotonina e o desenvolvimento dos neurônios.” A recente descoberta é mais um incentivo à prática desse esporte cujos benefícios já se conhecem há tempos. Todavia, importa seguir algumas orientações para praticar uma corrida realmente saudável que não ocasione problemas, por exemplo, de natureza ortopédica. O Ponto Central conversou com a professora de Educação Física Elaine Bexiga, que ensina práticas importantes para uma boa corrida. Como fazer uma boa corrida: 1. Faça um exame médico 2. Invista em equipamentos de qualidade. Um bom par de tênis é muito importante para a Elaine Bexiga é professora de Educação Física no Pontual Centro de Ensino 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. prática de corrida. Um bom tênis deve ser flexível, ter uma sola grossa, um acolchoamento para o calcanhar e para o tendão de Aquiles, deve ser confortável, com bastante espaço dentro, mais alto na parte de traz e a sola deve ser mais larga que a parte de cima. Alongue-se Hidrate-se Prefira a grama ou até mesmo a esteira, se você ainda não está acostumado a dar voltas pelo bairro. Para quem está começando, evite um terreno muito duro, irregular ou íngreme. Prefira os períodos do dia com temperatura mais amena. Atenção na posição dos braços. O ideal é que você deixe os antebraços paralelos ao solo. Isso quer dizer que, no plano, eles devem ficar em um ângulo de 90° em relação ao resto do corpo. Repare, porém, que, ao subir, a postura muda. Assim, você ganha equilíbrio, o que torna todos os outros movimentos mais harmônicos. Respire direito. É simples assim: inspire pelo nariz e expire pela boca. Só que, ao imprimir um ritmo mais veloz ao exercício, acaba-se abrindo a boca na hora errada para levar mais ar para os pulmões. Isso pode ser evitado basta não acelerar mais que o habitual. A duração ideal da corrida é muito relativa e varia de pessoa a pessoa, conforme o grau de condicionamento. Se você é iniciante, se está sem praticar exercícios há muito tempo, qualquer atividade irá causar dores musculares no dia seguinte, podendo se prolongar até mais dois dias. Isso porque o organismo precisa de um tempo para se adaptar a novos esforços. Além da parte muscular, você também irá sentir novas adaptações em outros sistemas como o metabólico, o cardiovascular, etc. Seja paciente e não desista! ponto central Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 EDUCAÇÃO 5 ENTREVISTA Quantidade X qualidade. Conheça as relações entre a quantidade de alunos em sala e a qualidade do ensino. Por João Paulo Beraldo, 8ª série, e Matheus Fortes Pereira, 7ª serie. A quantidade de alunos em sala de aula é um assunto muito discutido entre educadores, podendo atrapalhar ou melhorar a qualidade do ensino. O Ministério da Educação (MEC), inclusive, estabeleceu, em 1999, recomendações a esse respeito nos Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil, tanto para melhorar a aprendizagem quanto para beneficiar as condições de trabalho dos professores. As recomendações do MEC tornaram-se projeto de Lei e estão em discussão no congresso prevendo que o número de estudantes por professor será de, no máximo, 25 nas turmas iniciais do Ensino Fundamental, de 30 nas turmas do Ensino Fundamental II e de 35 no Ensino Médio, de modo que o professor não se desgaste tanto e possa atender cada qual individualmente. Não havendo um excesso de alunos por turma, os jovens conseguem prestar mais atenção na aula e o professor pode reconhecer as dificuldades e o potencial específico de cada um. A maioria dos alunos do Pontual Centro de Ensino gosta da quantidade de estudantes em sala adotada pelo colégio e acham que isso influencia no rendimento das aulas. Raphael Marins, da 7ª série, pensa que, com muitos alunos na sala de aula, (e, portanto, aglomeração de pessoas), ele estaria correndo o risco de, até mesmo, pegar a gripe suína. João Vitor Eugênio, também da 7ª série, disse que um número grande de estudantes por turma pode, sim, prejudicar no rendimento da aula, pois gera muita conversa, bagunça e o professor não consegue ensinar o conteúdo como gostaria. Regina Helena Saldanha Fonseca, Diretora do Pontual, falou ao Ponto Central sobre a questão. Ponto Central: Existe um número ideal de alunos por sala de aula? Regina: Existe e cresce de acordo com a faixa etária. Séries iniciais precisam ser compostas por um número menor de alunos, pois os pequenos demandam mais atenção do professor, aspecto que deve ser enfocado na educação infantil. O aluno adolescente, porém, necessita de um maior círculo de convivência social, no qual haja mais pessoas e diferentes características. Assim, a partir do Ensino Fundamental II, a escola deve estabelecer uma quantidade de alunos por turma que alie possibilidades de convivência social com garantia da devida atenção do professor. Ponto Central: Quais as vantagens de se trabalhar com um número menor de alunos em sala? Regina: Respeitando as características inerentes a cada faixa etária, com base em mais de 35 anos trabalhando com a educação, vejo como grande vantagem os cuidados e a atenção que o professor Regina Helena, diretora do Pontual Centro de Ensino: “A escola é um microcosmos da sociedade.” pode dispensar a cada aluno, individualmente, numa turma menor. Ponto Central: E pode haver desvantagens? Regina: Existem desvantagens em um número pequeno demais de alunos por sala de aula. A escola é um microcosmos da sociedade e, se houver uma quantidade muito pequena de alunos, a turma não representará a sociedade real e não preparará o estudante para o futuro. As famílias de antigamente tinham muitos filhos; hoje, têm poucos e as crianças podem acabar crescendo com um conceito equivocado de atenção: as pessoas precisam saber esperar, dividir, não exigir exclusividade total. Assim, é necessário haver um meio termo na atenção que a criança e o adolescente recebem, pois, em algum momento da vida escolar, eles enfrentarão uma convivência mais ampla (ainda que no curso superior). A escola tem a missão de preparar o jovem para o futuro. Possibilitar convivência social é treinar para a vida. Ponto Central: