são paulo boat show
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são paulo boat show
são ão P PAulo PA Aulo boA Aulo boAt oAt oA At show Os (grandes) lançamentos do salão edição nº 57 | novembro — dezembro 2015 | r$ 8,90 a nova marina de itajaí Inauguração em dezembro bArco nA lAje O catarinense que construiu um veleiro em cima da garagem de sua casa AjudA Aos fAbricAntes Como o Sebrae pode ajudar os pequenos estaleiros a crescerem O futuro da Pesca Esportiva está aqui todas as novidades em equipamentos, acessórios, serviços, turismo, varejo, atacado, barcos, motores, lojas e muito mais. Uma feira completa, com atrações para toda a família. 10 a 13 de março Expo Center Norte - São Paulo + 12 mil m² de área de exposição + 40 mil visitantes www.Feispesca2016.com.br RESERVE SUA ÁREA PISTA DE ARREMESSO Tel: (11) 2186-1068 [email protected] PESQUE E SOLTE Realização: VITRINE DA PESCA Apoio: MUITO + ATRAÇÕES... Organização e Promoção: Índice NESTA EDIÇÃO... BARCO INTELIGENTE, pág. 26 ˜ TRANQUILA NAVEGAÇAO pág. 22 pág. 21 pág. 34 pág. 28 pág. 51 pág. 55 BAIXE TAMBÉM AS EDIÇÕES ANTERIORES DE gRAÇA paraná VERSÃO ELETRÔNICA gRÁTIS! santa catarina rio gr. do sul PARANÁ RepResa as surpreendentes águas do interior do paraná Mar doce Lar A família gaúcha que transformou um veleiro em sua nova casa Itajaí VOLVO OCEAN RACE EM LitoraL gaúcho 25 ANOS DEPOIS... Dois relatos sobre as dificuldades da navegação no litoral do Rio Grande do Sul Edição 53 rEprESa xavantES E + Correio ao mar, Ferrugem a bordo O casal que levou meia vida construindo este barco COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Alexandre Sakihama (arte), Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão) Edição 54 itajaí E + Colecionador de barcos, 25 anos depois PublICIDADE DIRETORA DE PublICIDADE mariangela bontempo [email protected] mARKETInG Renata Camargos [email protected] GEREnTE DE CIRCulAÇÃO Débora madureira [email protected] NÁuTICA SuL TAMBÉM ESTÁ NO... 8 Náutica Sul RIO GRANDE DO SUL A NOVA CIMITARRA O que pensa o dono do estaleiro que não para de crescer a mega festa da vela QUE FIM LEVOU? O sumiço do Tunante II, quase um ano depois PARAná – SAnTA CATARInA | GEREnTE REGIOnAl Gustavo Ortiz [email protected], tel. 047/9210-2931 DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] SANTA CATARINA EDIÇÃO Nº 55 | JULHO — AGOSTO 2015 | R$ 8,90 IbIraquera raquera O que você pode fazer para (tentar) evitar este eterno problema em todos os barcos VICE-PRESIDEnTE Denise Godoy PARANÁ COLECIONADOR DE BARCOS O catarinense que tem uma frota particular Tem praia, tem lagoa e é o paraíso dos esportes na água de Santa Catarina FerrugeM a bordo PRESIDEnTE E EDITOR Ernani Paciornik RIO GRANDE. DO SUL EDIÇÃO Nº 54 | MAIO — JUNHO 2015 | R$ 8,90 Xavantes Acesse www.nautica.com.br/nauticasul e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUL SANTA CATARINA correio do Mar As incríveis mensagens em garrafas que o mar ainda traz edição nº 53 | março — abril 2015 | r$ 8,90 No Facebook facebook.com/revista.nautica BOMBAS DE PORÃO O que você precisa saber para não ficar na mão O ADEUS DO VELHO VELEJADOR A vida simples do argentino que comoveu os brasileiros com o seu barquinho VELA AO PÔR DO SOL Os deliciosos Velejaços Noturnos em Porto Alegre Edição 55 iBiraquEra E + Nova fábrica da Cimitarra, História do navegador Victor Otaño Edição 56 o mElhor dE Santa Catarina E + 10 anos da revista Náutica Sul PARA AnunCIAR [email protected] Tel. 11/2186-1022, fax 11/2186-1050 REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO Av. brigadeiro Faria lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/2186-1080 e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050 NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. um Editora ltda. – ISSn 1413-1412. novembro de 2015. Jornalista responsável: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. FOTO DE CAPA: Divulgação marina de Itajaí CTP, Impressão e Acabamento – Prol Editora Gráfica No Twitter No Instagram twitter.com/nauticaonline instagram.com/revistanautica 匀 䄀 䤀 䈀䄀 䴀 䄀 䤀 匀 䔀 䴀 SIMRAD-YACHTING.COM Aconteceu... FESTA 10 ANOS dE NÁUTICA SUL 1 3 2 Mais de 300 pessoas participaram da festa, que reuniu gente do mercado náutico e imobiliário 5 FOTOS ADRIEL DOUGLAS, RENATO CUGNIER E GR1 IMAGENS A comemoração do 10º aniversário da nossa revista reuniu amigos e convidados no primeiro edifício com marina do país, em Balneário Camboriú Há uma década, NÁUTICA SUL traz informações específicas para os donos de barcos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também anfitriões Nathália Mendes e o pai, Luiz Mendes, do Marina Beach Towers, se uniram à NÁUTICA SUL na comemoração dos 10 anos da revista que trata, exclusivamente, da navegação na região Sul do país. A bonita festa agradou todo mundo 4 6 1 Granatti Jr. e Juliana Petrati 2 Cinthia e Alex Miranda 3 Leonel Pavan e Júnior Pavan 4 Thalita Vicentini, Márcio Dottori, Gustavo Ortiz, Luiz Costa e Mariângela Bomtempo 7 8 5 Kelyne e Paulo Campilongo 6 Júlio César Fernandes, Marco Garcia e Jefferson Alvercino Ferreira 7 Susana Barwinsk 8 José Jimenez e esposa 9 Silvana Bento 9 Aconteceu... 2 1 2 1 A festa foi no Marina Beach Towers, que aproveitou para mostrar a sua exclusiva marina aos convidados 4 1 Cláudia e Luiz Nickel 2 Leni Figueiredo e Cíntia Senço 3 Raul Delavy 3 4 Eliane e Isaías Mazzotti 5 Renê Hess e Eluize Mendes 5 6 Rui e Cristina Bitencourt 7 Márcio Cirilo e Paulo Sakai 6 7 Balneário Camboriú foi escolhida para a festa porque é uma espécie de capital náutica do Sul do país Poucas revistas regionais conseguem completar dez anos de vida, como Náutica Sul 1 Márcio Schaefer, da Schaefer Yachts, e seu pai, João Schaefer 2 Jean Vairol e Lu Picolli 3 Jussara e Sérgio Scheidt 4 Elisângela Lorencetti e Raquel Almeida 3 5 Michelle Montegutte 4 6 Alessandra Schmidt e Jean Vairo 7 Hermes Henrique 8 Deise Beatriz e Filomena Mendes 6 12 NÁUTICA SUL 5 7 8 NÁUTICA SUL 13 FESTIVAL NÁUTICO TEdESCO MARINA FOTOS DIvULGAçãO Aconteceu... Pela oitava vez, a marina mais famosa do sul do país abriu suas portas para os estaleiros da região apresentarem os seus novos barcos e o mercado de luxo outras novidades família tedesco Acima, Mário, Gizele e Bianca Bobato com Marco Rodrigues. Ao lado, Júlio e Vani Tedesco. Abaixo, Karoline Gabardo, Jucemar Nunes e Luiz Schirmann muitos casais No alto, Newton Pilau e Patrícia Tedesco, e Juliana Tedesco e Aristides dos Santos. Ao lado, Renato Hess e Nayanne Guimarães 14 NÁUTICA SUL Além de barcos, o Festival também mostrou carros, motos e grandes empreendimentos imobiliários em Balneário Camboriú e região equipes completas À direita, a equipe da Boat SP/Triton. À esquerda, a Vip Boat/Azimut. E, abaixo, a SP Marine/ Mondblu/ Intermarine, e SC Yachts/ Sessa: todos expositores Alguns estaleiros foram representados por concessionários locais, como a SP Marine, da marca Intermarine, e a Boat SP, da Triton barcos e prédios Para apresentar o moderno edifício Yacht House, que está sendo construído anexo à marina, a Pasqualotto trouxe, da Itália, o designer Paolo Pininfarina (ao lado), o mesmo que estilizou algumas Ferrari — que também estavam expostas A Pasqualotto> apresentou o edifício Yacht House, que está sendo construído dentro da marina, com projeto do mesmo designer da Ferrari várias marcas Por meio de representantes oficiais, caso da loja Top Sul (à direita) ou também com equipe própria de venda, como fez a Schaefer (à esquerda), vários estaleiros estiveram presentes NÁUTICA SUL 15 Agora a família está completa O Tons de Duorum é o irmão mais novo da família Duorum, projeto vinícola de elevada qualidade desenvolvido em um terroir excepcional, na região do Douro, em Portugal. Elaborado por dois dos mais renomados enólogos de Portugal, João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco, nos melhores vinhedos da região do Douro. www.portoaporto.com.br | 41 3018 7393 | facebook.com/portoaporto www.casaflora.com.br | 11 3327 5199 | twitter.com/casaflora Foto e Projeto Gráfico: www.brunocastaing.com.br HÁ 25 ANOS INVESTINDO EM QUALIDADE E CRIANDO UM NOVO ESTILO DE NAVEGAR www.lanchascoral.com.br O que há de nOvO nas águas de sanTa CaTaRIna á tempos que a primeira preocupação de quem compra um barco, especialmente os maiores, que, pelo porte, precisam ser mantidos na água, é onde guardá-lo. A carência de vagas, seja em marinas estruturadas ou pequenas garagens náuticas, é um problema crônico em todo o país, fruto da falta de infraestrutura náutica em geral para atender aos donos de barcos de passeio. