resumo - Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação
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resumo - Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação
#Hipertexto2013 l1 Catalogação na publicação (CIP) Ficha catalográfica produzida pelo editor executivo X3 Xavier, Antônio Carlos. Aprendizagem móvel dentro e fora da escola: livro de resumos. 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias / Antônio Carlos Xavier; Alex Sandro Gomes [orgs.]. - Recife: Pipa Comunicação, 2013. 248p. ISBN 978-85-66530-25-4 1. Educação. 2. Tecnologias. 3. Aprendizagem móvel. 4. Escola. 5. Hipertexto. I. Título. 370 CDD 37 CDUc.pc: 16/13ajns antonio CarloS xavier e alex Sandro gomeS (.ORGS) pipa ComuniCação RECIFE - 2013 Recife. Outubro, 2013 © Este livro poderá sofrer ajustes. Sobre o Evento 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Aprendizagem móvel dentro e fora da escola Entidades organizadoras Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (NETHE/UFPE) Grupo Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional (CCTE/UFPE) Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFPE) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação (Cin/UFPE) Apoiadores Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq/UFPE); Pró-Reitoria de Extensão (Proext/ UFPE); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE); Editora Universitária (UFPE); Departamento de Letras (UFPE); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTEC/PE); Porto Digital; Pipa Comunicação; Redutech; Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE). Equipe de organização Prof. Dr. Antonio Carlos Xavier – Coordenador – Nehte/UFPE Prof. Dr. Alex Sandro Gomes – Coordenador – CCTE/UFPE Profa. Dra. Fatiha Parahyba – Letras/UFPE Profa. Dra. Joice Armani Galli – Nehte/UFPE Profa. Dra. Simone Aubin – Nehte/UFPE Profa. Ms. Simone Reis – Nehte/UFPE Prof. Ms. Luis Carlos de Castro – Nehte/UFPE Karla Vidal - Pipa Comunicação Augusto Noronha - Pipa Comunicação Marca, divulgação e comunicação geral Pipa Comunicação Comissão científica Prof. Dr. Alberto Poza (UFPE); Profª. Drª. Ana Beatriz Gomes (EDUMATEC/UFPE); Prof. Dr. Artur Stamford da Silva (UFPE); Profª. Drª. Evandra Grigolleto (UFPE); Profª. Drª. Fabiana Komesu (Unesp/SP); Prof. Dr. Lafayette Batista Melo (IFET/ PB); Prof. Dr. Lourival Holanda (UFPE); Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes (Uniso/ SP); Prof. Dr. Paulo Gileno Cysneiros (UFPE); Prof. Dr. Sébastien Joachin (UFPE/ UEPB); Profª. Drª. Vera Menezes (UFMG). Capa, Projeto Gráfico e diagramação Karla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net) Apresentação Mais uma vez com muita satisfação nos dirigimos aos participantes do 5º Simpósio de Hipertexto e Tecnologias Educacionais para anunciar-lhes as atrações deste evento, que já faz parte do calendário de atividades acadêmicas brasileiras. Este ano o Simpósio recebe o reforço do 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias. O tema central desta edição é Aprendizagem móvel dentro e fora da escola. E para nos ajudar a pensar como utilizar as mídias móveis para “alavancar” a educação brasileira, convidamos renomados pesquisadores nacionais e internacionais sobre a temática. Estudiosos experientes vindos dos Estados Unidos da América, França e Portugal e pensadores brasileiros estarão reunidos proferindo conferências, debatendo em mesas-redondas e lecionando oficinas nos dois grande eventos simultâneos. Professores e estudantes vindos de 24 Estados da Federação, somando um total de mais de 600 apresentadores expondo 435 trabalhos acadêmicos no total, buscarão encontrar modelos de integração das novas tecnologias ao cotidiano escolar que estejam “antenados” com as expectativas dos aprendizes do século XXI. Complementando à programação científica, os 10 melhores trabalhos classificados no Prêmio Artes digitais e Tecnologias Educacionais poderão ser conhecidos pelo público ao visitarem os stands em que os trabalhos estarão expostos. Os dois primeiros vencedores receberam a hospedagem para os três dias do evento por conta do Simpósio, bem como um valor em dinheiro. O objetivo do Prêmio é desvelar virtuoses do mundo digital seja no desenvolvimento de aplicativos pedagógicos, seja na criação de formas fruídas e estéticas de bom gosto sobre suporte digital. Mais de 150 pessoas estarão trabalhando para fazer deste evento um grande acontecimento científico, artístico e cultural para todos os que vierem participar. Ao final do evento, será divulgado o ganhador do Troféu Luiz Antonio Marcuschi para o melhor trabalho de Iniciação Científica aos estudantes apresentadores de pôsteres digitais. Logo após a premiação, haverá o sorteio de brindes, entre eles um Ipad Mini. Fechando em grande estilo o evento, os congressistas terão o privilégio de participar do show acústico de um dos maiores nomes da cultura musical nordestina e brasileira, o forrozeiro Maciel Melo. Como você pode já percebeu, sua presença e a programação preparada farão deste evento novamente um verdadeiro sucesso em todos os aspectos. Seja bem-vindo! Antonio Carlos Xavier e Alex Sandro Gomes Cordenadores tá no Facebook? Então curta e faça check-in! simposiohipertexto vai tuítar? use a hashtag: #hipertexto2013 Síntese Programa 13/11/2013 7h às 9h – Credenciamento e entrega de material (Cecon/UFPE) 9h – Cerimônia de Abertura – Mesa com autoridades acadêmicas (Cecon/UFPE) 9h15 – Conferência de Abertura – JIM LENGEL – NEW YORK – EUA (Cecon/UFPE) 10h – Coquetel de abertura e Lançamento de Livros (Cecon/UFPE) 10h30 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 12h30 – Almoço 13h30 às 15h30 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 15h30 às 17h – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE) 15h30 às 17h – Mesas-Redondas (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 17h às 18h – Conferência – LUCIANO MEIRA – UFPE (Cecon/UFPE) 18h às 19h30 – Oficinas (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE) 14/11/2013 8h às 9h40 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 9h40 às 11h20 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 11h20 às 11h30 – Intervalo para café e visita à Feira de Livros 11h30 às 12h30 – Conferência – ANA AMÉLIA CARVALHO – PORTUGAL (Cecon/UFPE) 12h30 – Almoço 13h30 às 15h30 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 15h30 às 17h – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE) 15h30 às 17h – Mesas-Redondas (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE) 17h às 18h – Conferência – STEPHANE SIMONIAN – LYON II – FRANÇA (Cecon/UFPE) 18h às 19h30 – Oficinas (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE) 15/11/2013 8h às 9h20 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE) 9h20 às 10h40 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE) 11h às 12h – Conferência – JOSÉ MANUEL MORAN – USP – SÃO PAULO (Cecon/UFPE) 12h – Premiações, sorteios e show de encerramento (Cecon/UFPE) #Hipertexto2013 l7 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Conferências 8l #Hipertexto2013 Conferências Educação 3.0 James G. Lengel, Hunter College, City University of New York Para entender a educação de hoje, nós precisamos olhar para o passado da história. Há 150 anos, pessoas trabalhavam sobre a terra, ao ar livre, com ferramentas produzidas manualmente e em pequenos grupos. Elas não viajavam muito. O trabalho quase não mudava de geração para geração. Filhas faziam o mesmo trabalho de suas mães e de suas avós e suas mães antes delas. Com as mesmas ferramentas. Elas conversavam enquanto trabalhavam. O mesmo valia para os filhos e pais e avôs. Grupos de trabalho incluíam jovens e velhos. A tecnologia para o trabalho mudava lentamente. Quando as ferramentas quebravam, as pessoas podiam consertálas. Podemos chamar isso de Ambiente de Trabalho 1.0. Agora, vamos olhar para as escolas daquela época. Os estudantes aprendiam na terra, ao ar livre, em pequenos grupos. Eles não viajavam muito. Usavam simples ferramentas produzidas manualmente. O trabalho em grupo incluía jovens e velhos. Pais e avós frequentavam a mesma escola e aprendiam as mesmas coisas. Nós podemos chamar isso de Educação 1.0. Educação e trabalho se correspondiam. A escola produzia os tipos de cidadãos necessários para o mundo ao seu redor. Alguém que pudesse trabalhar em um pequeno grupo, com ferramentas manuais, executando uma variedade de tarefas a cada dia, com uma visão clara do mundo exterior, e um pequeno círculo de conexões. Quinze anos depois, o trabalho mudou. As pessoas foram trabalhar em fábricas, com ferramentas mecânicas. Elas trabalhavam em grandes grupos, mas sozinhas em suas máquinas. Todos faziam a mesma coisa e ao mesmo tempo, durante todo o dia. Eles não podiam conversar. Usavam papel e lápis e ficavam sentados em suas mesas. Eles não eram felizes e eram supervisionados de perto. Vamos chamar isso de Ambiente de Trabalho 2.0. Esse novo trabalho exigia um novo conjunto de habilidades e um novo tipo de cidadão. E então as escolas mudaram para acompanhar as necessidades da nova economia industrial. Estudantes se formavam em grandes grupos, com a mesma idade. Eles ficavam em lugares fechados e trabalhavam de acordo com o relógio. Usavam ferramentas mecânicas, lápis e papel. Todos faziam a mesma coisa e ao mesmo tempo e eram supervisionados de perto. Vamos chamar isso de Educação 2.0. Novamente, educação correspondia a trabalho. Em ambos os locais as pessoas trabalhavam sozinhas, mas em grandes grupos. Elas usavam ferramentas mecânicas, faziam a mesma coisa durante todo o dia, e tinham uma pequena conexão com o mundo exterior. Agora, vamos olhar para o trabalho de hoje, no ambiente 3.0, muito diferente das fábricas. A maioria das pessoas, atualmente, trabalha em pequenos grupos. Elas resolvem problemas juntas. Usam ferramentas digitais. Elas apresentam novas ideias para o outro. Robôs fazem trabalhos mecânicos. Elas trabalham com problemas que ninguém tinha visto antes. Elas devem recorrer à química, matemática, biologia, história e literatura para solucionar problemas. Elas devem reunir informações de várias fontes, a maior parte na rede de relacionamentos, chegando a muitos formatos diferentes. Elas devem ser multitarefas. Elas conversam umas com as outras. E usam ferramentas digitais para comunicação. #Hipertexto2013 l9 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Trabalham com um amplo círculo de pessoas, de todo o mundo. Vamos chamar isso de Ambiente de Trabalho 3.0. Agora, vamos levar a nossa câmera para dentro das escolas de hoje em dia para ver se a educação mudou para encontrar a nova economia. O que nós vemos? Estudantes em grandes grupos, utilizando papel e lápis como ferramentas. Todos eles fazendo a mesma coisa e ao mesmo tempo. Eles aproveitam as poucas conexões com o mundo exterior. E são supervisionados de perto. Eles fazem as mesmas coisas durante todo o dia. Não conversam entre si. Não são felizes. O que está errado? A educação não evoluiu para acompanhar as necessidades do mundo ao seu redor. Os trabalhos de hoje em dia demandam pessoas que possam trabalhar em pequenos grupos para resolverem problemas, utilizando ferramentas digitais, preparados para realizar muitas diferentes tarefas durante o dia, sem supervisão próxima, e com um vasto círculo de conexões. As escolas não estão fazendo isso. Elas não inventaram a Educação 3.0. Ainda estão fazendo a Educação 2.0. A questão de hoje para nós é: “Como deve ser a Educação 3.0 para desenvolvermos crianças e cidadãos que necessitamos formar para hoje e para amanhã?”. Qual é o seu sonho de Educação 3.0? Ensinar na Era Mobile-Learning Ana Amélia Carvalho (Universidade de Coimbra, Portugal) Os nossos alunos usam dispositivos móveis em qualquer lugar e a qualquer hora e os docentes não podem estar alheios a essa realidade. Rentabilizar esses dispositivos móveis é uma forma de os motivar para aprender. São apresentados exemplos e estudos sobre a utilização de ferramentas da Web 2.0 e de recursos online acessíveis a todos e que podem contribuir para fomentar a aprendizagem. Reconhece-se o esforço que os professores estão a fazer para se adaptarem à evolução tecnológica, dado a maioria pertencer a uma geração que foi educada através de livros e de manuais. Por fim, apresentam-se dados de um projeto sobre jogos que os alunos portugueses jogam em dispositivos móveis, refletindo-se sobre as suas preferências e implicações para aprender. France-Brésil : une situation différente, des problématiques communes STEPHANE SIMONIAN – LYON II – FRANÇA La thématique de ce colloque me semble centrale : « l’apprentissage mobile à l’intérieur et à l’extérieur de l’école ». En effet, au-delà même des caractéristiques techniques des outils (tablette numérique, Tableau numérique interactif, smatphone), l’utilisation de ces outils hors des murs de l’école et leur tentative d’intégration dans le secteur éducatif et formation pose le problème de la mobilité des savoirs. Si un contenu numérique est considéré comme un savoir accessible à partir d’une connexion Internet et d’une multitude de supports (ordinateur, téléphone, etc.), le savoir devient mobile (comme le précisait déjà Pierre Levy en 1997) car le détenteur, le référent, n’est plus l’enseignant mais un contenu numérique dont l’auteur est parfois non identifié. Le 10 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola savoir est mobile car il se déplace des enseignants vers individus qui construisent des savoirs en créant des pages html, des blogs, en interagissant sur les réseaux sociaux, pour trouver des consensus sur leurs idées, leurs points de vue, leurs expériences. Le savoir est mobile car il n’est plus enclavé, détenteur de processus spécifique à la communauté scientifique. Il est un construit social, intercuturel, qui pose de nombreuses difficultés quant au statut même du contenu numérique. Peut-on considérer un contenu sur un moteur de recherche comme google ou sur wikipédia comme un savoir ? Enfin, le savoir est mobile car les outils techniques le permettent : le lien hypertexte en est un exemple saisissant : l’hypertexte se détache du « papier » par son adaptabilité à la requête de l’utilisateur, ainsi que par les multiples chemins qu’il offre en constituant un réseau. Ceci favorise un approfondissement dans la recherche d’information mais aussi dans la construction d’un parcours personnel et social : Au plus des liens sont consultés, au plus la pertinence s’élève. Ainsi, la pertinence d’un lien est avant tout une construction collective (un réseau sémantique) liée à des démarches personnelles. Lorsque vous cliquez sur un lien hypertexte, vous activez un réseau lié à votre processus de pensée (association d’idées) et contextualisez votre recherche. Vous donnez ainsi du sens à ce que vous cherchez et à la requête formulée car seul vous pouvez donner du sens. Si vous trouvez le document ou l’information que vous cherchez c’est que d’autres internautes ont donné le même sens que vous. Vous avez donc participé et renforcé un réseau sémantique en parcourant ou cheminant d’hypertexte en hypertexte. Vous faites donc partie d’un réseau sémantique à chaque fois que vous naviguez sur Internet mais cette participation reste anonyme (aucun d’entre nous ne sait qui fait partie de ce réseau sémantique). La faille du réseau qui en est donc aussi sa force est que cheminer ne signifie pas obligatoirement accéder à l’information ou aux documents recherchés. Dans cette perspective les résultats des recherches, dont nous parleront ultérieurement, montrent que les performances des individus lors de la recherche d’information, la localisation d’information, mais aussi la mémorisation, l’application d’une formule ou théorie, sont davantage élevées dans une structuration séquentielle – proche du livre ou de l’audiovisuel, que dans une structuration non-linéaire symbolisée l’hypertexte. Il semblerait même qu’une non linéarité non contrainte augmente la fracture sociale entre des individus ayant des connaissances élevées en lecture, écriture et, dans le cas de la recherche d’information, des connaissances élevées sur ce qu’il cherche. Ainsi l’hypertexte et plus largement le numérique pose un double problématique: • • celui de la fracture numérique et donc de la fracture sociale dont une des missions de l’école est précisément de la réduire. celui du conflit pédagogique entre des savoirs construits hors de l’école et ceux construits dans l’école par l’utilisation de ces objets. Pour traiter ces deux points, je me baserai sur l’article de Sorj Bernardo et Remold Juli (2005) publié en 2005 qui me conduit à penser qu’entre la Fance et le Brésil, la situation est différente mais les problématiques sont communes : Cet article s’intitule publié dans la revue Revue Education et sociétés, s’intitule : « La fracture numérique et l’éducation au Brésil : dedans et dehors de l’école ». #Hipertexto2013 l 11 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias A falência da aula e a reinvenção da escola Luciano Meira (UFPE) Os contextos interacionais e de circulação de conteúdos na escola de ensino médio são naturalmente complexos, pois resultam da articulação de diferentes dimensões, incluindo as formas próprias de participação social e engajamento cognitivo dos jovens, a história cultural da instituição escolar e a experiência singular dos educadores, a atualização cotidiana de currículos e práticas didáticas, além de muitas outras condições emergentes. O sucesso ou fracasso da articulação destas diferentes dimensões depende fortemente das metáforas e premissas educacionais que regulam e direcionam estrategicamente os espaços físicos e simbólicos da escola. Possivelmente, devem falir todos os modelos de educação escolar baseados em metáforas de “transmissão do conhecimento”, “absorção de informação, “retenção da aprendizagem”, “seriação” como forma de hierarquizar conteúdos e “controle” como forma de hierarquizar pessoas ou papeis na sala de aula. A aula baseada nestas metáforas é restritiva e desinteressante aos propósitos de alunos e professores: a aula como metáfora faliu. O centro e a periferia das manifestações mais autênticas e legítimas da juventude hoje se espelham na cultura de mídias, em arranjos sociais construídos nas redes sociais virtuais, na mobilidade da comunicação, na diversão como forma de aprendizagem. Mas, ao subtrairmos a cultura de mídias, criamos uma escola alheia aos propósitos dos jovens e cega às suas formas de engajamento social e modos singularizantes de aprendizagem. Pretendo neste debate propor uma visão estratégica que pode colaborar para a reinvenção da escola, a partir da criação de cenários imersivos de aprendizagem centrados na ludicidade, nos contextos comunicativos próprios das redes sociais, e enriquecidos pela virtualização do conhecimento através de nuvens de aplicativos, organizadas de tal forma a produzir dados que geram inteligência educacional para a escola. Novas metodologias para aprendizagem com tecnologias móveis José Manuel Moran (USP) Pensar as tecnologias móveis a partir de uma nova ecologia da aprendizagem, propondo metodologias muito mais centradas no aluno, em desafios, na personalização e colaboração, adaptados para professores em diferentes fases de apropriação tecno-pedagógica. 12 l #Hipertexto2013 MESAS APRENDIZAGEM MÓVEL E AFFORDANCES SOCIAIS E EDUCACIONAIs Mediação: Paulo Gileno Cysneiros (UFPE) A leitura sócio-interativa no curso de Letras-Francês EAD da UFPE Joice Armani Galli (UFPE) Ao longo dos tempos, a sociedade contemporânea, tipicamente grafocêntrica, tem atribuído de forma progressiva maior importância à competência leitora. Assim, a leitura socio-interativa tem se tornado um elemento decisivo para a constituição do sujeito enquanto ator social da linguagem. Acrescente-se a tal constatação, o fato de que a leitura é condição sine qua non para o entendimento linguístico em um mundo globalizado, cujas demandas do conhecimento digital são intrínsecas à formação de todo e qualquer cidadão. Nesse sentido, o presente trabalho discorrerá sobre a importância da leitura socio-interativa proposta por Galli (2004), à luz de Cicurel (1991 e 2011) no ensino a distância do curso de Letras-Francês da UFPE. Perspectivado sob o caráter social do processo de letramento digital, a aprendizagem desta língua estrangeira (LE) incide fundamentalmente sobre três resultados para a pesquisa acadêmico-científica. Primeiramente, renova o conceito de leitura em pesquisa, situado em relação ao contexto histórico, político e de poder, repercutindo em linhas investigativas de cunho eminentemente qualitativo. Renova-se igualmente pela dimensão pedagógica multidimensional atribuída ao desenvolvimento de um EAD em LE e, por fim, traz elementos relevantes para o letramento digital, particularmente para a competência leitora em francês, foco do presente debate. Tradução e tecnologia: reflexões sobre a atividade tradutória Fatiha Dechicha Parahyba (UFPE) A inserção das diferentes ferramentas de tradução constitui, atualmente, uma mudança de paradigma na atividade tradutória. Diante desse novo cenário, o trabalho discute, por um lado, o potencial dos novos recursos e aquilo que eles representam para a tradução, tanto em termos de tornar a atividade mais célere, quanto em relação à resolução dos problemas de tradução. Por outro lado, o trabalho apresenta algumas reflexões sobre essa nova realidade considerando que, o tradutor, além de sua capacidade cognitiva e sua capacidade discursiva nas línguas materna e estrangeira(s), lida com outra dimensão: a variedade de ‘recursos externos’ (Alves et al. 2000). Ademais, os saberes sobre a tradução, bem como os procedimentos de tradução (Barbosa, #Hipertexto2013 l 13 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias 2004), passam por transformações, tendo em vista que as novas ferramentas desempenham um papel importante na tomada de decisão do tradutor, com vistas à resolução de determinados problemas de tradução. Nesse sentido, é necessário incorporar o uso dos novos recursos na formação do tradutor, de forma a capacitá-lo a fazer destes um uso consciente e ético. APRENDIZAGEM MÓVEL: DESAFIOS POLÍTICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS Mediação: Maria José Luna (UFPE) Aplicativos digitais para ensino de inglês Vera Menezes (UFMG) O iTunes (http://www.itunes.com) disponibiliza para usuários de I-pads e I-phones uma enorme quantidade de aplicativos para aprendizagem de inglês. Alguns são gratuitos, outros são pagos ou semi-gratuitos e outros são meras propagandas de cursos pagos. Após selecionar e analisar alguns desses aplicativos, farei uma síntese sobre as características gerais de aplicativos utilizados para o ensino de (1) vocabulário, (2) gramática, (3) leitura, (4) compreensão oral, (5) escrita e (6) pronúncia. Em seguida farei uma descrição mais detalhada de 6 desses recursos digitais gratuitos considerados de boa qualidade. Os critérios de análise serão os seguintes: gratuidade ou semigratuidade; público a que se destina; nível de ensino; tipo de atividade; conceito de língua(gem), qualidade da instrução; qualidade do insumo linguístico. Políticas para Mobilidade Digital nas Escolas Rodrigo Camargo Aragão (UESC) Apresento um panorama das políticas públicas para mobilidade digital nas escolas. Partirei do cenário global com algumas experiências reunidas pela UNESCO (2012). Logo após, apresento como o governo federal está lidando com o tema nos âmbitos da infra-estrutura, produção de conteúdos didáticos, distribuição de equipamentos, formação de professores e avaliação de impactos de projetos que tratam de tecnologias. Focalizarei em contraste alguns casos em curso no país de governos municipais e estaduais. A partir do panorama apresentado, reflito sobre os potenciais e limites de lidarmos com estas políticas dentro da situação atual do país e as estratégias que podem ser usadas para lidar com os desafios que teremos à medida que a sociedade se torna cada dia mais móvel e com maior acesso aos dispositivos e sua conectividade. 14 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola Aprendizagem móvel, redes neurossociais e construção de conhecimento Rafael Vetromille-Castro (UFPel) A partir da ideia de rede neurossocial, um desdobramento proposto a partir do conceito de rede neural, pretende-se discutir as condições para construção de conhecimento dentro e fora do contexto escolar, com ou sem uso de tecnologias da informação e da comunicação (TIC). É objetivo também debater as implicações dos dispositivos móveis na aprendizagem e nas ações docentes e discentes, como possivelmente também nas políticas educacionais. (EM)REDADOS: ENSINANDO E APRENDENDO INGLÊS NA ERA DA CONECTIVIDADE Mediação: Kyria Finardi (ABEHTE/UFES) O ensino-aprendizagem de gramática mediado pelo computador: percepções dos alunos sobre uma abordagem híbrida Gicele Vergine Vieira Prebianca (IFC); Marli Fátima Vick Vieira Apesar da incorporação massiva de recursos tecnológicos no ensino-aprendizagem de língua estrangeira (L2) na atualidade, pouca atenção tem sido dada ao ensino-aprendizagem de gramática mediado pelo computador (BATURAY; DALOGLU; YILDIRIM, 2010). Devido ao fato de alunos nativos digitais serem cada vez mais comuns nas escolas, acredita-se na importância de conduzir estudos que investiguem o uso que esses alunos fazem dos recursos tecnológicos providos pela Internet para aprender Inglês, em especial suas percepções a respeito de atividades implementadas na plataforma Moodle. Portanto, o objetivo desta fala é relatar o nível de satisfação de estudantes de L2 em relação a uma abordagem híbrida de ensino que combinou instrução gramatical face a face e instrução gramatical mediada pelo computador em aulas de Inglês para alunos do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico na modalidade integrada. Vinte e sete alunos participaram do estudo. Os dados foram coletados por meio de questionários aproximadamente trinta dias após o início da instrução gramatical híbrida. Os resultados apontam para uma postura positiva dos alunos em relação à abordagem híbrida. Porém, indicam diferentes preferências dos mesmos quanto à utilização dos recursos tecnológicos para aprendizagem de Inglês. Provavelmente, isto se deve ao perfil heterogêneo dos aprendizes e suas áreas de interesse. #Hipertexto2013 l 15 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias A ABORDAGEM HÍBRIDA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE VOCABULÁRIO EM L2 Gisele Luz Cardoso (IFSC/GASPAR) A abordagem híbrida no processo de ensino-aprendizagem tem atraído a atenção de pesquisadores de aquisição de vocabulário em L2, os quais entendem que para o ensino de L2 ser bem sucedido, aprendizes e professores precisam combinar duas abordagens diferentes, mas complementares: Aprendizagem de Línguas Assistida pelo Computador (CALL) e a interação face a face (NEUMEIER, 2005). Esta fala apresentará os resultados de um estudo sobre as impressões de alunos de um curso de Inglês para fins específicos (ESP) sobre a metodologia híbrida de ensinoaprendizagem de vocabulário em L2. Os dados foram coletados através de: questionários online, postagens nos fórums do Moodle, uma entrevista e autoavaliações dos estudantes. O estudo produziu resultados positivos. Os participantes apreciaram as oportunidades de executarem as atividades no Moodle, de terem acesso imediato a dicionários online e sites de busca e relataram estarem conscientes do processo de aprendizagem através da metodologia empregada. Eles também tinham consciência de que as atividades tradicionais impressas contribuíam para o processo de aprendizado deles. O ambiente híbrido de aprendizagem favoreceu a aquisição de vocabulário. Os resultados sugerem que a abordagem híbrida em um curso de ESP é bem aceita pelos alunos e contribui para a aquisição de vocabulário em L2 Aprendizagem de Língua Estrangeira: aulas que nunca terminam Raquel Carolina Souza Ferraz D’Ely (UFSC) A educação a distância tem sido concebida como modalidade de ensino e aprendizagem que se constitui em lócus de formação de professores e que se caracteriza pela inovação ao promover mediações em ambiente virtual de ensino e aprendizagem (Belonni, 2005), ainda que o conceito de inovação não deva estar unicamente atrelado ao uso de ferramentas tecnológicas (Hernández, 2000). Com o intuito de oferecer aos alunos do Curso de Letras- Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina a oportunidade de ensino e aprendizagem on-line, e desta maneira visar a inclusão dos alunos nessa modalidade, como também desenvolver sua autonomia, 20% da disciplina LLE 7416 – Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira foi ministrada a distancia por meio de fóruns de discussão, tarefas , e questionários disponibilizados na plataforma Moodle. De acordo com a voz dos alunos e sua participação nas atividades propostas o ambiente virtual podese afirmar que o ambiente virtual serviu de fator motivacional para os alunos e foi percebido como oportunidade frutífera de aprendizagem. De qualquer forma, a pouca participação em atividades não mandatórias sinaliza desafios em relação a construir dinâmicas que levem à autonomia como também a conscientização do uso da tecnologia para fins pedagógicos. 16 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola APRENDIZAGEM COM APLICATIVOS DIGITAIS NA ESCOLA 3.0 Mediação: Edilson Fernandes (UFPE) Mobile Learning Jim Lengel (Nova Iorque - EUA) We’ll examine a Day in the Life of a university student armed with a mobile device, and compare that with what you are doing now in your school. Then we will analyze how mobile devices can change the landscape of learning, and what you need to to do encourage this trend. Aplicativos educacionais: teoria e prática Antonio Carlos Xavier (UFPE) É inegável a avalanche de aplicativos computacionais que vivenciamos atualmente. O barateamento dos equipamentos informáticos e do acesso à internet por banda larga, 3G e 4G em conexão sem fio, bem como a popularização dos dispositivos móveis têm levado os desenvolvedores de programas a criarem uma multiplicidade de softwares compactos para oferecer soluções às mais diversas necessidades da sociedade. Produzidos para diferentes setores como serviço, lazer e entretenimento, eles também chegaram à educação. Porém, o que deve ter um aplicativo para ser considerado educativo? Quais os critérios pedagógicos mínimos para o professor adotar um aplicativo como ferramenta pedagógica? Saber quais as características, as concepções de ensino/aprendizagem e o efetivo potencial pedagógico que constituem tais aplicativos ditos educacionais são requisitos fundamentais para nortear a escolha e o uso de tais equipamentos de aprendizagem na escola. Este trabalho tem como objetivo principal apresentar diretrizes e critérios pedagógicos que orientem o professor a selecionar aplicativos para dispositivos móveis que despertem o interesse do estudante e promovam a aprendizagem de modo inovador. Aprendizagem com aplicativos digitais na Escola 3.0 Alex Sandro Gomes (UFPE) A aprendizagem na escola ocorre aninhada em um complexo contexto social e histórico. Uma das formas de simplificar a análise desse contexto de relações é pelo referencial da didática. Atividades didáticas serão sempre mediadas por artefatos culturais. O que se discute nesta mesa é a apropriação de artefatos digitais na prática profissional de professores. Nesta mesa, formularemos perguntas e apresentaremos uma agenda de pesquisa acerca do entendimento dos fenômenos didáticos, como estes são transformados qualitativamente pela incorporação de aplicativos digitais e quais as implicações para o design de novos produtos e para a formação de professores. #Hipertexto2013 l 17 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias MÍDIAS MÓVEIS NA FORMAÇÃO DOCENTE E NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL Mediação: Simone de Campos Reis (UFPE) Interação e presença em EaD José Carlos Gonçalves (UFF) A percepção da ausência ou distância do professor/tutor pode levar a sentimentos de isolamento, frustração, ansiedade, perda da identidade e rejeição, e consequentes cenários de abandono, evasão, insucesso nas tarefas e atividades. Como evitar ou minimizar a distância física, social e psicológica do professor/tutor, na interação em AVA, agravada por dificuldades operacionais no uso da tecnologia e operacionalização do sistema? Em perspectiva sociolinguística interacional (Ribeiro e Garcez, 2002), investiga-se a natureza da comunicação em interação nas comunidades de aprendizagem, suas categorias descritivas e funções na interação professor/alunos. Discutem-se os conceitos de distância (Tori, 2010), tipos de distância, variáveis e consequências. Enfocam-se os conceitos de presença (Gonçalves 2013), tipos de presença, e os fatores que determinam graus de presença e resultados para a interação. Como unidades de análise, investigam-se enquadres, alinhamentos, estruturas de expectativas e de participação e pistas de contextualização que sinalizam o significado das mensagens para os participantes em interações de um curso de Português Instrumental EaD. O artigo sugere as tecnologias leves da escuta atenta, re-enquadre da tarefa pedagógica e estratégias de aproximação para a diminuição da distância e a otimização da presença, visando à autonomia do aprendiz e à transformação dos AVA em comunidades de aprendizagem. Mídias móveis na formação docente e no desenvolvimento profissional Ana Beatriz Gomes Carvalho (UFPE) O uso de mídias móveis no contexto da aprendizagem pressupõe mudanças na percepção do uso das tecnologias digitais. Da mesma forma que “Um Computador por Aluno” propõe uma revolução no modelo de inclusão digital na perspectiva 1:1, o uso das mídias móveis possibilita a inovação a partir do próprio conceito que está agregado aos softwares, gadgets, apps etc., permitindo uma interação mais fluida, imediata e compartilhada, com foco no uso intensificado da comunicação em rede. É necessário discutir a apropriação tecnológica que está associada ao processo de internalização, transformação e apropriação participativa proposto (ROGOFF, 1995; BAR et al., 2005; BUZATO, 2010), uma vez que a interação social é a forma pela qual os indivíduos adaptam, modificam e dão novo significado ao uso das tecnologias e ao mesmo tempo são transformados por elas. Assim, não basta fornecer o conhecimento específico dos dispositivos 18 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola tecnológicos, é necessário pensar ainda durante o processo de formação em como todos os dispositivos poderão ser apropriados e utilizados no trabalho, especificamente no contexto da consolidação da cultura digital e no processo de formação docente. Educação e Cidades Inteligentes Kiev Gama (CIn/UFPE) O conceito que vem sendo chamado de Cidades Inteligentes (Smart Cities) é uma tendência mundial que diz respeito ao uso de soluções intensivas de Tecnologia de Comunicação e Informação como instrumentos para tornar cidades mais inteligentes, otimizando certos aspectos da vida urbana. Esta necessidade é oriunda do crescente aumento populacional urbano, que tem trazido grandes desafios para os gestores de cidades. Problemas relacionados ao tráfego, segurança, educação, saúde, consumo de água e energia, dentre outros, têm sido cada vez mais difíceis de serem administrados. Especificamente, como a educação se insere no contexto de uma cidade inteligente? Graças ao uso de tecnologia, já pudemos extrapolar as fronteiras das salas de aulas, por exemplo, através do uso da Internet para o ensino à distância. Discutiremos os potenciais para se explorar a tecnologia de várias formas, visando mudar os paradigmas do aprendizado e se adaptar a este novo cenário de cidades inteligentes. APRENDIZAGEM MÓVEL E JOGOS EDUCACIONAIS NA ESCOLA Mediação: Siane Góis (UFPE) Podcasting e Jogos: rentabilizar o celular para aprender Ana Amélia Carvalho (Universidade de Coimbra, Portugal) Apresentam-se pesquisas realizadas em Portugal sobre podcasting nos diferentes níveis de ensino, comentando-se as reações dos professores e dos alunos. Salienta-se a pertinência da utilização de jogos no ensino para aprender os conteúdos escolares, apresentando-se exemplos. Dá-se particular destaque à utilização do celular como ferramenta de aprendizagem. Mobile learning: explorando potencialidades em sala de língua inglesa Giselda dos Santos Costa (IFPI) Nenhum outro empreendimento na história mundial tem causado tanta mudança, num espaço de tempo tão curto, como o uso da tecnologia móvel em geral, e do celular, em particular. De acordo com os estudos de Feldmann (2005), as tecnologias móveis não são um fenômeno #Hipertexto2013 l 19 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias recente. Os jornais, as revistas, o rádio e outras mídias já eram móveis. No entanto, o que é novo é a possibilidade de, através do celular, chegarmos diretamente a uma pessoa e não a um local. Estamos vivendo em um contexto da computação ubíqua, no qual os celulares estão incorporados em nossas atividades diárias, de modo que nós, inconscientemente, aproveitamos suas comodidades digitais como estratégias para alcançar certos benefícios em nossa vida real. Então, por que não tirarmos proveito desta situação? Por que não explorarmos as potencialidades deste dispositivo no ensino-aprendizagem de línguas? Como a tecnologia móvel tornou-se onipresente na vida cotidiana e no mundo do trabalho, sua incorporação na educação é inevitável. Sabemos que a maioria das tecnologias utilizadas em sala de aula não foram originalmente projetadas para uso educacional, entretanto, podem ser reaproveitadas se o professor tiver consciência e competência em práticas pedagógicas com tecnologia. Aprendizagem móvel ou m-learning não é uma tecnologia, mas a tecnologia ajuda o m-learning acontecer. Nesse sentido, o objetivo desta comunicação é apresentar alguns affordances que emergiram da interação do aluno com o celular e que potencializaram o desenvolvimento de algumas habilidades linguísticas no ensino-aprendizagem de língua inglesa como língua estrangeira, no Instituto Federal do Piaui. Esperamos, com essa fala, ajudar os professores a implementar soluções criativas em suas práticas linguístico-pedagógicas. Aprendizagem móvel e jogos educacionais na escola José Manuel Moran (USP) Na educação presencial e a distância cresce a importância da aprendizagem ativa, por atividades e desafios. Hoje temos várias formas interessantes de aprender por jogos e desafios, competitivos e cooperativos, individuais e em grupo, que motivam os alunos e permitem o equilíbrio entre aprendizagem personalizada e em grupo. Cenários Futuros da Educação que o Recife Precisa Mediação: Regina Celi (UFPE) André Regis (Vereador do Recife) Susana Leal (Observatório do Recife) Antônio Paulo Resende (UFPE) No debate promovido serão apresentados os Indicadores de Educação do Observatório do Recife, movimento da sociedade civil que reúne setores empresariais, acadêmicos, movimentos sociais e cidadãos, mobilizados com o intuito de selecionar, propor e monitorar indicadores da cidade do Recife na busca da melhoria dos níveis de vida de todos os que habitam a capital pernambucana. Aberto a contribuições múltiplas, o ODR não tem destaque para lideranças individuais nem direcionamento político-partidário ou privilégio de grupos específicos. 20 l #Hipertexto2013 Comunicações coordenadas LÍNGUA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: NOVOS DESAFIOS, MÚLTIPLOS OLHARES Coordenação: Benedito Gomes Bezerra (UPE) Nesta sessão, serão apresentados trabalhos que, a partir de diferentes perspectivas teóricas, discutem questões cujo foco se coloca ora na língua portuguesa, ora nos processos de ensinoaprendizagem e letramento em diversos níveis de formação escolar, tendo como fio condutor a relação com as tecnologias de informação e comunicação. No primeiro trabalho, Benedito Gomes Bezerra problematiza o discurso científico sobre a língua e a linguagem em uso na internet, especialmente nos contextos de redes sociais, com base na análise de um corpus de artigos publicados em periódicos nacionais. Em seguida, Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo discute as práticas de letramento subjacentes a um evento de letramento típico da educação a distância, tendo como objeto um curso de letras nessa modalidade. O terceiro trabalho, de Emmanuella Farias de Almeida Barros, apresenta uma pesquisa sobre o papel de um blog educacional em mediar atividades de leitura e escrita de alunos do ensino fundamental. Por fim, o quarto trabalho, de Débora Amorim Gomes da Costa Maciel, examina o modo como as propostas curriculares de universidades brasileiras contribuem para uma formação docente apta a atender às demandas de uso e interação com as novas tecnologias de informação e comunicação. O DISCURSO ACADÊMICO SOBRE LÍNGUA E LINGUAGEM NA INTERNET Benedito Gomes Bezerra (UPE) O desenvolvimento crescente das tecnologias digitais de informação e comunicação tem trazido como consequência inelutável a instauração de novas práticas discursivas. No contexto brasileiro, a internet, particularmente, tem sido frequentemente considerada como criadora e veiculadora de uma linguagem própria que não poucas vezes é vista como uma ameaça à integridade da língua portuguesa. A partir de uma concepção de língua como atividade interacional complexa e heterogênea, variada e variável, meu objetivo, neste trabalho, é refletir criticamente sobre possíveis sentidos construídos pelo discurso científico manifesto acerca da língua e da linguagem na/da internet. Para os propósitos do trabalho, analisei um corpus de 05 artigos científicos publicados nos últimos 10 anos, aleatoriamente colhidos em periódicos envolvendo as áreas de letras, educação e comunicação. A análise foi orientada principalmente para as referências a língua e linguagem, vistas como reveladoras das concepções dos autores sobre as práticas discursivas no ambiente digital. Entre os achados mais salientes, destacamse temores sobre a decadência da língua e prognósticos de uma possível interferência da “linguagem da internet” sobre a escrita em situações formais, além de diversos equívocos na descrição da modalidade de uso da língua rotulada como “internetês”, especialmente no que toca à relação fala e escrita. #Hipertexto2013 l 21 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: O QUE PROPÕE O CURRÍCULO PARA A FORMAÇÃO DOCENTE? Benedito Gomes Bezerra (UPE) Débora Amorim Gomes da Costa Maciel (UPE) O trabalho examina o modo como as propostas curriculares de universidades brasileiras contribuem para uma formação docente apta a atender às demandas de uso e interação com as novas tecnologias de informação e comunicação. Analisa ementários de componentes curriculares do curso de licenciatura em Pedagogia, cujo objetivo é a formação docente para o uso das Tecnologias na Educação. Dialoga com o Plano Nacional de Educação (PNE, 2011-2020), com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, documentos norteadores da formação docente no século XXI, e com teóricos que discutem e problematizam o uso das ferramentas tecnológicas na prática docente (PERRENOUD, 2000; ALAVA, 2002; CATAPAN, 2003; XAVIER 2007; UMBELINA, 2012). A pesquisa sinaliza que as disciplinas tecem uma formação baseada na discussão a respeito da Ciência, tecnologia, sociedade e cultura; da Prática pedagógica; da Modalidade de ensino e do Ensino da técnica. Revela, também uma compreensão de que há um novo modo de ser, de saber e de apreender dos sujeitos. LÍNGUA PORTUGUESA E O BLOG EDUCACIONAL: LEITURA E ESCRITA MEDIADAS PELAS NOVAS TECNOLOGIAS Emmanuella Farias de Almeida Barros (UFPE) Atualmente, se espera que o sujeito após alguns anos de escolarização possa utilizar o seu conhecimento acerca do código grafofônico em práticas sociais diversas, e, não apenas dominar as técnicas simples de ler e escrever. Para tanto, é investigado aqui como o hipertexto, a partir do uso do Blog em sala de aula, pode contribuir com o letramento de crianças, utilizando o computador não apenas como um instrumento a mais, e sim explorando todas as ferramentas que são oferecidas, de modo à contemplar estudos gramaticais mais dinâmicos. A pesquisa foi realizada no município de Garanhuns – PE, em uma instituição privada, com o processo analítico direcionado as aulas de Língua Portuguesa, em uma turma de sétimo ano. Diante disso, a pesquisa em questão voltou-se, principalmente para a base conceitual de Soares (2008), Marcuschi (2000), Lévy (1996). Os resultados indicaram que o blog pode contribuir com o letramento, pois os educandos podem explorar outras formas de ler e escrever em um suporte mais interativo e atual, bem como auxiliar no estudo de conteúdos específicos dessa disciplina. PRÁTICAS E EVENTOS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo (UFPE) Considerando a necessidade de investigar a questão do letramento em cursos de nível superior, o presente trabalho tem por objetivo analisar as práticas e os eventos de letramento ocorridos 22 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola no Ambiente Virtual de um curso de Letras a Distância. Teoricamente, estamos baseados em uma perspectiva social do letramento, conforme proposta dos Novos Estudos sobre Letramento (STREET, 2007; 2010; BARTON; HAMILTON, 2005), a partir dos quais discutiremos os conceitos de práticas e eventos de letramento. Metodologicamente, analisaremos, pautados nas categorias propostas por Hamilton (2000), os elementos visíveis e não visíveis que compõem as práticas e os eventos de letramento dos quais os estudantes participam no AVA, partindo dos dados obtidos pela descrição do AVA realizada pela pesquisadora e pela descrição das atividades diárias realizadas por um dos estudantes no ambiente. Os resultados preliminares sugerem uma diversidade de eventos de letramento, que apresentam os elementos previstos por Hamilton e estão permeados por práticas específicas do ambiente acadêmico. #Hipertexto2013 l 23 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERACIONAIS EM AMBIENTES DE FÓRUM, CHAT E ELABORAÇÃO DIGITAL DE ATIVIDADES Coordenação: Rita de Cássia Souto Maior Siqueira Lima (UFAL) Esta sessão propõe refletir sobre situações de ensino/aprendizagem em ambientes virtuais ou na perspectiva dos Novos Letramentos, analisando práticas linguístico-discursivas próprias desses contextos e apresentando as implicações pedagógicas desses processos interativos. Cristiano Lessa de Oliveira analisa uma situação de ensino/aprendizagem, através do Gênero Digital Fórum Eletrônico (FE), em contexto da Educação a Distância, observando não só os traços constitutivos desse gênero digital como também o fazer colaborativo nesse ambiente. Poliana Pimentel apresenta análise de aulas de Língua Inglesa na perspectiva dos Novos Letramentos, com uma proposta de atividade com o gênero propaganda, utilizando diversos recursos digitais. Antônio Lima, também no contexto de Educação a Distância, trata das simetrias das interações, analisando o uso do fórum para ressaltar sua importância como instrumento para promoção de aprendizagem. Por fim, Rita Souto Maior analisa uma aula de Língua Portuguesa, ofertada por meio do Chat, observando a configuração de Ethos Especular dos sujeitos envolvidos e as estratégias linguístico-discursivas envolvidas nesse momento interacional que promovem o monitoramento de papeis sociais. Esses estudos redirecionam o olhar para as práticas reflexivas de ensino que extrapolam a mera perspectiva de transmissão de conhecimento, deslocando o processo para a noção de construção coletiva e atualização do saber. ENSINO-APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE CHAT: OBSERVANDO O ETHOS ESPECULAR DAS ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO INTERACIONAL Rita de Cássia Souto Maior Siqueira Lima (UFAL) Consideramos que os conflitos ocorridos nas ações de sala de aula, observados em análises de microcenas, implicam ações linguístico-discursivas reveladoras de ethos especular (SOUTO MAIOR, 2009, 2011, 2012) dos sujeitos envolvidos. No âmbito da Linguística Aplicada, este estudo objetiva analisar situações interacionais de ratificação de imagens entre professora e alunos em contexto de aula de Língua Portuguesa, no curso de Ciências Sociais, por meio do Chat. De cunho qualitativo (CHIZZZOTTI, 2001), algumas questões de pesquisa nortearão a discussão, como: quais marcas linguístico-discursivas são mais comuns nos conflitos interacionais neste ambiente? O que essas marcas revelam do ethos dos sujeitos envolvidos? O conflito entre imagens pode manifestar-se de diversas formas e, no processo interativo, a ratificação, dada pelo professor, consiste em estabelecer interlocução com o aluno “como falante legítimo, que tem fácil acesso ao piso conversacional, que é ouvido com atenção e cujas contribuições são bem recebidas, aprovadas, expandidas e aproveitadas no curso da interação” (BORTONI-RICARDO & DETTONI, 2001, p. 81). Observamos que, pela configuração social do Ethos especular, observada através das atuações nos eventos linguísticos, os sujeitos envolvidos engajam-se numa sucessão de estratégias de monitoramento de língua e desvelamento de papeis assimétricos. 24 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola O HUMOR E OS ESTUDOS SOBRE OS NOVOS LETRAMENTOS NO GÊNERO PROPAGANDA COM RECURSOS DIGITAIS Poliana Pimentel Silva (UFAL) Calcado nos preceitos teóricos da Linguística Aplicada, a presente pesquisa tem como objetivo analisar o humor (BAKHTIN, 2010; BERGSON, 2004; MINOIS 2008) durante as atividades desenvolvidas nas aulas de inglês aliado aos estudos sobre os Novos Letramentos (GEE, 2008; LANKSHEAR & KNOBEL, 2006). Tendo mente a importância dos aspectos sociais abordados pelo viés do humor, analisaremos o gênero propaganda como uma proposta de atividade utilizando diversos recursos digitais disponíveis. No âmbito das pesquisas qualitativas e com base nas referências metodológicas da pesquisa-ação (BARBIER, 2007) a pesquisa foi realizada em uma turma de inglês do 9º ano em uma escola pública do município da Barra de Santo Antônio (AL). Portanto, a temática desse trabalho transita em torno do estudo da linguagem e dos seus variados conceitos e do reflexo desses conceitos no ensino e aprendizagem do inglês. No final desse estudo, mais do que expor teorias e métodos, pretendemos suscitar possibilidades pedagógicas que norteiem o ensino de língua estrangeira dentro de práticas educacionais, na qual os aprendizes possam estar envolvidos em contextos que reclamem trocas de conhecimentos e valores sociais. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO GÊNERO DIGITAL FÓRUM ELETRÔNICO: O FAZER COLABORATIVO E OS TRAÇOS HIPERTEXTUAIS Cristiano Lessa de Oliveira (IFAL) Neste estudo, analiso o Gênero Digital Fórum Eletrônico (FE) em contexto de ensino-aprendizagem na Educação a Distância, considerando não somente seus traços hipertextuais, mas também o fazer colaborativo presente na sua elaboração. Assim, entendo o FE como um ambiente propício a reflexões, bem como um espaço destinado a discussões em torno de temas propostos por seus usuários. É um local que serve à argumentação, sendo de natureza assíncrona, permitindo o envio de mensagens on-line. O corpus é constituído por um FE, usado na disciplina Fundamentos da Linguística, do Curso de Letras/Português, do Instituto Federal de Alagoas, tendo como suporte de aprendizagem a plataforma Moodle. Aponto como traços constitutivos do referido Gênero Digital a aprendizagem colaborativa, tendo como principais características a responsabilidade individual, a interdependência positiva, a habilidade de colaboração, a interação e a avaliação. Com relação aos elementos hipertextuais, constato os seguintes traços: a intertextualidade, a multissemiose e os hiperlinks, sendo estes últimos considerados dispositivos digitais que permitem ao hiperleitor navegar na Web, deslocando-se virtualmente por uma infinidade de páginas. Portanto, considero importante o FE, pois, através de seu uso, os alunos poderão se aprofundar no tema, refletindo sobre suas respostas e as respostas dos outros, num contínuo processo interativo. #Hipertexto2013 l 25 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias AÇÕES DIGITAIS EM DIFERENTES SALAS DE AULA BRASILEIRAS Coordenação: Núbio Delanne Ferraz Mafra (UEL) A velocidade dos avanços das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) no cotidiano social é infinita e reconhecidamente maior que a capacidade da escola em lidar com estes mesmos avanços. Em aulas de língua materna e estrangeira na educação básica, os padecimentos não são menores. Os avanços constatados na familiaridade do professor com as NTIC têm sido importantes, porém insuficientes para uma renovação dos procedimentos didático-pedagógicos. Além disso, as recentes demandas do letramento digital desafiam estas aulas para além de paradigmas estritamente linguísticos. Esta sessão coordenada se insere neste contexto de ações digitais no âmbito do ensino de línguas, com o olhar voltado para diferentes realidades do nosso país. Mafra analisa teses e dissertações produzidas sobre este assunto na última década no Brasil em programas de Letras/Linguística. Um trabalho desenvolvido com diferentes tecnologias digitais em escola técnica de Floriano (PI) é apresentado por Batista Júnior. Acri reflete sobre os resultados do desenvolvimento de escrita colaborativa em Google Docs em Rolândia (PR), junto a alunos de ensino médio público. Já Paixão analisa as possibilidades de ações didático-pedagógicas com redes sociais no ensino de línguas, a partir de pesquisa desenvolvida com discentes de cidades paranaenses do chamado Norte Pioneiro. PROJETO DE PESQUISA LEDINT: LETRAMENTO DIGITAL EM PESQUISAS DE INTERVENÇÃO Núbio Delanne Ferraz Mafra (UEL) Não obstante o reconhecimento da presença na escola de novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC), e dos problemas a ela associados, constatamos (MAFRA; MOREIRA, 2012) a falta de capacitação dos professores para o uso pedagógico das NTIC. Ou seja: “reflexões” sobre a presença da tecnologia em sala de aula continuam importantes, mas definitivamente não são suficientes. Ações mais propositivas, ainda que não menos reflexivas, colocam-se na contemporaneidade como uma inadiável agenda para todos que pensam o ensino em suas diferentes articulações. Nesta empreitada que se impõe, a academia e a pesquisa – em nosso caso, sob o viés da Linguística Aplicada – precisam se fazer parceiros do chão da sala de aula. Tendo em vista uma primeira análise das teses e dissertações produzidas no Brasil sobre o assunto, entre 2000 e 2010 (MAFRA; COSCARELLI, 2013), pretendemos apresentar nesta comunicação os resultados parciais do projeto de pesquisa “LEDINT – Letramento digital nas aulas de Língua Portuguesa: teorias e práticas em pesquisas de intervenção” (Grupo de Pesquisa FELIP), buscando discutir a noção de pesquisa de intervenção, no âmbito do letramento digital em aulas de língua portuguesa, permeando teses e dissertações produzidas na última década, em diálogo com as concepções de linguagem e de aprendizagem. 26 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola Letramento digital e escrita colaborativa: níveis de interação no Google Docs Marcelo Cristiano Acri (Núcleo Regional de Educação - Londrina) Apresentam-se aqui resultados de uma pesquisa de mestrado realizada em um colégio público da cidade de Rolândia-PR, em que 25 alunos foram convidados a elaborar um blog jornalístico escolar. O foco foi o desenvolvimento da escrita colaborativa através da utilização do processador de textos oferecido pelo Google Docs e foram analisadas as intervenções e os níveis de interação entre os alunos. A pesquisa, caracterizada como pesquisa-intervenção, baseia-se em Lemos (2002), Primo (2003, 2005), Chartier (1999) e Ribeiro (2008; 2009; 2012), para tratar da interatividade, escrita colaborativa e hipertextualidade; em Vigotski (2007), para tratar da aprendizagem; Bakhtin (2006; 2010), da interação verbal; Soares (2003), Kleiman (1995), Coscarelli (2007) e Ribeiro (2009), sobre letramento, multiletramento e letramento digital. Realizamos oficinas para apresentar a ferramenta digital. Em seguida, os alunos escolheram os temas e iniciaram a produção escrita. Segundo nossas hipóteses, a utilização da tecnologia digital estimularia e potencializaria a produção escrita, o discurso seria aprimorado por meio da multimidiação e desenvolver-se-ia uma leitura mais crítica e baseada na confiabilidade das referências devido ao fato de lidarem com fontes de informação virtuais e construírem hipertextualidade. REDES SOCIAIS DA INTERNET E O ENSINO DE LÍNGUAS Sergio Vale da Paixão (IFPR) Com o avanço da tecnologia dos últimos anos e a consideração de um novo perfil de alunos que chegam a escola nessa era digital, há uma certa exigência para que os recursos tecnológicos, bem como os espaços utilizados para a comunicação virtual façam parte dos instrumentos didáticos para o ensino nas disciplinas que compõem o currículo escolar. A dinamicidade, característica da língua, permite-nos afirmar que tais recursos tecnológicos são extremamente bem vindos ao ensino. O uso de recursos linguísticos presentes nas esferas digitais de comunicação têm se mostrado uma importante ferramenta para que professores possam melhorar e proporcionar o letramento aos alunos, como nos apontam os pressupostos teóricos advindos de Kleiman, (1995; 1998), Soares, (2000; 2002; 2004.), e estudos sobre o letramento digital como os trabalhos de Xavier, (2005); Araújo; Dieb, (2009); Coscarelli; Ribeiro, (2012). Nesse sentido, apresentaremos em nossa comunicação, discussões teóricas e possibilidades de trabalhos escolares para o ensino de línguas utilizando-se das redes sociais da internet e dos recursos disponíveis na tecnologia atual. Tal apresentação é um recorte de nossa dissertação de mestrado e que representa nossa particular prática de trabalho com língua portuguesa e inglesa na educação básica de ensino mediadas pelas TICs. #Hipertexto2013 l 27 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias AÇÃO LEGAL - TECNOLOGIAS DIGITAIS E CIDADANIA PARA A AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS NO ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI) A vivência social que garante o exercício da cidadania é um dos objetivos da escola. Desenvolver a argumentatividade, contribuindo significativamente para a melhoria do espaço social tem sido um desafio. Segundo Barton (2007) esse domínio passa pela construção de pontes de significado, entre a escola e a sociedade. Em 2013, no Colégio Técnico de Floriano, propomos às turmas de terceiro ano dos cursos de Agropecuária e Informática o projeto Ação Legal. Os grupos selecionariam temas sociais considerados por eles um problema a ser enfrentado, como a doação de sangue e de órgãos; obesidade; gravidez na adolescência; meio ambiente. Para a militância na causa, o grupo construiria um calendário de atividades de divulgação, com elaboração de fanpages, cartazes, folders, vídeos, manifestações de conscientização, camisetas, palestras e exposições, que se desmembrariam ao longo do período letivo. Realizamos oficinas e minicursos sobre conhecimentos jurídico/legal, redação oficial, causas sociais e meios de mobilização de massas – redes sociais, internet e suas ferramentas para muni-los de ferramentas técnicas para a atuação cidadã. Ao longo da atividade pudemos diagnosticar a importância da interação escola/sociedade e do uso das tecnologias digitais para a formação crítica bem como para o enriquecimento do debate e amadurecimento das habilidades argumentativas. 