Por um Turismo Marinho Sustentável no Sítio de Demonstração do
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Por um Turismo Marinho Sustentável no Sítio de Demonstração do
PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO SUSTENTÁVEL (COAST): ÁREA TEMÁTICA DA GESTÃO DA RECREAÇÃO MARINHA E DE RECIFES (RMRM) MOÇAMBIQUE PROJECTO Maio 2014 Por um Turismo Marinho Sustentável no Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho (TBT) Versão 1 2014 - 2019 Por: Bernice Mclean* Jonathan Kingwill* Jayshree Govender* Gabriel Marime* Em colaboração com o Comité de Gestão do Sítio de Demonstração do COAST e outros interveinentes *Consultores da EcoAfrica Environmental i Prefácio É com enorme prazer que apresentamos-vos o documento: “Plano Por um Turismo Marinho Sustentável no sítio de Demonstração no Tofo-Barra-Tofinho (TBT), em nome do Projecto da Acção Conjunta Por Um Turismo Sustentável (COAST), Terceira Área Temática: Gestão da Recreação Marinha e de Recifes. O meio ambiente marinho, turismo marinho e costeiro da África Oriental é famoso pela sua riqueza do património cultural, beleza natural, e biodiversidade biológica. Os sensíveis ecosistemas que oferecem uma multiplicidade de bens e serviços para apoiar o turismo e outros sectores económicos nas áreas costeiras estão, contudo, sob uma crescente pressão de ameaças tais como níveis crescentes de poluição, degradação de habitats sensíveis devido a um desenvolvimento mal planificado, corrida aos recursos naturais. Para além disso, as comunidades locais estão afectadas por uma pobreza degradante e decréscimo de recursos. Em face destes desafios o Projecto COAST dedicou-se ao trabalho através de aplicação de uma série de projectos práticos de demonstração, Melhores Práticas Disponíveis e/ou Melhores Tecnologias Disponíveis (MPDs/MTDs) em nove destinos turísticos na África Subsahariana. A Área Temática sobre Gestão da Recreação marinha e de Recife (RMRM), foi uma das principais três Áreas Temáticas, através da qual as actividades do COAST foram categorizadas. O objectivo das actividades da RMRM era promover práticas sustentáveis de recreação marinha e de recife em três Sítios de Demonstração selecionados de modo a reduzir as ameaças aos ecosistemas marinhos costeiros sensíveis e prevenir mais perda da biodiversidade. O presente documento é um resultado essencial das actividades do projecto. O objectivo do presente documento visa o turismo sustentável dentro do Sítio de Demonstração do TBT (doravante denominado Sítio de Demonstração), que seja gerido para o benefício de todos os utentes. Isto garantirá que a longevidade dos recursos marinhos e de recifes é mantida e que também garanta ganhos económicos para o sustento das populações locais. O Sítio de Demonstração (TBT) situa-se na costa do Oceano Índico, a Nordeste de Inhambane, em Moçambique. Este local singular é caracterizado por praias arenosas de tirar o fôlego, grandes dunas, ecossistemas de corais de recife raros, uma grande quantidade de mega fauna de espécies marinhas, lagoas, florestas de mangais, pradarias e de ervas marinhas. A área conta também com muitos habitantes locais, assim como visitantes nacionais e internacionais. Os moçambicanos têm usado esta área e o meio ambiente marinho natural como um recurso para o seu sustento e um destino turístico, e como local de relaxamento tanto para os locais assim como para os visitantes. A área costeira a partir do Tofo até Bazaruto foi identificada como um potencial Local de Património Mundial Marítimo com um valor universal incomensurável (Obura et al., 2012). A alta biodiversidade e a fantástica beleza natural atrai um grand número de turistas de ano para ano. A pressão sobre o meio ambiente pelo sector do turismo tornou-se uma grande preocupação do governo e como consequência identificou-se a necessidade através do Projecto COAST para a elaboração de um plano com vista a melhorar a gestão sustentável do turismo marinho na área do TBT. A abordagem identificada pelo projecto COAST é trabalhar com os intervenientes locais de modo a ii identificar as necessidades do sítio e trabalhar com vista uma gestão sustentável da área de turismo marinho. As actividades do projecto foram coordenadas através do Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC), e uma pequena Equipa Técnica (Tech), constituida por instituições Governamentais, Organizações Não-Governamentais (ONGs), Organizações Baseadas na Comunidade (OBC), pesquisadores, o sector privado e outros intervenientes. Um processo altamente participativo da planificação de gestão sustentável resultou na identificação da Visão pela área e prioridades essenciais para o reforço de gestão de turismo marinho na área, que estão delineadas no presente documento. Visão A área de Tofo-Barra-Tofinho é um destino turístico de classe mundial na qual a riqueza da nossa biodiversidade marinha costeira está conservada e faz-se manutenção de um meio ambiente limpo e saudável. A utilidade dos diversos recursos naturais é gerida de uma forma integrada e conjunta de modo a garantir sustentabilidade e para reduzir conflitos entre os utentes. A gestão da recreação dos corais de recife e marinhos é aperfeiçoada de modo a reduzir os impactos negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país no seu todo. Através da implementação da gestão sustentável, dentro de dez anos, a área do TBT transformar-se-á numa área de conservação importante na região. Este documento foi elaborado de uma forma participativa. A filosofia fundamental é que num contexto complexo como o da área do TBT com os seus múltiplos utentes, intervenientes e gestores, a gestão deve ser abordada de uma forma participativa, conjunta e transparente. É importante tomar em conta que a gestão do turismo marinho de uma forma sustentável na área do TBT é um processo – não irá acontecer de uma forma instantânea, mas irá evoluir ao longo do tempo, se for conduzido de modo conjunto pelos membros do DSMC e outros actores principais. É importante realçar que este documento é a primeira Versão do documento e devia ser revisto regularmente. Deve ser reconhecido como um documento de trabalho que será modificado e actualizado de modo a reflectir novas ideias e inovações e abordar assuntos e oportunidades emergentes nos próximos anos. Por fim gostaríamos de manifestar a nossa gratidão e estima às pessoas e às partes, que participaram na elaboração deste documento, incluindo aqueles que participaram em seminários, os que generosamente forneceram dados e informação, pelo seu tempo, ou aos que prestaram apoio à nossa equipa no terreno. A vontade dos que contribuíram ajudará no reforço da governação da área e estabelecer um trajecto por uma colaboração e acção conjunta. Pelo Comité da Gestão do Sítio de Demonstração de Moçambique iii Índice Prefácio ............................................................................................................................................. ii Índice ............................................................................................................................................... iv Lista de Figuras ................................................................................................................................. v Lista de Tabelas ................................................................................................................................. v Lista de Abreviaturas ........................................................................................................................ vi 1 Introdução ................................................................................................................................. 1 1.1 Turismo em Zonas Costeiras ............................................................................................... 1 1.2 O Valor de Ecosistemas Marinhos Saudáveis para o Turismo .............................................. 1 1.3 O Projecto COAST no Tofo, Barra, Tofinho ....................................................................... 2 2 Contexto do Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho....................................................... 3 2.1 Visão Geral ........................................................................................................................ 3 2.2 Turismo Marinho no Sítio de Demonstração do TBT .......................................................... 4 2.3 Desafios para o Turismo marinho Sustentável ..................................................................... 7 2.4 Medidas Actuais de Gestão do Turismo Marinho .............................................................. 10 2.5 Consultas com os Actores Intervenientes .......................................................................... 11 3 Quadro Institucional e Regulador ............................................................................................. 12 3.1 Quadro Institucional ......................................................................................................... 12 3.2 Políticas e Legislação ....................................................................................................... 12 4 Elaboração do Plano de Gestão da Recreação marinha para o Sítio de Demonstração de TBT .. 15 4.1 Processo de Elaboração do Documento ............................................................................. 15 4.2 Principais Problemas Identificados pelos Actores Intervenientes ....................................... 15 4.3 Avaliação Preliminar de Ecossistemas e Mapeamento de Actividades ............................... 16 4.4 Constatações da Pesquisa .................................................................................................. 19 5 Visão, Princípios e Objectivos ................................................................................................. 21 5.1 Visão ................................................................................................................................ 21 5.2 Princípios Orientadores..................................................................................................... 21 5.3 Metas e Objectivos ........................................................................................................... 22 5.4 Potenciais Parceiros, suas Funções e Responsabilidades .................................................... 22 5.5 Plano de Ancoragem ......................................................................................................... 23 6 Plano de Implementação .......................................................................................................... 24 6.1 Monitoria e Avaliação para Gestão Adaptativa.................................................................. 24 7 Conclusão e Recomendações ................................................................................................... 42 7.1 Conclusão Geral ............................................................................................................... 42 7.2 Desafios ........................................................................................................................... 42 7.3 Riscos............................................................................................................................... 43 7.4 Período ............................................................................................................................. 43 7.5 Recomendações ................................................................................................................ 44 7.6 Futuro do Documento Versão 1 ........................................................................................ 45 Referências ...................................................................................................................................... 46 Anexo 1: Lista do DSMC (DSMC) e Membros da Equipa Técnica (Tech) ........................................ 48 Anexo 2: Lista de Actores Intervenientes Consultados ..................................................................... 49 Anexo 3: Lista de Espécies Ameaçadas e Vulneráveis 1..................................................................... 51 Anexo 4: Pesquisa em Curso no Sítio de Demonstração ................................................................... 53 iv Lista de Figuras Figura 1: indicative do potencial de Sítio de Património Mundial no Canal de Moçambique (adaptado de Obura et al. 2012).......................................................................................................................... 3 Figura 2: Actividades de recreação marinha dentro do Sítio de Demonstração de TBT ....................... 6 Figura 3: Processo de desenvolvimento do Plano de Gestão de Turismo marinho Sustentável para o Sítio de Demonstração ..................................................................................................................... 15 Figura 4: Sítios Afectados pelo Turismo marinho dentro do Sítio de Demonstração do TBT ............. 18 Lista de Tabelas Tabela 1: AMPs em Moçambique, nos termos do Acordo de Conservação Marinha ......................... 10 Tabela 2: Políticas e leis principais relacionadas com o turismo e protecção costeira e marítima ....... 14 Tabela 3: Plano de Implementação para o melhoramento do recife e gestão de recreação marinha .... 26 v Lista de Abreviaturas ADMAR AHTPI ALMA AMAR ANAC AOA MPDs MTDs OBC CCP CDS CEPI CMCI COAST CoC CTA DINATUR DPCA DPC DPP DPTUR DSMC EBM AIA SGA OH FOPROI FGA GoM INAE INAMAR IDPPE IIP IUCN AMGL ACM MICOA MITUR MMA MMF MoE AMP ONGs VUE Administração Marítima Associação de Hotelaria e Turismo da Província de Inhambane Associação de Limpeza e Meio Ambiente Associação dos Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos Administração Nacional das Áreas de Conservação All Out Africa (de África) Melhores Práticas Disponíveis Melhores Tecnologias Disponíveis Organizações Baseadas na Comunidade Conselho Comunitário de Pescas Centro de Desenvolvimento Sustentável Conselho de Empregadores de Inhambane Conselho Municipal de Inhambane Acções Conjuntas por um Turismo Sustentável (ACTS) Código de Conduta Confederação das Associações Moçambicanas Direcção Nacional de Turismo Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental Coordenador do Projecto do Sítio de Demonstração (CPSD) Direcção Provincial das Pescas Direcção Provincial do Turismo Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC) Gestao Baseada no Ecosistema (GBE) Avaliação do Impacto Ambiental (EIA) Sistemas de Gestão Ambiental (EMS) Olhos no Horizonte (EotH) Fórum Provincial de Organizações de Inhambane Fundo Global do Ambiente (GEF) Governo de Moçambique Instituto Nacional de Actividades Económicas Instituto Nacional da Marinha Instituto para o Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala Instituto de Investigação Pesqueira União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) Área Marinha Gerida Localmente (LMMA) Acordo de Conservação Marítima (MCA) Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental Ministério do Turismo Área Marítima sob Gestão (AMG) Fundação Marinha Mega Fauna Memorando de Entendimento Área Marítima Protegida (MPA) Organizações Não-Governamentais Valor Universal Escepcional vi RMRM AAE SDAE SNV TBT Tech Team UEM UNEP UNESCO UNIDO UNWTO WCS WWF Gestão da Recreação marinha e de Recife Avaliação Ambiental Estratégica (SEA) Serviços Distritais de Actividades Económicas Organização de Desenvolvimento da Holanda Tofo-Barra-Tofinho Equipa Técnica do DSMC no Sítio de Demonstração Universidade Eduardo Mondlane Programa das Nações Unidas para o Ambiente Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial Organização Mundial de Turismo Sociedade de Conservação da Vida Selvagem Fundo Mundial para Natureza vii 1 Introdução 1.1 Turismo em Zonas Costeiras O meio ambiente costeiro é complexo, dinâmico e altamente sensível e tem ecossistemas delicados, constituídos por habitats significativos e é rico em biodiversidade (OMC, 2013a). Universalmente, a capacidade produtiva e a integridade ecológica do ambiente marinho, que inclui tanto os estuários e águas costeiras, estão a degradar-se, e em muitos destes locais a degradação acentuou-se. Na maioria dos casos, os principais factores que contribuem para a degradação destes ecossistemas é a falta de uma planificação espacial adequada, crescimento rápido e desenvolvimento de actividades relacionadas nestas áreas costeiras. Isto vem como resultado do aumento populacional, urbanização, industrialização, turismo e transporte marítimo (OMC, 2013a). Ao longo da história, o ambiente costeiro tem sido um chamariz carismático de turistas. O turismo em áreas costeiras é um dos maiores e um dos sectores da indústria que mais crescem e que é uma promessa como um contributo para o bem-estar económico e social dos países destinatários. Na África Subsaariana, muitas destas áreas foram desenvolvidas em destinos turísticos prósperos dado que os países estão cada vez mais a virar as suas atenções para o turismo como uma opção viável para acelerar o seu crescimento económico ao mesmo tempo que o sector tem demonstrado de uma forma consistente a sua capacidade para actuar como um factor principal de crescimento em alguns dos países mais pobres do mundo (OMC, 2013a). O turismo costeiro é contudo, um sector frágil, sobretudo em países em desenvolvimento, onde sistemas de governação e estruturas de desenvolvimento estão a emergir. Neste caso os residentes locais poderão experimentar o lado negativo do comércio de turismo do que o tormento das suas riquezas. Os impactos negativos incluem, por exemplo, níveis crescentes de poluição e degradação das áreas costeiras e marinhas sensíveis devido ao planeamento mal concebido, concorrência por água doce e sobre exploração dos escassos recursos para alimentar o sector, subida dos preços do parque imobiliário, deslocação das comunidades locais de pescadores e de agricultores e os danos irreversíveis à cultura local. Em poucas palavras, o desenvolvimento de turismo inadequado destrói os recursos naturais e culturais locais e limita as oportunidades de negócio no turismo a longo prazo. A boa nova é o reconhecimento cada vez mais crescente de que nem todas as formas de turismo são também destrutivas e que também o turismo pode ser gerido para prover tanto experiências de qualidade de visitantes e também beneficiar as economias locais e seus meios de sobrevivência, se planificados e implementados de um modo conjunto e responsável. 