SOS Térmitas - Universidade dos Açores

Transcrição

SOS Térmitas - Universidade dos Açores
Universidade dos Açores –
CITA – UA - Departamento de Ciências Agrárias e Ambiente
RELATÓRIO DO PROJECTO
DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCA DE TÉRMITAS
(ISOPTERA) NAS HABITAÇÕES DO CONCELHO DE ANGRA DO HEROÍSMO
(Projecto financiado pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo)
Janeiro a Junho de 2004
Equipa
Prof. Dr. Paulo A. V. Borges (Univ. dos Açores; CITA-UA)
Prof. Dr. David Horta Lopes (Univ. dos Açores; CITA-UA)
Prof. Drª. Ana Maria Ávila Simões (Univ. dos Açores; CITA-UA)
Ana Cristina Rodrigues (Lic.)
Sílvia Cristina Xavier Bettencourt (Lic.)
Angra do Heroísmo, Julho de 2004-07-1
2
SUMÁRIO:
Neste estudo demonstramos a presença de duas espécies de térmitas no
concelho de Angra do Heroísmo, Cryptotermes brevis, térmita dos móveis das
Indias Ocidentais de madeira seca que ataca habitações e Kalotermes flavicollis,
térmita europeia de madeira viva que está a atacar várias árvores em pomares e
jardins. O caso de maior preocupação é o de Cryptotermes brevis, considerada
como a espécie de térmita de madeira seca mais perigosa que se conhece e
que atingiu já o estatuto de praga urbana em Angra do Heroísmo. A sua
ocorrência em Ponta Delgada e na freguesia dos Biscoitos (Concelho da Praia
da Vitória) está também confirmada. Cerca de 43% das habitações do centro
histórico de Angra do Heroísmo estão afectadas e destas praticamente 50%
possuem infestação severa (nível D) ou destruição (nível E) de várias estruturas
importantes para a segurança das habitações. A distribuição desta espécie em
Angra do Heroísmo e arredores e a não detecção nas freguesias rurais faz supor
que as condições de microclima de Angra do Heroísmo e ou o tipo de
construção das habitações são-lhe extremamente favoráveis. As madeiras onde
se detectaram maior infestação foram o Eucalipto e a Criptoméria, mas muitas
outras também estão atacadas. Algumas habitações com Pinho Resinoso e
localizadas em zonas criticas não estão infestadas. As partes das habitações
mais afectadas são as dos andares superiores, principalmente coberturas.
Infelizmente das duas técnicas conhecidas mais eficazes para resolver os
problemas mais graves (fumigação e temperaturas elevadas), apenas a
utilização de termoacumuladores parece ser viável em Angra do Heroísmo.
Estamos perante uma situação de gestão de uma pragra urbana que se irá
prolongar durante muitos anos. Desde logo coloca-se uma questão séria de
repensar a forma como as habitações da zona histórica de Angra do Heroísmo
devem ser reconstruídas após remoção de estruturas de madeira inutilizadas
pela praga. Sugerimos várias soluções de prevenção e de tratamento de
situações menos graves. No entanto, as entidades oficiais estão perante uma
situação muito grave em termos sociais e patrimoniais que tem de ser resolvida
3
pelas vias políticas. Tendo em consideração a inexistência em Portugal de
tecnologia adaptada ao combate desta praga e as características particulares da
arquitectura do centro histórico de Angra do Heroísmo, a solução mais
adequada a curto prazo é a criação de um grupo de trabalho com a
responsabilidade de num prazo de dois a três anos apresentar um Protocolo de
Tratamento adaptado às características das habitações de Angra do Heroísmo e
dos Açores em geral. Em simultâneo, as empresas de “pest control” sediadas
nos Açores deveriam receber formação nas técnicas entretanto validadas. Mais
importante é ainda ter em consideração que o problema actual de Angra do
Heroísmo e Ponta Delgado poderá também ser o problema de outras
localidades nos Açores, pelo que a criação de legislação adequada à situação é
urgente assim como devem ser tomadas medidas para iniciar a fiscalização
efectiva da entrada de produtos vegetais e madeiras nos Açores.
Outras recomendações importantes são:
1) Necessário a criação de um espaço no Aterro Sanitário para queima de
madeiras contanimadas;
2) Aquisição por entidades públicas ou privadas de uma Câmara de
Desinfecção para tratamento de móveis;
3) Discussão pública sobre a escolha dos materiais para reconstrução de
coberturas e outras partes das habitações na zona classificada de Angra do
Heroísmo;
4) Criação de legislação fitossanitária que permita regular a notificação de
presença de Térmitas e listar os direitos e deveres dos afectados;
5) Definição de políticas para lidar com problemas de imóveis abandonados
e problemas sociais associados à reconstrucção de imóveis afectados de forma
irremediável.
4
1. INTRODUÇÃO
As térmitas são um grupo de insectos da Ordem Isoptera, aparentados
filogeneticamente com as Baratas e os Louva-a-Deus.
Existem três tipos de espécies de térmitas: subterrâneas; de madeira viva e
de madeira seca (Milano & Fontes, 2002). Das cerca de 3000 espécies
conhecidas no planeta, só algumas são nefastas para o Homem. De facto, a
maior parte das espécies são até benéficas contribuindo para a reciclagem das
árvores mortas, oxigenação dos solos e processos de decomposição da
celulose. Algumas espécies são arborícolas construindo a termiteira na copa
das árvores, outras vivem no solo, sendo bem conhecidas as termiteiras
gigantes em África e na América do Sul.
No entanto, algumas espécies causam elevados prejuízos nas habitações
humanas, atacando móveis e esculturas mas também partes estruturais como
soalhos e tectos. Em alguns países como os Estados Unidos da América,
Canadá, Brasil, Austrália e África do Sul existe mesmo uma tradição de lidar
com as espécies mais nocivas, investindo-se muito dinheiro e esforço na sua
monitorização, prevenção e no seu combate (Milano & Fontes, 2002).
Tratando-se de insectos sociais possuem um ciclo de vida complexo e com
várias castas como é o caso de Cryptotermes brevis, espécie de madeira seca
(ver Figura 1). Nesta espécie normalmente uma fêmea e um macho colonizam
uma estrutura colocando ovos dos quais nascem ninfas totipotentes, ou seja,
que possuem a capacidade de se tornarem qualquer uma das castas (obreiras
ou
segregadas,
soldados,
reprodutoras).
Numa
fase
intermédia
do
desenvolvimento formam-se as segregadas e os soldados. As segregadas são
caracterizadas por executarem todas as funções de rotina, tais como obtenção
de alimento, alimentação de indivíduos de outras castas, inclusive o rei (pai) e a
rainha (mãe), eliminação de indivíduos doentes ou mortos, cuidados com os
ovos. As segregadas são mantidas como escravas porque a mãe (rainha) as
impede de se desenvolverem para reproductoras ao lhes dar dentadas nas
zonas de formação das asas. As segregadas digerem a celulose com a ajuda de
5
protozoários simbiontes e regurgitam a celulose já pré-digerida para que as
outras castas se alimentem.
A casta dos soldados, por sua vez, tem a função da guarda do ninho e
protecção das segregadas durante a busca de alimentos. Todas as obreiras e
soldados são cegos comunicando através de compostos químicos. Em
determinadas alturas no Verão formam-se reprodutores que têm a função de
procurar outros locais para fundar novas colónias. Em algumas situações como
a morte da rainha podem mesmo formar-se reprodutores secundários a partir de
obreiras. Os reprodutores primários são formas aladas diferenciando-se
facilmente das formigas (Insecta, Hymenoptera) por possuírem asas anteriores
e posteriores do mesmo tamanho e corpo rectangular sem qualquer constrição
entre o tórax e abdómen.
Figura 1. Ciclo de vida de Cryptotermes brevis (Walker, 1953) (Térmita das Indias Orientais).
6
Figura 2. Asas de Cryptotermes brevis (Walker, 1953). dispostas no soalho de uma habitação.
Uma forma prática de detectar a presença de uma colonização recente por
Térmitas é a detecção de asas soltas (Figura 2) nos soalhos ou cortinas, já que
antes de invadirem um novo local as fêmeas se libertam das asas. Os dejectos
libertados (Figura 3) são também uma forma de detectar a presença desta
espécie.
Figura 3. Segregada, soldado (exemplar com a cabeça mais escura e esclerotizada) e dejectos
de Cryptotermes brevis (Walker, 1953).
7
Neste momento está confirmada a presença da espécie Cryptotermes
brevis (Walker, 1953) (Kalotermitidae) (cerca de 6-8 mm de comprimento) (Fig.
3) em várias habitações de Angra do Heroísmo. Trata-se de uma espécie de
madeira seca com origem tropical e que se tem espalhado por todo o mundo
através de navios e madeiras importadas. Esta espécie embora seja de madeira
seca necessita de uma certa humidade pelo que se dá muito bem em ilhas
(Evans et al., 2004). Uma colónia é formada por cerca de 300 indivíduos
(embora possam chegar a 3000 por colónia), podendo ocorrer numa
determinada área várias colónias cada uma com a sua rainha (fêmea) e rei
(macho). Como se alimentam de madeira seca todas as madeiras antigas e não
tratadas, são um alvo potencial de ataque e posterior destruição. Inicialmente as
Térmitas não são observáveis porque fecham os orifícios externos das galerias,
sendo a sua presença apenas notada quando as fezes são expulsas e se
aglomeram nos soalhos (Fig. 3). Nesta altura as colónias já provocaram
extensos danos. Deste modo o seu combate não é uma tarefa simples (Gold &
Jones, 2000). A reprodução dá-se ao fim de quatro anos após um casal
colonizar a madeira. Os meses de Junho e Julho são aqueles em que os novos
casais alados procuram oríficios para colonizar novas partes das habitações
para aí acasalarem.
