apresenta - Caixa Cultural
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apresenta CAIXA Cultural RJ - Rio de Janeiro - 12 a 24 de abril Caixa Belas Artes - São Paulo - 14 a 20 de abril 2016 A CAIXA, uma das principais patrocinadoras da arte e cultura brasileira, destina anualmente mais de R$ 80 milhões de seu orçamento para patrocínio a projetos culturais em espaços próprios, selecionados via edital público. Esta é uma opção da CAIXA para fazer mais democrática e acessível a participação de produtores e artistas de todo o país, bem como também dar mais transparência à utilização dos recursos da empresa. A CAIXA Cultural apresenta a mostra Bill Plympton – o Rei da animação independente que traz pela primeira vez ao Brasil uma filmografia completa do animador, que já foi indicado duas vezes ao prêmio máximo do cinema, o Oscar. Esse projeto único conta com a presença de Plympton para a realização de duas master classes, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Dado o atual momento da animação brasileira, que vem ganhando diversos prêmios nos últimos anos, a mostra trará ao público a oportunidade de conhecer a obra desse animador, diretor e produtor tão singular e multifacetado. Assim, ao viabilizar este projeto, a CAIXA contribui com o pensamento crítico e com a formação do público, dando mais uma prova do seu compromisso com os brasileiros. Desde que foi criada, em 1861, ela tem atuado intensamente na melhoria da qualidade de vida da população. Além de seu papel como banco público e parceiro das políticas de estado, a CAIXA apoia e estimula a cultura, especialmente na circulação de eventos pelas sete unidades da CAIXA Cultural. Não é fácil chegar a tantas pessoas e lugares, mas esse é um desafio que vale a pena. Afinal, para a CAIXA, a vida pede mais! Cheatin’ CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Sumário 07 Apresentação, Marão 11 Bill Plympton e os mil e um desenhos de animação, Rosana Urbes 15 Sobre um herói maldito da animação mundial, Otto Guerra 22 Entrevista com Bill Plympton 26 Biografia Bill Plympton 32 Premiações 42 Curtas: fichas técnicas e sinopses 43 25 Ways to Quit Smoking 43 30 flash animations 43 America Upper and Lower Case 43 At the Zoo 44 Boomtown 44 Drawing Lesson #2 45 Drunker than a Skunk 45 Eat 46 Gary Guitar 46 Guard Dog 47 Guard Dog Global Jam 47 Guide Dog 48 Helter Shelter 48 Horn Dog 49 Hot Dog 49 How to Kiss 50 Love in the Fast Lane 50 Lucas the Ear of Corn 50 More Sex & Violence 51 One of Those Days 51 Parking 52 Plymptoons 52 Santa: The Fascist Years 53 Sex & Violence 53 Shuteye Hotel 54 Spiral 54 Summer Bummer 55 Surprise Cinema 55 The Cow Who Wanted to Be a Hamburger 56 The Exciting Life of a Tree 56 The Fan and the Flower 57 The Flying House 57 The Loneliest Stoplight 57 The Turn On 58 Tiffany the Whale 58 Self Portrait 59 Waiting for her Sailor 59 Your Face 60 Longas: fichas técnicas e sinopses 61 62 63 64 65 66 67 Cheatin’ Hair High Idiots and Angels I Married a Strange Person Mondo Plympton Mutant Aliens The Tune 71 Programas das sessões 72 Debates e debatedores 74 Créditos Apresentação Marão Cheatin Ao me preparar para redigir o texto de apresentação da mostra de filmes que reúne pela primeira vez no Brasil a maior retrospectiva já realizada dos curtas e longas-metragens de animação do icônico realizador independente Bill Plympton, assumi que a postura deveria ser sóbria, formal e informativa. O foco desta introdução deveria ser informar que Bill Plympton nasceu em 1946, na cidade de Portland, nos Estados Unidos, que ele publicou desenhos e charges em diversos jornais e revistas (incluindo New York Times e Rolling Stones), que ele produziu em torno de 60 curtas e sete longas de animação – além de dezenas de vinhetas para a MTV e múltiplos videoclipes e comerciais – e que ele foi indicado ao Oscar duas vezes, tendo sido convidado a trabalhar como animador na Disney logo após a primeira indicação (aspiração que ele nutria desde a adolescência), cujo convite ele declinou, em prol da produção do seu então primeiro longa-metragem animado. Todavia, assim que comecei a listar os pontos mais importantes de sua carreira para organizar o texto, foi impossível relatar de forma equilibrada e isenta quaisquer fatos, simplesmente porque eu sou um animador. E – como animador – fui entusiasmadamente influenciado por ele desde que vi seus primeiros filmes em festivais de animação. Ele não seguia as regras de design nem de público-alvo infantil e nem mesmo as regras de 12 ou 24 desenhos por segundo. Os desenhos eram a lápis, sem a arte final limpa e asséptica. Ao contrário: A animação preservava os traços e rabiscos de construção do personagem, embutindo cada desenho de muito mais força. E não pintava cores chapadas com tinta; ele pintava com lápis de cor. E seus filmes tinham uma inédita combinação de intermináveis e bizarras ideias com a competência de um espetacular e ousado desenhista, capaz de produzir compulsivamente milhares de desenhos individuais – o que exige disciplina espartana –, sendo o único responsável por todos os desenhos não apenas em seus curtas mas, inacreditavelmente, também em seus longas! Para o jovem animador que eu era nos anos de 1990, isso era uma alavanca, um estímulo, um endosso colossal para eu ter coragem de fazer meus filmes também a lápis, também para o público adulto e também de forma mais autoral, com a expectativa de conseguir sobreviver fazendo esse tipo de animação independente. 7 Quando a produtora Letícia Friedrich me convidou para ser o curador desta mostra e me disse que a proposta era tentar exibir o mais amplo panorama da produção autoral do Bill Plympton já feita no Brasil, aceitei imediatamente. E aceitei como um curador que é muito mais fã do que curador. Montamos uma mostra exatamente da forma como um fã gostaria de ver. Como eu gostaria de ver! Recebemos o material e minha intenção inicial era exibir tudo que ele já fez na vida! Além de todos os curtas e todos os longas, há ainda pequenas e neófitas experiências em animação que Bill realizou na adolescência que fazem parte dos programas. Para entender a evolução e o trabalho de um indivíduo, é fundamental lançar os olhos sobre o que ele fez no começo, antes do começo. E é incrível e fascinante perceber – mesmo em testes iniciantes – a intenção que estaria presente nos 30 anos seguintes. Estúdios de animação costumam ter centenas de animadores. Um longa metragem de animação costuma empregar por volta de 400 profissionais. Bill Plympton anima tudo sozinho. Ele é responsável por todos os desenhos de todos os filmes. Isso fez com que ele optasse por desenhar menos frames por segundo. Ao invés de 12 ou 24 desenhos por segundo, ele faz em média seis ou oito e fotografa mais vezes cada um dos desenhos. Inicialmente, isso gera uma estranheza pra quem assiste pela primeira vez, mas o seu domínio de timing é tão formidável que nos primeiros minutos o espectador já oblitera essa velocidade diferenciada da retina e acompanha gargalhando as devastadoras gags. Eu já havia assistido a quase todos os filmes dele no passado, assisti de novo durante esta curadoria e quero ver novamente na sala de exibição, com a coletividade de emoção. Além das sessões, haverá debates com animadores sobre a produção do Bill e – como animador – escolhi para as mesas de debate os animadores mais perturbados e inteligentes que conheço (que sei que também são fãs do cara!), que também aceitaram imediatamente o convite justamente porque os filmes do Plympton também foram importantes pra eles. E o termo correto nem seria influência, porque o estilo deles é bem diferente. O caso é muito mais de instigação, de identificação conceitual, de atiçamento, de acicate, de espora. E a cereja do bolo será a presença física do próprio Bill no Brasil, que nos brindará com dois imperdíveis workshops (um no Rio e outro em São Paulo), onde o público e os profissionais brasileiros poderão ouvir e conversar com o rei da animação independente em pessoa. É uma oportunidade única para sabermos mais sobre 8 como sobreviver produzindo de forma independente, visto que o Bill sempre é extremamente gentil e generoso sobre todas as informações que ele julga relevantes, sem qualquer receio de concorrência e – ao oposto – feliz em poder compartilhar sua história e aprendizado (artístico, técnico e comercial) e auspicioso pelo êxito de mais e mais animadores independentes, garridos e lépidos pelo mundo. Marão, curador da Mostra e animador Formado na Escola de Belas Artes da UFRJ e diretor de animação, tendo realizado 12 curtasmetragens (Eu Queria Ser Um Monstro, Engolervilha, O Anão que Virou Gigante, Até a China e outros). Além da produção autoral, participou de mais de 300 animações para publicidade, internet, TV e cinema para o Brasil e exterior nos últimos 20 anos. Foi Presidente-fundador da ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação), entidade da qual ainda faz parte. Marão também foi professor no curso de pós-graduação em animação da PUC durante sete anos e desde 2003 é coordenador do Dia Internacional da Animação. 9 Bill Plympton e os mil e um desenhos de animação. Rosana Urbes “Somos cineastas acometidos do desvario de querer tecer cada um dos fotogramas dos nossos filmes”. Com essa introdução, costumo falar de filmes de animação para o pessoal do cinema de imagem viva nos festivais que exibem filmes dessas duas vertentes. Mutant Aliens Construímos cada fotograma dos nossos filmes, em qualquer filme de animação, seja stop motion, digital, 2D ou 3D. Nos filmes desenhados à mão, entretanto, cada novo fotograma surge de uma folha de papel em branco e deve ser pensado quase individualmente, embora seja parte integrante de um conjunto. Esse é o caso das animações dos filmes do Bill Plympton e é também o meu caso. Costumo dizer que fazemos animação do jeito que a vovó fazia: Desenhos feitos à mão, um a um, como fez Émile Reynaud no século XIX. No dia 28 de outubro de 1892, ele projetou o primeiro desenho animado da história do cinema. Três anos depois, em 1895, os irmãos Lumière fariam a primeira exibição pública de fotos em movimento com o cinematógrafo. Essa é, oficialmente, a data mais aceita no meio cinematográfico para a origem do cinema. O cinema de animação é uma forma de arte complexa que reúne todas as outras. É cinema, pois se vale dos recursos da linguagem cinematográfica, como cortes, enquadramentos e regras de continuidade, na concepção e na realização dos filmes. Como no cinema com atores, reúne a música, o teatro e também a literatura, ao contar estórias e desenhar poesias. A animação, porém, compreendeu que as artes plásticas poderiam ser cinema também. Além da fotografia, usada no cinema de imagem viva, a animação trouxe a escultura, o desenho e a pintura para os filmes. Misturou tudo em uma nova linguagem. Trouxe para o cinema o processo artístico de criar universos estéticos a partir da imaginação. Aplicou o princípio da persistência retiniana e da velocidade de projeção a esses universos gráficos criados, ou seja, o cinema. Agregou o som. Deu o sopro no nariz dessa criação visual e sonora, permitindo que o mundo unicamente imaginário pudesse existir no tempo narrativo. 