1.2 O Valor de Ecosistemas Marinhos Saudáveis para o Turismo Recifes de coral, algas marinhas e mangais dão lugar à funções essenciais tais como protecção costeira, fixação do carbono, zonas de reprodução e habitats para uma diversidade de organismos incluindo espécies pesqueiros importantes para o comércio. Os recifes de coral estão entre a maioria dos biologicamente diversos ecossistemas na terra. A saúde dos recifes, ervas marinhas e os ecosistemas de florestas de mangais está estritamente interligado devido a uma interconectividade de espécies e processos naturais. Algumas das principais oportunidades recreativas na região providas por estes ecossistemas marinhos incluem barcos com armadura de vidro com vista de baixo (fundo), mergulho submarino, pesca desportiva e recreativa e o Scuba diving (mergulho). A avaliação dos 1 ganhos económicos anuais gerados a partir destas formas de turismo é estimada em $9.6 biliões. Uma análise de 2013 das receitas directas geradas pelo turismo com relação à observação de uma única espécie marinha (operações de observação de arraias manta) em 23 países de todo mundo, valorizaram a indústria em mais de US$ 73 milhões anualmente. O impacto económico directo das despesas associadas ao turismo é avaliado em US$140 milhões anualmente (O’Malley et al, 2013). Contudo, o crescimento do turismo marinho da costa não consegue cumprir com as promessas de grandes benefícios para as comunidades costeiras pobres ao mesmo tempo que estas descendem para enfrentarem problemas ambientais e sociais sérios. O turismo das áreas costeiras é um dos sectores desta indústria que mais crescem com a promessa de trazer contributos para o bem-estar económico e social dos países destinatários. Contudo, o turismo tornou-se uma das forças mais poderosas, mais influentes e menos examinadas no mundo ao ponto de ser considerado “a indústria sorrateira do século 21” (Becker, 2013). Embora diferentes tipos e dimensão de actividades de recreação marinha acontecem no Sítio de Demonstração, o sector do turismo depende directamente de ecosistemas marinhos e costeiros saudáveis e produtivos para uma sustentabilidade a longo prazo. Contudo, a realidade prova que muita pressão ameaça a saúde destes ecosistemas. A sobreutilizaçào dos recursos marinhos e costeiros, actividades destrutivas nos ecosistemas sensíveis, e a falta de gestão e uso (costeira) e o desenvolvimento mal planificado estão a resultar na degradação dos recursos de base. A pobreza extrema, pressão crescente das actividades piscatórias e os conflitos cada vez crescentes entre os usuários, acentuam as ameaças aos ecosistemas sensíveis. A fraca governação e colaboração limitada entre os intervenientes contribuem ainda mais para as ameaças que esta área enfrenta. Tal como “O Ganso dos Ovos de Ouro”, o turismo marinho depende estritamente de ecosistems saudáveis e funcionais. Se o meio ambiente natural dos destinos marítimos e costeiros se manuter e for usado de uma forma responsável, maiores serão as oportunidades para o sector do turismo crescer e florescer a longo termo e maior será o apoio para o desenvolvimento económico contínuo da área. 1.3 O Projecto COAST no Tofo, Barra, Tofinho O Projecto de Acções Conjuntas por um Turismo Sustentável (COAST) implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), pretende, através de uma série de projectos de acções práticas de demonstração, aplicar certas Melhores Práticas Disponíveis e/ou Melhores Técnicas Disponíveis (MPDs/MTDs) em nove destinos turísticos na África Sub-Sahariana. Todas elas têm como objectivo reduzir os impactos ambientais negativos que resultam das acções do sector do turismo costeiro e poluentes. A Área Temática da Gestão da Recreação marinha e de Recifes (RMRM) é uma das três principais Áreas Temáticas através das quais as actividades COAST estão categorizadas. O Projecto COAST selecionou as áreas de Tofo, Barra, Tofinho como um dos três Sítios de Demonstração da África Oriental (doravante designados Sítios de Demonstração) para a Área Temática RMRM. O bjectivo dos Sítios de Demonstração é demonstrar e apoiar a adopção de abordagens de melhores práticas de modo a promover práticas sustentáveis de actividades de recreação marinha e de recifes. O presente documento foi elaborado a partir de actividades levadas a cabo na área como parte do Projecto COAST e oferece uma visão geral de recomendações para a melhoria de gestão das actividades de recreação marinha e de recifes na área de TBT. 2 2 Contexto do Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho 2.1 Visão Geral O Sítio de Demonstração Tofo-Barra-Tofinho (TBT) localiza-se a sudeste de Moçambique. A área está localizada na Costa do Oceano Índico, na península da Ponta da Barra na província de Inhambane. O Sítio de Demonstração localiza-se a cerca de 22 quilómetros da histórica cidade de Inhambane e caracteriza-se pelos diversos ecossistemas incluindo as dunas costeiras arenosas, margens rochosas e arenosas, florestas de mangais, leitos de ervas marinhas, corais de recifes e oceano aberto. O Sítio de Demonstração inclui áreas principais de praias: Tofo, Barra e Tofinho e alguns corais de recife com muita abundância de corais suaves do Lobophytum e Cladiela geral. As correntes oceânicas dominantes transportam sedimentações para o norte e formam pequenas penínsulas com tendência para norte, tais como Tofo (Obura et al, 2012). Um alto nível de produtividade na região resulta da mistura da variação de redemoinhos a partir do Canal de Moçambique no Norte, e a partir da região da Corrente do Cabo das Agulhas do Leste de Madagáscar no Sul. A área de Tofo, Barra, Tofinho alberga uma riqueza excepcional de biodiversidade biológica, que forma uma base para o turismo e comércio ao longo desta extenção da costa. A área de TBT localizase dentro de uma série de sítios no Canal de Moçambique, que combinados, tem potencial de valor de Património Mundial. Um estudo recente do Ocidente do Oceano Índico sobre Património marítimo Mundial em 2012, constatou que 6 sítios dentro do Canal de Moçambique, (incluindo a área do Tofo, Barra e Tofinho), alberga características únicas e que potencialmente tem Valor Universal Excepcional (OUV) necessários para a designação como uma área para Património Mundial transfronteiriço. As seis áreas constituintes incluem: a) Quirimbas – Mtwara; b) Norte de Madagáscar; c) o Arquipélago das Comores; d) the Iles Éparses; e)Tofo – Bazaruto, Moçambique; f) Planície de Madagáscar (Veja-se figura 1 abaixo). Figura 1: potencial para indicação de Patrimônio da Humanidade no Canal de Moçambique (adaptado de Obura et al. 2012). c a b d e f Este sistema alberga uma diversidade única de espécies marinhas, particularmente espécies carismáticas tais como cavalo marinhos, peixe de recife e espécies de grande megafauna, tais como manta raias, tubarões baleias, tartarugas, dugongos e baleias curcunda. A importância do potencial da designação de Património Mundial marítimo significaria reconhecimento global do valor do património marítimo da área, o que alavancaria grandemente o turismo e maximizar recursos para a gestão. O mosaico de ecossistemas na área de TBT suportaria uma combinação única formas de vida terrestres e marinhas. Os mais citados são os globalmente significantes, do conjunto de todo o ano de arraias manta, o Recife Manta (Manta Alfredi) e a Manta Gigante (Manta birostris), que representam o maior conjunto no Oceano Índico e o segundo maior no mundo (Marshal et al 2011). A área também alberga um dos maiores conjuntos de Tubarões baleia (Rhincodon typus) no Oeste do Oceano Índico (Obura et al, 2012). Outra mega fauna carismática citada na área inclui as grandes populações de baleias jubarte de inverno (Megaptera novaeangliae), golfinhos nariz de garrafa (Tursiops truncates) golfinhos 3 jubarte (Sousa chinensis)e os dugongs altamente ameaçados pela extinção (Dugong dugon). Existem nesta área cinco espécies de tartarugas em risco de extinção, como os cavalos-marinhos e uma variedade de outras espécies que atraem visitantes para esta área. Mais de trinta corais de recife são usados dentro do Sítio de Demonstração como destinos de mergulho e/ou snokerlling, com mais recifes a serem descobertos regularmente. Para além da alta biodiversidade que existe na costa do Tofinho, Tofo e Barra, a baía de Inhambane dá uma ligação essencial nos processos dentro do ecossistema na área. A Baía é rica em mangais e ecossistemas de ervas marinhas que dão habitat crucial aos organismos marinhos incalculáveis incluindo cavalo-marinho (Hippocampus sp.), pepino do mar (Holotúrias sp.), crustáceos e moluscos. Estes habitats também servem como locais importantes para a alimentação e procriação para uma diversidade de espécies de pesqueiras economicamente importantes. Uma outra evidência empírica é da existência de dugongs em perigo de extinção na Baía. A Baía de Inhambane é extensivamente usada pelos pescadores locais com recurso a uma vasta gama de redes e armadilhas de pesca. A área nordeste da Baía tem estado também a atrair cada vez mais turistas, sobretudo na região onde estes fazem piqueniques, snorkel, MERGULHO, kayak, barcos a motor e o jet ski. Viagens a barco são também alguns pacotes oferecidos por alguns operadores turísticos para as duas pequenas ilhas na Baía, incluindo a Ilha dos Porcos, Ilha dos Ratos e a Ilha Pansy Shell. A Província de Inhambane possui uma riqueza de património cultural, com a histórica cidade de Inhambane e a diversidade de autênticas experiências para os visitantes incluindo comida tradicional, música, dança e arte. A área do Sítio de Demonstração é também constituída por uma rica diversidade cultural das comunidades locais, maioria das quais estão envolvidas em actividades pesqueiras ou relacionadas com o turismo. Historicamente uma pequena aldeia costeira de pescadores, a área do TBT cresceu significativamente nos últimos anos e tornou-se um grande destino turístico que impulsionou um crescimento significativo na população. Um total de seis aldeias localizam-se na área do Sítio de Demonstração, incluindo Sequiriva, Salela, Machavenga, Josina Machel, Conguiana e Nhamua. A pesca artesanal e de Subsistência é a única fonte de proteínas para mais de 40% da população moçambicana (Ocean Revolution, 2012). Os aldeões da área do Sítio de Demonstração dependem largamente do mar através da pesca tanto no mar assim como na Baía de Inhambane para o seu sustento. As práticas pesqueiras locais incluem pesca à anzol e fio, pesca a lança, à rede e captura de mariscos nos recifes na Baía de Inhambane. Actividades agrícolas de pequena escala suplementam o sustento dos aldeões. Estão em fase piloto de implementação as actividades de aquacultura no continente na área mas ainda espera-se o seu significativo contributo nas actividades de sustento. A extrema dependência dos aldeões das zonas costeiras sobre o mar revela o grande imperativo da manutenção de ecossistemas marinhos e costeiros produtivos e saudáveis. 2.2 Turismo Marinho no Sítio de Demonstração do TBT A linha costeira moçambicana com uma extensão de 2,700 km é caracterizada por habitats que dão lugar a abundância de várias espécies. Esta riqueza torna a zona costeira de Moçambique única na África Oriental. O turismo costeiro está bem desenvolvido na parte sul do país, e esta indústria expandiu-se rapidamente desde o fim da guerra civil em 1992 (COAST, 2009). Inhambane é uma das províncias mais pobres de Moçambique, contudo, tem uma grande taxa de crescimento e esta indústria representa a principal actividade económica na área do Sítio de Demonstração. O sector do turismo está concentrado nas praias para férias e actividades marinhas 4 relacionadas tais como mergulho, safaris marinhos e snorkelling. A maioria dos operadores turísticos são de origem sul-africana e a maioria dos visitantes vem da África do Sul, Zimbabwe, Europa e dos Estados Unidos da América. Aproximadamente 3 hotéis, 9 pousadas e 72 lodges oferecem alojamento dentro do Sítio de Demonstração. Actualmente existem seis provedores de serviços de mergulho a operarem na área, quatro no Tofo e duas na Barra. Estes Centros promovem viagens de snorkelling para nadar junto com os tubarões baleias e viagens de mergulho para ver as arraias manta (estes mergulhos vão até uma profundidade de 20 metros) e também algumas fazem viagens de snorkelling e excursões de barco para as ilhas localizadas na Lagoa de Inhambane. Mais 3 operadores de merguho usam os recifes na área de TBT. Estes incluem operadores em Guinjata e um em Paindane. Existe também a possibilidade de incluir os recifes de Wogwarts e Paindane Express na área marinha de TBT dado que é uma extensão do sistema de recife de TBT e oferece excelente mergulho em corrente (drift). As actividades relacionadas ao turismo dentro do Sítio de Demonstração que dependem do capital natural da área – características marinhas e de praia. O total de visitantes nocturnos para esta área estimou em 50,000 em 2010. Aproximadamente metade dos 125,000 visitantes que viajam para a província todos os anos, chegando para ver a maior densidade mundial do residente da mega fauna - tubarões baleia e arraias manta (Ocean Revolution, 20120). Sendo um sector de mão-de obra intensiva, o turismo tem o potencia de contribuir significativamente para a renda da população rural, daí que tem um grande potencial para ser uma indústria para os pobres (SLE, 2003). Enquanto o impacto económico deste sector nas comunidades circunvizinhas é actualmente baixo, com a maioria dos trabalhadores em contratos precários para o nível de entrada, trabalhadores não qualificados, o turismo continua a ser um sector importante. Em 2011, estima-se que 45% do emprego formal em Inhambane (130,000 empregos) estava directamente ou indirectamente relacionado com o turismo marinho (Ocean Revolution, 2012). Assim sendo, as ameaças da sustentabilidade à indústria do turismo marinho a longo termo constituem uma grande preocupação. A figura 2 apresenta a diversidade das actividades turísticas no Sítio de Demonstração do TBT mostrando que as actividades relacionadas com o turismo que dependem da praia e características marinhas incluem os que fazem negócio na praia, operadores de barcos e de mergulho, pesca desportiva, snorkelling, surf, Caiaque passeio de barco. As actividades secundárias são passeios de safari, diversão desportiva e outras actividades comerciais. Enquanto a ligação entre o turismo marinho e a economia local podia ainda ser melhorada na área do Sítio de Demonstração, as empresas de ecoturismo estão a crescer na área, com cada vez mais interesse por parte dos residentes locais nas oportunidades das actividades de turismo marinho sustentável. 5 Figura 2: Actividades de recreação marinha dentro do Sítio de Demonstração de TBT 6 2.3 Desafios para o Turismo marinho Sustentável Os oceanos em todo o mundo estão sob pressão. Alterações globais, exacerbadas por actividades destrutivas tais como a poluição, exploração excessiva, pesca destrutiva, baixo desenvolvimento, falta de governação e outras de impacto humano são tão evidentes como a perda da biodiversidade, degradação de ecossistemas marinhos e costeiros cruciais e a redução de recursos marinhos essenciais. Enquanto as actividades marinhas raramente são consideradas como as que criam estes tipos de impacto, a gestão turística e de actividades de recreação inadequada pode resultar na poluição de áreas marinhas e costeiras sensíveis, impedir os processos naturais e espécies, destruição de habitats devido ao fraco desenvolvimento do turismo costeiro, a procura dos poucos recursos para alimentar o sector, preços imobiliários em alta, deslocamento das comunidades locais e impactos indirectos como o crescimento populacional. Os desafios já são evidentes tanto no ambiente marinho assim como no sector do turismo na área do TBT. Uma pesquisa levada a cabo pela Fundação Marinha Megafauna mostra claramente uma redução acentuada na visualização das arraias manta de recife (redução em 88%) e de tubarão baleia (redução em 79%) entre 2003 e 2011. Embora as causas possam ser diferentes, considera-se que tanto a pesca destrutiva assim como o crescente número de visitantes para os recifes é que estão a causar a redução destas espécies (Rohner et al, 2013). Algumas evidências empíricas mostram que o turismo na área de TBT reduziu de certa forma nos últimos anos devido, em parte, à crise económica mundial. A recente instabilidade política em Moçambique poderá também aumentar esta redução. Os impactos destas mudanças a longo termo ainda irão se evidenciar, porém, o declínio do desenvolvimento económico na região irá certamente afectar negativamente tanto os residentes locais assim como o meio ambiente. Estas tendências requerem uma atenção urgente pelos decisores e pelos utentes da área marinha. A província de Inhambane tem uma taxa de pobreza bastante alta. Cerca de 80% da população vive em pobreza extrema (Barros 2012). Dado que os recursos marinhos são a única fonte de proteínas para a maioria dos residentes, a manutenção de um meio ambiente marinho produtivo é crucial. Segundo o acima citado, as mudanças nos recursos marinhos e na economia na área do TBT já são evidentes. Também os conflitos de uso, que principalmente estão a volta de actividades turísticas não geridas e a extracção de recursos para a sobrevivência dos locais. Desafios chave interligados seleccionados, especificamente, relacionados com a recreação marinha e de recifes que foram identificados através de consultas com os actores no Sítio de Demonstração do TBT incluem: 1) Falta de conhecimento da importância do ambiente marinho & costeiro saudáveis pelos órgãos decisores, grupos de utentes e visitantes As consultas com os actores destacaram a falta de disponibilidade de e acesso à informação sobre os ecossistemas e recursos marinhos e costeiros e o desejo de todos os sectores e níveis de actores para mais informação. Estas são actualmente as poucas vias para a partilha de informação entre os actores, sobretudo ao nível local, para além das actividades essenciais levadas a cabo pela Bitonga Divers. As actividades de sensibilização levadas a cabo no âmbito das actividades do projecto COAST incluindo encontros e conversações nas aldeias locais e no Sítio de Demonstração foram importantes na criação de ânimo e interesse por mais discussões e partilha de informação sobre uma gestão melhorada. Pedidos dos pescadores e sobretudo dos aldeões foram recebidos, de mais recursos de informação de modo a aumentar o seu conhecimento sobre os recursos marinhos. Há boas oportunidades para a partilha das constatações dos grupos de pesquisas com o governo local, OBCs e o sector privado, que irão reforçar ainda mais a preocupação por um uso sustentável de recursos e identificação das 7 melhores opções de gestão. Há também a necessidade de mais informação para os visitantes assim como para os operadores e proprietários de estâncias turísticas sobre o valor e a importância das actividades turísticas sustentáveis, a necessidade de turismo responsável e de baixo impacto, e as opções para a redução de impactos sobre os ecossistemas marinhos e espécies. Esta informação pode ser incluída nos Códigos de Conduta para as diferentes actividades assim como na sinalização e outros materiais de sensibilização. 