Manual de Procedimentos - Portal da Educação e Desenvolvimento
Transcrição
Manual de Procedimentos - Portal da Educação e Desenvolvimento
República de Moçambique Ministério da Educação Manual de Procedimentos 16ª Fase Programa de Apoio Directo às Escolas Novembro de 2011 Ficha Técnica Título : Programa de Apoio Directo às Escolas Edição : Direcção : Coordenação: e Revisão : República de Moçambique Ministério da educação Tel : 21 49 13 14 Fax 21 49 03 35 / 49 21 91 Av. 24 de Julho nº 167, 13º andar Paginação : Capa : Impressão : Ano : 2011 Índice Glossário -------------------------------------------------- 5 Introdução ------------------------------------------------- 7 CAPÍTULO I ----------------------------------------------- 9 Mecanismo de funcionamento do programa --- 10 1.1 Aspectos de natureza preparatória ------------ 10 1.1.1 Produção de materiais ------------------------- 10 1.1.2 Transferência de fundos ----------------------- 10 1.1.3 Devolução de fundos --------------------------- 11 1.2 Instrumentos de controlo ------------------------ 12 CAPÍTULO II ------------------------------------------- 16 1. Fase de execução do programa ----------------- 17 1.1 Comissões de gestão do fundo ------------- 17 1.2 Processo de aquisição ------------------------ 17 1.3 Entrega de materiais --------------------------- 21 1.4 Aspectos a serem observados para a correcta gestão do programa --------------------- 21 CAPÍTULO III ------------------------------------------- 25 1. Componente de protecção social ----------- 26 1.1 Relação dos distritos que se beneficiam da protecção social -------------------- 26 1.2 Despesas a serem cobertas no âmbito da protecção social --------------------------- 27 CAPÍTULO IV ------------------------------------------ 28 1. Processo de prestação de contas --------------- 29 1.1 Escolas ----------------------------------------------- 29 1.2 SDEJT´s ---------------------------------------------- 30 1.3 DPEC´s ----------------------------------------------- 31 CAPÍTULO V -------------------------------------------- 32 1. Acções por nível do sector ------------------------ 32 1.1 MINED ------------------------------------------------ 33 1.2 DPEC´s ----------------------------------------------- 33 1.3 SDEJT´s ---------------------------------------------- 33 1.4 Escolas/ZIP´s --------------------------------------- 33 1.5 Comunidade ----------------------------------------- 34 ANEXOS -------------------------------------------------- 35 GLOSSÁRIO ADE DPEC´s MINED PEA SDEJT Tecnologia ZIP´s Apoio Directo às Escolas Direcções Provinciais de Educação e Cultura Ministério da Educação Processo de ensino e aprendizagem Serviços Distritais de Educação, Juventude e Zonas de Influência Pedagógica Introdução O MINED vem desenvolvendo várias acções com vista a assegurar o pleno funcionamento de todas as instituições de ensino. É nesse contexto que está a disponibilizá-las recursos materiais, humanos e financeiros imprescindíveis para o funcionamento em geral e a realização do PEA, em particular. Visto que já foram alcançados grandes avanços no acesso à educação, o desafio do MINED é garantir um ensino de qualidade que permite que os graduados dos vários subsistemas de ensino sejam capazes de dar o seu contributo para a redução da pobreza no país. A descentralização de recursos financeiros no âmbito da implementação da política do governo, é uma prática que está a trazer resultados satisfatórios. Para o caso específico do sector da educação, foram descentralizados fundos de vários programas, com particular destaque ao ADE. O ADE é um programa através do qual são disponibilizados recursos financeiros que são geridos directamente pelas instituições de ensino. Trata-se de um fundo de aumento de qualidade através do qual as escolas realizam várias despesas com particular ênfase às relacionadas com materiais didácticos e/ou meios auxiliares de O presente manual é para a implementação da 16ª fase do ensino primário. Está disponível para esta fase, o valor de 333.531.317,00MT que será transferido para todas as escolas primárias públicas por intermédio dos SDEJT´s. Para o alcance dos objectivos pelos quais foi criado o programa, é importante que os gestores a vários níveis (MINED, DPEC´s, SDEJT´s e ZIP´s), e outros intervenientes do processo educativo sejam vigilantes e garantam a transparência na execução deste fundo. 7 Deste modo recomenda-se a observância integral dos procedimentos contidos no presente instrumento de consulta e responsabilidade na actuação de todos como forma de evitar eventuais constrangimentos susceptíveis de comprometer o programa. 