ano 2024 - Parte 3 PDF

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ano 2024 - Parte 3 PDF
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As Viagens
no Futuro:
ano 2024
Destinos e hotéis
As Viagens no Futuro:
Destinos e hotéis
1. O quarto de hotel em 2024
04
2. P
ara cima e para baixo Viagens espaciais12
Hotéis subaquáticos20
3. Próximo e pessoal 24
4. O primeiro e o último 30
Conclusão36
2
As Viagens no Futuro: ano 2024
Apêndice 1:
Uma perspectiva das viagens em 2020
38
Apêndice 2: Metodologia
40
3
1. O quarto
de hotel
em 2024
Uma década é um período longo em termos
de tecnologia hoteleira e até 2024, veremos
que o quarto de hotel que nos é familiar será
completamente adaptado para maior conforto e
comodidade digital do TOM.
O diretor de Hotéis do Skyscanner Nik Gupta, descreve o estilo renovado e
entusiasmante dos hotéis do futuro: “em 10 anos, os avanços na tecnologia digital
significarão praticidade e rapidez em todo o processo de hospedagem, sem
necessitar de mais ninguém desde a procura pelo hotel até o momento do checkout ”, afirma ele.
Com a finalidade de proporcionar experiências únicas aos viajantes, os hotéis
disponibilizarão níveis incríveis de hiper-personalização para seus hóspedes por
meio de seus sites.
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35°
O software do hotel poderá conectar o hóspede a
perfis de suas redes sociais e permitir que ele reserve
um quarto, onde tudo, desde a temperatura do ar à
pressão do chuveiro, sejam especificamente definidos
de acordo com suas preferências.
30°
25°
20°
15°
10°
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35°
30°
25°
20°
15°
10°
“As preferências das redes sociais permitirão que o hotel vá além, proporcionando não
apenas serviços internos e de quarto, mas também, disponibilizando aos hóspedes agendas
de atividades, sugestões de restaurantes e peças de teatro totalmente alinhados aos seus
interesses”, explica o executivo.
Os primeiros sinais desta tendência já podem ser vistos no Hotel The Peninsula, em Hong
Kong, que usa tecnologia Intelity, que permite ao hóspede utilizar tablets para controlar a
iluminação, cortinas, temperatura e televisão, além de efetuar reservas no spa e planejar
passeios durante o dia.
Em 2024, desde a primeira vez em que entrar no quarto, TOM terá a seu dispor, uma variedade
de dispositivos de tecnologia intuitiva e integrada, que permitirá uma experiência altamente
personalizada.
O novo aplicativo Conrad Concierge do Conrad, hotel pertencente à cadeia de hotéis Hilton,
também possibilita ao hóspede a super-personalização de sua estadia, como indicar seus
produtos de banho favoritos ou pedir seu café da manhã por meio de um smartphone,
enquanto se exercita em um parque próximo.
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O futurologista Ian Pearson prevê que o quarto de hotel do futuro elevará as novas tecnologias a outro
status. O viajante poderá encontrar almofadas com dispositivos eletrônicos integrados para massagear
a cabeça e o pescoço para auxiliar o sono e funcionar também como um despertador pela manhã.
Sistemas holográficos projetarão imagens em 3D de personal trainers, personagens de filmes ou até de
amigos e familiares. Pearson também acredita que no futuro, hotéis oferecerão pijamas especiais com
sensores para monitorar os níveis de açúcar e disponibilizar conselhos de dietas relevantes.
Os avanços nas áreas de saúde e bem-estar dos hóspedes já são visíveis no quarto StayWell no MGM
Grand em Las Vegas, que possui iluminação criada para regular o relógio biológico dos hóspedes que
sofrem de jet lag; água do chuveiro enriquecida com vitamina C; ar filtrado através de purificação
avançada e infusões de aromaterapia como serviços opcionais.
Estas paredes também podem se tornar foscas para criar áreas privadas na hora do banho ou de
trocar de roupa, mesmo nos menores espaços.
Enquanto isso, o aparecimento de telas de televisão ultra finas com díodos orgânicos emissores de
luz (OLED) e paredes digitais de marcas como a News Digital Systems (NDS), também anunciam a
chegada da parede do quarto de hotel interativa e tecnologicamente avançada, de acordo com a
revista New Scientist.