28 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola WEBAULA NO FORMATO DE E-BOOK: A EXPERIÊNCIA DO IFCE Coordenação: Nukácia Meyre Silva Araújo (UECE) Esta sessão apresentará uma experiência de criação e desenvolvimento de uma ferramenta de ensino: o e-book interativo. Esse material educacional digital (MED) foi desenvolvido para o curso de Licenciatura em Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Considerando-se os diversos profissionais que trabalharam na construção, o processo será descrito a partir de quatro olhares diferentes: a) a diretoria de Educação a Distância e Núcleo de Tecnologias Educacionais do IFCE discutirão os motivos da mudança do antigo formato de webaulas em slide para o e-book; b) a equipe design instrucional apresentará um resultado de pesquisa em que alunos opinam sobre cada uma das versões de MEDs já desenvolvidas pela Diretoria de Educação a Distância; c) a equipe de revisão analisará o processo de escrita hipertextual do e-book; e d) a equipe de diagramação refletirá sobre o papel do diagramador web para a efetivação dessa proposta de MED interativo e hipertextual. A sessão traz uma grande contribuição para avançarmos ainda mais nos estudos sobre a produção de MEDs, em especial de e-books didáticos, pois apresenta uma abordagem geral da criação e desenvolvimento, sob a perspectiva de toda a equipe multidisciplinar envolvida no processo. PRODUÇÃO TEXTUAL DO E-BOOK: DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE ESCRITA Nukácia Meyre Silva Araújo (UECE) Débora Liberato Arruda Hissa (IFCE) Neste trabalho, descreveremos o processo de escrita do gênero webaula no formato de e-book desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Apresentaremos as etapas do planejamento da produção textual, desde a concepção do texto no formato impresso, até a versão final do e-book em que se incluem recursos hipertextuais e em que se fazem as adequações de linguagem e inserções de recursos, como links, áudio e vídeo. Traçaremos um panorama das várias atividades interdependentes, que são necessárias para que seja produzida uma webaula em formato e-book, além do perfil da equipe pedagógica responsável pela produção, dando ênfase ao professor especialista no conteúdo informacional da webaula, o professor conteudista. Analisaremos a distribuição das diferentes funções e tarefas entre os sujeitos produtores do texto (conteudista, designer instrucional, revisor, diagramador, pesquisador iconográfico), a fim de discutirmos as implicações desse processo de produção coletiva de um texto que se materializará em um gênero hipertextual. O propósito de escrita dos produtores do e-book é desenvolver um texto que seja eficiente no que diz respeito ao ensino-aprendizagem dos alunos de EaD e que atenda às exigências de currículos acadêmicos de graduação e especialização previamente traçados pela instituição de ensino superior. #Hipertexto2013 l 29 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CONSTRUÇÃO DO E-BOOK: CONTRIBUIÇÃO DA DIAGRAMAÇÃO WEB (DESCRIÇÃO DOS APLICATIVOS, DAS DECISÕES OPERACIONAIS, RECURSOS E NOVAS TENDÊNCIAS) Fabrice Marc Joye (IFCE) Lilian Freitas Coelho (IFCE) Lívia Maria de Lima Santiago (IFCE) Neste trabalho, apresentaremos a nova modelagem web adotada pela equipe técnica da Diretoria de Educação a Distância (DEaD) do Instituto Federal do Ceará (IFCE), para a construção da nova proposta de layout da webaula no modelo e-book. Sabendo que o aspecto central no processo de elaboração do material didático é desenvolver a comunicação fluída e constante entre os atores envolvidos no processo de produção de conteúdo e promover a discussão entre equipe técnica e pedagógica, buscaremos apresentar o papel do diagramador web como agente de contribuição sob uma perspectiva técnica, apontando quais recursos e ferramentas de caráter operacionais melhor se ajustam a proposta didática e tecnológica do modelo e-book da Diretoria de EaD. Além disso, descreveremos as etapas que compuseram a elaboração do e-book desde seu planejamento, desenvolvimento até sua construção propriamente dita. Tomaremos por base a nova organização do conteúdo didático, a inserção de novos atores no fluxograma de produção de conteúdo da DEaD e a incorporação de elementos midiáticos na estrutura do e-book. DA BARRA DE ROLAGEM AO E-BOOK: A VISÃO DO ALUNO DO IFCE Iraci de Oliveira Moraes Schmidlin (IFCE) Karine Nascimento Portela (IFCE) Márcia Roxana da Silva Régis (IFCE) O presente artigo reflete sobre a construção dos materiais educacionais digitais (MEDs), seus formatos e sua adequação ao aprendizado, a partir da visão do aluno. Visa analisar os MEDs produzidos pela equipe da Diretoria de Educação a Distância do Instituto Federal do Ceará (DEaD-IFCE) para os cursos de graduação ofertados na modalidade semipresencial. O objetivo geral é apurar, de forma comparativa, as visões dos alunos de cada uma das versões de MEDs desenvolvidos pela DEaD-IFCE, batizados pela equipe como “barra de rolagem”, “slides” e “e-book”. Pretende-se ainda descrever os MEDs, seus recursos e elementos de design pedagógico, a partir dos parâmetros para construção de MEDs propostos por Torrezzan e Behar (2009), Palange (2009) e Vaz (2009). A pesquisa é de cunho exploratório, descritivo e comparativo, analisando aspectos quantitativos e qualitativos dos MEDs e de sua utilização por parte do aprendiz. Como principal procedimento para coleta de dados, foram aplicados questionários entre os alunos dos cursos, levantando a visão deles acerca dos MEDs para eles disponibilizados. A pesquisa pretende contribuir para a melhoria das práticas em EaD, no design educacional do modelo e-book em construção, abordando as evoluções, acertos, problemas e erros identificados pelos alunos nos formatos analisados. 30 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola E-BOOK INTERATIVO: A GESTÃO DE UM PROJETO MULTIDISCIPLINAR NA EVOLUÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO DOS CURSOS A DISTÂNCIA NO IFCE Cassandra Ribeiro Joye (IFCE) Gina Maria Porto de Aguiar (IFCE) Fabrice Marc Joye (IFCE) Este trabalho apresenta um relato de experiência realizada entre a gestão e a equipe multidisciplinar da Diretoria de Educação a Distância (DEaD) do Instituto Federal do Ceará, em torno da mudança de formato das webaulas, partindo do conteúdo web em janelas com barra de rolagem para o que se denomina e-book “interativo”. A mudança visa atender a demanda do leitor atual, que se identifica com o formato dos livros digitais, por guardarem a representação mental dos modelos físicos de livros, com diferencial da interatividade permitida pela tecnologia. O objetivo dessa mudança é proporcionar mais interatividade com o conteúdo a partir dos recursos tecnológicos próprios para a construção de e-books, bem como utilizar esse formato para outras mídias com o objetivo de possibilitar maior mobilidade, acesso e controle do percurso de aprendizagem pelo aprendiz na interação com o material didático. O processo de construção envolve um trabalho sistemático com toda equipe multidisciplinar para construção da identidade desse e-book, utilizando a pesquisa e o trabalho coletivo de discussões e testes para o projeto piloto da mudança. Envolve observação e análise dos materiais didáticos digitais de outras instituições, a observação participante junto à equipe multidisciplinar da DEaD e a revisão bibliográfica na temática. #Hipertexto2013 l 31 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CULTURAS, LETRAMENTOS E TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUAS Coordenação: Rodrigo Aragão (IAT/UESC) Apresentaremos aqui trabalhos no âmbito do grupo de pesquisa do projeto FORTE – Formação, Linguagens e Tecnologias. Para esta sessão coordenada, faço um recorte dos trabalhos que tem se debruçado sobre os letramentos em culturas digitais e no ensino de línguas. Inicialmente, farei uma exposição sobre conceitos de linguagem, tecnologia e cultura para lidarmos com os letramentos demandados atualmente e propormos estratégias de ensino/aprendizagem pautadas na aproximação articulada de práticas sociais com linguagens e tecnologias, a pesquisa acadêmica e a educação básica. Em seguida, debatermos três trabalhos que aprofundam a apresentação inicial. Resultados de uma pesquisa sobre os letramentos digitais e a Educação de Jovens e Adultos de escolas do município de Itabuna-BA nos mostram como o uso de TICs na escola são configuradas por situações e representações de professores sobre seu público alvo e uma cultura de ensino na EJA. Observaremos também como práticas didáticas digitais com blogs no ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa e Inglesa demandam conceitos de multimodalidade, hipertextualidade e multiletramentos para que sejam efetivamente parte de uma cultura digital. Finalmente, será apresentada uma pesquisa-ação sobre letramentos em redes sociais com alunos de inglês em uma escola pública de ensino fundamental atendida pelo projeto UCA. LINGUAGENS E TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS SOCIAIS, POLÍTICAS E ESCOLARES Rodrigo Aragão (IAT/UESC) Práticas sociais com as tecnologias da comunicação têm desafiado a escola enquanto agência de letramento e de apropriação de conhecimentos. Se por um lado, vivemos imersos em uma cultura digital no cotidiano, o mesmo pode não ser dito sobre o cotidiano da escola. Os governos buscam inserir equipamentos nas escolas e também criar diretrizes curriculares (Brasil, 1999, 2006). Vemos que alguns estudos têm mostrado dificuldades de fazer com que a cultura digital seja uma realidade no ensino/aprendizagem de línguas (Aragão, 2009; Mateus, 2004; Paiva, 2010). Observamos que maiores investimentos em equipamentos, ou na produção de textos oficiais, dissociados de uma epistemologia da prática e em articulação sistêmica com usuários e contextos de uso, não tem gerado os resultados esperados. Notamos desarticulação entre o uso, a infra-estrutura, e as ambiências relacionais necessárias à gestão e consolidação de culturas digitais. Ainda, os letramentos contemporâneos nos demandam repensar a escola e sua cultura tradicional ao passo que, se levarmos isso a cabo, os próprios conceitos de escola e política pública devem ser reinventados. Apresentarei nesta comunicação os fundamentos e exemplos práticos desta reflexão. 32 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola MULTILETRAMENTOS E HIPERTEXTUALIDADE NO ENSINO/APRENDIZAGEM Manoela Oliveira de Souza Santana (UESC) Rodrigo Aragão (IAT/UESC) No cenário de uma cultura social imersa em práticas diversas com tecnologias da comunicação, espaços educacionais, para acompanhar as solicitações desse contexto, implementam práticas, utilizando suportes digitais. Os multiletramentos requerem atos leitores e escritores mediados também pela multimodalidade e pelo hipertexto. O que se coloca no cerne para reflexão nesta comunicação é a forma do trabalho com o hipertexto e a multimodalidade nas práticas textuais do ensino de línguas – português e inglês – com blogs de docentes, do Ensino Médio, de escolas baianas. A discussão que segue, qualitativa no âmbito da Linguística Aplicada, e mais especificamente a área de Linguagem e Tecnologia, nos leva a percepção de que, na interface entre blog e ensino/aprendizagem de línguas, aprendizes e mediadores da práxis precisam se reconhecer como sujeitos dessas linguagens, podendo ler e gerir textos, articulando linguagens, novas rotas para a leitura e escrita, por meio da linguagem verbal, imagens e sons, e vivenciar culturas digitais, com criticidade, o caráter interacional que demandam os letramentos da sociedade contemporânea. LETRAMENTOS DIGITAIS E A EJA EM ITABUNA José Wanderley Souza Oliveira (UESC) Rodrigo Aragão (IAT/UESC) Esta pesquisa parte de concepções de letramentos (SOARES, 2003) e de letramentos digitais (BUZATO, 2006; XAVIER, 2012) para compreendermos a ação de professores da EJA do município de Itabuna-Bahia em relação ao uso de tecnologias no ensino de línguas. Com isto, espera-se poder fortalecer estratégias para lidar com esse cenário na escola pública e difundir formas de lidar com o conhecimento a partir do uso de tecnologias. Adotamos a pesquisa de cunho etnográfico, através de observação e entrevista gravada, com seis docentes da área de linguagens da EJA, em seis escolas de Itabuna-BA. Os resultados indicam que a aversão ao uso de TICs não está em limitações de letramento digital dos professores da EJA, mas na maneira como entendem suas práticas de letramento e uma representação da cultura dos alunos da EJA. Outra observação da pesquisa é a necessidade de termos mecanismos para que estados, governo federal e municípios construam suas orientações, diretrizes e marcos legais em consonância com uma política de EJA que não exclua, mas inclua todos e todas em ações articuladas. #Hipertexto2013 l 33 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CIBERCULTURA E REDES SOCIAIS NO ENSINO DE INGLÊS Iky Anne Dias (UESC) Rodrigo Aragão (IAT/UESC) Hoje, em que tudo está interconectado em redes, mais que ensinar coisas novas, insta educar de outra maneira, segundo uma prática que compreenda a complexidade das culturas e linguagens em fluxo. Foi a esse desafio que nos propomos ao investigar as redes sociais no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa. Para isso realizamos uma revisão sobre cibercultura e redes sociais (CASTELLS, 2003; RECUERO, 2009); estudos da Linguística Aplicada voltados para o uso das TICs no ensino de língua estrangeira segundo a teoria da complexidade (PAIVA; BRAGA, 2009; PAIVA, 2010; FARIA, 2010), além das orientações sobre os multiletramentos (BRASIL, 2006; ROJO, 2012). Essa base teórica subsidia a execução de uma pesquisa-ação realizada em uma classe de oitavo ano na Escola Estadual Padre Carlo Salerio em Itabuna, Bahia, durante um semestre letivo de 2013. Neste, desenvolvemos junto com a professora-pesquisadora, uma prática de ensino/aprendizagem que pretende fomentar a apropriação dessas redes na cultura da sala de aula, com resultados nos multiletramentos docentes, discentes e em ações alinhadas com as práticas socioculturais contemporâneas. Apontaremos aqui os limites e os potenciais para o ensino/aprendizagem de inglês na educação básica fundamentadas na cibercultura e em redes sociais. 34 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola MULTILETRAMENTOS, PESQUISA ETNOGRÁFICA E TECNOLOGIA Coordenação: Luiz Fernando Gomes (Uniso) Esta sessão coordenada apresenta trabalhos de pesquisa que envolvem três instituições: Universidade Federal de Alagoas- UFAL, Universidade Federal de Sergipe – UFS e Universidade de Sorocaba – Uniso, tendo como núcleo comum propostas de uso de tecnologias em práticas sociais de usos da linguagem. O referencial teórico central sobre letramento, nas três propostas, baseia-se em Lankshear & Knobel, Kalantzis & Cope Rojo e Bakhtin, e em Rocha e Tosta sobre os estudos etnográficos. Duas propostas envolvem trabalhos em uma comunidade de bordadeiras, em Maceió, onde se propôs a criação coletiva, por cerca de dez mulheres da associação das bordadeiras, de um blog e de uma página no Facebook, que mostrasse não apenas o trabalho por elas desenvolvido, mas também falasse sobre o Pontal da Barra e sobre suas histórias individuais. Dessas atividades de uso efetivo da linguagem sobressaiu uma nova visão da língua escrita e de suas possibilidades emancipadoras. Também questões sobre o posicionamento ético e científico do pesquisador etnográfico emergiram desse contato-envolvimento com os membros da comunidade. A proposta sobre o uso do rádio para programas sobre música e cultura hispano-americanas revela a importância da integração das mídias para a comunicação multicultural. A PESQUISA ETNOGRÁFICA EM PROJETOS DE LETRAMENTO: DISCUSSÕES INICIAIS SOBRE O PAPEL DO PESQUISADOR EM ATIVIDADES COMUNITÁRIAS Luiz Fernando Gomes (UNISO) O objetivo deste trabalho é trazer algumas considerações a respeito das atribuições, necessidades e dificuldades com as quais se depara o pesquisador ao propor e desenvolver atividades de letramento em comunidades periféricas. As reflexões partem de nossas experiências e de registros em áudio e anotações de campo durante a realização de um projeto de extensão desenvolvido em parceria Uniso-UFAL, intitulado “Novos letramentos e ativismo social: em busca de uma palavra outra para as mulheres da Comunidade do Pontal da Barra”, (Maceió-AL). Trabalhos de Lankshear & Knobel, do Grupo de Nova Londres e de Rojo falam dos letramentos como práticas contextualizadas de uso da língua e das linguagens em sua variedade modal e cultural e Rocha & Tosta esclarecem que conhecer as culturas locais pressupõe ouvir o outro e a maneira como percebemos o outro está relacionada à distância que assumimos perante ele. Nossa presença na comunidade do Pontal da Barra trouxe-nos vários questionamentos acerca das formas de aproximação dos membros da comunidade e do entendimento de tempos, culturas, necessidades e expectativas deles e nossas, com relação ao projeto proposto. #Hipertexto2013 l 35 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias A FUNÇÃO SOCIAL DO RÁDIO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM MINI PROGRAMAS SOBRE MÚSICA E CULTURA HISPANO-AMERICANAS Raquel de La Corte dos Santos (UFS) O objetivo deste trabalho é apresentar o projeto de extensão: “Um programa de rádio voltado para a música e cultura hispano-americanas”, considerando sua relação com práticas de letramento, envolvendo tanto a mídia radiofônica quanto os espaços de interação em meio digital possibilitados pelas novas tecnologias de comunicação e informação. Na discussão sobre letramento me apoio em (SOARES, 1998, XAVIER, 2002, ROJO, 2009) e outros. Considerando os objetivos pedagógicos e socioculturais do projeto e a prática interdisciplinar complexa, utilizo também a perspectiva da complexidade (MORIN,1999). Converso também com teorias sobre as tecnologias digitais, da língua estrangeira e da função social do rádio. Metodologicamente, faço uma descrição do projeto, da etapa de levantamento de temas até a gravação dos “programates”, mini programas de 3 a 5 minutos que oferecem música e informações sobre a cultura de países hispano-americanos. Os resultados esperados são que o público ouvinte, universitários e comunidade em geral, se aproximem de outras realidades, entrando em contato com a diversidade linguística, sociocultural e artística de países de língua espanhola, através do acesso e uso de recursos tecnológicos. DA GRAMÁTICA AO USO DA LÍNGUA COMO PRÁTICA SOCIAL Andréa da Silva Pereira (UFAL) Esta pesquisa está vinculada a um projeto de extensão que objetiva introduzir novos usos da escrita na Associação das Mulheres Bordadeiras do Pontal da Barra (Maceió- AL). Iniciamos um trabalho com as associadas na perspectiva dos novos letramentos (KALANTZIS e COPE, 2006; ROJO,2012), considerando três dimensões das práticas sociais que ocorrem na(s) e pela(s) linguagem(s): a da diversidade produtiva, a do pluralismo cívico e a das identidades multifacetadas. Objetiva-se aqui discutir questões do processo que propõe às mulheres uma mudança de posicionamento discursivo, desafiando-as a se deslocarem do espaço em que se situam os padrões linguísticos para o do uso efetivo da linguagem, lugar este de inserção cidadã e, portanto, de maior liberdade. Os resultados da pesquisa, que metodologicamente, combina as abordagens etnográfica e discursiva, apontam para a presença marcante de representações do conceito anacrônico e discriminatório de gramática no discurso das mulheres bordadeiras, que as impossibilita de enxergar outros benefícios de usos da língua tanto para a venda dos produtos artesanais produzidos na comunidade, como também para a construção da identidade coletiva da associação. 36 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CLIQUE CLIQUET, O FACEBOOK ENSINA VOCÊ Coordenação: Iara Sanches Rosa (Centro Universitário Módulo) Há propostas nos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) que sugerem que um dos objetivos da educação básica é desenvolver nos alunos a autonomia intelectual. Esta autonomia inclui a possibilidade de o aluno saber utilizar diferentes fontes de informação e de recursos tecnológicos no processo de construção do conhecimento. Neste sentido, a presente proposta – “CLIQUE CLIQUET, O FACEBOOK ENSINA VOCÊ” – tem por objeto a utilização das redes sociais como lócus de compartilhamento de saberes, de experiências, de informações novas e de conhecimentos já construídos, com intencionalidade educativa. Pretende-se que alunos do ensino presencial de três professoras – de Língua Portuguesa, de Língua Inglesa e de Geografia – complementem sua formação fora da sala de aula, interagindo nas redes sociais (no caso, Facebook) e transformando-as em redes de aprendizagem colaborativa. Espera-se com esta participação maior envolvimento dos alunos nos estudos e, consequentemente, favorecimento de seu rendimento escolar, além de aproximar a escola da vida real. CLIQUE CLIQUET, O FACEBOOK ENSINA VOCÊ Iara Sanches Rosa (Centro Universitário Módulo) Giovana Flavia de Oliveira (Prefeitura Municipal de São Sebastião) As tecnologias de informação e comunicação têm proporcionado mudanças na educação brasileira. No ensino fundamental, em especial na rede pública, essas mudanças ainda não estão muito presentes. Os motivos são variados: precariedade no acesso à Internet, equipamentos sucateados nos laboratórios de informática, falta de material didático para esse nível de ensino, falta de interesse e conhecimento por parte dos professores. No entanto, paralelamente a essa realidade, observa-se uma grande utilização das redes sociais, em especial do Facebook, entre os adolescentes de escolas públicas. Pensando nessa realidade, três professoras criaram um grupo fechado na rede social Facebook e o utilizam como um espaço para compartilhar material educativo a um grupo de alunos de uma escola pública da periferia de São Sebastião. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é descrever as estratégias linguísticas utilizadas pelas professoras para despertar o interesse dos alunos por assuntos educativos nas redes sociais, ampliando, assim, o conhecimento. Os resultados apontam que, se utilizado de modo planejado, é possível utilizar os grupos fechados da rede social Facebook para promover a interação entre alunos e professores e, com isso, aumentar o conhecimento. #Hipertexto2013 l 37 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias LET’S SHARE: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO COMUNICATIVA NO ENSINO DE INGLÊS VIA FACEBOOK Manuella Lisboa Gomes da Silva (Prefeitura de São Sebastião) O conhecimento da língua inglesa é fundamental no mundo globalizado, sua presença é visível no dia a dia. Contudo, a importância da aprendizagem desta língua ainda não é plenamente percebida pelos alunos de escolas públicas de periferia, que não têm oportunidades para aplicação prática da língua. Com apenas duas aulas de cinquenta minutos semanais, salas muito cheias e pouco material didático-pedagógico disponível, fica difícil inseri-los em situações reais de uso do inglês. Os grupos fechados em redes sociais, como o Facebook, podem ser uma extensão da sala de aula presencial e um caminho para a aproximação desses estudantes em contextos significativos de uso da língua. Desse modo, o objetivo desta pesquisa é descrever as estratégias utilizadas por uma professora em um grupo fechado na rede social Facebook, visando à inserção dos alunos em prática de língua estrangeira. Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa-ação e analisados qualitativamente. Os resultados demonstram que os alunos são capazes de participar das atividades comunicativas propostas em língua inglesa no Facebook. A GEOGRAFIA NO FACEBOOK Marcia Gomes da Silva (Prefeitura de São Sebastião) A internet é uma ferramenta que possibilita conhecer novos espaços, sejam eles locais, regionais ou globais. Em escolas públicas de periferia, esse recurso dentro das aulas de geografia pode ampliar o universo de conhecimento dos estudantes. O pouco tempo em sala de aula, a falta de equipamentos adequados, o despreparo dos alunos em pesquisar na rede dificultam o trabalho com essa ferramenta no espaço escolar. Uma proposta para melhorar essa situação foi utilizar a rede social Facebook como espaço para ampliar as discussões realizadas em sala de aula. Dessa forma, os objetivos desta pesquisa são: verificar se os alunos compreendem o grupo fechado Facebook como extensão da sala de aula presencial e analisar os tipos de participação que os estudantes realizam nesse ambiente. Os resultados mostram que é possível utilizar a internet como ferramenta para ampliar o conhecimento dos alunos de forma local, regional e global. 38 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola LETRAMENTO DIGITAL EM FLE Coordenação: Joice Armani Galli (UFPE) A proposta da presente Comunicação Coordenada objetiva agrupar trabalhos em torno da discussão sobre o uso de TICE no ensino de FLE e o ensino de FLE à distância no Brasil. ESTADO DA ARTE TICE/FLE NO BRASIL: ALGUMAS FERRAMENTAS PARA O LETRAMENTO DIGITAL EM FRANCÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA Joice Armani Galli (UFPE) Simone Pires Barbosa Aubin (UFPE) Rachel Andrade (UFPE) Ezequiel Izaias de Macedo (UFPE) De acordo com Galli (2011), o recurso às tecnologias para o ensino de línguas estrangeiras (LE) é uma prática na história das metodologias. O emprego das ‘novas tecnologias’ no ensino do Francês como Língua Estrangeira (FLE) ou do Francês como Língua Segunda (FLS/FL2) ocorre justamente por ser parte da natureza desse campo do saber promover, de forma mais verossímil possível, a contextualização do processo de ensino e aprendizagem de uma LE, conforme sustentado por Segundo Puren (2001). Assim, o LENUFLE/UFPE, grupo de estudos acerca do ‘Letramento numérique/digital do FLE’, propõe a apresentação de uma de suas linhas de pesquisa. Trata-se do levantamento da produção acadêmica relativa às TICE – Tecnologias da informação e da comunicação para o ensino do FLE no Brasil. O critério para a apresentação deste panorama quanto ao estado da arte referido diz respeito à investigação a partir dos anos 50, centrada nas produções científicas sob o formato de teses, dissertações e artigos publicados em periódicos reconhecidos pelos órgãos de fomento à pesquisa, como Capes e CNPQ. Além de Galli (2011) e Puren (1988 e 2001), nos valeremos da concepção preconizada pela abordagem sociodidactique sugerida na obra Guide pour la recherche en didactique des langues et des cultures (2011), cuja organização é assinada por Philippe Blanchet e Patrick Chardenet. O emprego dessas novas tecnologias para o ensino de línguas implica um novo entendimento especialmente para o ensino do FLE. Portanto, o presente mapeamento permitirá que se reúna o referencial teórico desta área, contribuindo para o avanço das demais pesquisas de TICE no processo de aquisição e desenvolvimento de uma LE. #Hipertexto2013 l 39 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS COM UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA ABORDAGEM DE LIVROS INFANTIS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA Lorena Kathy Valentim Santos (UFPE) O presente trabalho refletirá sobre algumas possibilidades de abordagem da literatura infantil no ensino do Francês Língua Estrangeira (FLE), através dos recursos tecnológicos disponíveis ao professor. Para isso analisaremos sequências pedagógicas passíveis de serem implementadas no livro La Peur du Monstre, de Mario Ramos. Essa ‘recherche-action’ insere-se nas experiências de leitura da BCCT - Biblioteca Comunitária Comunidade Tabaiares, no projeto de ensino de FLE para crianças, intitulado Les Crabes (Os caranguejos) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A PRESENÇA DAS TICE NO ENSINO DE FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA ATRAVÉS DO LIVRO DIDÁTICO ALTER EGO Simone Aubin (UFPE) Recentes mudanças metodológicas quanto ao ensino do Francês Língua Estrangeira (FLE) na UFPE provocaram a troca do manual didático Reflets para Alter Ego, da editora Hachette. Propomos aqui uma reflexão sobre este último no que tange a utilização das novas tecnologias na formação dos docentes em francês. Através de um estudo dos cinco volumes desse método, procuraremos analisar a presença e a pertinência das TICE tanto na sua macroestrutura (conjunto de capítulos) quanto na sua microestrutura (interior de cada unidade). Assim, tentaremos compreender a progressão dessa temática no conjunto da obra e sua relação com os conteúdos metodológicos e linguísticos propostos. Para nortear essa reflexão, apoiar-nos-emos sobretudo nos trabalhos de Nicolas Ghuichon (2012), de Jean-Pierre Cuq e Isabelle Gruca (2005), sobre a integração das TICE no ensino de línguas estrangeiras assim como no Guide pour la recherche en didactique des langues et des cultures (2011), organizado por Philippe Blanchet e Patrick Chardenet, que sugere uma metodologia de análise de livros didáticos em língua estrangeira. Essa abordagem comparatista não poderia deixar de levar em conta os fatores psicológicos, sociológicos, antropológicos, linguísticos e metodológicos presentes nos livros didáticos e sua relação com as novas tecnologias na educação. 40 l #Hipertexto2013 Comunicações INDIVIDUAIS CI -01 A CULTURA EDUCACIONAL NO MUNDO EM REDE O USO PRODUTIVO DO FACEBOOK Uiara Wanderley (Fundaj/UFPE) Solange C. Carvalho (Fundaj/UFPE) Não há como negar que a interação on-line vem causando forte impacto na Educação, revolucionando a cultura da prática de ensino do professor, que é convocado a atender às novas demandas da construção do saber. Trata-se de um desafio a ser enfrentado pelo professor na formação do cidadão em tempos de tecnologia. Este artigo traz uma reflexão sobre as mudanças na cultura contemporânea, a nova cultura digital, cultura de rede, a cibercultura, que sintetiza a relação entre a sociedade contemporânea e as novas tecnologias da informação e comunicação. O objetivo deste artigo é analisar a cultura educacional do mundo em rede a partir da atuação dos professores no uso das redes sociais. Nosso foco de análise são as interações ocorridas no Facebook. Observamos que são vários os motivos que favorecem o despreparo do professor, em termos do uso das redes sociais. Nesse entendimento, a pesquisa analítica realizada por outros estudiosos das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – NTIC, vem comprovar que é possível o uso produtivo dessa ferramenta de comunicação, contribuindo para a mudança da cultura educacional no processo de Formação do Professor da Rede Pública de Ensino. Para tanto, nos apoiamos nos pressupostos teóricos de Freire (1992; 1996), Castells (1999; 2003; 2006), Santaella (2003), entre outros olhares, que contemplem o professor inserido no mundo em rede. A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA O USO DAS MÍDIAS DIGITAIS: UMA NECESSIDADE DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA Elma Silvanda Dantas Correia (UFPB) João Wandemberg Gonçalves Maciel (UFPB) O estudo em tela destaca a grande importância da utilização das mídias e das tecnologias digitais, como suporte à docência, visando promover uma aprendizagem significativa nas escolas de abrangência do Núcleo de Tecnologia Municipal de João Pessoa/PB. Os procedimentos desta averiguação têm como cerne saber como as mídias digitais são utilizadas pelos professores do Ensino Fundamental das escolas, sob a perspectiva do letramento digital, após vivenciarem a formação do ProInfo. Para alcançarmos os resultados esperados objetivou-se analisar a prática docente dos professores do ensino fundamental na perspectiva do letramento digital, #Hipertexto2013 l 41 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias considerando a aplicabilidade do Proinfo Integrado; averiguar o conhecimento dos professores após a formação continuada; identificar as tecnologias existentes e mais utilizadas nas escolas, pelos docentes e caracterizar as práticas no cotidiano escolar, voltadas ao letramento digital. A metodologia utilizada foi de caráter descritivo e o marco teórico embasou-se nos autores: Bastos et al, (2008); Salgado e Amaral (2008); Prado e Almeida (2009); Soares (2002 e 2006) e outros. Diante do estudo, constata-se a necessidade do desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, que favorecerão a construção/reconstrução do conhecimento indispensável ao processo ensino e aprendizagem, bem como ao exercício pleno da cidadania, consoante aos objetivos proposto pelo ProInfo Integrado. A LINGUAGEM DOS MATERIAIS DIDÁTICOS INTERATIVOS E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM POR MEIO DE MÍDIAS MÓVEIS Paulo Roberto Colusso (UFSM) Volnei Antônio Matté (UFSM) Ricardo Brisolla Ravanello (UFSM) Marcos Brod Junior (UFSM) Este artigo possui como tema as mudanças proporcionadas pelas tecnologias digitais na educação e sua relação com o processo de ensino e aprendizagem por meio do uso de novas plataformas digitais, mais especificamente os tablets. O problema de pesquisa aqui abordado consiste em discutir: como as novas linguagens e recursos didáticos, utilizados no ensino, potencializam o processo de ensinar e aprender na sociedade da diversidade. O objetivo principal do artigo é investigar a educação com base no uso de novas linguagens e recursos didáticos, visando potencializar o processo de ensinar e aprender. Os objetivos secundários são: (i) compreender a relação entre a educação à distância e a tecnologia, seus processos e materiais; (ii) apresentar a evolução e organização de elementos, recursos e materiais didáticos; e (iii) propor novos rumos para a educação à luz das tecnologias de comunicação, com base em pesquisas recentes sobre recursos didáticos e linguagens. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e revisão de literatura com redação compilatória. Os resultados apresentados incluem definições de categorias e conceitos para auxiliar o desenvolvimento de materiais didáticos interativos, permitindo assim novas organizações criativas no uso das tecnologias digitais e mídias móveis na educação. A PESQUISA ESCOLAR E O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Roziane Keila Grando (UNICENTRO) Josias Ricardo Hack (UFSC) Os avanços tecnológicos sempre foram determinantes nas transformações que ocorrem nas formas de se comunicar e interagir. A internet é uma fontes de informação mais usadas para 42 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola pesquisas escolares e os profissionais envolvidos com o ensino não podem ficar indiferentes com esta situação. Para tanto, é preciso compreender e aprender com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).O jornalismo é uma das maneiras de se divulgarem estudos ou comportamentos que visem o uso das TIC na educação. Por meio de uma análise interpretativa, o trabalho tem por objetivo a investigação das preocupações relativas à qualidade do que é pesquisado na internet, acerca do que se divulga em matérias de revistas como a Educação e Nova Escola. A investigação foi pautada em autores como Lévy (1999) e Morin (2005) ao se tratar da cibercultura e em Demo (1997; 2006), com relação às práticas de orientação da pesquisa escolar. As análises confirmaram que as revistas trazem exemplos de pesquisas feitas na web; os quais, na sua tessitura, evidenciam as preocupações com respeito à qualidade do que os alunos pesquisam por meio da internet e que a orientação é o um fator importante no processo de pesquisa em ambientes virtuais. A REDE SOCIAL FACEBOOK COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO E FORMAÇÃO NA ESCOLA: UM ESTUDO EMPÍRICO Alexandre Ramos dos Santos (USP) A pesquisa buscou analisar o potencial das redes sociais como instrumento auxiliar na sala de aula, apoiando professores e alunos nos conteúdos trabalhados no dia a dia. Para isso, foi escolhida a rede social Facebook e a apropriação que alunos de uma escola pública de São Paulo fizeram, por meio de um grupo criado na própria rede social. Através da coleta de dados, da observação participativa e da análise bibliográfica, o presente trabalho buscou evidenciar se as redes sociais possibilitam ou não uma nova forma de aprendizado que ultrapasse as barreiras físicas do espaço escolar. Nesse contexto, a pesquisa procurou dois objetivos principais: a. a forma como alunos de uma escola pública utilizam as redes sociais, relacionada aos assuntos escolares, e b. se a utilização dessa rede social realmente pode ajudar o aluno no dia a dia das tarefas escolares, facilitando sua compreensão dos conteúdos passados na sala de aula. A TELA: ASPECTOS TOPOLÓGICOS NA CONSTRUÇÃO DE TEXTOS SINCRETICOS E NÃO VERBAIS Dinora Fraga (Uniritter) O objetivo deste estudo consiste em estender a problemática da arquitetura interna dos textos (cf Bronckart, 1997; 2002; 2004) ao estudo do hipertexto em ambiente digital, como texto na tela do computador. O corpus da pesquisa(textos em blogs) é investigado em sua sequencia não linear,cf(Greimas 1987;Fontanille(2005);Helmslev(1976),na produção de hipertextos. A pesquisa tem caráter empírico, vinculada ao método fenomenológico Ocupa-se da teorização de um conjunto de blogs produzidos por alunos de escolas municipais da cidade de Novo Hamburgo/RS.O estudo esta permitindo propor a ênfase em aspectos topológicos da tela e do aprofundamento do estudo do sincretismo para compreensão do hipertexto como textualidade #Hipertexto2013 l 43 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias digital, aspectos que se entendem como contribuição do estudo para as discussões sobre arquitetura textual do ISD. Entre esses aspectos destacam-se a compreensão dos atos de clicar tal como constituídos nos blogs. O estudo orientou para a concepção de tela como interface( Johnson,2009) como superfície plana bidimensional que, pela linguagem digital, permite produção de sentido baseados na imprevisibilidade e aleatoriedade(relação estabelecida com a vertente dos escritos de Saussure, cf Arrivé(2010) e com sincretismo(Helmslev,1976),sendo tais aproximações uma das contribuições teóricas do estudo sobre hipertexto, assim como a possível aproximação com a área de design,no que se refere a tela como superfície plana bidimensional e as implicações decorrentes para o texto na tela. CI -02 APONTAMENTOS SOBRE JOGOS DIGITAIS PARA ENSINO DE LITERATURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA Alexandre Vilas Boas da Silva (UEL/UNOPAR) Este trabalho visa realizar uma discussão acerca do uso de jogos digitais como ferramenta para ensino de literatura, na educação básica. Para tanto, serão analisados sete jogos educacionais, relacionados a temas literários, disponíveis em portal educativo institucional. A análise busca centrar foco no design e na exploração de elementos narrativos para a construção dos jogos. Para embasar teoricamente o trabalho, foram utilizadas algumas das discussões encontradas em estudiosos como Johan Huizinga (1993), Janet Murray (2003), Simon Penny (2004), David Michael e Sande Chen (2006), e Martha Gabriel (2013). Além disso, intenta-se confrontar a análise dos jogos com documentação oficial que regulamenta o ensino de literatura em escolas públicas, com o objetivo de discutir a adequação dos temas e conteúdos. Um dos desafios levantados por esta análise é conciliar a relevância dos conteúdos dos jogos com um design envolvente, que propicie diversão, imersão e aprendizagem por parte de seus jogadores. Espera-se, a partir de tal discussão, favorecer a reflexão crítica acerca das atuais possibilidades de uso pedagógico de tais jogos na educação básica. APRENDIZAGEM COLABORATIVA: WEBQUEST NO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA, POTENCIALIZANDO A PESQUISA, A INTERATIVIDADE Olga Ennela Bastos Cardoso (UFJF) Eliane Mederios Borges (UFJF) Este trabalho tem como objeto de estudo a análise do potencial da Metodologia Webquest para a construção colaborativa, potencializando a pesquisa, a interatividade e a construção da 44 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola autonomia do estudante no contexto da formação superior a distância. Utilizando a pesquisa intervenção, o objetivo foi analisar as potencialidades e os limites para a implementação da Metodologia Webquest, na perspectiva do “ensinar através da pesquisa”, a partir do conceito desenvolvido por Demo. Como arcabouço teórico pauto-se nos estudos de autores como Otto Peters, Edméa Santos, Celina A. A. Abar, Jarbas Novelino Barato, José Armando Valente, José Manuel Moran, Marco Silva e outros que, de alguma maneira, abordam a Metodologia Webquest como possibilidade de pesquisa e interatividade na web. A experiência envolveu o professor da disciplina, tutores e alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia/UAB da Universidade Federal de Juiz de Fora. A Webquest construída para o estudo, “Mobilização Familiar”, agregou recursos da plataforma Moodle e da Web, visando ampliar os momentos de interatividade e de construção colaborativa. Os resultados apontaram para a aceitação de todos ao trabalhar com a Metodologia Webquest, mas, também demonstraram que há questões internas no processo de aprendizagem da modalidade a distância que ainda carecem de maior aprofundamento. APRENDIZAGEM MEDIADA POR ARTEFATOS DIGITAIS MÓVEIS Turla Alquete (UFPE) Silvio Barreto Campello (UFPE) Angela Samways (IFPB) Silvio Bernardino (IFPB) Filipe Marques (IFPB) Nas instituições de ensino, atualmente, o uso de materiais digitais têm se popularizado como forma de complementar o processo de ensino-aprendizagem. O Tablet (computador em forma de prancheta) se insere nesse contexto, sendo muitas vezes utilizado em sala de aula como substitutivo do material impresso ou como apoio ao ensino através de aplicativos educacionais. Com esse avanço tecnológico é necessário desenvolver estudos sobre as relações entre o aluno e este novo artefato. Desta forma, este artigo tem como objetivo investigar a aprendizagem mediada por artefatos educacionais impressos e digitais móveis. Para entender como se dá a transição entre o paradigma analógico e digital de aprendizagem, desenvolveu-se um estudo piloto com alunos do ensino médio do IFPB, que teve como base analítica a Teoria da Atividade de Leontiev e modelo do Sistema de Atividade de Engeström. Espera-se que estes resultados possam contribuir para a construção de artefatos digitais móveis que atendam às necessidades de aprendizagem dos alunos. AS INFLUÊNCIAS DA TECNOLOGIA DIGITAL NA APRENDIZAGEM Lia Beatriz Muller Beck (Escola Neli Betemps) Desenvolvi um projeto com meus alunos do 2º ano em 2012 e continuo com a mesma turma: 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Neli Betemps, tendo como título: “As influências da Tecnologia digital na apredizagem”, e usei como base para meu trabalho os netbooks do #Hipertexto2013 l 45 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Programa UCA (Um Computador por aluno). Nesse trabalho os alunos usaram constantemente os net, onde cada tema proposto em sala de aula, após algumas explicações, os alunos partiam para o uso da tecnologia, ou seja, aprofundam mais seus conhecimentos através de pesquisa na Internet. A cada dia me surpreendiam ainda mais com suas pesquisas e descobertas, sobre os temas propostos. Também criei um blog, onde após cada pesquisa realizada, e concluído o tema proposto, postamos no blog da turma. AS PRÁTICAS DE LETRAMENTOS EM TEMPOS DIGITAIS Marta Jordanna Queiroz Ouriques (UFCG) Lorena Guimarães Assis (UFCG) Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG) O cenário educacional contemporâneo traz à tona questões que põe em foco as inovações tecnológicas, a escola, aprendizagem e aprendizes. Esse tema exige refletir sobre essa escola, no sentido de pensá-la enquanto espaço propício à utilização das tecnologias digitais diante das infinitas possibilidades pedagógicas que propiciam. Este estudo, parte do projeto de pesquisa “Letramentos digitais na formação docente” desenvolvido com alunos de uma instituição pública, tem o objetivo de investigar o que esses futuros professores compreendem sobre a incorporação das tecnologias em situações de aprendizagem, bem como saber sobre o que eles vislumbram em relação à incorporação das novas práticas de escrita e leitura digitais também em sala de aula, sugerindo o uso de ferramentas da web 2.0 enquanto possibilidades pedagógicas. Para tanto, utilizamos depoimentos como fonte de dados e produções escritas dos alunos, em relação ao objeto de estudo em foco. A análise e discussão dos dados, fundamentadas em estudos na área (COSCARELLI, 2010; DEMO, 2009, 2012; FREITAS, 2009; ROJO, 2012), mostram que conhecer o potencial e as possibilidades de uso dessas ferramentas contribui para ações pedagógicas efetivas e reforçam a necessidade de formação dos professores em letramentos digitais. AS TIC NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA PROBLEMÁTICA PARA PROFESSORES NO ENSINO DO PORTUGUÊS Cristiane Dominiqui Vieira Burlamaqui (UEPA) Neste trabalho propomos uma análise crítica da relação entre sujeito, linguagem e contexto social problematizando a inclusão das novas tecnologias da informação e comunicação no ensino e aprendizagem da língua portuguesa na educação básica, para tal lançamos mão do suporte teórico disponibilizado pela linguística aplicada e seus contingenciais diálogos com as ciências humanas, a sociologia e o discurso (Moita Lopes et alii, 2008; Castells, 2005; Magalhães & Stoer, 2003). Tal análise tem o objetivo de estabelecer uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas por professores que diante das demandas do capitalismo globalizado e sua relação com a inclusão das NTIC no ensino básico se veem impelidos a forjar alternativas que 46 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola acabam por reproduzir os mesmos modelos de intervenção didática da escola tradicional. Para contribuir com o debate, apresentamos os resultados de pesquisas que acreditamos colaborar e sugerem novas práticas de ensino do português a partir de uma perspectiva sócio interacionista e “indisciplinar” de ensino da língua com as NTIC. CI -03 AUTOMATIZANDO A ELABORAÇÃO DE EXERCÍCIOS Cláudio C. Gonçalves (UnB) Esta comunicação apresenta um software aplicativo cuja finalidade é elaborar automaticamente exercícios gramaticais para uso em ensino de língua estrangeira. Sua implementação usa técnicas de processamento de linguagem fundadas nos pressupostos teóricos da estatística bayesiana (Manning et al. 1999) e técnicas de linguística de corpus (Pustejovsky et al. 2012). O aplicativo, que foi escrito na linguagem Python seguindo princípios metodológicos de programação orientada a objetos, tem quatro módulos que dividem a tarefa de elaboração dos exercícios: (a) ‘web-crawler’; (b) algoritmo que seleciona sentenças; (c) algoritmo que transforma sentenças em exercícios; (d) especificação de ementas de cursos. Descrevemos brevemente o funcionamento do aplicativo. O componente (a) busca sentenças na internet e as organiza em banco de dados. O componente (d) fornece regras para que, depois de analisar gramaticalmente as sentenças, o componente (b) decida quais devem ser fonte de exercícios para quais pontos gramaticais da ementa. O componente (d) fornece regras também para que o componente (c) insira HTML nessas sentenças selecionadas para que sejam exibidas como exercícios em um navegador. Apresentaremos resultados concretos da implementação: exercícios automaticamente gerados pelo sistema sendo usados em um serviço online de ensino de inglês (wordbuzz.bz). Discutiremos limites e possibilidades de extensão da proposta. AUTONOMIA, AUTORIA E COLABORAÇÃO DOS ALUNOS EM REDE: EXPERIÊNCIAS EM UM CURSO TÉCNICO NA MODALIDADE A DISTÂNCIA Maria Helena Cavalcanti da Silva (UFPE) Eber Gustavo da Silva Gomes (UFPE) George Bento Catunda (SEE-PE) Após o surgimento das tecnologias digitais podemos perceber um novo olhar para a Educação a Distância (EaD) no que concernem as propostas didáticas de interatividade entre os pares, muitos para muitos (SILVA, 2003). Neste contexto de transformações, o pensar educacional para atender a demanda social deverá ser sistematizado para uma prática educativa holística e significativa #Hipertexto2013 l 47 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias (AUSUBEL, 2003), para uma concepção de autonomia do aluno, envolvendo também: a autoria e a colaboração em rede.O objetivo deste artigo é analisar as autonomias, autorias e colaborações existentes entre os alunos da disciplina de Empreendedorismo ofertada no curso Técnico de Logística , modalidade EaD da Secretaria de Educação de Pernambuco em convênio com a rede E-Tec Brasil, Ministério da Educação. Para a construção desta pesquisa, escolhemos a etnografia virtual (HINE, 2002) como instrumento de coleta e como método de análise adotamos a análise de conteúdo (BARDIN, 1997). Como resultados esperados, identificaremos as contribuições entre os sujeitos analisados bem como entre estes e seus pares consonante à sua autonomia, autoria e colaboração (ANDRADE, 2013). Ainda são esperados como resultados a contribuição e a concepção de autonomia dos alunos ao orientar uns aos outros na construção do conhecimento colaborativo. AVALIAÇÃO DO USO E USABILIDADE DOS SITES DE CURSOS DE ODONTOLOGIA Marco Antônio Dias da Silva (UFCG) Andresa Costa Pereira (UFCG) O uso da internet para fins educacionais tem crescido muito. Apesar disso, verificamos recentemente que as tecnologias de informação e comunicação continuam pobremente utilizadas nos cursos de odontologia do Brasil. O objetivo desse estudo foi verificar se e como os cursos de odontologia da Paraíba utilizam seus websites para prover conteúdo educativo e analisar sua usabilidade. Primeiramente o site do ministério da educação foi utilizado para obtenção das páginas oficiais dos cursos. Em seguida foi checada a presença de conteúdo educacional em cada uma das webpages. Depois, foi avaliada a usabilidade dos sites dos cursos. Foram utilizados dois diferentes testes por cinco examinadores treinados. Observou-se que apenas quatro dos cursos apresentam webpage e que apenas dois destes as utilizavam com fins educativos. Verificou-se resultados similares nos testes de usabilidade e nestes as taxas foram de 77,16% e 77,11% para os melhores e 47,5% e 49,1% para os piores sites. Conclui-se que os sites dos cursos de Odontologia da Paraíba têm sido pouco utilizados fornecimento de conteúdo educativo e que necessitam de ajustes para aumentar a usabilidade. AVALIANDO GÊNEROS DIGITAIS E CONTEXTO INTERACIONAL EM ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA APRENDIZAGEM MÓVEL NO FACEBOOK Lafayette Batista Melo (IFPB) Este trabalho trata da análise de gêneros digitais em educação móvel. O objetivo é integrar estudos de interação humano-computador com análises de gêneros digitais no domínio pedagógico, utilizando-se de dispositivos móveis para acesso a redes sociais. Parte-se do conceito de reelaboração de gêneros para se inferir sobre transformações que ocorrem nos gêneros 48 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola pedagógicos (notas de aula, projetos, testes etc). É utilizado o conceito de contexto interacional, envolvendo: polifocalidade (atividades simultâneas), acessibilidade interacional (forma de exposição) e configuração contextual (como as pessoas percebem e gerenciam as configurações dos seus ambientes). É feito um estudo de caso, registrando o uso de smartphones com o aplicativo Facebook para Android por professor e alunos em atividades de apoio a um curso superior. Os resultados apontam que a observação da configuração contextual traz pistas que não seriam obtidas apenas avaliando os gêneros do domínio pedagógico, mas que o enquadre do gênero em um domínio esclarece pontos que só o atendimento a padrões de interface não esclareceria. Observou-se uma reelaboração de gêneros inovadora, cujo reconhecimento decorre do modo como são mescladas as formas de postar conteúdo, comentar aulas e interagir via mensagens e bate-papo para tirar dúvidas, mesmo que em aparelhos e versões de sistemas diferentes. BLOG, BLOG MEU: QUEM SOU EU? Elizângela Fernandes dos Santos (PCR) Compreender linguístico-imageticamente o sujeito é uma prática que possibilita (re) conhecer a singularidade dele a partir da partilha de experiências com o outro, como também respostas dos contextos sociais, históricos e culturais que o circunda. O gênero Blog contemplado por essa experiência científica foi tomado, então, como contexto mobilizador de marcas linguísticas, mas também como um espaço de projeção e tematização das imagens de seus produtores (DASCAL, 2013). Logo, a fim de se verificar as manifestações linguísticas e imagéticas em Blogs pessoais, elegeu-se o tópico linguístico Adjetivo como materializador e canal discursivo de tais manifestações. Para tanto, os objetivos foram: verificar como linguisticamente o produtor de Blog se comporta; verificar como imageticamente o produtor de Blog se representa e, compreender a funcionalidade social da relação de Adjetivos em Blogs a partir de seus produtores e leitores. Dessa discussão, anconrada por alguns pressupostos da Teoria dos Atos de fala (AUSTIN,1970; LEVISON, 2007), concluiu-se que seja pela organização composicional do Blog pessoal ou pela seleção e uso de certas categorias de Adjetivos em comentários, títulos ou descrições, o sujeito e, em alguns casos inconscientemente, reconstrói-se linguístico e imageticamente naquele ambiente virtual. CH@RGE, BRINCANDO COM O SÉRIO: UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA Marilena Inácio de Souza (UNEMAT) O uso do computador nas mais variadas atividades humanas é hoje uma realidade. O computador se tornou tão importante que está presente em quase todos os lugares, mesmo que às vezes não o percebamos, em razão de seu tamanho e formato. É inegável a presença dessa máquina em todas as áreas de conhecimento e no ambiente escolar não poderia ser diferente. Cada vez mais, #Hipertexto2013 l 49 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias o computador tem sido usado como ferramenta pedagógica. Com a introdução da internet e a subsequente explosão do seu alcance no contexto educacional, um crescente número de trabalhos e pesquisas vem sendo implementados, a fim de utilizar e investigar as possibilidades e as repercussões do uso de recursos tecnológicos no ensino-aprendizagem de diversos conteúdos. É nesse contexto que se insere o presente trabalho. Ao tomar a gênero “charge” como objeto de ensino-aprendizagem de língua portuguesa, propomos a WebQuest “Ch@rge: brincando com o sério”. Trata-se de um conjunto de atividades orientadas, disponibilizado na Web. O gênero charge é abordado a partir do modelo de sequência didática (DOLZ E SCHNEULY, 2004), permitindo, ao aluno, uma aprendizagem, ao mesmo tempo, dinâmica e diferenciada. CI -04 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE SOFTWARES EDUCATIVOS NUMA PERSPECTIVA INTERACIONAL DA LINGUAGEM Ana Cristina Barbosa da Silva (UFPE) Este estudo versa sobre softwares educativos (SE) de leitura e compreensão textual, tendo como objetivo propor critérios e aplicá-los na avaliação desse tipo de material. Para a pesquisa foram consideradas a teoria e a metodologia de Bakhtin/Volochinov (2002) de estudo da língua, interação com as enunciações da interface com Peres (2007), abordagem sobre hipertexto Ribeiro (2005) e Coscarelli (2009), ensino de língua materna Dolz e Schneuwly (2004) e o processamento de leitura como interação verbal que requer ações cognitivas a partir de Giasson (2011) e Kleiman (2002). Percebeu-se a necessidade de considerar três dimensões para proposição de critérios: técnica, pedagógica e específica, constituídas de categorias. Na técnica: Documentação, compatibilidade e instalação; Navegabilidade e feedback; Refacção de atividade e interpretação de erro; Elementos da interface, 14 critérios. Pedagógica: Fundamentos e objetivos pedagógicos; Conteúdo pedagógico; Recursos motivacionais e de responsividade e 14 critérios. Na leitura: Leitura e compreensão; Reconhecimento de elementos discursivos; Identificação de elementos textuais; Elementos de uso circunstanciais e de efeitos de sentido; Relações entre partes do texto, 22 critérios. Na avaliação do software Educandus 2010, obtiveram-se os seguintes aproveitamentos nas dimensões técnica, pedagógica e específica, respectivamente: 72,86%, bom, 35,93%, regular, 24, 57%, fraco. CULTURA DA MOBILIDADE E EDUCOMUNICAÇÃO Rosângela de Araújo Medeiros (UEPB) A educomunicação tende a se concretizar cada vez mais por meio das mídias móveis, em um processo que envolve as características da Web 2.0. Afinal com a crescente popularização dos 50 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola smartphones e a inserção dos tablets nas escolas, torna-se urgente pensarmos esse processo. Assim, o presente trabalho versa sobre educomunicação e cultura da mobilidade. Tem como objetivo apresentar uma revisão teórica com base em três repositórios online, buscando verificar o que tem sido pesquisado e publicado nos últimos cinco anos sobre o uso de dispositivos móveis como prática educomunicativa. Para tanto, utilizamos as reflexões de Soares (2011), Aparici (2010), Citelli (2011), Lemos (2002; 2000). Como metodologia, organizamos uma pesquisa bibliográfica, para levantamento da produção científica publicada no Banco Digital de Dissertações e Teses (BDTD), no site da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, no grupo de trabalho Educação e Comunicação e na biblioteca eletrônica Scielo, de periódicos científicos. Pudemos verificar que ainda é muito incipiente a divulgação de pesquisas sobre a cultura da mobilidade relacionada a educomunicação, porque ambas são temáticas recentes. Mesmo assim, pudemos concluir que o uso de mídias móveis pode se configurar como prática educomunicativa, já que possibilita a instituição de processos comunicativos e educativos. DA FOLHA DE PAPEL À TELA DIGITAL: CENAS DE LETRAMENTOS EM OFICINAS DE TIRINHAS Luiza Alice Lima Rocha (UFC) Frente ao avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), buscamos inseri-las na sala de aula durante o desenvolvimento de um Projeto que visa a elaboração de tirinhas digitais através do software HagáQuê. Cientes da nossa responsabilidade com a educação linguística dos alunos (SANTOS&ARAÚJO,2012), buscamos aprimorar as capacidades de linguagem dos mesmos com o auxílio de oficinas de letramento. O trabalho foi realizado com alunos do 5º ano de uma escola pública municipal localizada na cidade de Caucaia – Ceará. A pesquisa está fundamentada, principalmente, nos estudos realizados por: Araújo (2012), Ribeiro (2012), Kleiman (1995). Ao término do Projeto concluímos que, a utilização da ferramenta digital à prática pedagógica proporciona uma melhor compreensão do conteúdo proposto e um maior interesse do aprendiz, facilitando o processo de ensino-aprendizagem por tornar as aulas mais atraentes para os educandos, já que estes não possuem fácil acesso as tecnologias digitais. DIÁLOGOS ENTRE AS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO E PRÁTICAS DOCENTES NO ENSINO DE ARTE Tácia Graciele de Albuquerque Silva (Associação Artística Cia. do Chapéu) O projeto de pesquisa “Ensino de Arte: estudo sobre práticas docentes e tecnologias na educação na cidade de Maceió” visa mapear e discutir o ensino de Arte a partir do uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) no ambiente escolar embasado nos conceitos de letramento digital, hipertexto e dos gêneros textuais digitais. A pesquisa engloba uma primeira fase #Hipertexto2013 l 51 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias diagnóstica: a) entrevistar