- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
Transcrição
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
A imprensa e o mensalão Raimundo Rodrigues Pereira Págs 6 e 7 JORNAL DOS JORNALISTAS MAIO 2013 número 358 Campanha Salarial 2013 A gente quer muito mais... Em defesa do jornalista e do jornalismo! A participação da categoria é fundamental para um bom reajuste salarial Pág 4 Participe do Encontro Jornalista é agredido Campanha incentiva de Assessoria sindicalização ao fazer cobrança de Imprensa dos profissionais de um frila Pág 4 Pág 5 Pág 9 Pesquisa aponta perfil da categoria em nível nacional Pág 8 Ação Sindical UNIDADE MAIO 2013 D 2 aqui a pouco, Sindicato e jornalistas vivem novamente o momento estratégico para buscar avanços econômicos, trabalhistas e sociais que garantam salários justos, melhores empregos e mais qualidade de vida. É em junho que acontecem as negociações da Campanha Salarial 2013 com os sindicatos patronais de Jornais e Revistas da capital, interior e litoral, além de Assessoria de Imprensa. É a data base de grande parte da categoria e hora de buscarmos o envolvimento e a mobilização de todos e todas para fortalecer nossa luta no enfrentamento ao jogo duro dos patrões que, certamente, vão continuar com discursos evasivos na tentativa de negar as justas reivindicações por salários e benefícios mais condizentes com o desempenho dos jornalistas. É fato que mexer nos altos lucros dos empresários de comunicação nunca foi tarefa fácil. Mas, resistir é preciso e fundamental para a unidade da categoria, a conquista das reivindicações e o reconhecimento profissional devido. Só com os jornalistas organizados nas redações é que o Sindicato tem legitimidade para pressionar a bancada patronal e conquistar aumento real de salários, piso estadual unificado, PLR, emprego decente e pagamento de horas extras, entre outros benefícios, além de combater o acúmulo de funções, a pejotização, a precarização, as demissões e o assédio moral. É por isso que vamos precisar de todo mundo e de cada um nas atividades da Campanha Salarial que só está começando. É preciso virar esse jogo. Em maio, mês que começou com o Dia Internacional dos Trabalhadores, outra data é importante para os jornalistas e todos os trabalhadores da área de Comunicação: o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. No último dia 03, a direção do Sindicato divulgou nota oficial abordando a preocupação com a integridade física dos trabalhadores para o pleno exercício da profissão. A verdade é que os episódios de violência contra os jornalistas têm sido cada vez mais frequentes. Não bas- tasse enfrentarem as más condições decorrentes da precarização nas relações de trabalho, os baixos salários e o permanente fantasma das demissões, muitos se veem às voltas com uma rotina de ameaças de morte, agressões físicas ou verbais, com o intuito de calar o profissional. Só no estado de São Paulo aconteceram agressões a repórter que foi cobrar a empresa por um trabalho freelancer, ameaças a jornalista impedido de participar de uma coletiva com o prefeito, vereador que durante entrevista ameaçou a repórter e até veículo de um canal comunitário do interior metralhado em razão de críticas que o profissional fazia ao governo municipal. No ano passado, um repórter da Folha de S.Paulo foi obrigado a deixar o país devido a ameaças a ele e seus familiares. O cenário em todo país também é preocupante. Em levantamento realizado pelo Comitê de Proteção de Jornalistas em 2010, o Brasil era o 18° país mais perigoso para o exercício da profissão. Dois anos depois, o país já ocupa o quarto lugar em número de jornalistas mortos, só perdendo para Síria, Somália e Paquistão. Em 2013, quatro profissionais foram assassinados de janeiro a abril, sendo dois no Vale do Aço, em Minas Gerais. As mortes aconteceram principalmente por denúncias contra esquemas políticos fraudulentos ou grupos de extermínio. Mesmo com tantas adversidades, são exatamente os jornalistas os principais defensores da Liberdade de Imprensa e de Expressão, bandeira de luta que pertence aos trabalhadores e é fundamental para a democracia. Por isso, e mais do que nunca, estamos engajados na coleta de assinaturas para encaminhar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, lançado oficialmente no dia 1º de maio, além de pressionar a aprovação pelo Congresso Nacional. Porque a gente quer muito mais... Em defesa dos jornalistas e do jornalismo! A Direção Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Rua Rêgo Freitas, 530 - sobreloja CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191 E-mail: [email protected] site: www.jornalistasp.org.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato. Diretoria Executiva Presidente José Augusto de Oliveira Camargo Secretário Geral André Luiz Cardoso Freire Secretária de Finanças Cândida Maria Rodrigues Vieira Secretário do Interior e Litoral Edvaldo Antonio de Almeida Secretária de Cultura e Comunicação Lílian Mary Parise Secretária de Relações Sindicais e Sociais Evany Conceição Francheschi Sessa Secretária de Sindicalização Márcia Regina Quintanilha Secretário Jurídico e de Assistência Paulo Leite Moraes Zocchi Secretária de Ação e Formação Sindical Clélia Cardim Conselho de Diretores Kepler Fidalgo Polamarçuk, Alan Felisberto Rodrigues (secretário adjunto de Cultura e Comunicação), Luis Lucindo de Azevedo, Wladimir Francisco de Miranda Filho, Alessandro Giannini, Claudio Luis Oliveira Soares, Rosemary Nogueira, Fabiana Caramez (secretária adjunta de Interior e Litoral) e José Eduardo de Souza (secretário adjunto de Interior e Litoral) Diretores Regionais ABCD Peter Suzano Silva Bauru Ângelo Sottovia Campinas Agildo Nogueira Júnior Piracicaba Martim Vieira Ferreira Ribeirão Preto Aureni Faustino de Menezes (secretária adjunta do Interior e Litoral) Santos Carlos Alberto Ratton Ferreira São José do Rio Preto Andréia Fuzinelli Sorocaba José Antonio Silveira Rosa Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira Fernanda Soares Oeste Paulista Tânia Brandão Conselho Fiscal Titulares Sylvio Miceli Jr., James Membribes Rubio, Raul Varassim Suplentes, Manuel Alves dos Santos e Karina Fernandes Praça Comissão de Registro e Fiscalização-, Titulares Douglas Amparo Mansur, José Fernandes da Silva, Vitor Celso Ribeiro da Silva Suplentes José Aparecido dos Santos e Luigi Bongiovani Diretores de Base ABCD Carlos Eduardo Bazilevski Aragão, Vilma Amaro e Sandra Regina Pereira de Moraes. Bauru, Luis Victorelli, Ieda Cristina Borges, Luiz Augusto Teixeira Ribeiro e Rita Cornélio Campinas Kátia Maria Fonseca Dias Pinto, Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Edna Madolozzo, Marcos Rodrigues Alves, Djalma dos Santos e Fernanda de Freitas Oeste Paulista Priscila Guidio Bachiega, Geraldo Fernandes Gomes e Altino Oliveira Correa Piracicaba Luciana Montenegro Carnevale, Fabrice Desmonts da Silva, Paulo Roberto Botão, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara de Toledo, Vanderlei Antonio Zampaulo e Carlos Castro Ribeirão Preto Antonio Claret Gouvea, David Batista Radesca, José Francisco Pimenta, Ronaldo Augusto Maguetas, Fabio Lopes, Marco Rogério Duarte e Maria Odila Theodoro Netto Santos Edilson Domingos Costa Baraçal, Eraldo José dos Santos, Glauco Ramos Braga, Emerson Pereira Chaves, Dirceu Fernandes Lopez, Ademir Henrique e Reynaldo Salgado São José do Rio Preto Harley Pacola, José Luis Lançoni, Sérgio Ricardo do Amaral Sampaio, Cecília Dionísio e Marcelo Dias dos Santos Sorocaba Adriane Mendes, Fernando Carlos Silva Guimarães, Aldo Valério da Silva, Emídio Marques e Marcelo Antunes Cau, Vale do Paraíba Jorge Silva, Fernanda Soares Andrade e Vanessa Gomes de Paula. Comissão de Ética Denise Fon, Roland Marinho Sierra, Alcides Rocha, Flávio Tiné, Fernando Jorge, Dr. Lúcio França, Sandra Rehder, Antonio Funari Filho e Padre Antonio Aparecido Pereira EXPEDIENTE Diretora responsável: Lílian Parise (MTb 13.522/SP) Editor: Simão Zygband (MTb 12.474/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Redação: Bárbara Barbosa (MTb 60.296/SP) Foto da capa: André Freire Impressão: Forma Certa Fone (11) 36722727 Tiragem: 8.000 exemplares Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Luiz Carlos Ramos, Laurindo Leal Filho (Lalo), Assis Ângelo, Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz. Regional ABCD reabre para fortalecer a luta dos jornalistas na região C erca de 80 pessoas participaram