Brazil-Windpower-201.. - Associação Brasileira de Energia Eólica
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Brazil-Windpower-201.. - Associação Brasileira de Energia Eólica
Jornal oficial produzido pEla RECHARGE www.rechargebrasil.com Edição 1 | 4 de Setembro de 2013 Lobão: 2GW por ano é conservador Foto | Rogério Resende Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, diz que expansão anual eólica no Brasil pode ser acima de 2GW MILTON LEAL O governo brasileiro pretende contratar 2GW de energia eólica anualmente até 2020, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante a abertura do Brazil Windpower 2013, na noite passada. Logo após o discurso, quando estava rodeado por jornalistas, o ministro respondeu à Recharge que a estimativa de 2GW por ano é “conservadora” e que “pode ser mais”. O chefe do governo brasileiro na área energética estima que até o final do horizonte de 2020, cerca de R$50 bilhões serão investidos na fonte, que ele classifica como a que mais cresce no Brasil. “Vamos dobrar a capacidade eólica muito rapidamente,” afirmou o ministro, referindo-se aos 6,7GW de usinas já contratadas que serão instaladas até 2017, envolvendo investimentos da ordem de R$15 bilhões. “Tenho a consciência de que vamos avançar cada vez mais. Fazendo com que os geradores se espalhem por esse País. O Brasil está no caminho certo,” disse Lobão. Lauro Fiúza, fundador e vice-presidente da ABEEólica, classificou o ministro como RECHARGE Visite-nos no stand 217 Visit us at stand 217 O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, discursa na abertura do Brazil Windpower “um soldado do vento”. “Ele cumpriu o que prometeu e está cumprindo muito mais. Nosso plano era ter 10GW em 2025 e nós vamos alcançar 10GW em 2017,” resumiu Fiúza. Considerado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) como o responsável pelo pontapé inicial da fase competitiva da energia eólica no Brasil, Edison Lobão foi agraciado com uma homenagem prestada pela presidente-executiva da entidade, Elbia Melo. “Os últimos três anos apresentaram resultados fantásticos,” disse Melo. “O setor eólico é um setor de grandes números.” Lobão: 2GW a year is conservative T he Brazilian government intends to contract 2GW of wind power annually until 2020, energy and mines minister Edison Lobão told Brazil Windpower 2013 last night. After his speech at the conference opening, Lobão told Recharge that the 2GW per year estimate is “conservative”and that the amount “could be more”. The minister said that until 2020, about R$50bn ($21.2bn) will be invested in wind power, which he described as Brazil’s fastest-growing energy source. “We are going to double the capacity of wind power rapidly,” said the minister, referring to the 6.7GW of wind plants contracted that will be installed through to 2017, involving investments of R$15bn. “I am conscious that we are going to advance more and more, and see wind turbines spread across this country,” said Lobão. “Brazil is on the right path.” Lauro Fiúza, founder and vice-presdent of wind industry association ABEEólica, called the minister a “soldier for wind power”. “He has delivered on what he promised and is delivering much more,” he said. “Our plan was to have 10GW in 2025 and we are going to reach 10GW in 2017.” Considered by ABEEólica to be responsible for the initial creation of a competitive wind sector in Brazil, Lobão received praise from the organisation’s executive president, Elbia Melo. “The last three years have seen fantastic results,” she said. “The wind sector is generating big numbers.” 2 rechargenews.com Foto | Christoph Bangert Steve Sawyer, secretário-geral do Global Wind Energy Council Sawyer: turbine firms here for the long haul M Fabricantes cumprirão regras de conteúdo local BEN BACKWELL “Interferir nas etapas do programa de nacionalização dos componentes não ajuda Além disso, a política brasileira de nacionalização de equipamentos pode enfrentar algum tipo de problema com a Organização Mundial do Comércio (OMC), apesar de que o governo pode perceber ter atingido o objetivo e desistir das regras antes que isso aconteça. “Isso não é uma política do governo nacional, é uma política do BNDES, mas este é um banco do governo e as possibilidades de arranjar financiamento independente do BNDES são muito limitadas”, diz Sawyer, que prevê, contudo, que “ninguém irá desafiar as regras neste momento”. Sawyer atribui o primeiro ano de operação das usinas eólicas, que atingiram um fator de capacidade de 54%, ao “extraordinário e singular” recurso eólico brasileiro e diz que a fonte está em uma posição interessante para se tornar a segunda fonte de geração depois da hidreletricidade. Contudo, o setor enfrenta um número de desafios de curto e médio prazos. Um dos mais importantes desafios são as restrições de conexão ao grid, que já trouxeram limitações ao número de projetos que podem competir nos leilões. Sawyer espera que o plano do presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, de leiloar 6GW de capacidade de linhas de transmissão no final deste ano “possa ajudar bastante”. Em um sentido geral, Sawyer diz que as críticas de outras fontes estão crescendo. “A potencial nebulosidade é a mesma que nós estamos vendo na Europa. Por anos, a eólica foi criticada por ser muito cara, e agora está sendo criticada por ser muito barata”, afirma. Ele acredita que “as outras fontes não se preocupavam com a energia eólica até que ela começou a incomodar os negócios deles, mas agora eles estão percebendo que ela está afetando os negócios deles”. Ele diz que este tipo de crítica é a real razão pela qual a eólica foi excluída do último leilão A-5, realizado em agosto. “Tem essa história de estabilidade do sistema, mas eu não compro essa história”. Outro importante fator é se a economia brasileira vai continuar crescendo e por conseguinte a demanda por eletricidade. Qualquer retração no crescimento econômico poderia culminar com “uma quebra de expectativas” no florescente setor eólico nacional, ele availa. Further on, Brazil’s policy might attract a challenge at the World Trade Organization, although the government may decide it has achieved what it wanted and decide to unwind it before this happens. “This is not a national government policy, it is a policy of the BNDES, but that is a government bank and the possibilities of arranging finance independently of the BNDES [are] very limited,” says Sawyer. However, he adds: “Nobody will challenge it right now.” Brazil’s “extraordinary and unique” wind resources — Sawyer points out that first-year operating data bears out average capacity factor estimates of 54% — mean the sector is in a strong position to become the country’s second generation source after hydropower. However, the sector faces a number of challenges in the short and medium terms. One of the most important is grid constraints, which have already led to limitations in the type and number of projects that can compete in tenders. Sawyer hopes that plans by the energy planning agency to tender for up to 6GW of transmission lines by the end of the year “will help a lot”. In a more general sense, Sawyer says he can see evidence that “push-back” from incumbent energy players is growing. “The potential cloud is the same as what we are seeing in Europe. For years, wind was criticised as too expensive, and now it is being criticised for being too cheap,” he says. “The big incumbents don’t mind some wind power, as long as it doesn’t affect their business, but now they are seeing that it is affecting their business.” This kind of attitude, he maintains, is the real reason that wind was excluded from the recent A-5 tender. “There is all this talk about system stability, but I don’t buy it.” The other big factor is whether Brazil’s economy will continue to grow, and along with it, electricity demand. Any major slowdown in economic growth could lead to “all bets being off” for the burgeoning wind sector, Sawyer points out. Wobben has already met BNDES localcontent criteria Photograph | Wobben A maioria dos fabricantes estrangeiros de turbinas que se instalou no mercado eólico brasileiro nos último anos vão tentar seguir à risca as regras de conteúdo local existentes, diz o secretário-geral do Global Wind Energy Council (GWEC), Steve Sawyer. “Eu acho que eles vão fazer de tudo para dar certo, mesmo se o montante de energia leiloada ficar perto de 2GW ou 2.5GW por ano”, diz Sawyer, acrescentando que fabricantes como a Wobben, Impsa, Gamesa, Alstom e GE já conseguiram atender os critérios do BNDES, enquanto outros como a Vestas estão perto de o fazer. Ainda há dúvidas no ar se outras empresas, como a indiana Suzlon e a alemã Siemens estão dispostas a fazerem os investimentos necessários para atenderem as regras. Enquanto as novas regras tiveram algum sucesso em criar capacidade de produção local, elas também estão criando alguns desafios para o mercado brasileiro. Sawyer estima que os preços das turbinas subiram até 25% no último leilão de energia eólica, realizado em agosto, quando comparado com o último leilão, o que torna a fonte menos competitiva. Contudo, ele salienta que o preço médio do leilão de R$110 ($48) per MWh ainda é “muito barato”. “Os R$87/MWh [do leilão de 2012] foram ridículos, a questão agora é se os R$110/MWh ou algo em torno disso passará a ser o preço normal.” Em termos gerais, Sawyer afirma que regras de conteúdo local “são uma coisa boa”. Contudo, ele acrescenta que as últimas regras do BNDES vão aumentar os custos das máquinas e criar alguns gargalos e uma espécie de cartel na cadeia de suprimento. “Interferir nas etapas do programa de nacionalização dos componentes não ajuda, mas o setor pode viver com isso. O importante é ser transparante e não fazer