Qual, então, a postura do Pontual Centro de Ensino quanto ao número de alunos por sala? Regina: A escola de porte médio, comprovadamente, é a opção mais adequada para trabalhar uma boa formação: o número de alunos em sala tem que atender às necessidades individuais conforme a faixa etária de cada aluno, sem, porém, torná-lo exclusivista. Trabalhamos, por exemplo, com a tutoria de 5ª a 8ª séries, afinal, a partir do 4° ano do Ensino Fundamental I, o número de alunos em sala deve aumentar um pouco – para atender às necessidades de convivência do adolescente – mas o cuidado e a atenção que cada um recebe não devem diminuir. A tutora, permanecendo em sala o tempo todo além do professor que ministra cada matéria, conhece as peculiaridades dos estudantes e lhes dedicam o atendimento de que precisam. O Pontual tem por princípio não deixar de ser uma escola de porte médio, pois acredita ser essa a estrutura que pode atender a todos os aspectos da vida de um jovem em formação. ARTIGO Saber por saber: pesquisar é desenvolver Quando desmerecemos o Brasil ao compará-lo com outras nações mais avançadas tecnologicamente, muitas vezes, fazemos comentários jocosos, portamo-nos de maneira fria e alheia como se dele não fôssemos parte, e culpamos o “ladrão” errado: governo, professores, colonização de exploração, sonegação fiscal, corrupção... Não que cada um desses deva ser despido de responsabilidade, mas o dedo deve apontar mais para si mesmo do que para as circunstâncias ao redor se o assunto for desenvolvimento. É claro que o governo deveria dedicar mais verba ao pesquisador, tendo em vista que seu trabalho é demorado e não traz resultados imediatos; se não houvesse sonegação fiscal ou corrupção, haveria mais verba para se dedicar à pesquisa (e à saúde, à educação, ao meio-ambiente); se os professores se dedicassem mais, os jovens cresceriam mais interessados; enfim, há inúmeros fatores que atrasam o Brasil, mas a mente preguiçosa é o que mais atrapalha. Quantas vezes temos preguiça de pensar para resolver um problema ou mesmo fazer uma conta? Quantas vezes preferimos fazer alguma coisa impensada e ansiosa a refletir sobre a solução de um problema até encontrar uma melhor resposta? Quantas vezes, num trabalho de faculdade ou pós graduação, copiamos e colamos conteúdos da Internet apenas para chegar ao fim de receber uma nota? Travamos nossas mentes. Eliminamos a possibilidade de descobrir. Perdemos a oportunidade de pesquisar o que já se sabe para, assim, partir de um ponto adiantado e desvendar algo novo e maior. O vetor do avanço é a pesquisa: pesquisando descobre-se, desvenda-se, desenvolve-se, enriquece-se, facilita-se a vida. Um país avança quando seu povo aprende a pesquisar. Ter fome pelo conhecimento que a humanidade já adquiriu desde o início das civilizações é o grande passo rumo ao desenvolvimento. A busca do saber pelo saber (como os parnasianos com a arte pela arte), sem recompensas, ou nota, ou remuneração, é a fonte das novas idéias que poderão render ao homem uma vida mais confortável e pacífica sem esgotar a capacidade do planeta Terra. INFORMATIVO Projeto Episteme: Há 3 anos pesquisando. O Projeto Episteme, do Pontual Centro de Ensino, completa 3 anos e está prestes a lançar seu 3° livro: “Episteme em artigos III – Uma reflexão sobre Londrina”. Incentivando a pesquisa com utilização de metodologia científica, o projeto reúne, semanalmente, alunos interessados em, simplesmente, adquirir conhecimento, sem compensação por nota. É um investimento na formação de jovens cientistas, um estímulo a novas descobertas focando o pensar sociológico e filosófico. Segundo a professora Maria Luísa Marigo, responsável pelo projeto junto ao professor Carlos Augusto Portello, os alunos participaram, em 2009, da Feira de Iniciação Científica Jovens Talentos da Unopar (Universidade Norte do Paraná) e participarão do Simpósio Estadual de Sociologia da UEL (Universidade Estadual de Londrina), que acontecerá nos dias 10 e 11 de Dezembro. Com o fim de disseminar os resultados das pesquisas e qualificar o projeto de forma científica, foi enviado um artigo desenvolvido pelos alunos do projeto - anexo à inscrição - e o Episteme foi selecionado para o Simpósio. No final de Novembro, o projeto Episteme se inscreveu para a FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências Estatísticas) e aguarda o processo de seleção visando a participar da Feira que se realizará em Março de 2010. Professor Carlos Augusto Portello, um dos orientadores do Episteme, projeto realizado no Pontual Centro de Ensino. Professora Maria Luísa Marigo, durante encontro do Episteme. 6 PONTO DE VISTA ponto central Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 Como ser um bom aluno? MARIA JULIA SOARES 1° Ano Vespertino Para ser uma boa aluna, eu fico quieta, presto atenção na aula e faço as coisas que a tia pede. Eu sempre faço tarefa e, às vezes, minha mãe me ajuda, quando está difícil. Eu faço minhas tarefas toda noite e compro bastante livros para ler. VITOR PRANDO SILVA 1° Ano Vespertino Para ser um bom aluno, eu obedeço a tia e fico quietinho na hora da aula. Só não presto atenção direito se tiver barulho. Faço tarefa quando tem e o colégio me deixa com vontade de ser um bom aluno porque tem bastante gente. JOÃO DAVI PIERRO MACULAN 2° Ano vespertino Minha mãe fica em cima de mim para eu estudar bastante e ser um bom aluno. Assim, na hora da prova eu me lembro da matéria. Eu faço tarefa sempre, porque eu aprendo bastante coisa que eu não sabia. Acho que a escola me motiva a ser bom aluno porque exige bastante de mim. ARTHUR GOMES ROSSITO 3° Ano vespertino Eu estudo bastante quando tem verificação, fico quieto em sala de aula e só converso quando a tia deixa, baixinho. Eu sempre escrevo de novo as palavras da apostila para gravar na minha cabeça. Eu também faço todas as tarefas no dia certo, se não, levo anotação e meus pais me deixam de castigo. O Pontual me ajuda a ser um bom aluno porque os professores são legais, ensinam bastante e dão bronca em quem bate nos outros. ANA JULIA GIOCONDO SALDANHA 3ª Série vespertino Eu