11 Nas artes plásticas, usamos a nossa capacidade de transcrever a realidade física, emocional, racional em imagem inventada e formada com as nossas próprias mãos. Uma espécie de fotografia do imaginário. No cinema de animação, essas realidades inventadas se tornam estórias com som e tempo narrativo. São uma ponte direta para a percepção onírica. Sabemos conscientemente que um desenho não tem vida, não se movimenta. A animação rompe com a nossa compreensão da realidade racional. Cria universos novos, absolutamente originais e independentes do elo com a realidade física e material. São mundos dos sonhos. Não mais apenas individuais. Com o cinema de animação, nossa espécie conquistou a experiência do sonho compartilhado. Quando falamos de animação, parece que falamos de uma só coisa, mas, na verdade, falamos de várias. O cinema de animação está em constante reinvenção. São muitos os formatos, os materiais, as tintas e as cores. São infinitas as possíveis combinações que criam diferentes resultados gráficos em filmes de animação. Bill Plympton tem sido comentado entre os animadores com os quais eu convivi durante a minha carreira, em diferentes estúdios e rodas de animação. Dessa vasta gama de possibilidades, ele, como alguns de nós, escolheu contar estórias a partir do desenho. A animação também trouxe para essa mistura de possibilidades, de certa forma, a artesania. Em alguns momentos da produção de animação somos como artesãos tecendo um longo manto. Animadores como o Bill Plympton fazem desenhos que vão durar 1/12 segundo na tela. São 12 quadros por segundo usados, em média, numa cena de animação tradicional. Animadores como ele desenham um, dois, três, mil, 2 mil desenhos. É de grão em grão que um filme de animação enche o papo. Uma razão importante para Bill Plympton ser lembrado nas conversas de animadores é que ele encontrou uma veia da animação autoral impressionantemente produtiva. São muitos os seus filmes. Trinta mil desenhos foram feitos à mão por ele, em um de seus longas-metragens; 40 mil, em outro. A arte da animação quase esbarra no artesanato, sim. Na animação, porém, cada quadro exige um pensamento, uma inspiração. É preciso sentir para onde ir. Na comparação com o tecelão, são 40 mil pontos de agulha independentes, analisados um a um enquanto são rabiscados no papel, para formar um longa-metragem de animação. 12 O assunto da inspiração nos atinge muito diretamente em qualquer forma de arte, acredito, e não poderia deixar de ser assim com a animação. Acompanhamos o trabalho uns dos outros. Como a animação é tão abrangente, nos inspiramos em artistas de outras áreas irmanadas com ela, como cineastas, artistas plásticos (as), cartunistas, ilustradores (as), atores e atrizes, bailarinos (as), trapezistas. A obra de outros animadores (as) se torna também, inevitavelmente, referência para nós. A animação é, antes de tudo, uma excelente maneira de estudar a vida. É a arte de decifrar e sintetizar a expressão das formas em movimento. Estudar o comportamento dos seres vivos, portanto, faz parte da trajetória de artistas de animação. Vivemos com as antenas ligadas para compreender as linhas e as formas dos seres vivos, como se movimentam e em que tempo se movimentam. Procuramos decifrar como essas linhas, formas e tempos de movimento representam e expressam sentimentos, intenções e pensamentos. Depois que animamos nossa primeira cena na vida, nunca mais iremos a um bar, baile ou jogo de bola com a mesma atitude de antes. Por causa da animação, estamos mais ou menos condenados a buscar compreender como a vida se expressa por meio da forma: Como se comportam visualmente as atitudes do corpo ou as linhas do rosto para que uma pessoa pareça orgulhosa ou tímida? Qual a velocidade de deslocamento de um corpo durante um tropeço? Essas são questões que povoam o pensamento de um animador em qualquer situação, como durante uma balada, um almoço de família ou um casamento, por exemplo. A outra fonte dessa investigação e desse estudo, como eu disse, é o trabalho dos nossos colegas de ofício. A inspiração que leva um animador a se enveredar pelo processo de comunicar ideias por meio de um filme de animação ou o que leva esse animador ou animadora a dedicar horas, dias e meses em frente a uma mesa de desenho para completar ideias e concluir um filme é assunto que sempre nos interessa. A trajetória de alguns de nós, suas descobertas, avanços, até mesmo a sua determinação são motivos de inspiração para seguirmos. Bill Plympton, seu trabalho e sua trajetória, como eu disse, têm sido motivo de inspiração para muitos da minha geração de animadores. Também como o Bill P., eu desenho animação rascunhada quadro a quadro. Gosto de todas as possibilidades estéticas que o universo da animação apresenta, mas não sei como pensa um animador 3D, por exemplo. Imagino que é tão diferente da animação a lápis, que é 13 quase como comparar animar com dançar balé clássico. Sinto que a animação em si já apresenta situações suficientemente complexas a serem integradas umas às outras numa cena, como enquadramento, design, perspectiva, atuação de personagem. Pensar também quais comandos e quais shortcuts devo usar (no caso de animação 3D, no computador) para animar a cena cria, para mim, uma dificuldade extra que afasta do pensamento da animação em si. Por isso, a escolha do rascunho. Meu encontro com o ato de fazer animação aconteceu com o desenho a lápis. O movimento sentido e rapidamente esboçado no papel foi minha primeira e mais autêntica forma de traçar a conversa da cena animada. Me interessa o rascunho cru, é direto, intuitivo. Gosto de ver o processo de pensamento deixando rastros no papel. As escolhas que não foram feitas e que ficam com o traço mais claro. A tensão emocional de um desenho mais complicado, mais rabiscado, mais sofrido. Tudo isso aparece nos esboços. A animação rascunhada revela o processo de descoberta da cena, o processo de pensamento do animador, suas fragilidades e suas certezas no desenho que se define. Pouco tempo atrás, a produção de animação era muito mais difícil do que é hoje. As escolhas pareciam ser, simplificando um pouco, o cinema absolutamente alternativo, heroico e experimental, por um lado, ou a oportunidade de trabalho em um grande estúdio, por outro. O Bill Plympton era alguém que encontrava uma solução intermediária. Fazia cinema autoral, mas encontrava um meio de produzir muito rapidamente e, assim, continuar fazendo novos filmes autorais. E continuou. São cerca de 60 curtas e sete longas, todos desenhados à mão e por ele mesmo. Rascunhados, pensados, sentidos, viscerais. Tudo isso aparece no papel e nos seus filmes de animação que se projetam nas telas de cinema. Sua capacidade de realização é um marco para a história da animação. Rosana Urbes, cineasta e animadora. Durante anos trabalhou como animadora nos estúdios Disney, fazendo parte da equipe de animação dos filmes: Mulan, A nova onda do Imperador e Lilo e Stitch. Atualmente reside em São Paulo, onde tem seu próprio estúdio e realiza seus trabalhos autorais. Dirigiu recentemente o curta Guida, que ganhou o prêmio de melhor curta no Festival de Annecy (França), principal festival de animação do mundo. 14 Sobre um herói maldito da animação mundial Otto Guerra Me identifico muito com o trabalho do Bill Plympton. O cara navega no mundo underground do desenho animado. Faz filmes para adultos e comédias, tudo de forma independente. Fico à vontade para escrever sobre ele pois nossa pequena produtora aqui no Brasil faz algo bem parecido desde 1978. A grande diferença é que ele mesmo anima e faz a direção de arte de seus filmes. Eu animava e fazia roteiros até 1990. Parei de desenhar e assumi que o trabalho da nossa produtora era coletivo, e também já não gostava mais do meu próprio desenho. Eu mesmo animei quase todos os 600 filmes comerciais da produtora no início. Meu desenho perdeu a personalidade, ficou pasteurizado. Eu desenhava sempre bonecos sorridentes, mentirosos e estúpidos. Enchi o saco. Mas até hoje me perturba esse fato, o de ter parado de animar. Desde 1990, conto com colaboradores para desenvolver as minhas ideias, geralmente baseadas em outros autores com os quais me identifico. Afinal, seria preguiça ou lucidez? Parei de desenhar e o mundo agradece, acredito. Adoraria voltar a desenhar, no entanto acredito que para isso precisaria de uma espécie de fé ou de uma ingenuidade qualquer que eu perdi, infelizmente. Talvez eu encontre de novo essa estranha e irresistível vontade perdida ou, quem sabe, um fato que me obrigue a voltar a desenhar. Tomara. Cem mil, 200 mil desenhos que se sucedem numa controlada sequência matemática e sensível que, dependendo da habilidade, funciona ou não. Animação é para fortes. Bill Plympton é um desses. 15 Desculpa eu falar tanto na minha pessoa neste texto sobre o Plympton, mas eu me amo também, assim como amo esse cara que mal conheço pessoalmente. Amo seu trabalho. Voltando, então, a mim. Creio que há grandes chances de existir o tal mundo real e um outro. Para alguém que desenha, pinta telas, compõe música, literatura ou qualquer forma de arte, esse outro mundo passa a ser onde habitamos. Quando eu desenhava, entrava dentro das páginas dos quadrinhos, na história que eu estava contando, ficava imerso nelas. Fora dali, quando, por exemplo, minha mãe chamava para o almoço ou eu tinha que ir para o colégio, tudo ficava opaco, cinza e fora de foco. O que seriam esse mundos, afinal? Uma vez, diante do quadro As Meninas, de Velázquez, percebi que dentro da tela tudo parecia vibrante e vivo. Fora da tela, as pessoas com seus celulares, quase sem cores, tristes e mortas. Vejam, Bill Plympton está ali, dentro de seus filmes. O que vemos projetado no screen é seu sangue e suas entranhas. Nada menos que isso. Admiro o conteúdo, a lucidez, a iconoclastia, a clareza, a graça, o seu inconfundível estilo, a fluidez e o ritmo alucinante de seus filmes. O cara beira o sagrado. Ou seria uma manifestação de algo sagrado mesmo? Bem, de volta ao mundo opaco. Nessa tal vida real, Bill Plympton é uma lenda da animação mundial. Eu sabia várias histórias suas por meio de conversas com outros realizadores e até cruzando com ele mesmo, em alguns festivais mundo afora. Lá estava ele com sua indefectível mala cheia de filmes em DVD, cartazes, livros, etc., tudo de sua autoria e tudo à venda, com uma assistente sua. Confirmei uma de suas lendas lendo sua biografia. Ele recusou uma proposta milionária da Disney, teria que assinar um contrato de exclusividade. O mundo agradece! Disney e Plympton habitam planetas distantes, um ofuscaria o outro. Ou Bill Plympton amenizaria suas histórias e perderia suas principais virtudes ou a Disney teria que se reinventar. Esclareço aqui que admiro também a Disney e seus filmes. Mesmo com todas as fórmulas que repetem a luta do bem contra o mal, eles foram fundamentais para que eu acreditasse e me empolgasse com o mundo do desenho animado. Mogli, na década de 1960, me abduziu, mas A Bela Adormecida, de 1959, é meu filme preferido da Disney. Recentemente soube que esse foi o primeiro longa-metragem 16 com diretor de arte contratado, atividade