8 Capítulo I _____________________________________________________ Mecanismo de funcionamento do programa ADE 9 1. Mecanismo de funcionamento do programa. 1.1 Aspectos de natureza preparatória. 1.1.1 Produção de materiais Para a implementação desta fase foi produzido, para além do presente instrumento, um manual de distribuição de recursos financeiros onde consta a relação de todas as escolas públicas e os respectivos valores, folhetos desdobráveis e formulários que indicam a relação de materiais elegíveis e os de registo de todas as despesas incluindo as que poderão ser realizadas ao critério das instituições de ensino. Foram produzidos, igualmente, calendários de mesa e de parede referentes ao ano de 2012. Esses materiais serão canalizados às escolas por intermédio dos SDEJT´s exceptuando o manual de distribuição de recursos financeiros. Entretanto, a informação sobre o valor de cada escola deverá ser divulgada nos encontros promovidos pelos SDEJT´s no âmbito da divulgação e entrega dos materiais às escolas. Para além desse procedimento, cada SDEJT deve produzir cópias da parte do manual onde consta a relação das escolas do distrito e proceder a distribuição às escolas. O manual deve ser colocado à disposição de todos os intervenientes do processo educativo para efeitos de consulta. 1.1.2 Transferência de fundos. Os fundos do programa serão transferidos pelo MINED para as contas bancáriais distritais de acordo com o número de escolas públicas inscritos na base de dados oficial de 2011. Para eventuais situações em que algumas escolas não tenham sido contempladas, cada distrito deverá comunicar por escrito à respectiva DPEC que por sua vez cominicará ao MINED oficialmente para o devido seguimento. 10 Cada distrito, após receber o valor, e se estiverem criadas todas as condições, deve de imediato disponibilizar o valor às escolas tendo como base o manual de distribuição de recursos financeiros. Alguns aspectos que deverão ser observados na disponibilização de fundos às escolas. Cada distrito deve emitir um cheque a favor do funcionário da escola sem que necessariamente seja o director da escola, exceptuando casos em que a emissão em nome do director da escola represente a única opção; Para os casos das escolas que tenham contas bancárias, cada distrito deve estudar a possibilidade de transferir o valor para a conta da escola ou emitir o valor em nome da escola; Cada valor disponibilizado a escola, deve ser registado no mapa de entrega de valores que deverá ser devidamente assinado por cada responsável da escola e pelo director distrital (Vide o anexo I) Para os casos em que a movimentação de duas (2) pessoas ao SDEJT represente um custo elevado de deslocação, cada distrito deverá coordenar com a direcção da escola e a comunidade no sentido de se encontrar um consenso para que o cheque seja levantado pelo funcionário da escola, sem que a comunidade se sinta excluída do processo. 1.1.3 Devolução de fundos ao MINED A base de dados através da qual é feita a distribuição de recursos financeiros pode apresentar algumas situações, dentre elas: • Existência de escolas desactivadas, extintas ou paralisadas; • Existência de escolas repetidas na “Lista de Distribuição de Recursos Financeiros por Escola - 16ª Fase do ADE”. • Existência de escolas elevadas para o outro nível de ensino mas que, por lapso, ainda constam no ensino primário. 11 Constatado um dos casos atrás referidos, o distrito deve devolver o valor para a conta do MINED com os seguintes detalhes: Nome : Ministério da Educação DAF DAI Banco : Millennium bim Número da Conta : 2031666 NIB : 000100000000203166657 Moeda : MT Após a devolução do valor, os SDEJT´s deverão enviar às DPEC´s uma nota indicando a relação das escolas e o valor devolvido por escola bem como os comprovativos da devolução do valor (talão de depósito ou borderaux dependendo dos casos). As DPEC´s por sua vez enviarão a informação ao MINED. 1.2 Instrumentos de controlo. Para a gestão do programa foram elaborados alguns mapas ou instrumentos de controlo, designadamente: 1.2.1 Mapa de entrega de valores às escolas. Todos os distritos no acto de entrega de valores às escolas devem preencher um mapa cujos detalhes constam no Anexo I. Nele deve constar a relação de todas as escolas beneficiárias. O valor reportado no mapa deve ser igual ao constante no manual de distribuição de recursos financeiros, exceputando situações reportadas no ponto 1.1.3. Os responsáveis pelo levantamento do cheque devem assinar de forma legível. 