Ano lectivo vivido em pleno pela Comunidade Educativa
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Ano lectivo vivido em pleno pela Comunidade Educativa
Valter hugo mãe O escritor na nossa escola: dialogar e ouvir com alguém que cativa pela forma como se expressa. P 13 RESPONSABILIDADE SOCIAL Representante da Delta Cafés, um testemunho activo de uma prática eficaz. P 6 SARAU GÍMNICO Atrai centenas de pessoas: um evento cuja organização a nossa escola fielmente assegurou P 12 LAR DE IDOSOS Turmas do nono ano visitam instituição e animam tardes de convívio. P 15 ÁREA DE PROJECTO Apresentação pública dos produtos finais dinamiza alunos finalistas do Ensino Secundário P 2 JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XIV . ABRIL | MAIO | JUNHO 2010. €0,75 Aprendizagens relevantes e vivências enriquecedoras Ano lectivo vivido em pleno pela Comunidade Educativa 2 | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 ÁREA DE PROJECTO, 12º ANO Uma mão cheia de produtos de qualidade Nas últimas semanas, o Colégio assistiu à Apresentação dos Produtos finais dos Trabalhos de Projecto que centralizaram, ao longo do ano lectivo, todas as acções e dinâmicas pedagógicas desenvolvidas por oito turmas do 12º ano, no contexto da Área de Projecto. A qualidade das abordagens ou amostragens de síntese que as referidas turmas deram a conhecer, no Grande Auditório do Colégio, a um público convidado, constituído por alunos, Encarregados de Educação e outros, foi mais uma vez a marca mais dis- tintiva deste evento, por todos reconhecido como uma importante mais-valia formativa dos nossos alunos finalistas do Secundário. Na qualidade de Coordenador desta Área agradeço a todos quantos responderam ao nosso convite, prestaram atenção ao nosso trabalho, o valorizaram e bateram aquelas No âmbito do Projecto VIVARTE, os alunos do 12º B decidiram reanimar a antiga Semana das Artes, outrora realizada pelos professores de Artes, e na semana de 3 a 7 de Maio de 2010, dinamizamos imensas actividades ligadas ao belo mundo das artes. Entre estas, destacaram-se as exposições desenvolvidas quer no Bar Principal, quer no Edificio I, a exibição diária de filmes, os Roteiros do Desenho e as actividades de dança. efusivas palmas de reconhecimento. Para o ano cá estaremos para, semper ascendens, continuarmos a revestir de ouro a taça do nosso trabalho. Parabéns aos alunos e professores. Professor Américo Couto, Coordenador da Área de Projecto 12º ano Desta forma, tentámos sensibilizar e captar a atenção dos alunos do nosso Colégio para um bem emergente, a Arte. Juliana Pinto Rafael Santos, 12.º B Ver arte em Amarante os alunos da área de Artes. Após a visita, estes ainda tiveram tempo para explorar o belo município de Amarante e para se deliciarem com os doces conventuais da região. Daniela Marques e Juliana Pinto, 12.º B Paços de brandão Grupo Ritmare anima visitas ao Museu do Papel Viveu-se uma noite mágica na celebração do dia Internacional dos Museus. Durante uma noite, as visitas guiadas ao longo do Museu interrompidas por vários tipos de actuações do grupo musical de percussão do Colégio. Um verdadeiro sucesso! Æ Rafael Santos, 12.º B A visita, que teve como intuito primordial dar a conhecer a obra do consagrado pintor português Amadeo de Souza Cardoso através do Museu, nomeado em sua honra, mostrou-se agradável e o momento perfeito para o convívio entre todos Ana Rita Ramalho, 12.º B O grupo VIV’ARTE | Arte para Todos reuniu esforços com alguns dos professores da comunidade de artes, para a realização de uma visita de estudo a Amarante. Esta realizou-se no dia 28 de Maio e contou com a participação de todas as turmas de Artes do Colégio, bem como de diversos professores das mais variadas disciplinas. iniciativas projectos na área AMARAN(R)TE 3 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | 8a Avenida é dinamizado por turma de artes Evangelizar o “Continente Digital” Como forma de culminar um ano lectivo repleto de actividades que dinamizaram o mundo das artes, o 12º B apresentou, no Centro Comercial 8º Avenida, em São João da Madeira, a exposição Rota das Artes. Esta encontrou-se patente durante o fim-de-semana de 21 a 23 de Maio e contemplou actividades de carácter lúdico e educativo. Entre todas as actividades realizadas, é de destacar a nossa exposição Com Pés e Cabeça que, apelando ao tema do Shopping e a variadas técnicas de desenho e pintura, ilustrava os mais diversos e imaginativos tipos de calçado. A Rota das Artes contou ainda com oficinas de fotografia e gravura, projecção contínua de filmes mudos, um slideshow com alguns dos trabalhos mais significativos do nosso ensino secundário e ainda uma segunda exposição, um pouco mais interactiva, onde os nossos diários gráficos poderiam ser desfolhados pelos interessados. Através de todas as actividades realizadas na disciplina de Área Projecto durante este ano lectivo, a turma 12º B tentou contrariar esta tendência tenebrosa que se instalou nas últimas décadas e despoletar grandes mudanças junto da população da nossa zona metropolitana, possibilitando desta forma o acesso a um dos bens mais valiosos do ser humano: a Arte. Juliana Pinto Com pés e ca b eç a A indú stria que distingue a cidade e o shopping foi o tema a trabalhar nas aulas. Assim testaram-se novas possibilidades para os objectos e exloraram-se materiais e técnicas de representaçã o. ao longo do ano pela turma do 12.º B de Artes Esta exposiçã o é o culminar do trabalho desenvolvido “ arte para Lamas. Os alunos propuseram-se, sob o mote Visuais do Colégio Liceal de Santa Maria de ea algumas das suas expressõ es a locais inesperados todos” , divulgar e democratizar a arte, levando pessoas na sua produçã o e experimentaçã o. as envolver neo simultâ em novos pú blicos, procurando Work Shop pela A arte é também uma descoberta que se faz experimentação. Com o apoio dos alunos, aqui exna partir e materiais e técnicas testar poderá ploração desse universo. diários gráficos Pode também ser chamado de “caderno de desenhos”. É um instrumento de trabalho, com um formato fácil de transportar, que estimula a observação e o registo gráfico. Este conjunto corresponde ao trabalho desenvolvido ao longo do ano para a disciplina de Oficina de Artes e Desenho. foto grafia A escrita da luz permite que experientes e iniciados A possam registar memórias através de imagens. técnica da fotografia é comum, mas neste univereo so é o olhar “fotográfico” que distingue o autor eleva ao estatuto de artista. “A vida é a busca da Verdade, do Bem e do Belo. É preciso não se deixar enganar por aqueles que andam simplesmente à procura de consumidores num mercado de possibilidades indiscriminadas, onde a escolha em si mesma se torna o bem, a novidade se contrabandeia por beleza, a experiência subjectiva se sobrepõe à verdade”. Este excerto da Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais (a imprensa, a rádio, a televisão, o telemóvel, a música gravada, a internet, etc.) instituído por Paulo VI, em 1966, e celebrado anualmente na solenidade da Ascensão de Jesus ao Céu, faz reflectir sobre novas tecnologias e novas relações para promover uma cultura de respeito, de diálogo e de amizade. Bento XVI centra a sua atenção na chamada “geração digital”, da qual, segundo ele, os jovens são os agentes, os intérpretes e os principais destinatários. “A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste “continente digital”. Sabei assumir com entusiasmo o anúncio do Evangelho aos vossos coetâneos!”. Partindo da análise do impacto do uso dos computadores, dos telemóveis e da internet, o Papa analisa a “nova cultura da comunicação”, apontando as novas tecnologias como resposta “ao desejo fundamental que têm as pessoas de se relacionarem umas com as outras”, pois “quando sentimos a necessidade de nos aproximar das outras pessoas, quando queremos conhecê-las melhor e dar-nos a conhecer, estamos a responder a uma vocação que está gravada na nossa natureza de seres criados à imagem e semelhança de Deus, o Deus da comunicação e da comunhão”. Sentindo esta necessidade de comunicação – quantas vezes aprisionada por algum individualismo hodierno António Vieira –, “abrimo-nos aos outros, damos satisfação às nossas carências mais profundas e tornamo-nos, de forma mais plena, humanos. De facto, amar é aquilo para que fomos projectados pelo Criador. Reflectindo, à luz disto, sobre o significado das novas tecnologias, é importante consi“Seria um grave derar não só a sua indubitável capacidade de favorecer o dano para o futuro contacto entre as pessoas, mas também a qualidade dos conteúdos que aquelas são chamadas a pôr em circulação”. da humanidade Bento XVI alerta, seguidamente, para alguns erros se os novos a evitar por parte daqueles que fazem a comunicação. “Aqueles que operam no sector da produção e difusão instrumentos da de conteúdos dos novos “media” não podem deixar de sentir-se obrigados ao respeito da dignidade e do valor comunicação, que da pessoa humana. Se as novas tecnologias devem servir permitem partilhar o bem dos indivíduos e da sociedade, então aqueles que as usam devem evitar a partilha de palavras e imagens saber e informações degradantes para o ser humano e, consequentemente, excluir aquilo que alimenta o ódio e a intolerância, envilece a beleza e a intimidade da sexualidade humana, explora de maneira os débeis e os inermes”. mais rápida e Abordando o conceito de amizade e tendo em conta a riqueza do “cyberspace”, o Papa tenta avisar da possível eficaz, não fossem banalização da experiência da amizade na “nova arena digital”. “Seria triste se o nosso desejo de sustentar e detornados acessíveis senvolver “on-line” as amizades fosse realizado à custa da nossa disponibilidade para a família, para os vizinhos e àqueles que já para aqueles que encontramos na realidade do dia-a-dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De facsão económica to, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo, a consequência é que a pessoa se isola, interrompendo a e socialmente interacção social real. Isto acaba por perturbar também marginalizados...” as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são desenvolvimento humano”. As vertentes práticas da Mensagem papal sugerem, através do mundo digital, novas atitudes, tão ousadas quanto aquelas que S. Paulo viveu no início do Cristianismo. “É gratificante ver a aparição de novas redes digitais que procuram promover a solidariedade humana, a paz e a justiça, os direitos humanos e o respeito pela vida e o bem da criação”. “Estas redes podem facilitar formas de cooperação entre povos de diversos contextos geográficos e culturais, consentindo-lhes aprofundar a comum humanidade e o sentido de corresponsabilidade pelo bem de todos”. Quantos gestos de solidariedade se difundem através da internet! Campanhas em favor de crianças doentes, alertas para problemas locais globalizados, recolhas de géneros alimentícios e de roupas em tempo de calamidade, etc. Quem não se lembra das ondas de partilha que foram geradas com as imagens do maremoto no Oriente e dos sismos no Haiti e no Chile? Quem não percebe a força de uma imagem de boa vontade e de carinho ou de revolta, agressividade, malfeitoria? “Seria um grave dano para o futuro da humanidade se os novos instrumentos da comunicação, que permitem partilhar saber e informações de maneira mais rápida e eficaz, não fossem tornados acessíveis àqueles que já são económica e socialmente marginalizados ou se contribuíssem apenas para incrementar o desnível que separa os pobres das novas redes que se estão a desenvolver ao serviço da informação e da socialização humana”. “O anúncio de Cristo no mundo das novas tecnologias supõe um conhecimento profundo das mesmas para se chegar a uma sua conveniente utilização”. Não podemos perder de vista que as novas tecnologias são, hoje, o espaço de evangelização que Deus nos proporciona. Temos de ser audazes, unidos e persistentes neste anúncio de Jesus a todos e em todo o momento. 