que antes ficava a cargo dos geniais animadores da casa mesmo. Daí o motivo dos filmes da Disney parecerem todos iguais no quesito direção de arte, além, claro, daquelas fórmulas todas dos roteiros. Mas diante dessa proposta da Disney, aparece o grande conflito que cerca qualquer atividade humana, qual seja. Digamos que exista liberdade ou livre arbítrio, coisas do gênero. De repente ficar cara a cara com uma escolha que mudará radicalmente sua vida e sua carreira, ter que decidir entre dois mundos, uma proposta aparentemente libertária em termos financeiros, a vida assegurada até a morte ou a aposentadoria, ou seguir trabalhando de forma diletante e sofrida. Eu acho fantástico pessoas que têm opções por méritos. Daí, o Plympton ficou frente a frente com o próprio cramulhão, metaforicamente falando, que lhe ofereceu uma mala com zilhões de dinheiro e, mais ainda, dentro da sua área de atividade! Assombroso, sonho realizado. Será mesmo? Analisando profundamente e com muita calma, se por um lado o dinheiro nos liberta da chinelagem de não ter os meios para produzir os próprios filmes, por outro nos obriga a entregar tudo a um chefe, nesse caso a Disney. Tudo mesmo, qualquer trabalho de sua autoria ficaria comprometido, tratando-se de ideias originais de Plympton. Vivemos num mundo movido a vil metal, sei bem. Mas lembro que um pensador pré-anarquista, também norte-americano, chamado Henry Thoreau disse, certa vez, algo assim: No momento em que o dinheiro se interpõe entre uma pessoa e seu objetivo, essa pessoa está perdida. O dinheiro passa a ser seu objetivo. E o que o dinheiro significa, em última análise? Em excesso, apenas que precisamos encontrar formas de gastá-lo e, assim, perder a vida. Pois bem, ele não aceitou. Por experiência própria posso afirmar que filmes são feitos, antes de qualquer coisa, por paixão. Se houver meios para produzir, melhor, se não houver, foda-se. Dá-se um jeito de viabilizar. Quando eu era menino e fazia animações, mandei um pequeno filme em 16 mm para algumas produtoras e escolas norte-americanas. Aqui em Porto Alegre, animação era universo pra lá de rarefeito. Eu mesmo animava, revelava, sonorizava e copiava os filmes. 17 Recebi uma proposta de ir dar aulas numa escola que se chamava Pica - Princeton Institute of Communications Arts. Seria um primeiro passo para trabalhar na meca da animação ocidental. Mas uma grande amiga minha, bem mais experiente que eu, me disse naquela ocasião: “Melhor ser a cabeça do rato que o rabo do leão”. E não fui. Numa recente entrevista, Plympton disse que hoje em dia aceitaria proposta de um grande estúdio para fazer um filme. Ele assombrou o mundo com seus filmes desconcertantes e cults. Acho que uma produtora que depende de mercado e de público grande para pagar os custos não se arriscaria a produzir um filme do calibre das ideias dele. Lamentavelmente. Se um dia eu tiver uma grande produtora, farei uma proposta para ele. Mas como os filmes que faço também não cativam o grande público, jamais terei essa chance! E se tivesse uma proposta de trabalho para fazer o filme que eu quisesse, sem limites de orçamento, eu também aceitaria, mas isso nunca vai acontecer. Não fiquei impune fazendo os longas Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays, Sbórnia ou Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’roll. Já que citei nosso longa Wood & Stock, lembro que tive a grande sorte de o Bill Plympton ser presidente do júri de um festival de cinema em Córdoba, na Espanha, em 2007. Havia filmes do planeta todo, nenhuma chance de levarmos qualquer prêmio. Mas ganhamos como melhor filme! Nos bastidores, outros jurados me falaram que o Bill Plympton havia gostado muito do nosso filme e o defendeu de forma magistral. Suponho algo que ele deve ter pensado: “Como alguém em sã consciência faria uma comédia adulta, longa-metragem, em desenho animado sobre dois velhos hippies, gordos e drogados? Merecem!”. Bem, particularmente, considerando todo esse trabalho, a começar pela criação dos personagens baseados na obra do Angeli, o roteiro escrito com cerca de dez tratamentos ao todo, passando inclusive pelo crivo da oficina de roteiros do festival de Sundance e, o principal, tratando-se de uma animação complexa, trabalho primoroso da maravilhosa equipe da Otto Desenhos Animados, movida a pura paixão, já que o orçamento do filme todo foi cerca de 300 mil dólares!, é um trabalho único. Esse prêmio de melhor filme em Córdoba, na prática, considerando minha situação pré-falimentar naquela ocasião e em termos de imediatismo, foi bem melhor que o Oscar, pois havia um prêmio em dinheiro de alguns milhares de euros e, como sempre ao final dos filmes estamos endividados, aquele dinheiro nos salvou da bancarrota. 18 Fui júri em diversos festivais também e sei da dificuldade que é comparar trabalhos díspares e ter que fazer uma escolha. Temos que escolher baseados não só em questões estritamente técnicas, mas também em gosto pessoal. Obrigado Sr. Bill Plympton, o senhor tem muito bom gosto! “hehehe” Hoje, saber que existe um sujeito chamado Bill Plympton que faz um trabalho admirável e atua de forma independente é um incentivo muito grande para seguir tocando nossos filmes da forma como fazemos. Creio que a capital do mundo, da civilização ocidental, atualmente é Nova York. E mesmo lá resiste um criador do calibre dele que não se vendeu à imensa riqueza da indústria de seu país. Puta alento. Vivo no Brasil, país que tem potência e que detém riquezas imensuráveis em todos os sentidos, materiais e culturais. A riqueza cultural brasileira, a forma com que contamos histórias, no nosso caso, expressas nos longas de animação, tem causado espanto no universo do desenho animado, nos mais importantes festivais nacionais e internacionais. O Menino e o Mundo, do Alê Abreu, recentemente representou o Brasil no Oscar de longa-metragem de animação como um dos cinco indicados, concorrendo com grandes produções como a da Pixar. Mesmo o nosso Até que a Sbórnia nos Separe. Quando ele foi exibido na Dreamworks, onde os animadores costumam tolerar cinco ou dez minutos nesse tipo de exibição, eles ficaram até o final e depois ainda cercaram nosso diretor de animação e o bombardearam de perguntas: “Como pode isso?”, “Como vocês fizeram esse filme?”, “Como assim, sem final feliz???”. Talvez porque nossa cultura e nossa forma de fazer filmes sejam desatreladas das fórmulas do “cinemão” norte-americano, sem dúvida o melhor e o pior cinema do mundo, não pareçam também com os clássicos filmes da Europa, muito menos com os filmes japoneses e orientais. Existe uma bem-vinda originalidade. Cinema. Mais de 100 anos de evolução. E lá no começo um competente presidente sabia que a forma de conquistar o mundo todo era através da tal sétima arte. E foi isso que aconteceu. Crescemos vidrados no audiovisual do grande irmão do norte. Agora, difícil achar espaço nos cinemas para exibir filmes independentes. Precisamos aprender a contar histórias para o grande público também. Os filmes do Bill Plympton, que poderiam seguir o padrão da indústria de seu país, são absolutamente originais, filmes de um autor com forte personalidade e muita autonomia. 19 Me arrisco até a citar o trecho de uma letra, creio que de um compositor luso brasileiro chamado João Ricardo e de seu pai, João Apolinário, que penso que tem a ver com a trajetória de Bill Plympton: E no centro da própria engrenagem (...) E envolto em tempestade, decepado Entre os dentes segura a primavera! Talvez traduzido para o inglês, o sentido mude, sempre me preocupo muito com essa questão de versões em línguas diferentes, poesia mais ainda. Como traduzir, por exemplo, o poeta Mário Quintana: “Estes que aí estão atravancando meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!”? Verter isso para qualquer outra língua, impossível. Explicar a poesia? Tentarei de qualquer maneira. Fazer papel ridículo é uma forma de expressar o amor que sinto pelo trabalho desse incrível criador, Bill Plympton. E no centro da própria engrenagem (ele mora no país com maior tradição e maior indústria do mundo, na animação) (...) Envolto em tempestade, decepado (poucos meios para realizar seu filmes, passando dificuldades para finalizá-los) Entre os dentes segura a primavera! (mantém suas convicções e conta as histórias que quer contar) Nascido em Porto Alegre, possui uma vasta carreira como diretor de animação. Em 1978, abriu a produtora Otto Desenhos Animados, onde produziu seu primeiro curta, O Natal do Burrinho (1984), selecionado para os festivais de Gramado, Bilbao (Espanha) e Oberhausen (Alemanha). Depois vieram filmes como Treiler – Uma Última Tentativa (1986), O Reino Azul (1989) e Novela (1992) – os três vencedores do prêmio Coral de Animação no Festival de Havana. Em 1994 lançou o seu primeiro longa como diretor, Rocky & Hudson, vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Brasília. Em 2006, exibiu Wood & Stock: sexo, orégano e rock’n’roll no 10º Cine-PE, onde o longa ganhou o prêmio especial do júri. Em 2014, lançou o filme Até que a Sbórnia nos Separe, exibido no Anima Mundi e no Festival de Annecy. 20 Drunker than a skunk Otto Guerra, diretor e animador. Entrevista com Bill Plympton Era fundamental e aguardada para este catálogo uma entrevista inédita com o Bill Plympton, pelas abundantes abelhudices e interesses que o público e os animadores nutrem sobre o seu trabalho. Contudo, trata-se de um realizador tão único e incomum que abdicamos da hipótese de uma entrevista formal, conduzida por um jornalista. Ao invés disso, optamos por uma proposta tão exótica quanto suas produções: Convidamos oito distintos e estrambólicos animadores e animadoras do Brasil para que cada um fizesse uma pergunta. E eu (como curador) e Letícia Friedrich (como produtora da mostra) aproveitamos e fizemos perguntas também. Não poderíamos perder a oportunidade! E ele respondeu a todos: [Eduardo Perdido] Quais seus desenhos favoritos de infância e quais os que mais te influenciaram? Comecei com os desenhos da Disney, claro. O programa semanal Clube do Mickey e o programa das noites de domingo, O Maravilhoso Mundo de Disney. Depois disso, é claro, eu curti Pernalonga, Patolino e Papa-Léguas. Foi quando eu conheci os diretores Tex Avery, Chuck Jones e Bob Clampett. Eu também gostava dos desenhos do Popeye e do Super Mouse. The Tune [Thomas Larson] Por que você faz filmes animados? É uma ótima pergunta. Apesar de ser bancário, o meu pai era um grande comediante, e me impressionava a forma como ele agradava ao fazer as pessoas rirem. Eu não sei contar piadas, mas sei criar desenhos que fazem as pessoas rirem. Para mim, essa é a maior recompensa de fazer filmes animados. Mas, além disso, eu adoro desenhar. Me divirto quando passo o dia desenhando. [Fábio Yamaji] Qual a importância do curta para o cinema de animação? Sei que para o pessoal de Hollywood, o único motivo para fazer curtas é fechar um contrato com um grande estúdio. Só que eu adoro fazer curtas e acho que eles são uma forma de arte fantástica. Podemos contar histórias ótimas em poucos minutos. Foi por isso que eu já fiz uns 60 curtas e continuo trabalhando com curtas até hoje. 