Fungos conidiais associados a substratos vegetais em
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Fungos conidiais associados a substratos vegetais em
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA FUNGOS CONIDIAIS ASSOCIADOS A SUBSTRATOS VEGETAIS EM DECOMPOSIÇÃO NO MORRO DO CHAPÉU, BA. Tasciano dos Santos Santa Izabel Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências – Botânica. ORIENTADOR: PROF. DR. LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO (UEFS) Feira de Santana-Bahia 2010 Tasciano dos Santos Santa Izabel FUNGOS CONIDIAIS ASSOCIADOS A SUBSTRATOS VEGETAIS EM DECOMPOSIÇÃO NO MORRO DO CHAPÉU, BA. Feira de Santana-Bahia 2010 Dedico esse trabalho a minha mãe, Maria Aparecida, que sempre me apoiou em todos os momentos. AGRADECIMENTOS A Deus por direcionar minha vida A minha mãe Maria Aparecida por ter sido mãe e pai e por sempre me incentivar a estudar e lutar pelos meus objetivos. A minha namorada Juliana pela paciência, compreensão e carinho durante todo período do mestrado. A minha irmã Tássia pelo incentivo e pela amizade. Aos meus amigos Cláudio Edson, Ildo, Jailson, Ítalo, José Aguinaldo, Léo e Marcos Paulo pela amizade pelas discussões diversas e pelas cervejinhas. Às minhas amigas Joseane e Juliana pelo apoio e pelas discussões sobre as dissertações. Ao meu orientador professor Dr. Luis Gusmão pelos ensinamentos e paciência, especialmente no início da minha iniciação científica, e por ter me mostrado o fascinante mundo dos fungos conidiais. À família LAMIC: Alisson Cardoso (farofa) por ter sido meu “co-orientador” durante o mestrado e por me aturar na viagem da Argentina; Dalila pela oportunidade de “co-orientá-la” na sua monografia e pela amizade; Sheila Leão pelas discussões micológicas e pelos conselhos; Flávia Barbosa (Flavícolas) e Marcos (Marquito) pela amizade e pelas orientações micológicas desde a iniciação científica; Davi por ser meu companheiro de mestrado e discussões micológicas; Venício pela amizade e cultivo dos fungos; Carol pelas discussões diversas e pela preparação dos meios de cultura e repique dos fungos; Loise pelos conselhos nos momentos finais do mestrado; Emília Valente pelo incentivo e pelos conselhos; Thiago pelo cadastramento das separatas e pelos momentos de descontração; Jorge Dias pela amizade, por me acompanhar nas coletas e pelas discussões de Biologia e Educação; Hermeson pelas estórias mirabolantes e pela amizade; Silvana, Patrícia pelos momentos de descontração; Fabio Barbosa por ser o primeiro a me ensinar a técnica de lavagem e isolamento dos fungos conidiais. Aos professores e colegas da Pós-Graduação que muito somaram à minha formação durante as disciplinas. Aos pesquisadores, Dr. Li Dewei, Dr. Xiu-Guo Zhang, Dr. Zhao Guozhu e Dr. Alena Kubatova pela gentileza e rapidez com que enviaram os artigos solicitados, que muito auxiliaram na realização deste trabalho. À Universidade Estadual de Feira de Santana, especialmente ao Laboratório de Micologia que forneceu a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento deste projeto. Ao Programa de Pós-graduação em Botânica pelo apoio fundamental para a participação do Congreso Latino Americano de Micologia. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela bolsa concedida. Ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-árido que através do Ministério de Ciência e Tecnologia forneceu o suporte logístico para a realização das expedições a campo. i SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS..................................................................................................... ii LISTA DE QUADROS................................................................................................... iii LISTA DE TABELAS.................................................................................................... iv 1. INTRODUÇÃO GERAL 1.1. Fungos: caracterização e classificação...................................................... 01 1.2. Fungos conidiais: caracterização e classificação....................................... 02 1.3. Estudo dos fungos conidiais em substratos vegetais em decomposição no Brasil............................................................................................................ 03 1.4. Objetivos..................................................................................................... 04 1.5. Área de Estudo..................................................................................... ...... 05 1.6. Amostragem e coleta do material............................................................... 05 1.7. Processamento do material coletado......................................................... 08 1.8. Coleta dos fungos conidiais, estudo morfológico e identificação............... 09 1.9. Herborização.......................................................................................... ..... 09 1.10. Referências............................................................................................... 10 CAPÍTULO I Fungos conidiais no Morro do Chapéu, Bahia: novos registros para o continente Americano, Neotrópico, América do sul e Brasil................... 17 Abstract................................................................................................... 18 Resumo................................................................................................... 18 Introdução............................................................................................. .. 20 Materiais e métodos................................................................................ 20 Resultados e discussão.......................................................................... 21 Referências ............................................................................................ 45 CAPÍTULO II. Fungos Conidiais do bioma caatinga: espécies do complexo Sporidesmium............................................................................................................. 50 Abstract................................................................................................... 51 Resumo................................................................................................... 51 Introdução............................................................................................... 52 Materiais e métodos................................................................................ 53 ii Resultados e discussão......................................................................... 54 Referências bibliográficas....................................................................... 64 CAPÍTULO III Fungos conidiais do bioma Caatinga: novas espécies de Cordana, Selenodriella e Spondycladiopsis..................................................... 67 Abstract................................................................................................... 68 Resumo............................................................................................... .... 68 Introdução................................................................................................ 69 Materiais e métodos................................................................................ 69 Resultados e discussão........................................................................... 70 Referências bibliográficas....................................................................... 77 CONCLUSÕES GERAIS.............................................................................................. 80 RESUMO....................................................................................................................... 81 ABSTRACT................................................................................................................... 82 ANEXOS....................................................................................................................... 84 LISTA DE FIGURAS INTRODUÇÃO GERAL FIGURA 1. Mapa com a localização da área de estudo brasileiro......................... 06 FIGURAS 2-7. Locais de coleta............................................................................... 07 FIGURA 2. Campo Rupestre........................................................................ 07 FIGURA 3. Caatinga..................................................................................... 07 FIGURA 4-7. Mata estacional....................................................................... 07 CAPÍTULO I FIGURAS 1-4. Anungitea palustris R.F. Castañeda & W.B. Kendr..........................32 FIGURAS 5-6. Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker.... 32 FIGURAS 7-9. Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker.................................................................................... 32 FIGURAS 10-12 Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker.................................................................................... 32 iii FIGURAS 13-15. Dictyochaeta matsushimae (Hewings & J.L. Crane) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde.......................................................................................... 32 FIGURAS 16-18. Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes.......................... 32 FIGURAS 19-22. Endophragmiella pallescens B. Sutton........................................ 33 FIGURAS 23-24. Eversia parvula Hol.-Jech …………...……...………..................... 33 FIGURAS 25-27. Gyrothrix hughesii Piroz ………………………............................. 33 FIGURAS 28-30. Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli.................................. 33 FIGURAS 31-33. Minimelanolocus navicularis (R.F.Castañeda) R.F. Castañeda...33 FIGURAS 34-36. Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa........................................................................................... 33 FIGURAS 37-39. Virgariella atra S. Hughes............................................................ 33 CAPÍTULO II FIGURAS 1-6. Ellisembia sp. nov............................................................................ 61 FIGURAS 7-9. Sporidesmiella garciniae var. nov. .................................................. 62 FIGURAS 10-11. Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram.................................. 62 FIGURAS 12-15. Sporidesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin................................................................................................... 62 CAPÍTULO III FIGURAS 1-4. Cordana sp. nov.............................................................................. 76 FIGURAS 5-8. Selenodriella sp. nov....................................................................... 76 FIGURAS 9-12. Spondylocladiopsis sp. nov............................................................ 76 LISTA DE QUADROS INTRODUÇÃO GERAL QUADRO 1. Pontos de coletas e coordenadas geográficas................................... 08 LISTA DE TABELAS CAPÍTULO II TABELA 1. Sinopse dos gêneros do complexo Sporidesmium.............................. 63 iv CAPÍTULO III TABELA 1. Sinopse das espécies de Cordana com conídios versicolores............ 71 TABELA 2. Sinopse das espécies de Selenodriella................................................ 73 TABELA 3. Sinopse das espécies de Spondylocladiopsis..................................... 75 v Este trabalho está baseado no Código Internacional de Nomenclatura Botânica, Código de Saint Louis (McNeill et al., 2007). Com base nos critérios previstos nos artigos 29-31 do mesmo, considera-se o presente trabalho uma publicação não efetiva e não válida para fins de prioridade taxonômica e nomenclatural. 1 1. INTRODUÇÃO GERAL 1.1 . Fungos: caracterização e classificação Historicamente, os fungos foram considerados plantas por apresentarem algumas características em comum com esses organismos como: imobilidade, presença de parede celular e produção de esporos. (Alexoupoulos et al, 1996). No entanto, os fungos apresentam características próprias que os diferenciam das plantas e dos demais seres vivos como: estrutura somática, comumente, representada por hifas, que em conjunto constituem o micélio, a dicariofase e nutrição por absorção (Alexopoulos et al., 1996; Kirk et al. 2008). Em 1969 Whittaker propôs a classificação dos fungos em um reino à parte (Reino Fungi) englobando os fungos e organismos relacionados. (Bononi & Grandi, 1998). Com o avanço de técnicas de ultraestrutura, bioquímica e principalmente da biologia molecular, os fungos foram reconhecidos como polifiléticos e distribuídos em três reinos: Chromista, englobando os Hyphochytridiomycota, Labyrinthulomycota e Oomycota; Protozoa, representado pelos Acrasiomycota, Dictyosteliomycota, compreendendo Myxomycota os Filos e Plasmodiophoromycota Chytridiomycota, Zygomycota, e Fungi, Ascomycota e Basidiomycota (Kirk et al., 2001). Schussler et al. (2001) através de análises moleculares, morfológicas e ecológicas propuseram a criação do Filo, Glomeromycota, para segregar os fungos micorrízicos arbusculares do filo Zygomycota. Por meio de análises filogenéticas moleculares, James et al. (2006) demonstraram que o Filo Chytridiomycota não e monofilético e elevaram a ordem Blastocladiales, anteriormente incluída em Chytridiomycota ao “status” de Filo Blastocladiomycota. Hibbett et al. (2007), apresentaram uma nova reestruturação para o Reino Fungi, propuseram o Filo Neocallimastigomycota (segregando-o do filo Chytridiomycota), incluíram o Filo Microsporídia no Reino Fungi e dividiram o filo Zygomycota em 4 Entomophthorimycotina subfilos: e Kickxellomycotina, Mucoromycotina. Segundo Zoopagomycotina, esses autores os representantes do Reino Fungi devem ser classificados em sete filos: Blastocladiomycota, Chytridiomycota, Glomeromycota, Microsporidia, Neocallimastigomycota, Ascomycota e Basidiomycota, os dois últimos formando o 2 subreino (Dikarya), e quatro subfilos, Kickxellomycotina, Zoopagomycotina, Entomophthorimycotina e Mucoromycotina. Kirk et al. (2008) consideram o filo Zygomycota, desconsiderando os quatro subfilos propostos por Hibbett et al. (2007), além de não reconhecerem os filos Neocallimastigomycota e Blastocladiomycota. Hawksworth (1991), presume existir cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos. O Reino fungi é composto atualmente por 36 classes, 140 ordens, 560 famílias, 8283 gêneros e 97861 espécies (Kirk et al., 2008). Esses organismos destacam-se como os principais agentes decompositores de material vegetal pois possuem uma capacidade eficiente na degradação de celulose e outros compostos orgânicos complexos (Siqueira & Franco 1988). Ainda que muitas espécies tenham uma distribuição geográfica restrita, a maior parte delas é cosmopolita (Herrera & Ulloa, 1998). 