A PNL e o alívio da dor crônica
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A PNL e o alívio da dor crônica
A PNL e o alívio da dor crônica Dr. Richard Bolstad e Libu_ka Prochazka Alívio da dor e a hipnose Devem existir poucas tarefas mais satisfatórias do que enxergar uma pessoa que sofreu de dor física por meses, ou mesmo por anos, quando elas, de repente, descobrem como criar conforto interno. Por sermos ambos profissionais da saúde e Practitioners de PNL, tivemos vantagens ao escrever esse artigo (Libu_ka é fisioterapeuta e Richard enfermeiro). Cada um de nós foi capaz de aplicar a PNL em combinação com tratamentos médicos padrões para o tratamento de clientes com dor crônica (de longo prazo). Entretanto, como os estudos de casos que vamos explorar aqui irão mostrar, também um practitioner de PNL sem prévio conhecimento médico pode atingir resultados aparentemente surpreendentes no alívio da dor. Não é nenhuma surpresa que podemos aprender muito sobre o alívio da dor da própria PNL. A origem da PNL repousa parcialmente no trabalho do hipnoterapeuta Milton H. Erickson, cuja habilidade de aliviar dores foi estudado por Richard Bandler e John Grinder em um dos seus primeiros livros (1975, pp. 26-50). Já nos anos de 1850, o cirurgião inglês James Esdaile (1957) demonstrou que a hipnose podia remover a dor aguda das maiores cirurgias, muito confiável e efetiva se comparada com a anestesia química. Existiram muitos estudos mostrando como e em que grau a dor artificialmente induzida podia ser aliviada pela hipnose, mas isso agora está bem estabelecido visto que os resultados clínicos do método de longe ultrapassaram aqueles experimentais (Hilgard e Hilgard, 1994). Colocando de uma maneira simples, é muito mas fácil parar a dor de uma pessoa prestes a ser cortada numa cirurgia real do que parar a dor que você induziu experimentalmente ao pedir para um voluntário mergulhar a mão numa água com gelo por alguns minutos. Esse fato em si nos diz algo extremamente importante sobre o alívio da dor pela "hipnose." Ela trabalha melhor quando a pessoa realmente necessita que ela funcione. A técnica da hipnose não é uma droga que irá funcionar não obstante a atitude da pessoa. Ela é uma técnica que aproveita a atitude da pessoa. De fato, a dor, como veremos tanto nas pesquisas como nos estudos de casos, é fortemente determinada pela atitude da pessoa. Esse é o motivo pelo qual o hipnoterapista Joseph Barber (1996, pp. 20-21) recomenda que a hipnoterapia para o alívio da dor só deve ser usada quando: 1) O cliente, mais tarde, não irá tirar vantagem do estado hipnótico para se machucar (p.ex., evitando avaliação e tratamento médico necessário; obviamente, alguém com dor permanente é beneficiada ao ter as causas físicas verificadas cuidadosamente antes que você remova o seu desconforto). 2) O cliente não irá perder outros benefícios por padecer de dores (p.ex., compensação financeira advinda de ação legal; esses benefícios são muitas vezes chamados de "ganho secundário"). 3) O cliente pode administrar a interação pessoal envolvida ao falar com um hipnoterapeuta. 4) O cliente está disposto a assumir a responsabilidade para iniciar o seu próprio tratamento. A dor e a mente A pesquisa da dor em si é intrigante porque a dor não é o fenômeno que muitas pessoas pensam que é ...ou colocando de outro modo, a dor em grande parte é o que as pessoas pensam que é. Vamos explicar... A pele, os músculos, os ossos e os outros tecidos têm células nervosas com terminações especializadas para responder somente a estímulos fortes o suficiente para causarem danos aos tecidos. Esses terminais são chamados de nociceptores e eles se tornam mais sensíveis com estimulação continuada (diferente de muitas terminações nervosas as quais se tornam menos