Boletim Informativo
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Boletim Informativo
Boletim Informativo . ******************************************************************************** Celebrou-se em 21 de Novembro omos seleccionados entre os seis melhores projectos nacionais. Ao final não pode ser mas isso dános mais legitimidade e ânimos para continuar e tentar de o lograr em próximas edições. Somos uma grande Associação. (Pág. 3) F ssistimos ás Segundas Jornadas RESPIRA VIDA e ao XXXVIII Congresso Nacional SEPAR, celebrados em Valencia no mês de Junho. Posteriormente, em Outubro estivemos no Congresso de Barcelona. É importante que sigamos assistindo a este tipo de actos para transcrever-mos aos médicos e interessados em geral a importância de diagnósticos precoces e divulgação da problemática das doenças DPOC ou com deficiência AAT. A (Págs. 3, 4 y 5) U F E L IC IT A Ç Ã O D E N A T A L . (P á g . 2 ) GLOSSÁRIO DE CONTEÚDOS DEFICIÊNCIA DE ALFA – 1 ANTITRIPSINA GRAVIDEZ NA MULHER COM DPOC. HISTÓRIA DE UM TRANSPLANTE DESDE OTROS PAÍSES PORQUE DEVEMOS RÍR O TABACO O CANTO DO ALFA CÉLULAS MÃE (Pág. 6) (Pág. 7) (Pág. 8) (Págs. 9, 10, 11, 13 y 15) (Pág. 10) (Pág. 12) (Pág. 14) (Pág. 16) BOLETIM INFORMATIVO PUBLICADO PELA «ASSOCIAÇÃO ESPANHOLA PARA O DÉFICIT DE ALFA -1 -ANTITRIPSINA»; Camino El Pato, 1; Batería Colorada, Chiclana, 11130 (CÁDIZ). EDIÇÃO DE 280 EXEMPLARES «GRATUITOS», DISTRIBUIDOS ENTRE OS SÓCIOS E COLABORADORES Telf´s.: 956 537 186 - 933 574 724 - 658 859 711 ; e-mail: [email protected] U U Boletín Informativo Alfa -1- España Nº 4 Página 2 ! "" # $$ ( # % $ &' $ ' ) $* + $ $ # $ , - # ' ' , at rav és da su cursal nú mero 3431 de Ba rcelo na, tev e o bo m ge sto de colabo ra r co m a n ossa Asso cia ção a po rtando uma quantidade ec onó mi ca que v eio e stupenda mente pa ra desafoga r a nossa t esou raría neste últi mo tra mo do a no. Dita ajuda será destinad a ao s fins e a ctivid ad es qu e t emo s p ro gra ma do s dent ro dos obj ectivo s da Asso ciação. . Á sua directo ra, Dª Roser Barca Nafria e á equipe da ref erida entida de, vai o no ssso mai s sincero agrad eci mento ,…e Felizes Festa s. Shane Fitch – Presid enta da A. Espanhola pa ra o DA A. Graças á ineficácia da Companhia Telefónica, a nossa Presidenta Shane Fitch encontra-se incomunicada “telefónicamente” e portanto não dispõe de Internet. É uma reclamação que cuja luta está levando vários meses e ainda não sabemos como acabará. Desde aquí queremos mandar-lhe, numa só mensagem de solidariedade, por todas as que ela não conseguiu receber, expressando-lhe todo o nossso carinho, afecto e apoio após o falecimento do seu pai. Um abraço de teus amigos Alfas. Boletín Informativo Alfa -1- España Nº 4 Página 3 Fuensanta Soria ive a ocasião de conhecer pessoalmente a Glória Batlló, nova Alfa de Barcelona. No primeiro dia, Amadeu, Glória e eu comentamos que as ponências iam numa actitude de “muito teórica”, mas na última tarde, a coisa animouse. Deram mais tempo ás Associações e aos médicos presentes para falar. O moderador era Ramón Sánchez Ocaña, apresentador de Fuensanta, Amadeu e Gloria programas de saúde na televisão e que deu um ar mais coloquial e agradável á sessão. Houveram queixas sobre a organização, sobre a forma de servir a comida já que tivemos que comer de pé, “pinchando” dos pratinhos das mesas e a este respeito as pessoas cegas ou com movilidade reduzida tiveram sérios problemas... Uma associação de surdos também lamentou que não houvesse um sistema para ler as perguntas e aportações dos assistentes no ecrã grande. Os pacientes queixavam-se de que, muitas vezes, são eles os que informam aos seus médicos (lembrei-me de Anharad e Pablo), de que os médicos consideram-nos "pacientes" e não "PESSOAS doentes"...Pediu-se um espaço nos hospitais para que se reunam os doentes e as Associações, para expor informação e cartazes, que os médicos informem aos pacientes das Associações existentes sobre a sua doença quando são diagnosticados. Também foi pedida a mesma assistência sanitária para todos os habitantes do mesmo país (em Espanha, a assistência depende de cada Comunidade Autónoma). Não deu tempo para ler as conclusões, mas as "anunciarão" no Site Web do Congreso. Também deram-nos a "Carta Europeia dos Direitos dos Pacientes". O documento, elaborado em Roma em Novembro de 2002, ocupa 11 fólios e Elaine, sempre tão rápida, já o colocou no nosso Site Web. T omo muitos já sabeis, em Janeiro deste ano, convocar-se-ão os prémios 2005 de Serviço ao Paciente de Farmaindustria. Haviam 5 categorias: Associações de Pacientes, Sociedades Científicas e Profissionais, Meios de Comunicação, Centros Assistenciais e Entidades de outros âmbitos e Personalidade do Ano. Nós apresentamos-nos pela primeira. O prémio consistia em 30.000 Euros a cada ganhador. O projecto tinha que entregar-se antes de 15 de Fevereiro, e como não houve resposta, já o tinhamos esquecido. Nossa surpresa foi enorme quando nos dizem que, entre mais de 100 projectos apresentados, estamos entre os seis finalistas da categoría de Associações de Pacientes e que devemos assistir á C entrega de Prémios que será presidida pela Ministra de Sanidade (Saúde) Dona Elena Salgado, a celebrar em Madrid, no dia 21 de Novembro. Assisti ao acto de entrega acompanhada por Mariano Pastor pois nossa Presidenta, Shane Fitch tinha um compromisso na Inglaterra. Com muita ilusão e muitos nervos esperamos ouvir o nome da Associação, mas...NÃO, o prémio levou-o a Associação para o suporte e ajuda para o tratamento do Cancro e outras enfermidades graves “CARENA”. Tivemos um momento de decepcção, de pena, era muito dinheiro, mas passou-nos depressa. Mariano é muito optimista e decidimos que...SEGUIREMOS PROVANDO no próximo ano!!! Nesta entrega de prémios, a Ministra e o resto de personalidades estavam numa mesa, sobre uma tarima muito alta. Um dos premiados ía em cadeira de rodas e não podia subir a receber o seu trofeu, pelo que tiveram que descer todos ao seu nível....É incrível que até nestes eventos OFICIAIS haja o esquecimento de adequar o meio para eliminar as barreiras aos discapacitados físicos. Espero que a coisa melhore. Um abraço para tod@s Boletín Informativo ALFA -1- España Nº 4 Página 4 2a Jornada RESPIRA VIDA Valencia 10 - 11 de Junho de 2005. Mariano Pastor o dia 10 chegamos a Valencia e havia organizado um jantar para os membros das associações de pacientes nas que estavam representadas as seguintes associações: Asma de Galiza, Asma de Huelva, Asma de Granada, Dpoc de Barcelona, Associação Espanhola de Dpoc (Madrid), Asma de Madrid, Alérgicos de Jaén e Asma Asturias, esta última representada pelo Doutor Javier Palicio, Pneumologista e Asmático (um importante activo para as associações). Comentaram que todos haviam assistido dois dias antes a um foro de pacientes organizado por laboratórios Pfizer em Madrid. O representante de Asmamadrid também comentou que na mesma semana haviam assistido ás jornadas Viver Saudávelmente organizadas pela Fundação Lázaro Galdiano nas que se falou bastante de doenças respiratórias e também assistiu a Associação Espanhola de Dpoc, representada por Álvaro de la Fuente. N Ao sermos nós os únicos que não assistimos ao foro de Pfizer, comentou-se o que se havia tratado e o tema principal foi pensar na possibilidade de criar uma Associação, Federação, Fundação (ou algo parecido), que englobasse a todas as associações de doentes respiratórios. Falou-se sobre possíveis estructuras da Junta Directiva, possível nome, cidade para establecer a sede, etc... Esta reunião (día 10 de Junho) prolongou-se até