1.2.2 Mapa de entrega de valores aos coordenadores das ZIP´s e funcionários do SDEJT no âmbito de supervisão. Para a realização de supervisão foram disponibilizados 150,00MT por escola quer para ZIP´s quer para SDEJT´s. Para a entrega desse valor, 12 os distritos devem elaborar um mapa cujos detalhes constam no Anexo II. Os beneficiários devem assinar de forma legível. 1.2.3 Mapa descritivo de materiais elegíveis. Trata-se de um mapa no qual está descrita a relação de materiais que devem ser adquiridos com este fundo e consta como anexo III. Nele deverá ser registado o valor atribuído à escola. O mapa deve ter assinatura do director da escola (ou outra pessoa indicada), do representante da comunidade (Presidente do Conselho de Escola) e do representante do SDEJT. Este mapa inclui novos materiais que deverão ser adquiridos nesta fase, portanto, recomenda-se que seja afixado pelo distrito num local de fácil acesso para que os intervenientes do processo educativo tenham acesso. 1.2.4 Mapa de registo das despesas com base na lista de materiais elegíveis Trata-se de um mapa já concebido para a indicação das quantidades e do custo de cada material que tiver sido seleccionado por cada escola. Apesar de o mapa apresentar a relação de todo material elegível, as escolas devem contabilizar, apenas, as quantidades e o valor dos materiais que serão adquiridos nesta fase (Vide o anexo IV). Este mapa deverá ser assinado pelo director da escola (ou outra pessoa indicada) e pelo representante da comunidade (Presidente do Conselho de Escola). 1.2.5 Mapa de registo das despesas ao critério das escolas (20%) Este é um instrumento que foi concebido para o registo detalhado de todas as despesas realizadas ao critério das escolas cujos detalhes constam no anexo V. Este documento deve ser assinado pelo director da escola e pelo representante dos professores. 13 1.2.6 Mapa de detalhe da despesa. Este mapa apresenta a informação das escolas de forma mais detalhada. Cada escola deverá registar todas despesas realizadas. Deve ser assinado pelo director da escola e pelo director do SDEJT ou pelos seus representantes legais. Para mais detalhes vide o anexo VI. Os três mapas (mapa descritivo de materiais elegíveis, Mapa de registo das despesas com base na lista de material elgíveis e o mapa de detalhe da despesa) devidamente assinado e carimbados, deverão ser distribuídos da seguinte forma: Um exemplar para a escola - para ser arquivado nos registos da escola/comunidade; O segundo exemplar deverá ser arquivado no SDEJT; O terceiro exemplar deverá ser enviado pelo SDEJT à Direcção Provincial de Educação e Cultura respectiva. Quanto ao mapa de registo das despesas ao critério das escolas, cada distrito deve enviar à DPEC, pelo menos 3 exemplares de igual número de escolas. 1.2.7 Mapa de controlo de stock Por se ter constatado alguma frequência na aquisição de alguns materiais, criou-se este mapa que representa o anexo VII. O objectivo é de ajudar as escolas a melhor planificar as aquisições subsequentes com base no material remanescente da fase anterior. 1.2.8 Mapa de distribuição de material. Com o fundo deste programa poderá ser adquirido material didáctico que deverá ser distribuído aos alunos criteriosamente seleccionados por cada escola, sobretudo para os casos em que o valor se apresente irrisório para que sejam contempladas todas as crianças da escola. Assim, para conferir transparência, todas as escolas devem observar o 14 anexo VIII no processo de distribuição dos materiais. Relativamente a outros materiais e equipamento adquiridos para o uso na escola, deverão igualmente ser produzidos mapas para facilitar o controlo e localização. 15 Capítulo II _____________________________________________________ Fase de execução do programa 16 1. Fase de execução do programa. 1.1 Comissões de gestão do fundo. Em todas as escolas deve existir duas comissões, sendo uma de compras e outra de recepção. Devem ser constituídas pelas direcções das escolas de forma criteriosa e oficializadas por uma carta que deverá ser assinada pelo director da escola. Cada comissão deve ter pelo menos 3 elementos. Os directores das escolas passam a fazer parte da comissão de recepção. Apenas em casos excepcionais o director poderá deslocar-se para a aquisição dos materiais. Para instituições de ensino que dispõem do sector administrativo, é obrigatório a inclusão de um funcionário dessa área na comissão de compras. 