sensíveis pela estimulação prolongada). Tecidos danificados liberam produtos químicos como prostaglandinas, a qual torna os nociceptores mais sensíveis, e drogas, como a aspirina, inibem a produção de prostaglandina. Quando as próprias células nervosas são danificadas, os nociceptores podem falhar repetidamente, produzindo dor de longa duração (crônica) a qual não fornece mais ao cérebro informações úteis sobre um ferimento atual ou uma situação de perigo. As mensagens dos nociceptores são passadas através das células nervosas para a espinha dorsal, onde outras células especializadas que funcionam como interruptores, decidem se as mensagens têm prioridade suficiente para serem enviadas ao cérebro. Situações de perigo mais urgentes elevam a prioridade de uma mensagem de dor; porém as dores que acompanham as experiências seguras e agradáveis podem ser classificadas como irrelevantes e nunca chegam até o cérebro. As substâncias químicas naturais do corpo chamadas de endorfinas (liberadas durante exercícios, massagens ou outra experiência positiva como atividade sexual) desligam as dores nesses casos, e opíoides, como a morfina, imitam a ação dessas endorfinas. O que esse processo do sistema nervoso central significa é que a pessoa que está contente por outras razões pode não sentir nenhuma dor. Esses estímulos podem nem chegar perto do cérebro! Se as mensagens passam do sistema nervoso central, elas são transmitidas para o tálamo no cérebro e de lá para o sistema límbico, onde a pessoa responde a elas emocionalmente. Um bebe que bate a sua cabeça pode sentir uma dor extrema enquanto estiver sozinho, mas vai relaxar quando for seguro por alguém conhecido que lhe dê carinho. Tais contextos emocionais tanto intensificam ou reduzem os sinais da dor muito antes dela atingir o córtex cerebral e são registradas conscientemente. No caso do bebe sendo "confortado" depois de bater a cabeça, o estímulo da dor pode ser sentido, mas sentido num contexto em que não é considerado significante. Uma dor que persiste ou ocorre periodicamente por mais de seis meses é chamada de dor crônica. A dor crônica parece alterar o processamento do cérebro, pois lá existe uma atividade anormal nos nociceptores do córtex somato-sensorial (área de cérebro que finalmente registra em que parte do corpo ocorreu a sensação cinestésica). Quando o cérebro é explorado usando PET (tomografia de emissão de pósitrons) essa anormalidade é clara. Estudos feitos por Pierre Rainville, Catherine Bushnell e Gary Duncan (2001) mostram que sugestões hipnóticas podem aumentar ou diminuir essa atividade anormal na dor crônica, e por essa razão alteram a experiência da dor. Outros estudos mais recentes, usando fMRI (imagem de ressonância magnética funcional) mostram que a mera expectativa da dor produz 40% da reação produzida por uma dor "real" nos receptores da dor no córtex cerebral (Porro et alia 2002). Os pesquisadores Dennis Turk e Akiko Okifuji explicaram os resultados de diversos estudos mostrando que "em dor crônica, ansiedade relacionada a dor e medo podem realmente acentuar a experiência da dor... Quando pessoas com sintomas de dor são expostas a situações de temor (p.ex., subindo as escadas de um avião), alguns experimentavam uma grande quantidade de reações de fuga... Pacientes com medo parecem prestar mais atenção a sinais de ameaça e a serem menos capazes de ignorar informações relacionadas a dor." (Turk e Okifuji, 2002, pp. 679-680). Em resumo, a "dor" como nós a conhecemos é basicamente um resultado do nosso pensamento sobre ela. Milton Erickson diz "a dor é uma idéia fixa, um constructo, composta de dores lembradas do passado, de uma dor experimentada no presente, e de uma dor antecipada do futuro... O estímulo imediato é somente um terço da experiência