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AVALIAÇÃO: VW GOL LANÇAMENTO: AUDI RS3 Sem chamar atenção, ganha motor 1.0l 3 cilindros Boa dose de potência e muita disposição para deixar sem fôlego Farol AltoSeu Consultor Automotivo de Novos e Usados s ena Ap 5,00 R$ Número 43 | Ano 4 AVALIAÇÃO: JAC J3 IEV4 China apresenta veículo elétrico popular fácil de dirigir e muito mais barato de manter JAC T5 Mostra evolução da marca e quer um lugar ao sol no concorrido mercado dos SUVs compactos NO ELEVADOR üAmortecedores não suportam peso do Chevrolet Cruze üFord New Fiesta novo derrama óleo no tapete üO mistério do sumiço do óleo do I-Motion üPó branco no radiador do Hyundai Santa Fe AVALIAÇÃO: COBALT Com novo design, o sedan da Chevrolet ganha vida, beleza e passa a ser uma opção “A Certeza de ir mais longe” Lubrificação e tratamento com PTFE Lubrificante spray com PTFE ta -m Montagem de motores Po r C an al et a al as Tr ilh os Fe ch ad ur a M C ap ô aç an et a D ob r ad iç a AGBA spray Adicionar ao óleo para tratamento de motores LL-50 - Redutor de atrito; - Cria película autolubrificante de PTFE na zona de atrito; - Inibe a carbonização; - Elimina a partida a seca, reduzindo desgastes e travamentos; - Melhora o desempenho do motor, com maior potência final; - Reduz o consumo de combustível, através da redução no atrito. Após a limpeza com Heavy Flushing Oil, a aplicação de LL-50 junto ao óleo novo cria um ambiente antiaderente na zona de atrito, dificultando a fixação e acúmulo do verniz na zona de atrito. LL-50 deixa o motor mais suave e com reação rápida, traduzindo em melhor desempenho e rodar macio e econômico. Limpeza localizada Limpeza Química Limpeza de Piche AutoCleaning Spray Limpeza do Corpo de Borboleta Limpeza e descarbonização Fuel Cleaner Válvulas Bico injetor Catalisador Sensor Limpeza interna do circuito do óleo Heavy Flushing Oil Antes Depois Índice SUMÁRIO PREPARAÇÃO 8 Chevrolet Chevette 1980: inje- ção eletrônica para funcionar bem 10 Dodge Dart Coupé 1974: Nitro para arrancada AGENDA AUTOMOTIVA 11 VW NOVO GOL AVALIAÇÃO 11 VW Gol 1.0 3 cilindros: discre- Programação 2016 to até demais 12 JAC J3 IEV4: elétrico chinês dá lição de economia 14 Chevrolet Cobalt: ficou bonito, mas ainda é popular Reserve sua agenda! 12 JAC J3 IEV4 17 de maio LANÇAMENTOS 15 JAC T5: SUV compacta é o melhor dos JACs no mercado 18 Audi TTS e RS3: na dúvida, fique com os dois (se puder pagar) Seminário de Segurança Veicular e Eletroeletrônica Milenium Centro de Convenções 18 AUDI TTS HORA DA REVISÃO 19 Motor diesel eletrônico: saiba por que perde potência 20 Sensor MAP: defeito só aparece quando motor esquenta NO ELEVADOR 21 Adilson Abachioni: defeito crônico na coifa dos Renault 22 Alexandre Morikawa: o misterioso sumiço do óleo do I-Motion 23 Claudio Cobeio: novos planos, a oficina vai até o cliente 24 Francisco Carlos de Oliveira: avaliação da nova Honda Biz 110i 4 28 de abril Seminário de Propulsões Alternativas Instituto Mauá de Tecnologia 14 de junho Simpósio de Eficiência Energética: Emissões e Combustíveis Milenium Centro de Convenções 14 de junho 25 Julio de Souza: Ford New Fiesta solta óleo no tapete 26 Júlio Mansi: defeito crônico nos amortecedores do Cruze 27 Luis Carlos Bailone: Hyundai Santa Fé e o pó branco 28 Marcelo Navega: luz do óleo acesa. O que fazer? 29 Marcos de Castro: mesmo parado, carro precisa de cuidados 30 Sergio Torigoe: ratoeira de quatro rodas e muito mal cheiro X Prêmio AEA de Meio Ambiente Milenium Centro de Convenções 18 de agosto Seminário de Manufatura UNIP Bacelar 5 e 6 de setembro XXIV Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva – SIMEA Centro de Convenções Rebouças 18 de outubro IX Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos Milenium Centro de Convenções Índice Editorial EDITORIAL EXPEDIENTE Comercial: Jéssica Monesi [email protected] Redação: Editor: Alexandre Akashi (MTB: 30.349) [email protected] Editor técnico: José Carlos Finardi [email protected] Consultores Automotivos: Adilson Abachioni - Auto Astral Mecânica Alexandre Morikawa - Automecânica Morikawa Claudio Cobeio - CobeioCar Francisco Carlos - Stilo Motores Julio Mansi - Pneus Belém Julio de Souza - Souza Car Luis Carlos Bailone - Luizinho Reparações Automotivas Marcelo Navega - Mecânica Navega Marcos de Castro - Mecânica De Castro Sergio Torigoe - Centro de Diagnóstico Torigoe A revista Farol Alto - 100% Motor é um produto de AleAkashi Comunicação e Canal 100% Motor. É distribuído em bancas de jornais, oficinas mecânicas parceiras e por correios, via assinatura. Os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores, e não expressam, necessariamente, a opinião dos editores da publicação. É proibida a reprodução parcial ou integral sem prévia autorização, por escrito. FALE CONOSCO [email protected] [email protected] Tel.: (11) 2925-7107 Trimestre de tristezas e muitas incertezas T al como havíamos previsto no final do ano passado, o embate Dilma x Cunha no cenário político brasileiro paralisou a economia do País. Os resultados do primeiro trimestre mostram que se a situação político-econômica não for estabilizada logo, algo de muito ruim pode acontecer a longo prazo. Porém, o que mais assusta é que não há a quem recorrer. Não existe liderança a seguir, não existe um grupo, um partido político ou uma figura pública com um plano para fazer do País um lugar melhor para se viver. O que há é uma porção de espertalhões loucos para tomar o lugar de quem hoje está no poder para fazer o mesmo que é feito há séculos: explorar o povo. As manifestações populares mais pareciam carnaval fora de época, em que milhares saíram às ruas para se fantasiar e festejar. Muitos nem sabiam por que estavam na avenida, mas foram reivindicar o impeachment da presidente Dilma, pois acreditam que sem ela tudo se resolverá como um passe de mágica. Outros pediam a volta da ditadura. A esses, nem me esforço em tecer comentários. Pobres almas. A revolta do povo contra o PT é justificável. Afinal, o Partido dos Trabalhadores matou a esperança da nação. O que um dia foi um alento, uma expectativa de salvação, hoje virou um partido qualquer, cheio de espertalhões loucos para explorar o povo. Mas, o que incomoda é a personificação do mal que estão fazendo em torno do nome do ex-presidente, da atual e do PT, como se a solução para todos os problemas fosse a aniquilação deles. Não é bem assim. Eles erraram e devem ser punidos, mas antes deles há outros, muitos outros que erraram também, ain- da erram e ninguém se atreve a mexer uma palha para descobrir as maracutaias que estão envolvidos. Dizem, os mais politizados, que ainda existe gente honesta no Congresso Nacional (Senado e Câmara dos Deputados). Pode até ser que sim, mas não acredito, pois lamentavelmente o brasileiro tem uma necessidade cultural de ser melhor do que o vizinho, ter mais coisas e ser mais querido. E somos educados para venerar o que vem de fora e desprezar o que podemos fazer por nós mesmos. Somos educados de forma errada, pois nossos antepassados vieram para cá apenas explorar a terra fértil e voltar ricos. Infelizmente foram enganados e a grande maioria não voltou para o país de origem. E quem ficou, amargou. Alguns poucos prosperaram e se juntaram aos antigos coronéis ou se tornaram eles mesmos os coronéis. Precisamos, então, de um líder, que tenha orgulho de ser brasileiro, que tenha respeito pelos outros brasileiros, e que ensine aos brasileiros que é bom ser brasileiro. Em 2002, muitos achavam que esse cara era o Lula, mas ele decepcionou. Mostrou que apesar da origem pobre, queria mesmo era ser coronel. Agora somos órfãos. Mais do que nunca. E como todo órfão, vamos dormir esperando o dia clarear. E só. Tem sido assim nos últimos três meses, pois como investir sem saber se haverá o que comer amanhã? E assim será até que uma força externa decida dar um basta por nós, ou que floresça bom senso na comunidade política brasileira. Os editores Alexandre Akashi e José Carlos Finardi 5 Pit Stop | Montadoras Fotos: Divulgação Edição olímpica Limitado a 1000 unidades numeradas, Nissan lança March Rio 2016 Edition Na grade, numeração do veículo: de 1 a 1000 Detalhes em laranja para deixar mais exclusivo atrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a Nissan acaba de apresentar a série especial do compacto March Rio 2016 Edition, que contará com a produção de apenas 1000 unidades, todas numeradas. Montado a partir da versão topo de linha, a SL, o Nissan March Rio 2016 Edition vem com motor 1.6 16V de 111 cv e acessórios específicos como spoiler fontral e e traseiro, saias laterais, grade dianteira, retrovisores e bancos com costura com detalhes em laranja, tapetes personalizados e rodas de liga leve aro 16 com acabamento em preto. Destaque para a central multimídia com tela de 6,2” touchscreen que dispensa espelhamento e já vem de fábrica com 13 aplicativos (Waze, Google, Chrome, Google Sarch, Google Maps, Youtube, Spotfy, Deezer, Weather Channel, Trip Advisor, Tunein Radio, Foursquare, Skype e Onde Parar). O March Rio 2016 Edition está disponível nas cores preta (pintura sólida), prata (metálica) e branca (perolizada). O preço é de R$ 53.990. FA P 100%Motor Mercedes-Benz inicia produção em Iracemápolis O Mercedes-Benz Classe C foi o primeiro carro a sair da recém inaugurada linha de montagem da marca alemã, no município de Iracemápolis, interior de São Paulo. A cerimônia solene foi realizada no último dia 23, com presença de autoridades, fornecedores e imprensa. Segundo a empresa, foram investidos mais de R$ 600 milhões na nova fábrica, Divulgação que possibilitou a criação de 500 empregos. Além do Classe C, a planta de Iracemápolis montará, a partir do segundo semestre, o SUV GLA. Com capacidade anual de produzir 20.000 veículos, Iracemápolis marca o retorno da montagem de