2) Falta de Gestão de turismo marinho Os actores falam de gestão deficitária por parte das instituições governamentais e falta de cumprimento das leis de turismo e regulamentos dos assuntos principais. Os representantes do governo local, por sua vez, destacaram Problemas que têm a ver com recursos técnicos e financeiros inadequados que influem na execução das suas responsabilidades. Os aldeões manifestaram a sua frustração devido à falta de consideração dos impactos do turismo nas comunidades locais por parte do governo, sobretudo com relação ao consumo de recursos marinhos, uso de material local para a construção, pressão crescente sobre espécies específicas tais como cavalo-marinho e tubarões da extracção sem controle e acesso restrito à certos recursos como resultado do desenvolvimento do turismo. Falta de controlo por parte do governo do licenciamento da pesca desportiva e outras actividades que afectam os recursos disponíveis para as comunidades foi, igualmente, destacado. As comunidades gostariam de ver uso responsável do ambiente marinho pelo sector do turismo. Membros do sector privado destacam assuntos atinentes à falta de cumprimento dos regulamentos pelo governo e a falta de transparência no licenciamento e requisitos de autorização e procedimentos. O fraco cumprimento de e respeito aos regulamentos importantes conducentes ao desenvolvimento costeiro e a regulação do turismo costeiro e marinho e actividades de uso dos recursos, está claramente a afectar os ecossistemas e espécies sensíveis de uma forma negativa. Por exemplo, todas as infra-estruturas nas áreas costeiras foram erguidas em dunas extremamente frágeis dada a ausência das devidas avaliações de impacto ambiental (SLE 2003). O tráfego não regulado de veículos tem estado a degradar áreas de praias e mangais sensíveis, que servem como locais propícios de habitat e procriação das espécies de tartarugas em extinção. O mesmo acontece com barcos à motor conduzidos sobre as áreas de ervas marinhas sensíveis na Baía de Inhambane. A gestão de resíduos sólidos naquela área é precária e a deposição de lixo em áreas de mangais sensíveis é evidente. À medida que o desenvolvimento costeiro aumenta e enquanto actividades recreativas marinhas emergem com a diversificação dos produtos turísticos por operadores, mais ecossistemas marinhos sensíveis e espécies ficam afectados. A falta de um plano de desenvolvimento turístico e zoneamento apropriado para turismo específico e actividades de uso de recursos tem estado a aumentar os conflitos entre os utentes. A necessidade de uma gestão mais forte pelo governo de modo a reduzir conflitos entre os grupos de utentes e garantir que o turismo adequado seja a principal preocupação. Recentemente, um plano de infraestruturas urbanas para o Município de Inhambane foi desenvolvido pelo CMCI com o apoio da GIZ. Este plano inclui áreas turísticas, dentro da área de TBT. Espera-se que a aprovação deste plano aconteça em princípios de 2014. 3) Protecção Inadequada de ecossistemas marinhos e dos recifes e de espécies marinhas Actualmente não existe nenhuma área formal marinha protegida ou um plano de gestão da zona para proteger os ecossistemas marinhos sensíveis, processos e espécies dentro do Sítio de Demonstração e toda área em geral. Esforços preliminares foram, contudo, empreendidos através de uma colaboração informal entre os pescadores e um dos operadores de mergulho de modo a reduzir a pressão piscatória num recife de Buddies na área da Barra. Pescar em corais de recife é ilegal, e o que é necessário 8 apenas é o cumprimento. Vários grupos comunitários também manifestaram um grande desejo de criar áreas marinhas geridas localmente para proteger áreas seleccionadas da exploração excessiva e para o uso de recursos de uma forma mais sustentável através de práticas piscatórias menos destrutivas. Os desafios referidos têm a ver com a obtenção de licenças formais do governo para a criação e gestão local de tais áreas. Um acordo preliminar foi igualmente alcançado entre os operadores para o encerramento de um dos recifes de mergulho mais famosos (Recife Manta) por um período curto de modo a reduzir pressão sobre as raias manta devido ao número excessivo de mergulhos. Embora resultados iniciais pareceram encorajadores, a falta de colaboração entre os operadores precipitou o fim desse acordo. A gestão das pescas vai para além do âmbito deste plano. É importante contudo, reconhecer a relação entre o turismo e as pescas na medida em que a pressão da demanda pelos mariscos para o comércio do turismo e também para alimentação dos residentes locais trazidos à esta área sob a promessa de emprego na indústria do turismo. Um levantamento preliminar, levado a cabo para perceber os contornos do comércio de mariscos dentro do sector do turismo nas áreas de Tofo e Barra, revela que uma diversidade de espécies marinhas é capturada para alimentar o sector do turismo, algumas das quais incluem espécies vulneráveis de recifes. Os Actores intervenientes também sugerem que algumas espécies da mega fauna são capturadas pelos pescadores locais para fornecer carne e objectivos comerciais. Inicialmente, as actividades de turismo no Sítio de Demonstração centralizavam-se nos recifes costeiros. Recentemente, contudo, certas áreas dentro da Baía de Inhambane tornaram-se bastante famosas para muitos turistas. Novas áreas de atracção tais como a área de bastante biodiversidade e ervas marinhas estão a surgir na área nordeste da Baía. A fraca monitoria e gestão governamental na direcção turística e de actividades piscatórias e a prevenção da degradação são tidas como preocupação principal pelos actores intervenientes. A exploração não controlada de recursos marinhos (peixe e mangais) e a falta de controlo das actividades marinhas destrutivas deve ser resolvida muito urgentemente de uma forma sistemática e informada. 4) Práticas de turismo marinho não sustentáveis O sector do turismo no Sítio de Demonstração é maioritariamente detido por estrangeiros e os visitantes são geralmente oriundos de países estrangeiros. A aplicação inconsistente de regulamentos por parte do governo, combinada com a falta de um quadro regulador de gestão para o sector do turismo e actividades turísticas potencialmente conflituosas têm estado a resultar na redução na condição de algumas áreas e espécies altamente sensíveis. Embora algumas soluções estejam a ser elaboradas, as mesmas ainda não produziram resultados. Por exemplo, a Associação dos Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos (AMAR) foi delegada a tarefa de rever a legislação sobre mergulho recreativo (Decreto 44/2006) pelo Instituto Nacional da Marinha (INAMAR), e submeteu uma proposta da comunidade dos mergulhadores ao INAMAR. Esperava-se uma resposta em Março de 2014. Actividades como condução na praia, danificam gravemente os habitats de pássaros e tartarugas. Barcos a motor e jet skies ameaçam as áreas frágeis de ervas marinhas na Baía de Inhambane e com a falta de mapeamento representa perigo para os banhistas e mergulhadores. Visitas excessivas de vários mergulhadores para certos recifes famosos, fraco conhecimento de mergulho e snorkelling e a interferência no comportamento de espécies tem criado um alto nível de perturbação, que poderá ter sido motivo da redução de espécies principais. O que agrava os factores supracitados é a gestão inadequada pelo governo que está limitado a colaboração/auto-regulação pelos operadores turísticos. Alguns actores na área estão a tentar autoregulamentar algumas actividades e têm estado a disseminar Códigos de Conduta (CoC) elaborados localmente baseados em boas práticas internacionais para os mergulhadores. Contudo, o cumprimento de CoCs acontece de forma esporádica e mais ênfase é necessária para o cumprimento dos procedimentos nos CoCs e para uma maior auto-regulamentação geral por parte dos operadores de passeios turísticos. 9 5) Falta de colaboração, coordenação & comunicação entre todos os grupos de utentes A colaboração entre o governo, o sector privado e os aldeões no Sítio de Demonstração é fraca. Em outras palavras, alguns esforços iniciais são evidentes que até podem servir como um exemplo útil para mais colaboração. Um encontro de Diálogo do Grupo Intersectorial foi convocado para mediar problemas do diálogo público-privado. Este grupo inclui representantes da Administração Marítima (ADMAR), Direcção Provincial de Turismo (DPTUR), Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), Direcção Provincial das Pescas (DPP), Conselho Municipal da Cidade de Inhambane (CMCI), Conselho dos Empregadores da Província de Inhambane (CEPI), Associação dos Mergulhadores de Moçambique (AMAR), Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (AHTPI) e o Instituto Nacional para Actividades Económicas (INAE). Outra iniciativa conjunta é a disponibilização e transporte pelos operadores das estâncias turísticas para os funcionários do governo para velarem pelo cumprimento dos regulamentos tais como a prevenção da condução nas praias. Estas acções colaborativas, contudo, se afiguram poucas. é um desses exemplos, porém, estas práticas são poucas. Há muita competição e rivalidade entre os operadores turísticos e a colaboração é bastante baixa, sobretudo em termos de regulamentação do número de turistas que devem visitar os recifes famosos. As preocupações manifestadas pelos residentes locais e pescadores artesanais têm a ver com os desafios da sua sobrevivência em assuntos como conflitos com o sector do turismo, e a falta de acordos de co-gestão entre o governo e as comunidades costeiras para a manutenção de recifes. Embora as áreas geridas localmente são escassas, actualmente existe apenas um acordo entre os pescadores e os operadores turísticos na Barra para proteger um dos recifes, consultas iniciais com os pescadores revela um grande interesse em tais acordos. 2.4 Medidas Actuais de Gestão do Turismo Marinho O meio ambiente marinho de Moçambique é bastante diversificado e produtivo mas está ameaçado pelo excesso da pesca, desenvolvimento costeiro e poluição (WWF, 2007). Apesar da extensa linha costeira, Moçambique demarcou sete Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) (vide Tabela 1). Tabela 1: AMPs em Moçambique, nos termos do Acordo de Conservação Marinha Sítio Arquipélago Primeiras e Segundas (2 áreas) Áreas Marinhas Protegidas em Moçambique Categoria UICN (IUCN) Tamanho (em km2) Data da criação Tipo de Gestão 10,411 2012 Governo Bazaruto Ilha do Inhaca e dos Portugueses II 1430 2001 Governo VI 1 1965 Governo Quirimbas -- 1522 2002 Governo Quirimbas Norte Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro -- 230 2008 Privado - 678 2009 Governo Vilanculos -- 80 2000 Privado Apesar da importância da biodiversidade da área de Inhambane e da dependência do sector do turismo (e por isso também da economia local) pelo capital natural da marinha, actualmente não há áreas marinhas formais protegidas dentro do Sítio de Demonstração ou de uma forma clara quaisquer áreas 10 demarcadas de gestão marinha com a indicação de actividades específicas. As áreas marinhas protegidas estão localizadas mais para o norte do arquipélago do Bazaruto. Esforços, contudo, foram envidados para criar áreas marinhas geridas localmente seguindo modelos participativos, envolvendo os aldeões por intermédio do Conselho Comunitário dos Pescadores (CCP), autoridades locais, o sector do turismo e organizações de pesquisa, de modo a proteger alguns dos recifes e espécies que sustentam a economia local. Segundo o mencionado anteriormente, a área foi também identificada como parte de um complexo de áreas marinhas globalmente importantes (em associação com Bazaruto), que têm um valor de potencial Património Mundial. Do lado continental da zona costeira, Inhambane foi identificada como uma Área Prioritária para o Investimento de Turismo no âmbito do Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Turismo em Moçambique (2004-2013) (MITUR, 2004). Uma série de estudos foram conduzidos de modo a orientar o desenvolvimento na área. Em 2002 o Centro para o Desenvolvimento Sustentável das Zonas Costeiras (CDS-ZS) – uma instituição consultiva do Ministério para a Coordenação de Acção Ambiental (MICOA) adjudicou uma Estratégia de Avaliação Ambiental (EAA) como um Plano de Macro-Zoneamento para as áreas das praias de Tofo, Barra, Tofinho e Rocha. Este processo destacou alguns dos assuntos chave e soluções para alguns impactos do turismo para a área incluindo aqueles que têm impacto sobre o meio ambiente marinho, e identificou zonas territoriais de protecção comunitária e uma zona de reflorescimento da comunidade e sete zonas para a aprovação de propostas de desenvolvimento (Gove, 2003). O Plano de Macro-Zoneamento ainda carece de implementação mas manifesta-se como um Plano útil na orientação do desenvolvimento desta área. Subsequentemente, um plano de desenvolvimento de Turismo (Nhantumbo, 2009) foi criado para a Província de Inhambane, e a administração da província de Inhambane tem estado a trabalhar de modo a promover a transparência no processo da criação de empresas turísticas, e para desenvolver associações do sector privado para representar os operadores de mergulho. Para além do acima citado, um estudo importante foi feito em 2002 pelo Centro para a Formação Superior em Desenvolvimento Rural (SLE) destacou passos claros para o desenvolvimento de turismo costeiro sustentável em Inhambane (SLE, 2003). O presente documento intitulado “Turismo e Gestão da Zona Costeira” centra-se principalmente no meio ambiente costeiro do continente mas as recomendações nele contidas para reduzir a pobreza, gerir conflitos e proteger o meio ambiente são ainda bastante válidas dado que muitos dos impactos sobre os recifes e ecossistemas marinhos são movidos por actividades do turismo costeiro. Muito recentemente o Banco Mundial financiou o Projecto de Competitividade para Desenvolvimento do Sector Privado (PACDE), apoiou o sector de turismo em Inhambane através da elaboração e implementação do plano de acção e estratégia do turismo. O projecto iniciou em 2009 e espera-se que seja concluido em 2015 (Banco Mundial, 2014). 2.5 Consultas com os Actores Intervenientes Um grupo diverso de actores intervenientes está preocupado com a recreação marinha e de recifes no Sítio de Demonstração incluindo representantes governamentais de diferentes agências, aldeões locais, Pescadores, sector privado, operadores de excursões e proprietários de estâncias turísticas, residentes e proprietários de residências, organizações de pesquisa, ONGs e OBCs. No princípio do projecto COAST, um Comité de Gestão DSMC foi criado para o Sítio de Demonstração do TBT (vide Anexo 11 1). O Objectivo do DSMC é de ajuda na implementação das actividades do projecto e promover a sustentabilidade dos resultados do projecto. O DSMC também ajudou na ligação entre os actores intervenientes com o governo central, através de um Coordenador do Projecto do Sítio de Demonstração (CSP). Uma Equipa Técnica do Sítio de Demonstração foi igualmente criada em Agosto de 2013 para incluir outros actores intervenientes e dar mais apoio de especialidade para a implementação das actividades da RMRM do projecto. O presente documento foi elaborado através de consultas contínuas com os membros do DSMC e a equipa Técnica assim como outros actores intervenientes tanto dentro do Sítio de Demonstração assim como na região do Oeste do Oceano Índico. O Anexo 2 apresenta a lista dos actores consultados. 3 Quadro Institucional e Regulador 3.1 Quadro Institucional O Ministério do Turismo – MITUR é a instituição governamental responsável pela promoção e licenciamento de actividades turísticas. As Direcções Provinciais de Turismo – DPTURs e os Serviços Distritais de Actividades Económicas – SDAEs são as instituições governamentais que representam o MITUR ao nível local. A responsabilidade geral da gestão ambiental em Moçambique é do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). As instituições responsáveis pela gestão dos recifes e recursos marinhos são os Departamentos de Pescas, MICOA e ADMAR. O mandato das áreas protegidas está sob responsabilidade do Ministério do Turismo, através da Agência Nacional para as Áreas de Conservação (ANAC)), dado que o turismo é tido como a via para financiar a conservação. O Instituto de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala (IDPPE) e o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP) faz a gestão de assuntos relacionados com as AMPs. A gestão local das pescas é promovida pela legislação através do desenvolvimento de organizações locais conhecidas como Conselhos Comunitários de Pesca. Nem todos os pescadores fazem parte dos CCPs, contudo, o número de membros tem estado a crescer (Songane pers. com. 2013). Os CCPs têm conhecimento de práticas insustentáveis por parte de pescadores. Estes conselhos têm um alto nível de conhecimento de práticas tradicionais e são grandes promotores de métodos sustentáveis de pesca (Ocean Revolution, 2012 A Administração Marítima, no Ministério dos Transportes e Comunicações, é responsável pela navegação e segurança marítima. A Administração Marítima também presta assistência no licenciamento da pesca artesanal e licenciamento de centros e escolas de mergulho. Na área de Inhambane, são responsáveis pelo cumprimento de alguns regulamentos turísticos tais como a proibição de condução nas praias. 