Controladas por um simples aplicativo de celular, estas telas não necessitam de luz lateral e podem
exibir diversas imagens em um mesmo painel, como um conjunto de azulejos.
Também já podemos observar designers e hoteliers criando quartos com ambientes mais interativos e
propícios à mudanças, conforme o humor de seus hóspedes.
O quarto de hotel do futuro, desenvolvido
pelo estúdio de design espanhol Serrano
Brothers, apresenta uma habitação com
paredes totalmente interativas e capazes
de exibir filmes, imagens inspiradoras,
fotos da família e até mensagens em
vídeo enviadas por amigos.
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Já em fase de desenvolvimento de protótipos
para máquinas de lavar, a tecnologia dos
chuveiros do hotel do futuro utilizará sons
para, literalmente, agitar a sujeira dos nossos
corpos, com luzes vermelhas e verdes,
indicando se estamos limpos ou não.
No entanto, as inovações planejadas não ficam por aí. Até o já elaborado banheiro do hotel
será submetido a uma revolução de design, com contadores inteligentes criados para reduzir
o desperdício de água; sensores de movimento e painéis laterais galvânicos nos chuveiros
para permitir a mudança de temperatura, do fluxo e do padrão da água com a opção de
dispensar vitamina D. As banheiras terão iluminação cromo-terapêutica – violeta para relaxar
os músculos, amarelo para auxiliar a digestão e azul suave para estimular e dar energia.
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“Ainda que prematura, a tecnologia já existe. O maior problema com o qual os cientistas
se deparam é o efeito que os sons de alta frequência podem ter nos tímpanos. Eles podem
estourá-los. Portanto, no momento só veremos este tipo de tecnologia ser utilizada para
limpar as roupas de cama dos hotéis”, afirma Martin Raymond, cofundador do Laboratório do
Futuro.
Sistemas Cyber Mirror desenvolvidos pela Cyberculture permitirão que espelhos grandes
sejam transformados em telas touchscreen e que tudo armazenado na nuvem possa ser
acessado enquanto o hópede escova seus dentes. Já em um futuro distante veremos
impressoras no estilo 3D MakerBot serem utilizadas nos quartos de hotel para imprimir itens
do kit toilet, como pasta de dente e sabonete.
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2. Para cima
e para baixo
Até 2024, o espaço será a última fronteira para
TOM, à medida que as viagens à órbita terrestre
se tornam mais acessíveis para o mercado
ultraluxuoso. Os resorts subaquáticos – que
começam a aparecer nos dias de hoje– estarão
entre os destinos mais buscados pelos viajantes da
próxima década.
Viagens Espaciais
Atualmente, empresas privadas competem entre si para tornar a órbita terrestre um
destino acessível para interessados com alto poder aquisitivo, mas não necessariamente
bilionários. De fato, alguns projetos preveem várias oportunidades no espaço, incluindo
a realização de voos comerciais para Marte.
Como afirma o futurista Daniel Burrus: “Olhando além do período de 10 anos, poderemos
reservar viagens mais acessíveis para o espaço, onde poderemos ir e permanecer tempo
suficiente para desfrutar e apreciar um ambiente excitante e extraterrestre.
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“Contudo, viagens relativamente acessíveis na baixa órbita
terrestre que permitam experimentar alguns minutos de gravidade zero
– e o direito de vangloriar-se por isso – acontecerão muito em breve”.
A corrida ao espaço, inicialmente levará os viajantes mais destemidos
aos limites mais afastados da atmosfera do nosso planeta.
A partir de 2016, a World View Enterprises levará
passageiros 30 km acima da superfície terrestre
em uma cabine pressurizada anexada a um
balão altamente tecnológico com 400 mil metros
cúbicos de gás hélio.
Uma passagem de 75 mil dólares é o preço estimado para ter uma
perspectiva elevada e deslumbrante da curvatura do globo terrestre,
em uma altitude elevadíssima.
As viagens ao espaço orbital serão o objeto de desejo dos viajantes
mais aventureiros, e empresas comerciais já estão fazendo fila para
transformar a proposta em algo mais acessível. A SpaceX anunciou
em 2011 um grande avanço na tecnologia espacial reutilizável e,
desde maio de 2014, tem se dedicado a desenvolver uma versão mais
atualizada de uma nave espacial com o objetivo de completar sua
ambição de estabelecer uma colônia em Marte.