automóveis Mercedes-Benz no Brasil. Que dessa vez seja para sempre. FA 100%Motor Primeiro Mercedes montado na nova planta Toyota mostra o C-HR Chery: atendimento bom A presentado no Salão de Genebra realizado no início de março, o Toyota C-HR é a resposta ao rival Honda HR-V. Por lá, contará com mo- tor 1.8l híbrido, de 120 cv, 1.2l turbo, de 113 cv, e dependendo do mercado, um 2.0l com câmbio CVT. O C-HR é um crossover que, tal como outros SUVs, tem carroceria de Divulgação hacthback mas suspensão elevada. Com design agressivo, promete uma boa briga no mercado. Será produzido na Turquia, por enquanto. FA Modelo chega para acirrar briga com SUVs 100%Motor 6 Divulgação A Chery Brasil acaba de conquistar conceito “bom” na avaliação de atendimento do site Reclame Aqui, no acumulado dos Fac-símile do site Reclame Aqui de 99,6% dos quais 76,3% dos últimos 12 meses, enquanto a grande maioria casos são solucionados. O resuldas montadoras brasileiras tado é fruto dos novos padrões ainda está abaixo do regular. em treinamentos técnicos, de Segundo a empresa, os números atendimento aos clientes e inteliapresentados em resposta aos gência da informação, de acordo chamados dos consumidores é com a Chery. FA 100%Motor Autopeças| Pit Stop Divulgação Turbocompressor em alta Na Europa, mais de 80% dos veículos zero km possuem sistema de sobrealimentação, e segundo a fabricante BorgWarner, a tendência é de crescimento S e você não tem um carro com turbo ainda, logo terá. Segundo o fabricante de turbocompressores BorgWarner, nos próximos cinco anos, a produção de turbos para veículos de passeio deve duplicar no Brasil. “Já temos diversas cotações e projetos em andamento”, afirma o diretor da BorgWarner, Vitor Maiellaro. “Se somente um desses contratos vingar, teremos um acréscimo de 220 mil unidades por ano”, diz ao comentar que este é o volume de produção atual da empresa, que fornece turbos majoritariamente para veículos comerciais diesel. Segundo Maiellaro, mais de 80% dos veículos novos vendidos na Europa possuem turbo. “Ao contrário de antigamente, em que o turbo era visto como um equipamento para dar mais potência e performance para o carro, hoje é considerado um aliado na economia de combustível e, consequentemente, na redução de emissões de gases”, explica. O primeiro turbo flex da BorgWarner No Brasil, apenas um modelo produzido no país possui o componente, o VW up!, porém o turbo já está presente em diversos outros modelos, como os Peugeot 308 THP, 408 THP, 508 THP e RCZ, os Citroën C4 Lounge THP, DS3, DS4 e DS5, os Volkswagen Jetta, Golf, Tiguan, Passat, Fusca, os Fiat Bravo T-Jet e Punto T-Jet, o Ford Fusion, além das marcas premium importadas, como Audi, BMW, Mercedes-Benz etc. Cuidados Nos veículos modernos, o turbocompressor dispensa cuidados adicionais, porém o diretor de engenharia da BorgWarner, Lauro Takabatake, é categórico: “O motorista precisa seguir à risca as recomendações de troca de óleo do manual do proprietário”, afirma. Takabatake explica que isso é necessário pois o turbo utiliza o mesmo óleo do motor para lubrificar o rotor, que gira a mais de 300.000 rpm. FA 100%Motor Mais perto dos clientes NGK tem mais bobinas D aos clientes de 85% para 90%”, afirma o diretor geral da empresa para a América Latina, João Paulo Borgonovi. Em outras palavras, isso significa que a empresa está mais pontual nas promessas de entrega de pedidos, tanto para os distribuidores do mercado de reposição, quanto para os clientes que atendem às montadoras. O diferença é grande. Segundo a empresa, o prazo de entrega caiu em média 50%. “Estamos mais próximos dos principais clienDivulgação tes”, diz Borgonovi, ao comentar que comercializa mais de 40 milhões de lâmpadas automotivas por ano, somente no mercado de reposição. FA Novo centro de distribuição, em Varginha esde 2010, a Philips não produz mais lâmpadas automotivas no Brasil. Por determinação da matriz, a planta em Pernambuco foi desativada e os produtos passaram a ser feitos na China. Agora, a empresa anuncia uma nova reestruturação, com a mudança do centro de distribuição de Pernambuco para a cidade mineira de Varginha, no Sul do Estado. “Com isso aumentamos o percentual de atendimento 100%Motor A f a b r i cante de componentes automotivos NGK disponibiliza 62 novas aplicações de bobinas de ignição no aftermarket nacional, para veículos das marcas Fiat, Ford, Seat e Volkswagen. As novas aplicações podem ser encontradas no site www.ngkntk.com.br. “O lançamento surgiu para atender à solicitação dos nossos clientes, que procuram a mesma confiabilidade encontrada nas velas e cabos de ignição da marca”, diz Marcos Mosso, chefe de Marketing da NGK, que destaca que os componentes ação Divulg Lançamento atende 62 novas aplicações proporcionam o mesmo desempenho do equipamento original. A bobina de ignição é responsável por transformar a energia do sistema de alimentação do veículo, que normalmente varia de 12 a 14 volts, em alta tensão, podendo chegar a 45 mil volts. Essa energia é conduzida pelos cabos até as velas, onde é convertida em centelha que dará início a reação de queima de combustível. FA 100%Motor 7 Avaliação | Chevrolet Chevette Preparação Fotos: JC Finardi Por fora, o modelo mantém a originalidade da carroceria Bobina eletrônica de ignição Virabrequim ganhou roda fônica Corpo de borboleta veio da Meriva Adaptado para funcionar Quem teve carro a álcool nos anos 1980 precisava de muita paciência. Com câmbio automático, era quase impossível rodar bem. Eis um milagre da injeção eletrônica C José Carlos Finardi Editor técnico [email protected] 8 omprado zero Km em 1989, o Chevrolet Chevette SL/E 1.6l automático é um desses veículos raros de se ver rodando pelas ruas. Com apenas 70.000 km no odômetro, o veículo ganhou diversas melhorias em relação ao projeto inicial, que permitiram tornar a condução mais prazerosa. Claudemir Jacoud, proprietário do Chevette, conta que era praticamente impossível dirigir o veículo. “O carro ficava encostado na garagem pois para sair com ele era preciso deixar o motor esquentando por mais de meia hora “, lembra. Esse procedimento era necessário para que o motor atingisse a temperatura ideal de funcionamento, cerca de 100ºC, para que começasse a ter condições de dirigibilidade, pois com câmbio automático e sistema de injeção por carburador, ao engatar primeira marcha, o motor apagava. Vale lembrar que os carros dessa época tinham um dispositivo chamado afogador, que fechava a entrada de ar do primeiro estágio para enriquecimento da mistura, mas mesmo assim o Chevette era indirigível, pois o projeto do motor era antigo demais, e nunca aceitou muito bem a adaptação para o uso do álcool. A solução foi trocar o velho carburador por uma injeção ele- Avaliação Chevrolet Chevette | Preparação Acima, a central eletrônica (ECU) do Chevrolet Corsa; ao lado, o motor depois de instaladas as melhorias Com câmbio automático e motor a álcool de fábrica, era quase impossível rodar com o carro trônica. Optou-se por um sistema MPFI, idêntico ao do Chevrolet Corsa, porém poderia ter sido qualquer outro modelo de injeção eletrônica. O segredo foi fazer a calibração com emulador em tempo real, procedimento que levou dois dias para ser concluído, até se obter a calibração perfeita, pois foi calibrado a temperaturas baixa, média e de uso normal de rodagem. Foi feito também calibração em plena carga, com auxílio de um dinamômetro de rolo. A instalação da injeção eletrônica demandou a alteração em diversos componentes. O virabrequim ganhou uma roda fônica e sensor para leitura da rotação e o PMS (Ponto Morto Superior). O coletor de admissão recebeu quatro bicos injetores junto com a galeria de combustível e regulador de pressão. Foi instalado corpo de borboleta da Chevrolet Meriva, que já conta com motor de passo, sensor de posição de borboleta (TPS) e sensor de temperatura do ar, componentes rigorosamente necessários para o funcionamento do sistema de injeção eletrônica. O filtro de ar também foi modificado para receber um sensor MAP (pressão absoluta do ar). Na saída do tanque foi instalada uma bomba elétrica, pois o sistema passou a trabalhar com pressão de 2,5 a 3 bar (monitorada pelo regulador de pressão montada na flauta). E, como não podia faltar em um sistema injetado, foi instalada uma sonda lambda no escapamento, para manter a faixa estequiométrica correta no sistema de injeção, procurando sempre trabalhar dentro do fator de correção lambda 1, a faixa ideal de queima do combustível na câmara de combustão. Vale lembrar que a mistura ideal é de 9 partes Ficha técnica Chevrolet Chevette Motor: dianteiro, álcool, longitudinal, 1.6l, quatrocilindros, 8V, injeção eletrônica (GM Corsa), 73 cv a 5.200 rpm, 12,6 Kgfm a 3.200 rpm Câmbio: automático, 3 marchas Direção: com assistência eletro-hidraulica Tração: traseira Suspensão: dianteira: independente, braços sobrepostos; traseira, eixo rígido, barra Panhart Freios: dianteiros a disco sólido e tambor na traseira Rodas e pneus: aço, 175/70 R13 Dimensões: comprimento, 4.193 mm; largura, 1.570 mm, altura 1.324 mm; entre-eixos, 2.395 mm, peso, 910 kg porta-mala, 267l; tanque de combustível, 58 l Desempenho: velocidade máxima, n/d; aceleração 0 a 100 km/h: n/d Consumo: – estrada: 12 km/l - cidade: 7 km/l Direção com assistência veio da Classe A190 de ar para 1 de álcool. Para verificação em oficina mecânica, é utilizado scanner normalmente, pois o mesmo lê como se fosse um Chevrolet Corsa 1.6 MPFI. Direção Para melhorar ainda mais o prazer de dirigir, a caixa de direção original foi substituída por uma da BMW 325 com assistência hidráulica, porém para não roubar potência do motor, optou-se pela instalação de uma bomba eletro-hidráulica da Mercedes Classe A 190. Com estas modificações, o veículo ficou estável, econômico e gostoso de dirigir, com