23 [José Bessa “Elesbão”] Seu estilo, por vezes, me remete aos esboços do quadrinho impresso, os pontos de vista estéticos e conceituais. É algo que sugere proximidade, como se fôssemos os autores em nossos sketchbooks. Você concorda que essa informalidade, depois acompanhada por outros, exerce um apelo sobre o público, transformando-nos em codiretores imaginários e mesmo estimulando novos autores? Seria uma desmistificação da animação 2D? Meu estilo vem do início da minha carreira, de quando eu trabalhava como ilustrador e caricaturista. Eu gosto do visual do lápis ao contar uma história, é muito elegante. É como ir a um museu e ver as águas-fortes ganhando vida. Não tenho dinheiro nem tempo para fazer uma animação no estilo Disney, mas também acho que o público quer ver algo diferente, algo que pareça feito por um artista. [Marão] Quantos segundos você anima por dia? E quanto tempo por dia (ou por noite) você passa animando? Em um dia cheio, posso animar uns vinte segundos. Eu costumo sentar à mesa às 5h e trabalhar até as 21h, fazendo intervalos para comer e atender o telefone. [Rosaria] Você contrata pessoas para ajudar na animação? Se sim, você exige que a pessoa faça por seis (by six)? Você acha que rola uma escola de animação estilo Bill Plympton? Com certeza existe um estilo Bill Plympton. As pessoas dizem que sempre reconhecem o meu trabalho. Não tenho assistentes de animação. Faço toda a animação sozinho, além dos storyboards, dos layouts e dos backgrounds. O meu estúdio é bem pequeno. Tenho um gerente de escritório, um produtor, um diretor de arte, três coloristas e três estagiários. [David Mussel] Qual a motivação para usar um timing em six (1 desenho a cada seis frames)? Foi observando animação japonesa ou experimentação? A produtividade influenciou? Eu raramente uso um timing em six. Uso quatro frames para cada desenho, se a ação for lenta, ou três frames por desenho, se for mais rápida. Se a ação for muito rápida, eu faço dois frames por desenho ou talvez até um. Isso porque não tenho muito tempo para fazer meus filmes e até gosto do estilo rústico e arrojado de animação. 24 [Otto Guerra] Até que ponto o fato de morar na capital do mundo influencia no seu trabalho, tanto na questão de viabilizar seus filmes quanto em termos de conteúdo? Acho que eu posso fazer filmes em qualquer lugar do mundo e ser bem-sucedido. Eu só gosto de Nova York por conta da intensidade e do absurdo. Essa cidade é como uma animação. [Cesar Cabral] Quando você está realizando um filme você pensa no público que vai assistir? Isso determina o caminho pelo qual você conduz sua direção? E quão importante é o feedback do público após sua exibição? Não, o que me inspira são as histórias que eu quero contar, mas é claro que eu espero que o público goste do filme. Isso é muito importante para mim. O retorno é muito importante, eu preciso que o público goste dos meus filmes. [Letícia Friedrich] Sabemos que os filmes de animação independentes (assim como os longas de ficção que não são produzidos por grandes estúdios americanos) têm grandes dificuldades para encontrar espaço para distribuição. Como você faz e pensa a distribuição dos seus filmes? Distribuir os meus filmes é difícil, ainda mais porque não são feitos por um grande estúdio (meus orçamentos giram em torno de US$ 200 mil por filme), não são animados por computador e não são feitos para crianças. Só que meus filmes são famosos em outros países, como França, Espanha, Alemanha, Portugal e Coreia. Eu venho tendo sucesso com a distribuição digital, então esse parece ser o caminho certo, já que tenho muitos fãs na internet. Obrigado, Bill Plympton. 25 26 Biografia Bill Plympton Nome forte na animação independente norte-americana, Bill Plympton foi indicado duas vezes ao Oscar, em 1988 e em 2005, recusou um contrato milionário com a Disney, fez em torno de 60 curtas e sete longas de animação, além de outros três em live action, e se tornou conhecido pelo traço inconfundível, enredos surreais e pela proeza de produzir, dirigir e desenhar filmes inteiros sozinho e à mão, frame a frame. O gosto pelo desenho veio na infância, impulsionado pelo tempo chuvoso de Portland, Oregon, sua cidade natal, que o obrigava a passar longos períodos dentro de casa. Ele brinca que de lá saíram tanto psicopatas quanto artistas como Brad Bird, animador da Pixar que dirigiu Os Incríveis e Ratatouille. Bill Plympton por Ben Hider Aos 13 anos, Bill visitou a Disneylândia pela primeira vez. Aos 14, reuniu seus melhores desenhos do Mickey, do Pato Donald e do Pateta e enviou à Disney, na esperança de ser visto pelo próprio Walt ou, quem sabe, acabar conseguindo um trabalho por lá – o primeiro contato de Bill com a animação foi pela TV, assistindo à produção do maior estúdio do gênero no mundo. Em resposta, Plympton recebeu uma correspondência assinada pela equipe Disney em que lhe diziam que seus desenhos eram promissores, mas que ele era ainda muito jovem para entrar para a equipe. Anos mais tarde, após a primeira indicação ao Oscar com o curta Your Face, Bill recebeu a visita de um advogado da Disney de terno e maleta na mão, oferecendo-lhe um contrato de três anos que valia U$ 1 milhão. Era a realização de um sonho, pensou Bill, a princípio. Impressão desfeita pouco a pouco, ao longo da conversa. O animador conta que esperava trabalhar para a Disney e, nos fins de semana e dias de folga, se dedicar aos próprios filmes, a seus projetos não convencionais. O advogado disse que tudo bem, mas toda a produção dele pertenceria à Disney. _ E se eu contar uma história engraçada a alguém? _ Será da Disney. _ E se eu tiver um sonho? _ Também – narrou Bill, em uma das inúmeras vezes em que falou sobre o episódio. 27 No livro autobiográfico Bill Plympton, Independently Animated, ele conta que, à época, U$ 1 milhão era uma enorme quantia para um animador independente e afirma que esse foi o custo aproximado de todos os curtas e longas que fez até 2011. Mas o fato de estar no meio da produção de seu primeiro longa de animação, The Tune (que Bill acreditava ter tudo para ser o novo hit da cena independente norte-americana), ter que mudar para a Califórnia (ele mora em Nova York desde 1968) e fechar o próprio estúdio pesaram na decisão. Além disso, o cenário estava mudando, havia mais financiamento e distribuidores e, caso The Tune fosse mesmo um sucesso, Bill acreditava que poderia se tornar uma espécie de Spike Lee ou Jim Jarmusch da animação, conseguindo unir popularidade e independência artística. Plympton queria dizer sim à Disney, mas, devido às condições estabelecidas no contrato, acabou dizendo não. À época do lançamento do livro, Plympton foi perguntado, numa entrevista, se, caso uma nova proposta lhe fosse feita, aceitaria um convite para dirigir um filme da Disney. Ele respondeu: “Sim. A resposta (o não dado nos anos de 1980) foi naquela situação. Eu adoraria. Brad Bird começou como independente, foi contratado pela Pixar e está muito bem. Se a Pixar, a DreamWorks ou a Blue Sky me chamassem para dirigir um filme, eu adoraria. Se o filme parecesse interessante, se o dinheiro fosse justo, eu adoraria”. 28 I married a strange person “Olhando em perspectiva, eu sei que tomei a decisão correta, mas, claro, algum arrependimento permanece. Eu queria ter tentato, ter tido meu nome em um longa da Disney e ter trabalhado com o grande panteão de artistas Disney. Meu sonho Disney havia acabado, mas foi substituído por um novo, com um novo caminho pela frente, cheio de altos e baixos, mas com minhas mãos ao volante”, afirmou, em Bill Plympton, Independently Animated, publicado em 2011. “Um problema que eu tenho na minha carreira é que as pessoas conhecem meu trabalho, meu estilo, elas assistem, mas não conhecem quem fez. Eu sou meio que um cara anônimo, uma figura cult. Eu queria ser um artista mainstream. Eu queria exibir meu filme em 200, 300 cinemas ao redor do país, ter muita publicidade, outdoors... Eu quero ser popular, não quero ser um artista underground”, afirmou Bill. O traço de Plympton é inconfundível. Seus filmes são em 2D, feitos à lápis ou em uma combinação de lápis e aquarela. Ele diz que costuma fazer todos os desenhos sozinho para manter os custos baixos e não acabar ficando apenas com as partes burocráticas e menos divertidas do processo de produção de uma animação, já que desenhar é, para ele, a parte mais prazerosa de todo o processo. Hair High, por exemplo, é um longa feito a partir de 30 mil desenhos. Para não encarecer o projeto, Plympton também costuma abarcar outras etapas da elaboração de seus filmes, como a produção. A carreira de Plympton na animação não se deu apenas no cinema independente. Ele fez vários trabalhos publicitários para marcas como Taco Bell, AT&T, Nike, Geico, United Airlines e Mercedes-Benz, além do jogo Trivial Pursuit. Também fez muitos trabalhos para a MTV e um clipe para Kanye West. Quando Plympton terminou a faculdade, dizia-se que a animação havia morrido e, de fato, havia pouca coisa de destaque sendo feita no mundo. Por 15 anos, Bill deixou de lado o sonho de fazer filmes e atuou como ilustrador e cartunistas. Seus trabalhos dessa época foram publicados em jornais e revistas como a Vanity Fair, a Rolling Stone e o The New York Times. Na animação, Plympton costuma dizer que segue três dogmas básicos: filmes curtos, baratos e engraçados. Nas entrevistas, costuma contar que o pai era uma pessoa engraçada e que ele, por não haver herdado o dom da oratória da figura paterna, gostava de fazer os outros rirem por meio dos desenhos. Muitas das ideias engraçadas que Bill usa nas animações vêm do tempo em que fazia cartoons. Bill Plympton começou a carreira de animador com curtas-metragens. Com eles, ganhou vários prêmios, o que o impulsionou a encarar um novo desafio e fazer o primeiro longa. Mas financiar o projeto não foi fácil e Plympton acabou lançando partes do filme como curtas para conseguir levantar recursos e viabilizar a obra. 29 The Wiseman e Push Comes to Shove, por exemplo, faziam parte de The Tune e foram lançados antecipadamente com esse objetivo. Push Comes to Shove, inclusive, ganhou o prêmio do júri no Festival de Cannes, em 1991. Com o dinheiro dos prêmios dos curtas e do trabalho com publicidade, Plympton conseguiu completar The Tune. O filme fez carreira em festivais e levou o Gold Jury Special Award no WorldFest, em Houston. Também foi indicado pelo Spirit Award ao prêmio de melhor trilha Sonora. The Tune foi distribuído nos Estados Unidos pela October Films. Depois de desenhar e colorir ele mesmo os mais de 30 mil frames de The Tune, Plympton resolveu partir para o live action. J.Lyle, seu primeiro filme nesse formato é uma comédia surreal sobre um advogado desprezível que encontra um cão falante mágico que muda sua vida. “Quando eu estava fazendo The Tune, eu tive um monte de ideias que eu percebi que não funcionariam bem como animação, mas poderiam ser muito engraçadas com pessoas de verdade. Eu peguei essas ideias e fiz J.Lyle. Além disso, depois de desenhar The Tune, minha mão precisava de descanso”, disse Plympton. Depois de uma carreira de sucesso em festivais, J. Lyle foi lançado nos cinemas ao redor dos Estados Unidos. Novamente, o filme foi inteiramente financiado pelo seu criador. Em 1995, Bill fez um filme com Walt Curtis, autor do livro Mala Noche (uma novela autobiográfica), que fez sucesso no circuito de festivais de 1997, com grande audiência, e recebeu o nome de Walt Curtis, Peckerneck Poet. Bill voltou à animação em 1998, com I Married a Strange Person. É uma história romântica sobre um casal na noite do seu casamento. Grant, o marido, começa a ficar estranho e desenvolve poderes supernaturais. Kerry, sua esposa, não consegue lidar com isso. Quando Grant pensa em alguma coisa, ela se torna real, ainda que ele não saiba de onde vêm esses poderes mágicos. Novamente, Bill Plympton desenhou e financiou o filme todo sozinho – dessa vez, uma obra para adultos e politicamente incorreta. O filme de animação seguinte de Bill é Mutant Aliens, a história de um astronauta perdido que volta para a Terra após 20 anos no espaço. O longa foi finalizado em janeiro de 2001 e estreou no Festival Sundance. Ele ganhou o grande prêmio em Annecy, em 2001, e foi lançado nas salas de cinema em 2002. Foi visto em todo o mundo com grande audiência. 