docentes do ensino fundamental I (1º ao 5º ano) sobre suas práticas e a utilização de TICs na área de Arte; b) o registro fotográfico e audiovisual de aulas); c) a análise e a catalogação de material pesquisado; Em uma segunda fase: a) a avaliação dos dados levantados e a capacitação para os docentes através de oficinas; b) e a organização do dados da pesquisa em um artigo científico. O Projeto está vinculado a Associação Artística Cia. Do Chapéu e será desenvolvido numa escola da rede municipal. O foco da pesquisa são as relações entre o ensino de Arte e o uso de tecnologias na sala de aula, investigadas a partir das práticas docentes. O presente artigo traz o plano de pesquisa e resultados parciais da primeira fase iniciada em 2013. DISPOSITIVOS MÓVEIS CONECTADOS À INTERNET: USOS, APRENDIZAGENS E DEPENDÊNCIAS DA WEB Robério Pereira Barreto (UNEB) Este trabalho apresenta resultado parciais de pesquisa – em andamento – realizada com estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares de Santo Antonio de Jesus – BA. Para isso aplicou-se 20 questionários aos estudantes da 1°, 2° e 3º anos do ensino médico, totalizando 120 questionários nas duas escolas, sendo uma particular e a outra pública. Objetivo maior foi analisar o grau de dependência da internet do referido público, mensurando qualitativa e quantitativamente o nível de interação e aprendizagem em rede em que vivem os envolvidos na pesquisa, a partir da compreensão da frequência e o uso da internet através do acesso pelos dispositivos móveis: celular, iphone, ipad, smartphones, etc. O suporte teóricometodológico são os modelos etiológicos da dependência da internet, (Young, 1996). As mensurações tiveram como base o protocolo do Internet Addiction Test (IAT) no qual se pondera a extensão, a classificação e o envolvimento da pessoa com dependência de mídias a partir das categorizações: leve: 0-30 pontos; leve: 31- 49 pontos; moderado: 50-a 79 pontos; grave: 80-100 pontos. Nas mensurações realizadas nos dados fornecidos pelos estudantes de escolas públicas pesquisadas, a média de pontos 31,79 pontos. O protocolo (IAT) mostra dependência leve e convivência diária na internet. EDUCAÇÃO NA ERA DA CONEXÃO MÓVEL: EXPERIÊNCIAS EM ESPAÇOS ESCOLARES PÚBLICOS Rafael Arosa de Mattos (UERJ) Helenice Mirabelli Cassino Ferreira (UERJ) Baseado nos estudos sobre juventude e nas áreas que intersecionam cibercultura e educação, o artigo propõe uma reflexão sobre a mediação dos dispositivos móveis de comunicação para a construção de conhecimento, entendendo que os usos de celulares e smartphones fazem parte dos cotidianos das juventudes contemporâneas, dentro e fora da escola, e de suas constituições identitárias. O recorte aqui apresentado traz parte de dois estudos, um de mestrado e outro de doutorado, ambos em fase de finalização, desenvolvidos através de oficinas com jovens 52 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola estudantes do segundo segmento do ensino fundamental em duas escolas públicas de municípios do Estado do Rio de Janeiro. Os dados que embasam esse artigo dizem respeito à mediação dos dispositivos na produção de crônicas sobre a cidade e na produção de cartografias construídas colaborativamente. Os resultados considerados até agora apontam a pertinência e a urgência de aproximar a cultura escolar das culturas juvenis, considerando que a mobilidade caracteriza o atual momento da cibercultura, afetando os espaços/tempos de aprendizagem e de ensino, trazendo desafios e também um grande potencial para o campo da Educação. CI -05 ENSINAR E APRENDER: O USO DO TABLET NA EDUCAÇÃO INFANTIL Maria Cristina do Nascimento S. Brandão (Colégio Fazer Crescer) Ana Célia Barreto Marques (Colégio Fazer Crescer) Bárbara Noronha Souza Raposo (Colégio Fazer Crescer) Este trabalho trata-se de um relato de experiência que descreve e analisa a utilização do tablet como ferramenta na construção do conhecimento e aprendizagem de crianças de 1 a 3 anos. Os trabalhos foram iniciados em 2012 e, tem como campo de pesquisa a primeira etapa da Educação Infantil, no Colégio Fazer Crescer, que faz parte da Rede Privada de Ensino em Recife/ PE. Discute as potencialidades e benefícios das tecnologias móveis na aquisição de novas competências para os primeiros anos de vida, como também, considera-se que a utilização da internet e dos aplicativos obtidos por meio do tablet é um importante instrumento para desenvolver habilidade e competências aos nativos digitais. ENSINO DE HISTÓRIA, TECNOLOGIAS E MOBILIZAÇÃO SOCIAL Celeste Maria Pacheco de Andrade (UEFS) Os componentes curriculares dos cursos de formação docente, cada vez mais têm buscado atender às demandas do presente e considerando diferentes realidades. Nosso estudo baseiase na prática do Laboratório de ensino do Curso de História voltado para o uso de novas tecnologias no ensino de História. Trata-se de curso presencial que tem atentado para uma das demandas da atualidade, os processos formativos voltados para uma educação a distância que consideram a diversidade cultural e pluralidade social que estão presentes nas redes colaborativas e ambientes virtuais de aprendizagem, mediante o uso que fazem das tecnologias da informação e comunicação como ferramenta importante na organização de movimentos sociais. Questões como preservação ambiental, combate à violência, direitos humanos, entre outras são motivações para a conquista de uma dimensão ética da cidadania e estão presentes no cotidiano local que se redimensiona e ressignifica através dos ambientes virtuais. Nesse #Hipertexto2013 l 53 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias sentido, busca-se compreender tais ambientes como lugar de interação para o exercício de mobilização entre sujeitos sociais e culturas diversas. ENTRE O ROTEIRO E O IMPROVISO - (RE)CRIANDO MÉTODOS PARA PRODUZIR VÍDEOS MOBILE COM JOVENS DE PERIFERIA Márcia Gonçalves Nogueira (UFPE) Márcio Henrique Melo de Andrade (UFPE) Edilma Maria Santos Silva (UFPE) Maria Auxiliadora Soares Padilha (UFPE) A produção de conteúdos digitais funciona como mote do Programa de Extensão Proi-Digit@l, da Universidade Federal de Pernambuco, executando oficinas de áudio, vídeo, blog e animação para que jovens de periferia usem as tecnologias digitais para desenvolver expressividade artística e intelectual. Para isso, a Oficina de Vídeo desenvolveu uma metodologia linear do processo criativo (roteiro, gravação e edição), exibindo, contudo, dificuldades que os participantes tinham com a escrita. Essa situação conduziu para outra metodologia, que priorizava a gravação de imagens sem um roteiro prévio para posterior roteirização e edição. Ainda assim, estes métodos não favoreciam a instantaneidade das mídias digitais, o que levou ao terceiro método: a produção de vlogs que permitiu um maior envolvimento dos sujeitos no processo criativo e uma sensação de interferência maior dos seus discursos sobre seus contextos. A partir disso, concluiu-se que as atividades que almejam a inclusão digital por meio do processo criativo precisam se equilibrar entre a criatividade e a crítica, seguindo a lógica rizomática da cultura digital: de criação contínua, não linear, hipertextual etc., para favorecer a espontaneidade, o sentimento de pertencimento e autonomia - aspectos primordiais no processo de inclusão. FABRICANDO A MIMOSA: CONSIDERAÇÕES SOBRE APROPRIAÇÃO TECNOLÓGICA E LETRAMENTO DIGITAL Gabriela Carvalho (UFPE) Igor Cabral (UFPE) O letramento digital requer, além da capacidade de de codificação/decodificação de elementos verbais e não-verbais em mídias digitais, uma apropriação dessa habilidade para usos e práticas sociais. Tendo em vista a importância do letramento digital - igualmente concebida sob o discurso de apropriação tecnológica -, a Rede MetaReciclagem propõe oficinas de criação de dispositivos móveis multimidiáticos a partir da reutilização de peças e aparelhos eletrônicos descartados. Tanto o processo de construção como o produto final dessas oficinas são chamados de MimoSa (Mídia Móvel SA). Nos atos de desconstrução/reconstração das MimoSa, os participantes vão desmistificando as novas tecnologias ao irem se “alfabetizando” sobre o funcionamento técnico do equipamento e seus recursos midiáticos. Ao mesmo tempo, dialogam sobre as possibilidades de inventar um novo equipamento apropriado às necessidades e aos desejos do grupo, com 54 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola potencial para ser ferramenta de transformação social- Quais os recursos midiáticos necessários? Qual a importância desses recursos? Este trabalho propõe uma discussão sobre a MimoSa enquanto prática pedagógica para o desenvolvimento do letramento digital, a partir da análise de duas oficinas realizadas com crianças e jovens, em comunidade periféricas de Recife (PE), entre os anos 2011 e 2012. EDUCAÇÃO NA CIBERCULTURA: QUE LETRAMENTOS DIGITAIS PRATICAM OS FUTUROS PEDAGOGOS? Ana Paula Domingos Baladeli (UNIOESTE) As práticas de letramento mediadas por tecnologias digitais tornam-se cada vez mais comuns entre os estudantes, dado que evidencia a emergência na atualização de práticas pedagógicas e também da formação de professores, sujeitos que irão atuar diretamente na educação da geração digital (LANKSHEAR, 1997; XAVIER, 2009, 2011; BUZATO, 2010; ABRANCHES, 2011). O presente artigo apresenta os dados coletados com um grupo de futuros pedagogos de uma universidade pública do Paraná. O objetivo foi conhecer os usos que fazem do computador e da web e problematizar a formação que estão recebendo a partir do cenário da cibercultura. Para tanto, os acadêmicos que aceitaram participar desta coleta responderam a um questionário disponibilizado na ferramenta Google docs, espaço onde indicaram as práticas de letramentos digitais que realizam bem como a sua percepção do tratamento dado ao tema em sua formação inicial. Os dados revelam que além de interessados no tema - tecnologia na educação, os professores em formação inicial já realizam diferentes práticas de letramento digital, indicando, portanto, a possibilidade de problematização de futuras práticas pedagógicas com o uso de tecnologias digitais. CI -06 GESTOR ESCOLA: SUA INFLUÊNCIA NO USO DAS TECNOLOGIAS NO PROGRAMA UCA EM PERNAMBUCO Dagmar Heil Pocrifka Bley (PMC) Ana Beatriz Gomes de Carvalho (UFPE) As políticas públicas de inclusão digital têm focado a formação digital do professor para o uso das tecnologias no processo ensino-aprendizagem nas escolas públicas, através de diversos programas implementados nas esferas dos governos municipal, estadual e federal, mas o papel do gestor frente à implantação e uso destas tecnologias não é bem definido nestas políticas. Esta pesquisa tem como objetivo geral investigar o papel do gestor frente a uma política pública #Hipertexto2013 l 55 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias de inclusão digital. Foi analisada a proposta federal, com o projeto Um Computador por Aluno (UCA) no estado de Pernambuco. Trabalhou-se a hipótese de que se não houver um trabalho de reconhecimento, apoio e adesão do gestor da unidade educacional, Como referencial teórico para análise do papel do gestor no projeto analisado foi utilizada as contribuições de Almeida (2005). A pesquisa qualitativa foi delineada a partir dos pressupostos apresentados por André (1995), Triviños (1997) e Laville (1999). Aplicou-se o processo de análise de conteúdo definido Bardin (2010) e Moraes (1999), apoiado no uso do software Atlas TI obtido por meio da pesquisa de diplomas normativos e entrevistas semiestruturadas com sujeitos. HIPERTEXTO E METADADOS O TWITTER COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO Clara Maria Abdo Guimarães (UERJ) Antonio Luiz de Medina Filho (UERJ) A convergência midiática proporcionou diversas mudanças nos paradigmas do processo da aprendizagem, em especial, a urgência da intensificação do processo de letramento digital e a ampla inserção dos meios digitais na educação e na aprendizagem. O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o uso da rede social Twitter como ferramenta de gestão do conhecimento. A priori, a Internet, a partir do conceito de websemântica, é abordada como ampla plataforma de banco de dados que permite o armazenamento e o acúmulo de conhecimento em linguagem própria. Esses novos formatos de escrita e transfiguração da semiótica para a Internet são expostos através da explanação do conceito de hipertexto. Posteriormente, o Twitter é apresentado estrutural e funcionalmente. Diante desse ponto, a partir do embasamento teórico trabalhado até então, é descrito o processo que justifica esta rede social como ferramenta de excelência de gestão do conhecimento, levando em consideração razões específicas relacionadas ao design do software que possibilitam ao usuário utilizar a referida página e obter resultados eficazes. A análise final se baseia em pesquisa empírica quantitativa e webgráfica realizada para compreender e exemplificar as estratégias de utilização da plataforma de metadados Twitter como uma das ferramentas principais da gestão do conhecimento online. INTERSECÇÕES ENTRE REDES SOCIAIS E ESPAÇOS INSTITUCIONAIS DE APRENDIZAGEM Gabriela da Silva Bulla (UFRGS) Lia Schulz (UFRGS/UNILASALLE) As redes sociais podem ser entendidas como espaços em que os participantes se engajam em diferentes atividades e, por meio do uso da linguagem e recursos multimídias, realizam as mais diversas ações. Em termos de participação e aprendizagem, pode-se dizer que as redes sociais possibilitam experiências complexas bastante distintas das tradicionalmente vividas por estudantes e professores em escolas. O objetivo deste trabalho é analisar e discutir a realização 56 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola de atividades de aprendizagem institucionais que ultrapassaram seus espaços comuns e passaram a ocupar redes sociais. Para tanto, analisamos dados netnográficos de interação escrita via Moodle e Facebook, gerados em um curso de Português como língua adicional a distância. A analise de dados demonstra que, embora se possa propor institucionalmente a transposição do uso de redes sociais para a sala de aula, é preciso atentar para a especificidade destes espaços interacionais e, portanto, para os tipos de tarefas pedagógicas que poderiam ser propostas de modo a aproveitar as qualidades que tornaram as redes sociais amplamente utilizadas fora da escola. LEITURA DE HIPERTEXTO DIGITAL: UM LINK NO PROFESSOR Lucienne de Castro Gomes (UFMG) A leitura de hipertextos está cada dia mais comum no meio digital e conhecer e refletir como ocorre esta leitura faz parte da investigação desse trabalho. O hipertexto, assim como em qualquer outro texto, requer do seu leitor estratégias e habilidades para compreensão, investigaremos como acontece a leitura de um hipertexto digital em um grupo de professores. Este estudo é de base qualitativa, com o objetivo de analisar e verificar as habilidades e competências de navegação no hipertexto digital e qual a consequência da leitura ou não dos hiperlinks para compreensão desse formato textual. Realizamos um experimento com um hipertexto digital, um infográfico, que foi apresentado aos participantes para leitura com o objetivo de responder algumas perguntas após a leitura. O estudo revela que a leitura do hipertexto não é tão diferente do texto impresso, de acordo com os autores (Lévy,1993; Chartier 2001; Coscarelli 2006; Ribeiro, 2012) nenhum texto é linear, e a leitura de hipertextos não é tão diferente assim. Queremos com este trabalho inserir um link para refletir como acontece a leitura de um hipertexto pelo professor e que caminhos poderemos navegar para contribuir com a interação entre o professor, o hipertexto digital e seus alunos. LETRAMENTO DIGITAL E A FORMAÇÃO DE LEITORES COMPETENTES NO ENSINO TÉCNICO E TECNOLÓGICO Emanuela Francisca Ferreira Silva (PUC MINAS) Flavio da Silva (CEFET-MG) Este trabalho é um convite a pensar a formação de leitores competentes no Ensino Médio à luz das NTICs (Novas Tecnologias da Informação e Comunicação). Neste início do século XXI em que o uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC) é uma constante entre os estudantes do Ensino Técnico Integrado é possível formar bons leitores? Na tentativa de responder a essa pergunta far-se-á um estudo teórico passando pelas reflexões de Marcuschi e Xavier sobre Hipertexto e Gêneros Digitais (2004), de Soares sobre Letramento (2002) e os estudos sobre cibercultura e ciberespaço de Pierre Levy ( 1996, 2010). A experiência em sala de aula e a convivência com alunos do Ensino Técnico serão utilizadas também como metodologia na #Hipertexto2013 l 57 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias tentativa de responder afirmativamente ao questionamento acima.Tentar-se-á por fim, defender que bons leitores pode ser sinônimo de hiperleitores. Assim, as NTICs não seriam obstáculos para as aulas de português mas, ferramentas propícias a um trabalho abrangente que abarcaria os diversos letramentos, entre eles, o letramento digital. LETRAMENTO DIGITAL NO ÂMBITO ESCOLAR: UM OLHAR PARA ALÉM DO INSTRUCIONAL Norma Suely Macedo (UNEB) Este trabalho traz uma reflexão sobre o meio técnico/digital e a influência das tecnologias de informação e comunicação na vida das pessoas e da escola. Discute-se sobre as características dos dispositivos (AGAMBEN, 2010) e dos aparelhos (FLUSSER, 2011), contrastando com as “novas” tecnologias digitais, considerando sua abrangência e possibilidades de uso na contemporaneidade. Reflete sobre a exigência do novo tipo de letramento, o digital, alertando que professores e estudantes, enquanto sujeitos sociais, necessitam “dominar” os recursos necessários à sobrevivência e inserção cidadã, destacando que a formação letrada digital envolve não apenas o mero domínio técnico, mas, sobretudo uma leitura e uso críticos dos textos/recursos digitais que permeiam a vida dos sujeitos, devendo o docente desenvolver um trabalho pedagógico que caminhe para esse fim. CI -07 LETRAMENTO DIGITAL: A PRÁTICA DE LEITURA E DE ESCRITA MEDIADA PELO BLOG Flávia Sirino de Oliveira (UFPB) JOÃO Wandemberg Gonçalves Maciel A escola atual encontra-se diante do desafio de desenvolver estudos voltados ao letramento digital, favorecendo condições para que o aluno aprenda a fazer uso das novas práticas sociais de leitura e de escrita na plataforma virtual. Nessa perspectiva, o estudo em tela objetiva investigar como o blog pode ser utilizado pelo professor de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II, enquanto recurso e estratégia pedagógica no desenvolvimento do letramento digital. Os objetivos específicos visam identificar as características desse letramento; mapear as experiências de uso do blog na mediação do processo de ensino-aprendizagem e compreender como as ideias pedagógicas de aprendizagem são pensadas e incorporadas na construção e no uso desse suporte digital. Através de uma abordagem crítico-reflexiva veremos que o blog é um ambiente que possibilita debates, estimula a comunicação, a democratização das 58 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola ideias, dissemina informações e proporciona apreensão de conhecimentos com liberdade de expressão. A pesquisa é exploratória e implica em novas alternativas que poderão subsidiar a prática pedagógica dos professores de Língua Portuguesa, visando mostrar resultados práticos oriundos do uso do Blog na sala de aula. LETRAMENTO DIGITAL: EM QUE NÍVEL SE ENCONTRAM OS DOCENTES DA REDE PÚBLICA DA CIDADE DE RIO TINTO Any Caroliny Duarte Batista (UFPB) Leandro de Almeida Melo (UFPB) João Wandenberg Gonçalves Maciel (UFPB) O projeto de pesquisa, Letramento digital: em que nível se encontram os docentes da rede pública das cidades de Mamanguape e Rio Tinto/PB, objetivou investigar a utilização dos recursos tecnológicos digitais da contemporaneidade na escola, de forma pedagógica, bem como o nível de letramento digital dos docentes. A metodologia utilizada foi de caráter descritivo e os pressupostos teóricos embasaram-se nas obras dos seguintes autores: KLEIMAN, (2004); LÉVY (1999); FREIRE (1998); SOARES (2002 e 2006); TFONI (1995). Os sujeitos da pesquisa foram 39 docentes de duas escolas públicas municipais de Ensino Fundamental I, ambas localizadas em Rio Tinto – PB. Os dados foram obtidos através da aplicação de questionários. Os resultados indicam que os sujeitos reconhecem que precisam ser habilitados tecnologicamente, mas, atribuem à falta de incentivo aliada à falta de tempo para o aperfeiçoamento dessas habilidades como as principais causas da não incorporação das tecnologias contemporâneas às suas práticas pedagógicas, apesar de reconhecerem a importância e a urgência dessa apropriação tecnológica. Verificou-se ainda que 76% dos professores afirmaram desconhecer o termo letramento digital, logo, não conseguem atribuir significado ao termo, nem perceber as implicações no contexto atual. Os demais, apesar de afirmarem conhecer o termo não se sentem letrados digitalmente. MAPAS CONCEITUAIS DIGITAIS ENQUANTO FERRAMENTAS HIPERTEXTUAIS Fernanda Laureano da Silva (UNIFACS) Denise Azevedo Lefrançois (UNIFACS) André Ricardo Magalhães (UNEB) Diante de profundas e contínuas mudanças no cenário educacional com a inserção das tecnologias da informação e comunicação, urgem, na contemporaneidade, novas atitudes comunicacionais que contemplem técnicas e estratégias para a resignificação do conhecimento. Assim, este trabalho discute a utilização de mapas conceituais digitais como ferramenta hipertextual na construção do conhecimento e, sobretudo, sua influência na autonomia criativa do sujeito, evidenciando-se no seu processo autoral. A intervenção foi realizada em um curso de Licenciatura em Matemática, na modalidade à distância. Nesta experiência, foram escolhidos #Hipertexto2013 l 59 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias mapas conceituais digitais, por estes apresentarem uma plasticidade e dinâmica de utilização compatível com as tecnologias digitais usadas em curso na modalidade à distância. Para a confecção dos mapas foi usado o software CmapTools. A intervenção teve a duração de 6 sessões. Em cada seção era construído um mapa com os conceitos tratados na atividade didática. Os dados analisados centraram atenção principalmente nas escolhas envolvidas por cada um dos estudantes na hora de criar os hiperlinks nos mapas. Os resultados demonstraram que o uso dos mapas como uma ferramenta hipertextual se torna bastante justificável na medida em que estes favorecem a construção de hipertextos mais estruturados com o desenvolvimento cognitivo do sujeito envolvido. LETRAMENTO DIGITAL: UMA ANÁLISE DAS ESTRATEGIAS DE LEITURA UTILIZADAS A PARTIR DO GENERO NOTICIA ONLINE Roviane Oliveira Santana (UNEB) Este trabalho buscou analisar as práticas de leitura de hipertextos noticiosos a partir de uma turma de alunos do 3º ano do ensino médio, visando verificar que estratégias de leitura eram utilizadas por esses estudantes na compreensão da notícia online, considerando que esse formato de texto tem se tornado cada vez mais atrativo aos jovens e exigido desse leitor uma maior atenção e uso adequado das estratégias de leitura. Para isso, seguimos os pressupostos teóricos de Bakhtin (1997), Marcuschi (2010) para refletirmos o gênero notícia online numa perspectiva dialógica e sociointeracionista quanto ao conceito de língua e de texto. Além das referências nos trabalhos de Xavier (2010), Komesu (2010) para se pensar o hipertexto no campo linguístico. A metodologia utilizada segue os pressupostos da pesquisa-ação abordada por Thiollent (1997), consistindo numa investigação na ação que possibilita uma colaboração maior dos sujeitos investigados, para que haja uma intervenção direta sobre a realidade. Os resultados obtidos indicaram as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos na leitura do hipertexto bem como a necessidade de se trabalhar o hipertexto e as estratégias de leitura em sala de aula, a fim de desenvolver competências e habilidades no processo de leitura, formando assim leitores críticos. LETRAMENTO DIGITAL: UMA PROPOSTA PARA A COMPREENSÃO TEXTUAL DE ALUNOS DE EJA Sidiane Ferreira Batista (UFAL) O presente trabalho visa apresentar, a partir do letramento digital, uma proposta de compreensão textual para os alunos da Educação de Jovens e Adultos. O letramento digital não é nada alheio a realidade dos alunos contemporâneos, em muitas situações os alunos tornam-se letrados digitalmente antes mesmo de chegarem à escola. Será realizada, nesta pesquisa, uma proposta de como o uso das diversas mídias pode melhorar a compreensão textual dos alunos da EJA. Tais alunos, apesar de terem passado muito tempo longe da escola, normalmente trazem para 60 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola o processo de ensino aprendizagem muito mais experiências vividas que se traduzem em uma espécie de letramento. O desafio é trazer para a escola o letramento que está presente na sociedade, no cotidiano dos alunos. Neste processo de formação é necessário salientar que as mídias por si só não resolverão o problema do baixo rendimento escolar no que se refere à compreensão de textos orais e escritos, faze-se necessário a interferência do educador letrado digitalmente. LETRAMENTOS DIGITAIS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA Leonardo Bruey Brito Madeira (UFPI/FAPEPI) Este trabalho tem por objetivo, destacar as condições do letramento digital nas atividades de um grupo de alunos, bem como observar os contextos socioculturais e suas relações na utilização dos letramentos digitais em situações de ensino de língua materna. Desta forma, promovemos um olhar sob as teorias do letramento e suas implicações no processo de ensino. Posto isto, trabalhamos sobre os preceitos teóricos de Soares (2006); Tfouni (2004); Rojo (2009); Leal (2004); Xavier (2005) dentre outros; no que tange as teorias do letramento, destacando as bases sociocomunicativas que atuam na manifestação do letramento digital. Sob essa condição, este trabalho atentou para uma análise de material escrito por alunos em meio digital (e-mail, facebook) em situação do cotidiano, ou seja, a pesquisa se deu em uma escola da rede pública, elencando as condições digitais de escrita, o que permitiram destacar as situações pertinentes para os objetivos destacados. Quanto aos resultados visualizados, observamos uma repercussão positiva através das atividades desenvolvidas por meio dos letramentos digitais, o que mostra a importância deste para os estudos da Linguística, na atualidade. CI -08 AS NTICS COMO MEIO DE FORMAÇÃO DE ALUNOS E PROFESSORES Márcia Azevedo Coelho (Unicamp) A pesquisa aqui apresentada fundamentou-se no preceito de que possibilitar a formação de cidadãos competentes no uso das mídias digitais além de ser meio de inclusão social apresentase, no contexto escolar, como forma de resgatar o interesse do aluno que percebe “um abismo” entre a interação exigida em seu cotidiano e a passividade em que se encontra forçosamente condicionado nas salas de aula tradicionais. Para aplicar as teorias e verificar as hipóteses, foi criado de um blog interdisciplinar. A hipótese inicial era a de que a interação estimulasse o estudante a assumir o papel de sujeito na construção de seu conhecimento, fomentando nele a capacidade de relacionar fatos e dados, de discutir, de formar opiniões, em um processo de #Hipertexto2013 l 61 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias colaboração entre usuários de uma mesma rede de interesses. A conclusão à qual se chegou foi a de que o trabalho pedagógico, por meio da hipermídia, proporciona o desenvolvimento do pensamento complexo no ambiente escolar como um todo, formando concomitantemente professores e alunos, e que as novas tecnologias, constituídas pelo paradigma da complexidade, conseguem impactar positivamente a postura do aluno e sua concepção frente ao conhecimento. LICENCIANDO DE LETRAS: SUJEITOS CARTESIANOS E HIPERTEXTUAIS? Maria Aparecida Gomes Barbosa (UERN/UERJ) Este estudo de base teórico-conceitual está inserido no meu projeto de doutorado do PROPED/ UERJ e, busca pistas que expliquem teoricamente como os dois sujeitos sociais: o cartesiano e o hipertextual está/estão sendo formado (s) no Curso de Letras, para coexistir nos ambientes sociais, incluindo a escola/universidade. Estas explicações técnicas partirão delas mesmas e serão posteriormente - no desenvolvimento da pesquisa empírica -, investigadas entre as experiências vivenciais desses dois sujeitos. Na verdade, embora utilizarmos estes termos, temos claro que nenhum dos dois age rigidamente de uma única forma. Entretanto, nos ambientes acadêmicos, os sujeitos tendem a aparentarem e ter atitudes mais cartesianas, totalmente opostas àquelas desenvolvidas nos demais ambientes sociais. Dentre os objetivos específicos dessa pesquisa, pretendemos: identificar os dois tipos de sujeitos no curso de Letras, no intuito de caracterizá-los. E verificar em que medida o futuro professor de Língua/Literatura é habilitado pela universidade a compreender e trabalhar com a mídia hipertextual como ela está sendo considerada nos demais ambientes sociais. LINGUAGEM E REDES SOCIAS: O FACEBOOK COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ALUNOS SURDOS Erivan Lopes Tomé Júnior (UFPB) A Internet dispensa qualquer forma de apresentação de suas funcionalidades, sendo hoje uma importante ferramenta de contato e inclusão social. Assim, esta pesquisa se propõe a contribuir para dimensionar alguns aspectos das dinâmicas de inclusão dos alunos surdos, através do uso do Facebook. O uso dessa rede social apresenta-se como uma das possibilidades que pode contribuir com o letramento digital e mais especificamente, na prática da leitura e da escrita dos alunos surdos. O tipo dessa pesquisa foi baseado no modelo descritivo e exploratório, já que após o experimento, utilizou-se tais métodos para a organização e interpretação dos resultados, analisando o uso do Facebook, envolvendo os alunos surdos. Nestes perfis foram observadas as postagens, publicações e interações ocorridas com outros usuários. Diante de tudo isso, pode-se afirmar que a interação estabelecida através dele encurta distâncias, transpõe barreiras e inaugura um modo totalmente inédito de estabelecer a comunicação entre internautas no ciberespaço. Portanto, durante a pesquisa percebeu-se que o Face veio introduzir uma nova maneira de se comunicar pela internet. E mais uma vez, confirma seu papel de disseminador de 62 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola conhecimentos múltiplos e diversificados. INTERNET, BLOG E MOTIVAÇÃO NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Cristiane Moura Lima de Aragão (USP) Esta comunicação tem como objetivo apresentar nossa experiência em um curso de italiano com enfoque cultural, com a utilização da Internet e a elaboração de um blog interativo com a participação nossa e dos alunos. Nossos objetos de estudo são os textos do blog e os questionários. Nossos objetivos são a) analisar os efeitos da utilização da Internet e do blog na produção escrita dos alunos, e b) verificar a ocorrência de mudanças nos textos dos alunos, na sua autonomia, na sua motivação e na colaboração entre os participantes. Nossa pesquisa apoia-se nos trabalhos de Swain (1985, 2005) e de Long (1996). Consideramos, também, os resultados reunidos por Wang e Vásquez (WANG, 2012). No primeiro semestre, o curso foi ministrado a um grupo de três alunas, neste semestre, o grupo é formado por 10 alunos. Os participantes são alunos dos cursos extracurriculares da FFLCH/USP, de níveis A2/B1/B2. Nossos dados constituem-se dos textos do blog, e-mails, e questionários. Os primeiros resultados mostram que não houve uma mudança significativa na produção escrita das participantes, mas houve mudanças na autonomia e na motivação. Neste semestre, estamos coletando dados com um grupo maior e mais heterogêneo para, posteriormente, confrontá-los com os já obtidos. O CIBERESPAÇO COMO SUPORTE PARA APRENDIZAGEM, ENSINO, USO E A DIFUSÃO DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA Maria Nilza Oliveira Quixaba (UFMA) O estudo em tela objetiva refletir sobre o impacto das redes de transformação na aprendizagem, no ensino, no uso e na difusão da língua de sinais brasileira. Para tal reflexão, serão revisitados os conceitos de ciberespaço, surdo e sociedade em rede, aprendizagem, língua de sinais brasileira e outros. O estudo foi orientado pelos pressupostos da pesquisa bibliográfica. Compreende-se que as novas tecnologias trouxeram para os surdos várias possibilidades não apenas sociais, laborais e educativas, mas, sobretudo a oferta de espaços de interatividade. A maneira de se relacionar antes considerada inacessível, hoje é uma realidade para estas pessoas, o tempo e o espaço geográfico se encurtou. Os ciberespaços têm sido usado frequentemente pelas comunidades surdas urbanas e a língua de sinais tem sido difundida nesses espaços, possivelmente por se configurar de baixo custo em comparação a outras mídias. Constata-se assim, que os ciberespaços contribuem para o ensino da língua de sinais se popularizar, aumentado as possibilidades de ensino e aprendizagem, apesar de ainda persistir, problemas relacionados, à aquisição dela por uma parcela significativa de surdos e educadores em todo país. #Hipertexto2013 l 63 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias RETÓRICA MIDIÁTICA: O ETHOS E A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DE UMA POPSTAR Leonardo Mozdzenski (UFPE/ECPBG) Este trabalho lança mão da noção de “retórica digital”, tal como definida por Xavier (2013), direcionando-a especificamente ao domínio midiático. Mais particularmente, esta investigação parte de um deslizamento conceitual de ethos, levando a discussão dos mecanismos retóricos para os meios audiovisuais na contemporaneidade. Para tanto, assumo que todo orador constrói discursivamente uma imagem de si com base nas representações sociais que julga adequadas para conquistar a confiança e a adesão do auditório. Essa autoimagem construída pelo orador é chamada de ethos e, para a sua constituição, são orquestrados tanto elementos verbais (orais ou escritos) quanto não-verbais (gestos, expressões faciais, tom de voz, movimento corporal, vestuário, etc.). Objetivando analisar esse fenômeno em um gênero midiático atual, o presente estudo discute em videoclipes estrelados por cantoras de que modo se dá a construção da identidade feminina de ‘popstar’. Com esse fim, encontram-se aqui conjugados conceitos da Retórica Clássica (Aristóteles, 2007), da Escola Americana da Nova Retórica (Bazerman, 2006; Miller, 2009); da Análise do Discurso (Maingueneau, 2008; Charaudeau, 2010), bem como da Sociocognição (Marcuschi, 2007; Van Dijk, 2008). Como corpus, apresento o videoclipe “Hollywood”, da cantora norte-americana Madonna (2003), para observamos suas estratégias retóricas, intertextuais e multissemióticas de construção da sua autoimagem. CI -09 O USO DO TABLET COMO OBJETO DE APRENDIZAGEM POR CRIANÇAS NO PERÍODO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Regina Felicio (UNESA) Rafael Monteiro (UNESA) Crianças com idade do período de Educação Infantil na fase de alfabetização apresentam dificuldade na fase de escrita devido à coordenação motora não está definida e com isso o processo de alfabetização em alguns casos é realizado com atraso. Após esta observação foi realizada uma análise e verificação de possíveis estratégias com o auxílio das tecnologias educacionais digitais e aplicativos adequados que pudesse amenizar a situação da inclusão da criança na tarefa da escrita. O objetivo é comprovar que o TABLET e o aplicativo LOUSA DIGITAL podem ser ferramentas para promover o desenvolvimento da coordenação motora e a aprendizagem. Como meta tem o uso do o TABLET e o aplicativo LOUSA DIGITAL como uma ferramenta para a estratégia de aprendizagem. Inclusive porque a alfabetização tecnológica 64 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola acontece de forma simultânea. A Metodologia e estratégia de ação utilizada foi através de um estudo das teorias da aprendizagem que embasam a aplicação da Tecnologia Educacional como ferramenta de aprendizagem e as teorias educacionais que embasam a questão da aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo. O JORNAL E AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA SALA DE AULA Ana Carolina Guedes Mattos (UFJF) Andreia Alvim Bellotti Feital (Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF) A pesquisa investigou de que maneira o desenvolvimento de um jornal (projeto piloto) e o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir na aprendizagem e na reflexão dos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal de Juiz de Fora, Minas Gerais, a partir da construção de um jornal. Os objetivos foram: I) pesquisar de que maneira os gêneros textuais podem auxiliar no aprendizado dos alunos; II) analisar de que forma as TIC contribuem no processo de ensino e de aprendizagem nas séries iniciais; III) construir com os educandos uma visão crítica a respeito do jornal como meio de comunicação. Buscamos subsídio teórico em alguns autores, dentre eles: Pierre Lévy, Lúcia Santaella, Manuel Castells, Lúcia Amante, Luiz Antônio Marcuschi e Lev Vygotsky. A pesquisa é qualitativa e teve como fundamentação teórica: a teoria Histórico-cultural. Os dados foram coletados a partir de análise de documento - Projeto Político Pedagógico -, observações das atividades produzidas pelos alunos e entrevista coletiva sobre o projeto piloto. As considerações emergentes do campo de investigação apontaram para o relacionamento entre Educação e Comunicação Social como potencializadoras da construção do conhecimento e reflexão crítica sobre o uso social da mídia jornal. O OLHAR DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL SOBRE A ESCOLA NA ERA DIGITAL Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG) Lais Venâncio de Melo (UFCG) Na era digital a tarefa da escola se volta para o trabalho de mediação entre o aluno e as novas tecnologias, no sentido de formá-lo sujeito crítico, criativo e produtivo. Assim, este estudo, de natureza qualitativa, objetiva refletir sobre os pontos de vista de sujeitos em processo de formação e se insere na tentativa de entender a função social da escola nesse cenário contemporâneo em que as tecnologias digitais invadem as relações sociais. Dezoito (18) posicionamentos, por escrito, no que diz respeito a esse tema constitui o corpus de análise e foram interpretados sob as perspectivas teóricas de Palfrey e Gasser (2011), Demo (2010), Kenski (2007), Petarnella (2008), Tardif e Lessard (2009). Os dados evidenciam que a escola não perdeu seu caráter formativo, além de estar diante do desafio para o enfrentamento dos usos das tecnologias digitais em sala #Hipertexto2013 l 65 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias de aula. Os olhares dos sujeitos estão perpassados por visões prospectivas, críticas, negativas, ativas ou apenas adaptativas no que se refere às ações da escola como instituição educativa. No entanto, revelam a necessidade da formação docente, de modo que possa garantir conhecimento de práticas pedagógicas efetivas para os letramentos digitais. O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O USO DOS TABLETS NA SALA DE AULA: DA ALFABETIZAÇÃO DIGITAL A CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO Patrícia Brandalise Scherer Bassani (Universidade Feevale) Elias Wallauer (Universidade Feevale) Lovani VolMer (Universidade Feevale) Cristina Ennes da Silva (Universidade Feevale) Estudos apontam que há um descompasso entre o potencial das tecnologias digitais no contexto educativo e o seu uso efetivo para impulsionar os processos de ensino e de aprendizagem. Também pesquisas nacionais mostram, que apesar de todo o investimento realizado para a introdução das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação, o uso efetivo do computador e da Internet pelos professores nas atividades com os alunos ainda se caracteriza como um grande desafio. Dentre as maiores dificuldades destacam-se problemas de infraestrutura e a necessidade de formação de professores. O Projeto de Padrões de Competência em TIC para Professores, desenvolvido pela UNESCO, tem por objetivo apresentar diretrizes que possam orientar e impulsionar novas práticas educativas combinando habilidades em TIC com inovações em pedagogia, currículo e organização escolar. A proposta da UNESCO contempla três abordagens complementares: alfabetização digital, aprofundamento do conhecimento, e criação de conhecimento. Este artigo apresenta um relato de experiência envolvendo a proposta de formação de professores para uso dos tablets na sala de aula, desenvolvida no âmbito do projeto Educanet, na Escola de Aplicação Feevale/RS. Resultados parciais apontam para um avanço na proposta curricular, contemplando os tablets como artefatos tecnológicos digitais. O PROJETO UCA EM 11 ESCOLAS DE SANTA CATARINA: A REINVENÇÃO DO OLPC Gisele Luz Cardoso (IFSC) Selma dos Santos Rosa (UFSC) Carlos Alberto Souza (IFSC) Valdir Rosa (Universidade do Minho) No Brasil, o uso de Laptops em sala de aula (projeto UCA) – inspirado no projeto americano OLPC (On Laptop Per Child) – tem como finalidade promover a inclusão digital, pedagógica e social mediante a aquisição e a distribuição de computadores portáteis -os laptops educacionais - em 66 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola escolas públicas (BRASIL, 2010). O presente trabalho visa mostrar os resultados obtidos por um grupo de pesquisa do estado de Santa Catarina que avaliou o uso dos Laptops Educacionais em 11 escolas do estado. Depois da avaliação, as escolas foram visitadas e dados foram colhidos através de questionários e entrevistas respondidos por alguns gestores, alunos, pais/ responsáveis e docentes das disciplinas de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (CNMT) nas 11 escolas. Depois da análise dos dados, foi oferecida para as escolas uma oficina denominada “Estratégias Pedagógicas para o Ensino de CNMT com apoio das Tecnologias Educacionais Móveis” a qual objetivou abordar o ensino de CNMT e a aplicação da estratégia pedagógica Hands-on-Tec, que busca contribuir com o uso de tecnologias educacionais móveis, com destaque para aos Laptops Educacionais. Resultados preliminares indicam que os docentes participantes da oficina avaliaram-na positivamente devido, principalmente, a sua dinamicidade e alta qualidade. CI -10 O USO DAS TIC E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA Veraluce da Silva Lima (UFMA) Utilização das TIC no contexto educacional. Apresentamos os resultados da pesquisa realizada em escolas públicas da região metropolitana de São Luís-MA. A pesquisa teve como objetivo “Investigar a utilização das TIC, mais especificamente, da Internet na prática pedagógica do professor”. Dentre os teóricos que embasaram a pesquisa, destacamos: Almeida d´Eça (2002), Castells (2005), Castro (1995), Fonseca (2002), Marcuschi; Xavier (2004), Paiva (2004), Pereira (1995), Husserl (2000), os quais discutem as novas tecnologias e sua influência na sociedade contemporânea. A metodologia foi de base fenomenológica, com aplicação de questionários com perguntas abertas a professores de português, de dez escolas da rede pública: quatro do município de Paço do Lumiar-MA e seis de São Luís. Com a análise dos questionários, chegamos ao seguinte resultado: a não utilização das TIC pelos professores decorre de: Falta de espaço adequado e equipado com computadores funcionando; Formação do professor; Ausência de políticas educacionais eficientes que viabilizem a integração das TIC no ensino; Não reconhecimento das potencialidades das tecnologias digitais como ferramentas pedagógicas. #Hipertexto2013 l 67 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CLARICE NUNCA DISSE: IDENTIDADES E SUBJETIVIDADES DA LITERATURA NAS REDES SOCIAIS DIGITAIS Anderson Gomes Paes Barretto (FAFIRE) O trabalho traz uma reflexão sobre a recepção da literatura nas redes sociais digitais, tomando como base a presença de Clarice Lispector no Facebook e no Twitter, ao ponto da escritora, mesmo após mais de três décadas de sua morte, ser transformada num fenômeno pop. A própria noção de identidade na era digital, veloz e fragmentada, contribui para que conteúdos falsos, ou mesmo desconectados de contexto, continuem sendo publicados na web. Uma das consequências disso, por exemplo, é a criação de comunidades virtuais de fãs de Clarice Lispector que, nascidos na era do computador, jamais chegaram a ler um de seus livros. É nesse cenário que a crítica se faz ainda mais necessária, com ética e responsabilidade, no ensino de literatura nas escolas, especialmente, diante de modismos e comportamentos atuais, descompromissados com as obras canônicas, em meios que permitem o anonimato graças à virtualidade nas relações sociais. O USO DO CELULAR NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA Aline Musse Alves Pereira (Colégio Pedro II/Seeduc-RJ) Este trabalho apresenta uma proposta pedagógica de utilização do celular como ferramenta de suporte na construção do conhecimento nas aulas de História. O relato refere-se a atividades desenvolvidas com alunos do 3º Ano do Ensino Médio da Rede Estadual do Rio de Janeiro. A partir do estudo das formações históricas da Constituição Federal e da leitura dos direitos fundamentais do cidadão nela inscritos, observou-se o interesse dos alunos em verificar a efetiva aplicabilidade destes, na sociedade. Propôs-se uma pesquisa documental e de campo para averiguar a situação atual de tais questões e, como produto final, a produção de um vídeo em que cada tema fosse retratado, a partir do material coletado. As pesquisas foram construídas em grupos, utilizando-se do celular para coleta de materiais e o uso da rede social Facebook para interação com os colegas e orientação do professor. Após a exibição nas turmas, os vídeos foram postados no Youtube. A proposta buscou desenvolver o senso crítico dos alunos, promovê-los enquanto cidadãos e aproximar os conteúdos históricos das necessidades sociais atuais, como propõe a autora Maria Aparecida Behrens. A escolha das ferramentas pautou-se na importância de integração das tecnologias na educação, tendo como referencial teórico José Manuel Moran. 68 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola O USO DO FACEBOOK PELOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA: TRABALHO COM A LÍNGUA/LINGUAGEM Renalle Meneses Barros (UFCG) Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG) Os sites de redes sociais, consolidados socialmente como espaços sociointerativos, possibilitam não apenas a efetivação de atividades interativas, mas também o surgimento e consolidação de legítimas práticas sociais, que perpassam necessariamente pelo uso de múltiplas linguagens. Rememorando a recente inserção dos professores de língua portuguesa nesses ambientes, temos como objetivo geral investigar o uso que esses profissionais fazem do Facebook em relação ao seu objeto de ensino (a língua/linguagem). Para tanto, descrevemos e interpretamos esse fazer a partir da observação sistemática das publicações por eles realizadas, no período compreendido entre dezembro de 2012 a maio de 2013. Os fundamentos mais relevantes para essa investigação foram aquelas que envolvem o caráter enunciativo da linguagem de Bakhtin/ Volochinov (1997 [1929]), com foco na interação verbal, além de buscarmos amparo em áreas afins como a Pedagogia e a Comunicação. A partir da observação, categorização e triagem do corpus, estabelecemos três categorias de análise: dicas gramaticais; interações sociais e interações afetivas. A partir da análise realizada foi possível diagnosticar que os professores utilizam, com predominância, o Facebook em sua forma mais inerente: interagindo socialmente, o que demonstra a função social da rede, na qual os professores se entrelaçam em relações sociais ora com seus pares, ora com seus alunos. OS DESAFIOS DO USO DO TABLET PELO PROFESSOR NA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO Angélica Magalhães Neves (UCB) Caroline Rodrigues Cardoso (SEDF) Em maio de 2013, 3 mil professores de ensino médio da rede pública de ensino do Distrito Federal receberam tablets como parte do Plano de Ações Articuladas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF) com o Ministério da Educação (MEC). Para esses professores, a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do DF (EAPE) ministrará um curso de formação semipresencial, de agosto e novembro. Assim, esta pesquisa objetiva investigar os desafios do uso do tablet pelos professores de uma escola pública de ensino médio do Distrito Federal e contribuir com algumas propostas metodológicas para o trabalho com esse recurso pedagógico em sala de aula. Com base na Teoria da Enunciação (Bakhtin, 1997; Bakhtin/ Volochinov, 1999) e na Pedagogia dos Multiletramentos (The New London Group: Cazden; Cope; Fairclough; Gee; Kalantzis; Kress; Luke; Luke; Michaels; Nakata, 1996), esta investigação, de cunho qualitativo, utiliza como principais instrumentos metodológicos o questionário, a observação participante e a entrevista. Como resultados, espera-se que o tablet seja usado não só como ferramenta de ensino e aprendizagem, mas também como um recurso de aprimoramento da #Hipertexto2013 l 69 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias prática pedagógica, de rompimento do medo para com a tecnologia e de troca de experiências exitosas entre professores e estudantes. CI -11 POROROCA DIGITAL: UM RECORTE DO LETRAMENTO DIGITAL DO PROFESSOR NA CIDADE DE ANANINDEUA – AMAZÔNIA – PARÁ Teodomiro Pinto Sanches Neto (UNAMA) Objetiva-se apresentar neste artigo uma investigação das práticas de letramento digital e a metodologia do professor e sua reflexão no ambiente de trabalho após participação no programa de formação continuada nos cursos - Introdução à Educação Digital, Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC e Elaboração de Projetos, ofertados pelo Núcleo de Tecnologia Educativa – NTE - Ananin para docentes de Educação Básica de escolas publicas estaduais do município de Ananindeua – Pa. Os resultados indicam a importância da aquisição do letramento digital e da formação continuada para a inovação das práticas pedagógicas, com o dilema: tecnologia x metodologia. Para tanto, será apresentado um recorte de como a máquina/computador é introduzido na escola ao longo da história. As reflexões baseiam-se na teoria do dialogismo de Bakhtin e nos estudos de Kleiman, 1995; Lévy 2003; Marcuschi, 2004; Moran, 2008; Soares, 2006; e outros estudiosos. POTENCIALIDADES E LIMITES PEDAGÓGICOS NA UTILIZAÇÃO DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Fabíola Anita Romêro Gomes (Cefet-MG/Pref. de Belo Horizonte) Buscamos analisar os limites e as possibilidades trazidas pelo contexto emergente de aprendizagem com mobilidade – mobile learning, considerando os recursos e ferramentas presentes nos aparelhos celulares. Os dados foram coletados em uma escola pública de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na cidade de Contagem em Minas Gerais, através da pesquisa qualitativa, por meio do estudo de caso. Para a coleta de dados, foram utilizados questionários, entrevistas, diário de bordo e arquivo contendo a troca de mensagens enviadas e recebidas (SMS) entre a pesquisadora e os sujeitos participantes da pesquisa. Os resultados obtidos indicam que os estudantes e os professores participantes na investigação são favoráveis à utilização do celular enquanto recurso pedagógico, sendo viabilizado por meio dos projetos de trabalho. As principais limitações encontradas foram: a infrequência dos estudantes; alteração do calendário escolar; dificuldades em lidar com algumas funcionalidades e a incompatibilidade entre aparelhos diferentes. Mesmo com as dificuldades apresentadas, foi possível verificar as 70 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola seguintes possibilidades: a flexibilização dos tempos e espaços; os projetos de trabalho; as funcionalidades - internet, vídeo e câmera; a familiaridade com a tecnologia; a autonomia e a interação entre os sujeitos e a disponibilidade para se letrarem digitalmente, tanto o professor, quanto os estudantes. PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL NO SKOOB Sérgio Araújo de Mendonça Filho (IFPB) O presente trabalho visa estimular a leitura literária dos alunos do ensino médio técnico integrado do IFPB Campus João Pessoa a partir das práticas de letramento digital por meio do uso interativo nas redes sociais, especificamente da rede de leitores Skoob. Estando os alunos cada vez mais afeitos às redes sociais e, portanto, mais sujeitos às práticas de interação nesse meio, faz-se necessário a transposição de parte da aula de literatura entre as quatro paredes da sala ao ambiente virtual a fim de propor aos educandos atividades relacionadas à leitura literária e, consequentemente à interação e escrita mediadas pelo professor, pois “o ensino de literatura precisa estar atrelado ao contexto dinâmico das novas ferramentas tecnológicas. No contexto atual, marcado pela cibercultura, (...) a literatura busca caminhos para se adaptar à era (...) da hipermídia...”. (MARTINS, 2006, p. 97). Ancorado na fundamentação teórico de estudiosos como Lévy (1999), Xavier (2009) Marcuschi (2008) e Cosson (2012), o trabalho ora apresentado obteve significativas mudanças de atitude e hábitos entre boa parte dos estudantes de ensino médio do IFPB. PRÁTICAS DE LETRAMENTO NO CONTEXTO DIGITAL: USOS DA LEITURA E ESCRITA NO TELECENTRO DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA Maria Jacy Maia Velloso (Unimontes) Maria Lúcia Castanheira (UFMG) Neste artigo apresentamos a pesquisa em andamento cujo objeto de estudo centra-se na análise das maneiras de apropriações das práticas de leitura e escrita no uso do computador e da internet em uma comunidade quilombola situada ao norte de Minas Gerais. Estão sendo observados aspectos como letramento no contexto digital, os significados, valores e finalidades que essa comunidade confere ao uso do computador e da internet no telecentro. Tendo como referência os estudos de Heath (1983) e Street (1984) Kress (1998, 2003), Knobel e Lankshear (2006), buscaremos examinar como a escrita articulada a uma ‘cultura digital’ é vivenciada e visionada por determinados grupos sociais. Optamos como eixo metodológico uma abordagem etnográfica com o intuito de verificar como as práticas de letramento se instauram naquele contexto, possibilitando observar quem são esses sujeitos na comunidade que usam o computador, que ações passam a executar e as diversas interações que se estabelecem no telecentro. A pesquisa tem como resultado estimado que os diferentes grupos da comunidade utilizem o computador construindo seus letramentos conforme a demanda de uso em seu #Hipertexto2013 l 71 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias cotidiano, atuando com estratégias diferenciadas para apropriação de novas relações com a oralidade e a escrita no ambiente digital. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ENSINO DE ELE NO MOODLE PARA O CESB Valéria Jane Siqueira Loureiro (UFS) O Curso de Espanhol Básico (CESB) oferecido à comunidade interna da Universidade Federal de Sergipe e promovido pelo Departamento de Letras Estrangeiras com o Centro de Educação Superior a Distância da Universidade Federal de Sergipe na modalidade a distância se trata de um curso de extensão que oferece o ensino de espanhol como língua estrangeira a distancia pela plataforma moodle como forma de proporcionar para os alunos da UFS que não podem realizar o curso na modalidade presencial a possibilidade de aprender o espanhol proporcionando a aprendizagem da língua de forma interativa e comunicativa, a partir de uma metodologia comunicativa com enfoque multicultural. O curso conta com a colaboração de 12 estudantes da graduação em Licenciatura em Letras (espanhol e português/espanhol) integrantes do Projeto em “Novas tecnologias e a construção/uso do Material Didático”. Neste curso, se objetiva também a formação inicial dos estudantes que atuam como tutores, pois passam pela experiência da prática docente de criação e elaboração de material didático on line, tendo como intenção o aperfeiçoamento da formação acadêmica no que se refere à prática docente em língua espanhola. Neste trabalho trataremos o projeto do CESB desenvolvido com a elaboração de materiais didáticos online para os alunos. CI -12 PRIMAVERA EM NOVA IORQUE: O FACEBOOK QUEBRA O SILÊNCIO DE UMA COMUNIDADE MARANHENSE Tânia Regina Barbosa de Sousa (IFS) Rita Simone Barbosa Liberato (IFS) Patrícia Santos de Jesus (IFS) Este estudo objetiva analisar qual o papel das redes sociais – especificamente o Facebook, para a promoção do discurso dos eleitores da cidade de Nova Iorque-Maranhão, partindo-se da pesquisa de análise de conteúdo das postagens e comentários das páginas “Nova Iorque Maranhão”, criada para divulgação da agenda político-social e cultural daquela cidade, e do grupo “Notícias de Nova Iorque”, ambos com postagens feitas por cidadãos residentes no local e/ou residentes que migraram para outros espaços urbanos, a fim de se investigar se há alteração no discurso desta população no que tange às eleições municipais ocorridas em 2012. Este estudo se baseou nas pesquisas sobre hipertexto, análise do discurso e análise da página 72 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola “Nova Iorque Maranhão”, nos meses de outubro e novembro de 2012 a julho de 2013, por serem aqueles primeiros os que permearam o momento eleitoral e os últimos em que constam uma análise parcial do primeiro semestre da nova administração municipal. PROGRAMA ALUNO CONECTADO Cíntia Virgínia Sales (UFPE) O Governo do Estado de Pernambuco, sobretudo a partir de 2006, tem dirigido sua política de governo para o tema inclusão digital (ID). Professor Conectado, Projeto Gestor Móvel e o Programa Aluno Conectado que se afirma enquanto promotora da inclusão digital a partir da distribuição para os estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio e Normal Médio, de um equipamento híbrido, um netebook tablet. Pretendemos com esta pesquisa analisar a efetivação do Programa Aluno Conectado (PAC), bem como investigar o discurso do poder público quanto à inclusão digital nos documentos oficiais do programa e compará-lo ao discurso dos beneficiários da distribuição dos equipamentos. Quanto ao arcabouço teórico compreendemos ID como uma inclusão que seja social e não informacional. Dentre os pressupostos metodológicos trabalharemos em uma abordagem qualitativa, utilizando observação sistêmica, entrevistas e corpus latente a internet para a coleta de dados. Como resultado destacam-se, que programa nasce sem a preocupação de incluir entretanto, os próprios estudantes recriam o programa, o equipamento e sua lógica a partir da Cultura Harker e efetivam a ID ao seu modo. