Conde e Condessa do Pinh e Condessa do Pinhal e seus
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Conde e Condessa do Pinh e Condessa do Pinhal e seus
Conde e Condessa do Pinhal e seus Descendentes1 A história da Família Arruda Botelho no Brasil remonta a meados do século XVII, quando em 1654, da Ilha de São Miguel, nos Açores, vieram três irmãos, filhos de Gonçalo Vaz Botelho: Sebastião de Arruda Botelho, André de S. Paio e Arruda e Francisco de Arruda e Sá2. Sebastião casou-se se com a brasileira Isabel de Quadros3. Um dos filhos do casal, nascido no Brasil, era Simão de Arruda, que se casou com Anna de Almeida Aranha. Esse último casal teve um filho chamado João de Arruda Botelho, natural de Itu, que se casou em primeiras núpcias com Eugênia Pinto do Rego. Dentre os filhos de João e Eugênia está Carlos Bartholomeu de Arruda, avô do futuro futu Conde do Pinhal4. No período de meados do século XVIII, o interior da Capitania de São Paulo contava com vastas áreas de terras desocupadas. A partir do governo do Morgado de Mateus (1765 – 1775), surgiu uma especial preocupação com a ocupação e cultivo da Capitania, em parte devido ao declínio da extração do ouro nas áreas mineradoras, que gerou diminuição da arrecadação fiscal da Colônia naquele período. O desenvolvimento da lavoura de exportação foi visto, assim, como uma alternativa5. A produção agrícola cola paulista, até então predominantemente voltada para a subsistência, transformou se transformou-se e o açúcar adquiriu importância comercial (especialmente na virada do século XVIII ao XIX), sendo produzido no litoral, no Vale do Paraíba e principalmente no quadrilátero quadrilátero formado entre as localidades de Jundiaí, Sorocaba, Piracicaba e Mogi Guaçu, com destaque para as regiões de Itu e 1 Campinas. Era nesse “quadrilátero do açúcar” que se produzia a maior parte do açúcar paulista6. Por outro lado, ainda a partir de meados do século XVIII, foram introduzidas as primeiras mudas de café no Rio de Janeiro, que se difundiram por esta Capitania, expandindo seu cultivo na virada dos séculos pelo Vale do Paraíba fluminense ao paulista7. Na primeira metade do século XIX, o café obteve obteve grande desenvolvimento produtivo no Vale, com sua expansão atingindo também a área do “quadrilátero do açúcar” (paulista). Vale ressaltar que na região do “quadrilátero”, apesar da gradual difusão dos cafeeiros, não houve uma substituição total e imediata imediata do açúcar pelo café em todas as suas localidades 8 . Nacionalmente, o café adquiriu o posto de principal produto destinado à exportação a partir da década de 1830 9 , embora somente no início da década de 1850 tenha superado as exportações de açúcar pelo porto de Santos10. Naquele momento, havia vários posseiros ocupando o interior paulista, cujas produções voltavam-se se no geral para a subsistência. O Governo da Capitania, desejoso de promover a ocupação e o cultivo das terras, doou várias sesmarias a indivíduos os que se dispusessem a ocupá-las, ocupá las, ou a posseiros já estabelecidos que demonstrassem condições de cultivá-las. cultivá De modo geral, a ocupação das terras, naquele momento, dava-se dava de algumas formas: pela simples posse (posseiros); pela compra ou herança; pela obtenção tenção de Cartas de Sesmaria, concessão viabilizada pela Coroa (seja mediante a requisição por parte de posseiros já estabelecidos, seja devido a serviços prestados pelo requerente – por exemplo, ofícios militares)11. A região dos “Campos” ou “Sertões de Araraquara” Araraquara” compreendia as terras ao norte do Rio Piracicaba, mais especificamente a área que segue entre os rios Tietê e 2 Mogi Guaçu até os rios Paraná e Grande. Atualmente, essa região abrange uma série de municípios, como Araraquara, São Carlos, Descalvado, Descalvado, Jaú, Jaboticabal, entre outros12. Tem-se se conhecimento do seu inicial povoamento principalmente a partir do último quartel do século XVIII, quando a mineração entrava em decadência e a pecuária expandia-se se pela Capitania de São Paulo. Essa região, assim, passou p a atrair migrantes mineiros e paulistas (especialmente das áreas de Campinas, Piracicaba e Itu)13. Os pedidos de sesmarias nos “Campos de Araraquara” tiveram início na década de 1780, intensificando-se intensificando a partir de 181014. A Freguesia de Araraquara, criada ada em 1817, abrangia a maior parte desses “Campos”15. A área da atual Cidade de São Carlos fazia parte dos “Campos de Araraquara” e se originou a partir de seu desmembramento com Araraquara, de quem dependeu administrativamente até 186516. Carlos Bartholomeu u de Arruda, avô do futuro Conde do Pinhal, nasceu em 1740, em Itu. Ele não tinha nem uma origem social abastada, nem terras, mas conseguiu atingir uma colocação social devido a sua origem familiar portuguesa e pelo seu ingresso na carreira das armas17. Em 1767, casou-se se com Maria Meira de Siqueira18. O casal teve os seguintes filhos: Manoel Joaquim Pinto de Arruda, Maria Francisca de Arruda, Eugênia Antonia de Arruda e Carlos José Botelho19, este último conhecido como “Botelhão”20. Carlos Bartholomeu foi nomeado nomeado Alferes de Ordenanças da Companhia do bairro de Petrebupira da Vila de Itu, de que era Capitão Joaquim de Meyra e Siqueira (seu sogro), em 176721. Seu nome aparece em uma lista da Companhia do referido Capitão Joaquim (este último destacado na Colônia Militar Militar do Iguatemi22, povoação e posto militar localizado em área da atual fronteira entre o Estado de Mato Grosso do Sul e o Paraguai23). Em 1782 foi-lhe lhe dada Carta Patente do posto 3 de Capitão da mesma Companhia de Ordenanças da Vila de Itu24. Dez anos depois, em 1792, recebeu Carta Patente do posto de Sargento-Mor Sargento Mor Reformado das Ordenanças da Vila de Itu 25 . Posteriormente, seu nome é mencionado em documentos como Comandante das Ordenanças na Povoação de Piracicaba26. Assim, com o intuito de adquirir terras e gozando de certo prestígio em sua carreira militar, requereu e obteve uma Sesmaria de três léguas em quadra nos “Campos de Araraquara”, em 178527. No ano seguinte, Carlos Bartholomeu comprou do Cirugião-Mor Mor Manoel Martins dos Santos Rego uma Sesmaria nesses nes mesmos “Campos”28 . Ainda em 1786, seu filho mais velho, Manoel Joaquim, obteve uma Sesmaria de três léguas em quadra na mesma região 29 . No caso das duas Sesmarias solicitadas, observa-se observa se que a “justificativa” para o pedido pelas terras era a de se instalar ar nas mesmas “fazendas de criar”. Além das mencionadas, Carlos Bartholomeu requereu também a Sesmaria do Bom Jardim do Salto, em Piracicaba, adquirida em 179530. Contudo, não foi Carlos Bartholomeu quem fez a efetiva ocupação e promoveu o cultivo inicial das das terras por ele adquiridas nos Campos de Araraquara. Com sua morte em 181531, a área em que hoje se encontra a Fazenda do Pinhal foi deixada de herança a seu filho Carlos José Botelho32. Em 1824, Carlos José casou-se casou se com Cândida Maria do Rosário em Piracicaba33, com quem teve os seguintes filhos: Maria Jacintha de Meira, Carlos [Bartholomeu] de Arruda Botelho, Antonio Carlos de Arruda Botelho (o futuro Conde do Pinhal, nascido em 23 de Agosto de 1827 34 ), Cândida Maria da Pureza (ou Cândida Maria do Rosário), João Carlos de Arruda Botelho, Joaquim de Meira Botelho, Eulália Carolina de Meira [Botelho], Paulino Carlos de Arruda Botelho, Bento Carlos de Arruda Botelho35, além de Maria de Arruda Botelho, Francisco de 4 Arruda Botelho e Leonardo [de Arruda Botelho], estes estes três últimos falecidos na menoridade36. O “Botelhão” teve ainda uma filha natural, Rita Cássia de Meira37. Carlos José ocupou vários postos militares e políticos na Cidade de Araraquara, onde se instalou na década de 1830 38 . Foi nomeado Capitão da Primeira ra Companhia da Guarda Nacional [de Araraquara], em 1832, mas não pôde tomar posse devido a problemas de saúde, ficando assim alistado como Reserva39. Fez parte da primeira Câmara Municipal de Araraquara eleita, empossada em 1833, tendo sido o Presidente da mesma40. Em 1837 foi nomeado Subprefeito da Vila de Araraquara por seu irmão Manoel Joaquim Pinto de Arruda, na época o Prefeito dessa Vila41. Foi alistado como Juiz de Fato de Araraquara, em 184142. Foi Juiz Municipal Suplente e Delegado de Polícia Suplente no ano de 184343; e em 1854 foi nomeado e tomou posse como Delegado de Polícia44. Para garantir a posse definitiva da parte das terras por ele herdadas, no começo do século XIX Carlos José deu início à construção da casa de morada e ao desenvolvimento produtivo-econômico produtivo econômico da Fazenda. A demarcação das terras, delimitando-se se a Sesmaria do Pinhal, deu-se deu em 183145. Nas primeiras décadas do século XIX, a produção rural dos Campos de Araraquara estava baseada na pecuária e na lavoura de subsistência (principalmente mente de milho, arroz e feijão)46. Outras atividades envolviam a criação de porcos e a produção de itens como algodão, fumo, queijos, mel, cera de abelha, entre outros47. A lavoura da cana-de-açúcar cana açúcar atingiu a região na década de 182048, mas só se consolidaria a partir da década de 1840, adquirindo gradualmente caráter comercial49. A introdução da cana marcou também o surgimento de muitas fazendas de caráter produtivo misto, com a pecuária dividindo espaço com a produção de açúcar e aguardente, além da manutenção manutenção das roças de subsistência. Em algumas 5 fazendas mistas, teve início o cultivo do café, mas de forma restrita e sem relevância comercial nesse período50. No caso específico da Fazenda do Pinhal, seus primeiros cinco mil pés de café foram plantados na década de 184051. Há registro, também dessa época, da instalação de um engenho52, podendo ter ocorrido plantação de cana e algodão, além da formação de uma invernada para tropeiros que estivessem de passagem53. 