ás 2 da madrugada na recepção do hotel falando dos mesmos temas sem chegar a nenhuma conclusão clara. O Doutor Palicio com bastante experiência em associacionismo, meios de comunicação e como Pneumologista, fez bastantes sugestões interessantes que foram discutidas por todos. Ao final ficaram encarregados Mario Bofil (Dpoc de Barcelona) e Juan Baglieto (Asmamadrid) em consultar com os seus respectivos assesores jurídicos diversas dúvidas que surgiram sobre estructura da possível Junta Directiva e outros, ficando em informar-nos de todas as novidades que pudessem surgir. Ficamos em reunir-nos outra vez na primeira semana de Julho em Madrid num foro que vão organizar os laboratórios M.S.D e sobre o que digam informarnos- íam a nós. No sábado dia 11, ás 8:45 h. houveram as seguintes intervenções. - Jose Luis Alvarez-Sala Walter (Pesidente de Separ). Fez uma breve apresentação da "Convocatória de ajudas económicas para associações de pacientes com doenças respiratórias". (Shane enviou-lhe as bases por Fax ou por correio ordinário, devido a que são muito extensas). - Maria Dolores Puerta (Presidenta da Fundação Ciências da Saúde-Fundação Respira). Agradeceu-nos pela nossa presença e informou-nos da boa disposição da fundação de trabalhar com as associações de pacientes. - A Dra. Teresa Bazús residente nas Asturias e muito experiente em temas de Asma falou sobre a guia GEMA, guia espanhola para o manejo da asma. - Vicente Plaza ex-tesoreiro de Separ e responsável da WEB de SEPAR, fez uma apresentação mais pormenorizada de GEMA e informou-nos do novo apartado na Web de SEPAR dedicado a pacientes www.separ.es. Nos rogos e perguntas as associações de Asma deram as graças pela criação da guia e o Dr. Palicio informou da intenção de formar uma associação geral ou Federação. Á continuação dirigimos-nos á carpa da praça de Zaragoza aonde tinhamos uma mesa para as associações de pacientes, instalamos o nosso material e como em quase todos estes acontecimentos, fomos visitados por muito pouco público. Houve 3 ou 4 entidades de TV, dedicando-se a gravar preferentemente; espirometrias, médicos e público em geral, mais do que ás associações (como costuma ocorrer sempre). Por último indicar que o nosso grupo estava formado por: Marina Fornés, Diego Alba e quem escreve estas linhas. Tive a ocasião de os conhecer pessoalmente sendo um encontro muito agradável. Saudações a todos O número 4 do Boletim Informativo Alfa-1 Espanha, edita-se no mês de Dezembro de 2005 e foi elaborado por membros da «Associação Espanhola para o Deficit de Alfa -1- Antitripsina», intervenindo na equipe de redacção: Bernardino Alcaraz, Margarita Alonso, Rafael Cervantes, Shane Fitch, Marina Fornés, Pablo Guinovart, Sonia Iujvidin, Anharad Lanz, Susana Mónaco, Amadeu Monteiro, Mariano Pastor, Dulce Pimentel e Fuensanta Soria. A coordinação, desenho e diaframação correu a cargo de Rafael Cervantes e a supervisão dos trabajos foi realizada por: Shane Fitch, Presidenta da Associação. Boletín Informativo Alfa - 1 - España nº 4 Pág. 5 VALENCIA, de 11 a 14 de Junho de 2005. Marina Fornés associação alfa-1 Espanha foi convidada a assistir graças ao trabalho da nossa presidenta Shane (ausente por problemas familiares). Prometeram-nos um stand para poder informar sobre a nossa doença e apresentar o projecto IDDEA, nele recolher-seía o material da associação que préviamente tinha enviado Shane. A confirmado que nestes momentos não há problemas de subministro de Prolastina-Trypsone, ao ser elaborada nos laboratórios Grifols de Barcelona. 3- Estudo sobre a Periodicidade no tratamento substitutivo e outras alternativas. O tratamento actualmente é administrado segundo critérios particulares dos pneumologistas, cada 7 dias 60 mg/kg.; 14 dias 120 mg/kg. ou cada 21 dias 180 mg/kg. Está comprovado que o paciente deve manter 50 mg/kg no sangue, por debaixo desta quantidade fica desprotegido. A pergunta que se enfoca é; quál é o período de administração mais correcto?. Levou-se a cabo um estudo em sete pacientes, administrou-selhes o tratamento em 7,14,21 dias; observou-se que nos pacientes administrados cada 21 dias, descendia la protecção na última semana e os de 7 dias ficavam por cima dos valores de 50 mg/kg. Até aqui tudo correcto, mas qual não seria a nossa surpresa, quando no sábado pela manhã chegamos ao congresso Diego Alba e Mercedes sua mulher (ambos de Cádiz, extraordinários), desde aqui quero agradecer-lhes pelo muito que me estão ajudando, apresentamos-nos como associação (assombro!), ninguém nos conhece, nem sabe Este estudo obriga-lhes a propor nada, nem do stand, novas pautas sobre a adminem do material. Depois nistração: Dosificar cada 7 dias, de esperar um pouco e 50mg em vez de 60mg. prévia irritação, põe-se Dosificar cada 14 dias, em contacto connosco protecção quase perfeita. um senhor que nos facilita as acreditações e Dosificando-se cada 21 dias, conduz-nos ao stand dever-se-á fazer um estudo ao das associações; lá não paciente, para ver os dias que há ninguém, o material está sem protecção. segue sem aparecer, se Parte superior, de esquierda a dereita; Joan Alonso, Marina Fornés, Em qualquer caso estudar os notifica e um momento Diego Alba e Amadeu Monteiro. níveis do alfa, para manter o depois mandam-nos ao Parte inferior, de esquierda a dereita; Teresa (esposa de Joan) maior tempo os níveis correctos Mercedes (esposa de Diego) e Fina (esposa de Amadeu. chefe de recepção de no sangue. Nos pacientes que mercadorias, este não não recebem tratamento, sabe nada do assunto, não tem recibo de entrada, estudar periódicamente a deterioração da função respiratória, segundo ele diz. para saber se é necessário o tratamento. Objectivo; melhorar a Voltamos ao stand, ante a ineficácia da nossa presença, supervivência do paciente. Também falaram de outros decidimos ir á carpa de Respira Vida, ali nos reunimos tratamentos como substituir o intravenoso pelo inalado mas com Mariano, alfa de Madrid, ele pelo menos sim que teve ainda está atrasado. Enquanto ao transplante, só o recebem mais êxito, os quatro fomos almoçar, passamos um bom menos de 3%, só em casos extremos, sobretudo pela falta de momento depois de tanta tensão e atrapalhação meios. Pela tarde Diego, Mercedes e eu, assistimos á palestra do Registo Espanhol de Pacientes com Deficit de Alfa-1Antitripsina. Entre outros pneumologistas estiveram os doutores: Lara, Miravitlles, Vidal Herrejón e Barros -Tizón. Breve descrição da palestra 1- Estado do Registo de alfas. É ressaltada a importância que tem para os pacientes formar parte dele para o seu controle. Recomenda-se aos pneumologistas que os seus pacientes de deficit sejam incluídos no registo apesar de que não hajam desenvolvido a doença. Espanha ocupa o quarto lugar do mundo em número de pacientes registados. 