19 a 21 de Julho de 2016
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19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo V CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE HISTÓRIA ECONÔMICA (CLADHE V) Universidade de São Paulo – USP, São Paulo (Brasil) Título do Simpósio/ Título del Simposio A economia pecuária nas Américas Coordenadores (Universidade)/Coordinadores (Universidad) Maria-Aparecida Lopes (California State Universty, Fresno) Luís Augusto Farinatti (Universidade Federal de Santa Maria, Brasil) Resumos aprovados/Resúmenes aprobados Alexandre Black, Gado e algodão pelos sertões: ascensão e queda da interação gado-algodão no semiárido nordestino Mestre em História Pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE "Alexandre Black" <[email protected]> A colonização do Nordeste brasileiro ocorreu com intensa concentração agrária. No litoral predominou o grande latifúndio escravista produtor de açúcar para o mercado europeu. O sistema açucareiro, altamente especializado, só poderia satisfazer suas necessidades de consumo quase que exclusivamente por importações e, também, a produção, na própria colônia, em escala moderada, de bens que não concorressem com a economia açucareira, mas atendessem a demanda dos engenhos. Desta forma tem início, no século XVII, a pecuária. Os senhores de engenho foram os primeiros a estabelecerem fazendas no semiárido. Em dado momento, a economia criatória que surgiu para suprir as necessidades dos engenhos de açúcar tornou-se, fundamentalmente, uma economia de subsistência. De qualquer forma possibilitou a penetração da estrutura colonial pelos sertões administrada por homens livres e contando com o trabalho escravo. Quando as terras próximas já estavam ocupadas, a penetração para zonas Rmais distantes e perigosas foi inevitável, resultando no afastamento dos senhores de engenho dos 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo sertões, por não estarem dispostos a arriscar seu capital em tal empreitada. A entrada do algodão nas terras áridas do sertão, deu-se, sobretudo, no século XIX. A união destas duas atividades numa estrutura produtiva complementar – a semente do algodão serve de alimento para o gado – formou o sistema gado-algodão. Assentando-se na grande propriedade agrícola o sistema gadoalgodão convivia, no latifúndio, com culturas alimentares necessárias a própria reprodução do sistema. O algodão sobrevivia no semiárido e podia ser transformado em pasto após a colheita, ocupando a área mais úmida da propriedade, deixando para a pecuária extensiva a zona mais seca, já o pequeno proprietário, por não possuir terra suficiente para empreender de forma pronunciada tal esquema, concentrava suas atividades nas formas de agricultura de subsistência. O sistema gado-algodão, no entanto, não resistiu à “modernização conservadora” das décadas de 1960-1980. Pouco produtivo, seu declínio foi surpreendentemente rápido, em menos de 15 anos, entre o início dos anos de 1970 e meados da década seguinte, a cotonicultura foi quase que totalmente abandonada em prol de uma (re)pecuarização fortemente financiada pelo Estado através de inúmeras agências de fomento e programas que tinham como objetivo modernizar a agropecuária regional. A estrutura agrária, no entanto, permaneceu intocada, dificultado sobremaneira o desenvolvimento social local. Além disto, este sistema formou estruturas institucionais – estatais e da sociedade civil –, relativamente aversas ao desenvolvimento. As velhas instituições que chegaram ao século XX não foram capazes de promover o desenvolvimento, ao contrário, eram contra mudanças econômicas, sociais e institucionais que ameaçassem o status quo, por outro lado, essas instituições mostraram alguma flexibilidade se adaptando a um novo momento histórico, embora tenham sofrido um rearranjo que permitiu a penetração, em escala moderada, da “modernização conservadora” em terras nordestinas. Carina Frid, Expansión y derrumbe de una economía agraria. La evolución del stock ganadero en Santa Fe (1780-1860) Universidad Nacional de Rosario/Conicet (Argentina) Carina Frid: [email protected] Santa Fe fue un ámbito productivo y mercantil clave de la economía rioplatense tardo-colonial. Su producción ganadera siguió una trayectoria de expansión al calor de la demanda de mulares en el espacio alto-peruano y de cueros vacunos con destino al mercado atlántico. El caso de la evolución de la producción ganadera en Santa Fe propone una mirada particular sobre el mundo rural y las economías rioplatenses de la primera mitad del siglo XIX. Mientras que algunas de ellas (como es el caso de la provincia de Buenos Aires) registraron una etapa de alto crecimiento de la producción y de las 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo rentabilidades ganaderas tras la apertura del comercio atlántico, la provincia de Santa Fe fue escenario de una severa y prolongada crisis a partir de 1815, expresada en el derrumbe de sus planteles y la caída de las rentabilidades del negocio pecuario y de la competitividad de su producción. Una sucesión de coyunturas adversas (pérdida de mercados, crisis bélicas locales y regionales, ciclos climáticos desfavorables, epizootias) desmantelaron las bases de la actividad ganadera. El trabajo recurre a series contables tardo-coloniales y del estado provincial (recaudación decimal, registros de exportación ) y a información privada (Libros de Ingresos y de Gastos del Convento de San Carlos Borromeo, Archivo Diez de Andino) para reconstruir la evolución del stock vacuno de Santa Fe en el largo plazo (1780-1860) con el objetivo de analizar el impacto del quiebre de la actividad productiva ganadera en la economía de Santa Fe y examinar las razones que sostuvieron la larga demora de la recuperación de sus saldos exportables desde la segunda mitad de la década de 1840. Carla Menegat, Transportando fortunas para povoar deserta e inculta campanha”: brasileiros e produção pecuária no norte do Uruguai. Docente do Instituto Federal Sul-Rio-grandense, Doutora em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul "Carla Menegat" [email protected] Em 1850 o governo Imperial brasileiro, através de suas autoridades militares na fronteira da Província do Rio Grande do Sul com o Estado Oriental do Uruguai, listou 1353 propriedades pertencentes a brasileiros no país vizinho. À produção dessa lista, se seguiu a intervenção militar conhecida como Campanha contra Oribe e Rosas, que levaria ao fim da Guerra Grande no Uruguai em 1851 e à assinatura de uma série de cinco tratados entre os dois países que privilegiariam os pecuaristas brasileiros estabelecidos na campanha norte oriental. Observando essa lista como parte de uma relação entre produtores de gado brasileiros residentes no Uruguai, autoridades daquele país e do Império, que percorre boa parte do século XIX, o objetivo da pesquisa a ser apresentada foi discutir o impacto da presença desses pecuaristas no país vizinho, em termos tanto da ocupação do território quanto da constituição de redes de comércio e produção. Entender