54 Carlos José Botelho também desenvolvia a atividade criatória cri . Com o desenvolvimento produtivo da lavoura comercial, a utilização da mão de obra escrava também se intensificou. Isso não excluiu, contudo, a utilização de trabalhadores livres nacionais – como camaradas e agregados – em determinadas atividades55. Conforme foi mencionado, um dos filhos de Carlos José era Antonio Carlos de Arruda Botelho, que se casou em 31 de Maio de 1852 com Francisca Theodora Coelho56, filha de Fructuoso José Coelho e Antonia da Silva Ferraz57, e nascida em 1834. Viviam em Piracicaba, caba, onde ele já atuava em atividades comerciais, com um armazém de secos e molhados58 e uma padaria59. A pedido do pai, era ele quem contribuía com a administração da Fazenda do Pinhal já por volta de 1853/185460. Existe uma particularidade interessante entre entre a Família Arruda Botelho e a Família Coelho. Quatro irmãos “Botelho” se casaram com quatro irmãs “Coelho”: além de Antonio Carlos e Francisca Theodora, João Carlos de Arruda Botelho se casou com Maria Amalia [Coelho] (Mariquinha); Joaquim de Meira Botelho Botel se casou com Brazilina Coelho; e Paulino Carlos de Arruda Botelho casou-se casou se com Anna Flora [Ferraz Coelho]61. Enquanto solteiros, várias noites de música ocorriam na fazenda do pai de Francisca Theodora, sendo que ela e suas irmãs cantavam e tocavam violão, o, e Antonio Carlos e seus irmãos participavam de serenatas62. 6 Com a morte de Carlos José, em 25/11/185463, Antonio Carlos passou a ser o responsável pela divisão dos bens da família e tutor do irmão caçula, Bento Carlos. A Sesmaria do Pinhal ficou em estado pró-indiviso até 189564. Coube a Antonio Carlos parte das terras da Sesmaria do Pinhal, incluindo a sede da Fazenda do Pinhal – a casa de morada – e as terras em seu entorno65. Assim, Antonio Carlos e Francisca Theodora para lá se mudaram. O primeiro filho do casal, Carlos José Botelho, nasceu em 185566. No Pinhal, ela se preocupava sempre em estar bem arrumada, enfeitada à espera do esposo67. Antonio Carlos deu continuidade ao processo de desenvolvimento produtivo da Fazenda do Pinhal, com a manutenção das mesmas mesmas atividades econômicas até então desenvolvidas: a criação de gado, especialmente, e as plantações de café68. Em 1857, Antonio Carlos fundou junto com Francisco Jerônimo de Bittencourt Coelho uma Sociedade Comercial de Gêneros Nacionais e Estrangeiros, que existiu até 186069. Assim como o pai, Antonio Carlos ocupou vários postos em Araraquara. Foi nomeado Juiz Municipal Suplente em 1854 70 . Eleito Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Araraquara para o quatriênio de 1857 a 1860 71 . Nomeado Inspetor de Instrução Pública em 185972. Também nesse último ano, foi nomeado Inspetor da Estrada entre Araraquara e Rio Claro, cargo que ocupou até por volta de 1865 73 . Assim, percebe se percebe-se que já desde esses tempos iniciou seu empreendedorismo econômico e sua carreira na n política. Devido aos negócios que desenvolvia na região e ao isolamento da mesma, o pai de Antonio Carlos, o “Botelhão”, projetara, em vida, fundar uma povoação nas proximidades das terras que recebeu nos Campos de Araraquara, o que não foi possível de se e realizar. Contudo, Antonio Carlos, com a participação de alguns de seus irmãos, cunhados e de Jesuíno José Soares de Arruda, pôde concretizar esse 7 objetivo 74 : houve a doação de terras por vários deles, onde foi construída uma capela, sendo projetado, também, também, o traçado das ruas ao redor da mesma. A Família Arruda Botelho doou à capela uma imagem de São Carlos Borromeu 75 . Segundo a historiografia local, Antonio Carlos e Jesuíno de Arruda sempre foram considerados os principais responsáveis pela fundação de São S Carlos do Pinhal, que se deu oficialmente em 04 de Novembro de 185776. Nesse mesmo ano, a pedido da Câmara Municipal de Araraquara, da qual Antonio Carlos era Presidente, foram criados pelo Presidente da Província o Distrito de Paz77 e a Subdelegacia de São S Carlos do Pinhal78. Em 1858, a Capela de São Carlos do Pinhal foi elevada à categoria de Freguesia79. Antonio Carlos por vezes ausentava-se ausentava se da Fazenda a trabalho. Em uma de suas viagens ao Rio de Janeiro, onde fora comprar escravos, ao saber que sua esposa sa estava doente na Fazenda retornou ao Pinhal, mas não mais a encontrou viva: Francisca Theodora faleceu80 em 10 de março de 186281. Mesmo com essa perda, ele e o pequeno filho continuaram vivendo na Fazenda do Pinhal. Contudo, após a morte da esposa, Antonio Antonio Carlos conheceu, em uma procissão da Semana Santa (Páscoa), em Rio Claro, uma jovem por quem se interessou: seu nome era Anna Carolina de Oliveira, nascida em 05 de Novembro de 1841 82 , filha de José Estanislau de Oliveira e Elisa de Mello Franco 83 . Antonio Carlos, que conhecia o pai de Anna Carolina por ter feito com este negócios, tão logo manifestou seu interesse pela mesma84. Em meados do século XIX, o interesse de um homem por uma moça poderia passar por certas formalidades, como a demonstração de intenções intenções à família dela, em especial ao pai da jovem. Este último, consentindo na formalização de um compromisso, poderia informar e consultar sua filha, convidando o pretendente para uma visita85. 8 José Estanislau era homem abastado, possuía várias fazendas e residia em Rio Claro. Tinha grande influência política na região. Em anos posteriores, recebeu os títulos de Primeiro Barão de Araraquara, em 1867 e de Visconde do Rio Claro, em 187086. O casamento de Antonio Carlos e Anna Carolina aconteceu em 23 de Abril Abri de 1863 em Rio Claro, na Fazenda São José87. Logo em seguida, o casal passou a morar na Fazenda do Pinhal, juntamente com o pequeno Carlos José88. O casal teve, ao longo dos anos, doze filhos: José Estanislau de Arruda Botelho, Antonio Carlos de Arruda Botelho elho Filho, Martinho Carlos de Arruda Botelho, Cândida de Arruda Botelho, Elisa de Arruda Botelho, Carlos Augusto de Arruda Botelho, Maria Carlota de Arruda Botelho (Cóta), Carlos Américo de Arruda Botelho (Carrito), Sophia de Arruda Botelho, Carlos Amadeo de Arruda Botelho, Anna Carolina de Arruda Botelho (Nenê), Antonia de Arruda Botelho (Tonica)89. Anna Carolina era descendente de alemães e portugueses90. Como dona de fazenda, não se furtava aos trabalhos cotidianos, dedicando-se dedicando se à coordenação dos trabalhoss domésticos, ao cuidado com os escravos, costurando as roupas destes, estando presente nos partos, etc. Era ela também quem cuidava da Fazenda na ausência do marido e da educação dos filhos. Além disso, era responsável por cuidar da recepção e refeições de de hóspedes e visitas na Fazenda do Pinhal. Ao que consta, quando os filhos já adultos e casados faziam visitas no Pinhal, eram sempre muito bem recebidos91. Após o casamento, ela empreendeu vários melhoramentos na Fazenda. Foi a responsável pelo ordenamento ordenamento e projeto de construção de jardins e pela formação de um pomar, com suas alamedas de jabuticabeiras, mangueiras e rede de irrigação92. Ao longo do tempo, o casal promoveu reformas oportunas no casarão93. 