2- Situação Tratamento Substitutivo. Espanha encontra-se á cabeça no tratamento substitutivo, 14% dos pacientes registados estão recebendo-o. Em princípio recomenda-se que se não há signos da doença, que não se administre. É Em rogos e perguntas, realizaram-nos a Diego e a mim únicos pacientes de alfa-1 presentes, perguntas sobre a nossa situação, médicos, dosificação tratamento. Comento-lhes que em Valencia não há grande conhecimento sobre o tema a nível do colectivo médico para poder levar a cabo uma detecção precoce. Informam-nos que é bastante geral e que dentro dum ano publicar-se-á uma guia sobre a doença. Pessoalmente a palestra resultou-me interessante, pois trouxe-me conhecimentos e deparei que não estamos sós. Depois da palestra voltamos ao stand. O material segue sem aparecer. No dia seguinte, decidimos ir-mos almoçar junto com os Alfas vindos de Barcelona, Amadeu e Joan Alonso com suas mulheres Fina e Teresa. Passamos estupendamente, a verdade é que são todos muito boa gente, os alfas deveriamos ter mais encontros pois é uma experiência enriquecedora. Saudações a todos e até breve. Marina Boletín Informativo Alfa -1- España Nº 4 Página 6 Desde Jaén o Dr. D. Bernardino Alcaraz, enviou-nos este artigo para assim contribuir com a sua longa experiência expondo-nos um resumo sobre a deficiência que tanto nos afecta. Obrigado senhor doutor pela sua aportação. para mim um prazer em escrever este artigo para fazer-lhes mais fácil a compreensão da doença, origem da sua Associação. A alfa-1 antitripsina é uma substância que protege aos pulmões das agressões que entram ou chegam até eles, em forma de partículas e enzimas. Pensem, que o único órgão vivo em contacto com o exterior é o pulmão, de aqui a importância desta proteína. A quantidade normal no soro a 150- 350 mg/dl. É Esta deficiência é uma das enfermidades descobertas mais recentemente em comparação com outras doenças pulmonares. A deficiência genética de alfa-1 antitripsina foi descrita por primera vez, como descoberta, por LAURELL e ERICKSON em 1963. Esta substância exerce a sua função no pulmão mas é fabricada pelo fígado, o qual tem importância como veremos, para dar lugar á sintomatologia em outros órgãos diferentes aos pulmões. Observaram-se diferentes fenótipos, que são as formas em que se descrevem quando se realiza o estudo do tipo de deficit. O fenótipo M é a variante normal (90% da população) e a S e Z são as duas mais frequentes variantes anormais. Nossos genótipos compõem-se de dois fenótipos que podem ser MM (normal) e os anormais quais são MS, MZ, SS, SZ e ZZ. A forma M é a que se acha na maioria das pessoas sãs, é dizer as que não têm deficiência. O fenótipo ZZ é a que apresentam, os doentes, é a forma mais grave da deficiência de alfa -1 antitripsina. Embora as pessoas MS ou SS não estão afectadas, os SZ podem ter sintomas. É importante em determinar primeiro os valores de alfa1 antitripsina no soro. Para o qual, só se requer uma análise de sangue, se os valores são normais não existe deficiência e portanto não se tem que realizar mais estudos. Mas se há valores baixos (sempre segundo o valor normal do laboratório) é quando há que realizar investigação. Isto significa que se vocês realizam uma análise de sangue, para saber se têm açúcar, e segundo a cifra vocês sabem se a têm alta; pois o mesmo é com a alfa-1 antitripsina. Pelo que não existe deficiência se os valores são normais. Mas é de grande importância a influência de factores que fazem que se desenvolva a doença, o risco para padecer enfermidade dos pulmões, a sua destrução, que é o que se conhece como Enfisêma. O principal causante é o TABACO, é importante que nenhum paciente fume já que se este não existisse ou o paciente não fumara a doença pulmonar se apresentaria de uma forma muito tardia. Sendo meu objectivo e o desejo principal, em que este artículo, sirva para que vocês ajudem á luta contra o tabaco. O objectivo principal em que todos os lugares estejam livres de fumos. Por isso, acho que devemos de estar todos contentes para que se desenvolva a Lei Antitabaco no nosso país ao igual que o resto de Europa. Claro que sim, falem com os seus familiares e amigos mais jóvens para que não caiam nesta droga, já que é uma droga dura. Además, esse foi o motivo de criar uma Associação ASPATER (ASOCIACION DE PACIENTES ANDALUCES DE TRASTORNOS RES-PIRATORIOS) pela fundação Coll Colome, á que pertenço como patrocinador. Ao mesmo tempo, tentem evitar o contacto com fumos, tais como os que se produzem por cozinhar com lenha ou madeira. Outras consequências do deficit são as doenças hepáticas, cirrose hepática, por isso é importante que se realizem estudos pelos seus médicos ao igual que se realizam os pacientes com hepatite. Observando-se, as medidas de proteger o seu fígado, como é a não ingestão de álcool ou saber quais são os produtos ou medicamentos que podem danificar o seu fígado. Outro problema é que vocês são o 6% dos que tinham que estar nesta Associação e é devido a que em toda Europa e América únicamente o 6% estão diagnosticados na actualidade, o que significa que um 94% não estão diagnosticados e que os que estão diagnosticados sabem que em muitos deles o realizamos tarde. Ânimo!, porque isto significa que temos que lutar médicos e familiares para que este problema seja conhecido e solucionado pelas autoridades sanitárias. Por isso as Sociedades Médicas do Aparelho Respiratório na Europa puseram en movimento um registo de pacientes com deficit de alfa-1 antitripsina. Para fazer mais fácil o diagnóstico, um grupo de médicos espanhóis, desenvolveram um método diagnóstico em que o fenótipo pode ser dado de 32 amostras em 40 minutos. O que faz isto que o método seja barato e possível realizar a grande número de pessoas. Não quero ser mais extenso, meu desejo é que haja sido de utilidade e que ao terminar-lo de ler hajam obtido algum beneficio. Se o consegui, a minha satisfação é maior. Espero cumprimentar-lhes pessoalmente em alguma ocasião, porque sei que vocês são pessoas que trabalham por doentes e são pilares essenciais para o fim da pneumologia, especialidade para o aparelho respiratório, que não é outro que curar e se não o podemos conseguir, pelo menos, melhorar a qualidade de vida dos doentes. Cumprimentos. (*) Bernardino Alcázar Lanagrán. Peumologista. (Jaén). Boletín Informativo Alfa -1- España Pág. 7 nº 4 Desde Argentina enviou-nos este artigo a nossa amiga Dra. Susana Mónaco. (Ginecologista) ão é frequente achar mulheres com uma reserva respiratória limitada que desejem ficar grávidas, porque os transtornos associados com insuficiência respiratória crónica costumam afectar a um maior grupo etário. No entanto, em ocasiões, o obstetrícia ou o internista enfrentamse com uma paciente com uma reserva respiratória limitada devida a fibrose pulmonar, fibrose cística ou doença neuro muscular ou da parede torácica. Estes casos enfocam um desafio particular, devido a que a escassez de datos disponíveis faz difícil predizer o resultado da gravidez. Lamentavelmente, as decisões de recomendar um aborto, portanto, baseiam-se mais em sentimentos subjectivos do médico que nos datos concretos respeito das contra-indicacões da gravidez. Tentaremos revisar os datos limitados existentes, mas é preciso destacar que não foram establecidos pontos de corte confiáveis em relação com a função pulmonar. A evolução da gravidez nas pacientes com insuficiência pulmonar investigou-se de maneira sistemática pela primeira vez numa série de sete mulheres com 40 a 75 % da capacidade á causa de uma ressecção pulmonar ou de um colapso cirúrgico (114). Todas as pacientes toleraram bem a gravidez, sem nenhuma diminuição da capacidade ventilatória; a dispneia subjectiva foi chamativamente infrequente nestas pacientes. As que apresentavam uma deterioração mais grave satisfizeram os requerimentos ventilatórios maiores da gestação aumentando a frequência respiratória em lugar do volume corrente. No entanto, é difícil extrapolar a evolução nestas pacientes com uma limitação funcional induzida por cirugia ás pacientes com doença pulmonar grave ou aquelas com restrição devida a fibrose parenquimatosa difusa. Não obstante, sugeriu-se que um sistema respiratório deteriorado tem melhor capacidade de tolerar as demandas respiratórias adicionais da gravidez que o coração danificado com aumento da demanda circulatória. É difícil quantificar a