mais mudanças”. As regras também exarcebaram o problema da sobrecapacidade no mercado eólico global, com companhias como a GE, por exemplo, construindo uma nova fábrica no Brasil mesmo tendo muita capacidade nos Estados Unidos também. ost of the international turbine manufacturers that have moved into Brazil’s wind market in recent years will try to stay the course and comply with new localcontent rules, says Steve Sawyer. “I think they will all try to make it work, even if the amount tendered is closer to 2GW or 2.5GW per year,” says the Global Wind Energy Council secretary-general. Sawyer notes that Wobben, Impsa, Gamesa, Alstom and GE have already met the domesticcontent criteria for preferential funding from the national development bank, BNDES, and other manufacturers, including Vestas, are close to doing so. There is doubt as to whether some other companies, such as India’s Suzlon and Germany’s Siemens, are willing to make the investments needed to meet the rules. Although the rules have been successful in creating local manufacturing capacity, they are creating challenges for Brazil’s wind sector. Sawyer estimates that turbine prices increased by up to 25% in the wind tender in August, compared with the previous auction, making wind less competitive. However, he points out that average prices of around R$110 ($48) per MWh are still “very cheap”. “The R$87/MWh level was ridiculous; the question is whether R$110/MWh or thereabouts is going to be the new normal.” In general terms, Sawyer describes local content as “a good thing”. However, he adds that the latest local-content rules for specific components are bound to drive up costs, creating the possibility of bottlenecks and price fixing in the supply chain. “Interference at the level of components is unhelpful, but the sector can live with it,” he says. “The important thing is for it to be transparent, and not to make any more changes.” The rules also exacerbate the overcapacity in the global turbine market, with GE, for example, building new capacity in Brazil when it already has too much capacity in the US. Pretende obter o máximo rendimento do seu investimento em energia eólica? Para a maioria dos países da América Latina as últimas décadas estiveram marcadas por um crescimento constante e por uma ampla transformação da sociedade. Este processo originou modificações nas infraestruturas, bem como um aumento do consumo energético. O Brasil não é exceção. Esse rápido e crescente desenvolvimento requer uma maior segurança no abastecimento de energia, contrabalançando ao mesmo tempo o aumento do custo da energia e das emissões de CO2. Neste contexto, a energia eólica representa a escolha que permite dar resposta à crescente procura de energia, sem aumento das emissões de carbono, com um preço estável e previsível a longo prazo. Com mais de 57 GW de capacidade instalada em todo o mundo e mais de 62 por cento de capacidade instalada face ao seu concorrente mais próximo, a Vestas é a líder mundial em energia eólica. Desde 1979, a Vestas tem-se empenhado em assumir o ciclo completo da vida do produto, trabalhando sempre para oferecer novas soluções para otimizar as nossas unidades geradoras de energia eólica: desde a concepção de novas variantes de plataforma, disponibilizando inclusive pacotes de serviços, à otimização de soluções de previsão de fornecimento de energia. Aproveitar o vasto conhecimento da Vestas significa garantir uma produção de energia confiável, um custo financeiro mais baixo e um fluxo de caixa adicional positivo aos nossos clientes. 4 rechargenews.com Leilão de eólicas marca nova fase da indústria MILTON LEAL A história da energia eólica no Brasil ganhou um novo capítulo depois que o leilão exclusivo de energia eólica contratou 1,5GW em novos empreendimentos no mês passado a um preço médio de R$110 por MWh. Desta vez, apesar da participação minoritária nos consórcios, as empresas estatais federais Chesf e Furnas entraram com muita força e juntas viabilizaram a contratação de quase 650MW de usinas, ou 43% de todo leilão. Além disso, a forte competição ao redor daquela que pode ser considerada uma das melhores regiões de vento do Brasil, o Sudoeste da Bahia, provou que a competitividade eólica em relação a outras fontes de energia disponíveis no País continua intacta. O preço médio negociado naquela área foi de R$106,1/MWh. Com um lance médio de R$101,2/MWh, a italiana Enel, que atua na mesma região, mos- trou ainda que pode ser possível construir usinas eólicas com tarifas semelhantes àquelas negociadas nos leilões de 2010 e 2011. Naquela época, os fatores que hoje impactam para cima o preço da eólica estavam fora da mesa, como as restrições nas subestações, a Mathias Becker forte desvalorização do real ante ao dólar, a utilização do fator P90 de previsibilidade de geração da fonte, além das regras mais estritas de conteúdo local para os fabricantes de aerogeradores, que chegaram a encarecer as máquinas em até 20%, segundo fontes da indústria. Contudo, a esmagadora maioria da indústria não acredita que um valor ao redor dos R$100/MWh possa proporcionar sustentabilidade à cadeia como um todo. A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Melo, classificou os projetos em Pernambuco da maior vencedora do leilão, a desenvolvedora Casa dos Ventos, que bidou a R$116 por MWh, como o referencial correto de preços para a fonte atualmente. Nas regiões onde não houve muita competição durante o lance único de acesso ao grid – uma das peculiaridades do último leilão –, o preço médio ficou em R$113,09, sendo que 20 projetos deram lances praticamente acima dos R$115 por MWh. Diferentemente dos últimos leilões, quando a diferença de preços entre os projetos não chegou a ultrapassar R$3 por MWh, no último certame o hiato entre o projeto mais barato e o mais caro beirou os R$18/MWh, devido à questão da disputa pelo espaço de conexão nas subestações. “Para quem tinha competição na conexão, não havia outra opção a não ser baixar o preço até o mínimo possível logo na partida. Foi isso que fizemos”, diz Mathias Becker, CEO da Renova Energia, empresa presente na Bahia. “Não havia outra opção a não ser baixar o preço até o mínimo possível De qualquer forma, toda a indústria comemorou bastante o resultado do último leilão de energia eólica, que pode ter aberto o caminho para que 2013 seja o ano de maior contratação da fonte, caso o sucesso se repita nos leilões A-3 e A-5, que serão realizados no último trimestre deste ano. Chesf A estatal Chesf, controlada pela Eletrobras, vai contar com turbinas eólicas de três fornecedores diferentes para os projetos que ela ajudou a viabilizar no leilão de reserva. Para o complexo eólico de 210MW, que será construído no estado do Piauí, em parceria com a desenvolvedora de projetos Casa dos Ventos e a utility Contour Global, a companhia escolheu a americana GE. Para a usina de 102MW, na Bahia, em parceria com a Sequóia Energia e a Casa Forte Investimentos, as máquinas escolhidas são da Gamesa. Também na Bahia, em parceria com a Brennand Energia, a empresa construirá uma usina de 89.1MW com turbinas da Wobben, subsidiária da companhia alemã Enercon. Casa dos Ventos Os 210MW que a Casa dos Ventos venceu no consórcio formado com a Chesf e a Contour Global fazem parte de um complexo ainda maior, de 420MW. A Recharge apurou que durante a fase de lances do leilão de energia eólica, a Chesf desistiu de participar da totalidade do projeto (veja o painel) e ficou apenas em metade dos empreendimentos. A Casa dos Ventos optou pela Gamesa Foto | Renova Energia Players escolhem fabricantes para o fornecimento dos outros 210MW. Assim, o complexo, no Estado do Piauí, deverá ter turbinas da companhia espanhola e também da GE. Para o projeto em Pernambuco, de 191,7MW, vencido apenas pela Casa dos Ventos, a empresa diz que ainda está em negociações para a aquisição das máquinas. Contudo, a turbina registrada para a disputa do leilão era da Alstom. Renova Energia Como era de se esperar, a Renova Energia construirá os 159MW vencidos no último leilão utilizando máquinas da francesa Alstom. As duas empresas fecharam um enorme contrato de suprimento de 1.2GW de turbinas no início deste ano. Por enquanto, pouco mais da metade deste acordo já foi transformado em ordens firmes. Enerfin A espanhola Enerfin, que venceu o único projeto viabilizado na região sul do País, uma planta de 80.5MW, continuará contratando máquinas da Wobben, assim como o fez em todos os projetos que já venceu no Brasil, um total de 450MW de usinas viabilizadas desde a época do Proinfa. CONTINUA: Página 6 Obras do complexo eólico Alto Sertão, da Renova, na Bahia Vencedores Winners MW Casa dos Ventos Chesf Renova Energia FIP Caixa Milão Furnas Enel Enerfin Contour Global CER (ex-EPP) Rio Energy Brennand Casa Forte Sequóia Energia 433.2 196.53 159 125.05 120.14 89.7 80.5 75.6 68 60 45.44 26.52 25.5 Empreendedor/Consórcio Entreprenuer/Consortia UF | MW State | MW Preço de venda (R$/MWh) Bid price (R$/MWh) Enel Green Power CER Chesf (49%)/Casa Forte (26%)/ Sequóia (25%) Renova Energia Chesf (49%)/Contour Global (36%)/ Casa dos Ventos (15%) Casa dos Ventos FIP Caixa Milão (51%)/Furnas (49%) Enerfin Brennand (51%)/Chesf (49%) FIP Caixa Milão (51%)/ Furnas (49%) Casa dos Ventos Rio Energy Bahia | 89.7 Bahia | 68 Bahia | 102 101.2 102.78 105.95 Bahia | 159 Piauí | 210 106.5 109.97 Piauí | 210 Rio Grande do Norte | 132 Rio Grande do Sul | 80.5 Bahia | 89.1 Ceará | 113.2 Pernambuco | 191.7 Bahia | 60 109.97 111.82 114.9 115.8 115.9 116 116.29 THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 5 Foto | Octavio Nogueira Wind auction marks new phase for sector T Turbinas na usina de Taíba, no Ceará he history of wind energy in Brazil entered a new phase after the