não sou muito quietinha, mas, para ser uma boa aluna, eu obedeço à professora e estudo bastante. Faço todas as tarefas porque isso me ajuda a fixar o conteúdo: sem ter a professora por perto, a gente pensa sozinha. O Pontual me motiva a estudar por causa da Maratona do Conhecimento, pois eu estudo bastante para ter uma boa nota e ir de graça para o passeio; as provas que a gente tem toda semana, valendo prêmios, também me motivam bastante a estudar. JULIA OLIVEIRA BILIBIO 4ª série vespertino Eu estudo para ser uma boa aluna. Minha mãe pede para eu estudar 40 minutos todas as manhãs e eu me dedico. Quando tem prova, minha mãe sempre fala para eu ler com atenção. Nesses 40 minutos por dia, eu estudo a matéria que tenho mais dificuldade, ou a que não entendi, ou reviso a matéria do dia anterior. Faço todas as tarefas porque me ajuda a aprender. Na sala é diferente de casa, porque, quando faço tarefa, estou sozinha e não tenho ajuda da professora. O Pontual é um colégio que me incentiva porque eu sempre quero deixar as pessoas daqui contentes comigo, meus professores, meu pai, minha mãe. ISADORA STROKA FERNANDES 3° Ano vespertino Para ser boa aluna, eu estudo bastante quando tem ou não tem prova. Faço todas as tarefas porque, quando faço, aprendo mais do que já sei. A escola me motiva a ser uma boa aluna. Quando a gente tem dificuldade em alguma coisa, a professora ajuda e tem aulas extras. THAÍS SODRÉ SANTOS DE MAGALHÃES 3ª série vespertino Para ser uma boa aluna, eu presto atenção na aula, copio tudo o que a tia passa no quadro e faço todas as tarefas, porque, às vezes, tem matéria importante na tarefa que ajuda a fazer a prova. Minha escola me anima a ser boa aluna porque os professores são divertidos e sabem quando precisam brigar com quem está fazendo coisa errada. JULIA PIERRO MACULAN 4ª série vespertino Eu estudo antes da prova, faço tarefa sozinha (só algumas vezes eu pergunto para minha mãe), eu não converso na aula. O Pontual me incentiva porque as professoras são boas e eu gosto daqui, então tenho mais vontade de estudar. GABRIEL LUIZ SCALASSARA BALAN 4ª Série Vespertino Eu estudo bastante na minha casa para ser um bom aluno. De vez em quando, eu também estudo quando não tem prova para saber um pouco mais. Na aula, eu presto atenção e sempre faço tarefa sozinho de manhã. O Pontual me ajuda a ser um bom aluno dando tarefa e verificação. LÍGIA BENASSI YAMASHITO 4ª série Eu estudo bastante para ser uma boa aluna, não fico conversando, presto atenção na aula: não é muita coisa! Sempre que eu posso, faço as tarefas, porque exercita e me ajuda a aprender. O Pontual tem bons professores e o espaço me deixa à vontade, assim, a escola me ajuda a ser uma boa aluna. GIOVANA PORTUGAL POZATTO 3° Ano vespertino Eu estudo bastante e tento obedecer à professora para ser uma boa aluna. Estudo para as provas e, quando chego em casa, minha mãe faz perguntas sobre a matéria para mim. Faço tarefa sempre, porque ela me ajuda a estudar e tirar boas notas. Minha escola me motiva porque ensina várias coisas e a professora briga com quem merece, para o nosso bem. NOTA Maratona da Solidariedade O Pontual Centro de Ensino promoveu a Maratona do Conhecimento. Os alunos foram divididos em equipes que realizaram várias tarefas, entre elas o desfile de Garota e Garoto Pontual e a arrecadação de alimentos. A equipe vencedora ganhou um dia no Campo Belo Resort, em Presidente Prudente, e escolheu a destinação dos alimentos arrecadados. Os 365 quilos de alimentos não perecíveis e os 212 litros de leite foram distribuídos pelos alunos a três Instituições beneficentes: creche CEI Padre Boa Ventura, creche Imaculada Conceição e a Igreja Sagrado Coração de Jesus (que entregará aos necessitados através dos irmãos Vicentinos). ponto central MARIANA V. FERNANDES KUDO 5ª Série matutino Para ser uma boa aluna, tento me concentrar nas aulas, estudar bastante e ficar meio longe de brincadeiras. Às vezes, esqueço de fazer tarefa ou me falta tempo, mas procuro fazer. Tento dormir cedo para não ficar cansada na aula. CELINA YOSHI TANAKA 5ª Série Vespertino Para ser uma boa aluna, eu não converso muito na aula, estudo bastante em casa e estudo para as provas. Eu presto atenção nas aulas e gosto das aulas, porque os professores ensinam bem. ISABELA FACCI TOREZAN 6ª Série matutino Para ser uma boa aluna, faço todas as tarefas, pois elas são um meio de ir estudando e revisando o conteúdo das provas. Antes das provas, também reviso. Costumo fazer um resumo de toda a matéria alguns dias antes da prova e, na véspera, leio. O Pontual me ajuda e motiva a ser uma boa aluna porque o colégio toma bastante cuidado para não haver bagunça na sala. Temos, também, a tutora que, além de ajudar na disciplina, sempre me ajuda com as matérias e passa o conteúdo para mim quando falto na aula. Acho que deve fazer muita falta uma tutora nos lugares onde não tem. PONTO DE VISTA MATHEUS RODRIGUES HIRAZAWA 6ª Série vespertino Para ser um bom aluno, eu presto atenção na aula, faço tarefa e, quando tem prova, fico estudando no fim de semana. Depois que comecei a dormir mais cedo, comecei a ir melhor na escola também. O Pontual tem ótimos professores, que dão gosto de estudar. NICOLAS ROMERO SICCA 8ª série A Para ser um bom aluno, eu presto atenção na aula, pergunto para o professor o que eu não entendo e faço tarefa. Acho que a aula é o que mais funciona para aprender, o que o professor fala é a melhor orientação. A tarefa também ajuda bastante porque revisa a matéria. JOÃO HENRIQUE SOUZA 7ª Série A Para ser um bom aluno, eu procuro sempre prestar atenção nas aulas, não incomodar o professor, estudar em casa... Aproximadamente 3 vezes por semana, eu reviso todos os conteúdos que estudamos em sala para não esquecer e faço tarefa, porque ajuda bastante. Eu também procuro não dormir muito tarde para me concentrar mais na aula. A minha escola, o Pontual, me motiva a ser um bom aluno, pois tem professores muito legais, que usam um método de ensino muito bom e sempre trazem coisas diferentes. Assim, eu me divirto muito nas aulas. HENRYCK CESAR MASSAO HUNGARO