Os aspectos mais relevantes da biologia desta espécie de térmita acima
descritos são importantes para compreender o seu sucesso e problemas que
provoca. Para além da compreenção da sua biologia foram objectivos principais
deste trabalho os seguintes
1)
Determinar quantas espécies de térmitas estão presentes na ilha
Terceira e qual a sua biologia;
2)
Determinar os padrões de distribuição e abundância da(s)
espécie(s) em causa na ilha Terceira e em particular no Concelho
de Angra do Heroísmo;
3)
Determinar os factores (variáveis) potencialmente envolvidos na
dispersão e sucesso das térmitas na ilha Terceira.
4)
Recomendar formas potenciais de controle e gestão da praga;
8
2. MÉTODOS
2.1. Amostragem
Para a amostragem da incidência do ataque de térmitas no Concelho de
Angra do Heroísmo procedeu-se da seguinte forma:
i)
Nas freguesias rurais fez-se uma amostragem ao acaso de 10
habitações;
ii)
Na cidade fez-se uma amostragem ao acaso de 10 habitações nas
ruas onde haviam indicações prévias de presença de térmitas;
iii)
Após a distribuição do Folheto informativo pela Câmara Municipal de
Angra do Heroísmo (CMA), visitou-se todas as habitações que
notificaram a presença potencial de térmitas até fins de Maio de
2004;
Os critérios utilizados para defenir os níveis de ataque foram os seguintes
(baseado em EN252 / 1992; Ver ficha de campo em ANEXO 1):
Nível A (Sem ataque) – Não se verificou a presença de térmitas, ou
pelo menos não foram encontradas provas fisicas da sua
presença (asas e resíduos fecais);
Nivel B – (Ataque ligeiro) - Ataque perceptivel mas ligeiro;
deterioração muito superficial 1mm a 2mm de profundidade em
alguns pontos ou pequenas áreas;
Nível C – (Ataque moderado) - Ataque moderado revelado sob a
forma de áreas determinadas de vários centimetros quadrados e
com 2mm a 5 mm de profundidade, ou sob a forma de pontos
disseminados com uma profundidade ultrapassando os 5 mm, ou
com os dois tipos de ataque;
Nível D – (Ataque Severo) - Ataque intenso mostrando uma
destruição extensa e profunda (5mm a 10mm) ou galerias
atingindo o centro da estaca ou diferentes combinações destes
dois tipos de ataque;
9
Nível E – (Destruição) - Penetração completa e generalização com
destruição total ou quase total: ataque extremamente severo.
Em complemento efectuou-se sempre que possível um inquérito a cada um
dos proprietários visitados seguindo o modelo descrito no ANEXO 2.
2.2. Análise de dados
Os cerca de 336 processos obtidos depois de cada habitação ser
detalhadamente vistoriada foram todos introduzidos numa tabela dinâmica e
analisados em termos de frequências. De notar que muitas das habitações que
se tentou vistoriar não foram investigadas por os proprietários não permitirem a
visita dos técnicos. Deste modo, nem sempre foi possível obter 10 amostragens
por freguesia rural ou rua de Angra do Heroísmo. Por outro lado, em algumas
ruas de Angra do Heroísmo obteve-se mais do que 10 amostragens devido aos
pedidos efectuados pelos proprietários para vistoriar as suas habitações após
divulgação do Folheto entregue pela CMA. Consequentemente consideraram-se
apenas as ruas de Angra com pelo menos 5 amostras para modelar os níveis de
infestação. Para uma melhor visualização dos níveis de infestação efectuou-se
interpolação dos dados de percentagem de infestação por rua usando o
Software IDRISI versão 3.2. Os níveis de infestação foram agrupados em pares,
considerando-se os níveis B/C (infestação moderada) e D/E (infestação
elevada).
10
3. RESULTADOS e DISCUSSÃO
3.1 Espécies Encontradas (Object. 1)
Até à presente data não eram conhecidas espécies de térmitas na fauna
selvagem dos Açores (Borges et al., em prep.). Com o presente estudo passam
a ser conhecidas três espécies:
Ordem: ISOPTERA
Família: KALOTERMITIDAE
1) Cryptotermes brevis (Walker, 1953), alados, segregados e soldados de
várias habitações do Concelho de Angra do Heroísmo (Terceira) (Figura
3).
Comentários: Espécie de madeira seca originária das Caraíbas e conhecida
de muitas regiões no mundo - México, América Central e parte norte
da América do Sul, ilhas do Pacífico incluindo as Galápagos, Fiji,
Hawaii, Marquesas, Midway, New Caledonia, e Easter Island. É
igualmente conhecida nas ilhas Atlânticas da Ascenção, Bermuda,.
Canárias, Madeira e St. Helena. Foi introduzida em áreas continentais
como a Australia, China, Madagascar, Cambia, Ghana, Nigeria,
Senegal, Sera Leoa, Africa do Sul, Uganda e Zaire (Gay & Watson,
1982; Evans et al., 2004).
2) Kalotermes flavicollis (Fabricius) (Figura 4) alados, segregados e
soldados retirados de uma Oliveira e Nespereiras no Porto Martins
(Terceira); de oliveiras em S. Mateus e de várias árvores num jardim em
S. Pedro.
Comentários:
Espécie
de
madeira
viva
originária
da
Europa
e
possivelmente introduzida em estacas de fruteiras. É conhecida como
“Térmita de escoço amarelo”. Pode ser uma potencial praga das
vinhas (!) pelo que algum cuidado deve ser tido em relação a esta
espécie.
11
Figura 4. Soldado (exemplar com a cabeça mais escura e esclerotizada) de Kalotermes
flavicollis (Fabricius) capturado no Porto Martins em Oliveiras e Nespereiras.
FAMILY: RHINOTERMITIDAE
3) Reticulitermes sp. Alados e trabalhadores de uma habitação da Base
Aérea Americana nas Lajes (Terceira). Exemplares cedidos por um
trabalhador da Base Aérea Americana, capturados à alguns anos atrás.
Comentários: Não se conhece a ditribuição actual desta espécie de Térmita
subterrânea. Possivelmente terá sido erradicada com base numa
acção de controle efectuada pelos militares da Base Americana.
3.2. Distribuição no concelho de Angra do Heroísmo (Object. 2)
Como resultado da amostragem efectuada no Concelho de Angra do
Heroísmo observou-se que os casos de infestação por C. brevis se concentram
em Angra do Heroísmo (Figuras 5 e 6), estando cerca 43% das habitações
investigadas infestadas com térmitas desta espécie. De realçar o facto de
praticamente 50% dos casos positivos serem de infestação severa (D) ou
destruição (E) (Figura 6). O nível de infestação no centro urbano de Angra do
Heroísmo parece não ter um impacto no meio rural (Figura 6), sendo a unica
explicação possível para este padrão as características das habitações e/ou os
factores microclimáticos. De facto, Cryptotermes brevis necessita de ambientes
12
secos mas com alguma humidade, condições prevalecentes no centro histórico
de Angra do Heroísmo e possivelmente na freguesia dos Biscoitos (Concelho da
Praia da Vitória) (Figura 5).
Figura 5. Infestação da espécie de térmita de madeira seca Cryptotermes
brevis no Concelho de Angra do Heroísmo e ainda Biscoitos. Simbologia –
Vermelho (elevada); Amarelo (médio-elevada); Verde (moderada); Cinzento
(ausente).
13
180
160
140
120
E
100
D
C
80
B
60
40
20
0
Rural
Urbano
Figura 6. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas nos
meios rural e urbano (Angra do Heroísmo).
3.3. Factores (variáveis) potencialmente envolvidos na dispersão das
térmitas na ilha Terceira e em particular em Angra do Heroísmo (Object. 3)
Os edifícios de habitação são aqueles que mais estão afectados (Figura 7),
sendo as partes superiores (sotão e tecto) as mais atacadas (Figura 8). Tal
explica a baixa infestação de muitos estabelecimentos comerciais localizados
nos pisos térreos. No entanto, em vários casos foi observado que os tectos
falsos escondem situações graves, e mesmo em outros casos os moradores
colocaram tectos falsos para evitar a queda arreliadora dos dejectos das
térmitas sem saber a razão do problema. Noutras situações alguns proprietários
colocaram plásticos presos com pioneses cobrindo o forro dos telhados! Foi
igualmente observada a colocação de forro de Criptoméria recobrindo
14
completamente as traves e esferovite entre o forro e as traves. Nesse caso,
além dos dejectos de madeira também foi observado bolinhas de esferovite o
que demonstra que o esferovite usado para manter a temperatura do sotão está
também a ser perfurado e destruído.
140
120
100
80
E
D
C
B
60
40
20
0
Estabelec.
habitação
habitação/estabelecimento
igreja
serviços
Figura 7. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas em
vários tipos de edifícios.
15
70
60
50
40
E
D
C
B
30
20
10
0
escadas
janelas
móveis
porta
roda-pé
soalho
sobrados
sotão
tecto
Figura 8. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas em
vários tipos de estruturas.