9 Ao que tudo indica, a educação dos filhos do casal se se dava inicialmente em casa, com o auxílio de preceptoras 94 , possivelmente francesas ou alemãs, e posteriormente eram enviados aos colégios internos 95 . É possível pensar, nesse caso, que quando os filhos mais novos nasciam, os mais velhos estavam se encaminhando ando aos referidos colégios. Segundo informações, alguns dos filhos dos Condes do Pinhal foram à Europa, desenvolvendo por lá estudos ou atividades culturais. Temos como exemplo os casos de Carlos José, que estudou Medicina em Montpellier e Paris, na França, Fran entre 1875 e 188096; Carlos Américo e Carlos Amadeo, que estudaram na Inglaterra. O filho Martinho Carlos, quando viveu na França na década de 1890, foi diretor da Revista Moderna, revista esta que publicou parte do romance inédito “A Ilustre Casa de Ramires”,, de Eça de Queirós97. Há registros de que a Família algumas vezes, em conjunto ou em partes, viajou à Europa a passeio também98. Em 1865, a Freguesia de São Carlos do Pinhal foi elevada à categoria de Vila99 pela Assembleia Legislativa Provincial, devido ao seu desenvolvimento, sendo empossada a primeira Câmara Municipal de São Carlos do Pinhal, totalmente composta por fazendeiros da região100. Um acontecimento que marcou o país resultando em consequências para par toda a população foi a Guerra do Paraguai, que aconteceu entre anos de 1864 e 1870. Antonio Carlos, que havia sido eleito Deputado Provincial naquele primeiro ano, foi encarregado de promover o recrutamento de voluntários para combater na Guerra e de providenciar videnciar o abastecimento das tropas101, com o envio de gêneros alimentícios102. Além disso, promoveu a manutenção dos caminhos que levavam até Mato Grosso103. Em 23 de Abril de 1867, ele recebeu o título de Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional. Em 02 de Setembro de 1868, foi condecorado com a Ordem da 10 Rosa104, e em 02 de Agosto de 1879, recebeu o título de Barão do Pinhal, todas essas honrarias obtidas devido aos serviços por ele prestados na Guerra do Paraguai105. Até 1870 existiam no Brasil dois grandes grandes partidos imperiais: o Conservador e o Liberal106. O Partido Republicano surgiu nessa década, sendo criado o Partido Republicano Paulista (PRP) em 1873107. Em São Carlos, o Diretório deste último partido só foi formado em 1878108. Alguns familiares Arruda Botelho Botelho tiveram considerável influência na política de São Carlos109. Antonio Carlos foi um importante político do Partido Liberal, tanto no âmbito local, como na Província de São Paulo, ocupando vários cargos influentes. Atuou na Assembleia Legislativa Provincial Provincial de São Paulo, como Deputado Provincial, nas seguintes legislaturas: 1864 – 1865; 1866 – 1867; 1868 – 1869; 1880 – 1881; 1882 – 1883 (sendo eleito Presidente da Assembleia Legislativa, em 1882); 1884 – 1885; e 1886 – 1887110. Figurou como Deputado da Câmara de Deputados do Império, entre os anos de 1886 e 1889111. Com relação ao município, no ano de 1880 a Vila de São Carlos do Pinhal foi elevada à categoria de Cidade112; nesse mesmo ano foi criada a Comarca de São Carlos do Pinhal, composta pelos Termos de Brotas Brotas e São Carlos do Pinhal113. Antonio Carlos se ausentava diversas vezes da Fazenda do Pinhal, também se ocupando em formar outras fazendas na região e em Jaú. Ao longo de sua vida, formou as seguintes fazendas: Santo Antonio, Lôbo, da Serra e Palmital, na região de São Carlos; Santo Antonio, Maria Luiza, Carlota, Sant’ Ana, Santa Sophia, São Carlos, São Joaquim e Salto de Jaú, na região de Jaú 114. Além dessas, a Família possuía outros imóveis, como, por exemplo: casas e terrenos em São Carlos do Pinhal; casa a em São Paulo; e outra em Poços de Caldas, conhecida como “Villa Pinhal”115. 11 A produção cafeeira do Oeste Paulista116 se intensificou a partir das décadas de 1870 e 1880117. Na região de São Carlos, a produção econômica nesse momento se dava através das plantações plantações de café, da criação de gado e do cultivo da cana-decana açúcar, sendo que o café passou a ser a atividade produtiva mais importante por volta de 1880118. Entre o plantio do cafeeiro e a colheita do café, tinha-se tinha se que cuidar do crescimento e desenvolvimento da plantação: capinar o solo, evitando-se evitando pragas119, e revolver a terra, para absorver a umidade da água das chuvas. Após ser colhido, o café era lavado e posto para secar nos terreiros120 existentes ao lado da casa de morada. A “secagem” levava entre 30 e 90 dias121, provocando também a maturação dos grãos. Após seco e amadurecido, o café era beneficiado. No início, o beneficiamento era bastante precário122, com o uso de monjolos e pilões123. Não se pode precisar uma data, mas provavelmente no período do auge cafeeiro cafeei nessa região foi introduzida na Fazenda do Pinhal uma máquina para realizar esse trabalho de beneficiamento, instalada na tulha124. Basicamente, o processo de beneficiamento por meio da máquina pode assim ser resumido: primeiro, o café era separado de folhas, folhas, pedras, etc.; depois, entrava no descascador, que retirava sua casca. Em seguida, era retirado o pergaminho, uma fina película que envolve os grãos. Após essa etapa, o café era separado por tamanho e ensacado125. Esse processo de beneficiamento, além de mais rápido, garantia melhor qualidade ao produto final. A melhoria na qualidade aumentava o preço do café, resultando em maior lucro ao produtor. O café não era torrado para ser exportado e até sair da Fazenda ficava armazenado na tulha. Quanto à mão de e obra escrava, os cativos viviam na senzala, trabalhavam provavelmente de sol a sol nas atividades econômicas da fazenda (seja na lavoura 12 ou no cuidado com a criação de gado) e a base de sua alimentação era o feijão e o angu126, uma mistura de farinha de milho, milho, mandioca ou arroz, água e sal. Alguns deles eram requisitados para os trabalhos domésticos da casa grande. Conforme já mencionado, Anna Carolina dedicava muitos cuidados aos escravos, por exemplo, preocupando-se preocupando se com a saúde deles, providenciando a confecção nfecção (na própria Fazenda) de suas vestimentas, etc.127, talvez também devido ao preço dos cativos que aumentou com a proibição do tráfico negreiro em 1850, exigindo um cuidado maior com a “preservação” dessa força de trabalho. A partir de meados do século XIX vários acontecimentos colocaram em alerta os fazendeiros do Oeste Paulista com relação à utilização do braço escravo nas lavouras de café: fim do tráfico negreiro, em 1850, dificultando o reabastecimento de mão de obra e encarecendo o preço dos escravos escravos importados de outras Províncias; aprovação, por exemplo, das leis do Ventre Livre, em 1871, e dos Sexagenários, em 1885 128 ; presença dos movimentos abolicionistas, que atuaram de forma mais intensa na década de 1880; e revoltas e fugas de escravos129. Tudo isso, acrescido de uma maior demanda da economia cafeeira por braços para a lavoura, contribuiu para incentivar a importação de imigrantes europeus130. Já por volta de 1876, Antonio Carlos, assim como outros fazendeiros locais, inseriu trabalhadores de origem origem alemã para trabalharem em suas lavouras 131 . Contudo, o fluxo imigratório para a região de São Carlos começou a aumentar a partir da década de 1880, sendo que a etnia com maior destaque numérico foi a de trabalhadores italianos132. A imigração proporcionou um um considerável aumento da população do município. As mãos de obra imigrante, brasileira livre e escrava (depois com o fim da escravidão, ex-escrava), escrava), passaram a trabalhar em conjunto nas fazendas do município133. Na região de São Carlos não houve uma substituição substituição total da mão de 13 obra escrava pela imigrante, embora alguns ex-escravos ex escravos tivessem abandonado as fazendas locais após a abolição134. Com relação ao transporte do café do interior até o porto de Santos, uma condição bastante relevante referia-se referia à manutenção nção dos caminhos, cujo intuito era evitar que o produto sofresse perdas no trajeto ou que demorasse para ser exportado, o que poderia resultar no encarecimento com os custos totais do transporte em si, e em atrasos ou diminuição do retorno financeiro ao produtor. p As estradas de terra utilizadas para levar o café do interior até o porto eram bastante precárias na época, com a produção transportada em lombo de mulas (tropas). Essas estradas, no geral, não possibilitavam o trânsito de veículos de rodas, sendo que apenas em alguns trechos e períodos determinados passaram a ser carroçáveis135. De Santos a Jundiaí, a companhia São Paulo Railway Company (empresa inglesa) havia realizado o trajeto de estrada de ferro, que começou a funcionar em 1868136. Anos depois, a Companhia Paulista (empresa nacional) ligou as Cidades de Jundiaí e Rio Claro, trecho aberto ao tráfego em 1876 137 . Era esta última Companhia, também, que detinha a concessão para ampliar os trilhos de Rio Claro à Araraquara. Em 1880, a Paulista enviou um projeto projeto com um possível traçado para o trecho de Rio Claro, passando por São Carlos, até Araraquara. Todavia, após várias negociações com o Governo, e devido às pressões do Barão do Pinhal e seus aliados políticos pela não aprovação do projeto (pois este não não agradava parte dos fazendeiros locais, inclusive ele próprio – não lhes era economicamente vantajoso), a Companhia Paulista abdicou, neste mesmo ano, da concessão de prolongamento do trajeto a partir de Rio Claro138. 