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS PARA O USO DA NARRATIVA TRANSMÍDIA NAS AULAS DE LITERATURA Daniele Toledo Machado (UCB) O século XXI veio marcado pela tecnologia, e nele nasceu uma geração de alunos dependentes dos aparelhos eletrônicos. Assim, percebemos os desafios que os professores têm enfrentando dentro da escola, principalmente nas aulas de literatura. Os alunos leem 400 páginas das aventuras de Harry Potter, mas não se sentem atraídos por Machado de Assis (obrigatório para o vestibular da UnB). Acreditamos que o fenômeno está associado ao conceito de narrativa transmídia, criado por Jenkins (2008) e comumente aplicado à história do bruxo. A transmídia possibilita a construção da autonomia intelectual a partir da leitura de obras complexas e rompe com as verdades absolutas impostas por professores. O objetivo desta análise é associar tecnologia móvel à literatura. Apresentaremos a narrativa transmídia como instrumento de estímulo ao educando a fim de torná-lo capaz de trabalhar com diferentes interpretações das obras literárias, relacionando o conhecimento adquirido por meio da obra com aquele que ele produz como sujeito social. A intenção é mostrar o uso de diferentes tipos de letramentos que o aluno pode ter acesso diariamente no processo de ensino e aprendizagem. Ele deve compreender que a sociedade somente é construída e transformada, em razão da intervenção e da interpretação de diferentes fatores. #Hipertexto2013 l 73 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias REDES SOCIAIS E CONSTRUÇÃO COLETIVA DE CONHECIMENTOS: UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO INICIAL DE PEDAGOGOS POR MEIO DE UM “FACEGROUP” Gilberto Lacerda Santos (UnB) Os espaços de formação de pedagogos para o uso de tecnologias digitais na educação no currículo do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Educação da universidade de Brasília são bastante restritos e limitam-se a algumas disciplinas optativas. A disciplina Computadores e Educação é um desses raros espaços de trabalho em que, de forma paliativa, tenta-se, em um curto espaço curricular, promover o letramento digital dos futuros pedagogos. No segundo semestre de 2012, testamos uma estratégia de promoção da construção colaborativa de conhecimentos sobre o tema por meio do uso de um grupo criado na rede social Facebook, com o objetivo de levar os alunos a abordar os conteúdos e as práticas visadas e a compreender o potencial educativo das redes sociais. Este foi o objetivo da pesquisa-ação, conduzida com uma turma de 20 alunos, os quais puderam vivenciar diversas situações de aprendizagem mediada pela informática, a partir de pressupostos teóricos de Juliani et alli (2012) e de Santos e Andrade (2010). Os resultados apontam para o sucesso da experiência e para diferentes possibilidades de letramento digital de pedagogos em formação. SISTEMATIZAÇÃO INTERDISCIPLINAR DE APRENDIZAGEM: UM CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSOS Jussara Mendonça de Oliveira Seidel (UCB) Ana Paula Costa e Silva (UCB) Chris Alves da Silva (UCB) Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa com discentes de curso de pós-graduação a distância em Orientação Educacional. A pesquisa refere-se às contribuições da Sistematização Interdisciplinar, um instrumento de avaliação de aprendizagem, centrado no no estudante e dirigido pelo professor. Foi realizada pesquisa bibliográfica e exploratória por meio da aplicação de questionário e análise de conteúdo das respostas. O referencial teórico enfatiza que a avaliação eficaz, formativa, interdisciplinar e aplicada ao contexto contribui para aprendizagem e mudança de hábitos de estudantes e professores. Os resultados revelam uma relação direta do processo avaliativo com o processo de elaboração de trabalhos de conclusão de curso e com o alcance dos objetivos de aprendizagem do curso. 74 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -13 SOCIOLOGIA DA CIÊNCIA E DA TÉCNICA: INTERAÇÃO SOCIAL MEDIADA POR TECNOLOGIA E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM André Dala Possa (IFSC) O texto apresenta reflexões de pesquisa na qual pretende-se evidenciar contribuições da sociologia para compreender melhor as interações sociais mediadas por tecnologias digitais para o processo de ensino aprendizagem. Desde os estudos da Escola Sociológica de Chicago, pelo interacionismo simbólico, ocorreram remodelações importantes no “interagir”. Em rede, com realidades cada vez mais complexas, a sociedade contemporânea impõe ao sistema educacional reinventar-se; conhecer as formas de interação, os valores simbólicos, o “comunicar” que se popularizou com a Internet. No Brasil, o aumento da oferta de cursos à distância concomitante à expansão da rede pública de educação profissional consagrou metodologias didáticas ciberculturais que, talvez, não passem de adaptações de um modelo offline a outro online. A escola não é etérea e a sociologia pode contribuir para conhecer e melhorar esses processos em prol de mais resultados em sala de aula, mesmo que esta tenha sido transferida para a aba do chat das redes sociais. No que se refere à metodologia, o projeto coloca-se aberto à discussão, não apenas pela transdisciplinaridade, mas também porque os próprios métodos de investigação demandam nova episteme: mais qualitativa, menos unitária – a proposta é inovar a partir das epistemologias reticulares. TECNOLOGIA DIGITAL EM SALA DE AULA: DIFICULDADES PARA A INSERÇÃO DE RECURSOS AVANÇADOS DE TECNOLOGIA DIGITAL POR PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO Geyza de Freitas Santos (UFPE) O presente trabalho busca fazer uma análise sobre as dificuldades da inserção das TIC na educação, analisando o papel do professor dentro desse contexto. De acordo com a temática levantamos o seguinte problema: Quais as dificuldades apresentadas pelos professores do Ensino Médio em relação ao uso de recursos tecnológicos implantados? Escolhemos por objetivo geral investigar as causas das dificuldades apresentadas para o uso das novas tecnologias por parte dos professores do Ensino Médio de uma escola do município de Belo Jardim Pernambuco. Foram nosso suporte teórico, Bogdan (1994), Coll e Monereo (2010),Kenski (2007), Veiga(2010), entre outros. Os dados foram tratados a partir da análise de conteúdo e as categorias analíticas são: I – Inserção de tecnologias virtuais na educação; II – A demanda contemporânea para a docência e III – O papel da formação continuada para o uso de recursos tecnológicos. Os resultados apontam que os professores demonstram ter dificuldade em acompanhar a velocidade da tecnologia, bem como #Hipertexto2013 l 75 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias adequar o seu planejamento aos recursos tecnológicos oferecidos, necessitando assim de uma formação continuada mais intensa, para lidar com esse atual contexto. Concluímos que o papel do professor na sociedade atual é de transformador da sociedade da qual ele também faz parte. WEBQUEST, INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E ENSINO DE INGLÊS COMO LA: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA Maria Carolina Porcino (UFES) Kyria Finardi (UFES) A Webquest propõe a aprendizagem através da realização de tarefas em grupos baseadas primordialmente em recursos da internet. Grupos estes essencialmente heterogêneos, que se constituem de indivíduos com múltiplas inteligências. O presente trabalho tem como objetivo analisar uma Webquest que contempla as inteligências múltiplas e refletir como esta pode favorecer a aprendizagem do inglês como língua adicional (LA) de forma mais colaborativa. O processo de elaboração da webquest seguiu as orientações e etapas sugeridas por Dodge (2004). Este estudo utilizou uma metodologia qualitativa para analisar a ferramenta proposta levando em consideração os princípios do método de ensino baseado em tarefas (NUNAN, 2008, SKEHAN, 1998) e da teoria de múltiplas inteligências (GARDNER, 2000). Resultados preliminares do estudo sugerem que a proposta de se trabalhar esta ferramenta com foco nas inteligências múltiplas pode facilitar a integração dos diversos perfis de aluno e favorecer uma aprendizagem colaborativa ainda mais significativa. A INSERÇÃO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA: PREPARAÇÃO E CONDUÇÃO EFICIENTE DE AULAS E ATIVIDADES Felipe de Brito Lima (UFPE) Este estudo é uma investigação a respeito de como técnicas de didática e gerenciamento das dinâmicas de sala de aula podem otimizar a preparação e condução de atividades de aprendizagem utilizando dispositivos móveis. A literatura sobre blended learning é uma ampla fonte de referências sobre o uso de ferramentas tecnológicas no contexto da sala de aula. No entanto, levantamentos recentes mostram que ainda são poucos os estudos conduzidos em escolas, fora do âmbito dos ensinos superior, técnico e profissionalizante. Apesar de haver neste campo um claro foco em teorias da aprendizagem, questões referentes a dinâmicas de sala de aula – como disciplina, eventual dispersão por parte dos alunos e a condução e o desenrolar das atividades – costumam não receber ênfase, o que aumenta a insegurança e desestimula a adesão por parte dos professores. Este trabalho é um esforço no sentido de preencher esta lacuna, combinando revisão bibliográfica nas áreas de didática e blended learning a relatos de experiência de atividades e projetos realizados utilizando dispositivos móveis em aulas de inglês como língua estrangeira. Como resultado, são sugeridas formas concretas de utilizar diferentes dispositivos como instrumentos de aprendizagem eficazes, buscando aproximar-se de forma objetiva da realidade das salas de aula. 76 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: ALTERNATIVAS DE APLICATIVOS FACILITADORES À EXPRESSÃO ORAL PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS Ana Liz Souto Oliveira de Araújo (UFPB) Jailma Souto Oliveira da Silva (UEPB) As pessoas portadoras de necessidades especiais para comunicarem-se através da palavra falada enfrentam dificuldades em interagirem nos contextos educacionais e sociais. Sabemos que a comunicação não se restringe apenas a pronúncia do verbete oral, e que o desejo de expressarse move os sujeitos a criarem alternativas de comunicação. Apesar disso, a fluência do discurso é de suma importância em função da fala ser intrínseca ao ser humano, que comunicar-se fora da oralidade, coloca esses sujeitos a margem da “normalidade” esperada. Atualmente, a tecnologia oferece recursos utilizáveis como elementos facilitadores permitindo a esses sujeitos fazer laço social, minimizando os problemas de comunicação oral. Nesta vertente, este trabalho propõese a uma revisão sistemática apresentando aplicativos existentes para dispositivos móveis que podem ser utilizados como instrumentos que propiciem autonomia na comunicação e na mobilidade de seu portador. Com base nesses dados, realizamos uma discussão a respeito do uso desses aplicativos no contexto educacional, identificando a necessidade de maior capacitação do professor a fim de favorecer, via tecnologia, recursos facilitadores para a comunicação oral desses alunos. Espera-se que capacitando o Educador no manejo dos softwares, esse instrumento possa ser melhor utilizado quando associado às necessidades singulares desses alunos dentro de seu contexto especifico. CI -14 ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE ENSINO DE DESENHO BÁSICO A DISTÂNCIA Ilton da Costa Souza Filho (UFPB/UNIPE) Flávia Veloso Costa Souza (UFPB) Marcos Aurélio Pereira Santana (UFPB) O objetivo deste trabalho é conceber uma proposta pedagógica para o ensino de desenho básico, nos cursos de engenharia, na modalidade semipresencial. Para isso, serão estudadas formas de integrar conceitos e procedimentos de modo a proporcionar um aprendizado autônomo. É importante destacar que o ensino do desenho básico nos dias de hoje, em que a maior parte dos desenhos são digitais, deve-se dedicar especificamente ao ensino da linguagem gráfica, ou seja é fundamental a compreensão e execução da linguagem do desenho projetivo pelos #Hipertexto2013 l 77 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias estudantes, sendo o traço, o desenho à mão, e a habilidade de manuseio dos instrumentos de desenho secundários. Em termos metodológicos, este estudo se caracterizará pela exploração dos software de computação gráfica sketchUp e Autocad, os quais serão utilizados para a elaboração de materiais instrucionais para apoiar o ensino dos conteúdos da disciplina bem como para a execução dos trabalhos práticos a serem desenvolvidos pelos alunos. Esperamos o desenvolvimento de conteúdos específicos e adequados para o ensino a distância da disciplina Desenho Básico, bem como uma redução do índice de desistência dos alunos através do desenvolvimento de uma disciplina dinâmica em que o mesmo possa fazer suas atividades utilizando conhecimentos básicos de computação gráfica. FOMENTO AO USO DE TENOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO PRESENCIAL: PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS A PARTIR DO EDITAL 15/2010/CAPES NA UFJF Diovana Paula de Jesus (UFJF) Priscila Aleixo da Silva (UFRJ) Eliane Medeiros Borges (UFJF) O presente artigo objetiva traçar um panorama geral acerca do material didático produzido na Universidade Federal de Juiz de Fora, em consonância com o projeto atendido pelo edital n°15/2010/CAPES/DEG que propõe o “Fomento ao uso das tecnologias de comunicação e informação nos cursos de graduação”. Esse edital tinha por finalidade favorecer a institucionalização de métodos e práticas de ensino e aprendizagem inovadores por meio das TIC, buscando promover a integração e a convergência entre as modalidades de ensino presencial e a distância. A partir da proposta do edital, este trabalho procura perceber de que forma cumpriu-se o objetivo de contribuir para uma cultura acadêmica pautada no uso de tecnologias. Para melhor fundamentar nossas análises, recorre-se ás contribuições de autores como Moran e Valente, por sua relevância no debate reflexivo do uso das tecnologias nos ambientes de ensino. O objeto de estudo aqui apresentado são CDs e DVDs produzidos por alguns cursos da universidade, adotando um modelo com cinco variáveis para análises mais especificas de tais produções. Como considerações finais, trazemos reflexões em relação à defasagem na utilização dos recursos audiovisuais em materiais analisados, assim como a necessidade de aprimoramento dos recursos acadêmicos produzidos, no âmbito da universidade, para esse edital. 78 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola FÓRUM INTERATIVO POR FASES: UM INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO E AVALIAÇÃO Mercia Helena Sacramento (UCB) Jussara Mendonça de Oliveira Seidel (UCB) Tema: O Fórum enquanto ferramenta didática propicia um processo de interação que amplia a autonomia do estudante, facilitando o processo ensino e aprendizagem. Objetivos: Pesquisar se o fórum por fases contribui para o “pensar” individual e coletivo, como instrumento de mediação e avaliação, possibilitando a interação e o trabalho colaborativo e facilitando o processo de ensino e aprendizagem. Pressupostos Teóricos: O referencial teórico destaca que um fórum dinâmico e bem planejado representa uma maior possibilidade de interação e trabalho colaborativo. Metodologia: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre às contribuições de um fórum interativo por fases, realizada com discentes de curso de graduação a distância, PROFORM – Programa de Formação de Professores, na disciplina Formação e Prática Docente II. Foi realizada pesquisa bibliográfica e exploratória por meio da aplicação de questionário e análise de conteúdo das respostas. Resultados: A análise dos dados revela a importância das presenças cognitiva, social e de ensino do professor e do estudante nos fóruns, destacando a produção colaborativa e o desenvolvimento da autonomia individual. LOUSA DIGITAL: CRIAÇÃO DE TUTORIAL ELETRÔNICO PARA O USO DESTE RECURSO POR PROFESSORES Ana Paula Rodrigues Kuhls Lemos (UFSM) Patrícia Varaschini Poetini (UFSM) Carmem Elisete Gabbi (UFSM) Leila Maria Araújo Santos (UFSM) O avanço da tecnologia constantemente desenvolve novos produtos, plataformas e conceitos em diferentes áreas de conhecimento, inclusive na educação. Para dinamizar o ensino, profissionais das áreas de tecnologia e educação juntam esforços com o objetivo de aprimorar as ferramentas para uso no campo educacional e um exemplo é a Lousa Digital. Este artigo apresenta a pesquisa que está sendo realizada junto ao Mestrado em Tecnologias Educacionais em Rede da UFSM, com o objetivo de criar um tutorial digital em rede para a capacitação de professores para o uso dos recursos da Lousa Digital em sala de aula. Podendo, assim, o professor elaborar aulas mais dinâmicas e diferenciadas, com ensino participativo e significativo que essa ferramenta proporciona. A metodologia utilizada passa pelo mapeamento e seleção dos recursos que a Lousa Digital dispõe, e pela criação de materiais com o uso de textos, imagens e vídeos demonstrativos sobre como utiliza-la, bem como exemplos de sua utilização no ensino de áreas específicas do conhecimento. Espera-se com este trabalho difundir a cultura do uso da Lousa Digital como algo que pode auxiliar o professor em sala de aula, o que não acontece atualmente devido à falta de conhecimentos no uso deste recurso na educação. #Hipertexto2013 l 79 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias FORMAÇÃO DE PROFESSORES, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) E EDUCAÇÃO EM SAÚDE Heloisa Helena Oliveira de Magalhães Couto (UFRJ) Como os professores compartilham seus saberes e práticas referentes às TIC é a pesquisa associada a esse estudo. Busco descrever não apenas a forma de apropriação pedagógica, mas compreender os efeitos dessa transposição para os Currículos. Nesse trabalho, orientada pelos subsídios teóricometodológicos do Ciclo Contínuo de Produção de Políticas (BALL, 2009), defendo a micropolítica escolar na ressignificação de Políticas Curriculares concernentes à temática Promoção da Saúde. Em projeto interdisciplinar, os professores hibridizam conhecimentos pedagógicos, disciplinares, curriculares, com a sua própria visão educacional, e usos cotidianos das TIC. Assim, percebo a micropolítica escolar como prática institucionalizada, capaz de imprimir sentidos e definir estratégias que, ao configurar a apropriação pedagógica das TIC no espaço da educação, descontextualizam práticas tradicionais de Promoção da Saúde, vigentes em Programas de Formação de Professores; ainda marcadas pelo paradigma biomédico, o tratamento a partir da individualidade, e a responsabilização do sujeito pelo adoecimento, ou por qualquer desequilíbrio na relação saúde-doença; e mais do que reiterando uma intenção, tais práticas inovadoras, estão buscando trilhar uma trajetória em educação em saúde inovadora. Entendo com ajuda de Laclau (2011), que as Políticas são tentativas de fixação provisórias e contingentes, resultando de processos articulatórios defendidos por grupos sociais diversos. CI -15 MARCAS E INDÍCIOS DE AUTORIA NA PÁGINA ‘DIÁRIO DE CLASSE’ Suara Macedo dos Santos (UFPE) Este trabalho apresenta uma discussão sobre autoria no contexto das redes sociais. Através de um objeto que tem fomentado a discussão sobre Educação e Política, objetiva identificar marcas de autoria sobre esses temas. Partindo de autores como Focault e Roland Barthes, apresenta uma análise discursiva da categoria de autoria de textos publicados na Fan Page ‘Diário de Classe’ da estudante Isadora Faber. Utilizando como referencial teórico-metodológico o linguista Sírio Possenti, o texto aponta indícios e marcas de autoria nas publicações da blogueira mirim. Como metodologia de análise busca indícios e marcas de autoria em textos publicados na página da estudante. Conforme as proposições de Possenti (2008) verificou-se que em suas publicações a autora: dar voz ao outro e mantém distância do seu texto (indícios de autoria para o autor). Também se verificou que só é possível identificar os elementos apresentados como marcas de autoria (singularidade, peculiaridade na escrita e domínios de memória que façam sentido) a partir de uma memória histórica e social em que estão localizados o público e a referida autora. 80 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola O USO DAS TIC’s EM TURMAS DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÃO NECESSÁRIA À APRENDIZAGEM DISCENTE Luana Machado (IFAL) Este artigo apresenta uma reflexão sobre a relevância do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação - TIC’s em turmas de alfabetização da modalidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA. Nesse sentido o trabalho aqui descrito foi construído com o objetivo de compreender sobre a necessidade de incluir nas estratégias metodológicas docentes um trabalho pautado no uso das TIC’s. Elaborado por meio de uma breve revisão bibliográfica direcionada à temática, com esta reflexão, acredita-se que o trabalho pedagógico com as Tecnologias da Informação e da Comunicação, possibilitam aos discentes em fase de alfabetização da EJA, maior participação e interesse quanto à aquisição das competências de alfabetização, uma vez que os alunos desta modalidade de ensino possuem peculiaridades específicas e as aulas devem ser interativas, dinâmicas e significativas. Os resultados dessa investigação fundamentam a reflexão de que o aperfeiçoamento das estratégias metodológicas diferenciadas, em especial o uso das TIC’s na alfabetização de jovens e adultos, ampliam as condições de uma aprendizagem significativa. O USO DE TABLET COMO RECURSO DIDÁTICO POR UM PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA Arnott Ramos Caiado (Universidade Salgado de Oliveira) Roberta Caiado (UNICAP) Este estudo teve por objetivo explorar as possibilidades do uso do tablet como recurso didático por um professor do ensino superior. Para atingir tal fim, realizou-se um estudo de caso, durante o período de um ano, focando suas práticas de elaboração e apresentação de conteúdos multimídia e interação com discentes, a partir de recursos de computação em nuvem (cloud computing). Em seu marco teórico esta pesquisa fundamenta-se em Lobato e Pedro (2012) e Moran (2012), que afirma: “[...] que este é um campo minado de discussões, decisões, interesses”. Há diversas razões para uso dos notebooks pelo professor. E tantas outras razões que justificam o uso dos tablets (MORAN, 2012). Pôde-se realizar ao longo do período de um ano, a completa substituição do notebook como recurso de apresentação e exposição de conteúdos pelo tablet iPad. Os resultados preliminares apontam para algumas dificuldades, tais como: necessidade de aprendizagem de novos aplicativos (software) pelo professor e mudança nos seus paradigmas de utilização, principalmente, no que se refere à forma de armazenamento de dados, predominante, ainda, em pen drives e hard disks - no notebook, mudando para intenso uso da computação em nuvem - no tablet. #Hipertexto2013 l 81 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias O USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL P3D NO ENSINO DE BIOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Luzivone Lopes Gomes (UEPB) Filomena Mª Gonçalves da Silva Cordeiro Moita (UEPB) O presente trabalho é um recorte da pesquisa de Mestrado em andamento e objetiva refletir sobre o uso do software educacional P3D e suas contribuições para o ensino de Biologia. Acreditamos que a inserção de suportes digitais em sala de aula contribui para a melhoria da prática pedagógica e para uma aprendizagem mais lúdica e desafiadora. Uma pesquisa qualitativa analisa e descreve o uso do software com alunos do 9º ano de uma escola privada da cidade de Campina Grande/PB. Para a coleta dos dados, utilizou-se a observação em sala de aula, além de entrevista semiestruturada com professores e alunos, com apoio de autores como Lévy (2005), Gee (2007), Moita (2007), Valente (2009) e Mattar (2009), entre outros. Os resultados parciais parecem indicar que o P3D, compatível com tablet, desktop e móbile, é de grande valia para o ensino de Biologia por apresentar um ambiente intuitivo que estimula alunos e professores a explorar as diferentes partes do esqueleto humano e, de forma dinâmica, observar e discutir a importância da caixa torácica, músculos, órgãos vitais, entre outros conceitos abstratos que, em um espaço de sala de aula tradicional, baseado em texto e imagem linear, não seria possível. TECNOLOGIA ACESSÍVEL: REFLEXÕES ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS SONOROS COMO INSTRUMENTOS DE ACESSIBILIDADE AOS TEXTOS LITERÁRIOS PARA O APRENDIZ COM DEFICIÊNCIA VISUAL Ivan Vale de Sousa (UEE Jonas Pereira de Melo) O presente trabalho aborda a utilização dos recursos tecnológicos sonoros como ferramenta de acessibilidade às obras literárias para alunos com deficiência visual, na perspectiva de uma educação para todos, ou seja, a inclusão educacional. Tem por objetivo discutir as possibilidades da pessoa com deficiência visual usufruir dos mesmos direitos das pessoas ditas normais, nesse sentido, a presente investigação parte da análise bibliográfica e metodologia teóricoreflexiva acerca dos recursos tecnológicos sonoros disponíveis a esse público, tomando por base a utilização e a importância do Sistema Dosvox e do Programa Mecdaisy, os quais são concebidos, segundo a presente discussão como tecnologias assistivasutilizadas na promoção participativa de todos os envolvidos no processo educacional, na autonomia e no convívio social da pessoa com deficiência visual. Tais recursos, não objetivam substituir a aprendizagem intermediada pelo Sistema Braille, mas como recursos complementares à maneira peculiar de leitura e escrita daquele que não utiliza a visão como via de instrução e aprendizagem. Para a fundamentação teórico-reflexiva, os autoresHogetop (2002), Lira (2004), Sonza (2004), Delpizzo (2005), Barbosa (2010) contribuem com a reflexão acerca da acessibilidade por intermédio dos recursos tecnológicos das pessoas com deficiência visual. Assim, espera-se que através da 82 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola reflexão enaltecida, a familiarização do educando incluso com as obras literárias no contexto da escola inclusiva seja constante e valorizada a sua forma aprendizagem. CI -16 TWITTER: A PRÁTICA SOCIAL DA ESCRITA NA PRODUÇÃO DE MENSAGENS CURTAS EM LÍNGUA INGLESA Adriana Teixeira Alves (FA7) A proposta deste trabalho é mostrar a ferramenta digital “twitter” em uma proposta de comunicação e aprendizagem colaborativa nas aulas de Língua Inglesa em uma turma do 9º ano de uma escola pública da cidade de Fortaleza. Ir ao encontro dos interesses dos jovens estudantes para a prática da escrita e leitura de mensagens de até 140 caracteres, modifica a comunicação nas aulas de Língua Inglesa e pode proporcionar uma aprendizagem efetiva de um segundo idioma, proporcionando um ambiente de interação instantânea. Da análise do trabalho desenvolvido verifiquei que os educandos se envolveram de forma efetiva no processo de construção de mensagens instantâneas. No entanto, apesar de se verificarem condições básicas para a colaboração, sentiu-se alguma dificuldade nos níveis básicos da língua inglesa. Aborda ainda, uma breve analise discursiva dos assuntos de interesse dos jovens em estudo e como as redes sociais podem contribuir para novas práticas pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem mediados pelas redes sociais. A APRENDIZAGEM NÃO FORMAL DA LÍNGUA ESTRANGEIRA USANDO O SMARTPHONE: POR QUÊ VOLTAMOS A METODOLOGIAS DO SÉCULO XIX? Thomas Petit (UnB) Gilberto Lacerda Santos (UnB) A didática das línguas, em busca de maior autenticidade e sensação de imersão linguística e cultural, evoluiu substantivamente desde a integração das mídias tradicionais até as tecnologias digitais conectadas à Internet, oferecendo um leque de possibilidades cada vez mais diversificado. O objetivo da investigação realizada foi o de avaliar um dispositivo de aprendizagem móvel de Francês, a fim de verificar o grau de integração, na proposta didática do curso, de inovações pedagógicas suscetíveis de usufruírem desse leque de possibilidades. Para realização do trabalho de avaliação, submetemos um grupo de utilizadores à exploração de um curso de francês em smartphone. Em seguida, propusemos aos mesmos um questionário com questões incitando-os a refletirem sobre a experiência. A análise dos dados revelou que assistimos hoje a um retrocesso #Hipertexto2013 l 83 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias didático surpreendente, com uma prevalência da dimensão tecnológica sobre a pedagógica e indicou como pista de investigação que, numa era profundamente digital, os novos desafios não deveriam referir-se tanto à integração das tecnologias na aprendizagem, mas pelo contrário apontar estratégias de imersão da aprendizagem nas tecnologias do cotidiano. A CRIAÇÃO DE UM CURSO DE INGLÊS INSTRUMENTAL ONLINE Ana Emilia Fajardo Turbin (UnB) A disciplina de Língua Inglesa Instrumental é obrigatória na maioria dos cursos da Universidade de Brasília, gerando assim uma grande demanda para complementação de créditos. A disciplina não tem pré-requisito e a oferta do curso é insuficiente para atender a todos. Além disto, os cursos são presenciais, o que limita o número de alunos que pode, de fato, se matricular. Como o departamento de Ensino de Inglês e Tradução possui um ambiente virtual de aprendizagem de línguas a partir do CMS - Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), a pesquisadora levanta a hipótese de implementação do ambiente Moodle associado às aulas presenciais como componente obrigatório e necessário para realização dos cursos de Inglês Instrumental, com o objetivo de alcançar mais alunos e dar-lhes a possibilidade do aprendizado do Inglês Instrumental. A abordagem teórica contempla conceitos como interação e estratégias de aprendizagem aplicadas no ensino presencial e transpostas ao ambiente virtual. A metodologia consistirá na criação de um projeto piloto para novos cursos de Inglês Instrumental que se iniciam em Agosto. Os resultados serão categorizados focalizando a eficiência do ambiente Moodle quanto à produção do conhecimento linguístico construído. AGÊNCIA, GÊNEROS DISCURSIVOS, TECNOLOGIA E ENSINO: O CASO DA ESCOLA PÚBLICA DE UMARIZAL-RN Ângela Cláudia Rezende do Nascimento Rebouças (UFPE) Este ensaio visa estudar a tecnologia como de agência para o aprendizado de gêneros discursivos numa abordagem de Hanks (2008) que considera a língua como prática social e cujo estudo não pode desconsiderar questões de contexto, além de abordagens de teóricos como Bazerman (2007, 2011, 2011), Miller (2012). O estudo é feito com um grupo de alunos do Ensino Médio que criou um ambiente virtual no servidor joomla com o intuito de divulgar os projetos de pesquisa feitos na escola pública 11 de agosto e observar o contato destes alunos com novos gêneros discursivos. Foi feito um questionário e uma análise sobre os gêneros que eles passaram a conhecer depois que iniciaram o projeto, além da linguagem específica para criar o ambiente denominado AVEUS (ambiente virtual de aprendizagem utilizando servidor). Como resultado preliminar ficou constatado que muitos gêneros que eles não conheciam e não tinha contato passaram a fazer parte do repertório de gêneros deles, como o artigo, o relatório, o questionário confirmando a importância de situações específicas para a aprendizagem de novos gêneros. 84 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola AS CONTRIBUIÇÕES DAS MÍDIAS PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES Carmen Vera Scorsatto Brezolin (IFSul) Edimara Luciana Sartori (IFSul) O amplo acesso às informações proporcionado pelas tecnologias de rede promove a quebra de paradigmas estabelecidos pela sociedade. Na educação, isso implica em repensar o processo pedagógico. Para Lipovetsky (2012), surge uma “cultura planetária”, na qual ocorre uma aproximação cultural entre civilizações, o que promove o desenvolvimento de um novo contexto e uma espécie de “inflação do conhecimento” e da informação, impulsionada pelo desenvolvimento das mídias. O autor afirma ainda que a internet revolucionou de tal forma as comunicações que se torna impossível não conectá-las ao ato pedagógico. Lévy (1996) referese a esse contexto do ciberespaço como um ambiente onde professores e alunos interagem constantemente, estabelecendo um processo recíproco de ensino aprendizagem. Nesse sentido, este artigo apresenta as contribuições e implicações de um curso EAD de mídias na educação para o processo de formação de professores. Entretanto, desafios se estabelecem no decorrer do curso, sendo um dos principais o de manter o interesse dos participantes nesse processo. Por isso, é preciso promover a afetividade na relação tutor/aluno para motivá-los evitando a evasão. Devem-se desenvolver estratégias para o uso eficaz das mídias em favor do processo ensinoaprendizagem, pois os alunos ainda manifestam pouca habilidade e autonomia na sua utilização. CI -17 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO ASSISTIDA: AMBIENTES VIRTUAIS E TELEVISÃO DIGITAL José Anderson Santos Cruz (UNESP) Ana Carolina Franco dos Santos (UNESP) Maria da Graça Melo Magnoni (UNESP) José Luis Bizelli (UNESP) O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) está cada vez mais inserido na Educação. Por isso, “comunicação/educação inclui, educação para os meios, leitura crítica dos meios, uso da tecnologia em sala de aula [...]” (BACCEGA, 2011, p. 32). Os meios podem ser os smartphones, tablets, notebooks e Televisão digital – TVD. Com isso, os conceitos do EaD e Educação Assistida em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) passa pelo cenário da educomunicação – que abrem novos horizontes educativos convergentes. E “aqui a EaD é, sem dúvida fundamental, garantindo uma perspectiva formativa no sentido amplo e não reduzida #Hipertexto2013 l 85 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias à extensa distribuição de informações” (PRETO e PICANÇO, 2012, p. 37 [web]). Este artigo tem como pretensão abordar os pontos positivos da EaD através dos (AVA’s) e a Televisão Digital como mediadora da formação e aprendizado. Para tanto, se utilizou do Projeto de Pesquisa - Uso das Tecnologias de Comunicação e Informação – TIC nos Programas de Pós-graduação da UNESP – Edital nº 01/2012-PROPG. A metodologia deu-se com fundamentação teórica, entrevistas com docentes a partir da titulação de especialista e pesquisa bibliográfica e em artigos. CARACTERIZAÇÃO DO GÊNERO CHAT ATRAVÉS DO APLICATIVO WHATSAPP Camila Mota Oliveira (UFS) É perceptível o quanto os aparatos tecnológicos atrelados à telefonia móvel vêm crescendo nos últimos anos, bem como a sofisticação que tais dispositivos oferecem aos indivíduos, propiciando maior interação no contexto social. Diante disso, o presente trabalho, ao considerar a relevante contribuição da teoria dos gêneros textuais digitais, pretende realizar uma caracterização do gênero Chat, através dos serviços disponíveis pelo Whatsapp, visto que sua popularização tem aumentado consideravelmente. Para tanto, utilizou-se como metodologia a descrição e análise das possibilidades oferecidas pelo aplicativo em dadas situações comunicativas. Os resultados da pesquisa consideram que o Whatsapp, ao proporcionar várias modalidades de Chat em um único aplicativo e apresentar características que facilitam sua incorporação a dispositivos móveis distintos, interfere na escolha de determinados serviços e aplicativos para a produção de gêneros específicos, como o Chat. Para fundamentar tais postulados teóricos, foram utilizados, dentre outros, trabalhos sobre gêneros textuais de Bakhtin (1992) e Miller (2012), e especialmente, sobre os gêneros textuais digitais, em Marcuschi (2010) e Araújo (2010). DESENVOLVIMENTO DA COGNIÇÃO E DA FORMAÇÃO DE HABITUS DE JOVEM APRENDIZ DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE TI EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: PERSPECTIVAS E DESAFIOS Zoraia da Silva Assunção (UFRN) Desenvolvimento da cognição e da formação de habitus de jovem aprendiz da educação tecnológica de TI em ambiente virtual de aprendizagem: perspectivas e desafios. Pesquisa de doutorado em andamento. Investiga mudança de cognição e aquisição de novo habitus escolar, na ultrapassagem de aluno do ensino médio de escolas da rede pública e particular do RN para estudante do Instituto Metrópole Digital (IMD) no campus, produção institucional e intelectual, da UFRN, através do ambiente virtual de aprendizagem e em momentos presenciais. Problemática está no descompasso entre a proposta do IMD em formar uma grande quantidade de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho e a reduzida quantidade de jovens que permanecem no curso, e àqueles que permanecem sentem a necessidade de prosseguir academicamente. Pesquisa qualitativa etnográfica, utiliza-se ferramentas metodológicas, grupos 86 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola focais, com jovens da primeira turma, observação participante no 1º Seminário de Avaliação IMD. Resultados preliminares mostram mudanças cognitivas, reveladas na atuação em estágios em TI, associadas à aquisição do novo habitus, a partir da afiliação, institucional e intelectual, no campo da pesquisa. Tensiona na análise da fragilidade da influência de atuação mediadora da tutoria na formação de valores éticos e morais para construção da identidade e cidadania. DISCIPLINAS SEMIPRESENCIAIS EM CURSOS PRESENCIAIS DE GRADUAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE O USO DA LINGUAGEM NA PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO Giovana Flávia de Oliveira (Centro Universitário Módulo) As tecnologias da informação e da comunicação transformaram a maneira de interação entre os sujeitos da sociedade atual. Acredita-se que nunca se escreveu tanto como nos últimos anos, com a ampliação da rede mundial de computadores. Buscando acompanhar essas mudanças sociais, as instituições de ensino superior passaram ofertar, em cursos presenciais, disciplinas integrantes do currículo na modalidade semipresencial. Entretanto, alguns alunos de cursos presenciais não se sentem totalmente seguros de sua aprendizagem na modalidade semipresencial de ensino. Nesse contexto, objetiva-se no presente artigo apontar estratégias de produção textual na modalidade escrita que colaborem para que o aluno se sinta um participante ativo no processo de aprendizagem em disciplinas da modalidade semipresencial. Estudos teóricos na área da Linguística Textual embasam esta pesquisa. Os resultados apontam que o conhecimento teórico de estratégias linguísticas utilizadas na leitura e na produção de textos pode colaborar para a diminuição da sensação de insegurança que alguns alunos de cursos presenciais ainda sentem em relação ao aprendizado por meio de disciplinas da modalidade semipresencial. EDUCAÇÃO A DISTANCIA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: A BUSCA PELA QUALIDADE Jane Aparecida Gonçalves de Souza (UFJF/FACSUM) O objetivo do trabalho é avaliar o desempenho dos alunos da Licenciatura em Física a Distancia UFJF utilizando diferentes estratégias pedagógicas na plataforma Moodle, bem como estabelecer a forma de como é percebida a gestão do tempo por estes alunos. O trabalho de observação durou 4 meses na disciplina de Fundamentos da Educação, em 4 pólos da UFJF/ UAB distribuídos no estado de Minas Gerais. Dentre as atividades utilizadas, a atividade que apresentou maior participação foram as Tarefas propostas como Resenhas. Além destas, as participações nos Fóruns possibilitaram amadurecimento nas discussões entre os alunos. O resultado desta estratégia pedagógica pode ser observado ao notar um amadurecimento dos alunos entre as discussões apresentadas entre a primeira avaliação presencial (AP1) e a segunda avaliação presencial (AP2) onde os alunos aumentaram a média em 14,19%. A conciliação das atividades entre uma semana de leitura e uma semana de atividades associada ao planejamento #Hipertexto2013 l 87 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias do tempo na Plataforma foi positiva e auxiliou para o cumprimento dos prazos pelos alunos. Pretendemos mostrar que a educação à distância veio possibilitar a eliminação das distâncias geográficas, econômicas, sociais, culturais e até mesmo psicológicas. Além disto, proporcionar ao próprio aluno a organização do seu tempo de estudo, sem limitações físicas. EXPERIÊNCIAS NOS AMBIENTES VIRTUAIS: INGLÊS APLICADO Larissa Cavalcanti (FAFIRE) Elaine Pereira (IFPE) Nesse trabalho pretendemos dar novas perspectivas as experiências didáticas referentes ao componente Inglês Aplicado, pertinente ao curso de e-tec em Manutenção e Suporte em Informática – oferecido pelo IFPE. O estudo instrumental da língua inglesa se deu via Moodle, totalizando 60 horas; houve apenas um encontro presencial. Os recursos organizados para as aulas no ambiente virtual foram voltados para as aulas e para as atividades avaliativas do ambiente virtual de aprendizagem (envios de arquivo, questionários e fóruns). Com base em Almeida (2003), Barreto (2004), Gomes (2005), Lisboa (2004), Pretto e Picanço (2005), Soares (2005), bem como na participação dos alunos via plataforma Moodle, discutimos a concepção dos alunos do aprendizado de inglês instrumental na modalidade à distância; como articular as aulas de inglês instrumental para um curso semipresencial e; como realizar avaliações continua e integradamente. Nossas observações preliminares permitem afirmar que há necessidade de se atender aos diversos estilos de aprendizagem; já quanto às práticas avaliativas, a articulação entre envios de arquivo e fóruns se demonstrou mais produtiva em detrimento de questionários ou envios de arquivo somente. CI -18 EXPERIMENTAÇÃO EM TICS: O DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE HÍBRIDO DE APRENDIZAGEM (AHA) Karina Fernandes dos Santos (UnB) O desenvolvimento da oralidade em língua francesa por meio de atividades em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), promovido pela prática e pela reflexão, foi objetivo e desafio da minha pesquisa de mestrado, de título “Experimentação em TICs: Reflexões sobre o desenvolvimento da oralidade no ensino de L.E em dimensão virtual de ensino-aprendizagem”, do Programa de Linguística Aplicada (PPGLA) da Universidade de Brasília (UnB). A pesquisa, realizada pela metodologia da pesquisa-ação, inicialmente analisou e refletiu sobre as etapas de planejar, elaborar e vincular um AVA, pelo pacote Moodle, para inter-relacioná-lo às aulas presenciais de 88 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola um curso de francês, configurando um Ambiente Híbrido de aprendizagem (AHA). Embora a pesquisa tivesse o foco sob o desenvolvimento da oralidade, esta etapa inicial de planejamento e abertura do AHA/Moodle apresentou ricos apontamentos e reflexões sobre o processo organizacional de um AVA como espaço gerenciador e promovedor de diversas informações voltadas para a aprendizagem. Como resultados, além da discussão metodológica sobre as etapas organizacionais do AHA/Moodle desenvolvido, a presente pesquisa também apresenta reflexões sobre a escolha e o uso de um ambiente virtual híbrido, não apenas como uma expansão do espaço de aprendizagem, mas, das experiências e das ações que possam motivá-la e as dinamizá-la. FOLKSONOMIAS COMO ELEMENTO IDENTIFICADOR DE COMUNIDADES: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DE PLE Patrícia Brandalise Scherer Bassani (Universidade Feevale) Adriana Neves dos Reis (Universidade Feevale) Sandra Teresinha Miorelli (Universidade Feevale) O potencial de interação da web 2.0 está impulsionando estudos sobre seu uso na educação. Neste trabalho, o foco está no uso destas ferramentas para o desenvolvimento de ambientes pessoais de aprendizagem (Personal Learning Environments-PLE). Um PLE se organiza a partir de ferramentas, mecanismos e atividades para ler, para fazer e para compartilhar/refletir em comunidades. Um dos desafios do uso de ferramentas web 2.0 no contexto educacional formal consiste em localizar o material produzido pelos alunos e distribuído na Internet. Considerandose que os processos de ensino e aprendizagem, na perspectiva do PLE, acontecem em grandes contextos, envolvendo o uso de diferentes ferramentas, como o professor pode acompanhar a produção individual e coletiva? Como localizar o material produzido pelos alunos em um contexto amplo como a Internet? O uso da folksonomia pode ser uma possibilidade para localizar o material produzido e compartilhado na web. Este estudo tem como objetivo investigar se a folksonomia pode contribuir para identificar os grupos em ambientes abertos. A abordagem de pesquisa é exploratória. Resultados apontam que, apesar do potencial das folksonomias como modo de caracterização de conteúdo pelo usuário, são encontradas limitações na sua aplicação como identificador de autoria de recursos produzidos no contexto de PLE. GAMIFICATION: UM ESTÍMULO À APRENDIZAGEM Fabrícia Faleiros Pimenta (UnB) Bianca Starling Rosauro de Almeida (IESB) O presente resumo tem por objetivo apresentar os resultados da pesquisa realizada acerca da utilização de elementos de jogos no Ambiente Virtuais de Aprendizagem (AVA) “Moodle”. O objetivo da investigação é verificar empiricamente se a “Gamificação” pode ser uma experiência engajante para os alunos de forma que suas ações dentro do Ambiente Virtual #Hipertexto2013 l 89 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias de Aprendizagem tenham impacto no seu processo de ensino-aprendizagem. Conceito novo que emergiu nos últimos cinco anos nos cenários educacional e empresarial, o Gamification utiliza elementos e técnicas de design de jogos em contextos não necessariamente de jogos para a solução de problemas reais. Esta técnica tem sido utilizada largamente em empresas de diferentes áreas de atuação (Microsoft, Nike, Samsung, Dell, Universal Music, entre outras). Há um crescente reconhecimento de que este conjunto de técnicas tem valor em determinadas circunstâncias e a proposta da apresentação é utilizar o conceito voltando-o para o processo de ensino-aprendizagem. Espera-se que com a “Gamificação do Moodle” aconteça a vivência de um processo educacional que privilegie a exploração, a experimentação, a interação, a colaboração, a autonomia e a autoria criativa, provocando nos cursistas a tomada de consciência sobre o próprio processo de aprendizagem. GEOMETRIA INTUITIVA - UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Eduardo Melloni Lucchesi (UFRGS) Melissa Meier (IFC) Observamos, a partir de nossa experiência como professores das redes públicas municipais (Esteio e Canoas no estado do Rio Grande do Sul), que o ensino de geometria tem sido deixado de lado nos anos iniciais do ensino fundamental. É fácil constatar, também, que no ensino médio o estudo desta área da matemática recebe um tratamento baseado em fórmulas e conceitos que devem ser decorados e repetidos como se fazia nos livros didáticos utilizados no Brasil desde antes da década de 50. Por considerarmos a geometria essencial ao desenvolvimento do pensamento matemático, tanto quanto a álgebra e a aritmética, o que propomos é uma abordagem mais intuitiva aos alunos baseando-nos em algumas ideias que Euclides Roxo pensava para o Brasil (este por sua vez inspirado pelos matemáticos europeus e em particular por Poincaré) e que tentou colocar em prática na Reforma Francisco Campos. Nosso trabalho apresenta algumas atividades como pentaminós e tangram, onde os alunos reproduzem em folhas de papel quadriculado, desenhos apresentados no quadro. Atualmente buscamos a adaptação desse mesmo material para um formato virtual através da criação de um site e nosso objetivo final é investigar a receptividade por parte dos alunos ao utilizar essa nova sistemática de estudo. LAVILI - LABORATÓRIO VIRTUAL DE LÍNGUAS, EM UMA UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Rosi Ana Grégis (Universidade Feevale) O Laboratório Virtual de Línguas, LAVILI, é um projeto do Curso de Letras, da Universidade Feevale, que, como modalidade de ensino a distância, oportuniza a estudantes de Ensino Médio, aos acadêmicos da Feevale e à comunidade em geral um espaço de aprimoramento de suas 90 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola competências para o uso das línguas portuguesa, espanhola e inglesa, na modalidade escrita, através de um intercâmbio de informações textuais e gramaticais básicas. O projeto oportuniza também a atuação dos acadêmicos de Letras, por meio de bolsas de extensão, constituindo um espaço privilegiado para a aprendizagem, investigação e análise do contexto educacional, com a possibilidade de criar novas propostas de intervenção pedagógica, incluindo diferentes gêneros textuais e o uso da tecnologia informatizada. Constitui-se de diversos módulos de estudo, divididos em tarefas, que são disponibilizadas semanalmente aos inscritos. Os alunos, após efetuarem sua matrícula, têm acesso às tarefas que devem ser realizadas e anexadas ao respectivo ambiente. O projeto, que visa também ao uso de novas tecnologias da informação na educação, contribui para o desenvolvimento da competência discursiva dos participantes, considerando que a aprendizagem de uma segunda língua depende em grande parte de leituras e exercícios de reflexão e de produção escrita. MÍDIAS DIGITAIS COMO POTENCIALIZADORAS DE MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS Ismênia Mangueira Soares (UFPB) Edna Gusmão de Góes Brennand (UFPB) Sttiwe Washington F. de Sousa (UFPB) Ed Porto Bezerra (UFPB) Esta pesquisa insere-se no tema ambientes virtuais, aplicativos e plataformas de EaD e tem como objetivo a construção de um modelo conceitual para produção de conteúdos digitais ancorados na Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner - TIM. Trata-se de uma pesquisa exploratória e para tal, concebemos um modelo conceitual para a criação de conteúdos educativos interativos com base na TIM e utilizamos este modelo para nortear a implementação do protótipo de uma ferramenta para criação de conteúdos audiovisuais interativos para a Televisão Digital Interativa – TVDI. O uso desta ferramenta na construção de uma videoaula interativa ajudou a validar este modelo. A associação de recursos como a TVDI e conteúdos educativos interativos na educação propicia o surgimento de uma plataforma midiática capaz de alavancar a construção de uma educação pautada em estratégias que lancem mão de técnicas e práticas que possam favorecer a aquisição do conhecimento. #Hipertexto2013 l 91 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CI -19 M-LEARNING EM APLICATIVOS PARA TABLETS: PARÂMETROS DE DESIGN DE INTERAÇÃO PARA O AVA MOODLE Taciana de Lima Burgos (UFRN) Dianne Cristina Souza de Sena (UFRN) Este trabalho tem por objetivo discutir o design de interação de aplicativos Moodle na versão mobile learning (m-Learning), uma vez que aplicações deste AVA, antes exclusivas de ambientes desktops, agora também podem ser acessadas em dispositivos móveis. Para tal, analisamos a versão para tablet do AVA http://mdl.sedis.ufrn.br/moodle/, o qual corresponde à plataforma Moodle de ensino-aprendizagem da UFRN. Empregamos pressupostos convergidos entre Tecnologias da Informação e Comunicação presentes em Buzato (2009), Valente (2002), Kenski (2003) e Keegan (2006); Design Instrucional para EaD via web, discutidos por Filatro (2004- 2008) e do Design de Interação abordados por Preece, Rogers e Sharp (2005). Como método empregamos os parâmetros de design para interfaces touchscreen de Saffer (2009): detectabilidade, confiabilidade, responsividade, adequação, significância, inteligência, sutileza, divertimento, estética e ética. Os resultados revelaram que parte dos princípios essenciais da interação foram desconsiderados, o que comprometeu a consistência de padrões, visibilidade, reversibilidade e a escalabilidade do AVA em questão. Este trabalho integra o projeto institucional intitulado “Design de interfaces para ambientes virtuais de aprendizagem de Ensino a Distância”, UFRN/CNPQ. MODELAGEM GEOMÉTRICA E O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO MATEMÁTICO Melissa Meier (UFRGS) Dante Augusto Couto Barone (UFRGS) Marcus Vinícius de Azevedo Basso (UFRGS) Nossa proposta é apresentar uma discussão sobre o desenvolvimento de um Objeto de Aprendizagem (OA), disponível para qualquer dispositivo móvel com sistema operacional androide, que trabalhe conceitos da geometria utilizando a Modelagem Geométrica. Inspirados pelas características da Geometria Dinâmica, buscamos em Paul Goldenberg a fundamentação teórica necessária para justificar a escolha da Modelagem Geométrica como estratégia didática para o desenvolvimento do pensamento/raciocínio matemático. Os programas de geometria dinâmica são ferramentas que permitem a construção de figuras geométricas a partir das propriedades que as definem. Apresentam o interessante recurso de “estabilidade sob ação de 92 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola movimento”, ou seja, feita uma construção, a figura se transforma quanto ao tamanho e posição, mas preserva as propriedades geométricas que foram impostas no processo de construção, bem como as propriedades delas decorrentes. Uma Modelagem Geométrica é baseada neste recurso e com ele é possível criar replicas de mecanismos nos quais as formas geométricas estão em movimento. O interessante para o trabalho com a modelagem geométrica é a possibilidade de modificar o olhar diante das situações cotidianas – perceber a presença da matemática em atividades do dia-a-dia. É com este olhar de “geômetra” que imaginamos os usuários do OA transformando objetos comuns em dinâmicos objetos geométricos. O DESIGN PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO ONLINE: UM ENFOQUE DIALÓGICO Ana Conceição Alves Santiago (UNEB) Este estudo analisa o movimento das Tecnologias da Informação e Comunicação e seu processo de inserção no contexto educacional no âmbito da Educação Online, Design Pedagógico e Enfoques Dialógicos embasados nas teorias de Freire, Baktin e Vygotsky, a partir de uma reflexão sobre a Contemporaneidade. A intenção é analisar o design pedagógico e sua influência na Educação online a partir de uma concepção dialógica da aprendizagem. A pesquisa teórica acerca das temáticas aqui abordadas permitiu uma análise e coleta de materiais para que se possa definir, conceituar e aplicar o Design Pedagógico, Educação Online e Enfoque Dialógico, tendo como respaldo teórico, as pesquisas de diversos autores, como: Moran, Behar, Torrezzan, Okada, Silva, Castells, Lévy, entre outros. Este processo constitui-se como um desafio para os docentes que precisam participar no processo de desenvolvimento de currículos e projetos pedagógicos em que as tecnologias da informação e comunicação não sejam apenas ferramentas, mas recursos que constituem uma nova forma de aprender e de ensinar, a partir de uma lógica de interatividade, colaboração, cooperação e dialogicidade. ORIENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO POR MEIO DO AVA MOODLE Cynara Maria da Silva Santos (UNCISAL) João Ribeiro Oliveira (UFS) Paulo Gustavo Alves Calado (UNCISAL) Este artigo apresenta os resultados da experiência do uso do Moodle, um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), como suporte à orientação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Objetivou-se, neste trabalho investigar as contribuições do Ambiente, por meio de relato de experiência durante a prática do exercício do suporte pedagógico quando do momento de orientação do Trabalho de Conclusão de Curso. Para o levantamento dos dados, optou-se pela pesquisa qualitativa com a técnica de grupo focal constituído por professores do Curso de pósgraduação a distância em Gestão Pública Municipal. Os resultados da pesquisa revelam que #Hipertexto2013 l 93 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias são inúmeras as contribuições do uso do AVA Moodle no processo de orientação de TCC. Neste cenário e diante dos relatos verificou-se o percurso e desenvolvimento dos participantes diante do domínio com a tecnologia e mais precisamente com o AVA. Desta forma, corrobora-se o valor e a importância do uso de tecnologias inovadoras no meio acadêmico. PERSPECTIVAS SOBRE A INSERÇÃO DAS TIC NOS PROCESSOS DOS COLEGIADOS ESCOLARES: REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DO CONHECIMENTO João Marciano de Sousa Neto (UFBA) O presente artigo apresenta reflexões acerca da inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação nos processos dos Colegiados nas escolas da rede pública do estado da Bahia. O Módulo Colegiado configura-se como suporte tecnológico em formato webnet para armazenamento de dados e informações relacionados às funcionalidades dos colegiados escolares. Esse sistema tem como propósito contribuir para a difusão e gestão do conhecimento nesses organismos como espaço de múltiplas aprendizagens. Os referenciais teóricometodológicos contemplam revisão bibliográfica sobre as TIC e as possíveis interfaces com objeto em estudo, análise do ordenamento normativo e de relatórios dos processos formativos com os conselheiros escolares. Os resultados parciais deste estudo evidenciam o potencial das tecnologias a serviço da comunicação e mobilização entre os conselheiros e o papel dos colegiados escolares, bem como as interações necessárias para superar a fragmentação das ações e desafios para democratização da gestão escolar. POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: ANALISAR AS CONCEPÇÕES INSTRUCIONAIS AO ORIENTAR OS PROFESSORES AO PRODUZIREM MATERIAIS DIDÁTICOS AOS CURSOS TÉCNICOS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA A PARTIR DO E-TEC BRASIL Eber Gustavo da Silva Gomes (UFPE) Após os avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) as sociedades passam a ter novas configurações de relações entre os pares promovidas por tecnologias. (CASTELLS, 2003). Paralelo a estas concepções de relações sociais, a educação, não pode ficar de fora, e para isso, Políticas Públicas de Educação a Distância são criadas, como propostas de democratizar a Educação, entre elas podemos destacar o E-Tec Brasil que oferta Educação Profissional na modalidade a distância. Com isso, o objetivo deste artigo é para analisar o que está definido pelas Instituições, no que tange a produção de materiais didáticos para os seus respectivos alunos que estão separados geograficamente e fisicamente. A metodologia adotada será de uma proposta qualitativa descritiva, e como instrumento de coleta terá a entrevista, com todos envolvidos na equipe de uma Instituição Estadual de Pernambuco, que orientam os professores, quanto 94 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola a produção dos materiais didáticos. Em seguida, as análises serão definidas a partir da analise de conteúdo. Dentre os resultados esperados, podemos analisar a concepção institucional ao definir os padrões educacionais, entre eles uma concepção Fordista ou de uma Ação Flexível, atendendo a demanda atual social. CI -20 PORTAL FOR THE ENGLISH TEACHER: FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE INGLÊS DA ESCOLA PÚBLICA NA ERA DIGITAL: TEORIA E PRÁTICA Reinildes Dias (UFMG) Sabemos que o papel social da escola prevê a formação cidadã do aluno para os desafios de agir criticamente na sociedade digital (Prensky, 2011; Kalantzis & Cope 2012). Os alunos lidam com as tecnologias para as interações sociais, com pouco ou nenhum apoio do ambiente escolar, e quase não as utilizam para aprender. Percebe-se que o letramento digital do professor de inglês torna-se básico para sua atuação nos contextos educacionais atuais. Para contribuir para a sua formação tecnológica, um portal foi criado tendo por suporte a perspectiva da integração das novas tecnologias ao fazer pedagógico do professor (Bull; Anstey, 2010), nos princípios da aprendizagem colaborativa (Lamy; Hampel, 2007), nas premissas do design (Kalantzis e Cope) e no uso de gêneros como ações sociais (Bazerman, 2006). Ainda como parte da pesquisa, a “url” do portal foi enviada para alguns professores da rede