aula 5 - módulo 3
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aula 5 - módulo 3
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Saiba mais como se tornar um aluno acessando nossa página de cursos: www.ctaeletronica.com.br/web/curso.asp APOSTILA ELETRÔNICA GERAL AULA 5 MÓDULO - 3 AMPLIFICADOR CLASSE C VARICAP E OPTOELETRÔNICOS O amplificador classe C - separadores de pulsos O diodo varicap - tensão x capacitância Montagem de um micro-receptor à varicap Foto-diodo - foto-transistor e foto-acoplador AMPLIFICADOR CLASSE C Depois de analisarmos os amplificadores de audio vamos analisar um outro tipo de amplificador que não é utilizado em áudio, mas é muito importante para o funcionamento de muitos equipamentos. Supondo que a componente contínua do sinal seja inferior a 5Vdc o transistor não estará prépolarizado, já que o sinal irá passar pelo divisor resistivo, formado por R1 e R2, que dividirá o sinal em 10 vezes para a base de Q1; isso significará que o transistor permanecerá cortado, sendo polarizado figura 1 +12V somente quando o sinal “ultrapassar” a tensão de +6V (0,6V na base de Q1). Para melhor exemplificar este amplificador, vamos pegar o sinal de vídeo que é processado numa TV a OUT partir de um sinal padrão (8 barras em cores), R1 Q1 injetado na entrada de antena do aparelho de TV, 9k1W IN chamado de CVBS (Composite Video Blanking Sync). Este sinal é formado por 8 níveis de tensão, R2 que irão representar as barras de cores; junto com 1kW estes níveis de tensão estará somado um “pulso” de sincronismo horizontal, com o objetivo de sincronizar o oscilador horizontal da TV com o oscilador horizontal da emissora. Assim, o sinal Nos amplificadores classe B, sabemos que cada CVBS, na porção inferior (cerca de 70% dela), transistor amplifica uma porção do sinal, ou um formará as imagens preto e branco e cores; mas na semiciclo, evitando assim, a polarização constante porção mais positiva, os pulsos que aparecem do amplificador AB que possui pouco rendimento. servirão para a sicronização dos circuitos de Considerando agora que cada semiciclo varredura. figura 2 corresponde a um ângulo de 180º, no amplificador classe C a amplificação será menor que 180º, 6,5V podendo inclusive trabalhar em uma pequena porção de sinal. Consegue-se eficiência da ordem de 90%, mas o amplificador não é linear. É utilizado 5V “Pulso” de sincronismo em transmissores de FM, onde a amplitude é constante, ou em estágios finais de AM, sendo neste caso a modulação de áudio sobreposta à polarização de anodo (ou coletor/dreno), e o sinal RF de entrada mantido constante. A distorção harmônica é reduzida a níveis aceitáveis pelo efeito seletivo da ressonância paralela. Em resumo, considerando que temos um transistor Barras coloridas trabalhando em classe C, podemos afirmar que sua polarização se dará em menos da metade do ciclo 0V de sinal. Um exemplo pode ser visto na figura 1. Este circuito aparenta ser um amplificador classe A à primeira vista, mas se olharmos melhor, veremos que ele está normalmente despolarizado, ou seja, Para isso devemos separar esses pulsos do está entrando uma tensão média em “IN” menor restante do sinal, como mostra a figura 2. O circuito responsável por separar esses “pulsos de que +5V, e isso não polarizará o transistor. ELETRÔNICA AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO 47 APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 sincronismo” do sinal que formará a imagem é chamado de separador de sincronismo, e é formado basicamente por um amplificador classe C como mostrado na figura 4. Este “separador de sincronismos” irá receber em sua entrada um sinal de vídeo CVBS (vídeo composto), onde a partir de uma tensão do sinal estarão os pulsos de sincronismo. Na figura 3a, podemos ver um equipamento com a tomada de vídeo (CVBS) que devido a uma padronização mundial, deve apresentar os pulsos de sincronismos, voltados para o lado de baixo, como mostra a figura 3b. Voltando à figura 4, podemos dizer que a função deste amplificador classe C será de extrair os pulsos de sincronismos do sinal de vídeo para o circuito de varredura horizontal e vertical. O funcionamento do circuito é dado a seguir: Podemos ver o sinal de vídeo entrando no “separador de sincronismos”, formado por Q1 e Q2; o sinal terá sua amplitude reduzida dez vezes pelo divisor resistivo R1 e R2, sendo assim qualquer nível de tensão inferior a 5,5V (0,55V na base) não irá polarizar Q1 permanecendo cortado. Como este é responsável pela polarização de Q2, e ele recebe na base +12V, também estará cortado e sua tensão de coletor será zero volt; quando