1.2. Fungos conidiais: caracterização e classificação Os fungos conidiais se reproduzem por mecanismos assexuais, compreendem aproximadamente 2.800 gêneros e 16.000 espécies segundo estimativa de Kirk et al. (2001). Estes fungos, representam a fase assexual dos Filos Ascomycota ou Basidiomycota (Kendrick, 1992). O termo fungo conidial não constitui uma implicação taxonômica ou filogenética, visto que as espécies incluídas em um gênero estão relacionadas entre si pela conidiogênese e morfologia, não necessariamente por sua filogenia (Kendrick, 1992). Os fungos conidiais não representam uma classificação natural, estes costumam ser reunidos em classes, gêneros e espécies para a sistematização de sua identificação e nomenclatura, dispensando um ordenamento sistemático tradicional (Mercado-Sierra, 1984). Em virtude disto, e com base na morfologia de estruturas de reprodução assexuada, estes fungos são subdivididos em três classes artificiais: Agonomycetes, Coelomycetes e Hyphomycetes (Kirk et al., 2008). Os Agonomycetes não produzem conídios, mas, estruturas de resistência denominadas clamidósporos ou escleródios (Kirk et al., 2008). Os Coelomycetes produzem conídios em acérvulos ou picnídios, freqüentemente desenvolvidos sob o substrato vegetal, subcuticular ou intra-epidermal (Kendrick, 1992). Os Hyphomycetes, por sua vez, reúnem os fungos que produzem conidióforos livres sobre o micélio (Alexoupoulos et al., 1996). 3 As primeiras tentativas de classificação dos fungos conidiais eram baseadas principalmente em caracteres morfológicos superficiais ou na aparente preferência por determinados substratos (Mercado-Sierra, 1984). O sistema de classificação mais importante do século XIX foi proposto por Saccardo (1886) em sua obra Sylloge Fungorum IV. Este autor utilizou características como: cor, septação e forma dos conídios; padrão de agregação dos conidióforos ou ausência desses; produção, ou não, de conídios em estruturas fechadas. No século XX, foram publicadas novas propostas de classificação que enfatizavam os diferentes eventos de ontogenia do conídio, tratando os caracteres propostos por Saccardo como tendo importância secundária (MercadoSierra 1984). A proposta de Hughes (1953) foi classificar os conídios, enfatizando principalmente o tipo de crescimento da célula conidiogênica, a ontogenia conidial e a posição da zona de crescimento do conidióforo. Os conceitos e a terminologia empregados na taxonomia dos fungos conidiais foram padronizados na reunião realizada em Kananaskis, Canadá (Kendrick, 1971). Ellis (1971) foi o primeiro a fazer uso destes termos, enfatizando a célula que produz o conídio, ou seja, a ontogenia, ao invés do tipo de conídio formado por estas células. A introdução da conidiogênese como base para a ordenação dos fungos conidiais, estabilizou os critérios de identificação dos esquemas anteriores onde existem problemas de ambigüidade (Castañeda-Ruiz, 2001). A conidiogênese tem revelado características constantes, as quais, normalmente, não se modificam durante o cultivo dos fungos em cultura (Holubová-Jechová, 1990). Carmichael (1971) considera arbitrário o agrupamento dos fungos conidiais com base na conidiogênese, no entanto, segundo esse autor, sua utilização é necessária para a ordenação destes fungos. Tubaki (1958, 1963) e Subramanian (1962), comparando espécies de fungos conidiais aos respectivos estágios assexuais, demonstraram que alguns caracteres ontogenéticos são provavelmente monofiléticos, o que pode auxiliar significativamente na classificação do grupo. 1.3 . Estudo dos fungos conidiais em substratos vegetais em decomposição no Brasil. No Brasil, os estudos sobre os fungos conidiais associados a substratos vegetais em decomposição são incipientes devido a pouca quantidade de especialistas nesse grupo no país (Gusmão et al. 2006). 4 O estudo taxonômico dos fungos conidiais no Brasil teve início no final do século XIX, como resultado do trabalho de coletores europeus, como E.H.G. Ule e A. Puttemans (Gusmão et al., 2006). Batista e colaboradores, nas décadas de 50 a 70 deram significativa contribuição para o estudo dos fungos conidiais no país (Silva & Minter, 1995). Na década de 70 alguns fungos foram descritos a partir de folhedo, originados de coletas esporádicas ou até de visitas de pesquisadores ao país (Sutton & Hodges Junior, 1975a, b, 1976a, b, 1977; Muchovej, 1980; Katz, 1981). No final da década de 70 e na década de 80 é que finalmente projetos envolvendo coletas sistemáticas e intensivas em determinadas áreas originaram trabalhos enfocando o conhecimento da diversidade de microfungos associados a substratos vegetais em decomposição (Booth, 1979; Grandi, 1985, 1990, 1991a, b, 1992; SchoenleinCrusius & Milanez, 1990). Na década de 90 foram realizados diversos trabalhos abordando a decomposição de detritos foliares nos Estados de São Paulo e Paraná (Grandi, 1992, 1998, 2004; Grandi & Gusmão, 1995, 1996, 2002a, 2002b; Gusmão & Grandi, 1996, 1997, 2001; Gusmão, 2001; Gusmão et al., 2000, 2001). O conhecimento da diversidade de fungos conidiais no semi-árido brasilero é bastante pontual (Gusmão et al. 2006). Em levantamento da diversidade de fungos em Pernambuco, Maia et al. (2002) registraram 2.697 espécies, das quais 42% são fungos conidiais. No estado da Bahia diversos trabalhos vêm sendo realizados, principalmente, em regiões da Chapada Diamantina (Gusmão, 2003; Barbosa & Gusmão, 2005; Gusmão & Barbosa, 2005), Serra da Jibóia (Barbosa et al. 2007; Marques et al. 2007a, b) e outras áreas do semi-árido como: Senhor do Bonfim, Reserva Ecológica do Raso da Catarina e Dunas do Médio São Francisco, apresentando novos registros para o país, além de novas espécies (Castañeda-Ruiz et al., 2006; Cruz et al., 2007a,b, 2008, 2009; Gusmão et al., 2008; Leão-Ferreira et al., 2008). 1.4 . Objetivos Geral: • Desenvolver estudo taxonômico de fungos conidiais associados a substratos vegetais em decomposição em Morro de Chapéu - Ba. 5 Específicos: • Coletar e identificar os fungos conidiais encontrados nos diferentes substratos vegetais. • Herborizar e preservar em lâminas permanentes os fungos conidiais encontrados. • Descrever e ilustrar as espécies que constituírem novos registros para o Brasil, América do Sul, Neotrópico e novas espécies. • Relacionar as demais espécies em forma de listagem e divulgar sua ocorrência na área de estudo. 1.5 . Área de Estudo A Chapada Diamantina ocupa aproximadamente 15% do território da Bahia, situando-se na porção central do Estado, ocupando uma extensão de 70.258 km2 (Bandeira, 1995). O município de Morro do Chapéu situado ao Norte da Chapada Diamantina, entre as coordenadas 10º40'-11º50'S e 40º50'- 41º20'W, possui uma área de 5.920km2 com desníveis topográficos que variam entre 480 e 1.293 m (Rocha & Costa, 1995). Os solos apresentam-se ácidos e com baixa fertilidade. Predominância do tipo climático tropical de altitude, com verão brando e temperatura média do mês mais frio (julho) inferior a 18 ºC e temperatura média do mês mais quente (janeiro) inferior a 22 ºC (Rocha & Costa, 1995). A precipitação média anual geralmente é reduzida, em torno de 800 mm (Rocha & Costa, 1995). É classificado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como área de extrema importância biológica por apresentar uma alta taxa de endemismo (Fig. 1) (Velloso et al., 2002). Além de outras características, o município possui uma tipologia vegetal única de Caatinga que não se encontra representada em nenhuma das outras Unidades de Conservação. (Maury, 2002). Além da vegetação de caatinga, o município apresenta outras formações vegetacionais como campo rupestre, florestas estacionais, vegetação de dunas interiores e áreas de transição. (Junqueira & Biachini, 2006). 1.6 . Amostragem e coleta do material. Foram realizadas quatro expedições de coleta em seis pontos do município, escolhidos ao acaso, sendo um em Campo Rupestre, um em Caatinga e quatro em Mata Estacional (Fig. 2, Quadro 1). A técnica de amostragem para a 6 coleta da serapilheira foi através do método de parcelas, que consistiu em traçar em cada ponto uma área de 10x10 m, subdividida em quatro quadrados de 5 x 5m. Em cada quadrado foi coletado uma unidade de cada substrato: folha, casca e galho em decomposição. As amostras coletadas foram acondicionadas separadamente em sacos de papel Kraft. Morro do Chapéu Fig 1. Mapa da Região Nordeste com delimitação do bioma Caatinga e designação das 57 áreas prioritárias para conservação (em destaque a área de estudo). Fonte: Velloso et al. 2002 7 2 3 43 54 65 76 Fig.2–7. Pontos de coleta: 2: Campo Rupestre; 3: Caatinga; 4–7: Mata Estacional. 8 Quadro 1 : Pontos de coletas e coordenadas geográficas Pontos de coleta Coordenadas Geográficas 1 ( Campo Rupestre) S 11º 35` 30,1`` W 41º 12` 30,0`` 2 (Caatinga) S 11º 37 `32,0`` W 41º 00` 10,0`` 3 (Mata Estacional) S 11º 36` 49,8`` W 41º 01` 10,1`` 4 (Mata Estacional) S 11º 36` 49,5`` W 41º 01` 0,9`` 5 (Mata Estacional) S 11º 36` 21,0`` W 41º 00` 55,6`` 6 (Mata Estacional) S 11º 36` 19,2`` W 41º 00` 58,3`` 1.7 . Processamento do material coletado. As amostras foram submetidas à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz, 2005). A técnica consistiu em depositar os substratos vegetais em escorredor plástico (tipo doméstico) e submergi-los em bandeja sobre a qual a água escorreu no período de uma hora. A torneira era aberta de modo que o jato d’água não incidisse diretamente sobre os restos vegetais, para isso, a bandeja era mantida inclinada em um ângulo de aproximadamente 45º, sendo a água eliminada mediante escorrimento. Após esse processo os substratos vegetais foram colocados sobre papel filtro por cerca de 20 minutos (tempo de secagem do material), e acondicionados em câmaras-úmidas (placa de petri + papel toalha). As câmaras-úmidas foram acondicionadas em uma caixa de isopor (170l) sobre um suporte ao fundo do recipiente, cujas paredes e tampa foi recoberta por papeltoalha umedecido. Foi adicionado ao isopor cerca de 500 ml de água contendo três a cinco gotas de glicerina. A caixa era aberta periodicamente por cerca de 15 minutos para circulação de ar e borrifamento com água para manter a umidade e temperatura adequada ao crescimento dos fungos e produção de estruturas de reprodução. 9 1.8 . Coleta dos fungos conidiais, estudo morfológico e identificação. A partir do terceiro dia da colocação das amostras em câmaras-úmidas e durante 30 dias foram coletadas as estruturas de reprodução dos fungos conidiais, sob estereomicroscópio, utilizando agulhas de ponta fina (tipo insulina) e estiletes. Os fungos foram coletados e colocados em lâminas com meio de montagem (resina PVL - álcool polivinílico + ácido lático + fenol). Posteriormente, foi realizada a observação microscópica para o estudo morfológico dos fungos conidiais, através da qual foram registradas as características das estruturas de reprodução assexuada (conidióforos, células conidiogênicas e conídios), como aferição das dimensões, coloração e forma, além do tipo de conidiogênese apresentada. A identificação foi realizada com o emprego de bibliografia especializada, comparando os dados obtidos com dados da literatura, para alcançar o nível específico dos fungos encontrados. Os microfungos foram ilustrados utilizando uma máquina fotográfica digital (Canon powershot G5), acoplada ao microscópio óptico (Zeiss Axioskop 40). As espécies que constituiram novos registros para o Continente Americano, Neotrópico, América do Sul e Brasil e novas espécies foram descritas com indicação de material examinado, distribuição geográfica, e breve comentário, além de ilustrações. As demais espécies foram apresentadas em forma de listagem. 1.8. Herborização Amostras dos substratos vegetais contendo os espécimes encontrados foram postas para secar a temperatura ambiente, acondicionadas em envelopes de papel vegetal e arquivados em caixas de papelão, onde foram depositadas naftalinas, periodicamente, para evitar a deterioração pela ação de insetos (Sakane, 1989). Em cada envelope foi acondicionado apenas um tipo de substrato, ou fragmento, e recebeu uma numeração específica correspondente à exsicata, visto que esta poderá estar relacionada a um ou mais fungos, de acordo com o observado por Maia (2003). Todas as espécies foram cadastradas devidamente numeradas, e depositadas no HUEFS. 10 Referências ALEXOPOULOS, C.J.; MIMS, C.W.; BLACKWELL, M. 1996. Introductory Mycology. John Wiley & Sons. New York. BANDEIRA, R.L.S. 1995. Chapada Diamantina: história, riquezas e encantos. Salvador, Onavalis Editora. BARBOSA, F. F.; GUSMÃO, L. F. P. 2005. Two Speiropsis species (Anamorphic Fungi-Hyphomycetes) from Bahia state, Brasil. Acta bot. bras. 19(3): 515-518. Barbosa, F.R.; Gusmão, L.F.P.; Castañeda Ruiz, R.F.; Marques, M.F.O.; Maia, L.C. 2007. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. New species Deightoniella rugosa & Diplocladiella cornitumida with new records for the neotropics. Mycotaxon 102: 39-49. 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Kendr. & Shoemaker , Dictyochaeta anam. of Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, Eversia parvula Hol.-Jech., Gyrothrix hughesii Piroz. and Minimelanolocus navicularis (R.F. Castañeda) R.F. Castañeda are new records to South America; Endophragmiella pallescens B. Sutton, Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli and Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa are reported for the first time for Brazil. Description, comments, geographical distribution and illustrations are present for the species. Key word - anamorfic fungi, biodiversity, leaf litter, taxonomy. Resumo Durante a investigação de fungos conidiais associados a materiais vegetais em decomposição em uma área de extrema importância biológica no bioma Caatinga, município de Morro do Chapéu, estado da Bahia, alguns novos registros para o continente Americano, América do Sul, Neotrópico e Brasil foram encontrados. Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker e Virgariella atra S. Hughes são novos registro para o continente Americano; Dictyochaeta matsushimae (Hewings & J.L. Crane) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes são reportados pela primeira vez para o Neotrópico; Anungitea palustris R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker , Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, Eversia parvula Hol.-Jech., Gyrothrix hughesii Piroz. e Minimelanolocus navicularis (R.F. Castañeda) R.F. Castañeda são novos 19 registros para América do Sul; Endophragmiella pallescens B. Sutton, Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli, Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa são reportados pela primeira vez para o Brasil. Descrições, comentários, distribuição geográfica e ilustrações são apresentadas para as espécies. Palavras-chave: biodiversidade, fungos anamórficos , serapilheira, taxonomia,. 