pública de Belo Horizonte para utilização e avaliação posterior através de um questionário on-line. Os resultados obtidos evidenciam que a maioria dos professores aprendeu a usar os recursos disponíveis e passou a utilizá-los com seus alunos, o que pode ser um indicativo ao uso deste portal virtual, e de outros semelhantes, na formação do professor para a era digital. OUVIR PARA “VER”: O AUDIOLIVRO E A INCLUSÃO DA LEITURA DIGITAL Eudesia Maria Carvalho de Freitas (E.M. Celestino Pimentel, NatalRN) A escola deste século não só objetiva proporcionar um ensino de qualidade. Ela se preocupa também com o exercício da cidadania e este último se torna mais forte com a inclusão de pessoas com deficiência na escola regular. Mas, o sucesso desses alunos pode ficar comprometido pela falta de recursos que os auxiliem na superação de dificuldades no ambiente da sala de aula. Por isso, torna-se necessário fomentar a produção de tecnologia assistiva, facilitando,desta forma, sua vida dentro e fora da escola. Tendo em vista que a escola pública precisa elaborar estratégias de inclusão de forma coerente, nasceu o projeto “ouvir para ver” que objetiva o uso de softwares gratuitos para a produção de audiolivros para alunos com deficiência aproximando-o do universo #Hipertexto2013 l 95 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias da leitura. O projeto foi realizado com a turma de 7o ano do ensino fundamental de uma Escola Municipal em Natal- RN, no ano de 2012 com a duração de três meses, com a produção de audiolivros, de obras escolhidas pelos próprios alunos, utilizando os aplicativos Baixaki e Itunes. O resultado deste projeto se deu com a edição de três volumes,entregues a biblioteca e a Sala Multifuncional da própria escola. TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS EM CURSOS A DISTÂNCIA: IMPLICAÇÕES NO USO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM Maria Dalvaci Bento (UFRN) Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) têm favorecido a oferta de cursos a distância, que vem se dando de maneira diferente das outras possibilidades desenvolvidas, anteriormente. Esses ambientes por estarem inseridos num suporte que tem como principal característica ser a convergência dos diversos meios de comunicação amplia a possibilidade de interação. Isso é possível porque em sua estrutura são utilizadas diversas ferramentas (fóruns, chat, diário de bordo, etc.) que, quando bem utilizadas, favorecem a interatividade e a colaboração contribuindo para que professores e alunos possam construir conhecimentos. No entanto, em experiências como tutora de cursos a distância, mas também como pesquisadora nessa área, utilizando o ambiente virtual e-proinfo, percebemos que algumas dessas ferramentas, muitas vezes, vêm sendo subutilizadas nos cursos. Por isso, o presente artigo tem a finalidade de discutir a subutilização de ferramentas de AVA na Educação a Distância. As discussões feitas aqui foram fundamentadas nos estudos de Schlemmer (2005), Silva; Silva (2009), Sanchez (2005), Moraes (2007), Proença (2010). Este é um recorte de uma pesquisa em andamento. UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE ENFERMEIROS Ana Paula Scheffer Schell da Silva (UFCSPA) O Estágio Curricular Supervisionado é um momento essencial na formação do futuro enfermeiro. Diante disso, esta etapa necessita ser adequadamente organizada de forma que professor orientador e enfermeiro supervisor se corresponsabilizem pelo processo educativo do aluno. Este trabalho tem como objetivo analisar as contribuições de um curso a distância para a formação do enfermeiro supervisor no acompanhamento de alunos em estágio curricular. Trata-se de estudo de caso qualitativo realizado com 13 enfermeiras de um hospital universitário de Porto Alegre - RS. A coleta de dados ocorreu em duas etapas: na primeira realizaram-se três sessões de grupo focal e, na segunda, um curso no Ambiente Virtual Moodle®, que se caracterizou como uma intervenção educativa a distância que se aproximou da perspectiva epistemológica da educação de Paulo Freire. Os dados produzidos foram organizados no software NVivo® e analisados mediante a técnica de Análise de Conteúdo do Tipo Temática. Evidenciou-se que o curso a distância, por meio das interações em fórum, chat e wiki, possibilitou a compreensão 96 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola do enfermeiro como agente corresponsável pela formação do futuro profissional, juntamente com o professor, bem como a necessidade e a importância de fundamentação teórica para a supervisão do aluno que cursa o estágio curricular. UTILIZAÇÃO DE UM MASSIVE OPEN ONLINE COURSE (MOOC) COMO RECURSO DIDÁTICO E INTERCULTURAL NAS AULAS DE E.L.E. Verônica Rangel Barreto (IFES) Durante o século XX, o ambiente de aprendizagem predominante foi a escola (Álvarez, 1995). No início do século XXI, nos deparamos com o desmoronamento dos espaços físicos e a fusão destes com os espaços digitais, o que nos levou a refletir sobre os entornos de aprendizagem e a sua concepção a partir da vivência adquirida pelo aluno (Santamaría, 2011). No Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) campus Vila Velha, Brasil, o curso de Espanhol como Língua Estrangeira (E.L.E.) é ministrado com o foco de aprendizagem direcionado ao conceito de interculturalidade. Portanto, decidiu-se utilizar um Curso Aberto Online Masivo (MOOC) exatamente sobre Tecnologías de la Información y Comunicación (TIC) en la Educación, como recurso didático nas aulas de E.L.E. e, ao mesmo tempo, como âncora de motivação a novas experiências de/sobre aprendizagem. A partir de uma perspectiva de B-learning, em que mezclaram-se o ambiente de aprendizagem real (sala de aula) e o ambiente virtual de aprendizagem (AVA), praticaram-se as quatro habilidades de aquisição da Língua Espanhola: ouvir, falar, ler e escrever. Verificou-se que os estudantes demostraram autonomia, consciência investigativa e colaborativa ao usar a Língua Espanhola em um contexto real e siginificativo, e as aulas mostraram-se mais motivadoras e instigantes. UTILIZAÇÃO DO GOOGLE PLUS +1 NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Alessandra Conceição Monteiro Alves (FiSe) Ítalo Emanuel Rolemberg dos Santos (FiSe) Gilvânia Andrade do Nascimento (FiSe) Este artigo tem como objetivo principal apresentar a plataforma colaborativa Google Plus +1, como elemento estratégico colaborativo na construção do conhecimento, além de identificar que está proposta educativa pode contribuir para o desenvolvido lógico e cognitivo do aprendiz, promovendo, a aprendizagem significativa e colaborativa, evidenciando que particularmente a Web 2.0, pode ser considerada a revolução da era da virtualização, visto que as pessoas ampliaram o locus de interação e,colaboração, pois antes era preciso o encontro face a face em espaços físicos para concretização de suas tarefas. Agora, tem-se o ciberespaço, que tem como definição o locus de extrema complexidade e heterogeneidade, estabelecendo-se em seu interior as mais diversas e variadas formas de interação, como mais um local não físico (virtual, mas real) em que as pessoas podem interagir e aprender juntas. Destacamos ainda que os resultados obtidos #Hipertexto2013 l 97 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias através deste estudo oferecem para a Educação e seus profissionais a condição de inovar suas práticas educativas, de modo que o ambiente escolar e o método de ensino sejam favorecidos por agregar em sua interface atributos de colaboração que estimulam a uma variedade de estratégias de aprendizagem. CI -21 A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS DIGITAIS NOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM Carla Alexandre Barboza de Sousa (UFPE) Marcelo Sabbatini (UFPE) Entre os muitos artefatos tecnológicos voltados à educação, os jogos digitais são um dos que mais promovem engajamento e motivação nos aprendizes. No entanto, questiona-se muito sobre a eficácia de sua utilização na construção do conhecimento. Assim, essa pesquisa visa investigar como os jogos digitais contribuem com a aprendizagem dos estudantes levando em consideração a ludicidade, o engajamento e a motivação. Muitos jogos, mesmo sem serem instrucionais, auxiliam os estudantes no desenvolvimento de certas habilidades e os colocam na experimentação de alguns conteúdos de forma mais lúdica, é a chamada aprendizagem periférica ou tangencial, ou disfarçada ou colateral. Termos que surgiram à medida que conceitos e/ou conteúdos foram sendo transformados em games – é a gamificação da aprendizagem. Sabemos que os jogos podem promover ações colaborativas, a formação de grupos e a busca pela superação, pela vitória, porém o trajeto, as ações que levam a tudo isso é muito importante para compreendermos os ganhos qualitativos no contexto educacional. Dessa forma, faremos uma discussão teórica acerca dessas “aprendizagens” promovidas pelos jogos, bem como sobre a gamificação da aprendizagem, com o intuito de estabelecermos os fundamentos teóricos da pesquisa e delineamento da problemática. A DISSEMINAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS NO TRÂNSITO PARA CRIANÇAS POR INTERMÉDIO DOS JOGOS ELETRÔNICOS Rafaela Elaine Barbosa (Softplan) O trânsito hoje é com certeza um dos maiores problemas do país. As grandes cidades buscam alternativas para tornar o trânsito mais seguro. Mas, punições e multas, apesar de diminuírem o número de acidentes, não bastam. É preciso começar a prevenção na infância, já que atropelamento é a maior causa de mortes de crianças no país, segundo dados de 2010 da ONG Criança Segura. Este trabalho abordará como a ‘Educação para o Trânsito’ pode se beneficiar 98 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola com o uso dos jogos eletrônicos, nos quais crianças e adolescentes poderão simular e assimilar o comportamento que devem adotar no trânsito. Será apresentada uma pesquisa sobre o que pode e deve ser desenvolvido no âmbito dos jogos eletrônicos para auxiliar na prevenção de acidentes de trânsito envolvendo crianças, para que elas aprendam de maneira lúdica como se comportar no trânsito. Utilizando como metodologia as pesquisas descritiva, histórica e bibliográfica; dados, estatísticas e argumentos de autores como Lúcia Santaella, João Mattar, Paulo Freire, Harry Jenkins, Pierre Levy, Janet Murray e David Buckingham nortearão este trabalho e apresentarão que os jogos eletrônicos podem ajudar e muito na conscientização e prevenção desses acidentes, que se tornaram um dos maiores flagelos de nosso país. A FALA E A EXPRESSÃO DE COMPREENSÕES A PARTIR DE ATIVIDADES COM SOFTWARES PARA O ESTUDO DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS Simone de Paula Rodriggues Moura (Semect/UniEvangélica) Maria de Fátima Teixeira Barreto (UFG) A presente pesquisa investiga o que expressam as falas de alunos dos anos iniciais nas aulas de matemática em que se utilizam softwares pedagógicos. Foi utilizada uma abordagem qualitativa fenomenológica de investigação com dados obtidos a partir de vivências de aulas com o uso de softwares indicados para o estudo da matemática com uma turma de 29 alunos do 4º ano do Ensino Fundamental da rede Municipal de Anápolis-GO. Tais vivências foram gravadas, transcritas e analisadas por meio de interpretação e organização de ideias convergentes em núcleos de ideias, que desencadearam nas categorias abertas. O estudo ressalta o falar e o ouvir como caminho para a exploração de compreensões acerca da matemática, acerca do software, de si mesmo e do outro com quem se fala, evidenciando : a necessidade de se olhar para as expectativas do outro; as possibilidades de problematização e as potencialidades do jogo; as relações presentes no mundo em que se é com o outro; e as possibilidades e dificuldades que se fazem para o trabalho com tecnologias na escola. A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS ELETRÔNICOS DE MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA Valdo Vieira (UVA/UNISUAM) A utilização de jogos eletrônicos na escola sempre foi um assunto polêmico na área de Educação Física. Entre as críticas negativas pode-se destacar o risco ao sedentarismo, o isolamento social e o incitamento à violência. Com o avanço da tecnologia e o surgimento dos Jogos Eletrônicos de Movimento (JEM) começou a se vislumbrar o seu uso pedagógico em contexto escolar. Esse estudo, caracterizado como relato de experiência pedagógica, descreve uma prática de ensino na disciplina Educação Física, utilizando o console Xbox 360 com Kinect (detector de movimentos), em uma turma do 9º ano do ensino fundamental em uma Escola pública do Rio #Hipertexto2013 l 99 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias de Janeiro. Durante as vivências buscou-se desenvolver os conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais. Os resultados observados mostram que questões antes consideradas impeditivas, como ‘violência’ e ‘sedentarismo’, temas notadamente contemporâneos, podem, através dos JEM, estimular enriquecedores debates sobre essas temáticas, favorecendo uma visão crítica da realidade; que as dinâmicas dos jogos podem aumentar as interações e vínculos entre os alunos; e que as atividades práticas podem contribuir para a formação da cultura corporal de movimento, colaborando para uma vida ativa. Conclui-se que há uma real possibilidade de aplicação dos JEM nas aulas de Educação Física. CI -22 AÇÃO MEDIADA, COGNIÇÃO SITUADA E COMUNIDADES DE PRÁTICA: DESDOBRAMENTOS CONTEMPORÂNEOS DA TEORIA DA ATIVIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DE GAMES EDUCACIONAIS Flavia Peres (UFRPE) Dyego Morais (UFRPE) Glaucileide Oliveira (UFRPE) Neste trabalho, propomos a Teoria da Atividade como uma abordagem em potencial para projetos com tecnologias digitais em ambientes educacionais, especificamente contextos escolares. Apesar das divergentes interpretações sobre essa teoria, assumimos uma continuidade entre as ideias de Leontiev e a escola de Vigotsky, e recorremos a alguns de seus desdobramentos contemporâneos para fundamentar uma pesquisa sobre o desenvolvimento de games educacionais no contexto escolar, com participação de alunos e professores do ensino médio. Ancorados em princípios e conceitos decorrentes da Teoria da Atividade, como ação mediada, cognição situada e comunidades de prática, compreendemos as interações dos sujeitos engajados no desenvolvimento participativo de softwares educativos, e analisamos os aspectos da situação que favoreceram a emergência de conceitos científicos e a produção de significados culturais próprios às áreas de design e programação, evidenciados nas práticas discursivas. A análise dos enunciados situados nos permitiu compreender os games desenvolvidos como processo-produto de aprendizagem. Os contextos escolares estudados foram favorecidos pela metodologia aplicada, que mobilizou estratégias de aprendizagens mais autorais, responsivas, motivadas, divertidas, aproximando-se dos processos cognitivos típicos dos “nativos digitais” e favorecendo a emergência de competências linguísticas e técnicas nos alunos, durante o trânsito entre os polos complementares (não antagônicos) de desenvolvimento-uso de software. 100 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola ENSINO-APRENDIZAGEM DE GÊNEROS DE TEXTOS NA ESCOLA A PARTIR DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM: UMA PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE JOGO EDUCATIVO Maíra Cordeiro dos Santos (UFPB) Este artigo tem como tema o desenvolvimento e a utilização de objetos de aprendizagem (OA) para o ensino de gêneros textuais na escola. Os objetivos são reconhecer as necessidades do uso de tal ferramenta tecnológica no processo de ensino-aprendizagem de língua materna, bem como apresentar uma proposta preliminar de criação de um jogo educativo (OA), tomando por base o aparato metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), a partir de Bronckart (1999; 2006; 2008). Sendo assim, para a construção da proposta contida neste artigo, utilizar-seão os pressupostos teóricos de Dolz, Noverraz, Schneuwly (2008), Barbosa (2008), Leffa (2006), Silveira (2008), dentre outros, relativos a conhecimentos sobre texto, gêneros textuais, sequências didáticas, uso de OA na escola. Para o desenvolvimento do OA, será utilizada a metodologia do RIVED/SEED/MEC (Rede Internacional Virtual de Educação), empregada como parâmetro, atualmente, para a construção de diversos OA no Brasil. A partir da análise, percebe-se, como resultados, que o trabalho com o OA à luz do ISD proporcionará ao aluno o desenvolvimento das capacidades linguísticas de produção de texto, a partir de condições sócio-históricas e tomando por base o processo de aperfeiçoamento progressivo do texto (sequências didáticas). GAMIFICATION NO ENSINO SUPERIOR: COMO MANTER O RITMO DO APRENDIZADO CONTÍNUO? Kelly Cristina Marques (Senai-SP) Na maioria das universidades brasileiras o currículo dos cursos é fixo, neste sentido, o aluno não tem autonomia de escolher as disciplinas que julgue interessantes para a sua formação e também não é possível optar pela melhor modalidade de cursar as disciplinas obrigatórias. Portanto, o educador depara-se com um dilema: como manter o ritmo do aprendizado em alta ou em ritmo de flow? Segundo João Mattar, os games e as simulações precisam ser combinados e integrados em situações diferentes de aprendizagem que sejam semelhantes a contextos reais, mas também tenham um caráter de diversão e de exploração do desconhecido, deixando o aprendiz fluir num ritmo intuitivo, porém construtivo. O objetivo deste trabalho é demonstrar como o SENAI-SP, através do Departamento de EAD, concebe e aplica o conceito de gamification nas disciplinas ofertadas à distância nos cursos superiores (tecnólogos), e quais foram os resultados obtidos e como foi a atuação dos docentes como mediadores deste novo processo dialético de aprendizagem. #Hipertexto2013 l 101 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias O JOGO DA LEITURA E A LEITURA DO JOGO: SEMIÓTICA, GAMES E ENSINO Ana Paula Pinheiro da Silveira (UNOPAR) Nos últimos anos alguns indicadores têm demonstrado a necessidade de se refletir sobre as mudanças socioculturais advindas na sociedade e, principalmente, suas implicações para a escola. Nesse contexto transformacional, dois importantes movimentos imbricam-se: o advento das novas tecnologias, que acarreta mudanças relacionadas à produção e à leitura de textos; e a multiculturalidade, que coloca em relevo noções de identidade e divergência, exigindo da escola propostas de ensino que comportem a multiplicidade de culturas. Nessa perspectiva, esse estudo apresenta resultados de uma pesquisa de caráter qualitativo interventivo, realizada em uma escola pública de Ensino Fundamental da cidade de Londrina-PR, com o objetivo de investigar os letramentos necessários para a construção dos sentidos do texto Dante’s Inferno, enquadrado no gênero “videogame”. O desenvolvimento teórico parte de múltiplas reflexões sobre: os conceitos de letramento, de multiletramento, de ludoletramento; a relação entre textos sincréticos e ensino. Os resultados da pesquisa apontam a indiscutível viabilidade de uma proposta para o uso de videogames como estratégia para propiciar o gosto pela leitura e, também, pela literatura, além de aprofundar a importante discussão sobre as novas tecnologias como suporte para a leitura e a escrita. CI -23 O USO DE APLICATIVOS EDUCACIONAIS DENTRO E FORA DA SALA DE AULA: RECONTANDO NO MUNDO VIRTUAL Kelly Ramos de Souza Bitencourt (UCB) Sylvana Karla da Silva de Lemos Santos (IFB) A presença de dispositivos móveis em salas de aula é cada vez mais frequente, inclusive durante o processo de alfabetização. Crianças vivenciam esses recursos tecnológicos com uma curiosidade inata que promove a aprendizagem de maneira quase imperceptível e ao mesmo tempo prazerosa. A experiência com uma atividade proposta para uma turma de alunos com 6 anos inspirou o desenho instrucional de um aplicativo educacional para tablets e smartphones. A atividade foi proposta para ser realizada durante as férias das crianças, quando deveriam registrar em um mapa do Brasil os locais por onde passaram. O projeto do aplicativo propõe o relacionamento do local visitado com itens a serem assinalados, como características de clima, gastronomia e atividades culturais da localidade. O objetivo é estimular o desenvolvimento cognitivo da criança ao recontar acontecimentos reais utilizando tecnologias de forma virtual. Para crianças em fase inicial da alfabetização, sugere-se criar uma interface lúdica e intituiva, 102 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola com balões, diálogos e ilustrações que sugiram o reconhecimento dos locais e assimilação de suas características. Este trabalho pretende apresentar os elementos que constituíram o planejamento e o desenvolvimento do projeto, bem como compartilhar os resultados da apropriação de multitecnologias no processo de ensino-aprendizagem de crianças em fase de alfabetização. O USO DE REPOSITÓRIOS EDUCACIONAIS DIGITAIS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA APRIMORAR O ENSINO DE FÍSICA Paloma Alinne Alves Rodrigues (USP) Maria Inês Ribas Rodrigues (UFABC) Neste artigo apresentamos resultados parciais de uma pesquisa de mestrado do programa de pós- graduação em Ensino, História e Filosofia da Ciência e da Matemática na Universidade Federal do ABC. A pesquisa possuiu uma abordagem qualitativa e contou com a participação de um professor de Física; quatorze professores de diferentes áreas; e setenta e cinco alunos do 3°ano do Ensino Médio de uma escola pública. A investigação tinha como objetivo principal analisar a formação do professor de Física, para o uso do repositório educacional do Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE) que disponibiliza diferentes Objetos Educacionais (OE). Todavia, no presente artigo pretende-se divulgar os resultados referente a análise de um questionário aplicado aos alunos, no qual foram indagados sobre o atual cenário do ensino de Física no Brasil; e de duas entrevistas realizadas com o professor de Física sobre a implementação dos OE de Física. O ENSINO DE ESTRATÉGIAS DE LEITURA NO PROGRAMA ALUNO CONECTADO Janaina Fernanda Dias da Silva (UFPE) Thelma Panerai Alves (UFPE) Saber utilizar estratégias de leitura é fundamental para que os leitores possam compreender o texto e realizar inferências corretas. Os professores que pretendem formar leitores competentes e autônomos precisam ensinar seus alunos a fazer uso das estratégias antes, durante e depois da leitura (SOLÉ, 1998). Para nós, a leitura é um ato social entre autor e leitor que interagem através do texto, sendo os conhecimentos de mundo, textual e linguístico necessários para reconstruir o sentido do texto (MARCUSCHI, 2008). Diante disto, esta pesquisa de abordagem qualitativa, tem o objetivo de analisar como tem sido o ensino de estratégias de leitura no Programa Aluno Conectado. Será realizado um estudo de caso com dois professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio, tendo como instrumentos de coleta de dados, um questionário, uma entrevista semiestruturada e a observação. Pretendemos com isto, elencar as estratégias ensinadas, analisar a relação delas com os gêneros utilizados e observar como o professor faz a mediação da leitura, no momento do ensino. #Hipertexto2013 l 103 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias OBJETOS DE APRENDIZAGEM, UMA VISÃO SOBRE A ATUALIDADE Angela Maria de Almeida Pereira (UFPE) Thelma Panerai Alves (UFPE) Este trabalho teve a intenção de entender o conceito, as características e a classificação dos Objetos de Aprendizagem – OA. Para isso, analisamos o programa RIVED (Rede Internacional Virtual de Educação), que foi criado pela extinta SEED (Secretaria de Educação a Distância), com a finalidade de produzir e publicar conteúdos pedagógicos digitais, na forma de OAs, visando estimular o raciocínio e o pensamento crítico dos estudantes, e, assim, melhorar a aprendizagem na educação básica e na educação superior. Apoiamos nossa pesquisa em autores como Gretchen Macêdo (2004), Rocha Farley, (2011) e Coelho, (2009), buscando entender suas idéias e identificando as diferenças e semelhanças entre elas. Com base nesta pesquisa exploratória, foi possível concluir que o programa está desatualizado - embora todo o conteúdo disponível funcione - e que há uma concentração de conhecimentos por área. Outra conclusão foi a de que os profissionais envolvidos na criação de OAs, encontram-se, em sua maioria, no eixo Rio-São Paulo. CI -24 OBJETOS DE APRENDIZAGEM: EXPERIÊNCIA COM O JCLIC José Marcos Rosendo de Souza (UERN) Elenice Alves Pereira (UERN) Com o advento da tecnologia, a educação tem vivido novos patamares no que diz respeito aos objetos que estão inseridos no processo de ensino/aprendizagem, isto é, hoje o professor não se limita, somente, a utilizar pincel e lousa, pois há uma gama de recursos tecnológicos que o auxilia nesse processo. Desse modo, evidenciando o papel das mídias na educação, tendo em vista que, durante muito tempo passaram por transformações, pelas quais o seu uso não é somente o doméstico. Então, o advento da sociedade tecnológica fez surgir novas possibilidades para o desenvolvimento da aprendizagem pelas mídias, que durante muito tempo fora ignorado pela escola, já que, para esta, o professor era tido como detentor de todo o saber. Assim, a presente pesquisa pretende apresentar o software Jclic como uma possibilidade de aprimorar os conhecimentos do aluno desenvolvidos em sala de aula. Vale evidenciar, que a presente pesquisa foi desenvolvida a partir do contato dos pesquisadores com essa ferramenta, no desenvolvimento da aprendizagem, da turma de 2º/3º ano de uma escola do município de Pau dos Ferros – RN, podendo assim ser classificada como pesquisa participante. E ainda, para fundamentá-la consultaram-se autores como Freire (1996), Alves (2003) e Gomes (2007), dentre outros. 104 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola PERCEPÇÕES DE ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL SOBRE ENSINO APRENDIZAGEM POR MEIO DE JOGOS DIDÁTICOS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Leandro Felipe Aguilar Freitas (UFSM) Isabel Cristina da Costa Araldi (UFSM) Gilciano Sala (UFSM) Paulo Roberto Colusso (UFSM) Atualmente, o Brasil passa por um período de crescimento tecnológico, necessitando de 7,2 milhões de profissionais com formação técnica profissionalizante até 2015, conforme levantamento do SENAI em 2012. Neste contexto, encontra-se o Colégio Técnico Industrial de Santa Maria que desde 2009 oferece o curso Técnico em Automação Industrial na modalidade a distância. Visando contribuir com a formação dos alunos, foram desenvolvidos jogos digitais como objetos que favorecem na aprendizagem de conteúdos das disciplinas do curso. Logo, este estudo tem como objetivo dimensionar as influências e as contribuições quanto à utilização destes jogos pelos alunos, a partir da coleta de dados por meio de um questionário. Com as informações obtidas, constatou-se a apreciação destes recursos e algumas percepções individuais de como as experiências enriqueceram o aprendizado. Nos relatos dos alunos, verificou-se que o uso dos jogos digitais e a consequente disseminação no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) foram eficazes, pois há conteúdos complexos que requerem extensas leituras e um nível elevado de abstração. E desta forma, os jogos auxiliam na compreensão dos temas estudados e colaboram na formação de profissionais que atendam às exigências referentes ao novo perfil de profissional técnico necessário ao mercado de trabalho. REFLETINDO SOBRE O USO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DOCENTE Jéssica Tayrine Gomes de Melo Bezerra (UFPB/Capes) Paula Michely Soares da Silva (UFPB/Capes) Os Objetos de Aprendizagem (OAs) são recursos digitais reutilizáveis que auxiliam a aprendizagem (WILEY, 2000). Mas, para que a aprendizagem ocorra de maneira satisfatória, há a necessidade de uma reflexão sobre os OAs em cursos de licenciatura, visto que se trata de uma formação superior para futuros docentes que precisarão de conhecimento prévio sobre essa temática, antes de aplicar no cotidiano profissional. Além do mais, esses futuros professores encontrarão em sala de aula os nativos digitais (PRENSKY, 2001). Foi proposta aos alunos do curso de licenciatura de Letras/EAD, através da plataforma Moodle, que explorassem o objeto de aprendizagem “Por uma vírgula,” (PROATIVA/UFC). Em seguida, foi pedido que respondessem o questionário que avaliava o grau da qualidade de conteúdo, a usabilidade e o potencial como ferramenta de aprendizagem desse Objeto de Aprendizagem. Após as duas etapas, os alunos interagiram com os colegas e tutores em Fórum temático, discutindo o uso dos OAs como ferramenta de aprendizagem de #Hipertexto2013 l 105 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias determinados conteúdos nos diferentes níveis e modalidades de ensino. Através das respostas do questionário e interação no Fórum, tem-se o objetivo de analisar os dados e os diálogos que os alunos de licenciatura realizam sobre a realidade tecnológica a serviço da aprendizagem. A DIMENSÃO RETÓRICA, COMPOSICIONAL E LINGUÍSTICA DO BLOG PROERD NO SERTÃO Débora Maria da Silva Oliveira (UFRN) Cada segmento da atividade humana possui gêneros específicos para dar conta de propósitos também específicos e assim atender demandas em situações de comunicação que emanam cotidianamente. Nesse sentido, o gênero blog é uma ferramenta digital utilizada por policiais formadores do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas) no intuito de divulgar as ações do programa de prevenção às drogas. Diante do exposto, a pesquisa proposta objetiva analisar as características do referido gênero, considerando suas dimensões retórica, composicional e linguística. Teoricamente, adotam-se os postulados apresentados por Bronckart (1999), Dionísio (2006), Karwoski (2012), Komesu (2004), Marcuschi (2001), Miller (2012), Oliveira (2008), Rojo (2009), dentre outros. Em termos metodológicos, trata-se de uma investigação que se insere no campo da Linguística Aplicada (LA) e segue vertente de abordagem qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1994; CHIZZOTTI, 2005), com foco na análise de documentos (GIL, 2006). O estudo aponta que o gênero estudado evidencia características próprias no tocante às suas dimensões retórica, composicional e linguística, inclusive no que diz respeito à multimodalidade. A relevância da pesquisa situa-se no fato de trazer para o âmbito acadêmico produções próprias do domínio do trabalho, o que contribui significativamente para a expansão e o aprimoramento das discussões acerca dos gêneros textuais. CI -25 A FERRAMENTA VOICETHREAD E A PRODUÇÃO ORAL EM INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL EM UMA ABORDAGEM HÍBRIDA Lorena Azevedo de Sousa (UFRN) Janaina Weissheimer (UFRN) VoiceThread é uma ferramenta da web 2.0, colaborativa e assíncrona, que permite a criação de apresentações orais com auxílio de imagens, documentos, textos e voz, possibilitando que grupos de pessoas naveguem e contribuam com comentários de várias maneiras: utilizando a voz, texto e arquivo de áudio/vídeo. A experiência híbrida com o VoiceThread permite que o aprendiz planeje sua fala antes de gravá-la, sem a pressão geralmente existente em sala de aula. 106 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola Além disso, as apresentações podem ser regravadas várias vezes, possibilitando que ele se ouça, perceba as lacunas em sua produção oral (noticing) e a edite inúmeras vezes antes de publicála online. Neste contexto, o presente estudo visa a reportar de que forma a prática sistemática com a ferramenta VoiceThread, em uma abordagem híbrida, impacta o desenvolvimento oral global dos aprendizes, sua produção oral (fluência, acurácia gramatical e complexidade), e a sua habilidade de noticing. Buscou-se, também, saber quais as impressões dos aprendizes em relação ao uso dessa ferramenta. Os resultados preliminares, em geral, apontam para um impacto positivo da ferramenta VoiceThread sobre as variáveis da produção oral dos aprendizes e sua habilidade de noticing, e revelam uma reação positiva dos aprendizes em relação à experiência híbrida com esta ferramenta. A FORÇA ARGUMENTATIVA DO E-FÓRUM: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA PRÁTICAS ESCRITAS NO AMBIENTE ESCOLAR Anelilde Lima (FACHO) O gênero E-Fórum pode ser utilizado em vários espaços da mídia digital e apresenta, como característica principal, um alto teor interativo. Por esse motivo, este trabalho tem como objetivo principal apresentar esse gênero como importante instrumento discursivo e otimizador de práticas argumentativas escritas no ambiente escolar. Para isto, foram adotados os pressupostos teóricos sobre gêneros textuais, com Bazerman (2006), Marcuschi (2005) e Xavier (2009); e acerca das concepções de Argumentação na Língua, com Perelman (2005) e Ducrot (1987). Para alcançar os resultados pretendidos, de início, fez-se um estudo do gênero E-fórum, em seguida, fez-se uma acurada análise sobre os processos argumentativos usados em quatro apresentações desse gênero. Por fim, foram aplicados questionários aos mesmos usuários desse gênero digital. Com essas análises, esse estudo constatou como o gênero E-fórum tem proporcionado maior prática de construções argumentativas e como essas práticas puderam auxiliar nas atividades escritas no ambiente escolar. A INTEGRAÇÃO DE RECURSOS SEMIÓTICOS EM BLOGS JORNALÍSTICOS E A PRODUÇÃO DE SENTIDOS Daglécia dos Santos Pinto (UFBA) Este trabalho pretende abordar a interação entre a linguagem verbal e a não-verbal em posts de blogs jornalísticos para a produção de sentidos. Objetiva-se analisar como se dá o processo de leitura e compreensão desses textos, demonstrando a contribuição dos vários recursos semióticos à produção de sentido. Para tanto, serão analisados três posts de blogs jornalísticos. Será considerada a perspectiva dialógica bakhtiniana, na qual os interlocutores estão situados em um ambiente histórico e social, e que, no momento da produção e/ou compreensão, interagem com outros discursos, outras vozes; e a noção de gêneros discursivos. Uma das características do blog é a intergenericidade, pois nota-se uma mistura de gêneros que, por conseguinte, #Hipertexto2013 l 107 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias dialogam entre si. O blog se insere no espaço midiático e se materializa através de várias formas de expressão, além de ser sensível ao contexto sócio-histórico e cultural, pois a linguagem não é suficiente por si só. Vale salientar que o exercício com este gênero textual em sala de aula possibilita o trabalho com a linguagem em uso, contextualizada, bem como o desenvolvimento da leitura crítica, visto que o leitor, ao dialogar com todos os aspectos constituintes do texto, efetuará estratégias para a produção de sentido do mesmo. A INTERFERÊNCIA DE GÊNEROS DIGITAIS NA CONSTITUIÇÃO DO ETHOS DE ESTUDANTES EM GRUPOS DO FACEBOOK Morgana Soares da Silva (UFPE/UFRPE) Este estudo, recorte de nossa pesquisa de doutorado em andamento intitulada Ethos de estudantes e ciberviolência contra professores em redes sociais, tem o objetivo de refletir sobre a interferência de gêneros digitais na constituição do ethos de estudantes praticantes da ciberviolência contra professores em grupos do Facebook. A justificativa deste trabalho está na recorrência sociotecnológica do fenômeno discursivo. Metodologicamente, procedemos a uma análise qualitativa de três páginas iniciais de grupos do Facebook. A análise dos dados ancora-se em pesquisadores da Análise do Discurso, da Teoria de Gêneros e da Ciberviolência, para os quais: i) os gêneros de discurso têm um contrato genérico que interfere na constituição do ethos (MAINGUENEAU, 2010, 2002); ii) os ethés têm feições diversas e difusas (MAINGUENEAU, 2010, 1998); iii) a ciberviolência é a agressão realizada em ambiente virtual (HERRING, 2002; HODEGHIERO, 2012; LIMA, 2011); iv) as redes sociais são o celeiro de diversos gêneros textuais, ambientes nos quais sujeitos se agrupam, partilham ideologias (CASTELLS, 2001; RECUERO, 2009) e filiam-se a discursos e a comunidades imaginárias (MAINGUENEAU, 2008b). Constatamos que a virtualidade dos gêneros digitais observados em grupos do Facebook interfere diretamente na constituição do ethos dos estudantes, auxiliando na disseminação da ciberviolência contra professores. APOIO: CAPES. CI -26 A LINGUÍSTICA NA PRODUÇÃO DE PODCAST EM QUÍMICA Quesia dos Santos Souza (FAFIRE) Bruno Silva Leite (UFRPE) A linguagem vem a ser definida como a representação do pensamento por sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Assim, na Era Digital existem vários meios para essa comunicação, um desses meios é o Podcast, que é um recurso utilizado para emissão pública de arquivos disponíveis na rede (LEITE, LEÃO, ANDRADE, 2010). Neste trabalho analisamos a linguística abordada em Podcasts de Química. O trabalho segue os moldes de uma 108 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola pesquisa qualitativa, na qual segundo Lüdke e André (2012) afirmam que o pesquisador buscará descrever a reação de cada aluno ou do grupo de alunos segundo sua percepção ou segundo as palavras dos alunos, sem o foco em contabilizar os dados. Nos Podcasts analisados encontramse as linguagens: verbal, não verbal e mista; em que alguns apresentam uma língua de caráter científico, que possivelmente dificulta a aprendizagem no contexto químico, necessitando um conhecimento prévio na área. Percebe-se que os Podcasts com perfis contextualizados apresentam uma abordagem acessível aos usuários, fazendo uso da variação linguística, contribuindo no processo de ensino e aprendizagem. Este trabalho permitiu observar que a produção contextualizada de Podcasts de Química vem a contribuir de forma eficiente no processo de ensino e aprendizagem na rede. A PRÁTICA DE PRODUÇÃO TEXTUAL VIA TWITTER: POSSIBILIDADES DIDÁTICAS COM O GÊNERO NOTÍCIAS Francisca Francione Vieira de Brito (UERN) Maria Lúcia Pessoa Sampaio (UERN) Marília Costa de Souza (UERN) Por perceber a resistência e desinteresse que o alunado demonstra quando da produção de textos nas aulas de Língua Portuguesa e, em contrapartida, a curiosidade para com o uso de recursos tecnológicos diversos, propomos integrar a Tecnologia com o ensino-aprendizagem dessa prática pedagógica a partir do contexto escolar,atentando para as possibilidades didáticas e sua real eficácia via Twitter. Este trabalho, apresenta, pois, os primeiros achados de uma pesquisa de dissertação em andamento, cujo corpus é constituído por tweets do gênero notícia produzidos por alunos do 9 ano em sua timeline individual; onde se procura analisar os indícios da escrita interacional e a presença dos elementos constitutivos da notícia quando da reelaboração deste padrão genérico para a limitação de 140 caracteres. Nesta investigação, utilizaremos como principal norteador os estudos de Bakhtin (1981, 2003) acerca da linguagem como interação, da concepção de gêneros textuais/discursivos e sua transmutação em esferas comunicativas, além dos pressupostos teóricos de Koch & Elias (2012) com a escrita interacional, Marcuschi& Xavier (2004) também sobre gênero, e ainda Araújo (2006) e Costa (2010)que vão da transmutação à reelaboração genérica. A REPRESENTAÇÃO DO SELF NAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS ACADÊMICAS Robson Santos de Oliveira (UFRPE) A partir de um instrumento etnográfico aplicado em ambientes online, o Modelo Etnográfico Virtual de Estudo das Representações do Self na Internet (MEVERSI), apresentamos a análise das formas de manutenção das faces em duas redes sociais virtuais acadêmicas, o LinkedIn, a Academi.edu e o FollowScience, tomando como referência o Facebook, observando os #Hipertexto2013 l 109 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias aspectos de permanência e impermanência constitutivos do Self. Utilizamos o esquema teórico e observacional de Erving Goffman sobre a representação da pessoa em ambientes públicos para identificar o comportamento do Self nestas redes sociais e os modos de gerenciamento de sua própria impressão apresentada aos outros. O estudo fez parte das investigações do REGE (Reelaborações de Gêneros em Redes Sociais) sobre o Self, no Programa de Pós-Graduação em Linguistica (PPGL) da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a orientação do prof. Dr. Júlio Araújo. A REFERENCIAÇÃO TEXTUAL NO GÊNERO DIGITAL Maria Francisca Oliveira Santos (UNEAL/CESMAC) Este trabalho, intitulado “A referenciação textual no gênero digital” fórum tem como objetivo mostrar a importância da atividade interativa digital, o fórum, recurso coletivo de aprendizagem que tem o professor como mediador em sala de aula, na produção textual, com ênfase nos aspectos referenciais, a fim de que o sentido nas produções escritas seja mais bem compreendido pelo sujeito leitor. Tem como fundamentos teóricos, quanto aos aspectos textuais Koch (1084, 1997 e 2002), Fávero (1991), Marcuschi (2008), Santos (2001), dentre outros; aos tecnológicos Tacia e Carli (2010), Mercado (2009), Miller (2009) e outros. A metodologia persegue uma linha dos estudos qualitativos, razão por que foram organizados oito encontros entre alunos/professor/ tecnologia, sendo dois presenciais e os outros a distância, para o ensino de disciplinas afins, em instituição de nível superior, em várias áreas do conhecimento, na modalidade semipresencial. Os resultados apontam para um melhor desempenho na escritura de alunos de graduação que têm a ferramenta fórum, em interação assíncrona, para criação de novas habilidades no seu processo criativo de aprendizagem. CI -27 AGRUPAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS NÚMEROS TELEFÔNICOS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UMA CONTRIBUIÇÃO AO APRIMORAMENTO DO GOOGLE TRADUTOR Oyedeji Musiliyu (UFAL) Esta pesquisa desenvolve o tema agrupamento e distribuição dos números telefônicos no português brasileiro (PB): uma contribuição ao aprimoramento do google tradutor. O desenvolvimento da tecnologia da fala tornou o uso de sistemas automatizados de síntese de voz bastante frequente com aplicações múltiplas – a exemplo o serviço de tradução on-line gratuito do Google. Entretanto, a performance desses sistemas é sofrível, não processando devidamente 110 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola os números telefônicos no PB. O propósito deste estudo é investigar a estratégia padrão de agrupamento e de distribuição sonora aplicada aos números telefônicos de comprimento diferente no PB. O corpus consiste em um total de trinta números telefônicos extraídos de uma lista telefônica local. Oitenta e cinco falantes nativos do PB leram os números de maneira natural, em slideshow, e a gravação era feita. Os enunciados produzidos pelos participantes foram segmentados e transcritos no software PRAAT (Boersma; Weenink, 2013) em agrupamentos e distribuições sonoras. Os resultados das análises descreveram um padrão de agrupamento e de distribuição sonora na elocução dos números telefônicos no PB. Tal modelo poderia ser base informacional ao aprimoramento de sistemas automatizados de síntese de voz do Google tradutor. ANÁLISE DE BLOGS ESCOLARES SOBRE SEXUALIDADE Gabriela Petró Valli (UFRGS) Ana Luísa Petersen Cogo (UFRGS) Os blogs vem sendo utilizados em escolas como ferramenta pedagógica. O estudo objetivou analisar a estrutura e a utilização do blog por estudantes adolescentes ao abordarem questões de sexualidade desenvolvidas em aula. Trata-se de pesquisa quantitativa exploratória documental realizada na internet. Os critérios de seleção da amostra foram blogs sobre sexualidade, desenvolvidos em atividade escolar, produzidos de 2007 a 2012, em idioma português e hospedados gratuitamente na plataforma Blogspot. Os dados foram analisados pela estatística descritiva. Identificaram-se 11 (100%) blogs sobre sexualidade, nove (81,81%) de escolas de Portugal e dois (18,18%) do Brasil; dez (90,90%) com posts assinados por todos os participantes; três (27,27%) com atualizações frequentes; seis (54,54%) apresentaram seguidores; dois (18,18%) apresentaram número de acessos; seis (54,54%) apresentaram comentários; oito (72,72%) com texto de estilo formal, nove (81,81%) sobre métodos contraceptivos e sete (63,63%) sobre doenças sexualmente transmissíveis. O blog proporciona um método ativo de aprendizagem, no qual os estudantes podem interagir com colegas e com a comunidade em geral, indo além do espaço da sala de aula. Esta ferramenta também é um recurso de discussão de temas que despertam o interesse dos adolescentes e que possam causar polêmica e constrangimentos ao serem discutidos presencialmente. ARTIGOS CIENTÍFICOS ELETRÔNICOS: UMA EXPERIÊNCIA DE PRODUÇÃO ESPECÍFICA PARA A WEB 2.0 Lucas Pazoline da Silva Ferreira (UFS) Situado na perspectiva dos gêneros textuais, este trabalho tem por objetivo descrever uma experiência de produção de artigos científicos eletrônicos, direcionada para a Web 2.0, partindo da hipótese de que há certa relação “clônica” entre os artigos científicos em suportes físico e virtual. A metodologia empregada se constituiu na utilização do programa Adobe Acrobat (para #Hipertexto2013 l 111 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias criação de PDF – Portable Document Format), visto que em seu conjunto de ferramentas, é possível introduzir recursos dinâmicos ao gênero textual em questão. Os resultados deste estudo corroboram a ideia de que tanto a produção quanto a divulgação de artigos científicos através da mídia eletrônica podem incorporar características da Web 2.0, o que raramente é encontrado, porém são necessárias certas transformações, dentre elas: ambientes para publicação eletrônica mais flexíveis, dinâmicos e interativos, e principalmente, uma comunidade científica cuja prática escritora/leitora esteja desenvolvida para o espaço virtual. Como fundamentação teórica, foram utilizados, entre outros, os trabalhos sobre gêneros textuais de Bakhtin (1992), Koch (2010) e Marcuschi (2008; 2010); os estudos sobre periódicos e publicações científicas, em Biojone (2003); e, por fim, teorias sobre as tecnologias da Web 2.0, em O’Reilly (2011). LETRAMENTOS DIGITAL E ACADÊMICO: RESSIGNIFICAÇÃO DE GRUPOS DO FACEBOOK COMO PLATAFORMA DE ENSINO Eunice Braga Pereira (UFPA) Apresentamos os resultados preliminares de um projeto de ensino em andamento na graduação em Letras/Português da UFPA/Belém. Entendemos que apenas seguir uma progressão curricular não é condição suficiente para que o graduando participe de modo efetivo das práticas sociais e discursivas da esfera acadêmica. Além disso, percebemos que apesar de nossos alunos serem da chamada geração dos “nativos digitais”, o uso de dispositivos tecnológicos bem como das redes sociais pouco tem sido revertido para as práticas acadêmicas desses sujeitos. Assim, objetivamos contribuir para a elevação do grau de Letramento digital e acadêmico por meio do uso de grupos do Facebook resignificados como plataformas de ensino. Realizamos tarefas através dessa rede social com o intuito de ampliar as discussões da sala aula para o ambiente virtual. Para isso nos valemos da modalidade Blended Learning, isto é, um ensino misto (presencial e online). Dessa forma, acreditamos que a aprendizagem poderia se tornar um processo mais contínuo. Apoiamo-nos teoricamente nos Estudos sobre Letramento, conforme Coscarelli (2007), Street (2012) e Soares (2002). A pesquisa é de caráter etnográfico; busca analisar os Letramentos em contexto, entendidos como práticas sociais. Analisamos ainda os comportamentos e discursos dos graduandos quando das interações no ambiente virtual supramencionado. CI -28 BLOG “IDEIAS E IDEAIS” Cristina Gottardi Van Opstal Nascimento (Unisanta) A criação do blog “Ideias e ideais” (http://www.textosunisanta.blogspot.com), em 2012, com os graduandos em Administração, na disciplina de Português, buscou aprimorar-lhes 112 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola a competência discursiva, promovendo a leitura crítica e a exposição de suas ideias, com a produção de textos autorais e o uso de recursos multimídias. Para além do objetivo linguístico, visou-se, ainda, à assunção de uma postura discente ética e proativa diante das questões sociais mais relevantes, em especial, a da sustentabilidade. Como metodologia, executou-se uma sequência didática a fim de suscitar o pensamento reflexivo e o debate, por meio da leitura de diferentes gêneros textuais e com o uso das novas TICs e das redes Facebook e YouTube, para que os alunos aprofundassem a reflexão e produzissem um texto, expondo suas considerações, contra-argumentações, descobertas, etc. Embora todos tenham vivenciado as discussões, a produção discente foi voluntária, pois o aluno deveria perceber que escrever é um ato discursivo, de engajamento, e o blog ampliaria exponencialmente o alcance dessa “escrita”. Dentre os resultados relevantes, têm-se a produção de mais de 50 posts discentes (com a produção de um vídeo); e o compartilhar, em classe e nas redes sociais, de reportagens, fotografias, vídeos sobre o tema, pelos próprios alunos. BLOG UM INSTRUMENTO AUXILIADOR PARA ENSINAR E APRENDER GEOGRAFIA Eloiza Lima e Souza (UEPB) Karenine Farias Lima (UEPB) O impacto das tecnologias na escola, sugere transformações no ato de ensinar, aprender, organizar a sala de aula e a própria escola. O presente trabalho faz um relato sobre a experiência da criação e uso dos blogs de Geografia com alunos do ensino médio da Escola Agrotécnica do Cajueiro-Campus IV da Universidade Estadual da Paraíba localizada na Cidade de Catolé do Rocha-PB como ferramenta auxiliadora no processo de ensino aprendizagem. E teve como objetivo inserir os alunos no contexto das novas tecnologias voltado para educação motivandoos a pesquisar conteúdos geográficos e consequentemente aprender Geografia. Para a execução deste trabalho foram realizadas algumas etapas metodológicas como: Criação do blog de Geografia na rede e inserção dos alunos no blog. A partir desta experiência foi possível constatar que os alunos passaram a ter mais interesse pelas aulas de Geografia e a proximidade com conteúdos científicos na rede. BLOG: UMA CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NO DESENVOLVIMENTO DO LETRAMENTO DIGITAL DE PROFESSORES ALFABETIZADORES Ana Paula Dias Ronquini (UFOP) Flávia Aparecida Lopes (UFOP) Este trabalho tem como objetivo apresentar a experiência do uso do Blog como uma contribuição positiva na formação profissional e no desenvolvimento do letramento digital de professores alfabetizadores das redes públicas de educação que participaram ou participam de políticas #Hipertexto2013 l 113 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias públicas de formação em serviço. O blog alfabetizacaoeletramento.blogspot.com.br foi criado em 2011, a partir da experiência com o Pró-Letramento em Poços de Caldas MG. Desde então ele já recebeu cerca de 80.000 visitas de professores envolvidos com o Pró-Letramento, o PNAIC e também professores de redes públicas e privadas de todo o Brasil. Os resultados indicam que, ao longo desse período, os educadores têm se utilizado desse recurso e suas possibilidades para a promover sua formação docente: enriquecem seus trabalhos por meio das pesquisas realizadas no blog, interagem nacionalmente, trabalham numa perspectiva colaborativa e na construção coletiva do conhecimento. CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE HIPERMÍDIA PARA ENSINO DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Viviane Rolim de Holanda (UFPE) O ambiente virtual tem-se apresentado como uma nova forma educacional da contemporaneidade que acrescenta significado aos conteúdos incentivando a participação ativa no processo de aprendizagem. Trata-se de estudo de desenvolvimento que objetivou descrever o processo de construção e validação de hipermídia sobre doenças sexualmente transmissíveis para o ensino de acadêmicos de enfermagem. A construção da hipermídia seguiu as etapas: produção do conteúdo, seleção das mídias, organização do espaço aluno-tutor e transição didática dos textos em linguagem HTML hospedados no ambiente virtual SOLAR da Universidade Federal do Ceará. A hipermídia é composta por nove módulos que apresentam vídeos, imagens, podcast, hipertextos, hiperlinks, espaços de comunicação, avaliações e materiais de apoio direcionados à prática do enfermeiro, com ênfase na abordagem sindrômica e promoção da saúde. Está sendo avaliada por especialistas que atuam nas áreas de enfermagem e informática, a partir de critérios de elegibilidade, englobando a avaliação de conteúdo e técnica, respectivamente, a fim de verificar a pertinência dos itens desenvolvidos. Os especialistas de enfermagem avaliarão o conteúdo, a relevância e ambiente de aprendizado. Os especialistas técnicos julgarão a funcionalidade, usabilidade e eficiência da hipermídia. Espera-se que a hipermídia validada possa auxiliar o ensino de enfermagem de maneira inovadora, flexível e interativa. 114 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -29 CENÁRIOS EDUCATIVOS NO FACEBOOK: NOVOS RUMOS PARA AS POLÍTICAS DE DIVERSIDADE E INCLUSÃO Patrícia Guedes Corrêa Gondim (UFPB) O reconhecimento, o respeito e o direito à diversidade, atualmente, constituem-se como “palavras de ordem” das atuais políticas educacionais. Todavia, a implementação de práticas educativas capazes de favorecer uma cultura de inclusão, na escola e para além dela, ainda são muito tímidas. Ao evidenciar que a diversidade cultural é um dos elementos fundantes das relações que se estabelecem na rede social Facebook, considera-se pertinente refletir as aprendizagens colaborativas na “Rede”, com foco nos coletivos sociais que, histórica e culturalmente, carregam consigo as marcas da exclusão. Nesse sentido, objetiva-se nesse trabalho discutir as possibilidades educativas no Facebook em face de novos rumos para as políticas educacionais de diversidade e de inclusão. Remete-se a importância de repensar concepções e práticas acerca das questões multiculturais no contexto da cibercultura. O elemento metodológico parte de um recorte bibliográfico com base em um diálogo teórico-conceitual e tem como pressupostos teóricos o atual Projeto de Lei 8035/2010 que aprova o novo Plano Nacional de Educação até o ano de 2020 e conceitos relevantes para o entendimento da discussão proposta, como: inclusão, diversidade, diferença, multiculturalismo e aprendizagem colaborativa. Almeja-se como resultado, visibilizar as diferenças no contexto da diversidade em uma “sociedade em rede”. COMUNICAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR: O E-MAIL NO AMBIENTE DE TRABALHO Aucélia Vieira Ramos (UFPI) Juscelino Francisco do Nascimento (UFPI) O surgimento da internet provocou grandes impactos nas relações de interação estabelecidas na comunicação humana. Este impacto foi e continua sendo tema de inúmeras discussões ao redor do mundo. A comunicação medida por computador vem provocando mudanças em nossa maneira de ler e escrever; e isso acontece pela necessidade de se utilizar os recursos do meio digital. Partindo desse pressuposto, este trabalho tem como objetivo descrever as regularidades de conteúdo, estilo e a forma e substância do gênero textual e-mail. O corpus da pesquisa é composto por e-mails da esfera profissional, especificamente por aqueles trocados entre duas instâncias educativas do estado do Piauí. Os e-mails formam coletados do correio eletrônico da SEDUC-PI (Secretaria de Educação e Cultura do Piauí) e da 5ª GRE (Gerência Regional de Educação). As análises do gênero e-mail foram feitas sob o enfoque da teoria sociorretórica de gêneros textuais, por meio de um estudo comparativo entre a teoria de forma, conteúdo e estilo #Hipertexto2013 l 115 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias de Bakhtin (1989) com a teoria de forma e substância defendida por Miller (1984). Os dados estão em fase de análise e, dessa forma, pretendemos constatar as regularidades supracitadas, bem como a forma e a substância do gênero em estudo. DIGITALIZANDO CONHECIMENTOS Yanna Dias da Silva (Colégio Metropolitano Júnior) Os chamados “Nativos Digitais” exigem uma postura mais dinâmica e envolvente dos conteúdos a serem aprendidos, esses necessitam de uma aprendizagem significativa, que valoriza o conhecimento prévio e utilize os meios tecnológicos dos quais já estão habituados. Então, o que temos hoje são os educandos no centro cartesiano do universo da aprendizagem, e as transformações para essa nova realidade são inevitáveis, assim, o professor deve ser visto como mediador da aprendizagem. Dessa forma, surgiu o projeto “Digitalizando conhecimentos”, cuja proposta era utilizar as ferramentas tecnológicas como âncora no processo de ensinoaprendizagem, tendo em vista que a Educação não é inicializada pela presença da tecnologia educacional, mas é fortalecida por ela. O Encantamento pelas redes e mídias sociais é uma realidade, cabe a escola e aos educadores, conhecer, entender , instruir e utilizar esses meios como produtores de conhecimentos. A ferramenta tecnológica utilizada foi o blog, cuja proposta era filtrar os conteúdos apresentados na net, e incentivar a criatividade e escrita do educandos , que também realizaram postagens, criaram vídeos e animações, sobre o conteúdo estudado. ESTRATÉGIAS RETÓRICO-DISCURSIVAS DE ENVOLVIMENTO NO GÊNERO DISCURSIVO FÓRUM PERMANENTE: UMA ANÁLISE NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) Ricardo Jorge de Sousa Cavalcanti (IFAL) Maria Inez Matoso Silveira (UFAL) Este trabalho visa a uma abordagem sobre as estratégias retórico-discursivas de envolvimento, despendidas por um professor-pesquisador, na disciplina Estágio Curricular Supervisionado em Língua Portuguesa, no Curso de Letras, na modalidade a distância, em uma Instituição Pública de Ensino. O corpus de análise para este estudo é formado a partir de perguntas e respostas dadas na interação entre professor e graduandos do mencionado Curso, com base em uma temática-chave, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), via Gênero Discursivo Fórum Permanente. Assim, o propósito deste estudo é perceber como essas estratégias de envolvimento proporcionaram, nos interlocutores, respostas mais coerentes ao tema debatido; além de uma participação mais ativa no AVA. Para tal discussão, debruçamo-nos teóricometodologicamente na abordagem de Gêneros Discursivos de Bakhtin (2003); nos aspectos da Textualidade, advindos da Linguística Textual, cunhados por Marcuschi (1983; 2008); além das estratégias retórico-discursivas, alicerçadas na Nova Retórica, consoante Perelman & Tyteca (2005); Reboul (1998); Plantin (2008); dentre outros. Nesse tocante, acreditamos que tal debate 116 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola proporcionará aos professores e pesquisadores inseridos na EaD uma incursão nos mecanismos retórico-discursivos necessários às práticas linguageiras de aprendizagem na interação virtual. CI -30 FACEBOOK E INFÂNCIA: PREFERÊNCIAS DE USO PELAS CRIANÇAS Dayse Rodrigues de Oliveira (UFPE) Viviane de Bona (UFPE) Lícia de Souza Leão Maia (UFPE) O Facebook tornou-se a rede social preferida de crianças e adolescentes nos últimos tempos. Troca de mensagens, jogos, compartilhamento de imagens e vídeos, e toda a convergência proporcionada por essa rede social, ganha cada vez mais espaço no cotidiano das crianças. Neste trabalho, tivemos por objetivo analisar as preferências de uso no facebook por 20 alunos, na faixa etária de 10 a 13 anos, de uma escola pública da cidade do Recife. Utilizamos como instrumento de coleta de dados um questionário online com perguntas fechadas, de múltipla escolha. As respostas obtidas foram analisadas em níveis de escala, possibilitando identificar as atividades mais frequentes realizadas pelos participantes no facebook. Sete em cada dez alunos, afirmaram ficar mais de 3 horas por dia, conectados à rede social. As opções preferidas dos alunos em todas as vezes que acessam o facebook, foram, em primeiro lugar, bater papo com alguém, em segundo, jogar online, seguida da alternativa compartilhar e comentar fotos, vídeos e status. Os resultados evidenciam que as opções mais utilizadas pelos sujeitos pesquisados tem relação direta com a interatividade proporcionada pela rede social. FÓRUM DE DISCUSSÃO: QUANDO A PRESENÇA SOCIAL E A INTERAÇÃO SOBREPÕEM AS DISTÂNCIAS Joelma de Medeiros Ramos (UCB) Este artigo apresenta o resultado da pesquisa exploratória realizada com o público-alvo de alunos e professores-tutores de cursos realizados a distância de diferentes instituições de ensino e capitais brasileiras. O objetivo do estudo foi identificar a relevância da presença social para a efetividade da interação através do fórum de discussão, e como a atuação do professortutor poderia interferir positivamente ou negativamente na qualidade do debate, na evasão e no processo de aprendizagem através deste espaço de comunicação assíncrona existente no ambiente virtual de aprendizagem (AVA). O resultado da pesquisa mostrou como as distâncias físicas, geográficas e temporais podem ser atenuadas na EAD através do empenho e técnicas pedagógicas a serem utilizadas pelo professor-tutor no curso realizado nesta modalidade de #Hipertexto2013 l 117 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias ensino; como também a participação ativa deste profissional durante os debates realizados nos fóruns de discussões, seja para dirimir dúvidas, mediar ou acompanhar a evolução e necessidade de cada aluno em suas aprendizagens, continuará sendo relevante para que os alunos sintamse acolhidos e apoiados no ambiente virtual, evitando assim a evasão e promovendo a aprendizagem colaborativa. GÊNERO DIGITAL TWITTER: O RETWEET COMO UMA NOVA MODALIDADE DE INTERTEXTUALIDADE Gisélia Evangelista de Sousa (UFBA) Este trabalho busca analisar o gênero twitter a partir da noção de intertextualidade, proposta por Koch (2007). Tem como fundamentação teórica a Linguística Textual, na qual o texto é efetivamente um lugar de interação. Para tanto, será realizado um levantamento bibliográfico sobre a concepção de texto e os tipos de intertextualidade apoiado nas perspectivas teóricas de Koch, Bentes e Cavalcanti (2007) e, em seguida, serão analisados três tweets que dialogam com outros textos, inclusive através de “RT” (ReTweets) que sugerimos ser uma nova modalidade de intertextualidade, por replicar a mensagem de um usuário para a lista de seguidores, dando porém o crédito a seu autor original. Observando-se as contribuições da Linguística Textual para a análise do texto como mediador da interação entre interlocutores e para a produção de sentido deste, este trabalho justifica-se por apresentar como a intertextualidade no twitter pode ser trabalhada em sala de aula de forma a possibilitar o entendimento do texto de forma crítica e contextualizada. GÊNEROS DIGITAIS DOS MULTI E NOVOS LETRAMENTOS? Katia Sayuri Fujisawa (Unicamp) Neste trabalho, estudamos o site de rede social (SRS) Facebook, pelo qual seus usuários podem permanecer conectados a outros usuários, graças a relacionamentos pessoais externos ao meio digital, a afinidades ou interesses em comum. Muitos brasileiros utilizam esse SRS, fazendo o Brasil posicionar-se como o segundo país com mais usuários no Facebook. Analisaremos algumas postagens de um grupo aberto cujo interesse central é o aprendizado de língua japonesa ou portuguesa, com base no conceito de multiletramentos (NEW LONDON GROUP, 1996), que conjuga a multimodalidade e também a multiculturalidade, e nos novos letramentos, ou seja, práticas sociais de linguagem que abrangem a escrita e outras semioses, combinadas através das novas tecnologias, e que apresentam novo ethos, implicando em sujeitos mais “participativos, colaborativos e distribuídos” (LANKSHEAR; KNOBEL, 2006, p. 9). Para tanto, selecionamos um pequeno corpus de postagens, descreveremos cada postagem tendo em vista a perspectiva bakhtiniana de gêneros do discurso e verificaremos se podem ser inseridas na práticas de multiletramentos e/ou de novos letramentos, considerando as semioses que compõem os enunciados e como eles são produzidos. 