YOSHI – 8ª série B Para ser um bom aluno, eu procuro saber como dividir o tempo dando um valor para cada coisa e estabelecendo prioridades. Minha prioridade como aluno é ir bem no geral, aprender realmente, não só tirar nota boa na prova. Eu procuro não me sentir sob pressão. Na aula, eu sei o tempo de brincar e o tempo de prestar atenção, tento fazer as coisas na hora certa. Eu faço tarefa porque, muitas vezes, ela me ajuda bastante, já que não tem ajuda de professor. A tarefa é como uma prova para mim mesmo. O Pontual me estimula a ser bom aluno porque tem outros detalhes além da aula normal que acabam ensinando coisas maiores, detalhes que envolvem não só matéria, mas lições de ética e moral. CAIO HAJIME OGAWA 7ª série B Para ser um bom aluno, eu estudo e presto atenção nas aulas. Quando o professor está passando a matéria, fico atento e só converso depois. Uma semana antes da prova, começo a estudar todos os dias. A tarefa também me ajuda a lembrar a matéria e os bons professores que o Pontual tem me motivam. 7 MARCELO BRITTO KODATO 2° Ano do Ensino Médio É muito importante prestar atenção em todas as aulas e se preparar para as avaliações para ter um bom rendimento escolar. O Pontual me motiva a ser um bom aluno porque os professores me estimulam a estudar e a ter um bom preparo para o vestibular. GUSTAVO KENDI CAMARGO KOGA 3° Ano do Ensino Médio (vestibulando de Medicina e já aprovado na 1ª fase da UEL) Acho que o principal para ser um bom aluno é organização. É preciso organizar uma rotina para estudar e descansar, não se entretendo com outra coisa quando for hora dos estudos. Ter disciplina é muito importante. Às vezes é bom fazer outra coisa para relaxar, mas é preciso manter o foco. Em sala de aula, presto muita atenção, porque, às vezes, os professores dão detalhes importantes que vão cair no vestibular. Procuro, também, tirar minhas dúvidas na hora. Em casa, estudo a matéria do dia, faço exercícios e levo minhas dúvidas para os professores. O Pontual tem uma equipe de professores excelente, de qualidade, e eles passam segurança. Por isso, conto com eles, eles me atendem bem, me acolhem e me motivam a perguntar. MARIA PAULA VOLPI 1° Ano do Ensino Médio Para ser uma boa aluna, eu presto bastante atenção na aula, estudo em casa, procuro os professores quando tenho dúvida e freqüento o Pontual Assiste, mesmo não sendo convocada. Geralmente, estudo para as provas ao menos 4 dias antes e acho que o Pontual me motiva a ser boa aluna por ter aulas à tarde para tirar dúvidas e, também, porque os professores nos dão liberdade de perguntar sem ficarmos com vergonha. VESTIBULAR O Pontual Centro de Ensino acompanhou o emocionante momento em que a aluna Carla Juliana Abra Bergamin comunicou a mãe sobre sua aprovação em Medicina, na Puc-PR. Momentos como esse tornam todo o trabalho de nossa equipe extremamente gratificante. Parabéns, Carla! Parabéns a todos os nossos alunos que já foram aprovados nos vestibulares 2010 e na 1ª fase da Uel, inclusive os treineiros do 2° ano Médio! Agora é só esperar mais resultados. José Henrique Gorgoni Zampieri, aluno do 3° ano Médio do Pontual Centro de Ensino: aprovado em 1° Lugar em Biomedicina na Unifil e ganhador de bolsa de estudos de 100% na universidade, como prêmio ao desempenho. Gabriela Daguia Rosa, aluna do curso pré-vestibular do Pontual Centro de Ensino, passou na primeira fase da UEL e da UNESP em Ciências Sociais. Em ambas as universidades, foi para a segunda fase em 1° Lugar. 8 ponto central EDUCAÇÃO FAMÍLIA “Não basta ser pai, tem que participar” O tão conhecido slogan publicitário não caberia melhor a outro assunto diferente de educação. Ratificar essa importância é uma das maiores missões dos educadores a fim de levar o ensino ao que é ideal. Os tempos mudaram sim e, com eles, conceitos, comportamentos, vida escolar... Se, antigamente, um filho temia voltar para casa com notas baixas e era cobrado por elas de todos os lados, em muitos lares da atualidade, há crianças e adolescentes perdendo o respeito pelos professores por não encontrarem, em seus pais, uma atitude de confiança nos docentes. Talvez, anos atrás, alguns professores tenham sido tão duros e, às vezes, até injustos com seus alunos que essa geração, os pais de hoje, não confia no bom senso dos atuais mestres em relação a seus filhos. Quem não ouviu histórias de professores que faziam as crianças ajoelharem no milho ou batiam em suas mãozinhas com a palmatória só porque eram canhotas? Esses contos, porém, ficaram no passado. Os professores têm consciência da amplitude de suas responsabilidades como educadores e como cidadãos num Estado Democrático de Direito. Escolas sérias contratam e treinam profissionais idôneos, pois os grandes mestres constroem as grandes escolas e propiciam um ensino inesquecível, cujas consequências conhecem-se pela formação de cidadãos de bem e pela prosperidade da instituição. Para o sucesso do processo educacional, contudo, é de suma importância a participação efetiva dos pais na vida escolar. Pais presentes conhecem a equipe pedagógica da escola, sabem como o filho se comporta em sala, suas dificuldades, suas habilidades, seus problemas com os colegas, suas conquistas pessoais, sua opinião sobre a escola e sobre os professores. Pais presentes ajudam a direção de uma escola a melhorar constantemente e atender, cada vez com mais eficácia, as necessidades de seus filhos. Mas pais presentes andaram em falta. Houve um momento da história recente em que o ingresso das mães no mercado de trabalho pareceu cavar um precipício entre família e escola. Isso porque costumava ser delas a função de acompanhar o desenvolvimento dos filhos. As escolas, entretanto, sentiram essa falta: a falta de pais participantes que procuram conhecer bem a equipe pedagógica e, por confiar nela, tornam-se seus maiores aliados em prol do melhor rendimento escolar possível para os alunos. Mais métodos foram, então, pesquisados e desenvolvidos para estabelecer um forte elo entre família e escola e dar continuidade, em casa, à aprendizagem sadia e agradável que começa no ambiente