como a identidade nacional desses produtores estava intimamente ligada a um circuito de comercialização que obedecia a uma lógica própria e bastante singular permite observar formas de organização do patrimônio econômico e social e avaliar o conteúdo das reivindicações que esses proprietários levaram às autoridades do Império. Ainda, a análise busca entender como esses pleitos estavam relacionados a diferentes formas de organizar a produção, marcadas por 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo transformações no país vizinho, como a abolição da escravidão e à reorganização do estatuto da terra, impactando severamente sobre as práticas produtivas e comerciais desses estancieiros. Essas transformações, no fim da primeira metade do Século XIX, acabaram por perturbar profundamente uma perspectiva que buscava a continuidade apesar da fronteira, perspectiva essa que via o norte do Uruguai como um prolongamento – com melhores pastos e terras mais acessíveis – dos campos de engorda de gado da Província do Rio Grande do Sul. Por fim, diferentes estratégias foram empregadas nessa tentativa de adentrar o território de outros país e manter os direitos de súdito do Império, e pretendo apresentar uma breve discussão sobre essas ações. Carmen Sesto, La Competitividad internacional de las carnes vacunas argentinas 1856-1900. Una tecnología en carnes de alta productividad: procesos innovativos locales y vanguardia terrateniente porteña UB. DEPARTAMENTODE INVESTIGACIÓN Carmen Sesto [email protected] Esta ponencia trata de la competitividad internacional de las carnes vacunas argentinas, examinando el proceso de implantación de una tecnología de alta productividad en un contexto todavía arcaico, que exigió al sector portador del hito tecnológico- la vanguardia terrateniente porteña- toda una serie de adaptaciones e innovaciones, en materia de organización de la producción, mano de obra, instalaciones, infraestructura apropiada, sobre todo, una completa revisión de sus criterios de inversión a largo plazo. Los parámetros internacionales de las carnes vacunas: 600 kilos de carnes entreveradas, alcanzados hacia 1900, es un salto en materia de productividad, sin precedentes, donde jugó un papel clave el régimen de manutención a campo, con una completa renovación de la cadena alimentaria, por la transformación y control del tapiz vegetativo, conocimientos científicos, sistemas de pastoreo y fuertes capitales en tecnología de punta, potreros, bretes y abrevaderos, que nada tenía que ver con el hábitat natural del vacuno criollo. Las carnes argentinas ingresaron al círculo virtuoso de bienes competitivos, con esto queremos remarcar, que para nada, es una materia prima, tal y como sale de la naturaleza, todo lo contrario, implico el agregado de valor, desde el insumo genético hasta cuidados especiales, en el régimen de manutención a campo. Por consiguiente, la competitividad internacional de vacuno refinados, no es el resultado de una evolución natural, sino una estrategia tecnológica implantada por una vanguardia ganadera de terratenientes bonaerenses, como un proceso endógeno azaroso y 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo acumulativo de adaptaciones e innovaciones locales entre 1856 y 1900, que ha sido ignorado en la historiografía hegemónica. Una especificación necesaria, el tramo en la competitividad internacional requirió de un complejo proceso de disciplinamiento, competencia y profesionalización de los proveedores, en cuanta tipificación de lotes y prácticas comerciales, impuestas por una demanda altamente selectiva. En tal sentido, esta comunidad de proveedores, una vanguardia ganadera de terratenientes, jugó un rol destacado garantizando a los compradores previsibilidad, seguridad y cumplimiento con lotes de calidad uniforme en peso, grado de refinamiento y edad y, estos valores se afianzaron en todos sus aspectos a medida que las transacciones adquirieron un volumen suficiente y precios suculentos, entre 1892 y 1900. La adopción de vanguardia para caracterizar a la elite ganadera bonaerense, de raigambre Schumpeteriana, proporciona claves explicativas fundamentales, para entender procesos innovativos, con sello propio, donde la maximización de ganancias y el esfuerzo por mayor rendimiento productivo son compatibles. Desde tal ángulo, es posible un conocimiento más detallado, de la dimensión transformadora y organizacional del grupo, en cuanto osadía, compromiso y básicamente, procesos innovativos locales, focalizados en la genética de razas perfeccionadas en carnes, actualización infraestructura, formación de recursos especializados y diferenciados, sistema de manutención a campo y gestación de instituciones rectoras. En este sentido resulto interesante, establecer el punto de inflexión, que constituye en vanguardia a este sector ganadero, cuando dan otra orientación al negocio estático con vacunos criollos: hacienda, personal, instalaciones y tierras, es decir, cuando esos medios de producción se retiraron del sistema tradicional para emplearlos de una manera distinta, aprovechándolos de manera más ventajosa y apropiada. Las cuestiones específicas para esta vanguardia, se originaron en la imposición de un producto nuevo, totalmente alejado de lo que se hacía rutinariamente, que despertó fuertes resistencias y presiones. Para enfrentar ese desafío de ir contra la corriente, se necesitan aptitudes especiales que, a juicio de Schumpeter, sólo están presentes en esa pequeña fracción de la población, denominada vanguardia, formada por empresarios que nunca aparecen solos, sino en bandada o en círculo de amigos. Eran muchos más los hacendados que estaban en situación de emprender la implantación de la nueva tecnología, pero sólo lo hicieron aquellos que gozaron de la capacidad de reacción y la sensibilidad necesaria para captar oportunidades económicas excepcionales que no se materializarían de inmediato. Cabe preguntarse por qué el campo historiográfico desconoció la importancia de esta especialización como proveedores de bienes exportables -a pesar de que elevó la competitividad de las carnes argentinas a los estándares de calidad internacional- y lo atribuyó exclusivamente al acaparamiento o monopolización de praderas superiores. Por otro lado, la especialización como proveedores de carnes exportables se imputó a los frigoríficos, la corriente comercial más prolongada y duradera que continuó a 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo la exportación en pie. Este prejuicio se sustentó en una práctica académica que determinó la importancia y los rasgos originales de una etapa contraponiéndola con las dos siguientes, congelado y enfriado, y proyectó los resultados finales a los comienzos, como si antes de que pasara ya se supiera que iba a ser superada holgadamente en amplitud y permanencia. María Cecilia Zuleta, Plagas y enfermedades del ganado en la historiografía económica latinoamericana, 1950-2015: temas, problemas y tendencias principales Centro de Estudios Históricos-El Colegio de México María Cecilia Zuleta [email protected] La