118 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -31 GÊNEROS DIGITAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA SURDOS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Antonio Henrique Coutelo de Mores (UNICAP) Wanilda Maria Alves Cavalcanti (UNICAP) Gêneros textuais são aqui tratados como textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica, como, por exemplo, bilhete, batepapo por computador (chat) e perfil de sites de relacionamento (MARCUSCHI, 2002). Esses textos históricos vêm sendo cada vez mais discutidos no campo do ensino de línguas estrangeiras. Contudo, o uso desses conhecimentos no ensino de inglês para surdos é ainda recente. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi discutir as ideias presentes em trabalhos de conclusão de cursos stricto sensu que abordam a temática e reconstruir os referenciais disponíveis. A metodologia utilizada foi a qualitativa. Nela encetamos uma discussão em torno da utilização de gêneros em intervenções descritas em dissertações de mestrado com base em autores como Marcuschi (2002), com a teoria dos gêneros textuais, e em Pinto (2002) e Colferai (2007) com a aplicação dessa teoria ao ensino de língua inglesa em uma intervenção realizada com um grupo de surdos para o trabalho com os gêneros Página Pessoal (PP) e Chat. Com os bons resultados dessa pesquisa, esperamos abrir caminhos para novos trabalhos e para melhoria da prática docente de professores de inglês com alunos surdos. GESTÃO ESCOLAR E AS TECNOLOGIAS NA ERA DO FACEBOOK: A EXPERIÊNCIA DA EDUCAÇÃO 3.0 NA ESCOLA PRESIDENTE MÉDICI DE 2009 A 2013 Francisco Romildo da Silva (SEDUC-PE) A Escola Presidente Médici, Arcoverde, PE e contrariando o paradigma de pobreza da região do semiárido nordestino, a escola dispõe de enorme potencial tecnológico. Dois laboratórios de informática, lousa digital, data-show e computador com wireless em todas as 12 salas de aula, wireless aberta em toda área da escola possibilitando que os educand@s tragam e utilizem seu xing ling com android. Foi neste cenário que a Equipe Gestora desta UE encontrou as condições para desenvolver o projeto de intervenção para facilitar o uso e integrar os novos instrumentos tecnológicos presentes na escola trabalhando o conceito de educação 3.0 provocando educadores e educandos a explorar cada instrumento e torna-lo um recurso didático. Desta forma recursos portáteis interativos programáveis na mão dos educandos conectado com a web #Hipertexto2013 l 119 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias desenvolvemos blog, facebook (grupo por interesse), canal de vídeo e o projeto apresente seu trabalho em slide: a natureza agradece. Todos com alto nível de adesão dos educandos e pouca resistência dos educadores. Hoje os educadores aceitam tranquilos a gestão que os educandos fazem das mídias em sala de aula em nossa escola. GRUPOS FECHADOS NA REDE SOCIAL FACEBOOK: UM ESTUDO NO ÂMBITO DA COMUNICAÇÃO E DO APOIO ACADÊMICO Joice de Espindola (UFPE) Angela Maria Pereira (UFPE) Thelma Panerai Alves (UFPE) O objetivo deste trabalho foi o de verificar a importância do Facebook para os alunos do PPGE EDUMATEC, da UFPE, em 2012/2013, que eram originários da região metropolitana do Recife, de cidades do interior de Pernambuco e de estados vizinhos. O grupo criou um ambiente fechado no Facebook, que pretendeu funcionar como espaço de interação e de apoio acadêmico, com a inclusão de material didático, indicações de eventos científicos da área e intercâmbio de mensagens pessoais. Para a realização deste estudo, nos apoiamos nas ideias de Silva, (2010), Primo (2007), Castells (2005) e Lemos (2003). Optamos por uma pesquisa de abordagem quantitativa, com a aplicação de questionário estruturado, enviado ao grupo por e-mail. A análise dos dados comprovou que, apesar da distância geográfica existente entre os alunos, não houve maiores empecilhos à comunicação rápida e eficiente que se estabeleceu e a rede social Facebook realmente funcionou como apoio acadêmico. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS ELETRÔNICAS NA EDUCAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROCESSO DA PRODUÇÃO TEXTUAL Célia Fonsêca de Lima (NTE José Augusto-RN) O presente trabalho: “Histórias em quadrinhos eletrônicas na educação: relato de experiência no processo da produção textual” tem como objetivo auxiliar o desenvolvimento do processo construtivo na produção textual dos alunos do 1º Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Antônio Aladim – Caicó-RN, com o uso e apropriação do software HagáQuê (editor de histórias em quadrinhos). Fundamenta-se teoricamente nos estudos de alguns autores, dentre eles pode-se destacar: Valente (1993); Garcia (2002); Carneiro (2001); Hawad (1994); Borges (2001). Na metodologia foram desenvolvidas aulas expositivas dialogadas e práticas no laboratório de informática e também realizações de observações sistemáticas. Dentro desse contexto podese afirmar que o software Hagáquê é uma excelente ferramenta pedagógica para o processo da construção na produção textual dos alunos, uma vez que auxilia a leitura e a escrita através dos seus elementos constitutivos que estimula-os a interagir com as diferentes linguagens do pensamento potencializando o imaginário e auxiliando a expressão narrativa. Além disso, ajudaos a organizarem o seu pensamento a partir das sequências de desenhos por eles criados. 120 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -32 INDÍCIOS DE AUTORIA EM COMENTÁRIOS DO BLOG DIÁRIO VIRTUAL DE LEITURA Marília Costa de Souza (UERN) Francisca Lúcia Barreto de Lima Soares (UERN) Francisca Francione Vieira de Brito (UERN) Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa (UERN) Este artigo apresenta a análise de um recorte de dissertação de mestrado em andamento que propõe analisar os indícios de autoria nos textos produzidos por alunos do Ensino Médio postados no blog Diário Virtual de Leitura, blog educacional. Para isso, mobiliza conceitos para uma análise discursiva cujo tema aborda aspectos sobre os conceitos de autor e de autoria em textos produzidos em ambiente escolar. A escolha do corpus reflete o interesse pela escrita autoral, caracterizada por apresentar traços singulares da escrita de alunos-autores, que apesar de terem sido produzidas em situação escolar, revela características de um texto literário. Partindo de uma proposta geral, busca-se constatar se há indícios de autoria no texto da postagem do aluno assim como nos comentários. Nessa reflexão sobre autoria, destaca-se Bakhtin (1997) como o encaminhador teórico do estudo e Possenti (2001, 2002) que reforça a importância de práticas de leitura e escrita mediadas pelos gêneros textuais. Através dos conceitos de autoria analisamse textos produzidos por alunos de escola pública publicados no blog e posteriormente os comentários referentes a eles. LEITURAS JOVENS DO MUNDO, ESCRITORES EXTREMOS: A JORNADA NACIONAL DE PASSO FUNDO Miguel Rettenmaier (UPF) Tania Mariza Kuchenbecker Rösing (UPF) Passo Fundo é a sede de um dos maiores encontros culturais e literários da América Latina, a Jornada Nacional de Literatura, idealizada há mais de três décadas pela professora da Universidade de Passo Fundo, Tania Rösing. Na base da ideia que mobilizava e ainda mobiliza as Jornadas está a intenção de formar leitores e de mudar a realidade. No que se consolida hoje, o objetivo de formar sujeitos autônomos, críticos e esteticamente sensíveis, nas Jornadas, está pautado pelo contato consciente com a arte literária, com a cultura e com as tecnologias. Tal movimentação em prol da leitura valeu à cidade, em 2006, por lei federal, o título de Capital Nacional da Literatura. Em 2013, a Jornada de Literatura teve como tema Leituras Jovens do Mundo, o que envolveu tanto o público jovem e suas formas de expressão, em grande e importante parte baseadas #Hipertexto2013 l 121 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias nas interfaces digitais, quanto escritores igualmente jovens, usuários também das plataformas digitais das TIC. Este trabalho pretende refletir sobre a expressão literária em meio digital de alguns dos autores presentes na 15ª Jornada, usando como base teórica críticos e pesquisadores também presentes em Passo Fundo em agosto de 2013, dentre eles Massimo Canevacci. LETRAMENTO ACADÊMICO E MEDIAÇÃO EM FÓRUNS DE DISCUSSÃO Hércules Tolêdo Corrêa (UFOP) Este trabalho tem como objetivo analisar as interações realizadas pelos alunos, professor e monitora da disciplina EAD700 Prática de Leitura e Produção de Textos, do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Ouro Preto durante o primeiro semestre de 2013. Como referenciais teóricos usamos os conceitos de letramento acadêmico, mediação em ambientes virtuais de aprendizagem e polidocência. Metodologicamente, procedemos à análise dos posts dos fóruns criados durante a realização da disciplina. Os resultados apontam para a maior conscientização dos alunos quanto à apropriação das normas acadêmicas (registros de linguagem, formas de citação, referenciações bibliográficas impressas e digitais, movimentos retóricos dos gêneros acadêmicos) e desconstrução da imagem de disciplinas ligadas à escrita em cursos de exatas como desnecessárias. NOVAS FORMAS DE ENSINAR E APRENDER: O USO DO TABLET NA EDUCAÇÃO INFANTIL Maria Cristina do Nascimento S. Brandão (Colégio Fazer Crescer) Ana Célia Barreto Marques (Colégio Fazer Crescer) Bárbara Noronha Souza Raposo (Colégio Fazer Crescer) Este trabalho trata-se de um relato de experiência que descreve e analisa a utilização do tablet como ferramenta na construção do conhecimento e aprendizagem de crianças de 1 a 3 anos. Os trabalhos foram iniciados em 2012 e, tem como campo de pesquisa a primeira etapa da Educação Infantil, no Colégio Fazer Crescer, que faz parte da Rede Privada de Ensino em Recife/ PE. Discute as potencialidades e benefícios das tecnologias móveis na aquisição de novas competências para os primeiros anos de vida, como também, considera-se que a utilização da internet e dos aplicativos obtidos por meio do tablet é um importante instrumento para desenvolver habilidade e competências aos nativos digitais. 122 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -33 NARRATIVAS VISUAIS E HIPERTEXTUAIS – NOVAS CONFIGURAÇÕES DE ESPAÇOS E TEMPOS NA APRENDIZAGEM Edemir Jose Pulita (UnB) Nossa pesquisa busca verificar quais elementos provenientes das interfaces entre as experiências de aprendizagem, as tecnologias digitais e os processos comunicacionais estão presentes na construção do conhecimento atualmente. Para tanto propomos a realização de uma análise de fotografias e narrativas (legendas) postadas numa rede social a propósito da visita à cidade de Brasília. Nossa hipótese é que tais narrativas, analisadas sob uma abordagem sócio-histórica de linguagem, se configuram como bases de uma nova epistemologia nas formas de acessar, produzir e socializar conhecimentos, frente à emergência de novas mídias comunicacionais, fundadas em novos paradigmas de comunicação e aprendizagem. Os conceitos de hipertexto (Bakhtin), de flâneur (Benjamin) e de experiência (Bondía) mostram-se essenciais para a compreensão das modificações nos processos de aprendizagem acarretadas pelas mídias comunicacionais atuais no que tange às linguagens. A aprendizagem e a comunicação em rede mostram uma transgressão de papéis, de momentos e de processos até então cristalizados pela pedagogia tradicional e que deve ser questionada para responder aos novos desafios e às novas possibilidades trazidas pelas redes sociais e por toda teia mundial de computadores. O GÊNERO FACEBOOK NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM MAPEAMENTO DAS FANPAGES MAIS “CURTIDAS” Jaciara de Barros Brasil (UECE) Antônia Dilamar Araújo (UECE) Recursos tecnológicos conectados à rede estão cada vez mais presentes no processo de ensino-aprendizagem onde alunos e professores desenvolvem novas formas de interação. As redes sociais vêm obtendo grande crescimento nos últimos anos possibilitando uma ampla comunicação em tempo real por parte de seus usuários. O Facebook destaca-se por sua popularidade e revela-se um novo gênero digital altamente multimodal. Este trabalho tem como objetivo explorar o Facebook como ferramenta pedagógica através do mapeamento e caracterização de duas fanpages direcionadas ao ensino de Língua Inglesa. Foram identificados e contabilizados os tipos de gêneros mais recorrentes dentre as postagens referentes aos últimos seis meses de atividade de cada fanpage. Além disso, buscou-se verificar os aspectos multimodais presentes nos conteúdos disponibilizados de acordo com o sistema de relações texto-imagem de Martinec & Salway (2005). Os resultados mostram uma predominância de gêneros autênticos produzidos para serem publicados no Facebook e que trazem em grande #Hipertexto2013 l 123 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias maioria textos em Língua Inglesa para leitura. Há também conteúdos gramaticais e vocabulário. Por fim, constatamos haver forte presença de recursos e modos multimodais na totalidade das postagens – imagens, cores e tipografia – contribuindo efetivamente para a compreensão, por parte dos usuários, das informações expostas nas fanpages. O GOOGLE DOCS E O MSN NA PESQUISA SOBRE AS CONCEPÇÕES DOCENTES ACERCA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Valéria do Carmo de Oliveira (UFPE) O artigo busca apresentar o percurso metodológico da pesquisa de mestrado sobre as concepções docentes acerca da avaliação da aprendizagem na EAD online. O estudo teve como objetivo investigar as concepções docentes sobre avaliação da aprendizagem, o que necessariamente implicou na construção de uma metodologia qualitativa de pesquisa. Levando em consideração que estudo esteve inserido na linha de pesquisa Educação Tecnológica, do Programa de Pós Graduação em Educação Matemática e Tecnológica da UFPE, no qual as discussões acerca das tecnologias de informação e comunicação (TICs), suas concepções e usos são amplamente difundidas, surgiu o interesse na construção de técnicas e instrumentos de coleta de dados usando as TICs. Na primeira etapa da pesquisa, foi utilizado o questionário eletrônico, através da ferramenta de formulários do Google Docs. Na segunda etapa foi utilizado o Windows Live Messenger em duas sessões de grupo focal online. A ousadia nessa opção metodológica tornouse um elemento que validou os achados, com o devido rigor científico, demonstrando que as ferramentas tecnológicas utilizadas favoreceram uma maior aproximação às concepções dos docentes sobre avaliação na EAD. O HIPERTEXTO E A CONSTITUIÇÃO DE DISCURSIVIDADES LÍQUIDAS: UMA ANÁLISE DA BLOGAGEM DE DIVULGAÇÃO CIENTÍTICA Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes (UESB) Este trabalho tem por objetivo discutir a constituição das discursividades líquidas inscritas no hipertexto, especificamente no processo de blogagem de divulgação científica. Ancorase teoricamente nos estudos sobre as Novas Tecnologias de Linguagens e de Comunicação (NTICS) - particularmente nos estudos relacionados ao hipertexto e ao blog, como também nos pressupostos da Análise do Discurso de filiação pecheuxtiana, além dos estudos sobre vida e modernidade líquida (BAUMAN,2001,2007). O corpus é constituído de um recorte de posts publicados em blogs de divulgação científica do ScienceBlogs Brasil (www.scienceblogsbrasil. com.br). A análise mostra que a ciência divulgada nos blogs constitui-se de discursividades líquidas que caracterizam a era contemporânea do mundo virtual. Ou seja, no contexto da Web e de modo peculiar no discurso da blogagem, as novidades e as informações envelhecem rapidamente. Assim, a divulgação científica constitui-se de informações curtas e rápidas de 124 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola novidades sobre a ciência, e, sob o efeito ideológico do capital-informação, funciona como uma mercadoria-informação que, afetada pelo discurso eletrônico, produz efeitos de liquidez. CI -34 O QUE OS ELEMENTOS DE UMA HOMEPAGE DIZEM SOBRE O ATIVISMO VIRTUAL? Monique Alves Vitorino (UFPE) Tendo em vista que a internet apresenta-se, cada vez mais, como uma ferramenta para a mobilização social na discussão de questões que envolvem decisões de cunho ambiental, político e social, neste trabalho objetivamos descrever e analisar a homepage do grupo ativista Avaaz a fim de caracterizar sua ação. Seguimos os pressupostos da análise de gêneros textuais orientados, principalmente, por Swales (2009), Bazerman (2006) e Bezerra (2007). Assim, nossa investigação, de caráter qualitativo-interpretativo, é norteada pelos conceitos de comunidade discursiva, propósito comunicativo e movimentos retóricos elaborados por John Swales. Partimos, portanto, da caracterização da comunidade discursiva e, em seguida, analisamos os propósitos comunicativos e os moves realizados pela homepage segundo o modelo proposto por Bezerra (2007). Os resultados apontam que o ato de acessar uma petição, lê-la (ou não), assiná-la e compartilhá-la torna o internauta membro de uma crescente comunidade discursiva com objetivos bem definidos, ligados à expressão da cidadania e à conquista de novos membros. Porém, a ausência, na homepage, de links que direcionem o leitor para acessar outros espaços e informações sobre os eventos motivadores das mobilizações e para os resultados alcançados por campanhas antigas coloca em evidência a unilateralidade dos pontos de vista postos em questão. O USO DE BLOGS NA FORMAÇÃO CRÍTICA DO PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA: NOVAS PERSPECTIVAS NO PROCESSO DE ENSINO/ APRENDIZAGEM Marcos Antonio de Araújo Dias (UFAL) As novas formas de ensino e aprendizagem estão abrindo e realizando através das TIC’s, novos paradigmas na educação brasileira. O blog vem sendo utilizado nas escolas como mais uma orientação pedagógica, principalmente com fins de uma maior integração entre alunos e professores. No que tange às escolas, já se observa blogs de autoria individual - professores, alunos – ou mesmo de autoria coletiva. Nessa inevitável conectividade, analiso que tipo de interferência/diálogo essa ferramenta tem interferido no processo de ensino/aprendizagem #Hipertexto2013 l 125 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias em uma escola pública na cidade de Maceió/AL. A pesquisa busca refletir acerca da relação entre tecnologia e a formação crítica do professor aliando suas práticas às teorias estudadas. Diante disso, e pelo cunho qualitativo da pesquisa, utilizamos em nossas teorizações um efetivo diálogo metodológico ancorado na linha investigativa da pesquisa-ação. A amostra se dará com um professor da disciplina de língua inglesa e os 22 alunos que compõem sua turma. Nessa perspectiva, avaliaremos se o uso dos blogs tem contribuído de maneira efetiva no processo de ensino/aprendizagem, levando em consideração a riqueza de material encontrado nesse ambiente virtual, principalmente por ampliar noções tradicionais de leitura e escrita dentro das práticas sociais contemporâneas. O USO DE BLOGS NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Juliana Patricia Nunes Costa (CESMAC/Capes) Este trabalho tem como título “O uso de blogs nas aulas de Língua Inglesa como ferramenta de aprendizagem”, e é um projeto de conclusão do Programa de Desenvolvimento de Professores de Língua Inglesa – PDPI, realizado de 14 de janeiro a 22 de fevereiro de 2013 em Tuscaloosa, Alabama – EUA, da Fulbright e financiado pela Capes. O objetivo deste projeto é inserir a ferramenta tecnológica nas aulas de inglês contribuindo para a motivação e autonomia no processo de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento das habilidades linguísticas por meio de novas práticas de linguagem, com ênfase no uso de blogs, que podem não somente tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes, como também promover um incentivo relevante na construção de sentido de novos letramentos e letramento digital. Como pressupostos teóricos, a pesquisa apresenta Souza (2003), Marcuschi (2005), Caiado (2007), Paiva (2009), Lévy (2009), dentre outros. A metodologia de cunho qualitativo engloba a criação de um blog em Língua Inglesa, com análise e comparação do desenvolvimento das habilidades de leitura e produção escrita em Língua Inglesa. Com o projeto, espera-se que alunos e professores se interessem em dinamizar o ensino de línguas, tornando-o agradável para ambas as partes, proporcionando uma aprendizagem mais significativa. O USO DO BLOG COMO RECURSO DE APOIO AO PROCESSO PEDAGÓGICO Josete Maria Zimmer (USP) Este artigo traz um estudo a respeito das facilidades e dificuldades dos professores para melhor utilizar as tecnologias digitais de informação e comunicação integradas ao projeto pedagógico da escola. O estudo deu-se numa escola estadual de São Paulo com professores de Ensino fundamental de 6º ao 9º ano. Buscamos fundamentar a base metodológica nas abordagens de Vygotsky, Paulo Freire e Pierry Levy, como também, na pesquisa de Mestrado dessa autora. A pesquisa em 36 blogs de professores e entrevista a 18 dos autores desses blogs, por meio de 126 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola e-mail fundamentou a hipótese de que a “netnografia” é uma metodologia para pesquisadores online. As entrevistas aos professores tiveram como objetivo analisar o processo de criação, manutenção do blog e a percepção sobre os objetivos e utilização desse recurso. As respostas coletadas permitiram o aprofundamento da perspectiva dos professores sobre as contribuições do uso do blog e os desafios enfrentados. As respostas atestaram também, que os professores autores dos blogs confirmam que este recurso permite o enriquecimento da prática pedagógica, assim como o desenvolvimento de projetos de pesquisa. CI -35 O USO DO FACEBOOK COMO ALIADO NA PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA ROCHA CAVALCANTI EM UNIÃO DOS PALMARES/AL Herbert Nunes de Almeida Santos (IFAL) O século XXI, dentre as várias transformações sociais e políticas, trouxe um progresso que, aqui, chamamos de Boom tecnológico. Ele não surge nem para competir entre si nem muito menos com a escola. Existe como um novo espaço atrativo de ensino e aprendizagem. Diante disso, buscamos a articulação de um projeto que busca fortalecer de forma científica, cultural e, sobretudo, tecnológica a prática de leitura e escrita dos alunos da escola estadual Rocha Cavalcanti no município de União dos Palmares-AL. Observamos que a escola possuía um moderno laboratório de informática, porém sem uma utilização que direcionasse os alunos para a prática da pesquisa e produção textual. Assim, construímos uma página (ambiente facebook), direcionada para as funções didáticas oferecidas por essas novas tecnologias. A utilização do laboratório de informática era inóspita e avessa a essas novos adventos. Reunimos-nos com os professores e com os alunos e nos propusemos a criar um ambiente que integrasse seus anseios pedagógicos e o dinamismo desejado por eles. Teóricos como Pierry Levy (2010), Antônio Carlos Xavier (2010), assim como os PCN’S nos ajudaram nos aspectos que tangem a tecnologia e a consequente metodologia a ser utilizada no processo de ensino/aprendizagem. OS BLOGS E A ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO: UM ESTUDO DE CASO DA POTENCIALIDADE DEMOCRATIZANTE E CRÍTICA DESSA FERRAMENTA NO EVENTO DA GREVE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO DE 2009 Fernanda Pinheiro de Souza e Silva (Faculdade Guararapes) Esta pesquisa investiga a função dada aos blogs no evento da greve dos professores da Rede Pública de 2009, eles são vistos aqui como um instrumento que vai além de sua similaridade #Hipertexto2013 l 127 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias com o diário digital, posto que não são produções meramente autobiográficas, são interativas. Segundo Xavier (2010) um texto remete a uma dessacralização do autor e a uma emancipação do leitor, é então nesse sentido que o blog se insere, como ferramenta propulsora de debates, discussões, e produções de conhecimentos anti-hegemônicos, reconhecendo a hegemonia como, segundo Gramsci (1971) prática política de uma classe dominante. Analisaram-se aqui notícias sobre a greve, mostrando o posicionamento dos atores sociais envolvidos: o governo e o sindicato dos professores (Sintepe). E foi verificado que tanto o governo quanto o próprio Sintepe compartilham de um discurso semelhante. Percebeu-se com isso que os blogs, ao possuirem um discurso mais próximo da situação enfrentada pelos professores podem ser utilizados como ferramenta mobilizadora e crítica para a educação, coadunando com a pedagogia crítica freireana. A Análise Crítica do Discurso foi a ferramenta teórica e metodológica utilizada para desvelar o abuso do poder institucional e ressaltar o valor que os blogs possuem: ao construir nas discussões uma prática anti-hegemônica. SISTEMA SIGNWRITING DE GRAFIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS: DESAFIOS DO ENSINO-APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS Severina Batista de Farias Klimsa (UFPB) Bernardo Luís Torres Klimsa (IFPE) As línguas de sinais são línguas naturais das pessoas surdas, sendo utilizada como forma de expressão e comunicação da comunidade surda de um determinado país. Porém, é de todo impossível escrever estas línguas através de um alfabeto comum como o da Língua Portuguesa. Em 1974, surge nos Estados Unidos o SignWriting, um sistema de escrita das línguas gestuais, contrariando a ideia de que as línguas espaço-visuais não poderiam ter uma representação gráfica. Em 2006, no Brasil, com a criação do curso de graduação em Letras/Libras, a escrita de sinais foi introduzida na matriz curricular como disciplina obrigatória para a licenciatura e o bacharelado. Surgem então os desafios do ensino-aprendizagem de uma língua tridimensional no ambiente virtual do referido curso. Assim, iniciamos uma investigação sobre processo de ensino-aprendizagem da escrita de sinais com os recursos tecnológicos disponíveis no ambiente virtual do curso de Letras/Libras da UFPB. Os resultados nos mostram que a tecnologia é um meio facilitador com inúmeras possibilidades de ensino-aprendizagem da escrita de sinais. A pesquisa contribui para a formação dos profissionais que atuarão diretamente com pessoas surdas, pois a escrita de sinais possibilita aos surdos escreverem na sua própria língua sem recorrer a uma língua oral. 128 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola PRÁTICAS LETRADAS SOCIOCULTURAIS EM BLOG PEDAGÓGICO Rhávila Rachel Guedes Alves (UFCG) Williany Miranda da Silva (UFCG) O presente trabalho, recorte do estudo monográfico intitulado Práticas letradas em blog pedagógico, têm como objetivo caracterizar as práticas letradas socioculturais que norteiam as postagens de um blog pedagógico administrado por um professor de uma universidade pública do estado da Paraíba. Para tanto, utilizamo-nos de procedimentos metodológicos que indicam uma pesquisa de enfoque qualitativo do tipo descritivo-interpretativo, caracterizada como sendo um estudo de caso, com evidências documentais. Como fundamentação teórica, recorremos à abordagem de Kleiman (2004), Soares (2009), Tavares (2009), Rojo (2009; 2012), para a concepção de letramento; como também aos estudos de Levy (2004; 2009), Hoff (2004), Pinheiro (2005), Komesu (2005) e Marcuschi (2007), dentre outros, para a reflexão sobre os usos da tecnologia digital. Os resultados obtidos sinalizam que este ciberespaço orienta a vivência de outras experiências que não estejam vinculadas unicamente aos bens intelectuais, uma vez que apresenta postagens de cunho social e cultural, concernentes às artes propagadas na sociedade. CI -36 PRODUÇÃO E LEITURA NOS COMENTÁRIOS DO FACEBOOK Elias Coelho da Silva (FAFIRE) Aline Rodrigues Malta (FAFIRE) Este trabalho visa refletir sobre novas formas de produção e leitura em ambientes virtuais. Acreditamos que as novas mídias não só dão suporte à escrita e leitura, mas também interferem na forma como esses processos acontecem. Tomamos como pressupostos de análise as concepções de autor/leitor-modelo, de Eco (2004 b); a função dos links como formas de referenciação hipertextual, de Xavier (2009) e a cultura digital virtual, de Lévy (2012), para demonstrar, por meio da análise dos comentários do Facebook, que além das tradicionais figuras do autor e do leitor, a produção e recepção dos comentários nessa rede social passam a ter a interferência do sistema. Até o momento, constatou-se que, durante a produção do comentário, o sistema oferece hiperlinks ao autor, que pode ou não aceitá-los. No entanto, ao aceitar a oferta, o texto perde a sua linearidade e passa a ser “hipertextualizado”, fazendo com que a leitura que seria linear passe a ser descontínua. Além disso, o próprio sistema seleciona possíveis leitores aos quais o link selecionado possa interessar. Dessa forma, acreditamos que, no contexto virtual dos comentários do Facebook, o sistema também seleciona autores-modelos e leitores-modelos virtuais, com os quais dialoga. #Hipertexto2013 l 129 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PROI-DIGIT@L E OS JOVENS NA OFICINA DE BLOG: EXPERIÊNCIAS, MEDIAÇÃO E EDUCAÇÃO Patricia Carvalho Matias (UFPE) Maria Auxiliadora Soares Padilha (UFPE) Este artigo visa analisar aspectos do perfil de alunos de escola de periferia em Recife, participantes de uma oficina de blog do Programa de Extensão Proi-Digit@l, da Universidade Federal de Pernambuco, considerando a mediação no ato educativo com sujeitos ativos contribuintes nesse processo em prol de aprendizagens significativas e suas possibilidades de mediação. Essas informações foram obtidas através de um questionário, sobre acesso a internet, sites que são cadastrados, uso dos mesmos e expectativas em relação a oficina. Na análise realizada a partir de suas respostas pudemos evidenciar que os alunos possuem uma vivência na rede, com acesso frequente, login em sites e redes sociais, salvo as peculiaridades de cada experiência. Essas experiências podem contribuir nos processos seguintes da oficina, como a construção de blogs e postagens, para guiá-los na rede, tirar dúvidas dos colegas e até mesmo esclarecer as próprias, entrando em contato com outras possibilidades e aprendizagens até então não experienciadas. Essas ações podem contribuir na mediação ocorrida na oficina, com envolvimento dos professores e alunos, participantes desse processo, carregados de intencionalidade, experiências e individualidade que influenciam e constroem o ato educativo. TRANSFORMANDO ATIVIDADE EM SABER REFLEXIVO: UM ESTUDO SOBRE O PLANO DE ENSINO DE UMA OFICINA DE BLOG Jéssica Maria Muniz Côrtes (UFPE) Edilma Maria dos Santos Silva (UFPE) O presente artigo visa analisar aspectos de um planejamento de ensino tomando por base a oficina de blog que faz parte do Programa de Extensão Proi-Digit@l da Universidade Federal de Pernambuco considerando o planejamento das práticas, métodos e técnicas dentro do contexto dos jovens de periferia, foco do projeto, bem como a contribuição, através do uso da tecnologia, que cada atividade contemplada proporciona ao desenvolvimento do saber reflexivo. Foi realizada uma análise documental considerando o estímulo ao desenvolvimento da escrita e criatividade relacionado à temática, a autonomia, a criação, o trabalho coletivo e a interação entre os participantes contemplados no planejamento. Evidenciamos, dentro do planejamento construído, possibilidades de aprendizagens diversas, com discussões não somente utilizadas no contexto blogosfera, mas abrangentes para a rede e fora dela, estimulando os participantes a refletirem sobre seu papel de sujeito no espaço digital e social. Consideramos essas questões desafiantes tanto para o aluno quanto para os oficineiros desse programa de extensão, pois o trabalho com mídias digitais requer não só a manipulação do blog, como também a reflexão objetiva e integrada. Um planejamento que estimule o saber reflexivo requer o diálogo entre aquele que está no papel de educador e o educando. 130 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola TECNOLOGIA PARA A INTERAÇÃO: FOMENTANDO PRÁTICAS COMUNICATIVAS ATRAVÉS DE PLATAFORMAS DIGITAIS NA AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA Thiago da Camara Figueredo (UFPE) Se a tecnologia desempenha um papel significativo no processo de interação social, parece incoerente a prática de um processo de ensino e aprendizagem, sobretudo de língua, que feche os olhos para o comportamento dos alunos na conteporaneidade. Desse modo, este estudo objetiva refletir sobre possibilidades de uso de plataformas digitais (computadores, tablets e celulares), na sala de aula, de maneira comunicativa, i.e., considerando situações autênticas de interação. Servem de guias para tal reflexão os trabalhos de Brown (2001), Richards (2002), Widdowson (1998), Chapelle (2003) e Hubbard (2006), seja por descreveram e defenderam o desenvolvimento da competência comunicativa dos educandos, seja por destacarem a relevância e por investigarem práticas de ensino mediadas pelo computador. Parte-se, assim, de uma caracterização da abordagem comunicativa e de princípios do letramento digital. O passo seguinte diz respeito ao estabelecimento das conexões entre tais elementos e da exemplificação de atividades didáticas que os conjuguem, ou seja, que utilizem computadores, tablets e celulares para fins interativos. Espera-se, com isso, suplementar o conceito de competência linguística em relação às práticas comunicativas estabelecidas a partir de plataformas digitais, bem como oferecer sugestões de práticas pedagógicas conscientes deste processo. CI -37 UM OUTRO ESPAÇO PARA APRENDIZAGEM Tâmara Lyz Milhomem de Oliveira (IFPI) O ensino de Língua Portuguesa tem como um dos seus objetivos formar competentes usuários da língua, que sejam capazes de comunicar-se em diversos espaços. Partindo dessa afirmativa iniciou-se este estudo cujo viés é um dos ambientes de utilização da linguagem, o meio virtual, que detêm diferentes leituras e múltiplas semioses. O objetivo da pesquisa é trazer o ambiente virtual para a educação, transformando-o em objeto de aprendizagem de Língua Portuguesa. Este estudo foi composto por duas modalidades de pesquisa: a bibliográfica e a pesquisa de campo, durante essa segunda etapa observou-se a relação, anterior a implantação do projeto, que existia entre o público observado (alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Desenvolvimento de Software, que ingressaram em 2012 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - Campus Picos) e o espaço virtual. Em seguida, o blog sugerido como extensor das aulas de Língua Portuguesa foi apresentado aos alunos e a partir da interação #Hipertexto2013 l 131 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias do público observado com este espaço verificou-se o envolvimento do aluno e os efeitos da inserção de outra didática no ensino de língua materna. UM PADRE “DO OUTRO MUNDO” NO CIBERESPAÇO: A CONSTITUIÇÃO DO ETHOS CATÓLICO EM UM BLOG ESPÍRITA José Antonio Ferreira da Silva (ISEP) Neste trabalho, reflete-se sobre a constituição do ethos discursivo em um blog atribuído ao “espírito” Helder Câmara. Entendemos “psicografia”, como uma prática social que acontece na esfera religiosa e gera textos. A prática existe, e, é inegável. Sendo o texto psicografado um produto cultural resultante de uma prática religiosa que, agora, utiliza os espaços midiáticos como instância de realizações da atualização da questão da fé, ou seja, as instituições religiosas percebem os meios de comunicação não somente como instrumentos, mas organizam-se a partir dos recursos estruturais dos gêneros do discurso, sociointeragindo para apropriar-se dos meios que legitimem suas ideologias. Partindo dessas considerações, este artigo busca trazer algumas reflexões acerca do ethos religioso católico propagado na internet através do blog espírita: “Novas Utopias”. Procurando observar e analisar como o enunciador desse tipo de discurso constitui o ethos revelando sua ideologia. O estudo está pautado nos pressupostos teóricos de Miller (2012) no que se refere blog, Bazerman (2007; 2009; 2011) no que se refere aos gêneros textuais; e de Maingueneau (2008a; 2008b; 2008c; 2008d; 2010; 2011) sobre a constituição do ethos discursivo. UMA ANÁLISE DO FÓRUM ELETRÔNICO À LUZ DO CONCEITO BAKHTINIANO DIALOGISMO Cristiano Lessa de Oliveira (IFAL) Nathália Alves Agra (IFAL) Aizzi Vanja Mota Melo (IFAL) Baseando-nos em um referencial teórico de Bakhtin (1997, 2003), bem como em autores que tratam de questões relativas à formação de leitores e produtores de textos enquanto sujeitos ativos (ZOZZOLI, 1998; LOPES-ROSSI, 2005), pretendo tecer neste trabalho algumas considerações concernentes ao gênero discursivo Fórum Eletrônico (FE) como, por exemplo: os elementos constitutivos do FE e seu caráter não somente colaborativo, mas também hipertextual. Entendemos o FE como um espaço para discussões em torno de temas propostos por seus integrantes e como uma ferramenta adequada para um aprofundamento reflexivo dos usuários no contexto específico. Assim, propomos uma reflexão, a partir das produções de alunos do Curso de Letras/Português, do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), acerca da noção bakhtiniana Dialogismo, a fim de observar as múltiplas vozes que se fazem presentes em seus discursos. Nesse tocante, o dialogismo é tomado como uma característica presente nesse gênero discursivo digital, sobretudo, pelo fato de os enunciados dos alunos serem construídos a 132 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola partir da voz do outro, ou seja, os sujeitos envolvidos nessas relações são construídos nas/pelas interações estabelecidas nesse contexto de atuação. UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK PARA O ESTUDO DE QUÍMICA Joycyely Marytza de Araujo Souza Freitas (UFRPE) Reneid Emanuele Simplício Dudu (UEPB) Josiane Maria de Souza (FAEST) As redes sociais tomaram proporções além de manter os vínculos virtuais de amizade, podem ser ambiente extraclasse para discussão e debate de temas sobre a ciência estudada na escola. Dessa forma o objetivo da pesquisa é investigar a possibilidade do uso de facebook como um ambiente virtual de aprendizagem de Química. O estudo se classifica como explicativo, cuja natureza é qualitativa e quantitativa. Tem ainda como proposta o estudo de caso, utilizando como técnica de coleta de dados a observação sistemática e um formulário avaliativo. Aplicadas em 60 alunos dos 8º e 9º anos do ensino fundamental II de uma escola particular de Olinda (PE). Os resultados revelaram sobre as participações e interações dos educandos, os principais temas da Química abordados e a importância da comunicação fora da escola. Portanto foi admissível concluir que o facebook pode servir de ferramenta extraescolar para despertar o estudo domiciliar e causar maior interação dos alunos com uma ciência tão nova pra eles que é a Química no ensino fundamental. CI -38 VAMOS PRODUZIR UM BLOG? INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR POR MEIO DE RUPTURAS COM A FORMA, SABERES E PARTICIPAÇÃO DISCENTE TRADICIONAIS Patricia Smith Cavalcante (UFPE) Deise France Ferreira (UFPE) Dentro do tema Gêneros Digitais – BLOG, este artigo analisa a produção de onze blogs por alunos do Curso de Pedagogia, da UFPE, na Disciplina de Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação. Partindo dos pressupostos teóricos para a inovação no Ensino Superior de Cunha (2008), discutimos em que medida a atividade de produção de blogs como metodologia ativa para construção do conhecimento promoveu rupturas necessárias à melhoria da qualidade no Ensino Superior. Em paralelo, utilizamos a matriz para tipificação de blogs de Primo (2008) para classificar a natureza dos blogs produzidos. Durante 2013.1, pesquisamos e discutimos sobre o gênero digital blog com os alunos. Em grupos eles criaram blogs, com a supervisão das professora e monitora. Criamos categorias de análise de conteúdo temática dos blogs, que também foram #Hipertexto2013 l 133 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias avaliados por todos os alunos. Os resultados mostraram que foram criados blogs de diversos tipos e que esta atividade auxiliou na ruptura com a forma tradicional de ensino, na promoção da gestão participativa na sala de aula, na reconfiguração de saberes e no protagonismo discente. WEBGINCANA COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA FUNDAMENTADA NO USO DAS TIC PARA O ENSINO SUPERIOR Marcela Fernandes Peixoto (UFAL) Luís Paulo Leopoldo Mercado (UFAL) O artigo é resultado de uma experiência realizada com foco na utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nas práticas de ensino e aprendizagem, especialmente mediante estratégias didáticas direcionadas ao ensino superior. Quanto às estratégias, de forma mais particular, este estudo teve como base à apresentação do recurso metodológico webgincana, método que se pauta no uso estruturado da internet e favorável a trabalhos que envolvam pesquisa e que busquem, entre outros fatores, estimular a autonomia do aluno. Com fundamento na abordagem qualitativa, a metodologia envolveu uma análise documental ao contexto da pesquisa na internet, visando apresentar potencialidades provenientes de webgincanas constituídas para fins educacionais, por meio de um processo amostral intencional (FLICK, 2009). De forma abrangente visualizou-se, diante as reflexões promovidas, a necessidade em relacionar as ações docentes ao processo de reconfiguração curricular; e de maneira mais específica, constataram-se aspectos significativos quanto o uso de webgincanas, como: aumento do fluxo de informações; multiplicidade de linguagens; uso de sistemas simbólicos; e a possibilidade de comunicação em rede. “FACEBOOQUEANDO” A SALA DE AULA: A LÓGICA DE USO DAS REDES SOCIAIS ONLINE E A REESTRUTURAÇÃO DA ESCOLA Mariana Marlière Létti (UnB) Os brasileiros são, atualmente, o povo que mais acessa as redes sociais online no mundo e, ao mesmo tempo, estão entre os países com o maior índice de evasão escolar. Como mudar estes números? A presente pesquisa buscou compreender, inicialmente, qual o apelo que as redes online, e em especial o Facebook, possuem sobre os jovens brasileiros, partindo do princípio de que a escola é, também, uma rede social que busca o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. A partir da análise de entrevistas a estudantes de escolas públicas e particulares do Distrito Federal concluímos que a solução para que os alunos enxerguem a escola como uma atividade prazerosa, como sentem ao navegar na internet, está longe da simples inserção da tecnologia no dia a dia escolar ou da substituição da sala de aula física pelas redes online. Diante disto, passamos a traçar, então, com base no conceito de “Geração C”, estratégias de transposição da lógica de uso dessas redes 134 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola sociais online, como a descentralização da autoridade, o poder do discurso e a possibilidade de reparação de erros, para uma nova estrutura e pedagogia escolar. A COLABORAÇÃO E A COCRIAÇÃO NOS GRUPOS DE ACADÊMICOS NO FACEBOOK Alexandre Meneses Chagas (UNIT) Ronaldo Nunes Linhares (UNIT) Keyne Ribeiro Gomes (UNIT) Laís Thiele Carvalho de Souza (UNIT) Vera Maria Tindó Freire Ribeiro (UNIT) Este artigo apresenta resultados parciais de um estudo em desenvolvimento no programa de pós-graduação em educação da Universidade Tiradentes, envolvendo discentes do curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda desta instituição. Pretende primeiro identificar como os discentes utilizam os grupos do Facebook como recurso de cocriação, em seguida, identificar o grau de colaboração no processo de aquisição dos conteúdos entres os participantes do grupo. Ao descrever um Grupo do Facebook enquanto interface mediada pelo computador e pela internet e demonstrando as possibilidades de interação que a rede permite para uma educação informal. A fim de verificar o grau de colaboração dos pesquisados adotamos o instrumento para a identificação e medição de colaboração em uma discussão assíncrona online de Murphy (2004, p. 426-427), em um grupo criado para a disciplina de Marketing II do 4º período do curso, em 2012/01. Identificamos quais estratégias são utilizadas para se alcançar os objetivos de uma aprendizagem colaborativa e os processos de cocriação por meio desta interface. Percebem-se as formas em que os discentes se apropriam desta interface para colaborar no processo de criação de trabalhos acadêmicos conforme o grau de colaboração. CI -39 A FOTOGRAFIA EM REDES: RETÓRICA E APRENDIZAGEM Nubia Oliveira da Silva (UMa) Antenor Rita Gomes (UNEB) O presente trabalho discute sobre os processos da produção de sentido da fotografia nas redes e comunidades virtuais como processo-produto cognitivo da cultura visual no âmbito das narrativas e linguagens contemporâneas; elucidamos, assim, o papel crítico, social e cultural do diálogo fotográfico veiculado nas redes sociais, na perspectiva da aprendizagem colaborativa #Hipertexto2013 l 135 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias e situada. O texto apresenta os sentidos da fotografia como multirreferenciais, moventes e interconectados como numa espécie de hipertexto, que se conectam nas redes subjetivas criadoras dos significados e, portanto, da aprendizagem. De modo que o indivíduo se apresenta e se identifica como sujeito pertencente a uma coletividade, e destas conexões participam diversas instâncias, que participam de um universo simbólico, que transita entre o real e o virtual, o vivido e o imaginado, o presente e o ausente. O tema é abordado em duas perspectivas (a aprendizagem colaborativa por meio das redes da fotografia e a retórica da imagem fotográfica nas comunidades virtuais para a comunicação contemporânea). A INFLUÊNCIA DAS TAREFAS DE APRENDIZAGEM DE INGLÊS MEDIADAS PELA LOUSA DIGITAL INTERATIVA: EFEITOS SOBRE A MOTIVAÇÃO SITUACIONAL DOS APRENDIZES Samara Freitas Oliveira (UFRN) Janaína Weissheimer (UFRN) As lousas digitais interativas (LDI) já foram relacionadas como propulsoras de engajamento e entusiasmo em aulas de línguas adicionais, podendo assim afetar variáveis afetivas que influenciam a aprendizagem (motivação, ansiedade, dentre outras.) Este estudo pretende verificar como as tarefas de aprendizagem de inglês, em que as LDI são usadas, impactam a motivação situacional dos aprendizes. Trata-se de um estudo transversal realizado com 29 aprendizes de inglês durante quatro meses. Utilizamos uma abordagem de métodos mistos para coletar dados qualitativos e quantitativos, através de: observações de aulas e notas de observação, um questionário sobre as percepções dos aprendizes sobre as tarefas, um questionário sobre motivação e atitudes (adaptado de GARDNER, 2004), escalas de motivação situacional e as notas globais dos aprendizes no semestre. Nosso referencial teórico ancora-se na aprendizagem baseada em tarefas e nos processos cognitivos ativados por diferentes tarefas (WILLIS, 1996; SKEHAN, 1996), no modelo processual de motivação (DÖRNYEI, 2000) e em reflexões sobre os efeitos do uso da LDI na aprendizagem da língua inglesa. Os resultados preliminares mostram que há variabilidade na motivação situacional dos aprendizes, possivelmente devido às demandas dos diferentes tipos de tarefas e aos recursos utilizados pelo professor dentro das fases de condução da tarefa. 136 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola A LEITURA DO HIPERTEXTO DIGITAL NA CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS DAS REPORTAGENS PELO LEITOR Franciane da Silva Santos (UFAL) Maria Francisca Oliveira Santos (UNEAL) Neste trabalho que tem como título “A leitura do hipertexto digital na construção dos sentidos das reportagens pelo leitor”, buscamos entender a presença recorrente e dinâmica dos gêneros digitais nos mais variados contextos de convívio social, sendo imprescindível seu conhecimento, enquanto prática linguística, dentre eles destaca-se o hipertexto e as leituras em ambientes digitais. O objetivo geral deste trabalho é analisar o hipertexto como estimulador a leitura de forma dinâmica de reportagens online e ainda avaliar a incidência e importância das metáforas (retóricas) para a construção e compreensão das reportagens pelo leitor a partir da leitura do hipertexto. Esta pesquisa tem como pressupostos teóricos Marcuschi (2005, 2008), Koch (2003), Bezerra (2011), Fachinetto (2005), Santos (2001), dentre outros. Constatamos por meio de metodologia de cunho qualitativo a partir análise comparativa entre a reportagem ofertada em ambiente digital e o texto escrito convencional que os recursos ofertados pelo hipertexto possibilitam ao leitor construir uma rede de sentidos mais estruturada e dinâmica que o texto escrito convencional. A relevância do trabalho se dá pela análise feita das reportagens, enquanto hipertexto e os recursos por ele disponibilizados no ambiente digital que estimulam o leitor e permitem maior compreensão da reportagem e das metáforas retóricas. A RELAÇÃO SOCIOAMBIENTAL ENTRE JOVENS DO ENSINO MÉDIO PRIVADO: PERSPECTIVAS E DESAFIOS NO ESPAÇO VIRTUAL E REAL Anderson Messias Roriso do Nascimento (Col. Marista de Brasília) Gissele Alves (Col. Marista de Brasília) Hanna Yahya (Col. Marista de Brasília) Maria Vitória Mansur Fortes (Col. Marista de Brasília) Miguel José Ferreira da Silva (Col. Marista de Brasília) Rafaela Souza (Col. Marista de Brasília) O trabalho apresenta a investigação realizada sobre a ação das juventudes em relação à preservação ambiental, cujo objetivo precípuo é compreender como os sujeitos jovens interagem no espaço virtual e como essa interação impacta a construção de uma consciência socioambiental a partir do uso das tecnologias da informação e comunicação. Para tanto, o referencial teórico do trabalho investigativo compreende os estudos sobre juventudes no contexto escolar de Bourdieu (1983), de Dayrell (2007), Leccardi (2005) entre outros; a problemática socioambiental, com base, sobretudo, em Boff (2003), Carvalho (2004), Hutchison (2000) e Jacobi (2005) e o impacto das novas tecnologias da informação e comunicação nas sociabilidades juvenis, a partir das reflexões de estudiosos como Domingues (1999), Filmus (2004), Garbin (2003), Peixoto (2008). Quanto à fundamentação metodológica, considerando as possibilidades de interação #Hipertexto2013 l 137 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias nos espaços real e virtual, o trabalho pauta-se pela pesquisa qualitativa, sob as perspectivas de Denzin e Lincoln (2006) e Flick (2009). Assim, ao estudar as culturas digitais juvenis, pretendese discutir o papel da escola no uso das tecnologias voltadas à consciência ambiental e propor ações que favoreçam o comportamento ecológico entre os jovens do ensino médio privado. CI -40 APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA FORMAÇÃO DOCENTE - O PIBID UFSM EM FOCO Juliane Paprosqui (UFSM) Leila Maria Araujo Santos (UFSM) Cleonice Maria Tomazzetti (UFSM) Carlos Gustavo Lopes da Silva (UFSM) Anderson Monteiro (UFSM) O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Brasil/2009) é destinado a acadêmicos das licenciaturas que realizam inserção na Educação Básica visando melhorar sua formação docente. O PIBID da Universidade Federal de Santa Maria contempla 12 licenciaturas às quais é disponibilizado um ambiente virtual de ensino-aprendizagem – Moodle - para repositório de materias (adquirido com verbas do Programa de Consolidação das Licenciaturas – Prodocência). Este trabalho objetiva comunicar a problemática deste projeto na pesquisa de mestrado cuja perspectiva prevê a comunicação e a interatividade destes acadêmicos com coordenadores e demais colegas através da utilização do Moodle, ampliado para ser utilizado como rede colaborativa de aprendizagem, entre pessoas com níveis semelhantes de habilidades que poderão alcançar resultados melhores do que se trabalhassem sozinhas. Além de auxiliar na formação inicial, a produção dos materiais didáticos será disponibilizada a quem interessar através do uso de Recursos Educacionais Abertos. Será utilizada a abordagem qualitativa para análise das respostas do questionário aplicado aos acadêmicos e coordenadores dos projetos PIBID. A investigação aponta para a utilização de aprendizagem colaborativa mediada pelas tecnologias da informação/comunicação como estratégia para a prática docente. 