4 Umas férias radicais com o jc... E venham as férias! Depois de um ano de trabalho e preocupações, eis que chega o merecido tempo de descanso e lazer. Este tempo pode ser uma seca se pouco ou nada de interessante se fizer e isso seria ainda mais cansativo, além de que a preguiça em demasia pode ser má conselheira. Gostava, por isso, de vos dar algumas pistas, inspiradas na minha própria vida. Eis umas férias à JC! Aproveitem para brincar e ajudar os pais! Lembro-me que na minha infância e adolescência brincava muito com os meus pais e com os meus vizinhos e amigos; gostava de dialogar com o meu Pai do céu e, nos tempos livres, ajudava a minha mãe nas tarefas da casa e aprendia e colaborava na carpintaria do meu pai adoptivo. Era tudo muito diProfessor Paulo vertido além de que me sentia útil e Costa passava melhor o tempo. Aproveitem para viajar! Quando eu era miúdo, viajei muito. Ainda no Aproveitem para: ventre da minha mãe, os meus pais tiveram que fazer uma longa viagem de brincar e ajudar os Nazaré para Belém e, pouco tempo depois de nascer, tivemos que fugir para pais! o Egipto pois o rei Herodes não estava de bom humor. Depois, regressei e fui viajar! viver para a cidade de Nazaré. Quando completei os trinta anos, aprender! saí de casa e viajei com os meus amidescansar! gos apóstolos por toda a Galileia, Samaria e Judeia. A razão era o Reino de aventuras na Deus e a Boa Nova, mas fartei-me de conhecer pessoas, fazer amigos, viajar natureza! por montanhas, vales, planícies e até desertos e visitar aldeias, vilas e cidaconviver! des com as suas gentes e monumentos. Como o calor era muito, gostava Aproveitem… de andar de sandálias e com roupas mais leves e largas. Sem ser propriamente para fazer jogging, caminhei muito e fiz muito exercício físico. Quantas dicas interessantes e desafiantes para vós… Aproveitem para aprender! Recordo-me de, aos doze anos, ter ido numa excursão à capital de Israel, Jerusalém, por ocasião da Páscoa. Foi uma aventura bem divertida pois, no regresso a casa, a minha família não sabia de mim e ficaram preocupados. Encontraram-me no Templo e eu estava na maior a falar com umas pessoas sábias e cultas e a verdade é que estavam também estupefactos com o que eu dizia e sabia. Por isso, é importante ler muito e ter cultura geral. Aproveitem para descansar! Gostava muito de meios aquáticos e estava muitas vezes nos rios, lagos e no mar. Fui baptizado no Rio Jordão, gostava de refrescar-me e nadar no tempo de calor e, nalgumas ocasiões, aproveitava para andar de barco. Precisava de me afastar um pouco das multidões que me seguiam e descansar e relaxar para retemperar forças. Aproveitava para contemplar a paisagem e até pescar. Apesar de preferir ser pescador de homens, cheguei a dar umas dicas boas aos meus amigos para pescarem mais. Lembro-me que numa ocasião estava com uns amigos num barco e levantou-se uma grande tempestade e tiveram que me acordar pois eu estava muito cansado e dormia profundamente. Noutra altura, ficaram todos assombrados pois, com o poder que o meu Pai me deu, decidi caminhar sobre as águas. Já parecia aquilo a que chamais surf ou bodyboard… Aproveitem para aventuras na natureza! Como andava sempre de lado para lado, quase não tinha onde reclinar a cabeça mas gostava muito de acampar. Uma vez, no alto de uma montanha, alguns dos meus discípulos quiseram lá montar as tendas pois ali estava-se quase no céu. Adorava sentir-me no meio da natureza, assistir ao nascer e pôr-do-sol, contemplar a lua e as estrelas, e observar as aves do céu, os lírios do campo, as sementeiras, as vinhas e os rebanhos. Necessitava de mergulhar no silêncio da noite, ora para pensar, reflectir e rezar, ora para dormir que era e é bem necessário para a saúde e equilíbrio físico e psíquico. Aproveitem para conviver! Gostava muito de fazer piqueniques e recordo-me de alguns em que havia muita gente a escutar as minhas histórias e ensinamentos e a fome apertava e nada havia para comer. Arranjava sempre maneira de organizar lanches à base de pão e peixe e, todos sentados nos relvados, ficavam saciados e até sobrava comida. Gostava de conviver e divertir-me com os meus familiares e amigos. Lembro-me de ter ido a algumas festas e até a um casamento. Tive a oportunidade de aí ter ajudado os noivos pois faltou o vinho e realizei, então, o meu primeiro milagre. Mas como nem só de pão vive o homem, também jejuei algumas vezes e não era para fazer dieta… Visitei pessoas doentes e fazia tudo para as confortar e ajudar. Também gostava de estar com crianças e velhinhos e não queria que ninguém os afastasse de mim. É importantes cultivar a amizade e estar perto de quem mais precisa. Como vedes, podeis rentabilizar bem o tempo livre das férias que são uma excelente oportunidade radical par continuar a crescer em estatura, sabedoria e graça! E… boas férias à JC! | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 Refeitório já está certificado para a Qualidade Associação de Pais visita o Refeitório do Colégio A Associação de Pais do Colégio visitou o novo refeitório do Colégio, a convite da Direcção. Esta iniciativa teve como objectivo dar a conhecer aos representantes dos pais dos nossos alunos as condições em que funcionam o refeitório e a cozinha, bem como todas as questões de organização, nomeadamente as que dizem respeito à elaboração das ementas e das refeições e à segurança, qualidade e higiene alimentar. A visita foi acompanhada pelo responsável pelo refeitório, Se- e pela qualidade evidenciada em todos os parâmetros. Elogiou os nhor Mendes, e pelo nosso chefe, Senhor Daniel, que tiveram a funcionários pelo seu empenho e dedicação, o que permite que oportunidade de esclarecer os convidados sobre todos os detalhes tudo funcione da maneira mais adequada. Disse, ainda, que os pais de funcionamento deste espaço que é fundamental para a nossa dos nossos alunos podem e devem sentir-se confiantes no que resEscola. A Associação de Pais foi, ainda, devidamente informada so- peita às refeições que aqui são servidas. bre o processo de certificação para a Qualidade, que então decorria. Para terminar a visita, todos os elementos da Associação de Pais Esta certificação abrange a Higiene e Segurança no Trabalho e a Qualidade Alimentar, segundo a norma 22000. O Senhor Fernando presentes foram convidados a almoçar no refeitório, tendo podido Cardoso, Presidente da Associação de Pais, felicitou o Colégio pelas saborear com agrado uma das muitas ementas que diariamente são excelentes condições que são oferecidas aos alunos neste espaço servidas aos nossos alunos. Pel’ A direcção Entrevista a um aluno do nono ano Miguel Ângelo ou a curiosidade da investigação Miguel Ângelo Ferreira, do 9.º A, partilhou connosco aquilo que para ele tem sido um enorme prazer, satisfação e utilidade: a Investigação. Thomas Edison (1847 – 1931) uma vez disse: “Nós nem sabemos 1 milionésimo de 1% sobre qualquer coisa”. Assim, 99.999999% do que se pode investigar é interessante porque não o sabemos e acabaremos por descobrir algo novo. JE: Miguel, como defines a Investigação? MA: A investigação é um meio de busca de respostas às nossas dúvidas e curiosidades. JE: E um Investigador? MA: Um investigador é aquele que procura sempre satisfazer as suas curiosidades, ainda que encontre mais perguntas do que respostas. JE: Consideras-te um potencial investigador? MA: Por que não? Qualquer um de nós pode investigar no seu dia-a-dia, porque todo o ser humano sente necessidade do “descobrir”. Somos todos potenciais investigadores. JE: Dá-nos três motivos que te impulsionam para a investigação. MA: Essencialmente, a curiosidade. Outro Dia da Terra motivo seria, provavelmente, o desejo de uma vida profissional bem sucedida e de um bom desempenho intelectual. JE: A tua actividade de investigação tem sido meramente bibliográfica ou já ensaias experiências laboratoriais? MA: Por enquanto a minha investigação é essencialmente bibliográfica, não só por ser mais fácil, como também mais acessível. Quanto a ensaios de experiências elaboro o básico, as realizadas na escola. O meu sonho é poder, um dia, a realizar experiências laborais mais sofisticadas. JE: Que áreas te fascinam mais? MA: As que oferecem maiores possibilidades de investigação, e pelas quais tenho maior interesse pessoal, como a Matemática e a Física. JE: Qual tem sido o papel dos professores? MA: Os professores têm sido fundamentais. Os seus incentivos têm despertado em mim cada vez mais interesse em descobrir. JE: Fala-nos da Matemática. Consideras a Matemática investigável? Comemorou-se, no dia 22 de Abril, o Dia da Terra. Para assinalar a data, esteve patente, no bloco I, uma exposição de trabalhos de aluno do 7º ano, de Ciências Naturais, alusivos ao tema. Professora Fátima Rios MA: Sim, definitivamente. Para mim, a Matemática é a área onde é mais divertido e útil investigar, isto porque a Matemática é também uma ferramenta de investigação. Logo, ao investigarmos esta “ferramenta”, estamos a aumentar o potencial de outras investigações. JE: Estudaste recentemente a Trigonometria, uma potente ferramenta na resolução dos problemas de triangulação. Partilhas essa visão utilitária e instrumental da Matemática? MA: Partilho, apesar de a minha área favorita ser a Álgebra. JE: Que conselhos deixavas para os teus colegas que ainda não se sentem motivados para a investigação? MA: Dir-lhes-ia que ainda há muito para investigar e ser descoberto, que existem muitas questões à espera que qualquer um lhes dê resposta. Professor Mário César 5 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | Antigos alunos do Colégio distinguem-se na vida activa Os notáveis X Dulce Oliveira e Virgínio Alves foram colegas de turma no Colégio de Lamas e, mais tarde, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Todavia, Percurso no Habilitações Literárias Colégio não chegaram a concluir os estudos universitários. Mas nem por isso deixaram de ter sucesso nas carreiras profissionais que entretanto empreenderam. Professor Gautier de Oliveira Percurso Profissional Dulce Maria Ferreira Oliveira 7º ao 12º ano • 12º ano do Curso Técnico-Profissional de Informática de Gestão • Frequência do 3º ano do Curso de Scrum Master de Projectos Economia da Faculdade de Economia de Inovação no Banco do Porto (FEP) BPI (Banco Português de Investimento) •Analista/Programador na Companhia Portuguesa de Computadores (CPC) •Analista/Programador de Sistema de Custódia de Títulos no Banco Português de Investimento •Analista/Programador de Sistema de Custódia de Títulos no Banco BPI Analista Funcional de Sistemas de Negociação e Custódia de Títulos no Banco BPI •Coordenador de Equipa de Analistas Funcionais de Sistemas Informáticos no Banco BPI Virgínio Aurélio de Sá Alves •Iniciou a carreira profissional no CINCORK, onde realizou o estágio como programador informático. •Colaborou em diversas empresas de informática, nomeadamente no grupo CPC (CPCsi, CPCis, CPCcg), Eugénio Branco e Indra Portugal, desempenhando funções de Direcção de Produção. •Presentemente, é sócio-gerente da empresa ARMIS-Sistemas de Informação, software house, que se dedica ao desenvolvimento de Soluções Informáticas para algumas das maiores empresas nacionais, tais como a Brisa, Estradas de Portugal, TAP, Caixa Geral de Depósitos, Porto Editora, CIMPOR, EFACEC e Portugal Telecom. Empresário - Sócio-gerente da empresa ARMIS-Sistemas de Informação Lda 5º ao 12º ano • 12º ano do Curso Técnico-Profissional de Informática de Gestão •Frequência do 1º ano do Curso de Economia da Faculdade de Economia do Porto (FEP) A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICO Luxo ou Competência? O que estão a fazer os professores de Matemática, da Física, da Química e da Biologia, nas suas aulas? Estarão ainda presos nos habituais lugares de conforto da velha pedagogia ou têm arriscado mudar de paradigma? E os alunos, que utilização têm dado aos “portáteis”, para além de meras consolas de jogos? E os pais lá em casa? A cozinha tem sido um laboratório? E a Escola, como vamos de equipamentos? Numa versão menos cínica, o realismo destas questões incorpora um desafio muito sério à Comunidade Educativa que, ao promover a investigação deverá dar sinais claros aos jovens que esta não é luxo, é antes uma importantíssima competência. O aluno que investiga desenvolve fortemente a sua autonomia e consegue a proeza de criar aquilo a que se poderá chamar de presunção positiva: entre o resultado duvidoso e o resultado correcto, existe o resultado do aluno, que só o é na medida em que ele, aluno, se compromete Exames 2010 No ensino básico, os exames nacionais são obrigatórios. A não realização de uma das provas implica a não aprovação no 3º ciclo. Recorda-se que o exame de Língua Portuguesa se realiza a 16 de Junho e Matemática a 18 de Junho. As provas têm início às 9 horas e ambas têm uma tolerância de 30 minutos, além do tempo regulamentar. No ensino secundário a 1.