escolar. Certamente, um difícil processo se instaurou em escolas competentes que se propuseram a estreitar tal ligação, afinal, não é fácil encontrar uma maneira prática e eficaz para a família saber de tudo o que se passa com o filho. Diversas instituições encontraram soluções inteligentes para se comunicar com a família, mantendo-a amplamente informada sobre o processo educativo. A relativa democratização da informática contribui muito para esse avanço. Há, portanto, várias maneiras de os pais estarem em contato com a escola e é possível saber tudo o que se passa com o filho, contribuindo como agente ativo em sua educação formal. Visitar a escola, conversar com o coordenador e participar das reuniões também é fundamental para a compreensão da proposta pedagógica adotada e para o desenvolvimento de uma relação de confiança que leve os pais a andar de mãos dadas com a escola. Esta confiança se estenderá ao aluno e gerará, nele, respeito pelo seu colégio e segurança de estar sendo educado num bom lugar. ENSINO REAL VESTIBULAR Caderno Elo A redação no vestibular O Pontual Centro de Ensino, com experiência e dedicação, chegou a um eficiente método de comunicação entre família e escola: muito prazer, sou o Caderno Elo. Por Luís Felipe Guimarães, 6ª série, e Matheus Andrade Fiumari, 8ª série Nos dias de hoje, a comunicação entre família e escola tem sido difícil, pois os pais estão sempre ocupados. As escolas tentam encontrar maneiras de mantê-los bem informados sobre a vida escolar dos filhos, usando diversos métodos de comunicação, como internet, telefone ou pessoalmente; O Pontual Centro de Ensino, porém, encontrou uma solução ainda mais apropriada. O Caderno Elo propicia e mantém uma boa relação entre a escola e a família dos alunos. Por ele, a escola envia avisos, pedidos de autorização, provas, etc.. Os alunos trazem o Caderno Elo diariamente, colocam no lugar específico para cada turma, e a coordenação envia, através dele, os recados necessários. Na hora da saída, os estudantes o recebem e transportam para o destino final: os pais. O controle de presença dos alunos também é feito via Caderno Elo. Segundo Taciana Saldanha, responsável pelo desenvolvimento diário desse “elo”, sua principal importância é a comunicação entre escola e família, pois é muito prático, individual e eficiente. A equipe do Pontual Centro de Ensino chegou à conclusão de que o formato atual do Caderno Elo é o ideal através da experiência de mais de 30 anos em educação. Taciana Saldanha, responsável pelo Caderno Elo: “Ele é muito prático, individual e eficiente.” Taciana enfatiza que muitas situações são resolvidas a partir dele, como avisos gerais, envio de provas, compra de uniforme e livros de literatura, entre outros, razão pela qual o método se perpetuou na instituição. Além do Caderno Elo, o Pontual Centro de Ensino mantém contato com a família de diversas outras maneiras. O Portal Pontual está sempre atualizado com as informações mais relevantes a respeito de cada aluno: tarefas diárias, notas, boletim, fotos. Cada pai possui uma senha para acessar os dados sobre seu filho, podendo acompanhar, de perto, os passos dados para sua formação. Telefonemas e reuniões também completam o elo entre o colégio e os pais, pois o Pontual está de portas abertas para você! Um dos mais importantes nomes da redação em Londrina, a professora Elaine Fabris faz uma breve retomada histórica da redação no vestibular e resume o que se espera do texto de um vestibulando. Ao longo dos anos, a produção de textos nos concursos vestibulares tem sido “um bicho de sete cabeças” para os estudantes e uma “dor de cabeça” para os professores da disciplina mais odiada e incompreendida pela maioria dos alunos. É fato, no entanto, que a maior parte desses rótulos resulta dos resquícios da ditadura militar vivida no país, que implantou aulas extremamente teóricas, provas de mero reconhecimento pelo “X” e uma “falsa redação dissertativa”, afinal, não era possível expressar pensamentos (reflexão) sobre o cotidiano social e político da nação brasileira sem se comprometer com a censura. Ora, se a função mais valiosa da escrita está na habilidade de repensar os problemas e de decidir sobre uma mudança de postura, é lógico que os alunos possuem bastante dificuldade de expressão pela falta de prática imposta a eles, resultado do modelo de aulas e de avaliação estabelecido no passado. Mas o importante é atualizar-se. As mudanças no ensino de Língua Portuguesa, em pouco tempo (20 anos aproximadamente), são incríveis. A valorização do texto, da clareza e da objetividade exigidas pela sociedade atual, e de textos concisos repletos de significado e de tomadas de postura, oferecem aos estudantes um mundo novo para a exteriorização de idéias, muito, até, para quem é tão jovem e voltou a ter aulas de Sociologia e de Filosofia na grade curricular há tão pouco tempo. Escrever bem é um processo. É preciso conhecimento, que só se adquire pela leitura (História, Literatura, Geografia ¬ geopolítica e atualidades¬ Sociologia e Filosofia), somada às estruturas básicas de organização de pensamento e às regras essenciais de bom uso da língua portuguesa, para a construção de períodos fluentes e com boa carga semântica e estilística. Dessa forma, é possível representar, Professora Elaine Fabris, do Pontual Centro de Ensino: “Escrever é fácil quando se sabe para que se escreve.” pela escrita, opiniões de fácil compreensão. O que as provas de vestibulares de redação querem dos alunos, então? Competência de leitura e habilidade de defesa de opinião. Nada além do que a sociedade cobra de qualquer cidadão hoje. Como fazer uma boa redação na hora da prova? Ler e compreender a posição de outros autores. Refletir sobre elas. Elaborar a própria posição sobre o assunto e defendê-la com linguagem simples e gramatical. Escrever é fácil quando se sabe para que se escreve. E se você, vestibulando, estiver lendo esse texto, lembre-se disso e exercite o seu poder de comunicação com vontade: sua linguagem reflete seu pensamento, concentre-se nessa idéia e exerça todo o seu poder. ponto central