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não são exceções neste quadro desanimador. Mas, pelo menos, nestes estados (com ênfase especial para Santa Catari- IMAGENS DIVULGAÇÃO MaRInas Com a inauguração da Marina de Itajaí, este mês, a ampliação da Tedesco Marina, em breve, e o surgimento de novos projetos, Santa Catarina finalmente começa a se mexer para tentar combater o crônico problema da falta de vagas para guardar tantos barcos na, onde começam a proliferar projetos de construções de novas marinas) alguns empresários do setor estão se mexendo, ainda que tardiamente, porque as barreiras legais e ambientais são gigantescas, para tentar evitar que o problema se agrave ainda mais. A inauguração da promissora Marina de Itajaí, que, quando ficar totalmente pronta poderá se tornar a maior do Brasil (vire a página e veja por que), é um bom exemplo disso e um alento para quem, há tempos, sofre para achar uma boa vaga para guardar o seu barco, com segurança e praticidade. Mas, felizmente, há outros bons sinais no horizonte, como mostramos nas páginas seguintes. Náutica Sul 21 Marinas MarIna dE Itajaí a nova cara da cIdadE Com a inauguração da primeira fase da Marina de Itajaí, a cidade que está virando referência náutica ganha muito mais do que apenas um lugar para guardar barcos ompletinha mesmo, ela só estará em 2019, quando todas as lojas e serviços da sua grande área de entretenimento, quase um shopping center, estiverem prontas. Mas, agora, no primeiro dia de dezembro, a mais nova marina do país, a Marina de Itajaí, já estará funcionando perfeitamente, ainda com apenas parte das suas vagas para barcos disponíveis. Mesmo assim, vagas pra chuchu. Os dois píers iniciais, dos sete que fazem parte do projeto, cada um deles com 30 metros de comprimento por três de largura, têm capacidade para 150 barcos, in- 22 Náutica Sul cluindo grandes iates, sem falar em outras 180 vagas em um moderno galpão duplo, com prateleiras, para embarcações menores, que também já está pronto. No total, a Marina de Itajaí já começará oferecendo 330 vagas, o que está longe de ser pouco. E quando o projeto inteiro de ampliação estiver concluído, o que dependerá da demanda do mercado, este número poderá saltar para espetaculares 1 000 barcos. São números extraordinários para a atual realidade das marinas brasileiras. Mesmo hoje, apenas no seu lançamento, a Marina de Itajaí, construída pelo engenheiro e empresário Manuel Maia de Oliveira (veja entrevista com ele na presente e futuro A marina inaugura com dois flutuantes e um galpão duplo para guardar barcos menores no seco (acima). Mas o projeto prevê bem mais vagas e até uma espécie de shopping center com boulevard, para as pessoas passearem (ao lado) próxima página) a partir de uma parceria público-privada com a administração da cidade, já é a maior da região em oferta de vagas na água, e, no futuro, tem tudo para se torça para diminuir o consumo de energia na iluminação e nar, também, a maior do país neste quesito. Seu projeto por aí afora), o que, desde já, a credencia como séria candiprevê 10 000 m2 de área construída, incluindo um agradádata a receber a Blue Flag, título que identifica as marinas vel boulevard para as pessoas passearem e uma ciclovia que com os maiores padrões de comprometimento ambiental avançará molhe adentro, e seu espelho do mundo. Além disso, já começa a fund’água, ou seja, a área de mar da marina cionar com uma frota de carrinhos eléA nova marina (embora, tecnicamente, ela fique no rio tricos não poluentes, para o transporte já começa a operar Itajaí-Açu), tem dez vezes isso: 120 000 de clientes e bagagens entre os barcos e com 330 vagas, 2 m — a maior parte deles com uma proa sede da marina. sendo 150 delas fundidade de quatro metros, mais que Se, para os donos de barcos, tão casuficientes para receber grandes barcos, rentes tanto de vagas quanto de pontos na água. Com as outro objetivo da marina que já começa de apoio ao longo do litoral catarinenampliações, pode a ser oferecido agora. se, a inauguração da Marina de Itajaí é chegar a 1 000 barcos Trata-se, sem dúvida, de uma mauma ótima notícia, para a própria cidarina de padrão internacional, construíde é melhor ainda. Com uma marina da num local excepcional: o Saco da Fadesde nível, Itajaí não só reforça a vozenda, bem diante da cidade e com águas tão protegidas cação náutica da cidade (que, por sinal, acaba de receber quanto as de uma piscina. Além disso, foi erguida com semais uma regata internacional, a Jacques Vabre), como vera preocupação ambiental (tem estação própria de trataganha novos empregos. Estima-se que cada barco de pasmento de esgoto, captação de água de chuva, reciclagem seio gere dois empregos diretos e outros cinco indiretos. de resíduos dos barcos, energia solar, sensores de presenPortanto, uma legião de itajaienses será beneficiada. Até quem não tem barco está lucrando com a nova marina. Sem falar na paisagem da cidade. Náutica Sul 23 Marinas por dEntro da nova MarIna Algumas características da marina que está sendo inaugurada em Itajaí “A mArinA é de itAjAí” O engenheiro e empresário Manuel Maia de Oliveira, sócio e criador da Marina Itajaí, fala das dificuldades para se construir uma boa marina no Brasil, mas se orgulha da que está entregando, agora, à cidade centreventos O centro de exposições de Itajaí fica ao lado. A marina também servirá para guardar os barcos das grandes regatas que chegam à cidade estacionamento Para mais de 500 carros localização O Saco da Fazenda tem águas muito abrigadas e fica dentro da cidade qualidade da água É salobra, porque fica no rio Itajaí-Açu, mais doce que salgada, e não cheira mal 24 no futuro, aqui haverá um shopping As obras já começam no ano que vem posto de combustível Para abastecimento dos barcos profundidade Em certas partes, o calado chega a quatro metros Náutica Sul vagas maiores Algumas, para barcos de até 120 pés O aeroporto O de Navegantes fica a menos de seis quilômetros de distância guindastes Dois forklifts e um travelift, para barcos de até 75 toneladas novos galpões com prateleiras Os projeto prevê mais dois, triplicando a capacidade de barcos no seco dois píers A marina começa oferecendo um par de flutuantes, para 150 barcos médios e grandes sede Já pronta, com loja de conveniência galpão duplo para barcos A marina já começa com 180 vagas secas área molhada A marina tem um total de 120 000 m2 de água, para construir novas vagas para barcos tamanho dos píers São flutuantes, cada um com três metros de largura ajuda náutica Serviço de resgate e salvatagem para os barcos outros píers O projeto prevê um total de sete flutuantes, que serão construídos conforme a demanda A Marina Itajaí será mesmo a maior do Brasil? conceito “maior” é muito relativo. Maior em quê? Em tamanho? Em área construída? Na qualidade? É arriscado definir tudo numa só palavra. Mas, sob todos os aspectos — e com todo respeito às marinas já existentes —, certamente estaremos entre as maiores do país, senão à frente delas, especialmente na capacidade de barcos, que passarão de 900, inclusive iates de 120 pés. Mas “ser a maior” não significa muito para mim. O que me importa é fazer direito e, a partir daí, tentar ser a melhor. Para mim, isso é o que conta. boulevard Área de lazer para a cidade, a ser criada junto com a área recreativa da marina molhe com ciclovia Ele será integrado à ciclovia já existente na avenida que margeia a marina canal de acesso Permanentemente dragado, mesmo procedimento usado no porto da cidade, que fica ao lado É muito difícil construir uma boa marina? ob o ponto de vista de engenharia, até que não é tão difícil assim. É mais fácil do que construir um prédio, por exemplo, embora exija atenção a detalhes específicos, como a perfeita impermeabilização do piso para evitar contaminação do solo por resíduos de óleo. No nosso caso, toda a água usada na lavagem dos barcos vai para uma caixa separadora de óleo, antes mesmo de ser tratada e reutilizada para lavar outros barcos — aquele tipo de obra que ninguém vê, porque fica debaixo da terra. O que realmente torna a obra complicada é a quantidade de licenças ambientais que se deve ter para co- S meçar a construir uma marina. Chega a ser desanimador, mesmo quando se está fazendo tudo direitinho. Por isso é que o Brasil possui bem menos marinas do que já deveria ter. Na sua opinião, quais são os pontos altos da Marina Itajaí? lém da preocupação com as questões práticas e ambientais que tivemos, acho que é a sua localização. O Saco da Fazenda é uma baía extremamente abrigada, à prova de marolas e grandes oscilações de marés, embora fique logo na entrada do rio Itajaí. A água aqui não tem cheiro e não é tão salgada quanto no mar, o que irá demandar menos manutenção nos barcos nas vagas molhadas. Além disso, a marina está literalmente dentro da cidade e a meia dúzia de quilômetros do aeroporto. A própria Itajaí tem localização privilegiada, porque fica bem no meio entre Floripa e Joinville, as duas maiores cidades do estado, e está em plena pujança. Logo, logo, irá gozar da mesma sofisticação imobiliária de Balneário Camboriú, que fica aqui ao lado, não tenho dúvidas disso. Por isso é que decidimos batizar a marina como “Marina de Itajaí”, em vez de colocar qualquer outro nome fantasia. A marina é da cidade e a cidade já fala dela com muito orgulho, o que me orgulha muito também. A Náutica Sul 25 Marinas tEdEsco MarIna junto, mas separado As novas vagas ficarão separadas da sede da marina, mas seus usuários poderão usar toda a infraestrutura da Tedesco Marina As novas vagas se estenderão ao longo do molhe da Barra Sul. E já estão sendo construídas Barcos MolhE adEntro A tão esperada ampliação da Tedesco Marina já está sendo executada e irá embelezar ainda mais o molhe da Barra Sul, em Balneário Camboriú á tempos que os donos de grandes barcos às voltas com a carência de vagas nas marinas da região de Balneário Camboriú olhavam para o molhe da Barra Sul e ali vislumbravam um extenso píer ao longo da parte de dentro daquele quebra-mar na cidade. Era o local ideal para parar grandes barcos, que, pelo seu porte, não podem ser retirados da água. Era, também, uma excelente opção para permitir a ampliação da vizinha Tedesco Marina, já às voltas com a procura cada vez maior de vagas molhadas. Mas nada acontecia. 