marcha-lenta estabilizada. Antes das alterações, o consumo era de 4 km/l na cidade, agora chega a fazer 7 km/l na cidade, e até 12 km/l na estrada. FA 100%Motor 9 Avaliação | Dodge Dart Coupé 1974 Preparação Fotos: JC Finardi Ficha técnica Dodge Dart 1974 Sergio Performance Motor: dianteiro, longitudinal, V8, 318, gasolina, 16V, 340cv (+120 cv com nitro), 62 mkgf Câmbio: manual de quatro velocidades, com diferencial blocado e reduzido para ganhar força em baixa (arrancada) Direção: mecânica, sem assistência Tração: traseira Suspensão: eixo de torção na dianteira e eixo rígido com feixe de molas na traseira Freios: dianteiros a disco ventilados e tambor na traseira Rodas e pneus: liga leve, 255/60 R15 Dimensões: comprimento, 4.960 mm; largura, 1.810 mm, altura 1.390 mm; entre-eixos, 2.820 mm, peso, 1460 kg porta-malas, 436 l; tanque de combustível, 62 l Desempenho: velocidade máxima, n/d aceleração 0 a 100 km/h: n/d Consumo: n/d Acima, detalhes do interior do muscle car, que recebeu rodas de tala larga para arrancada O motor V8 do Dodge Dart 1974 recebeu diversas atualizações e rende agora mais de 340 cv Clássico de arrancada A José Carlos Finardi Editor técnico [email protected] pesar de ser um monstrengo para os padrões brasileiros, o Dodge Dart Coupé 1974 era considerado, na época, um veículo compacto nos Estados Unidos. Em 1969, a Chrysler começou a produzir o Dart no Brasil, sendo que a versão coupé foi lançada somente em 1971. A grande sensação era o motor V8 de 318 polegadas cúbicas (5.212 cm³), que rendia 198 cv a 4.600 rpm, e torque máximo de 41,5 kgfm a 2.400 rpm. Era o maior motor produzido no País. O carro dessa reportagem estava na oficina do preparador Sérgio Pires, a Sérgio Performance, e recebeu diversas modificações para se tornar um carro de arrancada, porém sem perder totalmente as características de rua. Modificações 10 Antigo V8 318 recebe componentes de competição e embreagem de kevlar para render mais de 340 cv de potência Como todo bom carro de arrancada, o que conta é força e potência para sair da imobilidade o mais rápido possível e também ganhar muita velocidade em curto espaço de tempo. Assim, a primeira providência foi equipar o Dart com um sistema de óxido nitroso (o popular Nitro). Ao mesmo tempo, o motor ganhou uma série de novos componentes, para suportar o aumento de torque e potência, como cabeçote com válvulas retrabalhadas, instalação de comando 296, para deixar o carro em condição de uso urbano - por ser carburado, pistão com tratamento especial para aumentar a taxa de 8,:1 para 10:1, coletor de admissão especial Edelbrock e carburador Holley 650 CFL de competição. Com tudo isso, o carro passou a contar com 340 cv de potência e 62 kgfm de torque máximo, sem o Nitro, que quando acionado, adiciona mais 120 cv ao motor. A caixa de câmbio é a original, de quatro velocidades, porém a embreagem foi substituída por uma especial, da norte-americana Centerforce, para aguentar a carga de pressão quando entrar o nitro. O modelo escolhido foi uma de disco dual friction, com kevlar em um lado e outro convencional com lona trançada. Para manter a tração, o diferencial foi encurtado de 3,70 para 3,93, e blocado com carga de 80% para evitar patinação de uma só roda ao arrancar com o veículo. Além disso, os amortecedores foram recalibrados para manter a aderência, e a fixação do eixo traseiro foi reforçada. Como se trata de um carro de arrancada, as caixas de rodas foram alargadas para receber rodas maiores. FA 100%Motor Volkswagen Gol | Avaliação Fotos: Alexandre Akashi Com preço inicial de R$ 34.890, pode chegar a R$ 49.710 tal como o avaliado (foto) Na traseira, mudanças sutis Destaque para volante com base reta Multimídia e motor 3 cilindros são novidade Mudanças sutis E m 2008, o Gol G5 causou muita curiosidade do consumidor. Ao sair à rua com o carro, imediatamente virava o centro das atenções. A geração 6 do modelo, lançado no início de março, não repetiu o mesmo resultado. Pelo contrário. Passa totalmente desapercebido na multidão, apesar de contar com mudanças profundas, principalmente no conjunto motor. Agora equipado com o mesmo 1.0l de três cilindros presente no Fox e up!, o Gol ganha sobrevida e capacidade de voltar a ser o carro mais vendido no Brasil. O preço, porém, pode ser um impeditivo, uma vez que custa a partir de R$ 34.890, na versão Trendline, sem ar-condicionado. Com motor 1.0, a versão topo de linha é a Comfortline que já vem com ar-condicionado e sistema de áudio “Media Plus” com bluetooth, MP3 e entradas USB, SD-card e Nas ruas, a nova geração do Gol passa desapercebida; a grande novidade é a adoção do motor 1.0l 3 cilindros, o mesmo que equipa o up! AUX-IN, e custa R$ 42.690. A cor vermelha sólida custa mais R$ 400, e as metálicas, R$ 1.310. O modelo avaliado estava com todos os opcionais disponíveis nos pacotes Urban (R$ 3.350) - computador de bordo, sistema de alarme com comando remoto, sensor de estacionamento traseiro, luzes de leitura dianteiras e traseiras, chave tipo canivete com comando remoto, retrovisores externos elétricos com função tilt-down no lado do passageiro, rodas de liga leve aro 15”, porta-malas com abertura elétrica, travamento elétrico das portas e vidros elétricos. Contava também com o kit de interatividade com navegação (R$ 2.360) - sistema multimídia com tela touchscreen, Bluetooth, comando de voz, navegação e App-Connect, suporte para celular e volante multifuncional. No total o preço final do Gol 1.0 avaliado era de R$ 49.710. Vida a bordo O Gol 3 cilindros é um carro econômico, como o esperado. Durante a semana de teste, fez média superior a 12 km/l no circuito urbano, abastecido com gasolina. Nos curtos trechos de estrada, medimos média superior a 16 km/l, com o mesmo combustível. O conforto interno é limitado ao preço e característica do carro, que mesmo contando com algumas tecnologias de ponta, como a central multimídia com espelhamento do smartphone, ainda é um veículo popular. A conectividade com sistema Android e IOS é interessante, mas ainda não há muitos recursos disponíveis, principalmente no Android. É bacana ver o Google Maps na tela do multimídia? Sim. Mas é só. O recurso de reconhecimento de voz também funciona bem, mas o preço disso tudo ainda é elevado demais. FA Ficha técnica GOL 1.0 Comfortline Motor: dianteiro, transversal, flex, três cilindros, 999cm³, 76/72cv a 5.250rpm (e/g), 10,6/9,7Kgfm a 3.850rpm (e/g) Câmbio: manual de cinco velocidades Tração: dianteira Direção: assistência hidráulica Suspensão: independente tipo MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, com molas helicoidais, amortecedores a gás e barra de torção Freios: dianteiros a disco ventilados e tambor na traseira, com ABS, Rodas e pneus: aço 175/70 R14, (opcional liga leve, 195/55 R15) Dimensões: comprimento, 3.907mm; largura, 1.659mm; altura, 1.488mm; entre-eixos, 2.468mm, peso, 978kg, porta-malas, 285l; tanque de combustível, 55l Desempenho: velocidade máxima, 163/161km/h (e/g); aceleração 0 a 100 km/h: 13,4/13,9s (e/g) Consumo PBEV - INMETRO: n/d 100%Motor 11 Avaliação | JAC J3 IEV Alexandre Akashi Sem muita frescura, o elétrico chinês cumpre bem o papel de rodar na cidade gastando pouco Verdades chocantes O Alexandre Akashi aleakashi@ jornalfarolalto. com.br 12 carro elétrico é uma realidade mundial e está presente nos Estados Unidos, Europa e Ásia, inclusive na China, onde a JAC comercializa o J3 Sedan IEV4 pela bagatela de 158.000 yuan (antes dos benefícios), o que representa algo em torno de R$ 95.000 (sem impostos). O Brasil, com uma indústria automotiva muito mais tradicional, ainda engatinha na questão da eletrificação veicular, e para os que pensam que isso ocorre por falta de tecnologia, o JAC J3 Sedan IEV4 é prova de que o problema é outro. O elétrico chinês é totalmente Chineses mostram que carro elétrico pode ser mais popular do que modelos 1.0l; modelo da JAC alia muito desempenho e muita economia carente de tecnologias ultra-avançadas como a maioria dos modelos apresentados pelas montadoras nos salões de automóveis pelo mundo afora. E isso é uma lição importante para todos aprenderem, pois demonstra que é possível sim ter um carro elétrico sem precisar investir toneladas de dinheiro. Assim, o J3 IEV4 conta com motor elétrico de corrente alternada de imãs permanentes de 42 kW (52 cv), alimentado por um conjunto de baterias de ferro-lítio de 19 kWh, que permite autonomia de 130 km aproximadamente, um inversor e um controlador, que gerencia o funcionamento do sistema como um todo. Os freios são hidráulicos, à vácuo, sem nenhum tipo de elemento especial nem sistema regenerativo, mas com ABS. A suspensão é independente nas quatro rodas, do tipo McPherson na dianteira e dual link na traseira. Economia A JAC conta com uma única unidade do veículo no Brasil, para apresentação em eventos. O Farol Alto-100% Motor avaliou o veículo por uma semana, utilizando-o para as mais diversas tarefas do JAC J3 IEV | Avaliação Fotos: Alexandre Akashi Durante a semana de teste, fez R$ 0,13/km rodado, menos da metade de um carro a gasolina; banco de bateria leva 8h para carregar na tomada de casa Internamente, nada de painel digital cheio de botões; no cofre, motor elétrico, inversor e controlador; nada de troca de óleo, filtros e correia cotidiano. Durante este período, rodamos 300 km com o veículo, e adotamos uma rotina diferente: ao invés de encher o tanque, plugávamos o carro na tomada, antes de dormir, tal qual como fazemos com o telefone celular. Com isso, ao acordar, as baterias estavam completamente recarregadas e o carro pronto para rodar mais 130 km. Nos sete dias, porém, não houve um único dia que foi necessário utilizar mais do que 50% da carga total. No final, a conta de luz sofreu acréscimo de R$ 39 da média paga nos últimos três meses, e isso revela