ª fase — chamada única — decorre de 16 a 23 de Junho e a 2.ª fase — chamada única — de 14 a 19 de Julho. As provas têm uma tolerância de 30 minutos, além do tempo regulamentar e têm o seu início às 9 horas e às 14 horas. Recomendamos aos examinandos que tenham presente algumas instruções das Normas, para a realização das provas, provenientes do Júri Nacional de Exames: • Os estudantes não podem prestar provas sem serem portadores do seu Bilhete de Identidade / Cartão do Cidadão ou de documento que os substitua desde que contenha fotografia. • O Bilhete de Identidade / Cartão do Cidadão ou o documento de substituição devem estar em condições que não suscitem quaisquer dúvidas na identificação do aluno. • O atraso na comparência dos estudantes às provas não pode ultrapassar 15 minutos após a hora do início da mesma. JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS TRIMESTRAL . ANO XIV ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 www.colegiodelamas.com Rua do Colégio - Apartado 107 [email protected] 4536-904 Sta Maria de Lamas Director: Joana Vieira Editor: Luis Filipe Aguiar Design e Paginação: Daniel Pedrosa NOTA: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores. com tal resultado e tem o ónus da responsabilidade “científica” do mesmo. Em Matemática, no 9.º ano, estudou-se, recentemente, a Trigonometria e uma das competências visadas foi: “Procurar estratégias adequadas para determinar distâncias a locais inacessíveis, alturas de edifícios, etc.” Numa viagem que fez ao Egipto, Thales de Mileto (624 – 548 a.C.) foi desafiado para determinar, com precisão, a altura de uma pirâmide. Thales cravou o seu bastão no chão e esperou que o comprimento da sua sombra coincidisse com • Para a realização das provas de exame os estudantes não podem levar para a sala quaisquer suportes escritos não autorizados (exemplo: livros, cadernos, folhas), nem quaisquer sistemas de comunicação móvel (computadores portáteis, nem aparelhos de vídeo ou áudio, incluindo telemóveis, bips, etc.). Os demais objectos não estritamente necessários para a realização da prova (mochilas, carteiras, estojos, etc.) devem ser colocados junto à secretária dos professores vigilantes. • Qualquer telemóvel ou outro meio de comunicação móvel que seja detectado na posse de um examinando, quer esteja ligado ou desligado, determina a anulação da prova pelo director do estabelecimento de ensino. • Aos examinandos não é permitido escrever nas folhas de resposta antes da distribuição dos enunciados das provas, à excepção do preenchimento do respectivo cabeçalho. • Não podem escrever o seu nome em qualquer outro local das folhas de resposta. • Não podem também escrever comentários despropositados, nem mesmo invocar matéria não leccionada. • Só podem usar caneta/esferográfica de tinta indelével azul ou preta. • Não podem utilizar fita ou tinta correctora a altura. «Agora – disse -, só falta medir o comprimento da sombra da pirâmide e saberemos a sua altura». Elementar, meus caros! É o poder da triangulação - diria Thales. Sim, é este poder instrumental do conhecimento que deverá pautar todas as investigações e os professores têm obrigação de promover isso. Já agora, como é que se determinou a distância da Terra à Lua? Prof. Mário César Correia para correcção de qualquer resposta. • Devem utilizar a língua portuguesa para responder às questões das provas de exame. Exceptuam-se, obviamente, as disciplinas de Língua Estrangeira. • Não podem abandonar a sala antes de terminado o tempo regulamentar da prova. • Em caso de desistência de resolução da prova não deve ser escrita pelo estudante qualquer declaração formal de desistência, nem no papel da prova nem noutro suporte qualquer. • A prova é sempre enviada para classificação no Agrupamento, ainda que tenha só os cabeçalhos preenchidos. • Aos professores vigilantes compete suspender imediatamente as provas dos examinandos e de eventuais cúmplices que no decurso da realização da prova de exame cometam ou tentem cometer inequivocamente qualquer fraude, não podendo esses examinandos abandonar a sala até ao fim do tempo de duração da prova. A terminar, o Secretariado de Exames formula a todos os alunos votos de boa sorte e que as provas decorram com sucesso e de acordo com as suas expectativas académicas. O Secretariado de Exames Colaboram nesta Edição: Textos de: Rita Beleza - 11ºB, Clube da Saúde, Ana Oliveira - 7ºJ, António Pedrosa -7ºJ, Ana Ferreira - 10º D, Liliana Assunção - 10º D, Fabiana Oliveira - 12ºCD, Juliana Pinto - 12º B, Joana Reis da Silva - 10ºA5, Inês Lopo - 10ºA5, Fabiana Teixeira - 10ºA5, Tiago Oliveira - 10º A5, Fabiana Teixeira - 10ºA5, João Pedro Guedes - 7º, Raquel Santos - 7º, Maria André - 7º, Fabiana Relvas - 7º, Sara Belinha - 7º, Tiago Teixeira 7º, Estephany Adelaide - 7º, João Barros Baptista 7º e Gustavo Monteiro - 10º A5. Professores António Joaquim Vieira, Joana Vieira, Daniel Pedrosa, Margarida Coelho, Hernâni Mendes, Gautier de Oliveira, Secretariado de Exames, José Maria Samuco, Fernando Vicente e Alexandra Salomé, José Eduardo Pascoal, Susana Ferreira (Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas), Mário César Correia, João Sousa, Fátima Janeiro e Mª João Rodrigues, Paulo Costa, Pedro Almeida, Jorge Santiago Alves, Fernando Correia, Manuel Jasmim, Orlando Sá Couto e Luís Filipe Ferreira. Fotografias de: Rafael Santos, Leandro Barroso, professores Luis Filipe Aguiar, Nuno Vieira, Margarida Coelho, Daniel Pedrosa, Fernando Vicente, Miguel Relvas. ficha técnica Podem os nossos alunos, hoje, investigar? Há motivação suficiente para catapultar o aluno da inquietação empírica para o laboratório de experiências? Fenómenos simples como o nascer e o pôr-do-sol, o movimento da Lua à volta da Terra, a intensidade da luz solar ao longo das estações do ano, etc.… podem, hoje, despertar curiosidade suficiente para despoletar a investigação? 6 | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 Responsabilidade Social Iniciativa do Grupo de Geografia traz ao Colégio representante da Delta Cafés No passado dia 12 de Maio de 2010, pelas 15 horas, teve lugar, no Grande Auditório do Colégio, uma palestra subordinada ao tema “Responsabilidade Social”, proferida pela Dra. Cláudia Gama, responsável pela Supervisão e Controlo da Sustentabilidade da Delta Cafés, em Campo Maior. A sessão iniciou-se com uma breve alusão ao historial da Delta, empresa criada em 1961 pelo empresário Rui Nabeiro e sediada em Campo Maior (distrito de Portalegre). Ao longo das décadas que se seguiram, a Delta instituiu- se como uma marca de sucesso em Portugal e no Mundo pelo seu pioneirismo, inovação e vontade empresarial. A oradora destacou a importante função social da Delta em Campo Maior, onde empre- ga mais de 60% da população activa do concelho, assim como as acções que tem desenvolvido no âmbito da “Responsabilidade Social” (desde Corporações de Bombeiros, Escolas de Ensino Especial, Bolsas de Estudo, Associações Desportivas Locais e Projectos de Voluntariado, até iniciativas de solidariedade, como a Luta contra a Sida ou o Cancro, a Droga, e a Desminagem de Angola). A Delta tem desenvolvido igualmente acções no campo da “Responsabilidade Ambiental”. Foi neste âmbito que a Dra. Cláudia Gama solicitou aos alunos presentes a colaboração no palco para, através da leitura de algumas dicas da Política dos três R (Reduzir, Reciclar e Reutilizar), alertar as consciências cívicas para a sustentabilidade ambiental do planeta. A palestra terminou com a projecção de dois pequenos documentários em vídeo: o primeiro, sobre o funcionamento de um Centro Educativo criado recentemente pela Delta, em Campo Maior, e o segundo, sobre uma entrevista ao Comendador Rui Nabeiro, concedida recentemente à estação televisiva SIC, a propósito das certificações obtidas no âmbito das políticas pioneiras de Responsabilidade Social. Com efeito, a Delta foi a primeira empresa ibérica a ser certificada pela Norma SA 8000 – Responsabilidade Social, e foi igualmente certificada pela Norma Portuguesa de Responsabilidade Social NP 4461/1, publicada pelo Instituto Português da Qualidade. No termo da sua intervenção, a oradora convidou todos os presentes a visitar as instalações da Delta Cafés, em Campo Maior, e distribuiu brindes aos alunos como sinal de apreço pela sua participação. Professor José Eduardo Pascoal A Dádiva de Sangue e a Responsabilidade Social iniciativas A propósito da Campanha de colheita de sangue que ocorreu no nosso Colégio, no passado dia 12 de Maio, a nossa turma fez uma reflexão sobre a Dádiva de Sangue, articulando-a com a disciplina de Ciências da Natureza e com o nosso tema de Área de Projecto: “As profissões”e o Valor “A Responsabilidade Social”. Nas nossas aulas de Ciências aprendemos que o sangue é uma substância vital: um adulto possui um volume médio aproximado de cinco litros de sangue, o que representa cerca de 8% do seu peso corporal. É por isso importante a existência de um banco de sangue sempre disponível para socorrer em casos de acidente ou doença. O que é preciso para dar sangue? - pessoas com idade superior a 18 anos e inferior a 65; - pesar mais de 50kg; - não ter doenças que possam prejudicar o próprio ou outros, durante a dádiva; - não ter sido toxicodependente; - não ter dado sangue há menos de três meses (para o sexo masculino) ou de quatro meses (para o sexo feminino); Nas aulas de Formação Cívica e de Área de Projecto, fizemos uma ilustração alusiva a este tema e realizamos uma reflexão e um debate sobre a importância da Dádiva de Sangue. Deste modo, chegámos à conclusão que, quando tivermos 18 anos, gostaríamos de ser dadores de sangue porque: - o sangue continua a ser o único tratamento para muitas doenças; - este só pode ser obtido a partir de pessoas saudáveis (ainda não se consegue produzir sangue, por meios artificiais, em laboratório); - a dádiva de sangue é um acto voluntário que revela grande responsabilidade social; - dar sangue ajuda a salvar vidas: quando damos sangue podemos salvar a vida de outrém, e, quem sabe, no futuro, talvez a nossa! Os alunos do 6ºI Professoras Fátima Janeiro e Mª João Rodrigues Ricardo Ribeiro Espírito Santo Silva Um exemplo de cidadania tribuna de história De forma a concluirmos o ciclo dedicado a personalidades ligadas à preservação do património e sua divulgação