verdadeira capacidade vital necessária para manter a uma paciente durante a gravidez. Dado que as mulheres normais têm poucas mudanças na capacidade vital durante a gravidez, em teoria, caberia esperar, que uma capacidade vital não modificada nas pacientes com doença pulmonar seria suficiente para as manter durante a gravidez. Lamentavelmente, costumam ser as mulheres que apresentam doença mais severa as que podem enfrentar uma deterioração da sua função respiratória no curso da gestação. Enquanto que se afirmou que uma capacidade vital de 1 litro é o requerimento funcional mínimo necessário para manter uma gravidez exitosa (247), não há muitos aportes objectivos para este valor em particular e foi comunicado uma gravidez exitosa com uma capacidade vital de tão só 800 ml. (158) Nalguns casos, o cateterismo da artéria pulmonar foi útil para permitir um melhor monitoreio do estado cardio-pulmonar e um melhor manejo durante o trabalho de parto e o parto (310) Em teoria, poderia esperar-se que as pacientes com retenção de dióxido de carbono basal ou hipertensão pulmonar fossem incapazes de manejar as demandas ventilatórias e circulatórias adicionais da gravidez, respectivamente. Enquanto que os datos acerca da retenção de dióxido de carbono são insuficientes, existem algumas informações sobre a hipertensão pulmonar, principalmente nas pacientes com hipertensão pulmonar primária. Como já se mencionou neste capítulo, foi comunicado que a mortalidade materna neste transtorno supera o 50% (210) mas o grau de hipertensão pulmonar observado como consequência da doença pulmonar crónica pelo geral é muito menor que na hipertensão pulmonar primária. Também existe relativamente pouca informação com respeito ao efeito do intercâmbio gasoso materno anormal sobre o feto. Que o feto presente hipoxia arterial depende também de numerosos factores aparte da PO2 materna, como mecanismos compensadores uterinos e placentários (247). Desconhece-se qualquer possível efeito da hipercapnia materna sobre o feto. Sugeriu-se que o trabalho de parto prematuro é um efeito potencial da hipoxémia e a hipercapnia, mas esta hipótese ainda não foi provada (247). Como se desprende desta exposição, o conhecimento da gravidez na mulher com função respiratória limitada é insuficiente para o desenvolvimento de recomendações úteis. É indudável que se deve considerar cada caso em particular e deve-se cotejar a informação pertinente e logo a evaluar, o que inclui evolução natural da doença da paciente durante a gravidez. Os resultados da espirometria, a análise dos gases no sangue arterial e a evaluação clínica da hipertensão pulmonar formam uma parte importante da base de datos mas, lamentavelmente, todavía não se definiu o peso relativo que se deve atribuir a cada factor. Espero haja sido de interesse geral. Os melhores cumprimentos, Susana. ACLARAÇÕES DA AUTORA O presente artigo foi preparado pela Dra. Susana Mónaco, ginecologista, baseando-se no texto “COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS”, Cap. 17 Doenças Pulmonares. Autores: Steven E. Weinberger e Scout T. Weiss. OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 114) Gaensler EA,Petton WE, Verstraeten JM, Badger TL:Pulmonary function in pregnancy.III.Serial observation in patients with pulmonary insufficiency. Am Rev Tuberc 67:779,1953. 122) Giesler CF,Buehler JH Jr, Deep R: Alpha-1antitrysin deficiency: Severe obstructive lung disease and pregnancy. Obstet Gynecol 49:31,1977. 158) Hung CT, Pelosi M, Langer A, Harrigan JT: Blood gas measurements in the Kyphoscoliotic gravida and her fetus: Report of a case. Am J Obstet Ginecol 121:287,1975. 181) Lalli CM, Raju L: Pregnancy and chronic obstructivepulmonary desaese. Chest 80:759.1981. 210) McCaffrey RM, Dunn LJ,: Primary Pulmonary hipertension in pregnancy. Obstet Gynecol Surv 19:567,1964. 247) Novy MJ, Edwards MJ: Respiratory problems in pregnancy. Am J Obstet Ginecol 99;1024,1967. 361) Zabriskie Jr: Effect of cigarette smoking during pregnancy: Study of 2000 case. Obstet Ginecol 21:405,1963. Boletín Informativo Alfa -1- España Nº 4 Pág. 8 Margarita Alonso. Psicóloga. eu nome é Margarita Alonso, sou Argentina e estou transplantada de um pulmão desde Fevereiro de 2004. Tive meu diagnóstico de Alfa-1 en 1995, aos 43 anos de idade, quando por um episódio de enjôos fui hospitalizada e acordei na terapia intensiva. Voltei para casa com indicação de oxigênio permanente. Foi um grande shock. Escrevi “Estou vivendo um pesadelo, necessito acordar”. De alguma maneira comecei a “acordar” a uma nova forma de estar, sentir e pensar a vida. Passei por muitas etapas, que já estavam descritas nos livros: negação, tristeza, ira, ressentimento, autocompaixão, porquê a mim? Deixei-me levar por todas elas. Eram minhas emoções e senti que algo tinha que aprender de tudo isso. Tive várias consultas com distintos médicos que me falaram da possibilidade de um transplante. Quase morro. Segui buscando informação e soube da cirurgia de redução de volume pulmonar como ponte para um futuro transplante. Bem-vinda! Podia ganhar alguns anos. Comecei uma reabilitação física preparatória para esta cirurgia. Tinha uma grande ambivalência: sabia que era o melhor para mim mas detestava estar nessa situação. Decidi ter um papel activo com respeito á enfermidade: fazer perguntas, saber que ninguém conhece como a própia pessoa o seu corpo, expressar as necessidades, ao reprimir os sentimentos. A operação foi em Dezembro de 1996, no Hospital Maria Ferrer, com muito êxito. Pude deixar o oxigênio. Não obstante, segui com o meu processo de reabilitação, sabia que o tinha que fazer toda a vida. Não queria pensar no transplante, já que me sentia muito bem. Tomei consciência da importância de ter um corpo são, pelo pouco que o havia valorado. Passaram uns anos e comecei a cansar-me. Não queria saber nada de tornar ao oxigênio. A realidade sempre golpeia e golpeia mais duro quando a pessoa é negativa. Voltei ao oxigênio, mais triste e zangada que a primeira vez. Embora nunca deixei de sair de casa, a passear, ao cine, ao teatro, esta vez comecei a temer “a possibilidade” de ficar sem oxigênio na mochila e isso me limitava. Acho que em realidade tinha medo á morte. Segui com o processo de reabilitação. Por momentos sentia-me muito irada com a vida e com a “gente normal”. Apesar disso segui dando as minhas classes de canto uma vez por semana. Dei-me conta de que eu era um ser humano e não só um par de pulmões maltratados. Depois de algum tempo tive que enfrentar a hospitalização pre-transplante para saber se era apta. Preparei-me o melhor que pude: levei o meu walkman, as minhas pedras para a energia e pude tolerar a incertidumbre do diagnóstico, que foi positivo. Um peso menos… Entrei na lista de espera. Sabia que a média de tempo era de um ano e devia estar nas melhores condições possíveis. M Agora a pergunta era se chegaria ou não o órgão e se tudo saía bem. A espera não foi nada simples, já que além da incertidumbre, a minha condição física empiorava. Mas, por conhecido que possa parecer, tinha uma esperança por diante, e isso, junto ao alento e apoio moral da minha família – minha filha em especial -, meus amigos, meus companheiros de situação e os médicos e fisioterapeutas era mais que suficiente nesse momento. Tinha que ser forte. Ao dizer de uma companheira e amiga “nunca desci os braços”, apesar dos medos e as angústias. No fundo do meu coração sentia que tudo estaria bem. Antes do transplante, as perguntas eram: chegará?, poderei suportar?, estarei em boas condições? Porque não transplantam a qualquer