3.2 Políticas e Legislação Uma variedade de instrumentos de políticas, leis e regulamentos são relevantes para o sector do turismo marinho em Moçambique e na área do Sítio de Demonstração (vide Tabela 2). O sector do turismo em Moçambique tem estado a receber muita atenção na perspectiva de planificação e legislação. Com o fim da guerra civil e a consequente assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, a Organização Mundial de Turismo ajudou o governo de Moçambique na formulação de um plano estratégico de desenvolvimento de turismo no período de 1993 à 1997. Em 2000 o Governo 12 Moçambicano criou o Ministério do Turismo, MITUR, que dirigiu a formulação do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo (MITUR, 2004) e a Política Nacional do Turismo e a Estratégia de Implementação para o desenvolvimento de turismo em Moçambique (GoM, 2007). O primeiro Plano Estratégico para o desenvolvimento do Turismo e Desenvolvimento Humano em Inhambane foi adoptado, cobrindo um período que ia de 2004 à 2013 (Gove, 2011). Subsequentemente, o Plano de Acção e Estratégia do Turismo foi elaborado através do Banco Mundial, Projecto PACDE e foi apresentado ao governo nos finais de 2012. O objectivo do documento é dar uma visão e estratégia do desenvolvimento do destino geral sobre o desenvolvimento dos produtos turísticos da Província de Inhambane e actualizar bem como aumentar os benefícios às comunidades locais e conexões sustentáveis entre pequenos e médios negócios e a indústria de turismo entre 2011 e 2016. A implementaçao da Estratégia está ainda por ser concluída (Empresa da Estratégia do Turismo, 2014). As Áreas Protegidas foram criadas nos termos da Lei de Florestas e Fauna Bravia de 1999. A mesma refere-se essencialmente às áreas protegidas no continente. Embora não exista nenhuma legislação específica sobre as Áreas Marítimas Protegidas (AMP), o Decreto 16/96, sobre o Regulamento da Pesca Marítima, permite a designação de Reservas Nacionais Marítimas, Parques Marinhos Naturais e “Áreas Marítimas Protegidas”. A Lei Nacional de Pescas e os planos Estratégicos Provinciais prevêem a criação de zonas co-geridas para o uso de recursos marítimos com os Conselhos Comunitários de Pesca Locais (Ocean Revolution, 2012). A tabela abaixo resume as leis principais e políticas relacionadas com o uso e conservação dos recursos marinhos. Em 2013, o governo aprovou uma nova Lei das Pescas (2013), que irá abordar os direitos baseados em gestão de pescas, principalmente para o benefício directo dos pescadores locais e conservação em favor dos pobres. Este instrumento baseado em direitos é o primeiro da sua natureza no Oeste do Oceano Índico. A Lei das Pescas é o instrumento mãe que regula todas as actividades piscatórias em Moçambique e regulamentos afim e está sob a Política das Pescas de 1996. Os principais instrumentos do quadro do sector são o Plano Director de Pescas, Plano Estratégico para a Pesca Artesanal, Estratégia para o Desenvolvimento da Aquacultura, Estratégia de Desenvolvimento da Investigação Pesqueira, Políticas de MCS e a Estratégia de Implementação, e o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal, não Declarada e não Regulamentada. Na área do Sítio de Demonstração, a Associação dos Pescadores da Comunidade de Tofo e o Conselho Comunitário dos Pescadores criaram um regulamento local de modo a reforçar a legislação existente para dar uma melhor compreensão entre os pescadores e centrar-se no uso dos recursos marinhos e na área de TBT. 13 Tabela 2: Políticas e leis principais relacionadas com o turismo e protecção costeira e marinha Política ou Lei Relevância Políticas e Quadros Programa Nacional de Gestão Abrangendo a estratégia nacional do ambiente procurando promover e Ambiental (NEMP, 1995) implementar boas políticas ambientais. Política de Conservação e Estratégia para a Conservação dos recursos naturais e biodiversidade de Estratégia de Implementação Moçambique. (2009) Política de Terra (1995) Mantendo o princípio segundo o qual a terra é pertença do Estado reconhecendo, porém os direitos tradicionais de uso. Estratégia Nacional e Plano de Plano para atingir os objectivos da Convenção sobre a Diversidade Acção para a Conservação da Biológica (Apêndice 1) incluindo a conservação dos recursos marinhos. Biodiversidade (2003) Política de Pescas e Estratégia de Pretende maximizar os objectivos económicos ao mesmo tempo que Implementação (1996) garante a colheita sustentável de recursos Estratégia e Política Nacional de Reconhece a necessidade para desenvolver o turismo de uma forma Turismo (2003) sustentável e promove investimentos do sector privado Legislação Quadro da Lei Ambiental (1997) Quadro legal e institucional para a gestão do meio ambiente de Moçambique Lei da Terra (1997) Determina que a Terra é propriedade do Estado e que não está à venda. Prevê bases legais para determinar áreas protegidas Lei de Florestas e Fauna Bravia Determina os princípios e regras para a protecção, conservação e uso (1999) sustentável da gestão integrada, para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Cria áreas protegidas em terra Regulamentos de Florestas e Fauna Faz uma lista de animais protegidos que não podem ser caçados nos Bravia Anexo II (2002) termos da Legislação de Florestas e Fauna Bravia (as únicas espécies marinhas incluídas são dugongs e tartarugas marinhas que cada uma delas dá direito a uma multa de 50.000.000 Mzn e 25.000.000 Mzn respectivamente) Lei do Turismo (2004) Aplica-se às actividades de turismo, actividades do sector público direccionadas a promoção de turismo, fornecedores, turistas e consumidores de produtos turísticos e serviços Regulamentos sobre os Benefícios Regula os benefícios do turismo para a comunidade. Estipula que 20% do do Turismo para a comunidade valor dos impostos do turismo reverterão às comunidades locais. Inclui (2005) detalhes do registo, gestão e distribuição de finanças, etc. da comunidade. Decreto sobre Regulamentos de Em substituição do decreto 1968 requer pleno registo e autorização dos Mergulho (2006) centros de mergulho das Autoridades Marítimas Nacionais. Os dispositivos referem-se essencialmente à admissão, certificação e prática dos instrutores de mergulho e mergulhadores. Taxas e tarifas para as Áreas Estipula taxa e tarifas para as áreas protegidas em Moçambique (parques e Protegidas (2009) reservas) Lei e Regulamentos de Pescas Regula a adopção de uma arraia da gestão de pescas e medidas de conservação. Órgãos Locais e Lei Permite as autoridades distritais para propor e designar áreas protegidas através dos seus poderes da planificação do uso da terra Lei sobre as Avaliações do Impacto Aborda todos os assuntos atinentes à avaliação do Impacto Ambiental da Ambiental (AIAs) (2004) terra anterior ao desenvolvimento, incluindo a poluição, infra-estruturas, gestão sustentável, auditorias, responsabilidades e sanções Regulamentos que regulam AIAs Os regulamentos para a lei nos AIAs. (2004) 14 4 Elaboração do Plano de Gestão do Turismo marinho para o Sítio de Demonstração de TBT 4.1 Processo de Elaboração do Documento O presente documento foi elaborado através de um processo participativo envolvendo os membros DSMC, intervenientes relevantes, ONGs, OBCs e pesquisadores dentro do Sítio de Demonstração. A abordagem seguida foi ascendente, descendente, com recurso à certas técnicas de linha de base de pesquisa, identificação de Melhores Práticas Disponíveis e Tecnologias (BAPs & BATs), avaliação de ecossistemas, mapeamento participativo, sensibilização, problemas e identificação de necessidades e debates para identificar soluções prioritária (vide Figura 3 abaixo ilustrando o processo). O presente documento espera-se que seja simples, prático e simpático para o seu utente de modo que possa ser usado por todos os utentes dos recursos marinhos do Sítio de Demonstração que estejam interessados na gestão melhorada da recreação marinha de recifes. Figura 3: Processo de desenvolvimento do Plano de Gestão de Turismo marinho Sustentável para o Sítio de Demonstração 4.2 Principais Problemas Identificados pelos Actores Intervenientes Segundo o debatido na Secção 2.3 acima, uma lista de problemas principais priorizados foram identificados pelos actores através do processo de consultas, a saber: 15 Falta de conhecimento sobre a importância de ambientes marítimos & costeiros saudáveis por parte dos órgãos decisores, grupos de utentes e visitantes Falta de gestão do turismo marinho Protecção deficitária de ecossistemas espécies marinhas e de recifes importantes e sensíveis Práticas de turismo marinho insustentável Falta de colaboração, co-ordenação & comunicação entre os grupos de utilizadores 4.3 Avaliação Preliminar de Ecossistemas e Mapeamento de Actividades A avaliação rápida de ecossistemas e mapeamento participativo de actividades deram uma indicação das principais áreas de ecossistemas sensíveis e sítios degradados ou afectados. Primeiras sondagens de recifes foram conduzidas com recurso à metodologia de avaliação rápida de recifes para obter uma compreensão do nível e tipo de uso de recifes assim como os tipos de impactos devido à recreação marinha. A metodologia de avaliação rápida com recurso a combinação de técnicas tais como: (i) perfil fotográfico; (ii) Contagens de Peixe e Corais (corais rijos e suaves e outras espécies indicativas), (iii) fotos transversais e (iv) Vídeos Transversais. Estas técnicas também foram pilotos para testar opções para futura monitoria. Visitas preliminares de campo foram também levadas a cabo em outros ecossistemas marinhos incluindo as florestas de mangais e os leitos de ervas marinhas na Baía de Inhambane. As avaliações do campo foram suplementadas de constatações de pesquisas existentes e consultas aos actores intervenientes. A avaliação sustentou a identificação de áreas marinhas sensíveis dentro do Sítio de Demonstração de alguns dos principais impactos humanos do turismo marinho sobre o sistema marinho. O exercício do mapeamento participativo foi levado a cabo através de consultas contínuas com os actores intervenientes e visitas de campo para identificar características chave, impactos, áreas de preocupação, e oportunidades para uma gestão melhorada. Pontos de GPS foram registados para tantas características quantas foram possíveis, relacionadas com o uso recreativo marinho e de recifes. A recolha de informação adicional através de avaliação dos ecossistemas, “levantamento de dados em campo (ground-truthing)”, pesquisa existente e participação dos actores, contribuíram para o exercício de mapeamento. O mapeamento de alguns dos ecossistemas sensíveis (recifes, leitos de ervas marinhas e mangais) foi suplementado pela informação fornecida pelos pesquisadores da Universidade Eduardo Mondlane, Bitonga Divers e operadores seleccionados. Os projectos de mapas produzidos foram discutidos com os DSMC, membros de equipas Técnicas, aldeões do Sítio de Demonstração, pesquisadores, proprietários de estâncias turísticas e outros utilizadores chave do Sítio de Demonstração. As áreas de uso específico ou preocupação identificadas pelos actores durante os encontros de consultas foram igualmente mapeados. Um segundo projecto dos mapas foi apresentado aos actores para mais feedback e input que foram incorporados nos mapas finais. O objectivo dos mapas é prover informação para orientar a gestão (sensibilidades, degradação, ameaças, acordos de gestão e prioridades, pesquisa e falta de informação) do sítio. A Figura 4 abaixo ilustra a zona de alto uso e algumas das principais áreas marinhas afectadas pelo turismo incluindo recifes de corais, florestas de mangais, leitos de ervas marinhas e prais arenosas. O mapa providencia uma ilustração do local dos ecossistemas sensíveis e a sua proximidade para o alto 16 uso turístico. É claro que o seu alto uso e áreas afectadas relacionam-se directamente com o nível de acesso pelos utentes das áreas e há uma clara necessidade de uma gestão melhorada nestas áreas. A criação de protecção e de gestão da zona das áreas afectadas e de alta prioridade de uso indicado no mapa deveriam ser uma prioridade. As áreas marinhas em alto uso do turismo marinho incluiam corais de recife, áreas próximo das margens (para banho, surf, pesca, passeio a barco, jet ski, etc) e o Estuário de Inhambane, uma área que tem muitos leitos de ervas marinhas sensíveis, áreas rochosas e florestas de mangais. Certos corais de recife têm sido muitas vezes alvos por parte dos operadores devido ao seu acesso fácil e a percepção de oportunidades de visualização de fauna marinha. Embora áreas de corais de recife estão continuamente sob exploraçao, o que podia aliviar alguma pressão de visitas nos recifes visitados regularmente, a colaboração entre operadores de mergulho revela-se necessária para se alcançar acordos sobre o número limite de visitas e opções de gestão recreativa. Na altura da elaboração deste documento, áreas sensíveis do Estuário de Inhambane estavam em crescente fama como destinos de turismo marinho. Novas actividades recreativas que aumentam acesso à algumas das áreas sensíveis no estuário estavam a ser promovidas incluindo snorkelling sobre as ervas marinhas e áreas rochosas no estuário, passeio a barco,caiaque, jet ski e natação. Embora que os números de visitantes eram controlados até certo ponto por alguns operadores em algumas das áreas mais sensíveis tais como ervas marinhas, mangais e áreas de corais de recife, estas áreas ainda continuam com acesso livre por barcos e sem controle de taxas ou regulamentos. A gestão de visitas a estas áreas e actividades dentro destas áreas sensíveis e as áreas tampão menos sensíveis, ainda não era forte o suficiente para garantir protecção adequada e uso sustentável. 17 Figura 4: Sítios Afectados pelo Turismo marinho dentro do Sítio de Demonstração do TBT 18 4.4 Constatações da Pesquisa Algumas das constatações que saíram da avaliação do ecossistema, mapeamento e consultas com os actores são as seguintes: Registou-se uma redução drástica (aproximadamente 80%) na visualizaçao de certas espécies marinhas (arraias manta e tubarões baleia), e uma evidência empírica de um declínio geral em peixe e outros recursos marinhos. Ao longo do mesmo período em que o declínio na visualização destas espécies marinhas grandes foi também observada a prática de identificação e amostras de tecidos e outras actividades pelos pesquisadores. Estes estudos tem sido dadas como não reguladas e sem permissão e co-relacionam-se directamente com o declínio na vizualização durante o período e na área supracitada (Dykman, per. com., 2014). Há evidências claras de alterações e degradação de ecossistemas em algumas áreas de alto uso de actividades turísticas. Isto inclui erosão de áreas de praias devido ao desenvolvimento não regulado e inadequado e também devido às actividades turísticas destrutivas (condução na praia). Isto aumenta a ameaça de áreas de ninhos das tartarugas marinhas já ameaçadas de extinção e aumenta o risco de perturbação de outras espécies sensíveis. Risco de áreas cruciais de viveiros e procriação de organismos marinhos dentro da Baía de Inhambane de actividades inadequadas e não controladas como tráfego intenso de visitantes, o uso de barcos motorizados, ancoragem não controlada de barcos em leitos frágeis de ervas marinhas e corais de recife. A falta de garante do cumprimento de regulamentos está a falhar na prevenção contra o excesso de utilização e extracção destrutiva de recursos incluindo a remoção de mangais para a construção e obtenção de lenha e pesca excessiva e práticas piscatórias destrutivas nos recifes e na Baía de Inhambane que está a reduzir a quantidade de tartarugas, tubarões e outras espécies de peixes. Remoção descontrolada de espécies alvos tais como cavalo-marinho (Hippocampus sp.) da Baía de Inhambane. A degradação de ecossistemas sensíveis de recifes e perturbação de espécies marinhas devido à altas taxas de visitas por mergulhadores e pressão da pesca. Alguns dos corais nas margens nos recifes das águas não profundas demonstram alguns sinais de destruição, tanto devido à pesca e/ou devido à más práticas recreativas. Informações sobre as áreas e actividades recreativas marinhas de alto risco, bem como procedimentos a serem seguidos em casos ocorrência de ferimentos ou mortes, não estão prontamente disponíveis. A segurança de pessoas que participam em actividades recreativas marinhas é uma preocupação crescente e que o problema que deve ser resolvido através de protocolos e regulamentos preventivos fortes, bem como maior consciência dos riscos e opções para reduzi-los Embora avaliações preliminares não são suficientes para quantificar causas específicas e a relação e efeito da degradação, as pressões combinadas de certos impactos contribuem para a degradação incluindo: excesso de utilização dos recursos, turismo destrutivo e actividades de pesca, desenvolvimento costeiro descontrolado e fraca gestão dos resíduos sólidos. A figura 4 ilustra uma zona em sombra de alto uso turístico que se estende ao longo da costa do Leste da península do Tofo, até ao Norte, ao longo da ponta da Barra e pela Baía de Inhambane adentro. A área de alto uso mostra a concentração de actividades sobre os ecossistemas marinhos sensíveis (recifes, praias arenosas, 19 mangais e ervas marinhas) e destaca a necessidade por uma maior protecção ambiental e gestão turística melhorada nesta área. Demonstra também a necessidade de se zonear áreas específicas para usos diferentes e para gerir a quantidade de visitantes e impactos para estas áreas com relação ao tipo e alcance da actividade de recreação marinha. Através da avaliação de recifes e mapeamento fica claro que o impacto humano está sendo prejudicial aos ecossistemas da área. A combinação de uso insustentável de recursos movido pela pobreza e ßactividades de turismo descontroladas e a falta Limites de Mudanças Aceitáveis de planificação e gestão A gestão dos impactos dos visitants pode ser atacado através do tem levado à redução programa do Limite de Mudanças Aceitáveis (LMA)em que o limite de de espécies e visitas pode ser determinado como um instrumento de gestão dentre um degradação dos habitats agama de instrumentos. O programa de gestão do LMA baseia-se numa essenciais. Existe uma monitoria constante do sítio de acordo com objectivos específicos e necessidade urgente de podem ser implementados com base num processo de nove passos: uma gestão melhorada 1. Identificar as áreas de problemas e preocupações; assim como pesquisas 2. definir e descrever classes de oportunidades; direccionadas e 3. selecionar indicadores de recursos e condições sociais; monitoria de impactos 4. inventariar os recursos existentes e condições sociais; específicos (das 5. Especificar padrões de recursos e indicadores sociais para cada actividades turísticas) classe de oportunidades tais como os Limites de 6. Identificar alocações de classe de oportunidade alternativas Mudança Aceitáveis – 7. Identificar acções de gestão para cada alternativa; abordagem (uma 8. avaliar e selecionar alternativas preferenciais; abordagem actualizada Implementar acções e monitorar condições àquela de determinação (O Grupo de Pesquisa de Mercado, 2007). a capacidade de carga de uma área), que informa sobre gestão adaptativa. 20 5 Visão, Princípios e Objectivos O presente Plano de Gestão Sustentável do Turismo marinho para o Sítio de Demonstração do TofoBarra-Tofinho (TBT) foi elaborado através de um processo extensivo de consultas junto dos DSMC, equipas Técnicas, actores importantes e utentes do meio ambiente marinho. Este documento serve para promover a recreação e turismo marinho sustentável dentro do Sítio de Demonstração e aumentar o valor social e económico do meio ambiente marinho na área de TBT. 5.1 Visão A identificação de estratégias de gestão foi orientada através do desenvolvimento de uma declaração da Visão que ocorreu durante o processo consultivo da elaboração do presente documento. Os actores identificaram o seguinte conjunto de aspirações para a área: “A área de Tofo Barra e Tofinho é um destino turístico de classe mundial na qual a riqueza da nossa biodiversidade marinha e costeira está conservada e é limpa, mantém-se um meio ambiente saudável. O uso diversificado dos recursos naturais é gerido de uma forma integrada e conjunta de modo a garantir a sustentabilidade e para reduzir conflitos entre os utentes. A gestão da recreação marinha e de recifes é melhorada para reduzir os impactos negativos do sector e para optimizar os benefícios das comunidades locais, o sector privado, o governo e o país no seu todo. Através da implementação da gestão sustentável, dentro de dez anos, a área de TBT será transformada numa área de conservação marinha importante na região da África Austral.” 5.2 Princípios Orientadores A partir da Visão gerou-se um conjunto de princípios orientadores para guiar o desenvolvimento do presente documento. Alguns dos princípios orientadores que deviam sustentar a implementação deste plano incluem: a. Abordagem de Gestão baseada no Ecossistema (AGBE) para a gestão da recreação marinha e de recifes que têm em recursos marinhos elementos de sistemas completos, reconhecem a complexidade na gestão e tenta proteger a saúde dos ecossistemas ao mesmo tempo que mantém os serviços dos ecossistemas procurados pelas populações. Uma abordagem baseada em ecossistemas incorpora a ciência e equilibra a demanda dos utentes com o uso dos recursos. b. Áreas Marinhas geridas localmente (AMGL) e o uso do conhecimento local e práticas tradicionais em que as áreas a beira das águas e recursos costeiros são largamente ou completamente geridos ao nível local pelas comunidades costeiras, organizações parceiras, e/ou instituições governamentais que colaboram nos programas baseados na área imediata. c. Integração de abordagens baseadas na ciência na gestão de recreação marinha e de recifes e monitoria. d. Planificação e Gestão Conjunta e participativa através do envolvimento multi-sectorial dos actores e consulta comunitária. A gestão da complexidade envolve colaboração entre um conjunto diverso de organizações e individualidades na tomada de decisões. e. Gestão Adaptativa que tenta melhorar a gestão em áreas de incertezas científicas, através da aprendizagem. A monitoria e avaliação relacionada às mudanças na orientação da gestão futura são cruciais para a percepção da interacção dos diferentes elementos dentro dos sistemas marinhos. 