Jazz via Beirute, no trompete de Ibrahim Maalouf
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Jazz via Beirute, no trompete de Ibrahim Maalouf
0:03 • 3 SETEMBRO DE 2013 RECEBA O ESTADO EM: CASA EDIÇÃO DIGITAL RSS TWITTER CELULAR IPAD FACEBOOK WEBMAIL FLICKR /Cultura NOTÍCIAS POLÍTICA São Paulo Brasil ECONOMIA Internacional INTERNACIONAL ESPORTES LINK Saúde Ciência DIVIRTASE PME Opinião Acervo Rádio Educação Planeta ESPIONAGEM Senadores pedem apoio do Congresso para ação na Síria BUSCAR Cultura Paladar Aliás POLÍTICA Eldorado Blogs Colunistas STF suspende decisão da Câmara sobre Donadon Jazz via Beirute, no trompete de Ibrahim Maalouf O músico libanês fala da inspirada combinação de linguagens que mostra em Ouro Preto e em São Paulo 27 de agosto de 2013 | 19h 14 Enviar A+ A Recomendar Assine a Newsletter Tweet 4 Você e mais 21 pessoas recomendam isso. Roberto Nascimento O Estado de S. Paulo Como no blues, a alma do canto árabe se revela nas inflexões entre uma nota e outra – os microtons, em termos técnicos, que sintetizam peso e triunfo existenciais quando entregues a um Ray Charles ou a um hábil müezzin em seu chamado à prece. Essa intersecção entre o Islã e o delta do Mississippi é o território dos improvisos de Ibrahim Maalouf, trompetista libanês que se apresenta no festival MiMO, em Ouro Preto, na sextafeira, e em São Paulo, no Sesc Pompeia, neste fim de semana. Seu trompete é ave rara, concebida com quatro válvulas – uma a mais que a norma – para possibilitar o alcance dos poéticos gestos semitonais ouvidos em sua infância. “É muito próximo do blues”, explica o músico em entrevista ao Estado. “Há várias pequenas diferenças, mas o blues do qual nós falamos hoje chegou ao delta através da África do Norte, que já era muçulmana.” Em sua música, o idioma híbrido, de duas linguagens historicamente relacionadas ganha sofisticação pela técnica adquirida em formação erudita. O resultado é jazz filtrado por influências que vão da sala de concerto à herança musical de seu pai, ao fascínio adolescente pelo hiphop. Eric Gaillard/Reuters Trompete raro foi inventado pelo pai Vídeos Fotos SELEÇÃO Cardozo afirma que vai levar o caso aos fóruns internacionais Você está em Notícias > Cultura Notícia Piauí Broadcast Político Nos quatro elogiados discos lançados desde Classificados Infográficos Tópicos iLocal Horóscopo SAÚDE Felipão confirma corte de Fred e convoca Pato SUS volta a oferecer vacina contra catapora já neste mês 2007, Ibrahim vai do jazz contemporâneo a uma world music diferenciada, em que consegue alcançar além da fórmula ‘solo sobre um pano de fundo’, camuflandose entre arranjos, ditando uma dinâmica menos autocentrada e, ao mesmo tempo, extremamente pessoal em seus solos. “De modo geral, eu não acho que o trompete tem de ser o instrumento mais importante na minha música. A definição de um instrumento é algo que facilita a construção de algo. Isso não quer dizer, necessariamente, que esse instrumento é a coisa mais importante da música. Sou como um diretor que atua no próprio filme, consciente do meu papel no desenvolvimento da trama”, explica, sobre a criativa mescla de música árabe, hiphop e jazz que faz em seu primeiro disco, Diasporas, de 2007. Ao ouvir o disco, disponível em sua página de Soundcloud, impressiona como Ibrahim foge da norma em sua combinação de música tradicional com improvisos, de fato tomando uma posição de ‘diretor’ que enxerga os arranjos por uma ótica de produtor, como se fosse, além de trompetista, um beatmaker de hiphop. A maioria dos músicos de jazz – não todos – coloca uma cítara e um djembe e improvisa sobre a música. Eu vejo a world music mais como uma mescla de sotaques. Eu falo francês com sotaque libanês. Quando toco jazz, que não é minha língua materna musical, eu não escondo a tradição libanesa, e isso enriquece a música. Não faço recorta e cola”, diz ainda. Os estonteantes improvisos de Ibrahim Maalouf, sussurrados como Chet Baker, sofridos como as melodias de DNA árabe, encontram arranjos mais formais em Wind, seu mais recente disco, de 2012. Mesmo assim, o resultado é fora de série, conferindo ao seu trompete uma originalidade raramente vista nos círculos jazzísticos da atualidade. “Meu pai inventou esse trompete. O instrumento toca as escalas cromáticas e os quartos de tons, como fazem os cantores árabes”, conta, emendando a incrível história de como Nassim Maalouf, trompetista libanês famoso por sua adaptação do instrumento ao idioma árabe, concebeu um trompete revolucionário e perdeu os direitos à patente por têlo tocado na rádio nacional libanesa (o que concedeu a invenção ao domínio público). Nascido em Beirute, em 1980, Ibrahim seguiu os passos do Nassim, aluno do célebre trompetista Maurice André e parceiro da famosa cantora libanesa Fairuz, e formouse no Conservatório Nacional da Franca. Ouvia hiphop na escola e ao consolidar a sua carreira em salas de concerto, resolveu explorar suas raízes e enveredou pelo jazz contemporâneo. Atualmente, toca ambas vidas musicais paralelamente. Siga o @EstadaoCultura no Twitter Follow estadao Curtir 779.605 Vânia Medeiros recommends Formados em Cuba lideram no Revalida - vida. 13 hours ago Paulo Andre Moraes recommends Qual é o maior clássico de todos os tempos? Arte & Lazer. last Tuesday Glauco Leandro recommends 'Se for confirmado cartel, Estado é vítima', diz Alckmin - politica. about a month ago Por ano, 3 mil professores desistem de dar aula nas escolas estaduais de SP vida - Estadao.com.br 19,380 people recommend this. + CULTURA Programa Rumos passa por modificações Em Veneza, o malestar é palpável Hamilton de Holanda lança disco de parcerias internacionais com a obra de Pixinguinha Tito Martino e sua banda criam ilha de jazz na Avenida Paulista Na memória de Riachão IBRAHIM MAALOUF Teatro do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, telefone 38717700. Sáb., às 21 h; dom., às 19 h. R$ 30. GALERIAS ESTADÃO Estadão PME Links patrocinados Imãs para diversas aplicações Imãs anisotrópicos e de neodímio para uso industrial e comercial www.kortfort.com.br Pisos para mezaninos e eventos Plywall e compensados antiderrapantes para praticáveis e arquibancadas www.plycompensados.com.br Peça dos Fagundes Anuncie aqui ESPECIAIS Dia da música brasileira Qual é o maior clássico de todos os tempos?
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