no dia 15 de abril da solenidade de reabertura da Regional ABCD do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), no auditório dos Bancários, em Santo André. O evento aconteceu exatamente na data de fundação do SJSP, que completou neste dia 76 anos, e teve expressiva presença de representantes dos movimentos sindical e social da região. A mesa da solenidade foi composta pelos presidentes do SJSP, José Augusto Camargo (Guto), da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, pelo coordenador da Regional da CUT/ABC, Cladeonor Neves da Silva, e pelo diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira. Guto lembrou que se trata de uma reabertura da Regional ABCD, pois ela já existiu anteriormente e, por vários motivos, acabou fechando as portas. “Reabrir esta Regional era uma antiga reivindicação dos jornalistas da região. Essa necessidade foi debatida com a categoria na campanha que elegeu a direção da entidade no ano passado e continuou por vários meses de reuniões locais”, disse. Já o presidente da CUT/SP ressaltou a importância da presença do SJSP na região do ABCD, ampliando a participação de mais um sindicato ligado à Central exatamente no berço do sindicalismo cutista. “Há de se ressaltar também a importância do Sindicato dos Jornalistas nas principais lutas do país, como na mobilização contra a ditadura militar, na defesa dos Direitos Humanos e da democratização dos meios de comunicação”. Participação de todos Peter Suzano, que é coordenador da Regional ABCD, destacou a importância de a categoria se organizar na região. “É fundamental unir os jornalistas, com o objetivo de ampliar as conquistas e melhorar as condições de trabalho. É preciso valorizar o trabalho jornalístico. Os profissionais devem procurar a Regional para fortalecer nossas lutas. A participação de todos é muito importante”, diz. José Eduardo de Souza, diretor adjunto do Interior e Litoral, que atua em assuntos para a Grande São Paulo e que organizou as reuniões que viabilizaram a reabertura da Regional, disse que o even- to resgata um pouco da história e dos anseios da categoria na região. “A diretoria Regional ABCD reúne companheiros como a Vilma Amaro, que é uma militante antiga do movimento social e sindical, e a juventude de Carlos Eduardo Bazilevski Aragão, o Cadu, e que agora poderão compor forças e trocar experiências para o sucesso do SJSP na região”, analisou. A diretoria da Regional ABCD é composta pelos jornalistas Peter Suzano da Silva (Santo André), Carlos Eduardo Bazilevski Aragão (São Bernardo do Campo), Vilma Amaro (Ribeirão Pires) e Sandra Regina Pereira de Moraes (Santo André). Para prestigiar a posse da nova diretoria SJSP participou das greves do ABC “No final dos anos 70, surgia um movimento que iria mudar o rumo da história. As greves dos metalúrgicos da região do ABC em que despontou a personalidade combativa e corajosa de Luiz Inácio Lula da Silva. Em Santo André, outro líder operário comandava as greves: Benedito Marcílio, que sempre atuara nas lutas contra a ditadura. As greves ganharam a simpatia do povo brasileiro. Para a região do ABC convergiram deputados, senadores, intelectuais de todo o país e até governadores em apoio à luta dos operários. Já não era uma luta só de trabalhadores, era do povo brasileiro. Os jornalistas, entusiasmados e impulsionados pelas lutas dos metalúrgicos, se reuniram para criar a ‘Diretoria Regional do Sindicato dos JorDiretoria prestigia reabertura da Regional ABCD nalistas no ABC’. Uma tarde, no início dos anos 80, a de base e a reabertura da Regional ABCD, Volkswagen e outras indústrias entraram que funcionará em um espaço compartiem greve. Mas, surpreendentemente, a lhado com a Subsede da CUT em Santo TV Globo informava que a fábrica estava André (rua Senador Flaquer, 443, Cencom 95% de seus operários trabalhando. tro), a direção do SJSP compareceu em A greve, dizia a TV Globo, era de uma peso na solenidade. Participaram André minoria. Então, convergiu para São BerFreire (secretário geral), Cândida Vieira nardo do Campo, toda a grande imprensa (Finanças), Lílian Parise (Comunicação e nacional e internacional. Cultura e direção da CUT/SP), Evany SesOs jornalistas, tendo à frente vários sa (Relações Sindicais e Sociais), Telé Carmembros da diretoria da Regional do dim (Ação e Formação Sindical), Edvaldo Sindicato, saíram pela Via Anchieta, Antonio de Almeida (Interior e Litoral), numa verdadeira passeata com todos os além dos diretores José Eduardo Souza e órgãos de imprensa, enfileirados rumo à Fabiana Caramez (adjuntos de Interior e Volkswagen. Embora não fosse regimenLitoral), Douglas Mansur (Corfep) e Vlatal, pois os sindicatos eram proibidos de dimir Miranda (adjunto de Finanças). se meter em política e corriam riscos de seus dirigentes serem presos, a Regional Carteira de Trabalho do Sindicato extrapolou suas funções, já Segundo levantamento realizado pelo que esse era um momento histórico de SJSP, a região do Grande ABCD tem 832 transformações. jornalistas com registro em carteira. São Lá chegando, a direção da Volks tentou impedir a entrada dos jornalistas. 441 em São Bernardo do Campo, 221 em Mas diretores da Regional, que assim Santo André, 111 em São Caetano do Sul, se identificaram, junto com profissio48 em Diadema, 7 em Mauá, 3 em Ribeinais da Folha de São Bernardo, Gazerão Pires e 1 em Rio Grande da Serra. ta de São Bernardo, Diário do Grande ABC e de outros órgãos locais e da grande imprensa, exigiram que a imprensa entrasse na fábrica. Vendo que era impossível barrar a entrada dos jornalistas, a assessoria de imprensa da empresa autorizou a entrada. Mas restrita à sala de imprensa. Quando se viram dentro da fábrica, os jornalistas, com a liderança da direção da Regional, se espalharam pela fábrica e constaram que a mesma estava totalmente parada. Depois de verificar a paralisação na empresa, os jornalistas se reuniram, então, com a assessoria de imprensa da empresa e foram “para cima”. Ricardo Kotscho estava presente e questionou: “como é que a assessoria diz que a fábrica estava funcionando com 95% de seus trabalhadores presentes, se nós constatamos a paralisação total?”. Os assessores perplexos com a invasão “da indústria pela imprensa” não tinham resposta plausível. Mesmo assim, um repórter anunciou ao vivo, no Jornal Nacional, que a fábrica estava funcionando com 95% dos funcionários trabalhando. Uma deslavada mentira que revoltou todos profissionais. Um deles ainda questionou: “como é que você pode mentir assim?”. Mas todos sabiam da simpatia da TV Globo e de seus compromissos com a ditadura. Como ontem, hoje, muitos desses órgãos são subjetivos em suas notícias. Publicam o que interessa a eles. E neste momento em que se discute uma nova regulamentação da comunicação, este episódio da Volkswagen é emblemático. A sociedade tem o direito de ser bem informada. E os jornalistas devem ser respeitados e bem remunerados, com todos direitos assegurados, para terem a tranquilidade de fazer boas reportagens, como deram provas vários jornalistas nesse período. Muitos foram presos, torturados e morreram como Vladimir Herzog. Muitos tiveram que sair do país. Mas, a luta dos trabalhadores da região, a qual se juntaram os jornalistas, deu um exemplo ao mundo. (Trechos do texto de Vilma Amaro) UNIDADE MAIO 2013 A Defesa dos Jornalistas e da Liberdade de Imprensa Douglas Mansur Editorial 3 Ação Sindical Ação Sindical 4 O XXIV EEJAI está se aproximando e ainda dá tempo para se inscrever. A atividade, que se constitui no principal foro de debates do exercício da profissão em Assessoria de Imprensa, acontece entre os dias 7 e 9 de junho, no Hotel Fazenda São João, na cidade de São Pedro, interior de São Paulo. O Encontro tem como tema A Assessoria de Imprensa no Centro dos Grandes Acontecimentos. No primeiro dia do evento, com início às 20 horas, será definida a mesa dos trabalhos e eleita a Comissão responsável pela redação da Carta do EEJAI. O jornalista Sylvio Micelli coordenará a comissão que terá Valci Zucoloto da Fenaj e Adriana Magalhães, secretária de Comunicação da CUT/SP. No mesmo dia acontece um coquetel de confraternização. No dia seguinte, Milton Neves, jornalista esportivo, e André Cintra, assessor de imprensa da SPCOPA (Secretaria especial para a Copa do Mundo da prefeitura de São Paulo e representante do Ministério dos Esportes), debaterão a Relação da Mídia com os Grandes Eventos Esportivos. No mesmo dia, a jornalista Vera