ponencia propone un acercamiento a una historia global de la agricultura y ganaderías americanas a través de una avenida muy puntual: el estudio de las plagas y enfermedades que afectaron -con marcada extensión y envergadura y de la mano de la internacionalización de los mercados de bienes primariosla producción pecuaria en el continente americano entre los siglos XIX y XX. Para ello, busca exponer la evolución del debate de la historiografía agraria latinoamericana, y su acercamiento al problema de las plagas en lo general y de las epizootias en lo particular. Identificará los temas tratados por los estudios, las fuentes, y las tendencias interpretativas a lo largo de seis décadas: desde los enfoques estructuralistas en las décadas de 1960 y 1970 a la reciente renovación impulsada por la historia agraria mediombiental. En las dos últimas décadas se han producido cambios profundos en el estudio histórico de las epizootias, tanto en la escala de análisis e interpretaciones, como en los métodos y fuentes empleados, y estos importantes desplazamientos serán analizados con detenimiento. Por último, la ponencia se propone discutir las posibilidades que brinda el estudio histórico del desarrollo, diseminación y combate a las plagas y enfermedades agropecuarias para iluminar el origen y condicionamiento de instituciones nacionales e internacionales para la sanidad vegetal, animal y agro alimentaria a lo largo del siglo XX, y examinar su potencialidad para una más comprensiva explicación de los cambios en las construcciones y percepción socio-cultural de los productores rurales y consumidores urbanos, los ecosistemas y entramados productivos, la dinámica comercial, los desarrollos científicos y tecnológicos, y la cooperación científica internacional. 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo Reynaldo de los Reyes Patiño,La economía ganadera del noreste mexicano y sus relaciones comerciales con el estado de Texas durante el siglo XX. Es licenciado en Historia y estudios de humanidades por la Universidad Autónoma de Nuevo León y maestro en Estudios Regionales por el Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora "Reynaldo de los Reyes" <[email protected]> Desde finales del siglo XIX, la ganadería del norte de México ha estado estrechamente vinculada al mercado estadounidense, que representa la principal economía ganadera de América del Norte. Esta vinculación se ha fundamentado en la forma más básica de integración económica regional: la contigüidad territorial. La historia de la actividad pecuaria en el septentrión mexicano y en el suroeste estadounidense es la historia de un espacio geográficamente común, dividido por una línea que configura dos formas institucionales de practicar la ganadería. La línea, sin embargo, no es impenetrable: a lo largo de más de 3,000 kilómetros de frontera terrestre, hay espacios donde los intercambios se intensifican y escapan del control del Estado-nación. El objetivo de este trabajo es analizar el desarrollo de una actividad económica en un espacio de frontera donde este fenómeno se hace presente. En particular, nos proponemos estudiar las dinámicas espaciales de la ganadería bovina del noreste de México y Texas durante las primeras décadas del siglo XX. Luís Augusto Farinatti e Marcelo Santos Matheus, Desigualdade social nas regiões de pecuária tradicional do sul do Brasil (século XIX) Luís Augusto Farinatti, professor do Departamento e PPG História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Brasil. Doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). [email protected] Marcelo Santos Matheus, professor substituto de História do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IF-RS). Mestre em História pela UNISINOS. Doutorando em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) [email protected] Na primeira metade do século XIX, o extremo-sul do Brasil era uma área recentemente conquistada pelos luso-brasileiros. A região abrigava expressiva população de índios egressos das antigas Missões Guaraníticas. Apesar da instabilidade institucional e das guerras recorrentes, a região se tornou uma 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo das áreas mais importantes de criação de gado do Império do Brasil. Trabalhos recentes, com recortes regionalizados, romperam com a antiga visão daquela sociedade como sendo formada pela simples dicotomia entre grandes estancieiros e homens livres pobres que viveriam no limite entre o assalariamento como peões e as práticas ilícitas. A partir de uma variedade expressiva de fontes primárias, esses estudos começaram a demonstrar a complexidade daquele espaço social. De fato, havia grandes estancieiros que controlavam a maior parte dos recursos. Contudo, existia também uma maioria de médios e pequenos produtores, muitos deles em caráter familiar. Além disso, o trabalho escravo de africanos e afrodescendentes tinha importante papel na grande pecuária e estava difundido também em outros setores sociais. A zona de fronteira e a integração desses produtores e trabalhadores com as regiões limítrofes, especialmente o norte do Uruguai, também têm sido evidenciada. Assim, esses espaços agrários apresentavam complexidade social, além de heterogeneidade étnica e de origem, em sua população. Partindo dessa base de pesquisas recentes, dentre elas também nossos trabalhos anteriores, propomos nesta comunicação iniciar um estudo comparativo da desigualdade social entre as diversas regiões de criação de gado da fronteira sul do Brasil, ao longo do século XIX. Os critérios analisados, neste primeiro momento, se centram em dados patrimoniais, como o acesso à propriedade da terra entre os criadores de gado, concentração dos rebanhos, níveis de fortuna, estrutura de posse escrava, composição dos patrimônios. Na medida do possível, porém, também debateremos temas relativos a aspectos sociais como a composição étnica e por origem da população, acesso ao matrimônio, presença de signos de poder e distinção (como as patentes milicianas e da Guarda Nacional). As principais fontes empregadas são os inventários post mortem, subsidiadas pelos registros paroquiais. Utilizaremos, também, as informações de diversas fontes organizadas nos bancos de dados que temos construído sobre essas regiões desde pesquisas anteriores. Jaime Torres Sánchez, Una economía regional ganadera en el siglo XVIII: origen histórico del ‘hato llanero’ en Venezuela Profesor Titular (jubilado), Universidad de los Andes, Mérida, Venezuela. "Jaime torres Sanchez" <[email protected]> Un examen general de la economía ganadera de los Llanos venezolanos entre los siglos XVII y XVIII, proporciona evidencias no sólo acerca del por qué, cómo y bajo qué formas se lleva a cabo un proceso histórico de incorporación territorial a una estructura económica colonial y sus posibles mecanismos sistémicos explicativos. También permite formular hipótesis, susceptibles de 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo explorar empíricamente a futuro, respecto del origen y caracteres de su unidad económica más