30 O filme Hair High é uma comédia gótica sobre um triângulo amoroso que termina terrivelmente mal. Sarah Silverman, David e Keith Carradine e Dermot Mulroney participam das dublagens. Foi coproduzido por Martha Plimpton e Bill dizia que era seu melhor filme até então. Plympton transmitiu todos os seus desenhos para o filme ao vivo na internet, no site www.hairhigh.com. Concluído em janeiro de 2004, foi lançado em mais de 50 cinemas nos Estados Unidos e em DVD, mas não fez o sucesso esperado. Hair high O curta Guard Dog teve destaque nos festivais e deu a Bill sua segunda indicação ao Oscar, em janeiro de 2005. As sequências Guide Dog (2006) e Hot Dog (2008) também fizeram sucesso. Ao longo da carreira, Bill sempre fez dois a três curtas por ano, o que permitiu que ele tivesse sólidas vendas ao redor do mundo. 31 32 Premiações PRINCIPAIS PRÊMIOS 1988 1st Oscar Nomination, Academy Award for Short Animation Your Face 2005 Life Time Achievement (Time Machine Award), SITGES Film Festival 2005 2nd Oscar Nomination, Academy Award for Short Animation Guard Dog 2006 Special Career Award, Fantasporto Film Festival 2007 Winsor McCay Award, Annie Awards by ASIFA Hollywood 2008 Cartoonist of the Year, MoCCA Art Festival 2011 Lifetime Achievement Award, Action On Film International Film Festival 2011 Pioneer in Theatrical Animation Award, Burbank International Film Festival 2011 Lifetime Achievement Award, 20th Annual Cinema St. Louis Film Festival CURTAS PREMIADOS The Flying House - 2011 Best Animated Film, Williamsburg Independent FF, Brooklyn, NY, 2011 Guard Dog Global Jam - 2011 ASIFA-East Festival Award - 1st Prize, Experimental category, 2011 33 The Cow Who Wanted to be a Hamburger - 2010 1st Prize, Animation, Delray Beach FF, Delray Beach FL, 2010 Grand Jury Award, Best Animation, Florida Film Festival, Maitland FL, 2010 Best in Show, Citrus Cel Animation FF, Jacksonville FL, 2010 Atom.com award - Best Comedy Animated Short, L.A. Comedy Short FF, 2010 1st Prize, Animation, BeFilm Underground FF, New York, NY, 2010 Excellence in Sound, ASIFA-East Awards, 2010 Mention Speciale du Public, Narkolepsy Short FF, Grenoble, Switzerland, 2010 Audience Award, Short Film Animation, Woods Hole FF, Woods Hole MA, 2010 Outstanding Animated Short, Flagstaff FF, Flagstaff AZ, 2010 Golden Cowbell, Best Independent Animation, SoDak Animation Festival, SD, 2010 Best of Fest Awards, Seattle WA, 2010 Best Animated Short Film, Starz Denver FF, Denver CO, 2010 Audience Prize (7-10 year old program), Cine Junior FF, Paris France, 2011 Annie Award Nomination, Best Animated Short, 2011 Best Script, Cellu L’art Short FF, Jena, Germany, 2011 Remi Award (Special Jury award?) Worldfest Houston, Houston TX, 2011 Best Music for Animation, Int’l Trickfilm Festival Stuttgart, Germany, 2011 Horn Dog – 2009 Best Animation, Marin County Festival of Short Film + Video, San Rafael, CA, 2009 First Prize, Int’l Cartoons + Comics Festival, Dervio, Italy, 2009 Best Animated Short, Woods Hole Film Festival, Woods Hole, MA, 2009 Onda Curta Prize, Curticircuito Int’l Short FF, Santiago de Compostela, Spain, 2009 Audience Award, FIKE - Evora Int’l Short FF, Evora, Portugal, 2009 Best Animated Short, World of Comedy Film Festival, Toronto, Ontario, 2010 Best Cel Animation, Garden State FF, Sea Girt NJ, 2010 34 Santa: The Fascist Years – 2008 2nd Place, Animation, BeFilm Underground FF, New York NY, 2009 Excellence in Writing, Independent Films, ASIFA-East Festival, 2009 Best Screenplay, AnimAnima, Cacak, Serbia, 2009 3rd Place, SF ASIFA East Annual Competition, 2009 Annie Award nomination, Best Animated Short Subject, 2009 Hot Dog – 2008 1st Prize, Independent Short Films, ASIFA-East awards, New York NY, 2008 Best Animation, Maui FF, Hawaii, 2008 2nd Prize, Animated Films, Marin County Festival of Short Film + Video, San Rafael, CA, 2008 Best Character, Int’l Cartoons and Comics Festival, Dervio, Italy, 2008 Special Distinction for Best Animation, Animanima, Serbia, 2008 Audience Award, Best Short Film, West County FF, 2008 Honorable Mention, Rio de Janeiro Int’l Short FF, Brazil, 2008 Best Animation, Interfilm Short FF, Berlin, Germany, 2008 Best Short Film, London Children’s Film Festival, London UK, 2008 Best Animation, FIKE - Fest. Int’l de Curtas Metragens de Evora, Portugal, 2008 Special Mention, Anima, Int’l Brussels Cartoon + Anim FF, Belgium, 2009 Best Animated Short, Roma Independent FF, Rome, Italy, 2009 1st Place, (Professional) MedienFestival, Villingen-Schweningen, Germany, 2009 Platinum Remi Award, Worldfest Houston, Houston TX, 2009 Best Animated Short, Red Stick Animation Festival, Baton Rouge LA, 2009 Audience Award, Best Short Film, FANT - Bilbao Fantasy FF, Bilbao, Spain, 2009 Best Animated Short, Big Island FF, Hawaii, 2009 4th Runner-Up, Williamstown FF, Williamstown MA, 2009 Shuteye Hotel – 2007 3rd Place, ASIFA-SF screening of ASIFA-East films, 2007 Best Animation, Animanima 07, Serbia, 2007 Runner-Up, Best Animation, Mill Valley Film Festival, 2007 Best Film, Best Director, Edwood FF, Albany NY, 2007 Runner-up, BAFTA award, Mill Valley FF, Mill Valley, CA, 2007 Best Animation, Savannah Film Festival, Savannah GA, 2007 Guide Dog – 2006 1st Place, Animation, USA Film Festival, Dallas, 2006 ASIFA-East Festival, 1st Place (Independent Films), 2006 Best Animation Film/Video, New Jersey Film Festival, 2006 Best Narrative Short, Animation Block Party, NYC, 2006 Best Animation, Int’l Cartoons and Comics Fest in Dervio, Italy, 2006 2nd Place, Best Short Film, Anima Mundi, Rio de Janeiro, 2006 2nd Place, Best Short Film, Anima Mundi, Sao Paulo, 2006 3rd Place, Best Animation, Anima Mundi, Rio + Sao Paulo, 2006 3rd Place, Best Soundtrack, Anima Mundi, Rio + Sao Paulo, 2006 Best Animation, September Shorts Film Festival, Millville, NJ, 2006 Best in Show, ASIFA-SF (screening of ASIFA-East films) 1st Prize, Animated Shorts, Coney Island Film Festival, 2006 Honorable Mention, Ojai Film Festival, CA, 2006 Best Animated Short Film, La Boca Del Lobo Int’l Short FF, Madrid, Spain, 2006 Best Animated Short, Queens Film Festival, NY, 2006 Special Mention, I Castelli Animati, Genzano di Roma, Italy, 2006 Best Animated Short, World of Comedy, Toronto, Canada, 2007 Third Place, Multivision, St. Petersburg, Russia, 2006 Special Mention, Professional Category, Int’l Mediafestival in Villingen-Schwenningen, Germany, 2007 LeBlance Audience Choice Award, Arizona State Univ. Art Museum Short FF, Tempe AZ April 14, 2007 Miglior Personaggio Award (Best Character), Cartoons on the Bay, Italy, 2007 RAI Sat Smash TV Award, Cartoons on the Bay, Italy, 2007 36 Platinum Remi Award, Worldfest Houston, 2007 Best Animated Film, Marin County Festival of Short Film and Video, CA, 2007 Best Animated Film, Dereel Independent Film Festival, Melbourne, Australia, 2007 Best Short under 8 min., Dereel Independent Film Festival, Melbourne, Australia, 2007 Golden Honu Award (Best Animated Short) Big Island Film Fest, Waikoloa, HI, 2007 Jury Award, Excellence in Comedy, Kalamazoo Anim. Festival, Kalamazoo, MI, 2007 The Fan and the Flower - 2005 Philadelphia Film Festival, 3rd Place, 2005 ASIFA-East Festival, 2nd Place (Independent Films), 2005 Best Animation, Plymouth Film Festival, Plymouth MA, 2005 Third Place, Best Soundtrack, Anima Mundi, 2005 Audience Favorite Award, Sao Paulo International Film Festival, 2005 Grand Prize, ASIFA-SF, 2005 Gold Kite, Int’l FF for Children and Youth, Buenos Aires, Argentina, 2005 Best Original Idea, Festival Int’l de Filmets, Barcelona, Spain, 2005 Best Animated Short Subject, ANNIE AWARDS (ASIFA-Hollywood), 2006 Directors Citation Award (honorable mention), Black Maria Film Festival, 2006 Best Foreign Short Film, Int’l Week of Fantastic Films, Malaga, Spain, 2006 Hida City Award, Hida Int’l Animation Festival, Japan, 2006 Jury Prize, Best Animated Short, RiverRun Int’l Film Festival, NC, 2006 Grand Jury Award, Best Animated Short, Florida Film Festival, 2006 Platinum Remi Award, Worldfest Houston, 2006 Best Film (Golden Medallion), Belgrade Doc. + Short Film Fest, 2006 Best Animated Film, Newport Beach Film Festival, 2006 “Spazio 10”, Morbegno Film Festival, Morbegno, Italy, 2006 Audience Award, New York International Children’s Film Festival, 2007 Best Short Film (Jury Award), Ashland Independent Film Festival, Ashland OR, 2007 Golden Gate Award, Best Work for Kids + Families, San Francisco Int’l FF, 2007 Trofeu Juri Popular, FICA, Int’l Fest. of Environmental Film & Video, Brazil, 2007 Family Choice Award, Ashland FF, Ashland OR, 2009 37 Guard Dog – 2004 Special Mention for Humor, Cartoons by the Bay festival, 2004 Best in Show Award, ASIFA-East Festival, 2004 1st Prize, Best Shorts Category, Anima Mundi, 2004 Best Short Animation, Woods Hole Film Festival, 2004 Special Prize, Hiroshima Animation Festival, 2004 Oscar Nomination, Best Animated Short Film 2004 Best Animated Short, World of Comedy Film Festival, Toronto, 2004 Best Cel Animation, Garden State Film Festival, NJ, 2004 Special Jury Mention, Anima/CordobaAnim.Fest, Argentina 2004 Special Mention, Int’l Competition, Tampere Int’l Short F.F., Finland, 2005 Special Jury Mention, Anifest Trebon, Czech Republic, 2005 Best Animated Film, Festival Int’l de Filmets, Barcelona, Spain, 2005 Parking – 2002 ASIFA-East Award, First Place, Independent Films 2002 Audience Award, ASIFA/S.F. screening of ASIFA-East Festival 2002 Eat – 2001 ASIFA East “Best in Show” award May 2001 Grand Prize for Short Films, Cannes Critics Week 2001 Special Jury Award, Florida Film Festival 2001 Special Mention, Matita Film Festival 2001 Gold Medal, Sequential Category, 45th Ann. Exhibition, Society of Illustrators 2002 More Sex & Violence – 1998 Best Short Film, Festival Internacional de Cine de Sitges, Spain Sex & Violence – 1997 Best Humor Film, Internationales Trickfilm Festival Stuttgart First Prize for Animation, ASIFA New York How to Make Love to a Woman – 1995 Millor Curt Metrage (Best Short Film), Festival de Cinema Fantastic de Sitges 38 Nose Hair – 