20 Introdução A região semi-árida brasileira compreende uma área de 970.000 Km2, o que equivale a 11% do território nacional (Ministério da Integração Nacional, 2005), abrangendo o norte de Minas Gerais e quase todos os estados do Nordeste, excluindo-se o Maranhão. Nessa região o aspecto fitofisionômico predominante é a caatinga, ocorrendo outros tipos vegetacionais como matas úmidas, matas estacionais, cerrados, tabuleiros e campos rupestres (AndradeLima, 1981). O presente estudo foi realizado no município de Morro do Chapéu, situado ao Norte da Chapada Diamantina (10º40'–11º50'S e 40º50'–41º20'W), considerado área de extrema importância biológica (Velloso et al., 2002). A região possui uma tipologia vegetal única de Caatinga, que não se encontra representada em nenhuma das outras Unidades de Conservação no semi-árido (Maury, 2002). Além da vegetação típica de Caatinga, a região apresenta outras formações vegetacionais como Campo Rupestre, Florestas Estacionais, vegetação de Dunas Interiores e áreas de transição (Junqueira & Bianchini, 2006), sendo uma região considerada de alta diversidade e com poucas Unidades de Conservação. O conhecimento da diversidade de fungos conidiais na região semi-árida brasileira é bastante pontual (Gusmão et al., 2006). Diversos trabalhos publicados recentemente têm revelado novas espécies e novos registros destes fungos, ampliando consideravelmente a distribuição geográfica mundial de diversas espécies (Barbosa et al., 2007; Castañeda-Ruiz et al., 2006; Cruz et al., 2007a,b, 2008, 2009; Gusmão et al., 2008; Leão-Ferreira et al., 2008; Marques et al., 2007). Esse trabalho teve como objetivo realizar a caracterização das espécies que constituem novos registros para o Continente Americano, Neotrópico, América do Sul e Brasil, coletadas em áreas de caatinga, campo rupestre e mata estacional presentes na região de Morro do Chapéu, BA. Materiais e métodos Quatro coletas foram realizadas, entre maio de 2008 e fevereiro de 2009, onde substratos vegetais em decomposição (cascas, folhas e galhos) foram coletados em seis pontos distintos, escolhidos ao acaso, sendo um de caatinga, 21 um de campo rupestre e quatro de floresta estacional. A técnica de amostragem para a coleta da serapilheira foi através do método de parcelas, que consistiu em traçar em cada ponto uma área de 10x10 m, subdividida em quatro quadrados de 5 x 5 m. Em cada quadrado foi coletado uma unidade de cada substrato: folha, casca e galho em decomposição. As amostras coletadas foram acondicionadas separadamente em sacos de papel Kraft transportadas ao laboratório e submetidas à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz, 2005). Após secagem, as amostras foram acondicionadas em câmaras-úmidas. Após três e durante 30 dias as estruturas de reprodução dos fungos foram observadas sob estereomicrocópio, coletadas com auxílio de agulhas finas (tipo insulina) e transferidas para meio de montagem permanente com resina PVL (álcool polivinílico + lactofenol). A identificação das espécies foi realizada comparando as estruturas reprodutivas encontradas com as descrições apresentadas em bibliografia especializada. O material foi depositado no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Resultados e Discussão Foram encontradas 83 espécies de fungos conidiais, das quais, duas representam novos registros para o continente americano, dois para o Neotrópico, seis para a América do Sul e três para o Brasil. A maioria das espécies foram coletadas sobre folhas (51), seguido de cascas (28) e galhos (23). Anungitea palustris R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Univ. Waterloo Biol. Ser. 35: 10. 1991. Fig. 1–4 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, solitários ou em grupos, eretos, retos, septados, lisos, castanhos a castanho-claros, subhialinos no ápice, 34,5–127,5 × 4,5–6 µm; células conidiogênicas poliblásticas, integradas, raramente evidentes, terminais, raramente laterais; dentículos proeminentes, 1–2 µm de compr.; conídios catenulados, cilíndricos a fusiformes, secos, lisos, 1– septados, raramente 0–septados, hialinos, 13,5–18 × 1,5–2,0 µm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155095). Distribuição geográfica: Cuba (Castañeda-Ruiz & Kendrick, 1991). 22 O gênero Anungitea B. Sutton é caracterizado pelos conídios solitários ou formando cadeias simples, surgindo de dentículos conspícuos (Sutton, 1973; Castañeda-Ruiz et al., 1997). O gênero é composto por 13 espécies (CastañedaRuiz & Kendrick, 1997). Anungitea palustris pode ser comparada com A. fragilis B. Sutton pela morfologia do conídio, no entanto, essa espécie apresenta células conidiogênicas integradas, conídios castanho-claros e maiores (Sutton, 1973). O material examinado está de acordo com a descrição apresentada por CastañedaRuiz & Kendrick (1991). Este é o segundo registro da espécie para o mundo e o primeiro para a América do Sul. Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker. Mycotaxon 17: 304. 1983. Fig. 5–6 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários ou em grupos, eretos, retos ou levemente flexuosos, ramificados no ápice, septados, lisos ou verrucosos, castanhos a castanho-escuros, 60–210 × 7,5–9 µm; células conidiogênicas monotréticas, integradas, subglobosas, cilíndricas, lisas, castanhas a castanho-claras, 12–18 × 6–9 µm; conídios solitários, secos, elipsóides a obovóides, lisos, 2-septados, raramente 1-septados, castanhos, 33– 42 × 18–21 µm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 28/XII/2007, D.S. Santos s.n. (HUEFS 134726). Distribuição geográfica: África do Sul (Morgan-Jones et al., 1983). Dendryphiopsis S. Hughes inclui cinco espécies (CABI, 2010). Dendryphiopsis biseptata assemelha-se a D. atra (Corda) S. Hughes pela morfologia do conidióforo e do conídio, porém, distingui-se pelo número de septos nos conídios (Morgan-Jones et al.,1983). Dendryphiopsis biseptata foi descrito originalmente com conidióforos lisos, no entanto, no material estudado estes se apresentaram verrucosos. Este é o segundo registro para o mundo e o primeiro para o continente americano. 23 Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, N.Z. Jl Bot. 6: 343. 1968. Fig. 7–8 Setas eretas, retas ou flexuosas, septadas, lisas, ápice arredondado, castanhas a castanho-escuras, castanho-clara no ápice, 97,5–150 × 5–5,5 µm; conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários ou em grupos de 2–4 associados a uma seta, eretos, retos ou ligeiramente flexuosos, septados, lisos, castanho-claros, 37,5–73,5 × 2,5–3,5 µm; células conidiogênicas monofialídicas, integradas, terminais, lisas, determinadas, com colaretes proeminentes; conídios solitários, agregados em mucilagem, falcados a fusiformes, lisos, 1-septados, hialinos, 12–15 × 1–1,5 µm; uma sétula em cada extremidade, 5,5–8,5 µm de compr. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06/XII/2007, D.S. Santos s.n. (HUEFS 134727). Distribuição geográfica: Nova Zelândia (Hughes & Kendrick, 1968), Estados Unidos da América (Raabe et al., 1981), Austrália (Whitton et al., 2000), México (Abarca et al., 2004). A combinação dos caracteres, conídios 1-septados, uma sétula nas extremidades e a presença de seta, são encontradas em quatro espécies: Dictyochaeta malaysiana Kuthub., D. novae-guineensis (Matsush.) A.I. Romero, D. tortuosa (B. Sutton) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde e Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae (Kuthubutheen & Nawawi, 1991a). Dictyochaeta malaysiana e D. novae-guineensis possuem conídios mais largos (3–4 µm e 2,53,5 µm, respectivamente) e D. tortuosa apresenta setas tortuosas (Kuthubutheen & Nawawi,1991a; Whitton et al., 2000). As características do material examinado estão de acordo com o referido na literatura por Hughes & Kendrick (1968) e Whitton et al. (2000). Esta é a primeira referência da espécie para a América do Sul. 24 Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, N.Z. Jl Bot. 6: 356. 1968. Fig. 9–11. Setas eretas, retas ou ligeiramente flexuosas, septadas, lisas, castanhas, penúltima célula geralmente castanho-escura, 168–330 × 5–7 µm; conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários ou em grupos ao redor da seta, eretos, retos ou flexuosos, septados, lisos, castanhos a castanho-claros, 25,5–45 × 3,6–5 µm; células conidiogênicas polifialídicas, com até três proliferações sucessivas, integradas, terminais, com colaretes; conídios 0-septados, solitários, agrupados em mucilagem, falcados a fusiformes, ligeiramente curvos, gutulados, lisos, hialinos, 15–25 × 1,8–4 µm, com uma sétula em cada extremidade, 1,5–3 µm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 24/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155085); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 08/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155086), idem, 21/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155087), idem, 24/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155088); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155089), idem , 07/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155090). Distribuição geográfica: Estados Unidos da América e Nova Zelândia (Hughes & Kendrick, 1968), Cuba e República Tcheca (Holubová-Jechová, 1984), Malásia (Kuthubutheen & Nawawi, 1991b), Brunei, China (Whitton et al., 2000). Setas com a penúltima célula castanho-escura, conídios multigutulados estão presentes em, Dictyochaeta vittata Kuthub. & Nawawi e D. intermedia Gusmão & Leao-Ferreira (Cruz et al., 2008). Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta difere das espécies relacionadas pelas sétulas menores. O material examinado está de acordo com as descrições apresentadas por Kuthubutheen & Nawawi (1991b) e Holubová-Jechová (1984). Este constitui o primeiro registro da espécie para América dos Sul. 25 Dictyochaeta matsushimae (Hewings & J.L. Crane) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Fungal Diversity 4: 140. 2000. Bas .: Codinaea matsushimae Hewings & J.L. Crane, Mycotaxon 13(2): 423. 1981. Fig. 12–14. Setas solitárias, eretas, retas ou flexuosas, lisas, castanho-escuras na base, castanho-claras no ápice, 300–360 × 4,5–6 μm; conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, simples, lisos, castanho-claros, 40,5–66 × 4,5–6 μm; células conidiogênicas mono ou polifialídicas, determinadas, integradas, lageniformes, lisas, subhialinas, 25,5– 34,5 × 2–3,5 μm; conídios falcados a alantóides, 3-septados, hialinos, 21–25,5 × 3–4,5 μm; com uma sétula em cada extremidade, 9–12 μm de compr. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 29/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 134724); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155084). Distribuição geográfica: Estados Unidos da América (Hewings & Crane, 1981); Antiga União Soviética (Farr & Rossman, 2009). Conídios 3-septados, com sétulas nas extremidades, são observados em Dictyochaeta matsushimae, D. caatingae A.C. Cruz & Gusmão, D. macrospora Kuthub. & Nawawi e D. triseptata (Matsush.) R.F. Castañeda. Destas, D. macrospora e D. triseptata não apresentam setas; a presença de seta é observada em D. caantigae, a qual se diferencia de D. matsushimae pelos conídios maiores e sétulas inconspícuas (Castañeda-Ruiz, 1986; Kuthubutheen & Nawawi, 1991a; Cruz et al., 2008). O material examinado está de acordo com a descrição de Hewings & Crane (1981). Este constitui o primeiro registro para o Neotrópico. Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes, N.Z. Jl Bot. 17(2): 147. 1979. Bas .: Endophragmia boothii M.B. Ellis, Mycol. Pap. 72: 35. 1959. Fig. 15–17 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários ou em grupos, eretos, retos ou levemente flexuosos, 4–6 septados, simples, lisos, castanhos, 92–189 × 4–6 μm; células conidiogênicas terminais, cilíndricas, ápice truncado, lisas, 2–4 proliferações percurrentes, castanho-claras, 3–4 μm de larg.; conídios 26 solitários, secos, obpiriformes, 3–septados, lisos, lúmen celular reduzido, castanhos a castanho-claros, 18–22,5 × 9–12 μm; ápice arredondado, base truncada, 2–3 μm larg. Secessão rexolítica. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155091); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 28/VII/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 148831). Distribuição geográfica: Reino Unido (Ellis, 1971); Estados Unidos da América (como Endophragmia boothii, Sutton, 1978); Nova Zelândia (Hughes, 1979) China (Wu & Zhuang, 2005). Endophragmiella B. Sutton foi proposto com a espécie tipo E. pallescens B. Sutton, para acomodar espécies anteriormente incluídas em Endophragmia Duvernoy & Maire que apresentam conídios com secessão rexolítica e células conidiogênicas com proliferações percurrentes (Hughes 1979; Castañeda-Ruiz et al., 1995). Na classificação proposta por Hughes (1953), Endophragmiella foi incluído entre as espécies anelóforas, cuja proliferação ocorre através das cicatrizes/anéis (Wang, 1990). Endophragmiella boothii difere das demais espécies do gênero pelos conídios triseptados com o lúmen célular reduzido (Wu & Zhuang, 2005). O material examinado apresenta morfologia semelhante que as apresentadas por Wu & Zhuang (2005), porém, apresentou conídios menores que os descritos por Ellis (1959). Este constitui o primeiro registro para o Neotrópico. Endophragmiella pallescens B. Sutton, Mycol. Pap. 132: 62. 1973. Fig. 18–21 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários ou em grupos, eretos, retos ou flexuosos, septados, simples, lisos, castanhos, castanho-claros no ápice, 50–150 × 4,5– 6,5 μm; células conidiogênicas terminais, cilíndricas, ápice truncado, lisas, proliferações anelídicas; conídios solitários, secos, elipsóides, célula basal maior que a apical, 1–septados, septos espessos e escurecidos, lisos, castanhos, 12–16 × 4,5–7,5 μm. Secessão rexolítica. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 15/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155092). 27 Distribuição geográfica: Canadá (Sutton, 1973); Argentina (Romero & Pildain, 2003); China (Wu & Zhuang, 2005); Inglaterra (Farr & Rossman, 2009). Endophragmiella pallescens assemelha-se a E. uniseptata (M.B. Ellis) S. Hughes pelos conídios 1-septados, elipsóides com célula basal maior que a apical , no entanto, E. uniseptata possui conídios maiores (Hughes, 1979). O material examinado difere do descrito por Sutton (1973), no que se refere à ramificação dos conidióforos e na presença de conídios 1–2-septados. No entanto, o espécime estudado está de acordo com a descrição apresentada por Wu & Zhuang (2005). Esta é a primeira ocorrência para o Brasil. Eversia parvula Hol.-Jech., Česká Mykol. 41(1): 31. 1987. Fig. 22–23 Conidioma em esporodóquio; conidióforos semi-macronemáticos a macronemáticos, retos ou flexuosos, simples ou ramificados, septados, castanhoclaros, 40–60 × 3–4 μm; células conidiogênicas holoblásticas, integradas, terminais, cilíndricas, com proliferações percurrentes; conídios solitários, oblongos, secos, aplanados, muriformes, lisos, formados por dois braços unidos, castanho-claros a castanhos, célula basal subhialina, 18–24 × 7.5–10,5 μm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 09/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155094), 13/X/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 148832). Distribuição geográfica: Cuba (Holubová-Jechová, 1987); antiga União Soviética (Melnik, 2000); México (Heredia-Abarca et al., 2004). Eversia J.L. Crane & Schokn. é constituído por duas espécies, E. parvula e E. subopaca (Cooke & Ellis) Crane & Schokn. que se diferenciam pelo número de braços no conídio. Em E. subopaca os braços ocorrem em número de 3-4, enquanto E. parvula possui dois braços (Holubová-Jechová, 1987). O material examinado apresenta conidióforos maiores e conídios mais largos que os descritos por Holubová-Jechová (1987) e Heredia-Abarca et al. (2004). Não foi observada a formação de anelações conspícuas castanho-escuras na região apical dos conidióforos, entretanto, as demais características do material examinado possibilitam o enquadramento do espécime em E. parvula. Este é o primeiro registro da espécie para a América do Sul. 28 Gyrothrix hughesii Piroz. Mycol. Pap. 84: 22. 