total. Nada intensifica tanto a dor como o medo de que ela estará ali no dia seguinte... De modo oposto, a realização de que a dor atual é um evento único e que chegará definitivamente a um final agradável serve muito para diminuir a dor." (Erickson, 1980, Vol. 4, p. 238). Como a hipnose pode ser usada para mudar a dor Isso não é para desmentir que a presente estimulação dos nociceptores no corpo irá muitas vezes conduzir para reações dolorosas. Nós estamos apenas chamando a atenção que experimentando dor por um período prolongado de tempo requer muito mais do que esta estimulação. Pesquisas feitas por Harold Crasilneck e James Hall (1985, p.102) mostram que a bem sucedida melhora hipnótica da dor de origem orgânica ("física") se reduz, inicialmente, na mesma relação que a melhora advinda de analgésicos químicos como a morfina (i.e., o alívio da dor cessa dentro de poucas horas). Dor de origem funcional (i.e., incapaz de ser explicada pelas atuais condições físicas) pode ser imediatamente aliviada por dias, por semanas ou mesmo permanentemente. O próprio Milton Erickson sofreu de dor crônica orgânica e necessitava tratá-la diariamente (Erickson, 1980, Vol 1, p. 122). Ele notou que o sono geralmente terminava com o seu alívio hipnótico da dor, já que acordava necessitando restabelecer o estado. Por essa razão, muitos hipnoterapeutas recomendam ensinar auto-hipnose para os clientes se tratarem de suas próprias dores orgânicas. Milton Erickson categorizou onze métodos de tratar a dor usando a hipnose (Erickson, 1980, Vol. 4, pp. 240-245). Essas categorias, as quais algumas se sobrepõem, são: 1) A dor desaparece com sugestão direta. 2) A dor desaparece com sugestão indireta (Erickson, no estudo do seu trabalho feito em 1957 por Bandler e Grinder, diz, por exemplo, na página 37 deste livro: "Você sabe, Joe, uma planta é uma coisa maravilhosa, e é tão agradável, portanto seja apenas amável ao pensar numa planta como se fosse um homem. Essa planta poderia ter sentimentos agradáveis, uma sensação de conforto..."). 3) Criando amnésia para experiências passadas da dor. 4) Criando dormência ou analgesia na área dolorosa do corpo. Na hipnose tradicional isso é feito ensinando a pessoa a criar dormência na sua mão e então "transferindo" essa dormência para a parte afetada do corpo. 5) Criando uma amnésia mais completa ao fazer a pessoa se imaginar que está em algum lugar distante da dor. 6) Alterando as sensações de dor para sensações de calor, de afeto, de frieza ou outra sensação menos perturbadora. 7) Deslocando a dor para uma área do corpo mais controlável. (p.ex., movendo uma dor abdominal para a mão.) 8) Dissociação, p.ex., fazendo a pessoa imaginar que eles estão do outro lado da sala observando eles mesmos. 9) Reinterpretando a dor como uma sensação de lentidão, pulsação ou movimento. 10) Distorcendo a percepção do tempo para que um período prolongado de dor pareça passar muito mais ligeiro. 11) Insinuar que a dor irá se reduzir sozinha muito gradualmente; tão gradualmente que a pessoa nem consegue acompanhar se isto está ou não acontecendo. Essas categorias não cobrem todas as possibilidades abertas para nós como practitioners de PNL. A pesquisa no relacionamento do medo com a dor nos faz lembrar que usando os processos de redução do medo, como a cura da fobia pela PNL, elimina muitas vezes também a dor. De um modo semelhante, a pesquisa mostra que qualquer metodologia que dá a pessoa um sentido de auto-eficácia (definido como a convicção pessoal que uma pessoa pode realizar quando for preciso nas ações da vida dele) irá reduzir a dor. (Turk e Okifuji, 2002, p. 680). Existe alguma evidência nas pesquisas sugerindo que diferentes abordagens hipnóticas afetam diferentes estágios no processo da dor, exatamente como fazem