138 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA REDE SOCIAL FACEBOOK: UM ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR Jailma do Socorro Uchôa Bulhões Campos (UFPA) O desenvolvimento das atividades acadêmicas dificilmente pode ser considerado exclusivamente individual, independente das competências do outro, mas como atividades de grupos, que envolvam um trabalho colaborativo. Assim, verificando-se que os ambientes virtuais de aprendizagem estão cada vez mais presentes no processo educacional e que há latente destaque para a cooperação e colaboração dos sujeitos virtualmente, este trabalho buscou evidenciar o uso de grupos virtuais em redes sociais como ferramentas fomentadoras de ações que pressupõem a aprendizagem colaborativa. Para tanto, ao longo de 2 semestres letivos no Curso de Letras – Língua Portuguesa da UFPA, estendemos as atividades didático-pedagógicas da sala de aula presencial para um grupo virtual na rede social Facebook, com o intuito de analisar e descrever as estratégias utilizadas pelos discentes no processo de interação. Apoiando-nos teoricamente em estudos sobre aprendizagem colaborativa em rede, conforme Torres (2010), Romanó (2003) e Carvalho (2011), desenvolvemos uma pesquisa de cunho etnográfico e analisamos as formas de participação e interação utilizadas para produzir documentos de forma colaborativa. Como principais resultados, destacamos a análise e identificação de estratégias de coparticipação e negociação de funções em atividades, confecção e partilha de materiais e formação de estruturas como importantes suportes para a promoção do trabalho colaborativo. O USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS DOCENTES DO PROGRAMA DE ENSINO MÉDIO INOVADOR (PROEMI) Maria José Moreira da Silva (UFPB) Lebiam Tamar Gomes Silva (UFPB) Rebecca Queiroz Bichara Dantas (UFPB) As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são objeto de constante análise e reflexão, fomentando discussões acerca das contribuições possíveis para processos educativos, tanto na modalidade de ensino presencial quanto na educação a distância. Dentre essas tecnologias, destacam-se gradativamente as Tecnologias Móveis Sem Fio (TMSF), a exemplo do Tablet, tendo em vista a sua característica de mobilidade. A denominada M-learning ou aprendizagem com mobilidade pode ser compreendida como a aprendizagem que ocorre por meio da utilização de dispositivos móveis. Partindo do pressuposto de que os Tablets possuem potencial significativo para o desenvolvimento de aplicações pedagógicas nos processos de ensino e aprendizagem. Esta pesquisa tem por objetivo principal analisar as práticas educativas mediadas por TMSF de docentes das escolas do Programa do Ensino Médio Inovador (ProEMI), da 1ª Gerência Regional de Educação(1ªGRE), do Estado da Paraíba. Pautada numa abordagem qualitativa e quantitativa, a pesquisa consiste num estudo empírico, cujos dados coletados resultam da aplicação de #Hipertexto2013 l 139 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias um questionário semiestruturado, aos docentes que atuam no 1º ano do Ensino Médio em seis escolas do referido Programa. Os resultados obtidos serão tratados estatisticamente para permitir a categorização e a análise das práticas educativas identificadas. CRIANDO CULTURA PARA O USO DIDÁTICO DE MOBILES NA CONSTRUÇÃO DE HIPERTEXTOS Alvino Moser (UNINTER) Armando Kolbe Junior (UNINTER) O tema da apresentação é verificar que é feito para estimular os estudantes de Ensino superior para uso de mobiles. Os objetivos são: Verificar a recepção dos estudantes em relação ao uso de mobiles para estudo colaborativo. Analisar sua aceitação para elaborar hipertextos interativamente com mobiles. Identificar as resistências possíveis à introdução da cultura colaborativa. Parte-se do pressuposto do sociointeracionismo (Vygotsky) modulado pelo conectivismo (G. Siemens) como meio de uma aprendizagem eficiente e prazerosa, pois os hipertextos colaborativos são mais ricos do que as elaborações individuais. Por outro lado, essa interação exige participação na comunidade de prática. Como metodologia, vários docentes solicitaram a estudantes que fizessem diversas tarefas: assistir a um filme, pesquisa sobre algum tema. Como tarefa os estudantes deveriam escrever suas reflexões e enviá-las a três ou mais colegas para discutir seja por Chat no Ava, seja por Facebook de grupo, seja por e-mail comum. Sua tarefa era construir um hipertexto conjunto, discutindo resultante das interações do grupo. Finalmente, os professores analisaram os posts colaborativos e verificaram a recepção dos alunos mediante questionário, cujos resultados exporemos nessa comunicaç CI -41 EXPERIMENTAÇÕES RIZOMÁTICAS DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: DESLOCAMENTOS DOS CONCEITOS DELEUZIANOS PARA O CAMPO EDUCACIONAL Eli Lopes da Silva (UFSC) Dulce Márcia Cruz (UFSC) Terezinha Fernandes Martins de Souza (UFSC) Este artigo apresenta possíveis deslocamentos de conceitos deleuzianos para o campo educacional, sobretudo no caso das práticas pedagógicas voltadas para o uso das tecnologias digitais. A proposta deste trabalho é apresentar pistas de como os agenciamentos coletivos dos docentes que utilizam as tecnologias poderiam se apropriar da filosofia de Deleuze para fazer 140 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola experimentações rizomáticas que criem circunstâncias geradoras de afetividade criativa. Como percurso metodológico este texto faz uma ponte entre a perspectiva teórica e sua articulação com o trabalho docente. Nos resultados apontamos possibilidades de atuação do professor a partir do pensamento deleuziano. As conclusões apontam para a necessidade de criação de circunstâncias (para usar um termo deleuziano) como fundamental para que as tecnologias digitais sejam incorporadas nas práticas pedagógicas com o intuito de se tornarem objetos de desejo não apenas no artefato em si, mas de paixões pelo que se produz com ele. Além disto, na prática cotidiana, quando o virtual se atualiza é que o acontecimento faz emergir a criação, o que não vem do vazio, pois são necessários agenciamentos coletivos que provoquem esta atualização. FACEBOOK E APRENDIZAGEM HÍBRIDA DE INGLÊS NA UNIVERSIDADE: UMA ANÁLISE DA AUTONOMIA ATRAVÉS DA TEORIA DOS GRAFOS Janaina Weissheimer (UFRN) Diêgo Cesar Leandro (UFRN) O Facebook tem potencial para incrementar o ensino-aprendizagem de Língua Adicional (LA) e uma série de pesquisadores (BOSCH, 2009; MUNOZ; TOWNER, 2011) têm investigado o uso pedagógico dessa rede social. A presente comunicação relata resultados de uma pesquisa em andamento na UFRN. Em um modelo de aprendizagem híbrida, 20 licenciandos em Letras/Inglês interagiram em um grupo no Facebook durante um semestre acadêmico. Baseados na Teoria dos Grafos (WATTS; STROGATZ, 1998; RECUERO, 2004) e em teorias de autonomia e aprendizagem de línguas (NICOLAIDES, 2003), objetivamos: (1) investigar o caráter dinâmico da formação de novos clusters a partir da inserção de cada nova proposta de interação (postagem) no grupo do Facebook; (2) verificar qual a posição que professor e aprendizes ocupam nos clusters e hubs, analisando os dados a partir dos conceitos de learner-centeredness e teacher-centeredness; e (3) analisar qualitativamente as impressões dos aprendizes sobre a experiência com o grupo do Facebook. Resultados preliminares utilizando a ferramenta Speech Graphs (MOTA et al, 2012) apontam para um engajamento mais expressivo dos aprendizes em postagens cujos hubs são formados por seus pares e, ainda, clusters mais robustos em redes formadas apenas por aprendizes, sem a mediação do professor. MÍDIAS SOCIAIS E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO SUPERIOR Leatrice Ferraz Macário (FTC - Vitória da Conquista) Este trabalho traz reflexões acerca o uso de mídias sociais como ferramentas pedagógicas capazes de auxiliar o processo de aprendizagem. Tendo como pressupostos teóricos, principalmente, as obras de Levy (1999), Castells (1999), Kenski (1998) e Moran (2000), objetiva apresentar os principais benefícios do uso de mídias sociais como estratégias pedagógicas. Trata-se de um estudo de caso, onde foram analisados os resultados alcançados em oito turmas de graduação #Hipertexto2013 l 141 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias em que os alunos foram estimulados a criarem blogs pra produção de conteúdo e foi utilizado o grupo privado da rede social Facebook para compartilhamento e discussões acerca dessas produções. Tais estratégias foram implementadas com o objetivo de se estabelecer o processo de ensino e aprendizagem além do espaço da sala de aula, criando-se ambientes de discussão, leitura e colaboração na Web. A iniciativa foi motivada pela alta conectividade dos alunos, aproveitando-se da familiaridade e interesse que os jovens têm nas ferramentas em questão. Em dois anos de utilização da prática, foi possível constatar que o uso das mídias sociais configuramse como diferenciais pedagógicos importantes para motivação e melhoria, principalmente, da leitura, escrita e interesse dos alunos em relação às disciplinas ministradas, tornando-os autores, além de meros receptores de conteúdo. AS IDENTIDADES CULTURAIS NOS MEIOS DIGITAIS Thaís Pereira de Souza Fiscina (UNEB) As mudanças a partir das tecnologias no mundo globalizado e tecnológico têm despertado ideias nunca pensadas sobre o futuro, ocasionando possibilidades inimagináveis de interação. Mas como é percebida a identidade cultural apresentada por meios de ambientes digitais? Se considerarmos a identidade cultural com aquela que enfatiza aspectos relacionados à nossa pertença à cultura definida por Hall (1999), como também o significado que as palavras “identidade” e “cultura” produzem juntas através da expressão “saber se reconhecer”, este estudo se faz pertinente. Até porque, o ambiente de redes eletrônicas conforme as paisagens culturais de classe, gênero, etnia, nacionalidade e outras, não fornecem mais sólidas localizações para os sujeitos em transformação devido à contemporaneidade tecnológica apresentar descentramentos, deslocamentos e ausência de referentes sólidos para as identidades, inclusive as que se baseiam numa ideia de nação. Desta forma, o objetivo deste estudo é apresentar as possíveis tensões geradas pela desterritorialização das identidades culturais nos meios digitais através do método de desmonte por Derridá (1997), pois as tecnologias têm invadido o espaço cultural e pode ser sentidas através das diferentes maneiras de conjugar as flexões do imaginário capazes de influenciar a transmissão de valores e alterar as relações entre as culturas locais e globais. 142 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -42 NARRATIVAS DE SI: A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES PROJETIVAS NO FACEBOOK Rosangela Silveira Garcia (UFRGS) Ygor Corrêa (UFRGS) Este artigo tem por objetivo estabelecer uma reflexão teórico-metodológica acerca da noção de identidades projetivas de usuários da rede social Facebook, compostas por meio de narrativas de vida, logo, narrativas de si materializadas em práticas discursivas. Desta maneira, este estudo compreende esta ferramenta tecnológica enquanto cenário de produção discursiva-imagética, onde as interações baseiam-se em uma relação dialógica – eu versus outro - sendo polifônica, no que tange os atos navegacionais na rede social. As interações, via ato de curtir, encontram-se impregnadas de sentido, assim as identidades, natureza de base social estruturada pelo discurso, por sua vez, representam as significações estéticas e éticas projetadas pelos sujeitos por meio de suas narrativas. Nesta perspectiva, tendo como objeto de análise o discurso de usuários da rede social Facebook, propõe-se uma análise da composição dessas identidades projetivas, a partir do viés bakhtiniano, portanto das formas de produção de intersubjetividade. A análise das narrativas dos sujeitos observados revelou a dinâmica de construção, ou seja, de materialização de identidades projetivas, construídas via ato de contemplação do outro, neste caso, o usuário/ amigo. NOVAS TECNOLOGIAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELATOS DE EXPERIÊNCIA DO CURSO DE LETRAS/INGLÊS DA UNEB/CAMPUS IV – JACOBINA/BA Rodrigo dos Reis Nunes (UNEB) Graciélia Novaes da Penha (UNEB) A presença das tecnologias contemporâneas na educação tem ganhado destaque nos últimos tempos, fomentadas pelo impacto transformacional que tais recursos oferecem à sociedade. Ao transpormos essa ótica à formação de professores de língua estrangeira, percebemos que é de extrema relevância buscar subsídios teóricos que forneçam caminhos para uma ação mais coerente e efetiva na utilização de recursos tecnológicos por estagiários. Tal ação proporcionará também uma visão mais clara aos estudantes sobre as mudanças que essas tecnologias podem trazer diretamente à formação docente, garantido que o uso de tais recursos não transcorra na ação errônea de substituir uma “velha” tecnologia por uma “nova”. Através da disciplina “Novas Tecnologias e EAD Aplicadas ao Ensino de Língua Inglesa”, disponibilizada a turmas do oitavo #Hipertexto2013 l 143 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias semestre do curso de Letras/Língua Inglesa, na Universidade do Estado da Bahia, é possível desenvolver atividades presenciais com discussões teóricas; estudos através do moodle da instituição e oficinas que ajudam os alunos quanto ao uso das tecnologias como propostas didático-pedagógicas. Assim, estabeleceu-se uma parceira entre esta disciplina com Estágio Supervisionado IV, com o propósito de que os estagiários apliquem atividades utilizando essas tecnologias. Desse modo, este texto versará sobre implicações e resultados deste trabalho interdisciplinar e colaborativo entre esses componentes. O ESPAÇO PAULO FREIRE DO FISL COMO LOCUS DE COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM COLABORATIVA Wilkens Lenon Silva de Andrade (MPPB) Rafaela da Silva Melo (UFRGS) O presente trabalho propõe um relato das experiências vivenciadas no Espaço Paulo Freire, um locus criado a partir de um movimento de ativistas das tecnologias digitais na educação, dentro do Fórum Internacional de Software Livre. O Espaço tem como propósito discutir, divulgar e socializar experiências dos atores da educação, com uso de softwares livres na prática pedagógica, baseado no compartilhamento do conhecimento e na aprendizagem colaborativa. A partir das contribuições de Lévy (1999), Silveira (2003), Pretto (2006) e Dias (2011), discute-se os conceitos de inteligência coletiva, aprendizagem em rede e ecossistemas de colaboração. Como metodologia, realizou-se uma pesquisa documental sobre a criação e construção do Espaço Paulo Freire a partir das listas de discussões, reportagens midiáticas, documentos oficiais e de depoimentos dos organizadores e posteriormente, uma análise documental que, segundo Ludke e André (1986), constitui-se como uma técnica importante na pesquisa qualitativa, no desvelamento de novos aspectos de um tema ou problema. Conclui-se que iniciativas, como a da criação do Espaço Paulo Freire num evento como o fisl, promove a interculturalidade, a autonomia dos alunos, o protagonismo docente e a socialização do conhecimento além de fomentar a criação e a consolidação de comunidades para uma contínua colaboração em rede. O MUNDO EM REDE: UMA REFLEXÃO SOBRE O PODER DO FACEBOOK PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Solange Carvalho (Fundaj) Uiara Wanderley (Fundaj/UFPE) Jefferson Pessoa (CEPE/UFPE) Estamos na era da informação, a chamada infoera, e cresce cada vez mais o quantitativo de uma geração conectada em tempo integral e, conforme pesquisa recente para o curso em EaD Tecnologias Aplicadas à Aprendizagem da Língua Portuguesa, o Facebook é a rede social de maior acesso dessa Geração C, como é conhecida. Diante desse fato, questionou-se: os 144 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola interactantes do Facebook são pessoas consideradas “bem informadas” ou somente conectadas? Por que os professores resistem à utilização das redes sociais como forma de motivar os alunos à construção do saber? O quantitativo de informações que tais usuários curtem e compartilham nos levou a hipótese de que ser conectado integralmente não significa ser bem informado, em termos de refletir sobre as informações e ser capaz de tecer comentários sobre várias áreas do conhecimento e não ser bem formado. Em busca de atender às indagações impostas, realizamos uma pesquisa sobre o acesso ao Facebook como forma de interação construtiva para a Educação. Para tanto, utilizamos o método da análise de conteúdo, com análises estruturais de elementos que revelaramm aspectos subjacentes e implícitos no processo interativo entre professores e alunos, e analisamos os fatores condicionantes do aprendizado. CI -43 O PAPEL ESCOLAR DO PODCAST Eugênio Paccelli Aguiar Freire (UFRN) Oriundo da tese “Podcast na educação brasileira: natureza, potencialidades e implicações de uma tecnologia da comunicação”, o presente estudo visa delinear o papel escolar do podcast, de modo a oferecer subsídios teóricos ao desenvolvimento de aplicações escolares adequadas a tal tecnologia. A análise do entorno educacional da tecnologia em questão será norteada pela perspectiva de Paulo Freire (1971), o qual entende a educação como prática de diálogo e expressão livre dos Sujeitos. Para efetivação do objetivo posto, serão utilizados os resultados da tese supracitada no concernente ao delineamento estabelecido, razão pela qual as análises almejadas serão precedidas pela descrição dos procedimentos metodológicos daquela pesquisa de doutoramento. Desse modo, será buscado o oferecimento de um alicerce teórico às reflexões a serem dispostas. Ao final do presente estudo, chegou-se à consideração do podcast como uma tecnologia cuja função escolar direciona-se à sofisticação do manejo da oralidade, a qual poderá implicar em efetiva contribuição pedagógica se relacionada a norteadores pedagógicos progressistas. PROJETO ARTE CIBERNÉTICA: O PNEU CHORÃO Bernardete Maria Andreazza Gregio (Instituto Educacional Paulo Freire) É desde pequeno que se começa a conscientização ambiental que formará adultos conscientes de suas atitudes em relação ao nosso planeta. No ano de 2013, trabalhamos o projeto com o uso de tecnologias com os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental: “Arte Cibernética” desenvolvido com o objetivo de envolvê-los num projeto de sustentabilidade que buscou #Hipertexto2013 l 145 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias não só a conscientização da importância da preservação do planeta, mas da ação de cada um por meio do não-desperdício, do reaproveitamento de matéria-prima e da reciclagem do lixo. Pensando nisso, os alunos recontaram a história do Pneu Chorão com a técnica stop motion, que se utiliza de bonecos feitos de biscuit. Cada turma criou desenhos das cenas, gravaram as narrações, fizeram as personagens de biscuit e fotografia quadro a quadro para dar a ideia de animação. A história animada, fala de embalagens recicláveis que se comovem com o Pneu Chorão e descobrem juntas que pneu pode ser reutilizado. Assim as crianças concluíram que é melhor reciclar e reutilizar do que comprar e descartar. Para ver o resultado acesse o link www. youtube.com/watch?v=WlSMC4FxXM8 REDES SOCIAIS E EDUCAÇÃO: O USO DO YOUTUBE Josiane Cristina dos Santos (UFJF) Rita de Cássia Florentino Barcellos (UFJF/SRE Juiz de Fora) Rosilãna Aparecida Dias (Faculdade Metodista Granbery/SRE Juiz de Fora) As tecnologias têm possibilitado o rompimento com a linguagem escrita, fomentando a produção do conhecimento a partir de novas linguagens. Podemos expor nossas ideias a partir do audiovisual, motivando os espectadores a repensarem o mundo social e educacional. Desta forma, nosso objetivo neste trabalho é analisar as postagens dos professores, no Moodle, a partir da seguinte provocação: “Faça aqui um relato de sua experiência sobre o uso do YouTube, tanto no nível de espectador quanto de produtor de informação”. Os dados foram coletados na referida plataforma por meio de um curso realizado no Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Juiz de Fora. Nossa análise, de cunho qualitativo, dialoga teoricamente com Xavier (2009) e Coll e Monereo (2010), autores que discutem o binômio interação e linguagem na ótica da cibercultura. Como categorias de análise elencamos: interação como espectador e interação como produtor. Analisamos que as experiências da maioria dos professores resumem-se a consumir vídeos postados no YouTube. Todos vêem positivamente os novos mecanismos de produção e disseminação da informação no formato audiovisual, apostando no rompimento com o academicismo da linguagem escrita. Alertam, no entanto, para questões como intencionalidade – tanto de quem produziu quanto daqueles que utilizarão os vídeos. REDES SOCIAIS: A POSSIBILIDADE DA EMANCIPAÇÃO NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA CULTURAL Lenildes Ribeiro da Silva (UnB) Este trabalho advém de uma pesquisa de pós-doutorado, em andamento, sob o tema: Redes Sociais e Indústria Cultural, com o objetivo de interrogar a utilização das redes sociais buscando seu aspecto formativo, emancipador. Sua metodologia parte da análise crítica do fenômeno das redes sociais fundamentada em autores frankfurtianos como Adorno, Horkheimer e Marcuse, 146 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola em suas críticas à massificação da cultura, à alienação social e manipulação do tempo livre e da subjetividade na sociedade tecnológica. A pesquisa traz a coleta e análise de iniciativas exitosas das redes sociais em perfis, fãs pages, postagens de imagens, vídeos, comentários, entre outras que demonstram a possibilidade de pensar as redes sociais como espaço de formação, conscientização, debate e participação política. A acessibilidade ao mundo virtual é um processo com o qual não se pode romper ou estancar e é sobre esta problemática que a pesquisa se debruça, ou seja, buscar um sentido das redes sociais que extrapole os reclames da Indústria Cultural, abrangendo uma formação ampla. Intenta-se, assim, buscar nas brechas da Indústria Cultural, a constituição de novas possibilidades, em que os jovens encontrem espaços de discussões voltadas para questões éticas e políticas do nosso tempo, essenciais a uma educação emancipadora. CI -44 REDES SOCIAIS: LIMITES E POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO Rosilana Aparecida Dias (Faculdade Metodista Granbery) Márcio Fagundes Alves (Faculdade Metodista Granbery) O curso Web 2.0 nos permitiu discutir as redes sociais digitais com um grupo de professores da equipe de formação do Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Juiz de Fora (CEAD/UFJF). Portanto, a pesquisa que relatamos tem como objetivo compreender como os professores percebem os limites e possibilidades pedagógicas do uso destas redes na educação. A partir da provocação “Quais os limites e possibilidades pedagógicas das plataformas Facebook, Blog e Twitter?” foi proposto que os professores fizessem um relato de trajetória do referido curso, na plataforma Moodle. Os dados foram coletados e analisados, qualitativamente, a partir das referências teóricas de Bakhtin (2010) e Xavier (2009), autores que discutem linguagem, conhecimento e interação. Os resultados das análises demonstram que os professores têm ressalvas em relação ao uso das redes sociais como ferramentas educacionais, com exceção do Blog que, segundo eles, adéqua-se mais aos objetivos educativos, com características “mais duradouras” e “personalizadas”. Outro ponto analisado refere-se ao seguinte questionamento apresentado pelos professores: “Os alunos querem a presença de educadores nas redes sociais? Corre-se o risco de que a multiplicidade de informações não vire, de fato, conhecimento? A reflexão é comprometida?” #Hipertexto2013 l 147 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias REDU: UM OLHAR SOBRE SUA PERSPECTIVA COLABORATIVA Thaís Oliveira de Lima (UFPE) Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho (UFPE) Essa pesquisa objetivou fazer um levantamento das possibilidades colaborativas e mediadoras das ferramentas disponíveis no ambiente virtual da Rede Social de educação a distância Redu, verificando como o ambiente virtual, através de suas ferramentas pode possibilitar um trabalho significativo que corrobore com práticas efetivas de colaboração em rede. Para isso, analisamos as ferramentas disponíveis, identificando as possibilidades que fornecem para um trabalho colaborativo e mediador, elencando como em suas particularidades podem possibilitar e assegurar uma mediação e ações colaborativas, tecnológica/pedagógica eficiente e significativas. A metodologia adotada está fundamentada na abordagem qualitativa em uma pesquisa exploratória. Os resultados apontam para a eficácia dos instrumentos na promoção de situações colaborativas e no apoio eficiente as ações de mediação. YAHOO RESPOSTAS - O PROFESSOR É UM ANÔNIMO Viviane Santa Rosa (UFPE) Segundo as concepções pedagógicas mais recentes, o conceito de aprendizagem precisa ir além da transmissão de informações. O conhecimento deve ser construído pela interação social. No entanto, esta mudança de paradigma implica uma maior exposição das faces negativas dos sujeitos. Já que o aluno não é apenas um receptor do conteúdo ele deve fazer mais perguntas. Por um lado, esta proposição coloca o nível de conhecimento do professor à prova a todo momento. E por outro, o aluno, ao compartilhar suas dúvidas, pode ser percebido como incompetente ou desatento. Portanto, neste trabalho, vamos investigar o site Yahoo Respostas, uma comunidade virtual aberta, cuja dinâmica permite que qualquer pessoa poste perguntas e respostas sobre inúmeros temas. O objetivo da pesquisa é descobrir de que maneira é construído o ethos destes sujeitos a fim de observar se o anonimato, permitido por esta ferramenta, é impedimento para a colaboração. Os primeiros resultados apontam para um alto nível de contribuições entre os usuários. A análise qualitativa do corpus vai observar a argumentação das perguntas e respostas tendo como base a teoria da Preservação das Faces de Levinson e Brown e a Análise do Discurso Francesa de Pêcheux. A LINGUAGEM DOS HIPERTEXTOS E DAS ARTES VISUAIS NO ESPAÇO ESCOLAR: A RELAÇÃO ENTRE DISCURSO E VISIBILIDADE Graciane Cristina Mangueira Celestino (UnB) O presente trabalho apresenta a significação do quadrinho V de Vendetta, a partir da observação e enquadramento dos alunos de Artes do 9º ano de uma escola pública , nessa temática é abordado um país governado por um estado totalitário. A pesquisa apresentada é fruto de aulas baseadas 148 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola na criação artística e seu construto no ciberespaço, por meio da internet e seu objeto de estudo é o processo de formação do educando em relação às narrativas hipertextuais e visuais,como se dá sua interpretação e conteúdos estruturantes,além de analisar a apropriação de termos provindos da pós-modernidade, buscando compreender a penetração/difusão/expectativa do uso das artes para a formação das potencialidades, estruturas e concepções narrativas que no desenrolar das últimas duas décadas vêm inserir-se no contexto atual de “recursos precários” e informações veiculadas por uma indústria altamente técnica e coercitiva engendrada nos meios de comunicação que é a “indústria cultural”. A relação entre essa mídia virtual e aquelas de cunho cultural que traduzem a perspectiva de desenvolvimento das narrativas hipertextuais e das artes visuais e sua caracterização na própria feitura e a relação com a “indústria cultural” é o principal propósito desse trabalho. CI -45 FALTA 1 MINUTO! - IMPROVISO, SUBJETIVIDADE, TWITTCENAS E MICROCONTOS NO TWITTER COM JOVENS DE PERIFERIA Márcio Henrique Melo de Andrade (UFPE) Patricia Carvalho Matias (UFPE) Artur Vicente Bezerra Ferreira da Silva (UFPE) Este artigo discute como os métodos de estímulo à criação de narrativas digitais no Twitter podem estimular a formação de subjetividades distintas em jovens de periferia através da oficina Twittando e Retwittando Microcontos, do Programa de Extensão Proi-Digit@l - Espaço de Criação para Inclusão Digital de Jovens de Periferia de Recife, Olinda e Caruaru, da Universidade Federal de Pernambuco. Enfatizando atividades de criação literária colaborativa, esta oficina modificou sua metodologia três vezes para contextualizar melhor a participação dos sujeitos no Twitter: enquanto a primeira focava a produção de microcontos partindo do analógico ao digital e a mesclagem de narrativas através de retweets, a segunda contou com a criação individual e em dupla de microcontos a partir de estímulos textuais e visuais, além de twittcenas improvisadas com situações dramáticas que funcionavam como mote. A terceira metodologia, por sua vez, enfatizou mais os aspectos multimidiáticos da plataforma, incluindo a produção e postagem de fotos, vídeos, links etc., de modo a ampliar as possibilidades de produção de conteúdo. Concluiu-se que as mudanças sucessivas na metodologia possibilitaram aos jovens participar de um processo criativo multimidiático que favoreciam as características do microblog e, consequentemente, a formação de subjetividades intrínsecas ao meio digital. #Hipertexto2013 l 149 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias LITERATURA LÍQUIDA: A NARRAÇÃO EM AMBIENTE DIGITAL Eliane Hatherly Paz (PUC-Rio) Zygmunt Bauman, em sua vasta obra sociológica sobre a pós-modernidade, adotou o termo ‘liquidez’ para definir a nossa atual condição sociocultural, segundo ele marcada pela falta de solidez e durabilidade como os líquidos, que são incapazes de reter sua forma por muito tempo. Deslocando essa discussão para o campo literário, podemos afirmar que a narrativa em ambiente digital também vem assumindo formas fluidas, como consequência da natureza da web, que subverte os paradigmas de produção, circulação e recepção dos textos. Nas novas estratégias narrativas digitais – nano-conto, conto, crônica – assim como nos novos gêneros e-literários – remix, fan-fiction, realidade aumentada, games, enhanced books – não vemos apenas a adaptação de uma mídia à outra, mas uma transmidiação que dá origem a uma obra única, flexível, plurivocal e pluriforme, que mixa narrativas orais, textuais, visuais e acústicas em um suporte marcado pela fragmentação e pela efemeridade. Partindo das considerações do sociólogo Zygmunt Bauman e tendo como fundamento primordial os estudos sobre os novos horizontes para o literário no ciberespaço da crítica literária Katherine Hayles e da Professora de Literatura Inglesa em Harvard, Janet Murray, discutirei as mudanças provocadas pela interatividade na antiga tradição humana de contar histórias. MAPEAMENTO DO ACASO: FRAGMENTOS DE COTIDIANO NO BLOGESSINGER.BLOGSPOT.COM.BR Juan Filipe Stacul (PUC-Minas) Silvia Maria Alves Jorge (UFV) O presente estudo propõe uma análise sobre as possibilidades de se compreender o sujeito contemporâneo na produção virtual do escritor/cantor/compositor Humberto Gessinger. Para tanto, busca-se uma articulação entre os estudos acerca da identidade cultural na pósmodernidade de Hall (2005) e Bauman (2004, 2010), com os estudos sobre texto levantados por Koch (2002, 2006, 2007, 2011) e Marcuschi (1999, 2001, 2004, 2005), bem como os referentes a estilo propostos por Henriques (2012). Gessinger apresenta produções pertinentes de análise relacionadas ao tema, a exemplo de textos, contos, livros, letras de música, além de sites e um blog, no qual publica impressões sobre a vida e o cotidiano, e que será o foco principal deste estudo. Neste sentido, em um primeiro momento, serão discutidos alguns conceitos relevantes sobre texto e novas formas de construções textuais. A seguir, através de fragmentos extraídos do blog do autor, serão feitas algumas considerações sobre a sociedade pós-moderna, para, deste modo, buscar uma tentativa de definição do sujeito na contemporaneidade. Faremos, assim, uma análise dos escritos de Gessinger, destacando algumas características do autor relacionadas a estilo, além de aspectos culturais e de contemporaneidade presentes em suas publicações virtuais. 150 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola NOVAS TECNOLOGIAS NA EJA: NARRAÇÃO EM AMBIENTE DIGITAL DE CONTOS E CRÔNICAS, UTILIZANDO OS PODCASTS Maria Romoaldo de Oliveira (Pref. Mun. de Uberlândia-MG) Débora Cristina Pereira (Pref. Mun. de Uberlândia-MG) A sociedade em que vivemos é marcada com o advento tecnológico onde uma quantidade infinita de informações chegam aos alunos por meio de aparelhos eletrônicos como computadores, mídias móveis e com a facilidade do acesso a internet surgem os questionamentos de como utilizar essas ferramentas na educação. Partindo desse princípio este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada em uma escola da rede municipal de Uberlândia-MG, com os alunos da EJA do ensino fundamental no ano de 2013. Baseado em pesquisas bibliográficas em diferentes fontes utilizou-se o podcast como recurso tecnológico e o software para edição foi o audacity. O objetivo da pesquisa foi analisar como foi à utilização de tecnologias da informação e comunicação como a narração em ambiente digital de contos e crônicas que possibilitaram aos educandos novas formas de utilização e aprendizagem das novas tecnologias. Utilizou-se como ambiente de pesquisa o laboratório de informática onde foram registrados os áudios pelos alunos. Neste sentido a pesquisa trouxe importantes contribuições sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação, para a disponibilização de produções dos alunos do oitavo ano do EJA através de diferentes mídias. CI -46 100 ANOS “SEM AUGUSTO” DOS ANJOS: EXPECTATIVAS DE UM PROJETO COLETIVO E INTERDISCIPLINAR ATRAVÉS DA WEB Luís Cláudio Costa Fajardo (UFJF) O projeto “Sem Augusto” visa a co-elaboração de um website comemorativo para centenário de morte do poeta Augusto dos Anjos em 2014. O poeta aborda a morte e o pessimismo utilizando termos científicos em seus versos. Trata-se portanto, não apenas de poesia, mas também de um veículo interdisciplinar entre literatura, artes, biologia e química. Aliado às características do hipertexto na web, o projeto consiste numa plataforma integrada de inteligência coletiva. Sua metodologia se divide em três etapas: elaboração, colaboração e compartilhamento. A primeira etapa já concluída como atividade acadêmica pelos alunos do curso de Design da UFJF foi a criação do website, atualmente em fase de transferência para seu domínio. A segunda etapa inicia em outubro de 2013 e termina em agosto de 2014 visando realizar oficinas multimídia para alunos e orientar escolas de ensino médio no desenvolvimento de projetos para o centenário de morte do poeta. A terceira etapa visa organizar e divulgar os projetos das escolas junto #Hipertexto2013 l 151 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias ao website “Sem Augusto”. O projeto se alinha teoricamente com o “princípio hologramático” encontrado nos estudos sobre a complexidade de Edgar Morin, que vê na expressão individual a constituição de um organismo global que é a sociedade. DISPOSITIVOS MÓVEIS DENTRO DA ESCOLA: POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM QUE SE ABREM TAMBÉM PARA ALUNOS SURDOS Reinaldo de Jesus da Silva (UEMA) Maria Nilza Oliveira Quixaba (UFMA) Maria Eugênia Rodrigues Araújo (UFMA) Maira Teresa Gonçalves Rocha (UFMA) Os dispositivos móveis têm sido frequentemente utilizados na educação, tanto como suporte de pesquisa para acessar conteúdos nas diversas áreas do conhecimento, quanto para o estabelecimento da comunicação entre alunos, professores e tutores, em diferentes modalidades educativas, seja ela à distância ou não. Os alunos surdos também tem se beneficiado desses dispositivos móveis, vários aplicativos têm surgido, entre eles: Rybená, ProDeaf, Hand Talk, Mapp4All, Acerp, Acesso TV INES, o LVI-LIBRAS. Estes aplicativos facilitam na mobilidade, comunicação e educação de alunos surdos. Permitindo, acessibilidade de informações pela comodidade que estes recursos oferecem. Diante disso, propomos investigar sobre a aplicabilidade desses dispositivos na educação de surdos. Para tanto, utilizou-se os fundamentos da pesquisa qualitativa e bibliográfica. Tendo como pressupostos teóricos, os estudos de Ciro (2009), Maes (1994), Wooldridge (2002), Rezende (2005), Russel (2001), Santaella (2004), entre outros. Constatamos que os dispositivos móveis têm sido grande aliado no suporte a comunicação e educação dos surdos pela facilidade de acesso a conteúdos de forma imediata. Os aplicativos podem ser acessados em celulares e tablets, os quais disponibilizam conhecimentos em diversas áreas na língua de sinais, língua portuguesa e por meio do Sign Writing, o que amplia as possibilidades de aprendizagem dos conteúdos escolares. O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NAS PRODUÇÕES DE DOCUMENTÁRIO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM TEMPOS DE REDES SOCIAIS E CIBERCULTURA Sebastião da Silva Vieira (Sec. Educação Itapissuma-PE) O presente trabalho tem como objetivo compreender os vídeos desenvolvidos pelos discentes à luz do uso das tecnologias digitais como documentário para a divulgação cientifica. Essas produções dos discentes podem ser compreendidas como documentário para a divulgação científica? No ano de 2012 os alunos do 9º ano da Escola Municipal João Bento de Paiva, uma escola pública do município de Itapissuma (PE) produziram um Documentário chamado “A vida no lixão” o filme criado através das tecnologias digitais teve o propósito de investigar a vida dos moradores da área, mostrar a realidade de quem trabalha e vive perto da localidade. Este 152 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola trabalho foi elaborado a partir da revisão bibliográfica de obras que tratam sobre documentário de divulgação cientifica. Estudos do jornalista e doutor em ciência da Informação Bienvenido Leon que realiza estudos sobre a produção deste gênero audiovisual baseando o seu estudo em referências notórias do documentarismo mundial. O desenho e o planejamento do método da pesquisa se desenvolvem numa pesquisa de cunho etnográfico. O estudo constitui como uma pesquisa qualitativa através de um estudo de caso, onde o pesquisador não intervém na situação a ser analisada, apenas busca conhecê-la em sua realidade de forma “natural”. No vídeo que analisamos houve espaço para a elaboração de auto representações pelos próprios sujeitos que participaram da experiência; para evidenciar a construção da filmagem; esforço para problematizar as condições do ambiente em que viviam, o diálogo deve ter sido de extrema importância entre os alunos realizadores e os alunos coletivos, e a comunidade. CAST E EDUCAÇÃO: PARÂMETROS DE CARACTERIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS ORIUNDAS DO PODCAST Eugênio Paccelli Aguiar Freire (UFRN) Oriundo da tese “Podcast na educação brasileira: natureza, potencialidades e implicações de uma tecnologia da comunicação”, o presente estudo pauta-se pela construção de critérios educativos de caracterização de tecnologias casts (videocast, screencast, podcast, enhanced podcasts), de modo a superar a inconsistência da bibliografia da área no referente à definição de tais tecnologias. O intuito justifica-se na medida em que, em diversas circunstâncias, tais definições acabam por suscitar dúvida na definição das tecnologias referidas, que acabam por confundirem-se em vista do pouco aprofundamento de suas conceituações. Em vista disso, dificulta-se o planejamento educativo do uso de tais tecnologias pelo pouco esclarecimento de suas especificidades, carentes de uma caracterização rigorosa. Para a elaboração pretendida, esta investigação partirá de uma revisão bibliográfica do campo abordado, a qual se seguirá da realização de uma análise acerca da apropriação social das tecnologias em pauta, de modo a elucidar a determinação de critérios que superem o problema de pesquisa investigado neste estudo. Ao final, chegou-se à elaboração de definições que atendem aos objetivos delimitados, oferecendo, assim, subsídios à reflexões educativas mais claras acerca de cada tecnologia cast. #Hipertexto2013 l 153 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CI -47 TETRAPLEGIA E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA ACESSIBILIDADE WEB Marcia Maria Girola (SEED-PR) As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) possibilitam, a todos aqueles que delas se apropriam, um incontável número de verbos e funções como acessar, interagir, integrar, conhecer, explorar, refletir, e, entre tantos outros, incluir. Para incluir, existem leis, pesquisadores e desenvolvedores de diversos recursos e aparatos tecnológicos visando garantir o acesso às e por meio das TICs. Recursos esses que vão desde o humano a softwares e hardwares, do simples ao sofisticado, do pago ao gratuito, visando atingir objetivos propostos pelas realidades dos grupos sociais, bem como pelas legislações que regem esses mesmos grupos. Quando o tema é Educação, vem à mente um montante de palavras-chave. Dentre as mais significativas, não podem faltar: inclusão, tecnologia, inovação, interação, intervenção, sujeito, conhecimento, ensino-aprendizagem. Contudo, tem faltado acrescentar a palavra acessibilidade. E para além da acessibilidade enquanto espaço e recurso físico, acessibilidade web. A intenção é questionar e propor soluções para uma acessibilidade web além do previsto no artigo 47 do Decreto 5.296 de dezembro de 2004, como aspectos referentes à usabilidade e navegabilidade dos conteúdos digitais e as necessidades específicas das pessoas com deficiência física no acesso de sites na web, principalmente, os sites governamentais e educacionais. A INTEGRAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO DE JOVENS E ADULTOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Maria Francilene Câmara Santiago (SEED-RN) Este trabalho faz uma análise da educação atual no mundo globalizado onde os conhecimentos se processam e se transformam cotidianamente em confronto com alguns modelos de educação bancária que ainda se perpetuam em práticas tradicionais como a memorização e assimilação informações ainda consideradas eficientes no processo de ensino e de aprendizagem por muitos atores escolares. Nesta realidade, constatamos que existe a necessidade da efetivação de novas praticas docentes que dinamizem os processos de aprendizagem com a incorporação das mídias educacionais nas atividades didáticas. Por essa razão essa produção teve como finalidade apresentar como os professores de educação de jovens e adultos de uma escola estadual em Apodi/RN, estão trabalhando em sala de aula com as novas tecnologias da informação e comunicação. A pesquisa contou com a colaboração de quatro professores e o gestor escolar, estes fizeram relatos de como os recursos midiáticos estão sendo utilizados na Educação de Jovens e Adultos. A investigação nos mostrou que inexiste um trabalho consistente com as 154 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola novas tecnologias educacionais existente na escola, seja pela despreparação dos professores, pela carência de apoio técnico ou pedagógico. Assim sugerimos uma proposta de formação continuada na utilização das novas NTICs como alternativa para tentar sanar as dificuldades encontradas. A INTERNET: TECENDO ITINERÁRIOS NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE Carla Patricia Monteiro Ribeiro (UFS) José Gomes da Silva (UFS) Na perspectiva atual de educação o papel de mediador do processo de ensinar e aprender cabe ao docente que frente aos desafios educacionais utilizam de variadas estratégias para mediar as relações dos saberes do cotidiano dos alunos com os saberes escolares. À luz desse pensamento atual que emerge nas discussões teóricas, propomos neste artigo debater o papel do docente na relação ensino e aprendizagem, identificar os desafios enfrentados na mediação desse processo e, sobretudo, a utilização da internet enquanto ferramenta pedagógica que possibilita o seu desenvolvimento profissional, questões discutidas no decorrer de uma pesquisa de mestrado e confrontadas com as ideias de teóricos como Charlot (2005), Castells (2002), Levy (2000), Tardif (2002), Nóvoa (1995), Curi (2004), Haddad (2001) e Fonseca (2002). A pesquisa foi realizada com docentes formados em pedagogia que ministram aulas a Jovens e Adultos nos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede pública municipal. A pesquisa teve uma abordagem metodológica qualitativa e como instrumentos de coleta de dados foram aplicados questionários e entrevistas a partir dos grupos focais. Os resultados revelam os itinerários que os docentes foram tecendo na internet e sua importância enquanto recurso pedagógico e meio para seu desenvolvimento profissional. CONSTRUINDO CONHECIMENTO COLABORATIVO ATRAVÉS LINGUAGEM IMAGÉTICA A PARTIR MOVIE MAKER Fabrizio Fiscina (UNEB) Thaís Fiscina (UNEB) As céleres alterações tecnológicas da atualidade exigem novos compassos e dimensões à tarefa de educar e aprender. O trabalho hora apresentado foi desenvolvido com base na possibilidade de efetivar o conhecimento prático colaborativo a partir da aprendizagem educador/aprendente desenvolvido em sala de aula através do Movie Maker como ferramenta tecnológica na criação e edição de vídeo mensagens com alunos do I semestre do curso de Sistema de Informação da Uneb. Esta prática permitiu aos alunos a possibilidade de serem autores do seu próprio material e produtores de conteúdos com base numa aprendizagem crítica e significativa sobre o meio digital utilizado, devido o Movie Maker possibilitar no tocante a uma temática a edição e organização de imagens (linguagem imagética), músicas e textos. Uma ferramenta tecnologia #Hipertexto2013 l 155 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias acessível que unida ao uso reflexivo das mídias pode representar um grande aliado do educador a sua prática educativa, capaz de proporcionar uma atitude transdisciplinar e colaborativa como se tem idealizado. Além de evidenciar a relevância de um olhar mais abrangente do aprendente e do educador sobre a linguagem e/ou recurso imagético nas práticas culturais da atualidade conforme os autores BERGER(1999), GITLIN(2003), SANTAELLA(2008) e SOUZA(2010) que discutem sobre o tema. CI -48 CONVERSAÇÕES ENTRE FUTUROS PROFESSORES DE FLE, OU AS POSSIBILIDADES DE UM CURSO DE EXTENSÃO INTERUNIVERSITÁRIA BRASIL-FRANÇA NA FORMAÇÃO DOCENTE: UM ESTUDO DE CASO Maria del Carmen de la Torre Aranda (UnB) Karina Fernandes dos Santos (UnB) Thomas Petit (UnB) A formação inicial de professores de francês língua estrangeira (FLE) nas Licenciaturas em Letras no Brasil visa também formar, em quatro anos, falantes de francês, sem terem necessariamente contato direto com uma cultura francófona. Em 2013, criamos o curso de extensão interuniversitária Conversações entre futuros professores de FLE, a fim de romper as fronteiras geográficas. Apresentamos aqui esta pesquisa-ação, cujo objetivo era estabelecer um diálogo entre licenciandos em Letras-Francês da Universidade de Brasília (UnB) em fase de regência de Estágio Supervisionado e estudantes do Master FLE da Universidade de Poitiers (França). Apoiado em uma perspectiva sociointeracionista da linguagem, o Conversações... reuniu esses futuros professores de FLE para uma série de debates síncronos realizados por Skype. Para os estudantes da UnB o objetivo era duplo: trocar suas experiências da prática didática com os estudantes da França, e ao mesmo tempo desenvolver a oralidade em francês. Na UnB o Facebook foi usado, em modo assíncrono, para a preparação e os feedback dos debates. Os resultados parciais indicam um ganho de estratégias conversacionais na construção do texto falado pelos estudantes brasileiros, além de sugerirem que o próprio design do Conversações... lhes dá novas pistas de usos das tecnologias para suas aulas de FLE. 156 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CULTURA DA MOBILIDADE E EDUCAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O CURSO DE EXTENSÃO REALIZADO NO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Tatiana Paz (UNEB) Lynn Alves (UNEB/Senai) A cibercultura em tempos de mobilidade tem instaurado uma relação diferente dos sujeitos com a cidade e com a internet ao possibilitar o ato de mover-se conectado. O cotidiano se transforma a partir dessas novas práticas estabelecidas pelos sujeitos que estão conectados através de seus dispositivos móveis e se comunicam através deles. Diante deste cenário que começa a se expandir, nota-se a necessidade de reflexão a fim de explorar as potencialidades culturais e educacionais destes artefatos.Por isso, foi proposto no Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, Campus I, um curso de extensão que teve como objetivos criar um espaço para apropriação das tecnologias móveis (tablets) e possibilitar uma reflexão sobre as potencialidades pedagógicas destes artefatos. Este artigo tem como objetivo socializar a experiência deste Curso a fim de apontar dificuldades e possíveis caminhos em experiências pedagógicas com dispositivos móveis. As bases teóricas que norteiam as análises têm referência nos trabalhos de Levy, Castells, Lemos, Santaella, Santos, Xavier. O trabalho aponta que no contexto universitário a aprendizagem móvel envolve questões referentes ao letramento dos sujeitos em tecnologias móveis e à orientação metodológica do professor-mediador que ganha especificidades nos modos de compartilhamento e produção de conteúdos e na avaliação. CURSINHO POPULAR INSTITUTO: ENSINO DA MATEMÁTICA E O USO DE MÍDIAS EM UM CURSINHO POPULAR Allan Gomes dos Santos (UAB/IFAL) Laura Cristina Vieira Pizzi (CEDU/UFAL) O Cursinho Popular Instituto: ensino da matemática e o uso de mídias em um cursinho popular é um trabalho que relata a execução de um projeto de integração entre o ensino da Matemática e o emprego das mídias, com uma reflexão teórica sobre a experiência desenvolvida e todo seu desenrolar, tanto nas práticas pedagógicas como no conhecimento e uso das mídias. Buscar fomentar a percepção sobre a importância da construção do conhecimento matemático através do desenvolvimento de habilidades e o apoio e suporte das mídias, visando à formação de um cidadão crítico são objetivos propostos. Nesse contexto, teóricos colaboram com suas ideias no intuito do embasamento que envolva os enlaces do construir uma proposta de aquisição de conhecimento de forma contínua e permanente compreendendo o emprego das mídias na evolução do ensino da matemática em um cursinho. Portanto, as conquistas pessoais em forma de aprovação nos vestibulares e concursos são resultados obtidos neste projeto educacional que nos mostra que o desenvolver do ensino e o aprender da Matemática num contexto participativo e consistente baseado em abordagens e recursos metodológicos que empreguem #Hipertexto2013 l 157 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias os diversos tipos de mídias em seu desenvolvimento e em sua participação ativa do processo são fatores essenciais. DISPOSITIVOS MÓVEIS NA ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA SALA DE AULA Jessica Kelly Sousa Ferreira (UEPB) O presente artigo visa comprovar o auxílio que o uso dos dispositivos móveis em sala de aula pode trazer para o processo de ensino aprendizagem, assim como para o desenvolvimento do trabalho do professor, mesmo que a sua inserção no meio escolar, por vezes ainda seja vista como um universo de desafios. Para isso, realizamos um estudo de caso com professores/ cursistas de uma pós-graduação oferecida por uma instituição pública do estado da Paraíba, contando com a aplicação de um questionário versando sobre o tema proposto, buscando entender como o professor avalia esse uso. Baseados nos estudos de Lima e Moita (2011) que afirma que a tecnologia favorece a elaboração e à ampliação de conhecimentos que permitem procedimentos pedagógicos voltados à realidade, e Menezes (2009) que propõe que a escola e o professor não podem estar alheios a essas inovações, dentre outros. Assim, após a realização da análise dos dados obtidos verificamos a concretização das hipóteses comprovando, assim, a relação entre o uso dos dispositivos móveis e o desenvolvimento de um processo de ensinoaprendizagem mais dinâmico e real, auxiliando o trabalho do professor. CI -49 ENTRE A PROIBIÇÃO E A APROPRIAÇÃO: USOS DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS EM ESCOLAS PÚBLICAS Lívia Neiva (UEG) Mirza Seabra Toschi (UEG) Apesar da promulgação de leis municipais, estaduais e federais e regimentos internos de cada escola, que proíbem o uso do celular no ambiente dessa instituição, ele está lá, nas mãos, no bolso da calça jeans, dentro da bolsinha de lápis, no jaleco branco que alguns professores trajam, na mesa da diretora. Identificar e analisar quais são os usos que diretores, coordenadores, professores e estudantes fazem de seus celulares quando estão nas escolas é o objetivo dessa pesquisa de mestrado, em andamento. De abordagem qualitativa, os procedimentos de coleta de dados incluíram a observação direta nas salas de aula, na entrada e saída, nos intervalos de recreio, em duas escolas municipais de ensino fundamental e duas estaduais de ensino médio, localizadas no município de Anápolis. Na próxima etapa serão realizadas entrevistas 158 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola semi estruturadas com professores e gestores e grupo focal com alunos. A pesquisa leva em consideração os estudos teóricos de Lemos, Santaella, Nicalaci da Costa, Souza e Silva, Prensky, Moura, Caron e Caronia, Buckingham entre outros. Deseja-se como resultado conhecer as razões que os sujeitos da escola apresentam para justificar o uso de seus celulares nessa instituição, contribuindo com as reflexões sobre usos intencionais dos dispositivos móveis em contexto escolar. ESTRATÉGIAS DE HIPERTEXTUALIZAÇÃO: ATIVIDADES DE FORMAÇÃO, ENSINO E INCLUSÃO DIGITAL Azenaide Abreu Soares Vieira (IFMS) Este trabalho apresenta o projeto de extensão intitulado a linguagem em suporte digital: estratégias de hipertextualização e o resultado da reformulação da proposta, com base na primeira oferta do curso. O curso foi oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em 2012. O objetivo do curso consistiu em promover aperfeiçoamento tecnológico a professores quanto ao ensino e aprendizagem da produção hipertextual. Por considerarmos uma proposta inovadora e urgente na era digital, apresentamos as ações metodológicas e os pressupostos norteadores do referido projeto. A proposta de formação está embasada nos estudos sobre os novos conceitos de Letramento e Hipertexto Digital. A análise nos permite aferir que o projeto contempla, principalmente, aspectos referentes ao letramento digital e a multimodalidade, com lacunas quanto aos preceitos do letramento crítico. Com base nos resultados, apresentamos, também, o referido projeto reformulado. Mediante ações de formação contempladas na primeira oferta do curso, constitui-se uma nova proposta de formação webtecnológica com início em agosto de 2013. Assim, na segunda parte do presente texto, descrevemos o curso Webtecnologia e ensino: estratégias de hipertextualização EXPERIÊNCIAS DE DOCENTES E DISCENTES SOBRE A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL NA MODALIDADE E@D NA UNOPAR DO TERRITÓRIO DE CIDADANIA DE ITAPARICA Adailton Soares da Silva (UFS) Esta pesquisa tem como objetivo principal, analisar sob a ótica dos docentes, tutores e discentes egressos da turma de 2010.1, o processo de formação acadêmico e profissional no curso de Bacharel em Serviço Social na modalidade de Educação a Distância, no polo de ensino da Universidade do Norte do Paraná, na cidade de Paulo Afonso BA. Metodologicamente, optouse pela investigação do tipo qualitativa, por meio do estudo de caso histórico-organizacional, envolvendo o Polo de Ensino Presencial dentro Território de Cidadania de Itaparica. Consultaramse várias fontes de informação como: a literatura pertinente ao objeto e documentos de instituições vinculadas. Especial destaque foi atribuído a realização de entrevistas focalizadas com os atores sociais, profissionais envolvidos diretamente com a formação dos estudantes e os #Hipertexto2013 l 159 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias discentes egressos do referido curso. Após a análise dos discursos, constatou-se uma “fragilidade” neste modelo de ensino e ao mesmo tempo uma contradição pela inserção de boa parte destes profissionais no mundo do trabalho, em especial no enfrentamento da questão social na região do semiárido brasileiro. Por fim, o acesso ao ensino superior no país, deve ter como princípio a equidade entre todos/as os estratos sociais, em diferentes regiões do país, sendo o mesmo público de qualidade e emancipatório. CI -50 MOBILE LEARNING E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: LIMITES E POSSIBILIDADES Deise France Moraes Araújo Ferreira (UFPE) Dayse Rodrigues de Oliveira (UFPE) Angelo Branco Jofilsan Callou (Faculdade SENAC) Os alunos da Educação a Distância (EAD) apresentam um perfil diferenciado que demanda flexibilidade de tempo e espaço na busca de informações. Por meio da rede, os estudantes criam seus próprios percursos de aprendizagem e aprendem colaborativamente, utilizandose de aparatos tecnológicos diversificados, capazes de subsidiar o acesso às informações. Na iminência de os computadores de mesa, serem substituídos pelos portáteis, o Mobile Learning passa a ter mais espaço no ensino formal, já que oferece mobilidade temporal e espacial (SACCOL, SCHLERMMER e BARBOSA, 2011). O objetivo deste trabalho é discutir as possibilidades de adaptação de cursos a distância para o formato Mobile Learning. Partindo de uma pesquisa bibliográfica, levantamos o estado da arte que pode fornecer elementos para se pensar nos limites e possibilidades de unir o contexto da mobilidade com a EAD. Entendemos que se faz necessário um desenho de curso a distância, que garanta ao aprendiz condições de explorar as diversas potencialidades do Mobile Learning, sem com isso transpor modelos tradicionais para as ferramentas móveis. A simples adaptação do design educacional do curso, não garante a mudança metodológica necessária à aprendizagem móvel, antes é primordial que o curso seja planejado visando atender a esse formato de aprendizagem. 