1994 First Prize for Animation, ASIFA New York Special Recognition, Aspen Film Festival Push Comes to Shove – 1991 Prix du Jury, Cannes Film Festival The Wiseman – 1990 First Prize for Animation, ASIFA New York + ASIFA San Francisco B.P.M.E. (Broadcast Promoters & Marketing Executives) Gold Medallion Tango Schmango – 1990 First Prize, USA Film Festival (Dallas, Texas) Plymptoons – 1990 First Prize for Animation, ASIFA New York Grand Prize, ASIFA San Francisco 25 Ways to Quit Smoking – 1989 Prix du Public, Annecy Film Festival Second Prize, Los Angeles Animation Celebration “Summa Cum Laude” Gold Medal, Medical and Scientific Film Festival How to Kiss – 1989 Best Short of 1989, Aspen Film Festival One of Those Days – 1988 First Prize, USA Film Festival (Dallas, Texas) First Prize, ASIFA San Francisco Best Film of Year, ASIFA New York Special Animation Award, Zagreb Animation Fest Museum of Modern Art, New Directors Series Director’s Choice Award, Sinking Creek Celebration Golden Gate Award, San Francisco Film Festival 39 Your Face – 1987 1988 Academy Award nominee for Best Animation Official U.S. entry to the Cannes Film Festival Museum of Modern Art, New Directors Series First Prizes for Animation + Direction, ASIFA New York First Prize, ASIFA San Francisco First Prize, Seattle Film Festival First Prize, Aspen Film Festival People’s Choice Award, Los Angeles Film Festival First Prize, Hiroshima International Animation Festival Drawing Lesson #2 – 1987 First Prizes for Story + Concept, ASIFA New York Boomtown – 1985 First Prize, Festival Do Rio Directors Award, London Film Festival LONGAS PREMIADOS Idiots & Angels - 2008 Special Mention at Stuttgart Festival of Animated Films, Germany Best Feature-Length Film at Anifest, Czech Republic Viewer’s Choice Monstra Lisboa Animated Film Festival- Lisbon, Portugal Grand Prize at FantasPorto- Porto, Portugal Best Feature Film at CINANIMA 2008- Espinho, Portugal Best Director at the Buenos Aires Red Blood Film Festival- Buenos Aires, Argentina Best Sound Award at the International Festival for Contemporary Cinema 2MORROW- Moscow, Russia EX AEQUO Award for the best full-length film in International Competition at Animadrid - Madrid, Spain Special Distinction Award at the Annecy Animation Festival 2008- Annecy, France 40 Hair High - 2004 Best Feature Film, Animadrid Gold Jury Prize, Best Animated Feature, Fant-Asia Festival, Montreal Official Selection, Annecy Animation Festival Official Selection, Hiroshima Animation Festival Official Selection, Ottawa Animation Festival Official Selection, London International Film Festival Mutant Aliens - 2001 Official Entry, Midnight Section, 2001 Sundance Film Festival Grand Prize for Feature Films, 2001 Annecy Animation Festival Audience Prize, Best Feature film, 2002 Stuttgart Animation Festival I Married a Strange Person - 1998 Official Entry, Dramatic Competition, Sundance Film Festival Best Theatrical Film, World Animation Celebration Grand Prize for Feature Films, Annecy Animation Festival J. Lyle - 1994 Silver Award, Worldfest (Charleston) The Tune - 1992 Gold Special Jury Award, WorldFest (Houston) Golden Palm Award, Fort Lauderdale International Film Festival Spirit Award Nominee for Best Film Score 41 42 Curtas 25 Ways to Quit Smoking (1989) 5’ Direção e roteiro: Bill Plympton Câmera: John Schnall Som: Full House Edição: Stephen Barr Este curta maluco foi inspirado na proposta de um livro de Bill intitulado “101 maneiras de parar de fumar”. Embora o livro nunca tenha sido comercializado, este filme passou a ser a sua maior fonte de renda. A diversão fica por conta das excêntricas “curas” demonstradas aos fumantes, como contratar um lutador de sumô para saltar sobre sua cabeça ou usar um lança-chamas como isqueiro. Bill afirma que sua mãe, que fumou por 40 anos, parou depois de ver o filme. Parking 30 flash animations (1999-2000) 22’ America Upper and Lower Case (1969) 2’ Direção e roteiro: Bill Plympton Edição: Kristen Chiappone Curta feito durante o período de estudos na SVA. At the Zoo (1969) 2’ Direção e roteiro: Bill Plympton Música: Hank Bones Edição: Kristen Chiappone Também realizado por Bill quando estudante na SVA. Foi inspirado na música homônima de Simon and Garfunkel, mas como Bill não conseguiu os direitos da música, o curta nunca foi finalizado. Produção, direção e roteiro: Bill Plympton Animação em Flash: Meredith Scardino 43 Boomtown (1985) 6’ Drawing Lesson #2 (1988) 6’ Direção e roteiro: Bill Plympton Texto: Jules Feiffer Edição: Stephen Barr Produção Executiva: Valeria Vasilevski Produção: Reduta Deux Ltda. Música: Timothy Clark Som: Tom Lopez ZBS Studio Direção e roteiro: Bill Plympton Câmera e Som: Eric Bongue e Susan Starr Voz: Chris Hoffman Edição: Nina Schulman Originalmente uma música de Jules Feiffer para a Rádio Pública Nacional, este é o primeiro filme de animação oficialmente por Bill Plympton.“Boomtown”, como cantado pelo conjunto Android Sisters, é um musical sobre os absurdos dos gastos militares da Guerra Fria até o presente. 44 Primeira experiência de Bill Plympton unindo live-action com animação, esta é uma história peculiar sobre um malfadado romance entre uma linha de desenho e seu modelo, usando uma rara técnica de desenho de animação sob a câmera como uma maneira original de contar a história. Drunker than a Skunk (2013) 4’ Eat (2000) 9’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Bill e Sandrine Plympton Música: Jonathan Rosen com perfomance de Jonathan Rosen, Grant Martin e Michael Rosen Edição: Kevin Palmer, Ilana Schwartz e Sandrine Plypmton Cor: Sandrine Plympton Som: Weston Fonger Vozes: Jeremy Baumann Arte: Maryam Hajouni, Kirby Allen, Yujia Liu e Leo Guzman Concepção: Walt Curtis Direção e roteiro: Bill Plympton Produtor associado: John Holderried Câmera: John Donnelly Edição: Anthony Arcidi Supervisão Artística: Signe Baumane Produção: Celia Bullwinkel e Lisa Karp Pós-produção de Som: World Wide Audio Inc Vozes: Diana Calderon, Silvia Ballarin, Jon Ehlers e Maurice Cooper Música original: Nicole Renaud, Didier Carmier e Youri Lemeshev A adaptação do poema de Walt Curtis sobre uma “cidade cowboy” que atormenta um bêbado local. Um pitoresco e encantador restaurante francês, com os convidados elegantes e música suave, evolui lentamente para uma cena de caos culinário. Música de Nicole Renaud. 45 Gary Guitar (2006) 7’ Guard Dog (2004) 5’ Direção e roteiro: Bill Plympton Vozes: Lloyd Floyd, Stephen Largay e Becky Poole Produção: Larry Huber, Fred Seibert e Therese Trujillo Produção executiva: Kevin Kolde, Biljana Labovic e Bill Plympton Música: Hank Bones e Maureen McElheron Casting: Meredith Layne Som: Lisa LaBracio Animação e colorização: Kristen Chiappone, Kerri Jaworsi e Lisa LaBracio Direção e roteiro: Bill Plympton Supervisão de Produção: Biljana Labovic Composição digital: Lori Samsel Som: Eric Strausser Episódio desenvolvido por Bill para a série Random! Cartoons. Gary Guitar e Vera Violin planejam um piquenique, mas será que chuva, neve, corvos, formigas, mosquitos, robôs gigantes, um transatlântico ou Danny Drum vão arruinar seu dia? 46 Por que os cães ladram até para criatura inocentes como pombos e esquilos? Do que eles têm medo? Guard Dog responde a essa pergunta eterna. Curta indicado ao Oscar. Sigmund “Double” Payne, Jose “Bouman” Martinez, Fatima Yasrebi, Guillermo Martinez Marrufo, Desiree Stavracos, Christophe Lopez-Huichi, Dave Chai, Una Marzorati, Larry Loc, Grey S. Wears, Kaitlin Sullivan, James Sugrue, Merle Koch, Mel Potts, Ben Mitchell, Metty Jorissen & Wijnand Driessen, David Essman, Brian McGinnis, Julia Heffernan, Robert Schaad, Linda Lee, Alta Berri, Julius Liubertas, Camilo Arturo, Elizabeth Healey, Joshua E. Harrell, Becca Wallace Re-edição do filme Guard Dog, onde Bill convidou 75 artistas e animadores de todo o mundo para uma relei tura de frações desse aclamado filme. Guard Dog Global Jam (2011) 5’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção executiva: Bill Plympton Produção: Desirée Stavracos Supervisão de produção: Biljana Labovic Som: Eric Strausser Música: Maureen McElheron e Hank Bones Animadores convidados: Jeremy Galante, Uli Seis, Tom Eaton, Rick Farmiloe, Joanne Garcia, Janis Dougherty, Jaime Rodrguez, Geoffrey Scheele, Billy Allison, Mike Schneider, Matt Greenwood, Charles Brubaker, John T. Quinn, Russell Ramey, David Binn, Seth Nicholas Johnson, Amy Sutton, Kevin Sean-Michaels, Diego Gambarotta, Bryan Brinkman, Larissa Thomas, Grace Ahmed, Daniel Fort & Sergio Arau, Filip Grudziel, Sandrine Flament, Jason Fisher, Jon L. Webb, Riccardo Denci, Miguel Otalora, Anna Fyda, Alex Novitski, Ben Kantor, Alex York, Gerry Mooney, Gunnar Folleso, BC Wall, Jodie Matlock Hudson, Bryan Timmins, Michael Blackman, Ansar Sattar, Perry S. Chen, Eva Sempere, Jessica Bayliss, Guide Dog (2006) 5’45’’ Direção e roteiro: Bill Plympton Supervisão Artística: Biljana Labovic Colorista: Signe Baumane Assistentes de arte: Kerri Jaworski e Lisa LaBracio Som: Greg Sextro Vozes: Cameron Donohue e Mike Pachelli Guide Dog é a sequência para o curta indicado ao Oscar, Guard Dog. Dessa vez, esse cão herói ajuda pessoas cegas com resultados tipicamente desastrosos. Helter Shelter (1998) 8’ Horn Dog (2009) 5’ Direção e roteiro: Bill Plympton Paródia da série Friends, essa é uma comédia atípica que apresenta três pessoas totalmente diferentes vivendo juntas. Direção e roteiro: Bill Plympton Produção e edição: Biljana Labovic Supervisão de produção e Composição digital: Kerri Allegretta Som: Greg Sextro Vozes: Mike Juarez, Greg Sextro, Barnold, Risa, Doc e Bear Trilha original: Corey A. Jackson Esse é o quarto curta da famosa série Dog. São mais desventuras do nosso corajoso canino, que precisa se defender de um cão obeso, de ostras assassinas e de um rebelde e assassino arco de violino, enquanto tenta conquistar o amor da sua vida. 48 Hot Dog (2008) 6’ How to Kiss (1989) 6’35’’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção e edição: Biljana Labovic Composição: Kerri Allegretta Som: Greg Sextro Vozes: Mike Juarez, Carrie Keranen, Marc Diraison, Greg Sextro, Barnold, Doc e Bear Assistentes d e arte: Lisa LaBracio, Dan Pinto, Michael Antonucci, Taylor Armstrong, Brenden Semigran, Matt Stroub e Maggie Duffy Trilha Original: Corey A. Jackson Música adicional: Maureen McElheron e Hank Bones Direção e roteiro: Bill Plympton Câmera: John Schnall Edição: Stephen Barr Som: Full House Voz: Chris Hoffman Música: Maureen McElheron Um dos filmes “como fazer “ mais malucos já produzidos, esse curta mostra todas as armadilhas violentas e bizarras do beijo na boca. Um dos mais escandalosos curtas de Bill, o filme usa a técnica clássica do lápis de cor. Este é o terceiro curta da série Dog. Nesse episódio, o nosso destemido herói se junta ao corpo de bombeiros para salvar o mundo dos incêndios e ganhar o carinho que ele tanto merece. Normalmente, claro, os resultados nunca saem do jeito que ele planejou. 