consumo de R$ 0,13/ km. Vale lembrar que o teste foi realizado em fevereiro deste ano, com o preço da energia em bandeira vermelha, em que o kWh cobrado era de aproximadamente R$ 0,80 (incluindo impostos). Para efeito de comparação, o elétrico é no mínimo 50% mais econômico do que o carro a combustão interna mais econômico a venda no País, o VW up! Turbo, que faz 13,8 km/l de gasolina na cidade, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro. Como o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 3,72, de acordo com levantamento da ANP, o custo por km rodado do up! é de R$ 0,27/km. Além disso, o elétrico leva vantagem na ausência de manutenções que tiram o sono da maioria dos proprietários de veículos, como troca de óleo e filtros (ar, óleo e combustível), velas e cabos, fluido de arrefecimento, correias de transmissão de força e acessórios, assim como evita defeitos oriundos da falta de qualidade dos combustíveis padrões (etanol, gasolina, diesel). Vida a bordo A primeira vista, os 57 cv de potência do motor não aparentam ser muito. Porém, é preciso lembrar que veículos elétricos não sofrem perdas ao passar a força para as rodas por não ter sistema de transmissão. Assim, a aceleração do JAC IEV4 é plena e o arranque é total. Um Idea 1.8 Etorq com 132 cv não teve a menor chance contra o IEV4 na arrancada. Porém, a velocidade máxima é limitada pela rotação do motor, e aos 130 km/h já está quase no limite. Mas, para um veículo urbano, isso não é problema. O maior incômodo do IEV4 foi a falta de adequação para o asfalto brasileiro, muito ondulado e irregular. Com amortecedores e molas muito rígidos, o carro pulava muito e era desconfortável, algo fácil de resolver caso pudesse ser vendido aqui. FA 100%Motor Ficha técnica JAC IEV Motor: dianteiro, elétrico, síncrono de imãs permanentes, 57 cv (42 kW), 170 Nm/1 rpm Bateria: Fosfato de ferrolítio, 345 V, 62,5 Ah, 19 kWh, refrigerada a ar Direção: assistência elétrica Suspensão: independente nas quatro rodas, tipo McPherson na dianteira e na traseira dual link Freios: dianteiros a disco ventilados e na traseira sólidos com ABS, EBD Rodas e pneus: liga leve, 185/60 R15 Dimensões: comprimento, 4.155 mm; largura, 1.650 mm, altura 1.465 mm; entre-eixos, 2.400 mm, peso, 1.260 kg porta-malas, n/d l Desempenho: velocidade máxima, 100 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: n/d Autonomia: 130 km Tempo de carga: 8h Consumo: 7,14 km/kW 13 Avaliação | Chevrolet Cobalt Fotos: Alexandre Akashi Traseira alta e bonita Bom conforto interno OnStar não é perfeito Com muito espaço interno, o design do sedan ficou bem melhor Porta-malas: 563 l Agora mais bonito Ficha técnica Chevrolet Cobalt Elite Automático Motor: dianteiro, flex, quatro-cilindros, 1.8l, 8V, 1.796 cm³, 108 cv a 5.400 rpm (etanol); 106 cv a 5.800 rpm (gasolina), 17,1/16,4 mkgf a 3.200 rpm (e/g) Câmbio: automático de seis velocidades Direção: assistência hidráulica Tração: dianteira Suspensão: independente tipo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira Freios: dianteiros a disco ventilados e tambor na traseira Rodas e pneus: liga leve, 195/65 R15 Dimensões: comprimento, 4.481mm; largura, 1.735mm, altura 1.523mm; entre-eixos, 2.620mm, peso, 1.135kg porta-malas, 563l; tanque de combustível, 54l Desempenho: velocidade máxima, 170 km/h (e/g); aceleração 0 a 100 km/h: 11,2/10,9 s (e/g) Consumo PBEV INMETRO: n/d 14 D e tempos em tempos, a Chevrolet consegue tirar leite de pedra. A renovação de modelo do sedan compacto gigante Cobalt é um exemplo disso. O carro mudou bastante por fora, ficou nitidamente mais bonito e agradável de ver e usar, mas por dentro não mudou muito e mecanicamente é o mesmo dos modelos anteriores. Isso significa dizer que o motor é o bom e velho 1.8l baseado nos antigos Monza, da década de 1980. Claro que agora com um sistema de injeção mais moderno e eficiente, porém de baixa potência e performance. O câmbio também não mudou em relação ao modelo anterior, automático de seis velocidades, ou manual de cinco. A versão disponibilizada para avaliação era a topo de linha, Elite 1.8 Automático, com todos os opcionais disponíveis, inclusive sistema MyLink com espelhamento Por fora, o sedan compacto gigante ganha linhas mais modernas, mas por dentro ainda está cheio de elementos de carro popular de smartphone (Android Auto e Apple CarPlay), e o sistema de telemática OnStar, que oferece serviços de Emergência, Segurança, Navegação, Concierge e Conectividade. O preço não é nada compacto. Parte de R$ 68.990 (branco). A pintura metálica custa mais R$ 1.400. Porém, já vem completo, com acessórios como o MyLink, câmera de ré, piloto automático, entre outros. Ao volante A grande novidade do Cobalt é a adoção da tecnologia OnStar, porém na única vez que sentimos necessidade de acioná-la, o resultado foi decepcionante. Ao questionar a atendente sobre qual melhor caminho a seguir do bairro do Ipiranga, em São Paulo, para a cidade de Osasco, na região metropolitana, a resposta foi curta e grossa: “Essa informação o senhor tem disponível no aplicativo para smartphones”, disse a atendente. Ao questionar sobre a impossibilidade de fazer o download naquele momento, a resposta foi a pior possível: “Esta informação somente pelo aplicativo”. Horas depois, já com o aplicativo OnStar instalado, descobrimos que para espelhar o smartphone no MyLink era necessário o app do Andoid Auto, que ainda não está disponível no País. E o pior, esta versão do MyLink não conta com GPS embutido. Assim, o MyLink mostrou ser pouco útil, assim como o OnStar. Tecnologias de conectividade à parte, o Cobalt conta com excelente relação conforto/dirigibilidade. A GM tem grande experiência no acerto de suspensão, e mesmo sendo macia, o carro tem ainda boa estabilidade em curvas. O motor, apesar de velho, dá conta do recado, graças ao câmbio, que possui boa relação de marchas. FA 100%Motor Avaliação JAC T5 | Lançamento Fotos: Divulgação Rack é série na versão intermediária Design é bem definido e sóbrio, mas arrojado Conforto interno é bom e bem acabado Multimídia com espelhamento Painel conta com computador de bordo O melhor da China I Alexandre Akashi aleakashi@ jornalfarolalto. com.br Ar digital mostra temperatura errada ndiscutivelmente, o JAC T5 é o melhor modelo da JAC Motors disponível no mercado brasileiro. O SUV compacto chega com três opções de preços, todos com motor 1.5 VVT JetFlex, que desenvolve potência máxima de 127/125 cv a 6.000 rpm (etanol/gasolina), e torque máximo de 154/152Nm a 4.000 rpm (e/g), e câmbio manual de seis velocidades. O mais em conta custa R$ 59.990 e vem com ar-condicionado digital, trio elétrico, alarme, sensor de estacionamento, monitoramento da pressão dos pneus, computador de bordo, sensor crepuscular, banco do motorista com ajuste de altura e faróis com regulagem de altura elétrica. Com mais R$ 5.000, é possível equipá-lo com rodas de liga leve 16 polegadas, faróis de neblina dianteiros e traseiro, rack no teto e controle eletrônico de estabilidade (ESP) e assistente de rampa (HSA). Já a versão completa custa Porta-malas é destaque com 600 l Atrás, bom espaço para pernas Ficha técnica JAC T5 JetFlex Motor: dianteiro, transversal, flex, 4 cilindros em linha, 1.4l, 16V, DOHC, VVT, 1.499 cm³, 127/125 cv a 6.000 rpm (etanol/ gasolina), 154/152Nm a 4.000 rpm (e/g) Câmbio: manual de seis velocidades Direção: elétrica Suspensão: independente na dianteira, tipo McPherson, e eixo de torção na traseira, com molas helicoidais e barra estabilizadora Freios: dianteiros a disco ventilados e sólidos na traseira, ABS Rodas e pneus: liga leve, 255/55 R16 Dimensões: comprimento, 4.325 mm; largura, 1.765 mm; altura, 1.625 mm; entre-eixos, 2.560 mm, peso, 1.210 kg porta-malas, 600 l; tanque de combustível, 45 l Desempenho: velocidade máxima, 194 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 10,8 s Consumo PBEV INMETRO: urbano - 6,8/8,18 Km/l (e/g); rodoviário 9,63/12,2 Km/l (e/g) Modelo chega com preço popular (a partir de R$ 59.990) para agitar ainda mais o disputado mercado dos SUV compactos R$ 69.990 e conta ainda com bancos revestidos em couro, kit multimídia com mirror link e tela de 8 polegadas e câmera de ré. O acabamento interno do T5 é aprimorado em relação aos demais modelos da marca. Os plásticos estão mais bem alinhados e a sensação de conforto é maior. Porém, o sistema de ar-condicionado permanece o mesmo de sempre, com indicador de temperatura externa louco, que mesmo nos dias mais frios consegue informar 40°C. Em movimento O test drive de lançamento foi bastante completo, com longos trechos de estrada e trânsito urbano, o que permitiu avaliar bem o modelo. O motor, apesar de 1.5l, dá conta do recado, mas tende a ser gastão por conta da relação peso x potência. Mesmo assim, recebeu nota A do Inmetro. Fato é que SUVs tendem a ser beberrões. Mas o que conta neste primeiro momento é o desempenho, e isso o T5 mostrou que tem, guardadas as devidas proporções. Para quem pensa em comprar um carro para viajar com a família, pode contar com ele. Na estrada, a 120 km/h, em sexta marcha, roda tranquilo, e consegue ir um pouco além, sem muito esforço. Nas subidas de serra, o motor também mostrou que dá conta do recado, assim como nas curvas. Dependendo da necessidade, pode até ficar divertido. A suspensão está bem presa, o que na cidade é um pouco ruim por conta do péssimo asfalto, mas o carro foi bem ajustado e não está molenga. A versão avaliada foi a top de linha, de R$ 69.990 e lamentavelmente os equipamentos não valem os R$ 5 mil a mais, pois a central multimídia não mostrou ser algo excepcional. Já os bancos de couro e a câmera de ré são acessórios bacanas. FA 100%Motor 15 assine e ganhe vantagens exclusivas Oferecimento: MOR kawa Assine a revista Farol Alto-100% Motor por 1 ano (12 edições) e ganhe um check-up completo do veículo + cristalização do parabrisa da Isotech* Acesse o site www.jornalfarolalto.com.br/assinante e siga as instruções. Assim que sua assinatura for confirmada, você receberá um voucher para agendar o check-up e a cristalização do parabrisa em uma das oficinas dos nossos consultores automotivos Farol AltoSeu Consultor Automotivo de Novos e Usados /jornalfarolalto /100porcentomotor /100porcentomotortv *Assinatura anual de 12 edições da revista Farol Alto-100% Motor por R$ 50 (parcela única). Promoção válida até 30 de junho de 2016, somente para as cidades de São Paulo e Guarulhos - SP. As oficinas participantes são: Auto Astral Mecânica, Automecânica Morikawa, CobeioCar, Stilo Motores, Pneus Belém/GDP Overhauling, Souza Car, Luizinho Reparações Automotivas, Mecânica Navega, Mecânica De Castro e Centro de Diagnóstico Torigoe. O check-up é realizado de acordo com a norma ABNT NBR 14642. 