pessoa. Há que reunir certas condições físicas e psíquicas. É como ir passando por distintos Césares que sobem ou descem o polegar segundo os seus protocolos, claro que, nada têm que ver com as esperanças secretas de cada um. Uma vez que dizem, você está em boas condições, ficamos mais tranquilos, entramos numa interessante ambivalência. Por um lado queremos o transplante, sabemos que é a única solução, e por outro, morremos de susto, com perdão da palavra morte. O mesmo passa com os operativos. Passo a relatar. Um operativo é quando há um órgão e uma pessoa é convocada junta com otra gente alternativa. A primeira vez que me chamaram e disseram: fala-lhe o Dr. Bertolotti da Fundação Favaloro, quase me dá um ataque. Disse-lhe que não sabia se estava preparada. A voz me respondeu que não me iam a castigar se decidia não ir, que tornavam a chamar noutra ocasião. Eu senti-me uma infeliz, não podia deixar passar a oportunidade e disse que iria, e fui...Estive 14 horas esperando sem fechar um olho, numa ambivalência feroz. Cada vez que se abria a porta da habitação eu pensava: que não seja, que seja de uma vez, e assim sucessivamente. E não foi. Alívio e frustração. Houve uma segunda e uma terceira. A tensão foi menor mas a ambivalência persistiu. Cheguei a pensar que estava tudo armado para ver como uma pessoa se comportava nesta situação. Depois descartei-o por delirante. Eis aqui, que me dá uma bronquite muito forte e me hospitalizam no Hospital Maria Ferrer. Estava muito fadigada, sentia-me bastante mal. Cerca das 12 da noite toca o meu telemóvil e a minha filha diz-me que vêm a buscarme, que me esperam já na Fundação Favaloro. Não tive tempo de nada. Enquanto cheguei, senti que esta vez sim seria. Em 5 minutos estava na sala de cirurgia. Recordo a voz agradável da Dra. Gómez, a anestesista, e isso foi tudo. Acordei muito lúcida, sem oxigênio, e disseram-me que já estava transplantada. Que alívio. Incrível. Um dos meus grandes medos era acordar com o oxigênio e abafar. Boletín Informativo Alfa -1- España nº 4 Pág. 9 (Continuação da página 8) *************************** Querer tirar-lo, que me ataram as mãos, tudo mal. Nada disso passou. Estava bem, em terapia intensiva e com um doente para mim sozinha. Um luxo. A coisa de deixar de usar oxigênio foi muito forte. É a palavra justa: muito forte. Vai-se descendo pouco a pouco até que chega a primeira noite sem as narinas. Não o podia crer. Medo de não poder ou não saber respirar. E, respirei e segui respirando. Maravilhoso. Tive muito bom pós-operatório, ao mês estava em casa caminhando. A primeira coisa que me veio á ideia foi ir a um café e ficar sentada mais de quatro horas, tempo limite de duração da mochila. ¡Viva a liberdade! Poder caminhar sem mochila. Duchar-me sem oxigênio. Não há fadiga. Essa sensação tão conhecida e tão desagradável. É maravilhoso outra vez. Incrível. Tantos anos com dependência. Quero fazer tudo o que não fiz. Aproveitar o tempo ao máximo. Saír tudo o que possa. O tempo é diferente, tem outra dimensão, outra importância. É rico, é vital, não se deita fora. Estou aprendendo a valorar as coisas de outro modo, a saber quando lutar e quando sossegar, a cuidar a minha saúde sem obsessões, a ocuparme dos outros em lugar de que se ocupem de mim. Acho que o ser humano, se se propõe, tem uma enorme capacidade de recuperação. Agradeço-lhes a possibilidade de ter compartido as minhas vivências com vocês. Com muito carinho, Margarita Sonia Iujvidin A Associação Argentina de Medicina Respiratória (AAMR) patrocina este programa que permitirá conhecer quantas pessoas com esta patologia há no país. Têm acesso a este programa todos os pneumologistas do país através do site Web da AAMR. Actualmente está llevando um Registo de pacientes com deficiência de alfa-1 antitripsina, cuja coordenação está a cargo do Dr. Guillermo Menga, do Hospital Maria Ferrer de Buenos Aires. Com os datos que surjam do programa espera-se poder confeccionar um Registo Nacional e participar em registos internacionais. Aclaração. No boletim anterior informou-se sobre a existência de FundEpoc: Fundação Argentina de Assistência ao Paciente com Dpoc. Os seus sócios fundadores são Francisco Contartese, Luís Arpesella e Sonia Iujvidin. Aqui vão os datos de contacto: www.fundepoc.org, [email protected] y [email protected] Amadeu Monteiro Dulce Pimentel O nosso objectivo de ampliar a informação do Alfa-1 á população está sendo uma realidade e cada vez são mais as pessoas que se interessam por esta deficiência de AAT. De Portugal, Dulce Pimentel, Alexandra Nogueira, Catarina Amaral Pyrrait (mãe de um menino de 18 meses de idade com problemas hepáticos por Alfa-1) e Paula Lima, mãe de um menino com deficiência de Alfa-1 (AAT) no fígado. Do Brasil mantiveram contacto connosco, Isabel Cristina e Bruna Duarte com paniculite e Ana Ferreira com DPOC e os estudantes de medicina Raulem Marques e Camila. TERAPIA DE REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA Vários alfas deste forum, estão fazendo terapia de reabilitação respiratória e segundo as suas opiniões, estão sentindo uma melhoria que confirman um dos nossos artigos publicados em: http://www.alfa1.org/portugues_info_alfa1_enfermedad_pulmonar_rehab_pul.htm pelo que lhes animamos a seguirem este exemplo para bem da vossa saúde. Boletín Informativo Alfa -1- España Nº 4 Pág. 10 Estimados pais: Sou mãe de um menino afectado no fígado pelo deficit de Alfa1 e animo-lhes a que escrevam algumas palavras para compartir a vossa experiência com outras pessoas que possam sentir-se distanciadas com a doença do seu filho. Pode ser que o vosso filho se encontre bem, como o meu neste momento e isto ajudará a outros... Pode ser que tenham mais conhecimento acerca de como contar a um filho a sua condição, ...como cuidar-se... Ou pode ser que a experiência que hajam podido ter de um transplante e a sua posterior atenção sirva de ajuda a outros pais que temen o futuro... Pode ser que vosso filho queira escrever... e poderíamos abrir um espaço para os alfas jovens.... Em todo caso pedimos a vossa colaboração. Escrevam, por favor, para o próximo boletim ou se o desejam poderiamos estabelecer um foro de correio para vocês. Estamos abertos ao diálogo ou a qualquer possibilidade de comunicação. Esperamos-lhes. Shane Fitch ================================================================================= ALEGANDO QUE O MESMO SÓ ESTÁ DISPONÍVEL PARA CRIANÇAS Dulce Pimentel hamo-me Dulce Pimentel, tenho 47 anos, divorciada, e sou Analista de Sistemas. Vivo em Lisboa, Portugal e nasci em Luanda, capital da antiga colónia portuguesa, Angola. Não tenho filhos, pois o meu Luís Filipe faleceu o ano passado com apenas 21 anos de idade, num acidente de viação. Sou Deficiente Alfa-1 fenotipo ZZ, diagnóstico esse obtido em Setembro de 2005 e já tenho enfisema pulmonar. Desde há cerca de 10 anos que venho sofrendo de problemas respiratórios, com algumas bronco-pneumonias durante esse período, tendo passado por vários médicos, que me diagnosticaram bronquite asmática. Finalmente este ano, depois de várias vezes ter sido obrigada a recorrer aos serviços de urgência do Hospital da CUF Descobertas em Lisboa, a pneumologista Maria da Graça Freitas descobriu a verdadeira causa dos meus problemas. Desde então tenho vindo a ser tratada com bronco-dilatadores (Spiriva e Maizar) e também Fluimicil. Neste momento tento obter o tratamento de reposição com Prolastin, mas os hospitais contactados recusam o tratamento por falta de verba, alegando que o mesmo só está disponível para crianças. Tenho mais 2 irmãos, a mais velha