21 5.3 Metas e Objectivos Constituem objectivos deste documento os seguintes: i. Aumentar a consciência sobre a importância dos recifes e meios marinhos à todos os utilizadores; ii. Promover a consciência sobre a importância da gestão melhorada e uso sustentável dos recifes e meio marinho através das Melhores Práticas e Tecnologias Disponíveis (BAPs e BATs) sustentáveis; iii. Promover a protecção dos recifes sensíveis importantes e os ecossistemas marinhos dentro do sítio de demonstração. iv. Promover práticas recreativas diversificadas, contudo, sustentáveis e apropriadas nos recifes e meios marinhos (BAPs/BATs) ao nível do Sítio de Demonstração para o benefício de todos os intervenientes e grupos de utentes; v. Melhorar a colaboração e cooperação entre todos os grupos de utentes do Sítio de Demonstração, e vi. Apoiar a gestão melhorada dos recursos marinhos e ecossistemas. 5.4 Potenciais Parceiros, suas Funções e Responsabilidades Este documento baseia-se nos resultados da pesquisa realizada no sítio de demostracao. O documento reflecte a contribuição das partes interessadas de base alargada e espera-se que possa incentivar acções por parte de todos os actores de modo a produzir resultados mais eficientes e eficazes para uma gestão de recifes e recreação marinha como um pequeno pedaço do quebra-cabeças do turismo em geral. Os potenciais parceiros devem ser envolvidos na implementação e acompanhamento do presente Plano e foram incluídos no Plano de Implementação na Secção 6 abaixo. Os mais óbvios são os Membros da Equipe do Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC) e a Equipa Técnica que representam as partes interessadas mais importantes e que têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento deste Plano. Outros órgãos governamentais que não participam, actualmente, no DSMC como Pescas e Planificação também devem ser envolvidos. Outros parceiros chaves que deram o seu contributo e que serão, igualmente, fundamentais na implementação do Plano incluem: A Fundação Marinha Megafauna (FMM), leva a cabo a maioria dos esforços das pesquisas científicas na área bem como muitos dos progamas de educação estabelecidos. A FMM fornecerá dados a este documento e promoverá o valor da conservação na área de um modo geral. A FMM será um parceiro importante na orientação e implementação de muitas prioridades de pesquisa e acções de lobbying identificadas no presente documento. A Ocean Revolution, que apoia Bitonga Divers, prestou informações e aconselhamento à equipe da RMRM durante a preparação e implementação das actividades da RMRM bem como contribuir informação para o presente documento. A Bitonga Divers que esteve representada no DSMC e a Equipa Técnica ao longo do projecto e que ajudou nas pesquisas nos recifes e entre os grupos nas escolas nas campanhas de consciencilização. A Bitonga Divers será um parceiro fundamental no prosseguimento da criação da consciência sobre a importância do recife e do ambiente marinho e na implementação das acções prioritárias identificadas neste documento. 22 Os voluntários da All Out África ajudaram numa pesquisa e também elaboraram um conjunto de cartazes de Códigos de Conduta para os Sítios de Demonstração assim como fornecer dados para este documento. O grupo está integralmente envolvida em actividades de monitoria dos recifes e meio ambiente marinho e será um parceiro importante na implementação de muitas acções relacionadas a pesquisa identificadas no presente documento. A AMAR esteve representada na DSMC por parte do projecto e levou a cabo acções de capacitação aos skippers e mestres de mergulho dos operadores de mergulho na área de TBT. A AMAR também deu informação útil para este documento e será um parceiro importante na coordenação das operações de mergulho por um turismo marinho sustentável e na implementaçào de muitas actividades prioritárias neste documento. A Eyes on the Horizon deu um contributo útil e orientação no processo de consulta para o desenvolvimento deste Plano e pode ser um parceiro útil na disseminação de informação, pesquisa e lobby para a melhoramento da gestão . Os operadores do sector privado e proprietários de estâncias turísticas localizadas dentro do ‘sitio de demonstração serão fundamentais para o sucesso de qualquer esforço visando o melhoramento e sustentabilidade do recife e recreação marinha. Os operadores privados não só têm influência directa sobre o comportamento dos visitantes ao recife e áreas marinhas, porém também podem apoiar o governo no cumprir com as suas responsabilidades de cumprimento de normas na ausência de recursos e capacidade técnica. O Conselho de Empregadores da Província de Inhambane (CEPI) representa a Confederação das Associações de Moçambique (CTA) ao nível provincial e inclui empregadores relevantes da Província de Inhambane. Para além do Sítio de Demonstração, os governos provincial e nacional, ONGs e instituições de pesquisa que operam no Norte de Tofo, no Arquipélago de Bazaruto, deve ser envolvidos de forma a garantir que o valor potencial do Património Mundial Marinho de toda a região seja conhecido. O Plano de Implementação apresentado na Tabela 3 abaixo indica uma série de diferentes parceiros para garantir a consecução das actividades priorizadas. Observe-se que apesar do DSMC estar identificado como um líder-chave e como uma entidade de colaboração, esta estrutura não poderá persistir após encerramento do projecto COAST. Daí que revela-se essencial que as partes envolvidas no DSMC (e outras organizações interessadas), também criem uma estrutura para conduzir a implementação de actividades após o fim do projecto. As recomendações para tal estrutura estão descritas no Plano de Implementação mas este deve ser uma prioridade para o desenvolvimento antes do fecho do projecto. 5.5 Plano de Ancoragem Qualquer plano é apenas tão bom quanto a sua execução e tese, tipicamente orientados por um órgão de implementação coordenado. Este órgão terá de continuar a partir da compilação na DSMC para conduzir a implementação das etapas descritas neste Plano depois do encerramento do projecto COAST, em Junho de 2014. O Plano de Implementação, que é apresentado na próxima secção, procura estabelecer um órgão formal de gestão localizada para o Sítio de Demonstração de TBT para dar continuidade dos esforços de gestão, no futuro. Sistemas potenciais de gestão e estratégias para este sítio precisam de ser delineados antes do fim do projecto COAST 23 6 Plano de Implementação O Plano de Implementação fornece ao Sítio de Demonstração de TBT um modelo claro e simples de implantação de actividades com vista ao fortalecimento da gestão do turismo marinho. O plano de implementação foi desenvolvido de forma a permitir que elementos individuais possam ser facilmente absorvidos pelos diferentes grupos de intervenientes em programas ou planos de gestão existentes ou futuros. A concepção do Plano de Implementação contou com a facilitação da equipe da RMRM, tendo deixado recomendações aos membros da assistência do DSMC, Equipe Tech, principais partes intervenientes e outros parceiros identificados durante o curso do projecto O Plano de Implementação visa abordar as questões principais, preocupações e aspirações identificadas pelas partes intervenientes. A tabela 3 abaixo, descreve os principais objectivos e acções específicas e passos para a implementação. Os indicadores e medidas de desempenho são identificados de modo a facilitar o acompanhamento das acções e passos de implementação. A tabela igualmente sugere os parceiros de implementação para liderar ou conduzir as actividades e colaborar na implementação de acções. Estas funções não devem ser talhadas em pedra mas devem ser vistas como sugestões para outros acordos entre as entidades participantes. Cada acção é classificada em termos de níveis de prioridade de forma a destacar a urgência de certas acções. Importa salientar que a implementação também se enquadra no âmbito das recomendações feitas pela Organização Mundial de Turismo (UNWTO) no documento que foi desenvolvido através do projecto COAST intitulado: "Planificação de Acções e Actividades de Apoio à Gestão de Turismo Sustentável nas Áreas Costeiras" (UNWTO, 2013b). Note-se que o Plano de Implementação deve ser visto como um document “vivo” e interactivo que pode ser facilmente actualizado em balanços e revisões regulares. De modo a operacionalizar o Plano de Implementação plenamente, será necessário que cada Acção seja mais discutida, calculada e acordada pela/s parte/s e que se garanta que um orçamento adequado seja conseguido. Isto exigirá uma cooperação estreita entre todas as partes identificadas na Tabela e coordenação cuidadosa pela entidade ou agência (Veja-se Acção 2.5 e 2.6 na Tabela 3 abaixo) que continuará a gerir o turismo na área. 6.1 Monitoria e Avaliação para Gestão Adaptativa Na ausência de informação científica global para orientar a gestão, a gestão adaptativa apresenta a abordagem da gestão "aprender fazendo". Medidas de monitoria e avaliação (M&E) que visam esclarecer as mudanças na gestão, fornecem a única forma de compreender e medir o impacto das actividades de gestão. Assim, a implementação das acções descritas neste documento deve ser cuidadosamente monitorada e os resultados considerados, em futuras medidas de gestão, de modo a assegurar uma melhoria contínua, tendo como base o melhor conhecimento disponível. Propõe-se que o Plano de Implementação seja avaliado numa base regular (semestral/anual). Os obstáculos podem ser discutidos e resolvidos a posterior. A vantagem da monitoria é que os obstáculos na gestão também podem ser facilmente identificado e a assistência oportuna pode ser prestada às respectivas partes e aos responsáveis. Finalmente, uma matriz de avaliação que incide sobre os resultados finais também deve ser incorporada no sistema de M&E do qual o impacto desse documento pode ser avaliado. Nem todas as acções planificadas podem sair da forma inicialmente prevista. Certas abordagens ou acções podem 24 necessitar de aprimoramentos e abordagens ou acções completamente novas serem introduzidas para assegurar que o efeito desejado seja alcançado. Esta é a base de uma gestão adaptativa. E uma outra vantagem é que um bom sistema de M&E pode contribuir muito na divulgação aos interessados e na criação de consciência sobre as ideias importantes, descobertas, oportunidades e assuntos. 25 Tabela 3: Plano de Implementação para o melhoramento do recife e gestão de recreação marinha Acção Medida de Responsabilidade desempenho Objectivo 1: Aumentar a consciência sobre a importância de meios marítimos e costeiros saudáveis em todos os utentes e decisores 1.1. Desenvolver e implementar uma campanha de sensibilização direccionada, a longo prazo, nos bairros costeiros e escolas, sobre o valor dos ecossistemas costeiros e marinhos saudáveis e uso sustentável dos recursos. Passos 1.1.a Desenvolver uma campanha de sensibilização sobre o valor dos ecossistemas costeiros e marinhos saudáveis e uso sustentável dos recursos, composta por diferentes elementos e abordagens adequados à todas as partes interveniente locais 1.1.b Realizar reuniões e encontros regulares nos bairros, conforme as necessidades 1.1.c Trabalhar com as escolas de modo a incluir conteúdos sobre recursos marinhos relevantes no currículo escolar 1.1.d Usar cinema, rádio e outros meios de comunicação para abordar problemas de gestão marítima aos bairros Indicador Pelo menos uma campanha anual de sensibilização com as funções de todos os grupos de utentes Pelo menos uma palestra para cada bairro, por ano Cada palestra feita para pelo menos 15 participantes Incorporação de conteúdos sobre educação marítima no currículo escolar Filme e programas radiofónicos sobre gestão marítima Melhor compreensão entre os utilizadores locais da necessidade de um uso mais sustentável dos recursos marinhos e costeiros Mudanças no comportamento de grupos de utentes para reduzir o seu impacto negativo sobre a base de recursos. Maior envolvimento dos cidadãos em actividades de gestão através de actividades voluntárias Redução de conflitos entre os utilizadores sobre os recursos marinhos Colaboradores: CCP, Bitonga Divers, Ocean Revolution, Eot, ALMA, AMAR, FOPROI Prioridad e até Ano 1 DPP, DPCA, Administração Marítima, DPTURI UEM, ESHTI, MMF, AOA Liderança: DSMC Colaboradores: CCP, FMM Bitonga Divers, Ocean Revolution, UEM, DPP Bitonga Divers, Ocean Revolution, All out Africa Ano 1 Liderança: DPP Colaboradores: CCP, Bitonga Divers, FOPROI, FMM, Eot FOPROI, Ocean Revolution Ano 3 – em curso Ano 2 26 Acção 1.2. Aumentar a consciência dos visitantes sobre a sensibilidade e a Passos Indicador Medida de desempenho Responsabilidade Prioridad e até 1.1.e Facilitar projectos locais (protecção de recife, limpeza de praias, grupos de jovens, monitoria, comunidade de ecossistemas/espécies; reciclagem etc) Pelo menos 4 Projectos locais por ano centrados na acção dos cidadãos na melhoria da saúde marinha implementados Pelo menos disseminação de um filme anualmente sobre gestão marinha Pelo menos 2 eventos anuais de disseminação sobre a gestão marinha Liderança: AMAR Colaboradores: Operadores turísticos e de mergulho, ALMA, FOPROI, Bitonga Divers, Eot, FMM, Ocean Revolution, AOA, AHTPI & Estancias Turísticas Ano 3 – em curso 1.1.f Partilhar resultados de pesquisas com a comunidade e governo local Resultados de projectos locais disseminados anualmente Liderança: Bitonga Divers Colaboradores: DPP, UEM, FMM, AOA, Eot, ALMA, DPP, Bitonga Divers, Ano 5 1.1.g Trabalhar com os pescadores de modo a identificar e implementar as melhores práticas e métodos sustentáveis Formação anual com a participação de pelo menos 20 de Pescadores em práticas de pesca sustentáveis Mudanças nas práticas piscatórias para métodos mais sustentáveis Liderança: DPP Colaboradores: CCPs, Bitonga Divers, AMAR, DPP Ano 2 1.2.a Conceber e disseminar códigos de conduta (CdC) para todas as actividades de recreação marinha relevantes Um conjunto de 3 Códigos de Conduta (CoCs) concebidos para a recreação marinha Liderança: FMM, AOA Colaboradores: Operadores Turísticos e de Mergulho, AHTPI e Ano 1 Visitantes conscientes sobre como se comportar para reduzir o seu 27 Acção Passos grande biodiversidade da área 1.2.b Promover e realizar actividades que envolvem e inspirar os visitantes a contribuir e participar no ecoturismo autêntico e responsável 1.3. Aumentar consciência operadores a dos Indicador Medida de desempenho Responsabilidade (mergulho e snorkelling CoC transmitidos à todos os operadores turísticos e a pelo menos 500 visitantes por ano; Pelo menos 5 Actividades turísticas anuais responsáveis implementadas i.e. limpeza de recifes/praias, ajuda da comunidade nas actividades etc. impacto sobre os ecossistemas marinhos e costeiros & espécies Estâncias turísticas, DIPA, DPTUR, FMM 1.2.c Desenvolver informações de consciencialização e disseminá-la através dos pontos de saída/entrada de visitante (cartazes, folhetos, etc) Materiais que promovem comportamento turístico responsável exibido e actualizado anualmente 1.2.d Continuar e expandir eventos de consciencialização sobre o mar e ambiente costeiro aos visitantes Palestras & eventos semanais para ajudar os visitantes 1.2.e Desenvolver e colocar sinalização e informações sobre a importância de ecossistemas saudáveis/espécies e turismo responsável. 1 Sinal sobre o valor/importância do ambiente oceânico & espécies instaladas (link as campanhas de sensibilização) 1.3.a Transmitir conhecimento sobre o impacto do turismo nos ecossistemas sensíveis aos Informações do CoC das actividades turísticas fornecidas a todos operadores Mudanças no comportamento dos visitantes de modo a reduzir o seu impacto negativo sobre as pessoas e meio ambiente da região. Maior procura de produtos de turismo responsável por parte dos visitantes. Experiências de ecoturismo mais autênticas para os visitantes. Prioridad e até Liderança: AMAR Colaboração: Operadores turísticos & de Mergulho, AHTPI & estâncias turísticas, ALMA, AMAR, Bitonga Divers, FOPROI, FMM, AOA Liderança: AMAR Colaboradores: FMM, AHTPI & estâncias turísticas, AOA, EotH Ano 1 Liderança: Bitonga Divers, FMM Colaboradores:AMAR, Dive & operadores turísticos, estâncias turísticas, AOA, EotH Liderança: DSMC, DPTUR Ano 1 Ano 2 – em curso Ano 1 Colaboradores: Melhor compreensão por parte dos operadores turísticos DPCA, DPP, AHTPI & lodges Liderança: DPP Colaboradores: FMM, AHTPI & Ano 1 – em curso 28 Acção turísticos e estâncias turísticas /hotéis sobre a sensibilidade e a grande biodiversidade da área Passos operadores turísticos e/ou proprietários de estabelecimentos hoteleiros 1.3.b Destacar opções para hotéis e operadores para reduzir o seu impacto sobre o meio ambiente costeiro e marinho, através de medidas como limitar o número de visitantes à locais sensíveis, minimizando a perturbação à nidificação, reprodução etc. de espécies, seguindo as ideais de frutos do mar sustentáveis etc. Indicador Medida de desempenho e hoteleiros para exibição e proprietários das estâncias turísticas sobre o impacto do turismo em ecossistemas marinhos e costeiros & espécies. 