No que concerne ao tipo de madeira infectada, uma grande diversidade de
espécies está afectada (Figura 9), o que se esperaria tendo em consideração
que Cryptotermes brevis é considerada uma espécies polífaga que ataca uma
grande diversidade de madeiras. De facto, duas das madeiras mais usadas,
Cryptomeria japonica e Eucalyptus spp. encontram-se entre as mais infestadas
(Figura 9). Este resultado implica que a substituição das madeiras destruídas
terá de ser cuidadosamente ponderada pois parece não haver uma garantia
absoluta de que haja um tipo de madeira infalível a esta espécie de térmita. No
entanto, observámos habitações de grande valor patrimonial com Pinho
Resinoso e localizadas em locais criticos sem térmitas!
16
vários tipos de madeira.
17
vários tipos
pinho resinoso
pinho flandres6
pinho flandres3
pinho flandres1
pinho flandres
pinho branco
Pinho
não sabe
mogno
exótica
eucalipto
Criptoméria
Cedro mato
castanheiro
africana
acácia
60
50
40
E
30
D
C
B
20
10
0
Figura 9. Número de casos com infestação (níveis B a E) de Térmitas em
60
50
40
E
D
30
C
B
20
10
0
Conceição
S. Bartolomeu
S. Mateus
S. Pedro
São Bento
Sé
Sta. Luzia
Figura 10. Número de casos com infestação (níveis B a E) por freguesia.
Três freguesias estão particularmente afectadas, St. Luzia, Sé e S. Pedro
(Figura 10), sendo as ruas do Rego, do Conde, da Palha e de S. Pedro aquelas
com níveis mais elevados de infestação (Figuras 11 e 13).
18
100%
90%
80%
70%
%
60%
D/E
50%
B/C
A
40%
30%
20%
S. Bartolomeu
S. Mateus
Meio S. Pedro
Baixo S. Pedro
Caminho novo
S. Pedro
São Bento
Canos Verdes
Sé
Rosa
Carreira dos Cavalos
Jesus
Palha
Direita
S. João
Conde
Marquês
Cima Sta. Luzia
Miragaia
Baixo Sta. Luzia
0%
Rego
10%
Ruas
Figura 11. Percentagem de casos sem térmitas (A), com infestação moderada
(B/C) e com elevada infestação (D/E) nas ruas com pelo menos 5 amostras
disponíveis.
O padrão de infestação pode ser claramente vizualizado através das
Figuras 12 e 13. A baixa de Angra estendendo-se até Santa Luzia e S. Pedro
constitui a zona de maior infestação (níveis D/E) (Figura 13), mas S. Bento,
Caminho Novo e também algumas zonas da baixa constituem zonas importantes
no nível de infestação B/C (Figura 12).
19
Medio risco
0.00
3.74
7.47
11.21
14.95
18.69
22.42
26.16
29.90
33.64
37.37
41.11
44.85
48.58
52.32
56.06
59.80
Figura 12. Percentagem do número de casas infestadas com níveis B/C (ataque
ligeiro a moderado) da espécie de térmita de madeira seca Cryptotermes brevis
na zona urbana de Angra do Heroísmo.
Alto risco
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
40.00
45.00
50.00
55.00
60.00
65.00
70.00
75.00
80.00
Figura 13. Percentagem do número de casas infestadas com níveis D/E (ataque
severo ou destruição) da espécie de térmita de madeira seca Cryptotermes
brevis na zona urbana de Angra do Heroísmo.
20
4. RELATÓRIO DO ACESSOR EXTERNO
Prof. Dr. Timothy G. Myles
Director, Urban Entomology Program, Centre for Urban and Community Studies
455 Spadina Ave., Suite 400, University of Toronto, Toronto, Ontario M5S 2G8
(416) 978-5755; [email protected]
Com base nos resultados obtidos durante uma visita à ilha Terceira, o Prof.
Timothy Myles elaborou um relatório que se apresenta no ANEXO 3. Pelo facto
de o Prof. Timothy Myles ser um especialista em Térmitas de reconhecido
mérito, esse relatório foi considerado como fundamental nesta fase, e serviu
também de base para a elaboração de parte das recomendações que
apresentamos de seguida.
21
5. CONCLUSÔES E RECOMENDAÇÕES (Object. 4)
Com base nos resultados obtidos fica claro que estamos perante uma
situação de praga urbana causada pela espécie Cryptotermes brevis, que está
localizada principalmente no centro histórico de Angra do Heroísmo (Figura 5), e
que atingiu já um nível de infestação que impossibilita a erradicação completa.
A distribuição em Angra do Heroísmo e arredores e a não detecção nas
freguesias rurais faz supôr que condições de microclima de Angra do Heroísmo
e ou o tipo de construção das habitações são mais favoráveis a esta espécie. De
facto, muitas das habitações investigadas nos meios rurais tinham elevadas
infestações de caruncho (Anobiidae, Coleoptera) e frequentemente ataques de
fungos. A presença de fungos indica elevados níveis de humidade não
adequados para Cryptotermes brevis, pelo que será de esperar que as zonas
rurais sejam mais dificilmente atacadas por esta espécie. A presença confirmada
desta espécie de térmita na freguesia dos Biscoitos (Concelho da Praia da
Vitória) pode indicar que as condições microclimáticas prevalecentes nessa
freguesia são igualmente favoráveis a esta espécie.
Os padrões observados de infestação de nível D/E (severa ou destruição)
implicam custos elevadíssimos para os proprietários das áreas mais afectadas
(ver Figura 13). De facto, uma grande percentagem das habitações das
freguesias da Sé, Santa Luzia e S. Pedro encontram-se afectadas de forma
irremediável. Pelo que nos foi dado conhecer em termos de área infestada por
esta praga a erradicação assente em apenas aplicação de fumigações de certo
não resolverá o problema, já que a aplicação de tendas para fumigação é muito
perigosa face à proximidade de partilha de espaço comum entre os diversos
edifícios. Outra alternativa para estas situações poderá ser a utilização de
temperaturas elevadas através de termoacumuladores (ver abaixo) (Abe et al.,
2000), mas envolve riscos de incêndio.
Nas zonas periféricas como S. Bartolomeu e principalmente de S. Bento
foram também encontradas algumas habitações afectadas. Existem também
22
casos conhecidos nas ilhas de S. Miguel (Ponta Delgada) e Faial (Horta), assim
como no Concelho da Praia da Vitória (p.e., Biscoitos).
Estamos perante uma situação de gestão de uma praga urbana que se irá
prolongar durante muitos anos. Coloca-se assim uma questão séria que irá
obrigar a repensar a forma como as habitações da zona histórica de Angra do
Heroísmo devem ser reconstruídas após remoção de estruturas de madeira
inutilizadas pela praga. Esta situação coloca vários tipos de problemas:
1)
De cariz social – edifícios habitados por idosos, são vários e
apresentam pessoas num estado emocional que engloba o
desespero até à incredibilidade ou negação; ainda existem os que
apresentam
incapacidade
física
assim
como
incapacidade
financeira. Os proprietários não terão capacidade para arcar com os
custos de tratamentos preventivos e muito menos com os custos de
reparações de grande dimensão como a substituição completa de
telhados ou soalhos. Apresentamos apenas os casos das
habitações com elevados estragos em que os proprietários terão
grandes dificuldades em resolver o problema devido aos elevados
custos envolvidos e às suas incapacidades por motivos de idade
avançada:
- Rua de S. Pedro, 141;
- Rua da Esperança, 5;
- Rua António dos Capuchos, 5.
2)
De segurança – em muitas situações a habitabilidade das casas
poderá ser colocada em causa a curto ou médio prazo o que implica
um acompanhamento pelas entidades responsáveis (e.g. Rua
António dos Capuchos, 5; Rua do Rego, 25; Rua do Rego, 10; Rua
do Meio de S. Pedro, 12-B);
23
3)
De cariz patrimonial – Edifícios património poderão ter estruturas
em perigo a necessitar tratamentos preventivos, curativos ou
completa substituição de estruturas.
Parece-nos claro que alguma entidade com responsabilidades a nível
regional deverá tomar a iniciativa de liderar um projecto integrado para
controle das térmitas nos Açores. Este projecto deve incluir instituições
públicas locais e regionais, instituições de investigação, empresas e grupos
de habitantes organizados de alguma forma (ver abaixo).
Tendo em consideração que é urgente começar a agir para controlar
situações de baixa e média gravidade, a inciativa privada (e.g. empresas de
“pest control”) deve acontecer e ser incentivada. No entanto, devido às
particularidades da arquitectura de Angra do Heroíamo as técnicas a aplicar
pelas empresas privadas devem ser cuidadosamente acompanhada através
de uma monitorização para validação das técnicas empregues. De facto,
após alguns contactos constatámos que as empresas que estão já a intervir
em Angra e em Ponta Delgada possuem um total desconhecimento da
biologia da espécie Cryptotermes brevis e apostam na aplicação de produtos
generalistas para insectos Xilófagos (e.g. Xilophene). Este acompanhamento
deveria ser efectuado por uma entidade independente (Comissão descrita
abaixo em 1.1 ou equipa de investigação descrita em 1.2) e ser pago
parcialmente pelas próprias empresas durante os próximos dois a três anos.
Um outro aspecto a considerar é a situação dos edifícios desabitados
e ao abandono, sendo alvos de fácil infestação e posterior dispersão para as
casas vizinhas. Medidas devem ser tomadas para a sua vistoria e os
proprietários notificados da situação encontrada para poderem agir em
conformidade com a legislação que entretanto se criar para estas situações.
Exemplos abundam nas freguesias urbanas de Angra mais afectadas e
devem ser tomadas medidas urgentes para avaliar o impacto desses imóveis
para a futura propagação desta espécie de térmita.