exclusive wind auction on 23 August contracted 1.5GW at an average price of R$110 ($47) per MWh. In contrast to previous auctions, state companies Chesf and Furnas won big, allowing the consortia in which they participated to gain contracts for 650MW, or 43% of the total. On top of this, the fierce competition around one of Brazil’s best wind regions, the southwest of Bahia state, proved that wind’s competitiveness with other energy sources remains intact. The average price negotiated for projects in the region was R$106.10/MWh. With an average bid of R$101.2/ MWh, Italy’s Enel showed that it is still possible to construct wind plants with tariffs similar to those negotiated in the auctions of 2010 and 2011. This is despite several additional factors pushing up wind prices, such as restrictions on substation capacity, the fall in the real against the US dollar, the use of the P90 factor for wind-power predictability, as well as stricter local-content rules, which increase turbine prices by up to 25%. In this new context, the vast majority of industry participants do not believe that a price of R$100/MWh is sustainable. Elbia Melo, executive president of industry association ABEEólica, considers that the R$116/MWh bid for projects in Pernambuco by the biggest winner in the auction, Casa dos Ventos, is the correct reference price for wind power at present. In previous auctions, the difference between the lowest and highest successful bids was less than R$3/MWh. The gap this time was R$18/MWh, due to competition — or not — for access to substation connections. “For those who had to compete for the connection, there was no other option than to lower the price as much as possible. This is what we did,” says Mathias Becker, president of Renova Energia, which won 159MW in Bahia. The recent auction may have paved the way for 2013 to be a record year in contracted wind power, if its success is repeated at the A-3 and A-5 auctions in November and December. 6 rechargenews.com INÍCIO: Página 4 Furnas Os dois complexos eólicos vencidos por Furnas, em parceria com o FIP Caixa Milão, ainda estão sob negociação no que diz respeito ao contrato de fornecimento de turbinas, segundo informou a assessoria de imprensa da companhia. Contudo, a Recharge apurou que a turbina cadastrada pela empresa para a disputa do leilão foi a da argentina Impsa. Entretanto, isso não impede a geradora de trocar de fornecedor. CER Em sua primeira aparição no mercado eólico brasileiro, a Companhia de Energias Renováveis (CER), antiga EPP, conseguiu vender 68MW no leilão de reserva. A empresa optou pelo fornecimento de máquinas da espanhola Gamesa, segundo o diretor-presidente da companhia, Marcelo Bruzzi. Enel A utility italiana Enel Green Power, que vendeu 89.7MW no certame, optou pelas turbinas da Gamesa. Rio Energy A Rio Energy, que tem por Chesf desiste de projeto no leilão Para os mais atentos, algo estranho ficou no ar após o fim do leilão de energia eólica, quando a Chesf publicou um comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmando ter participado minoritariamente da viabilização de um conjunto de 611MW de projetos eólicos. Pouco depois, em seu website, a companhia publicou outro comunicado afirmando que sua participação na licitação se resumia a 401MW de usinas eólicas. De acordo com o superintendente de engenharia e construção da Chesf, Rui Barbosa, durante o leilão, literalmente enquanto o consórcio — formado em parceria com a Casa dos Ventos e a utility Contour trás o fundo de private equity americano Denham, pode ser considerada a empresa que obteve o melhor resultado no leilão, já que o bid de R$116,29/ MWh para um complexo de 60MW foi o maior do leilão. Global — inseria os lances da disputa no sistema, a estatal decidiu reduzir sua participação pela metade no complexo de 420MW, localizado no Piauí. Segundo Barbosa, discordâncias comerciais motivaram a decisão. Ainda não está claro se a Contour Global também desistiu de metade do complexo. Na prática, a Chesf só poderá sair da sociedade de propósito específico que formou o consórcio, após a assinatura dos contratos de compra de energia, o que ainda deve levar algumas semanas. E segundo Barbosa, até que isso aconteça, o caso pode sofrer uma reviravolta, já que as negociações podem ser reabertas. Porém, segundo Marcos Meireles, principal executivo da empresa, o contrato de fornecimento ainda está segundo negociado. Alstom, GE e Gamesa estão no páreo para o fornecimento, com a Acciona correndo por fora. The winners’ choice of turbines Chesf Eletrobras-controlled Chesf will use turbines from three different suppliers for the projects it won in the reserve auction. For the 210MW project that it will build in Piauí with developers Casa dos Ventos and Contour Global, the company chose GE. For the 102MW plant it will construct in Bahia with Sequóia Energia and Casa Forte Investimentos, it chose Gamesa. And for another 89.1MW plant it will construct in Bahia, it chose Enercon subsidiary Wobben. Casa dos Ventos The 210MW that Casa dos Ventos won with Chesf and Contour Global is part of a larger 420MW complex. Recharge has learned that during the bid phase of the auction, Chesf decided not to participate in the whole project and stay in for just 50%. Casa dos Ventos chose to work with Gamesa for the other 210MW, meaning that the complex in Piauí will be made up of Gamesa and GE turbines. For the project that it won on its own, a 191.7MW wind farm in Pernambuco, the company says it is still in negotiations for the turbine purchase contract. However, the company it registered to take part in the auction was Alstom. Renova Energia As expected, Renova Energia will use Alstom turbines for the 159MW it won, after the two companies signed an enormous 1.2GW supply contract at the start of this year. Just over half of the megawatts foreseen under the agreement have been transformed into firm contracts. Enerfin Spanish developer Enerfin, which won the only project in the South, an 80.5MW plant in Rio Grande do Sul, will continue to use Wobben turbines, as it has in all its Brazilian projects, a total of 450MW. Furnas The turbine contracts for two wind complexes won by Furnas, in partnership with investment fund Caixa Milão, are still being negotiated. Recharge has learned that it registered for the auction with Argentine turbine maker Impsa. CER In its first entry into Brazil’s wind market, Companhia de Energias Renováveis (CER), formerly EPP, managed to win 68MW. The company has opted for Gamesa as its turbine supplier, according to CER director-president Marcelo Bruzzi. Enel Green Power Italian renewables giant Enel Green Power, which won 89.7MW, has also opted for Gamesa turbines. Rio Energy Rio Energy, which is owned by US private equity Denham, can be considered the company that had the best result in the tender, as its successful bid of R$116.29 (about $49) per MWh for 60MW was the highest in the auction. However, according to chief executive Marcos Meireles, the turbine contract for the project is still being negotiated. Alstom, GE and Gamesa are in the running, with Acciona also in with a chance. Chesf’s strange messages For those watching the auction closely, something strange was in the air when Chesf published a stock market communiqué saying it had participated as a minority partner in a total of 611MW of wind projects. Shortly afterwards, on its website, the company published another announcement saying that its participation in the auction was 401MW of wind plants. According to Chesf superintendent for engineering and construction Rui Barbosa, during the auction — literally at the moment when the consortium made up of Chesf, Casa dos Ventos and Contour Global was entering the bids into the system — the stateowned company decided to reduce its participation in a 420MW complex in Piauí by half. According to Barbosa, commercial differences between the partners were behind the decision. It is still not clear if Contour Global also decided to pull out from half of the complex. In practice, Chesf can only leave the special-purpose company that the consortium formed for the project after the signing of the energypurchase contracts, which will take a few weeks. O que esperar MILTON LEAL O cenário para a energia eólica em 2013 está bastante animador. Caso o governo não mude as regras que hoje “parecem” estar estabelecidas para os leilões A-3 e A-5, a indústria eólica poderá ultrapassar o recorde do ano de 2011, que contratou 2,7GW. A estimativa de uma fonte do alto escalão do Ministério de Minas e Energia (MME) aponta para a necessidade de contratação de mais cerca de 2,5GW em 2013, mesmo após a viabilização de 1,5GW de eólicas no leilão de reserva e de 1,2GW de usinas hidrelétricas e plantas a biomassa no primeiro leilão A-5, ambos realizados no mês passado. Quanto desta necessidade remanescente pode ficar com a indústria eólica? Este é um quebra-cabeça cheio de variáveis, mas alguns palpites podem ser esboçados. O desejo do governo é de que boa parte desta contratação remanescente de energia seja preenchida por usinas termelétricas. Contudo, como ficou provado no primeiro leilão A-5, apesar de todos os benefícios que as plantas a carvão receberam, a participação delas foi nula. Os representantes da fonte alegaram que o preço-teto de R$140/ MWh foi irrealista e pediram um reajuste para R$170/MWh para o segundo leilão A-5 deste ano, que será realizado em dezembro. Não sei como o governo conseguiria justificar para a sociedade brasileira a contratação de uma fonte 55% mais cara que o preço médio do último leilão de reserva, que foi de R$110/MWh. Portanto, se mantido este cenário, as chances de que as usinas térmicas não vendam nada no próximo A-5 parecem ser altas. Devido ao