26 Náutica Sul Até que, dois anos atrás, foi aberta uma licitação federal para a instalação de equipamentos náuticos naquela cobiçada área do molhe. Era tudo o que a Tedesco Marina — e os donos de barcos — queriam. Imediatamente, por meio de uma das empresas do grupo Tedesco, a Bontur, a marina preparou um projeto e entrou na disputa. E venceu. Mas a vitória só veio depois de uma extensa série de licenças municipais, estaduais e federais, como sempre acontece no caso de marinas. Neste momento, as obras já estão a todo vapor e a previsão é que as novas vagas estejam prontas para serem oferecidas aos interessados até o final do primeiro semestre do ano que vem. Pelo projeto, serão 32 grandes vagas para iates de até 140 pés de comprimento, que podem virar o dobro disso para cascos menores — um alívio e tanto para o carente mercado de vagas para grandes barcos. Todas seguirão o mesmo padrão das vagas originais da Tedesco, com píer flutuante de concreto de quatro metros de largura e facilidades como água, energia elétrica, internet e carrinhos elétricos para operações de serviços nos barcos. Mas, por uma questão geográfica, não se interligarão com as do píer já existente na marina. As novas vagas terão acesso exclusivo, embora os donos dos barcos possam embarcar e desembarcar pela sede da marina, que manterá um serviço de lancha de transporte até os píers do molhe. “Toda a nossa infraestrutura de estacionamento, loja de conveniência, posto de combustível e sede social será estendida aos usuários das novas vagas”, explica Juliana Tedesco, diretora da mari- na, que, graças a isso, aumentará significativamente de tamanho. “Será a nossa terceira fase de ampliação na oferta de vagas molhadas”, completa. Além de maiores, as novas vagas, que se estenderão até quase a foz do rio Camboriú, tornando, inclusive, a paisagem mais agradável nos passeios a pé que as pessoas costumam fazer pelo molhe da Barra Sul, também permitirão a parada de barcos com grande calado, já que a profundidade no local é de quatro metros, contra apenas 2,5 metros nos píers atuais da marina. Isso será especialmente útil para os veleiros, sempre às voltas com marinas rasas demais. “Se Deus quiser, em poucos meses, o problema da falta de vagas maiores em Balneário se resolve”, respira, aliviado, um dos aflitos donos de barcos que costumam veranear na cidade. “Resta saber se elas serão suficientes para tamanha procura, porque o tamanho do molhe é o limite.” Náutica Sul 27 Marinas FOtOS AdrieL dOUGLAS coM o Barco na janEla Um dos felizes moradores do único edifício com marina privativa do país, o Marina Beach Towers, em Balneário Camboriú, que está ganhando uma segunda torre de apartamentos, fala das vantagens de ter o barco na porta do elevador ada de pegar o carro, enfrentar trânsito e ficar procurando vaga para estacionar. Quando quer sair com o seu barco, tudo o que o empresário paranaense (hoje praticamente radicado em Balneário Camboriú, onde passa a maior parte do tempo) Adilton Cardoso precisa fazer é pegar o elevador. Pronto. Em pouco mais de 30 segundos, ele desembarca dentro da própria marina onde sua lancha o aguarda já na água. Dali, ele já sai navegando. Bem debaixo das janelas do seu apartamento. O que seria um sonho para qualquer dono de barco, especialmente aqueles que, por falta de opção, acabam tendo que guardar a embarcação a quilômetros de casa, para Adilton é, hoje, pura rotina. Ele é um dos privilegiados moradores do Marina Beach Towers, o único edifício com marina privativa do país, que, depois de ter praticamente todas as unidades da sua primeira torre vendidas, está fazendo uma segunda, com o mesmo benefício: ter o barco na porta do elevador. 28 Náutica Sul “É uma maravilha”, vibra Adilton, que, antes de comprar uma unidade no edifício mais peculiar de Santa Catarina, tinha que se dividir entre um apartamento de fim de semana na praia de Itapema e a vaga para o seu barco numa distante marina em Pontal do Paraná, a muitos quilômetros tanto de sua casa, em Curitiba, quanto do seu refúgio catarinense. “Tínhamos de escolher entre a praia ou os passeios de barco, porque não dava para fazer as duas coisas no mesmo fim de semana. Agora, saímos com a lancha praticamente todos os dias e ainda voltamos para almoçar em casa”, comemora Adilton, feliz da vida. “Pensei várias vezes em comprar um apartamento e uma vaga de marina em Balneário Camboriú, mas, além de não haver tantas vagas disponíveis para uma lancha como a minha, os preços, tanto de uma coisa quanto da outra, eram abusivos. Daí, fiz as contas e concluí que era mais viável ter um apartamento no Marina Beach Towers do que comprar as duas coisas separadas. Além de tornar tudo infinitamente mais prático.” Embora os apartamentos no Marina Beach Towers não sejam exatamente baratos (uma unidade com três suítes e 250 m2, incluindo uma estupenda sala de 80 m2, custa FOtOS AdrieL dOUGLAS MarIna BEach towErs mais prático, impossível O casal Adilton e Marli Cardoso, primeiros moradores do Marina Beach Towers e satisfeitíssimos com a escolha: “Fico vendo o meu barco lá de cima e, quando quero sair com ele, só preciso pegar o elevador”, comemora Adilton cerca de R$ 1,9 milhão), o custo para manter um barco na marina do edifício é praticamente simbólico. Para guardar sua Azimut de 42 pés numa vaga seca da garagem náutiPor essas e outras, Adilton e Marli estão felizes da vida ca do prédio, que também possui meia dúzia de vagas na com a escolha que fizeram, e não só por conta da marina água, para barcos maiores, de até 60 pés de comprimento, privativa — que, por sinal, não pode hospedar barcos de Adilton não gasta mais que R$ 800 mensais — cerca de fora. Além de ser o único edifício com tal benefício no Braseis vezes menos do que pagaria em qualquer outra marisil, algo já relativamente comum em Miami e outras granna para um barco deste porte. “A longo des cidades litorâneas dos Estados Uniprazo, parte do dinheiro volta”, analisa. dos, o Marina Beach Towers é, também, “Fico lá de cima “De certa forma, comprei uma vaga para uma espécie de resort vertical. A marina, monitorando o barco e ganhei um apartamento e não com heliponto e vagas secas em três andao trabalho dos o contrário”, brinca. res de prateleiras, ocupa a parte de baixo marinheiros no Adilton é tão entusiasta da ideia de do prédio e fica debaixo de um gigantesmeu barco. Não ter apartamento e barco debaixo do mesco deque, com vista para o rio Camboriú, existe nada mais mo teto (ele o enxerga até da janela do baonde há duas piscinas (uma convencional nheiro!) que foi o primeiro morador do prático”, diz Adilton e outra aquecida, com fluxo d’água reguprédio. “Mudamos para cá em dezembro lável para natação), sala de jantar e de fesdo ano passado, antes mesmo de o edifício tas (há outras duas do gênero no prédio), ser entregue”, recorda Marli, mulher de cozinha gourmet totalmente equipada e Adilton e fiel companheira nos passeios náuticos. “Paramos sala de leitura e jogos, com até uisqueria para os condôo barco na marina e ficamos uma semana morando nele, minos guardarem as suas garrafas preferidas. No oitavo anenquanto os pedreiros terminavam o apartamento”. Outra dar, de um total de 28 na parte dedicada aos apartamentos, grande vantagem desta incomum proximidade com o barmais surpresas: outra sala de jantar para convidados, acadeco é que a manutenção dele fica bem mais fácil. “Monitomia com vista aérea, salão de beleza e por aí afora. A parte ro o trabalho dos marinheiros daqui de cima e fico vendo social e recreativa do prédio é tão completa que, a rigor, os se eles estão fazendo direito”, diz