diferentes drogas analgésicas (Donald Price "Hypnotic Analgesia: Psychological and Neural Mechanisms" in Barber, 1996, p. 67-84). Primeiro, algumas hipnoses parecem prevenir que a dor seja percebida pela mente consciente, embora permitam que o interior do cérebro a registre. Isso produz o que alguns pesquisadores como Ernest Hilgard chamam de um "observador oculto" (Hilgard e Hilgard, 1994). Em tais circunstâncias, quando é solicitado aos pesquisados para fazerem um sinal não verbal se eles tiverem dor (p.ex., pressionando um botão), eles sinalizam ainda que conscientemente informem que se sentem bem. De modo especial isso parece ocorrer quando métodos, como a dissociação, são usados para tratar da dor. Segundo, métodos de redução da dor que alteram diretamente o local da sensação, p.ex. produzindo dormência, parecem atuar no nível espinhal, impedindo de qualquer modo que a comunicação da dor atinja o cérebro. Um terceiro tipo de técnica permite a dor atingir a consciência mas altera emocionalmente o significado dela. Uma pessoa subindo uma montanha pode experimentar uma considerável "dor" mas a sua percepção de que isto é um evento excitante supera as sensações físicas. Estudo de caso um: curando o medo cura a dor Carmen veio me ver (Libu_ka) para tratar da dor na parte de baixo das suas duas pernas com fisioterapia. O tornozelo direito dela havia sido reconstruído cirurgicamente três anos atrás depois de uma grave distensão no ligamento lateral. Ela sofria de dores nas duas pernas por pelo menos um ano ou mais. Quando jogava softbol (beisebol feminino), ela amarrava as pernas com fita, mas sofria de graves dores depois de cada jogo. As duas pernas doíam durante todo dia, e a dor a mantinha acordada de noite. Ela já tinha tentado antes a fisioterapia, bem como exercícios prescritos por um fisioterapeuta específicos para serem feitos em casa, usava palmilhas ortopédicas no sapato e enrolava suas pernas com fitas. Todas essas intervenções tiveram sucesso limitado. Quando a examinei, ela estava nervosa e ansiosa com o seu problema. Eu podia sentir o inchaço no seu tornozelo esquerdo, e ela queixou-se de sensibilidade nas duas panturrilhas, particularmente na esquerda. Eu tratei dela usando algumas técnicas de fisioterapia (massagem, ultra-som, acupuntura e uma revisão nos seus exercícios de casa). Depois de quatro tratamentos e muito pouco progresso, discuti com ela sobre a PNL e ela ficou entusiasmada para experimentar. Carmen era muito cinestésica. Muito raramente olhava direto nos meus olhos enquanto falávamos, mas gesticulava muito e estava muito ‘em contato’ com as sensações no seu corpo. E logo ela revelou um medo que tinha havia muitos anos e era capaz de acessar as sensações que vinham junto com facilidade. Esse medo, ou fobia, era de subir qualquer coisa mesmo que parecesse insignificante. Escadas eram as piores pois ela se imaginava despencando escada abaixo pois era muito pesada. O mero pensamento de escadas, escadas de mão, cercas, ou mesmo levantar-se da cabeceira da cama, podiam lhe provocar um suador (eu fui testemunha disso enquanto ela falava disso), aumento das batidas do coração e fazer suas pernas tremerem que nem geléia. Eu lhe expliquei que existia uma possibilidade de que a dor na perna fosse resultado da proteção da sua mente inconsciente contra o medo constante que ela tinha todos os dias e que limitava muitas das suas atividades diárias. Com a permissão dela, eu decidi usar a ‘Cura da Fobia’ (Bolstad, 2002, p 5764). Cinco dias depois, eu fiz uma sessão de revisão com ela. Desde o momento em que ela deixou a clínica depois da cura da fobia, ela não teve mais nenhuma dor nas suas pernas. Para dizer a verdade, ela se sentiu tão bem que no dia seguinte foi jogar (sem as fitas) e as outras