resultado do leilão de eólicas ter sido considerado muito bom pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a eólica foi readmitida no segundo leilão A-5. Apesar da justificativa de Lobão fazer algum sentido, na verdade o que se comenta nos bastidores é que sem a energia eólica, a demanda total das distribuidoras não seria atendida nos leilões deste ano. Assim, resta saber quantas licenças ambientais o governo conseguirá para as hidrelétricas que ele pretende incluir no A-5. O sonho do governo é de que cerca de THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 7 Foto | Folhapress Analysis: what to expect from the next auctions T Edison Lobão dos próximos leilões 1,2GW de hidrelétricas disputem o certame, o que reduziria muito a participação da eólica. Porém, hoje, somente uma usina de 145MW possui licença. A usina de São Manoel (700MW), por exemplo, a maior entre elas, é alvo de um imbróglio judicial. Assim, para o leilão A-5, a chance de vermos um predomínio eólico é real. No caso do leilão A-3, que acontecerá em novembro, as chances são ainda maiores, pois a disputa será feita entre todas as fontes e a eólica é de longe a mais barata de todas. O curioso, entretanto, é que muitos empreendedores eólicos que estavam focando esforços no certame A-3 agora vão refazer as contas para disputar o A-5, já que existe a possibilidade de antecipar a produção de energia dos parques e vendê-la no atrativo mercado livre. Assim, é possível que a indústria veja um leilão A-3 com menos con- tratação eólica do que haveria caso a fonte não entrasse no A-5. Sobre os preços, o leilão A-5 poderá trazer lances muito agressivos devido à antecipação da energia, enquanto que o A-3, devido à redução na competição, poderá observar preços iguais ou maiores que aqueles do último leilão de reserva. De qualquer forma, 2013 tem tudo para ser o melhor ano da energia eólica no Brasil. he scenario for wind energy in 2013 is encouraging. As long as the government does not change the rules that seem to have been established for the A-3 and A-5 auctions later this year, the wind sector could surpass the record 2.7GW contracted in 2011. A well-placed source in the Ministry of Mines and Energy estimates that a further 2.5GW of energy will need to be contracted in 2013, even after the 1.5GW that was awarded for wind projects in the reserve auction, and the 1.2GW of hydropower and biomass projects that were awarded in the A-5 auctions last month. How much of this remaining 2.5GW could be allocated to wind projects? The government would like a good part of it to be allocated to thermoelectric plants. But, as could be seen from the recent A-5 auction, despite all the benefits that were extended to coal-fired projects, the number of megawatts awarded to them was zero. Representatives of the coal sector say that the ceiling price of R$140 ($59) per MWh was unrealistic, and asked for an adjustment to R$170/MWh for the A-5 auction in December. It is not clear how the government would justify contracting an energy source that is 55% more expensive than the average price for the last reserve auction, which was R$110/MWh. So there is a good chance that no thermal projects will be contracted in the forthcoming A-5. Energy and mines minister Edison Lobão was so pleased with the recent wind auction that wind power was readmitted to the second A-5 auction. Unofficially, many government officials consider that without wind, distributors’ total energy demand for this year would not have been covered. One unknown is how many environmental licences the government will manage to obtain for the hydroelectric projects it would like to include in the A-5. The government’s dream is for 1.2GW of hydro to compete in the tender, which would significantly reduce the participation of wind. However, today, only one 145MW project has a licence. The 700MW São Manoel plant, for example, the biggest of those being planned, is caught up in legal confusion. Therefore, for the A-5 tender, there is a strong chance that wind will be dominant. In the case of the A-3 auction, which will take place in November, the chances are even greater, because the contest will be between all energy sources — and wind is the cheapest. “For the A-5 tender, there is a strong chance that wind will be dominant Many wind developers that were concentrating their efforts on the A-3 auction are now redoing their sums to compete in the A-5, given the possibility of starting projects ahead of the contracted deadline of five years from the tender, and selling that early power on the lucrative unregulated market. This means it is possible that less wind power will be contracted in the A-3 auction than if wind had not been able to take part in the A-5. As regards prices, the A-5 auction could see very aggressive bids, due to the possibility of bringing forward energy production, while the A-3, due to reduced competition, could see prices equal or superior to those in last month’s reserve auction. In any case, 2013 has all the conditions to be the best year so far for wind energy in Brazil. To find out more, visit sgurrenergy.com/recharge Measure more, guess less Galion Lidar measures up to 4km at any elevation, in any direction. Reduce uncertainty Improve performance Increase profit Visit our stand at Brazil Windpower, 265/266 8 rechargenews.com 170 171 SA ÍD A PO ST ER S EM E PO RG ST ÊN ER CI S A DE 97 96 69 Coffee 69 68 break 97 96 68 67 POSYA Médico POSYA Médico 20 19 16 15 Coffee 14 break 13 18 17 66 40 39 40 39 12 11 38 37 38 37 65 64 63 10 9 36 35 36 35 67 66 154 153 152 151 150 172 154 153 152 151 150 124 123 95 94 149 148 147 124 146 123 145 95 94 149 148 147 146 145 122 121 65 64 93 63 92 122 121 93 92 120 119 119 143 120 144 144 143193 117 193 118 142 62 61 117 141 118 142 141 116 116 60 86 59 a 91 114 86 a 91 58 57 114 62 61 34 33 60 59 32 31 58 57 30 29 8 7 6 5 Rua B 42 71 41 70 18 44 17 43 42 41 Rua A 70 99 98 73 43 72 44 Rua C 71 99126 98 125 4 16 3 15 14 13 2 1 12 11 10 9 34 33 8 32 COPA 31 7 30 29 6 HALL LA NC ON ET E 28 27 26 25 28 27 26 25 Novas Pré Novas Insvições Inscritos Insvições ENTRADA PRINICIPAL ENTRADA PRINICIPAL 1º Andar | 1st floor EMPRESA / COMPANY ESTANDES / BOOTHS 3M do Brasil 114 3TIER 153 ABB 29 a 34 Acciona 92 a 95 Acoem 4 Adimarco 134 Aerodyn 133 AMSC 137 Anywind 131 Arteche INAEL 8 Arteche Turnkey Solutions 6 AWS Truepower 135 Baram Wind 160 Bonfiglioli do Brasil 13 / 14 Braselco 64 / 65 Brasil Energia 138 BTG Pactual Cortez Engenharia Concremat/Elementos CTGAS - ER CTZ Towers Dewi do Brasil Dois A Engenharia Dossel Ambiental Consultoria e Projetos Elos Enerpac Engineering Enserv Engenharia Epcos Ereda do Brasil Erico Programação | Dia 4 de Setembro 8h 9 às 10h 10 às 10h30 10h30 às 12h 12h às 13h30 13h30 às 15h 15h às 15h30 15h30 às 17h30 17h30 às 18h30 18h40 167 / 168 54 e 56 104 101/103 53 e 55 5 19 / 20 45 102B 52 103B 105 139 169 149 Este 49 Eurogruas Arteche 7 Friedberg 85 Fuchs do Brasil 193 Governo do Estado do RS 100 GE Energy 57 a 62 GL Garrad Hassan 163 Hailo do Brasil 1/2 Harting 109 HHWE 84 Iberobras 108 Idnamic 110 a 113 IEM 172 Impsa 27 / 28 Industrial Rex 161 / 162 Ingeteam 150 / 151 Credenciamento Sessão especial com Ricardo Amorim Coffee break e visitação à feira de negócios Sessão: panorama do mercado global Almoço e visitação à feira de negócios Sessão: mercado livre Coffee break e visitação à feira de negócios Sessões paralelas 1 – salas 1, 2 e 3 Visitação à feira de negócios Saída para o jantar de confraternização Inneo Torres IS Ind. Metalúrgica ITW WindGroup Liebherr Lincoln Eletric Makro MCBauchemie Megajoule Mercurius Messtechnik Meteodyn Mobil Montarte MTS do Brasil Multiempreendimentos Nexans 146 / 147 136 23 / 24 141 a 144 154 96 a 99 22 63 125 / 127 152 47 164 / 165 46 140 155 156 / 157 Programme | 4 September 8am 9-10am 10-10.30am 10.30-12pm 12pm-1.30pm 1.30-3pm 3-3.30pm 3.30-5.30pm 5.30-6.30pm 6.40pm Nótus NRG Systems Ormazabal Pavilhão Dinamarca / Danish Pavilion Pavilhão Espanha / Spanish Pavilion Pintsch Bubenzer RAD SurAmerica Schaeffler Siemens SIMM Sindieólica SMEA Sólida SPX 106 48 / 50 126 / 128 116 a 124 78 a 83 129 51 15 / 16 86 a 91 17 / 18 102 166 21 149 Suape Synergy Cables TE Connectivity Transdata Vestas Vortex Vulkan Way2 Tecnologia e Brisckom Telecom WEG WM Construções Wobben Registration Special session with Ricardo Amorim Coffee break and visit to the business exhibition Session Global market perspective Lunch and business exhibition visit Session: Free market Coffee break and visit to the business exhibition Parallel sessions – rooms 1, 2 and 3 Visit to the business exhibition Departure to the conference dinner 70 a 73 3 25 / 26 130 / 132 41 a 44 158 107 148 9 a 12 170 / 171 35 a 40 5 4 3 2 1 COPA HALL Pré Inscritos LA NC ON ET E 100 73 101 72 21 20 19 Rua B 128 127 Rua E Rua F Rua E Rua F Rua D DE SA ÍD A 171 HALL SA ÍD A DE EM ER GÊ NC IA 172 130 129 160 159 158 128 127 157 156 155 126 125 103132 102131 101 130 100129 22 45 46 Coffee 45 break 46 102b 23 SAÍDA DE EMERGÊNCIA 169 167 160 168 159 158 169 157 156 155 170 162 161 132 131 103b Coffee break 103 102 102b 24 24 81 80 52 51 52 51 23 79 78 50 49 22 50 49 48 47 21 48 47 RuaC D Rua EM ER GÊ NC IA EM ER GÊ NC IA DE SA ÍD A 168 165 133 134 135 54 53 SAÍDA DE EMERGÊNCIA 167 105 104136 103b 82 109 108 80 107 106 79 78 105 104 107 106137 56 55 54 83 53 82 81 109 108138 136 163 133 164134 135 162 161 166 83 139 137 56 55 111 110 111 110140 138 85 84 85 113 84 112 113 112 139 164 166 PONTO DE ENCONTRO 140 163 165 NET POINT NET POINT PONTO DE ENCONTRO Rua A RECHARGE HALL THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 9 EMPRESA / COMPANY ESTANDES / BOOTHS ABEEólica 271 a 274 Akzonobel 220 Almaco 259 e 264 Alstom 253 ao 256, 261 e 262 Brametal 219 O