14 A concessão inicialmente passou às mãos mãos dos irmãos Adolpho Augusto Pinto e Luiz Augusto Pinto139. Posteriormente, o Barão do Pinhal comprou, com capital próprio e de outros fazendeiros, inclusive de seu sogro o Visconde do Rio Claro, parte da concessão140. Ao que tudo indica, o fato de naquele momento mom a Província estar sendo chefiada pelo Partido Liberal pode ter influenciado na compra da concessão pelo Barão do Pinhal, pois tanto ele quanto seu sogro eram também influentes políticos liberais141. Em 1882, a Companhia da Estrada de Ferro do Rio Claro teve seu estatuto aprovado e na sequência, iniciou a construção da ferrovia142. Vale ressaltar que ainda nesse ano, o Barão do Pinhal se tornou Presidente da Assembleia Legislativa Provincial, o que pode demonstrar a sua influência política naqueles tempos. Foi ele quem fez o estudo do terreno e projetou o novo traçado143, agora de forma que atendesse melhor os fazendeiros do município de São Carlos, a si mesmo e a seu sogro (e alguns familiares), em Rio Claro144. Foi criada, assim, a Companhia da Estrada de Ferro o do Rio Claro empresa nacional e fundada somente com capital particular (conseguiram levantar em conjunto, para isso, a quantia de cinco mil contos de réis), sem receber garantia de juros por parte do Governo145. Em 1884 foi inaugurado o trecho entre Rio Claro Claro e São Carlos. O prolongamento até Araraquara foi finalizado em 1885, e provavelmente em 1887 foi aberto o ramal até Jaú146. A Companhia do Rio Claro tinha uma posição estratégica para o transporte dessa região. Seu maior lucro resultava das cargas que transportava transportava do interior em direção a Rio Claro. O principal produto transportado era o café, mas não era o único. Em contrapartida, a estrada de ferro era responsável também por abastecer os mercados dessa região com mercadorias vindas da Capital e do exterior. exter Além disso, foi muito importante no transporte de pessoas147, inclusive para a vinda de 15 imigrantes com destino aos trabalhos nas fazendas cafeeiras148. A introdução das ferrovias favoreceu uma maior expansão agrícola e o desenvolvimento do espaço urbano nas as áreas por elas contempladas149. Antonio Carlos, então Barão do Pinhal, por todo o esforço e empreendedorismo que realizou durante a construção da estrada de ferro, foi agraciado em 05 de Maio de 1883 com o título de Visconde do Pinhal. Quatro anos depois, em 07 de Maio de 1887, recebeu o título de Conde do Pinhal, aumentando ainda mais seu prestígio social150. Após alguns meses, o Presidente da Diretoria da Companhia do Rio Claro enviou correspondência ao Conde do Pinhal, informando-o informando que em Assembleia Geral dos acionistas ficou decidido conceder ao Conde e à sua esposa, a Condessa do Pinhal, durante suas vidas, passe livre nas linhas da mesma Companhia151. Não se sabe o real motivo, se pessoais ou com intuito de investir em novos negócios ainda mais rentáveis, o fato é que o Conde do Pinhal decidiu vender a Companhia do Rio Claro. Primeiramente, a Companhia Paulista fez algumas negociações na tentativa de uma fusão entre as duas Companhias, pois estava interessada em ampliar sua área de atuação; mas diante de divergências divergências com relação aos valores discutidos, desistiu do negócio152. A Companhia da Estrada de Ferro do Rio Claro teve sua compra efetivada pela São Paulo Railway Company em 1889, e passou a ser conhecida como Rio Claro – São Paulo Railway Company 153 . Em 1892, a Companhia Paulista a comprou dos ingleses154, pagando um valor bem mais alto do que o negociado com o Conde do Pinhal anos antes155. Assim, é possível salientar-se salientar se que nesse momento vários fazendeiros transferiram/inverteram seus capitais oriundos da economia economia cafeeira em outros negócios, que não fossem o agrícola. Houve a fundação de bancos, pequenas indústrias, grandes casas comerciais, casas comissárias, ferrovias, etc156. Apesar do 16 café ser sua principal atividade econômica, o Conde do Pinhal também investiu in em novos negócios, além da estrada de ferro aqui mencionada157. Em 1886, Antonio Carlos criou em sociedade uma Casa Comissária na Cidade de Santos, para comercialização de café 158 . Há alguns documentos que sugerem que alguns anos depois tal sociedade tenha te sido desfeita159 e que o Conde do Pinhal abriu, em 1900, outra Casa de Comissões em Santos, sob a firma “Arruda Botelho”160. Essas propriedades de Antonio Carlos tinham como intuito comercializar o café da região e de seus familiares161. As Casas Comissárias Comissárias eram instrumentos intermediários muito importantes na comercialização dos produtos agrícolas com destino ao exterior. Estabelecidas nas Cidades portuárias, como Rio de Janeiro e Santos, elas recebiam dos fazendeiros os produtos exportáveis para vendê-los vendê aos exportadores no momento considerado mais adequado financeiramente162. As transações monetárias ficavam nas mãos dos bancos163. Por conta do produto enviado, ou a ser enviado no futuro, os comissários forneciam desde bens de consumo e instrumentos encomendados encomendados pelos fazendeiros até créditos em dinheiro164. Cada fazendeiro abria na Casa Comissária uma conta corrente, em que eram lançados seus créditos e débitos. Os comissários ganhavam, assim, comissões sobre os negócios realizados com os produtos dos fazendeiros. fazendei Nos tempos de auge cafeeiro, várias negociações foram realizadas por essas Casas devido à venda do café no exterior. Fazendeiros e comissários estabeleciam, assim, uma relação de confiança165. No ano de 1889, Antonio Carlos foi um dos responsáveis pela fundação de um banco na Cidade de São Paulo, o Banco de São Paulo 166 . Já em 1891, juntamente com outros, foi um dos responsáveis pela fundação de mais dois bancos: o Banco União de São Carlos e o Banco de Piracicaba167. Ao contrário do Banco de 17 São Paulo, essess dois primeiros não experimentaram grande prosperidade, sendo liquidados em anos posteriores168, muito provavelmente devido às crises cafeeiras surgidas a partir da última década do século XIX169. O Conde do Pinhal, Pinhal, em 1892, adquiriu de um grupo de capitalistas capitalist fluminenses uma Companhia Agrícola, em Ribeirão Preto 170 , formada por um conjunto de nove fazendas para o cultivo de café171. Antonio Carlos, que investia tanto em propriedades rurais quanto em residências urbanas, por volta do ano de 1887 decidiu construir construir um Palacete na Cidade de São Carlos, próximo à Catedral, decorando-o decorando o com bastante requinte. Um ano antes, o Imperador Dom Pedro II havia se hospedado na Cidade, mas Antonio Carlos não pode recebê-lo, lo, pois a casa de morada da Fazenda do Pinhal tinha decoração oração muito simples e ele não possuía residência urbana à altura para receber ilustres personalidades172. Assim, foram compradas louças de cristais importadas da Europa, toalhas de mesa finíssimas, aparelhos de jantar completos, móveis da casa Leandro Martins Marti do Rio de Janeiro173, todos com o monograma “CP” de Conde do Pinhal174. Contudo, ao que consta, essa construção não chegou a cumprir o objetivo de receber o Monarca, também porque já em 1889 a República fora proclamada e a Família Real saiu em exílio à Europa. Tem-se se como hipótese que após a morte do Conde do Pinhal, em 1901, e com a venda do Palacete em anos posteriores, a mobília e objetos que lá se encontravam, foram em parte divididos entre os filhos, e em parte destinados à Fazenda do Pinhal e às outras casas ainda em propriedade da Condessa. Após o falecimento desta última, todos os móveis e objetos das casas provavelmente foram divididos entre seus filhos e descendentes. 18 Ainda antes do final do Segundo Império, o Conde do Pinhal foi candidato ao Senado nos anos de 1887 e 1888, sendo derrotado em ambas as eleições 175 . Contudo, no ano de 1891, já na Primeira Republica, figurou como membro do Senado de São Paulo, atuando no Congresso Constituinte do Estado176. No dia 31 de Janeiro de 1893 foi fundada a povoação povoação de São João Baptista da Lagôa, a atual Cidade de Ibaté; em 25 de Dezembro de 1911 foi fundado o Distrito de Paz de Santa Eudoxia 177 , ambos pertencentes ao município de São Carlos. Até o final do século XIX, 10 dos filhos de Antonio Carlos e Anna Carolina haviam se casado: Carlos José com Constança Maria de Brito Filgueiras; José Estanislau com Anna Brandina de Queiróz Aranha; Antonio Carlos com Genoveva Junqueira; Martinho Carlos com Alexandra de Machoff; Cândida com Firmiano de Moraes Pinto; Elisa com Antonio Antonio Moreira de Barros; Carlos Augusto com Maria Luiza Ataliba (Mariquinha); Maria Carlota (Cóta) com Christiano Klingelhoefer; Carlos Américo (Carrito) com Carmen Nogueira; e Sophia com Francisco Carvalho Soares Brandão. Em 1901 Antonio Carlos fez uma viagem viagem de trem ao Rio de Janeiro, na qual levava 297 contos de réis. Não se sabe se por alguém que previamente tinha conhecimento desse dinheiro, ou se devido ao acaso, o Conde do Pinhal foi assaltado nessa viagem, perdendo todo o montante que transportava. O abalo causado por este acontecimento foi tanto que pouco tempo depois, em 11 de Março de 1901, ele veio a falecer em sua casa na Fazenda do Pinhal. Um mês após sua morte o dinheiro roubado apareceu, desfalcado em apenas 10 contos de réis178. Não se descobriu riu o autor do furto e nem o motivo pelo qual o Conde do Pinhal levava consigo tamanha quantia, já que poderia realizar transações financeiras por meio do Banco de São Paulo. 