destacamos, nesta edição do Entrelinhas, uma personalidade portuguesa - Ricardo do Espírito Santo Silva - um verdadeiro “Príncipe da Renascença” que representa, genuinamente, o valor que o Colégio se propôs dinamizar - Responsabilidade social. Ricardo do Espírito Santo Silva nasceu em Lisboa em 1900. Foi banqueiro e empresário de profissão, mecenas das letras e das artes e coleccionador de arte por paixão. Imbuído de um espírito extraordinário de serviço público, quase missionário, dedicou a Ricardo Ribeiro Espírito Santo Silva sua vida a reunir com coerência artística e a trazer de volta a Portugal, comprando em leilões ou a coleccionadores privados, um património artístico único que, pelas vicissitudes da História, foi disperso e, em alguns casos, considerado desaparecido. A sua morte prematura, em 1955, não o impediu de deixar ao país um exemplo de cidadania e uma obra única para a divulgação, salvaguarda e ensino das artes decorativas artesanais portuguesas, que se concretizou na criação de uma instituição de serviço público: a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva que se localiza no Palácio Azurara, no velho bairro de Alfama, em Lisboa. Importa fazer uma breve referência a esta obra arquitectónica, dado o seu valor patrimonial. O Palácio é uma construção de raiz seiscentista, embora continue por apurar a autoria e data do seu plano original. Terá substituído ou integrado algumas construções que se sabe terem existido no mesmo local em 1573, encravadas na muralha da Cerca Moura, entre duas torres. O palácio Azurara, de planta irregular tem, na fachada principal, um portal nobre de tipo clássico seiscentista, com pilastras e entablamento encimado por uma composição arquitectónica na qual se destaca um frontão superior e ao centro entre volutas, um florão decorativo. O Palácio é constituído por várias salas em qualquer dos corpos do edifício e dispõe de vários pormenores seiscentistas primitivos e outros setecentistas, introduzidos em obras de restauro e transformações já da responsabilidade dos Viscondes de Azurara. Em 1947, Ricardo do Espírito Santo comprou o velho Palácio Azurara para o restaurar como uma casa aristocrática do século XVIII e decorou-o com peças da sua colecção particular iniciando, assim, um projecto cultural singular a vários níveis. Em 1953, o banqueiro e coleccionador doou o Palácio Azurara e parte da sua colecção privada ao Estado Português. Foi o princípio da Fundação com o seu nome criada como Museu–Escola, com a finalidade de proteger as Artes Decorativas Portuguesas e os ofícios com elas relacionadas, mantendo as suas características tradicionais, educando o gosto do público e desenvolvendo a sensibilidade artística e cultural dos artífices. O Museu apresenta, em exposição permanente, importantes colecções de Azulejos Portugueses e Mobiliário (século XVI ao século XIX), têxteis (incluindo tapetes de Arraiolos dos séculos XVII e XVIII, tapetes Orientais e colchas), ourivesaria (peças representativas do século XV ao século XIX), porcelana chi- nesa, faiança portuguesa e pintura, incluindo trabalhos de Gregório Lopes, Bento Coelho da Silveira, Francisco Vieira ‘o Portuense’, Vieira Lusitano, Pillement, Noël, Van Loo, Delerive, Dirk Stoop e Quillard, entre outros. Evidencia-se nesta Fundação a preservação, o estudo e a divulgação do património. A concepção original da obra de Ricardo do Espírito Santo Silva expande-se para além da criação do Museu e deve considerar-se modelar nos campos educativo e cultural. Actualmente, fazem parte integrante da Fundação: o Museu-Escola, 18 oficinas de ofícios tradicionais, uma oficina de Conservação e Restauro e duas escolas; A Escola Superior de Artes Decorativas (ESAD) e o Instituto de Artes e Ofícios (IAO). Além disso, esta fundação promove outras iniciativas, tais como conferências, colóquios, workshops e intercâmbios, designadamente, ao abrigo do programa Erasmus. Grupo de História 7 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | Premiados no concurso literário de língua portuguesa 2º CICLO TEXTO NARRATIVO 1– Pedro Oliveira Duarte Morais, 6º M 2– Daniela Reis Rocha Tavares Vieira, 6º M 3– Diana da Silva Couto Pratas Leitão, 6º B Daniela Filipa da Silva Paiva, 6º E TEXTO NARRATIVO: MENÇÕES HONROSAS 1– Isabel Almeida Ferreira, 5º B 2– Margarida Barros Resende, 6º E 3– Cristiana Maria Soares Pereira, 6º E 4– Pedro Oliveira Duarte Morais, 6º M TEXTO POÉTICO 1– Diana da Silva Couto Pratas Leitão, 6º B 2– Luísa Sousa Fonseca, 6º F Marta Costa, 5º F 3– João Paulo Oliveira Pereira, 5º E ------------------------------------------------------3º CICLO TEXTO NARRATIVO 1– Ana Beatriz Oliveira, 7ºJ 2– Catarina Silva, 9º A TEXTO POÉTICO 1– Sara Rita Serra Ribeiro, 7º I TEXTO LIVRE 1– Francisco Monteiro Brito, 9ºH 2– Maria Inês Milheiro de Oliveira Azevedo, 9ºB 3– (Ex-aequo) Mariana Ferreira Tavares, 7ºI Sara Alexandra Aguiar, 7ºA ------------------------------------------------------SECUNDÁRIO TEXTO NARRATIVO 1– Nélson Jorge de Castro Araújo, 10º D 2– Mariana Leal, 11º A 3– Sara Beatriz da Fonseca Bernardo, 10º D TEXTO POÉTICO 1– Telma Filipa dos Santos Alves, 11º BD 2– Rafael Oliveira, 10º A 3– Sara Raquel de Almeida Fonseca, 12º CD TEXTO LIVRE 1– Ana Mafalda dos Santos Silva Monteiro, 10º BD 2– Alexandra Ramos Sousa - 10º BD 3– Daniela Vieira - 11º A3 A importância da língua francesa O Diplôme d’Études en Langue Française No passado dia 7 de Maio, quatro dos nossos alunos, Ana Cláudia Miranda, Ana do Carmo Santos, Emanuel Oliveira e Telma Alves, oriundos do 11ºBD, participaram no exame DELF, Diplôme d’Études en Langue Française, de nível B2 do quadro europeu das línguas. Este exame decorreu na Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, em Espinho, e foi composto por duas provas, uma escrita e outra oral. francesa ou a participação num projecto Eras Tendo em conta a complexidade do mun- mus, com prioridade em relação aos outros do profissional nos dias de hoje, a obtenção proponentes. deste diploma é uma mais-valia para estes Pela coragem e empenho revelados, estaalunos, pois é o reconhecimento das compe- mos orgulhosos pela participação destes alutências adquiridas ao nível da compreensão nos e desejamos-lhes as maiores felicidades. e produção, escrita e oral da língua francesa, Os resultados do exame serão comunitanto mais que o Ministério da Educação fran- cados durante o mês de Junho. Aos quatro, cês possibilita o ingresso numa universidade parabéns. Professor José Paulo Soares Concurso dinamiza comunidade escolar Decorreu no Dia do Colégio, 5 de Maio, durante a tarde, uma iniciativa dinamizada por professores e alunos de Francês, com o objectivo de sensibilizar a Comunidade escolar para a importância e riqueza da Cultura francesa. Esta iniciativa consistiu na realização de um concurso sobre o tema “ A Cultura francesa”, aberto a toda a comunidade escolar. A adesão foi grande, com mais de meia centena de participantes, entre alunos dos diferentes anos de escolaridade, Encarregados de Educação e Professores. A todos agradecemos a colaboração na nossa iniciativa. Os vencedores do nosso concurso, que receberam um prémio simbólico, foram: Mariana Santos (7º J), Aluna D. Arsénia Santos, Encarregada de Educação Drª Alzira Oliveira, Professora Como foi divulgado na anterior edição do Entrelinhas, o grupo creARTE, do 12ºB, lançou o concurso de fotografia creARTE ’10, projecto no âmbito da disciplina de Área de Projecto. A este desafio responderam apenas alunos do Secundário. Apesar de serem poucos, a qualidade, o talento e a aptidão para a Fotografia era notória. O júri deliberou, apesar de estar de acordo que todos os trabalhos eram excelentes. Contudo só podia haver dois vencedores e neste caso o 1º prémio foi entregue à aluna Catarina Adão do 12ºA4 e o 2º prémio à Mariana Marques do 10ºBD. Além dos prémios, foram atribuídas duas menções honrosas às alunas Ana Rita Ramalho do 12ºB e à Ana Cláudia do 11ºB. Deste modo, no terceiro período, depois de, nas sessões ini- Clube de Inglês - 2.º Ciclo Olá, Somos um grupo de dez alunos do 5º G e fazemos parte do Clube de Inglês. Resolvemos escrever este pequeno texto para darmos a conhecer as nossas opiniões e o trabalho que desenvolvemos todas as manhãs de segunda-feira. Ana Beatriz: “Eu gosto de frequentar o Clube de Inglês por- Fotografia de Catarina Adão ciais, se ter discutido a forma como o clube participaria na festa, nas últimas semanas houve vários ensaios, de modo a que, no “Dia D”, todos quantos vão assistir ao Sarau apreciem a participa- ção dos nossos alunos. E, estamos em crer, assim acontecerá. Refira-se, a propósito, que nesta aparição em público, à semelhança do que sucedeu em Dezembro, estarão envolvidos alguns alunos do 9º B que não frequentam o Clube de Francês, mas que trabalharam em estreita colaboração com os seus elementos. Aproveitamos a ocasião para convidar todos os leitores do Entrelinhas a comparecerem no sarau, e despedimo-nos até ao início do próximo ano lectivo, na esperança de continuar o trabalho levado a cabo com este excelente grupo de alunos que frequentou as actividades do Clube. Professores Fernando Correia e Manuel Jasmim que adoro Inglês e faço muitas actividades lúdicas.” Luana: “Eu gosto de andar no Clube porque gosto muito de Inglês.” Mafalda: “Eu gosto de estar no Clube de Inglês porque fazemos muitas actividades, jogos e trabalhos que nos ajudam a aprender /compreender melhor o mundo do Inglês.” Mariana: “No clube fazemos muitos trabalhos diferentes!” Pedro Miguel: “À segunda-feira, no Clube, faço actividades, trabalhos e é divertido.” Raquel: “No Clube fazemos cartazes com colagens e aprendemos palavras novas.” Ricardo: “As coisas que fazemos são divertidas.” Samuel: “Cheguei há pouco tempo ao Clube. Interesso-me pela língua inglesa e a professora faz coisas muito interessantes.” Sara: “As propostas de trabalho são giras e diferentes.” Telma: “No Clube, gosto de aprender com jogos, de uma forma divertida e interessante”. Professora Maria João Rodrigues Prepara Sarau de fim de ano Entrega de prémios Fotografia de Mariana Marques Club de Français Depois do sucesso que constituiu a participação do Clube de Francês no Sarau de Natal do Colégio, no presente ano lectivo, e após a projecção do filme “Os Coristas”, numa das sessões do clube, os alunos decidiram preparar uma surpresa para ser apresentada no Sarau de fim de ano, que se realiza a 26 de Junho… O grupo agradece aos participantes pela sua adesão, pois este projecto constituiu uma nova experiência para todos os intervenientes. concursos Concurso FOTOGRAFIA clubes Cultura francesa Entusiasmo e alegria marcam dia pleno de actividades... 