0800 707 8022 • nakata.com.br TUDO AZUL. TUDO NAKATA. Avaliação | Audi RS3 e TTS Lançamento Fotos: Divulgação O novo TTS: motor de 286 cv a R$ 299.990 TTS é mais elegante e... mais tecnológico por dentro Foguetes compactos e uma só vez, a Audi apresentou dois foguetinhos compactos capazes de trazer muita alegria, principalmente àqueles que dispõe de R$ 300.000 sobrando. Trata-se dos novos RS3 e TTS. O primeiro conta com motor cinco cilindros de 367 cv de potência e 465 Nm de torque, enquanto o TTS vem com o mesmo 2.0 quatro cilindros TFSI de dupla injeção do TT, porém apimentado para render 286 cv e 380 Nm de torque máximo. Pelos números apresentados acima, o preço surpreende: o TTS é ligeiramente mais caro do que o RS3, custa a partir de R$ 299.990, enquanto o RS3 sai por R$ 290.990. É o custo do design mais exclusivo, e também de alguns mimos como o Audi Virtual Cockpit e o Audi Magnetic Ride. Qual escolher? Na pista Ambos modelos tem velocidade 18 Audi TTS ... e simples, mas funcional No canto esquerdo, o novo TTS e à direita, o RS3. Um chama muita atenção, o outro, também D Alexandre Akashi aleakashi@ jornalfarolalto. com.br Motor: dianteiro, transversal, gasolina, 5 cilindros em linha, 2.5l, 20V, 2.480 cm³, 367cv a 5.500 rpm 465Nm a 1.625-5.550rpm Câmbio: dupla embreagem de sete velocidades Direção: elétrica Rodas e pneus: liga leve, 235/35 R19 Dimensões: comprimento, 4.343 mm; largura, 1.800 mm; altura, 1.411 mm; entre-eixos, 2.631 mm, peso, 1.520 kg porta-malas, 280 l; tanque de combustível, 55 l Desempenho: velocidade máxima, 250 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 4,3 s Já o RS3 tem 367 cv e custa apenas R$ 290.990 RS3 é mais discreto... controlada eletronicamente em 250 km/h, mas o RS3 pode receber um acréscimo de 30 km/h à velocidade final por meio de requisição à montadora. Paga-se mais por isso, claro. O RS3 é mais rápido no 0 a 100 km/h. Faz em 4,3 segundos ante 4,7s do TTS. A diferença não é muita para quem vai andar somente na rua, mas na pista é quase uma eternidade. Vale lembrar que além de mais potência e torque, o RS3 conta com câmbio S-Tronic (robotizado de dupla embreagem) de sete velocidades, enquanto o TTS vem com S-Tronic de seis. Curiosamente, o TTS vem com pneus mais largos: 245/35 R19, enquanto o RS3 utiliza um conjunto 235/35 R19. Deve ser por estética. O RS3 é mais pesado, com 1.520 kg, enquanto o TTS tem apenas 1.365. Ambos contam com tração integral nas quatro rodas, quattro, e possuem dispositivo eletrônico Ficha técnica Audi RS3 Motor: dianteiro, transversal, gasolina, 4 cilindros em linha, 2.0l, 16V, 1.984 cm³, 286cv a 5.300 rpm 380Nm a 1.800-5.200rpm Câmbio: : dupla embreagem de seis velocidades Direção: elétrica Rodas e pneus: liga leve, 245/35 R19 Dimensões: comprimento, 4.191 mm; largura, 1.832 mm; altura, 1.343 mm; entre-eixos, 2.505 mm, peso, 1.365 kg porta-malas, 305 l; tanque de combustível, 55 l Desempenho: velocidade máxima, 250 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 4,7 s de largada, que permite arrancar com o motor cheio, em rotação de torque máximo, sem patinar, o que faz o corpo colar com força no encosto do banco e chaga a anestesiar o cérebro. Muito bom. Para os mais racionais, os números certamente levam à escolha pelo RS3. Porém, um endinheirado felizardo pode ter a extrema necessidade de chamar atenção, e neste quesito o TTS vence de goleada. Sair à rua com um coupé é muito mais sedutor do que com um carro comum envenenado de fábrica. A verdade é que independente da escolha, o resultado é um largo sorriso, de orelha a orelha. Se houver ainda a possibilidade de um test drive no autódromo de Interlagos, à noite, com instrução de pilotos profissionais, para descobrir os verdadeiros limites das máquinas, então com certeza será preciso ter R$ 600.000 disponível em conta. Pois na dúvida, melhor ficar com os dois. FA 100%Motor Avaliação Hora da revisão Potência limitada pelo filtro Picapes, vans e VUCs diesel sofrem mais na cidade, consumo aumenta e perdem força, até que uma luz acende no painel. Saiba por que e como evitar que isso ocorra JC Finardi Luz de anomalia do filtro de partículas acesa (em destaque); quando isso acontece, regeneração do filtro deve ser realizada somente com scanner U José Carlos Finardi Editor técnico [email protected] m problema que tem acontecido com bastante frequência entre os proprietários de vans e VUCs (veículos urbanos de carga) movidos à diesel, fabricados a partir de 2012, é a repentina perda de potência acompanhada do acendimento da luz de anomalia do filtro de partículas. Isso ocorre por causa da saturação do filtro, uma vez que trata-se de veículos que rodam majoritariamente em circuito urbano, a baixa velocidade e rotação. Em 2012, entrou em vigor uma nova legislação de emissões de gases poluentes, a Euro 5, que obrigou as montadoras de veículos comerciais movidos à diesel (inclusive picapes) instalar o filtro de partículas em todos os modelos. Como o próprio nome diz, o componente serve para filtrar o material particulado resultante da má queima do diesel e, como todo filtro, uma hora satura e precisa de manutenção. Como se trata de uma peça muito cara, custa entre R$ 7.000 e R$ 15.000, dependendo do modelo do veículo, as montadoras desenvolveram um procedimento para descontaminar o componente que pode ser realizado pelo próprio motorista. O ideal é que ao menos uma vez ao mês, o veículo de rodar por no mínimo meia hora com velocidade acima de 60 km/h e rotação elevada (acima de 2.500 rpm), pois assim o sistema entra em processo de regeneração do filtro. É importante neste período de tempo evitar de a rotação cair para menos de 2.500 rpm. Se isso acontecer, o sistema abortará o procedimento de regeneração e será necessário começar tudo de novo. Perda de potência Quando o filtro satura e há perda de potência no motor, o processo de autoregeneração não funciona mais. Assim, não adianta tentar acelerar o carro. Isso porque quando o veículo chega a este ponto, o nível de material particulado é tão grande que há, inclusive, a necessidade de utilizar aditivos para ajudar a dissolver os resíduos. Sair dessa situação é relativamente fácil, porém é preciso contar com os serviços de um profissional aparamentado com um scanner apropriado para realizar uma regeneração forçada. O equipamento eletrônico acessa o módulo de controle de injeção do veículo, libera a potência do motor, lê as condições do filtro e efetua o procedimento até que fique 100% limpo. O tempo de duração varia de 20 minutos a 1 hora, dependendo do nível de saturação do filtro. Na pior das hipóteses, há a necessidade de troca do filtro. Porém, como já foi dito, trata-se de uma peça muito cara, e uma alternativa é utilizar um produto que ajuda a dissolver a fuligem, como o Fuel Cleaner, da Autoplast. Em testes realizados pelo Canal 100% Motor, o produto mostrou ser altamente eficiente. Confira o vídeo no Youtube: www.youtube.com/100porcentomotortv. FA 100%Motor 19 Avaliação Hora da revisão Sensor MAP em curto Veículo Fiat tira o sono do proprietário por três meses; sempre que o motor aquecia, o carro morria e só voltava a funcionar depois de horas parado JC Finardi Divulgação Nos carros mais antigos, quando um sensor como o MAP estraga o veículo entra em emergência para obrigar o motorista consertar o defeito D José Carlos Finardi Editor técnico [email protected] 20 urante três meses, o Fiat Palio 1.5 MPI 1999 deu dor de cabeça para o proprietário. Por anos o carro funcionou de acordo com o planejado, porém nos últimos meses não parava ligado depois que o motor atingia a temperatura ideal de trabalho. Era o motor esquentar para começar a falhar e morrer. O carro passou em inúmeras oficinas, porém nenhuma delas conseguiu encontrar o defeito, uma vez que só se apresentava quando o motor estava quente. Assim indicaram a um especialista em módulo, pois havia a suspeita de que seria um defeito eletrônico mais complexo. Felizmente, os carros mais antigos possuem uma estratégia de emergência mais simples na programação do sistema de injeção eletrônica, o que torna o diagnóstico sem scanner mais fácil. Este é um conhecimento que nem todos os mecânicos possuem, uma vez que a tecnologia embarcada tem evoluído muito e tornado tudo mais complexo. Ao detectar a ausência de alguns sensores, o módulo eletrônico adota um padrão de emergência para manter o motor em condições mínimas de funcionamento, o que permite ao motorista chegar a uma oficina e efetuar o reparo. Esse padrão de emergência estipulado pelo módulo é um valor fixo de referência (aproximadamente 450 mV, dependendo do veículo), e é utilizado por diversas montadoras. Para saber onde está o defeito sem auxílio de um scanner, basta remover o conector dos sensores até que o motor passa a funcionar de forma regular. Entre os sensores que podem ser testados desta forma estão: o MAP (sensor de pressão absoluta), o MAF (sensor de fluxo de ar), o sensor de temperatura da água, sonda lambda e o TPS (sensor de posição de borboleta). O teste deve ser realizado individualmente, desplugando e reconectando até descobrir o causador do problema. É preciso lembrar que este procedimento requer uma limpeza na memória de avaria do módulo, após o reparo, e não adianta desligar a bateria, pois as memórias ficam armazenadas, e somente um scanner consegue apagá-las. Atenção, não desconecte sensores vitais para o motor, como o sensor de rotação, sensor de fase, bobina ou distribuidor, pois sem eles o motor perde a referência e não funcionará. Porém, a forma mais simples de resolver este tipo de defeito é com um scanner que faz a leitura de todos os sensores simultaneamente e em tempo real, pois assim é possível visualizar o problema imediatamente. No caso do Palio o defeito estava no sensor MAP, que havia estragado e sempre que aquecia, entrava em curto, porém com a temperatura ambiente normal, funcionava bem o suficiente para que o motor pegasse. Por isso, o defeito só era percebido quando o motor atingia a temperatura ideal de trabalho. FA 100%Motor Defeito crônico | NoAvaliação elevador Marcha queimada Modelos da francesa Renault com motor 1.6l e transmissão manual tendem a apresentar problemas de engate de marcha, fruto de coifa danificada Alexandre Akashi Adilson Abachioni, Auto Astral Mecânica Av. dos Pequis, 320 Jd. Vl. Formosa (11) 2916-0599 No detalhe, a coifa rasgou e vazou boa parte do óleo da transmissão; risco de danificar o câmbio é grande D e repente, sem nenhum tipo de aviso, do nada, a quinta marcha começa a apresentar dificuldade de engate. As demais, porém, entram normalmente, sem problemas. Esse é um defeito muito comum em diversos modelos Renault com motor 1.6l e transmissão manual, como os antigos Clio e Scenic, e também os mais novos Sandero e Logan, uma vez que o modelo do câmbio é o mesmo. Nos últimos tempos, já atendi mais de seis casos do gênero, sendo o último o Renault Clio das fotos, fabricado em 2004, com pouco mais de 80.000 km. E esta não é a primeira vez que isso acontece com esse mesmo veículo, segundo relato do proprietário. Na primeira vez, porém, o prejuízo Postergar o reparo pode causar danos irreversíveis ao câmbio foi maior, pois não deu a devida atenção ao defeito e acabou queimando a quinta marcha, o que obrigou a refazer o câmbio. Quando chegou a esse ponto, a quinta marcha não entrava mais, pois o conjunto trabalhou sem óleo e queimou as engrenagens, sendo necessário substituir diversos componentes, inclusive o garfo, que quebrou com o atrito. As engrenagens das demais marchas, no entanto, nada sofreram. Isso ocorre pois o conjunto da quinta marcha fica mais elevado e é o primeiro a sofrer quando há baixa no nível de lubrificante. Infelizmente quando há a necessidade de abrir o câmbio e trocar componentes internos o preço do serviço não é barato. Por isso, é importante ficar atento. Mas, a questão de tudo é: por onde ocorre o vazamento do óleo da transmissão? E é neste ponto que está a falha de projeto deste câmbio: a coifa do semieixo, que é de borra- cha, se rompe e deixa boa parte do lubrificante vazar. Por ser de borracha, a peça tem prazo de validade, que é de cinco anos. Pode durar mais, sim, porém é sempre bom verificar a cada revisão se está em perfeitas condições e, ao menor sinal de rompimento, substituí-la, de preferência por uma outra original ou de marca reconhecida pelo mercado, que são um pouco mais caras, porém com garantia. No caso do Clio, o componente durou menos do que o esperado. Assim, proprietários desses veículos devem ficar atentos às manchas de óleo no chão da garagem. Este é o primeiro indício de que algo não está certo com o veículo. Outro é se, por algum motivo, começar a sentir dificuldade de engatar a quinta marcha. Neste caso recomendamos que busquem uma oficina de confiança o quanto antes para verificar as condições da coifa do câmbio. FA 100%Motor 21 Avaliação No elevador | Defeitos intrigantes Sumiço misterioso no I-Motion Óleo lubrificante do câmbio robotizado desaparece do nada e pára de trocar as marchas; mas o pior é que nem todo equipamento faz o que promete Fotos: Alexandre Akashi Alexandre Morikawa Automecânica e Elétrica Morikawa R. São Paulo de Oliveira, 877 Jd. Cumbica, Guarulhos (11) 2481-3819 MOR kawa Na foto superior, a localização da tampa do reservatório do câmbio I-Motion, que não deve ser aberta sem antes despressurização do sistema, que deve ser feito com scanner E ste mês tivemos um caso de defeito intrigante aqui na oficina. Tratava-se de um Volkswagen Fox 1.6 I-Motion 2011, com 81.000 km rodados, com problema de engate das marchas. Somente a primeira entrava, o que nos levou a acreditar que o sistema robotizado tinha algum defeito. Não foi difícil encontrar o motivo de o câmbio ter entrado em módulo de emergência, porém é duro entender como isso pode ter acontecido. Nosso diagnóstico mostrou que o nível de óleo lubrificante que aciona o sistema hidráulico do câmbio estava muito baixo, e para evitar a queima dos componentes, o módulo de controle limitou a operação do robô que efetua as trocas de marchas, para obrigar o motorista a Este não é o único caso de sumiço de óleo. Há diversos relatos assim 22 Acima, o Fox I-Motion 2011; ao lado, o scanner Kaptor V3, da Alfatest, que realizou o procedimento com sucesso parar o carro para manutenção. Porém, tanto o fabricante do câmbio (Magneti Marelli) quanto a montadora (Volkswagen) alegam categoricamente que não é preciso, nunca, trocar o óleo do sistema robotizado, nem tampouco completar o nível, pois trata-se de um sistema fechado. Bom, está comprovado que não é bem assim, e merece uma revisão no projeto. Avaliamos o sistema como um todo e não havia sinais claros de vazamentos, assim, para onde foi o óleo? Este é o misterioso caso do sumiço do óleo do I-Motion. E não é o único. Há diversos de casos assim. Independente deste defeito crônico e intrigante, tivemos uma segunda surpresa desagradável ao realizar os procedimentos para substituição do óleo. Sim, trocamos todo o óleo, pois não é recomendado completar o nível, simplesmente. E um alerta: quem tem um carro com este tipo de câmbio e perceber defeito parecido, nunca tente abrir a tampa do reservatório de óleo sem antes despressurizar o sistema, com auxílio de um scanner. Isso é necessário para não danificá-lo mais ainda. Despressurizamos, tiramos o óleo velho, colocamos o novo e partimos para o procedimento de reaprendizagem do câmbio. Contamos com dois scanners aqui na oficina e ambos nos foram vendidos como aptos para este trabalho, porém tanto o Rasther II quanto o Raven 3 se mostraram ineficazes. Os programas chegavam a ler o sistema, realizavam alguns testes, mas nada de finalizar o processo de aprendizagem. O fabricante do Raven 3 ficou curioso e nos dará um parecer posteriormente. Já o Rasther conta com uma versão mais moderna, porém se esta possui o procedimento, deveria ser eficiente. A solução foi buscar um equipamento emprestado. Usamos um Kaptor V3, com todas as licenças existentes. Na primeira tentativa resolvemos o caso. FA 100%Motor elevador Atendimento | NoAvaliação Plano de reestruturação Em breve, a oficina Cobeio Car passará a atender os clientes de forma diferenciada, com hora marcada e à domicílio; a ideia é levar o reparador até o cliente Fotos: Alexandre Akashi Claudio Cobeio, Cobeio Car R.Américo Brasiliense, 1208 Chácara Sto.Antônio (11) 5181-8447 A pós quase 50 anos de profissão, dos quais mais de 20 no mesmo ponto comercial, jamais imaginaria passar por uma situação assim. Faremos uma mudança radical na forma de trabalhar, uma aposta, arriscada mas necessária, pois infelizmente o alto custo de aluguel, impostos e a grande crise econômica que assola o País nos obriga a fechar as portas, e reestruturar a CobeioCar. Contamos com mais de 8.700 clientes cadastrados, muitos dos quais atendemos há mais de 30 anos, e que sabem o quanto é difícil encontrar um mecânico de confiança. Por isso, não vamos simplesmente abandoná-los, muito pelo contrário, adotaremos um novo sistema de atendimento, muito mais personali- Faremos um trabalho do tipo Personal Car, sem custo adicional O alto custo de aluguel, impostos e a grande crise econômica que assola o País obriga a fechar as portas, e reestruturar a forma de trabalho da empresa zado e de acordo com as necessidades de cada um. Faremos um trabalho do tipo Personal Car, em que o primeiro contato deve ser feito por telefone ou email. A partir dai, vamos ao encontro do cliente, no endereço determinado para resolver o problema do carro. Se por acaso diagnosticarmos a necessidade de uma intervenção mais técnica, com demanda de equipamentos especiais, qualificamos 10 oficinas que serão nossos parceiros. Após o conserto, devolvemos o carro no mesmo endereço, ou em outro estipulado pelo cliente. Pode ocorrer também de o defeito acontecer na rua e necessitar de guincho. Neste caso, informaremos o endereço para o qual o cliente deve enviar o carro. Estaremos no local aguardando o guincho chegar para receber o veículo, fazer o diagnóstico, o orçamento e informar o cliente do que é preciso fazer. Muitos tem seguro com direito a guincho, mas se não houver, contamos com diversos profissionais cadastrados. O mais importante de tudo é informar que esta nova forma de atendimento não terá custo adicional para o cliente, apesar de ser muito mais personalizada. Isso porque vamos trabalhar desta maneira justamente para reduzir custos operacionais, que hoje, na oficina, somente de aluguel e mão de obra é de R$ 27.000 por mês. Certamente a CobeioCar perderá receita, porém terá um custo muito menor, mas com atendimento superior aos clientes, algo que não conseguimos oferecer hoje por conta da correria para atingir as metas necessárias