1.2 Processo de aquisição. A comissão responsável pelas aquisições deve observar o Decreto 15/2010 de 24 de Maio e garantir que todos os documentos de suporte reúnam requisitos válidos fiscalmente. 1.2.1 Modalidades de utilização do fundo: Aquisição baseada na lista de material elegível definida pelo MINED; Aquisição ao critério das escolas (20%). Aquisição baseada na lista de material elegível definida pelo MINED. A relação dos materiais elegíveis integra: Material didáctico e meios auxiliares de ensino; Lápis Borrachas 17 Afiadores Esferográficas Réguas Cadernos de exercício Sebentas Livros de turma, livros de ponto Papel de lustro e vegetal Cartolinas Tesouras Cola Tinta da china, tinta para a pintura do quadro preto Giz Apagadores Quadro preto Transferidores para o quadro preto Compassos para o quadro preto Máquinas calculadoras Sólidos geométricos (caixa métrica) Gramáticas Dicionário de língua portuguesa Dicionário de língua inglesa Tabuadas Mapas didácticos Quadro silábico Processo dos alunos Caderneta do aluno Caderneta do desempenho pedagógico Livros de notas do professor Livro de matrícula Material de escritório e de higiene e limpeza; Papel de fotocópia Papel químico 18 Pastas de arquivo Furadores Agrafadores Agrafos Fita cola Carimbos Correctores Vassouras Creolina Baldes plásticos Material desportivo Bolas de diversas modalidades Rede de Voleibol Material eléctrico e de construção para pequenos reparos; Lâmpadas e armaduras Tomadas/fichas eléctricas Interruptores Pregos Fechaduras Dobradiças Parafusos Reguladores Tranquetas Vidros, massa para vidros Redes mosquiteiras Rolos plásticos para a cobertura de salas de aulas Produção escolar; As escolas podem utilizar o fundo deste programa para a aquisição de material para as seguintes áreas de aprendizagem: 19 Produção agro-pecuária: Enxadas, Sementes, Ancinhos, Regadores e Mangueiras. Costura: Agulhas de crochet e tricó e linha de crochet e lã. Mobiliário, equipamento e outros materiais Armário com fechadura para guardar livros da biblioteca Estantes para livros Cacifos Carteiras Cadeiras Bancos Computadores completos (não portáteis) Assistência técnica e manutenção de equipamento Máquina de escrever manual Fitas para máquina de escrever manual Esteiras para sala de aulas Provisão de água potável Aquisição ao critério das escolas (20%). Para esta fase as escolas podem utilizar 20% do valor total recebido para o pagamento das despesas de forma livre. O objectivo desta modalidade é de permitir a inclusão de algumas necessidades não cobertas na lista de material elegível desde que tragam uma mais valia para as instituições. Para o registo dessas despesas, as escolas devem recorrer ao anexo V -Mapa de registo das despesas ao critério ao critério das escolas. As escolas devem ser céleres na aplicação desta modalidade e garantir a correcta justificação das despesas. O fundo do programa ADE não deve pagar as seguintes despesas: Pessoal e encargos sociais, festividades e comemorações (escolares), luz, telefone, aluguer de viaturas, taxas de qualquer natureza, 20 combustíveis, materiais para manutenção de veículos e transporte para desenvolver acções administrativas. 1.3 Entrega de materiais. A entrega de materiais à comissão de recepção deverá ser feita mediante uma nota com indicação do tipo e das quantidades dos materiais adquiridos. Todos os elementos das comissões deverão assinar o documento, uns como acto de entrega e outros como acto de recepção e o documento deverá ser arquivado na escola, pois, poderá ser solicitado pelas equipas de controlo interno. 1.4. Aspectos a serem observados para a correcta gestão do programa: 1.4.1 Funcionalidade do Conselho da Escola. Este, sendo o órgão máximo de funcionamento da escola e com uma actuação decisória na gestão deste fundo, é importante que seja constituído em tempo oportuno e assume cabalmente o seu papel na escola. Todas as decisões tomadas por este órgão, relativas à execução do fundo deste programa, devem ser traduzidas em acta que deverá ser arquivada numa pasta para ser consultada pelos agentes fiscalizadores do sector. Esta informação deverá ser canalizada à comissão de compras para os devidos efeitos. 1.4.2 Pagamento criterioso das despesas. As despesas devem ser realizadas de forma criteriosa em conformidade com as prioridades definidas por cada instituição do ensino e espelhar as reais necessidades destas. Por outro lado, as escolas devem assegurar a aquisição de material de qualidade em estabelecimentos comerciais licenciados para área de actividade comercial respectiva. 