Setor Elétrico 215 Recharge 217 Renova 260 e 263 SAÍDA DE EMERGÊNCIA SAÍDA DE EMERGÊNCIA SALA 1 215 216 217 218 SALA 1219 220 Revista GTD Santa Rita Semikron SgurrEnergy Smart Energy Wind Power Mexico Wind Power Monthly 216 218 194 a 196 265 / 266 199 198 197 199 199 198 198 197 197 196 196 195 ESPAÇO 195 194 215 ESPAÇO CANALENERGIA 194 CANALENERGIA 216 217 CYBER CYBER 218 219 220 273 274 271 272 SALA 100 PAX 273 274 255 256 262 255 256 262 263 264 265 271 272 254 253 261 254 253 261 260 259 258 SALA SALA SALA 100 PAX SALA 100 PAX 100 PAX 100 PAX 263 264 265 266 266 260 259 258 257 257 SALA 70PAX SALA 70PAX SALA SALA SALA SALA SALA 100 PAX SALA 100 PAX SALA 100 PAX SALA 100 PAX 100 PAX 100 PAX 100 PAX 100 PAX SALA 100 PAX 2º Andar | 2nd floor Do your part to build the wind industry and join GWEC today! Membership benefits GWEC works globally to help open up and develop new markets, and to create a better environment for wind power. GWEC has a proven track record of success in helping to build the wind power industry in emerging markets including China, Brazil, Mexico, India and South Africa. Input into how we communicate benefits of wind power to national governments, policy makers and international institutions Knowledge that you are supporting the growth of the industry Access to first-hand market analysis Exclusive networking opportunities www.gwec.net Ad_Recharge_190x128mm.indd 1 Discount at GWEC events 07.05.13 17:53 10 rechargenews.com ICGs: de quem é a culpa? Até o final deste ano, cerca de 1.4GW de usinas eólicas estarão prontas, mas não conectadas à rede elétrica. O surreal caso de atraso na construção das estações coletoras de energia eólica — as famigeradas ICG’s — causou um prejuízo aos consumidores brasileiros, que não se resume aos R$600m ($256m) pagos aos empreendedores que entregaram seus parques eólicos em dia. Com o fracasso do modelo de compartilhamento da infraestrutura de transmissão, o governo decidiu para os próximos leilões de energia imputar aos investidores o risco de acesso ao grid, o que na prática eleva os investimentos nas plantas de geração, diminui a competição entre os empreendedores e aumenta o custo final da energia eólica para o consumidor. A decisão de alterar o esquema de conexão dos parques eólicos foi tomada depois de o governo federal ter sido massacrado em rede nacional, após uma série de reportagens que mostraram a inabilidade da utility estatal Chesf em construir os empreendimentos de transmissão. “Elas [as ICG’s] estão mortas. E foram mortas pelo número de vezes que apareceu na televisão o parque parado sem funcionar”, diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em conversa com a reportagem da Recharge. “Não dá para saber quem vai ganhar o leilão, então agente só poderia projetar a linha depois. E ficou um prazo relativamente curto para a ICG. Era possível, mas não podia haver erros. E teve algumas linhas que o empreendedor [Chesf ] não foi ágil, além de ter havido morosidade dos órgãos de licenciamento ambiental, principalmente do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional],” explica Tolmasquim. O tempo entre a data do leilão das ICGs e o início do processo de licenciamento ambiental de algumas linhas de transmissão e subestações junto aos órgãos estaduais de licenciamento na Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte chegou a atingir 15 meses. Em diversas entrevistas, ainda quando o caso não havia atingido as principais páginas dos jornais brasileiros, os executivos da Chesf acusavam os órgãos ambientais como os culpados pelos atrasos. Depois que o caso ganhou repercussão nacional e os fatos foram apurados, os dirigentes da companhia começaram a aceitar que parte da culpa era deles também. “Os investidores [Chesf ] demoraram muito tempo para fazer os projetos ambientais,” opina Tolmasquim. O ônus político do atraso na construção das ICG’s foi tão grande que a EPE decidiu criar um planejamento de linhas de transmissão para usinas eólicas. Espera-se que até o final do ano, o Ministério de Minas e Energia licite um conjunto de empreendimentos de transmissão espalhados pelas regiões Nordeste e Sul que possibilitarão o escoamento de até 6 mil MW de usinas eólicas. Se licitadas ainda em 2013, as linhas deverão ficar prontas no final de 2015 ou início do ano seguinte, possibilitando que a oferta de Grid delays: who’s to blame? B y the end of this year, 1.4GW of Brazilian wind farms will be operational but not connected to the grid. It is a surreal state of affairs. The notoriously long delays in building the shared substations and transmission lines for new wind capacity — the “installations for shared connection of generators”, or ICGs — have damaged the interests of consumers in a way that goes beyond the R$600m ($256m) paid out in compensation so far to developers that have delivered projects on time. Foto | Rogério Resende MILTON LEAL Maurício Tolmasquim projetos aptos a participarem dos próximos leilões de energia aumente significativamente. Após o leilão de reserva exclusivo para fonte eólica, realizado dia 23 de agosto, que contratou 1.5GW de novas usinas eólicas, a Photograph | Rogério Resende ICGs left ‘no room for error’, says Maurício Tolmasquim With the failure of this model of shared transmission infrastructure, the government decided that for future auctions, the grid access risks will be assumed by the developer. That increases the level of investment needed; diminishes competition (because fewer companies will want to undertake infrastructure work); and raises the cost of wind energy for the consumer. The decision to change the connection regime was taken after the government came under attack on national television, in a series of reports that showed the inability of state-owned utility Chesf to build the necessary infrastructure. “They [the ICGs] are dead,” Maurício Tolmasquim, president of the national energy planning centre, EPE, tells Recharge. “And they were killed by the number of times wind farms that were not functioning appeared on television. capacidade de escoamento disponível atualmente reduziu-se para cerca de 4,7GW. Caso o governo não licite rapidamente as novas linhas, o setor eólico poderá ter que esperar para viabilizar novas usinas. Enquanto isso, Tolmasquim lamenta que o modelo das ICGs não tenha dado certo. “Foi o pior possível para a imagem do governo [o fracasso do modelo]. De quem foi a culpa? Do agente? Não importa, todo mundo saiu perdendo.” “It was impossible to know who would win the energy tender, so we could only plan the lines afterwards. And then there was only a short time for the ICG. It was possible, but there was no room for error. “There were some lines where the designated company [Chesf ] was not agile, and there were hold-ups with some of the environmental licensing bodies, principally Iphan [the Institute of National Historical and Artistic Patrimony].” The period between the date of the ICG tender and the start of the environmental licensing process for some transmission lines and substations in the states of Bahia, Ceará and Rio Grande do Norte was up to 15 months, with Chesf executives repeatedly blaming the licensing bodies for the delays. However, once the case had made national headlines and the facts were investigated, Chesf executives began to accept part of the blame. The utility “took a long time to present the environmental plans”, says Tolmasquim. The political fuss around the ICG delays was so great that EPE decided to create a planning strategy for wind transmission infrastructure. The Ministry of Mines and Energy is expected to tender a series of transmission projects across the southern and northern regions that will allow the connection of up to 6GW of wind projects. If these projects are tendered before the end of this year, the transmission lines will be ready at the end of 2015 or the beginning of 2016, allowing the number of wind developments able to participate in the next auctions to increase significantly. After the reserve energy auction on 23 August, which saw 1.5GW of new wind contracted, the shortfall in transmission capacity available rose to around 4.7GW. If the government does not rapidly tender the new lines, the sector could have to wait to make new wind farms viable. Tolmasquim regrets that the ICG model didn’t work out. “It was the worst possible thing for the government’s image,” he says. “Whose fault was it? It doesn’t matter, everyone ended up losing.” THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 11 Acciona anuncia fábrica de nacelles na Bahia BEN BACKWELL A fabricante espanhola de turbinas eólicas Acciona anunciou nesta terça-feira, 3 de setembro, que vai construir uma fábrica de nacelles no Brasil. Com isso, a companhia afirma que irá cumprir as regras de conteúdo local estipuladas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Acciona diz que a nova fábrica “tem como objetivo reforçar o compromisso da companhia com o mercado eólico no Brasil, que possui um dos maiores potenciais a nível global”. A fabricante vai construir a planta no estado da Bahia. Ela terá a capacidade de produzir 100 turbinas AW3000, de 3MW de potência, por ano. A expectativa é que a fábrica crie 60 empregos diretos e 4000 indiretos. A nova unidade estará funcionando a partir do último trimestre de 2014. Em março, a Acciona inaugurou uma fábrica de hubs em Simões Acciona to build Bahia nacelle plant Foto | Acciona Turbina AW3000 de 3MW da Acciona Filho, também na Bahia. A companhia está fornecendo equipamentos para o projeto de Atlântica de 120MW, da CPFL Renováveis, no Rio Grande do Sul, e tem contratos para fornecer mais RECHARGE BRASIL A Recharge, a fonte global de notícias para os profissionais dos setores eólico e solar, lança dia 