integrantes do time comentaram do seu entusiasmo no jogo. Ela me disse que estava jogando como ‘a velha Carmen,’ confiante e muita mais competitiva. Ela não experimentou nenhuma dor tanto durante como depois do jogo e se sentiu tão confiante que foi jogar de novo no dia seguinte. De novo, jogou melhor do que nunca, não sentindo nenhuma dor. Carmen quase pulava dentro da sala, e percebia-se, ao ouvi-la dizer que se sentia ‘totalmente diferente,’ que ela parecia muito mais confiante. Eu verifiquei a sensibilidade nas suas pernas e, não considerando uma leve sensibilidade no seu tendão de Aquiles, não havia nenhuma outra marcante. Ela conversou sobre seu velho temor e disse que isto não era mais um problema. De fato ela estava aguardando com interesse para subir no telhado (em segurança, acrescentou ela) para olhar as estrelas com sua filha. Isso, aparentemente, era uma atividade que a sua filha fazia com freqüência e ela, há muito tempo, queria que a sua mãe a acompanhasse. Suas palavras "Minha vida mudou totalmente, isso é quase mágica!" Estudo de caso dois: pedindo para a mente inconsciente fazer o trabalho Janet veio me ver (Richard) dez meses depois de uma cirurgia abdominal. Durante todo esse tempo, ela tinha uma dor muito violenta, e para agüentar, estava tomando 60 miligramas de codeína três vezes ao dia. A dor era mais violenta de manhã antes dela tomar a codeína e voltava toda vez que ela atrasava a dosagem. Um médico lhe disse "Bem, parece uma dor neuropática. Você provavelmente vai tê-la pelo resto da vida, portanto é melhor aprender a conviver com ela." Porém noutra oportunidade, uma enfermeira lhe explicou que, algumas vezes, as pessoas, depois de alguns anos, acordam um dia e simplesmente descobrem que a dor sumiu. Uma ressonância recente do seu abdômen mostrou que, embora a sua doença original tivesse sido removida pela cirurgia, existiam muitos tecidos conectivos que formam as cicatrizes deixadas pela terapia de radiação que ela havia feito. Isso a deixou convencida de que aquela dor era de origem orgânica, notícia que a deixou muito desolada. Depois dos seus esclarecimentos, eu comecei lhe explicando a minha crença de que o seu corpo podia não somente curar os tecidos da cicatriz como também reorganizar os sinais nervosos, pois assim ela sentiria alívio. Eu enfatizei que a sua crença era um pré-requisito importante para o sucesso dessa mudança. Janet disse que ela também estava consciente, como psicóloga que era, de que tinha granjeado empatia e simpatia por ter um sintoma evidente para falar para as outras pessoas (a dor) e que tirando da mente a dor significava perder esse ganho secundário. Eu a convidei para relaxar e levantei o seu braço, demonstrando uma catalepsia no braço (quando o seu braço flutua sob controle do inconsciente). Inicialmente, ela estava muito cética sobre essa demonstração, querendo saber se de fato o braço dela estava se movendo, mas depois de alguns minutos ela aceitou que ele parecia capaz de se mover para cima, para baixo e de um lado para outro sem que ela realmente "fizesse" o movimento. Eu chamei atenção dela que para fazer isto, a mente inconsciente dela tinha usado todas as habilidades que eram necessárias para curar totalmente a dor. Depois pedi para a sua mente inconsciente mover um dos seus dedos para sinalizar "sim" e outro para o sinal "não." Esse processo de sinalização ideomotor me permite perguntar à sua "mente inconsciente" se ela sabia que tinha a capacidade de remover a dor, e se era aceitável para ela remover a dor. Uma vez que ela concordou em fazer isso, eu lhe disse para começar e para fazer suficientemente devagar para que Janet pudesse acreditar que isso era possível. Eu contei uma história para Janet sobre um outro cliente que veio me ver com dor, e com