21 As escolas antes de procederem o pagamento de qualquer despesa devem se certificar da existência do material que pretendem adquirir como forma de evitar a imobilização de fundos em estabelecimentos comerciais e a inviabilização do PEA. Se se constatar este problema nas escolas, fica responsabilizada a comissão de compras. 1.4.3 Divulgar e acompanhar o programa. O distrito representa o nível do sector que tem a relação directa com as instituições do ensino, por isso deve divulgar e acompanhar o programa. Quanto a divulgação cada distrito deverá identificar a modalidade que melhor se ajustar sem prejuízos para as partes. Nesse período para além de se proceder a distribuição dos materiais, é importante que seja discutido o conteúdo do presente manual.. O MINED ainda mantém o valor de 150,00MT por escola, destinado aos SDEJT´s e ZIP´s para reforçar a supervisão ao nível das escolas. Para que a supervisão se torne num processo de verificação efectivo, deve realizar-se em períodos recomendáveis, no sentido de garantir o apoio necessário às escolas. Por outro lado, a supervisão deve permitir a verificação física dos materiais que são adquiridos pelas escolas bem como o nível de cumprimento das orientações contidas no presente manual. Os SDEJT´s e as ZIP´s, após realizarem a supervisão, devem elaborar relatórios que deverão ser arquivados nos distritos. A divulgação do programa deve ser extensiva às escolas, ou sejam, devem afixar nas vitrinas, salas de professores, bibliotecas e/ou noutros locais, de acordo com as condições da escola, o valor recebido pela escola, a relação do material adquirido pela escola, os mapas de distribuição do material, entre outras informações relevantes. Face a tendência crescente dos materiais elegíveis do programa, há uma necessidade de regular a aquisição de alguns, como sejam: 22 1.4.4 Regular a aquisição de alguns materiais Computadores completos A inclusão deste equipamento é para permitir a informatização do registo escolar. Por isso a prioridade deve ser de adquirir computadores de mesa (e não portáteis). Para não comprometer a aquisição de outros materiais que são de extrema importância para o funcionamento das instituições de ensino, cada escola, de acordo com as suas prioridades e disponibilidade financeira, deve comprar apenas um computador completo. Provisão de água potável O fundo de ADE não é suficiente para assegurar grandes investimentos para que as escolas tenham água potável. Mas, podem garantir o pagamento de pequenas despesas relacionadas com alguns materiais afins. 1.4.5 Existência do ponto focal distrital. O ADE, sendo um programa descentralizado, exige uma articulação a vários níveis do sector. Neste contexto, cada distrito deve indicar o ponto focal do programa ADE capaz de acompanhar o processo da implementação desta e das fases subsequentes. Sem afectar a segregação de funções ao nível do distrito, este técnico deverá ter maior protagonismo em assuntos ligados ao programa ADE e disponível para trabalhar com as várias equipas que se encontrarem de visita ao distrito no âmbito do programa. 1.4.6 Fixação do valor de transporte. A experiência de implementação deste programa revela grandes dificuldades das escolas em obter comprovativos legais das despesas de transporte face à ausência, em alguns distritos, de transportadores licenciados. Como consequência, em algumas escolas, as despesas de 23 deslocação são justificadas em declarações. Assim, para harmonizar e legalizar as declarações emitidas, cada SDEJT deve: Fixar e controlar o valor que deverá ser usado pelas escolas através de alguns critérios como, por exemplo, a distância que separa a escola do distrito ou do estabelecimento comercial, as quantidades ou o tipo de material que for adquirido nesta fase, ou poderão recorrer a outros critérios; Autenticar as declarações através de um visto e carimbo do distrito. Nota: Este procedimento é aplicável apenas para os casos em que não existem transportadores licenciados. 24 Capítulo III _____________________________________________________ Componente de protecção social 25 1. Componente de Protecção Social O MINED para assegurar que as crianças em idade escolar frequentem a escola e, sobretudo se mantenham no sistema até a conclusão de pelo menos a 7ª classe, implementou, de forma gradual, algumas componentes dentro do programa de ADE. Foi nesse contexto que em 2004 e 2005 introduziu a componente de saúde escolar e HIV/SIDA e projecto de apoio às Crianças Órfãs e Vulneráveis respectivamente. A partir desta fase, há uma nova abordagem que é a de protecção social que consiste na alocação adicional de fundos a alguns distritos que apresentam um elevado índice de prevalência do HIVSIDA, de pobreza da população, maior insegurança alimentar, iniquidade de género em relação à taxa de escolarização. Para esses distritos o valor per capita na fórmula de alocação de recursos financeiros é superior ao dos restantes distritos. 