representativa: el ‘hato llanero’. Para la reconstrucción del perfil de la reproducción secular de dicha región del cual se presenta sólo una breve síntesis- se parte de una hipótesis teóricoeconómica del proceso de acumulación colonial, importante para la comprensión microeconómica de las unidades de producción. ‘En las condiciones pre burguesas de tal economía ganadera, su crecimiento o estancamiento y las formas mismas que adopta en el tiempo y en el espacio, son imputables a la articulación entre renta y ganancia mercantil’. En tal matriz, el producto excedente se subordinaba a la circulación y ampliación del capitaldinero, en tanto que la creación y apropiación de valor se presentaban disociadas, como consecuencia de una organización social en la que el proceso de trabajo se desenvolvía separado del proceso de valorización, aunque subordinado al capital mercantil. El hecho histórico central en la formación y en el desarrollo de la economía ‘llanera’ venezolana, radicaría en la debilidad cuantitativa y cualitativa de la renta ganadera. Ésta se presentaba tensionada por su situación complementaria en los ciclos de valorización del capital mercantil colonial y en las dificultades para estabilizar un orden social que permitiera un flujo continuo de sobreproducto valorizable. Este doble proceso podría explicar la tardía incorporación del suelo y del ganado a estructuras jurídicas que permitieran la propiedad privada. La inestabilidad constitutiva de los grupos de propietarios o “señores de atos” y de las clases subalternas fue su contrapartida. El ‘hato’, como forma económica fundamental en la sociedad llanera, sólo puede ser comprendido en su génesis y desenvolvimiento a partir de las tensiones generadas por la forma ‘renta’ y el ámbito específico de valorización en que se insertaba el capital colonial. Llamaremos la atención sobre algunos caracteres de la dinámica de esta economía regional, centrada en su expansión en los Llanos Centrooccidentales y sobre los caracteres de los ‘hatos’ en su desarrollo histórico hasta fines del siglo XVIII. Joana Medrado Nascimento, Entre a zootecnia e a eugenia: notas pouco visitadas sobre a pecuária zebuína brasileira Professora do Departamento de História da Universidade Estadual do Paraná e realiza pós doutorado no Departamento de Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (2015) Esta comunicação busca apresentar resultados parciais de minha pesquisa sobre as intersecções discursivas e práticas entre a zootecnia e eugenia no 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo Brasil durante a segunda fase das importação de bovinos das raças indianas (zebu) realizada pelos pecuaristas brasileiros. Já na primeira metade do século XX o uso de reprodutores zebuínos como incremento tecnológico associado ao "melhoramento racial" dos rebanhos se tornou um paradigma quase unânime de modernização da pecuária, exceto para os criadores do extremo sul do país entre os quais as raças de gado europeias continuavam a preponderar. Tomaremos como caso particular de análise as viagens de Pedro Cruvinel Borges que parte de Uberaba em 1952 e a interessante trajetória de Celso Garcia Cid, espanhol radicado no Brasil desde 1932, que tinha fazendas em Sertanópolis no Paraná, e fez algumas viagens à Índia entre 1957 e 1963 trazendo não apenas zebuínos, mas também uma enorme paixão pela Índia refletida em inúmeros objetos trazidos desde país e em uma profunda amizade com o marajá de Bhavnagar, que lhe deixou de herança todo seu rebanho na Índia. Sobre tais viagens existem alguns documentos pessoais que são as fontes documentais desta pesquisa, à exemplo dos diários de viagem, correspondência e livros de memórias, que evidenciam algumas concepções sobre raça, cultura e modernização elaboradas no mundo rural brasileiro neste período, ou seja uma conexão entre estratégias econômicas e concepções de mundo que é buscada nessa pesquisa. Portanto, a partir desses casos iremos discutir as hipóteses norteadoras desta pesquisa, quais sejam, de que os debates sobre zootecnia replicavam e reelaboravam o pensamento sobre raça e cultura da época e que a prática da zootecnia moderna, em especial a zebuinocultura, fez com que as teses da eugenia permanecessem paradigmáticas no trato com o mundo animal, não obstante as condenações morais da aplicação das mesmas para os seres humanos. Jonas Vargas, Elites agrárias, pecuária bovina e o comércio de gado para as charqueadas de Pelotas (Rio Grande do Sul, 1850-1890) Professor Adjunto do Departamento de História e PPG-História da Universidade Federal de Pelotas "Jonas Vargas" <[email protected]> O município de Pelotas, localizado no litoral do Rio Grande do Sul e próximo à fronteira com o Uruguai, foi o maior produtor de carne-seca do Império do Brasil. Exportando o seu charque para o sudeste e o nordeste do país, onde o mesmo compunha parte fundamental da dieta dos escravos e das populações pobres litorâneas, a cidade foi palco de uma poderosa e rica elite escravista: os Barões do charque. O presente trabalho estuda o funcionamento do comércio de gado bovino para o seu abate nas fábricas de charque pelotenses. Anualmente, algo entre 300 mil e 400 mil cabeças de gado eram enviadas para os estabelecimentos de Pelotas, sendo que quase 100 mil delas vinham de 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo fazendas do Uruguai. Tratando-se de um mercado repleto de percalços, pois a fronteira estava repleta de saqueadores de gado, militares corruptos e fazendeiros arruinados, busco identificar como os proprietários dessas fábricas (os charqueadores) agiam para interferir no comércio de gado e garantir bons lucros nas safras. Os resultados da pesquisa demonstram que os charqueadores mais ricos foram aqueles que também atuavam como criadores de gado na fronteira. Eles compravam grandes fazendas e as deixavam sob a administração de algum parente que gerenciava os negócios e agia como seu procurador junto aos demais criadores. Este tipo de estratégia ajudava a diminuir as inseguranças presentes em todas as etapas deste circuito mercantil e garantia o abastecimento contínuo de gado gordo e grandes quantidades. Por tal motivo, é possível considerar que se tratava de um mercado fortemente eivado por relações pessoais e familiares e que, em tal contexto, a terra não era utilizada somente como um bem econômico, mas também como um patrimônio que favorecia a ampliação de alianças pessoais e políticas. Tal comportamento se explicava também pelo fato de que aquela fronteira foi palco de muitas guerras ao longo do século XIX, obrigando os Barões do charque a manterem boas relações com generais de ambos os lados da fronteira. Juan José Martínez Barraza, COMERCIO CORREGIMIENTO DE SANTIAGO, 1773-1778 Y CONSUMO DE CARNE EN EL Magíster en Historia, Universidad de Chile "Juan José Martínez Barraza" <[email protected]> La presente ponencia tiene como objetivo mostrar la magnitud del comercio de carnes que ingresaba para consumo al Corregimiento de Santiago entre los años 1773 y 1778, distinguiendo tanto los productos como