5 de Maio, dia do Colégio 8 | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | 9 10 | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 Curso Profissional do 10º ano Estúdios da Sky News em Londres A turma do 10º ano do Curso Profissional de Técnicas de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos efectuou, na companhia dos Professores Fátima Amorim, Rui Lopes e Filipe Coelho, entre os dias 21 e 23 de Maio, uma visita de estudo aos Estúdios da Sky News e aos locais mais emblemáticos de Londres. Na manhã soalheira do dia 22, sábado, às 9 horas, os alunos saíram da Pousada em Piccadilly e desceram até Trafalgar Square. Percorreram a White Hall, detendo-se por breves minutos no número 10 de Downing Street, continuando até ao Big Ben. Aí puderam admirar o London Eye, a Abadia de Westminster e o Parlamento Inglês. Entretanto, o momento mais esperado havia chegado: Estúdios da Sky News, onde o repórter po- lítico Glen Oglaza aguardava a comitiva para a presentear com uma visita guiada (em Inglês) pelos meandros da informática, no âmbito das tecnologias de informação. Os alunos conheceram os diferentes gabinetes e toda a sua tecnologia informativa: o local da Produção, da Edição, da Maquilhagem, do controlo de imagem, o estúdio principal das transmissões directas e diferidas, do controlo de som, enfim, uma visita Sintra, uma (deliciosa) visita! É sempre com agrado que participamos em visitas de estudo, pois, além do objectivo primeiro, o pedagógico, há sempre uma forte componente lúdica, que passa pela interacção entre alunos e professores. Deste modo, foi com entusiasmo e expectativa que iniciámos a viagem, juntamente com colegas do 10º e 11º anos, por volta das seis e meia da manhã do dia 13 de Março, rumo à vila onde visitaríamos os emblemáticos Palácio da Pena e Castelo dos Mouros. Entretanto, durante o percurso, os professores deslocavam-se num apressado vaivém pelos corredores dos dois andares do nosso autocarro, certificando-se do bem-estar de todos. Chegados a Sintra, rapidamente nos apercebemos de que esta vila está vocacionada para o turismo, com imensas lojas e uma azáfama de turistas, que, com as suas máquinas fotográficas e mapas na mão, procuravam os pontos de maior interesse. Tal como verdadeiros turistas, deslocámo-nos pelos trilhos do Parque da Pena com olhar curioso e interessado… A razão pela qual D.Fernando II se apaixonou por este território revelou-se óbvia. De facto, o Parque e o Palácio surgem como um elo harmonioso, um todo magnífico entre a Natureza e a presença humana, que, tão próximo de uma grande metrópole como Lisboa, forçosamente teria de se fazer sentir. Apesar da beleza ímpar da fauna e flora presentes no Parque, o Palácio revelou-se ainda mais interessante. A influência de vários estilos arquitectónicos e artísticos que o seu exterior apresenta rapidamente nos remeteu para os tempos românticos do século XIX. Após termos explorado todos os seus cantos, despedimo-nos do Palácio. Ao olharmos para trás, verificámos, uma vez mais, a sua sumptuosidade assente em enormes rochedos. Pudemos, então, desfrutar, desta vez com mais tempo e detalhe, do Parque da Pena, onde partilhámos a comida que cada um de nós havia levado. Finalizada a refeição, seguimos em direcção Castelo dos Mouros, que, envolto pela neblina, domina toda a vila de Sintra. O espaço amuralhado, que se prolonga por uma vasta área, apresenta vários vestígios arqueológicos referentes ao tempo das Museu Bernardino Machado e fundação Cupertino Miranda visitas de estudo Dois espaços de valor No passado mês de Abril, dia 20 de Abril, no âmbito da disciplina de Filosofia, os alunos do 10º A2 realizaram uma visita de estudo aos museus Bernardino Machado e Fundação Cupertino Miranda, em Vila Nova de Famalicão. recheada de informação e conhecimento. No final da visita, os alunos puderam simular entrevistas e directos no estúdio principal, aparecendo nos diferentes ecrãs espalhados pelos estúdios. Todos estavam absolutamente deleitados! Quando abandonámos os estúdios e nos despedimos do nosso guia/jornalista, este observou que os nossos alunos, para além da curiosidade (não paravam de colocar questões), tinham uma postura exemplar e que por isso tinha sido um prazer acompanhá-los e que todos estavam de parabéns! Terminada a visita, em Hyde Park desfrutámos de um agradável pic-nic. Durante a tarde visitámos a incontornável Torre de Londres e observámos a beleza da Tower Bridge; deambulámos por Covent Garden, um local onde a magia reina. Por fim, voltámos a Piccadilly para nos despedirmos desta linda cidade, seguros de que este fim‑de-semana foi e será, em todos os aspectos, memorável! Professora Fátima Amorim Através desta dupla visita pretendeu-se, por um lado, sensibilizar os alunos para a comemoração do centenário da república portuguesa e, por outro, despertar o interesse pela arte surrealista. Bernardino Machado foi um ilustre estadista e, em momentos diferenciados, Presidente da República. Formou-se em Matemática e Filosofia e foi professor na Universidade de Coimbra. Com a visita a este museu, os alunos ficaram a co- conquistas do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques. Orientados pelas informações fornecidas pela guia turística, tivemos o privilégio de conhecer vários locais míticos, como o antigo cemitério, subir as muralhas serpenteantes do Castelo e apreciar, lá do alto, a maravilhosa vista de Sintra até ao mar. Mais tarde, já ao fim da tarde, passeámos pelas ruas de Sintra e provámos os famosos travesseiros e queijadas, o que veio complementar o que constituiu um dia de descobertas e prazeres que deixaram em todos o desejo de uma nova visita. Catarina Marques, 10º A3 nhecer a vida desta personagem com mais detalhe. De seguida, os alunos dirigiram-se à Fundação Cupertino Miranda, fundada em 1963, por Arthur Cupertino Miranda. Para além dos interesses culturais, esta fundação aposta na solidariedade. É constituída por um museu, uma biblioteca e dois auditórios, todos muito modernos e bem apetrechados. A visita em questão inseriu-se na temática dos valores éticos e estéticos constantes do programa de filosofia do décimo ano, contribuindo para o enriquecimento cultural dos visitantes. A aventura pelo conhecimento terminou com o regresso ao Colégio, uma vez mais através de uma viagem tranquila, mas animada. Resta dizer que acompanharam os alunos os professores Helena Espada, Joaquim Pedro, Paulo Costa e Joaquim Gautier. Joana Pinho e Ana Rita 10º A2 museu do papel, 30 de Abril: a turma do Curso de Educação e Formação de Operador de Pré-Impressão visitou o Museu do Papel, em Paços de Brandão. Aqui complementaram os conhecimentos e experiências passadas, adquiridas no Museu da Imprensa e nas aulas. Puderam conhecer de perto o processo de fabrico do papel. No final da tarde, regressaram satisfeitos ao Colégio, pelas aprendizagens adquiridas e pela experiência de uma tarde diferente. Professor Daniel Pedrosa 11 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | --------------------------------------------------PERSONALIDADES Olá amigos! Caros Cientistas! Continuamos na senda do conhecimento! Começamos com A Física e a linguagem do dia-a-dia: uma pequena abordagem em torno da utilização correcta da linguagem científica - é grande a probabilidade de, utilizando a linguagem cientificamente correcta, ser mal entendido, e, quem sabe, até apelidado de louco! Passamos em revista uma das mais brilhantes cientistas de todos os tempos – Marie Curie. Temos ainda algumas sugestões para Férias com Ciência. Concluímos com os nossos divertidos passatempos. Boas Férias (com Ciência, claro!) A Física e linguagem do dia-a-dia! Quantas vezes não teremos já pronunciado a frase: “Hoje está calor!”. Trata-se de um dos mais célebres erros de linguagem científica! O que queremos exprimir é o facto de, devido ao aumento da temperatura (característico desta época), o nosso corpo receber mais energia sob a forma de radiação, vinda do Sol. Na prática, deveríamos dizer que “a temperatura está elevada!”. Provavelmente, se o fizermos, poderão achar que estamos com alguma nova mania, mas essa será a linguagem fisicamente correcta! Frequente é também a confusão entre peso e massa: o peso é geralmente referido como sendo a força que o nosso planeta exerce sobre um qualquer corpo à sua superfície (ou próximo dela); a massa é uma forma possível de quantificar a quantidade: 500 g de farinha, 1kg de maçãs,… Na Lua, (onde muitas vezes se diz que não existe força gravítica: nada mais errado! Existe, mas é menos intensa!), a massa de um qualquer corpo será sempre a mesma; o peso desse mesmo corpo será menor! O que significa que a atracção exercida sobre o corpo é maior na Terra que na Lua! Claro que, se no hipermercado pedirmos a massa correspondente a 1 kg de maçãs, não nos entenderão! Mas se dissermos “pode pesar-me 1 kg de maçãs?”, já nos entendem perfeitamente! A relação entre força e velocidade também não é pacífica! A associação é simples: “supostamente”, para um corpo estar em movimento será necessária a acção de uma força sobre ele! Falso! Newton explicou-nos esse facto a partir da Lei da Inércia: sobre um corpo podem actuar forças cujo valor resultante é nulo e, no entanto, o corpo efectua um movimento com velocidade constante. A terminar, um pouco de humor! Mas não sigam o conselho do Garfield! Madame Curie (1867-1934) Em 1903, Madame Curie era a mulher mais famosa do mundo. Acabava de receber o Prémio Nobel da Física, juntamente com Pierre Curie e Henri Becquerel. Recebia inúmeras propostas para conferências públicas, convites para dar a sua opinião sobre os mais variados artigos comerciais e …a nada disto dava importância. Einstein comentou sobre ela: “Marie Curie é, entre todas as pessoas de renome, a única que a fama não corrompeu.” Manya Sklodovska, mais tarde conhecida como Marie Curie, descendia de uma família polaca: o pai era professor e a mãe pianista. Dizia-se que herdou a cabeça do pai e as mãos da mãe, pois revelou uma aptidão precoce para a ciência experimental. Aos 23 anos toma, sempre, os lugares da primeira da fila, durante as aulas na faculdade de ciências. «Lindos cabelos, lindos olhos, corpo de rapariga…o único inconveniente é que ela não fala com ninguém» - lamentam os colegas rapazes. Durante quatro anos, levou uma vida austera, dedicando-se ao estudo e aos seus livros: era o seu mundo. Os professores, encantados com a sua imaginação, entusiasmo e habilidade, estimulavam-na a empreender novas pesquisas e experiências…Especializou-se primeiro em Física, em 1893, e um ano depois em Matemática. Entretanto, conhece aquele que se tornará seu marido, chefe do laboratório da Escola de Química e Física de Paris, Pierre Curie «… impressionou-me a expressão franca do seu olhar e um certo ar de inteligência no seu porte elevado». Casam e passam a lua-demel pedalando pelas estradas da Ile-de-France, depois voltam a Paris e dedicam-se à obra que haveria de trazer glória ao nome Curie… Da união de ambos nascem duas filhas, e por essa altura ainda, Marie completa o doutoramento em Física. O casal interessa-se pelas experiências de Henri Becquerel, que descobrira no urânio um raio, aparentemente capaz de penetrar os objectos opacos. Qual a natureza dessa misteriosa propriedade atravessar os objectos opacos? E de onde provinha essa energia? Eis as questões que fascinavam os espíritos de Marie e Pierre. Foi o começo de exaustivas e penosas pesquisas e experiências que culminam na atribuição do Premio Nobel! Somente um homem e uma mulher de poderosa imaginação e suprema coragem puderam ir até ao fim sem vacilar. Tiveram dificuldades quase insuperáveis, mas que resultaram na descoberta de dois novos elementos químicos com a proprie- dade de radioactividade: o rádio e o polónio (em homenagem à pátria de Marie). O rádio, pelas suas aplicações no campo da medicina, por exemplo no tratamento do cancro, nos raios x, logo aplicados durante a 1ª Guerra Mundial, poderia ter trazido grande fortuna ao casal. Mas este, com espírito humanista, afirmou “o rádio - novo elemento químico - é um instrumento de misericórdia e pertence à humanidade”. Recusaram muitas honrarias e até lucro pessoal; o que mais pediam era um bom laboratório para prosseguir as suas experiencias. Certo dia, um jornalista confundiu Marie como sendo a governanta e deixou, para lhe transmitir, a seguinte mensagem: «Tenham menos curiosidade e sejam mais curiosos acerca das suas ideias»! (bela lição do século passado que bem se aplica aos dias de hoje). Entretanto, Pierre Curie é integrado na Academia das Ciências e consegue o seu laboratório…mas a infelicidade chega e Pierre, durante uma chuvosa manhã de Abril de 1906, escorrega e uma pesada carroça vitima-o. Acaba-se a felicidade de Marie mas não a sua tarefa. Substitui o marido na Sorbonne – é a primeira vez que uma mulher exerce um cargo docente no ensino superior. Continuou por amor aos filhos e à humanidade…ao marido todos dias se dirigia por escrito, relatando as suas experiencias, avanços e progressos, desalentos e alentos, como quando ela mesma dirigiu a instalação de aparelhos de raios-X para o tratamento dos soldados feridos durante a 1ª Guerra. Morreu de uma enfermidade que só mais tarde se entende qual: o “envenenamento pelo rádio” ( exposição à radioactividade) que conduziu à destruição progressiva dos órgãos vitais. Marie Curie morrera mártir do seu trabalho. Professora Alexandra Salomé --------------------------------------------------CIÊNCIA DIVERTIDA Humor Químico Por que é que não se pode falar alto nos laboratórios? Para não perturbar a concentração dos reagentes. O pior de se ser químico é ter de passar o dia rodeado de garrafas e não poder beber de nenhuma. O que é que se chama a um dente num copo com água? É uma solução Molar! O que é que o carbono diz quando vai preso? “Tenho direito a 4 ligações!” Que barulho faz o átomo de Hidrogénio ao arrotar? Böööööhrrrr! Recolha da Turma 10ºA6 1- Qual é a coisa qual é ela, que não voa mas tem asas, tem boca e não fala? 2- Qual é a coisa qual é ela que quanto mais rota está menos buracos tem? 3- Qual é a coisa qual é ela que atravessa toda as portas sem nunca entrar nem por elas sair? 4- Qual é a coisa qual é ela que é uma varinha de condão que, ao tocar numa caixinha, faz lembrar uma estrelinha a brilhar a escuridão? 