20 CoC fornecidos aos operadores e estâncias turísticas com informações básicas sobre as causas do impacto sobre o meio ambiente e as opções e passos a seguir para evitar os impactos Desenvolve-se e lança-se Iniciativas sustentaveis baseadas em mariscos no cumprimento voluntário Responsabilidade Prioridad e até lodges, AMAR, EotH Liderança: DSMC, DPTUR Colaboração: MMF, AMAR, AHTPI, EotH Alta Liderança: Governo, Colaboradores: CCP, Bitonga Divers, Ocean Revolution, DPP, UEM, MMF, All out Africa, Eyes on the Horizon Ano 4 em curso Maior esforço por parte dos operadores turísticos e proprietários de estâncias turísticas na promoção de turismo responsável Redução de conflitos entre os utilizadores sobre os recursos marítimos Objectivo 2: Melhoria da gestão para o turismo marinho sustentável 2.1. Fontes alternativas de 2.1.a. Determinar, em colaboração com sustento para as comunidades, o nível de uso de comunidades espécies vulneráveis (tartarugas, desenvolvidas tubarões, peixes de recife, cavalos utilizando recursos marinhos, etc veja-se anexo3) e naturais marinhos e produtos provenientes dos ecossistemas sensível ecossistemas marinhos e costeiros são identificadas e (recifes, mangais, ervas marinhas, apoiadas areia e costões rochosos) de modo a entender as motivações da pelo menos elaboração de um Relatório anual sobre a disseminação utilização dos recursos naturais marinho e costeiros na área de TBT incluindo tipos e níveis de uso, recomendações para a gestão e mais pesquisa e monitoria Melhoria do bemestar das comunidades que são mais resistentes às mudanças ambientais devido à diversificação dos meios de subsistência 29 Acção Passos extracção de recursos 2.1.b. Identificar opções com as comunidades para iniciativas de subsistência alternativa (incluindo opções de financiamento) para reduzir a pressão do uso extractivo dos recursos naturais nos ecossistemas marinhos sensíveis 2.1.c. Implementar projectos locais com as comunidades para reduzir a dependência de recursos naturais ou seja aqua/maricultura, energia verde, gestão de resíduos, viveiros de árvores, guia turístico, etc. Indicador Pelo menos uma Lista das necessidades da comunidade e aspirações de meios de subsistência alternativos Pelo menos duas Propostas de projecto adequadas desenvolvidas para apoiar projectos específicos para cada aldeia Todas propostas de projecto concluidas enviadas ao governo, sector privado e aos parceiros de desenvolvimento Pelo menos anualmente Implementado 1 projecto alternativo local de subsistência Aumento do número de oportunidades de emprego disponíveis para os locais no sector do turismo marinho Os projectos devem estar relacionados com iniciativas existentes tais como o projecto de ecoturismo STEP gerido pelo Escritório Regional do MITUR e pelo projecto de turismo do Banco Mundial que opera na área. Redução da pressão sobre os Medida de desempenho Maior compreensão do estado de saúde de ecossistemas marinhos & costeiros & espécies Colaboração mais forte entre os moradores, decisores e utilizadores dos recursos marinhos Fornecimento contínuo de bens e serviços que fornecem uma plataforma para a economia local dos ecossistemas essenciais e, portanto, uma maior sustentabilidade do sector do turismo Responsabilidade Prioridad e até Liderança: CMCI, CCP Colaboradores: DPCA, FOPROI, Bitonga Divers, FMM, Ocean Revolution, DPP, Estâncias relevantes & Operadores turísticos, GIZ Ano 3 em curso Liderança: DPCA, CMCI Colaboradores: FOPROI, CCP, Bitonga Divers, estância turísticas relevantes & operadoras turísticos, GIZ, DPP Ano 4 em curso 30 Acção Passos Indicador 2.2. . Maior planeamento e 2.2.a. Incluir considerações de gestão do ambiente sensibilidade costeira e marinho e costeiro ecossistemas e as ligações entre integrados baseados elas no projecto de terra existente na abordagem EBM e no documento proposto sobre (Gestão Baseada no planeamento de uso costeiro e nos Ecossistema) documentos de desenvolvimento e directrizes (i.e. dentro do Plano de Estrutura Urbana para Inhambane que está a ser elaborado e na proposta de uso da terra, planos para Inhambane (micro-Zoneamento) a ser desenvolvido pela DPC. 2.3. Fortalecer a aplicação 2.3.a. Aumentar a consciência geral de leis, regulamentos sobre as leis de todos os grupos de e decretos que utentes e directrizes existentes, impedem a que servem para prevenir a degradação marinha e degradação ambiental i: e. não costeira dirigir na praia, corte de mangais, ou remoção de espécies sensíveis ou protegidas, autorizações ambientais para o desenvolvimento costeiro, as contribuições do sector de turismo para as comunidades, etc. 2.3.b. Dar formação às instituições que velam pelo cumprimento dos ecossistemas sensíveis e espécies vulneráveis de uso extractivo Revisão do planeamento de uso da terra e desenvolvimento de directrizes e documentos completos até Dezembro 2014 Recomendações para a EBM dos ecossistemas marinhos e orientações sobre boas práticas para a recreação marinha, incluídos no distrito e ordenamento do território municipal e gestão dos recursos naturais analizar os detalhes das incertezas existentes em disposições legais e legislatórias (i.e. legalidade de ressucitar pessoas na praia, remoção de espécies, condução na praia / estacionamento, etc.) e fazer relatórios para a clarificação de problemas Lista de leis e regulamentos relevantes relacionados com turismo marinho e costeiro é elaborada e amplamente Medida de desempenho Responsabilidade Prioridad e até Uso mais sustentável da terra e desenvolvimento que não degrada a base de recursos naturais sobre a qual a economia local prospera Liderança: MICOA, CMCI Colaboradores: MITUR, MPD, DPCA, DPTUR, DINATUR, DPP, CCP Ano 2 ADMAR, DPP, DIPTUR, Eyes on the Horizon, CCP Alta Uma maior sinergia entre os sectores de planeamento e desenvolvimento A consciência de leis e regulamentos aplicáveis é aumentada, proporcionando uma forte plataforma para execução Os cidadãos e os grupos de utentes são mais respeitadores do enquadramento legal e compreendem os impactos de não 31 Acção Passos regulamentos e leis tais como o judiciário e a polícia 2.3.c. Melhorar a coordenação entre os vários ministérios a níveis provincial e local, para as inspecções de empresas de turismo marinho e utilização de recursos 2.3.d. Reforçar a aplicação regular das leis através de parcerias com os pescadores e do sector privado (i.e. na ausência de recursos para a aplicação da lei, o sector privado pode fornecer veículos / embarcações, hospedagem, combustível, etc.) Indicador Medida de desempenho disponibilizada aos visitantes, operadores turísticos e grupos usuários Informação sobre leis e regulamentos aplicáveis ao turismo marinho conferida e divulgada aos operadores e estâncias turísticas conformidade. A aplicação é mais eficaz e transparente Pelo menos uma Inspecção sectorial conjunta e visitas realizadas numa base trimestral ou se necessário (o mais frequente) Informações documentadas, desenvolvidas e distribuidas às empresas de turismo marinho sobre os requisitos e objectivos das inspecções Pelo menos 1 MoE elaborado delineando a coordenação de acordos de coordenação entre o governo e sector privado para a aplicação da lei Pelo menos 2 acordos elaborados entre o governo, sector privado e utilizadores de recursos (pescadores, colhedores de recursos) para evitar ou usar de forma Os recursos para a execução são compartilhados e as capacidades são construídas através da cooperação A aplicação é mais eficaz e transparente Responsabilidade Prioridad e até Liderança: ADMAR Colaboradores: DPP, DIPTUR, CCP, CMCI, DPCA, DINATUR Ano 2 em curso Liderança: ADMAR Colaboradores: DPP, DIPTUR, CCP, sector privado (estancias turísticas, operadores de mergulho) Ano 2 em curso Maior responsabilidade por parte dos cidadãos sobre o seu ambiente marinho 32 Acção Passos Indicador Medida de desempenho Responsabilidade Prioridad e até sustentável as áreas marinhas sensíveis 2.3.e. Desenvolver mecanismos eficazes de identificação e elaboração de relatórios sobre as actividades ilegais que degradam o ambiente marinho 2.4. Fortalecer a pesquisa 2.4.a. Identificar necessidades e monitoria de modo a específicas de pesquisa para melhorar a gestão da melhorar a gestão dos recursos recreação costeiros sensíveis na área de marinha(anexo 4 TBT, incluindo (mas não se delineia os esforços limitando à) pesquisa sobre o estado e uso de: de pesquisa existentes na área de TBT) Recifes de coral Costões arenosos e rochosos Florestas de mangal Base de ervas marinhas Baia de Inhambane 2.4.b. No contexto da região marinha mais ampla através do desenvolvimento de uma Linha directa de denúncias (ou similar) é estabelecida até Dezembro de 2014 para que qualquer pessoa possa denunciar violações de leis relativas à recreação marinha Criado mecanismo para monitorar e relatar sobre a resposta do cumprimento por parte das agências governamentais relevantes com relação às queixas feitas Realizado pelo menos um encontro anual para identificar e criar prioridades das necessidades de pesquisa através de um processo de colaboração entre governo, pesquisadores e grupos de utentes Pesquisa marinha & costeira específica e estratégia de monitoria desenvolvida para TBT dentro do contexto marinho mais amplo Actividades de pesquisa científica do cidadão são incorporadas dentro de uma Liderança: Colaboração: ADMAR Maior compreensão do uso e de mudanças nos ecossistemas marinhos e costeiros para orientar acções de gestão MPD, CMCI, Ano 3 em curso Liderança: FMM, UEM Colaboração: ESHTI, AOA, EotH, MICOA, DPP, CCP, MPD, DIPTUR, AMAR Ano 1 em curso Maior capacidade local na monitoria e gestão de uso do ecossistema costeiro A pesquisa é utilizada para informar a tomada de decisão e evitar uma maior 33 Acção Passos estratégia de pesquisa e acompanhamento específico que promove a ciência do cidadão, o desenvolvimento da capacidade local e da cooperação regional e global 2.4.c. 2.4.c. Realizar actividades de investigação orientada que envolve grupos de utilizadores e promove a ciência do cidadão e a cooperação regional e global (isto é, gravação e mapeamento da ocorrência de espécies e uso de recursos) 2.4.d. Estabelecer um sistema de comunicação e utilização dos resultados de pesquisa para o governo & grupos de utilizadores para a melhoria da gestão (isto é, relatórios anuais, reunião com os intervenientes para compartilhar descobertas, etc.) 2.4.e. Estabelecer um sistema de monitoria de uso e do estado dos Indicador estrutura e pesquisa orientada e estratégia de monitoria para garantir relevância e viabilidade da informação recolhida Pelo menos 6 iniciativas de Pesquisa marinha e costeira orientadas em curso numa base anual para trazer informação sobre a gestão do uso marinho e costeiro Feitas pelo menos ligações com redes regionais e globais para a monitoria & protecção de ecossistemas chaves (recifes de corais, mangais, ervas marinhas) e espécies (raias, tubarões-baleia, dugongos, baleias jubarte, tubarões, cavalos-marinhos) Estabelecido e operacional até Junho de 2015 um Sistema regular de prestação de informações e elaboração de relatórios sobre as actividades de pesquisa e descobertas em funcionamento Um Sistema de M&E, criado como parte da estratégia de Medida de desempenho Responsabilidade Prioridad e até degradação dos ecossistemas marinhos e costeiros Maior responsabilidade entre os cidadãos na gestão marinha e turismo responsável MMF, UEM, ESHTI, All Out Africa, Eyes on the horizon, MICOA, DPP, CCP, MPD, DIPTUR, AMAR Média Liderança: MMF, UEM Colaboração: ESHTI, AOA, EotH, MICOA, DPP, CCP, MPD, DIPTUR, AMAR Ano 3 em curso Liderança: MMF, UEM Colaboração: ESHTI, Ano 1 34 Acção 2.5 Estabelecer um grupo de acção para o meio marinho com os princípios orientadores e de autogovernação para conduzir a gestão entre os operadores Esta acção pode ser conduzida pela AMAR para os operadores de mergulho, mas deve incluir outros operadores de recreação marinha e hotéis. Pode enquadrar-se dentro do fórum de desenvolvimento sustentável da DPTUR criado em 2005: "Fórum do Turismo Passos Indicador recursos marinho e dos ecossistemas e implementação de medidas de gestão. pesquisa que pode prestar informação sobre gestão adaptativa 2.5.a criar um grupo de acção ambiental marinha com princípios orientadores e de auto-governação para impulsionar a gestão entre os operadores. Esta acção pode enquadrar-se dentro do fórum desenvolvimento sustentável da DPTUR criado em 2005: "Fórum do Turismo Criado um grupo de acção ambiental com princípios orientadores e de autogovernação para conduzir a gestão entre os operadores 2.5.b Desenvolver e implementar por meio de um processo colaborativo, as acções para reduzir os impactos sobre espécies marinhas e habitats pelo turismo (isto é, fechar os recifes, os limites do número de mergulhadores em recifes, o acesso à áreas sensíveis, etc.) Acções para a redução dos impactos sobre os ecossistemas e espécies marinhas desenvolvidas e implementadas de forma colaborativa. O foco imediato deve ser sobre: o Cumprimento dos CoCs, desenvolvimento e implementação de CoCs adicionais sobre a recreação marinha o Acordado encerramento temporário de recifes altamente impactadas aos turistas, (i.e. recife manta) o Limitar o número de mergulhadores em recifes acordados Medida de desempenho Responsabilidade Prioridad e até AOA, EotH, MICOA, DPP, CCP, MPD, DIPTUR, AMAR Melhoria da gestão do meio ambiente pelo sector privado (operadores turísticos e proprietários de estancias turísticas, etc.) para reduzir os impactos negativos das suas actividades de turismo marinho. Redução de conflitos entre operadores e pesquisadores sobre o uso de áreas e recursos marinhos Liderança: AMAR Colaboração: Hotéis & estâncias turísticas, FOPROI, AHTPI Alta Liderança: AMAR Colaboradores: operadores turísticos e de mergulho, Hotéis & estâncias turísticas, AHTPI, ESHTI, MMF, EotH, AOA, FOPROI Ano 2 em curso Um sector do turismo marinho mais sustentável devido aos impactos reduzidos de actividades de recreação marinha mal geridas 35 Acção Passos 2.5. C Desenvolver e disseminar informações de percepção sobre essas acções disseminadas à todos os operadores turísticos marinhos, hotéis, estâncias turísticas e pesquisadores 2.6. Estabelecer um 2.6.a. Estabelecer e/ou desenvolver com observatório/planeam base nos acordos existentes para o ento turístico ou desenvolvimento de uma unidade unidade de de informação que pode acomodar informação para e usar a planificação relevante e Inhambane, que inclui informações de pesquisa para a uma plataforma na gestão do turismo, incluindo actividades turísticas marinhas internet para promover a partilha Indicador o Acesso restrito e/ou controlado à áreas altamente sensíveis, isto é, área de mergulho na Baia de Inhambane o Planificação adequada após a avaliação ambiental com vista ao desenvolvimento de infra-estrutura adicional ou perto de habitats marinhos (calçadões, recifes artificiais, artefatos de pesca, modismos, etc) Pelo menos um conjunto de materiais de informações sobre a consciência dessas acções disseminadas à todos os operadores e estancias turísticas para incentivar o cumprimento voluntário dos princípios do turismo responsável Uma instalação para planificação turística é estabelecida que serve como um repositório de informações sobre o turismo em Inhambane, incluindo dados sobre o turismo marinho Uma plataforma na internet Medida de desempenho A informação sobre o turismo marinho é centralizada e amplamente disponível para o uso na tomada de decisões Responsabilidade Liderança: AMAR Colaboração: operadores turísticos e de mergulho, Hotéis & estâncias turísticas, AHTI, ESHTI, MMF, Eyes on the Horizon, All Out Africa, FOPROI Liderança: ESHTI, Colaboração: UEM, DPTUR, MICOA Prioridad e até Ano 1 Ano 1 Os dados recolhidos 36 Acção Passos de informações e informar os decisores da área de desenvolvimento sustentável 2.6.b. Preencher o observatório e a plataforma na internet com informações relevantes, i.e. os dados de mapeamento desenvolvido através das actividades da RMRM do projecto COAST; documentos de planeamento relevantes e resultados de pesquisas 2.7. Identificar opções para uma distribuição equitativa dos benefícios do turismo marinho para os habitantes locais Indicador 2.7.a Identificar opções / projectos para promover alternativas de sustento para comunidades pesqueiras, incluindo alternativas relacionadas com o turismo marinho (Vide 2.1 acima) 2.7.b. Apoiar oportunidades de capacitação de moradores locais para o trabalho no sector de turismo marinho que funciona como um mecanismo de disseminação de informações é estabelecida como parte da instalação O observatório é preenchido com dados e informações, incluindo informações sobre recreação marinha. A plataforma na internet inclui os dados de mapeamento desenvolvidos através das actividades da RMRM Identificadas Pelo menos opções para projectos de apoio em meios de subsistência alternativos para os moradores desenvolvidas opções de forma colaborativa e delineadas pelo menos duas propostas de apoio Pelo menos duas acções de formação implementadas anualmente para os moradores locais sobre actividades relacionadas com o turismo marinho A formação tem de estar relacionada com iniciativas existentes tais como o Medida de desempenho durante as actividades RMRM do projecto COAST são acessíveis para o uso pelas partes interessadas Os moradores da área do TBT beneficiamse equitativamente do turismo marinho e têm uma maior compreensão da importância da gestão ambiental para o sector Responsabilidade Prioridad e até Liderança: ESHTI, colaboração: UEM, DPTUR, MICOA Ano 4 em curso Liderança: DPTUR Colaboração: Bitonga Divers, FOPROI, CCP, CMCI, ESHTI Ano 2 em curso Liderança: DPTUR, Colaboração: Bitonga Divers, FOPROI, CCP, CMCI, ESHTI Alta 37 Acção Passos Indicador Medida de desempenho Responsabilidade Prioridad e até Liderança: UEM, FMM Colaboração: ESHTI, EotH, AOA, Bitonga Divers, AMAR, AHTPI, FOPROI UEM, ESHTI, Ocean Revolution, MMF, Eyes on the Horizon, All Out Africa, Bitonga Divers, AMAR, MICOA, UNESCO (Património Marítimo Mundial), CCP Ano 2 em curso UEM, CCP, DPP, Ocean Revolution, Bitonga Divers, MMF, AMAR, MICOA, UNESCO (Património Ano 3 em curso projecto de ecoturismo STEP gerido pelo Escritório Regional do MITUR e pelo projecto de turismo do Banco Mundial a operar na área Objectivo 3: Proteger recifes sensíveis importantes e ecossistemas marinhos 3.1. Melhorar o 3.1.a. Pesquisa especifica de modo a conhecimento e entender o funcionamento e uso compreensão sobre os do ambiente marinho e costeiro e dos recursos (vide 2.4 acima). ambientes marinhos e costeiros e seu uso 3.2. Procurar opções para 3.2.a. Determinar o valor da área e a a protecção formal necessidade de protecção. Inclui dos ambientes uma pesquisa socioeconómica marinhos e costeiros para determinar o valor dos da área de TBT e da recursos para a subsistência local região no seu todo e identificar opções com vista a com base em reduzir a dependência dos recursos naturais marinhos. resultados do projecto COAST & das propostas e iniciativas (i.e. Ocean Revolution) Segundo os indicadores em 2.4 acima Vide 2.4 acima Analizada e concluida a cadeia de valores do uso dos recursos marinhos, incluindo valores de uso directo, indirecto e outros da área marinha e da Baia de Inhambane A análise delineia opções adequadas para uso e protecção Os resultados da análise e opções de uso sustentável são compartilhados com as autoridades relevantes Maior compreensão do valor dos recursos marinhos e costeiros e decisores informados sobre o uso e as opções de gestão. 3.2.b. Determinar opções para o estabelecimento de áreas marinhas geridas localmente dentro de uma rede mais ampla das áreas marinhas geridas para a Conduzido Pelo menos um processo participativo entre os moradores, utilizadores, pesquisadores e outros interessados e decisores nos Maior protecção dos ecossistemas marinhos essenciais, processos e espécies que sustentam a Ano 2 em curso Utilização mais sustentável e gestão local eficaz dos recursos marítimos por grupos de utilizadores. 