4 de agosto em seu website uma nova seção sobre o mercado de energias renováveis no Brasil. A Recharge vai trazer o mesmo tipo de informação essencial do mundo dos negócios que ela já está acostumada a entregar aos líderes da indústria eólica e das utilities na Europa, Estados Unidos e Ásia. O novo serviço vai combinar notícias no idioma português, além de reportagens exclusivas, dados e informações sobre os leilões e questões regulatórios que afetam o país. Para assinaturas e publicidade, por favor contate [email protected] or [email protected] www.rechargebrasil.com 210MW para duas usinas sendo construídas pela empresa francesa Voltalia, no Rio Grande do Norte. A cciona has confirmed plans to build a nacelle assembly plant in Brazil, which will help it comply with new localcontent regulations set by national development bank BNDES. The Spanish wind giant says the facility “is intended to reinforce the company’s commitment to the wind-power market in Brazil, one with the greatest potential on a global level”. The factory in the state of Bahia will have the capacity to produce 100 AW3000 3MW turbines per year, and will create 60 direct and 4,000 indirect jobs. It will be operational in the last quarter of 2014. In March, Acciona inaugurated a turbine hub plant at Simões Filho, also in Bahia. The company is already supplying 3MW turbines for a 120MW project by CPFL Renováveis in the southern state of Rio Grande do Sul, and has contracts to supply 210MW for two projects being developed by Voltalia in Rio Grande do Norte. 12 rechargenews.com Foto | Caio H Nunes A usina eólica de Canoa Quebrada, no Ceará, que foi adquirida pela CPFL Renováveis em 2012 CPFL Renováveis: expansão via aquisições MILTON LEAL elevação devido às novas regras de conteúdo local de fabricação e a elevação do dólar ante o real. “Nós verificamos um salto nos preços”, afirmou, sem especificar quão mais caro estavam as ofertas de turbinas para esta última licitação. A Recharge apurou junto a uma fonte da indústria que os preços chegaram a ficar até 25% mais elevados. O preço dos equipamentos é um componente levado a sério pela Foto | CPFL Renováveis A maior empresa de energia eólica com ativos em operação no Brasil ainda não conseguiu vencer nenhum leilão de energia. Apesar disso, a CPFL Renováveis continua expandindo fortemente seu portfólio de ativos por meio de aquisições. Desde que a companhia foi criada, em agosto de 2011, a partir da fusão dos ativos da CPFL Energia e da Ersa, a empresa comprou 500.7MW de empreendimentos eólicos. Com 555MW de eólicas em operação e mais 482MW em construção, a CPFL Renováveis possui hoje um dos três maiores portfólios de energia eólica no Brasil e o apetite para crescer continua elevado, segundo o diretor institucional, de regulação e comercialização da empresa, Marcio Severi. “Nos últimos anos, vimos leilões com curva decrescente de preços. No último leilão de reserva, tivemos uma pequena inversão nessa tendência. Não é uma decisão da empresa de não participar dos leilões, simplesmente as oportunidades de aquisição se mostraram mais interessantes”, conta o executivo, que revelou que a companhia não chegou a disputar o último leilão exclusivo para fonte eólica, realizado em agosto. Ele explica que o principal motivo que fez a CPFL desistir da competição foi o preço dos equipamentos eólicos, que sofreram Marcio Severi, diretor da CPFL Renováveis CPFL Renováveis, que não possui nenhuma relação de exclusividade com fabricantes eólicos, como alguns de seus concorrentes. Até hoje, a companhia já firmou contratos com a indiana Suzlon, as alemãs Wobben e Siemens, a espanhola Acciona e a dinamarquesa Vestas. Severi avalia que algumas incertezas que afetaram a avaliação de percepção de risco deste último leilão estão de alguma forma equacionadas para as próximas licitações, como os leilões A-3 e A-5, que acontecerão no último trimestre deste ano. “Teremos uma componente nova no próximo leilão que é a questão da transmissão, mas alguns pontos, como o ICMS, o Reidi e o P90 estão consolidados”, opina o diretor, referindo-se a questões tributárias que foram esclarecidas momentos antes do leilão de reserva de eólicas, além do novo fator de previsibilidade de geração, que antes exigia que o empreendedor entregasse no mínimo 50% (P50) da produção de energia vendida. Severi diz que para o leilão A-3, a CPFL Renováveis inscreveu os mesmos projetos eólicos que haviam sido inscritos no leilão de reserva. Mas o executivo não revelou a quantidade de empreendimentos que a companhia pretende incluir na disputa. Além disso, a empresa “Não é uma decisão da empresa de não participar dos leilões também inscreveu projetos de energia solar para a competição. “O que estamos esperando é o momento de break-even da fonte solar. Quando vai se dar essa quebra? Não se sabe. A eólica pegou muita gente de surpresa, talvez muito em breve, no ano que vem ou depois, possamos ver a solar entrando”, prevê o diretor. CPFL Renováveis: expansion through acquisitions B razil’s biggest wind farm developer, in terms of operating assets, has still not managed to win capacity in any of the country’s energy auctions. Despite this, CPFL Renováveis continues to strongly expand its portfolio through acquisitions. Since the company was created in August 2011, from the merger of assets from CPFL and Ersa, the company has bought 500.7MW of wind projects. With 555MW of wind farms in operation and a further 482MW under construction, CPFL Renováveis has one of the largest portfolios in the sector, and the appetite to keep growing, according to commercial and regulatory director Marcio Severi. “Over the past few years, we have seen a falling price curve in the auctions,” says Severi. “In the last reserve auction we saw a small reversal of this tendency. “It is not a company policy to not participate in the auctions, it’s simply that the opportunities for acquisitions have been more interesting.” Severi adds that CPFL Renováveis did not take part in the exclusive wind tender in August. He says that one of the key reasons for this decision was the price of turbines, which has increased due to the new local content rules for manufacturing and a stronger dollar. “We have seen a jump in prices,” he says. Industry sources have told Recharge that turbine prices rose by up to 25% compared to the previous tender. Equipment prices are an important element for CPFL Renováveis, given that it does not have an exclusive relationship with a supplier, as some of its competitors do. To date, the company has signed contracts with Suzlon, Wobben, Siemens, Acciona and Vestas. Severi thinks that some of the uncertainties that affected perceptions of risk in the recent tender have been addressed satisfactorily for the next tenders, such as the A-3 and A-5, which will take place in the last quarter of the year. “We will have a new component in the next auction, which is the issue of transmission, but a few points, such as ICMS, Reidi and the P90, have been dealt with,” says Severi, referring to a series of tax questions that were clarified moments before the reserve auction, and the new generation predictability factor, which replaces the previous P50 requirement. Severi says that for the A-3 tender, CPFL Renováveis has registered the same projects it put forward for the reserve auction, but he declines to reveal details. On top of this, the company has also registered PV projects for the tender. “We are waiting for the moment when solar reaches the break-even point,” he says. “When will this be? We don’t know. Wind power took a lot of people by surprise. Perhaps soon, next year or afterwards, we will see solar coming into the market.” THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 13 MILTON LEAL Certificado de energia pode destravar eólica no mercado livre Foto | ABEEólica A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo, vai continuar andando de bicicleta até que ela consiga comprar um carro movido a energia eólica. E isso não deve demorar muito tempo para acontecer. “Se eu comprar um carro elétrico produzido por uma fábrica que consuma energia de um empreendimento eólico certificado, eu estarei usando um carro movido a energia eólica”, ela explica. Apesar do tom de brincadeira, o raciocínio da executiva faz todo sentido. No mês passado, a associação que ela preside, em parceria com a Associação Brasileira de de Geração de Energia Limpa (Abragel), lançou o Certificado de Energia Renovável para usinas de vento, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais a biomassa. Além disso, as entidades também criaram o Selo de Energia Renovável para cobrar R$145 por aquela energia, que tem mais valor agregado, e com certeza haveria interessados. Com esses R$5 de diferença, o empreendedor poderia contratar um hedge de geração e tornar possível a construção do parque”, Melo exemplifica. Ela explica que, por enquanto, o público-alvo são os grandes consumidores de energia, mas que as associações já estão pensando em como viabilizar a obtenção do selo também para os consumidores do mercado regulado. “Tem gente que tem a usina no mercado regulado e que quer ter o parque certificado. Vamos arrumar uma forma do consumidor regulado também adquirir o selo”, ela diz, revelando que a estatal Eletrosul está interessada em certificar seus parques do mercado regulado. O Certificado e o Selo de Energia Renovável foram desenvolvidos por um grupo técnico composto por diversos especialistas nas áreas de “O públicoalvo do selo são os grandes consumidores de energia consumidores livres que façam uso da produção dos projetos certificados. Por trás da ideia, está o objetivo de ajudar as fontes renováveis a quebrarem as barreiras existentes para expansão no mercado livre, composto