Longuini fala sobre Planejamento Estratégico zação Internacional do Trabalho. Afinal, os jornalistas tiveram que demonstrar capacidade de organização e unidade em episódios como o fechamento definitivo do Jornal da Tarde, “re-estruturação” do Estadão e do Brasil Econômico, onde a intervenção do SJSP foi fundamental para garantir direitos e até manutenção de postos de trabalho. Diante disso, as pautas de reivindicações encaminhadas aos empresários têm cláusula específica que prevê negociação antecipada com o SJSP: “As empresas que estiverem planejando transferir no todo ou em parte, suas redações para outra localidade, bem como pretendam fechar suas redações ou dispensar mais de 5% de seus jornalistas num período inferior a 30 dias, deverão obrigatoriamente comunicar previamente o Sindicato dos Jornalistas com antecedência mínima de 60 dias, garantindo a imediata abertura de negociações”. Propostas incorporadas As propostas apresentadas pelos trabalhadores nas assembleias realizadas na Sede e nas Regionais, em 29 de abril foram incorporadas à Pauta de Reivindicações dos jornalistas de Jornais, Revistas e Assessoria de Imprensa, cuja data base é 1º de junho. Encontro de Assessoria de Imprensa: últimos dias para inscrição para Grandes Eventos e o jornalista Leonel Rossi fecha o dia com o debate Assessoria de Imprensa em Turismo e Negócios. No último dia de atividades, domingo (09), o professor e jornalista Gilberto Lorenzon comanda a oficina Megaeventos: boa oportunidade para as Assessorias de Imprensa. EEJAI é importante Vera Longuini, uma das debatedoras, acredita que o EEJAI é importante para a formação e atualização dos jornalistas. “Hoje o mercado de trabalho está mudando e esses encontros são importantes para troca de informações e experiências. O mercado nunca esteve tão aberto. Os jornalistas estão sendo requisitados para cumprir funções novas e fora das redações.” Já o professor Gilberto Lorenzon pretende realizar uma oficina durante o EEJAI. “A essência do que vou trabalhar é o que pode nos propiciar esses megaeventos. Hoje, as simulações de segurança chamam a atenção da mídia e eu defendo que ele sirva para atrair também a atenção dos assessores de imprensa para que eles invistam mais em mídia training. Assim, levando lucratividade e também, de certa forma, uma cultura de prevenção às empresas”, diz. Este ano, a direção do SJSP antecipou a entrega das pautas aos patrões para que eles possam analisar com antecedência as reivindicações e dar respostas em um prazo menor. Segundo a revista Intermeios, que publica os balanços das empresas de comunicação, desde o ano de 2000, elas apresentam crescimento no faturamento publicitário: 5,03% para o segmento de jornais e 7,11% para revistas. É importante que todos os jornalistas se engajem na Campanha Salarial já que enfrentaremos muita resistência por parte dos empresários, que tradicionalmente alegam dificuldades financeiras para propor índices incompatíveis com os anseios da categoria. A participação de todos é fundamental, já que somente com a união e mobilização da categoria é que vamos pressionar para garantir direitos e avançar para novas conquistas. Em Defesa do Jornalista e do Jornalismo! Participe! O EEJAI acontece de dois em dois anos e é preparatório para o XIX ENJAI (Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa) organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que ocorre em agosto de 2013, na cidade do Rio de Janeiro. No EEJAI serão escolhidos os delegados que representarão o estado de São Paulo no Encontro Nacional Como participar Para participar do EEJAI, entre em contato com o SJSP pelo telefone (11) 3217-6299 ou pelo e-mail: [email protected]. Para ter acesso à ficha de inscrição, basta acessar o site (sjsp.org.br) e clicar no link do Encontro. O valor de inscrição é de R$ 390 para jornalistas sindicalizados e de R$ 460 para não sindicalizados. Já estudantes pré-sindicalizados pagam R$ 300 e não sindicalizados R$ 370. O valor pode ser dividido em até 3 vezes. Quem quiser participar só no sábado paga apenas R$ 160, com direito a almoço e dois coffe breaks. Para os inscritos que preferirem quarto individual o valor é de R$ 500. O Hotel São João fica na Avenida Paschoal Antonelli, 800, em São Pedro. Entidades de Direitos Humanos elogiam SJSP Plenária do Encontro Nacional da Sociedade Civil por Memória, Verdade e Justiça, realizada em abril, deliberou pela redação de nota de agradecimento à direção do SJSP pelo apoio à realização do encontro, ocorrido em Cajamar. Na nota, 39 entidades participantes de 20 estados brasileiros assinam o documento onde reconhecem os esforços da entidade e dizem sentir que hoje “o Sindicato continua em sua trajetória, iniciada ainda nos anos mais duros da ditadura, de luta pela construção da democracia no país”. Duas chapas concorrem às eleições da Fenaj em julho Duas chapas se inscreveram para as eleições da FENAJ, que ocorrem de 16 a 18 de julho. A Comissão Eleitoral recebeu e analisou os pedidos de registro da chapa 1, "Sou Jornalista, Sou FENAJ!", liderada pelo atual presidente da entidade, Celso Schröder, e da chapa 2, "Luta, FENAJ!", que tem como candidato a presidente o jornalista Pedro Pomar. A agressão física sofrida pelo jornalista Thiago Moraes de Souza Fernandes, no início de abril, realizada por um funcionário da empresa de telemarketing do Grupo Unite, que presta serviços terceirizados ao jornal Valor Econômico teve grande repercussão. A denúncia, publicada no site do Sindicato, teve mais de 14 mil visitas, tornando-se uma das recordistas de acessos. O problema ocorreu por uma divergência nos valores que seriam pagos ao profissional. Por ser jornalista com passagens pelos jornais A Tarde, da Bahia e também pela Folha de S.Paulo, o episódio também ganhou as páginas dos jornais baianos. A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) não somente repudiou publicamente a agressão, como se colocou à disposição do profissional para medidas judiciais. Thiago relata que foi efetuar trabalho na empresa Unite através de um anúncio do Facebook. Ela solicitava com urgência jornalistas e estudantes de jornalismo para o serviço de Os hematomas no corpo de Thiago e o boletim de ocorrência registrado atualização de informações sobre as empresas que fazem parte do anuário Valor 1000, editado pelo jornal Valor Econômico. Segundo o relato do jornalista, durante duas semanas, ele faria o trabalho de checagem de informações para o SJSP combate demissões na Rede Bom Dia e avalia transferências ao Diário Após a crise criada com demissões e transferências de alguns trabalhadores da Rede Bom Dia de Sorocaba, Bauru, São José do Rio Preto e Jundiaí para o Diário de S. Paulo, a direção SJSP organizou assembleia, dia 13 de maio, no jornal em Osasco, para avaliar as condições de trabalho e o processo de adaptação à nova redação. Até o fechamento do Unidade, a empresa não havia fornecido oficialmente o número de jornalistas dispensados ou transferidos para a Osasco. Para manter os trabalhadores mobilizados, os dirigentes programaram novas assembleias nas cidades do Interior, inclusive em locais onde o título é franqueado, como é o caso de Marília. No início do mês, dirigentes do SJSP se reuniram com representantes da Rede Bom Dia para tratar do assunto. A entidade foi representada por Edvaldo Antônio de Almeida, secretário do Interior e Litoral, José Eduardo de Souza e Fabiana Caramez, adjuntos e pelo coordenador do Departamento Jurídico do Sindicato, Dr. Raphael Maia. Além das demissões e do clima de insegurança nas redações, os dirigentes do SJSP questionaram as dificuldades para os transferidos a Osasco, uma vez que terão que se utilizar de transporte para chegar ao trabalho ou locar um espaço para morar, seja em hotel ou imóvel. A empresa garantiu que oferece todas as condições para os profissionais transferidos, inclusive o reembolso do transporte e o pagamento de hotel até que estejam devidamente instalados. anuário, ou seja, ligar para as empresas para confirmar endereços, telefone e o nome e contatos de executivos de sete áreas. No entanto, sem justificativa, o “job” foi encerrado em seis dias e, ao se dirigir à empresa para receber o valor referente ao período, foi agredido violentamente por um funcionário. O repórter teve óculos e fones de ouvido quebrados e a camisa rasgada. Chegou, inclusive, a registrar um boletim de ocorrência na delegacia. Em nota, o jornal Valor Econômico procurou