CULTURA 9 OBRA DE ARTE As vidas secas de Cândido Portinari Cândido Torquato Portinari, nascido em Brodósqui, São Paulo, em 29 de dezembro de 1903, é, sem dúvida, o maior e mais expressivo pintor brasileiro moderno. Entre os diversos temas abordados pelo artista ao longo de sua profícua carreira, destacase a série de telas sobre a vida do sertanejo nordestino. A maioria dos quadros desta série foi pintada em estilo expressionista, com traços fortes, rústicos, espessos, destacandose as cores frias como o cinza, o azul, e algum marrom. Essas imagens retratam de forma realista e extremamente dramática a vida não menos dramática da gente pobre – miserável – do nordeste brasileiro, como em Menino Morto, escolhido para figurar no verso da medalha cunhada em homenagem aos cem anos do pintor. Na tela Retirantes, Portinari apresenta a sina do migrante que abandona seu torrão natal, seu “pé de serra”, como gostam de se expressar os nativos do Nordeste, e vão, como que sem rumo, vagando pelos caminhos, quase sempre para o sul, na esperança quase desesperada de uma vida melhor... De qualquer coisa melhor. São vidas secas, como é seco o chão que pisam; são almas mortas, como morta é a paisagem desértica que os abraça ameaçadora. As cores frias dão ao quadro um aspecto mais lúgubre ainda – o céu cinzento escuro não tem nuvens, mas urubus. Não prenuncia a chuva salvadora, mas a morte que avassala. A narrativa da obra é de uma tristeza profunda, transmitindo, com muita dureza, a realidade da fome, da miséria e do abandono. DICA DE FILME Retirantes, por Cândido Portinari (1903-1962) Professor Paulo Chenso, do Pontual Centro de Ensino Personagens esquálidos, famélicos, em andrajos de aparência horrível; olhares perdidos na distância que não são os olhares da esperança, mas do desespero. Crianças de corpos deformados, feias, com barriga d'água. A trouxa de roupas na cabeça da mulher denuncia a miséria de bens materiais. Na paisagem não há verde, nem flores; apenas ossos de gado morto pela sede e pela fome, e pedras para lhes ferirem os pés, enquanto, no céu, os urubus pacientemente aguardam o repasto que a morte, quase inevitável, lhes proporcionará. E a família lentamente se arrasta pelo agreste, como um grupo de fantasmas. Assim Portinari viu, com sua profunda sensibilidade, os retirantes nordestinos, daqueles que já nada mais possuem além da vida, e tentam, a pé, em lombo de burro, em paus-de-arara, num último lance de indômita bravura, alcançarem um lugar para sobreviver. Qualquer lugar. Patch Adams – o amor é contagioso Um nome tão sugestivo dificilmente esconderia um filme ruim, mas talvez não provoque o suficiente para levar todos a conhecer essa história tão marcante. Baseado em uma história real, o filme Patch Adams, o amor é contagioso, fala de sonho e de ideal, de escolha, de decepção e de perseverança – sentimentos e valores que devem ser parte de todo ser humano. Em forte depressão, Hunter procura uma clínica psiquiátrica onde se interna. Ao ter a oportunidade de ajudar um colega em pior situação que ele, o protagonista encontra a razão de sua existência e a cura para seus males na habilidade de ajudar o próximo. Passa a se nomear Patch Adams e decide cursar Medicina. Na faculdade, diferencia-se dos colegas por estar sempre de bem com a vida e pela incrível ansiedade em ter contato com os pacientes. Desperta amizade e inveja, a simpatia de quase todos, menos do reitor. Nada, entretanto, parece abalá-lo, pois Patch traçara uma estratégia eficaz e controversa de cura, a diversão. Veste-se de palhaço, cria uma clínica gratuita (e oculta) para atendimento da população carente, entra escondido no hospital para visitar e alegrar os doentes e, acima de tudo, segue seu coração. Patch apaixona-se e, quando algo terrível acontece a sua amada, pensa em desistir de tudo. A vocação, entretanto, impulsiona-o a continuar além do que o telespectador imagina. O verdadeiro Patch Adams, Dr. Hunter, além de médico é humorista, humanista e intelectual. Criou o Instituto Gesundheit, onde presta assistência médica sem nenhum tipo de cobrança financeira e, hoje, sua trupe de palhaços viaja pelas áreas críticas do mundo, em situação de guerra, pobreza e epidemia, espalhando alegria. Dr. Hunter, o verdadeiro Patch Adams Bom para quem está prestes a desistir de um sonho. Bom para quem ainda não tem um ideal. Bom para quem só precisa de um empurrãozinho. Bom, também, para quem só quer assistir a um filme bom. NOVIDADES Robôs e curiosidades Os robôs fazem mal ao homem? Eles irão dominar o mundo? Podem ocupar o lugar do homem na terra? Saiba mais. Robótica é o estudo da tecnologia, tendo sido amplamente utilizada na história de ficção científica, nos filmes de Hollywood (quem não assistiu “Eu, robô”?) e despertando, desde seu surgimento até os dias de hoje, infinitas discussões éticas. Muito se falou sobre a possibilidade de os robôs serem utilizados na realização de tarefas sujas ou perigosas para os seres humanos, porque eles são capazes de realizar trabalho involuntariamente; mas robôs são apenas máquinas, não sonham nem sentem e não podem fazer mal intencional ao homem, justamente por não portarem a faculdade de intencionar. O pai da robótica industrial foi George Devol, que nasceu em Lousville, nos Estados Unidos, e seu primeiro robô foi o Unimate, criado com o objetivo de liberar o ser humano de tarefas difíceis e cansativas. Na década de 70, foram estabelecidas 3 leis básicas para nortear essa ciência: o robô não pode fazer mal ao homem, não pode se autodestruir e não pode se autoprogramar. Prevê-se que os robôs do futuro, por sua vez, serão inspirados nas baratas, poderão subir pelas paredes e ziguezaguear pelos tetos. Seus deslocamentos irão desafiar as leis da gravidade. Por Bárbara Diniz, 7ª série, e Sérgio Ronchi Filho, 8ª série Segundo Daniel Correia França Junior, professor de Robótica, um dos primeiros robôs utilizados no mundo não foi um humanóide e sim uma máquina de montagem, desenvolvida para grandes empresas como Toyota e Ford. Essa tecnologia foi inventada justamente para substituir os humanos, pois