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Recentemente, a Agência Espacial Europeia
e a empresa de arquitetura Foster + Partners
anunciaram seus planos de construir uma
colônia na Lua. Seria uma estrutura inflável
transportada da Terra e coberta posteriormente
com uma capa protetora feita por impressoras
3D, afirmam os pesquisadores.
“O turismo espacial irá, sem dúvidas, crescer e ficar mais acessível. No
entanto, o que é acessível para o público geral é uma questão arbitrária,
considerando que somos um planeta com 7 bilhões de pessoas”, comenta
Gareth Williams, CEO do Skyscanner.
“Suspeito que veremos os planos de colonizar Marte e as ambições da Mars
One ou do Elon Musk se tornarem realidade antes do turismo espacial se tornar
acessível de fato para a maioria das pessoas”, completa o executivo.
Para quem se interessa pelo turismo espacial, mas não pelo preço cósmico, o
Mobilona Space Hotel na ilha de Barcelona pode ser uma boa opção.
Com spas de gravidade zero e observatório espacial, esse hotel terrestre
permitirá que hóspedes “experimentem” viagens espaciais, incluindo vistas em
tamanho real de galáxias e a sensação de gravidade zero de um túnel de vento
vertical.
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No entanto, como ressalta Filip Filipov do Skyscanner, “mais animador do que a
possibilidade de vivenciar o espacial, real ou simulado, será poder viajar em aviões espaciais
de baixa órbita que reduzirão dramaticamente a duração de voos transatlânticos. ”
“Levar as viagens para o espaço será um marco importante para a humanidade em geral,
principalmente se a Virgin Galactic e a SpaceX cumprirem suas missões.
No entanto, o que é ainda mais promissor é a
transferência de tecnologias que a exploração espacial
pode trazer para a aviação comercial. No caso da
Virgin Galactic, cuja nave pode orbitar a Terra por
2,5 horas, um viajante normal poderá fazer o trajeto
Londres - Sydney em 2,5 horas, se a mesma tecnologia
de ida ao espaço puder ser aplicada com segurança à
aviação comercial. Isso fará com que as viagens sejam
mais fáceis e rápidas do que nunca, derrubando as
fronteiras do tempo”, diz Filipov.
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Hotéis subaquáticos
As viagens ao fundo do mar serão outra opção
interessante para TOM e com um preço muito mais
acessível que as viagens espaciais.
Quartos de hotel subaquáticos já existem como nichos e destinos inovadores. As suítes
Neptune e Poseidon no Atlantis Hotel na Palm Island, em Dubai, são anunciadas como
refúgios românticos com paredes panorâmicas de vidro e vista para um mar colorido
por cardumes de peixes. A pousada Jules Undersea foi construída em 1986 utilizando
materiais e tecnologia de submarino e oferece aos hóspedes a oportunidade de
experimentar a vida a cerca de 10 metros de profundidade.
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Contudo, uma nova leva de inovadores da indústria hoteleira está expandindo o
conceito, com o objetivo de construir hotéis inteiros embaixo d’água, sendo um forte
indício de que férias subaquáticas serão uma proposta muito mais popular até 2024.
Com inauguração prevista para 2015, ele está sendo construído a 9 metros abaixo
do nível do mar, com janelas tipo aquário em 21 suítes e instalações que permitirão ao
hóspede que saia do hotel com equipamentos de mergulho. No projeto há ainda SPAs,
jardins e piscinas. Além disso, o hotel poderá rodar embaixo d’água e subir à superfície
em 15 minutos, em caso de emergências.
O Hotel Water Discus, em Dubai,
é o primeiro da nova linha.
Gareth Williams, prevê que as viagens subaquáticas irão ultrapassar o turismo espacial
na década de 2020: “Acredito que a exploração e o turismo subaquático em massa irão se
desenvolver com mais rapidez que o turismo espacial em massa. Também acredito que
tiraremos mais proveito deste tipo de turismo, pois existem mais opções lá embaixo do
que no espaço”, afirma ele.
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3. Próximo
e pessoal: a
busca por uma
experiência local
genuína e a
personalização
das viagens
Em 2024, as viagens colaborativas - que usam redes sociais
e sites de avaliações na hora do planejamento - e as
hospedagens que se assemelham às residências, serão a
forma escolhida pelos viajantes para satisfazer seus desejos
de explorar um destino através do olhar dos locais.