los diversos agentes participantes de este mercado a través del uso de fuentes tributarias. La metodología general de este estudio consiste en determinar los valores de comercio del ganado y los productos cárnicos derivados de él, que se internaban al Corregimiento de Santiago para reventa y consumo alimenticio de su población, utilizando como fuente principal los registros de los libros de alcabalas denominados de carnes muertas y del viento y cordillera, respectivamente. Los resultados de esta compilación muestran que la oferta de carnes y productos derivados del ganado alcanzaba alrededor de un 50% del valor total del comercio regional que se destinaba regularmente a la ciudad de Santiago. En términos de volumen, a diferencia de lo que plantean De Ramón y Larraín, los principales productos que consumía la población santiaguina correspondían a carnes y derivados de ganado bovino (incluyendo charqui y grasa), en mayor proporción que de origen ovino. Si bien el consumo 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo per cápita de carnes en la capital del Reino de Chile alcanzó niveles inferiores a otros espacios hispanoamericanos como Buenos Aires y Ciudad de México, en contraste fue altamente superior a la realidad europea durante la misma época. Desde el punto de vista comercial, el circuito de abastecimiento del ganado bovino incluía tanto las provincias trasandinas de Córdoba y Cuyo, como las estancias agropecuarias ubicadas principalmente en el área sur poniente del Corregimiento de Santiago. Esta amplia red productiva comercial comprendía la operación de múltiples agentes vecinos de ambos lados de la cordillera, cuya actividad giraba en torno a la demanda de Santiago que por entonces constituía el motor económico de este mercado. Lélio Luiz de Oliveira, A pecuária no Estado de Minas Gerais – Brasil – (1903-1906) Departamento de Economia, FEARP-Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, USP – Universidade de São Paulo e-mail: [email protected] A pesquisa detalha os dados referentes à pecuária no Estado de Minas Gerais – Brasil – tendo como base um amplo levantamento realizado pelo governo mineiro entre os anos de 1903 e 1906. Sabendo-se que os dados foram colhidos em cada distrito que compunha os municípios na época, sendo possível a realização de um vasto mapa especificando a diversidade da economia pecuária nas regiões mineiras, justo no momento em que houve a implementação das linhas ferroviárias que facilitaram os negócios do gado, bem como a contrapartida do avanço da cafeicultura em certas áreas como o sudoeste e o sul do Estado. As preocupações eram maiores com o gado vacum (bovinos), cavalar, muar (equinos), ovinos, caprinos e suínos. O levantamento realizado (e vasculhado no Arquivo Público Mineiro) baseia-se em um questionário respondido nos distritos (que compunham os municípios), com diversas perguntas, entre elas: a) quantas cabeças de gado existiam no distrito; b) quantas vacas de leite; c) a produção média de litros de leite por cada vaca; d) quantos litros de leite foram transformados em manteiga ou queijo, ou destinado ao consumo no município ou fora dele; e) número de bezerros nascidos no ano; f) perda de bezerros por doenças; g) raças do gado vacum; h) chegada de gado no distrito; i) número de rezes abatidas; j) quantidade de cabras, carneiros e cabritos; k) quantidade de equinos – cavalar e muar; l) quantas cabeças de porcos (suínos) e se houve perda no ano; m) qual a criação mais importante ou lucrativa; e, m) quais as maiores dificuldades encontradas no desenvolvimento da criação e na engorda do gado em cada distrito? O tratamento estatístico dos dados, acompanhado do mapa 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo pedológico e de relevo, bem como da historiografia que trata da ocupação e das transformações e continuidades econômicas do território mineiro, é possível compreender a relevância e a diversidade da pecuária no Estado de Minas Gerais no início do século XX. Lodewijk A.H.C. Hulsman, O desenvolvimento da criação do gado na Roraima (1790-1890) Afiliado como pesquisador no programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Amazônia na Universidade Federal de Roraima (UFRR) Lodewijk A.H.C. Hulsman: [email protected] A criação do gado na Amazônia brasileira é um tópico que gera debates acirrados no contexto do desenvolvimento regional e a preservação ambiental, refletido numa literatura extensa a despeito de estar focalizada no desenvolvimento historicamente recente. Com o intuito de contribuir para o conhecimento do desenvolvimento da cultura bovina na Amazônia a partir de uma perspectiva diacrônica, esse estudo procura analisar a criação do gado em Roraima no primeiro século desde sua introdução contemplando uma abordagem geográfico-econômica. A introdução do gado no final do século XVIII na região de Roraima, chamada de Vale do Rio Branco, foi o primeiro projeto do governo colonial de criação bovina em escala maior na Amazônia portuguesa. A bovinocultura na ilha de Marajó, até então o principal centro amazonense, era um projeto criado pelos jesuítas. O gado se adaptou rápido na savana de Roraima e se procriou de tal forma que em pouco tempo formava o maior rebanho bovino na Amazônia portuguesa. A posição geográfica do Vale do Rio Branco no contexto maior das Guianas e da Amazônia caribenha é considerada um fator importante no desenvolvimento da economia pecuária no primeiro século depois de sua introdução. Nesse sentido a interação entre as colônias espanholas, portuguesas, holandesas e posteriormente inglesas nas Guianas fazem parte desse complexo cenário regional. A transformação das colônias holandesas em Guiana Inglesa e a independência do Brasil e Venezuela nesse período ainda criaram uma dinâmica diferenciada das regiões de cultura pecuária tradicional frente a outras regiões brasileiras. Portanto, a economia do gado em Roraima se desenvolveu de uma maneira particular dentro do Brasil e da Amazônia criando uma cultura distinta que perdurou até a segunda metade do século XX quando foram introduzidas outras raças bovinas. O estudo faz parte do projeto Fazenda e Trabalho na Amazônia: o caso da criação bovina em Roraima (1790-1890) supervisionado 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo pelo Prof. Dr. Alberto Carlos Marinho Cirino no programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Amazônia na Universidade Federal de Roraima e apoiado pelo Programa Nacional de Pós-Doutorado da Coordenação de aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PNPDCAPES-2013). Maria-Aparecida Lopes, ESCASEZ, EPIZOOTIA Y EXPERIMENTOS SINDICALES. ABASTO DE CARNE EN LA CAPITAL FEDERAL MEXICANA, 1929-1955 EL California State University, Fresno [email protected] En el contexto americano la industrialización de la carne en México arribó bastante tarde. A diferencia de otras capitales del continente que se encontraban en estado similar de desarrollo de la industria cárnica, el sistema de suministro del Distrito Federal (D.F.) permaneció, por lo menos hasta 1950, en muchos