Adilton. “Tem gente que condôminos só precisariam usar os apartamentos para dorsó vê o barco que tem uma vez por mês. Eu olho o meu a mir. É, mais ou menos, o que faz Adilton. “Já entro no eletodo instante e nem preciso sair de casa para isso”. vador pronto para navegar e, na volta dos passeios de barco, fico batendo papo com os vizinhos na marina. Quer dizer, no nosso prédio. Não existe nada mais prático”. Náutica Sul 29 Marinas mais mariNas O que também pOde vir pOr aí A iniciativa pioneira da parceria público-privada para a construção da Marina de Itajaí já está inspirando outras cidades de Santa Catarina a também terem suas marinas como seriam Os primeiros projetos para Floripa (no alto) e Porto Belo (acima): Se tudo der certo, levariam entre quatro e cinco anos inauguração da Marina de Itajaí não é a única boa notícia do gênero para os donos de barcos de Santa Catarina. Já há, pelo meentre 35 e 100 pés. Mas levaria, no mínimo, nos, dois outros projetos de grandes maritrês ou quatro anos para ficar pronta — metanas sendo trabalhados para o estado, ambos de disso, estima-se, apenas para conseguir tonavegando na mesma onda da parceria púdas as licenças ambientais necessárias. Mesblico-privada que propiciou a obra em Itamo assim, já tem o primeiro passo dado. jaí — ou seja, concessões municipais para exploração duJá a marina de Florianópolis seria erguida na beirarante certo período de tempo, mediante a construção da mar norte, teria cerca de 400 vagas molhadas, estacionaprópria marina com recursos particulares. Um destes promento subterrâneo para carros, para não comprometer a jetos prevê a construção de uma marina em paisagem, e seria uma espécie de marinaPorto Belo, o outro em Florianópolis. Ambos parque, também voltada para o lazer da poTambém ainda estão na fase embrionária de projetos, pulação da cidade. Parte das suas vagas sehá projetos de especialmente o de Floripa. Mas as chances riam públicas e também serviriam como de vingarem são boas, embora isso não deva ponto de embarque/desembarque para o marinas para acontecer antes de quatro ou cinco anos. transporte aquaviário, que, há anos, tenPorto Belo e A marina de Porto Belo está um pouco ta-se implantar entre a ilha e o continenFlorianópolis. mais avançada nos estudos, apesar de também te. “Hoje, quem chega de barco a Floripa ainda não ter um desenho final aprovado. “EsO primeiro está simplesmente não tem como desembarcar, tamos pensando em unir o melhor dos dois mais adiantado porque todos os trapiches são particulares”, projetos que foram apresentados”, diz o vicedesabafa Mané Ferrari, presidente da asprefeito da cidade, Giovanni Voltolini, que sociação de marinas de Santa Catarina, a também é dono de uma marina na cidade, a Acatmar, que sempre batalhou pelo setor. Atlântida. “Um deles tem píers em forma de espinha de peiAlém destes dois projetos, também a cidade de Tijucas xe e o outro prevê uma espécie de quebra-mar móvel. O ideplaneja criar uma espécie de polo náutico, às margens do al seria juntar as duas coisas”, explica Giovanni, que teve a rio que cruza a cidade, para abastecer com serviços as macriação de uma grande marina na cidade como uma de suas rinas e estaleiros da região. Também sonha com uma maripromessas de campanha. “Uma marina desse nível gera emna própria, mas isso exigiria, primeiro, a construção de um pregos e qualifica os visitantes da cidade, além de ajudar a remolhe na foz do rio, para facilitar a entrada e a saída dos solver os problemas dos donos de barcos”, explica. barcos, o que é bem mais complicado. Pelos projetos, a maior marina de Porto Belo, a ser consTambém Blumenau se interessou em, no futuro, ter truída num trecho particularmente tranquilo da orla da ciuma grande marina fluvial. Mas, como isso deve demodade, quase ao lado do iate clube local (e a pouquíssima rar, até lá pretende quebrar o galho com alguns trapiches distância da principal atração náutica do estado, o Caixa públicos —uma ótima opção para os próprios barcos da d’Aço), teria cerca de 600 vagas, todas na água, para barcos pioneira Marina de Itajaí. Quando o mar não estiver bom para os passeios náuticos é só alterar o rumo e subir o rio, até Blumenau. 30 Náutica Sul Redução do arrasto Por quê não > 1 knot extra velejando? Sistema Overdrive Economia de combustível em longos cruzeiros Eficiência à ré Inversão das pás faz com que o hélice tenha a mesma eficiência avante ou à ré Hélices folding para veleiros de cruzeiro ou regata com duas ou três pás. Calcule o hélice ideal para seu veleiro em nosso site. Contate-nos e saiba mais www.gori-propeller.com Fone: Em todo Brasil 51 3268-6675 4007-1517 www.equinautic.com.br custo de uma ligação local. 51 9714-9346 [email protected] vendas.equinautic facebook.com/Equinautic.Ltda Marinas OUTRAS NOVIDADES Exemplos de melhorias também no PR e RS CaiObá COm mais vagas O estado do Paraná ainda carece de uma legislação que regulamente o licenciamento ambiental para as marinas, o que tem limitado tremendamente o surgimento de novos empreendimentos e inibido o crescimento das marinas já existentes (15 anos depois de ter sido criada, por exemplo, a marina Porto Estaleiro, a maior de Guaratuba, ainda não conseguiu sair da primeira fase do projeto, por falta de liberação das autoridades). Mesmo assim, um ou outro caso tem dado certo. Um deles foi a criação do cais sul do Iate Clube de Caiobá, que ampliou em 34 vagas a capacidade do clube. “Agora, pelo menos, não faltam mais vagas para os sócios”, comemora o comodoro do clube, Ewaldo Buschle Neto. pró-NáutiCa COm seguNda sede Se tudo der certo, já no ano que vem, a marina Pró-Náutica, às margens da lagoa da Conceição, em Florianópolis, ganhará uma segunda sede, bem em frente ao Iate Clube Veleiros da ilha, só que no continente — uma área, até hoje, sem nenhuma opção para quem quiser guardar um barco ou jet. A nova marina, que está em fase adiantada de projeto, terá vagas (no seco) para 50 lanchas de até 45 pés e oferecerá, pelo menos, uma novidade: quem quiser poderá comprar a vaga em definitivo (podendo, depois, sublocá-la), em vez de apenas alugá-la. “É um ótimo negócio”, garante Tchello Brandão, dono da Pró-Nautica. “Com o que a pessoa gastará de aluguel ao longo de anos, ele compra a vaga, que, depois, poderá ser vendida, com bom lucro.” uma mariNa só para jets em pOrtO alegre O Rio Grande do Sul acaba de ganhar a sua primeira marina só para jet-skis. A Ilhas Jet fica numa das ilhas do estuário que desagua no Guaíba, bem em frente a Porto Alegre, tem capacidade para 100 jets (e logo será ampliada, para caberem mais 50) e começou cobrando preços pra lá de atraentes. “Se o cliente fizer as contas, verá que não vale a pena guardar o jet na garagem de casa e, toda vez que quiser usá-lo, rebocar até o rio, perdendo um tempão com isso”, garante Leonardo Pisoni, da nova marina — a primeira do estado exclusiva para jets, seguindo o que já existe em Santa Catarina, Rio e São Paulo. mais um galpãO Na blue FOx A marina Blue Fox tem uma localização pra lá de privilegiada, na linda enseada de Jurerê, na ilha onde fica Floripa. Por isso, sempre esteve lotada de barcos e há muito que não tinha mais vagas. Mas, agora, isso está temporariamente resolvido com a construção de um novo galpão com vagas em prateleiras, para novos 70 barcos. “Com isso, o problema de não ter onde guardar o barco no verão aqui está resolvido”, garante o gerente da marina Nerilton da Silva. “E espero que seja suficiente para atender os novos clientes até, pelo menos, o final do ano que vem. Se não for, depois ampliamos mais”. 