1.1 Relação dos distritos que se beneficiam da protecção social Para esta fase foram selecionados o seguintes distritos: Cabo Delgado : Ibo, Mocímboa da Praia e Palma Niassa: Cuamba, Mecula e Nipepe Nampula: Nacarôa, Malema e Memba Zambézia: Lugela, Mopeia, Inhassungue e Chinde Tete: Angónia, Cahora Bassa, Changara, Mágoé e Mutarara Sofala: Búzi, Caia, Chemba e Machanga Manica: Guro, Tambara e Chachaze Inhambane: Funhalouro, Govuro, Homoíne, Jangamo, Mabote, Massinga e Panda Gaza: Chibuto, Chicualacuala, Chigubo, Chokwe, Guijá, Mabalane, Massangena e Massingir. Maputo Província: Magude, Matutuine e Moamba Maputo Cidade: Inhaca e Catembe. 26 1.2 Despesas a serem cobertas no âmbito protecção social As escolas podem utilizar o valor de ADE para o pagamento das seguintes despesas: Kit de material escolar Sacola/pasta Rede mosquiteira Galão de água (20l) Kantil de água Calçado/sapatilhas Uniforme escolar/roupa Kit de higiene individual (Pasta e escova de dentes, pente, sabão e pensos higiénicos). As despesas no âmbito de protecção social não devem ultrapassar 30% do valor total recebido pela escola. 27 Capítulo IV _____________________________________________________ Processo de prestação de contas 28 1. Prestação de contas dos fundos do programa ADE. Este fundo deve ser justificado com documentos de suporte válidos em termos fiscais. Abaixo são indicadas as responsabilidades de cada nível, no que diz respeito à prestação de contas: 1.1 Escolas/ZIP´s As escolas devem enviar aos SDEJT´s, até dia 20 de Março de 2012, os seguintes documentos: Documentos comprovativos originais (Factura/recibo e/ou Venda a Dinheiro); Dois exemplares de cada mapa (mapa descritivo dos materiais elegíveis, Mapa de registo das despesas com base na relação de material elegível e Mapa de detalhe da despesa). Um exemplar da acta do encontro realizado pelo Conselho de escola sobre a utilização de fundos do programa ADE relativo a 16ª fase. Justificativos originais de supervisão realizada pelas ZIP´s designadamente relatórios e guias de marcha, sendo que as guias de marcha devem apresentar assinatura e carimbo de todas as escolas visitadas; Mapa de registo das despesas realizadas ao critério das escolas (20%) Cada escola deve ter no seu arquivo todos os documentos enviados ao distrito, sendo que alguns estarão em forma de cópias. Para além desses documentos deve arquivar: 29 O mapa de controlo de stock Mapa de distribuição dos materiais de material 1.2 Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT´s). Uma das responsabilidades deste nível, é garantir que as despesas sejam realizadas de acordo com as orientações contidas no presente manual. O distrito, sendo o destinatário de todos os documentos de suporte originais, deve verificá-los cuidadosamente e recomendar, se necessário, a correcção de eventuais irregularidades neles presentes. Para além dos documentos canalizados pelas escolas, o processo de prestação de contas do distrito deve incluir os seguintes documentos: Mapa de entrega de valores às escolas; Mapa de entrega de valores aos coordenadores das ZIP´s e funcionários do SDEJT no âmbito da supervisão. Justificativos originais de supervisão realizada pelos funcionários do distrito, designadamente relatórios e guias de marcha, sendo que as guias de marcha devem apresentar assinatura e carimbo de todas as escolas visitadas; O SDEJT deve enviar à DPEC até dia 30 de Março de 2012 os seguintes documentos: O relatório detalhado sobre a execução da 16ª fase Um exemplar do mapa descritivo dos materiais elegíveis, Um exemplar do Mapa de registo das despesas com base na relação de material elegível; Um exemplar do mapa de detalhe da despesa, 30 Uma cópia dos mapas de entrega de valores Uma cópia do mapa de registo das despesas realizadas ao critério das escolas (20%), de pelo menos 2 escolas. 1.3 Direcções Provinciais de Educação e Cultura. A actuação das DPEC´s na utilização de todos os recursos financeiros alocados aos distritos está a contribuir para a correcta aplicação e cumprimentos dos planos do sector da educação. Por isso devem reforçar os seus níveis de fiscalização deste programa através de um acompanhamento sistemático. A DPEC deve enviar ao MINED até dia 10 de Abril de 2012 os seguintes documentos: O relatório detalhado sobre a execução da 16ª fase Cópias do mapa de registo das despesas ao critério das escolas (20%) de pelo menos 5 escolas da província representadas em igual número de distritos. 