os robôs não fazem greve, não faltam ao trabalho e não ficam doentes. Hoje, diversos países estão bastante avançados na robótica: o Japão é o primeiro da lista quando o assunto é nano robô, mas o Brasil também está muito avançado na área da agricultura. Na opinião de Beatriz Nagaya, aluna da 7ª O aluno Sérgio Ricardo Ronchi Filho em entrevista com o professor Daniel C. França Junior: “Robôs não fazem greve, não faltam ao trabalho e não ficam doentes.” Beatriz Nagaya, 7ª série Felipe Espírito Santo, 8ª série série no Pontual Centro de Ensino, no futuro, os robôs irão ocupar cada vez mais o lugar dos humanos, pois seu desenvolvimento vem se ampliando. Felipe Espírito Santo, aluno da 8ª série, acha que boa parte dos robôs irá ocupar o lugar dos humanos, afinal, hoje, as máquinas já nos substituem no trabalho pesado do dia a dia. Importam, agora, as discussões sociológicas sobre uma possível diminuição do mercado de trabalho, e cabe ao homem ampliar seus horizontes com criatividade para que nunca lhe falte espaço. 10 ponto central ESPECIAL ENTREVISTA Bullying Muito praticado em colégios, especialmente entre os adolescentes, o Bullying vem sendo desvendado e providências têm sido tomadas para evitá-lo. Entenda melhor o assunto com reportagem dos alunos Marcus Lima e Rafael Tondinelli. Por Marcus Vinícius Lima, 8ª série, e Rafael Tondinelli, 1° Ano Médio. Bullying é um termo de origem inglesa que significa amedrontar, intimidar, ameaçar, humilhar, excluir, e refere-se ao “brigão”, carrasco, “valentão”, ou seja, ao praticante da agressão. Designa atos de violência física ou simbólica, dirigidas a uma pessoa de forma repetitiva, intencional e perversa, e manifestase, principalmente, nos apelidos, brincadeiras, rasteiras, ponta pés, socos, enfim, no que os alunos costumam chamar de “zoação”. Esses atos se dirigem a pessoas que não se encaixam nos chamados “padrões de comportamento e beleza”, são pessoas singulares, diferentes, discriminadas por seu modo de ser e pensar. Nesse sentido, o Bullying se apresenta tal qual atitudes racistas e preconceituosas, revelando a falta de respeito ao outro. Dois tipos de Bullying são observáveis: aquele em que a maldade é a finalidade e o agressor tem a real intenção de humilhar ou machucar a vítima; e, não com menor gravidade, há o Bullying cuja intenção é uma brincadeira. Nesse caso, o agressor e a vítima são, geralmente, amigos, e a “zoação” não tem intenção de machucar ou ferir, nem fisicamente, nem psicologicamente, entretanto quem sofre esse tipo de Bullying, geralmente, está tentando ser aceito pela turma e sofre calado, suportando danos emocionais que vão se acumulando em forma de traumas. Para a diretora pedagógica do Pontual Centro de Ensino, Marli Carrion, o Bullying é um crime baseado na falta de respeito dos autores que pode acarretar diversas conseqüências negativas, entre elas a evasão escolar. A ambição excessiva de determinadas indústrias alastra ainda mais o problema, como a criadora de jogos eletrônicos Rockstar Games, que lançou no mercado um jogo incentivando tal prática nas escolas. O jogo se passa em um colégio americano e seu protagonista, um jovem cujo nome é “desconhecido”, usa o Bullying para se tornar o “valentão”, humilhando e abusando fisicamente de alunos mais fracos que ele. A socióloga Maria Carolina Vidal desenvolve, no Pontual Centro de Ensino, um projeto chamado Diversidade Cultural, que faz parte das Estações de Aptidão. Um dos principais assuntos abordados por ela entre os alunos foi o Bullying, sobre o que a socióloga conversou com a equipe do Ponto Central. Ponto Central: Por que, em sua opinião, a escola é um lugar em que se pratica o Bullying? Maria Carolina, Antropóloga Maria Carolina: Na escola, os alunos têm muito contato um com o outro, ficam juntos por mais tempo e percebem, com mais facilidade, as peculiaridades de cada um. É um ambiente em que as diferenças são muito nítidas. Ponto Central: Quais podem ser as conseqüências do Bullying para quem o pratica e para quem o sofre? Maria Carolina: Para quem sofre com o Bullying, esse ato causa baixa de auto-estima, diminui o rendimento escolar, desenvolve um quadro depressivo, pode deixar o jovem mais disposto ao uso de drogas e, em casos mais extremos, leva, até mesmo, ao suicídio. Exemplos típicos são os alunos de Columbine, nos Estados Unidos, que entraram na escola armados, mataram colegas e, em seguida, suicidaram-se. Já o agressor, praticante do Bullying, perde a noção de como se relacionar, tendo pré-disposição à delinqüência e levando um referencial de agressividade para outros relacionamentos. Ele passa a se considerar superior a outras pessoas, agindo mal com a própria família, amigos e em suas futuras relações de trabalho. Ponto Central: O que pode ser feito para acabar com o Bullying na escola? Maria Carolina: É essencial debater o assunto, fazê-lo circular entre os alunos e conscientizar a sociedade quanto à existência e seriedade do Bullying. Importa, também, que os professores e funcionários atentem para esse tipo de comportamento, agindo com punição severa ao agressor. É preciso que os adultos prestem atenção, porque quem sofre a agressão, geralmente, não fala por medo de haver uma repressão ainda maior; inclusive, há casos em que as testemunhas não contam o que viram por temerem represália: não querem ser as próximas vítimas. Além disso, é bom ensinar às crianças e adolescentes o quanto o respeito ao outro é fundamental para a convivência em sociedade. Ponto Central: No seu projeto das Estações de Aptidão, realizado no Pontual Centro de Ensino, como e por que você trabalhou o assunto “Bullying” entre os alunos? Maria Carolina: Meu projeto trabalha com a diversidade cultural, com o respeito às diferenças. No primeiro semestre, estudamos as outras culturas, enfatizando a compreensão dos diferentes conceitos e a valorização da diversidade. No segundo semestre, minha idéia foi trabalhar o respeito ao outro na convivência social, aceitando a diferença como uma coisa boa. Escolhi, então, o tema Bullying, pois, a princípio, os alunos achavam que isso não