32 Náutica Sul Uma mão para as marinas O projeto Marina Legal, da Acatmar, ajuda as marinas a se regularizarem com custo muito baixo E ntre todas as dificuldades que os donos de marinas e garagens náuticas enfrentam para ampliar o seu negócio, a pior é a obtenção das licenças necessárias. E são muitas: licenças municipais, estaduais, especialmente ambientais, numa profusão burocrática de órgãos superpostos capaz de desanimar até o mais paciente dos mortais. Fica pior ainda quando a própria situação legal da marina não está 100% em dia, o que acontece com muita frequência entre os pequenos empresários do setor. ara ajudar a regularizar o que já existe e, a partir daí, tentar fazer crescerem as marinas, a Acatmar — Associação Náutica Catarinense para o Brasil criou o projeto Marina Legal, que dá suporte jurídico e fornece consultores para, coletivamente, regularizar as marinas que têm pendências fiscais, legais e ambientais. “Sem a regularização, que depende de ter todas as licenças em dia, essas marinas jamais conseguirão, por exemplo, financiamento para expandir as suas estruturas”, explica o presidente da Acatmar, Mané Ferrari. “Legalizar é o primeiro passo”, diz Ferrari, que aponta outra grande vantagem do projeto coletivo gerido pela entidade que ele dirige: “Através do Marina Legal fica mais barato para todo mundo, porque os custos são rateados. Um dono de marina gastaria quatro vezes mais com advogados, taxas e trâmites se encaminhasse um processo de regularização por conta própria”, ele garante. o primeiro ano do Marina Legal, oito pequenas marinas de Florianópolis foram regularizadas. Agora, outras sete estão sendo certificadas. A iniciativa está sendo tão útil que a Acatmar está pensando em expandir a ajuda às marinas do Paraná e do Rio Grande do Sul. “Estamos aqui para ajudar as marinas, sejam elas de onde forem”, diz Ferrari. P N Algumas novidades que brilharam no salão náutico de São Paulo Schaefer 560 O Parece (bem) mais novo barco de 56 pés da Schaefer Yachts, apresentado pela primeira vez no São Paulo Boat Show, não é o maior modelo da marca, mas talvez seja o que melhor soube aproveitar espaços e recursos de outros barcos para conseguir o efeito de parecer maior do que é. Isso fica claro no delicioso sofá externo na proa, mimo que só costuma ser oferecido em lanchas bem maiores. Ou na suíte principal, cujo banheiro também ocupa toda a largura (4,90 m) do casco. Além dela, há outros dois camarotes e uma cozinha estrategicamente fincada entre a sala e praça de popa. O preço, a partir de R$ 4,9 milhões (com dois motores Volvo IPS 800), não é exatamente uma pechincha, mas é menos do que custaria uma lancha de 60 pés, que, no fundo, oferece praticamente os mesmos recursos. FOTOS FERNANDO MONTEIRO SÓ BARCÕES Mais da metade dos lançamentos do São Paulo Boat Show foram lanchas por volta ou acima dos 50 pés de comprimento. Como a nova Schaefer 560 (ao lado) Náutica Sul 35 Cimitarra 760 Uma das grandes estrelas do salão E EU FUI m um salão marcado pelo lançamento de vários grandes barcos (nos dois sentidos), este foi um dos principais destaques: a novíssima Cimitarra 760, maior lancha (já quase iate) produzida pelo estaleiro gaúcho Cimitarra, até então dedicado a produzir apenas barcos de médio porte. A novidade agradou em cheio. Até no preço: algo entre R$ 6,5 e R$ 7 milhões, com dois motores Volvo IPS 1200, o que é significativamente menos que o dos concorrentes. A configuração interna da cabine fica a critério do cliente, mas o modelo exibido tinha dois quartos e duas suítes, além de uma espaçosa sala, cozinha, átrio, lavabo, etc. etc. Do lado de fora, além do flybridge, há, também, teto solar, para ventilar e deixar parte da sala igualmente ao ar livre. Com este barco, a Cimitarra, literalmente, mudou de patamar. 1 Robert Scheidt e Ernani Paciornik 2 Alessio Freire (Levefort) e Eliana Purcino 3 Carlos Borges (Hotel Portobello) 4 Andrea Steiner, Flávio Steiner (Grupo RBS) 2 5 Enilson Sales, José Lula, Daniel Sales (Jacaré Náutica), Paulo Sakai, Marcos Venâncio (Sanáutica) 6 Carlos Santiago, Ivan Martins, Jorge Neto, Eros Gradowski, Ernani Paciornik, Aguilar Bonsato, Roberto Damiane, Ewaldo Buschle, Marcus Domingos e Cyro Filho 1 3 4 6 5 Fly Fish 280 F400 Gran Coupé Cada vez melhor D esde que comprou as formas da extinta lancha Armada 40, há cerca de dois anos, o estaleiro catarinense Fibrafort já fez mais de 190 melhorias e mudanças no projeto deste barco, que é o maior da fábrica que mais produz lanchas (em unidades) no país. O resultado é um novo barco, que só tem a ver com o modelo original no desenho do casco — e, mesmo assim, ele agora está mais sólido, porque passou a ser laminado com outro material. Entre as mudanças mais visíveis está o hardtop, que ganhou uma espécie de aerofólio, a fim de diminuir a entrada de vento no cockpit. Usa dois motores de 300 a 380 hp cada e custa a partir de R$ 1,1 milhão. 36 Náutica Sul Para pescar e passear P escar é uma atividade tipicamente masculina. Por isso, as mulheres sempre olharam meio de lado para as lanchas de pesca. Por causa disso, o estaleiro catarinense Brasboats, que produz as lanchas da marca Fly Fish, resolveu criar um modelo com cabine, visando agradar também as famílias. Nasceu assim a Fly Fish 280, de 28 pés, que é um misto de lancha de pesca e de passeio, com cama e solário, para filhos e mulheres, e uma espetacular praça de popa, com 6 m2 de área livre, para os pescadores. Preço? R$ 320 mil, com um motor de popa de 300 hp. Singular 270 E Diferente até no nome m pelo menos um aspecto, a nova Singular 270, construída pelo estaleiro catarinense Singular Boats, faz jus ao nome que tem: seu banheiro fica na proa da cabine, em vez da habitual localização à meia-nau, uma configuração interessante e bem pouco usual. E é justamente o tamanho do banheiro, embora ele não seja muito alto, uma das melhores coisas desta lancha, já que em barcos com este porte e proposta (passeios diurnos, só muito eventualmente com pernoites a bordo), o banheiro é mais usado que a cama — embora ela também exista, à meia-nau e com impressionantes 2,18 m de comprimento. Como se vê, uma lancha bem original. Custa cerca de R$ 205 mil, com um motor centro-rabeta de 220 hp. Náutica Sul 37 Triton 500 Fly Agora, boa dentro e fora D EU FUI e tempos para cá, o estaleiro paranaense Triton tem lançado um barco atrás do outro. E cada vez maiores, o que mostra o vigor da marca. Faltava, no entanto, uma lancha com flybridge, para atender os clientes em busca de mais espaço a bordo. Faltava... Agora, não mais. A versão com fly do modelo Triton 500, de 50 pés, apresentado no último salão do Rio, estreou em São Paulo agradando bastante, até no preço: por volta de R$ 2,1 milhões, com dois motores Volvo IPS 500. Por dentro, destaque para cabine de solteiros, bem maior do que o habitual. E, do lado de fora, para a popa, que tem garagem para o bote inflável e uma larga escada de acesso, conseguida graças ao sutil deslocamento do sofá um pouco para o lado. 1 Denise Godoy e Raquel Schaefer 2 Alessandro Marchini, Luiz Schadrack, Maneco Fontes e João Rodrigues Jr. (SP Marine) 5 3 Equipe Jet Club Blumenau e Marcos Antonio Pereira (Atlantic Boats) 4 Carmen Santiago, Carmen Lúcia, Cyro Filho, Maria Ângela Martins e Sônia Camargo (Iate Clube de Caiobá) 5 Fernanda Procek e Luiz Henrique Nunes (Volvo Penta) 1 Princess V57 Quase uma grife A nova V57, do conceituado estaleiro inglês Princess Yachts (que faz parte do mesmo conglomerado de marcas de luxo da Louis Vuitton) é uma lancha de mais de 20 toneladas, mas com certo apelo esportivo, já que chega aos 38 nós de velocidade, quando equipada com dois motores de 900 hp. Mas, melhor até do que sua performance é a distribuição dos espaços na cabine. A cozinha fica no convés inferior, diante de uma pequena saleta, que pode virar um terceiro banheiro. E a suíte de proa tem um interessante par de camas de solteiro, em forma de tesoura, que pode virar uma de casal. Como é importada, seu preço é um pouco mais salgado: cerca de R$ 8,3 milhões, dependendo da taxa de câmbio. Mas tem qualidade de sobra e representação oficial no Brasil. 38 Náutica Sul 2 4 3 6 6 Eros e Elizabeth Gradowski (Iate Clube de Caiobá) AZIMUT 60 Bonita por fora, linda por dentro O que já é bom pode ficar melhor? Sim, sempre pode. Se for um grande barco, por exemplo, basta decorá-lo com bom gosto, como foi feito nesta série especial da Azimut 60, apresentada no salão, com decoração assinada por famosos escritórios italianos de design, como Missoni Home, Armani e Loro Piana. No barco exposto, predominava o contraste entre madeira escura e os tecidos bem coloridos. Ficou lindo. De resto, era a mesma lancha de três camarotes (sendo duas suítes), sala, cozinha, flybridge, plataforma de popa submergível, estabilizador e tudo o mais de bom que quase dois milhões de dólares podem comprar. Inclusive decoração de grife. Náutica Sul 39 Intermarine 80 Ah, como eu queria... A EU FUI maior lancha já produzida pelo consagrado estaleiro Intermarine foi, também, o maior barco exposto no salão de São Paulo. Com um design muito atual e recursos tecnológicos de última geração, como um sistema norueguês de estabilização por aletas que reduz barbaramente o balanço do casco, estando ele parado ou em movimento, a Intermarine 80, lançada recentemente, arrancou suspiros de todo mundo. Até dos amantes da performance, já que embora seja um quase iate, com quatro suítes e tudo o mais de um grande barco, é capaz de navegar a vibrantes 33,5 nós, quando equipado com dois motores de 1 650 hp cada. 2 1 3 4 5 6 Kart 35 A Um kart para a água Gamper é um bem conceituado fabricante catarinense de infláveis e este é o seu mais recente modelo: o divertido Kart 35 — nome que tem a ver tanto com o seu tamanho, de 3,5 metros de comprimento, quanto à forma divertida de pilotá-lo, bem na frente, com o volante ao centro, feito um kart de verdade. As reações do barquinho, que pode usar motor de até 60 hp (embora o ideal seja não passar de 40 hp), também lembram os ágeis carrinhos de corrida, embora ele possa ser usado