aspectos, similar al que prevaleció durante la segunda mitad del siglo XIX. Este trabajo discute los vaivenes de este proceso en México, y por medio del estudio de caso de la Administración Obrera de los Rastros del Distrito Federal (Admob) presenta, uno entre los muchos intereses que estuvieron en juego durante el contexto que precedió la instalación de la primera empacadora moderna de carne en la capital federal mexicana. El estudio del contexto de la gestión obrera de los rastros del D.F. ofrece una ventana para observar la forma como uno de estos grupos resistió dichos cambios. De acuerdo con la documentación producida por el sindicato de los obreros de los rastros, la AdmOb no tenía “miras al lucro”, más bien su finalidad era el mejoramiento de sus miembros y la prestación de un “servicio social”. Ello no obstante, dependía de su permanencia como administradora del rastro, lo que a su vez estaba supeditado a las condiciones de abasto y distribución de la carne del D.F. Sin embargo, lo que se asiste durante los ocho años de gestión sindical de los rastros del D.F. es una pugna entre cómo balancear, por un lado sus funciones administrativas y por otro su papel como representante de los trabajadores. En esta pugna, la AdmOb buscó consolidar los intereses de sus propios miembros, mientras cualesquiera consideraciones acerca de las necesidades alimentarias de la población quedaron en segundo plano. Ahora bien, el fin de la AdmOb tampoco resultó en una mejoría en las condiciones de abasto en el D.F. que continuaron plagadas por problemas estructurales: inexistencia de un sistema de transporte para envío de la carne en canal a los centros de consumo, persistencia de prácticas anticuadas en la preparación de carnes y número inadecuado de almacenes refrigerados. Todo lo anterior impedía que se organizara, por lo menos en el centro consumidor 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo más importante del país, una reserva de carnes para hacer frente a cualesquiera eventualidades y/o choques radicales como los ocurridos en la década de 1940. Primero fueron los efectos de la Segunda Guerra Mundial y luego los brotes de fiebre aftosa que impactaron de forma radical las cantidades de carne de res que llegaban a los platillos de los mexicanos. Fue a raíz de la epizootia y de una renovación sustancial de las industrias ganadera y cárnica en México (promovida por el gobierno federal), que el antiguo sistema de abasto fue reemplazado por empacadoras en la segunda mitad del siglo XX. Eduardo Martín Cuesta, La Estancia de BaringBrothers: La Curamalán. Créditos, propiedad y gestión de una gran estancia en Argentina. (CEEED-IIEP-BAIRES-UBA/CONICET) [email protected] Las estancias y los estancieros argentinos, como agentes económicos, son una pieza clave de los debates en historia económica del período de fines del siglo XIX y comienzos del XX. En los últimos años ha renacido el interés sobre el tema, tanto en estudios sobre las elites o sobre los empresarios. Este trabajo aporta un nuevo caso, cuyo principal diferencial radica en que la “Estancia La Curamalán”, originalmente creada por Eduardo Casey, fue propiedad de la casa financiera londinense BaringBrothers desde 1890 hasta bien entrado el siglo XX. A partir de las fuentes del Archivo de la compañía, se presenta un análisis de la evolución económica, patrimonial y financiera de la Estancia, así como del modelo de gestión. Juan Luis Martiren, Una economía pecuaria de frontera. Las características de la producción ganadera en el distrito de Triunfo, Rio Grande do Sul, Brasil (1784-1848) Instituto Ravignani/Conicet, Argentina Que la actividad agropecuaria sentó las bases socioproductivas en el extremo sur del imperio portugués en América es una hipótesis ampliamente demostrada. La ocupación de parte de lo que actualmente es el estado de Rio Grande do Sul durante los siglos XVIII y XIX promovió el crecimiento de una importante actividad ganadera, combinada con producción agrícola y otras actividades extractivas, en menor medida. Luego de la independencia, y con 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo la caída de la producción de trigo, la ganadería terminaría por monopolizar la economía riograndense y motorizaría la continua expansión de las fronteras. En las últimas décadas, desde la historiografía académica han proliferado numerosos estudios que han analizado de manera muy detallada, en particular para Rio Grande do Sul, este proceso de desarrollo de la pecuaria riograndense desde la época colonial hasta bien entrado el siglo XIX. Sin embargo, algunos distritos de frontera no han sido estudiados aún. En este sentido, el presente trabajo apuntará su mirada al análisis de la Freguesia de Triunfo, un distrito de frontera desmembrado de Viamão en 1756 que tendría un marcado crecimiento demográfico y productivo durante el período colonial. Específicamente se analizará el comportamiento y la evolución de tres variables principales: las unidades productivas, los productores y los precios del producto. A partir de tres censos levantados en el distrito en la décadas de 1780, 1820 y 1840, y de una muestra de 150 inventarios post mortem, se intentarán presentar cambios y continuidades en la conformación y la morfología de las unidades de explotación, en la evolución y distribución de la riqueza ganadera de los productores y en los precios de sus expedientes vivos. Se pretende al mismo tiempo comparar estos resultados con los arrojados por otros estudios académicos sobre la pecuaria riograndense en dicho período. Roberto Schmit, Estancias pecuarias en el Litoral Argentino del siglo XIX (UBA-UNGS-CONICET) [email protected] Durante el siglo XIX la producción pecuaria en la Argentina fue sin lugar a dudas uno de los ejes fundamentales que sustentaron su notable crecimiento económico. Esta producción -que había comenzado a desarrollarse desde la época tardo-colonial en el Litoral rioplatense- experimento sobre todo desde 1820 a lo largo de la centuria decimonónica una serie significativa de sucesivas etapas de transformación y expansión. Aquellos ciclos estuvieron ligados tanto a las demandas constantes y cambiantes del mercado local y el ultramarino como también a la dinámica de mutaciones de los procesos socio-económicos e institucionales en torno a sus formas de organización del ciclo productivo. En las últimas cuatro décadas una amplia bibliografía a estudiado, sobre todo a nivel regional, la evolución y características macroeconómicas referidas al sector de la producción pecuaria rioplatense. Hoy conocemos bastante bien los ritmos y los tipos del desarrollo que tuvo el sector pecuario rioplatense, no obstante menos conocemos -en profundidad- otros aspectos significativos referentes a sus características microeconómicas en los establecimientos 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo productivos. Es decir cómo era el funcionamiento y que costos de factores de producción tenían las unidades de producción de las estancias pecuarias a lo largo del siglo XIX. Con ese panorama historiográfico de fondo