o sinal na entrada ultrapassar um nível de tensão superior a 5,5V, Q1 será polarizado, polarizando também Q2 que amplificará o sinal ou seja, com sua saturação momentânea levará o sinal para 12V. Assim, toda vez que o sinal na entrada de R1/R2 ultrapassar aos 5,5V, Q1 será polarizado, o mesmo ocorrendo com Q2. Então, no exemplo da figura 4 temos na saída “OUT” apenas os pulsos de sincronismos cuja tensão na entrada for acima de 5,5V. Podemos então resumir o funcionamento de um amplificador classe C como sendo um amplificador cujo transistor não é pré-polarizado e com isto ficará a maior parte do tempo cortado, mesmo com existência do sinal, amplificando apenas uma pequena porção deste mesmo sinal; sua grande função é extrair e amplificar apenas uma parte do sinal, para isso o circuito deverá estar configurado para esta função. Vamos agora fazer um quadro resumo destes primeiros amplificadores que aprendemos: tensão e CLASSE A corrente 25% 1 TRANSISTOR PRÉ-POLARIZADO PRÉ AMPLIFICADOR só corrente 80% 2 TRANSISTORES NÃO POLARIZADO SAÍDA DE POTÊNCIA só corrente 60% tensão e corrente 90% CLASSE B CLASSE C 1 PARA CADA SEMI-CICLO 2 TRANSISTORES PRÉ-POLARIZADO 1 PARA CADA SEMI-CICLO 1 TRANSISTOR NÃO POLARIZADO AMPLIFICA PARTE DO SINAL SAÍDA DE POTÊNCIA SEPARADOR DE SINAIS Ainda há outros tipos de amplificadores como classe D, trabalhando somente em corte e saturação (com rendimento altíssimo) e o classe H, que possui além da fonte simétrica normal, outra fonte simétrica com tensão maior, que somente é usada, quando o sinal a ser amplificado aumenta consideravelmente (rendimento muito bom). Como são amplificadores mais complexos, serão vistos no módulo 4. 12V figura 4 5,5V FUNÇÃO CARACTERÍSTICA GANHO +12V +12V IN 0V R1 9k1W Sinal de vídeo entrando 12V Q1 0V Q2 R2 1kW OUT 0V Pulsos de sincronismo saindo figura 3b 0,55V figura 3a 0V Tomada CVBS ou simplesmente vídeo composto, que trabalha com o sinal na fase mostrada ao lado 48 AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ELETRÔNICA APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 OUTROS COMPONENTES IMPORTANTES Até agora nós estudamos vários componentes importantes, que são fundamentais para qualquer aplicação da eletrônica, que foram explanados durante o módulo 1 e 2, onde podemos destacar alguns: RESISTOR: Componente de comportamento linear em relação a sua resistência com a corrente elétrica e a tensão; sua principal função é polarizar circuitos e componentes gerando queda de tensão e limitando a corrente do circuito. Por ser um componente linear, podemos aplicar a ele a lei de Ohm. RESISTORES NÃO LINEARES: Componentes eletrônicos cujas resistências elétricas não são lineares em relação a corrente elétrica e tensão. Geralmente suas resistências não são fixas e dependem de fatores externos, onde podemos citar: LDR, que depende da incidência de luz; PTC e NTC que dependem do calor; VDR (varistor) que tem sua resistência dependente da tensão elétrica aplicada a seus terminais. CAPACITOR: Componente eletrônico cuja principal característica é sua propriedade de acumular cargas elétricas e consequentemente acumular e manter uma tensão elétrica sobre seus terminais, é muito usado para filtrar e integrar tensões alternadas retificadas, acoplador de sinais alternados e bloqueador de componentes contínuas dos sinais. INDUTOR: Componente eletrônico conhecido como bobina, é formado geralmente a partir de espiras em série que irão gerar campo magnético a partir de uma corrente elétrica. Muitas são sua utilidades na eletrônica mas uma de suas principais funções é de filtrar as variações de alta frequência através de sua reatância indutiva. TRANSFORMADOR: Componente elétrico formado a partir de um conjunto de 2 ou mais “bobinas” enroladas num mesmo núcleo. Tem a função de transformar as amplitudes de um sinal ou tensão elétrica, sem alterar sua frequência ou forma de onda; podendo aumentar a amplitude ou abaixála, de acordo com a relação de espiras de entrada (primário) em relação ao número de espiras de saída (secundário). Os transformadores mais comuns são os que aumentam ou reduzem a tensão da rede elétrica. DIODOS: Componente semicondutor formado por dois “cristais” dopados a partir do silício (ou germânio) sua característica é conduzir corrente elétrica em um único sentido de acordo com sua polarização. Ele pode funcionar como retificador de tensão ou como chave eletrônica. Existem ainda os diodos zener que trabalham inversamente polarizados estabilizando níveis de tensão ou ainda os diodos led´s que emitem luz quando conduzem corrente elétrica. TRANSISTOR: Componente eletrônico