apenas como um prático e bem comportado bote. No salão, foi vendido por R$ 44 mil, com motor de 40 hp. Bayliner 280 A Uma cabinada mais barata Bayliner é uma marca americana e, como tal, só costuma lançar barcos projetados nos EUA. Mas não é o caso desta nova lancha, de 28 pés. Ela nasceu basicamente da cabeça dos projetistas da fábrica brasileira, em Santa Catarina, inspirada no modelo de 31 pés, que já existia, como uma opção mais econômica para quem busca a primeira cabinada. Mesmo assim, ela usa vários recursos das Bayliners maiores, como posto de comando (duplo) giratório, que transforma o cockpit numa espécie de sala de estar ao ar livre, e tecidos que não deixam a pele grudar nos bancos. Sua cabine tem 1,65 m de altura e duas camas de casal, exatamente com o modelo 310BR. Só que custa bem menos: a partir de R$ 294 mil, com um motor centro-rabeta de 300 hp. 40 Náutica Sul 7 1 Luiz Castro, Luiz Nunes (Volvo Penta), Andrey Cechelero e Allan Cechelero (Triton Yachts) 2 Ivan Martins, Roberto Damiani, José Jorge Neto, José Nolar e Carlos Santiago (Iate Clube Caiobá) 3 Juliana Stuart e Juliana Ferreira (Sebrae SC) 4 Gustavo Sá e Roberto Fazzi (Azimut) 5 Daniela Campos, Gino Campos, Vanessa Nunes, Carlos Araújo, Andrea Martinez, Eduardo Pocetti, Chico Lima e Zeca Santiago 6 Fernando e Gustavo Iglesias, com Gustavo Ortiz (Náutica Sul) 7 Arthur Quaresma, Wellington Maria, Juliana Schmidt, Elizabeth Santos e Agnaldo Santos (Secretaria de Turismo Itajaí) M1 240 Lancha com personalidade L ancha do Batman” ou do “James Bond” foram alguns dos comentários dos visitantes sobre o peculiar barco do estaleiro catarinense M1 Yachts. Inspirado num estilo que vem fazendo sucesso na Europa, mas ainda uma total novidade por aqui, a M1 é moderna e retrô, ao mesmo tempo. É moderna nas linhas totalmente retas, no grande espaço livre a bordo e no estilo despojado de acessórios (não tem guarda-mancebos, por exemplo). E é retrô no sofá de popa e no jeitão de automóvel de pilotar, com para-brisa bipartido e volante do lado direito. Um barco, sem dúvida, com personalidade. Com um motor centro-rabeta de 220 hp, foi oferecido a partir de R$ 147 mil. Náutica Sul 41 Nomad 8XF Catamarã com cabine O Sessa F42 E estaleiro catarinense Mastro D’Ascia foi criado em 2012 com o objetivo de produzir um tipo de barco não muito comum por aqui: pequenos catamarãs a motor para pesca oceânica, a partir de projetos comprados da Nova Zelândia. O primeiro modelo foi o de 7,30 m de comprimento, o segundo de 7,70 m, e, agora, veio o maior de todos: o Nomad 8XF, de 8,70 m, também o primeiro da marca equipado com cabine. O objetivo é oferecer um local de descanso para os pescadores ou um cômodo abrigado para os passeios familiares. Custa R$ 295 mil, com dois motores de popa de 150 hp cada. Ainda fazendo sucesso EU FUI sta lancha de médio porte com flybridge do estaleiro catarinense Intech Boating — que produz barcos sob licença da marca italiana Sessa Marine —, não é exatamente uma novidade, mas segue colhendo admiradores a cada novo salão náutico. Em São Paulo não foi diferente. Quem não a conhecia, gostou do que viu, especialmente do tamanho do flybridge, que tem 6,5 m 2 de área e mais parece o de uma lancha bem maior do que ela. O preço também é interessante: a partir de R$ 2 milhões, com dois motores Volvo IPS 500. 1 2 4 3 6 5 7 8 1 Merli Vedan e Edivaldo Vedan 2 Dorival Boaventura e André Soto (Sec Boats) 3 Aguilar Silva (Iate Clube de Caiobá), Carlos Araújo (Prime Náutica) e Ewaldo Buschle (comodoro do Iate Clube de Caiobá) 4 Leo Polli, Jackson Herzmann e Fernando Romano (Bayliner) 5 Nice e Antonio Schauffert (Marina Offshore) e Roberto Muller (Muller Broker) 6 Paulo Ito, Thiago Lacerda, Elpidio Narde, Anne Flemming, Thiago Teixeira e Luiz Henrique Nunes (Volvo Penta) 7 Eduardo Oliveira (Marina Beach Tower) e Barbara Saldanha Paz (Marina Itajaí) 8 Luiz Castro, Luís Mello, Marcos Demétrio, Emerson Baptista, Luiz Henrique Nunes, Paulo Ito, André Chaves e Thiago Lacerda Real 525 Fly Jeanneau Sun Odyssey 449 Um veleiro em evolução A maior de uma grande marca ntre os veleiros, o que despertou maiores comentários foi este barco da marca francesa Jeanneau, uma evolução do modelo anterior, o Sun Odyssey 439. A nova versão 2016 tem plataforma de popa três vezes maior que a anterior, escada para a cabine menos inclinada e mais larga, mesa de jantar que pode ser convertida em cama da casal e opção de dois, três ou até quatro camarotes — o cliente escolhe. Como é importado, seu preço depende das taxas de câmbio e de importação. Na Europa, custa € 380 mil. ambém lançada no salão de São Paulo, a novíssima 525 Fly é a maior lancha já produzida pelo estaleiro carioca Real Power Boats, famoso por construir lanchas abertas de boa performance. Mas, apesar do estilo de barco bem familiar e comportado (flybridge, três camarotes, etc. — como um típico barco do gênero), nem de longe decepcionou os fãs da marca. Ao contrário, arrancou muitos elogios, especialmente pela altura da cabine, que chega a 2,10 m, e na cozinha, entre a sala e a popa, e diante de um bar que ajuda a integrar ainda mais a parte de dentro com a de fora do barco. Com dois motores de 600 hp cada, foi vendido no salão a partir de R$ 4 milhões. T E Fishing 33 Saint-Tropez E A cabine cresceu volução da Fishing 33, carro-chefe do estaleiro paulista Fishing Raptor, com mais de 300 unidades vendidas em 10 anos de produção, a nova 33 pés da marca traz algumas melhorias, especialmente na cabine, que ficou 15 centímetros mais alta, mais iluminada e mais arejada, já que também ganhou janela panorâmica, além das duas vigias que já tinha. De resto, continua sendo a mesma (boa e confiável) lancha de pesca de uma marca consagrada. Pode usar até dois motores de popa de 400 hp cada e custa a partir de R$ 482 mil, na versão menos potente, com um par de motores de 225 hp. 42 Náutica Sul Náutica Sul 43 Coral 46 Outro estaleiro que cresceu O EU FUI maior barco já produzido pelo estaleiro carioca Coral (uma grande lancha de 46 pés, com duas ou três cabines e até máquina de lavar roupas a bordo, o que não é tão comum assim), foi outra boa novidade do salão de São Paulo. Lá, a primeira unidade do modelo (feita para ser do próprio dono do estaleiro, que, na última hora, resolveu vendê-la) foi oferecida por pouco mais de R$ 2 milhões, com dois motores de centro, de 370 hp cada. 4 1 2 3 5 6 7 VTR 350 FB C 1 Cláudio Simão (Mendes Sibara), Suely Simão, Andrea Zuniga, Hamilton Costa e Adalmir Fernandes (Marina Itajaí) 2 Mário Roberto Gern (Boat Grill) 3 Lars Ostergaard (Gori), Sérgio Monzillo (Webasto), Márcio Lima (Equinautic) e Gustavo Ortiz 4 Giovani Machado (SC Yachts) 5 Rudi Aguiar e Nicole Santoro 6 Gabriel Barsalini (Volvo Penta) 7 Thiago Teixeira e Adrian Fuhrhausser Novidade catarinense atamarãs não são barcos muito populares no Brasil. Movidos a motor, menos ainda. Mas, aos poucos, isso está mudando — e quem comparar o espaço que estes barcos oferecem em relação às lanchas convencionais do mesmo porte optará na hora pelos dois cascos. Por isso, o recém-criado estaleiro catarinense Sec Boats escolheu um (bom) catamarã para estrear no mercado: este projeto australiano, que eles, agora, começam a produzir no Brasil. O barco tem 35 pés de comprimento (mas com espaço de mais de 40), três cabines, sala, cozinha (externa), capacidade para oito pessoas dormirem a bordo e flybridge. Usa dois motores de popa, de 150 ou 200 hp e custa R$ 770 mil, na versão básica. 44 Náutica Sul Sea-Doo RXP-X 300 O novo número 1 A EU FUI Sea Doo sempre fez jets esportivos e potentes. Mas nenhum tanto quanto este. A explicação está no próprio número que o batiza: o novo RXP-X 300 tem nada menos que 300 hp de potência, com o benefício extra de que pesa menos de 400 quilos. Trata-se do mais novo jet mais potente do mundo, recém-lançado mundo afora e apresentado em primeira mão no Brasil no São Paulo Boat Show, onde as primeiras unidades foram vendidas ao preço de R$ 81 990. Além do novo motor e de um aperfeiçoamento no sistema de ré e freio, o X 300 vem, também, com guidão totalmente regulável e banco mais estreito, tipo de competição. Com 300 hp de potência, este detalhe faz diferença. 