5- Qual é a coisa qual é ela: é uma palavra com oito letras e se tirares metade fica igual (8)? 6- Qual é a coisa qual é ela onde todos se podem sentar menos tu? 7- Qual é a coisa qual é ela que quando chega a casa logo se põe à janela? 8- Qual é a coisa qual é ela, uma senhora delicada com a saia rodadinha, ao dançar numa casa deixa-a muito asseadinha? 9- Qual é a coisa qual é ela que foi feita para andar e não anda? Recolha da turma 5º F NOTA: No Jornal do período anterior, por lapso, não foi referido a autoria do trabalho “ANEDOTAS CIENTIFICAS”: o Tiago Paiva e a Beatriz Rosas . As nossas desculpas! (soluções misturadas: biscoito, vassoura, rede, botão, colo, fósforo, fechadura, estrada, cesto) --------------------------------------------------Férias com Ciência Tal como em anos anteriores, sugerimos algumas possibilidades para Férias com Ciência! São várias as Universidades que proporcionam aos alunos programas de ocupação das férias, com actividades científicas de índole diversificada. Turismo Júnior – Fundação Inatel Com 4 rotas possíveis, das quais se destaca a “Rota da Ciência Viva”, a Fundação Inatel propõe uma semana de férias diferente e muito divertida. Com alojamento numa das unidades hoteleiras da Fundação, são propostas várias actividades científicas e não só. O valor a pagar é estabelecido de acordo com o escalão do Abono de Família. As inscrições estão abertas. Para mais informações consultar www.inatel.pt. Escola de Verão de Física Criada em 2005, a Escola de Verão de Física introduziu uma nova maneira de fazer divulgação científica. Os melhores estudantes do secundário são desafiados a passar uma semana em trabalho intenso, assistindo a cursos, a palestras e desenvolvendo um projecto científico sob a supervisão de jovens investigadores. Física é uma disciplina com uma maneira muito particular de pensar e de fazer; o mundo concreto da nossa experiência, do nosso quotidiano, da nossa tecnologia exprime-se através de leis e conceitos abstractos. Os Físicos exercem a sua actividade neste diálogo permanente entre a acção e o pensamento e criam por isso uma abordagem muito particular aos problemas, que vão desde a investigação das leis fundamentais da natureza, até à criação e desenvolvimento de novas tecnologias, da electrónica à medicina. http://e-fisica.fc.up.pt/ Escola de Química A Escola de Química tem como objectivo proporcionar um estágio no Departamento de Química da Faculdade de Ciências do Porto, a alunos do Ensino Secundário que, integrados numa equipa de investigação, participarão no desenvolvimento de um projecto. A Escola permitirá, assim, sensibilizar para a relevância de uma área de Ciência com inegáveis desafios, proporcionando uma visão mais real acerca das actuais oportunidades em Química e do seu papel crucial na descoberta de novas formas de contribuir para o progresso e bem-estar da humanidade. Mais informações http://universidadejunior.up.pt/ Outras possibilidades: Universidade de Aveiro http://academiadeverao.ua.pt/ Professor Fernando Vicente cantinho da ciência Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé 12 | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 desporto Desporto escolar Colégio recebe o Regional de Gímnicas O Clube do Desporto Escolar viveu, nos últimos dias, uma enorme aventura ao aceitar a proposta da coordenação Local do Desporto Escolar, no sentido de realizar os regionais de Actividades Rítmicas Expressivas e de Ginástica num só dia. Como seria de prever, o evento decorreu com normalidade e muito entusiasmo. Estiveram no dia 8 de Maio, entre partici- MUSEU DE LAMAS Um espaço activo pantes e público, mais de um milhar de pes- que decorreu entre 25 e 29 de Maio, trazendo ao Museu todas as crianças das escolas e associações da freguesia que, além da visita à Galeria do Fundador (onde ficaram a conhecer a obra por este realizada na freguesia) participaram em jogos tradicionais e oficinas de expressão plásticas, das quais destacamos: “Um retrato, uma história”, mas também o jogo “Uma viagem pela obra de Henrique Amorim na freguesia”. cantinho do museu Dualidade Barroca – Exposição de Artes Plásticas de Margarida Coelho e textos de Fernando Correia De modo assinalar o Dia Internacional dos Museus, o ICOM (Conselho Internacional de Museus) elegeu como tema da comemoração para 2010 “Museus e Harmonia Social”. Neste âmbito, o Museu de Santa Maria de Lamas desenvolveu diversas actividades de modo a celebrar uma data tão importante para os Museus. Entre 10 e 15 de Maio, foi celebrado o Dia da Família através de uma oficina de expressão plástica na qual os participantes realizaram a sua árvore genealógica e descobriram o porquê da designação Genealógica, bem como as suas representações tradicionais. De 17 a 31 de Maio o Museu promoveu diversas actividades educativas centradas na exploração do Museu. Partimos à descoberta da história do Museu e do fundador Henrique Amorim. O Museu associou-se assim à homenagem ao Comendador Henrique Amorim, Maio foi também um mês de novas exposições temporárias. Assim, no dia 15 de Maio foi inaugurada a exposição de artes plásticas de Margarida Coelho com textos de Fernando Correia, ambos professores do Colégio, designada “Dualidade Barroca” - representações contemporâneas sobre a dualidade Barroca num percurso pela memória do Museu, acompanhadas de textos reinterpretados do “Sermão de Santo António aos Peixes”. Aproveitem soas no interior do colégio. Este dia mobilizou a quase totalidade dos docentes do grupo de Educação Física, alunos colaboradores, funcionários, pessoal do bar e cantina. Foram 77 actuações - Danças Modernas e Urbanas, Tumbling, salto de cavalo, Trave olímpica, Acrobática, e Mini-trampolim -, das 9 às 20 horas. De toda a região norte estiveram representados os melhores grupos destas modalidades. Sem paragens efectivas, o evento contou ainda com júris específicos por modalidade. Do veredicto de cada modalidade no final e após a afixação dos resultados, surtiu uma mistura de emoções muito características do desporto. Foi um dia em pleno que proporcionou um salutar convívio desportivo entre todos os participantes. Professor Jacinto para revisitar o Museu e apreciar a exposição que estará patente até 20 de Junho! ddy-paper e a oficina de expressão plástica. O Museu assinala igualmente o mês dedicado aos Santos Populares com actividades dirigidas a miúdos e graúdos. Na visita ao Museu os protagonistas são S. João Baptista, Santo António de Lisboa e S. Pedro. Cada grupo terá oportunidade de escolher um dos Santos, conhecer a história da sua vida e depois, na Oficina, explorar algumas tradições associadas a cada um deles. Aproveitando esta actividade, o Museu pretende simultaneamente alertar e sensibilizar para os problemas conservativos do seu espólio. III Edição do Concurso de Artes Plásticas Figuras Recriadas Já em pleno Dia Internacional dos Museu, 18 de Maio, foram apresentados os resultados da III edição do Concurso de Artes Plásticas Figuras Recriadas, este ano com trabalhos desenvolvidos pela população sénior. Nesta edição, os vencedores foram os seniores da Junta de Freguesia de Aradas, Ovar, com a obra “Pecador Arandense”, prova viva do potencial criativo e minúcia dos nossos seniores. No mesmo dia e, no âmbito da renovação da exposição permanente do Museu, foi apresentada a exibição “O Museu na Imprensa” Esta reúne múltiplos testemunhos, recolhidos na imprensa local e regional, associados à história, fundação, colecções e serviço educativo, através dos quais é possível reconstituir parte da história deste espaço museológico do concelho de Santa Maria da Feira. Em Maio, comemorou-se também o aniversário do Colégio. O Museu associou-se às comemorações com a mostra de fotografia “As nossas visitas ao Museu”, fruto da iniciativa promovida pelo Grupo Disciplinar de História do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas e enquadrada no âmbito do Valor em reflexão no presente ano lectivo, ”Responsabilidade Social” - neste caso é explorada a vertente da “Preservação do Património Cultural”, levando os alunos dos 7º, 8º e 9ºanos a visitar, descobrir ou redescobrir o Museu e, sobretudo, a sensibilizar para a importância da preservação do nosso património. Um Verão recheado de actividades para as diferentes faixas etárias O Museu iniciou o mês de Junho com a comemoração do Dia Mundial da Criança (1 de Junho). Neste dia, o Capuchinho Vermelho orientou as visitas no Museu, bem como o pe- Com as férias escolares chega a Oficina de Verão ao Museu, este ano de 21 de Junho a 13 de Agosto Diariamente serão promovidas diversas actividades e oficinas destinadas a diferentes faixas etárias que pretendem sensibilizar para aspectos patrimoniais e ambientais, recorrendo a diferentes materiais e técnicas. Destas oficinas destacamos algumas: “Cortiça... Rolha... Sala da Cortiça!”, “O Fantoche que habita na nossa imaginação”, “Pintar, pintar... com o quê?!”, “ Beber, Criar, Brincar e Reduzir”, “Verão: festas, romarias e um instrumento todos os dias!” e “ Sensações de Verão!”