se eximir das responsabilidades dizendo que “a empresa foi escolhida após análise criteriosa de seu portfolio de clientes e que desaprova a conduta praticada pela Unite descumprindo o acertado na contratação de “free lancer” e que “não concorda ou compartilha com atitudes supostamente tomadas e repudia qualquer tipo de agressão física de, ou entre profissionais, que direta ou indiretamente, estejam envolvidos no desenvolvimento de seus produtos e serviços” UNIDADE MAIO 2013 UNIDADE MAIO 2013 A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) apresentou em meados de maio as pautas de reivindicações para os patrões de Jornais, Revistas e Assessoria de Imprensa da Capital, Interior e Litoral. Elas prevêem nas cláusulas econômicas reposição do índice de inflação do período (INPC), calculada próximo a 7% mais 3% de aumento real. A categoria vai lutar pelo Piso Estadual Unificado, manutenção do nível de emprego, pagamento de horas extras, fim do acúmulo de funções, combate às demissões, à pejotização, à precarização e ao assédio moral nas redações. Com o slogan A gente quer muito mais... Em defesa do jornalista e do jornalismo!, a Campanha Salarial deste ano prioriza o combate às demissões, reivindicando que as empresas cumpram a Convenção 158 da Organi- A direção do SJSP, através dos dirigentes José Eduardo Souza (secretário adjunto de Interior e Litoral) e Ieda Borges (da Regional de Bauru), visitou no final de abril os jornais da Manhã, Correio Mariliense e Diário de Marília, na cidade de Marília, interior paulista. O objetivo foi ouvir as principais reivindicações dos trabalhadores e dialogar com as empresas para sanar os problemas. No Jornal da Manhã, os dirigentes do SJSP se reuniram com os representantes da empresa para tratar de diversos assuntos como a necessidade da regularização das cestas básicas, o controle da jornada de trabalho, plano de saúde e melhorias nas condições de trabalho, que segundo as denúncias, estão insalubres. No Correio Mariliense, o SJSP se reuniu com representantes da diretoria e RH da empresa e retomou conversas sobre o atraso no pagamento das PLRs e cesta básica. Já no Diário de Marília, em conversa com o responsável pelo RH da empresa, o SJSP foi comunicado que o jornal está efetuando levantamento e vai apresentar proposta de pagamento das PLRs atrasadas e das cestas básicas. Jornalista agredido ao cobrar pagamento do frila Dojival Vieira Campanha Salarial em defesa do jornalista e do jornalismo Sindicato cobra solução de problemas trabalhistas em Marília Sindicato participa de ato dos jornalistas da EBC A direção do SJSP participou no dia 25 de abril de atos em prol da revisão do Plano de Empregos, Carreiras e Salários (PECS) na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) realizados em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Em São Paulo, a entidade foi representada pelo secretário geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), André Freire, que juntamente com os dirigentes dos Radialistas de São Paulo foram prestar solidariedade e proporcionar apoio ao movimento, que paralisou por uma hora as operações na emissora. A mobilização teve o objetivo de pressionar a diretoria da empresa, ligada ao governo federal, a iniciar o processo de revisão do plano de cargos e salários que, segundo os trabalhadores, está com atraso em sua implantação.. 5 Imprensa e Mensalão UNIDADE MAIO 2013 6 Unidade - A revista que você dirige, a Retrato do Brasil, deu um furo jornalístico ao mostrar que não houve desvio de dinheiro público no chamado mensalão. Mesmo assim, o trabalho jornalístico não mereceu a repercussão que uma novidade desta, em caso tão notório, mereceria. A que o sr. atribui o fato de a imprensa em geral e a Justiça em particular não terem dado ouvidos ao que a equipe da publicação conseguiu identificar de falhas no processo? Raimundo Pereira – Não existe força política organizada suficiente para garantir um debate multilateral do caso do mensalão. Formou-se um grande consenso político para condenar os chamados mensaleiros. A oposição à direita ao governo do PT defende os métodos e a sentença pronunciada pelo STF. Na oposição situada à esquerda do governo, de um modo geral, prevalece a mesma posição. E nas forças políticas que compõem o governo são minoritárias as correntes que tentam promover um debate democrático do mensalão. Veja por exemplo que, até agora, a despeito de todo o trabalho que fizemos, não conseguimos ainda que a imprensa oficial, o rádio e a televisão públicos, cujo estatuto exige a apresentação de múltiplos pontos de vista sobre as questões relevantes, nos ouvisse para divulgar, com os meios que tem, que são expressivos, os fatos extremamente importantes que temos levantado. Unidade - O sr. considera que realmente existe uma ditadura midiática no Brasil que somente divulga o que interessa aos empresários da grande mídia. Qual a sua análise sobre a atuação dos jornalistas dentro dester contexto? RP - É mais complicado que isso. A grande mídia mais conservadora tem um ponto de vista político claro e escolhe seus editores de forma a que eles orientem suas publicações dentro de determinados parâmetros que garantem a defesa desses pontos de vista. Mas as redações e Veja. Hoje dirige a publicação Retrato do Brasil, que entre seus furos jornalísticos, mostra que há falhas no processo do chamado “Mensalão”. Esse ano, por todos estes trabalhos, será um dos homenageados do Prêmio Vladimir Herzog. e os jornalistas têm certa autonomia dentro desses limites. Além do mais, há publicações com orientação política mais progressista do que essa grande mídia que também não deram importância ao nosso trabalho, nem estão apoiando nossa linha de investigação. Como já disse, a própria imprensa oficial não deu, até agora, importância aos fatos, extremamente graves, que relatamos. Unidade - Depois de ter passagens pela Veja e Realidade (duas publicações da editora Abril), o sr. foi um dos mais importantes nomes da chamada imprensa alternativa que ajudou a desmontar a ditadura militar brasileira. Como era fazer jornalismo nos anos da repressão e agora na democracia. Aliás, existe democracia hoje em dia em termos de meios de comunicação no Brasil? RP - A grande diferença entre os dois períodos é a de que, antes, no campo político popular, em boa parte do tempo houve unidade no apoio à chamada mídia alternativa legal, cujo principal expoente nacional era o jornal Movimento formado por jornalistas progressistas e políticos do chamado grupo Autêntico do MDB. Deve-se notar, também, que O Estado de S. Paulo foi censurado durante parte do tempo da ditadura. No passado, o combate à ditadura foi feito por diferentes correntes políticas. Hoje, podese dizer, quando se fala em democracia, que é preciso qualificar esta palavra. Para mim, existe no país um regime de democracia burguesa, a democracia do grande capital: nela todos têm ampla liberdade para dizer e escrever o que pensam; mas poucos têm os recursos materiais para fazer um jornal como o Estadão ou a Folha, com capacidade para um trabalho diário de seleção e apresentação de fatos e comentários. E, do lado dos que estavam na oposição à ditadura pelos setores populares, não se criou uma cultura política suficiente para formar um governo que ampliasse a participação popular de forma a dar um passo adiante na qualidade da democracia sob a qual vivemos. Unidade - Poderia relatar em poucas palavras o que Retrato do Brasil descobriu em termos do chamado mensalão. Quais foram os documentos analisados pelos jornalistas de sua equipe. O que eles comprovam, exatamente? RP - Estamos já há quase dois anos estudando o julgamento do mensalão. No segundo semestre de 2011 decidimos que o tema seria um dos grandes assuntos de 2012 e nosso editor, Armando Sartori, escalou a Lia Imanishi, nossa repórter, para estudar os documentos básicos do julgamento. Quando o julgamento começou, no segundo semestre do ano passado, estávamos o ACQ (Antônio Carlos Queiroz, nosso colaborador em Brasilia) e eu, estudando a intervenção da mídia, especialmente Veja, no mensalão. Na nossa diretoria, então com cinco pessoas, havia um intenso debate O livro de Raimundo: A Prova do Erro do STF sobre a história, dada a Fotos André Freire O jornalista Raimundo Rodrigues Pereira tem 48 anos de profissão. Em sua bagagem jornalística constam a criação de dois dos mais importantes jornais de resistência à ditadura militar, o Opinião e o