31 Capítulo V _____________________________________________________ Acções por nível do sector 32 1.1 Ministério da Educação. A responsabilidade do MINED é de definir os procedimentos para a execução do fundo através da elaboração de manuais e outros materiais informativos e assegurar a disponibilização de fundos às escolas. Por outro lado, acompanha a implementação do programa ao nível nacional. 1.2 Direcções Provinciais de Educação e Cultura. Apoiar os distritos na execução do programa esclarecendo dúvidas que surgirem ao longo da implementação do programa; Acompanhar e controlar a utilização dos recursos atribuídos às escolas; Analisar os relatórios enviados pelos SDEJT´s; Elaborar um relatório sobre a execução da 16ª fase do programa. 1.3 Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia. Divulgar e distribuir do material do programa ADE em tempo útil; Garantir a disponibilização dos fundos às escolas; Garantir a existência de plano de desenvolvimento da escola e sua operacionalização. Assegurar a constituição oportuna dos Conselhos de Escola e monitorar o seu envolvimento na vida da escola de forma geral e na implementação do ADE, em particular. 1.4 Escolas Garantir a funcionalidade dos Conselhos de Escolas na gestão dos fundos do programa de ADE; Assegurar uma gestão justa, racional e transparente; Proceder a aquisição de material; Para o caso das ZIP´s, devem: 33 Efectuar visitas às escolas no âmbito da supervisão e produzir relatório; 1.5 Comunidade Participar no processo de gestão de fundos através do representante legal; Para esclarecimento de dúvidas resultantes da interpretação do presente manual e outros aspectos inerentes ao programa, os intervenientes do processo educativo podem entrar em contacto com os SDEJT´S, DPEC´s ou MINED através do seguinte endereço: Av. 24 de Julho, porta 167, Caixa Postal 34, Maputo Telefones. 21 49 13 14 Fax. 21 49 03 35 / 49 21 96 Direcção de Administração e Finanças (Programa de Apoio Directo às Escolas) 34 Anexos _____________________________________________________ 35 República de Moçambique Governo da Província de __________________ Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de________________________ ANEXO I - MAPA DE ENTREGA DE VALORES ÀS ESCOLAS 16ª FASE Ordem Data Nome da Escola Valor Assinatura 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 TOTAL Elaborado por ____________________ (Nome legível) Aprovado por ______ _____________ (Director do SDEJT) 36 República de Moçambique Governo da Província de ______________ ____ Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de________________________ ANEXO II-MAPA DE ENTREGA DE VALORES AOS COORDENADORES DAS ZIP´s E FUNCIONÁRIOS DO SDEJT NO ÂMBITO DA SUPERVISÃO 16ª FASE VALOR DESTINADO AOS COORDENADORES DAS Z IP´s Ordem Data Nome do coordenador da ZIP Valor Assinatura 1 2 3 4 5 6 7 8 SUBTOTAL 1 VALOR DESTINADO AOS FUNCIONÁRIOS DO SDEJT Ordem Nome do funcionário do SDEJT Data Valor Assinatura 1 2 3 4 5 6 7 8 SUBTOTAL 2 TOTAL GERAL Elaborado por ________________ ______ (Nome legível) Aprovado por ___________________ (Director do SDEJT) 37 ANEXO III - MAPA DESCRITIVO DOS MATERIAIS ELEGÍVEIS (3 exemplares: Um para a escola, um para os SDEJT e outro para a DPEC) 16ª Fase Nome da Escola: Código da Escola: Valor atribuído: ___________________________________ __________________ _______________ MT O Ministério da Educação disponibilizou à escola o valor acima indicado para o pagamento das despesas cuja relação cansta no mapa abaixo. Materiais Elegíveis Lápis, borrachas, afiadores Esferográficas, réguas, esquadros Papel de fotocópia, papel químico, pastas de arquivo, furadores, agrafadores, agrafos, fita cola, carimbos,correctores Cadernos de exercício, sebentas, lápis de côr, Livros de turma, livros de ponto Máquinas de escrever manual e respectivas fitas, computadores completos (não portáteis), assistència técnica e manutenção de equipamento Vassouras, creolina, baldes plásticos Bolas de diversas modalidades, redes de Voleibol Papel de lustro e vegetal Cartolinas, tesouras, cola Tinta de China, Tinta para a pintura do quadro preto Giz , apagadores, quadro preto Transferidores para o quadro preto Compassos para o quadro preto Maquinas calculadoras Sólidos geométricos (caixa métrica) Gramáticas Dicionários de língua portuguesa Dicionários de língua inglesa Tabuadas