19 Sua morte causou grande abalo na Família, especialmente para sua grande companheira, ira, Anna Carolina179. Seis meses após a morte do Conde, a filha Anna Carolina (Nenê) se casou com João Soares Brandão, pois seu casamento, que já estava marcado tempos antes, teve que ser adiado em decorrência da morte de seu pai180. Alguns anos depois, Antonia onia (Tonica) se casou com Bento Pereira Bueno; e Carlos Amadeo casou-se se com Brazília Whitaker de Oliveira Lacerda, sendo este o último dos filhos a se casar. Após o falecimento de Antonio Carlos, a administração da Fazenda passou aos cuidados de filhos, netos e sobrinho, com o aval e a colaboração da Condessa 181 . Alguns dos negócios do Conde do Pinhal passaram a ser administrados pelos filhos, como, por exemplo, a Companhia Agrícola de Ribeirão Preto, que foi vendida em 1911182. Com a morte do Conde, Anna Carolina Carolina permaneceu morando na Fazenda e em São Paulo até sua morte. Vários netos visitavam a avó, passando, às vezes, temporadas no Pinhal. Exemplo disso foi o caso de sua nora Genoveva Junqueira (esposa do filho Antonio Carlos), que com as filhas morou por por um tempo na Fazenda do Pinhal após a morte de seu marido, em 1908183. O local para onde a Condessa mais viajava era Poços de Caldas 184 , hospedando-se se na casa que lá possuía. No início do século XX, as atividades econômicas do Pinhal continuavam sendo a criação ação de gado e o cultivo de café185. Já por volta da década de 1910, o café começava a dar sinal de estagnação na região de São Carlos186, sem contar as crises em momentos pontuais desde o final do século XIX, como em 1896, 1904 – 1905, etc. Sendo assim, a partir partir desse período o café foi gradualmente substituído pelas lavouras de algodão187. 20 No ano de 1941, a Condessa do Pinhal completou 100 anos, comemorados com grande festa em sua casa em São Paulo188. Porém, em 05 de Outubro de 1945, exatamente um mês antes de seu aniversário, Anna Carolina faleceu, aos 103 anos. Com sua morte, os bens foram divididos entre os filhos, cabendo a cada um decidir sobre o destino dos mesmos. Apenas a sede da Fazenda do Pinhal e uma pequena área ao seu redor não foram vendidas, permanecendo permanecendo em estado própró indiviso durante 23 anos 189 : todos os herdeiros poderiam utilizar igualmente o espaço e serviços da sede. Na época do centenário de São Carlos (1957), houve esforços de alguns netos e netas para tentar reformar e organizar a Fazenda, com com o intuito de realizar lá também uma festa comemorativa do centenário, já que o Conde do Pinhal foi, conforme mencionado, um dos principais responsáveis pela fundação da Cidade190. Por volta da década de 1970, novamente a Fazenda se encontrava um tanto abandonada. andonada. Foi nesse momento que, mais uma vez, familiares uniram seus esforços no intuito de reformar e reorganizar o local191. Ao longo dos anos, as “cotas” da Fazenda de cada família de herdeiros foram sendo adquiridas por uma das bisnetas dos Condes do Pinhal Pinhal e seu respectivo esposo (à época), Helena e Modesto Carvalhosa, que foram também responsáveis pelo cuidado da Fazenda após esse período. É graças aos cuidados e investimentos desse casal que a Casa do Pinhal se conservou até os nossos dias. Em 1981, a Fazenda foi tombada pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado – Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo)192; em 1987, pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Ministério da Cultura) 193 ; e em 2012, pelo COMDEPHAA/SC (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de São Carlos)194. 21 No ano de 2010 a Fazenda do Pinhal novamente mudou de mãos, sendo vendida a outro bisneto dos Condes do Pinhal e sua esposa (in in memoriam), memoriam Fernão Carlos e Sônia Botelho Bracher. Assim, pode-se pode se concluir que desde sua fundação até os dias atuais, a Fazenda permanece nas mãos da Família Arruda Botelho. 22 Fontes Consultadas: ALVES DE LIMA E MOTTA, Heloisa. Uma Menina Paulista. São Paulo: Totalidade Editora. 1992. 111p. ARANHA, Maria Amélia A. B. de S. Sombras Que Renascem (Memórias de família – Costumes de uma época. 1862 – 1883). Fazenda Santa Francisca do Lobo, São Carlos, (sem data). 311p. BACELLAR, Carlos los de A. P. Os Senhores da Terra: Família e Sistema Sucessório Entre os Senhores de Engenho do Oeste Paulista, 1765 – 1855. Campinas: Centro de Memória – UNICAMP, 1997. 219p. BOTELHO, Antonio Carlos de A. Grandes de Corpo e Alma.. Fundadores de Cidades. 1ªª edição. 1956. 111p. BRAGA, Cincinato. Contribuição ao estudo da historia e geographia da cidade e muncipio de São Carlos do Pinhal. In: Almanach de 1894.. Edição fac-similar fac da edição de 1894. Ano 1, n.1. 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Uma condição colocada com a obtenção legal das terras era de que o sesmeiro a cultivasse em um prazo de até cinco anos, obrigando-se, obrigando também, em fazer a demarcação legal da gleba recebida, condições nem sempre cumpridas (TRUZZI, FOLLIS, 2012, p. 14). 12 TRUZZI, FOLLIS, 2012, p. 21, 24. 13 TRUZZI, 2007, p. 30 – 32; TRUZZI, FOLLIS, 2012, p. 21, 26 – 27. 14 Além da criação de gado, que era a principal atividade realizada pelos moradores nas primeiras décadas do povoamento dessa região, também também era desenvolvida uma economia de subsistência baseada especialmente na produção de milho, arroz e feijão (TRUZZI, FOLLIS, 2012, p. 28). Depois de algum tempo é que as propriedades passaram a ser mistas, com a pecuária e a agricultura (cana-de-açúcar, (cana inicialmente) nicialmente) (TELAROLLI, 2003, p. 39). 15 Tornou-se se independente político-administrativamente político administrativamente [de Piracicaba] em 1832, quando foi elevada à categoria de Vila (TRUZZI, FOLLIS, 2012, p. 24). 16 MADUREIRA, 1999, p. 16; TRUZZI, 2007, p. 30 – 32. 17 ARANHA, s/d, p. 263 – nota nº 2; GORDINHO, 2004, p. 13, 15. 18 ARANHA, s/d, p. 263 – nota nº 2; GORDINHO, 2004, p. 15. Informações obtidas em um registro paroquial de Itu. Paróquia de Nossa Senhora da Candelária. Matrimônios 1764, Jul – 1776, Jul.. 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Gordinho (2004, p. 16), menciona que Carlos Bartholomeu serviu na Colônia Militar do Iguatemi, mas não apresenta maiores detalhes sobre como se deu essa participação. 23 GORDINHO, 2004, p. 16. 24 (ADCP), documento (ID): 7. Acesso em: 25 Nov. 2015. 25 (ADCP), documento (ID): 11. Acesso em: 25 Nov. 2015. 26 Em um documento de 1801, Carlos Bartholomeu é mencionado como Comandante da Povoação de Piracicaba. Já em 1802, ele aparece no Mapa Geral dos Habitantes da Freguesia de Piracicaba, como Senhor de Engenho e Sargento Mor Comandante das Ordenanças. (ADCP), documentos ocumentos (ID’s): 2355 e 1. Acesso em: 13 Jan. 2016. 27 GORDINHO, 2004, p. 17, 19. Carta de Sesmaria passada ao Capitão Carlos Bartholomeu de Arruda, nos Campos de Araraquara, em 30/12/1785. (ADCP), documento (ID): 6. Acesso em: 25 Nov. 2015. A medida de uma a légua em quadra ou “légua quadrada” corresponde a 4.356 Hectares ou 43.560.000 metros quadrados. In: COSTA, Iraci del Nero da. 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Acesso em: 25 Nov. 2015. 30 GORDINHO, 2004, p. 23; RIBEIRO, CAMPOS, 2010; ARANHA, s/d, p. 264 – nota nº 2. 31 GORDINHO, 2004, p. 25; ARANHA, s/d, p. 263 – nota nº 2; BOTELHO, 1956, p. 47. Informações obtidas em um registro paroquial de Piracicaba. Paróquia de Santo Antônio. 27 Óbitos 1804, Nov – 1839, Mar.. Disponível em: <https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-Q7S3-SM?i=18&wc=M5JR-PYD%3A371871901%2C371871902%2C37200560 PYD%3A371871901%2C371871902%2C372005601&cc=2177299>. >. Acesso em: 27 Nov. 2015. 32 RIBEIRO, CAMPOS, 2010; ARANHA, s/d, p. 19. 33 ARANHA, s/d, p. 265 – nota nº 3. 34 ARANHA, s/d, p. 269 – nota nº 4. Antonio Carlos foi batizado em Piracicaba, em 31/08/1827. Informações obtidas em um registro paroquial paroquial de Piracicaba. Paróquia de Santo Antônio. Batismos 1817, Jan – 1835, Nov.. 