acontecia em sua realidade, somente nos colégios dos Estados Unidos. Fizemos pesquisas para mapear a questão entre alunos, professores e funcionários do colégio. Em seguida, analisamos os resultados, fizemos gráficos e descobrimos que o Bullying também acontece perto de nós: 91% das pessoas relataram já terem presenciado tal prática na forma de piadinhas, apelidos, situações embaraçosas. Os alunos concluíram, assim, que as diferenças ainda não são respeitadas e que eles mesmos precisam mudar de atitude em seu cotidiano, pois, se não houver “platéia” para a prática do Bullying, se ninguém der risada quando o agressor ofender alguém, certamente essa violência terá fim. ALUNO DESTAQUE PROFESSOR DESTAQUE Experiência jovem Além dos limites Aluno do Pontual é auxiliar técnico de futebol e transmite conhecimentos aos mais novos, ajudando-os a alcançar títulos. O professor de História Daniel Bezerra fala um pouco sobre deficiência visual, dificuldades e sua volta por cima. Por João Paulo Correa Junior, 8ª série, e Willian Schell, 1° Ano Médio. No Brasil, já não é novidade que o esporte mais popular é o futebol. Ele mexe com o coração da maioria das pessoas, causando sensações maravilhosas e até tristeza (quando o time do coração perde o campeonato!). Mas, por trás de tantas emoções, contratações milionárias, elencos futebolísticos, existem os auxiliares técnicos. Essa profissão não é muito conhecida; sua principal função é discordar do técnico e instigá-lo, através de estatísticas e outros subsídios, para que o comandante do time reflita sobre a forma de preparação e atuação da equipe. Nos treinos, o auxiliar deve ajudar a preparar os atletas, colaborar no aquecimento e no alongamento. Luca de Campos Carrer, aluno do 2° ano Médio no Pontual Centro de Ensino, já é auxiliar técnico, com apenas 16 anos de idade. O estudante foi convidado pelo técnico Alessandro de Oliveira para ajudar a equipe de futsal do Pontual, que estava a caminho da fase macro regional do campeonato JOCOPS. Luca recebeu o convite porque, no ano de 2007, havia participado do campeonato escolar e, por isso, já tinha experiência para colaborar com os atletas. Na preparação física e no aquecimento, Luca é quem ajuda a equipe e, junto ao técnico Alessandro, cuida dos jogadores. Na opinião do estudante, em Luca de Campos Carrer, 16 anos: o jovem auxiliar técnico Por Gabriel Merlini Tissiano, 1º Ano Médio, e Fábio França Filho, 7ª Série. entrevista ao Ponto Central, não é muito fácil ser auxiliar do time, afinal, por serem muito jovens, os atletas ainda apresentam imaturidade comum a essa faixa etária. Luca, entretanto, diz que eles jogaram bem e que foi uma série de jogos vitoriosos. Primeiramente, os atletas do Pontual ganharam o torneio das escolas de Londrina, que foi difícil pela quantidade de times. Ganharam, também, o regional em Bela Vista, o qual reuniu as principais equipes da região. Depois desse torneio, o macro regional foi disputado e vencido em Telêmaco Borba, onde os quatro campeões regionais do norte do Paraná marcaram presença. Após essa sucessão de jogos, o time auxiliado por Luca classificou-se para a grande final paranaense em Curitiba, tornando-se campeão estadual e conquistando espaço no campeonato brasileiro, disputado em Poços de Caldas-MG. O jovem auxiliar técnico Luca de Campos Carrer faz questão de ressaltar que aprendeu muito com a experiência: “Lidar com as pessoas não é tão fácil quanto imaginamos, portanto devemos ser pacientes. O mais importante é que a experiência é algo muito bom, pois, quanto mais a temos, mais coisas aprendemos.” Muitas pessoas, no Brasil e no mundo, enfrentam dificuldades por serem portadoras de deficiências visuais. Tais dificuldades abrangem vida social, locomoção e mercado de trabalho, dentre outros aspectos que tornam o dia a dia muito mais complexo. Existem, porém, deficiências visuais leves que podem não atrapalhar intensamente a vida de uma pessoa, como a miopia, facilmente amenizada pelo uso de lentes de contato ou óculos. O professor Daniel Bezerra, do Pontual Centro de Ensino, é um exemplo de profissional portador de deficiência visual em alto grau, chamada de degeneração genética de Startigart, a qual provoca o envelhecimento precoce dos cones da fóvea. Em entrevista ao Ponto Central, Daniel disse que não sabe ao certo como perdeu parcialmente a visão, só lembra que, entre os 10 e 12 anos, sua professora percebeu que ele lia errado, escrevia fora da linha e aconselhou sua ida ao médico, onde foi constatada a degeneração genética de Startigart. Daniel também contou que sofreu um certo preconceito, mas nada que o abalasse muito. Quando novo, na escola, era alvo de brincadeiras, entretanto a passagem que mais o chateou foi uma escola recusar seu trabalho em virtude da deficiência. Foi um momento difícil, mas família, amigos e Deus são importantes nessas horas, e isso não faltou na vida do professor. A deficiência visual, definitivamente, não foi um empecilho na vida de Daniel, formado em História pela Universidade Estadual de Londrina. No vestibular, ele requereu uma prova especial, e cursar a faculdade, segundo o professor, foi normal, a única “diferença” eram seus xerox, mais caros por necessitarem de mais folhas, decorrentes de uma letra maior. Ainda assim, Daniel revela que conseguiu o mesmo preço no xerox. Para preparar aulas e provas, o professor Daniel usa a Internet e também se baseia em questões de vestibulares antigos. Quando está tudo pronto, ele monta as aulas em Power Point com letras maiores. Daniel não dirige, pois o Detran não daria a ele a carteira de motorista, no entanto sua esposa dirige para ele. Em casa, ajuda em tarefas que não requisitam muito de visão, como lavar o carro e passar pano no chão. Atualmente, o professor Daniel leciona no Pontual e em mais três escolas em Ibiporã, Cornélio Procópio e Rolândia. Quando questionado sobre como superou as dificuldades, adquiriu tanto conhecimento e se tornou um excelente professor, sua resposta é: “Estudando”. Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010 ponto central Pontual em flashes 11