. O Museu tornase assim o local ideal para conhecer o passado, recriá-lo no presente para garantir o futuro. Além da Oficina de Verão, com a chegada desta nova estação do ano, o museu apresentará uma nova exposição “Miúdos a graúdos, um ano de Serviço Educativo no Museu” que ilustra o trabalho desenvolvido por todos os participantes neste serviço através da utilização de diferentes abordagens artísticas, da pintura, ao desenho, passando pela escrita e teatro, até à fotografia, o vídeo, entre outras. Desejamos um excelente Verão para todos e esperamos recebê-los no Museu! Susana Ferreira Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas 13 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | “Não se tem uma biblioteca para arrumar os livros, mas para guardar LEITURAS aqueles que é preciso ler”. Umberto Eco CIDADE DE LADRÕES LIVRAI-NOS DO MAL de David Benioff de Romain Sardou Dom Quixote, 296 páginas Bertrand Editora, 352 páginas “Cidade de ladrões”, de David Benioff, é um livro assombroso que nos transporta para a 2ª Guerra Mundial, concretamente ao cerco de Leninegrado pelas tropas nazis. Os protagonistas são dois rapazes que vão ser executados, mas que, determinados a sobreviver a todo o custo, aceitam uma terrível tarefa: numa cidade cercada e faminta terão de arranjar uma dúzia de ovos para o bolo de casamento da filha de um poderoso coronel. Lev e Kolya embarcam assim numa missão de cinco dias enfrentando atrocidades indescritíveis: cadáveres alemães a cair do céu; canibais a vender salsichas feitas de carne humana; uma das cidades mais belas do mundo em ruínas; cães que se tornaram bombas à procura de Panzers; soldados congelados transformados em letreiros. Uma inesperada relação de cumplicidade acaba por se estabelecer entre os dois companheiros, numa odisseia que tanto poderá conduzi-los à morte como à sobrevivência. Professor João Sousa Este é um romance histórico repleto de mistérios, assassinatos e superstições, com personagens complexas e credíveis, a que se juntam um ritmo vertiginoso e um desenlace surpreendente. Em pleno século XIII, numa pequena povoação francesa, de nome Cantimpré, um rapazinho a quem se atribuem poderes curativos é raptado por homens vestidos de negro que irromperam na aldeia de forma selvagem, semeando o pânico e a morte. Desesperado, o padre local parte em busca de Perrot e segue a pista dos seus sequestradores pelo país, enfrentando os mais diversos perigos. Entretanto, em Roma, o investigador Bernardo Gui trabalha no caso da morte, em circunstâncias estranhas, de quatro cardeais. E as duas buscas cruzam-se. Ambas apontam na mesma direcção: para um mundo em que a corrupção, a superstição e a ignorância levam à morte e ao triunfo do mal. Livro verdadeiramente empolgante. Professor João Sousa Valter hugo mãe Escritor cativa auditório No dia 4 do mês de Maio, a biblioteca envolveu-se em mais uma iniciativa no âmbito do seu plano de actividades. Assim, respeitando a sua função pedagógica e formativa, proporcionou, à comunidade educativa, um encontro com um escritor já conceituado no mundo da literatura. Desabafo Escrevo sem intenção alguma. Talvez seja uma maneira de aliviar, de repousar a cabeça e tentar, de alguma forma, ir para outro lugar. Não me perguntem se este texto tem lógica, pois sei que não vão ter uma resposta clara. Olho para todo o lado e vejo um variável número de pessoas, mas é como se nada nem ninguém me pudesse compreender, nem me conseguisse ouvir. Durante a noite, refugio-me num sítio apenas meu, onde consigo arranjar forJoana Reis da Silva ças para ultrapassar 10ºA5 todos os obstáculos. Um sítio secreto, silencioso, escuro e amargo. Ao acordar, todos os dias, encho o peito de coragem para conseguir abrir os olhos e voltar ao mundo real. Passo a passo, vou fazendo a minha caminhada, o melhor que sei, tentando ajudar os outros. De um certo modo, sinto-me realizada ao fazer com que os outros se sintam bem, já que eu não consigo acabar com os meus fantasmas. Novamente à noite, sinto um toque suave, uma respiração leve, uma voz suspensa e duradora que me faz sentir segura e que me acalma até que eu acabe por adormecer. Eu sei que és tu, mamã, continuas comigo como se ainda estivesses presente. Já se passaram 5 anos e a dor permanece, assombra-me, deixa-me desorientada. Não sei qual será o meu rumo sem ti, mas peço a Deus que o meu destino esteja marcado a teu lado. Porque é que não somos imortais? As minhas forças esgotam-se dia após dia e ficam coisas por dizer… Às vezes devíamos ser crianças… Era tão bom… Este ano, convidou-se uma personagem multifacetada no mundo das artes. Com efeito, valter hugo mãe, nome grafado com minúsculas para respeitar a personalidade e visão de vida deste escritor, pode ser definido como um artista plástico, um músico e um poeta, características que lhe permitem uma extraordinária facilidade de comunicação, como se pôde verificar no seu diálogo com os alunos que tiveram o prazer da sua presença. Neste ano lectivo, a biblioteca do Colégio optou por sensibilizar uma faixa etária que ainda não tinha sido contemplada com este tipo de iniciativa, sempre enriquecedora para os alunos. A empatia entre o escritor e os discentes foi imediata e a conversa, para satisfazer a curiosidade dos nossos jovens quanto à sua obra ou personalidade, foi prazerosa para ambas as partes, como fez questão de sublinhar o nosso convidado. Após este encontro em grande grupo, dada a disponibilidade do valter mãe, como amavelmente nos permitiu tratá-lo, cada aluno teve oportunidade de colocar mais uma outra questão em particular enquanto os livros iam sendo autografados. Antes de partir, sublinhou a simpatia dos alunos, elogiou as instalações do Colégio e mostrou grande disponibilidade em voltar à nossa escola. A equipa da biblioteca Quando éramos pequenos, quando ainda tínhamos a inocência estampada no rosto e um sorriso puro de alegria, éramos felizes (pelo menos falo por mim). E não éramos felizes por nos terem comprado alguma coisa, ou porque alguma coisa de bom tinha acontecido… Éramos felizes simplesmente porque é assim que as crianças são. Não tínhamos noção do que se passava no mundo, não fazíamos a mínima ideia do que eram sacrifícios e muito menos de que um dia tínhamos de ultrapassar obstáCatarina Sousa culos. Vivíamos na 10º A5 nossa bolha de felicidade. Corríamos velozmente com o vento a acariciar-nos a cara sem querermos saber o quão vermelhos íamos ficar depois dessa corrida ou de como ia estar o nosso cabelo no fim. A palavra “vergonha” quase não existia na nossa vida. Às vezes ainda gostava de ser criança. Principalmente pela inocência com que encarava o mundo. Não sei se por vezes é melhor não saber de nada e continuar a sorrir. Não sei se ficaria bem com 16 anos a correr pela escola fora e jogar às casinhas. Mas há momentos em que me apetece. Apetece-me não ter de me preocupar com nada, fazer birras quando alguma coisa não me agrada e no momento seguinte já estar às gargalhadas. Apetece-me ter o colo da minha mãe e mimos de toda a gente. Já não sou uma criança. Tenho obrigações, compromissos e responsabilidades que não posso recusar. Tenho de lutar pelo que quero, porque ninguém o vai fazer por mim. E isso tudo exige maturidade. E é essa maturidade que nos impede muitas vezes de sermos um bocadinho crianças. Às vezes devíamos esquecer os nossos problemas e obrigações e jogar às casinhas, ser crianças por uns momentos…. A tela da vida (ou a metáfora do ano lectivo) Começou por ser verde, cheia de desejos e objectivos. Uma tela rica em dedicação e nervosismos sempre vivos. Passou por amarela, azul e vermelha; de bichinho sonhador, a tela ganhou saber de velha. As flores sempre a atravessaram sem ninguém dar por elas, e de frésias1 cor-de-rosa, elas tornaram-se tulipas2 amarelas. Agora, a um passo de a acabar, a tela está cheia de cores; preserva-se como o mar, vida, com alguns amores. Inês Lopo 10º A5 1 2 Flores típicas do mês de Setembro. Flores típicas do mês de Junho. “Para mim, ser poeta é...” Para mim, poeta é quem escreve com o coração, é quem exprime o que sente com uma delicadeza invejável, é aquele que, em poucas palavras, descreve o que quer... Ser poeta é realizar a maior das proezas, mas sem querer ser a maior das pessoas... É ser tão realista, tão verdadeiro, que nem se repara... Ser poeta, é conseguir demonstrar tudo a toda a gente nuns simples versos. Poeta é aquele que não se vangloria. Para quem escreve, os poemas são simples palavras que todas as pessoas usam e que apenas exprimem o que sentem, o que querem, o que pensam, é uma Inês Martins Cosme das formas de comu8ºG nicar com o Mundo... Mas, para quem os lê, é ler uma sabedoria imensa, é mergulhar num conjunto de emoções e sentimentos, é cair nos nossos pensamentos como se fossem abismos profundos e, por muito tempo, não conseguirmos sair de lá... No fim de pensarmos o que é ser poeta, chegamos a uma única conclusão: a palavra “poeta” não tem um significado definido, por isso voltamos a pensar... O que é ser poeta? Ser poeta é… Ser poeta é ter a capacidade de brincar com as palavras... Ser poeta é transformar o mundo, é voar num mundo mágico, idealizar um mundo melhor, mais simples, é querer viver Eliana Neves num mundo em que 8°G o impossível se transforma no possível, como transformar a tristeza em alegria, noite em dia, ódio em paixão, ver sem olhar, sentir sem tocar, transformar o abstracto em concreto... Ser poeta é ser livre, é querer ser mais, é um inventor que pega na caneta e num papel branco e, sem se dar conta, a mão dele vai deslizando ao sabor das palavras, querendo transmitir ao próximo o que sente, o que pensa... Ser Poeta é elevar a sua imaginação... Ser Poeta é ser magia... Ser Poeta é querer sonhar mais alto. Ser Poeta é … 14 | 42 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 EQUAMAT, MAT12, BIO10-11, BIO11-12 e FIS12, Aveiro 2010 prémios ÉNS, PARAB IO! G É OL C No dia 28 de Abril decorreu, na Universidade de Aveiro, mais uma edição do Equamat. Os alunos foram acompanhados pelos professores Amélia Barros e Arlindo Silva. O colégio participou com 15 equipas de dois elementos cada, divididas igualmente pelo 7.º 8.ºe 9.º ano de escolaridade. Nas competições do Terceiro Ciclo, o Colégio participou com 15 equipas de dois elementos cada, divididas igualmente pelo 7.º 8.ºe 9.º ano de escolaridade. O nosso Colégio ficou num honroso 13.º lugar, num total de 130 escolas participantes, e 1073 equipas no 7.º ano, 1079 equipas no 8.º ano e 1035 equipas no 9.º ano. Nas competições do Ensino Secundário, os resultados foram os seguintes: Por equipas: BIO 11-12 - 2º lugar, Ana Lúcia Santos e Silva (12ºA3), Ana Sofia Gomes Costa (12ºA3). FIS 12 – 2º lugar, José Mário Costa Baptista (12ºA), Pedro Nuno Ferreira de Oliveira (12ºA) Ao nível de escola, o Colégio ficou em: 2º lugar nas competições de Biologia (BIO 1011-12). 2º lugar nas competições de Matemática (MAT12) Os alunos subiram ao palco 4 vezes para receber os prémios com um entusiasmo e alegria difícil de descrever… Enfim, uma alegria contagiante que levou a que também os professores aplaudissem e fizessem tanto ba- rulho como eles… Além da competição, os alunos participaram em diversas actividades que decorreram na Universidade ao longo do dia. É nestas alturas que sentimos orgulho do trabalho que fazemos! No final da tarde e apesar de cansados, os alunos estavam satisfeitos e com vontade de, no próximo, repetirem a experiência.Professores Amélia Barros e Arlindo Cunha Exposição Ano Internacional da Biodiversidade Assinala-se, em 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade. Associando-se às diversas comemorações que se têm registado a nível nacional e internacional, durante a semana de 24 a 28 de Maio, decorreu, no bloco IV do nosso Colégio, uma exposição de trabalhos de Ciências Naturais e Biologia do 3º ciclo e Secundário. Cada turma construiu um modelo alusivo a um tema: 7º ano - Guiness do mundo vivo; 8º ano – Espécies em vias de extinção em Portugal; 9º ano – A quem podemos chamar amigos; 10º ano – Reino Animal; 11º ano – Reino Plantae; 12º ano - Reino Monera, Reino Protista e Reino Fungi; 10º ano Desporto – Espécies do meio aquático. Os trabalhos foram observados por um júri, que classificou os trabalhos, de acordo com três critérios: apresentação, criatividade e coerência entre o modelo e o tema. No final desta iniciativa foram atribuídos os respectivos prémios. Os alunos das turmas participantes que aceitaram o desafio, revelaram interesse e empenho na execução dos trabalhos e estão de parabéns pela qualidade a apresentada a consurso. Professora Fátima Rios Alunos do 8º e 9º anos visitam a Ria de Aveiro num percurso de barco iniciativas Teve lugar nos passados dias 17, 19 e 21 de Maio de 2010, uma visita de estudo à Ria de Aveiro, envolvendo alunos dos 8º e 9º anos de escolaridade, organizada pelo Grupo Disciplinar de Geografia. A visita de estudo, que se baseou num percurso de barco de