foi recentemente diagnosticada como fenotipo ZZ tal como eu, e também ela com um diagnóstico anterior de asmática, e o meu irmão como MM. Como não sou pessoa de me render perante as adversidades, provavelmente terei que recorrer aos meus companheiros Alfa, para me documentar convenientemente sobre as directizes da União Europeia, para avançar contra uma queixa contra o estado português, no caso de persistirem na negação do tratamento. Para dar conhecimento publicamente do que se passa com esta deficiência, montei um pequeno espaço na Internet, spaces.msn.com\members\dmpimentel, e também para tentar chamar a atenção de Alfas portugueses, para futuras acções em Portugal. Um beijo a todos, com todo o meu afecto. C Fuensanta Soria Recordemos um facto agradável, e a seguir virá ao nossso rosto uma sorrisa. Com dita recordação haverse-á posto em actividade toda uma série de músculos faciais e outras partes do nosso rosto. Se o facto está presente e é muito intenso o normal é que nos produza gargalhadas e com isso se estará realizando uma agradável ginástica facial que ademais ajudará á musculatura do aparelho respiratório e muito especialmente á zona do diafragma e o abdômen. Por outra parte devemos anotar que a risa colabora na oxigenação do sangue, estimula a sua circulação, aumenta a ventilação respiratória e ajuda á limpeza e lubricação dos olhos. Mas não só isso, o baço, que geralmente regista muito pouca actividade, agita-se, e o coração ao bombear mais sangue e a mais velocidade, ao passar este pelos nervos planos das artérias dissolve parte do colesterol acumulado. Após umas boas gargalhadas sucede uma certa relaxação corporal e o estado de bem-estar que se experimenta supera amplamente qualquer mal-estar. Um minuto de risa produz os mesmos efeitos de relaxação que uma hora de yoga. Também cabe assinalar que é um poderoso analgésico, dez minutos de risa equivalem a duas horas de sono sem dor. Seus poderes anestésicos todavía não foram estudados de forma suficiente, mas têm quase a certeza de que a risa estimula a produção de endorfinas, opiáceos que o nosso corpo produz, daí que um pequeno mal-estar ou uma pequena dor terminem por desaparecer se os tomamos na brincadeira ou melhor, como risa. Uma boa forma de começar o dia seria, nada mais levantar-se e antes de ir ao banho, ir ao espelho e sorrir-se, parecerá algo ridículo e incluso própio de pessoas apanhadas, mas nada mais longe dos seus bons benefícios, ao princípio custará um pouco de trabalho sobretudo quando todavía não temos terminado de abrir os olhos e quando os abrimos e nos olhamos detidamente com os cabelos alvorotados e cara mais arrasada que nunca (haverá incluso quem não se reconheça), mesmo assim há que sorrir. Por tudo, parece uma boa terapia para combater ao ditoso enfisêma. Boletìn Informativo Alfa – 1- España nº 4 Pág. 11 Amadeu Monteiro GRUPO DE APOIO AOS PORTADORES DE ALFA-1 DO BRASIL Os Alfas brasileiros têm mais um grupo de apoio que conta com uma ampla informação sobre a Deficiência de Alfa-1-Antitripsina e que atualmente estão elaborando um website com a colaboração de algum médico especializado nesta patologia, e pessoas bem informadas sobre o Alfa-1. Tudo isto graças ao esforço e vontade constante de Rosana e Karina, avó e mãe respectivamente de Ilson Matheus, alfa de 4 anos afetado de fígado. Para que o grupo continue atingindo seus objetivos é preciso contar com a ajuda dos portadores e familiares pela necessidade de canalisar Alfas visando uma futura Associação. Alfas e familiares que desejem informação sobre este grupo de apoio devem acessar; http://www.botu.com.br/alfa1/. INICIOU-SE UM PROGRAMA GRATUITO PARA A DETECÇÃO DE ALFA-1 Em junho iniciou-se um programa gratuito de detecção de deficiência de alfa1 antitripsina no Brasil. São feitas dosagens de AAT no laboratório CRIESP, e teste genético (coleta em papel filtro) no laboratório Pronto Diagnostics de Israel. Até o momento foram realizadas 29 dosagens de AAT e 37 testes genéticos, confirmando-se a presença de alelos compatíveis com deficiência de AAT em 17 casos. Para maiores informações: Dra. Maria Vera Cruz de Oliveira. E-mail: [email protected]. Fone/Fax: 011 5506 1217 GOVERNO DO BRASIL PERDE A LIMINAR ANTE A JUSTIÇA. OBRIGADO A DISPOR O TRATAMENTO DE REPOSIÇÃO DE AAT PARA KAREN BUSIC. L amentavelmente, foi preciso recorrer á justiça para ganhar a primeira vitória (liminar) ante o Governo do Brasil para a disponibilidade do tratamento substitutivo de reposição que reclama Karen Busic. Paciente afetada de paniculite e que vem lutando há muito tempo ante o Ministério de Saúde do Brasil. Karen nos confirma: A sentença final ainda não saiu... o que eu ganhei agora foi uma liminar...ou seja o juiz me concedeu o direito de receber a Trypsone enquanto o processo não se resolve... no final é claro que eu ganharei, mas até a justiça dar o caso por encerrado ainda cabe recursos por parte do Governo. Mas é claro que foi sem dúvida uma grande vitória para mim e para todos os alfas aqui no Brasil... ganhei uma batalha, mas ainda falta ganhar a guerra! Não esqueçamos que a Deficiência de Alfa-1 (AAT) está considerada uma doença da saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e como tal o tratamento de reposição compete ao Ministério da Saúde. Desejamos e esperamos que os tribunais sigam fazendo justiça aos direitos do paciente. Boletín Informativo Alfa -1- España nº 4 Pág. 12 Rafael Cervantes ui um grande fumador, ¡Que bem, …como me lucia!, ¡Como presumia!, ¡¡¡Que desastre de pessoa por ter tão pouca visão da vida!!! ¡¡Três maços ao dia, e um….. IMBECIL, dando-lhe duro que te pego a todas as horas do dia, cigarro após cigarro!! Na minha juventude pratiquei atletismo, corria 1.500 m, e logrei boas marcas, mas deitei a minha natureza pela boca fora com tanto fumo contaminado e agora padeço de enfisêma. Não obstante, hoje, depois de dez anos sem fumar, quero expor algumas considerações que fui indo recopilando para que razoemos e divulguemos os muitos males do tabaco quando este se fuma. Em definitiva, queria aportar algo positivo para contribuir á sua ANIQUILAÇÃO. ====================================================================================== Componentes mortais do fumo do tabaco. A nicotina. É uma substância extremadamente tóxica. Duas ou três gotas seriam suficientes para matar a uma pessoa adulta. A dose mortal é de 30 miligramas. Um cigarro costuma conter de 15 a 20 mgr. de nicotina e calcula-se que, ao fumar, passam ao sangue 1,2 mgr. A nicotina é a responsável da maioria dos efeitos a curto prazo do tabaco e, além disso, cria dependência. (DROGA). O alcatrão. É o responsável da maioria dos cânceres produzidos pelo tabaco, assim como problemas bronquiais e vasculares. São formados durante a combustão do tabaco e inalam-se com o fumo. O principal efeito patogênico dos alcatrões e composições relacionadas é a carcinogênese (indução de tumores). O monóxido de carbono (CO), conhecido como "gás dos braseiros". É produzido na ponta do cigarro pela descomposição térmica e a combustão do tabaco. Curiosamente, a sua concentração é maior nos cigarros com filtro. Parece ser o componente que provoca enfermidades cardíacas. Além disso, contribui a criar dependência no consumidor. (DROGA). O monóxido de Carbono (CO), penetra nos pulmões ao inalar o fumo, atravessa a membrana dos alvéolos pulmonares, passa ao sangue e ali une-se á hemoglobina deslocando ao oxigênio, que é o que realmente deve transportar esta proteína a todo o organismo. Efeitos patológicos A nicotina passa ao sangue por duas vias, segundo a acidez do