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O intercâmbio de casas, iniciado por marcas como a Airbnb, nasceu como consequência
da queda do mercado financeiro em 2008, quando viajantes com poucos recursos começaram
a buscar experiências locais genuínas, em vez das opções luxuosas populares anteriores à
queda do mercado financeiro.
Segundo estimativa da revista Forbes, a receita gerada diretamente para o bolso das pessoas
envolvidas com serviços colaborativos nos EUA – incorporando serviços compartilhados como
o Parking Panda, SnapGoods e On Liquid – atingiu 3,5 bilhões de dólares, até o ano de 2013.
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Além das opções de hospedagem que permitem que viajantes vivam como nativos, há
também redes colaborativas que permitem que o usuário tenha uma experiência social e
gastronômica verdadeiramente local.
Atividades como jantares compartilhados - refeições
pagas oferecidas por amantes da culinária em
suas próprias casas – também têm crescido
exponencialmente. O site “Find a Supper Club”
(encontre um clube de jantar), que lista anfitriões
na Europa e nos Estados Unidos, conta atualmente
com 7.000 membros. O site “Eat With” presente em
18 cidades pelo mundo, já inclui anfitriões em São
Paulo e no Rio de Janeiro.
Na próxima década, estas mudanças no comportamento colaborativo entre viajantes
terão enormes ramificações na indústria global de viagens.
“No futuro, acho que as viagens colaborativas irão reduzir significativamente o número
de quartos de hotel reservados. Acredito que veremos de 5% a 10% das pessoas
alugarem suas casas a viajantes e este número é, de fato, muito significativo. Para quem
busca experiências de viagem autênticas e acessíveis no mundo desenvolvido, acho que
não há nada parecido”, afirma B. Joseph Pine II, coautor de The Experience Economy:
Work is Theatre and Every Business a Stage, e cofundador da Strategic Horizons.
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O futurista Daniel Burrus também destaca o impacto das redes sociais na
indústria de viagens e a expectativa de viagens cada vez mais personalizadas.
“As viagens sociais farão parte de uma seção dessa indústria que continuará
se profissionalizando nos próximos 5 anos. As ferramentas disponíveis nas
redes sociais serão utilizadas para auxiliar na colaboração entre os viajantes e
as pessoas que estão fisicamente no destino escolhido”, afirma ele.
Filip Filipov do Skyscanner prevê que esta tendência irá continuar se
expandindo na década de 2020.
“O crowdsourcing para viagens e serviços têm
sucesso porque confiamos em nossos amigos
e familiares. A voz do grupo tem credibilidade.
É uma parte fantástica da forma como
tomamos nossas decisões e descobrimos novas
possibilidades de viagem”, diz ele.
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4. O primeiro e o
último: regiões
recentemente
acessíveis,
habitats e
espécies em
extinção
Com o crescimento das redes sociais, o direito
de mostrar-se continuará sendo um fator de
motivação importante na determinação do
destino de viagem de 2024.
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Como muitos viajantes dos dias de hoje, TOM pode gostar de ter experiências
únicas e ser motivo de inveja entre seus amigos, familiares e colegas, e é previsto
que ele terá duas formas opostas para fazer isso.
Uma viagem às Zonas Proibidas – países e regiões antes considerados inacessíveis
devido a conflitos e problemas políticos – permitirá que o viajante se gabe de ter
sido um dos primeiros, e viajar para visitar espécies ou habitats em vias de extinção
valerá o prestígio de estar entre os últimos.
Devido à raridade dos lugares e à necessidade de atrair a atenção da comunidade
global ao fenômeno da extinção, os ambientalistas consideram abrir essas áreas,
que até agora tinham o acesso proibido aos turistas, para milionários e pessoas
influentes, com a finalidade de usar sua influência fiscal e social como um alerta
ao problema.
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Filip Filipov do Skyscanner prevê que as viagens às Zonas Proibidas serão um grande
atrativo na década de 2020. “Os viajantes dos países desenvolvidos e dos países emergentes
estarão em busca de uma novidade excitante – uma oportunidade para explorar países na
África, na Ásia e na América Latina, onde seus amigos nunca tenham estado”, afirma ele.