quem eu tinha usado a mesma técnica (descrita em Bolstad, 2002, pg 66-69). Depois fiz algumas sugestões sobre como a cética mente consciente dela poderia permitir que essa mudança acontecesse. O processo todo durou um pouco mais de meia hora. No final da sessão, Janet contou que não tinha dor. Quando voltei a encontrá-la duas semanas depois, ela contou que não tinha tido nenhuma dor no dia seguinte e na metade do outro. "Eu me senti absolutamente bem!" A dor, disse ela, retornou em certas horas durante essas duas semanas e ela foi capaz de reduzi-la usando várias técnicas da PNL, incluindo estabelecer o objetivo de ficar sem dor por um dia na sua linha do tempo. Ela reduziu a sua medicação para 30 miligramas duas vezes ao dia e relatou que, além de tudo, o seu bem estar continuava a aumentar. Conclusões Esses dois casos demonstraram tratamentos de uma sessão usando processos ensinados na maioria dos treinamentos de PNL Practitioner e Master Practitioner. Eles claramente contam com a maleabilidade incrível da dor na nossa experiência humana. Em ambos os casos, os clientes tinham boa razão em acreditar que a dor deles era insolúvel; algo que deveria permanecer igual pelo resto de suas vidas. Usando duas técnicas da PNL completamente diferentes, nós demos a eles uma poderosa experiência com nossas pressuposições da unidade do corpo e da mente, do efeito da emoção e da memória no corpo e das suas próprias habilidades para tomar conta de suas vidas. Essas pressuposições fundamentais, as quais formam a base de nossas técnicas, nasceram de várias décadas de pesquisas em hipnose no alívio de dores, e pelos recentes estudos da ressonância sobre o alívio da dor. Libu_ka trabalhou com sua cliente menos de um mês depois do seu treinamento inicial em Practitioner, demonstrando que essas habilidades podem ser aprendidas rapidamente por um confiante Practitioner. Nós dois temos diversas experiências de alívios de dores usando a PNL. Para nós está claro que, embora o nosso background como profissionais da saúde nos permite fazer contato com tais clientes, acessar o seu estado médico e recomendar congrüentemente a PNL, esse background não é necessário para conduzir o presente processo que provoca a cura nesses casos. Nossa esperança é que esse artigo provoque alguma pesquisa e indicações para inspirar outros Practitioners de PNL a alcançar resultados semelhantes. Por outro lado, esse também é um artigo em que outros profissionais da saúde podem se interessar. O que ele sugere é quase uma mudança radical nas técnicas de administração da dor. Bibliografia Bandler, R. e Grinder, J. , Patterns of the Hypnotic Techniques of Milton H. Erickson, M.D. Volume 1. Meta Publications, Cupertino, California, 1975 Barber, J. ed., Hypnosis And Suggestion In The Treatment Of Pain. W.W. Norton & Co, New York, 1996 Bolstad, R., RESOLVE: A New Model Of Therapy. Crown House, Bancyfelin, Wales, 2002 Crasilneck, H.B. e Hall, J.A., Clinical Hypnosis. Allyn and Bacon, Boston, 1985 Erickson, M.H., The Collected Papers of Milton H. Erickson on Hypnosis. (Volumes 14) Irvington, New York, 1980 Esdaile, J. , Hypnosis in Medicine and Surgery. Julian, New York, 1957 Hilgard, E.R. e Hilgard, J.R., Hypnosis in the Relief of Pain. Brunner/Mazel, New York, 1994 Keefe, F.J., Lumley, M.A., Anderson, T., Lynch, T., Studts, J., & Carson, K.L. "Pain and emotion: New research directions" pp. 587-607 in Journal of Clinical Psychology, Number 57, 2001 Porro, C. A., Baraldi, P., Pagnoni, G., Serafini, M., Facchin, P., Maieron, M., and Nichelli, P., "Does anticipation of pain affect cortical nociceptive systems?" page 32063214 in the Journal of Neuroscience, Number 22:8, 2002 Rainville, P., Bushnell, M. C., and Duncan, G. H. 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