24
A) Recomenda-se como actividades de gestão a médio prazo:
1) Criação oficial de um grupo de trabalho multidisciplinar que
seja capaz de nos próximos anos estabelecer as estratégias
necessárias ao combate e contrôle desta praga.
1.1) Este grupo deveria deveria ser composto por um grupo
executivo dotado de um orçamento próprio (ver abaixo) e por um
grupo consultivo que reuníria com a comissão executiva duas a três
vezes por ano. Temos um exemplo recente de uma estrutura do
mesmo género, o GESPEA (Grupo de estudo do património
espeleológico dos Açores) que tem trabalhado sob a coordenação da
Direcção Regional do Ambiente com grande sucesso. Sugere-se que
a comissão executiva tenha no máximo 4 a 5 elementos para que seja
funcional, sendo constituída por um entomólogo, ,um especialista em
combate químico de insectos; um especialista em térmitas de renome
internacional (e.g., Prof. Timothy Miles), um Jurista e um operativo
representando a entidade financiadora. A Comissão consultiva seria
mais alargada e deverá incluir representantes das Secretarias do
Governo Regional das Obras Públicas, Agricultura, Ambiente;
Educação e Cultura; representantes das Câmaras Municipais com
problemas de Térmitas (e.g. Angra do Heroísmo, Praia da Vitória,
Ponta
Delgada,
Horta);
representante
do
Gabinete
da
Zona
Classificada de Angra do Heroísmo; representante das carpintarias de
cada Munícipio afectado; representantes das empresas de “pest
control”; representantes dos moradores de cada Munícipio afectado.
1.2)
Num prazo de dois a três anos o Grupo de Trabalho acima
descrito deveria ser capaz de elaborar um Protocolo adaptado
às características das habitações de Angra do Heroísmo a
seguir pelas empresas de “pest control” sediadas nos Açores.
25
1.3)
Para que o descrito no ponto 1.2 seja eficaz deverão as
empresas de “pest control” credenciar-se nas várias técnicas
mais modernas de combate a térmitas de madeira seca, sendo
líderes nesta área várias empresas na zona da Flórida (U.S.A.).
2) Em alternativa, sugere-se o financiamento de um Projecto de 2 a 3
anos de investigação aplicada que permita avaliar a eficácia da
aplicação das várias técnicas de combate à praga nos Açores. Por
exemplo, no seu Relatório técnico, o Prof. Timothy Miles mostra-se
disponível para participar num Projecto desse tipo dedicando 50%
do seu tempo aqui nos Açores a desenvolver várias experiências
em colaboração com a Universidade dos Açores, as empresas de
“pest control” e os moradores de Angra do Heroísmo. Esta
alternativa poderá ser encarada também como um solução
complementar da acima apresentada, deixando de haver uma
comissão executiva (substituída por um grupo de investigadores) e
permanecendo a Comissão Consultiva que manteria reuniões com
este grupo de investigadores.
O orçamento deste projecto será muito elevado, já que há que
financiar pelo menos 1 a 2 alunos licenciados (12 000 EUROS ano
por aluno), financiar o trabalho do Prof. Tim Myles como supervisor
científico (cerca de 10 000 EUROS por ano), adquirir equipamento,
pagar parte dos tratamentos experimentais, etc. Após audiência
mantida com Henrique Schanderl, Director Regional da Ciência e
Tecnologia, existe a indicação de que o actual Governo Regional
está disponível para estudar uma proposta de financiamento de um
projecto com as características acima referidas.
A entidade financiadora deverá ter igualmente em consideração
que o problema irá agravar-se com o tempo e que embora se
concentre actualmente em Angra do Heroísmo tem uma dimensão
26
regional pois Ponta Delgada (S. Miguel) e Biscoitos (Concelho da
Praia da Vitória, Terceira) estão também infestados.
B) Recomenda-se como actividades preventivas
1) Cada morador deve selar o melhor possível as madeiras das janelas,
rodapés, soalhos, tectos, etc., todas as potenciais entradas de casais de
reproductores. Essas entradas podem ser simplesmente os orifícios
realizados pelo caruncho (ver Figura 14), fendas na madeira ou má
conexão de partes das estruturas. A não realização de tal procedimento
poderá implicar a fácil colonização da habitação por térmitas nos meses
de Junho e Julho.
A
B
C
Figura 14. A - Aspecto do namoro de um macho (rei) e uma fêmea (rainha), B - Início de
penetração num buraco de caruncho; C - penetração quase completa) de Cryptotermes brevis
numa trave.
2) Nas habitações onde já existe a confirmação da presença das térmitas
sugere-se a montagem de armadilhas luminosas nos sotãos ou quartos
afectados de forma a caturar o maior número possível de reproductores
durante os meses de Junho e Julho. A armadilha luminosa poderá
consistir de um balde com água sobre o qual se deve suspender uma
lâmpada. Alternativamente pode consistir num aparelho mosquiteiro
(Figura 15) com luz ultravioleta. Este aparelho custará cerca de 60 a 80
27
EUROS. A utilização de armadilhas de cola também pode ser uma opção
(Abe et al., 2000);
Figura 15. Aspecto de uma armadilha de luz ultravioleta colocada num sotão nos
meses de Junho e Julho de 2004. Notar as térmitas mortas no receptáculo da
armadilha.
3) Uma outra alternativa será pintar as madeiras dos sotãos com Gasóleo
(procedimento comum nos meios rurais da ilha de Gomera, Canárias) ou
outro produto repelente, o que previne a entrada de reproductores. Tal
procedimento só será possível se o cheiro do gasóleo não afectar a
habitabilidade das casas.
4) Alternativamente a (3) poder-se-á aplicar um producto à base de Borato
(e.g. INJECTA; www.nisuscorp.com 100 Nisus Dr., Rockford, TN 37853
(800) 264-0870;
5) Utilização de madeira pré-tratada especificamente contra térmitas de
madeira seca (passaporte com essa certificação a acompanhar as
madeiras importadas). Parece que madeiras resinosas nobres (cerne)
podem ser uma boa alternativa. Por exemplo, várias habitações de Angra
do Heroísmo com Pinho Resinoso, em que se utilizou apenas o cerne,
não estão afectadas;
28
6) Criação oficial ou privada de Câmaras de Frio, ou de Vácuo, ou de Gás,
para desinfecção periódica de mobiliário. Tal procedimento é vulgar nas
Canárias, Canadá, Estados Unidos, etc. Todos os artigos de mobiliário
onde sejam detectados indícios fortes da presença de térmitas devem
obrigatoriamente ser fumigados em câmara adquirida para o efeito;
7) Autorizar apenas a compra de móveis antigos depois da completa
vistoria, fumigação em câmara adequada desse tipo de mobiliário e seu
posterior tratamento com produtos contra térmitas;
8) Criação no Aterro Sanitário de um espaço para queima de madeiras
infestadas.
9) Inspecções fitossanitárias - Criação de legislação fitossanitária que
permita regular a notificação de presença de Térmitas e listar os direitos e
deveres dos afectados. No entanto, isso pressupõe normalmente algum
tipo de apoio estatal aos casos notificados. Para além da notificação
obrigatória devem ser sensibilizados os técnicos dos serviços que as
realizam, ou mesmo os inspectores de alfândega e agentes da brigada
fiscal, munindo-os da capacidade de detecção dos estragos que as
térmitas provocam. Realização de inspecções como as que já se
realizam, por exemplo, à entrada de produtos frutícolas e hortícolas. Todo
o tipo de mercadoria que é passível de ser transportada em “paletes deve
ser aleatoriamente verificada a presença ou ausência de térmitas das
espécies: Cryptotermes domesticus, Cryptotermes dudleyi, Cryptotermes
cynocephalus,
Coptotermes
formosanus,
Coptotermes
havilandi,
Heterotermes spp. e Reticulitermes spp. (Gay & Watson, 1982; Milano &
Fontes, 2002). Isto, claro, envolve inúmeros meios humanos que podem
ser distribuídos pelas diferentes Secretarias Regionais das diferentes
áreas. Idealmente os técnicos envolvidos deveriam receber formação
para detecção dos sinais associados à presença das espécies acima
mencionadas.
C) Recomenda-se como actividades de contrôle:
29
Pequenas a médias Infestações
1) Foi recentemente validado nos Estados Unidos um produto não
tóxico à base de extracto de casca de laranja (ácido citrico) que
injectado na Madeira através de técnicas adequadas parece ser
altamente eficiente no combate às Térmitas de Madeira Seca.
Trata-se do D-limonene e está registado num produto com amarca
XT-2000 que é vendido pela empresa Xtermite www.X2000.com
(Xtermite, San Diego, Calif. 6328 Riverdale St., Ste. A, San Diego,
CA 92120 Toll Free Number (866) 870-8485. Sugere-se assim a
realização de contactos com esta empresa de forma a que este
produto possa ser exportado para Portugal e usado pelas
empresas de “pest control” locais.
2) Outros produtos à base de óleos essenciais parecem igualmente
promissores e devem ser investigados (ver Sbeghen et al., 2002).
3) Uso de métodos físicos que incluem “Microondas” e sistemas de
alta voltagem (Electrocutar madeiras) (Lewis et al., 2000; Lewis &
Haverty, 1996; 2001; Abe et al., 2000).
Infestações de grandes áreas
4) O controle térmico pode ser usado através de aquecedores
especialmente desenhados para quartos ou andares (Ebeling,.