Mapas didáticos, Quadro silábico, processo dos alunos, Caderneta do aluno, caderneta de desempenho pedagógico, Livros de notas do professor, livro de matrícula Livros de notas do professor e Livro de matrícula Lâmpadas, tomadas, armaduras Fichas eléctricas, interruptores, disjuntyores Martelo, Pregos, FechadurasDobradiças, parafusos Dobradiças, parafusos Reguladores, tranquetas Vidros, massa para vidro redes mosquiteiras Rolos plásticos Enxadas, Sementes, ancinhos, regadores, mangueiras agulhas de crochet e lã Esteiras para sala de aulas Armários com fechaduras para guardar livros de biblioteca, estantes para livros, cacifos, cadeiras, carteiras, bancos Provisão de água potável, despesas de deslocação, despesas ao critério das escolas (20%) Assinaturas (Director da Escola ou seu representante legal) Data:____/____/____ (Presidente do Conselho deEscola / representante da comunidade) Data:____/____/____ (Rrepresentante dos SDEJT) ou seu representente legal. Data:____/____/____ 38 16ª Fase ANEXO IV - MAPA DE REGISTO DAS DESPESAS COM BASE NA LISTA DE MATERIAIS ELEGÍVEIS (3 exemplares: Um para a escola, um para os SDEJT e outro para a DPEC) Província: _______________________________ Distrito:_________________________________ Nome da Escola: __________________________________________________________________ Máquina de escrever manual e respectiva fita Computadores completos (não portáteis) Assistência técnica e manutanção de equipamento Baldes plásticos Armaduras Dijuntores Fita cola Martelos Sólidos geométricos (caixa métrica) Massa para vidro Papel químico Cacifos Gramáticas Cadeiras Carteiras e Correctores Carimbos (Director da escola ou seu representente legal) Bancos Provisão de água potável Despesas de deslocação (20%) (Presidente do conselho da escola/representante da comunidade) 39 ANEXO V – MAPA DE REGISTO DAS DESPESAS AO CRITÉRIO DAS ESCOLAS (20% DO VALOR) 16ª Fase República de Moçambique Distrito de ___________________ Escola ___________________________________ Nº de alunos ____________ Nº de Turmas _____________ Ano lectivo 20_____ Valor recebido pela escola ____________________ MT Valor gasto pela escola (20%) ____________________MT Relação das despesas efectuadas (descrever de forma detalhada tudo que foi comprado/pago através desta percentagem indicado o valor de cada despesa). RELAÇÃO DAS DESPESAS : Ordem 1. 2. 3 4. 5. 6. Descrição valor Assinaturas _____________________ __________________________ (Director da escola ou seu representante legal ) (Representante dos professores) Data _____/_____/20_____ Data _____/_____/20_ ____ 40 16ª Fase República de Moçambique Ministério da Educação ANEXO VI - MAPA DE DETALHE DA DESPESA (3 exemplares: Um para a escola, um para SDEJT e outro para a DPEC) 1. Código da Escola 2. Nome da Escola 3. Localização da Escola Distrito/Localidade/Posto Administrativo _______________ ______________ ______________________________ 4. Nº total de Alunos : 1º e 2º Ciclos________ 3º Ciclo _____________ 6.Valor Recebido: ___________________________ MT 7. Nº do(s) cheque(s) 8. Data da disponibilização do emitido(s) pelos valor ou de levantamento do SDEJT cheque __________________ 4. Nº total de Alunos: 1º e 2º Ciclos________ 3º Ciclo _____________ Data _____/______/20___ 9. Data do levantamento do valor 10. Exercício (ano) no banco Data_____/____/20_____ 20_____ REGISTO DAS DESPESAS REALIZADAS (MATERIAL ELEGÍVEL E DESPESAS AO CRITÉRIO DAS ESCOLAS ) 11. Ord. 12. Descrição 13. Qtd 14. Preço Unitário 15. Preço Total 1 2 3 4 5 16. Assinaturas (Director da Escola ou seu representante legal) (Director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia ou seu representante legal) Data _____/ _______ / _________ Data _____/ _______ / _________ 41 Anexo VII – Mapa de controlo de stock Nome da Escola______________________________________ ___________ Ordem Data Tipo de material Assinatura ___________________________________ (Director da escola ou seu representante legal) Quant. anterior saídas saldo Data _____/_____/20____ 42 Anexo VIII - Mapa de Distribuição de Material Nome da Escola______________________________________ Nome do Aluno (a) Classe Assinatura ___________________________________ (Director da escola ou seu representante legal) Turma Tipo de Material Qtd Assinatura Data _____/_____/20____ 43
Documentos relacionados
Manual de Gestão do FASE
sólidos sobre os novos procedimentos e outros aspectos relacionados com: A descentralização de fundos de alguns programas (que são geridos directamente pelos SDEJT´s e DPEC´s); A criação do SIS...
Leia mais