Professora Leonilda Brandão da Silva
Transcrição
Professora Leonilda Brandão da Silva
COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: [email protected] http://professoraleonilda.wordpress.com/ CAPÍTULO 11 – p. 162 Especiação por isolamento geográfico no vale do rio São Francisco • Ssp de lagartos c/ morfologia bem ≈, mas c/ ≠s genéticas, são encontradas nas margens direita e esq. do rio São Francisco. • Há cerca de 12 mil anos, o rio não corria p/ o mar, mas desaguava em um lago. • Qdo passou a desaguar no oceano ele deve ter separado em duas uma população de lagartos que vivia ao redor do lago. • As 2 populações deve ter evoluído ≠. Surgiram assim 2 ssp de lagartos. 1milhão de anos. • A população de papagaios de uma floresta é formada por um conjunto de indivíduos da mesma sp que se cruzam entre si. • São as populações que evoluem. • A evolução pode ser definida como uma mudança, ao longo do tempo, da frequência dos alelos de uma população. 1 EVOLUÇÃO: UMA MUDANÇA NA FREQ. GÊNICA DA POPULAÇÃO • Se um alelo é responsável por uma característica útil à sobrevivência (ex. alelo q produz a cor escura nas mariposas em áreas poluídas), o no de indivíduos portadores desse alelo tende a aumentar na população por seleção natural. • O oposto acontece c/ alelos que prejudicam a sobrevivência. LEI DE HARDY-WEINBERG •Em 1908, Hardy e Weinberg demonstraram que na ausência de fatores evolutivos (mutações, seleção natural, migração, deriva genética, etc.) a frequência dos alelos não muda ao longo das gerações. FATORES EVOLUTIVOS •Como vimos a mutação e a seleção natural são fatores evolutivos, uma vez que alteram a frequência gênica da população. •A migração tb altera essa frequência ao provocar o fluxo de alelos de uma população p/ outra. •O último fator evolutivo é a deriva genética. • Corresponde à entrada (imigração) ou à saída (emigração) de indivíduos em uma população. • Pelos processos migratórios é possível que genes novos sejam introduzidos em uma população, contribuindo para o aumento da variabilidade genética dessa população. • A frequência dos alelos em uma população pode mudar devido ao acaso. • Isso pode ser observado em populações pequenas, qdo por ex. ocorrem enchentes, terremotos, incêndios, ou outras catástrofes provocando a morte de grande no de indiv. de forma não seletiva. • Apenas alguns indivíduos das várias ssp sobreviverão e somente os genes presentes nesses indivíduos comporão o novo conj. gênico e esse conj. pode não ser representativo da população original. • Essa pequena população sofrerá os efeitos da seleção natural, podendo dar origem a uma nova espécie. Exemplo de deriva genética de efeito do fundador Por que entre os aborígenes da Austrália não há grupo sanguíneo B nem AB? • Aparentemente, o alelo p/ o grupo B estava ausente na pequena população que colonizou a Austrália e originou os aborígenes. 2 CONCEITO BIOLÓGICO • Uma ESPÉCIE é formada por um grupo de populações capazes de se cruzar e originar filhos férteis, mas q não são capazes de cruzar c/outros grupos. • Essa definição não se aplica aos organismos fósseis e nem aos seres de reprodução assexuada. Nesses casos, podem ser usados critérios de semelhanças morfológicas e genéticas, análise DNA. •Essa definição de espécie é bastante útil para explicar a: ESPECIAÇÃO: processo que leva a formação de novas espécies a partir de uma sp ancestral. ISOLAMENTO GEOGRÁFICO O surgimento de barreiras que impedem o cruzamento entre as populações, como obstáculos geográficos como um rio, uma cadeia de montanhas, ou grandes distâncias é chamado de ISOLAMENTO GEOGRÁFICO. • A raposa ártica é encontrada ao norte dos EUA e a raposa cinzenta no sul. • Análises genéticas mostram q as duas descendem de uma mesma sp ancestral. Como explicar isso? • Suponhamos que uma população inicial de raposas tenha se ÷ em duas. • Uma migrou p/ o sul e outra p/ o norte. • Durante certo período permaneceram isoladas, sem cruzamentos. • Desse modo, cada população evoluiu separadamente, sem ocorrer intercâmbio de genes entre elas. • O clima do norte dos EUA é + frio do que o sul. • Então, uma vez isoladas em condições ambientais distintas, as mutações selecionadas em cada ambiente podem ser ≠s. Figura 11.3 – p. 166 Migração Isolamento geográfico Raposa ártica é encontrada ao norte dos EUA Ancestral Raposa cinzenta da região sul •Mutações que favoreçam a sobrevivência em regiões frias serão selecionadas + nas raposas do norte (pelagem + densa) e negativamente nas raposas do sul (pelagem densa). •O acúmulo seletivo de mutações pode fazer as raposas do norte ficarem cada vez mais ≠s das do sul. •Essas diferenças vão se acumulando a ponto de caracterizar a formação de 2 ou + subespécies ou raças geográficas. ISOLAMENTO REPRODUTIVO • As subespécies são populações da mesma sp que, apresentam ≠s genéticas, mas poderiam cruzar entre si, caso o isolamento terminasse. Nesse caso, poderiam reproduzir-se e recombinar seus genes e suas características, não teríamos + 2 subespécies. • Entretanto, persistindo o isolamento geográfico, chega-se a um ponto em q as diferenças genéticas impedirão o cruzamento entre as populações. • Quando, por isolamento geográfico, uma população se torna ≠ da original e atinge um isolamento reprodutivo, dizemos que surgiu uma nova espécie (especiação). Isso deve ter ocorrido c/ as 2 populações de raposas dos EUA. Raposa ártica é encontrada ao norte dos EUA. Alopex lagopus Raposa cinzenta da região sul. Urocyon cinereorgenteus Isolamento geográfico Duas raças diferentes Isolamento reprodutivo: duas espécies •O processo evolutivo envolve dois mecanismos de especiação: – a cladogênese e –a anagênese. Especiação por cladogênese • Chama-se cladogênese o conj. de processos que promovem a especiação, isto é, a separação de uma população em duas e a subsequente formação de novas ssp. • As novas ssp se formam por irradiação adaptativa, isto é, a partir de grupos que se isolam da população original e se adaptam a ≠s regiões depois de um longo tempo de isolamento, originam novas espécies. ESPECIAÇÃO POR ANAGÊNESE • A anagênese corresponde ao acúmulo de mudanças que uma população sofre ao longo do tempo, originando uma sp com características ≠s. • A população vai se modificando gradativamente, em funções de contínuas alterações nas condições ambientais, o que resulta em uma população ≠ da original que pode ser considerada uma nova espécie. A especiação do Homo sapiens tem pouca chance de ocorrer, considerando a atual condição da espécie humana, isto porque os meios modernos de locomoção e comunicação têm diminuído ou eliminado os isolamentos geográficos. MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELO ISOLAMENTO REPRODUTIVO •Pré-zigóticos: impedem o encontro dos gametas ou dos casais. Não há acasalamento nem fecundação. •Pós-zigóticos: ocorrem em etapas posteriores à fecundação, impede o desenvolvimento do embrião ou esterilidade dos descendentes. Mecanismos pré-zigóticos - Isolamento estacional, sazonal ou temporal: ≠s nas épocas de reprodução. - Isolamento comportamental ou etológico: ≠ nos rituais de acasalamento. - Isolamento mecânico: não existe “ajuste” entre as peças genitais do casal. - Isolamento gamético: incompatibilidade entre gametas (morte dos gametas). - Isolamento ecológico: vivem na mesma área, mas em ≠s microambientes. Mecanismos pós-zigóticos - Inviabilidade do híbrido: as ≠s genéticas entre os híbridos impede o desenvolvimento do embrião. - Esterilidade do híbrido: este não é capaz de produzir gametas funcinais, o que pode ser causado por falta de homologia entre os cromossomos. Ex. burro e mula. • A mula (C) e o burro são híbridos estéreis, • resultante do cruzamento entre jumento (Equus asinus) (A) e égua (Equus caballus) (B) • ou entre a jumenta e o cavalo. Leões e tigres podem se cruzar em cativeiro, produzindo descendentes férteis. Isso não ocorre na natureza porque essas duas espécies vivem em habitat ≠s: os leões vivem nas savanas e os tigres, nas florestas. LIGRES ou liger (lê-se láiguer) leões c/ tigresas - Ligre do sexo masculino é estéril, mas o do sexo feminino pode ter filhotes. TIGON (lê-se "táigon") leoa com um tigre. ESPECIAÇÃO SEM ISOLAMENTO GEOGRÁFICO •Especiação simpátrica: especiação que ocorre em uma população que vive na mesma área. •Especiação alopátrica: especiação que ocorre em espécies isoladas geograficamente. • Uma modalidade de especiação simpátrica ocorre em plantas pela formação de indivíduos poliploides, como o trigo, na batata, no algodão, etc. •A poliploidia pode acontecer qdo são produzidos gametas diploides (2n) por causa da não disjunção dos cromossomos durante a meiose. •Se gametas diploides fecundarem outros diploides, forma-se indiv. tetraploides (4n), comum em plantas c/ flores. •Por que podemos considerar os indivíduos tetraploides como nova espécies? •Se um gameta diploide – produzido pelo tetraploide – fecundar um gameta haploide (planta normal) -, formará uma planta triploide (3n). •Essa planta é um híbrido estéril, pois tem no ímpar de cromossomos e não ocorre emparelhamento na meiose, assim os gametas não são formados. Ex. Laranja-da-baía (não produz sementes). •A especiação por poliploidia é mais rara nos animais, mas ocorre em alguns anfíbios. •A perereca Hyla versicolor, por exemplo, é uma sp tetraploide (4n) originada da sp Hyla chrysoscelis (2n) Hyla versicolor (4n) Hyla chrysoscelis (2n) Compreendendo o texto: p. 175 – Questão 7 Testes: p. 175 e 176 1, 4, 5, 6, 8, 9 Questões para análise: Questão 9 – p. 177
Documentos relacionados
capítulo 10 – especiacao - Professora Leonilda
do norte (pelagem mais densa) e negativamente nas raposas do sul (pelagem menos densa). • O acúmulo seletivo de mutações pode fazer as raposas do norte ficarem cada vez mais ≠s das do sul. • Essas ...
Leia maisMódulo 6: • ESPECIAÇÃO
Dois mecanismos fundamentais conduzem à especiação: Especiação geográfica ou alopátrica – surgimento de barreiras geográficas entre populações;
Leia mais