1994a , 1994b; Abe et al., 2000). Trata-se de um sistema que
envolve riscos de incêndio e necessita de equipas treinadas para a
sua aplicação. As companhias que desenvolveram tecnologia
deste tipo são:
30
-Isothermics (714) 974-0951 Orange Co., California
-Temp-Air at: www.temp-air.com, Florida
-ThermaPure at www.thermapure.com, Florida
5) Tratamento pelo frio usando Azoto Liquido para se atingir
temperatures abaixo de zero. Exige equipas treinadas para o
efeito;
6) Deve-se investigar ainda a possibilidade de se utilizar Bolas de
Paradiclorobenzeno ou de naftalina injectadas nas madeiras.
7) A utilização de fumigação com gases em tendas envolvendo as
habitações embora altamente eficaz não é aplicável às condições
de arquitectura de Angra do Heroísmo, pelo que não se aconselha
por envolver elevados riscos e por ser logisticamente muito
dispendiosa.
6. BIBLIOGRAFIA
Abe, T., D. E. Bignell & M. Hihashi 2000. Termites – Evolution, Sociality,
Symbiosis, Ecology. Kluwer Academic Publishers, Netherlands.
Borges, P.A.V., R. Cunha, R. Gabriel, A. F. Martins, A. F., Silva, and V. Vieira.
(eds.) (em prep.). A list of the terrestrial fauna (Gastropoda and
Arthropoda) and flora from the Azores.
Ebeling, W. 1994a. The thermal pest eradication system for structural pest
control. IPM Practitioner, 16(2): 1-10.
Ebeling, W. 1994b. Heat and silica aerogel are synergistic. IPM Practitione,r
16(2): 11.
Evans, A. V., R. W. Garrison, N. Schlager & J. E. Trumpey 2004. Grzimeck´s
Animal Life Encyclopedia. Thomson , Gale.
Gay, F. J. & J. A. L. Watson. 1982. The genus Cryptotermes in Australia
(Isoptera:
Kalotermitidae).
Australian
Supplementary Series No. 88: 1-64.
31
Journal
of
Zoology,
Gold, R.E. & S.C. Jones 2000. Handbook of Household and Structural Insect
Pests. Entomological Society of America, U.S.A.
Lewis, V. R. & M. I. Haverty. 1996. Evaluation of six techniques for control of the
western dry-wood termite (Isoptera: Kalotermitidae) in structures.
Journal of Econonomic Entomology, 89(4): 922-934.
Lewis,V. R. & M. I. Haverty. 2001. Lethal effects of electrical shock treatments to
the western dry-wood termite (Isoptera: Kalotermitidaea) and resulting
damage to wooden test boards. Sociobiology, 37(1): 163-183.
Lewis, V. R., A. B. Power, & M. I. Haverty. 2000. Laboratory evaluation of
microwaves for control of the western dry-wood termite. Forest
Products Journal, 50(5): 79-87.
Milano, S. & L. R. Fontes. 2002. Cupim e Cidade: Implicacoes ecologicas e
controle. SP, Brasil.
Sbeghen, A. C., V. Dalfovo, L. A. Seratini, & N. M. de Barros. 2002. Repellence
and toxicity of basil, citronella, ho-sho and rosemary oils for the control
of
the
termite
Cryptotermes
Sociobiology, 40(3): 585-593.
32
brevis
(Isoptera:
Kalotermitidae).
ANEXO 1
33
FICHA DE CAMPO
Proprietário
Moradia
Contacto Tel.
Classe de
ataque
Classificação
Descrição
0 (A)
Sem ataque
1 (B)
Ataque ligeiro
Ataque perceptivel mas ligeiro,deterioração muito superficial 1mm a
2mm de profundidade em alguns pontos ou pequenas áreas.
2 (C)
Ataque moderado
Ataque moderado revelado sob a forma de àreas determinadas de
vários centimetros quadrados e com 2mm a 5 mm de profundidade,
ou sob a forma de pontos disseminados com uma profundidade
ultrapassando os 5 mm,ou com os dois tipos de ataque.
3 (D)
Ataque Severo
Ataque intenso mostrando uma destruição extensa e profunda (5mm
a 10mm) ou galerias atingindo o centro da estaca ou diferentes
combinações destes dois tipos de ataque.
4 (E)
Destruição
Penetração completa e generalização com destruição total ou quase
total : ataque extremamente severo.
Sem sinais de ataque
Adaptado de EN252 / 1992
34
Observações de locais de infestação
Locais
Classe
de
ataque
Observação
Sotão
Tecto
Roda-pé
Soalho
Portas
Janelas
Armários
Estantes
Mobilias
35
Outros
Utiliza produtos químicos ou outras técnicas de prevenção?
Sim
Não
Quais?
36
ANEXO 2
37
FOLHA DE INQUÉRITO TÉRMITAS - INQUÉRITO N.º _______
Nome:_____________________________________________________
Localização SIG_________________
Morada:____________________________________________________
Contacto: __________________- ______________________
1. Tipo de edifício
Habitação
Estabelecimento
Serviços
2. O que é que está afectado (traves do tecto; soalho; móvel; aros de janela ou porta,
outras)_____________________________________________________
3. Tipo de madeira em presença ___________________
4. Quando foi colocada na casa a madeira que agora apresenta problemas (ano)
_____________
5. De onde veio essa madeira_________________________________________
6. Como se apercebeu deste problema (por si, vizinhos, jornal, etc.)?
____________________
7. Quando detectou este problema (ano/ mês)____________________________
8. Conhece bem as Térmitas?
Sim ______
9. Sabe o que as distingue das formigas ? Sim ______
Não_______
Não_______
10. Se sim, indique o quê?_______________
11. Sabe o que as distingue do caruncho ? Sim ______
Não_______
12. Se sim, indique o quê?________________
13. Sabe se existem meios para combater esta praga? Sim ______
14. Foi tratada
Sim ______
Não_______
Não_______
15. Se sim, indique quais, quando e quantidade______________________
16. Conhece vizinhos ou casas contíguas com problemas?
38
Sim ______ Não_______
17. Se sim, indicar a sua localização e nome ______________________________
18. Acha que existe conhecimento técnico na ilha sobre esta praga?
Sim ______ Não_______
19. Acha que o problema tem grande expansão na cidade?
Sim ______ Não_______
20. Acha que as entidades oficias têm conhecimento deste problema?
Sim ______
21. Na
Não_______
sua
opinião
quem
deveria
lidar
com
este
problema?_______________________
22. Qual deveria ser a sua actuação?_____________________________________
23. Que precauções devem ser tomadas para evitar a propagação desta
praga?__________________________________________________________
24. Quem na sua opinião deve receber e tratar devidamente essa madeira
retirada?_________________________________________________________
25. Que
destino
deve
ter
a
madeira
substituída
casas?_____________________________________________________
Observações:
39
das
O inquiridor:_________________________________________
Duração _______________
Data: __________________
40
ANEXO 3
Report on Termites in the Azores
With emphasis on Cryptotermes brevis and its control
July, 2004
By:
Timothy G. Myles, Ph.D.
Director, Urban Entomology Program,
Centre for Urban and Community Studies
455 Spadina Ave., Suite 400, University of Toronto,
Toronto, Ontario M5S 2G8 CANADA
(416) 978-5755; [email protected]
41
Background
The Azores archipelago, located in the north Atlantic Ocean, is part of Portugal.
The nine islands, located on the mid-Atlantic ridge are all of volcanic origin. The
nearest landfall is Lisbon, located about 1,400 km to the east. The coordinates
are 28-30° West by 37-39° North. Thus, it is approximately on a line drawn
between Washington D.C. and Lisbon. At this latitude, the islands have a mild
climate, averaging 23°C in summer and 13°C in winter, and because of the
moderating effect of the ocean, are frost-free year round. Because of the
extreme isolation of the islands the native flora and fauna are typical of oceanic
archipelagos such as the Hawaiian Islands in being extremely depauperate of
most continental groups of organisms, high in endemisms evolved from ancient
pioneer species (neo-endemics) or actually extinct in mainland (paleoendemics), with high levels of recent introductions, either intentional or
unintentional due to human commerce (70% of vascular plants are exotics)
(Silva and Smith, 2004). Termites, representing the insect order Isoptera, were
one of many groups of organisms, absent from the islands, until recently.
Pellets, shed wings, and wood damage caused by an unknown insect started to
be noticed by some residents in the central section of the city of Angra do
Heroísmo, Terceira Island, about ten years ago. One such resident tried a
number of surface spray applications of a wood preservative (“Xylofene”) but
found this to be ineffective.
Despite ongoing infestation by a number of
residential properties, the situation was not brought to the attention of relevant
authorities until recently. Two years ago insect samples were submitted to staff
of the Universidade dos Açores, Dep. de Ciências Agrárias and were
determined to be dry-wood termites. Samples sent to the Forestry Division in
mainland Portugal resulted in a determination of the species as Cryptotermes
brevis, also known as the West Indies powder-post termite, or furniture termite.
In early 2003, I was contacted by a representative of the local government, Mr.
Marcolino Candeias regarding the “Newly discovered and extensive infestation
of Cryptotermes brevis”. A meeting had been held with the mayor of Angra,
1
other regional government representatives, and entomologists from the
University of the Azores. It was suspected on the basis of verbal reports that at
least two islands, Terceira and S. Miguel were probably affected. Funding was
allocated for the University to conduct a survey that started in February 2004. In
my initial e-mail to Mr. Candias I outlined the general methods of control and
also provided other recommendations.
Subsequently, I was contacted by Dr. David Horta Lopes of the Department of
Ciências Agrárias, to clarify differences in control for dry-wood and
subterranean termite control.