por grandes consumidores de energia. Estima-se que o o mercado potencial para inserção dessas fontes no ambiente livre de contratação seja de 22GW. Contudo, no caso da energia eólica, como a curva de geração das plantas difere da curva de carga dos consumidores, as dificuldades para o desenvolvimento dos projetos neste mercado são tremendas. “A conta que fizemos é a seguinte: o break even da energia eólica no mercado livre atualmente está em torno de R$140 por MWh. Um empreendimento certificado poderia O Selo de Energia Renovável energia, sustentabilidade, mercado e certificação. A gestão do processo ficou sob a responsabilidade do Instituto Totum, uma certificadora especializada em programas de autorregulamentação e selos setoriais. Durante o lançamento dos produtos, no mês passado, em Brasília, as associações entregaram os primeiros certificados e selos. A CPFL Renováveis obteve certificados para duas PCHs e também para o complexo eólico Bons Ventos. A Atiaia Energia certificou uma PCH, enquanto que a consumidora e fabricante de carros Honda Energy do Brasil obteve o selo. “Vou esperar a Honda fabricar um carro elétrico no Brasil para comprar meu automóvel”, afirma Melo. Elbia Melo Certificate scheme could unlock unregulated market E lbia Nelo, the president of Brazilian wind industry association ABEEólica, is going to keep using her bicycle to get around until she gets a new car manufactured with wind power. And that won’t take long. “If I buy an electric car produced in a factory that uses energy from a certified wind project, I will be using a car moved by wind power,” she says. Last month, ABEEólica, together with the Brazilian clean-energy generation association, Abragel, launched its Renewable Energy Certificate for wind, small-hydro and biomass plants, after a year developing the scheme. And alongside this, the organisation has created the Renewable Energy Label (Selo de Energia Renovável) for large energy consumers on the unregulated market that use power from the certified projects. The overall objective is to help renewable energy sources break the existing barriers to the expansion of the free market. Industry experts estimate that the potential market for renewable energy in the unregulated market is about 22GW. However, in the case of wind, there are tremendous difficulties in developing projects, due to the generation curve differing from the demand curve. “The calculation that we made is that the break-even for wind energy in the unregulated market is around R$140 [$58] per MWh,” says Melo. “A certified wind project can charge around R$145/MWh for that energy, which has more added value, and certainly has consumers interested. With this R$5 difference, the developer can contract a generation hedge that will make the construction of the wind farm possible.” Melo explains that the target audience of the scheme is large energy consumers, but the associations are thinking about how to make the label available to consumers on the regulated market. “There are people that sell their power through the regulated market that want to have their plants certified, so we are going to “The objective is to break the existing barriers to expansion in the free market find a way for regulated consumers to also get their label,” she says. During the launch of the products in Brasília last month, the associations began to award the first certificates and labels. The Renewable Energy Certificate was developed by specialists in energy, sustainability, trading and certification and overseen by certification agency the Totum Institute, a specialist in selfregulation schemes and sector labels. CPFL Renováveis received certificates for two small-hydro plants and its Bons Ventos wind complex. Atiaia Energia was certified for a small-hydro plant, while car manufacturer Honda Brasil also obtained a label. “I am going to wait for Honda to make an electric vehicle in Brazil to buy my car,” says Melo. 14 rechargenews.com Torres de concreto devem superar unidades de aço Projetos pioneiros mostram que estruturas mais baratas podem atingir alturas maiores em qualquer região, escreve Darius Snieckus A construção pioneira de 86 torres eólicas de concreto prémoldado no complexo eólico de Água Doce, da Impsa, localizado na região sul do Brasil, ajudou a aumentar a visibilidade da matériaprima como uma alternativa às convencionais torres de aço. Uma das razões para isso é que as torres – construídas com anéis de concreto posteriormente esticados com uma rede interna de tendões — foram produzidas em uma unidade móvel de fabricação instalada no site de construção da usina. A solução foi mais fácil quando comparada à alternativa de transportar gigantes unidades de aço até a remota cidade no estado de Santa Catarina. Outro motivo, talvez ainda mais importante, é que o projeto de 129MW conseguiu provar que torres de concreto podem ser mais econômicas que as de aço quando atingem a camada Ekman, que fica acima dos 100 metros de altura, onde os ventos são significativamente mais fortes. O concreto pré-moldado não é o único material alternativo sendo explorado para a construção de torres mais altas. A empresa alemã TimberTower, por exemplo, está desenvolvendo uma torre de madeira de 200 metros, e no ano passado o grupo industrial americano GE comprou a Wind Tower Systems, uma start-up também americana, para levar adiante a comercialização de um Made in Brazil: concrete towers stronger than steel conceito de torres ultra-altas feitas a partir de um esqueleto interno de aço envoltas em um tecido arquitetônico de alta resistência. Apesar disso, o concreto prémoldado – uma mistura específica de pedras trituradas, areia, cimento e água — tem boas chances para ser escolhido como a matériaprima para as milhares de turbinas onshore e offshore que estão sendo construídas todo ano e que “Os projetos que envolvem torres de concreto atingiram alturas de mais de 135 metros representam um mercado global de cerca de $750 milhões por ano. O uso do concreto mexeu com a imaginação dos projetistas devido a sua versatilidade. Ele pode ser organizado em anéis empilháveis ou aduelas segmentadas, que são muito mais simples de serem transportadas em caminhões até as usinas eólicas para a montagem final quando comparadas com uma peça única de aço. A incorporação do concreto nas T he pioneering construction of 86 precast concrete wind turbine towers last year at Impsa’s isolated Água Doce development in southern Brazil raised the profile of the grey stuff as an alternative to conventional steel. For one, the towers — built of concrete rings post-tensioned with a network of internal tendons — were fabricated at a mobile on-site factory, an easier proposition than transporting giant steel units to the remote location in Santa Catarina. Yet, perhaps more importantly, the 129MW project also went some way to proving that concrete towers could be more economic than steel when reaching into the so-called Ekman layer more than 100 metres high, where the winds are significantly stronger. Pre-cast concrete is not the only alternative material being torres eólicas onshore deu início a duas correntes de pensamento. Uma delas enxerga as torres como módulos acopláveis de puro concreto, enquanto a outra é um modelo híbrido entre a base pedestal de concreto queimado e a convencional torre de aço. Projetos que apenas utilizam concreto têm sido desenvolvidos por empresas, como a espanhola Inneo Torres, fornecedora das torres para a usina de Água Doce, e a alemã Enercon, que em 2007 instalou a turbina E-126 de 6MW sobre uma torre de anéis de concreto posteriormente esticados. Enquanto isso, os sistemas híbridos estão sendo desenvolvidos pela alemã Nordex, pela holandesa ATS e pela americana Tindall, fabricante de torres de concreto pré-moldado. Os dois modelos vão a altitudes maiores que os conceitos existente de torres de aço podem oferecer. Os projetos que envolvem torres de concreto atingiram alturas de mais de 135 metros, erguidas por guindastes suportados por plataformas ou sistemas de autoelevação. Os modelos híbridos têm sido desenhados com bases de concreto de 60 metros de altura e oito metros de diâmetro, acopladas através de um anel de transição que sustentam torres de aço de 80 a 100 metros de altura. O concreto se destaca pela rigidez. O aço tem as suas limitações como matéria-prima, uma vez que a torre atinge 100 metros de altura. O concreto pré-fabricado tem excelentes propriedades de amortecimento e uma elevada resistência à fadiga, explored to build taller towers. Skyscraping 200-metre wooden designs are on the drawing board at Germany’s TimberTower, and last year GE bought US start-up Wind Tower Systems to push ahead commercialisation of an ultratall tower concept made up of an internal steel skeleton wrapped in high-tensile architectural fabric. But pre-cast concrete — a variable bespoke mix of crushed rocks, sand, cement and water — may yet win the day as the material of choice for the thousands of turbines both onshore and offshore that are being erected each year — a global market of about $750m a year. The material has stirred designers’ imaginations due to its versatility. It can be poured as stackable rings or segmented staves, which are much simpler to transport on the back of heavyload trucks along the roads to a wind farm for final assembly than one-piece steel models. Concrete’s incorporation into onshore wind turbine tower design has spun off two main schools of thought. One approaches the tower as an assemblage of concrete modules, the other as a “hybrid” of a flared concrete pedestal-base and a conventional steel tower. Full concrete designs have been developed by companies including Spain’s Inneo Torres, supplier of the towers for Água