para manter a oficina aberta. Assim, e tal como tem sido nos últimos 20 anos, focaremos nosso atendimento aos clientes da zona Sul de São Paulo, que desde já tem total liberdade para entrar em contato conosco pelo telefone (11) 51818447 e agendar um horário. FA 100%Motor 23 Avaliação No elevador | Honda Biz 110i Câmbio da discórdia Mesmo sem precisar acionar embreagem, a transmissão semiautomática e rotativa causou muita estranheza, principalmente nos novatos Fotos: Divulgação Francisco Carlos de Oliveira Stilo Motores Rua Mariquinha Viana, 700, Mandaqui (11) 2977-1124 Francisco de Oliveira Lançada no início do ano, custa a partir de R$ 7.090 e conta com transmissão semiautomática e rotativa E ste mês temos uma missão diferente para apresentar neste espaço. Ao invés de mostrar problemas com carros, fomos incumbidos de avaliar a nova Honda Biz 110i, modelo simpático lançada em janeiro deste ano, com um novo motor de 110cc capaz de produzir 8,3 cv de potência máxima a 7 250 rpm, com torque máximo de de 0.89 kgf.m a 5 500 rpm. O novo motor quatro tempos (109,1cc, refrigerado a ar) aposenta o carburador e abre espaço para a injeção eletrônica no modelo Biz de entrada. Nada muito novo, uma vez que este é o mesmo motor que equipa a Honda Pop 110i, lançada em julho do ano passado. A injeção é do tipo PGM-FI (Programmed Fuel Injection), e foi introduzido para Modelo é econômico e tem boa agilidade; podia ser flex 24 atender as normas de emissões da segunda fase do PROMOT 4 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), assim como a adoção de novo catalisador no sistema de escape. Como se trata de uma motocicleta de entrada, com baixa cilindrada, conta com algumas vantagens como preço mais acessível (custa a partir de R$ 7.090), e é bastante econômica, capaz de fazer mais de 30 km/l de gasolina (não é flex). Conta ainda com transmissão semiautomática e rotativa de quatro marchas, que não necessita do acionamento da embreagem. Há quem goste e se adapta com facilidade a esse sistema, o que não foi o meu caso, nem de pelo menos outras duas pessoas, com baixo nível de experiência, que experimentaram a moto. E foi isso que me intrigou, pois como é um produto de entrada, deveria ser extremamente fácil de pilotar, principalmente para aqueles que querem entrar no mundo das duas rodas. O câmbio rotativo, porém, mostrou ser confuso, não muito prático. Um CVT, tal como existe nas scooters, ou até mesmo uma transmissão tradicional, com embreagem, seria mais simples de operar. O novo motor, por outro lado, desenvolve bem, e permite bom nível de aceleração. Pequena e leve, pesa só 99 kg, a Biz 110i vai muito bem no trânsito urbano. A moto tem também ignição elétrica, algo que já deveria ser item de série em qualquer modelo, porém os freios são a tambor, inclusive na frente, com 130 mm de diâmetro, e 110 mm atrás A Honda promete três anos de garantia e, promocionalmente, 7 fornecimentos de óleo gratuitos para quem comprar a moto, que são válidos a partir da terceira revisão. Porém, todas devem ser feitas na concessionária, no prazo indicado no manual. FA 100%Motor elevador Qualidade | NoAvaliação Óleo no tapete Com apenas 36.000 km, um líquido estranho começou a invadir o habitáculo do Ford New Fiesta 2014 e, ao mesmo tempo, luz de advertência do freio acendeu no painel Fotos: Júlio de Souza Júlio de Souza SouzaCar Rua Baquiá, 520, Carrão (11) 2295-7662 Liquido no tapete do lado do motorista Ao lado, o componente com defeito, que provocou vazamento do fluido de freio no tapete do New Fiesta A peça nova que foi instalada no carro E sses dias chegou um cliente aqui na oficina questionando sobre um líquido que estava minando no tapete do carro no lado do motorista. Era um Ford New Fiesta 2014, com apenas 36.000 km rodados. Já fazia tempo que não víamos defeito de infiltração nos carros. Fomos verificar o tal líquido e constatamos que era um fluido oleoso. Durante a inspeção, o cliente nos informou que ao andar com o carro começou aparecer no computador de bordo a indicação de baixo nível de óleo de freio, e a luz vermelha do freio de estacionamento começou a acender no painel de instrumentos. Checamos o reservatório do fluido de freio e detectamos que Será que já estava na hora de dar este tipo de defeito? o nível estava baixo. Passamos a procurar o vazamento, pois só há dois fatores que fazem o nível do fluido baixar: pastilhas muito gastas e algum vazamento. Como as pastilhas estavam novas, procuramos algum tipo de rompimento no circuito do sistema de freio. Começamos pelo local mais lógico, e fomos olhar na região das pedaleiras do veículo, e constamos que o óleo vinha do cilindro do atuador de embreagem do pedal, que estava danificado. O que mais nos espanta e que trata-se de um carro novo, ano 2014 com exatos 35.976 km. Ai vem o meu questionamento: Por que a cada dia que passa percebo que as peças dos carros duram cada vez menos, tanto as novas que vem de fábrica nos carros novos quanto as de reposição que encontramos nas autopeças? Para mim, que sou reparador automotivo, não é ruim pois este é meu ganha-pão, mas será que é por este caminho? O consumidor paga muito caro neste país para realizar o sonho do carro zero km, novo, com designe de chamar atenção, mas debaixo daquela casca maravilhosa tudo é frágil e feito para quebrar. Por este motivo sempre procuro orientar meus clientes a pesquisar e muito a respeito do carro que ele tem interesse e, se possível, antes de fechar negócio, procurar um profissional de confiança do setor automotivo para ouvir o que ele tem a falar sobre o modelo escolhido. Essa dica serve para todos. Com relação ao carro com defeito, o reparo foi simples e não custou muito caro. Na concessionária, o cilindro atuador custou R$ 98, o fluido de freio R$ 40 e mão de obra foi de R$ 120, um valor total de R$ 258. Mas será que já estava na hora de dar este tipo de defeito? FA 100%Motor 25 Avaliação No elevador | Defeitos crônicos Haste folgada Amortecedores dianteiros do Chevrolet Cruze se rompem prematuramente e causam barulho na suspensão e na caixa de direção Fotos:Julio Mansi Julio Mansi Pneus Belém Dgp Overhaulin R. Herval, 72 – Belenzinho (11) 2693-9274 pneusdgp@gmail. com Em dois dias, três ocorrências do mesmo defeito; no detalhe, o amortecedor original, que precisou ser substituído Q uem compra um carro de mais de R$ 80.000 investe em, no mínimo, um produto de qualidade. Infelizmente não tem sido assim para muitos proprietários de Chevrolet Cruze. Isso porque o modelo tem apresentado sério defeito crônico nos amortecedores dianteiros, obrigando a troca prematura dos componentes, que custam aproximadamente R$ 1.000 o par. Em poucos meses, já realizei a troca de pelo menos oito pares aqui na oficina, todos de carros com baixa quilometragem, entre 28.000 a 30.000 km. O que me chamou muita atenção foi que em dois dias, surgiram três casos idênticos, algo quase surreal. E, como se isso não bastasse, fica pior ainda: um cliente que Defeito é na válvula interna, que se rompe com o peso do carro 26 fizemos a troca dos amortecedores com 32.000 km, retornou depois de alguns meses, com 60.000 km rodados, para substituirmos novamente o componente, pelo mesmo defeito. Detalhe: na época utilizamos a peça genuína, comprada na concessionária, na embalagem da GM. E, como se tudo isso não fosse o suficiente, temos relatos de clientes que chegam à loja com diagnóstico e orçamento errado, das concessionárias, que ao avaliar o defeito, condenam as bandejas de suspensão e a caixa de direção. Em outras palavras, indicam uma solução que não resolve o problema. Isso tem ocorrido pois os sintomas que o carro apresenta são bem característicos de folgas nas bandejas e na caixa de direção, devido ao barulho intenso no sistema de suspensão. O defeito é causado pela válvula interna do amortecedor, que provoca folga na haste. Está claro que a válvula não aguanta o peso do carro e se rompe prematuramente. Como a peça genuína se mostrou ineficiente, temos utilizado de outra marca, famosa entre os consumidores, e que até o momento não provocou nenhum tipo de retorno. Todo amortecedor possui duas válvulas, a do pistão e a de base. A válvula do pistão é ligada diretamente à haste, que é fixada à roda. Sempre que a roda se movimenta, a haste também se movimenta, no mesmo sentido. Este movimento faz com que o óleo contido no amortecedor passe pelos tubos de pressão e reservatório, atravessando as válvulas do pistão e de base. O rompimento da válvula do pistão provoca folga na haste, que fica solta e causa barulho em todo o conjunto da suspensão. A solução, assim, é a troca do componente por um outro mais reforçado. Está claro, assim, que o projeto do amortecedor original precisa ser revisto, ou se trata de algum lote deste componente que saiu de fábrica em desacordo com as especificações. FA 100%Motor elevador Defeitos intrigantes | NoAvaliação Pó branco no radiador De repente, o líquido de arrefecimento do radiado do Hyundai Santa Fe desapareceu e o motor fundiu; sensores e bobinas derreteram com o calor Fotos: Alexandre Akashi Luis Carlos Bailone Luizinho Reparações Automotivas Av. Cel. Sezefredo Fagundes, 2789, Jardim Tremembé (11) 2203-1627 No radiador, só pó branco e nada de líquido Ao lado, o cabeçote com as bobinas soldadas pelo calor e diversos sensores do motor que derreteram O caso que vamos relatar hoje é impressionante pela forma com a qual o motorista descobriu o defeito do carro, uma vez que se trata de um veículo com certa reputação no mercado, e por isso mesmo não deveria apresentar tal problema. Mas os fatos não mentem, e infelizmente o prejuízo foi grande. O carro, um Hyundai Santa Fe V6, 2.7, ano/modelo 2010, com 110.000 km rodados chegou de guincho na oficina. O proprietário mora em São Paulo e trabalha em Jundiaí, assim a maior parte do