Movimento. Foi também editor das revistas Realidade Altamiro Borges, Raimundo Pereira e José Augusto Camargo (Guto) no debate no SJSP diversidade de pontos de vista. Graças a isso fomos os primeiros a descobrir que Henrique Pizzolato, o petista que era diretor de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil, e acusado de comandar um desvio de R$ 73,8 milhões da empresa para o esquema do mensalão, era inocente. Localizamos nos autos e estudamos preliminarmente os mais de cem apensos da auditoria feita sobre esses desvios. Mostramos que existiam e existem, é claro, amplíssimas provas de que o dinheiro não foi desviado mas, sim, aplicado efetivamente para a realização de serviços de promoção de vendas de cartões de bandeira Visa do banco. Para nós ruiu então a viga mestra do mensalão, a do desvio de dinheiro público para comprar deputados. Unidade - Qual a sua análise sobre a questão do marco regulatório da comunicação e sobre a posição que o Brasil tem em relação a outros países, como o Equador e a Argentina. O país está atrás destes países em relação à regulação os meios de comunicação? RP - O governo Dilma Rousseff não quer saber de regulamentar as concessões públicas de rádio e televisão e o PT, há tempos, está acomodado na posição de achar que elegeu a presidente mas que ela tem todo o direito de ter uma posição contrária à sua nessa questão. Por outro lado, o PT sabe que, no atual Congresso, dificilmente teria condições de fazer passar uma legislação que force a regulamentação dessas concessões mesmo em termos que sejam apenas equivalentes aos de vários países capitalistas avançados que são vistos como modelo de democracia. Por esse motivo, acho que, ao lado da luta política mais geral por uma lei que regulamente as concessões de rádio e televisão de forma a garantir um debate mais democrático das questões, deveríamos nos dedicar especialmente à construção de um movimento de unidade dos setores democrático-populares pela recriação de uma publicação nacional. Poderia ser, inicialmente, um semanário, com recursos e apoio político suficientes para ter peso na conjuntura política do País. Unidade - Qual a sua avaliação sobre a Comissão da Verdade que está sendo realizada no Brasil, já que as publicações que você trabalhou ou dirigiu tratavam exatamente de denúncias de assassinatos, torturas e maus tratos dos presos políticos brasileiros? RP - Veja: nós não podíamos tratar dessas questões. Nem mesmo o Estadão podia, porque estava censurado. O que nos distinguia era o nosso caráter democrático-popular, o fato de cobrirmos as lutas camponesas, de denunciarmos o endividamento externo e a dependência do país, de propugnarmos por um outro tipo de combate a inflação. Quanto à Comissão da Verdade, acho que ela está fazendo um bom trabalho. Unidade - Recentemente, o jornal Unidade entrevistou o jurista Fábio Konder Comparato sobre a judicialização da censura. Na sua opinião, a Justiça age como um instrumento de censura no Brasil? RP - Talvez sim, mas por um motivo que parece o oposto disso. Com frases como a de que a liberdade de imprensa não pode ter limites, muitos juízes defendem a atuação sem limites da grande imprensa burguesa, inclusive para caluniar pessoas e movimentos, através da divulgação escandalizada de detalhes irrelevantes de certos fatos. Unidade - Na sua avaliação, é mais difícil fazer jornalismo hoje em dia ou foi mais complicado durante a ditadura militar? Quais as diferenças que o sr. apontaria entre estes dois momentos em nosbanco tinham sido realizados pela agênsa profissão? cia. Há recibos e provas materiais disso. RP - A grande burguesia Como o desvio deste dinheiro era a prova hoje é maior e mais conbásica da existência do mensalão, o pilar centrada em termos de da tese é falso”. poder econômico e está O jornalista Altamiro Borges, o Miro, mais unida do que no pasdisse que a imprensa age como um parsado do ponto de vista potido político, que inclusive ignora doculítico. O patronato mudou mentos obtidos pela revista Retrato do e piorou, do ponto de visBrasil, que estão nos autos da Ação Penal ta político. Já tive patrões 470, e teve objetivos eleitorais para precomo o Fernando Gaspajudicar as candidaturas progressistas nas rian, o único representaneleições de 2010 e 2012. “O furo dado te de entidade patronal pela equipe de Raimundo Pereira merece cassado pela ditadura, um prêmio, mas foi absolutamente ignorado nacionalista e democrapela grande mídia, assim como aconteceu ta. Por esse motivo é que com o livro “Privataria Tucana”. É por isso acho que uma imprensa que se faz urgente a criação de um marco que seja de qualidade e na regulatório para a mídia, para que fatos qual, de certo modo, sejacomo estes não mais aconteçam”. mos patrões de nós mesmos, é uma tarefa do dia. UNIDADE MAIO 2013 “Precisamos de uma imprensa onde sejamos patrões de nós mesmos” Sindicato promoveu debate sobre o “mensalão” O Sindicato promoveu no dia 17 de abril passado, no auditório Vladimir Herzog, o debate “A cobertura da imprensa na Ação Penal 470 – caso Mensalão”, com os jornalistas Raimundo Rodrigues Pereira (revista Retrato do Brasil), Altamiro Borges (Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé) e José Augusto Camargo, presidente da entidade. A revista dirigida por Raimundo trouxe uma série de reportagens, que culminaram na elaboração de um livro e edição especial da publicação, com provas documentais que comprovam que o “mensalão” foi criado através do conluio entre a mídia privada e o Poder Judiciário, inexistindo provas do desvio de dinheiro público, o das denúncias. O episódio se transformou em um “escândalo” midiático contra o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, envolvendo o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o presidente do PT, José Genoíno, o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, o então presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha e o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, entre outros. “Há provas de que a Justiça foi pressionada pela grande imprensa para julgar, como em um tribunal de exceção, os réus do “mensalão”. Fizemos matérias sobre as auditorias feitas no Banco do Brasil, que inclusive estão nos autos da Ação Penal 470, demonstrando que a agência de Marcos Valério havia prestado todos os serviços encomendados pelo Banco do Brasil para divulgação da Visanet, então sob a responsabilidade de Pizzolato, e que os R$ 73,8 milhões supostamente desviados do 7 Radiografia Em Legítima Defesa Pesquisa mostra o perfil do jornalista brasileiro 8 55%, os que atuam em assessoria de imprensa ou outras atividades jornalísticas fora da mídia são 40%, e os que atuam como professores são 5%. A pesquisa constatou que apenas 25,2% são filiados a Sindicatos. Em termos políticos, 25% se declaram de esquerda; 23% de centro-esquerda, 30% não declarou posição política, 7% de centro, 6% de centro-direita, 4% de direita, 1% de extrema-direita e 3% outros. Além disso, 92% defendem que o jornalista tenha formação superior, dos quais 55,4%, com diplomação específica em jornalismo. 72% defendem a criação de órgão de autorregulamentação da profissão. Dos jornalistas que declaram trabalhar em algum veículo de mídia, 63,9% são em impresso, 44,6% na internet; 33,6% em TV, Rádio ou Cinema e 20,5% em outras mídias. Já 87,7% dos que não atuam em mídias trabalham em assessorias de imprensa. A pesquisa completa está no site da Fenaj (www.fenaj.org.br). Dia do Trabalhador reúne milhares em todo estado Roberto Claro Lílian homenageia Artur Henrique Márcia na passeata em Campinas ao Projeto de Lei 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e precariza o trabalho no Brasil. A regulamentação do direito de negociação do serviço público, segundo a Convenção 151 da OIT, também é tema prioritário da Central. No evento estiveram presentes dois ministros da presidenta Dilma Roussef: Gilberto Carvalho (Governo) e Manoel Dias (Trabalho). Além deles, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou durante a festa um reajuste de 79,8% aos servidores municipais. Outras cidades O 1° de maio também foi comemorado em várias cidades do estado. Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o tema central foi a Democratização dos Meios de Comunicação. O objetivo da campanha “Quero Falar Também!” é recolher assinaturas para o projeto de iniciativa popular para criar um marco regulatório para o setor. O SJSP é uma das entidades que apoia a iniciativa (vide ao lado). Também em Campinas, os dirigentes do SJSP, Márcia Quintanilha e Agildo Nogueira participaram das atividades, que reuniu várias centrais sindicais como a CUT, CTB, entre outras. CUT/SP e SJSP vão às ruas pela Democratização da Comunicação A CUT/SP realizou em 15 de maio reunião para organizar coleta de assinaturas para as campanhas de Reforma Política e por um novo Marco Regulatório da Comunicação. O objetivo é recolher 1,3 milhão de assinaturas para encaminhar um PLIP (Projeto de Lei de Iniciativa Popular) ao Congresso Nacional até outubro. O SJSP participa da campanha. Mais informações no www.sjsp.org.br sustentação e representatividade”. A direção do SJSP avalia que, nos últimos anos, as condições de trabalho da categoria têm sido fortemente atacadas pelos patrões. E esse é o principal motivo para que os trabalhadores fortaleçam seu sindicato. “Na maioria das em- presas, a jornada de trabalho é ignorada com cargas diárias excessivas, sem que os patrões paguem horas extras. As relações de trabalho estão cada vez mais precarizadas. O vínculo trabalhista não é registrado em carteira e o profissional vive a absurda situação de frila fixo ou é obrigado a ser "PJ". Somente um sindicato representativo e reconhecido pela categoria tem mais chances de garantir conquistas”, destacam. São Paulo é o estado onde há o maior número de sindicalizados no Brasil e onde se concentram a maioria das empresas de comunicação. “É onde também elas fazem as maiores maldades contra a categoria”, afirma Márcia. “Nos últimos tempos o Sindicato tem combatido todos esses crimes contra a categoria. Por isso, quando mais jornalistas se sindicalizam, principalmente nas grandes redações, mostramos aos patrões a nossa força e a nossa unidade. Trabalhadores fortes, com sindicato representativo, têm mais chances de conquistas”, completas a dirigente. Cartão do Sindicalizado O Sindicato comunica aos filiados em dia com suas mensalidades que o Cartão de Sindicalizado, que os credencia junto aos convênios, tiveram a validade prorrogada de dezembro de 2012 até outubro de 2013. Jornalistas defendem o importante papel do Sindicato João Negrão Professor no Curso de Comunicação em Sorocaba Agildo NogueiraJr O Dia do Trabalhador, organizado pela CUT São Paulo, reuniu cerca de 120 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, em uma tarde repleta de atrações musicais e intervenções políticas com autoridades nacionais e estaduais. O tema do combate à inflação e o reconhecimento dos avanços da política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff marcaram a atividade. No entanto, as atividades cutistas não se restringiram ao Anhangabaú. Várias oficinas regionais aconteceram antes de 25 de abril passado, quando aconteceu o Seminário Sindical Internacional, com o tema Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade. Nessa atividade, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) foi representado pela secretária de Cultura e Comunicação e dirigente da CUT/SP, Lílian Parise e pelo membro da Comissão de Registro e Fiscalização do Exercício Profissional da entidade, Douglas Mansur. Lilian Parise foi responsável pela entrega do troféu de trinta anos da CUT ao secretário-adjunto de Relações Internacionais da CUT, o ex-presidente da Central, Artur Henrique, homenageado durante o evento. No dia 1º de Maio, Adi dos Santos Lima, presidente da CUT/SP e Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional, falaram sobre as prioridades da Central para esse período. Vagner ressaltou que a CUT luta por uma alternativa Q uanto mais trabalhadores participam de sua entidade de classe, maior a sua força na sociedade. Mas qual é, exatamente, a importância de ser sindicalizado? Qual a função de um sindicato e como ele pode ser útil à classe trabalhadora? Para Márcia Quintanilha, secretária de Sindicalização do SJSP, a sindicalização é a chave para o fortalecimento da entidade. “É o melhor instrumento que os trabalhadores têm para garantir conquistas. Porque somente a sindicalização pode garantir o fortalecimento e a solidificação do Sindicato, dando-lhe O Sindicato é uma instituição fundamental da sociedade democrática. O trabalhador sozinho, isolado, torna-se muito fragilizado na relação com os empresários compradores de sua força de trabalho. Já a revolução industrial mostrou claramente a necessidade desta união dos trabalhadores. Sem os sindicatos nós, assalariados, não temos nenhuma força para ampliar nossas conquistas trabalhistas. A importância de alguns sindicatos extrapolam o universo das categorias. O nosso é um deles. Tivemos um papel de destaque nas lutas pela redemocratização do país. Hoje, temos um papel importante a desempenhar no que diz respeito à democratização da comunicação. Silvio Montenegro Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Acredito que qualquer tipo de mobilização por uma causa é melhor do que as experiências solitárias. As causas trabalhistas e, em especial, de uma categoria são ainda mais importantes quando tratadas por um Sindicato. A importância do nosso, como de qualquer outro Sindicato é grande, mas, infelizmente, a categoria de jornalistas, historicamente, é bastante desmobilizada e desunida. Acredito que hoje, assim como ao longo da nossa história, falta um pouco de criatividade para conseguirmos essa mobilização e, consequentemente, nossa união. Porém, reconheço que, por sermos uma categoria formada por pessoas com convicções políticas (inclusive partidárias) arraigadas, isso não é fácil. Mas não custa nada tentar, não é? Maria Fígaro Sindicato dos Metroviários de SP A sindicalização dá ao trabalhador a sensação de que faz parte de uma categoria profissional com interesses específicos bem definidos. Sabemos que não estamos sozinhos na eventualidade de um conflito trabalhista. Aos patrões, sinaliza a força coletiva dos empregados. Quantos crimes contra a dignidade profissional já não foram prevenidos pela simples existência do Sindicato? E hoje a sindicalização ainda é mais importante devido às mudanças no mundo do trabalho dos jornalistas. O Acordo Coletivo é sempre um parâmetro mesmo para aqueles que são contratados como Pessoa Jurídica. Os sindicatos são uma ferramenta histórica de união dos trabalhadores. Embora tenham perdido muito de sua força, em virtude das mudanças nas relações de trabalho em curso no mundo, permanecem como um porto seguro de defesa dos interesses da categoria. Marcos Aidar Chefe da Apuração da Rede Globo A sindicalização é importante. É a única maneira de manter o Sindicato organizado e vivo. Para manter a categoria com o mínino de unidade e informada de seus direitos trabalhistas. É importante ressaltar que o Sindicato é fundamental quando consegue mobilizar a categoria e ao mesmo tempo fazer a categoria perceber a importância dele. É necessário ter uma liderança capaz de mobilizar a categoria e fazer com que ela sinta que não está sozinha, que está cumprindo sua função de atender as necessidades. É importante sim ser sindicalizado e participar. Fazer o sindicato funcionar, mas com maior representatividade. Regiane Muniz da Silva Assessora de Imprensa em Campinas UNIDADE MAIO 2013 O estudo indica que a categoria tornou-se majoritariamente feminina (64%) e jovem (59% têm até 30 anos). Entre outros dados, o levantamento constata que 98% da categoria tem formação superior e 40% já com pós-graduação. Dos jornalistas, 59,9% recebem até cinco salários mínimos, aproximadamente 50% trabalham mais de oito horas por dia e 27% trabalham em mais de um emprego. A pesquisa aferiu a distribuição dos profissionais por tipo de atividade: os que atuam principalmente na mídia são Douglas Mansur UNIDADE MAIO 2013 O Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho (TMT/ UFSC) lançou, no dia 6 de maio, o livro “Perfil do jornalista brasileiro – Características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012”. A publicação apresenta os resultados quantitativos de uma pesquisa com 2.731 profissionais, realizada entre setembro e novembro do ano passado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (PPGSP/UFSC), em convênio com a FENAJ. Sindicalização é instrumento de união e fortalecimento da categoria O jornalismo passa por profundas mudanças, e neste momento, é fundamental estarmos unidos para levar a nossa era da comunicação às condições necessárias para uma atuação pautada na ética e na qualidade. Gilberto Nascimento – Produtor da Rede Record É importante o trabalhador ser sindicalizado para que a categoria tenha força e voz. Somente com a atuação e a participação do trabalhador, a entidade terá representatividade e poder de negociação na defesa dos seus direitos. Quem faz o Sindicato é o próprio trabalhador. Ao participar das discussões e votações em assembleias dos temas importantes, ele consegue avanços e melhorias. Eu, inclusive, já recorri ao serviços jurídicos do Sindicato. 