cerca de 60 minutos, pelos braços da Ria de Aveiro, teve os seguintes objectivos: localizar geograficamente a Ria de Aveiro; explicar sumariamente a formação da Ria de Aveiro/Haff-Delta do Rio Vouga; exemplificar espécies piscícolas e aves que povoam a Ria e caracterizar as actividades humanas existentes. Como é sabido, a Ria de Aveiro estende-se, pelo interior, paralelamente ao mar, numa distância de 47 km e apresenta uma largura máxima de 11 km, no sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira. A Ria foi o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do séc. XVI, formaram uma laguna que constitui hoje um dos mais importantes e belos acidentes hidrográficos da costa portuguesa, denominado “Haff-Delta”. A Ria de Aveiro abarca 11 000 hectares, dos quais 6 000 estão permanentemente alagados, desdobra-se em quatro importantes canais ramificados em esteiros que circundam um sem número de ilhas e ilhotes. Nela desaguam o Vouga, o Antuã e o Boco, tendo como única comunicação com o mar um canal que corta o cordão litoral entre a Barra e S. Jacinto, permitindo o acesso ao Porto de Aveiro, de embarcações de grande calado. É uma área rica em pei- xes e aves aquáticas e possui grandes planos de água, que constituem locais de eleição para a prática de todos os desportos náuticos. E ainda que tenha vindo a perder, de ano para ano, a importância que já teve na economia aveirense, a produção de sal, utilizando técnicas milenares, é ainda uma das actividades tradicionais mais características de Aveiro, havendo, actualmente, algumas salinas em laboração. A visita à Ria de Aveiro, decorrida durante a tarde, obedeceu ao seguinte itinerário: Canal Central - Canal das Pirâmides/Eclusa Antigas salinas/Pisciculturas - Clubes de Vela - Porto Comercial - Bacalhoeiros/Secas de Bacalhau - Estaleiros Navais. Após o passeio de barco, que se revelou do agrado de todos, houve ainda tempo para lanchar no Fórum Aveiro a fim de retemperar forças para o regresso ao Colégio, ao final da tarde. Professor José Eduardo Pascoal 15 ABRIL | MAIO | JUNHO 2010 | ENTRElinhas | 42 | Alunos do 9º ano das escolas vizinhas convidados a conhecer a nossa escola Gráfico e de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. Foram dadas algumas explicações sobre os dois cursos referidos os seus principais pontos de interesse em termos de empregabilidade. De seguida, ainda foi possível visitar os laboratórios de Biologia e Química, o Pavilhão Gimnodesportivo, o Complexo da Piscina e, finalmente, os salões de convívio, onde os visitantes puderam assistir a uma apresentação do Grupo Ritmare, que causou um impacto muito positivo pela originalidade do seu espectáculo. Também os alunos do Curso de Animação Sociocultural estiveram presentes, tendo criado a situações divertidas que deixaram os nossos convidados muito bem dispostos. A terminar, foi servido um lanche a todos no refeitório. À saída, as opiniões foram unânimes: o Colégio tem excelentes condições e equipamentos e toda a oferta em temos de cursos e de actividades de complemento curricular é muito atraente! Esperamos reencontrar muitos destes alunos no nosso Colégio no próximo mês de Setembro! Pel’ A direcção tos alunos tiraram fotografias para mais tarde recordar. Quando chegámos ao destino, um grupo foi ver as masmorras e outro foi visitar a Biblioteca. Escusado será dizer que o que mais nos impressionou, pela sua beleza e grandiosidade, foi a Biblioteca. Esta é constituída por três grandes divisões pintadas de cores diferentes: uma amarela, outra verde e a restante rosa. Achámos curiosa a explicação que nos deram acerca da existência de morcegos na Biblioteca. Pelos vistos, estes mamíferos noctívagos têm como função eliminar bichinhos que destroem os livros, alimentando-se do papel de que são feitos. Para além desta curiosidade, fomos informados de que o estilo arquitectónico da Biblioteca é o Barroco e o livro mais antigo lá existente data de 1500. Apreciámos igualmente a explicação que nos deram sobre as pinturas no tecto e que são de uma grande beleza. À saída, alguns alunos compraram algumas lembranças e ainda visitámos a igreja contígua à Biblioteca. Após um lanche retemperador, regressámos ao Colégio satisfeitos e um bom bocadinho mais cultos. Sara Sá, 6º I Com um programa composto por uma Peça de Teatro, algumas danças (músicas dos anos 80), uma animação musical (interpretação de alguns trechos em violino, clarinete e piano) e, ainda, um musical subordinado ao tema “Música na Responsabilidade Social”. Refira-se que este projecto foi o culminar do trabalho desenvolvido ao longo do ano lectivo em Área de Projecto, e foi muito bem recebido por parte dos idosos, que chegaram a comover-se. Também para todos os alunos da turma a experiência foi gratificante, e ficará, durante muito tempo, nas memórias de todos... Professor Fernando Correia Assim, elaborámos um quadro que foi montado como um puzzle pelos alunos. Cada aluno pintou duas a três peças do quadro que no fim resultou num cesto de fruta colorido com um toque de abstracto. Posteriormente, o quadro foi emoldurado. Para além disto, preparámos um lanche para oferecer aos idosos. No dia do encontro, todos se revelavam muito entusiasmados. A visita foi, formalmente, iniciada pelo “ espectáculo” musical e como foi muito bem acolhida por parte dos idosos, o espectáculo musical prolongou-se por toda a tarde. Convém, também, destacar dois dos momentos mais engraçados do dia, os quais foram o momento musical protagonizado por duas idosas que cantaram ao desafio, tal como nos seus tempos de juventude. O prolongamento do espectáculo levou, inclusivamente, à dança, em que participaram os jovens e os idosos. Estes mostraram-se entusiasmados com a animação que lhes proporcionámos. Na hora do lanche, houve um grande convívio entre alunos, idosos, professoras e funcionárias do lar. Já no fim da visita, quisemos deixar uma recordação nossa ao Lar, e assim oferecemos o quadro, realizado nas aulas de Educação Visual, o qual foi muito elogiado e agradecido pela directora desta Instituição. Esta visita foi muito gratificante para todos nós, pois conseguimos levar um pouco de alegria e animação a pessoas que se encontram diariamente sozinhas. Francisco 9º H Visitantes ficam entusiasmados com a oferta do Colégio No mês de Maio, e à semelhança do que vem acontecendo nos últimos anos, o Colégio tem convidado os alunos do 9º ano das escolas vizinhas, nomeadamente de Paços de Brandão, Lourosa e Argoncilhe, para virem conhecer a nossa oferta educativa. Pretendemos dar a conhecer o nosso Colégio a futuros candidatos aos cursos do Ensino Secundário. A primeira escola a realizar a visita foi a EB 2,3 de Lourosa que trouxe cerca de cem alunos, os quais foram divididos por pequenos grupos para mais facilmente seguirem o itinerário definido. Assim, cada grupo de alunos teve a oportunidade de visitar o Auditório e a Biblioteca, o atelier de gravura e o atelier de fotografia, tendo passado, depois, pela papelaria e bar e pela oficina de Electrónica. Aqui, os alunos do curso profissional de Electrónica, Automação e Computadores tiveram oportunidade de mostrar alguns dos projectos realizados. A visita continuou no Bloco IV, onde os visitantes foram recebidos pelos professores do curso profissional de Design Universidade de Coimbra Alunos do 6º I visitam a Biblioteca Joanina No dia 1 de Março alguns alunos de História e Geografia de Portugal, do segundo ciclo, fizeram uma visita de estudo muito enriquecedora e interessante à Biblioteca Joanina, em Coimbra. À partida, deram-nos uma folha com as regras a cumprir durante a viagem bem como no local da visita. A viagem correu sem incidentes com toda a gente bem-disposta e ansiosa por chegar. Estava um dia radiante de sol! Durante o percurso até à Universidade, mui- Visita ao lar de idosos No dia 28 de Maio, à tarde, os alunos do 9º B deslocaram-se ao Lar da Terceira Idade de Santa Maria de Lamas, onde animaram os idosos, durante cerca de 2 horas. Encontro intergeracional 9º H No dia 19 de Março de 2010, os alunos da turma H do 9º ano do Colégio efectuaram uma visita ao Lar de Idosos de Santa Maria de Lamas. Ao longo das aulas de Área de Projecto do 2º Período, os alunos vieram a preparar, da maneira mais adequada possível, a visita intergeracional que se viria a realizar quase no fim do período, mais precisamente no “Dia do Pai”, de forma a proporcionar aos avós e pais presentes no lar, um dia muito mais agradável e feliz. As actividades realizadas pelos alunos foram: Actividades musicais (mini-espectáculo realizado por todos os alunos); Realização de um quadro a ser oferecido ao lar de idosos; Actividades lúdicas; Preparação de um lanche e convívio durante o mesmo. A maior parte das aulas de Área de Projecto foi dedicada ao ensaio das músicas que, mais tarde, iriam ser apresentadas aos idosos. A disciplina de Educação Visual também contribuiu para a realização deste trabalho. iniciativas Área de Projecto – 9º B WELCOME TO NEW YORK Uma aventura chamada Nova Iorque! “Start speading the news... I’m leaving today...” Durante as férias da Páscoa 60 alunos do Colégio de Lamas embarcaram numa aventura repleta de arranha-céus, néons, história e beleza. visitas de estudo Às 5 da manhã do dia 3 de Abril concentraram-se no Aeroporto Sá Carneiro um grupo animadíssimo de alunos do Colégio de Lamas com destino à cidade que nunca dorme. Depois de uma breve paragem em Lisboa, o grupo seguiu viagem contando cada minuto que os separava do Novo Mundo. E, às 14h45 (hora local) do mesmo dia, o vislumbre tão esperado: América à vista!!! De malas e bagagens numa alegria incontida, rumámos para a Capital do Mundo. Chegados à Broadway (onde se localiza a escola), lá estavam as famílias de acolhimento, ávidas por acolher os seus “filhos e filhas adoptivos” durante uma semana. Transbordando boa disposição, os alunos acompanharam as suas novas famílias até aos seus novos lares. O Domingo de Páscoa foi passado com as famílias, dando uma oportunidade única aos nossos alunos de constatarem novas realidades, novas formas de estar, novas tradições e culturas. Segunda-Feira, dia 5 de Abril, 8h15 da manhã. Um magote de alunos extravasando uma alegria contagiante invade a “nossa” escola. Depois do “Placement Test”, os alunos foram colocados em turmas diferentes, de acordo com o seu nível de conhecimento à Língua Inglesa. E todas as manhãs, às 8h30, os alunos recolhiam às respectivas turmas para adquirirem mais conhecimento sobre as tradições americanas, a sua história e cultura. E, principalmente, para obterem mais destreza linguística na comunicação em Inglês. Da parte da tarde, depois de um almoço tranquilo em Madison Park, reunimos o grupo e subimos a 5ª Avenida! Parámos em frente ao mais enigmático edifício de Nova Iorque e iniciámos a “escalada” até ao topo do magnífico Empire State Building de onde usufruímos do inebriante cenário nova iorquino. Todos os dias a rotina se repetia da parte da manhã. E, todas as tardes, éramos surpre- endidos com novos locais e visitas de pasmar. Deambulámos pelas ruas frenéticas de Manhatten, deixando-nos seduzir pelas vitrines da 5ª Avenida e pelas Salas de Espectáculo da Broadway. Navegámos até à Estátua da Liberdade e admirámos a sua magnitude. Vasculhámos Chinatown, percorremos Wall Street, admirámos o Chrisler e a Grand Central Station, atravessámos a Brooklyn Bridge, conhecemos o Metropolitan, extasiamonos em Times Square, deleitamo-nos no Central Park... Enfim, tudo tão intenso, tão genuíno, tão deslumbrante... E, num ápice, estávamos já todos reunidos na escola a despedirmo-nos das “nossas” famílias de acolhimento e a desejar que a semana que acabava estivesse a começar! “It’s up to you, New York, New York.” Professora Fátima Amorim