Later I had correspondence with Dr. Paulo Borges who had been selected to be
the entomologist coordinator of the project “Termite Survey of Terceira Island”.
Dr. Borges is working with two other colleagues, Dr. David Horta Lopes and Dr.
Ana Maria A. Simões and two students in this important preliminary survey
supported by the Mayor of Angra do Heroísmo. Dr. Borges’ students, produced
an information brochure that was distributed by the mayor of Angra, and are
now continuing to conduct house inspections to map the area of infestation in
Angra do Heroísmo.
New Records of Three Termite Species on Terceira Island
Dr. Borges sent samples of three termite species to me for identification.
General localities and identities are as follows:
ORDER: ISOPTERA
FAMILY: KALOTERMITIDAE
4) Cryptotermes brevis alates, pseudergates and soldier from buildings in
Angra do Heroísmo.
5) Kalotermes flavicollis alates, pseudergates and soldier from olive orchard
on just west of Angra and near Porto Judeu.
FAMILY: RHINOTERMITIDAE
6) Reticulitermes sp. sample of alates and workers from the US base near
Lajes on Terceira.
2
Dr. Borges is the leading authority on the insects of the Azores and has
compiled an extensive database on insect biodiversity of the Azores based on
published records and collections (e.g. Borges, 1990; 1999; Borges et al., in
prep.). Until recently there had been no published records or collections of
termites from the Azores. The following hypotheses seem to account for these
new termite species records.
Cryptotermes brevis is native to the Caribbean region where it is known from all
the islands of the Greater and Lesser Antilles.
Is also occurs in southern
Florida and coastal regions Mexico, Central America and northern South
America. It has been introduced to Pacific islands including the Galapagos, Fiji,
Hawaii, Marguesas, Midway, New Caledonia, and Easter Island. It is known
from the Atlantic Islands of Ascension, Bermuda. CCanaries, Madeira and St.
Helena. It has also been introduced to the coastal areas of continents including
Australia, China, Madagascar, Cambia, Ghana, Nigeria, Senegal, Sierra Leon,
South Africa, Uganda and Zaire. The species often infests the spars and
decking of wooden boats and may have been widely distributed in the early
days of wooden whaling ships. Modern sailing craft tend to have aluminum
spars and fiberglass hulls. However many boats continue to harbor infestations
in the decking or interior wood furnishings, and visitation by infested craft could
lead to infestation of the islands due to alate flying from boats in harbors to
nearby buildings. Another route of entry is through freight ships, which often
have wood dunnage, which may be infested, or goods packed on wooden
pallets that may be infested (Stanaway, et al, 2001). When the wooden pallets
are off loaded the infestation is brought ashore. The species also infests a wide
range of wood species including hardwoods from which furniture is made,
therefore it frequently infests furniture and is frequently introduced to new
localities in wooden furniture. Cryptotermes brevis is probably the most widely
dispersed termite species in the world and has become a major structural pest
in all places where it has been introduced. The currently known infestations of
Cryptotermes brevis, are only from buildings, in a number of blocks extending
from the harbor, suggesting entry in the port area at least several decades ago,
possibly at the time of the last major earthquake, in 1980 and associated with
3
extensive importation of building materials and rebuilding at that time. However
other parts of the island are also infested (Borges, pers. comm.).
The infestations of Kalotermes flavicollis, in contrast, are not known from
buildings but only from orchard trees in two widely separated areas (at least 10
km apart). The species, therefore, may have been introduced in vineyard or
orchard stock imported from mainland Portugal.
It may actually have been
imported to the islands long ago and may now be fairly widespread but has
evaded detection because it is mainly restricted to introduced woody plants and
attacks mainly dead branches on living trees and is not a significant pest.
However, it can be a minor pest of vineyards and a minor structural pest in
wood with high moisture content (Harris, 1970). Further surveys in orchards
and vineyards on Terceira and other islands would be of interest to clarify the
distribution of this termite. Kalotermes flavicollis is the only European species
of Kalotermitidae. K. dispar Grassé is known from the Canaries Islands, and K.
approximatus is known from the southeastern United States and Bermuda.
Specimens from Terceira were directly compared with specimens of K.
approximatus and did not match. Specimens were compared with illustrations
of K. flavicollis in Krishna (1961) and nearly identical illustrations of K. dispar in
Grassé (1986). On the basis of the slightly greater projection of the left second
marginal tooth of the soldier mandibles, the specimens appear to match K.
flavicollis. Furthermore the yellow pronotum of the dealate queen also matches
the description of K. flavicollis.
Reticulitermes sp. is known only from one or a few buildings on the American
base near Lajes.
Therefore it was presumably introduced from the United
States and treatment of the affected buildings suggests that it is currently under
control. However, further contact with the American military officials should be
made to ascertain the limits of the infestation and to insist that baiting or other
relevant efforts (such as Trap-Treat-Release) be implemented with the objective
of eradication before this termite has a chance to spread and become
established.
4
Observations of Cryptotermes brevis structural infestations
The main focus of concern at the current time is the structural damage being
caused by Cryptotermes brevis. To observe the structural infestations in the
Azores first hand, I made a short, four-day visit to Terceira and Angra do
Heroísmo, (March 28-31, 2004). During my visit Dr. Borges escorted me to a
number of infested buildings including several private residences, government
buildings and offices, a large Catholic seminary and the local museum. In every
case the main site of infestation, or at least the most accessible and visible
damage, was seen in the attic areas of the infested buildings.
Angra do Heroísmo is a very old city, founded in 1430. Buildings in the infested
area are hundreds of years old and built according to the European style of
construction in which the most units are three stories high and each separate
residence shares common dividing walls. Therefore all the buildings of a city
block are essentially joined together as a unitary structure. This situation would
create difficulties and hazards for use of tent fumigation with toxic gases.
The exterior walls and foundation are stone, rubble and solid masonry. The
shared walls between residences are also stone or masonry. The ground floor
is usually not wooden, but in some cases there is a cellar and the ground floor
is wood. Usually the second and third floors (ceilings of the first and second
floors) are supported by heavy wood beams and wood joists with hard wood
flooring. The ceiling is usually made of plaster on wood lath. As well, in some
of the historic buildings there are elaborate hardwood ceilings and/or moldings.
The ceiling of the third floor is also constructed of wood joists which hold the
lath for the ceiling plaster and dorsally are covered with planking, forming the
floor Partitioning walls on all floors above the first floor are made of wood studs
and most walls throughout are finished with plaster on lath finishing rather than
drywall. Window and doorframes are wooden. Frequently second floor windows
open as double doors to a wrought iron balcony and are not screened. Windows
and doors in general are not screened and frequently left open for ventilation,
thus providing easy entry by flying alates.
5
The roof is formed of red terracotta roofing tiles in alternating concave and
convex series. This roofing system is mandated by local bylaws to maintain the
historic appearance of the city. Such roofs do a good job of shedding rainwater
but the tiles do not interlock tightly and hence such a roofing system has many
cracks and gaps, which make it far from airtight.
The tiles themselves are
supported by framework of unfinished wooden beams and rafters. Often the
entire attic area is internally cladded with unfinished softwood lumber. So the
attics, because of their tile roofs with many gaps, afford easy access for termite
entry and because of the abundance of unfinished wood rafters ceiling joists,
flooring, cladding, and ceiling lath offer an abundance of dry wood ideal for
termite infestation. In addition, there is a common local anobiid beetle which
frequently attacks the wood in the attics, though its damage is less severe than
that of the termites, its exit holes provide an abundance of entry holes for
termites, thus further facilitation termite infestation and re-infestation.
The growth rate of kalotermitid colonies is slow. Once the first termite colony
becomes established in an attic it may take 4 or 5 years to reach reproductive
maturity, after which it will start to produce an annual crop of alates which will fly
in the attic and most of which will then re-infest the attic. As the colony grows, to
a population maximum of up to about five thousand, the annual alate output per
colony may be hundreds to a few thousand. Thus, over a period of 10 to 15
years, an attic can become infested with hundreds or thousands of separate
termite colonies, each of which may number up to several thousand termites. In
the earlier stages of such infestation, individual piles of pellets indicate the
location of separate colonies.
This type of situation, with discrete colonies
identifiable by separate piles of pellets was seen in some of the houses and in
the attic of the museum. In more advanced stages, most of the beams are
infested throughout their length and pellets are dropped everywhere so that
distinct separate colonies are not discernable. This heavier stage of infestation
can exist in an attic possibly for a decade or more without seeing much or any
evidence of termites in the lower parts of the house. Eventually infestations can
be expected to move into the lower floors of the house as a few alates find their
way into the house and establish colonies in furniture or wood molding or
flooring. Colonies can also be expected to descend to lower portions of the
6
house as galleries in the wood gradually extend from joists in the attic down
through wall studs of the interior partitioning walls.
In many cases entire city blocks have shared walls so that the entire block is
effectively one structure. Because of the style of construction with shared walls
it would be difficult to separate individual properties with airtight tarps for the
purpose of chemical fumigation. It might be possible to do some buildings and
some small blocks. However, even this is questionable, because the streets are
very narrow and therefore the adjacent blocks are much closer than would
normally be the case in such places as Florida and Los Angeles where
chemical fumigation is commonly practiced, and consequently a greater danger
due to leakage and wafting fumigant during the final aeration process.
To Eradicate or to Manage?
If only a few buildings were infested then an all out effort to eradicate would be
warranted.
However, it is my belief that the situation is too far-gone to
realistically expect that eradication is now achievable, and re-infestation due to
commerce and movement of furniture would be inevitable anyway.
