A ÁGUA qUE O ANTíLOPE BEBE, BEBE-A COM A PATA

Transcrição

A ÁGUA qUE O ANTíLOPE BEBE, BEBE-A COM A PATA
A água que o
antílope bebe,
bebe-a com a pata
(poema bakongo)
Distribuição de água melhora a olhos vistos em Luanda,
Zaire e Huambo. Acompanhe a nossa foto-reportagem.
The water that the
antelope drinks
is drunk with its hoof
(Bakongo proverb)
The water distribution system is improving
before our eyes in Luanda, Zaire and Huambo.
Take a look at our photo-report.
ABUNDÂNCIA — Kifuma é uma região que dista cerca de 30 quilómetros da sede do Soyo. Não tinha água potável e recorria
ao rio Nzombo. Com a colocação de um fontenário, o cenário melhorou desde Fevereiro deste ano. Tito Ermelindo, 15 anos, sorri.
ABUNDANCE — In Kifuma, located around 30 kilometres from Soyo’s centre, people extract water from the river Nzombo.
With the installation of a fountain in February, this scenario has certainly improved. Tito Ermelindo, 15 years of age, smiles.
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TANQUES — Os reservatórios são uma alternativa à falta de água em algumas zonas de Luanda.
Celestina Mavunza, 51 anos, revende o precioso líquido, comprado em camiões-cisterna.
TANKS — The storage tanks are an alternative to the lack of water in some parts of Luanda.
Celestina Mavunza, aged 51, resells the precious liquid bought from lorry-tankers.
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CHAFARIZ — Os populares do bairro Santo António, no Huambo, não têm de percorrer longas distâncias para ter água.
Celestino Mango e João Catumbela, 9 e 5 anos, respectivamente.
FOUNTAIN — Residents in the neighbourhood of Santo António, in Huambo, do not need to travel long distances to get water.
Celestino Mango and João Catumbela, aged 9 and 5, respectively.
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FARTURA — Na localidade de Kifuma, Soyo, as donas de casa têm muita água no rio Nzombo. Engrácia Suelele,
Carolina Isabel, Madalena Vasco, Ana Bartolomeu e Maria Verónica regozijam-se.
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ABUNDANCE — In Kifuma, Soyo, housewives have plenty of water from the Nzombo River. Engrácia Suelele,
Carolina Isabel, Madalena Vasco, Ana Bartolomeu and Maria Verónica enjoy themselves.
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AuxÍlio — Verónica Nacambi, 20 anos, no bairro Santo António, ajuda a mãe no transporte de água,
sempre antes de ir à escola, à tarde.
SUPPORT — Verónica Nacambi, aged 20, in the Santo António neighbourhood, helps her mother carry water,
always before going to school in the afternoon.
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COOPERAÇÃO — Domingas Chatova, 54 anos, e Laurinda Chambula, lavam roupa na nascente do rio Lufefena,
nas primeiras horas do dia. Este rio serve de lavandaria para muitas mulheres que residem na zona limítrofe.
COOPERATION — Domingas Chatova, aged 54, and Laurinda Chabula do the washing in the river Lufefena,
at the beginning of the day. This river is used by many women in the area to do the washing.
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Saúde Health
VISÕES
VISIONS
VIDA — Na nascente do rio Lufefena, no Huambo, várias mulheres lavam e estendem a roupa.
Valeriana Jepele, 46 anos, é uma delas.
LIFE — At the beginning of the river Lufefena in Huambo, various women wash and hang out their clothing.
Valeriana Jepele, aged 46, is one of them.
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A seiva da independência
The sap of independence
A independência da subjugação colonial fez brotar a seiva da
independência na alma dos angolanos. A flora angolana inspira terapias antigas numa Angola madura e livre. Os terapeutas
tradicionais consolidam o estatuto de curadores de proximidade. Os novos médicos aportam os benefícios do desenvolvimento a um número crescente de cidadãos nacionais.
Independence from colonial subjugation brought new life to
Angolan’s souls. The country’s flora inspires the use of ancient
therapies in a new Angola that needs urgent health care. Here,
traditional therapists are considered healers of proximity and
cooperation is the symbol of a new dawn, a sign of a country
in development.
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