9 Moagem deste mês destaca a “reestruturação” do Estadão, com a saída de diversos profissionais com anos de casa e mudanças no jornal Brasil Econômico. Na RedeTV, a estreia de Silvio Luiz, Juarez Soares e Luiz Ceará em novo programa esportivo. O SBT produz o dominical, Jornal da Semana. Há também a ida de jornalistas da Rede Bom Dia para o Diário de S. Paulo e a perda de Rubens Mainente. Boa Leitura! UNIDADE MAIO 2013 Jornal 10 Eduardo Ribeiro O GRUPO ESTADO anunciou uma nova reestruturação editorial e o corte de 40 vagas na redação do Estadão. É o sexto corte em apenas dois anos, um deles no Jornal da Tarde e outro na Agência Estado. Saíram André Lessa, Ana Paula Lucinski, Audiane Amada Pereira, Camilo da Rocha, Carlos Müller, Cláudia Ribeiro, Daniel Akstein, Décio Trujillo, Eduardo Baptistão, Ernesto Rodrigues, Filipe Corso Campoi, Gilson Vilhena, Eduardo Barella, Jairo Rodrigues, José Francisco de Oliveira, José Rinaldo Gama, Leandro Martins, Lilian Cunha Marcelo Rehder, Melina Costa, Mônica Bento de Souza, Valéria França, Valeria Zukeran, William Gonçalves Cardoso e Yara Martinez, mais as secretárias Isabel Silva e Sonia Maria Pereira. Houve demissões ainda nas sucursais Brasília e Rio de Janeiro. Acordo conquistado pelo nosso Sindicato garantiu dois salários a mais para cada demitido, além de seis meses adicionais de plano de saúde. TAMBÉM deixaram o jornal Denize Ramos Guedes (a pedido), Leandro Modé, contratado pela FSB, Raquel Landim, que foi para a Folha e Fabio Lemos Lopes, a caminho da Veja São Paulo. E ali começou, como repórter do Jornal do Carro, José Antonio Leme. MUDANÇAS na editoria de Poliesportivo do Lance. Com a ida do editor Paulo Roberto Conde para a Folha de S.Paulo, revezam-se no posto Rafael Valesi e Guilherme Cardoso. DEIXARAM o Brasil Econômico Juliana Garçon, a caminho de O Globo, no Rio de Janeiro, e Felipe Perone, para a Folha. Também saíram, em decorrência da transferência da sede do jornal para o Rio de Janeiro: Alex Silva, Ana Paula Ribeiro, Carla Romero, Carolina Marcelino, Cíntia Esteves, Flávia Furlan, Henrique Peixoto, Letícia Alves, Maicon Silva, Mônica Sobral, Paulo Argento, Rafael Palmeira, Renata Rodrigues, Renato Gaspar, Rubens Ângulo e Wellington Budin. SUZANA SINGER iniciou seu quarto mandato como ombudsman da Folha de S.Paulo. Antes dela, nenhum dos nove antecessores ficou quatro anos no cargo. Deixaram o jornal Priscila Pastre, contratada como editora da revista da TAM, e a correspondente em Campinas Marília Rocha. FRAN AUGUSTI deixou o Tribuna do Direito, em que atuava como editor-chefe desde 2000. Revista PETER MOON deixou a editoria de Ciência e Tecnologia da Época, onde esteve por cinco anos. VAN FINOTTI assumiu interinamente a edição da são paulo, da Folha, no lugar de Michele Oliveira, que foi para a Bamboo, da Editora Turquesa. ALINE MAGALHÃES começou na reportagem da Autoesporte. GABRIEL MARAZZI deixou a Motor Quatro para lançar a revista Cultura do Automóvel. CÍCERO LIMA, que estava na Duas Rodas, foi para a Infomotor. VERENA FORNETTI começou na Exame como repórter de Internacional. VANESSA VIEIRA começou como editora de Mercado e Finanças Pessoais de Você S/A. CHEGARAM à Trip Millos Kaiser, como editor, e Anna Virgínia Balloussier, como repórter. Televisão A REDETV estreou Bola Dividida, dirigido por Edson Porto e ancorado por Silvio Luiz, com participações de Juarez Soares e Luiz Ceará. O programa vai ao ar de 2ª a 6ª.feira, de 11h30 às 12h. Integram o time o editor-chefe Alex Fogaça, a editora-executiva Thais Drumont, o chefe de Reportagem César Antonio Ferreira Filho, os repórteres Fernando Fontana e Ricardo Neves, os produtores Soraia Oliveira, Fernanda Lima, Tamires Souza, Débora Velozo e Guilherme Ludwig e os editores Fernanda Capelli, Raphael Florêncio, Daniela Pires e Felipe Jardini. FÁTIMA TURCI acertou seu retorno à Record News e ao seu Economia & Negócios, com estréia programada para este mês de maio, em versão semanal, às 2as.feiras, 23 horas. CARLOS CRISTOFANILLI é o novo chefe de Redação da TV Cultura, no lugar de Fernando Coelho, que saiu. Marici Capitelli e Marici Arruda passaram a dividir as tarefas de criação e produção do Jornalismo. GUTA NASCIMENTO deixou a Record para ficar apenas como diretora de Conteúdo do Portal Tempo de Mulher, de Ana Paula Padrão, de quem é parceira desde os tempos de Globo. ESTREOU pelo SBT o dominical Jornal da Semana, de 5h15 às 6h30, com apresentação de Carolina Castelo Branco. Ainda por lá, Tatiana Mocelin passou a editora-assistente do Jornal do SBT no lugar de Luiz Bernardo, que foi para a FSB; e Fábio Fleury começou na Produção. KELLY CRISTINA SPINELLI está de volta ao Brasil O PULO DO GATO, da Bandeirantes, completou, em 2/4, 40 anos sob direção de José Paulo de Andrade. Em fevereiro, Zé Paulo completou 50 anos de emissora. MONA DORF deixou a rádio Eldorado, onde desde 2007 conduzia o boletim Letras e Leituras. GIOCONDA BORDON saiu da Rádio Cultura FM, onde estava desde 2005. Interior e Litortal O DIÁRIO DE S.PAULO e rede de jornais Bom Dia passaram a compartilhar conteúdo e a centralizar o fechamento das edições regionais na sede, em São Paulo, sob a coordenação de Carlos Frey de Alencar. Os editores Wilson Gasino (Rio Preto), Rodrigo Viudes (Bauru), Leandro Amaral (ABCD) e Marcelo Macaus (Sorocaba) – liderados pelo editor-chefe dos jornais locais Edu Cerioni – mudaram-se para a capital. A TRIBUNA IMPRESSA e a Jovem Pan de Araraquara (ambas do Grupo EPTV) fecharam parceria para produzir o Jornal Regional, que vai ao ar para Araraquara e região de 2ª a 6ª.feira, das 7h às 7h30. A apresentação é de Emerson Bellini e André Lourenço, com reportagens de Felipe Santilho, Micheli Valala NO CANALRH (www.canalrh.com.br), a operação foi assumida pela diretora e editora-executiva Marisa Torres e a coordenadora de Conteúdo Odete Pacheco. Elas dirigem uma equipe de seis repórteres e dois profissionais de web, todos colaboradores regulares do portal. Assessoria Rádio depois de um ano e meio em Buenos Aires, onde produzia o MTV at the Movies. HUMBERTO CANDIL, Ciro Lilla e Salomão Schvartzman pilotam às 6ªs.feiras, 22h, a coluna Sua Excelência, o Vinho, na BandNews TV. A produção é de João Paulo Duarte. COM A IDA de Carla Vilhena para o Fantástico, Rodrigo Bocardi a sucedeu na apresentação do Bom Dia São Paulo O Vaivém de mercado e Carlos Alberto Baldassari. A direção é de Josué Suzuki. MICHELLE PORTELA deixou a Agência de Notícias e Editora Comunicativa, de Campinas, e foi substituída por Amanda Cotrim, que segue frilando para a Caros Amigos. Ainda por lá, registro para a chegada de Manuela Azevedo Queiroz, para cuidar do conteúdo de Clicknoticia e Jornal Alto Taquaral eletrônico, ambos dirigidos por Gilberto Gonçalves. Midias Digitais LUÍS NASSIF lançou o GGN, projeto de jornalismo colaborativo, que tem na coordenação sua irmã Maria Inês Nassif, vinda do Instituto Lula. A UNIDADE TECNOLOGIA e Negócios da Editora Abril criou um pool para a produção das versões das publicações em plataformas tablet e mobile, coordenado por Roseli de Almeida e integrado por Bruno Lozich, Eduardo Ianicelli, Gabriel Lira, Germano Lüders, Luiz Lula, Marcel Facetto, Marilia Traversim, Mayte Coelho, Suely Andreazzi, Teresa Morrone e Valéria Marin. COM A SAÍDA de Claudia Ribeiro, a Economia do Portal do Estadão foi assumida por Cley Scholz, que até então cuidava da pauta da editoria. ANTONIETTA VARLESE assumiu a Gerência de Comunicação Corporativa e Desenvolvimento Sustentável na América Latina do Grupo Accor. JOSÉ ROBERTO MELLO começou na chefia de Comunicação da Subprefeitura da Sé, da Prefeitura de São Paulo. MARIANE CORAZZA e Bruna Gama passaram a integrar o time da Agência Ideal RENATO PEZZOTTI deixou a Gerência de Comunicação da 9ine, que terceirizou a comunicação com a Ogilvy PR Brasil, sob direção de Sandra Azedo, gerência de Carla Guimarães e assessoria de Fernanda Sokoloski e Suellen Barreto. ANTONIO LERIA assumiu a Assessoria de Imprensa