Any
attempt to achieve eradication through a massive publicly funded fumigation
program would probably be unsuccessful in the long run. Such an eradication
program was undertaken in Durban, South Africa when C. brevis was first
discovered in 1918. The programs eventually failed to achieve eradication and
continuous spread of the pest was seen as inevitable (Coaton and Sheasby,
1979). In Queensland, Australia C brevis was first discovered in the 1960s.
Under the Diseases of Timber Act of 1975 it was designated a “notifiable pest”,
meaning that any infestation must be reported to the authorities.
Tent
fumigation was then undertaken and supervised by Department of Forestry with
no cost to the householder (Peters, 1982).
Despite this ongoing publicly
financed program, the pest appears to have become established along the
coast of Queensland. Therefore the more realistic view of the situation is one of
long term management and reckoning with the higher periodic building
maintenance costs and more rapid deterioration of historic structures. In this
7
respect, the Azores has sadly joined company with such other localities as
south Florida, New Orleans, and Hawaii as places where this pest has or
inevitably will become permanently established and requires continuous costly
control measures. Truly, the introduction of C. brevis is a major slowly unfolding
natural disaster whose cost will soon eclipse that of previous sudden disasters
such as earthquakes.
Control Options
First, it is important to make certain critical distinctions about termite control and
then to layout the framework of dry-wood termite control. It is critically important
to understand that from an applied perspective there are basically two types of
pest termites, either dry-wood termites or subterranean termites. The types of
control that are appropriate are entirely different for the two.
Subterranean
termite control usually entails soil termiticide barrier treatments while dry-wood
termite
control
usually
entails
direct
treatment
of
infested
wood,
compartmentalized treatment of areas with infested wood or whole-house
fumigation.
Secondly, there is a tendency to think mainly in terms of remedial control but a
larger vision of the problem, should include preventive control. Preventive
control can be subdivided into 1) regulatory control, 2) inspection measures and
3) construction practices such as caulking and screening aimed at blocking
termite entry points. Remedial control can be either 1) removal and destruction
of infested furniture or isolated structural members 2) direct treatment of known
infested items of furniture or exposed wood work or 3) compartmentalized
treatment of rooms or attic areas that can be more or less closed off and
individually treated or 4) whole-house or whole-structure control or 5) wholeblock control usually by gas fumigation or heat treatment.
8
Regulatory Control and Inspection
New regulations should be legislated and would probably fall under existing
phyto-sanitation and inspection regulations or procedures. Considering the long
settlement of the Azores it is surprising that termite introductions are only now
becoming a problem. As an island archipelago, with substantial shipping traffic,
it is almost inevitable that exotic pests, including several other species of
termites will from time to time be introduced and therefore procedures should be
in place to prevent such introduction.
All dry-wood (Kalotermitidae) and
subterranean termites (Rhinotermitidae) should be listed as prohibited from
introduction and the inspection services should have the power to intercept and
destroy or fumigate at owners cost any imported article found with such
infesting insects. Additional termite species which are especially notorious for
transport and introduction are:
Cryptotermes domensticus, Cryptotermes
dudleyi, Cryptotermes cynocephalus, Coptotermes formosanus, Coptotermes
havilandi, Heterotermes spp. and Reticulitermes spp. (Gay, 1969; Gay and
Watson, 1982; Milano and Fontes, 2002). Inspections must be trained in the
identification of termites and signs of termite infestation including the
appearance
of
termite
damage,
dry-wood
termite
fecal
pellets,
and
subterranean termite shelter tubes.
Prevention of Initial Infestation
The public at large should also be educated about the extreme danger of
importing wooden articles from abroad that may harbor dangerous new
introductions of wood destroying organisms such as wood boring beetles and
termites. In addition people must be made aware of what areas are currently
infested and not to move or take any wooden furniture from such areas and to
be very cautious about bringing any old wooden furniture into their home. In
addition, screening of windows and sealing all cracks and holes which would
provide nesting sites for alates to start colonies, with caulk and paint around
door and window frames is advisable. New wood construction in attics should
be with pressure treated wood. Wood in attics should be treated with wood
9
preservatives, for example, borate compounds such at disodium octaborate
tetrahydrate formulated for with glycol for dry-wood application such as
Boracare should be used to treat unfinished Attics can also be dusted with silica
aero-gel or boric acid to deter alates from successfully initiating new colonies
(Ebeling, 1994b). Such measures are likely to be only partially effective, but
nevertheless should be used.
Prevention of Re-Infestation
The pattern of infestation suggests that infestation usually start from an
introduced item of furniture or from an infestation of the attic. In either case, the
infestation dramatically worsens as the process of re-infestation takes place
following flights of alates from the original infesting colony. Therefore early
detection is important and intensive efforts should be made to eliminate the
initial colony by wood removal and disposal or direct treatments. When
infestations in attics reach the point where this is not possible without complete
replacement of all timbers then efforts should be made to trap alates. This can
be done with a light trap over a bucket of engine coolant. The light will attract
the alates and which will fall into the bucket and drown. Alate flights have been
reported mainly during the evening hours during the months of June and July,
and therefore traps should be operated during these months. Further research
could be conducted by the University of the Azores to improve trapping
efficiency.
Removal and Disposal or Furniture Fumigation
In the initial stages of infestation it is often possible to identify an infested piece
of furniture by the fecal droppings from it. Such items should either be removed
and destroyed or treated in such a way as to positively kill the termites. A
designated place at the municipal landfill should be set aside for such furniture
or other known or suspected termite infested materials to be disposed. Such
items should be either buried or incinerated. If a large amount of such material
10
accumulates it should be buried or incinerated before the season of alate flights
to prevent flight that could lead to local infestations near the landfill. Many items
of infested furniture may be valuable and worth trying to salvage. In this case it
should be possible to treat them in a vault with gas fumigant. Alternatively a
closed container such as an old trucking or shipping container could be used
and would not have to be air-tight if the method of treatment was no2n-toxic
physical controls such as propane heat, CO2 (Delate et al, 1995), or N gas.
Another option would be to find a local cold storage facility where they could be
held at below freezing temperatures for several weeks. Again, research by the
University could lead to a practical method for doing this locally.
Direct Wood Treatment of Limited Infestations in Exposed Timbers
Chemical of physical methods can be used for direct wood treatment. Chemical
treatment can involve sprays or drill and injection. Surface sprays are not likely
to be effective. Injecta by Nisus is a borate product that seems to me to be one
of the best options and also one of the safest for the applicator to use.
www.nisuscorp.com 100 Nisus Dr., Rockford, TN 37853 (800) 264-0870
It has been shown that various essential oils with low toxicity to humans can be
used for dry-wood termite control (Sbeghen et al, 2002). D-limonene an extract
of citrus peels has also recently been tested and registered for dry-wood termite
control, and would appear to offer a relatively safe botanical treatment option.
This is available as a newly registered product called XT-2000 from the San
Diego CA based company Xtermite.
www.X2000.com (Xtermite, San Diego, Calif. 6328 Riverdale St., Ste. A,
San Diego, CA 92120 Toll Free Number (866) 870-8485
Other fast-acting drill and injection systems are available such as Whitmire’s
PT270 (Dursban) pressurized injection system.
11
Physical methods include microwaves, electrocution (Lewis et al, 2000; Lewis
and Haverty, 1996) Spot treatment with a 700 W microwave device for 8
minutes at the infested area.
Etex, Las Vegas, Nevada, markets a
commercially device called the electrogun.
The device emits high voltage
(90,000 V) at low current (ca. 0.5 amp).
www.Etex-ltd.com 3200 Polaris Ave., Suite 9 Las Vegas, NV 89102
(702) 364-5911
Fax (702) 364-8894 Email: [email protected]
Non-Air-Tight Compartmentalized Treatment
of Rooms, Attics or Portions of Structures
Thermal control can be achieved with excessive heat generated and blown into
rooms or attics using specially designed propane convection heater/blowers.
Circulating fans are used inside to maintain and even heating. The lethal
temperature for the termites is about 49°C (120°F). However, to achieve this
inside the wood it is necessary to raise the air temperature to 65°C (150°F) for
about 6 hours (Ebeling, 1994). Some building components can be damaged at
this temperature such as warping of PVC plastic pipes. Companies that have
developed some expertise in thermal control and offer licensing are:
-Isothermics (714) 974-0951 Orange Co., California
-Temp-Air at: www.temp-air.com, Florida
-ThermaPure at www.thermapure.com, Florida
Liquid nitrogen can be used to achieve below freezing temperatures. This
method is mainly used for treating inaccessible wall voids. Holes are drilled into
the plaster or drywall and the liquid nitrogen is poured into the wall voids.
Dosage rates of about 200kg/ m3 (Lewis and Haverty, 1996).
Other methods
which seem to warrant further university research are 1) drill and steam
injection and 2) drill and wrapping of infested boards with solid fumigants such
as those used in moth balls (para-dichlorobenzene, naphthalene or dichlorvos).
Again, a research breakthrough on either of these fronts could greatly simplify
and reduce the cost of control.
12
Air-Tight Whole-Structure or Whole-Block Fumigation
Conventional treatment for heavily infested structures involves tent fumigation
with toxic gases methyl bromide or sulfuryl fluoride (Vikane) (DowElanco). This
method requires the complete enclosure of the structure to be treated with
airtight tarps and a safe distance of the structure away from neighboring
structures. Because of the adjacent construction with shared walls of most of
the infested buildings in the historic district of Angra where the termite
infestation is located, it seems to me that it would be difficult and dangerous and
require exceptionally large tarps to employ this method in the area. Some of
the more isolated buildings however might be treated in this manner. As no
local company has the expertise required for such work, it would be necessary
to contract US companies in Florida for this sort of work.