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Informações obtidas em: <https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-SFS7-GD?mode=g&i=139&wc=M5N1 GD?mode=g&i=139&wc=M5N1MJ9%3A372124101%2C371869702%2C372370001%3Fcc%3D2177299&cc=2177299 MJ9%3A372124101%2C371869702%2C372370001%3Fcc%3D2177299&cc=2177299> e <https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-VW3X-9S?mode=g&i=21&wc=M5J3 9S?mode=g&i=21&wc=M5J3823%3A372124101%2C371869702%2C372246101%3Fcc%3D2177299&cc=2177299 823%3A372124101%2C371869702%2C372246101%3Fcc%3D2177299&cc=2177299>. Acesso em: 29 Mar. 2016. 37 GORDINHO, 2004, p. 42; ARANHA, s/d, 51. 38 GORDINHO, 2004, p. 31. 39 (ADCP), documentos (ID’s): 638 e 636. Acesso em: 25 Nov. 2015. Gordinho (2004, p. 34) menciona ter sido ele Tenente-Coronel Tenente da Guarda Nacional. 40 (ADCP), documentos (ID’s): 15 e 16. Acesso em: 25 Nov. 2015. Como Carlos José era o primeiro Vereador a assinar os documentos da Câmara, nesse período, é bem provável que ele figurasse como o Presidente dessa Casa. Gordinho (2004, p. 31) e Telarolli (2003, p. 42) também mencionam Carlos José José como o primeiro Presidente da Câmara de Araraquara: há, inclusive, um documento no Acervo Digital da Casa do Pinhal, de 07/07/1836 [(ADCP), documento (ID): 111], em que ele assina como Presidente da Câmara. 41 GORDINHO, 2004, p. 34. (ADCP), documento (ID): (ID): 100. Acesso em: 25 Nov. 2015. 42 (ADCP), documento (ID): 209. Acesso em: 25 Nov. 2015. 43 GORDINHO, 2004, p. 34. (ADCP), documentos (ID’s): 307, 309, 310 e 311 (por exemplo). Acesso em: 25 Nov. 2015. 44 (ADCP), documento (ID): 713. Acesso em: 25 Nov. 2015. 45 GORDINHO, 2004, p. 25; MADUREIRA, 1999, p. 17; TRUZZI, 2007, p. 32 – 33. 46 CORRÊA, 2008, p. 33 – 36. 47 TRUZZI, FOLLIS, 2012, p. 28. 48 CORRÊA, 2008, p. 49. 49 TRUZZI, 2007, p. 40. 28 50 CORRÊA, 2008, p. 49, 50, 56, 59, 60. GORDINHO, 2004, p. 29. 52 RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 53 GORDINHO, 2004, p. 29. Há registro de uma fazenda de Carlos José Botelho na Lista Geral dos Habitantes da Paróquia da Freguesia de Araraquara, no ano de 1822. Este registro aponta 80 terneiros, 2 potros e a produção de milho, arroz arroz e feijão [(ADCP), documento (ID): 3014. Acesso em: 11 Dez. 2015]. Ou seja, evidencia-se, evidencia assim, a coexistência da pecuária com a agricultura de subsistência nessa propriedade. Entretanto, não é possível, no momento, concluir que tal fazenda corresponda a uma ocupação primitiva da Sesmaria do Pinhal. Além desse, há outros dois documentos do Acervo Digital da Casa do Pinhal, que mencionam os fazendeiros que em 1852 possuíam fábricas de açúcar no município de Araraquara (não mencionam o local exato, nem o nome nome das referidas propriedades), cujas produções não se voltavam para exportação. Um dos fazendeiros citados foi Carlos José Botelho. (ADCP), documentos (ID’s): 575 e 577. Acesso em: 26 Nov. 2015. 54 CORRÊA, 2008, p. 69. 55 TRUZZI, 2007, p. 50 – 53; DEAN, 1977, 1 p. 35 – 36. 56 GORDINHO, 2004, p. 37; ARANHA, s/d, p. 43. 57 LEME, 1904, p. 144. O pai era natural de Portugal e a mãe de Piracicaba (BOTELHO, 1956, p. 52). 58 RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 59 GORDINHO, 2004, p. 38. No Arquivo da Casa do Pinhal há um livro de registros re de contas de um estabelecimento comercial (armazém de secos e molhados) que pertenceu a Antonio Carlos. As datas de movimentação comercial estão entre 1850 e 1853. Há também um documento [(ADCP), documento (ID): 3014. Acesso em: 11 Dez. 2015], a cópia có de uma carta escrita pelo Senhor Felicio (ex-ecravo). (ex ecravo). Nela, Felicio relatou ter trabalhado para Antonio Carlos e mencionou duas propriedades deste último em Piracicaba: um armazém de secos e molhados e uma padaria. 60 RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 61 LEME, 1904, p. 145 – 147. 62 GORDINHO, 2004, p. 38. 63 BOTELHO, 1956, p. 47; GORDINHO, 2004, p. 37. Informações obtidas em um registro paroquial de Araraquara. Paróquia de São Bento. Óbitos 1841, Mar – 1874, Dez. Disponível em: <https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-VW3X<https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F WT?mode=g&i=23&wc=M5J3 WT?mode=g&i=23&wc=M5J3823%3A372124101%2C371869702%2C372246101%3Fcc%3D2177299&cc=2177299>. 823%3A372124101%2C371869702%2C372246101%3Fcc%3D2177299&cc=2177299 Acesso em: 11 Maio 2015. 64 GORDINHO, 2004, p. 37, 39. 65 GORDINHO, 2004, p. 39. 66 GORDINHO, 2004, p. 42; ARANHA, s/d, p. 269 – nota nº 5. 51 29 67 GORDINHO, 2004, p. 38, 44, 57. GORDINHO, 2004, p. 42. 69 GORDINHO, 2004, p. 42; RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 70 (ADCP), documento (ID): 714. Acesso em: 27 Nov. 2015. 71 ARANHA, s/d, p. 46; GORDINHO, 2004, p. 42. 72 GORDINHO, 2004, p. 42. (ADCP), documento (ID): 953. Acesso em: 27 Nov. 2015. 73 (ADCP), documento (ID): 1023. Acesso em: 27 Nov. 2015. 2015. Foram observados documentos que apontam a presença dele em tal cargo nos anos de 1859, 1860, 1861, 1864 e 1865, não sendo possível precisar, até o momento, se atuou nesse posto em anos posteriores e se não teve atividades em 1862 e 1863. 74 ARANHA, s/d, p. 19, 71; BOTELHO, 1956, p. 47 – 48. O pedido para a construção da capela foi feito por Jesuino José Soares de Arruda e sua mulher, por proprietários e por herdeiros de Carlos José Botelho (TRUZZI, 2007, p. 40 – 41). 75 GORDINHO, 2004, p. 29. 76 Para a denominação da nova povoação foi escolhido o nome “São Carlos do Pinhal”. Segundo Truzzi (2007, p. 41, 50), São Carlos Borromeo foi o santo escolhido para ser o padroeiro, pois “Carlos” era o nome predominante na família Arruda Botelho; e “Pinhal” tem a ver com os pinheiros encontrados originalmente nessas terras. A denominação da Cidade passou a ser somente São Carlos através da lei nº 1158, de 26 de Dezembro de 1908 (CAMARGO, 2007, p. VII – nota nº 1). Informações obtidas também em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1908/lei http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1908/lei-1158-26.12.1908.html 26.12.1908.html>. Acesso em: 30 Mar. 2016. Há que se destacar, no entanto, que o atual município de São Carlos não é composto apenas por terras da antiga Sesmaria do Pinhal; contribuíram para sua atual configuração também as terras das antigas sesmarias do Monjolinho e do Quilombo (MADUREIRA, 1999, p. 17). 77 TRUZZI, 2007, p. 41, 96; BOTELHO, 1956, p. 25; CAMARGO, 2007, p. XIV. 78 BRAGA, 2007, p. XVI . Há dois documentos [de 08 de Janeiro e 20 de Abril de 1857], ambos produzidos pela Câmara Municipal de Araraquara, solicitando ao Presidente da Província de São Paulo que fossem criados o Distrito de Paz e a Subdelegacia Subdelega de Polícia na Capela de São Carlos do Pinhal. Em outro documento [de 26 de Julho de 1857], a Câmara Municipal de Araraquara menciona recebimento de um ofício do Presidente da Província, de 06 de Julho de 1857, que confirmava a criação do Distrito de Paz Paz e da Subdelegacia. Antonio Carlos de Arruda Botelho assinou os três documentos acima mencionados, produzidos pela Câmara Municipal de Araraquara. Provavelmente ele era nessa época o Presidente da referida Câmara, pois foi o primeiro Vereador a assiná-los. assiná (ADCP), documentos (ID’s): 832, 847 e 860. Acesso em: 26 Nov. 2015. 79 CAMARGO, 2007, p. XV; TRUZZI, 2007, p. 42; BRAGA, 2007, p. XVII . (ADCP), documento (ID): 1015. Acesso em: 26 Nov. 2015. Informações obtidas também em: 68 30 <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1858/lei http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1858/lei-33-24.04.1858.html 24.04.1858.html>. Acesso em: 19 Jan. 2016. 80 GORDINHO, 2004, p. 44. 81 ARANHA, s/d, p. 41 – 42. 82 Anna foi batizada no dia 13 de Dezembro Dezembro de 1841; tinha um mês e oito dias de vida. Informações obtidas em: < <https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F :/61903/3:1:939F-VJ964N?mode=g&i=48&wc=M5JQ 4N?mode=g&i=48&wc=M5JQBZ3%3A371872201%2C371868902%2C372402201%3Fcc%3D2177299&cc=2177299 BZ3%3A371872201%2C371868902%2C372402201%3Fcc%3D2177299&cc=2177299>. Acesso em: 29 Mar. 2016. 83 José Estanislau nasceu em 05/01/1803 e faleceu em 03/09/1884, ambos em São Paulo. Ele e Elisa se casaram em 12/04/1828, em São Paulo (ALVES DE LIMA E MOTTA, 1992, p. 11 – 12). 84 GORDINHO, 2004, p. 51 – 52. 85 É possível ter como exemplo alguns casos, tais como os verificados em: ALVES DE LIMA E MOTTA, 1992, p. 103 – 105; GORDINHO, 2004, p. 52. 86 GORDINHO, 2004, p. 67; DEAN, 1977, p. 58 – 59. 87 ALVES DE LIMA E MOTTA, 1992, p. 20 – 21; ARANHA, s/d, p. 46. Informações obtidas em um registro paroquial de Rio Claro. C Paróquia de São João Batista. Matrimônios 1862, Dez – 1867, Ago.. Disponível em: <https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N < ch.org/ark:/61903/3:1:939N-33TWP?mode=g&i=8&wc=M5JRC6P%3A372130501%2C371871702%2C372547001%3Fcc%3D2177299&cc=2177299 C6P%3A372130501%2C371871702%2C372547001%3Fcc%3D2177299&cc=2177299>. Acesso em: 14 Jan. 2016. 