A explosão da indústria de viagens na China será um dos fatores que impulsionará o desejo
de explorar Zonas Proibidas remotas e desconhecidas. “Haverá uma invasão de turistas
chineses em destinos clássicos como Paris, Roma e Nova Iorque na década de 2020”, afirma
Daniel Burrus.
“Muitas pessoas se afastarão destes locais clássico
e passarão a utilizar seus parceiros digitais
(e-agents) para buscar pérolas escondidas e ainda
desconhecidas para o mercado de massa”.
O futurologista de viagens, Dr. Ian Yeoman, concorda. “Na década de
2020, países como o Afeganistão, Coreia do Norte e Irã se tornarão muito
atraentes, pois os viajantes vão querer ser os primeiros a ir a esses locais
inéditos”, diz ele.
“Na África, Botswana é um país a ser levado em conta. Possui uma
economia de sucesso, é mais seguro que a África do Sul e possui ótimos
parques nacionais. Angola também tem registrado grandes investimentos
vindos da China e pode se tornar fonte de interesse.
O Líbano será o novo Dubai se a situação política continuar melhorando.
E o Butão, destino para viagens de luxo em nível global”, completa Yeoman.
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Ser a primeira pessoa a entrar em uma Zona Proibida
pode ter uma grande importância social para o viajante
mais audacioso em 2024. Porém, o mesmo acontecerá
para a última pessoa a ver um rinoceronte, um tigre ou um
orangotango em seu habitat natural, se nada for feito para
evitar as possíveis extinções de espécies, ou ainda para
mochelys coriacea
quem visitar uma tribo “perdida”, antes que a mesma
Der seja
assimilada pela cultura global.
mochelys coriacea
Der
nus bicolor
Sagui
Segundo cientistas, outras espécies ameaçadas de extinção
nos próximos 10 anos incluem as tartarugas de couro
(Oceano Índico), os saguis-de-tufo-branco (Amazônia), o
rinoceronte negro (África Central e Oriental), o crocodilo
chinês (rio Yangtze), o Coleufra afra (Seicheles), a gazeladama (Chade), o camelo-bactriano (deserto de Gobi), o
s bicolor de nariz peludo do Norte (Austrália), o lince ibérico
nuwombat
i
u
g
a
S
(Espanha) e o orangotango de Sumatra (Bornéu e Sumatra).
No entanto, como reportado pelo Daily Telegraph, a maioria
dos ambientalistas concorda que a renda do turismo exerce
um papel fundamental na luta por sobrevivência das
espécies ameaçadas de extinção.
Como afirma Raynald Harvey Lemelin, coeditor do livro
Last Chance Tourism: Adapting Tourism Opportunities in a
Changing World:
“No passado, a motivação
para ‘ser o primeiro’ ajudou na eros bicorn
is
Dic
afluência aos destinos exóticos.
Contudo, em um mundo em
constante mudança, a afluência
para ser um dos ‘últimos’ é o
novo fenômeno de viagem”.
Um dos componentes desta tendência de viagens será a
ura seychellensis
‘corrida da extinção’, já que os viajantes, principalmente
Cole
os provenientes de locais mais urbanizados apressam-se
para observar espécies que podem não ser encontradas
no mundo selvagem em algum tempo.
“A maioria dos nossos visitantes
tem urgência em ver os ursos
polares antes que os efeitos do
aquecimento global os afetem Camelus bactrianus
mais profundamente”, afirma Rick
Guthke, gerente geral da operadora
de turismo especializada Natural
Habitat Adventures.
Milhares de viajantes lotam o norte do Canadá para ver os
ursos antes que as calotas de gelo se derretam e eles não
Lynx pardinus
tenham mais como chegar ao tradicional local de pesca
de focas.
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b
Diceros icornis
tor sinensis
Alliga
ura seychellensis
Cole
Nanger dama
elus bactrianus
Cam
rhinus kreffti
i
Lasio
“O ponto é: se abandonarmos
o turismo, consequentemente
abandonamos a preservação.