1 José Lima (ZiMarine), Maurício dos Santos, Helton Kons, Daise Sebastião e Marcos Sebastião (Brasboats) 1 1 2 4 2 Rafael Ferreira e Fábio Borba (Fibrafort) 3 Roald Andretta e Gisele Furtado 4 Rosane Buschle, Maria Elvira Jorge, Elizabeth Gradowski e Márcia Silva (Iate Clube de Caiobá) 2 3 5 Volvo FWD A Yamaha VX Cruiser HO Agora, com motor mais potente E ste jet da linha Cruiser, a mais luxuosa da Yamaha, acaba de ganhar o mesmo motor de 1 800 dos modelos mais sofisticados, o que é uma boa novidade para quem não quer gastar muito para ter um jet equipado e com boa potência. Ele não chega a ser tão requintado quanto os modelos tops de linha, mas, agora, usa o mesmo motor e, por ser mais leve, deve até ter melhor rendimento. É a principal novidade da linha 2016 dos jets Yamaha, que chegará ao mercado brasileiro em janeiro do ano que vem. O preço do novo VX Cruiser HO será em torno de R$ 95 mil. 46 Náutica Sul GTI SE 130 5 Eduardo Oliveira (Marina Beach Towers), Chico Lima e Zeca Santiago O mini IPS nos atrás, a Volvo revolucionou a forma de navegar ao lançar o sistema IPS, que, entre outras características, colocou os hélices na frente — em vez de atrás — das rabetas, com inúmeras vantagens. Até hoje, no mundo náutico, IPS é sinônimo de modernidade. Mas, como ele só existe para barcos maiores, faltava algo semelhante para as pequenas lanchas. Por isso, no salão de São Paulo, a Volvo apresentou o novo sistema Forward, que usa o mesmo princípio de hélices à frente das rabetas, embora sem todas as demais funções do IPS. A vocação natural da nova propulsão são os esportes náuticos (esqui e wakeboard, especialmente), porque, com os hélices não mais à mostra, aumenta a segurança para os praticantes. Mas o sistema vai bem, também, em simples lanchas de passeio. RXP-X 300 SPARK 2UP O SÃO PAULO BOAT SHOW FOI UM SUCESSO ! + 43 mil pessoas conheceram as novidades do mundo náutico e de mergulho, com a novidade da realização simultânea do PADI Dive Festival. + 300 embarcações vendidas em seis dias de evento e superação em negócios fechados.. Nosso muito obrigado a você, principal razão pelo sucesso deste show. Nos vemos no Rio Boat Show 2016! EVENTOS INTEGRADOS ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO APOIO PATROCÍNIO POR JORGE DE SOUZA ESTALEIRO AÉREO O Pop 25 de Marcelo, finalmente pronto, após três anos de mão na massa em cima da laje da garagem: o barco ficava na altura do telhado, a três metros do solo e do lado da cozinha da casa Pergunte ao catarinense Marcelo Schurhaus, que construiu um veleiro em cima da laje da garagem de sua casa, numa cidadezinha do interior de Santa Catarina JORGE DE SOUZA o que este barco está fazendo aqui? Náutica Sul 51 CONSTRUÇÃO CASEIRA Arquivo pessoAl Como nasceu o barco no telhado barco sobre carros Falta de espaço? Que nada! Marcelo resolveu construir o veleiro em cima da garagem por um questão estratégica. Dali era fácil retirá-lo quando ficasse pronto. Do contrário... última coisa que Até que aquela intrigante fileira de madeios pacatos moraras foi tomando a forma, primeiro de uma esdores de Guabipécie de espinha de peixe, depois de algo que ruba, no interior lembrava a estrutura de uma arca, até que, de Santa Catariuma vez revestida, não é que surgiu mesmo na, esperavam enum barco? Um veleiro, para ser mais exato. contrar nas ruas da sua minúscula cidaUm Pop 25, uma criação do projetista naval de de pouco mais de 1 000 habitantes era Roberto Barros, o Cabinho, para ser feito em alguém construindo um barco — até porcasa. Só que Marcelo foi bem mais ousado e, que não há mar algum ali por perto. Menos para assombro da cidade, decidiu construir ainda daquele jeito, em cima da garagem de o seu barco sobre a garagem. uma das casas. Por isso, quando o engenheiro Espaço no quintal ele tinha de sobra. No (civil, não naval e que há muito ganha a vida fundo de sua casa tem até um lago, cheio de como gerente de hotel) Marcelo Schurhaus patinhos. Mas a escolha daquela laje para começou a erguer uma sequência de madeiras virar um improvável estaleiro foi estratégiquase no telhado da casa, os vizinhos ficaram ca. Só dali ele conseguiria remover o barco intrigados. Que obra seria aquela? Que formato pronto, sem muito esforço. “Eu tinha que estranho era aquele, que nem de longe parecia pensar adiante e imaginar o que aconteceser mais um cômodo? Até que os mais curiosos ria depois”, ele explica. “Como eu consecomeçaram a bater na porta da casa, perguntanguiria virar o casco depois de laminado se do o que Marcelo estava construindo. no local não coubesse, por exemplo, um — Um barco — ele respondia, como se isso guindaste?”. Sim, faz sentido. E o terrefosse a coisa mais natural do mundo e a laje de no vazio ao lado da garagem era perfeito uma garagem o melhor lugar para se fazer isso. para isso. Mas como explicar detalhes — Ah, fala sério... — invariavelmente diziam desse tipo a pessoas que jamais tinham os incrédulos vizinhos. visto a construção de um barco? 52 Náutica Sul O blog do barco da laje Para ajudar quem sonha, um dia, também construir um barco, Marcelo decidiu documentar, desde o começo, a construção do seu Pop 25. O resultado pode ser conferido no bem ilustrado blog pop25konquest.blogspot. com.br, que ele segue atualizando com novas informações sobre a saga de construir um barco em casa. Ou, no caso, em cima dela... µm determinado momento, Marcelo parou de dar maiores explicações à vizinhança. Eles descobririam por si próprios, quando o barco ficasse pronto. E ele ficou. Este mês, o Konquest, como Marcelo batizou o seu bem construído veleiro-caseiro, finalmente descerá do teto da garagem e ganhará os mares — agora, para total orgulho dos moradores de Guabiruba. Levou três anos para ser construído, porque Mar- celo fez tudo sozinho e só podia se dedicar ao barco quando o trabalho de gerente do mais tradicional hotel da vizinha Brusque permitia. “Se tivesse me dedicado só ao barco, teria terminado em quatro ou cinco meses”, ele calcula, sem nenhum estrelismo, embora jamais tivesse construído uma canoa na vida. nha da casa — a popa do Konquest ficava a pou“Achei que era mais difícil”, resume, contrariando co mais de um metro do fogão de Elisiane. “Em a maioria dos que já embarcaram em uma empreicompensação, quando eu fazia uma parada para tada desse tipo. “Paguei 400 dólares pelo projeto, descansar, bastava esticar a mão até a geladeira e mas ele veio bem explicadinho e o Cabinho ainpegar uma cerveja gelada”, brinca Marcelo. da foi tirando todas as minhas dúvidas pelo camiSó o que não estava nos planos da família é nho”, diz Marcelo, enquanto mostra, numa deque o início da obra do barco coincidiria justamentalhada planilha, o custo total da construção do te com o nascimento da primeira filha do jovem caseu Pop 25: R$ 25 mil — muito menos do que sal, Sofia, hoje também com 3 anos de idade. “Ela ele teria gasto se, em vez de construir um barcresceu junto com o barco”, compara Elisiane, tão co, tivesse optado por comprar um veleiro do ansiosa quanto o resto da família para ver o Konquest mesmo porte usado. “Na época em que comefinalmente ir para a água, em Itajaí, o que deve aconcei a obra, um Delta 26 em razoável estado já tecer nos próximos dias. “Só falta descê-lo da laje com custava R$ 100 mil. E eu não tinha nem um um guindaste, fixar o mastro, prender a quilha, fazer décimo disso. Foi quando concluí que a únium berço de madeira para apoiá-lo no caminhão e viaca saída era construir eu mesmo. Comprei o jar 100 quilômetros até o mar”, vibra Marcelo. Só isso? projeto e pus a mão na massa.” Bem, para quem passou três anos construindo um Marcelo sempre teve o apoio da mubarco no teto de uma garagem, os passos finais parecem lher, Elisiane, claro. Do contrário, o projerealmente fáceis. Já a laje servirá para construir mais um to não teria a menor chance de dar certo. quarto e ampliar a casa. Agora, sim, os vizinhos não terão o A única maneira de acessar o seu “estaque estranhar nas obras de Marcelo. leiro suspenso doméstico” era pela cozi- do ar para o mar Marcelo, Elisiane e a pequena Sofia, que nasceu exatamente quando ele começou a construir o barco, que, agora, irá para o mar: os vizinhos não acreditavam Náutica Sul 53 Farol Notícias náuticas do Sul do Brasil O SuPER SuP Chega ao Brasil a prancha que leva a família inteira para remar A marca alemã de pranchas infláveis Mistral, que tem sede no município catarinense de Penha, já está vendendo no Brasil as primeiras unidades da nova Big Sup, uma prancha gigante de stand up paddle, com dimensões de um pequeno barco a remo. Ela tem 21 pés de comprimento (ou 5,50 m), por 1,50 m de largura, e capacidade para até 10 pessoas remarem ao mesmo tempo — ideal, portanto, para a família inteira se divertir junto na água. Também vai muito bem nas longas travessias, porque permite que só alguns ocupantes remem, enquanto os outros descansam. Apesar do seu tamanho impressionantemente maior do que as pranchas convencionais do gênero, a Big Sup, que é inflável, pesa apenas 33 quilos e, quando vazia, pode ser transportada no porta-malas de qualquer carro. A novidade custa R$ 15 900,00 e já tem meia dúzia de unidades vendidas no Brasil. gigante A Big Sup tem o triplo de área das maiores pranchas convencionais liXO PREMiaDO P or iniciativa da Associação Náutica Catarinense para o Brasil, a Acatmar, de tempos em tempos, mergulhadores e amantes do mar em geral participam de mutirões de coleta de lixo submarino nas águas