fumo. Esta é absorvida quase toda pela mucosa da boca quando se fuma por cachimbo ou charuto. Com os cigarros, mais ácidos, absorve-se nos pulmões. Uma vez no sangue, a nicotina circula num 70% ionizada, pelo que atravessa as membranas e alcança todos os territórios, incluso o cérebro. A sua concentração máxima no sangue (5 0n g/m l) é alcançada aos 10 minutos de fumar um cigarro e chega ao cérebro em menos de dez segundos após a primeira “calada”. Seu produto de degradação, a cotinina, elimina-se pela urina, analizando-a pode-se saber se uma pessoa fuma. O seu efeito estimulante geral é a causa, entre outros efeitos, de: a aceleração cardíaca, da irritabilidade e o nervosismo. Além disso, a nicotina possui um efeito mixto, pode ser estimulante ou tranqüilizante, e curiosamente quando não deve: os fumadores apresentam sonolência de dia e insomnio pela noite. Monóxido de carbono, O efeito patológico principal do monóxido de carbono, é a diminução da oxigenación tisular (hipoxia). Esta situação “desgasta” as artérias e os diversos órgãos, que se encontram numa situação crónica por falta de oxigenação. Isso provoca cansaço, fadiga, aturdimento, diminução da agilidade, da concentração mental e outros efeitos similares fácilmente deduziveis. DEIXAR DE FUMAR DEVE SER UM IMPERATIVO ¡JÁ! (Cláusula de Protecção) A “A ssocia ção Esp an hola para o Defi cit A AT” e todo s os seus col abor ad ores, p ed em aos leitores que co nsultem sempre ao seu méd ico a cerca do s trat amento s a seguir no seu c aso parti cul ar, port anto, est a Asso ciação n ão se faz re spon sável de qualq u er anomali a ou reacção qu e se po ssa p roduzir n aqu el es p aci entes qu e n ão observem est as a dvertências. O s arti go s incluído s n este b oletim são de car áct er úni cam ent e in formativos e em n enh um ca so sub stituem ao co nselho do médi co. Boletín Informativo Alfa -1- España nº 4 Pág. 13 O Governo espanhol aprova o projecto de lei antitabaco R. Cervantes Fumar tabaco vai supor, no futuro imediato, um gasto grande e portanto um problema económico muito sério. As multas pelo incumprimento da normativa legal variarão dos 30 aos 600.000 . Com o objectivo de endurecer a normativa vigente na actualidade, considerada uma das mais permissivas da União Europeia, o Conselho de Ministros aprovou o projecto de Lei reguladora da venda, o subministro, o consumo e a publicidade dos produtos do tabaco. O documento será remitido ao Parlamento e está previsto que entre em vigor em 1 de Janeiro de 2006. "Estas medidas pretendem prevenir o consumo, proteger aos fumadores e aos não fumadores e facilitar o abandono do tabaco", assinalou María Teresa Fernández de la Vega, vice-presidenta primeira do Governo, durante a roda de prensa posterior á reunião deo Conselho de Ministros. A legislação establece uma proibição total do consumo em todos os lugares de trabalho (salvo nos espaços ao ar livre), centros sanitários e docentes; instalações esportivas fechadas; zonas destinadas á atenção directa ao público; centros de atenção social para menores de 18 anos; centros culturais; salas de festas nas que se permita a entrada a menores; áreas aonde se elaborem, transformem, preparem ou vendam alimentos; elevadores; cabines telefónicas e recintos dos caixeiros automáticos. Também na Argentina O Poder Executivo da Cidade de Buenos Aires promulgou a Lei de Control Antitabaco, N° 1.7990, sancionada pela Legislatura da Cidade na quinta-feira 29 de Setembro de 2005. Sonia Iujvidin A lei establece a proibição total de fumar nos establecimentos de saúde e de educação da Cidade. Também não se poderá fumar nos lugares fechados de acesso ao público. A medida alcança a restaurantes, bares, confeitarias, salas de teatro, cinemas ou espectáculos públicos que se realizam em locais fechados. Também inclui aos centros culturais, salas de festas ou de uso público em general, nas que se autorize a entrada a menores de 18 anos, estações de subterrâneos de Buenos Aires, assim como nos sectores de acesso a estas. A restrição rege também para as instituições esportivas e ginásios. Algumas excepções No entanto, em algunos espaços Entrará em públicos poderão habilitar-se vigência no zonas especialmente destinadas 1º de Março aos fumadores. Por exemplo, os restaurantes, bares e confeitarias de 2006. que tenham uma superfície igual ou superior a 100 metros quadrados poderão dedicar como máximo o 30% para as pessoas fumadoras. Segundo a lei, a proibição de fumar entrará em vigência no 1° de Março de 2006 para os establecimentos do sector público e no 1° de Outubro de 2006 para os establecimentos privados. A lei contempla penas para aqueles que não a cumpram. Gestões e análises para um futuro esperançador Em breve viajarei a Buenos Aires, pois Alfredo e eu seremos evaluados na FUNDAÇÃO FAVALORO para um transplante pulmonar. Seremos submetidos a uma série de análises para determinar se nos incluem na lista de espera. No meu caso, foi tudo muito rápido, já que em Julho tive uma exacerbação da minha DPOC. A partir daí, as forças do universo completar-se-ão para que tudo me vá saindo bem; inclusive, em Setembro chegou o Spiriva a Uruguai. Nunca tive que pedir nada, tudo veio só; o único tema por resolver é a determinação do fenótipo da minha AAT, que espero seja resolvida em Buenos Aires. Talvez poucas vezes antes havia sentido em forma tão directa a acção de Deus. Em geral sinto-me muito melhor e além disso com uma imensa esperança no futuro, pelo tema do transplante. Esperemos que, ademais, esta viagem nos permita conhecer a Sonia e intercambiar experiências entre FundEPOC (Argentina) e ASOEPOC (Uruguai). Até ao meu regresso, um abraço a tod@s, Pablo. Boletín Informativo Alfa -1- España Nº 4 Pág. 14 ******************* Durante este último semestre e até ao momento de emitir este Boletim, sabemos que deram entrada vários sócios mais (nesta ocasião só mulheres). Elas são: Cristina Salaberri, Gloria Batlló, Maria José Muñoz Navarrete, Ana María Martínez Puonzo e Inmaculada Muñoz Navarro. A todas, a nossa mais calorosa bem-vinda e que a vossa integração na Associação Alfa-1- Espanha seja total. ! " # ! $ % & ' ( CONVIVENCIA ENTRE ALFAS Recebemos uma inscrição muito recente, confirmando-se a sua aceitação como sócio. Pertence a Antonio Utrera Redondo, residente em Barcelona. Ou seja, que já o tema não só fica entre mulheres; também eles se apontam-se a isto do corporativismo. Igualmente damos-lhes a bem-vinda. Este verão, visitaram Barcelona os nossos amigos Rafael e Mercedes, de Almeria. Podemos conhecer-nos e compartir uma velada estupenda. O bom ambiente entre os Alfas funciona A tertúlia e os bons momentos também estão presentes entre os Alfas. Na foto, Diego Alba, Joan Alonso e Amadeu, num “respiro” durante o congresso de Valencia. Recebendo o Tratamento Substitutivo de AAT “Prolastina” Hospital Vall d’Hebron de Barcelona. De direita a esquerda: Ana Delgado, Jesús Parada e Amadeu Monteiro A SOJA PROTEGE DAS FRACTURAS NA MENOPAUSA &* ' & &! & " * & &* # * " .! '" # ! " ! # $% & ' ! ( ) * & & + # ' & & " ' $ "% , Boletín Informativo Alfa -1- España nº 4 Pág. 15 Desde México, escreve-nos Anharad. "A história do meu irmão comparto-a, para recordar a um anjo que muito provavelmente tinha, como nós, a deficiência de AAT." N asceu ás 6:40 a.m. do dia 26 de Julho de 1943 no Sanatório Espanhol. O pobrezinho nasceu com uma deficiência hepática, o qual evitava que tivesse uma digestão adequada e não havia leite que lhe caísse biem. Do leite materno, passou por todos os leites que possam imaginar. Primeiro deram-lhe o de cabra, não resultou, depois