também do tipo semicondutor como o diodo, mas formado a partir de 3 cristais que dependendo da dopagem podem ser NPN ou PNP. Sua principal característica é amplificar a corrente que passa pela sua junção base-emissor, por uma outra corrente que passará pela junção coletor-emissor; para seu correto funcionamento ele deverá estar diretamente polarizado entre base-emissor com uma tensão de 0,6V em média (para transistor de silício) e inversamente polarizado entre coletor-base; então, dependendo da corrente base-emissor podemos dizer que a junção coletor-emissor funcionará como um resistor variável, mas que só poderá conduzir corrente em sentido único. Ainda temos dezenas de componentes eletrônicos para serem apresentados, mas nem todos são fundamentais para nossos estudos. Para este módulo 3, alguns outros componentes serão apresentados, complementando uma série de circuitos; porém outros somente para os módulos seguintes. DIODO VARICAP O diodo varicap na realidade funciona como um capacitor variável, apesar de ser um diodo. Seu funcionamento se baseia na formação da barreira de potencial que surge quando um diodo é inversamente polarizado, como mostra a figura 5 e 6. Podemos ver a barreira de potencial formada pelo campo elétrico do anodo e do catodo; logo, teremos a formação de um “isolante” dielétrico entre anodo e catodo. Se temos um dielétrico isolador entre dois pontos que estão ligados a condutores conectados a uma fonte de tensão, teremos a configuração de ELETRÔNICA um CAPACITOR (figura 6b). Neste componente em particular, esse efeito capacitivo foi planejado teoricamente, mas surge figura 5 naturalmente da própria construção física do diodo; N P nós já estudamos este mesmo efeito no módulo 2, quando abordamos o capacitor parasita na junção coletor-base do catodo anodo transistor. O valor deste “capacitor”, que terá seu B A R R E I R A AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO 49 APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 efeito aplicado paralelamente à junção anodocatodo, será de alguns pico-farads, mas dependerá de sua construção e principalmente da tensão reversa aplicada. K (catodo) A (anodo) figura 7b figura 7a figura 6a N P figura 6b K (catodo) ANODO CATODO A (anodo) CATODO ANODO figura 7b aumento da barreira polarização reversa Os diodos varicaps são fabricados especialmente para esse fim e o valor da capacitância dependerá do valor da tensão reversa aplicada, como mostra o gráfico da figura 7, ou seja quanto maior a tensão aplicada, menor a capacitância. No circuito ressonante quanto menor a capacitância, o ciclo da oscilação será completado de forma mais rápida, aumentando a frequência de trabalha. Assim, podemos dizer que se aumentarmos a tensão sobre ele, a frequência do circuito ressonante aumentará. C capacitância alta tensão baixa figura 7 capacitância baixa tensão alta Vrev tensão baixa capacitância alta tensão alta capacitância baixa O aspecto físico dos varicaps são iguais aos diodos comuns, como mostra a figura 7b e sua simbologia pode ser vista na figura 7a. A utilização dos diodos varicaps são de fundamental importância para a automatização dos circuitos eletrônicos principalmente os circuitos sintonizadores que serão vistos mais adiante. Graças à utilização dos varicaps, foi possível utilizarmos o controle remoto da TV para mudarmos de canal, além de uma infinidade de outras aplicações. Na sequência da apostila, veremos alguns circuitos que utilizarão os diodos varicap, permitindo ao aluno assimilar melhora o funcionamento deste interessantíssimo componente. O circuito da figura 8, é um exemplo de utilização dos diodos varicaps: Este é um circuito sintonizador, onde temos a bobina L1 em paralelo com 2 capacitores em paralelo C1 e D1, sendo C2 utilizado para desacoplar a tensão contínua que está sendo colocada sobre o diodo D1 (diodo-capacitor principal do circuito). Esta configuração forma um circuito ressonante cuja frequência sintonizada dependerá do valor de L1 e capacitores; D1 é um diodo varicap polarizado reversamente pelo potenciômetro P1. Variando a tensão aplicada sobre este diodo estaremos alterando o valor de sua capacitância, variando também a frequência sintonizada pelo circuito ressonante. Teremos então aqui um circuito sintonizador de frequência ajustável, onde podemos ter vários sinais entrando no circuito, saindo somente os sinais cuja frequência seja a mesma sintonizada pelo filtro. Este é o mesmo princípio de um seletor de canais CIRCUITO SINTONIZADOR figura 8 OUT R1 C2 IN L1 C1 P1 D1 50 AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ELETRÔNICA