de Santa Catarina, como parte do Projeto Limpeza dos Mares. Este ano, os grupos já atuaram na Ilha do Arvoredo (quando foi recolhido mais de uma tonelada de resíduos no fundo de apenas parte da reserva ecológica ali instalada) e na praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, e uma terceira ação está prevista para o canal da Barra da Lagoa, em Floripa, para o dia 21 de novembro. Por essas e outras, a iniciativa acaba de receber o prêmio Top Turismo, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina. E esta não foi a única premiação que a Acatmar recebeu recentemente. Seu presidente, o atuante Mané Ferrari, também foi premiado como Personalidade, no Troféu Beto Carrero de Excelência no Turismo, entregue em outubro. Mané foi eleito por unanimidade pelo conselho que atribui o prêmio. FOTOS DIVULGAÇÃO O Projeto Limpeza dos Mares rende prêmio à Acatmar boas ações Mergulhadores recolhem lixo do fundo da ilha do Arvoredo: iniciativa da Acatmar, presidida por Mané Ferrari, que também foi premiado Náutica Sul 55 UM MERGULHO NA HISTÓRIA TROFÉU CAYRU FAZ 25 ANOS Como sempre, a tradicional regata colocou muitos barcos nas águas O gaúcho Nestor Magalhães volta a perseguir os submarinos alemães em mais um livro 11 HORAS DE VELA O A gaúcho Nestor Magalhães é um especialista em submarinos alemães da Segunda Guerra Mundial e um pra lá de dedicado pesquisador do tema, o que o tem levado a viajar pelo mundo em busca de contatos de primeiríssimo grau com alguns daqueles submarinos naufragados. A mais recente expedição submarina do gênero de Nestor aconteceu nas águas da distante Micronésia e rendeu este livro, cujo título (De Truk a NarvikXX) remete a duas das ilhas tidas como as maiores depositárias de naufrágios do Pacífico Sul – um prato cheio tanto para os amantes do mergulho quanto da história do maior conflito de todos os tempos. Interessou? Acesse o blog do autor (http://cavaleirodasprofundezas.blogspot.com) e faça sua encomenda. C erca de 50 veleiros participaram da mais tradicional regata promovida pelo clube Jangadeiros, de Porto Alegre: o Troféu Cayru, criado em 1991, para homenagear o lendário barco do fundador da entidade, Leopoldo Geyer. Foi, portanto, a 25ª edição desta regata, que, como sempre, misturou diversos tipos de barcos na água. O fita-azul, ou primeiro barco a cruzar a linha de chegada, foi o veleiro de oceano San Chico 3, do comandante Francisco Freitas, não por acaso da flotilha do próprio clube Jangadeiros. AVALIADO “O MELHOR ANTI-INCRUSTANTE” AVALIADO “O MELHOR ANTI-INCRUSTANTE” R R MORE SPEED - LESS FUEL MORE SPEED - LESS FUEL 12 MESES SEM CRACAS 12 MESES SEM CRACAS FOTOS DIVULGAÇÃO Farol PERFORMACE E DESEMPENHO PERFORMACE E DESEMPENHO DESPESAS COM COMBÚSTIVEL DESPESAS COM COMBÚSTIVEL PROPSPEED® é um sistema de revestimentos inovador a PROPSPEED® é um sistema de revestimentos inovador a base de silicone, desenvolvido na Nova Zelândia é um baserevestimento de silicone, desenvolvido na Nova Zelândia é um ecologicamente correto, sua fórmula revestimento ecologicamente correto, sua fórmula impede a aderência de organismos marinhos (cracas) impede aderênciade demetais organismos (cracas) naasuperfície abaixomarinhos da linha d’água. na superfície de metais abaixo da linha d’água. APLICADO APLICADO NÃO CONTÉM NÃO Cu, CONTÉM Pb, BIOCIDA Cu, Pb, BIOCIDA Recomendado para quaisquer peças de metais abaixo da linha peças d’ água: Recomendado para quaisquer de metais abaixo da linha d’ água: Hélice, Eixo, Leme, Flap, Bow/Stern Thruster, Pé de galinha/pinto, Trocador de calor, Hélice, Eixo, Leme, Flap,Ralos, Bow/Stern Thruster, Submersa VOLVO IPS Pé deLúminaria galinha/pinto, Ralos,eTrocador de DRIVER calor, Lúminaria Submersa e VOLVO IPS DRIVER 11 2713-0084 - WWW.PROPSPEED.COM.BR PROPSPEEDBR 11 2713-0084 - WWW.PROPSPEED.COM.BR PROPSPEEDBR A última regata do Circuito Conesul foi uma verdadeira maratona náutica última regata do Circuito Conesul de Vela de Oceano, disputada, como sempre, nas águas do Guaíba, em Porto Alegre, teve um longo percurso de 70 milhas e fez os barcos enfrentarem uma verdadeira maratona náutica, sem falar no frio e na chuva intermitentes. O vencedor só saiu após mais de 11 horas na água: o barco Kamikaze XI, do comandante Hilton Piccolo, que, no entanto, mesmo assim, perdeu o título do Circuito para o veleiro C’est La Vie, do também gaúcho Henrique Dias, da flotilha do clube Veleiros do Sul. Foi a quinta vitória de Dias com o C’est La Vie no mais tradicional circuito de vela de oceano do Rio Grande do Sul. 3 perguntas JORGE DE SOUZA O bOm samaritanO náuticO O coordenador do projeto náutico do Sebrae de Santa Catarina, Roberto Tavares, conta como a entidade pode ajudar os pequenos estaleiros a crescerem, sem cobrar por isso T rês anos atrás, ao detectar um crescimento expressivo na fabricação de barcos em Santa Catarina, hoje considerado o segundo maior polo náutico do país (para muitos, talvez, já o primeiro...), o Sebrae — Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas catarinense decidiu ajudar os pequenos estaleiros locais a se tornarem mais eficientes. Criou, assim, um projeto de apoio administra- 1 Como funciona a parceria dos estaleiros com o Sebrae? “Primeiro, nós fazemos um diagnóstico dos processos e gestões internas de cada estaleiro, tanto na produção quanto na administração, identificando falhas, desperdícios, gargalos, superposições de funcionários, etc. etc. Depois, com base nisso, montamos um plano de ação conjunta com o estaleiro, que inclui a participação dos nossos técnicos em gestão de negócios e de um consultor técnico no assunto, quase sempre um engenheiro naval ou alguém com experiência em construção de barcos, que atuará dentro da própria fábrica, revendo os processos construtivos. Ao mesmo tempo, ajudamos os estaleiros a divulgarem os seus barcos, através de feiras e rodadas de negócios. Até propor aprimoramento nos sites dos estaleiros para torná-los mais eficientes nós propomos. Mas não fazemos o trabalho deles. Ensinamos a pescar. Não pescamos para ninguém.” 58 náutica sul 2 tivo e produtivo, que foi oferecido a 48 pequenos construtores de barcos do estado. Destes, 25 toparam a proposta pioneira de aprender, com os técnicos e consultores do Sebrae, a administrar e produzir melhor. E, agora, eles já estão colocando em prática o que aprenderam, com resultados animadores, como conta, nesta rápida conversa, o coordenador do projeto náutico do Sebrae-SC, Roberto Tavares. Quanto isso custa para os estaleiros? “Os projetos do Sebrae para qualquer pequena ou média empresa que precise de ajuda em um setor que demonstre potencial de crescimento, como é o caso do setor náutico catarinense, são sempre iguais: nós bancamos 70% do custo do projeto e o beneficiado entra com 30%. O Sebrae não visa lucro e, no caso dos estaleiros, a participação financeira deles nos projetos tem sido largamente compensatória. A primeira turma de estaleiros atendidos, cujos projetos estão terminando agora, no final do ano, já atingiu a meta pretendida de 50% de eficiência, 20% a mais do que quando começamos a parceria com eles, em 2012. Um dos estaleiros, a Zeta Boats, conseguiu reduzir o custo de produção em 30%. Só isso já representa muito mais do que os 30% de participação deles nos custos do projeto, sem falar na participação subsidiada em feiras náuticas, o que nós fazemos costumeiramente com os nossos parceiros. Antes, eles vendiam 3 ou 4 barcos por ano. Hoje, vendem 6 ou 7 e gastando menos para produzi-los. Isso já faz muita diferença em um estaleiro pequeno.” 3 Quem quiser aderir precisa fazer o quê? “Neste momento, ter um pouco de paciência, porque temos até lista de espera. Quando começamos este trabalho, oferecemos os projetos a 48 estaleiros e só 25 deles aceitaram. Mas, quando os outros começaram a ver os resultados, nos procuraram. Isso é natural. No começo, todo mundo tem certa desconfiança de tudo o que é novo. E nunca havia sido feito nenhum trabalho desse tipo com os estaleiros, ainda mais com um custo tão pequeno. Uma segunda fase começará no ano que vem e durará outros dois anos. Só que, agora, vamos abrir o leque e trabalhar também com as marinas, os fornecedores de serviços e equipamentos, as empresas que atuam direta ou indiretamente no turismo náutico etc. Porque não adianta estruturar os fabricantes se não houver infraestrutura náutica para, depois, atender os compradores de barco. Os estaleiros são apenas o início do processo. E ainda há muito a ser feito. Mas estamos aqui para ajudar.” VOCÊ QUER MAIS PARA O SEU NEGÓCIO? O SEBRAE QUER MAIS É ESTAR AO SEU LADO. É da porta para dentro que a gestão, inovação e produtividade fazem a diferença. É aí que entra a mão do Sebrae para ajudar a fazer o seu negócio ser cada vez melhor. SUA VIDA É SE SUPERAR A CADA DIA? ESTAMOS JUNTOS. /sebraesc @Sebrae_SC