1962. Fig. 24–26 Setas eretas, septadas, 3–5 níveis de ramificações verticiladas, em curvas ascendentes, lisas, castanhas, 82,5–105 × 2–3 µm; conidióforos ausentes; células conidiogênicas poliblásticas, evidentes, surgindo lateralmente à superfície da hifa somática ou da base da seta, obclavadas a lageniformes, subhialinas 6–7,5 × 3– 4,5 µm; conídios cilíndricos a fusiformes, arranjados numa fina camada esbranquiçada na base da seta, hialinos, 13,5–15 × 1,5–2 µm Material examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, T. S. Santa Izabel, 07/VIII/08 s.n. (HUEFS 155098). Distribuição geográfica: Paquistão (Pirozinski, 1962); Cuba (Mercado Sierra & Mena Portales, 1995); Caribe, Gana, Serra Leoa, Sudão, (Farr & Rossman, 2009) Gyrothrix foi proposto por Corda em 1884 e é caracterizado por apresentar setas ramificadas, lisas ou verrucosas, conidióforos ausentes, células conidiogênicas poliblásticas, lageniformes a subuladas, subhialinas a hialinas e conídios falcados, cilíndricos ou fusiformes. Gyrothrix hughesii é semelhante a G. inops (Berlese) Piroz. e G. ramosa Zucconi & Onofri pela presença de setas verticiladas (Pirozynski, 1962; Zucconi & Onofri, 1989). Gyrothrix inops se diferencia de G. hughesi pelas setas maiores, levemente verrucosas e com ramificações opostas (Pirozynski, 1962). Gyrothrix ramosa possui setas verrucosas maiores, com ápice curvo e filiforme (Zucconi & Onofri, 1989). Este constitui o primeiro registro para a América do Sul. Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli, Micol. Ital. 8(1): 21. 1979. Fig. 27–29 Sin .: Moorella monocephala Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 7: 58. 1993. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários, eretos, retos, simples, septados, lisos, castanho-escuros, 63–107 × 4–6 µm; ápice inflado com quatro células conidiogênicas em verticilo; células conidiogênicas holoblásticas, evidentes, denticuladas, terminais, determinadas, subglobosas, lisas, castanhoclaras, 3,5–4 × 2,5–3 µm; conídios solitários, lisos, secos, enrolado 1 vez., 6–8 septados, simples, castanho-claros a subhialinos, 8–11 µm diâm.; largura do filamento do conídio 2,5–4 µm. 29 Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 25/VII/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 137808). Distribuição geográfica: Costa do Marfim (Lunghini & Rambelli 1979); Equador e Peru (como Moorella monocephala; Matsushima, 1993); Índia (Vittal & Dorai, 1995); China (Lu et al., 2000); Tailândia (Pinnoi et al., 2006). O gênero monotípico Helicoubisia foi introduzido por Lunghini & Rambelli (1979) com a espécie tipo H. coronata. Matsushima (1993) propôs uma nova espécie para o gênero Moorella P. Rag. Rao & D. Rao, M. monocephala Matsush., que apresentava as mesmas características de H. coronata. Pinnoi et al. (2004) analisando esses dois gêneros, propuseram a sinonimização de M. monocephala com H. coronata. O material examinado está de acordo com o descrito por Lunghini & Rambelli (1979), exceto pela largura do filamento do conídio, que no material examinado possui maiores dimensões. Esta representa a primeira referência da espécie para o Brasil. Minimelanolocus navicularis (R.F. Castañeda) R.F. Castañeda, Cryptog. Mycol. 22(1): 9. 2001. Bas.: Pseudospiropes navicularis R.F. Castañeda, Fungi Cubenses II (La Habana): 10. 1987. Fig. 30–32 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, solitários, ou em grupos, eretos ou semi-prostados, retos ou flexuosos, septados, lisos, castanhos, castanho-claros no ápice, 45–155 × 4–5 µm; células conidiogênicas poliblásticas, integradas, terminais, simpodiais, lócus conidiogênico inconspícuo; conídios solitários, naviculados, secos, lisos, 3–septados, raramente 2–septado, septos escurecidos, células polares subhialinas a castanho-claras, células centrais castanho-escuras, 18–23 X 6,5–8,0 µm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 28/VII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155099), idem, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155100). Distribuição Geográfica: Cuba (Castañeda-Ruiz et al., 1987). Minimelanolocus R.F. Castañeda & Heredia foi estabelecido, com a espécie tipo M. navicularis, para acomodar espécies anteriormente incluídas em 30 Pseudospiropes M.B. Ellis, que apresentam conídios euseptados surgindo de células conidiogênicas poliblásticas, integradas, com proliferações simpodiais holoblásticas, raramente enteroblásticas e com lócus conidiogênico inconspícuos ou com uma pequena proeminência (Castañeda-Ruiz et al., 2001). O gênero é composto atualmente por 18 espécies (Ma et. al., 2008; Zhang et al., 2009). Minimelanolocus navicularis difere das demais espécies do gênero pelos conídios naviculados (Castañeda-Ruiz et al., 1987). O material examinado tem morfologia equivalente a apresentada por Castañeda-Ruiz et al. (1987), diferindo apenas pelos conidióforos maiores. Esta espécie é reportada pela primeira vez para a América do Sul. Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa Mycotaxon 85: 225. 2003. Bas.: Circinotrichum ponmudiensis Varghese & V.G. Rao Bot. Notiser 131(2): 215. 1978. Fig. 33–35 Conidióforos setiformes, macronemáticos, mononemáticos, simples, eretos, retos ou flexuosos, septados, castanhos, castanho-claros no ápice, 200–380 µm de compr., 10–20 µm larg. na base bulbosa, 1,5–2,5 µm larg. no ápice; células conidiogênicas poliblásticas, surgindo diretamente do conidióforo ou de células suportes, ampuliformes a lageniformes, na região mediana do conidióforo, castanho-claras a subhialinas, 3,0–4,5 × 1,5–3,0 µm; região fértil, 75–150 µm; conídios solitários, clavados, subcilíndricos a alantóides, agregados em mucilagem, lisos, 0–septados, hialinos 7,2–10,8 × 1,2–1,5 µm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 31/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155096), idem, 16/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155097). Distribuição Geográfica: Índia (como C. ponmuniensis, Varghese & Rao, 1978); Cuba (como C. ponmuniensis, Castañeda-Ruiz, 1997); Venezuela (CastanedaRuiz et al., 2003) Dentre as espécies de Selenodriella R.F. Castañeda & W.B. Kendr., apenas S. ponmudiensis e S. inaequilaterospora possuem células conidiogênicas dispostas apenas lateralmente. No entanto, S. inaequilaterospora se diferencia de S. ponmudiensis pelas células conidiogênicas lageniformes a subuladas, além 31 dos conídios fusiformes a vermiformes (Castañeda Ruiz & Kendrick, 1991). O material examinado está de acordo com a descrição apresentada por Varghese & Rao (1978). Este é o primeiro registro da espécie para o Brasil. Virgariella atra S. Hughes, Can. J. Bot. 31(5): 654. 1953. Fig. 36-38 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, eretos, retos ou flexuosos, septados, lisos, castanho escuros, 180–270 × 4,5–6 µm; células conidiogênicas poliblásticas, integradas, terminais, cilíndricas, geniculadas, com proliferações simpodiais; conídios solitários, secos, 0–septados, elipsóides, subglobosos a ovais, lisos, hilo proeminente, castanho-escuros, 10,5–12 × 10,5– 13 µm. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 11/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155093). Distribuição Geográfica: Inglaterra (Hughes, 1953); China (Farr & Rossman, 2009). São aceitas oito espécies de Virgariella S. Hughes (Delgado-Rodriguez & Mena-Portales, macronemáticos, 2003). O gênero mononemáticos, é caracterizado simples, com pelos células conidióforos conidiogênicas poliblásticas, integradas, terminais, simpodiais, cilíndricas e conídios solitários, secos, fusiformes a elipsóides, subesféricos, esféricos, globosos, subglobosos, lisos ou verrucosos, castanhos (Hughes, 1953; Ellis, 1971; Sutton, 1992; DelgadoRodriguez & Mena-Portales, 2003). Virgariella atra está mais relacionada com V. globigera (Sacc. & Ellis) S. Hughes, no entanto esta espécie apresenta conídios globosos a subglobosos e menores (Delgado-Rodriguez & Mena-Portales, 2003). O material examinado apresentou conidióforos maiores e conídios menores do que os descritos por Hughes (1953). Este constitui um novo registro para o continente Americano. 32 Fig. 1–4. Anungitea palustris. 1. Aspecto geral. 2. Detalhe da célula conidiogênica. 3. Cadeia de conídios (seta). 4. Conídio. 5–6. Dendryphiopsis biseptata. 5. Aspecto geral. 6. Detalhe da célula conidiogênica (seta). 7–8. Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae. 7. Aspecto geral. 8. Conídio. 9–11. Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta. 9. Aspecto geral. 10. Detalhe do conidióforo. 11. Conídio. 12–14. Dictyochaeta matsushimae. 12. Aspecto geral. 13. Detalhe do conidióforo. 14. Conídios. 15–17. Endophragmiella boothii. 15. Aspecto geral. 16. Conidióforo. 17. Conídio. Bar= 50µm (33, 36); 20µm (22, 24, 27,30); 10µm (18, 19, 25, 26, 31, 32, 34, 35, 37, 38); 5µm (20, 21, 23, 28, 29). 33 Fig 18–21. Endophragmiella pallescens. 18. Aspecto geral. 19. Detalhe das proliferações percurrente (seta). 20-21. Conídios. 22–23. Eversia parvula. 22. Conídios. 23. Conídio. 24–26. Gyrothrix hughesi. 24. Seta. 25. Detalhe das células conidiogênicas. 26. Conídios. 27–29. Helicoubisia coronata . 27. Aspecto geral. 28. Detalhe da célula conidiogênica. 29. Conídio. 30–32. Minimelanolocus navicularis. 30. Conidíoforos. 31. Conídio. 32. Conídios. 33– 35. Selenodriella ponmudiensis. 33. Aspecto geral. 34. Detalhe das células conidiogênicas. 35. Conídios. 36–38. Virgariella atra. 36. Aspecto geral. 37-38. Conídios. Bar= 50µm (33, 36); 20µ (22, 24, 27,30); 10µm (18, 19, 25, 26, 31, 32, 34, 35, 37, 38); 5µm (20, 21, 23, 28, 29). 34 Outras espécies encontradas na região de Morro do Chapéu: Actinocladium rhodosporum Ehrenb., Jahrb. Gewächsk. 1(2): 52. 1819. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 03/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155193); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/II/2009. Atrosetaphiale flagelliformis Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 8: 14. 1995. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155194), idem, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155195). Beltrania rhombica Penz., Michelia 2 (8): 474. 1882. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 26/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155148), idem, 08/VI//2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155149), idem, 29/XII /2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155150). Beltraniella portoricensis (F. Stevens) Piroz. & S.D. Patil, Can. J. Bot. 48(3): 575. 1970. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155151), idem, 17/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155152), idem, 22/XII//2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155153), idem, 23/II//2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155154). Brachysporiella gayana Bat., Bol Secr. Agric. (Pernambuco) 19(1-2): 109. 1952. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/III/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155226); sobre galho em decomposição, 09/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155227), idem, 21/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155228), idem, 08/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155229). Brachysporiellina fecunda S.M. Leão, Gusmão, R.F. Castañeda & A.C. Cruz, Mycotaxon 104: 310. 2008. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 08/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155161). 35 Chalara affinis Sacc. & Berl., Atti Inst. Veneto Sci. lett., ed Arti, Sér. 6 3: 741. 1885. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 16/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155188). Chalara alabamensis Morgan-Jones & E.G. Ingram, Mycotaxon 4(2): 489. 1976. Material examinado: (HUEFS 155189). Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 11/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155189). Chloridium virescens var. virescens (Pers.) W. Gams & Hol.-Jech., Stud. Mycol. 13: 17. 1976. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 27/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155162). Chloridium transvaalense Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker, Mycotaxon 17: 301. 1983. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 08/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155163); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada , 27/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155164). Circinotrichum maculiforme Nees, Syst. Pilze (Würzburg): 19. 1816. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 09/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155224). Circinotrichum olivaceum (Speg.) Piroz., Mycol. Pap. 84: 6. 1962. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155221), idem, 17/III/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155222). Circinotrichum falcatisporum Piroz., Mycol. Pap. 84:7. 1962. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155223). Cordana musae (Zimm.) Höhn., Zentbl. Bakt. ParasitKde, Abt. II 2 (60): 7. 1923. 36 Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 19/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155190), idem, 18/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155191), idem,17/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155192). Cryptophiale kakombensis Piroz., Can. J. Bot. 46: 1124. 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155198); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 02/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155199); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 05/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155200). Cryptophiale udagawae Piroz. & Ichinoe, Can. J. Bot. 46:1126. 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 07/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155201). Cryptophialoidea fasciculata Kuthub. & Nawawi, Mycol. Res. 98 (6): 686. 1994. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 13/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155196), idem, 17/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155197). Cryptohialoidea ramosa G. Delgado, J. Mena & Gené, Fungal Diversity 20: 31. 2005. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155206). Dactylaria candidula (Höhn.) G.C. Bhatt & W.B. Kendr, Can. J. Bot. 46: 1256 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 08/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155234). Dactylaria cazorlii Mercado, Gené & Guarro, in Gené, Mercado-Sierra & Guarro, Mycol. Res.104 (11): 1404. 2000. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, de dicotiledônea não identificada, 25/VII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155230). 37 Dendrypiopsis atra (Corda) S. Hughes, Can. J. Bot. 31: 655. 1953. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 07/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155183). Dictyochaeta novae-guineensis (Matsush.) A.I. Romero, Boln Soc. argent. Bot. 22: 76. 1983. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155142). Dictyochaeta simplex (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech., Folia geobot. phytotax. 19: 434. 1984. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 22/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155143). Dischloridium inaequiseptatum (Matsush.) Hol.-Jech., Česká Mykol. 41(2): 111. 1987. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 09/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155187). Drechslera rostrata (Drechsler) M.J. Richardson & E.M. Fraser, Trans. Br. mycol. Soc. 51: 148. 