88 As relações entre a Condessa e seu enteado, filho do primeiro casamento de Antonio Carlos, eram muito boas, com carinho recíproco (ARANHA, s/d, p. 50), o que pôde ser observado também com a leitura de algumas cartas escritas por Carlos José, seja a seu pai, ou à Anna Carolina (para informações mais detalhadas, pesquisar no Acervo Digital do site da Casa do Pinhal). 89 LEME, 1094, p. 144 – 145 [não menciona o “de Arruda” no sobrenome de quatro das filhas, nem os apelidos creditados aos filhos, parte encontrados no livro de Gordinho (2004)]. 90 GORDINHO, 2004, p. 51. Sua mãe, Elisa, havia nascido em Göttingen, na Alemanha, Al filha do estudante luso-brasileiro brasileiro Justiniano de Mello Franco e da alemã Ana Carolina Overbeck (ALVES DE LIMA E MOTTA, 1992, p. 9 – 10). 91 GORDINHO, 2004, p. 62 – 65, 98. 92 GORDINHO, 2004, p. 56 – 57. 93 GORDINHO, 2004, p. 98. (ADCP), documentos (ID’s): (ID’s): 2814 e 2816, por exemplo. Acesso em: 26 Nov. 2015. 94 GORDINHO, 2004, p. 64 – 65. Ana Carolina via a necessidade de contratar preceptores para cuidar da educação de seus filhos. Carlos José, estando na Europa, sugeria a contratação de estrangeiros, que pudessem ensinar línguas e cultura geral a seus irmãos (ARANHA, s/d, p. 107 – 110). 31 95 GORDINHO, 2004, p. 67. ARANHA, s/d, p. 269 – nota nº 5. 97 A Biblioteca da Casa do Pinhal possui em seu acervo as publicações originais da Revista Moderna, editada em Paris, aris, com exceção apenas da última edição que é uma cópia. 98 GORDINHO, 2004, p. 74. Há várias cartas que abordam o tema dos estudos dos filhos do Conde e da Condessa do Pinhal, seja em Colégios ou Faculdades no Brasil, seja no exterior – para as filhas, tem-se se noção dos estudos em Colégios apenas. Há cartas, também, que fornecem dados sobre viagens feitas à Europa, por alguns familiares. Para informações mais detalhadas, ver “Cartas da Família Arruda Botelho”, Vol. I ao VI, ou realizando pesquisas no site da a Casa do Pinhal (<http://www.casadopinhal.com.br/manuscritos (<http://www.casadopinhal.com.br/manuscritos>). 99 Informações obtidas em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1865/lei < sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1865/lei-1518.03.1865.html>. >. Acesso em: 08 Jan. 2016. 100 BRAGA, 2007, p. XIX – XX; CAMARGO, 2007, p. XVI – XVII; TRUZZI, 2007, p. 42 – 43. 101 ARANHA, s/d, p. 56; BOTELHO, 1956, p. 52; GORDINHO, 2004, p. 58, 61. 102 GORDINHO, 2004, p. 58, 61. Foi possível observar em um documento que Antonio Carlos participou do envio de toucinho, farinha de trigo e sal [(ADCP), documento (ID): 1148]; outro documento [(ADCP), (ID): 1150] menciona Antonio Carlos encarregado do envio de e gêneros alimentícios em socorro às tropas expedicionárias que se encontravam em Coxim, com destino à Cuiabá. Acesso em: 07 Dez. 2015. Antonio Carlos foi nomeado Tenente-Coronel Tenente Coronel Comandante do Batalhão de Infantaria Nº 29 da Guarda Nacional em 05/09/1863 (ARANHA, s/d, p. 48, 274 – 275 – nota nº 13). 103 GORDINHO, 2004, p. 58, 61. 104 GORDINHO, 2004, p. 58 – 61; ARANHA, s/d, p. 75, 78. Por meio da observação de um documento de 1868, fica claro o recebimento da condecoração com a Ordem da Rosa mediante serviços prestados na Guerra do Paraguai. (ADCP), documento (ID): 3846. Acesso em: 07 Dez. 2015. 105 GORDINHO, 2004, p. 61. Na Casa do Pinhal há uma cópia do título de Coronel Comandante da Guarda Nacional e do título de Barão do Pinhal, ambos recebidos por Antonio Carlos de Arruda Botelho. Importante ressaltar que nos títulos em si não há menção dos motivos que o fizeram merecedor de tais honrarias. 106 Os conservadores eram mais fortes na Bahia e em Pernambuco; já os liberais, em São Paulo, Minas Gerais e no Rio Grande Gran do Sul (FAUSTO, 2000, p. 182). 107 FAUSTO, 2000, p. 228. 108 BRAGA, 2007, p. XXXI; FARIA, 2007, p. 15; CAMARGO, 2007, p. XXV. 109 TRUZZI, 2007, p. 96 – 104. 110 Informações obtidas nos “Annaes da Assembléa Legislativa Provincial de S. Paulo”, Sessões de 1864, 1865, 865, 1866, 1868, 1880, 1882, 1883, 1884, 1885, 1886 e 1887. (ADCP), documentos (ID’s): 3508, 3509, 3510, 3512, 3514, 3516, 3517, 3518, 3519, 3520 e 3521. Acesso em: 07 Dez. 2015. 96 32 Informações disponíveis, também, em: <http://www.al.sp.gov.br/acervo <http://www.al.sp.gov.br/acervo-historico/base-dedados/imperio/imperio_deputados.html e <http://www.al.sp.gov.br/acervo dados/imperio/imperio_deputados.html> //www.al.sp.gov.br/acervo-historico/base-dedados/imperio/imperio_comissoes.html Acesso em: 08 Dez. 2015. dados/imperio/imperio_comissoes.html>. 111 (ADCP), documentos (ID’s): 3522, 3523, 3524 e 3525. Acesso em: 07 Dez. 2015. 112 Informações obtidas em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1880/lei <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1880/lei-7621.04.1880.html>. >. Acesso em: 08 Jan. 2016. 113 Informações obtidas em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1880/lei <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1880/lei-3827.03.1880.html>. >. Acesso em: 08 Jan. 2016. 114 GORDINHO, 2004, p. 61, 62, 73; ARANHA, s/d, p. 268 – 269 – nota nº 4; TRUZZI, 2007, p. 99 – nota nº 15. 115 GORDINHO, 2004, p. 58, 97. 116 Essa região não corresponde ao oeste geográfico. “Ela abrange a área que vai de Campinas a Rio Claro, São Carlos, Araraquara, Catanduva, na linha férrea da Companhia Paulista; e de Campinas para Piraçununga, Casa Branca e Ribeirão Preto, na Estrada Estra de Ferro Mojiana.” (FAUSTO, 2000, p. 200). 117 “As economias cafeeiras do Vale do Paraíba e do Oeste Paulista seguiram trajetórias opostas. A partir das últimas décadas do Império, enquanto a primeira declinava, a segunda continuava em franca expansão.” (FAUSTO, ( 2000, p. 201). 118 GORDINHO, 2004, p. 68. Para esse mesmo período, Ribeiro e Campos (2010) mencionam que a Fazenda do Pinhal possuía em torno de 80.000 pés de café plantados. 119 FAUSTO, 2000, p. 188. 120 DEAN, 1977, p. 49 – 50. 121 FAUSTO, 2000, p. 188. 122 GORDINHO, 2004, p. 42. 123 FAUSTO, 2000, p. 188. 124 RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 125 Gordinho (2004, p. 97) apresenta descrição parecida em seu trabalho. 126 GORDINHO, 2004, p. 42. 127 ARANHA, s/d, p. 79, 81; GORDINHO, 2004, p. 62 – 64. 128 Truzzi (2007, p. 56) menciona que as Leis do Ventre Livre e dos Sexagenários em certa medida significaram perda da autoridade moral dos fazendeiros em suas propriedades, motivo pelo qual alguns deles tentavam burlar tais leis, como forma de afirmar seu poder po de mando em suas fazendas. 129 FAUSTO, 2000, p. 204, 217 – 221. Analisando alguns jornais da década de 1880, foram encontradas algumas menções ao envolvimento de Antonio Carlos de Arruda Botelho em questões da escravidão/abolição. Há dois momentos importantes, tantes, do que foi possível se verificar até o presente momento. No ano de 1886, alguns jornais mencionam ter o então Visconde do Pinhal, representante do Partido Liberal de São Paulo, apresentado um projeto que visava revogar a lei provincial, que estabelecia lecia a taxa de matrícula de 2 contos de réis sobre cada escravo que entrasse na 33 Província de São Paulo. O projeto recebeu críticas, pois se mencionava que ele poderia facilitar novamente o tráfico interprovincial. Ao que consta, o projeto proposto pelo Visconde Vi não foi aprovado. Contudo, no início de 1888, antes da aprovação da abolição da escravidão, verificou-se verificou que o agora Conde do Pinhal presidiu em São Carlos uma reunião de lavradores, na qual ficou proposto que os fazendeiros locais dariam liberdade aos seus cativos até dezembro do mesmo ano. Nessa reunião, Antonio Carlos teria declarado que de sua parte reservava-se reservava o direito de antecipar a libertação de seus escravos, como foi mencionado em alguns jornais que ele de fato o fizera. Há menção nos periódicos, periódicos, também, que vários fazendeiros de São Carlos e de outras localidades do interior, concederam liberdade aos seus cativos antes mesmo da abolição. Além disso, dois jornais apresentaram reportagens, cujos conteúdos haviam sido publicados em outros periódicos, periódicos, salientando que o Conde do Pinhal iria propor um projeto de abolição imediata da escravidão em todo o país. Os jornais acima mencionados foram acessados no site da Biblioteca Nacional (<http://bndigital.bn.br/hemeroteca p://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/>) >) em 29 de Fevereiro de 2016. São eles: BOLETIM. O paiz,, Rio de Janeiro, p. 1, 29 Mar. 1886. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=2261 DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=2261 DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=2261>. BOLETIM. O paiz,, Rio de Janeiro, p. 1, 31 Mar. 1886. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bi http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=2269 b=178691_01&PagFis=2269>. COMMERCIO de escravos. Gazeta de noticias,, Rio de Janeiro, p. 1, 11 Out. 1886. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bi http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=103730_02&PagFis=11007 b=103730_02&PagFis=11007>. MOVIMENTO emancipador. Correio paulistano, paulistano, São Paulo, p. 3, 31 Jan. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_04&PagFis=9778 972_04&PagFis=9778>. MOVIMENTO emancipador. Correio paulistano, paulistano, São Paulo, p. 2, 16 Fev. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_04 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_04&PagFis=9829 &PagFis=9829>. NABUCO, Joaquim. A sessão parlamentar: dez vezes obrigatoria. O paiz, paiz Rio de Janeiro, p. 1, 13 Mai. 1886. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/Do http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=2437 cReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=2437>. NOTICIAS do interior. Jornal do Recife, Recife, Pernambuco, p. 1, 15 Mar. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.as http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=705110&PagFis=26201 px?bib=705110&PagFis=26201>. NOTICIAS politicas. Jornal do Recife, Recife, Pernambuco, p. 1, 08 Abr. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=705110& http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=705110&PagFis=26277 PagFis=26277>. PACOTILHA. Pacotilha,, Maranhão, p. 2 – 3, 11 Fev. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&PagFis=7539 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&PagFis=7539 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&PagFis=7539>. PACOTILHA. Pacotilha,, Maranhão, p. 3, 28 Mar. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&PagFis=7723 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&PagFis=7723 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&PagFis=7723>. PROVINCIAS. A provincia do Espirito-Santo, Espirito , Victoria, p. 3, 20 Mar. 1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=301582&PagFis=6378 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=301582&PagFis=6378 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=301582&PagFis=6378>. 34 130 Para esse período, também, não se pode excluir a presença do trabalhador livre nacional, embora sua participação pudesse ser numericamente menor se comparada à dos escravos e dos imigrantes. 131 TRUZZI, 1999, p. 2; TRUZZI, 2007, p. 65, 97; LEME, 1904, p. 143. 132 TRUZZI, 2007, p. 65; TRUZZI, 1999, p. 2, 6. 133 TRUZZI, 1999, p. 2; TRUZZI, 2007, p. 65. Gordinho (2004, p. 88), de acordo com registro de familiares, menciona que essas três categorias de mão de obra continuaram a trabalhar conjuntamente na Fazenda do Pinhal após a abolição. 134 Truzzi (2007, p. 63) cita ta dois exemplos para o município de São Carlos, após o fim da escravidão. Menciona que, com a abolição, boa parte dos negros ex-escravos ex escravos residentes na Fazenda Palmital lá permaneceram; já os que viviam na Fazenda do Conde do Pinhal, boa parte transferiu-se e para a área urbana, formando um bairro de negros, hoje conhecido como Vila Isabel. Para maiores informações sobre a escravidão e imigração no país e na Província de São Paulo no Segundo Império, ver Fausto (2000); sobre essas mesmas questões e período em e São Carlos, ver Truzzi (2007). 135 DEAN, 1977, p. 53 – 54. 136 FAUSTO, 2000, p. 200 – 201. 137 GRANDI, 2007, p. 29, p. 29 – nota nº 1. 138 GORDINHO, 2004, p. 68 – 69; RIBEIRO, CAMPOS, 2010; GRANDI, 2007, p. 37 – 38. Entre a apresentação do primeiro projeto pela Companhia Paulista, até a abdicação da concessão de prolongamento da estrada, surgiram várias tentativas de negociações, além da apresentação esentação de outros projetos, como o de Pimenta Bueno, a pedido do Governo Central. Para maiores informações e detalhes, ver GRANDI, 2007. 139 GRANDI, 2007, p. 42. 140 RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 141 GORDINHO, 2004, p. 68 – 69; GRANDI, 2007, p. 41. 142 GRANDI, 2007, p. 44 – 45. 143 ARANHA, s/d, p. 104 – 105; GRANDI, 2007, p. 45. 144 TRUZZI, 2007, p. 98. 145 GORDINHO, 2004, p. 69. 146 GORDINHO, 2004, p. 69; GRANDI, 2007, p. 52, 58. 147 GRANDI, 2007, p. 33, 68. 148 TRUZZI, 2009, p. 197 – 198. 149 GRANDI, 2007, p. 48 – 50. 150 GORDINHO, 2004, p. 70. Na Casa do Pinhal há uma cópia do título de Visconde do Pinhal e do título de Conde do Pinhal, ambos recebidos por Antonio Carlos de Arruda Botelho. Importante ressaltar que nos títulos em si não há menção dos motivos que o fizeram eram merecedor de tais honrarias. 35 151 (ADCP), documento (ID): 3394. Acesso em: 30 Nov. 2015. Documento data de 25/09/1887. 152 GRANDI, 2007, p. 77 – 79. 153 ARANHA, s/d, p. 268 – nota nº 4; GRANDI, 2007, p. 82. 154 GRANDI, 2007, p. 19, 88. 155 TRUZZI, 2007, p. 99 – 100. 156 FAUSTO, 2000, p. 203. 157 GORDINHO, 2004, p. 108; RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 158 Há uma cópia de um documento no Arquivo da Casa do Pinhal, que menciona a abertura dessa Casa Comissária. 159 (ADCP), documentos (ID’s): 3452, 3453 e 3458. Acesso em: 13 Jan. 2016. 20 160 (ADCP), documentos (ID’s): 3805 e 3476. Acesso em: 13 Jan. 2016. 161 GORDINHO, 2004, p. 90 – 91, 97; RIBEIRO, CAMPOS, 2010; TRUZZI, 2007, p. 100. 162 FAUSTO, 2000, p. 189; RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 163 GORDINHO, 2004, p. 90. 164 FAUSTO, 2000, p. 189; RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 165 FAUSTO, 2000, p. 189. 166 GORDINHO, 2004, p. 89; RIBEIRO, CAMPOS, 2010; ARANHA, s/d, p. 268 – nota nº 4; TRUZZI, 2007, p. 100. O Conde do Pinhal foi o Presidente desse Banco até 1901 (ARANHA, s/d, p. 268 – nota a nº 4; GORDINHO, 2004, p. 89). 167 GORDINHO, 2004, p. 89; TRUZZI, 2007, p. 100; GRANDI, 2007, p. 81; RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 168 TRUZZI, 2007, p. 89 – 90; RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 169 RIBEIRO, CAMPOS, 2010; GORDINHO, 2004, p. 89. 170 Segundo Ribeiro e Campos (2010), a Companhia Agrícola situava-se se na região limítrofe entre os municípios de Ribeirão Preto e Cravinhos. 171 GORDINHO, 2004, p. 97; ARANHA, s/d, p. 268 – 269 – nota nº 4; TRUZZI, 2007, p. 100. Interessante observar que os trilhos da Companhia Mogiana atravessavam atravessavam a Companhia Agrícola de fora a fora (RIBEIRO, CAMPOS, 2010). 172 GORDINHO, 2004, p. 70. 173 GORDINHO, 2004, p. 70. 174 Há alguns documentos do Acervo Digital da Casa do Pinhal que apresentam notas de compras de móveis e louças de casas no Rio de Janeiro ou importados da Europa. Por exemplo, (ADCP), documentos (ID’s): 3780, 3784, 3785. Acesso em: 13 Jan. 2016. 175 Pesquisas feitas nos “Annaes do Senado do Império do Brazil”. As informações sobre o ano de 1887 encontram se encontram-se disponíveis em: <http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Imperio/1887/1887%20Livro%201.p http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Imperio/1887/1887%20Livro%201.p df>, p. 20 – 30. As informações sobre o ano de 1888 encontram-se encontram se disponíveis disponív em: <http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Imperio/1888/1888%20Livro%206.p http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Imperio/1888/1888%20Livro%206.p df>, p. 48. Acesso em: 08 Dez. 2015. 36 176 ARANHA, s/d, p. 267 – nota nota nº 4; BOTELHO, 1956, p. 51. Informações obtidas nos “Annaes do Congresso Constituinte de 1891” – Congresso Legislativo do Estado de São Paulo. (ADCP), documento (ID): 3526. Acesso em: 08 Dez. 2015. Informações disponíveis, também, em: <http://www.al.sp.gov.br/acervo http://www.al.sp.gov.br/acervo-historico/base-dedados/republica-velha/repvelha_senado_paulista.html velha/repvelha_senado_paulista.html>. Acesso em: 08 Dez. 2015. 177 CAMARGO, 2007, p. XXXVII , LXII. 178 GORDINHO, 2004, p. 98 – 99. 179 GORDINHO, 2004, p. 99. 180 GORDINHO, 2004, p. 109. 181 GORDINHO, 2004, p. 111, 114, 139, 145, 151. 182 RIBEIRO, CAMPOS, 2010. 183 GORDINHO, 2004, p. 110, 114 – 115. 184 GORDINHO, 2004, p. 110 – 111. 185 GORDINHO, 2004, p. 141. 186 TRUZZI, 2007, p. 116. 187 GORDINHO, 2004, p. 144. Gordinho (2004, p. 144) menciona que as plantações de algodão passaram a adquirir importância também no Pinhal a partir desse momento. 188 GORDINHO, 2004, p. 147. 189 GORDINHO, 2004, p. 151. 190 GORDINHO, 2004, p. 151 51 – 154. 191 GORDINHO, 2004, p. 156 – 158. 192 GORDINHO, 2004, p. 159. 193 CARVALHOSA, 1999, p. 70. 194 No que se refere ao tombamento pelo CONDEPHAAT E IPHAN, a descrição feita do imóvel é, basicamente, a Fazenda do Pinhal, uma área de 45,01 hectares, incluindo vegetação e benfeitorias (sede da fazenda, senzala, terreiros de café, pomar murado, etc.) – há documentos no Arquivo da Casa do Pinhal que apresentam essa descrição. Não temos, no momento, conhecimento da descrição apresentada pelo COMDEPHAA/SC, mas possivelmente seja similar às outras duas. 37