en esta ponencia abordamos aquellas carencias a través de una mirada sobre la racionalidad de inversión de los estancieros y sus lógicas de explotación en las estancias de la provincia de Entre Ríos, la segunda economía pecuaria argentina detrás de Buenos Aires, durante las décadas de 1840 y 1880. Los principales objetivos de la investigación resultan de las cuestiones sobre cómo evolucionó la inversión rural dentro de los patrones generales de inversión de los rubros económicos. Qué peso tuvieron sobre la evolución del ciclo productivo rural las distintas variaciones de los costos de los factores de producción. Finalmente, estudiamos las estrategias de gestión y cuál habría sido la rentabilidad que alcanzaron a desarrollar las estancias pecuarias. Para evaluar aquellos objetivos contamos como fuentes principales para este trabajo con los registros de una amplia muestra de expedientes de testamentarias de productores rurales -de diversos cortes etarios y tamaños de explotación- para todo el período de estudio. Así como también disponemos de una serie de contabilidades de estancias, las cuales constituyen un importante hallazgo documental dado lo sumamente escaso de este tipo de fuentes para el lapso analizado en esta ponencia. La finalidad del estudio de las lógicas de inversión y de la explotación de las estancias es poder describir el funcionamiento de las estancias para debatir algunas cuestiones fundamentales del desarrollo pecuario rioplatense del siglo XIX como fueron: cómo evolucionó el peso sectorial de los patrones de inversión de los estancieros, cómo fue la evolución cambiante de los costos de los factores de producción y cómo afectaron en la producción ganadera en estas economías con características de frontera móvil. Así como también se plantea poder analizar cómo fue la evolución y cuán rentables resultaban las estancias en el Litoral Argentino. Robert W. Wilcox, Micróbios, parasitas e a economia da pecuária na periferia: Mato Grosso, Brasil, ca. 1870 a 1950 Northern Kentucky University "Robert Wilcox" [email protected] Nos últimos anos, os historiadores têm prestado uma maior atenção para a saúde dos animais e os impactos das doenças nas economias de gado em todo o mundo. Isto inclui estudos que vão desde o impacto da peste bovina 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo em África do Sul, à febre aftosa na Grã-Bretanha, surra em eqüídeos no Sul da Ásia, e tristeza, nos Estados Unidos, bem como vários pesquisas sobre os serviços veterinários nacionais e coloniais em todo o globo. A América Latina não tem sido ignorada neste interesse, mas a atenção tem sido relativamente mínima. É minha esperança que este simpósio vai ajudar a expor o excelente trabalho que está sendo feito nos últimos anos sobre animais domésticos, a doença, e os esforços para lidar com a saúde animal na região. Muita atenção global para a saúde dos animais têm sido impulsionado pelo conceito de “modernização”, que começou no século XIX, com resultados mistos referente ao saúde animal e desenvolvimento económico. O período do final do século XIX e início do XX foi fecunda com as descobertas científicas que muitas vezes foram traduzidas em esforços para “melhorar” as práticas de criação locais através da ciência da pecuária de origem Europeu. Em nome do progresso nacional e/ou o bem-estar das sociedades nativas, práticas veterinárias e conhecimentos com base na experiência europeia e norteamericano tornaram-se um elemento essencial na expansão da produção de gado em todo o mundo. Os resultados foram frequentemente ambíguas, às vezes trágicas, mas a expansão da ciência moderna em culturas de pecuária tradicionais era inexorável, incluindo algumas regiões, em grande parte percebidas como marginais, como Mato Grosso no Brasil Central. A partir do final do século XIX Mato Grosso tornou-se como um laboratório para a expansão da produção de gado de corte tropical nas Américas, um processo lento, mas que no final do século XX deixou-o na vanguarda da pecuária brasileira e continental. Enquanto a maior parte deste desenvolvimento foi orientado para o mercado, a economia local foi complexa e multifacetada. Tratamento de gado permaneceu em grande parte rotineira até meados do século XX, apesar de várias tentativas logo no início desse século de “racionalizar” a criação de gado de várias maneiras, incluindo com os últimos cuidados veterinários. Houve alguns sucessos na expansão da ciência moderna no sertão do país, mas também muitos impedimentos. Inevitavelmente, isso envolveu um encontro, que poderia ser chamado de “tradição contra a modernização”, que incluiu acusações repetidas da parte de observadores externos de resistência e indolência do sertanejo. E o papel do Estado, tão crucial na promoção da ciência mais atualizada em outras jurisdições, foi bastante equívoca na fronteira de Mato Grosso. O objetivo deste trabalho é de examinar alguns dos elementos-chave no tratamento da saúde do gado em uma região na periferia da nação, a fim de melhor compreender o papel das zonas marginais nesse processo implacável chamado de “modernização”. 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo Shawn Van Ausdal, Grass versus Crops: Productivity Differences and the Making of an Unequal Agrarian Structure in Colombia’s Caribbean Lowlands Universidad de los Andes, Colombia "Shawn Kenneth Van Ausdal" <[email protected]> One of the paradoxes that most surprised the development economist, Lauchlin Currie, on his initial visit to Colombia with the World Bank in 1950, was food crops squeezed onto marginal hillsides while cattle monopolized the flat and fertile valley floors. Currie’s critique of this irrational distribution forms part of a wider presumption within the economic and agrarian history of Latin America: that ranching has been the means to an end much more than an end in itself. In Currie’s case, it was cover the minimal costs of long-term land speculation. Other scholars have explained the spatial predominance of cattle as part of broader efforts to establish territorial control, wield political power, demonstrate social status, and appropriate the sweat equity of peasants. How much is the mal-distribution of land in Colombia (or Latin America) attributable to the extra-economic means implied in such analyses? Surely a good deal. But market forces, I argue, play a larger role than often supposed. Using the Caribbean lowlands of Colombia as a case study, I question the underlying assumption that peasant agriculture was more productive than ranching – hence the need for extra-economic methods. While the value of beefproduction per hectare was typically lower than that of food crops, the profits (and the ability to accumulate) were often higher because of its relatively low labor demands. For peasants, by contrast, high labor requirements and poor output made it harder for them to compete with ranchers in informal rural land markets. Valter Martins, Alhos, marchantes e tripeiros: o comércio de carnes verdes em Campinas. Final do século XIX, início do XX. Professor no