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 21/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155235). Exserticlava vasiformis (Matsush.) S. Hughes, N.Z. Jl Bot. 16(3): 332. 1978. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 10/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155172); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 10/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155173); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 07/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155174). Ellisembia adscendens (Berk.). Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 58(4): 183. 1992. 38 Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 19/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155127), idem, 21/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155128), idem, 09/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155129); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155130), idem, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155131), idem, 31/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155132). Ellisembia brachypus (Ellis & Everh.). Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 58: 183. 1992. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada ,02/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155133). Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 58(4): 184.1992. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 20/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n.(HUEFS 155104). Fusariella obstipa (Pollack) S. Hughes, Mycol. Pap. 28: 9. 1949. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 28/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155216). Gonytrichum chlamydosporium var. simile W. Gams & Hol.-Jech., Stud. Mycol. 13: 88. 1976. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 11/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155166), idem, 16/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155167), idem, 13/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155168); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155169), idem,19/III/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155170). Gonytrichum macrocladum (Sacc.) S. Hughes, Trans. Br. mycol. Soc. 34: 565. 1951. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 11/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155171). 39 Gyrothrix microsperma (Höhn.) Piroz., Mycol. Pap. 84: 14. 1962. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155217), idem, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155218), idem, 22/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155219), idem, 17/II/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155220). Helicosporium gracile (Morgan) Linder, Ann. Mo. bot. Gdn 16: 281. 1929. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155208); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155209). Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3 (XXVI): 51. 1874. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 07/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155215). Helicosporium pannosum (Berk. & M.A. Curtis) R.T. Moore, Mycologia 49: 582. 1957. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155214). Helicsporium vesiculiferum A.C. Cruz & Gusmão, Mycotaxon 110: 55. 2009. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 141556). Henicospra coronata B. Sutton & P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc. 75(2): 249. 1980. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 10/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155182). Idriella setiformis R.F. Castañeda & G.R.W. Arnold. Revta. Jardín Bot. Nac., Univ. Habana 6: 50. 1985. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 19/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155144), idem, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155145), idem, 40 09/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155146), idem, 16/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155147). Junewangia globulosa (Tóth) W.A. Baker & Morgan-Jones, Mycotaxon 81: 308. 2002. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 15/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155231). Memnoniella echinata (Rivolta) Galloway, Trans. Br. Mycol. Soc. 18(2): 165. 1933. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 30/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155180). Menisporopsis novae-zelandiae S. Hughes & W.B. Kendr., N.Z. Jl Bot. 6: 369. 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 25/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155233). Menisporopsis theobromae S. Hughes, Mycol. Pap. 48:59. 1952. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 20/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155232). Myrmecridium schulzeri var. schulzeri (Sacc.) Arzanlou, W. Gams & Crous, Stud. Mycol. 58: 84. 2007. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 08/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155260). Neojohnstonia minima Gusmão & Grandi, Mycotaxon 80: 98. 2001. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 28/VII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 133851). Paliphora inflata Gusmão, Marques & D.A.C. Almeida, Mycologia 100(2): 306. 2008. 41 Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 29/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155175). Pappimyces hastatus B. Sutton & Hodges, Nova Hedwigia 26(2-3): 528. 1975. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 08/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155225). Paraceratocladium silvestre R.F. Castañeda, Fungi Cubenses II (La Habana) 2: 9. 1987. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 17/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155207). Periconia cookei E.W. Mason & M.B. Ellis, Mycol. Pap. 56:72. 1953. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 07/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155213). Phaeostalagmus tenuissimus (Corda) W. Gams & Hol.-Jech., Stud. Mycol. 13: 93. 1976. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 03/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155202). Phaeoisaria infrafertilis B. Sutton & Hodges, Nova Hedwigia 27(1-2): 219. 1976. Material examinado: (HUEFS 155205). Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 16/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155205). Ramichloridium anceps (Sacc. & Ellis) de Hoog, Stud. Mycol. 15: 59. 1977. Material examinado: (HUEFS 155165). Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 05/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155165). Speiropsis scopiformis Kuthub. & Nawawi, Trans. Br. mycol. Soc. 89(4): 584. 1987. 42 Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 21/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155186). Speiropsis pedatospora Tubaki, J. Hattori bot. Lab. 20: 171 1958. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155184); sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155185). Sporidesmiella aspera Kuthub. & Nawawi, Mycol. Res. 97(11): 1305.1993. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 24/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155136); sobre casca em decomposição 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155137), idem, 17/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155138); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155139). Sporidesmiella cuneiformis (B. Sutton) P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc. 79(3): 481. 1982. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 11/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155140). Sporiesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin, J. Zhejiang Univ., Sci. B, 9: 798. 2008. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155101), idem, 23/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155102), 12/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155103). Sporidesmium tropicale var. tropicale M.B. Ellis, Mycol. 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Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155261). Thozetella cristata Piroz. & Hodges, Can. J. Bot. 51(1): 168. 1973. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 05/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 133854). Thozetella queenslandica Paulus, P.Gadek & K.D. Hyde, Mycologia 96: 1081. 2004. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 16/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155212). Umbellidion radulans B. Sutton & Hodges, Nova Hedwigia 26(2-3): 532. 1975. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 24/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155203), idem, 14/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155204). Vermiculariopsiella falcata Nawawi, Kuthub. & B. Sutton, Mycotaxon 37: 175. 1990. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 10/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 133855). Virgaria nigra (Link) Nees, Nat. Arr. Brit. Pl. (London) 1: 553. 1817. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 12/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155210); sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, idem, 26/X/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155211). 44 Volutella minima Höhn., Sber. Akad. Wiss. Wien, Math.-naturw. Kl., Abt. 1, 118: 1543. 1909. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 17/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155262). Wiesneriomyces laurinus (Tassi) P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc. 82(4): 748. 1984. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 17/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155181). Zanclospora brevispora var. brevispora S. Hughes & W.B. Kendr., N.Z. Jl Bot. 3: 156. 1965. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155160). Zanclospora novae-zelandiae S. Hughes & W.B. Kendr., N.Z. Jl Bot. 3: 152. 1965. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155155), idem, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155156), idem, 07/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155157); sobre galho em decomposição, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155158), idem, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155159). Esse trabalho demostrou a diversidade de fungos conidiais encontrados na região de Morro do Chapéu, apresentando novos registros e ampliando o conhecimento da distribuição geográfica das espécies encontradas. Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação em Botânica PPGBot/UEFS e ao PPBIO (Programa de pesquisa de biodiversidade no Semiárido). T. S. Santa Izabel e L.F.P. Gusmão agradecem ao CNPq (proc. 474589/2008-0). 45 Referências ANDRADE-LIMA, D. 1981. The caatinga dominium. Revista Brasileira de Botânica 4: 149-153. HEREDIA-ABARCA, G.; ESTEBANEZ, M.R. MOTA; R.M.A.; MENA-PORTALES, J.; MERCADO-SIERRA, A. 2004. Adiciones al conocimiento de la diversidad de los hongos conidiales del bosque mesófilo de montaña del estado de Veracruz. Acta Botánica Mexicana 66: 1-22. BARBOSA, F.R., GUSMÃO, L.F.P., CASTAÑEDA-RUIZ, R.F., MARQUES, M.F.O.; MAIA, L.C. 2007. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. New species Deightoniella rugosa & Diplocladiella cornitumida with new records for the neotropics. Mycotaxon 102: 39-49. CABI BIOSCIENCE DATABASE. 2010. Index Fungorum. Disponível em < http://www.indexfungorum.org >. (Acesso em 02/01/2010). CASTAÑEDA-RUIZ, R.F. 2005. 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Mycological Research 92: 380-382. 50 CAPÍTULO 2 FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA: ESPÉCIES DO COMPLEXO SPORIDESMIUM Artigo a ser submetido para publicação na Revista Mycotaxon. 51 FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA: ESPÉCIES DO COMPLEXO SPORIDESMIUM Tasciano dos Santos Santa Izabel & Luís Fernando Pascholati Gusmão Abstract During an inventory of conidial fungi from dead plant material in an area of extreme biological importance, in semi-arid Caatinga Biome of Brazil, some species of Sporidesmium sensu lato were found. A new species of Ellisembia and a new variety of Sporidesmiella are proposed. Sporidesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin and Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram. are news records for American continent and South America, respectively. Sporidesmium knawiae Crous is considered synonymous to Repetophragma inflatum (Berk. & Ravenel) W.P. Wu. New combinations for Ellisembia Subram. and Repetophragma Subram. are proposed. A table with the main features of Sporidesmium and related genera is included. Key word – Ellisembia, Repetophragma, Sporidemiella, Sporidesmiopsis. Resumo Durante um inventário de fungos conidiais associados a materiais vegetais em decomposição em uma área de extrema importância biológica, no Bioma Caatinga, região semi-árida do Brasil, algumas espécies de Sporidesmium sensu lato foram encontradas. Uma nova espécie de Ellisembia e uma nova variedade, Sporidesmiella são propostas. Sporidesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin e Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram. constituem novos registros para o continente Americano e para a América do Sul, respectivamente. Sporidesmium knawiae Crous é considerado sinônimo de Repetophragma inflatum (Berk. & Ravenel) W.P. Wu. São propostas novas combinações para Ellisembia Subram. e Repetophragma Subram. É incluída uma tabela com as principais características de Sporidesmium e gêneros relacionados. Palavra-chave – Ellisembia, Repetophragma, Sporidemiella, Sporidesmiopsis. 