avisaram á minha mãe que em Cuautla cerca do hotel Vasco havia uma burra criando. Foi até lá para poder-lhe dar o leite fresco, recém-ordenhado todos os dias, hospedou-se no hotel com seu bebé e a ama durante 15 dias, mas também não deu resultado. Cada vez que se mudava de leite, apresentava uma leve melhoria, mas aos poucos dias a urticária reaparecia, invadindo todo o seu corpito. Dias muito pesados e longas noites em vela, transcorreram cuidando ao menino que chorava desesperado pela comichão. Margarita, a ama do meu irmão, cuidou-o sempre com muitíssimo carinho. Por certo, que em 1984 chegou a visitar-me sorpresivamente. Estava trabalhando com seu esposo na casa da família Trouyet aqui em Cuernavaca, na calle de Cerritos. Deu-me um gosto enorme tornar a ver-la e poder conversar com ela do tempo em que foi ama de Rodolfo. A minha avozinha dizia-me que meu irmão era precioso, que tinha uns lindos olhos azuis, com umas pestanas enormes e chinas. Dizia-me: “Teu irmãozinho parecia um anjinho, era tão formoso que não era para este mundo”. O avô Federico para o consolar, passeava-o por todo o hall da casa da Colónia do Valle, arrolando-o e cantandolhe canções de berço em alemão, até que ficava dormido. Quando eu era menina, olhava com curiosidade duas fotos que minha avozinha tinha na sua recâmara. Numa Anharad Lanz Cuesta, está o meu irmão uma avó feliz sentadito numa espécie de balouço no jardim e meu papá está em cocarinhas ao seu lado sorrindo-lhe (essa conservo-a eu) A outra, é igual mas no lugar do meu pai, está a minha mãe de pé junto ao seu menino, (essa conserva-a, a minha irmã Naitzé) Recordo-me de ter-lhe perguntado á minha Lalá: Essa sou eu de pequenina? Não, é teu irmão que se foi ao céu. Mas sempre fiquei com vontade de saber mais, até que um dia a minha mamá decidiu tornar a falar do que tanta dor lhe causava. Esse dia compreendi também, porque a minha mamá não suportava uma flor que dá um tipo de cacto, chamada “Rainha da Noite”. A flor é branca, formosa, tão grande como a minha mão aberta. Só abre os seus pétalos apenas uma só noite, expedindo um forte e delicioso perfume. As flores do cacto vão abrindo-se lentamente ao oscurecer e com os primeiros raios de luz do amanhecer, começam a fechar-se e morrem. Vi por primeira vez essas flores e fiz fotos delas recentemente (final de Julho 1997). Meu papá gozava do seu jardim, passava longos momentos nele, cuidando as suas plantas, suas flores, as árvores frutais, a trepadeira de framboesas e a colecção de cactos que tinha na estufa de plantas. O dia em que por primera vez a “Rainhaa da Noite” floreou, estando nos braços da nossa mãe, meu irmão Rodolfo fechou seus olhinhos para sempre. Meu papá saiu a tomar um poco de ar ao seu jardim, com uma profunda tristeza cravada na alma, seu filho tinha morrido, aos nove meses de nascido e o estavam velando, aí mesmo na sua casa. Ao entrar na estufa, descobriu a primeira “Rainha da Noite” que ao oscurecer havia floreado. Cortou-a e llevoua ao seu filho, colocando-a entre as suas mãozinhas. Q ue breves foram essas vidas, a do anjinho e a flor! É una técnica yogui que persegue o controle consciente da respiração para conseguir vários fins: um é aumentar a saúde e a vitalidade mas ao igual que o yoga, é una técnica de realização espiritual, seu fim supremo é chegar a controlar as emoções e conseguir estados superiores de consciência. Outra forma de o expressar é que p e r s e g ue um c o nt r o l e c o ns c i e nt e d a s em o ç õe s , m e rc ê a o c o nt r o l e da r e s p ir a ç ão . As zonas do cérebro relacionadas com as emoções são o sistema límbico e o hipotálamo - Este último é também um regulador importante do sistema nervoso central – Boletín Informativo Alfa -1- España nº 4 Pág. 16 Já sabeis que estou convencida de que a curação dos alfas passa pelo avance na investigação com “células mãe”. Mando um artigo interessante que li na prensa, com o fim de ir avançando no conhecimento deste assunto. Uma esperança Alfa? C élulas mãe de pele humana crescem na gordura, músculos e ossos. Uma equipe de investigadores de EE.UU. isolaram células mãe de pele humana, cultivaram-as em laboratório e as induziram a que crescessem como células de gordura, músculos e ossos, segundo um artigo que publica hoje a revista "Stem Cells and Development". O estudo, levado a cabo por científicos da Escola de Medicina da Universidad Wake Forest e o Hospital Bautista de Carolina do Norte, é um dos primeiros que demonstrou a capacidade de uma única célula mãe de um adulto para convertir-se em múltiples tipos de tecidos. Os científicos acham que as células mãe, com o seu potencial para desenvolver-se como parte de diferentes tecidos do corpo, poderiam usar-se para o tratamento e ainda para a cura de enfermidades como os males de Alzheimer e Parkinson. Mas a investigação das células mãe é muito controvertida nos Estados Unidos porque os científicos acham que o maior potencial encontra-se nas células mãe de embriões. Os científicos e políticos que se opõem a esse curso de estudo consideram imoral a colheita de embriões" para o seu uso na medicina. Fonte: EFE Um abraço, Fuensanta Anthony Atala, director de Medicina Regenerativa no Instituto Wake Forest e chefe da equipe de investigação, disse que "estas células deveriam proporcionar um recurso valioso para a reparação de tecidos e de órgãos". E dado que estas células para o estudo foram tiradas da própia pele do paciente adulto "não deveria haver problemas com a rejeição de tecidos ou órgãos", acrescentou. Os investigadores cultivaram células mesenquimais -um tipo de célula mãe que habitualmente se encontra na medula óssea e usaram amostras de tecido de 15 doadores. Os científicos puderam isolar células mãe individuais que logo cultivaram no laboratório e usaram hormônios e factores de crescimento para induzir ás células a que se convirtissem em células de gordura, músculo e ossos. Quando as células diferenciadas foram "semeadas" em moldes tridimensionais e implantadas em ratos, mantiveram as características correspondentes a tecido ósseo, muscular e gordurento. "Nosso estudo mostra que se pode obter células mãe mediante uma simples biópsia da pele, e de elas podem obter-se três tecidos vitais", indicou Shay Soker, professor de cirurgia em Wake Forest. MADRID, 30 Maio. 2005 (EUROPA PRESS) nvestigadores espanhóis dirigidos pelo professor Antonio Bru, do departamento de Matemática Aplicada da Universidade Complutense, lograram o curamento de um câncer de fígado em fase terminal mediante o fortalecimento do sistema imunológico. A terapia, que publica amanhã a revista 'Journal of Clinical Research', é o resultado de uma investigação de doze anos que em 1998 supôs o desenvolvimento de uma nova teoria segundo a qual os tumores sólidos possêm uma equação matemática que governa o seu desenvolvimento e explica a sua biologia, informou hoje a Universidade Complutense num comunicado. O tratamento aplicou-se a um desalojado de hepatocarcinoma que sofria hepatite C e cirrose e encontrava-se em fase terminal. Foi tratado mediante estimulação óssea e geração de grandes quantidades de neutrófilos, um tipo de leucócito que luta contra os processos tumorais. Em poucos meses o hepatocarcinoma remeteu e o paciente reintegrou-se ao trabalho, segundo a Universidade Complutense, quem determinou que o tratamento apenas possui efeitos secundários. O professor Bru indicou que esta terapia abre horizontes "muito esperançadores" contra todo tipo de tumores sólidos num prazo curto, já que segundo esta teoria existe um único mecanismo comum para todos eles.