Doce, and Germany’s Enercon, which in 2007 erected a 6MW E-126 on a tower made of post-tensioned concrete rings, while hybrid systems are being advanced by outfits such as Germany’s Nordex, Dutch engineers Advanced Tower Systems (ATS), and US pre-cast concrete products maker Tindall. Both schools are after more altitude than existing steel tower concepts can offer. The all-concrete diminuindo o risco dinâmico de falha diante de fortes e intensas cargas de vento. O potencial de redução do custo final da energia que as ultra-torres An Inneo tower at Água Doce designs have reached heights of over 135 metres, built by platformsupported cranes or “self-erected”. Hybrids have been designed with concrete bases 60 metres high and THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 15 Foto | Inneo Torres Torres de concreto da Inneo na usina de Água Doce, no sul do Brasil podem proporcionar as colocam como uma favorita para crescer, segundo previsão da consultoria espanhola X&Y Partners, que prevê um “lento, mas firme” crescimento de 10% até 2015 no número de torres de concreto ou híbridas. Prós: n A altura é importante no desenho das torres. Turbinas rodando a mais de 100 metros se aproveitam de um regime de ventos mais estável, com menos rajadas e turbulências, adicionando tempo à vida útil operacional da turbina. Mas a elevação da produção de energia é o argumento decisivo. A ATS calcula que uma turbina de 2.3MW com um rotor de 93 metros de diâmetro e uma torre de 100 metros teriam uma produção de energia de um pouco mais de 5,000MWh por ano. A mesma máquina em uma torre de 133 metros proporcionaria a geração de 6,2000MWh – significando uma receita extra de 2 milhões de euros ($2.66m/R$6.22m) ao longo de 20 anos para um investimento de 350 mil euros. Estes números melhoram ainda mais com máquinas maiores. n O concreto é até 50% mais barato que o aço ao se construir torres — que podem corresponder de 20% a 25% do custo total de uma turbina onshore – e mais fácil de se produzir em série. n Transporte: os anéis ou as aduelas podem ser facilmente transportadas até as plantas de fabricação das torres de concreto, além de não precisarem de mais de estradas com largura de mais de 4,5 metros. Ademais, não há problemas com pontes, além de utilizar sistemas de cabos de póstensão uma vez que as torres estão eretas. A construção de plantas móveis podem ser montadas e desmobilizadas em poucos meses – um processo iniciado pela Enercon e Inneo Torres na Índia e no Brasil, respectivamente – em regiões remotas ao redor do mundo, enquanto cumprindo as regras de conteúdo-local. n O concreto necessita de pouca manutenção e tem vida útil longa. Diferente do aço, não existem aspectos relacionados à corrosão e o concreto é projetado para ter uma vida útil de ao menos 60 anos mesmo em condições extremas, como no mar e no Ártico. n O aço atinge o limite de altura quando o regime de ventos se torna insuportável, diferente do concreto. O maior prédio do mundo, o arranha-céu Burj Khalifa de 828 metros de altura, é feito de concreto. E o concreto tem excelente propriedades de amortecimento com alta resistência à fatiga contra as vibração mecânicas criadas pelo movimento das pás. n O concreto é 100% reciclável e de baixo carbono, com 64% menos produção de CO2 que uma torre de aço tubular, além de continuamente absorver CO2 da atmosfera. Contras: n Como matéria-prima para as torres, o concreto não possui o histórico que o aço possui. Como existem poucos projetos existentes, o perfil de risco do empreendimento aumenta. E como às características dinâmicas da turbina e da torre são passadas de mão em mão, os fabricantes de turbinas precisão colaborar com os fabricantes de torres de concreto — um diálogo que precisa ainda precisa começar para se avançar no conceito. n As torres híbridas, apesar de mais complexas de serem projetadas, fabricadas e instaladas, podem ajudar a pavimentar o caminho para o avanço do concreto enquanto eles ocupam a atual sobrecapacidade na produção de torres de aço. No longo prazo, quando mais torres de concretos forem provadas em campo, elas poderão ultrapassar os projetos de torres híbridas e de aço. Plano concreto Dentre as companhias que estão avançando em torres de puro concreto e torres híbridas de concreto e aço estão: Among the companies advancing all-concrete and concrete-steel hybrid tower designs are: Atlas CTB (Tindall) EUA | US Enercon Alemanha | Germany Advanced Tower Systems Holanda | Netherlands Inneo Torres Espanha | Spain eight metres in diameter, mated via a transition ring with steel towers 80-100 metres tall. Where concrete wins out is stiffness. Steel has its material limits — quickly tested once a tower reaches 100 metres. Prestressed concrete has excellent damping properties and high fatigue resistance, lowering risk of dynamic failure under heavy, long-term wind loads. Ultra-tall turbine towers’ potential for driving down the cost of energy could make pre-cast concrete a goer, with Portuguese consultancy X&Y Partners forecasting a “slow but firm” growth in the number of towers made of concrete or hybrid concrete and steel to more than 10% of the market by 2015. Pros n Height is might in tower design. Turbines turning more than 100 metres in the air enjoy a steadier wind stream with less shear and turbulence, and longer operational lifetime. But the power boost gained is the clincher. ATS calculates that a 2.3MW turbine with a 93-metrediameter rotor atop a 100-metre tower would see average outputs of just over 5GWh a year. The same machine on a 133-metre tower would churn out 6.2GWh — translating to an extra €2m ($2.66m/R$6.22m) revenue over 20 years for an investment of €350,000. These numbers only improve with larger machines. n Concrete is up to 50% cheaper than steel when constructing towers — which can account for 20-25% of the total capital cost of an onshore turbine — and is easy to use in serial fabrication. n Transportation: rings or staves can be poured at existing concrete plants to fit within the 4.5-metre space limit imposed by road widths and bridge clearance, with assembly on site using systems of cables to post-tension the towers once erect. Alternatively, mobile construction facilities can be set up and torn down within a few months — a process pioneered by Enercon and Inneo Torres in India and Brazil, respectively — in remote locations around the world, while meeting local-content rules. n Concrete is low-maintenance and long-life. Unlike steel, there are no corrosion issues, and concrete has a design life of at least 60 years even in extreme environments such as offshore and in the Arctic. n Steel reaches a height threshold where wind loads become unsupportable, unlike concrete. The tallest building in the world, Dubai’s 828-metre-tall Burj Khalifa, is made of the latter. And concrete has excellent damping properties with high fatigue resistance against mechanical vibrations created by turbine blades. n Concrete is 100% recyclable and low-carbon, with 64% lower “embodied CO2” than a tubular steel tower — and continually absorbs CO2 out of the atmosphere. Cons n Concrete as a material for turbine towers does not have the track record steel does. Few general design and practice guidelines exist for its use, pushing up the risk profile of the material. And because the dynamic characteristics of the turbine and tower go hand in hand, turbine manufactures will need to collaborate with concrete tower suppliers — a dialogue that needs more ice-breaking to advance the concept. n Hybrid towers — though more complex to design, manufacture and Nordex Alemanha | Germany BergerABAM EUA | US Hormifuste (Consolis) Bélgica | Belgium Ecoventia (Pacadar) Espanha | Spain Olav Olsen Noruega | Norway install — might help pave the way for concrete’s wider take-up as they tap into the current overcapacity in steel tower manufacturing. In the longer term, as more all-concrete tower concepts are field-proven, they may overtake the hybrids and steel designs. 16 rechargenews.com Fotos do dia Photos of the day 2 1 3 4 6 Fotos | Rogério Resende | Christian Rodrigues 5 RechaRge www.rechargenews.com Editorial Head Office The Nexus Building, 11th floor, 25 Farringdon Street, London, EC4A 4AB, United Kingdom. Fax: +44 (0)20 7029 5749 EDITORIAL Editor-in-Chief: Ben Backwell Tel: +44 (0)20 7029 5754 [email protected] 1) Steve Sawyer, secretário-geral do GWEC; 2) Governador da Bahia, Jaques Wagner, recebe prêmio de Otávio Silveira, presidente do Conselho de Administração da ABEEólica; 3) Sessão de abertura do evento reúne autoridades; 4) Público estimado do evento é de 2 mil pessoas; 5) Pedro Cavalcanti, vice-presidente da ABEEólica, Maurício Tolmasquim, presidente da EPE e Lauro Fiúza, fundador e vice-presidente da ABEEólica; 6) Elbia Melo, presidente-executiva da ABEEólica Editor: Christopher Hopson Tel: +44 (0)20 7029 5751 [email protected] Deputy Editor: Leigh Collins Tel: +44 (0)20 7029 5756 [email protected] Online News Editor: Andrew Lee Tel: +44 (0)20 7029 5755 [email protected] Technology Editor: Darius Snieckus Tel: +44 (0)1225 860982 [email protected] US Editor: Richard A Kessler Tel: +1 817 229 0727 [email protected] Europe reporter: Karl-Erik Stromsta Tel: +44 (0)20 7029 5753 [email protected] South America reporter: Milton Leal Tel: +55 11 960 40 14 19 [email protected] Asia reporter: Brian Publicover Tel: +81 (0)80 5456 9526 [email protected] Germany reporter: Bernd Radowitz Tel: +49 30 6954 8773 [email protected] Chief Sub-Editor: Julian Stuart Art Director: Simon Bogle SUBSCRIPTIONS AND ADVERTISING For subscription details contact: [email protected] For advertising details contact: [email protected] or the main sales offices below. 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