Departamento de História na UNICENTRO em Irati/PR "Valter Martins" <[email protected]> O comércio e o abastecimento urbano de carnes verdes sempre preocupou as autoridades municipais no Brasil colonial, imperial e início da república. Enquanto alimento importante na dieta cotidiana da população em geral, sua má qualidade, escassez ou carestia motivava rumores nos botequins, becos e cozinhas, além de clamores na imprensa e até mesmo motins populares. As questões voltadas ao comércio da carne verde nas vilas e cidades brasileiras sempre foram recorrentes entre as "queixas do povo". A carne, sua distribuição e comércio constituíam importante atividade econômica, fazendo parte da 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo materialidade do urbano ao requerer espaços específicos para abrigar matadouros, açougues e mercados, controlados e ordenados pelo poder municipal. O comércio das carnes verdes era realizado também por ambulantes e tripeiros. Ao circularem pelas ruas da cidade com suas carroças e tabuleiros, levavam na porta dos consumidores carne, miúdos e linguiças. Se espalhavam pela área central e periférica apregoando ruidosamente sua mercadoria, exercendo uma prática, portando conveniências. Entre eles havia imigrantes dos quais predominavam os italianos. O abastecimento regular e acessível de gêneros alimentícios em geral e da carne verde em particular eram desejos comuns nas populações urbanas. Isso impelia desvelos das câmaras municipais em relação àqueles temas sensíveis porque tais desejos e sua correspondente satisfação eram diretamente associados ao bom governo. Ao interferirem no comércio da carne fresca através de posturas municipais específicas e regulamentos, as câmaras buscavam controlar os marchantes, açougueiros e tripeiros o que provocava constantes tensões. Especialmente em tempos de escassez, carestia, crise e epidemias, quando tabelavam o preço da carne visando proteger a população dos especuladores. Nesta comunicação discutimos aspectos do comércio de carnes verdes na cidade de Campinas entre a segunda metade do século XIX e início do XX a partir de jornais e documentação da câmara municipal. Destacamos seus efeitos no cotidiano da cidade e de seus habitantes e as ações e discursos das autoridades que buscavam regulamentar e controlar aquela atividade, nem sempre com sucesso. Interessa acompanhar como os pressupostos do higienismo e do sanitarismo se revelavam nessas mesmas ações e discursos, buscando impor novos hábitos, padrões e práticas. Vania Vaz, De bois e de homens: mudanças sociais e econômicas no sul do Pará. Das práticas tradicionais aos empreendimentos agropecuários, 1900-1970 Drª em Desenvolvimento Sustentável UnB. Pesquisadora, Bolsista Pós-Doc PNPD CAPES no PPG em História UNICENTRO-PR "Vania Vaz" <[email protected]> O presente trabalho aborda parte do processo de ocupação do sul do Pará. O extremo sul paraense foi ocupado por pequenas frentes de expansão sertaneja, as quais cruzaram o território maranhense e áreas do antigo norte goiano, atual Tocantins, chegando a margem paraense do Rio Araguaia. O cenário escolhido por esses pastores sertanejos de origem nordestina foi uma área de transição entre o cerrado e a Amazônia. No final do século XIX a região abrigava território Kayapó. A procura pelas melhores áreas de pastagens 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo naturais proporcionou a exploração de um vasto território promissor para a pecuária bovina. Esta comunicação busca apresentar aspectos das mudanças socioeconômicas ocorridas nesse quadrante amazônico, desde o início da atividade e os entraves comerciais da produção de uma pecuária tradicional. Essa produção pecuária rústica, utilizando pastagens naturais, permitiu tímidas negociações dos rebanhos, exceto em raras ocasiões, a exemplo do fornecimento de algumas tropas as quais eram enviadas aos seringais. Contudo, nesse contexto a pecuária local sofreu transformações a partir de finais da década de 1950, concentrando grandes fazendas/empresas agropecuárias. Algumas criadas a partir de fomentos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) dedicadas exclusivamente à produção de gado de corte em larga escala, utilizando pastagens artificiais e inovações tecnológicas ampliando enormemente a produção. Isso tornou o sul do Pará numa das referências da atividade pecuária no Brasil. Yajaira Freites, La ganadería en el “nuevo” agricultor venezolano (19381940) Centro de Estudio de la Ciencia Instituto Venezolano de Investigaciones Científicas (IVIC), Venezuela. [email protected] En la literatura divulgativa de las Ciencias Agropecuarias, el nombre del El Agricultor Venezolano tiene vieja data. A mitad del siglo XIX, el gobernador de la Provincia de Caracas autorizó el derecho exclusivo de imprimir, publicar y vender a José Antonio Días su obra El Agricultor Venezolano o Lecciones de Agricultura Práctica Nacional (1861). Esta fue un texto, que suplía las necesidades de saber a falta de escuelas de agricultura y veterinaria durante ese período. Estas se crearían en la década de 1934, primero como Escuela de Expertos Agropecuarios y luego en 1938 como Escuelas de Estudios Superiores en Agricultura y en Veterinaria, respectivamente. Ese hito educativo fue parte de un reimpulso de la política agropecuaria del Estado venezolano en la década de 1930, con la organización en 1934 del Ministerio de Agricultura y Salubridad (CH) y en 1936 con el Ministerio de Agricultura y Cría (MAC), en donde la Cría tenía para si todo una Dirección. Los servicios de extensión de incrementaron y con ellos los de divulgación; varios boletines, folletos y revistas surgieron pero uno de ellos pasó a ser el órgano de divulgación del MAC, El Agricultor Venezolano (1936) creado bajo el mandato del primer Ministro del despacho Alberto Adriani (1898-1936). Adriani había sido el primer jefe de la división de Cooperación Agrícola de la Unión Panamericana en Washington y bien conocía la necesidad de divulgar la información así como los servicios que se pretendían prestar desde el nuevo 19 a 21 de Julho de 2016 São Paulo/Brasil Universidade de São Paulo despacho de Agricultura y Cría, razón por la cual dio impulso a El Agricultor Venezolano. Al igual que en su homónimo del pasado, la agricultura era la temática dominante del Agricultor Venezolano, pero, un examen de los diversos números de la revista, nos muestra que posiblemente el hecho que fuera un medio de divulgación, los temas pecuario, especialmente los de la ganadería tuvieron bastante cabida en este medio de comunicación del siglo XX. La revista, pasó ser un reproducido en multígrafo a una edición con fotos, dibujos y diagramas y salía todos los meses. De los temas ganaderos ¿Qué era lo que se divulgaba? ¿Cómo se relacionaban con las políticas del Estado para fomento de la ganadería y qué función tenían las tecnologías en el desarrollo de la actividad ganadera?. Este trabajo de carácter exploratorio pretende examinar tres años (1938-1940) de El Agricultor Venezolano.
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