52 Introdução O gênero Sporidesmium Link foi revisado por Ellis (1958) que analisou materiais provenientes de diversos herbários. Neste trabalho, o autor traz uma revisão histórica de Sporidesmium e apresenta como conceito genérico a descrição de S. ehrenbergii M.B. Ellis, utilizado por Hughes (1979) e Kirk (1982). A circunscrição do gênero incluía espécies que apresentavam em comum conidióforos solitários ou em grupos, células conidiogênicas com ou sem proliferações e conídios lisos ou verrucosos, euseptados ou distoseptados (Ellis, 1958). No entanto, esta circunscrição apresentava grupos de espécies que poderiam ser segregadas em diferentes gêneros e/ou subgêneros, sendo considerado como “complexo Sporidesmium“ ou “Sporidesmium sensu lato” (Sutton & Hodges, 1978; Hughes, 1979). O processo de delimitação de gêneros a partir do complexo Sporidesmium foi iniciado com a proposta de Sporidesmiella P.M. Kirk, eregido para incluir espécies que possuem conídios cilíndricos a cuneiformes ou obovóides e distoseptados (Kirk, 1982). No final da década de 80, Sporidesmiopsis Subram. & Bhat foi proposto para acomodar espécies que apresentam conidióforos ramificados apicalmente (Subramanian & Bhat, 1987). Subramanian (1992) dividiu o complexo Sporidesmium em sete gêneros, baseado no tipo da septação do conídio, na proliferação das células conidiogênicas e na presença ou ausência de conidióforos. Desta forma, Subramanian (1992) propôs uma nova circunscrição para Sporidesmium e amplia a delimitação Sporidesmiella, o primeiro restringindo-se a espécies que apresentam células conidiogênicas sem proliferação ou proliferando irregularmente com conídios euseptados, o segundo passa a acomodar espécies com proliferações anelídicas e conídios distoseptados. Hernández-Gutierrez & Sutton (1997) propuseram dois gêneros: Imimyces A. Hern. Gut. & B. Sutton para acomodar as espécies que apresentam conidióforos associados às células conidiogênicas com proliferações lageniformes, doliformes ou ovóides, com conídios distoseptados e Linkosia A. Hern. Gut. & B. Sutton que passou a incluir espécies que possuem células conidiogênicas ampuliformes, surgindo diretamente do micélio, produzindo conídios distoseptados. (Hernández-Gutierrez & Sutton (1997). Imimyces foi tipicado com a espécie Imimyces densus (Sacc. & Roum.) A. Hern. Gut. & B. Sutton (bas.: Helminthosporium densum Sacc. & Roum.), no 53 entanto, Hernández-Gutierrez & Sutton (1997) não estudaram o tipo dessa espécie, mas a parte do tipo entre outros espécimens de H. leptosporum Sacc. & Roum., considerado sinônimo de H. densum por Ellis (1958) (Shoemaker & Hambleton, 2001). Hughes (1958) analisou o tipo de H. densum e considerou sinônimo de Polydesmus elegans Durieu & Mont., além disso, observou que o tipo H. leptosporum não deveria ser considerado sinônimo de H. densum. Desta forma, Shoemaker & Hambleton (2001) propuseram a exclusão da espécie tipo de Imimyces e propuseram o gênero Imicles Shoemaker & Hambl, com a espécie tipo Imicles leptospora (Sacc. & Roum.). Shoemaker & Hambl., para acomodar as espécies anteriormente incluídas em Imimyces. Segundo Wu & Zhuang (2005) a delimitação das espécies de Sporidesmium-Penzigomyces e Ellisembia-Imicles permanece tênue, desta forma, os autores sugerem que as espécies incluídas em Penzigomyces Subram. e Imicles deveriam ser transferidas para Sporidesmium e Ellisembia, respectivamente. No presente trabalho optou-se por seguir as circunscrições proposta por Subramanian (1992) e a redescrição de Polydesmus Mont., com conídios euseptados, proposta por Hernández-Gutierrez & Sutton (1997). O complexo Sporidesmium apresenta um número crescente de espécies (Shi & Zhang, 2007; Ma & Zhang, 2007a, b; Zhang et al., 2008). Entretanto, caracteres tidos como importantes na delimitação de gêneros, como o tipo de septo no conídio e a redução do conidióforo a uma célula conidiogênica, têm sido questionados (Hughes & Illman, 1974, Réblová, 1999). Um estudo filogenético, baseado em seqüências parciais da LSU nu-rDNA e RPB2 de 27 espécies e nove gêneros, demonstrou que o complexo Sporidesmium tem múltiplas origens evolutivas e filogeneticamente estão distribuídos em Dothideomycetes e Sordariomycetes (Shenoy et al., 2006). A necessidade de mais estudos, com maior esforço amostral e com a utilização de mais marcadores genéticos é fundamental para que novas delimitações de gêneros sejam propostas. Materiais e métodos Quatro coletas foram realizadas, entre maio de 2008 e fevereiro de 2009, onde substratos vegetais em decomposição (cascas, folhas e galhos) foram coletados em seis pontos distintos, escolhidos ao acaso, sendo um de caatinga, um de campo rupestre e quatro de floresta estacional. A técnica de amostragem 54 para a coleta da serapilheira foi através do método de parcelas, que consistiu em traçar em cada ponto uma área de 10x10 m, subdividida em quatro quadrados de 5 x 5 m. Em cada quadrado foi coletado uma unidade de cada substrato: folha, casca e galho em decomposição. As amostras coletadas foram acondicionadas separadamente em sacos de papel Kraft transportadas ao laboratório e submetidas à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz, 2005). Após secagem, as amostras foram acondicionadas em câmaras-úmidas. Após três e durante 30 dias as estruturas de reprodução dos fungos foram observadas sob estereomicrocópio, coletadas com auxílio de agulhas finas (tipo insulina) e transferidas para meio de montagem permanente com resina PVL (álcool polivinílico + lactofenol). A identificação das espécies foi realizada comparando as estruturas reprodutivas encontradas com as descrições apresentadas em bibliografia especializada. O material foi depositado no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Resultados e discussão Ellisembia sp. nov. Fig. 1–6. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários, eretos, retos ou flexuosos, simples, 1–4 septados, lisos, cilíndricos, castanhos, 25–45 × 7,5–10 μm; células conidiogênicas monoblásticas, integradas, terminais, cilíndricas, lisas, determinadas ou raramente com proliferações percurrentes, castanho-claras, 5– 6,5 × 6,5–7 μm; conídios solitários, secos, obclavados, rostrados, curvos, tortuosos ou enrolados irregularmente, 33–133-distoseptados, lisos, castanhos, 220–850 × 12,5–22,5 μm; célula apical cilíndrica, 7,5–12,5 μm de larg.; célula basal cônico-truncada a trapezóide, 5–7,5 μm de larg. Secessão esquizolítica. HOLÓTIPO: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 13/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155105) Outro material examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06/X/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 148830). 55 Ellisembia Subram. foi proposto para acomodar espécies anteriormente incluídas em Sporidesmium Link que apresentam célula conidiogênica sem proliferação ou proliferando irregularmente produzindo conídios distoseptados (Subramanian, 1992). Dentre as espécies do gênero, Ellisembia sp. nov. está mais relacionada com E. adscendens (Berk.). Subram. e E. vaga (Nees & T. Nees) Subram., pela morfologia do conidióforo e pelos conídios obclavados, sem apêndices e com muitos distoseptos. Entretanto, E. vaga e E. adscendens apresentam conidióforos mais estreitos, conídios menores e com menor número de distoseptos (até 300 μm de compr. e 38 distoseptos; até 375 μm de compr. e 62 distoseptos, respectivamente) (Ellis, 1971; Matsushima, 1975, Wu & Zhuang, 2005). A presença de conídios curvos, tortuosos ou enrolados, com grandes dimensões e o número elevado de distoseptos são características que diferenciam Ellisembia sp. nov. das demais espécies do gênero. Sporidesmiella garciniae var. nov. Fig. 7–9. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários ou em grupos, eretos, retos ou flexuosos, lisos, castanhos, subhialinos no ápice, 45–85,5 x 3,5– 5,5 µm; células conidiogênicas poliblásticas, integradas, terminais, cilíndricas, lisas, com proliferações simpodiais; conídios solitários, secos, cilíndricos a subcilíndricos, lisos, 4–distoseptados, castanho-claros a oliváceos, base subhialina, 22,5–28,5 x 2,5–3,6 µm. Secessão esquizolítica. HOLÓTIPO: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155106). O gênero Sporidesmiella P.M. Kirk é composto por 24 espécies e quatro variedades (Yanna et al., 2001; Wu & Zhuang, 2005). Sporidesmiella hyalosperma var. novae-zelandiae (S. Hughes) P.M. Kirk e Sporidesmiella parva var. palauensis Matsush. foram propostas por apresentarem proliferações simpodiais, diferindo das células conidiogênicas com proliferações percurrentes comumente presentes no gênero (Kirk, 1982; Matsushima, 1985). Sporidesmiella garciniae Matsush. possui conidióforos maiores que S. garciniae var. nov. e apresenta células conidiogênicas com proliferações percurrentes (Matsushima, 1985). 56 Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 58(4): 184. 1992. Bas.: Sporidesmium vagum Nees & T. Nees [as 'Sporidermium'], Nova Acta Acad. Caes. Leop. - Carol. 2: 231. 1818. Fig. 10-11. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, solitários, eretos, retos ou flexuosos, simples, 2–3-septados, lisos, cilíndricos, castanhos, 10–25 x 3,75–5 μm; células conidiogênicas monoblásticas, integradas, terminais, cilíndricas a lageniformes, lisas, determinadas, castanho-claras, 6–7,5 x 4–5 μm; conídios solitários, secos, obclavados, rostrados, lisos, castanhos a castanhos-claros, 13– 32–distoseptados, 95–212,5 x 10–13,75 μm; ápice arredondado, 4,5–5,5 μm larg.; célula basal cônico-truncada, 3–5 μm larg. Secessão esquizolítica. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição, 20/VIII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155104). Distribuição geográfica: China, Cuba, Ilhas Cooke, Samoa (Farr & Rossman, 2009); Alemanha, antiga União das Repúblicas Socialitas Soviéticas, Gana, Jamaica, Japão, Paquistão, Reino Unido, Serra Leoa, (como Sporidesmium vagum, Farr & Rossman, 2009; Wu & Zhang, 2005). Ellisembia vaga tem morfologia similar a de E. adscendens. As duas espécies se diferenciam pela largura do conídio e número de septos do mesmo. (Ellis, 1971; Matsushima, 1975, Wu & Zhuang, 2005). O material examinado está de acordo com os apresentados por Ellis (1958) e Matsushima (1980). Este é o primeiro relato da espécie para América do Sul. Sporidesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin , J. Zhejiang Univ., Sci. B 9: 798. 2008. Fig. 12-15. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, septados, eretos, retos ou flexuosos, ramificados apicalmente, 13–15 septados, verrucolosos, castanho escuros, 270–462 x 16,5–20 μm; ápice, 4–7,5 de larg.; células conidiogênicas monoblásticas, integradas, langeniformes a doliformes, 9–13 x 4–6 μm; conídios solitários, obclavados a fusiformes, ápice truncado, base arredondada, 5–9distoseptados, verruculosos, células centrais, castanho-escuras, células polares 57 castanho-claras, 35–79,5 x 7,5-13,5 μm, 3,5–6 μm larg. da base, 2,5–4 μm larg. do ápice. Secessão esquizolítica. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição, 06/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155101), idem, 23/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155102), 12/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155103). Distribuição geográfica: China (Wongsawas et al., 2008). O gênero Sporidesmiopsis é composto por três espécies e caracteriza-se pelos conidióforos ramificados apicalmente, células conidiogênicas cilíndricas a doliformes e conídios obclavados a fusiformes (Subramanian & Bhat, 1987; Bhat & Kendrick, 1993; Wongsawas et al., 2008). Sporidesmiopsis goanensis Bhat & Kendr. possui conídios 3–4-euseptados e menores que S. zhejiangensis (Bhat & Kendrick, 1993). S. dennisii (Crane & Dumont) Bhat, Kendr. & Nag Raj apresenta conídios 17-euseptados e maiores que S. zhejiangensis (Subramanian & Bhat 1987). O material examinado tem morfologia similar as apresentadas por Wongsawas et al. (2008), no entanto, apresentou conídios maiores, maior número de septos e ausência de mucilagem no ápice. Essa é a segunda ocorrência da espécie para mundo, primeira para o continente americano. Propostas de combinações de espécies do complexo Sporidesmium. Nota: Segundo Subramanian (1992), Sporidesmium e Ellisembia diferenciam-se pelos conídios euseptados e distoseptados, respectivamente (Tabela 1). De acordo com essas características e baseado nas descrições e ilustrações originais das espécies, seis combinações novas para Ellisembia são propostas (Shi & Zhang, 2007; Ma & Zhang, 2007a). Ellisembia delavayae (Cheng K. Shi & X.G. Zhang) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium delavayae Cheng K. Shi & X.G. Zhang, Mycotaxon 99: 359. 2007. Ellisembia ilicis (Jian Ma & X.G. Zhang) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium ilicis Jian Ma & X.G. Zhang, Mycotaxon 99: 369. 2007. Ellisembia ochnae (Cheng K. Shi & X.G. Zhang) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. 58 Bas.: Sporidesmium ochnae Cheng K. Shi & X.G. Zhang, Mycotaxon 99: 365. 2007. Ellisembia phoebes (Cheng K. Shi & X.G. Zhang) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium phoebes Cheng K. Shi & X.G. Zhang, Mycotaxon 99: 362. 2007. Ellisembia pruni (Jian Ma & X.G. Zhang) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium pruni Jian Ma & X.G. Zhang, Mycotaxon 99: 369. 2007. Ellisembia tarennae (Cheng K. Shi & X.G. Zhang) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium tarennae Cheng K. Shi & X.G. Zhang, Mycotaxon 99: 361. 2007. Nota: De acordo com Subramanian (1992) Sporidesmium e Repetophragma diferenciam-se pelas células conidiogênicas com ou sem proliferações irregulares em Sporidesmium e com proliferações anelídicas em Repetophragma (Tabela 1). Baseado nas descrições e ilustrações originais das espécies, quatro combinações são PR opostas para Repetophragma devido à presença de células conidiogênicas com proliferações anelídicas (Matsushima, 1995; Castañeda-Ruiz,1985; CastañedaRuiz & Kendrick, 1991). Repetophragma apiceinflatum (Matsush.) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium apiceinflatum Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 8: 36. 1995. Repetophragma laxisporum (R.F. Castañeda) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium laxisporum R.F. Castañeda [as 'laxusporum'], Deuteromycotina de Cuba, Hyphomycetes (La Habana) 3: 35. 1985. Repetophragma longiphorum (R.F. Castañeda & W.B. Kendr.) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. Bas.: Sporidesmium longiphorum R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Univ. Waterloo Biol. Ser. 35: 105 (1991) Repetophragma perproliferatum (R.F. Castañeda & W.B. Kendr.) T.S. Santa Izabel & Gusmão comb. nov. 59 Bas.: Sporidesmium perproliferatum R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Univ. Waterloo Biol. Ser. 35: 112. 1991. Proposta de sinomização Repetophragma inflatum (Berk. & Ravenel) W.P. Wu, Fung. Divers. Res. Ser. 15: 109, 2005. Bas.: Helminthosporium inflatum Berk. & Ravenel, Grevillea 3: 104. 1875. Sin.: Helminthosporium subfuscum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3: 104. 1875. Helminthosporium tiara Berk. & Ravenel, Grevillea 3(no. 27): 104. 1875. Helminthosporium episphaericum Cooke & Peck, Rep. N.Y. St. Mus. nat. Hist. 29: 52. 1878. Helminthosporium collabendum Cooke, Grevillea 17: 67. 1889. Clasterosporium herculeum Ellis, Proc. Acad. nat. Sci. Philad.: 92. 1891. Clasterosporium sigmoideum Ellis & Everh., Bull. Torrey bot. Club 24: 472. 1897. Sporidesmium inflatum (Berk. & Ravenel) M.B. Ellis, Mycol. Pap. 70: 70. 1958. Sporidesmium knawiae Crous, Fungal Planet 29. 2008. sin. nov. Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 5/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 130991). Nota: Sporidesmium knawiae, proposta por Crous (2008), é filogeneticamente e morfologicamente próxima a Repetophragma inflatum (Crous, 2008). As características dessa espécie estão completamente incluídas na variação morfológica da espécie descrita por Ellis (1958). Desta forma, propõe-se a sinonimização entre Sporidesmium knawiae e Repetophragma inflatum. Outras espécies do complexo Sporidesmium encontradas. Ellisembia adscendens (Berk.) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 58(4): 183 1992. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 19/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155127), idem, 21/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155128), idem, 09/I/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155129); sobre galho em decomposição, 23/V/2008, T.S. 60 Santa Izabel s.n. (HUEFS 155130), idem, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155131), idem, 31/I/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155132). Ellisembia brachypus (Ellis & Everh.) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 58: 183. 1992. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição 02/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155133). Sporidesmiella aspera Kuthub. & Nawawi, Mycol. Res. 97(11): 1305.1993. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 24/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155136); sobre casca em decomposição, 23/V/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155137), idem, 17/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS155138); sobre galho em decomposição 23/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155139). Sporidesmiella cuneiformis (B. Sutton) P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc. 79(3): 481. 1982. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre galho em decomposição 11/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155140). Sporidesmium tropicale var. tropicale M.B. Ellis, Mycol. Pap. 70: 58. 1958. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição 13/II/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155141). 61 Fig. 1-6. Ellisembia sp. nov. 1-2. Aspecto geral. 3. Detalhe do conidióforo (seta) 4-6. Conídios. Bar = 100µm (1, 2, 4, 5, 6); 20µm (3). 62 Fig. 7-9. Sporidesmiella garciniae var. nov. 7. Aspecto geral. 8-9. Conídios. 10-12. Ellisembia vaga. 10. Aspecto geral. 11. Conidióforo. 12. Conídio. 13-15. Sporidesmiopsis zhejiangensis. 13. Aspecto geral. 14. Detalhe da célula conidiogênica (seta). 15. Conídio. Bar = 50µm (13); 20µm (10, 12, 14); 10µm (7, 15); 5µm (8,9, 11). 63 Tabela 1. Sinopse dos gêneros do complexo Sporidesmium. Gêneros Conidióforos Células Conídios conidiogênicas Ellisembia Imicles Presentes Presentes Proliferações Distoseptados/Apêndices irregulares simples Proliferações Distoseptados/Apêndices percurrentes simples Janetia Ausente - Euseptados/ Distoseptados Linkosia Ausentes - Distoseptados Lomaantha Presentes Sem proliferações Distoseptados/Apêndices ramificados Morrisiella Sinematosos Sem proliferações Distoseptados Neosporidesmium Sinematosos Proliferações Distoseptados/ Apêndices percurrente simples Proliferações Distoseptados/ Apêndices anelídicas simples Proliferações Euseptados/ Apêndices percurrentes simples Novozymia Penzigomyces Sinematosos Presentes Polydesmus Presentes - Euseptados Repetophragma Presente Proliferações Euseptados anelídicas Sporidesmiella Presente Proliferações Distoseptados/Apêndices anelídicas simples ou ramificados Sporidesmina Sinematoso Sem proliferações Euseptados/ Distoseptados Sporidesmiopsis Presente/ Sem proliferações Euseptados/ Distoseptados Proliferações Euseptados/ Apêndices irregulares simples - Euseptados Ramificado Sporidesmium Stanjehughesia Presente Ausente 64 Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação em Botânica PPGBot/UEFS e ao PPBIO (Programa de pesquisa de biodiversidade no Semiárido). T. S. Santa Izabel e L.F.P. Gusmão agradecem ao CNPq (proc. 474589/2008-0). Referências CASTAÑEDA-RUIZ, R.F. 2005. Metodología en el estudio de los hongos anamorfos. Pp. 182-183. In: Anais do V Congresso Latino Americano de Micologia, Brasília, Brasil. CASTAÑEDA-RUIZ, R.F. 1985. Deuteromycotina de Cuba. Hyphomycetes III. Havana, Instituto de Investigaciones Fundamentales em Agricultura Tropical “Alejandro de Humboldt”. CASTAÑEDA-RUIZ, R.F.; KENDRICK, W. B. 1991. Ninety-nine Conidial Fungi from Cuba and three from Canada. University of Waterloo Biology Series 35. CROUS. 2008. Sporidesmium knawiae Crous, sp. nov. Fungal Planet 29. ELLIS, M.B. 1971. Dematiaceous Hyphomycetes. Kew, Commonwealth Mycological Institute. ELLIS, M.B. 1958. Clasterosporium and some allied dematiaceae- phragmosporae. I. Mycol Pap 70:1–89. HERNÁNDEZ GUTIÉRREZ, A; SUTTON BC. 1997. Imimyces and Linkosia, two new genera segregated from Sporidesmium sensu lato, and redescription of Polydesmus. Mycol Res 101:201–209. 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New species of Cordana, Selenodriella and Spondylocladiopsis are proposed, described, discussed and illustrated. A table with the species related of Cordana sp. nov. and a table and a key to species of Selenodriella and Spondylocladiopsis are included. Key word – biodiversity,microfungi, leaf litter, taxonomy. Resumo Durante o levantamento de microfungos associados a substratos vegetais em uma área de extrema importância biológica, município de Morro do Chapéu, no bioma Caatinga, alguns fungos interessantes foram encontrados. Novas espécies de Cordana, Selenodriella e Spondylocladiopsis são propostas, descritas, discutidas e ilustradas. São incluídas uma tabela das espécies próximas de Cordana sp. nov., uma tabela e uma chave das espécies de Selenodriella e Spondylocladiopsis. Palavra-chave- biodiversidade, microfungos, serapilheira, taxonomia. 69 Introdução O semi-árido brasileiro está localizado quase exclusivamente no Nordeste do Brasil, com aproximadamente 970.000 Km2 (Ministério da Integração Nacional, 2005). A Caatinga constitui o tipo de vegetação mais característico dessa região e o domínio desse bioma abrange cerca de 900.000 Km2, correspondendo aproximadamente a 54% da região Nordeste e 11% do território brasileiro (Andrade et al., 2005). O Bioma Caatinga tem sido descrito como um ecossistema pobre em espécies e endemismos (Vanzolini et al., 1980; Andrade-Lima, 1982). Entretanto, estudos recentes têm desafiado esse ponto de vista e demonstrado a importância da Caatinga para a conservação da biodiversidade brasileira (Leal et al., 2003, 2005; Silva et. al., 2004). Um exemplo é a informação gerada pelas pesquisas desenvolvidas no bioma Caatinga sobre a diversidade de fungos conidiais (Barbosa et al., 2007; Castañeda-Ruiz et al., 2006; Cruz et al., 2007a,b, 2008, 2009; Gusmão et al., 2008; Leão-Ferreira et al., 2008; Marques et al., 2007) que têm revelado uma rica micobiota. Cordana Esse trabalho teve como objetivo propor novas espécies de Cordana Preuss, Selenodriella R.F Castañeda & W.B. Kendr. e Spondylocladiopsis M.B. Ellis, coletadas em áreas de caatinga, campo rupestre e mata estacional presentes na região de Morro do Chapéu, BA. Materiais e métodos Quatro coletas foram realizadas, entre maio de 2008 e fevereiro de 2009, onde substratos vegetais em decomposição (cascas, folhas e galhos) foram coletados em seis pontos distintos, escolhidos ao acaso, sendo um de caatinga, um de campo rupestre e quatro de floresta estacional. A técnica de amostragem para a coleta da serapilheira foi através do método de parcelas, que consistiu em traçar em cada ponto uma área de 10x10 m, subdividida em quatro quadrados de 5 x 5 m. Em cada quadrado foi coletado uma unidade de cada substrato: folha, casca e galho em decomposição. As amostras coletadas foram acondicionadas separadamente em sacos de papel Kraft transportadas ao laboratório e submetidas à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz, 2005). Após secagem, as amostras foram acondicionadas 70 em câmaras-úmidas. Após três e durante 30 dias as estruturas de reprodução dos fungos foram observadas sob estereomicrocópio, coletadas com auxílio de agulhas finas (tipo insulina) e transferidas para meio de montagem permanente com resina PVL (álcool polivinílico + lactofenol). A identificação das espécies foi realizada comparando as estruturas reprodutivas encontradas com as descrições apresentadas em bibliografia especializada. O material foi depositado no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Resultados e discussão Cordana sp. nov. Fig. 1-4. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, simples, septados, lisos, castanhos, castanho claros no ápice 60– 187,5 x 3–5 μm; células conidiogênicas poliblásticas, integradas, terminais, simpodiais, dentículos inconspícuos. Conídios solitários, secos, lisos, elipsóides, 1-septados, versicolores, célula basal castanho-clara, célula apical castanho-escura, 12–15 x 6–7,5 μm; hilo protuberante, 1–1, 5 μm diam. HOLÓTIPO: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 13/VI/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155108). O gênero Cordana é caracterizado pela produção de conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples; células conidiogênicas holoblásticas, denticuladas, integradas, simpodiais e conídios elipsóides a ovóides, 0-2 septados, subhialinos, castanho-claros a castanho-escuros (Ellis, 1971; Castañeda-Ruiz et al., 1999; Markovskaja, 2003; Soares et al., 2005). São aceitas 15 espécies de Cordana (Castañeda-Ruiz et al., 1999; Markovskaja, 2003; Cai et al., 2004; Soares, et al. 2005). Cordana sp. nov. pode ser comparada com C. crassa Tóth, C. uniseptata L. Cai, McKenzie & K.D. Hyde e C. versicolor D.J. Soares & R.W.Barreto por apresentar conídios versicolores (Tabela 1). No entanto, Cordana crassa possui conídios maiores, obpiriformes e célula basal mais escura que a apical (Castañeda-Ruiz et al., 1999; Heredia et al., 2004). Os 71 conídios de Cordana uniseptata são mais largos e a célula basal é mais escura que a apical (Cai, et al. 2004). Cordana versicolor possui conídios com célula apical mais escura que a basal como C. sp. nov., porém, os conídios são maiores, a célula basal é subhialina, a apical castanho-clara e podem apresentar uma célula apical adicional subulada (Soares, et al. 2005). Tabela 1: Sinopse das espécies de Cordana com conídios versicolor. Espécie Conidióforos Conídios Cordana sp. nov. Castanhos, castanho-claros no Elipsóides, 1-septados, ápice, lisos, 102–200 μm x 4,5– célula basal castanho- 6µm claras, célula apical castanho- escura, 12–15 x 6–7,5 μm Cordana crassa Castanho-escuros, castanho- Obpiriformes, 1-septados, claros no ápice, lisos, até 300 μm lisos, célula basal de compr., 5–9 μm. de larg. castanho-escuras, célula apical castanho-claras, 18– 27 x 11–15 μm. Cordana uniseptata Castanhos a castanho - escuros, Elipsóides, 1-septados, lisos, 75–275 x 4.5–6 μm. célula basal castanhas, célula apical castanhoclara, 13,5–23 x 8,5–11 μm. Cordana versicolor Castanhos, castanho-claros no Elipsóides, 1-septados, ápice, lisos, até 260 μm de compr., célula basal subhialinas, 7–14 μm. de larg. célula apical castanhoclara, 10–25 x 8–14 μm. Selenodriella sp. nov. Fig. 5-8 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, raramente ramificados, solitários, eretos, retos ou flexuosos, 8–11-septados, setiformes, ápice fértil, raramente estéril, lisos, castanhos, 102–200 x 4,5–6µm; células conidiogênicas poliblásticas, evidentes, laterais, terminais, lageniformes, dispostas simpodialmente, castanho-claras, 9,5–12 x 2,5–4,0 µm; conídios 72 subcilíndricos e encurvados, agregados em mucilagem, lisos, hialinos, 0septados, 7–10,5 x 1–1,5 µm. HOLÓTIPO: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 16/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155121). Outro material examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 07/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155120). Selenodriella é composto por seis espécies que possuem em comum conidióforos setiformes com células conidiogênicas poliblásticas, evidentes, ampuliformes a lageniformes, surgindo na lateral ou no ápice do conidióforo (Castañeda-Ruiz & Kendrick, 1990, 1991; Bhat & & Kendrick, 1993; CastañedaRuiz et al., 2003). Selenodriella fertilis (Piroz. & Hodges) R.F. Castañeda & W.B. Kendr., espécie tipo do gênero, foi segregada de Idriella por apresentar células conidiogênicas surgindo lateralmente no conidióforo (Castañeda-Ruiz & Kendrick, 1990). Selenodriella fertilis, S. intermedia R.F. Castañeda & W.B. Kendr. e S. perramosa W.B. Kendr. & R.F. Castañeda apresentam células conidiogêncicas na lateral e no ápice do conidióforo como em S. sp. nov. (Tabela 1). No entanto, Selenodriella fertilis possui células conidiogênicas ampuliformes a lageniformes, conídios subfalcados e maiores (Pirozynski & Hodges, 1973). Selenodriella intermedia apresenta células conidiogênicas dispostas unilateralmente, conídios maiores, aciculados a fusiforme (Castañeda-Ruiz & Kendrick, 1990). Selenodriella perramosa se diferencia de S. sp. nov. por apresentar células conidiogênicas surgindo de ramificações verticiladas e conídios aciculados a fusiformes (Castañeda-Ruiz & Kendrick, 1990). 73 Tabela 2: Sinopse das espécies de Selenodriella. Espécie Conidióforos Células conidiogênicas Conídios S. sp. nov. Simples, 102–200 10,5–12 X 2,5–4 µm, Falcados a X 4,5–6 µm lageniformes, laterais e alantóides, 7– terminais, dispostas 10,5 X 0,9–1,5 simpodialmente. µm Simples ou 6 x 4.5 , ampuliformes a Subfalcados, 15– ramificado, 120– lageniformes, laterais e 20 X 1,8–2,5 µm. 400 × 7–8 µm terminais. Simples, 55–200 × 10–15 × 2–3 µm, Fusiformes a 3–6 µm. lageniformes, subuladas a vermiformes, 9– geniculadas, laterais, 12 × 1–1,5 µm. S. fertilis S. inaequilaterospora dispostas simpodialmente. S. indica Simples, 110–220 8–10 µm de compr., até 5 Falcados, 7–10 × × 5–8 µm. µm e larg., lageniformes, 0,5–1 µm. terminais, dispostas em verticilos ou agrupadas. S. intermedia S. perramosa Simples, até 180 6–10 × 3–5 µm, Aciculados a µm de compr., 7– lageniformes, laterais e fusiformes, 9–15 10 µm de larg. terminais. × 0,5 µm. Ramificado, até 10–15 × 2,5–3 µm, Aciculados a 350 µm de compr., lageniformes, laterais e fusiformes, 5–10 5–11 µm de larg. teminais, dispostas em × 0,5–1 µm. verticilo. S. ponmudiensis Simples, 160–300 3,5–5 × 3,5–4 µm, Estreitamente, × 6–7,5 µm. ampuliformes a clavados, 7–9,5 × lageniformes, laterais. 1,5–2 µm. Chave das espécies de Selenodriella 1. Células conidiogênicas restritas a região mediana do conidióforo................. 2 1’. Células conidiogênicas localizadas tanto na porção mediana quanto no ápice do conidióforo..................................................................................... ....... 3 1’’. Células conidiogênicas restritas ao ápice do conidióforo.................. S. indica 2. Células conidiogênicas lageniformes a subuladas, conídios fusiformes a vermiformes, 9–12 × 1–1,5................................................. S. inaequilaterospora 74 2’. Células conidiogênicas ampuliformes a lageniformes, conídios estreitamente clavados, 7–9,5 × 1,5–2........................................................... S. ponmudiensis 3. Células conidiogênicas dispostas em verticilo............................ S. perramosa 3’. Células conidiogênicas dispostas simpodialmente......................... S. sp. nov. 3’’. Células conidiogênicas dispostas não como acima.......................................4 4. Conídio aciculado a fusiforme, 9–15 × 0,5 µm............................ S. intermedia 4’. Conídio subfalcado, 15–20 x 1,8–2,5 µm........................................... S. fertilis Spondylocladiopsis sp. nov. Fig. 9-12. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, setiformes, septados, simples, raramente ramificados, solitários ou em grupos, eretos, retos ou flexuosos, lisos, ápice raramente fértil, castanhos na base, castanho-claros no ápice, 150–300 x 5–8 μm; células conidiogênicas, poliblásticas, evidentes, solitárias, em pares ou em verticilos, surgindo diretamente do conidióforo ou de 1–2 células suportes, denticuladas, subhialinas a castanho-claras, 7,0–13,5 de compr., 3,0–5 μm larg. da base, 3,0–4,5 μm larg. do ápice; conídios solitários, secos, lisos, subhialinos, 0-septados, clavados, 12,6–19,8 x 1,8–3,0 μm. HOLÓTIPO: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, 24/VII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155123). Outros materiais examinados: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folha em decomposição, idem, 15/VII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155122), idem, 10/X/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155124), idem, 24/XII/2008, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155125), idem, 16/II/2009, T.S. Santa Izabel s.n. (HUEFS 155126). O gênero Spondylocladiopsis foi estabelecido com a espécie-tipo S. cupulicola M.B. Ellis e é caracterizado pelos conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples ou ramificados, setiformes, com células conidiogênicas poliblásticas, evidentes, solitárias, em pares ou em verticilos (Ellis, 1963). Spondylocladiopsis inclui duas espécies: S. cupulicola e S. aseptata S. Pratibha (Prathiba, 2009). 