Quando me perguntam ‘Como eu
posso ajudar?’ nós respondemos:
‘Faça um safári’. A exploração do
turismo com safáris não é uma
escolha, é uma necessidade. É o
r dama paga as contas e assegura que
Nangeque
os parques e as espécies abrigadas
fiquem protegidos. Sem a ajuda
financeira do turismo, seria quase
o mesmo que deixar os animais
selvagens remanescentes à mercê
dos caçadores”, diz Jonathan Scott,
especialista em animais selvagens.
iorhinus kreff
tor sinensis
Alliga
Las
tii
Essa perspectiva incentivará TOM a visitar iniciativas futuras
de ecoturismo, permitindo que ele ajude espécies em
extinção e ao mesmo tempo realize seu desejo de visitar
diferentes habitats e conheça espécies que ainda existem.
Lynx pardinus
Pongo abelii
“O ego-turismo é uma forma de ecoturismo. Antigamente, as
pessoas procuravam novos locais para serem os primeiros
a chegar, mas agora querem ver um local antes que este
abelii
Pongodesapareça”,
afirma Rosaleen Duffy, autora de Nature Crime:
How We’re Getting Conservation Wrong.
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Conclusão
Até 2024, não só o quarto de hotel onde TOM
ficará hospedado terá mudado radicalmente
pelos avanços tecnológicos, mas também o
destino onde o hotel estará situado terá se
transformado com novos resorts e formatos
regionais.
As suítes de hotel super-personalizadas terão paredes interativas touchscreen que
podem ser utilizadas como monitores de vídeo, centros de comunicação ou até telas
foscas e privadas. Chuveiros com água enriquecida de vitamina C, porta equipada
com reconhecimento de retina, travesseiros eletrônicos que massageiam a cabeça
enquanto o hóspede dorme e os “personal trainers” holográficos também farão
parte do pacote esperado. Os destinos mais populares da próxima década incluirão
viagens – e até estadias – à órbita terrestre, férias em hotéis subaquáticos e viagens
onde o visitante poderá ser o primeiro a visitar países da Ásia, África e Oriente Médio,
outrora conturbados – ou ser o último a observar uma espécie ou habitat ameaçado
por alterações climáticas ou pela invasão humana.
Ficar mais próximo e ter contatos mais pessoais com os moradores locais – e a
localidade – ganhará um caráter ainda mais colaborativo em meados da década de
2020, à medida que milhões de pessoas alugarão suas casas para turistas, e levarão
hotéis e resorts a adotarem a ideia e a transformar seus quartos em ambientes mais
acolhedores e parecidos com casas reais.
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Apêndice 1:
Uma perspectiva das viagens na década de 2020
Para compreender as viagens dos nossos viajantes na década de 2020, é necessário que tenhamos em
consideração as forças tecnológicas, econômicas e sociais que irão redefinir a indústria global de viagens
nos próximos 10 anos.
Talvez o fator mais significativo com que nos deparamos seja o crescimento em direção à Maturidade
Digital. Em 2014, o ciberespaço e suas tecnologias associadas deixaram de ser encaradas como
novidade ou surpresa e estão se tornando o cenário para tudo em nossas vidas.
Atualmente na China, 464 milhões de pessoas, ou 34,5% da população chinesa, tem acesso à Internet
através de smartphones ou dispositivos móveis sem fio, de acordo com o China Internet Network
Information Center. A Ásia irá registrar o maior crescimento da classe média – prevê-se que triplique
para 1,7 bilhões até 2020, segundo a Brookings Institution – cujo poder de compra estimulará novos
comportamentos e atitudes globais em relação à tecnologia digital.
Até 2024, a conectividade à Internet e os dispositivos móveis serão tão triviais como a iluminação elétrica
e o ar condicionado central são hoje em dia. A tecnologia estará perfeitamente integrada ao cotidiano
dos viajantes, tanto nas economias desenvolvidas como nas economias em desenvolvimento. Segundo a
Cisco Systems, serão 50 bilhões de dispositivos conectados à Internet até 2020.
Simultaneamente, haverá uma explosão nas viagens provenientes dos Mercados Prósperos da Ásia,
América do Sul e África – as novas economias emergentes de cada região – à medida que seu poder de
compra cresce significativamente.
Até 2030, a Ásia, a economia regional com o crescimento mais rápido do mundo, duplicará seu PIB para
67 trilhões de dólares, ultrapassando as previsões do PIB para a Europa e para as Américas, de acordo
com o Boston Consulting Group.
Os milhões de viajantes dos Mercados Prósperos serão introduzidos em uma era de Mobilidade Global,
com a indústria global de viagens e a procura por oportunidades e experiências de viagem expandindose rapidamente na próxima década.