tempo utiliza o carro na estrada, com motor em rotação ideal de trabalho. No dia que veio parar aqui na oficina, estava a caminho do tra- Água comum pode ter reagido com alumínio e furou o radiador Reação causou furo por onde líquido escorreu balho quando de repente o motor travou de vez e quase capotou. Sem nenhum tipo de aviso, só percebeu alguns segundos antes que a temperatura do motor subiu repentinamente e depois tudo parou de funcionar. Já na oficina, descobrimos que o motor havia sido seriamente danificado. As bobinas fundiram no cabeçote, o sensor de detonação derreteu e diversos componentes internos sofreram danos irreparáveis. Em outras palavras, foi o fim deste motor, que necessitou de uma troca completa. Ao investigar as causas do defeito, descobrimos um pó branco no radiador, que estava completamente seco. Todo o fluido de arrefecimento havia evaporado ou vazado do radiador, de uma única vez, e isso provocou sobreaquecimento no motor que acabou fundindo. Descobrimos também que o sensor de temperatura do óleo estava defeituoso, sem resistência, o que pode ter agravado ainda mais o caso. Mas o intrigante é o pó branco dentro do radiador, assim como em uma pequena área localizada na região inferior direita, por onde houve um enorme vazamento de fluido de arrefecimento, causado por um furo, provavelmente fruto de corrosão. O pó branco é resultado da eletrólise, uma reação química entre o líquido de arrefecimento e o alumínio do radiador. Muito provavelmente, abasteceram o sistema com aditivo e água comum ao invés de água desmineralizada. A água da torneira é condutora de eletricidade, que pode até corroer o metal. O radiador estava furado, mas muito antes disso, a água estava reagido com o alumínio e virando pó dentro do radiador. O desastre era eminente. FA 100%Motor 27 Avaliação No elevador | Manutenção preventiva Os riscos da pressão baixa Nos carros, quando isso acontece, não adianta usar sal; a deficiência na circulação de óleo no motor pode causar grandes prejuízos, como a quebra do bloco Fotos: Marcelo Navega Marcelo Navega Navega Mecânica Rua Gaivota, 860 Moema (11) 5055 9992 www.navegamecanica.com.br No detalhe, a luz de advertência do óleo motor. Na foto maior, bloco do motor furado por falta de lubrificação M uitos são os casos de problemas de desgaste, travamento e até quebra de bloco do motor, por não se dar a devida atenção ao aviso de baixa pressão de óleo lubrificante. A deficiência na pressão e consequentemente na lubrificação do propulsor causa desgaste prematuro e irreversível ao componente. Ao girar a chave de ignição para a primeira posição, que alimenta o painel de instrumentos, um dos avisos luminosos que aparece é o de pressão de óleo, e ao acender mostra ao condutor que o aviso luminoso no painel está funcionando. Ao ligar o motor, imediatamente se apaga, isso confirma que está tudo em Caso a luz de óleo acenda no painel, pare e desligue o motor 28 ordem. No caso desse aviso não se apagar ou acender quando o motor estiver em funcionamento, ou ainda quando o carro estiver trafegando, é urgente que se pare o carro e desligue o motor imediatamente, pois sinaliza que algo está errado e não há lubrificação nos componentes internos do motor. O procedimento correto seria guinchá-lo para onde um técnico possa avaliá-lo. O simples fato de ter óleo no Carter (verificado pela vareta de nível) não significa que o aviso é falso. Internamente no motor pode haver entupimento ou algum tipo de avaria, que demanda um reparo ou limpeza. Um caso muito comum é o aparecimento de borra no bocal do tubo que chamamos de pescador de óleo, localizado no Carter. É como o colesterol no sangue que entope uma veia, e obriga o coração a bombear com mais força para o sangue circular no orga- nismo. Se o fluxo diminui, algumas funções podem ser prejudicadas e é preciso alertar o corpo de que algo não está bem. Outras situações também podem ocorrer e provocar o aviso de baixa pressão, como por exemplo defeito no sistema de aviso, baixo nível de óleo e folga excessiva no motor. O importante é cuidar para que o motor do carro se mantenha limpo, trocando o óleo regularmente (consulte um técnico ou o manual do proprietário do veículo, que sempre indica os prazos máximos para troca), trocando sempre junto o filtro de óleo, utilizando lubrificantes de procedência e qualidade, e dar preferência para troca feita por técnicos mecânicos, que além do conhecimento do funcionamento e necessidades do motor, utilizam-se das normas e procedimentos estabelecidos para execução do trabalho. FA 100%Motor elevador Manutenção preventiva | NoAvaliação Pouco uso, mesma manutenção Veículo 2004 rodou apenas 51.436 km mas precisou de retífica de cabeçote e nova turbina por falta de troca de óleo lubrificante B Marcos de Castro Mecânica De Castro Av. Cons. Moreira de Barros, 625, Santana (11) 2950-0990 aixa quilometragem nem sempre é sinônimo de veículo bem cuidado. É, sim, um carro pouco usado, mas até mesmo eles precisam de manutenção preventiva. Ocorre que nem sempre recebem atenção devida, justamente por serem utilizados com menor frequência. Foi exatamente isso que aconteceu com um Passat 1.8 20V Turbo 2004/2005 que recebemos na oficina recentemente. Com apenas 51.436 km rodados, chegou com o motor travado e diversos problemas, resultado da falta de cuidados, uma vez que raramente era utilizado. O primeiro passo foi verificar o óleo motor e logo de cara descobrimos que fazia muito tempo que ele não era trocado e havia virado uma borra dentro do motor. Ao retirar a vareta de medição, o resultado era uma gosma escura que mal escorria pela vareta. Abrimos, limpamos, retificamos o cabeçote, o kit completo da correia dentada, velas e bobinas de ignição. Tudo parecia que ia funcionar, porém a má lubrificação fez As palheta do turbo chegaram a entortar por falta de lubrificação Fotos: Marcos de Castro O VW Passat é praticamente novo, porém não recebeu a devida atenção O óleo mal escorre pela vareta de verificação e a turbina entortou mais uma vítima nesse motor: o turbo. E este é um alerta para todos os proprietários de veículos turbo, dispositivo que está cada vez mais presente nos automóveis, por conta do movimento de downsizing de motores promovido pelas montadoras, em busca de maior eficiência energética e, consequentemente, menor emissões de gases poluentes e de efeito estufa. Ocorre que os turbos utilizam como fonte de lubrificação e arrefecimento do rotor o mesmo óleo lubrificante do motor. Assim, os veículos turbo modernos são extremamente sensíveis à troca de óleo. Postergar o serviço ou simplesmente ignorá-lo pode custar muito mais caro depois. Neste Passat, as palhetas do rotor chegaram a entortar por causa da deficiência de lubrificação. Todo o serviço ficou em mais de R$ 10.000, em um veículo que tem preço estimado em R$ 25.000. Assim, mesmo que não for usar o carro com frequência, é recomendável manter a manutenção preventiva em dia. FA 100%Motor 29 Avaliação No elevador | Defeitos intrigantes O rato roeu a caixa de ar e lá ficou Um dia o carro começou a cheirar mal. Trocou filtro do ar-condicionado, fez higienização, mas o cheiro persistia... deu trabalho e não foi nada agradável Fotos: Sergio Torigoe Sergio Torigoe Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe Rua Serra de Botucatú, 2724 (11) 2097-8440 Abaixo, a caixa com furo feito pelo rato Todo o console do Sandero foi desmontado para acessar a caixa evaporadora do ar-condicionado, onde havia um rato morto Q uando o carro quebra ou apresenta algum tipo de problema mecânico, raramente exala fortes odores. Ainda bem. Mas, às vezes, passamos por situações que são no mínimo desagradáveis, tal como ocorreu com um Renault Sandero 1.6 16V 2009 de um cliente que chegou por recomendação. O carro cheirava a putrefação. Era impossível ficar mais do que alguns minutos dentro dele, parecia que tinha um bicho morto lá. O dono do carro contou que o veículo já estava assim há algum tempo, e havia procurado diversas oficinas, mas nenhuma conseguia encontrar a origem do fedor. Trocou várias vezes o filtro de ar-condicionado, fez diversas A caixa do ar tinha um furo que não deveria existir 30 higienizações, mas o cheiro sempre voltava. Sem saber mais o que fazer, buscou ajuda com amigos que indicaram a Torigoe. Aceitamos o desafio, mas avisamos que seria preciso desmontar boa parte do veículo para encontrar o problema, e por isso não havia prazo nem orçamento pré-determinado. Como era praticamente impossível dirigir com aquele cheiro, concordou em deixar o carro. Percebemos que o mal cheiro se intensificava quando o ar-condicionado era acionado, o que nos deu uma dica: poderia ser algo no sistema, na caixa de ar. Porém, o sistema é fechado e não há como entrar nada lá. E pior: para acessar a caixa de ar é preciso desmontar todo o painel do veículo. Não havia alternativa. Compramos máscaras de ar, que ajudaram a filtrar o mal cheiro, mas não totalmente, e começamos o trabalho. Foi difícil. Levamos praticamente o dia inteiro para desmontar tudo, e quando chegamos na caixa evaporadora do ar descobrimos um furo que não deveria existir. Retiramos a caixa do carro e a abrimos. O furo na caixa havia sido feito por um rato, que não se sabe como entrou no carro, se esgueirou por trás do console, roeu a caixa do evaporador, entrou e lá ficou até morrer. Trocamos a caixa, limpamos tudo, mas o cheiro já estava impregnado no carro. Iria demorar meses para sair de forma natural. Assim, recorremos ao processo de oxi-sanitização, em que ligamos um aparelho produtor de ozônio dentro do carro, por aproximadamente 30 minutos. O ozônio é um gás instável que em contato com microorganismos os elimina e se transforma em oxigênio. O preço de todo esse trabalho ficou em R$ 1.100, que o cliente pagou com certa alegria. FA 100%Motor