Summary of Situation
It is reasonable to ask, “Why not simply adopt the methods approved in other
developed countries, such as the US and Australia, where this same termite
species has been introduced?” The answer is that in those countries there
have always been native termite problems, which existed before Cryptotermes
brevis was introduced so that an entire termite control industry, regulatory
government agencies, and pest control companies existed to deal with the
problem. No such existing government or private termite control infrastructure
exists in Portugal or the Azores.
Termite control is more complicated,
potentially dangerous, and with higher liability issues than other types of pest
control. In addition, the primary method of dry-wood termite control, namely,
tent fumigation, would appear to be very difficult, if not impossible, to implement
in some of the most affected areas of the Azores, such as Angra do Heroísmo,
because of the architectural style, shared walls, relatively fragile tile roofs, and
high density of buildings.
under such circumstances.
Tent fumigation would be difficult and hazardous
The alternative methods, which might be used,
have not been tested under the architectural conditions existing in the Azores.
13
Other potentially effective methods, need further testing. Furthermore, obtaining
the chemicals and fumigants might also be difficult commercially but would be
easier under experimental permit approval. Therefore, I believe that it would be
appropriate for the government of Portugal to set up a short term Termite
Research Project for three to five years which would have the objective of
evaluating appropriate control options for the conditions which exist in the
Azores and for coordinating the development and implementation of safe and
effective, government approved, and regulated private sector termite control.
This will require a short period of government sponsorship after which time, the
handling of this problem will be turned over to appropriately trained locally
based private enterprise utilizing methods that will be safe and effective.
Research Questions:
Because of the large number of infested structures, most of which have
infested, accessible, and removable floor and wall boards from the attic, the
situation in Angra provides an exceptional opportunity to conduct research trials
Normally it is fairly difficult to obtain infested boards for such trials, so this is a
rare opportunity to do practical research which could lead to the discovery of
locally appropriate and economical approaches to control. Research would be
mainly in the form of ongoing treatment trials of infested structures and
evaluations of existing structures, supplemented by laboratory studies
•
Rate of wood consumption
•
Rate of pellet production
•
Relationship of pellet dropping to pellet production and population size
•
Evaluate various solid fumigants with and without drilling
•
Efficacy of drilling and high pressure steaming with and without borate
•
Evaluate effect of depressurization with vacuum.
•
Evaluation of various wood treatments with and without drilling for boards
of different dimensions.
•
Evaluation of various alate trap designs.
14
•
Set up vault or container for furniture treatment and to evaluate CO2 N2,
Heat, etc.
•
Set up disposal/incineration site.
•
Eradication of the Reticulitermes infestation using TTR.
Recommendations
1. Designate a place to dispose of infested wood
2. Set up a fumigation vault, heat chamber or cold storage for treatment of
furniture
3. Pass termite legislation which:
a. Prohibits importation of any termite infested wood
b. Empowers inspectors to seize and destroy such wood
c. Or requires owner to pay for cost of fumigation
d. Requires infested homes to be reported and treated
e. Specifies the types of treatment which are approved
f. Requires inspection and clearance at time of sale
4. Commission educational materials in form of book, brochures, museum
exhibits.
5. Set up three to five year “Termite Research Project” to evaluate some
existing and some alternative methods of control and determine which
are most appropriate and effective for Azores conditions of architectural
design.
6. During three year period participation in project trials is on voluntary
basis, 50% paid from grant, with no warrantee of efficacy
7. After three years, selected methods and products are submitted for
approval in Portugal for termite control (approval process may take 1-2
years)
8. Commercial pest control companies must obtain training and license
from the government and must have relevant insurance coverage. .
9. Project will do lab and structure trials on about 50 properties per year,
produce annual reports, publish results of research, collaborate in
development
of
educational
materials,
15
coordinate
with
relevant
government agencies obtaining appropriate permits and developing
training and licensing materials.
Funding Estimates
The cost of the research would be partially defrayed by homeowner
contributions to control trials in homes. A cost sharing scheme might be worked
out in which the local government would pay half the cost and the homeowner
the other half with the understanding that the work is being done as an
experimental trial with no immediate guarantee of control. If funding can be
secured, I would be willing to devote 50% of my time to such a project over the
next three years.
This would allow for the determination of appropriate local
control methods and transfer in 3 to 5 years of the problem to appropriately
trained personnel and establishment of the private sector businesses.
Termite Research Project funding estimates:
o 2 MSc projects @$20,000 = $40,000
o Project Supervisor $50,000 + $10 K travel & lodging expenses
o Equipment and Supplies $25K
o University administration overhead $15K
o Up to $50K/year allocated one to one matching funds grants to
property owners who participate in control trials. Up to
$1000/property owners
o Designate lab and office space at University
Total:
$140,000/yr X 3 years with $50,000 per year recovered from
homeowners.
Thus the cost to government would be about $90,000/yr X 3 years =
$270,000.
16
References
Borges, P. A. V. 1990. A checklist of Coleoptera from the Azores with some
systematic and biogeographic comments. Boletim do Museu Municipal
do Funchal. 42 (220): 87-136.
Borges, P. A. V. 1999. A list of arthropod species of sown and semi-natural
pastures of three Azorean islands (S. Maria, Terceira and Pico) with
some conservation remarks. Açoreana, 9(1): 13-34.
Borges, P.A.V., R. Cunha, R. Gabriel, A. F. Martins, A. F., Silva, and V. Vieira.
(eds.) (in prep.). A list of the terrestrial fauna (Gastropoda and
Arthropoda) and flora from the Azores.
Coaton, W. G. H. and J. L. Sheasby. 1979. National survey of the Isoptera of
southern Africa. 17: The genus Cryptotermes Banks (Kalotermitidae).
Entomology Memoir No. 52. Dept. of Agricultural Technical Services,
Republic of South Africa.
Delate, K. M., J. K. Grace, J. W. Armstrong, and C. H. M. Tome. 1995. Carbon
dioxide as a potential fumigant for termite control. Pesticide Science. 44:
357-361.
Ebeling, W. 1994a. The thermal pest eradication system for structural pest
control. IPM Practitioner. 16(2): 1-10.
Ebeling, W. 1994b. Heat and silica aerogel are synergistic. IPM Practitioner
16(2): 11.
17
Gay, F. J. 1969. Species introduced by man. Pp. 459-494. In: K. Krishna and F.
M. Weesner (eds.) Biology of Termites. Vol. 1. Academic Press, New
York.
Gay, F. J. and J. A. L. Watson. 1982. The genus Cryptotermes in Australia
(Isoptera: Kalotermitidae). Australian Jounal of Zoology, Supplementary
Series No. 88: 1-64.
Grassé, P.-P. 1986. Termitologia, Vol. 3. Masson, Paris.
Harris, W. V. 1970. Termites of the palearctic region. Pp. 295-313. In: K.
Krishna and F. M. Weesner (eds.) Biology of Termites. Vol. 2. Academic
Press. New York.
Lewis, V. R. and M. I. Haverty. 1996. Evaluation of six techniques for control of
the western dry-wood termite (Isoptera: Kalotermitidae) in structures. J.
Econ. Entomol. 89(4): 922-934.
Lewis, V. R., A. B. Power, and M. I. Haverty. 2000. Laboratory evaluation of
microwaves for control of the western dry-wood termite. Forest Products
Journal 50(5): 79-87.
Lewis,V. R. and M. I. Haverty. 2001. Lethal effects of electrical shock
treatments to the western dry-wood termite (Isoptera: Kalotermitidaea)
and resulting damage to wooden test boards. Sociobiology 37(1): 163183.
Krishna, K. 1961. A generic revision and phylogenetic study of the family
Kalotermitidae (Isotpera). Bull. Am. Mus. Nat. Hist. 122 (4): 303-408.
Milano, S. and L. R. Fontes. 2002. Cupim e Cidade: Implicacoes ecologicas e
controle. SP, Brasil.
18
Peters, B. C. 1982. Dry-wood termites in Queensland (Advisory Leaflet) No. 18.
Department of Forestry, Queensland, Australia.
Sbeghen, A. C., V. Dalfovo, L. A. Seratini, and N. M. de Barros. 2002.
Repellence and toxicity of basil, citronella, ho-sho and rosemary oils for
the control of the termite Cryptotermes brevis (Isoptera: Kalotermitidae).
Sociobiology 40(3): 585-593.
Scheffrahn, R. H., N.-Y. Su, J. Krecek, A. V. Liempt, B. Maharajh and G. S.
Wheeler. 1998. Prevention of colony foundation by Cryptotermes brevis
and remedial control of dry-wood termites (Isoptera: Kalotermitidae) with
selected chemical treatments. J. Econ. Entomol. 91(6): 1387-1396.
Silva, L. and C. W. Smith. (2004). A characterization of the non-indigenous flora
of the Azores Archipelago. Biological Invasions, 6: 193-204.
Su, N.Y. and R. H. Scheffrahn. 1986. Methods for testing fumigant efficacies
against termites. Doc. No: IRG/WP/1297.
Stanaway, M. A., M. P. Zalucki, P. S. Gillespie, C. M. Rodriguez and G. V.
Maynard. 2001. Pest risk assessment of insects in sea cargo containers.
Australian Journal of Entomology 40: 180-192.
19
Final Report submitted: ________________
Signed: _________________
Timothy G. Myles
20