O entusiasmo financeiro dos Mercados Prósperos será um antídoto global necessário para a contínua
turbulência econômica que definirá a atitude dos viajantes nos Mercados Maduros – as economias na
Europa e nos EUA que tiveram seu crescimento reduzido nos últimos cinco anos devido às dívidas
pós-crise e à austeridade.
De acordo com o relatório Global Travel Trends de 2012/2013 do IPK International: “Um número cada
vez maior destes países não tem capacidade de pagar suas dívidas; a crise da dívida não chegou ao
fim e os impactos negativos resultam no comportamento das viagens – a denominada “mobilidade
descendente” – na Europa Ocidental, nos EUA e no Japão.”
O fator decisivo para a definição da indústria de viagens global da década de 2020 é o fator social.
Uma Bomba-relógio demográfica está à espera, enquanto a população mundial envelhece a um ritmo
sem precedentes.
No último século foi registrado o declínio mais rápido da taxa de mortalidade da história da
humanidade, com a expectativa de vida mundial média subindo de 47 anos entre 1950 e 1955 para
69 entre 2005 e 2010, de acordo com a ONU.
Em 1950, havia duas crianças com menos de 15 anos para cada adulto com mais de 60. Até 2050,
o número de adultos com idade superior a 60 anos será o dobro do número de crianças.
Desta forma, em 2024, nosso viajante fará sua viagem em um mundo onde a procura dos Mercados
Prósperos por novas experiências será contraposta pela preocupação financeira dos Mercados
Maduros da Europa e dos EUA, ainda em recuperação.
O viajante não se surpreenderá com o fato de que cada aspecto da viagem, começando pela descoberta
e reserva, passando pelo período de trânsito e voo, irá incorporar a mais recente tecnologia digital
da mesma forma que ele o faz: perfeita e intuitivamente.
O World Travel & Tourism Council prevê um crescimento de 3,2% nas viagens globais em 2013,
ultrapassando facilmente o crescimento previsto de 2,4% do PIB mundial. A disparidade foi ainda
mais acentuada nas economias emergentes em 2012, com a China e a África do Sul registrando um
crescimento anual em viagens de 7% e a Indonésia um aumento de 6%.
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Apêndice 2:
Metodologia de pesquisa
Este relatório do Skyscanner é o resultado do trabalho de uma influente equipe de 56 editores,
investigadores e especialistas em tendências do futuro nas mais importantes cidades internacionais,
com a finalidade de criar uma representação detalhada dos próximos 10 anos, no que diz respeito a
tecnologias inovadoras e a novos e entusiasmantes destinos que definirão a indústria global de viagens
na década de 2020.
Os especialistas
Exploramos as tecnologias de viagens e os comportamentos futuros combinando o conhecimento de
um painel de especialistas mundialmente reconhecidos, incluindo o Futurista Daniel Burrus, autor
de Technotrends: Como usar a tecnologia para ficar à frente dos concorrentes, e do Futurologista de
Viagens, Dr Ian Yeoman.
Também nos apoiamos em ensinamentos prévios fornecidos pelo estrategista digital Daljit Singh, Chefe
de Previsões da Microsoft no Reino Unido; Steve Vranakis, Diretor Criativo Executivo do Google; Kevin
Warwick, Professor de Cibernética da Universidade de Reading; e Martin Raymond, co-fundador do
Laboratório do Futuro e autor de CreATE, as pessoas do amanhã e do Guia de previsão de tendências.
Os seguintes especialistas do Skyscanner participaram com suas perspectivas e conhecimento
especializado: Margaret Rice-Jones, Presidente; Gareth Williams, CEO e co-fundador, Alistair Hann, CTO,
Filip Filipov, Chefe de B2B; Nik Gupta, Diretor de Hotéis; e Doug Campbell, Gerente de Marketing de
Produto.
Além dos profissionais previamente citados, a rede online do Laboratório do futuro, LS:N Global,
e os resultados da série anual de relatórios sobre o futuro das viagens, tecnologia, comida
e acomodação do Laboratório do Futuro também foram usados para complementar a pesquisa.
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Fale conosco
Para informações adicionais sobre este relatório,
entre em contato com Tahiana Rodrigues,
no e-mail: [email protected]
ou pelo telefone: (+1 )305 967- 6311.
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