49 Love in the Fast Lane (1987) 3’ Lucas the Ear of Corn (1977) 4’ Direção e roteiro: Bill Plympton Câmera: Gary Becker Vozes: Maureen McElheron Direção e roteiro: Bill Plympton Feito durante a faculdade, nunca foi concluído. Este piloto para uma série TV nunca foi escolhido, apesar de ser o protótipo para um de seus maiores sucessos, “I Married a Strange Person”. Bill usa o estilo de animação de “Scooby Doo” para contar a história de um casal yuppie recém-casado que promove um jantar para o chefe do marido e sua esposa – só que a esposa yuppie toma acidentalmente uma poção do amor! Por meio da colorida e encantadora técnica de animação cut-out , Lucas, uma jovem espiga de milho, descobre sobre amadurecer e o sentido da vida. É uma história para crianças, com um final obscuro e bem-humorado. More Sex & Violence 1998) 7’ Direção e roteiro: Bill Plympton Supervisão Artística: Signe Baumane Câmera: John Donnelly Edição: Anthony Arcidi Música: Maureen McElheron, Hank Bones e Larry Eagle Vozes: Karen Skurka 50 Com o sucesso sem precedentes de Sex & Violence, Bill criou, então, More Sex & Violence, uma coleção de gags curtas ainda mais ultrajantes. Destaque para Sex Dyslexic e Air Bags. One of Those Days (1988) 7’50’’ Parking (2002) 5’22’’ Direção e roteiro: Bill Plympton Câmera: Andrew Wilson e John Schnall Edição: Stephen Barr Som: Full House Direção e roteiro: Bill Plympton Produção Artística: Sasha Vetrov, Biljana Labovic e Andrea Breitman Produtor Associado: John Holderried Edição: Rob Hall Som: Bill Seery Câmera: John Donnelly Música: Amy Allison Como seria viver o dia mais violento e repleto de acidentes imaginável? Através do uso inteligente de animação P.O.V. com lápis de cor, este curta permite que você experimente essa dor sem senti-la. Conhecido internacionalmente pela famosa sequência do “cabelo torrado”. Quando um estacionamento é invadido por uma folha de grama, começa uma furiosa batalha pelo domínio do território. 51 Plymptoons (1990) 6’45’’ Santa: The Fascist Years (2009) 3’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Bill Plympton e MTV Networks Co-roteirista: Peter Vey Edição: Stephen Barr Som: Phil Lee Câmera: John Donnelly e Bigman Pictures Corp Elenco: Lorna Munson e Jessica Wolk Stanley Direção e roteiro: Bill Plympton Narração: Matthew Modine Produção e Edição: Biljana Labovic Supervisão de produção e Composição digital: Kerri Allegretta Som: Greg Sextro Trilha Original: Corey A. Jackson Bill Plympton começou sua carreira de animador como chargista para revistas como Rolling Stone, Playboy, Penthouse e National Lampoon. Em 1990, ele decidiu animar os seus desenhos mais engraçados e estranhos para compilá-los em um curta-metragem. Nós todos imaginamos o Papai Noel como um ser alegre e feliz. Mas quem poderia saber que ele tem um passado sombrio e nada feliz? Esse curta descobre e explora o flerte de Papai Noel com a política e a ganância. Voz de Matthew Modine. 52 Sex & Violence (1997) 8’ Shuteye Hotel (2007) 7’ Direção e roteiro: Bill Plympton Câmera: John Donnelly Colorista: Signe Baumane Edição: Anthony Arcidi Som: David Rovin Gerente de produção: John Holderried Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Biljana Labovic Composição Digital: Lisa LaBracio Animação 3D: Anna-Maria Jung Assistentes de arte: Kristen Chiappone e Kerri Allegretta Edição: Biljana Labovic Música: Corey Allen Jackson Som: Greg Sextro, East West Audio Vozes: Evelyn Lantto e Mike Juarez Muitas das ideias de Bill para tirinhas de sexo que eram demasiado extremas para o mercado de revistas masculinas são animadas nesse curta explosivo. As rápidas gags de 20 segundos embaralham as fronteiras entre o bom gosto e o mau humor. Filme sombrio em que um misterioso assassinato se passa num hotel de quinta categoria. Enquanto os policiais investigam o horrível assassino, tornam-se vítimas de uma força maligna. O que Tubarão fez à natação, Shuteye Hotel vai fazer com suas noites de sono. 53 Spiral (2005) 5’ Summer Bummer (2011) 2’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produtor associado: Biljana Labovic Produção artística: Kerri Jaworski e Lisa Labracio Vozes: Evelyn Cyampa e Mark Goulet Som: Greg Sextro e Mike Juarez Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Desiree Stavracos Assistente de produção: Lindsay Woods Scanner: Bora Nah e Julia Altabef Composição digital: Borah Nah Música: Corey A. Jackson Som: Weston Fonger Uma paródia que Bill fez sobre a animação abstrata, causando polêmica entre alguns animadores. Um homem se prepara para nadar mas fica imaginando os horrores que poderiam estar escondidos na piscina de seu quintal. 54 Surprise Cinema (1999) 7’ Direção e roteiro: Bill Plympton Supervisão Artística: Signe Baumane Produtor associado: John Holderried Câmera: John Donnelly Som e Edição: Anthony Arcidi Música: Hank Bones Vozes: Karen Skurka Uma paródia ultrajante de Candid Camera que apresenta, entre outras acrobacias malucas, um homem tendo relações sexuais com um polvo. The Cow Who Wanted to Be a Hamburger (2010) 6’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Biljana Labovic Supervisão de arte: Kerri Allegretta Música: Corey A. Jackson e Nicole Renaud Som: Corey A. Jackson Colorização: Greg Yagolnitzer, Celeste Lai, Judy Lee, Che-Min Hsiao e Sandrine Flament Fábula infantil sobre o poder da publicidade, o sentido da vida e, finalmente, a prova do amor de uma mãe. Música de Nicole Renaud e Corey Jackson. 55 The Exciting Life of a Tree (1998) 7’ The Fan and the Flower (2005) 7’10’’ Direção e roteiro: Bill Plympton Música: Maureen McElheron e Hank Bones Produção artística: Signe Baumane Câmera: John Donnelly Edição: Anthony Arcidi Direção: Bill Plympton Roteiro: Bill Plympton e Dan O’Shannon Produção: Dan O’Shannon Narração: Paul Giamatti Produtor associado: Biljana Labovic Assistente de arte: Lisa LaBracio Som: Mike Juarez Inspirado por uma viagem pelos históricos campos de batalha da França, este curta “politicamente sensível” apresenta o ponto de vista de uma árvore ao longo de séculos de acontecimentos humanos e animais. 56 Um malfadado e não consumado romance entre um ventilador e uma flor magicamente acaba num final de conto de fadas. Um filme atípico de Bill Plympton. Escrito e produzido por Dan O’Shannon, com a voz de Paul Giamatti. The Flying House (2011) 8’ The Loneliest Stoplight (2015) 6’ Direção: Winsor McCay Produção: Bill Plympton Produtor associado: Serge Bromberg Coprodutor: Society of Illustrators Produção executiva: Matthew Modine e Adam Rackoff Edição: Desirée Stavracos Vozes: Mattheus Modine, Patricia Clarkson, John Holderried, Bill Plympton e David Commander Direção de arte e cor: Linday Woods Supervisão de restauração: Kerri Allegretta Composição Digital: Celeste Lai, Judy Lee, Desirée Stavracos e Lindsay Woods Música: Thomas VanOosting Som: Weston Fonger Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Adam Rackoff e James Hancock Narração: Patton Oswalt Produção executiva: Cinco Dedos Peliculas Direção de arte: Francesco Filippini Som: Weston Fonger Voz: Ken Mora Edição: Wendy Cong Zhao Composição e colorização: Francesco Filippini, Chris Anne Lindo, Kristin Kemper e Wendy Cong Zhao Esse é um antigo curta de Winsor McCay’s, de 1921, chamado Dreams of the Rarebit Fiend: The Flying House, que foi remasterizado por Bill Plympton usando tecnologia digital. Foi premiado em 2011 no Second Annual Williamsburg Independent Film Festival. A vida e os momentos de um semáforo negligenciado. The Turn On (1969) – 2’ Direção e roteiro: Bill Plympton Filme feito na universidade Curta feito quando Bill ainda era estudante na SVA. Tiffany the Whale (2012) 9’ Self Portrait (1969) 15” Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Desirée Stavracos e Lindsay Woods Vozes: John Holderried, Kate Riley e Anna Rubanova Música: Julia Altabef e Nicole Renaud Som: Weston Fonger Direção e roteiro: Bill Plympton Filme feito na universidade. A jovem Tiffany, uma improvável modelo, faz sua estreia no mundo da moda em uma tentativa de voltar a seu amado modelo Conrad. 58 Curta super premiado mas raro onde o artista faz um auto retrato. Waiting for Her Sailor (2011) 1’ Your Face (1987) 3’10’’ Direção e roteiro: Bill Plympton Composição e colorização: Sandrine Flament Música: Nicole Renaud Edição: Sopgie Kaars Sijpesteijn Assistentes: Lindsay Woods e Desirée Stavracos Direção e roteiro: Bill Plympton Música: Maureen McElheron Câmera: Gary Becker Som: Full House Edição: Jane Altschuler À espera do retorno de seu marinheiro, uma mulher observa atentamente do topo de um penhasco o navio se aproximando. Esse é o filme que define o estilo e marca o início da carreira de Bill Plympton. Um dos curtas mais rentáveis de todos os tempos, ainda é exibido em todo o mundo. Enquanto um cantor de segunda categoria canta sobre as belezas do rosto de sua amante, seu próprio rosto se transforma nas formas e contorções mais surreais. A música foi escrita e cantada orginalmente por Maureen McElheron e em seguida sua voz foi manipulada para soar como a voz de um homem, pois, na época, Plympton não tinha recursos para contratar um cantor masculino. Em 1988, foi indicado ao Oscar de Melhor Animação. 59 60 Longas Cheatin’ (2014) 76’ Cheatin’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Desirée Stavracos Direção de arte: Lindsay Woods Produção executiva: James Hancock e Adam Rackoff Edição: Kevin Palmer Som: Weston Fonger Música: Nicole Renaud Em um fatídico acidente de carro, Jake e Ella se conhecem e se tornam o casal mais amoroso na longa história do romance. Mas quando uma mulher intrigante lança uma cunha de ciúme nesse namoro perfeito, insegurança e ódio acabam soletrando um destino prematuro. Com a ajuda de um mágico desonrado e sua proibida “Máquina da Alma”, Ella toma as formas de inúmeras amantes de Jake, lutando desesperadamente para tentar recuperar seu destino. 61 Hair High (2004) 78’ Direção e roteiro: Bill Plympton Coprodução: Martha Plimpton Produtor associado: John Holderried Gerente de produção: Lori Samsel Câmera: John Donnelly Edição: Rob Hall Som: Bill Seery Música: Maureen McElheron, Hank Bones e Hasil Adkins Direção de arte: Celia Bullwinkel, Andrea Dias, Biljana Labovic e Signe Baumane Vozes: Dermot Mulroney, Sarah Silverman, Eric Gilliland, Beverly D’Angelo, Keith Carradine, David Carradine, Martha Plimpton, Ed Begley Jr, Craig Bierko, Haley DuMond, Jay Sanders, Justin Long, Peter Jason, Michael Showalter, Tom Noonan, Zach Orth, Don Hertzfeldt e Matt Groening. Filme de romance-terror adolescente ao estilo Carrie, a estranha sobre um triângulo amoroso em que dois jovens são assassinados e voltam para o baile de formatura para se vingar do assassino. 62 Idiots and Angels (2008) 78’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: Bill Plympton e Biljana Labovic Direção de Arte: Bill Plympton e Biljana Labovic Produção Artística: Biljana Labovic, Kerri Allegretta e Lisa LaBracio Edição: Kevin Palmer Som: Greg Sextro Música: Hank Bones, Nicole Renaud, Corey Jackson, Rachelle Garniez, Didier Carmier, 3 Leg Torso, Tom Waits, Pink Martini Comédia sobre a batalha de um homem por sua alma. Angel é um homem egoísta e moralmente falido que quer sair para beber em um bar e repreender os outros clientes. Um dia, Angel misteriosamente acorda com um par de asas nas costas. As asas o estimulam a fazer boas ações, contra a sua natureza. Tentando desesperadamente se livrar delas, Angel acaba lutando com aqueles que veem nas suas asas um bilhete para a fama e a fortuna. 