38 Acção Passos Indicador região próximos dois anos de modo a delinear opções para a protecção de áreas marinhas e estabelecer etapas para a sua realização Medida de desempenho economia local e a subsistência da área do TBT e outras áreas. Responsabilidade Prioridad e até Marítimo Mundial) 3.2.c. Delinear um processo com um plano de trabalho claro para avançar para a protecção da área marinha no contexto regional mais amplo, que inclui o arquipélago de Bazaruto e culmina dentro da rede nacional da área Marinha Protegida de Moçambique 3.3.a. Promover o cumprimento dos códigos de conduta de recreação marinha através da sensibilização e gestão colaborativa (vide 1.2 e 1.3 acima) 3.3. Identificar opções para iniciativas de conformidade voluntária para grupos de utentes para reduzir a pressão sobre os ecossistemas marinhos 3.3.b. Colaborar com grupos de utilizadores para identificar oportunidades para a gestão local dos recursos marinhos com base nas melhores práticas disponíveis 3.3.c. Desenvolver opções de rotulagem verde ou de eco-certificação para promover recreação marinha sustentável, tal como uma Acordado um plano de trabalho, de 2014 - 2019 através de um processo colaborativo com as partes interessadas, para projectar e desenvolver a protecção marinha para a área do TBT Indicadores de acordo com 1.2 e 1.3 acima Indicadores nos termos de 3.2b acima Desenvolver e promover uma iniciativa de frutos do mar (seafood initiative) sustentável entre restaurantes Vide 1.2 e 1.3 acima Liderança: MICOA, DPP Colaboração: UEM, CCP, Ocean Revolution, Bitonga Divers, MMF, AMAR, UNESCO (Património Marítimo Mundial), WWF Liderança: AMAR Colaboradores: operadores turísticos e de mergulho, Hotéis & estâncias turísticas, AHTPI, ESHTI, MMF, EotH, AOA, FOPROI Liderança: CCP, DPP Colaboradores: Ocean Revolution, Bitonga Divers Ano 2 em curso Liderança: AMAR Colaboradores: Hotéis & estâncias turísticas, AHTPI, ESHTI, MMF, Ano 3 em curso Ano 1 em curso Ano 2 em curso 39 Acção Passos iniciativa sustentável de frutos do mar (seafood) Este deve considerar as metodologias das constatações do Projecto COAST EMS/TEST que destacaram os desafios de trabalhar com hoteis/lodges de pequeno e médio tamanho. Indicador Medida de desempenho e hotéis para reduzir a pressão sobre os recifes e outros recursos marinhos sensíveis Desenvolver pelo menos uma iniciativa de eco-certificação para o turismo costeiro e marinho Responsabilidade Prioridad e até EotH, AOA, FOPROI Objectivo 4: Promover práticas de turismo marinho sustentável para o benefício de todos os intervenientes 4.1. Reduzir os conflitos 4.1.a. Identificar práticas de recreação entre os diferentes apropriadas e áreas específicas grupos de utilizadores (zoneamento) para reduzir os conflitos entre os utentes Estabelecer um mecanismo de gestão de conflitos (Comité de multi-Intervenientes) até Janeiro de 2015, para resolver conflitos sobre recursos marinhos e áreas Conduzir um processo participativo com grupos de utilizadores de modo a identificar recreação adequada e usos para as áreas marinhas sensíveis Estabelecer zoneamento de áreas marinhas específicas, como parte da área marinha gerida localmente e da rede da área protegida As zonas marinhas e costeiras são usadas de forma sustentável e geridas de maneira mais colaborativa Liderança: MICOA, DPP Colaboradores: CCP, Bitonga Divers, MPD, DIPTUR, AMAR, MMF, ESHTI, AOA, EotH, MMF, UEM Ano 2 em curso Objectivo 5: Melhorar a coordenação e comunicação entre todos os grupos de utentes com vista à uma gestão melhorada da recreação marinha 5.1. Melhorar a 5.1.a. Estabelecer um fórum de gestão coordenação entre os da recreação marinha composta Indicadores nos termos de 2.5 As áreas marinhas e costeiras são Liderança: AMAR Colaboradores: Ano 1 40 Acção Passos operadores turísticos com vista a reduzir a pressão sobre os ecossistemas e fauna marinha 5.1.b. 5.2. Melhorar a consulta com as comunidades por parte do governo sobre questões de turismo e meio ambiente por pessoas interessadas para promover a gestão melhorada do turismo marinho na área Estabelecer um sistema de coordenação para reduzir o número de visitantes à recifes (ou seja, desconcentrar safaris oceânicas e mergulhos para garantir menor número de visitantes de uma só vez) 5.2.a. Estabelecer um mecanismo através do qual as comunidades possam fornecer informações regulares ao processo de tomada de decisão e comunicar problemas para os decisores. Vide 2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 acima Indicador e 2.6 acima Medida de desempenho Responsabilidade utilizadas de forma sustentável e gerida de forma colaborativa operadores de mergulho, hotéis & estâncias turísticas, AHTI, Bitonga Divers Liderança:AMAR Colaboradores: operadores de mergulho, hotéis & estâncias turísticas, AHTPI, Bitonga Divers, FMM Liderança: MICOA, DPP, CCP DPP, DPCA, Administração Marítima, Bitonga Divers Indicadores nos termos de 2.5 e 2.6 acima Organizar pelo menos uma reunião o MICOA, DPP, CCPs e outras organizações comunitárias para acordar no mecanismo de consulta eficaz para uma comunicação regular As áreas marinhas e costeiras são utilizadas de forma sustentável e gerida de forma colaborativa Prioridad e até Ano 1 em curso Ano 3 em curso 41 7 Conclusão e Recomendações 7.1 Conclusão Geral O ambiente marinho do Sítio de Demonstração do TBT representa uma área de importâncias global, ambiental, cultural e económica. Este sítio é habitat de agregações de espécies importantes e ameaçadas de megafauna (raias, tubarões-baleia, baleias, tartarugas marinhas, etc.) e uma variedade de outros organismos marinhos e costeiros (vide anexo 4 da lista de espécies marinhas ameaçadas e vulneráveis). Os ecossistemas complexos e interconectados, os corais de recifes, mangais, sargaços e as praias arenosas e rochosas, suportam uma gama altamente produtiva de organismos que fornecem uma base de recursos essenciais para a economia local na região. A saúde do recife e do ambiente marinho da zona de TBT está sob pressão resultante de numerosos e diversos impactos humanos, muitos dos quais associados à indústria turística, que continua a se expandir de forma não regulamentada e mal planejada. Os altos níveis de pobreza entre as populações que vivem dentro do Sítio de Demonstração resultam na dependência directa da maioria dos moradores locais sobre os recursos marinhos para a subsistência. Os benefícios do turismo marinho ainda não contribuem significativamente para a vida das comunidades locais, facto que tem dificultado o trabalho de consciencialização sobre o valor do uso sustentável dos recursos e protecção dos ecossistemas. A relação entre as práticas de turismo insustentável, excesso de utilização e métodos destrutivos no uso dos recursos naturais, a falta de gestão e de execução, e a baixa consciência sobre o valor do ambiente marinho estão a provocar um declínio acentuado na integridade e produtividade da base de recursos naturais. Este declínio é claramente evidente e está a criar um impacto negativo no sector do turismo e, mais significativamente, no bem-estar social e económico das comunidades costeiras, no Sítio de Demonstração e nas áreas circunvizinhas. Existe um bom potencial para melhorar a gestão da área através de uma maior cooperação e colaboração entre grupos de utentes, decisores, pesquisadores, ONGs e organizações comunitárias. Esta colaboração pode contribuir para ultrapassar a actual falta de recursos técnicos e financeiros enfrentada pelas autoridades. Ademais, a colaboração contribuiria para a transformação do actual cenário dos grupos de utentes caracterizado por conflitos, concorrência e interesses individuais para um cenário em que todas as partes intervenientes trabalham em conjunto para garantir um ambiente saudável, que continua a apoiar uma economia sustentável a longo prazo. Para alcançar este objectivo, especialmente no sector de turismo marinho, é necessário que as partes intervenientes empreendam mais esforço para garantir que a gestão das suas actividades seja melhorada. 7.2 Desafios Os principais desafios na implementação das acções delineadas neste documento têm a ver com a capacidade institucional, disponibilidade de recursos e colaboração e coordenação dos intervenientes. A continuação e extensão da colaboração dos intervenientes no âmbito da DSMC/DSMC ou a criação futura de um forum similar de intervenientes múltiplos que possa guiar e orientar uma gestão melhorada de turismo marinho é um grande desafio na implementação de acções prioritárias. As sugestões são dadas nos Parágrafos 2.5 e 2.6 da Tabela 3 para o quadro de reforço institucional. O presente desafio tem de ser considerado como sendo um assunto urgente na implementação do 42 presente documento. Outros intervenientes devem ser envolvidos na discussão sobre o turismo marinho sustentável, incluindo os habitantes locais e os grupos utentes (pescadores e aldeões) bem como grupos de pesquisa adicionais, entidades do sector privado e autoridades governamentais tais como as Pescas e autoridades do Plano e Desenvolvimento. A disponibilidade de recursos se configura importante na implementação das acções prioritárias – tanto em termos de recursos financeiros assim como em termos de recursos humanos e capacidades. As acções descritas na Tabela 3 precisam de ser orçamentadas e ainda planificadas como actividades do projecto e o financiamento identificado para a implementação. Serão também necessários Recursos humanos e capacidade para a gestão e monitoria da implementação. Os desafios relacionados com a colaboração e coordenação dos intervenientes precisam de ser reforçados na área do TBT por todos os actores. Se for implementado, as opções sugeridas para o reforço do quadro institucional será capaz de abordar este aspecto, contudo, ainda haverá necessidade de esforços adicionais para assegurar que há colaboração e garantir que haja envolvimento dos intervenientes de modo a se ter um turismo marinho responsável. 7.3 Riscos Alguns dos maiores riscos na implementação das acções descritas no âmbito do presente documento tem a ver com os desafios acima mencionados e têm a ver com vontade política permanente e recursos para implementar actividades prioritárias, colaboração dos intervenientes, protocolos adequados seguros e de segurança e a saúde dos ecosistemas marinhos. A falta de vontade política para sustentar os esforços em curso para melhorar a gestão do turismo marinho dificultará a implementação das acções prioritárias e vai pôr em risco a possibilidade de se obter um apoio financeiro para o Plano de Implementação. Uma falta de colaboração entre todos os intervenientes e a continuação do sector de turismo tal como se apresenta, representa um risco à saúde do meio marinho. A falta de engajamento na implementação das actividades prioritárias por parte dos Pescadores e aldeões representa mais riscos para o sucesso dos esforços de gestão. Outros aspectos que representam risco para o sector do turismo marinho e para o sector de turismo como um todo, incluem a ausência de protocolos seguros e de segurança para reger as actividades de recreação marinha. A falta de um desenvolvimento de turismo responsável bem como a degradação em curso do meio ambiente marinho e a sobreexploração de recursos marinhos e costeiros. Dada a dependência do sector do turismo em áreas marinhas e costeiras saudáveis e a presença da megafauna e de outras espécies carismáticas que atraem visitantes, a degradação ou o desaparecimento das mesmas representa um risco ao sector de turismo no seu todo. Os outros aspectos que podem afectar a economia do turismo local na área do TBT incluem distúrbios civis, desastres naturais e actividades extrativas conflituosas que influenciem negativamente a base de recursos naturais através da degradação ou poluição (i.e. garimpo e extracção mineira). 7.4 Período O periodo de implementação das acções esboçadas no presente documento é de 5 anos, que compreende meados de 2014 e meados de 2019. A medida que decorre a monitoria e alinhamento dos conteúdos do documento pode-se afigurar importante, de acordo com os assuntos emergentes, que aspectos atinentes a alteração do quadro legal e institucional (i.e. implementação da Estratégia de Turismo e do Plano de Acção) e oportunidades sejam oportunamente revistos e as acções ecomendadas incorporadas de modo a manter o conteúdo do documento relevante. 43 7.5 Recomendações Os resultados apresentados no presente documento dão alguma luz sobre as ameaças, prioridades e oportunidades inerentes ao sector do turismo marinho no Sítio de Demonstração do TBT. Embora aspectos concernentes à gestão das pescas e turismo terrestre estejam fora do âmbito do presente Plano, ambos estão ligados à saúde do meio ambiente marinho. Havendo a importância de se adoptar uma abordagem holística dos ecosistemas marinhos para reger o meio ambiente marinho, que reconheça as interligações entre os diferentes ecosistemas marinhos e espécies e as ameaças que os afectam, o Plano de Implementação acima apresentado inclui algumas acções urgentes para abordar os impactos terrestres e pesqueiros. Fica claro há pertinência e necessidade de uma acção urgente e selectiva conjunta entre todos os sectores e grupos de usuários de modo a prevenir mais degradação da base dos recursos costeiros e marinhos e para melhorar a sustentabilidade das actividades dentro do Sítio de Demonstração. Há uma necessidade urgente de um forum para uma gestão melhorada do turismo marinho (e do turismo em geral) para conduzir a implementação de acções prioritárias no Plano de Implementação. O presente documento apoia a gestão melhorada do turismo marinho de modo a beneficiar os grupos usuários, reduzir conflitos e apoiar um desenvolvimento sustentável da economia local. Para além das recomendções incorporadas dentro do Plano de Implementação do presente documento, esta afigura-se a melhor oportunidade para o melhoramento da área do TBT e para analisar a oportunidade de expandir a protecção da área dentro de uma plataforma de governação ampla. A experiência mostra que a abordagem mais efectiva no contexto actual seria a criação das AMGL (LMMAs) que são desenvolvidas através de um processos altamente participativo com o envolvimento dos habitantes das áreas costeiras e outros utentes e são fundamentadas numa abordagem de gestão baseada no ecosistema que reconheça a importância da gestão pelos usuários locais e que proteja as interligações importantes e os processos entre os ecosistemas marinhos costeiros sensíveis. A Incorporação destas áreas marinhas geridas localmente ou AMGLs dentro do sistema nacional das áreas marinhas geridas poderia melhorar significativamente o perfil turístico da área bem como o apoio à área para uma gestão melhorada. Algumas opções que podiam ser pesquisadas como ferramentas para a gestão marinha da área imediata do TBT foram sugeridas pela Ocean Revolution (2011) e incluem: Zona de Interesse Turístico: em que a área terrestre (para além das AMGL) é declarada como sendo uma Zona de Interesse Turístico para permitir a elaboração de um plano de zoneamento espacial. O Sítio do Ramsar: É óbvio que a Baía de Inhambane é um sítio de valor significativo e revela-se elegível para concorrer para a demarcação de um Sítio do Ramsar. Esta designação podia propiciar ao desenvolvimento de um plano espacial para equilibrar o uso dos recursos com a protecção de importantes áreas sensíveis e espécies. A Terceira opção é o potencial da área para ser incorporada dentro das áreas marítimas de Patrimônio Mundial, o que representa uma grande oportunidade. A área já foi identificada como tendo valor suficiente para ser uma área regional marítima de Patrimônio Mundial. A protecção do amplo contexto costeiro e marinho através do desenvolvimento de áreas marinhas geridas dentro do Sítio de Demonstração que estejam congregadas na rede nacional e regional de áreas marinhas geridas podiam chegar ao ponto de garantir a produtividade e saúde a longo termo do meio ambiente marinho e costeiro. 44 A protecção e o uso sustentável dos ecosistemas marinhos e costeiros, processos e espécies no TBT são de importância fulcral para o futuro da economia da área. A protecção da base dos recursos através de uma planificação, governação e uso sustentável fortes devia ser prioridade número um para garantir benefícios permanentes ao país e para a região como um todo. 7.6 Futuro do Documento Versão 1 O presente document, Versão 1, deve ser reconhecido como sendo um documento de trabalho em progresso. Para além da M&E em curso sobre as acções esboçadas no Plano de Implementação, propõe-se que o presente documento seja revisto de uma forma alargada após cinco anos de modo que novos dados, informação, estatísticas, etc. sejam incorporados. A revisão da presente Versão 1 deverá ser feita pela Entidade de Gestão que tomará a responsabilidade para dar continuidade às actividades que possam emergir do Projecto COAST na sequência do fecho do projecto em Junho de 2014. 45 Referências Associação Cultural para o Desenvolvimento Sustentável (ACUDES), 2007. 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Avaliação feita para o desenvolvimento de ferramentas do ACM (MCA) para a África Oriental pela Conservação da Natureza. 47 Anexo 1: Lista do DSMC e Membros da Equipa Técnica (Tech) Membros da equipe do DSMC Títul o Sr. JuliaoMachava Sr. Marcos Trerup Sr. RaufoUsta Sr. Jose da Cunha Sr. Ernesto Macaringue Casimiro José Sr. Sr. Nome Organização Tipo Contacto Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental (DPCA) Associação de Limpeza e do Meio Ambiente (ALMA) Fórum Provincial das ONGs de Inhambane FOPROI) Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (AHTI) Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHTI) Conselho Municipal da Cidade de Inhambane (CMCI) Administração Marítima (ADMAR) Governo +258 824506740 Privado +258 843060970 ONG Privado Governo +258 848494343 Governo +258 824288890 Governo +258 824923110 Direcção Provincial de Pescas (DPP) Governo +258 849224943 Privado +258 842180401 Privado +258 840357719 Sr. Vasco Miguel Pascoal Sinde Sr. Songane Sr. Gabriel Marime Associação Comunitária dos Pescadores do Tofo Bitonga Divers Srª. Sociedade Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) Congma Privado Sr. Karin Allogoewer Augusto Issae Sr. Avelino David Associação Wonelela Privado +258 828125675 Sr. Ricardo Filipe Conselho Comunitário de Pescas (CCP) OBC +258 823893840 Privado Membros da equipa Técnica Organização Tipo Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) Governo Fórum Provincial das ONGs de Inhambane FOPROI) ONG Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (AHTI) Privado Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHTI) Governo Administração Marítima (ADMAR) Governo Direcção Provincial de Pescas (DPP) Governo Bitonga Divers ONG Marine Megafauna Foundation (MMF) Pesquisa Associação dos Mergulhadores (AMAR) Privado Conselho Comunitário de Pescas (CCP) OBC 48 Anexo 2: Lista de Actores Intervenientes Consultados Título Nome Apelido Função da COAST Endereço da Instituição DPC/FPC de Moçambique Sr Alexandrea Magno Ponto Focal do Turismo Ponto Focal do Turismo Direcção Provincial de Turismo de Inhambane-Moçambique Ministério do Turismo – Direcção Provincial das Áreas de Conservação, Moçambique DPC Direcção Provincial de Turismo de Inhambane-Moçambique VSO Direcção Provincial de Turismo de Inhambane-Moçambique Equipa Técnica Moçambicana Sra Cidália Mahumane Sr Lúzio Nhavene Sra Ester Munyithia Sr Juliao Machava Sr Pascoal Sr Vasco Miguel Sinai Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental (Dept. Do Ambiente) Administração Marítima (ADMAR) Macuacua Direcção Provincial de Pescas (DPP) Sr Augusto Songane Sr Carlos Macuacua Associação Comunitária dos Pescadores do Tofo (CCP) Bitonga Divers Sr Ernesto Macaringue Sra Natalie Nordin Escola Superior de Hotelaria e Turismo (Tourism College) (ESHTI) Tourism Association/Dinos Bar Sra Libby Bowles Marine Megafauna (MMF) Equipa do DSMC Sr Juliao Machava Sr Carlos Macuacua Sra Raquel Maliquela Sr Raufo Usta Sr Ernesto Macaringue Sr Lulu dos Santos Sr Pascoal Macuácua Direcção Provincial de Pescas (DPP) Sr Vasco Miguel Sinai Ricardo Augusto Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHTI) Conselho Municipal da Cidade de Inhambane (CMCI) Administração Marítima (ADMAR) Songane Sr . Luis Cuamba Associação Comunitária dos Pescadores do Tofo (CCP) Comite de Co-gestao (CCRNT) Sr Avelino David Associação Wonelela Sr Afonso Mapasse Instituto de Investigacao Pesq. (IIPI) Sr Elisio Panzambila Sra Natalie Nordin Direccao Provincial do Tourism (DPTURI) Tourism Association/Dinos Bar Sra Leigh Davis Farol da Barra sr Frank Weetjens Associação dos Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos (AMAR) Sr . Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental (DPCA) Bitonga Divers (BD) Associação de Limpeza e do Meio Ambiente (ALMA) Associação de Turismo (APHTI) 49 Membros Adicionais do DSMC que Participaram nas reuniões sr Marcos Trerup Sr José da Cunha Sr Casimiro José Sr Ricardo Filipe Sr Karin Angoewer Sr Augusto Issae Associação de Limpeza e do Meio ambiente (ALMA) Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (APHTI) Conselho Municipal da Cidade de Inhambane Conselho Comunitário de Pescas Sociedade Alemã de Cooperação Internacional Congma Operadores de Mergulho de Moçambique Sr Alain Dinis Mergulhador Tofo Scuba Sr John Pears Mergulhador Tofo Scuba Sr Marcell Claassen Mergulhador Tofo Scuba Sra Tibea Hamman Mergulhador Tofo Scuba Sr Patrick Little Gestor de projecto GIZ/Change Management Agency Sr Donovan Parker Mergulhador Barra lodge Sr Matthew Eglinton Mergulhador WEBB Sra Nadia Rifaat Mergulhador Liquid Adventures Sra Cindy Acutt Proprietário Liquid Adventures Sra Linda Viljoen Mergulhador Liquid Adventures Sr Paul Acutt Proprietário Liquid Adventures Sr Steve Thorley Mergulhador Diversity Scuba Sr Russel Walster Mergulhador Barra Reef Divers Sr Tim Dykman Co-Director Ocean Revolution Sr Steve Counsel Co-proprietário Peri-Peri Divers Outros - Moçambique Dr. Andrea Marshal Marine Megafauna (MMF) Bowles Cientista Sénior de Pesquisa de Manta Raia Pesquisadora Sra Libby Dr. Fabrice Jaine Cientista Sénior Marine Megafauna (MMF) Mr. Daniel van Duinkerken Pesquisador Marine Megafauna (MMF) Sra Kudzi Guicome Directora Bitonga Divers Sra Katie Reeve-Arnold All Out Africa Sra Hannah Darrin Directora de Pesquisa Marítima Assessor Técnico Sr Gabriel Marime EcoAfrica Sra Amone Prof. Manuela Elisa Salmo Assistente de Projecto Pesquisador Bandera Professor Universidade Eduardo Mondlane Sra Halima Taju Pesquisador Universidade Eduardo Mondlane Sra Damboia Cossa Pesquisador Universidade Eduardo Mondlane Sr Aubrey Kloppers Barra Lake and Sea Ms Danielle Cook Proprietário de um Lodge Operador Turístico Sr Freddie Du Plessis Proprietário White Sands Marine Megafauna (MMF) Eyes on the Horizon Universidade Eduardo Mondlane Walk on Water 50 Anexo 3: Lista de Espécies Ameaçadas e Vulneráveis1 Nome científico Pristis pristis Pristis zijsron Aetomylaeus vespertilio Holohalaelurus favus Holohalaelurus punctatus Rostroraja alba Sphyrna lewini Sphyrna mokarran Aetomylaeus nichofii Alopias pelagicus Alopias superciliosus Alopias vulpinus Carcharhinus longimanus Carcharhinus obscurus Carcharhinus plumbeus Carcharias taurus Carcharodon carcharias Centrophorus granulosus Centrophorus lusitanicus Centrophorus squamosus Galeorhinus galeus Hemipristis elongata Heteronarce garmani Himantura gerrardi Himantura uarnak Isurus oxyrinchus Manta alfredi Manta birostris Nebrius ferrugineus Negaprion acutidens Rhina ancylostoma Rhincodon typus Rhinoptera javanica Rhynchobatus djiddensis Sphyrna zygaena Stegostoma fasciatum Taeniurops meyeni Latimeria chalumnae Cheilinus undulatus Epinephelus marginatus Liza luciae Bolbometopon muricatum Cromileptes altivelis Epinephelus albomarginatus Epinephelus lanceolatus Hippocampus histrix Hippocampus kuda Makaira nigricans Nome comum Tubarões e Raias Peixe serra Comum Peixe Serra Longcomb Raia Eléctrica Ornado Honeycomb Izak Pata-roxas africano manchado (African Spotted Catshark) White Skate Scalloped Hammerhead Great Hammerhead Banded Eagle Ray Pelagic Thresher Shark Bigeye Thresher Shark Common Thresher Shark Oceanic Whitetip Shark Dusky Shark Sandbar Shark Spotted Ragged-Tooth Shark Great White Shark Gulper Shark Lowfin Gulper Shark Leafscale Gulper Shark Tope Shark Snaggletooth Shark Natal Electric Ray Whitespotted Whipray Reticulate Whipray Shortfin Mako Shark Reef Manta Ray Giant Manta Ray Tawny Nurse Shark Sicklefin Lemon Shark Bowmouth Guitarfish Whale Shark Cownose Ray Giant Guitarfish Smooth Hammerhead Leopard Shark Blotched Fantail Ray Peixe Ósseo Coelacanth Humphead Wrasse Dusky Grouper St. Lucia Mullet Green Humphead Parrotfish Humpback Grouper White-Edged Grouper Brindle Bass Thorny Seahorse Spotted Seahorse Blue marlin Classificação da IUCN Altamente Ameaçada Altamente Ameaçada Ameaçada Ameaçada Ameaçada Ameaçada Ameaçada Ameaçada Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerávelvulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Altamente Ameaçada Ameaçada Ameaçada Ameaçada Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável Vulnerável 51 Plectropomus areolatu Plectropomus laevis Square-tail coral grouper Vulnerável Blacksaddled Coral Grouper Vulnerável Tartarugas Dermochelys coriacea Leatherback Turtle Altamente Ameaçada Eretmochelys imbricata Hawksbill Turtle Altamente Ameaçada Caretta caretta Loggerhead Turtle Ameaçada Chelonia Mydas Green Turtle Ameaçada Lepidochelys olivacea Olive Ridley Turtle Vulnerável Mammals Balaenoptera musculus Blue Whale Ameaçada Balaenoptera physalus Fin Whale Ameaçada Dugong dugon Dugong Vulnerável Physeter macrocephalus Sperm Whale Vulnerável Espécies Moçambicanas Protegidas não classificadas como ameaçada pelo Livro Vermelho da IUCN Hippocampus camelopardalis Giraffe Seahorse Insuficiência de Dados Hippocampus borboniensis Tridacna squamosa Charonia tritonis Cassis cornuta Petrus rupestris Polysteganus undulosus Megaptera novaeangliae Ephinephelus tukula Tridacna maxima Eubalaena australis Reunion Seahorse Giant Clam Trumpet Triton Horned Helmet Red Steenbras Seventy-Four Seabream Humpback Whale Potato Grouper Small Giant Clam Southern Right Whale Insuficiência de Dados Menos Preocupante Não Avaliado Não Avaliado Não Avaliado Não Avaliado Menos Preocupante Menos Preocupante Menos Preocupante Menos Preocupante 52 Anexo 4: Pesquisa em Curso no Sítio de Demonstração Espécies/E cosistema Alvos Ervas marinhas Mangais Raias Manta pesquisad or Detalhes Data Utilidade da informação UEM – Manuela Amone Identificação de espécies de ervas marinhas na Baía de Inhambane, distribuição & extenção Mapeamento de Mangais na Baía de Inhambane 20122013 Grau de Mestrado 2013 Publicações UEM – Salamo Bandeira Fundação Marinha Megafauna Detalhes da Partilha dos resultados com as autridades Apresentação feita ao grupo local multisectorial do governo Parceiro de Financiamento Ajuda Local Revolução Oceânica (Ocean Revolution), Projecto COAST Bitonga Divers Fundação Salve os Nossos Mares (Save Our Seas Foundation), Fundaçao Dobberke, Fundação Lucie Bergers, National Geographic, Projecto Revolução Oceânica, AWARE, Idea Wild, Privados, Doadores Casa Barry Lodge, Peri Peri Divers, Pestana Resort, Big Blue, Vilanculos Beach Lodge, AMAR, Bitonga Divers LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Visitants, actores intervenientes, grupos de utentes http://www.mar 2003 inemegafauna.o rg/research/ma nta-rayecology/ Relatórios do Governo, trabalhos de defesa de estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de recomendações, actas de conferências MeE desenvolvidos com a BANP, Relatórios sobre pescas constantemente preparados para o MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES para conferências internacionais Unidade de Investigad ores Marítimos AOA Numerous, fotos, localização Dados adicionados à base de dados e disponíveis para pesquisadores baseados localmente Olhos no Horizonte Constatações: Números, sexo, fotos, localização; colheita ilegal Publicações planificadas para o future. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Via publicações periódicas, apresentações, e interação directa 2008 - Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos 53 Tubarões baleia Tartarugas Marinhas Marine Megafauna Foundation http://www.marin emegafauna.org/r esearch/whaleshark-ecology/ 2005 - Relatórios do Governo, trabalhos de defesa de estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de recomendações, actas de conferências MeE desenvolvidos com a BANP, Relatórios sobre pescas constantemente preparados para o MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES para conferências internacionais Unidade de Pesquisa Marítima AOA Numerous, fotos, amostras biológicas 2008 - Dados adicionados à base de dados e disponíveis para pesquisadores baseados localmente Olhos no Horizonte Constatações: Números, sexo, fotos tipo passé, localização; colheita ilegal Publicações planificadas para o future. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Via publicações periódicas, apresentações, e interação directa Fundação Marinha Megafauna (Marine Megafauna Foundation) http://www.marin emegafauna.org/r esearch/seaturtles/ 2008 - Unidade de Pesquisa Marítima AOA Numerous, fotos tipo passé, localização 2008 - Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos Relatórios do Governo, trabalhos de defesa de estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de recomendações, actas de conferências Dados adicionados à base de dados e disponíveis para pesquisadores baseados localmente MeE desenvolvidos com a BANP, Relatórios sobre pescas constantemente preparados para o MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES para conferências internacionais Shark Foundation, PADI Foundation, National Aquarium UK, Norcross, Projecto AWARE, Revolução Oceânica (Ocean Revolution) , Private Donors Casa Barry Lodge, Peri Peri Divers, Pestana Resort, Big Blue, Vilanculos Beach Lodge, AMAR, Bitonga Divers LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Visitants, actores intervenientes, grupos de utentes Rufford Small Grants Casa Barry Lodge, Peri Peri Divers, Pestana Resort, Big Blue, Vilanculos Beach Lodge, AMAR, Bitonga Divers Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante 54 Tartarugas Marinhas Unidade de Pesquisa Marítima AOA Numerous, fotos, amostras biológicas 2008 - Olhos no Horizonte (EotH) Constatações: Números, sexo, fotos tipo passé, localização; colheita ilegal Fundação Marinha Megafauna (Marine Megafauna Foundation) http://www.marin emegafauna.org/r esearch/seaturtles/ 2008 - Unidade de Pesquisa Marítima AOA Numerous, fotos tipo passé, localização 2008 - Olhos no Horizonte Constatações: Números, sexo, fotos tipo passé, localização; Recolha illegal, Dados adicionados à base de dados e disponíveis para pesquisadores baseados localmente Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos Relatórios do Governo, trabalhos de defesa de estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de recomendações, actas de conferências Dados adicionados à base de dados e disponíveis para pesquisadores baseados localmente Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o future. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Via publicações periódicas, apresentações, e interação directa MeE desenvolvidos com a BANP, Relatórios sobre pescas constantemente preparados para o MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES para conferências internacionais Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Via publicações periódicas, apresentações, e interação directa LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Visitants, actores intervenientes, grupos de utentes Rufford Small Grants Casa Barry Lodge, Peri Peri Divers, Pestana Resort, Big Blue, Vilanculos Beach Lodge, AMAR, Bitonga Divers LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Visitants, actores intervenientes, grupos utentes 55 mortalidade Tubarão e Raias Ameaçadas Fundação Marítima Megafauna (arine Megafauna Foundation) http://www.marin emegafauna.org/r esearch/sharkrays/ Olhos no Horizonte Constataçoes: Números, sexo, fotos tipo passe, localização; recolha illegal, mortalidade Small Eye Sting Ray Unidade de Pesquisa Marítima de AOA Numeros, fotos tipo passe, localização Bow Mouth Guitar Ray Unidade de Pesquisa Marítima de AOA Tubarão Leopardo Unidade de Pesquisa Marítima de AOA e oceanos 2006 - Relatórios do Governo, trabalhos de defesa de estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de recomendações, actas de conferências MeE desenvolvidos com a BANP, Relatórios sobre pescas constantemente preparados para o MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES para conferências internacionais Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos Via publicações periódicas, apresentaçoes, e interacção directa 2011 - Base de Dados desenvolvida e dados analisados pelos pesquisadores da AOA Numeros, fotos tipo passe, localização 2011 - Base de Dados desenvolvida e dados analisados pelos pesquisadores da AOA Numeros, fotos tipo passe, localização 2011 - Base de Dados desenvolvida e dados analisados pelos pesquisadores da AOA Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Casa Barry Lodge, Peri Peri Divers, Pestana Resort, Big Blue, Vilanculos Beach Lodge, AMAR, Bitonga Divers Visitants, actores intervenientes, grupos de utentes 56 Tubarão Branco (Great White Shark) Olhos no Horizonte Dugongos Fundação Marítima Megafauna (Marine Megafauna Foundation) Levantame nto da Fauna no Estuário de Inhambane Fundação Marítima Megafauna (Marine Megafauna Foundation)/ Underwater Africa Olhos no Horizonte Levantamentos da Fauna de Estuário e criaçao de uma base de dados de espécies Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Monitorar a diversidade geral e espécies de Cavalo marinho Espécies de interesse ou actividades ilegais observadas no Estuário Cavalo marinhos Constataçoes: Números, sexo, fotos tipo passe, localização; recolha illegal, mortalidade http://www.marin emegafauna.org/r esearch/dugongs/ 2012 - 2012 - Constatações: Números, sexo, fotos tipo passe, localização, colheita ilegal, mortalidade 2013 - Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos Relatórios do Governo, trabalhos de defesa de estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de recomendações, actas de conferências mecanismos directos de comunicação Via publicações periódicas, e interação directa MeE desenvolvidos com a BANP, Relatórios sobre pescas constantemente preparados para o MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES para conferências internacionais Lista de espécies, publicações revistas Não estão em curso mas planificados para o futuro Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos Via publicações periódicas, apresentações, e interaçao directa Colaboração com o Projecto Cavalo Marinho Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions visitantes, actores intervenientes, grupos de utentes Fundo para a Faunabravia em Ameaça (Endangered Wildlife Trust) (South Africa), WWF, Big Blue Casa Barry Lodge, Peri Peri Divers, Pestana Resort, Big Blue, Vilanculos Beach Lodge, AMAR, Bitonga Divers Casa Barry Lodge LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Visitantes, actores intervenientes, grupos utentes 57 encontrados, números Corais de Recife pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Transeção Marítima da África Oriental (East Africa Marine Transect) All Out Africa (AOA) Unidade marítima de Pesquisa Levou a cabo um levantamento de linha de base de vários corais na área 2012 2013 Dados actualmente em análise, haverá uma fonte aberta para uso por qualquer pessoa ou organização A monitorar 60 espécies de peixe indicador 2008 - Dados analisados pelos pesquisadores da AOA. Colaboração com Tim McClanahan da Sociedade de Conservação da Fauna Bravia (WCS) e Transeção da África Oriental estão em elaboração Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Coroa de Monitoria do abrigo das estrelas-do-mar espinhos (Montior Crown of thorns starfish cover) 2013 - Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Monitorar descoloaração do coral e doenças 2013 - Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Monitorar abrigos bentónicos 2013 - Dados analisados pelos pesquisadores da AOA. Colaboração com Tim McClanahan da Sociedade de Conservação da Fauna Bravia (WCS) e Transeção da África Oriental estão em elaboração Dados analisados pelos pesquisadores da AOA. Colaboração com Tim McClanahan da Sociedade de Conservação da Fauna Bravia (WCS) e Transeção da África Oriental estão em elaboração Dados analisados pelos pesquisadores da AOA. Colaboração com Tim McClanahan da Sociedade de Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante 58 Conservação da Fauna Bravia (WCS) e Transeção da África Oriental estão em elaboração Plankton Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Rede de aristo a 5m por 5 min 2012 - Parte de uma colaboração ampla do Oceano Índico com a Dra Rowena White Nudibranc hs Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Numerous, fotos tipo passé, localização, diversidade de espécies 2013 - Base de dados elaborada em colaboração com o Laboratório Marinho de Závora Golfinhos Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Numerous, fotos tipo passé, localização 2011 - Colaboração com a Dolphin Encountours na Ponta do Ouro para examiner a aplicação do Código de Conduta de acordo com variações em encontros e comportamentos Olhos no Horizonte Constatações: Números, sexo, fotos tipo passé, localização; colheita illegal, mortalidade Unidade de Numerous, fotos Whales Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos 2008 - Colaboração com o pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Via publicações periódicas, apresentações, e interaçao directa LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Visitantes, actores intervenientes e grupos de utentes Publicações planificadas 59 (boatbased) Pesquisa Marítima da AOA tipo passé, localização, comportamentos Baleias (baseados shorebased) Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Numerous, comportamentos, localizações Baleias Olhos no Horizonte Turismo Unidade de Pesquisa Marítima da AOA Constatações: Números, sexo, fotos tipo passé, localização; colheita illegal, mortalidade Todos os estudos recolhem dados sobre turismo 2008 - Laboratório Marítimo de Závora para elaborar uma Base de Dados de Identificação de indivíduos. Colaboraçao com pesquisadores mútiplos ao longo da costa Oriental de África sobre a migraçao de baleias. Colaboração de Kym Collins Colaboração com o Laboratório Marítimo de Závora para elaborar uma Base de Dados de Identificação de indivíduos. Colaboraçao com pesquisadores mútiplos ao longo da costa Oriental de África sobre a migraçao de baleias. Colaboração de Kym Collins Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores intervenientes para sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras e oceanos Actualmente não está sendo usado de modo formal para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Publicações periódicas, e interação directa LM Radio, DHL, Executive Logistics, Kangela Cellular, Libelular, Apex Shark Expeditions Publicações planificadas para o futuro. Resultados disponíveis para os decisores mediante pedido mas sem mecanismos directos de comunicação Auto-financiado Visitantes, actores intervenientes, grupos de utentes 60 61