75 Spondylocladiopsis cupulicola pode ser diferenciada de S. sp. nov. pelos conídios cilíndricos, 2-septados. (Ellis, 1963). Spondylocladiopsis aseptata Pratibha, Raghuk. & Bhat se diferencia de S. sp. nov. pelos conidióforos menores e conídios cilíndricos a fusiformes (Prathiba, 2009). Tabela 3: Sinopse das espécies de Spondylocladiopsis Espécie Conidióforos Células conidiogênicas Conídios Spondylocladiopsis Simples ou Surgindo diretamente dos Cilíndricos, 2- cupulicola ramificados, 120– conidióforos. septados, 18–23 × 310 x 6–8 μm 3–4 μm Spondylocladiopsis Ramificados na Surgindo diretamente dos Cilíndricos a aseptata região basal, 45– conidióforos ou de 1–4 fusiformes, 115 × 2.5–5 μm. células suporte 0-septado, 13,5–23 × 2–4 μm Spondylocladiopsis sp. Simples, raramente Surgindo diretamente dos Clavados, 0- nov. ramificados, 150– conidióforos ou de 1–2 septados, 12,6– 300 x 5,25-6,75. células suporte 19,8 × 1,8–3,0 Chave para as espécies de Spondylocladiopsis 1. Conídios 2-septados..................................................................S. cupulicola 1’. Conídios 0-septados.................................................................................... ..2 2. Conidióforos ramificados na região basal, conídios cilíndricos a fusiformes 13,5–23 × 2–4 μm.............................................................................. S. aseptata 2’. Conidióforos simples, raramente ramificados, conídios clavados, 12,6–19,8 × 1,8–3,0 μm........................................................................................ S. sp. nov. Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação em Botânica PPGBot/UEFS e ao PPBIO (Programa de pesquisa de biodiversidade no Semiárido). T. S. Santa Izabel e L.F.P. Gusmão agradecem ao CNPq (proc. 474589/2008-0). 76 4 4 1 2 3 5 22 23 6 1 2 3 22 23 8 8 12 12 7 9 2710 11 Fig. 1-4. Cordana sp. nov. 1. Aspecto geral. 2. Detalhe do dentículo (seta). 3-4. Conídios. 7 11 9 5-8. Selenodriella sp. nov. 5. Aspecto geral. 6. Detalhe da 27 célula conidiogênica. 7-8. Conídios. 9-12. Spondylocladiopsis sp. nov. 9-10. Aspecto geral. 11-12. Conídios. Bar= 20µm (1, 5, 9, 10); 10µm (2, 3,6, 7, 8, 12); 5µm (3, 4, 11 ). 77 Referências ANDRADE, L.A.; PEREIRA, I. M.; LEITE, U.T.; BARBOSA, M. R. V. 2005. Análise da cobertura de duas fitofisionomias de Caatinga com diferentes históricos de uso no município de São João do Cariri, Estado da Paraíba. Cerne, Lavras 11(3): 253-262. ANDRADE-LIMA, D. DE. 1982. Present-day forest refuges in northeastern Brazil. In: G.T. Prance (ed.). Biological diversification in the tropics. pp. 245251. Columbia University Press, Nova York. BARBOSA, F.R., GUSMÃO, L.F.P., CASTAÑEDA RUIZ, R.F., MARQUES, M.F.O.; MAIA, L.C. 2007. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. New species Deightoniella rugosa & Diplocladiella cornitumida with new records for the neotropics. Mycotaxon 102: 39-49. BHAT, D.J.; KENDRICK, W.B. 1993. Twenty-five new conidial fungi from the Western Ghats and the Andaman Islands (India). Mycotaxon 49: 19-90. CAI, L.; MCKENZIE, E.H.C.; HYDE, K.D. 2004. 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Recife: Associação Plantas do Nordeste APNE, Instituto de Conservação Ambiental, The Nature Conservancy do Brasil. 76p. 80 CONCLUSÕES GERAIS Foram identificadas 88 espécies de fungos conidiais associadas a substratos vegetais em decomposição em Morro do Chapeu- BA. São propostas novas espécies de Cordana , Ellisembia , Selenodriella e Spondylocladiopsis . É proposta uma nova variedade de Sporidesmiella São propostas seis novas combinações de Ellisembia e quatro de Reptophragma. Dendryphiopsis biseptata, Sporidesmiopsis zhejiangensis e Virgariella atra são novos registros para o continente Americano. Dictyochaeta matsushimae, Endophragmiella boothii são relatas pela primeira vez para o Neotrópico. Anungitea palustris, Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae, Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta, Ellisembia vaga, Eversia parvula, Gyrothrix hughesii e Minimelanolocus navicularis são novos registros para América do Sul. Endophragmiella pallescens, Helicoubisia coronata e Selenodriella ponmudiensis são reportados pela primeira vez para o Brasil. O folhedo foi o substrato com maior incidência de fungos conidiais, seguido da casca. Esse trabalho demonstrou a diversidade de fungos conidiais na região de Morro do Chapéu, incluindo espécies inéditas. 81 FUNGOS CONIDIAIS ASSOCIADOS A SUBSTRATOS VEGETAIS EM DECOMPOSIÇÃO, NO MORRO DO CHAPÉU, BAHIA. Tasciano dos Santos Santa Izabel RESUMO Os fungos conidiais representam a fase assexual dos Filos Ascomycota e Basidiomycota. São importantes agentes decompositores desempenhando um importante papel na manuntenção dos ecossitema através da ciclagem de nutrientes. A região semi-árida ocupa cerca de 11% do território brasileiro e é uma das menos protegidas. Visando aumentar o conhecimento da biodiversidade no semi-árido brasileiro foi realizado um estudo taxonômico de fungos conidiais associados a substratos vegetais em decomposição no município de Morro do Chapéu, Bahia. Localizado na região Norte da Chapada Diamantina, é considerada área de extrema importância biológica. Foram realizadas quatro expedições, entre maio de 2008 e fevereiro de 2009, onde os substratos vegetais em decomposição (folhas, cascas e galhos) foram coletados, levados para o laboratório e submetidos à técnica de lavagem em água corrente. Após secagem, as amostras foram acondicionadas em câmaras-úmidas. Durante 30 dias, estruturas de reprodução dos fungos foram extraídas, sob estereomicrocópio, com auxílio de agulhas finas (do tipo usado para aplicação de insulina) e transferidas para meio de montagem permanente com resina PVL. A identificação das espécies foi realizada comparando as estruturas reprodutivas encontradas com as descrições apresentadas na bibliografia especializada. O material foi depositado no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Foram encontradas 88 espécies de fungos conidiais, sendo: quatro novas espécies: Cordana sp. nov., Ellisembia sp. nov., Selenodriella sp. nov. e Spondylocladiopsis sp. nov. ; uma nova variedade de Sporidesmiella; três novos registros para o continente Americano: Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker., Sporidesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin e Virgariella atra S. Hughes; dois novos registros para o Neotrópico: Dictyochaeta matsushimae (Hewings & J.L. Crane) Whitton e Endophragmiella 82 boothii (M.B. Ellis) S. Hughes; sete novos registros para América do Sul: Anungitea palustris R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr., Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr., Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram., Eversia parvula Hol.-Jech., Gyrothrix hughesii Piroz. e Minimelanolocus navicularis R.F. (Castañeda) R.F. Castañeda e três novos registros para o Brasil: Endophragmiella pallescens B. Sutton, Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli e Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa . Os resultados obtidos revelam a diversidade fúngica de Morro do Chapéu, apresentando novos registros e espécies novas. ABSTRACT - (Conidial Fungi associated to plant substrate in decomposition, in Morro do Chapéu, Bahia). Conidial fungi represent the assexual stage of the Phyla Ascomycota and Basidiomycota. They are the importants decomposers agents playing an important role in the preservation of the ecosystem through nutrients cycling. The semi-arid region occupies about 11% of Brazilian territory and is one of the least protected. In order to increase the knowledge of biodiversity in semi-arid region a taxonomic study of conidial fungi associated with decaying plant debris in municipality of Morro do Chapéu was carried out. Located in the north of the Chapada Diamantina in Bahia state, it is considered an area of extreme biological importance. Four expeditions were realized between May 2008 and February 2009, where decaying plant debris were collected, brought to the laboratory and submitted to the technique of washing in water. After drying, the samples were placed in moist chambers. For 30 days, reproductive structures of fungi were recovered under estereomicrocópio with the aid of needles (the type used for administration of insulin) and transferred to a permanent mounting medium with PVL resin. Identification of specimens was performed by comparing the found reproductive structures with the descriptions in literature. The material was deposited in the Herbarium of Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Eighty-eight species of conidial fungi were found, as follows: four new species: Cordana sp. nov., Ellisembia sp. nov. Selenodriella sp. nov. and Spondylocladiopsis sp. nov.; a new variety: of Sporidesmiella; three new records to the American continent: Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker., Sporidesmiopsis zhejiangensis 83 Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin and Virgariella atra S. Hughes; two new records to the Neotropics: Dictyochaeta matsushimae (Hewings & J.L. Crane) Whitton and Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes; seven new records for South America: Anungitea palustris R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr., Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr., Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram., Eversia parvula Hol.-Jech., Gyrothrix hughesii Piroz. and Minimelanolocus navicularis R.F. (Castañeda) R.F. Castañeda and three new records for Brazil: Endophragmiella pallescens B. Sutton, Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli and Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa .These results demonstrated the diversity of fungi at Morro do Chapéu, presenting new records and new species. 84 ANEXOS 85 Tabela1: Fungos Conidiais encontrados associados a substratos vegetais coletados em Morro do Chapéu com relação a cada substrato ( CA= casca, FO= folha, GA= galho). Substratos FO X X 2 Anungitea palustris R.F. Castañeda & W.B. Kendr. X 1 Atrosetaphiale flagelliformis Matsush. X 1 Beltrania rhombica Penz. X 1 Beltraniella portoricensis (F. Stevens) Piroz. & S.D. Patil X 1 Actinocladium rhodosporum Ehrenb. Brachysporiella gayana Bat. X Brachysporiellina fecunda S.M. Leão, Gusmão, R.F. Castañeda & A.C. Cruz X X 2 1 X Chalara affinis Sacc. & Berl. Chalara alabamensis Morgan-Jones & E.G. Ingram GA NS* CA 1 X 1 Chloridium virescens var. virescens (Pers.) W. Gams & Hol.-Jech. X 1 X 2 Chloridium transvaalense Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker X Circinotrichum falcatisporum Piroz. X 1 Circinotrichum maculiforme Nees X 1 Circinotrichum olivaceum (Speg.) Piroz. X 1 X Cordana musae (Zimm.) Höhn. X Cordana sp. nov. Cryptophiale kakombensis Piroz. X X 1 1 X 3 Cryptophiale udagawae Piroz. & Ichinoe X 1 Cryptophialoidea fasciculata Kuthub. & Nawawi X 1 Cryptophialoidea ramosa G. Delgado, J. Mena & Gené X 1 X Dactylaria candidula (Höhn.) G.C. Bhatt & W.B. Kendr. Dactylaria cazorlii Mercado, Gené & Guarro X 1 X Dendryphiopsis atra (Corda) S. Hughes Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker X Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & 1 1 1 X 1 Shoemaker Dictyochaeta anam. de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. X X Dictyochaeta matsushimae (Hewings & J.L. Crane) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde X X Dictyochaeta novae-guineensis (Matsush.) A.I. Romero X X 3 & Shoemaker 1 X Dictyochaeta simplex (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech. X Drechslera rostrata (Drechsler) M.J. Richardson & E.M. Fraser Ellisembia brachypus (Ellis & Everh.). Subram. 1 X Dischloridium inaequiseptatum (Matsush.) Hol.-Jech. Ellisembia adscendens (Berk.). Subram. 2 X 1 1 X 2 X 1 86 Ellisembia sp. nov. X 1 Ellisembia vaga (Nees & T. Nees) Subram. X 1 X 2 Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes X Endophragmiella pallescens B. Sutton X 1 Eversia parvula Hol.-Jech. X 1 Exserticlava vasiformis (Matsush.) S. Hughes X X X X Fusariella obstipa (Pollack) S. Hughes Gonytrichum chlamydosporium var. simile W. Gams & Hol.-Jech. X Gonytrichum macrocladum (Sacc.) S. Hughes X 3 1 X 2 1 Gyrothrix microsperma (Höhn.) Piroz. X 1 Gyrothrix hughesii Piroz. X 1 Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli X 1 X 2 Helicosporium gracile (Morgan) Linder X Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis X 1 X Helicosporium pannosum (Berk. & M.A. Curtis) R.T. Moore 1 X Helicosporium vesiculiferum A.C. Cruz & Gusmão 1 Henicospora coronata B. Sutton & P.M. Kirk, in Kirk & Sutton X 1 Idriella setiformis R.F. Castañeda & G.R.W. Arnold. X 1 X Junewangia globulosa (Tóth) W.A. Baker & Morgan-Jones 1 Memnoniella echinata (Rivolta) Galloway X 1 Menisporopsis novae-zelandiae S. Hughes & W.B. Kendr. X 1 Menisporopsis theobromae S. Hughes X 1 Minimelanolocus navicularis (R.F. Castañeda) R.F. Castañeda X 1 X Myrmecridium schulzeri var. schulzeri (Sacc.) Arzanlou, W. Gams & Crous 1 Neojohnstonia minima Gusmão & Grandi X 1 Paliphora inflata Gusmão, Marques & D.A.C. Almeida X 1 Pappimyces hastatus B. Sutton & Hodges X 1 Paraceratocladium silvestre R.F. Castañeda X 1 Periconia cookei E.W. Mason & M.B. Ellis X 1 X Phaeostalagmus tenuissimus (Corda) W. Gams & Hol.-Jech. X Phaeoisaria infrafertilis B. Sutton & Hodges 1 X Ramichloridium anceps (Sacc. & Ellis) de Hoog. 1 1 Selenodriella ponmudiensis (Varghese & V.G. Rao) R.F. Castañeda & Saikawa X 1 Selenodriella sp. nov. X 1 Speiropsis scopiformis Kuthub. & Nawawi X 1 X 2 X 1 Speiropsis pedatospora Tubaki X Spondylocladiopsis sp. nov. Sporidesmiella aspera Kuthub. & Nawawi X 1 87 Sporidesmiella cuneiformis (B. Sutton) P.M. Kirk X Sporidesmiella garciniae var. brasiliensis T.S. Santa Izabel & Gusmão, va. var. nov. X 2 X 1 X Sporidesmiopsis zhejiangensis Wongsawas, H.K. Wang, K.D. Hyde & F.C. Lin Sporidesmium tropicale var. tropicale M.B. Ellis X Stachybotrys chartarum (Ehrenb.) S. Hughes X 1 1 X 2 Stachybotrys longispora Matsush. X 1 Stachybotrys parvispora S. Hughes X 1 Thozetella cristata Piroz. & Hodges X 1 Thozetella queenslandica Paulus, P.Gadek & K.D. Hyde X 1 Umbellidion radulans B. Sutton & Hodges X 1 Vermiculariopsiella falcata Nawawi, Kuthub. & B. Sutton X 1 Virgaria nigra (Link) Nees X Virgariella atra S. Hughes X X 2 1 Volutella minima Höhn. X 1 Wiesneriomyces laurinus (Tassi) P.M. Kirk X 1 Zanclospora brevispora var. brevispora S. Hughes & W.B. Kendr. X Zanclospora novae-zelandiae S. Hughes & W.B. Kendr. X Total geral 29 NS*: Número de substratos de ocorrência de cada espécie. TO*: Total de ocorrência para cada espécie. 1 55 X 2 23 107