63 I Married a Strange Person (1997) 72’ Direção: Bill Plympton Roteiro: Bill Plympton e P.C. Vey Produção: John Donnelly, John Holderried e Bill Plympton Música: Maureen McEleron Som: David Rovin Câmera: John Donnelly Edição: Anthony Arcidi Vozes: Charis Michelsen, Tom Larson, Richard Spore, Chris Cooke, Ruth Ray, J. B. Adams, Joun Russo Jr., Jen Senko, John Holderried, Etta Valeska, Bill Martone e Tony Rossi. Uma história comovente de um casal de noivos na noite de núpcias. Grant, o marido, começa a experimentar poderes estranhos e sobrenaturais que Kerry, sua esposa, não pode lidar. Sempre que Grant pensa em algo, torna-se realidade, ainda que ele não saiba de onde vêm esses poderes mágicos. Foi destaque na Competição de Dramas no Sundance Film Festival 1998, e venceu o Grande Prêmio de Longas no Annecy Animation Festival de 1998. Mondo Plympton (1997) 60’ Direção: Bill Plympton Roteiro: Maureen McElheron, Bill Plympton e P.C. Vey Elenco: Chris Hoffman, Daniel Kaufman, Ruth Maleczech, Maureen McElheron, Bill Plympotn e Richard Kuranda Música: Timothy Clark e Maureen McElheron Câmera: Gary Dealer, John Donnelly, Bob Lyons, John Schnall e Andrew Wilson Edição: Stephen Barr, Bill Plympton e Nico Sheers Som: David Rovin Uma fantástica viagem através do excêntrico cérebro do animador independente Bill Plympton, com uma compilação de seus clássicos curtas, além de alguns de seus novos trabalhos e histórias de sua vida animada. 65 Mutant Aliens (2001) 83’ Direção e roteiro: Bill Plympton Produção: John Holderried e Bill Plympton Música: Hank Bones e Maureen McElheron Câmera: John Donnelly Edição: Anthony Arcidi Direção de Produção: Delphine Burrus Som: Georgia Hilton Efeitos especiais: Paul Zdanowicz Vozes: Dan McComas, Francine Lobis, George Casden, Matthew Brown, Jay Cavanaugh, Amy Alisson, Christopher Schukai, Kevin Kolack e Vera Beren História de um astronauta americano encalhado no espaço que retorna à Terra com seu exército alienígena para se vingar. Música por Maureen McElheron e Hank Bones. The Tune (1992) 72’ Direção: Bill Plympton Roteiro: Bill Plympton, Maureen McElheron e P.C. Vey Vozes: Daniel Neiden, Maureen McElheron, Marty Nelson, Emily Bindiger, Chris Hoffman, Jimmy Ceribello, Ned Reynolds, Jeffrey Knight e Jen Senko Música: Maureen McElheron Câmera: John Donnelly Edição: Merril Stern Supervisão de Arte: Jessica Wolk-Stanley Som: Phil Lee, John Marshall e Reilly Steele Nesse aclamado longa de Bill Plympton, um compositor tem 47 minutos para escrever um hit ou perderá seu emprego e sua namorada. 67 68 Idiots and Angels 69 PROGRAMAS DAS SESSÕES Sessão 1 (102’) Lucas the Ear of Corn (1977) 4’ Boomtown (1985) 6’ Your Face (1987) 3’10’’ Love in the Fast Lane (1987) 3’ Drawing Lesson #2 (1988) 6’ One of Those Days (1988) 7’50’’ The Tune (1992) 72’ Sessão 2 (92’) How to Kiss (1989) 6’35’’ 25 Ways to Quit Smoking (1989) 5’ Plymptoons (1990) 6’45’’ Helter Shelter (1998) 8’ Spiral (2005) 5’ Mondo Plympton (1997) 60’ Cheatin’ Sessão 3 (115’) Sex & Violence (1997) 8’ The Exciting Life of a Tree (1998) 7’ More Sex & Violence (1998) 7’ Surprise Cinema (1999) 7’ Eat (2000) 9’ Parking (2002) 5’22’’ I Married a Strange Person (1997) 72’ Sessão 4 (117’) Guard Dog (2004) 5’ The Fan and the Flower (2005) 7’10’’ Guide Dog (2006) 5’45’’ Shuteye Hotel (2007) 7’ Hot Dog (2008) 6’ Santa: The Fascist Years (2009) 3’ Mutant Aliens (2001) 83’ 14 Não recomendado para menores de 14 anos Sessão 5 (111’) Horn Dog (2009) 5’ The Cow Who Wanted to Be a Hamburger (2010) 6’ Summer Bummer (2011) 2’ Waiting for Her Sailor (2011) 1’ Tiffany the Whale (2012) 9’ Drunker than a Skunk (2013) 4’ The Loneliest Stoplight (2015) 6’ Hair High (2004) 78’ Sessão 6 (104’) Self Portrait (1988) 15” The Turn On (1969) 2’ At the Zoo (1969) 2’ America Upper and Lower Case (1969) 2’ Gary Guitar (2006) 7’ The Flying House (2011) 8’ Guard Dog Global Jam (2011) 5’ Idiots and Angels (2008) 78’ Sessão 7 (98’) 30 flash animations (1999-2000) 22’ Cheatin’ (2014) 76’ Sessão Livre (58’) * Your Face (1987) 3’10’’ One of Those Days (1988) 7’50’’ 25 Ways to Quit Smoking (1989) 5’ Plymptoons (1990) 6’45’’ Parking (2002) 5’22’’ The Fan and the Flower (2005) 7’10’’ Gary Guitar (2006) 7’ The Flying House (2011) 8’ Summer Bummer (2011) 2’ The Loneliest Stoplight (2015) 6’ * Sessão exclusiva da Caixa Cultural RJ com classificação Livre Debate sobre a produção de animação autoral São Paulo - 14/04 Horário: 18h30 Local: Caixa Belas Artes Debatedores: César Cabral, Fábio Yamaji, Rosana Urbes e Thomas Larson Mediador: Marão Rio de Janeiro - 21/04 Horário: 18h30 Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro Debatedores: David Mussel, Marão, Sandro Menezes e Zé Brandão Mediador: Rodrigo Fonseca Masterclass com Bill Plympton São Paulo - 15/04 Horário: 18h30 Local: Caixa Belas Artes Rio de Janeiro - 17/04 Horário: 18h30 Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro Debatedores São Paulo Rosana Urbes é cineasta e animadora. Durante anos trabalhou como animadora nos estúdios Disney, fazendo parte da equipe de animação dos filmes Mulan, A nova onda do Imperador e Lilo e Stitch. Atualmente reside em São Paulo, onde tem seu próprio estúdio e realiza seus trabalhos autorais. Dirigiu recentemente o curta Guida, que ganhou o prêmio de melhor curta no Festival de Annecy (França), principal festival de animação do mundo. Fábio Yamaji atua na área de Cinema como animador, diretor de filmes, montador e fotógrafo, acumulando cerca de 200 trabalhos entre curtas, comerciais, vinhetas, clipes e séries. Dirigiu 20 vídeos experimentais e os curtas O divino, De repente e Pontos de vista, além de ter animado para 12 curtas de outros diretores. Também é professor de Animação e co-fundador da ABCA e do site de críticas Cinequanon. art.br. Ganhou três vezes o Anima Mundi e competiu em Annecy com três comerciais. Thomas Larson, também conhecido como Thomate. É chargista do jornal A Cidade, de Ribeirão Preto. Trabalha com animação, cartuns e ilustrações para diferentes mídias desde 2000. Criou e dirige a série de animação infantil Lala em exibição na TV Brasil e a série de desenho animado adulto Rái Sossaith, exibida no Canal Brasil e no Youtube. César Cabral é formado em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atua desde 2002 como diretor, produtor e animador em projetos para Cinema e Televisão. Em 2008, realizou o curta-metragem em animação stop motion, Dossiê Rê Bordosa, que conquistou mais de 70 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Em 2010, dirigiu Tempestade, curta-metragem 72 vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011. Tempestade participou, entre outros, dos festivais de Annecy, Havana, Hiroshima e do Sundance Film Festival. No momento, está em produção da série animada Angeli the Killer e em pré-produção de seu primeiro longa-metragem. É presidente da ABCA – Associação Brasisleira de Cinema de Animação. Mediador Marão (animador e curador da Mostra) Formado na Escola de Belas Artes da UFRJ e diretor de animação, tendo realizado 12 curtas metragens (Eu queria ser um monstro, Engolervilha, O anão que virou gigante, Até a China e outros). Além da produção autoral, participou de mais de 200 animações para publicidade, internet, TV e cinema para o Brasil e exterior nos últimos 18 anos. Foi Presidentefundador da ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação), entidade da qual ainda faz parte. Marão também foi professor no curso de pós-graduação em animação da PUC durante sete anos e desde 2003 é coordenador do Dia Internacional da Animação. Debatedores Rio de Janeiro Zé Brandão é sócio, cofundador e diretor criativo do Copa Studio, produtora de desenhos animados. Autor e diretor da série Tromba Trem (2011-2016), exibida pela TV Brasil e pelo Cartoon Network Brasil. Produtor e roteirista da série Irmão do Jorel (2014-2016), campeã de audiência em sua estréia no Cartoon Network Brasil. Diretor de animação da primeira temporada da série Historietas Assombradas (2013-2016). David Mussel é formado em Artes Visuais pela UFMG, trabalha desde 2010 com animação, tendo colaborado em projetos como Tromba Trem e Historietas Assombradas. Também atua como storyboarder, tendo trabalhado para as séries Sítio do Pica-Pau Amarelo, Historietas Assombradas, SOS Fada Manu, Chico na Ilha dos Jurubebas, entre outros. Atualmente também se dedica a ministrar aulas de animação no Senai e é aluno de Mestrado da PUC-Rio. Sandro Menezes é artista gráfico formado pela EBA – UFRJ. Trabalha como profissional de animação há quase 20 anos, com experiência em publicidade, TV e séries, tendo sido roteirista na série Tromba Trem. Atualmente leciona na NAVE e desenvolve o roteiro de seu primeiro longa metragem, vencedor do edital do FSA. Marão Mediador Rodrigo Fonseca Jornalista e crítico de cinema do jornal O Estado de São Paulo e do portal Omelete. Formado pela UFRJ, Rodrigo Fonseca é escritor, jornalista e produtor editorial. Publicou o romance Como era triste a Chinesa de Godard (2011) e os livros Meu compadre cinema – Sonhos, saudades e sucessos de Nelson Pereira dos Santos (2005) e, em coautoria com Carlos Diegues e Luiz Carlos Merten, Cinco cinco – Os melhores filmes brasileiros em bilheteria e crítica (2007). Dirigiu o curta-metragem Corpo de Cristo, em parceria com Arnaldo Bloch. 73 Presidenta da República Dilma Rousseff Ministro da Fazenda Nelson Barbosa Presidenta da CAIXA Miriam Belchior Realização Boulevard Filmes Coordenação Geral Letícia Friedrich Curadoria Marão Produção Henrique Luiz Schuck Produção Executiva Letícia Friedrich e Lourenço Sant’Anna Design Gráfico Marcellus Schnell Assistentes de Produção Tiago d’Avila e Felipe Mendonça Moraes Revisão de texto e pesquisa Juliana Colares Tradução e legendagem eletrônica Dispositiva Vinhetas Guilherme Begué Assessoria de Imprensa Genco Assessoria e Comunicação Site Diversa / Silvana Andrade Agradecimentos Ade Muri, Casa 138, Janaína Dalri, John Holderried, Pedro Iuá, Analucia Godoi e Wendy Cong Zhao www.mostrabillplympton.com.br | facebook.com/mostrabillplympton verifique a classificação indicativa dos filmes na programação Formato: 21cm X21cm Capa impressa em papel triplex 300g Miolo impresso em papel couche matte 150g Tiragem: 2.000 unidades Gráfica: JSBT gráfica & sinalização CAIXA Cultural RJ Avenida Almirante Barroso, 25 · Centro · Rio de Janeiro · RJ (21) 3980-3815 Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h facebook.com/CaixaCulturalRiodeJaneiro R$4 (inteira) e R$2 (meia) CAIXA Belas Artes Rua da Consolação, 2423 · Consolação · São Paulo · SP (11) 2894-5781 Funcionamento: de segunda a domingo, das 14h às 23:30h caixabelasartes.com.br/ facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo R$10 (inteira) e R$5 (meia) / R$30 passaporte para todas as sessões Acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais facebook.com/mostrabillplympton baixe o aplicativo da CAIXA Cultural www.caixacultural.gov.br A CAIXA está junto com o Brasil no combate ao mosquito #zicazero Prefira o transporte público produção patrocínio DISTRIBUIÇÃO GRATUITA