da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), na equipe de Eduardo Reina. SONIA MITAINI deixou a diretoria de Relações Institucionais e Imprensa da Viavarejo e iniciou na mesma função na Capital Brasileiro Empreendimentos e Participações (CBEP), holding da família Klein (Casas Bahia). Sonia também responde pela assessoria de imprensa da família. MÁRCIO GASPAR e Lucas Alves começaram na Ogilvy PR Brasil. LUIZ CARLOS MONTEIRO DE OLIVEIRA, o Lucas, Paula Nunes e Andreia Henriques estão agora na Kreab Gavin Anderson. RAUL VIANA assumiu o posto de diretor de Novos Negócios da MCO. GUILHERME LOUREIRO despediu-se da Global Editora, depois de quase 13 anos de casa. MARÍLIA TAUFIC e Luísa Alcalde começaram na Assessoria de Comunicação Social do Ministério Público do Estado de São Paulo. NUNZIO BRIGUGLIO, secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, tem agora a seu lado a secretária-adjunta Leila Swan e o chefe de Gabinete José Jacinto de Amaral. PAULA CONTIM deixou a Aberje e começou na Natura. q Daniela Loreto começou na In Press Porter Novelli, no atendimento da Qualcomm. EUGÊNIO ARAÚJO começou como assessor Institucional da Câmara Municipal de São Paulo e foi substituído como editor da Negócios da Comunicação por Amilton Pinheiro. REIKO MIURA deixou a Comunicação da Fundação Perseu Abramo para dedicar-se às coleções que serão publicadas pela entidade em 2013. Telegráficas LAURENTINO GOMES está de volta ao Brasil depois de um ano nos Estados Unidos fazendo pesquisas para seu próximo livro, 1889, sobre a Proclamação da República. A obra sairá com 200 mil exemplares. O REVISOR aposentado Clóvis Meira, que atuou em diversos veículos, entre eles o Estadão, celebrou em 14/4 cem anos de vida. A ele os parabéns de todos os jornalistas de São Paulo. CARTACAPITAL, aos 19 anos de vida, está de projeto gráfico novo, de autoria de Mariana Ochs. Várias novas colunas estrearam, assinadas, entre outros, por Nirlando Beirão, Drauzio Varella, Riad Yunes, Rogério Tuma, Afonsinho e Márcio Alemão. O site da revista também mudou e é agora editado por Lino Bocchini. MAIS de 30 voluntários estão traduzindo o Data Journalism Handbook (Manual de Jornalismo de Dados), numa iniciativa da Abraji. O livro mostra como usar dados em reportagens. A versão em português é coordenada por Tiago Mali, da Galileu. O lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano. Agência GISELE ALEXANDRE deixou a agência Coletânea Editorial, do Grupo MTCom SP. Seus contatos pessoais são [email protected] e 11-98414-8949. O FATURAMENTO bruto das Organizações Globo aumentou 16% em 2012, batendo em R$ 12,7 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 2,9 bilhões, 38% maior do que 2011. SEGUE até 25/6, no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca (rua Frei Caneca, 569), a exposição A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat, do Instituto Moreira Salles. VEJA SÃO PAULO estreou novo projeto gráfico, liderado por Alecsandra Zapparoli, Daniela Giorno e Valdécio de Oliveira, com apoio de Thomaz Souto Corrêa. As mudanças foram estendidas a Veja Rio e Veja BH. JÁ CHEGOU ao mercado a nova revista de Maurício de Sousa editada pela Panini com o novo personagem em quadrinhos Neymar Jr.. WANDERLEY MIDEI deixou São Paulo por motivo de saúde e está morando em Aracaju, com a família da sua filha Daniela. Os contatos dele são [email protected] e 79-32432722 / 11-99402-1262. Livros ANDRÉ LUIZ PEREIRA DA SILVA, Antonio Marcos Abrahão Jr., Celso Unzelte e Dante Grecco Neto com Vai, Corinthians! (Que nós vamos atrás...) (Maquinária Editora), com histórias divertidas do Mundial de Clubes de 2012. ANDREI BASTOS com Sala de Espelhos, livro digital reunindo histórias do movimento estudantil no final dos anos 1960 e início dos 1970. BENEDITO REQUENA DA CONCEIÇÃO (de Bauru) com Uma história que vem de longe, em que conta a saga das famílias espanholas que migraram para o Brasil. CLARISSA ROCHA e Liz Wood com Na trilha da cultura, obra que apresenta um reconhecimento ao trabalho de educadores. CRISTIANE D’AVILA com Cartas de João do Rio (Funarte), que faz uma reconstituição do Rio de Janeiro da Belle Époque. DANIEL BUARQUE com Brazil: Um País do presente (Alameda), fruto de um trabalho de pesquisa realizado nos Estados Unidos para saber o que pensam os especialistas e o público médio americanos sobre o Brasil. DÊNIS DE MORAES, Ignacio Ramonet e Pascual Serrano com Mídia, poder e contrapoder – Da concentração monopólica à democratização da informação, abordando as novas formas de jornalismo com a ascensão da internet. GILBERTO DE NICHILE com O sorriso de Gioconda (www.osorrisodegioconda.com. br), com histórias inspiradas em fatos cotidianos e personagens da mitologia grega. GILVAN RIBEIRO com Casagrande e seus demônios (Globo Livros), descrevendo o envolvimento do ex-craque e atual comentarista da Globo com drogas e como delas se livrou. HELLE ALVES com Eu Vi – Quando mataram Che Guevara e outros momentos da História (Nhambiquara), em que narra, aos 85 anos, passagens de sua carreira como repórter, no Brasil e no exterior. IVAN MARSIGLIA com A poeira dos outros – Um repórter na Casa da Morte e mais 19 histórias (Arquipélago), reunindo 20 reportagens de sua lavra. JANETE GUTIERRE com As águas rolam (e-book), onde demonstra como a troca de comando numa unidade de conservação trai princípios e coloca em perigo os territórios protegidos do País. LUIZ CARLOS DUARTE com Friedenreich – A saga de um craque nos primeiros tempos do futebol brasileiro (Casa Maior Editorial), que detalha a carreira do craque do passado. REGINA AUGUSTO com No centro do poder – A trajetória de Petrônio Corrêa, fundador da MPM e o maior articulador da publicidade brasileira (Livros de Safra). ROSEANN KENNEDY com Jornalismo e Publicidade no Rádio: como fazer, em parceria com o publicitário Amadeu Nogueira de Paula. SÉRGIO PEREIRA COUTO com Os arquivos secretos do Vaticano (Gutenberg), que aborda temas guardados pelo Vaticano em 800 anos de história. VITOR GUEDES com Paixão Corinthiana – A história de amor de um povo pelo seu time, contada em 100 histórias cotidianas (Publisher). Registros RUBENS MAINENTE, em 15/05, aos 80 anos, em São Paulo, de complicações da Diabete. Repórter cinematográfico, diretor da AJAESP, com mais de 50 anos de experiência em rádio e televisão. Começou na profissão como assistente e depois cinegrafista na extinta TV Tupi. Trabalhou também na TV Manchete e durante 20 anos na TV Cultura. EDILSON COELHO faleceu em 6/4, aos 54 anos, em São Paulo, de enfisema pulmonar. Didi, como todos o conheciam, teve passagens por Editora Abril, Gazeta Mercantil, Estadão e CDN. Foi idealizador de projetos como um programa de economia de rádio e de TV, com José Paulo Kupfer; e do primeiro telejornal na internet, ancorado por Lillian Wite Fibe, no portal Terra. Esteve na assessoria do Sebrae em Osasco. EDUARDO HIROSHIO O editor do do caderno “Máquina” Agora São Paulo faleceu no dia 6 de maio. Começou a carreira em 2000 como assessor de imprensa. Em 2003, foi contratado como repórter do Agora São Paulo. Já em 2007, migrou para a revista Car and Driver, onde ficou até 2010, quando retornou ao jornal. UNIDADE MAIO 2013 O O Vaivém do mercado 11 UNIDADE MAIO 2013 Imagem 12 Fausto Bergocce é cartunista profissional desde 1974. Ilustrou jornais como o Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Última Hora, Pasquim, Diário do Grande ABC, Popular da Tarde, Diário Popular, Diário de S. Paulo, entre outros. Produziu charges animadas para os programas Vídeo Esporte e Jornal 60 Minutos da TV Cultura. Ilustrou para jornais da imprensa sindical e para revistas da Editora Três. Participou do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, de Saint-Just-Le-Martel, na França, e de Desenho para Imprensa, em Porto Alegre (RS). É autor dos livros "Sem Perder a Linha" (prêmio HQ-Mix versão 1999), "Esqueçam o Que Ele Desenhou" e "Traço Extra". No dia 20 de junho, Fausto lança o livro “Uns e outros, cartuns soltos”, no auditório Vladimir Herzog do SJSP. A publicação tem prefácio do cartunista Geandré. Atualmente Fausto é chargista do Jornal Olho Vivo de Guarulhos e ilustrador free-lancer.
Documentos relacionados
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
Antonio do Carmo; Secretário de Cultura
e Comunicação - Wladimir Miranda;
Secretária de Relações Sindicais
e Sociais - Evany Conceição
Francheschi Sessa;
Secretário Jurídico e de Assistência Paulo ...