160 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola MOBILE LEARNING: AVANÇOS E DESAFIOS NA FORMAÇÃO DOCENTE NAS ESCOLAS PARTICULARES DE FORTALEZA Karine Pinheiro de Souza (Universidade do Minho) Rebeca Helangela Albuquerque Mendes (Editora Abril Educação) João Batista Rodrigues de Castro (Rede Privada de Fortaleza) Com o grande avanço das tecnologias móveis pode-se trabalhar, aprender e estudar em qualquer lugar e a qualquer instante, a aprendizagem está cada vez mais “cloud-based”. Diante do cenário de uma escola do futuro, o estudo visa demonstrar os avanços e desafios dos professores com uso de tecnologias móveis. A experiência pesquisada teve como principal foco a observação e aplicação dos conceitos m-learning (mobilidade – aprendizagem móvel), no contexto de escolas que implantaram o uso de ipads/ tablets em sala de aula. A experiência apresenta o processo descritivo da implantação de recursos móveis, no trabalho com e-books e objectos de aprendizagem com base na observação direta de professores de uma escola da rede privada de Fortaleza – CE. Com a descrição de algumas metodologias e recursos educativos utilizados, pretende-se contribuir para a superação das dificuldades dos professores quanto a nova modalidade, a organização dos conteúdos e a abordagem pedagógica necessária para o trabalho com m-learning. O CELULAR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE FLORIANÓPOLIS, SC Sandrine Allain (UDESC) O presente trabalho parte de reflexões e pesquisas bibliográficas preliminares sobre a formação docente quanto às mídias digitais, apresentando análises e resultados da pesquisa de mestrado Fotografias produzidas com celulares nas escolas: retrato de um novo ensino? (2012), sobre o uso do celular em três escolas da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Investigando representações e concepções pedagógicas que envolvem a inserção desta mídia móvel no contexto escolar da RME, deste recorte da pesquisa, de metodologia quali-quantitativa e instrumentos de questionários e entrevistas, participaram doze professores da RME de sétimas e oitavas séries. As categorias de análise consideram a familiaridade dos professores com a tecnologia, seu uso cotidiano e em sala de aula; o estatuto do celular na escola; a recorrência de uso do celular como ferramenta didática, entre outros. Através do cruzamento dos dados apresentados pelos estudantes e professores, percebem-se complementações e divergências entre as práticas presentes nas escolas pesquisadas, além de implicações e convergências encontradas com o corpo teórico levantado. Verificou-se que o uso do celular para fins educativos é considerado viável para a maioria dos professores, confirmando as manifestações favoráveis, atitudes e motivação dos professores para implementação de mudanças e produção de inovações na prática educativa. #Hipertexto2013 l 161 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PERFIL DOS FUTUROS PROFESSORES IDIOMAS EM RELAÇÃO AO USO DE MÍDIAS MÓVEIS Janaina Cardoso (UERJ) Pierre Levy (2013) afirma que “é impossível controlar a mídia social como se faz com a mídia tradicional” e acrescenta que os protestos que emergem da internet para as ruas nos últimos anos são organizados por “uma nova geração de pessoas ... que usam a internet e que querem ser ouvidas.” É desta geração, que clama por uma melhor educação, que sairão os futuros professores. No entanto, será que eles estão preparados para a construção de uma escola mais “problematizadora, desafiadora, agregadora de indivíduos pensantes que constroem conhecimento colaborativamente e de maneira crítica”? (Leite 2011). Buscando conhecer melhor os futuros professores e otimizar a utilização de mídias móveis no processo de aprendizagem de idiomas, a presente pesquisa vem desenhar o perfil de um grupo de alunos de licenciatura em Letras. Procura-se verificar se as mídias móveis são utilizadas por eles unicamente no processo de comunicação ou se são também empregadas no aprendizado de idiomas. Outro fator investigado é se há uma relação entre idade e uso dessas mídias. Para tanto, foi aplicado um questionário em diferentes grupos do curso Inglês-Literaturas (cerca de 100 participantes). A apresentação consiste da análise dos resultados obtidos e da apresentação da proposta de trabalho futuro. CI -51 PRÁTICAS DE LETRAMENTOS DIGITAIS NA PRIMEIRA TURMA DO PROFLETRAS DA UFAC Margarete Edul Prado de Souza Lopes (UFAC) O letramento digital é um processo minucioso e necessita dominar os detalhes da ferramenta digital que se vai utilizar. Como professora do PROFLETRAS, na UFAC, da disciplina de Tecnologias Educacionais, além de ensinar o uso de ferramentas digitais, no ensino de Língua Portuguesa e Literatura, realizei um projeto de pesquisa, utilizando meus 18 alunos do PROFLETRAS como corpus do estudo. Meu objetivo foi verificar o impacto da utilização de tecnologia digital no ensino público de Rio Branco, ainda uma novidade, através da prática de meus alunos, que são todos professores da rede Estadual. O viés teórico foi baseado em livros e artigos de Antônio Carlos Xavier, lidos com os mestrandos. A metodologia foi, ao longo da execução da disciplina, ir mapeando as reações e experiências dos alunos com as novas ferramentas digitais, visto que grande parte deles ainda nem sabia operar no Facebook e Twitter. Nosso trabalho em sala de aula teve reflexos na educação e formação dos meus alunos, na prática de cada um em sala de aula e implicações no repensar certas práticas de ensino tradicionais 162 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola PROJETO TABLET EM SALA DE AULA: UMA PROPOSTA DE INOVAÇÃO ACADÊMICA Vicente Willians (Universidade Estácio de Sá) O artigo apresenta a pesquisa sobre o projeto Tablet em sala de aula da UNESA, o objetivo desse projeto é promover a integração, de forma crítica, das Tecnologias Digitais e, mais especificamente, do Tablet aos processos pedagógicos. A metodologia de pesquisa é composta de questionários (presenciais e on-line), entrevistas e observação de campo. O artigo descreve as características do projeto, seu embasamento teórico, resultado parcial da pesquisa, um case sobre o uso de recurso digital e as conclusões preliminares. Por tratar-se de uma pesquisa-ação a partir dos resultados obtidos, a equipe do projeto vai propor ações pedagógicas como encontros, palestras, workshop, oficinas e cursos (presenciais e on-line). Essa formação tem o objetivo de capacitar docentes, não só para o uso de recursos digitais em sua prática pedagógica, mas, principalmente, capacitá-los a promover a geração de metodologias pedagógicas inovadoras. Os resultados parciais desse trabalho nos revela que, em sua grande maioria, nossos docentes poucos utilizam os recursos digitais, inclusive o Tablet, em sua prática pedagógica e, quando isso ocorre, na maioria das vezes, esses recursos são usados apenas para expor conteúdos e não para promover o desenvolvimento de estratégias pedagógicas baseadas na participação dos alunos. TECNOLOGIAS MÓVEIS: INTERAÇÕES MEDIADAS PELO SMARTPHONE Ana Elisa Drummond Celestino Silva (UFBA) Edvaldo Souza Couto (UFBA) As tecnologias móveis, em especial os smartphones, são responsáveis pela atual dinâmica da internet, na qual os processos de interação tornam-se mais ágeis e as produções e o compartilhamento de informações e conhecimentos mais amplos e coletivos. A mobilidade e a conexão constantes transformam as práticas sociais e educacionais, viabilizando diferentes formas de pensar e agir no mundo. O trabalho apresenta resultado de uma pesquisa em que o problema foi saber como os professores que atuam no Núcleo de Tecnologia Educacional 17 (NTE 17) vivenciam a atual dinâmica do ciberespaço, em que há constante interação, troca de mensagens, acesso à internet, registro de fotos, produção de vídeos, compartilhamento de produções. O estudo tem como objetivo analisar as possibilidades de comunicação, interação e compartilhamento de informações e conhecimentos produzidos, por meio do smartphone, por um grupo de professores da rede municipal de Salvador. O método utilizado foi o da pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e analítico. Dentre outros aspectos, a pesquisa verificou que os professores, em diferentes níveis, possuem práticas inovadoras de interação, produção e compartilhamento de informações e conteúdos, pelo smartphone. #Hipertexto2013 l 163 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias TEDUM BAND: PERFORMANCE E APRENDIZAGEM MUSICAL COM CELULARES, TABLETS E NOTEBOOKS Juciane Araldi Beltrame (UFPB) Fábio Henrique Ribeiro (UFPB) As múltiplas funcionalidades dos celulares, tablets e a mobilidade dos notebooks, ultrabooks, trazem para a área de música importantes discussões acerca dos impactos das tecnologias para a produção, consumo e aprendizagem musical. Tendo como objetivo estudar os impactos das tecnologias digitais na pedagogia musical, o grupo de estudos Tecnologias Digitais e Educação Musical (TEDUM) criou, em maio de 2013, o projeto TEDUM Band, que busca investigar as possibilidades do trabalho com os dispositivos móveis em aulas de música. Trata-se de uma experiência teórico-prática dividida em duas fases: 1) pesquisa e análise de experiências de performance musical com celulares, tablets, e notebooks; 2) prática de performance musical em grupo, explorando aplicativos que simulam instrumentos musicais e efeitos sonoros. Os aplicativos estão sendo avaliados nas suas potencialidades e limitações para o uso na prática de conjunto musical. Fazem parte desse estudo, dois professores e seis alunos do curso de Licenciatura em Música da UFPB. A análise da experiência será a partir dos estudos sobre aprendizagem móvel e sobre tecnologia e educação musical. Espera-se com esse projeto, contribuir na formação dos alunos de licenciatura, permitindo um espaço de experimentação e estudos acerca do papel das mídias móveis para o ensino e aprendizagem musical. CI -52 UM ESTUDO DE CASO SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE PROFESSORES PARAIBANOS Vanusa Valério dos Santos (UEPB) Rosângela de Araújo Medeiros (UEPB) Esse trabalho discute sobre cibercultura e educação. Seu objetivo principal é refletir sobre a vivência que professores e professoras tem com as tecnologias digitais, na vida pessoal e na escola. Assim, apresentamos um estudo de caso comparativo com um grupo de educadores e educadoras que atuam em unidades escolares estaduais em diferentes regiões da Paraíba. Para organizar este estudo, foram aplicados questionários com mais de 100 professores e professoras, de modo a identificar os usos pessoais e profissionais das tecnologias digitais. Utilizamos como embasamento teórico as reflexões de Pierre Lèvy (2010; 2007; 1993), Lúcia Santaella (2008), Vani Kenski (2007; 2003), José Manuel Moran (2009; 2007) e André Lemos (2002, 2000), entre outros. Verificamos que os usos já envolvem dispositivos móveis, mas a utilização dos recursos digitais 164 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola pelo universo investigado é mais voltada para planejamento de aulas, do que para a realização de projetos didáticos que contemplem tais recursos, sejam online ou offline, como os programas disponíveis no sistema operacional Linux Educacional. UMA REFLEXÃO DO USO DA TECNOLOGIA NO PLANEJAR E NO EXECUTAR DA PRÁTICA EDUCACIONAL Daniela Moura Queiroz (Marista) O objetivo do trabalho é refletir sobre a utilização dos recursos tecnológicos na educação e a sua construção didática. Verificando como os educadores administram a inserção dos recursos tecnológicos em seu dia-a-dia e na sala de aula, a visão deles sobre o uso e como os desenvolve didaticamente. Destaca-se a problemática: o professor conhece o uso dos diversos recursos tecnológicos? Utilizam os recursos tecnológicos em casa? Prepara as suas aulas utilizando os recursos? Como? A presente pesquisa é descritiva e quali-quantitativa. Seu método é científico e indutivo. Seu procedimento requer coleta de dados. A educação vem sofrendo modificações em todos os aspectos. O professor para acompanhar tal realidade precisa se inserir nesse processo apara alcançar os seus objetivos educacionais. O procedimento metodológico, desta pesquisa, foi o de investigar a vivencia docente na preparação de suas aulas e na utilização dos recursos tecnológicos. Como resultado da pesquisa se percebe o quanto o docente hoje é informado da existência das tecnologias. Entretanto, não as utiliza para refletir como a tecnologia pode ser mais bem utilizada em sala de aula e o quanto sentem a necessidade de informações metodológicas sobre o seu uso. UTILIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM MÓVEL NO ENSINO SUPERIOR: UM SUPORTE AO ENSINO E A APRENDIZAGEM Marcia Pereira (UFABC) Com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) cada dia mais presente na sociedade, a escola sente-se pressionada a inserir as TICs na rotina escolar dos alunos e professores, para assim preparar cidadãos, que possam atuar na sociedade do século XXI. Diante desta necessidade a aprendizagem móvel se mostra como uma opção de grande potencial apresentando vários aspectos positivos como a disseminação de equipamentos móveis, a mobilidade humana, a ubiquidade, o baixo custo dos equipamentos e a facilidade de uso. Este artigo apresenta um estudo de caso aplicando os recursos da tecnologia móvel no curso de Pedagogia. Com o objetivo de preparar os futuros profissionais da educação a descobrir e vivenciar situações propícias ao uso da tecnologia móvel na educação, explicitando também, a viabilidade da aprendizagem móvel como suporte ao processo ensino aprendizagem. Os resultados mostram que os alunos acreditam na tecnologia móvel, como uma ferramenta prática e produtiva para o ensino e aprendizagem. #Hipertexto2013 l 165 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias ALÉM DAS FRONTEIRAS - BRASIL/MOÇAMBIQUE: DEMOCRATIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA DO ALUNO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Alessandra Menezes dos Santos Serafini (UFJF) Priscila Aleixo da Silva (UFRJ) Priscila Trogo Pereira (UFJF) Olga Ennela Bastos Cardoso (UFJF) O presente artigo pauta-se, inicialmente, na análise do processo histórico-social de democratização do ensino à distância no Brasil, superando fronteiras nacionais, através do convênio estabelecido entre universidades moçambicanas e brasileiras, na oferta de cursos superiores a distância. Entendemos que uma política de democratização com qualidade, envolve iniciativas conjuntas no campo da gestão e do pedagógico para que seja efetiva, principalmente, por se tratar de Educação a Distância (EaD), imersa num universo comunicacional, regido pelas tecnologias. Neste contexto, muitos projetos políticos pedagógicos vêm propondo a formação de um aluno autônomo. Como se configura esta autonomia? Objetivamos, então, identificar alguns pressupostos filosóficos e epistemológicos da concepção de autonomia; analisar como ela vem se configurando na formação do aluno de EaD e confrontar a autonomia e o autoestudo, termos tão evidenciados nos cursos a distância. A partir da pesquisa bibliográfica, percebemos que, na literatura atual sobre EaD, existe a premissa de que o aluno deve ser autônomo, mas isto não condiz com a realidade. Consideramos, portanto, que a autonomia é um processo em construção, que não depende somente do indivíduo, mas também de elementos e ações pedagógicas que o levem a se tornar um sujeito autônomo. CI -53 APONTAMENTOS SOBRE AUTORIA, AUTONOMIA E CONHECIMENTO NA UNIVERSIDADE: A APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Edimara Luciana Sartori (IFSul) Carmen Vera Scorsatto Brezolin (IFSul) O final do século XX é cenário de uma verdadeira ‘revolução tecnológica’, como observam Bévort e Belloni (2009), originária da evolução na telecomunicação e na informática. Lévy (1998) defende que o World Wide Web disponibiliza interconectar, por meio de vínculos hipertextos, todos os documentos digitalizados do planeta, tornando-os acessíveis a qualquer pessoa, independente do local do mundo onde ela se encontre, a qualquer momento – meio caracterizado pelo 166 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola autor como ciberespaço. Diante desse contexto, este trabalho visa analisar a produção textual acadêmica de alunos de graduação do Curso de Tecnologia em Sistemas para Internet do Instituto Federal Sul-rio-grandense, a fim de verificar a qualidade da produção textual no que diz respeito ao desenvolvimento da autoria e da autonomia desses alunos. Com essa análise, visa-se responder ao questionamento sobre como os alunos estão interagindo com o ciberespaço. Os resultados dessa análise apontam a fragilidade da constituição da autoria, revelando a limitação da construção do conhecimento e a falta de ética em relação à preservação dos direitos autorais. Nesse sentido, conclui-se que é necessário desenvolver estratégias de prevenção em relação ao plágio e a autonomia crítica e reflexiva dos alunos, que devem formar seu caráter participativo e seu desenvolvimento intelectual na universidade. INTERCULTURALIDADE COMO MEIO PARA O DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE LOCAL NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA Cledson Oliveira dos Santos (UNEB) O presente artigo discute a importância de uma educação intercultural, especificamente no ensino de Língua Inglesa visando buscar uma melhora na metodologia de ensino desta disciplina. Este trabalho permite a reflexão e a discussão de questões acerca de uma educação Intercultural, intencionando obter resultados que realmente justifiquem a sua inclusão nos currículos escolares. Assim, realizamos na Escola Municipal Francisco José da Silva, no povoado de Casa Nova no município de Ourolândia – Ba. Aplicamos a metodologia na sala de aula do 8º ano do ensino fundamental II. Apresentamos, portanto, um relato de experiência com uma metodologia que sinaliza para uma educação promotora de cidadania, que requeira o desenvolvimento de comportamentos, posturas, crenças, que reforçam a identidade local e a consciência intercultural crítica de todos que do processo participem. Lima (2009) reflete e sugere que ensinar uma língua estrangeira implica a inclusão das competências gramatical e comunicativa, proficiência na língua, assim como a mudança de comportamento e de atitude em relação à própria cultura e às culturas do outro. No tocante à aprendizagem e ao conhecimento, chegamos a uma transformação sem precedentes oportunizando a aprendizagem por meio da cultura tanto na escola como extraescolar. JORDÃO: RIO OU CANAL? Audrey Rejane Gomes Carneiro (PCR) O nome do bairro está diretamente ligado ao Rio Jordão que corta aquela área. O rio Jordão tem 11 km de extensão. O seu percurso começa no bairro de Jardim Jordão, em Jaboatão, e atravessa 4 bairros. Nos bairros do Jordão e de Boa Viagem, transforma-se em um canal. Através de visita de campo, tirando fotografias, usou-se o recurso de desenho chamado Paint para representar o caminho do canal e compará-lo ao atual; Pesquisou-se na internet informações sobre o rio e o bairro, aspectos como população, número de residências a fim de criar planilhas de informação. #Hipertexto2013 l 167 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Finalmente fizeram um blog e postaram suas considerações. Os alunos perceberam que não é apenas um canal, mas o que restou de um rio do qual só consegue enxergar apenas em épocas chuvosas. Através das redes sociais expuseram suas insatisfações e sugestões para o rio-canal que atualmente merece solução de políticas públicas, representando-os nas soluções dos mesmos. Os alunos interessaram-se pelo bairro através das questões ambientais que afligiam os moradores e descobrindo que nem sempre o que é canal é água descartada e sim um antigo rio que ficou poluído. PLÁGIO: ESTAMOS ORIENTANDO DIREITO NOSSOS ESTUDANTES? Christinne Costa Eloy (IFPB) Henrique Elias Cabral França (UEPB) A facilidade de acesso e uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, potencializada pela internet, representou mudanças impactantes nas relações sociais e, inevitavelmente, no processo de ensino/aprendizagem. Nesse sentido, apesar da possibilidade de aprendizado jamais vista, essa “explosão informacional” em bits trouxe a reboque uma característica negativa: o alto índice de trabalhos plagiados verificados em todas as instâncias do ensino – do básico à pós-graduação. Entender a dimensão e o porquê dessa prática, especialmente entre alunos dos níveis Médio e Superior, é a proposta deste trabalho. Para isso, foram distribuídos questionários semi-estruturados, resguardada e identidade dos respondentes, com abordagem direta acerca de práticas de plágio e dos possíveis motivos para isso. Os resultados apontam que os estudantes, apesar de praticarem o plágio de forma consciente, são unânimes em afirmar que esta prática, por ser desonesta, deve ser abolida em trabalhos escolares. As principais causas indicadas pelos entrevistados: a facilidade de “copiar” e “colar” informações da internet e o fato da instituição de ensino não deixar claro as consequências em relação à prática do plágio. E mais: a maioria dos entrevistados concorda que os trabalhos copiados recebem melhores notas e que grande parte dos professores não checa se há plágio nessas atividades. CI -54 PROFESSORES LEIGOS PERANTE OS EQUIPAMENTOS TECNOLÓGICOS: GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA E DESIGUALDADES Antônio Marques do Vale (UEPG) Ricardo Richene de Góes (UEPG) O objeto do trabalho são a experiência de professores leigos do Paraná na segunda metade do século XX e suas análises críticas sobre os instrumentos de ensino disponíveis. Ainda, o confronto 168 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola com o recente emprego de equipamentos tecnológicos na educação. Depois de considerar as diferenças de situações no âmbito educativo no Paraná, se pretende expor a palavra dos professores entrevistados sobre a utilização de equipamentos modernos. Noutros tempos, professores rurais ou de periferia encontraram dificuldades para ter equipamentos de ajuda no ensino-aprendizagem; atualmente, a educação se depara com a globalização econômico-cultural de um mercado de ofertas abundantes. A reflexão permite detectar carências de envolvimento consciente e político com pessoas, comunidades e projetos. Marx, Gramsci, frankfurtianos, Paulo Freire e outros ajudam a enfrentar os perigos de que o muito uso dos modernos equipamentos esconda jogos de interesses e processos de indústria cultural; forçam a buscar formação crítica e solidariedade com os simples e oprimidos. Fundamentalmente, a metodologia inclui análise de textos originados de pesquisas e também leituras de comentários. Todo o trabalho encerra convite a discutir sobre as tecnologias educativas, de modo que diferentes circunstâncias não impeçam lutar pela superação de desigualdades econômico-sociais. A INSERÇÃO DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO CURRÍCULO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS Simone Silva Cunha (UERJ) José Eduardo Ramalho Dantas (CEFET-RJ) A presente pesquisa foi um estudo de caso realizado em duas escolas públicas no município de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, para abordar a relação entre a Informática Educativa e o currículo escolar no que concerne a inserção dos conceitos acerca da tecnologia no contexto escolar. Uma vez verificada a essa relação, foi feita uma constatação da aplicabilidade dessa práxis pedagógica e subsequente reflexão da construção dos Projetos Políticos Pedagógicos das unidades escolares estudadas. A coleta de dados foi realizada através de questionário semiestruturado que continha algumas questões abertas e outras fechadas Os resultados obtidos pela pesquisa de cunho qualitativo, numa avaliação final, comprovaram a importância da inserção Informática Educativa nos Projetos Políticos Pedagógicos, uma abordagem cotidiana própria para a educação qualitativa, auxiliando a construção de uma educação voltada para a sociedade globalizada em que nos encontramos. Assim, a tecnologia está para a educação como a educação está para a tecnologia. A RÁDIO DA ESCOLA NA ESCOLA DA RÁDIO: UMA EXPERIÊNCIA VÍDEO DOCUMENTADA COM OS ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE SALVADOR-BA Jordan Mendes (UNEB) Comunicar, através de um filme documentário, uma experiência educacional que rompe as barreiras da habitual prática docente e discente é a motivação à participação neste evento, pois os processos comunicativos e informacionais adentram as esferas educacionais e, nelas, #Hipertexto2013 l 169 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias geram novas práticas. Dessa forma, este artigo, oriundo da pesquisa do Programa de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação, tem como objetivo demonstrar os processos de produção de um filme documentário sobre as potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação na Iniciação Científica Júnior, como princípio formativo junto aos alunos de Ensino Médio da Rede Pública de Ensino da cidade de Salvador/BA. Esta proposta envolve um percurso desde 2011, a partir da execução do projeto A Rádio da Escola na Escola da Rádio: Resgate e Difusão de Conhecimentos sobre os Espaços da Cidade de Salvador/BA, financiado pela FAPESB e desenvolvido pelo GEOTEC/UNEB, em quatro escolas da Rede. Essa iniciativa, pioneira em Salvador, produziu ressonâncias em outras escolas públicas; criou perspectivas profissionais e acadêmicas; concebeu novas possibilidades ao mundo da vida e do trabalho; exerceu um papel importante, aos participantes, no conhecimento da cidade e no sentimento de pertença como elemento propositivo ao futuro de cada sujeito soteropolitano. A TECNOLOGIA DIGITAL NA INFÂNCIA: INVESTIGANDO O PROJETO KIDSMART NOS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE CURITIBA Maria da Glória Galeb (UFPR) Ricardo Antunes de Sá (UFPR) A utilização das tecnologias da informação e comunicação para diferentes fins é uma realidade e precisa perpassar a instituição de Educação Infantil. Uma das iniciativas mundiais visando a inclusão digital de pré-escolares é o Kidsmart, da IBM. O Kidsmart foi implantado nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba em 2008. A pesquisa buscou investigar como os profissionais apropriam-se/integram o Kidsmart em sua prática docente. Foram tecidas reflexões sobre tecnologia, educação e cultura: Forquin (1993), Freire (1996), Levy (1999), Morin (2000), Castells (2001) e Lemos (2003, 2010). Discutiu-se prática docente e uso de tecnologias: Santos (apud ELIAS, 1996), Valente (1999), Braga e Calazans (2001), Brito e Purificação (2008), Moran (2011) e Tardif (2012). A pesquisa utilizou-se de abordagem qualitativa, tendo por instrumentos de coleta de dados a análise documental e questionário, respondido por 49 profissionais. Os resultados apontam que o Kidsmart trouxe vários impactos para a rotina e espaço educativo dos CMEIs e as crianças que acessam o computador apresentaram ganhos no desenvolvimento. Concluiu-se que a maioria dos profissionais utiliza o computador para melhorar o que já existia em sala e que 40% dos educadores e professores pesquisados demonstram domínio técnico e pedagógico do computador em sua prática docente. 170 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -55 ACESSIBILIDADE EM CURSOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: NOTAS SOBRE UM ESTUDO DE CASO Maria Aparecida Queiroz Rocha (UFJF) Este trabalho vem sendo desenvolvido tendo como objetivo identificar como uma Instituição de Ensino Superior mineira mobilizou estratégias e recursos de modo a favorecer a acessibilidade, permanência, interação/interatividade de uma pessoa com necessidades especiais em um curso de graduação a distância. Foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas com um tutor a distância, duas entrevistas exploratórias não estruturadas, sendo uma com uma tutora a distância e outra com uma tutora presencial, e análise da legislação acerca da EaD vigente na instituição. Os relatos colhidos, bem como a análise da legislação parecem revelar a ausência de uma mobilização institucional para contemplar, de forma legal, em ações cotidianas e de maneira ampla, a acessibilidade em seus cursos de graduação a distância, mas evidenciam mobilizações pontuais de alguns profissionais envolvidos no curso em questão. Pudemos levantar pistas, tomando especialmente o relato de um dos tutores a distância como fundamento, de que o próprio aluno frequentemente não evidenciava interesse em receber um tratamento diferenciado, seja pela ajuda recebida de familiares, seja por considerar o desafio de desenvolver as atividades como os demais colegas como caminho para superar desafios e limitações e uma motivação a mais para a continuidade dos seus estudos e conclusão exitosa do curso. AÇÕES CRÍTICAS E REFLEXIVAS NO ENSINO E APRENDIZAGEM EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ONLINE Verônica Danieli de Lima Araújo (Fundaj) A crescente utilização dos meios telemáticos (internet, videoconferência e teleconferência) tornaram a educação online a forma predominante de se implementar propostas em EAD (MORAN,2003); no entanto, tem-se observado que, apesar de sua expansão, essa modalidade tem recebido críticas e questionamentos, referentes principalmente à qualidade do processo de ensino-aprendizagem; as discussões apresentadas em Mercado(2002), Filatro(2003), Kenski (2004), Harasim et Al (2005), entre outros reforçam a constatação de que o campo da EAD online necessita defina o que lhe é específico em termos de métodos, técnicas e ações pedagógicas para que o processo de ensino e aprendizagem nesta modalidade seja realmente qualitativo. Nessa perspectiva, este artigo tem por objetivo discutir a EAD online em relação aos equívocos e problemas existentes na proposição e realização de atividades e as mudanças necessárias para que se oferecer um processo de ensino e aprendizagem qualitativo nesta modalidade. Metodologia: Pesquisa exploratória; Pesquisa bibliográfica. Resultados obtidos: elementos como o design instrucional, interface, perfil do aluno, atuação docente, entre outros precisam #Hipertexto2013 l 171 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias ser levados em conta no planejamento e desenvolvimento de atividades em educação online para garantir a qualidade do processo de ensino e aprendizagem nesta modalidade. ALFABETIZAR CLICANDO Célia da Conceição de Assis França (Sec. Mun. Educ. Belém) O presente artigo apresenta o relato da experiência “Clicar e alfabetizar”, que objetiva estimular o processo de leitura e escrita, através de coisas e fatos que fazem parte da vida diária dos alunos, como identificação do próprio nome e do grupo familiar, usando o computador. A experiência aconteceu com três turmas do 1º e 2º ciclos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Olga Benário, em Belém-PA. A ideia surgiu pela percepção, nas atividades desenvolvidas no laboratório de informática, que nossos alunos do 2º ciclo, ainda apresentavam dificuldade na escrita e leitura do próprio nome. Apesar disso, os alunos se sentiam motivados por estarem manuseando os computadores. Segundo Piaget os conceitos mais complexos não devem ser transmitidos como fazemos hoje nas escolas, mas criar ambientes adequados de aprendizagem, por intermédio da interação com o mundo, contando com ajuda de indivíduos mais experientes. Os alunos confeccionaram hipoteticamente carteiras de identidades, utilizando os aplicativos kolour paint e a construção de um livrinho “Minha Família” no editor de texto write, no laboratório da escola. As parcerias das professoras regentes e sala de leitura foram fundamentais na realização das atividades. ALUNOS CONECTADOS: A RECONFIGURAÇÃO DO DISCURSO PUBLICITÁRIO EDUCACIONAL Rita de Kássia Araújo da Silva (IBGM) Beatriz Braga Bezerra (UFPE) Carlysângela Silva Falcão (UFPE) As constantes inovações tecnológicas e a inclusão da linguagem digital nos discursos midiáticos cotidianos resultam em transformações culturais complexas. A mudança no contexto informacional faz os internautas tornarem-se público-alvo do sistema publicitário que, por sua vez, realiza esforços para alcançá-los de forma eficaz. O conteúdo persuasivo sofre, então, alterações de formato e de pauta, no intuito de aproximar-se dos hábitos de um consumidor cada vez mais “conectado”, exigente e participante. As instituições de ensino abrem também espaço para esse contexto tecnológico. Pretende-se neste trabalho investigar a transformação dos enunciados publicitários no âmbito educacional, tendo em vista uma reconfiguração no perfil do público e considerando o aumento do acesso às plataformas digitais. Para isso, serão analisadas campanhas publicitárias realizadas pelo Colégio Fazer Crescer - tradicional instituição educacional pernambucana - com o intuito de averiguar a valorização da tecnologia e do letramento midiático junto aos demais elementos persuasivos integrantes de sistemas educacionais construtivistas. 172 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -56 AS VANTAGENS DO LIVRO DIDÁTICO DIGITAL NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Filipe Carvalho de Almeida (UFPB) A mesma condição de portabilidade que originou o livro impresso passa a ser encontrada também no livro digital, porém, com uma grande diferença: o suporte digital é capaz de armazenar centenas de obras no mesmo dispositivo. Devido ao constante avanço tecnológico e à popularização dos dispositivos portáteis, o livro didático precisa ser reconfigurado, a fim de possibilitar novas experiências de leitura e interatividade. Procuramos demonstrar neste artigo, no viés de novos hábitos de leitura e acesso ao conhecimento provocado pelo livro digital, as vantagens da utilização desse novo modelo de livro didático, com a finalidade de reconfigurar o processo de ensino-aprendizagem e vislumbrar uma melhoria significativa na prática educacional. Para tal, utilizaremos McLuhan (1972) para tratar do processo histórico do livro; Lévy (1999), Procópio (2010) e Darnton (2010), com o intuito de abordar especificidades típicas do livro digital. CELULAR: UMA TECNOLOGIA EM FAVOR DO ENSINO DA ARTE CONTEMPORÂNEA Vanessa Alves Fonseca de Carvalho (Pref. Mun. Rio Claro) Este trabalho buscou investigar as possibilidades do uso do celular como ferramenta didática aplicada nas aulas de arte cujo enfoque é conhecer, contextualizar e produzir arte contemporânea baseada na vida e obra do artista Vik Muniz . Visando o sucesso do processo ensino aprendizagem aliada à familiaridade dos jovens com o aparelho e os seus diversos recursos, é que este trabalho enfoca a importância de se inserir este aparelho nas práticas pedagógicas, tornado o ensino mais dinâmico, criativo e inovador. O trabalho foi realizado com os alunos do 9º ano, da Escola Municipalizada Getulândia, Município de Rio Claro/ RJ. Na sensibilização, os alunos receberam vídeos sobre a vida e obra do artista Vik Muniz, pelo Bluetooth. Realizamos um seminário referente às questões da arte contemporânea e o trabalho de Vik Muniz. A turma foi dividia em duplas para a elaboração de um projeto de releitura da obra “O mapa Mundi” de Vik Muniz. Neste trabalho os alunos só poderiam utilizar materiais recicláveis. De posse das fotografias foi produzido um vídeo das releituras, com as respectivas indicações do tempo de decomposição dos materiais utilizados em cada trabalho. O vídeo foi projetado durante a Feira Municipal INOVATEC para todos os visitantes. #Hipertexto2013 l 173 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA COM O USO DO FACEBOOK: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM LICENCIANDOS DO CURSO DE LETRAS/INGLÊS DA UFPA Marcus de Souza Araújo (UFPA) As pesquisas sobre formação inicial e continuada de educadores com o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) têm merecido discussões teórica-metodológicas como base de um processo de reflexão crítica no campo da Linguística Aplicada. Assim, esta comunicação tem como objetivo apresentar um relato de experiência desenvolvida com alunos da graduação em Letras/Inglês na disciplina “Morfologia do Inglês” de uma Universidade Federal do norte do país com o uso do facebook. A proposta se baseia em discutir assuntos teóricos e práticos dessa disciplina usando a rede social como meio de ensino e aprendizado de inglês na Web. O estudo se desenvolve por meio de referenciais teóricos da perspectiva reflexiva na formação de professores de línguas (CELANI, 2004, 2010; 2011; RAMOS, 2010; entre outros) e acerca das contribuições da tecnologia no ensino de línguas (CÉSAR-ARAÚJO, 2009, 2010; DIAS, 2011, 2012; ROJO, 2012). Os resultados da pesquisa sugerem que os alunos estão mais conscientes sobre sua aprendizagem, mais motivados em aprender a língua inglesa tendo como suporte a rede social, a buscar por conta própria seu conhecimento e compartilhá-lo no ambiente virtual, ou seja, observamos que esse grupo de alunos está mais responsável por sua aprendizagem e mais letrado digitalmente. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ACERCA DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PAPEL DE TUTORIA NA EAD Paula Michely Soares da Silva (UFPB) Jéssica Tayrine Gomes de Melo Bezerra (UFPB) Com os avanços na área tecnológica e a necessidade de disseminação do conhecimento, surge no âmbito educacional o Ensino a Distância (EAD). Segundo Silva (2004), o avanço tecnológico e da informática permitiu que a EAD avançasse cada vez mais com relação à disponibilização de cursos em diferentes instituições e níveis de ensino, atendendo dessa forma a um maior número de pessoas. Dessa maneira, a participação e a qualificação do tutor, que interage com os alunos diretamente, são de suma importância, pois muitas vezes esses profissionais apresentam dificuldades na utilização das ferramentas do ensino a distância. O objetivo desse trabalho é realizar um estudo de caso sobre os problemas enfrentados pelo professor tutor nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Para análise, observaremos recortes de entrevistas realizadas por um grupo de tutores da UAB/UFPB, em situação de interação com alunos através do AVA Moodle, que utilizavam e avaliavam atividades da plataforma como fóruns, chats, mensagem, entre outros. Os resultados preliminares nos mostram que os tutores apresentam dificuldades para interagir através de algumas atividades devido a problemas técnicos da plataforma ou a falta de capacitação. 174 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -57 DIALOGICIDADE EM WEBAULA: UM ESTUDO DE CASO Marcelo Silveira (Unopar/UEL) Celso Leopoldo Pagnan (Unopar) O ensino a distância é modalidade com interação constante entre professor e aluno. Um meio utilizado para estabelecer essa interação (Marcusschi 2002) é pela webaula, aula construída com diversos recursos midiáticos, como texto, som, imagem, links etc.. Sua característica essencial é a dialogicidade, a capacidade de se promover a reflexão de compreender o conteúdo programático de modo dinâmico, em que professor e aluno se revelam coautores do texto. Considerando tal aspecto, o presente artigo analisa como diferentes cursos EaD se utilizam das webaulas como recurso didático. O objetivo é refletir se, e como, a dialogicidade é utilizada como ferramenta pedagógica (Marcuschi 2002). Para tanto, efetuamos análise fundamentada na embreagem semiótica, analisando-se os elementos da enunciação, como actantes, tempo e espaço, (Travaglia 2007; Greimas 1973) que explicitam a dialogicidade. Os resultados esperados é que o professor, autor das webaulas, consiga construir um texto em que se verifica a dialogicidade como recurso pedagógico, e não apenas como estratégia discursiva. DISCURSOS DE PROFESSORES E ALUNOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DO LAPTOP UCA EM SALA DE AULA Lindinalva Messias do Nascimento Chaves (UFAC) Propõe-se, neste estudo, que faz parte do projeto LAPTOP EDUCACIONAL UCA: Análise das práticas pedagógicas e da formação dos professores do Projeto Piloto do Acre, financiado pelo CNPq, um exame dos discursos de professores e de alunos de duas escolas de ensino fundamental, em Rio Branco – Acre, acerca da utilização do laptop UCA no espaço formal da educação. As duas escolas estão inseridas no Programa Um computador por Aluno (UCA) desde o início de 2011 e seus professores receberam formação para o uso do laptop. Trabalha-se na perspectiva da Análise de Conteúdo e, como instrumento de pesquisa, estão sendo efetuadas entrevistas em que docentes e discentes expõem suas ideias e reflexões acerca do uso pedagógico das TICs, em geral, e do laptop UCA, em particular. Formulam-se, dentre outras, as seguintes questões: Quais as dificuldades para a utilização do laptop UCA em sala de aula?; está havendo na prática dos professores, superação do uso meramente instrumental do computador? Busca-se entender qual é a percepção que essas comunidades têm acerca do trabalho de implantação do programa UCA em suas escolas. #Hipertexto2013 l 175 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias DISCUSSÃO DE TEXTOS EM SALA DE AULA COMO ATIVIDADE DIALÓGICA Roseane Leite Machado (UFAL) Este trabalho reflete sobre o processo de produção textual e leitura nas aulas de língua portuguesa em uma turma do 8º ano e tem como objetivo analisar a perspectiva de língua trabalhada em atividades com gêneros textuais. Esta pesquisa considera a perspectiva dialógica da linguagem ( Bakhtin, 2001), em que a partir das aulas registradas e gravadas , selecionamos a que a professora discutiu o uso da internet seguindo o texto com o título:” Geração cyber” apresentado no livro didático dos alunos. O gênero textual representado por meio desse texto foi revista em quadrinhos, mas em nenhum momento houve uma análise desse gênero, em que a professora iniciou a aula com a leitura do texto, e em seguida realizou algumas perguntas sobre a temática abordada no texto. Os dados coletados mostram a compreensão de língua e linguagem de maneira dinâmica pelo fato dos questionamentos realizados pela docente sobre a internet, além das implicações linguístico discursivas que puderam ser retiradas a partir da atividade proposta na aula, contribuindo para o processo de ensino e aprendizagem em língua materna. DOCÊNCIA E PERSPECTIVAS: DESAFIOS PARA BUSCA DE UMA CONVIVÊNCIA HARMONIOSA NA ERA DO CONHECIMENTO Cláudia Costa dos Santos (UFPE) O presente trabalho busca refletir sobre aspectos que envolvem os docentes diante da convivência com os artefatos tecnológicos e as possibilidades que essa convivência pode trazer para os jovens na escola. Para tanto, utilizou-se algumas variáveis como o perfil, a formação, a qualidade no trabalho, dificuldades encontradas, convivência com os artefatos tecnológicos e a pratica pedagógica dos sujeitos participantes. A ferramenta utilizada foi GDOCs – recurso disponível no drive do Google através da conta Gmail que facilita a construção e envio de formulário eletrônico, todos os participantes residem no município de Caruaru – PE. Buscamos nossos sujeitos através de convite pela rede. Para fornecer um suporte às reflexões no trabalho, procuramos dialogo com CASTELLS (2003), MORAN (2003), KENSKI, (2007), LEMOS (2002), ARON91965). Sendo estes norteadores para as reflexões dos resultados encontrados. Nas primeiras analises os professores mostraram-se cientes que a tecnologia é facilitador que enriquece suas práticas, porém existem outros elementos que precisam melhorar para que de fato a tecnologia possa contribuir de uma forma mais dinâmica e proporcionar maiores resultados positivos. 176 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -58 FACEBOOK E YOUTUBE: REDES SOCIAIS DA INTERNET COMO FERRAMENTAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA André Luís Bento dos Santos (UFPE) Maria do Carmo de Siqueira Nino (UFPE) Nossa pesquisa de mestrado em andamento tem como tema a aprendizagem da Literatura nas redes sociais da internet (RSIs), especificamente o Facebook e o YouTube, para os quais, selecionamos as principais teorias das redes, no que assume especial relevância a de Manuel Castells, conforme indicação de Lucia Santaella, autora que tomamos como ponto de partida para a revisão da literatura. O objetivo deste trabalho consiste no entrecruzamento de linguagens, códigos e recursos, privilegiando o estudo das relações entre Literatura e outras manifestações artísticas, por meio de tecnologias da informação e da comunicação. Os resultados apontam potencialidades na disponibilização de links de vídeos com licença padrão do YouTube em“grupo” do Facebook criado especificamente para a experiência. Partindo do estudo de caso do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, e de seus desdobramentos audiovisuais, empregamos o Facebook e o YouTube como ferramentas de experiências intersemióticas em Literatura, capazes de despertar o interesse de alunos para a aprendizagem. FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS: EXPERIMENTAÇÕES DO GRUPO CAPTE COM OFICINAS DE WEBQUEST E OUTROS RECURSOS DIGITAIS Thais Hoffman Arnoni (SENAC) Eli Lopes da Silva (SENAC) Este artigo apresenta as experiências de formação docente para o uso das tecnologias digitais, por meio das oficinas de webquest, realizadas pelo grupo CAPTE (Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação), vinculado à Faculdade de Tecnologia Senac Florianópolis. O grupo objetiva fomentar e investigar as práticas pedagógicas com uso de tecnologias digitais na Educação. Nas oficinas são apresentadas também outras tecnologias digitais para a prática pedagógica. Durante um ano e meio de existência do grupo, foram realizadas 5 oficinas, sendo 2 delas na faculdade e outras 3 em instituições diferentes, inclusive em outro estado. Como resultados apresentamos as percepções dos professores sobre o uso de tecnologias digitais, sobretudo webquest, bem como suas considerações sobre a formação para uso destas ferramentas. Embora o grupo tenha como foco das suas ações os docentes do ensino superior, tem-se contemplado, nessas formações, professores dos diversos níveis de escolarização. #Hipertexto2013 l 177 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Como conclusões argumentamos que o uso das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas não requer tanto tempo de formação quanto muitos poderiam pensar e que é possível, com programas e portais gratuitos, produzir e usar muita coisa em sala de aula. INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO NA REDE VIRTUAL: UM PASSO PARA A COMUNICAÇÃO PÚBLICA Ana Carolina de Araújo Abiahy (IFPB) O espaço da vivência escolar não é só o do conhecimento formal, sabemos que os vínculos e valores perpassados na instituição são determinantes para o desempenho dos estudantes. Cientes disso, as instituições de ensino estão valorizando, cada vez mais, a imagem que transmitem a seus públicos e compreendendo que a construção de espaços nas redes é uma necessidade preponderante hoje para a interação. Nessa perspectiva, nossa pesquisa analisa como é a presença da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica nas mídias sociais, precisamente no Twitter e Facebook. O objetivo é identificar estratégias dos perfis oficiais no relacionamento com os públicos, além de mapear parceiros nos canais e analisar a linguagem utilizada. Um dos problemas estimulantes para a pesquisa é o impasse entre a tradicional impessoalidade na comunicação oficial das instituições públicas e a aproximação exigida nas mídias sociais. Percebe-se que a vivência na rede virtual pode facilitar a compreensão do papel ativo de diversos públicos como construtores da imagem institucional, o que é um anseio da Comunicação Pública (CP). Como suporte teórico, além da CP, utilizamos autores como Castells e Primo, para abarcar os conceitos de rede e Tecnologias da Informação e Comunicação. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA: UM RECURSO NO LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM Rosemayre Botto Andrade (E. M. Murilo Mendes-MG) Caroline Souza Ferreira (E. M. Murilo Mendes-MG) Apresentar uma pesquisa que venho desenvolvendo como professora do Laboratório de Aprendizagem que tem por objetivo investigar a capacidade criativa do aluno de processar informações favoráveis a construção do conhecimento, a partir da mediação do professor e da interação com ferramentas tecnológicas. Adotei a sala informática por ser um espaço de estímulo à aprendizagem e ao desenvolvimento de projetos e pesquisas complementares. Entendo como Lalueza, Crespo e Camps, que “o impacto cognitivo das tecnologias reside nas práticas dentro das quais elas são utilizadas, no seu papel de mediação das atividades realizadas por meio dessas práticas”(2010, p. 60). A perspectiva interativa proposta no trabalho do Laboratório retrata o aluno de forma ativa e o uso de tecnologias visto como um recurso para o processo de aprendizagem e não um fim em si mesmo. “[…] para procurar informação e acessá-la, representá-la, processá-la, transmiti-la e compartilhá-la”(Coll, Mauri e Onrubia, 2010, p. 76) Adoto pesquisa qualitativa de Freitas (2003)com observações e intervenções/mediações durante atividades desenvolvidas. As 178 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola sessões registradas por fotografias, vídeos-gravação e produções dos alunos como instrumentos na investigação durante o desenvolvimento do projeto. A análise e divulgação do material observado e registrado acontece a partir do diálogo com autores citados no projeto. CI -59 MÍDIA EDUCAÇÃO: NOVOS DESAFIOS DA INFORMAÇÃO NA APRENDIZAGEM Rossana Viana Gaia (IFAL) Esta pesquisa investiga estudos que abordam o uso de mídias síncronas e assíncronas ma educação desenvolvidos na última década e tem como objetivo ampliar análise anterior sobre práticas educomunicativas e publicado no livro Educomunicação & Mídia. A metodologia utilizada inclui pesquisa bibliográfica para revisão e estudo de conceitos básicos no campo, tais como educação presencial, semi-presencial e a distância e busca no Google sobre os termos educomunicação e .educomunicador, em artigos científicos, além de mapeamento inicial sobre grupos coordenados por professores ou alunos com propósitos educomunicativos. Os resultados desejados inclui identificar os tipos de estratégias utilizadas por professores em plataformas sociais como Facebook, Twitter e Youtube. Desde estudos anteriores identifica-se que o perfil do educomunicador requer planejamento e compartilhamento de aulas em atividades presenciais (mesas-redonda, seminários etc.) e/ou semi-presenciais ou a distância (fóruns, chats,, grupos interativos virtuais abertos ou fechados). Os estudos nesse campo potencializam debates cidadãos e indicam um trânsito entre a informação e o aprendizado como construtores de conhecimentos. NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A LOUSA DIGITAL (LDI) COMO RECURSO PEDAGÓGICO José Gomes da Silva (UFS) Carlos Alberto Vasconcelos (UFS) Carla Patrícia Monteiro Ribeiro (UFS) O presente texto é parte integrante do projeto de mestrado que desenvolvemos junto ao programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, na Universidade Federal de Sergipe, cujo título, a principio, Lousa Digital Interativa (LDI) como recurso pedagógico no ensino de ciências. Pretende-se investigar os efeitos das tecnologias digitais, com ênfase na LDI, no processo ensino-aprendizagem de acordo com as representações dos professores, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, especificamente no ensino de Ciências. Para isso, buscaremos #Hipertexto2013 l 179 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias embasamento em teóricos no cenário nacional e internacional, tais como: Castells (2002), Charlot (2005), Astolfi e Develay (1991), Moran (1999), Amaral e Nakashima (2007), Gomes (2010), Dulac e Alconada, Marqués (2006), Levy (2000), Santaella (2004). De antemão, apresentaremos nossas primeiras reflexões epistemológicas e alguns dados, assim como desenvolveremos uma analogia entre a LDI e o espelho mágico do conto de fadas “Branca de Neve”, o que trará ao nosso trabalho um toque de magia e encanto, ingredientes essenciais ao ser humano e perdidos com a educação instrucional da Era Industrial. A metodologia adotada constará de abordagem qualitativa, na qual utilizaremos entrevistas semi-estruturadas e aplicações de questionários. O LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS E O ENSINO DOS GÊNEROS DIGITAIS Silvania Maria de Santana (UFPE) O livro didático, por ser um agente institucionalizado, assume a função de participar da escolarização das gerações. Por isso, os seus autores tendem a apresentar nas suas obras: as atuais propostas de ensino-aprendizagem. Este trabalho tem por objetivo analisar, nas coleções didáticas Português: linguagens e Língua Portuguesa: linguagem e interação, as atividades direcionadas aos gêneros digitais. A metodologia deste trabalho seguiu as seguintes etapas: i) seleção de dois livros didáticos do Ensino Médio publicados nos anos de 2012, quando os debates sobre gêneros digitais vêm se tornando cada vez mais presentes no mercado editorial, ii) livros que apresentassem como proposta de ensino a língua como interação social. Para tanto, nos apoiamos nos pressupostos teóricos da Teoria Dialógica da Enunciação e dos Gêneros Discursivos (Volochínov e Bakhtin) e no Interacionismo Sociodiscursivo (Bronckart). Os resultados apontaram que os gêneros digitais, nessas coleções didáticas, nem sempre recebem um tratamento de enunciado, visto que poucas vezes são tratados como gêneros e servem apenas de indicação e/ou ilustração para complemento de informações. O PAPEL DA UNIVERSIDADE NA DISPONIBILIZAÇÃO DE CONTEÚDO DE ANATOMIA PARA OS CURSOS DE ODONTOLOGIA DO BRASIL Andresa Costa Pereira (UFCG) Marco Antonio Dias da Silva (UFCG) Atualmente, o processo educacional sofre modificações devido a expansão tecnológica oferecida pela internet. No Brasil, diversas universidades já estão inseridas na ação de ensino complementar a distância para seus alunos, entretanto, nem todos os cursos apresentam essa ferramenta educacional. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os cursos de odontologia cadastrados pelo INEP oferecem websites sobre Anatomia, com foco nas particularidades do curso de odontologia. Todos os cursos de odontologia brasileiros foram avaliados para verificar a presença de sites contendo os conteúdos supracitados. Foi demonstrado que dentre os 212 cursos de odontologia do Brasil, apenas três (da mesma universidade pública do estado de 180 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola São Paulo) possuem websites sobre Anatomia voltada para o curso de odontologia, podendo ser encontrado de maneira fácil por qualquer usuário, sem a necessidade de senha de acesso. Foram encontrados outros sites vinculados aos cursos de odontologia, entretanto apresentam conteúdo sobre Anatomia Geral ou apresentam acesso restrito. Assim, foi possível concluir que, hoje, apenas uma universidade possui a ferramenta de ensino a distância de qualidade, produzido por professores de um curso de odontologia e podendo ser acessada facilmente por qualquer estudante que busque informações sobre anatomia focada na odontologia. CI -60 O PAPEL E A TELA: INVESTIGANDO A BIBLIOTECA ESCOLAR E O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA Lúcia Helena Schuchter (UFJF) Adriana Rocha Bruno (UFJF) A sociedade atual é marcada pela presença acentuada das tecnologias digitais de comunicação e da informação, cujas características principais são as possibilidades de acesso, disseminação e produção de informações, aliadas às transformações nas formas de comunicação, aprendizagem e relações sociais. Neste cenário, apresentamos uma pesquisa - respaldada por Bruno, Coscarelli, Lévy, Marcuschi, Pesce, Soares - que buscou compreender como são utilizados, na escola, a Biblioteca e o Laboratório de Informática, enquanto espaços de multiletramentos. Buscouse fundamentação metodológica na pesquisa qualitativa de abordagem histórico-cultural, respaldada por Lev Vygotsky e Mikhail Bakhtin. O campo investigativo se constituiu de duas escolas públicas situadas na cidade de Juiz de Fora/MG. A investigação se desenvolveu por meio dos instrumentos metodológicos: entrevistas semiestruturadas (com professores regentes, bibliotecários, coordenadores pedagógicos); análise de documentos; observação e questionário. A pesquisa apontou que relações entre os espaços investigados e sala de aula devem ser promovidas, pois formar alunos leitores e escritores, hoje, não se restringe somente ao impresso ou ao digital. Para que isso ocorra é premente promover a formação para o uso técnico e pedagógico das tecnologias a toda comunidade escolar, promovendo os multiletramentos. #Hipertexto2013 l 181 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) POR PROFESSORES FORMADORES DO ENSINO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) Angelo Branco Jofilsan Callou (Faculdade SENAC) Flávia Barbosa Ferreira de Santana (Faculdade SENAC) Este artigo tem como objetivo investigar o uso das novas tecnologias da informação e comunicação pelos docentes formadores do Núcleo de Formação Didático-Pedagógica dos Professores da UFPE (NUFOPE). O ensino nas universidades passa por um processo contínuo de modificações na sua estrutura com a adoção de novas tecnologias. Essa inserção, sem mudança na prática docente não criará efeito realmente positivo no processo de ensino aprendizagem como corrobora Kenski (2012) quando afirma que: novas tecnologias e velhos hábitos de ensino não combinam. Aplicamos um questionário junto aos professores formadores, além de entrevista-los e analisar seus planos de aulas com a finalidade de entender com que finalidade fazem o uso dessas tecnologias. Como resultados, identificamos que os professores utilizam slides, vídeos, ambientes virtuais de aprendizagem, redes sociais com o intuito de promover o processo de ensino-aprendizagem e a promoção da autonomia dos docentes que estão sendo formados, buscando refletir o uso de tecnologias baseado nas demandas institucionais (compra e instalação de equipamentos como projetores multimídia, lousa digital e rede sem fio) e sociais, mediadas e implementadas de acordo com a aceitação e o engajamento dos professores que passam pela formação do NUFOPE. O USO DAS TIC NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: MUDANDO PARADIGMAS E PROJETANDO A EDUCAÇÃO 3.0 Guilmer Brito Silva (UFAL) Gizelda da Conceição Silva Ferreira (Espaço Educar) Vivian Maria Lima da Silva (Espaço Educar) Este trabalho relata da experiência de um grupo de professores que atua no laboratório de informática em uma escola de educação infantil. Onde foi realizado um projeto para modificar a forma de atuação desses professores através de mudanças conceituais e metodológicas realizadas nesse ambiente, buscando integrar as TIC com conteúdos pedagógicos da escola e oferecendo aos alunos possibilidades de aprofundar ou construir novos conhecimentos. Este trabalho tem como objetivo descrever a mudança de paradigma realizada na escola em relação ao uso das TIC no processo de ensino e aprendizagem, além de analisar como os professores implantaram uma mudança na forma interagir, utilizar e ver as TIC na escola, através de trabalhos colaborativos, maior interação e envolvimento dos professores, pais e alunos com os projetos desenvolvidos, entre outras ações pedagógicas interativas e lúdicas utilizando as TIC e incorporadas ao projeto pedagógico da escola. Foi adotado procedimentos de uma pesquisa 182 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola qualitativa e a metodologia de um estudo de caso. O estudo mostra-se relevante à medida que traz uma reflexão sobre como promover mudanças no modo de utilizar as TIC em uma escola de educação infantil, buscando uma educação 3.0, modificando o modo de ensinar e de enxergar as crianças dessa geração. OS TABLETS CHEGARAM À ESCOLA?! UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR – BAHIA Handherson Leyltton Costa Damasceno (UFBA) Estamos diante de uma escola na qual as exigências de mudança são latejantes. O tempo da Globalização corre num ritmo mais rápido que o da Educação, que ainda caminha a passos específicos e cujo tempo é bastante peculiar. Se pensarmos no mundo como um território flutuante e as pessoas fluidas, em permanente estado de transgressão, adaptando-se facilmente a qualquer território (MAFFESOLI, 2001), bem como se existem “Novas tecnologias e novas educações” (PRETTO, 2006), acreditamos que esta pesquisa justifica-se na questão: as transformações sociais e tecnológicas por que passa a sociedade e, consequentemente, a escola. Este trabalho tem como principal objetivo discutir os meandros políticos, educacionais e tecnológicos, advindos da chegada dos tablets em 12 escolas do município de Salvador, por intermédio do “Projeto Tecnologias Móveis na Escola”, analisando seu contexto de recepção e implementação. A pesquisa é qualitativa, com inspiração na “natureza etnográfica e clínica das etnopesquisas” (MACEDO, 2000, p.144) por ter foco nas interrelações da realidade pesquisada, considerando seus componentes sociais, culturais e subjetivos. Finalmente, cremos que esses artefatos móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional em que os professores são o centro e efetivar novas práticas e oportunizar mais espaços de uma aprendizagem colaborativa e integrada. CI -61 POLÍTICA E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: UM CENÁRIO PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES Tatiane Simone Campos Magalhães (UFAL) Marcela Fernandes Peixoto (UFAL) Anamelea de Campos Pinto (UFAL) O artigo discute as possibilidades de formação docente desenvolvidas por meio da modalidade de Educação a Distância (EAD), estabelecendo articulação entre as políticas públicas e legislações consolidadas pelo Ministério da Educação (MEC). Nesse contexto, formulou-se a seguinte #Hipertexto2013 l 183 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias problemática: quais as propostas vinculadas ao MEC e destinadas à formação docente que existem relacionadas às práticas educativas a distância? Com base na abordagem qualitativa, o estudo envolveu uma pesquisa documental diante as bases de dados do site do MEC para investigar e analisar a presença de programas e ações destinados à formação de professores, ofertados pela Secretaria de Educação Básica (SEB), Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), durante o ano de 2012. As reflexões suscitadas demonstram que os programas e projetos apresentados estão voltados, principalmente, à inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) à prática docente. Mas também, visualizou-se que a necessidade pela criação desses se justifica diante uma educação compensatória (MEDEIROS; OLIVEIRA, 2010), (FREITAS, 2007). PRÁTICAS DE LETRAMENTO MULTIMODAL NAS AULAS DE HISTÓRIA NUMA TURMA DE 8ª SÉRIE DA EJA Lorene Dutra Moreira e Ferreira (UFOP) O Grupo de Pesquisa MULTDICS – Multiletramentos e usos de tecnologias digitais de informação e comunicação coordenado pelo Prof. Dr. Hércules Tolêdo Corrêa é formado por um grupo de alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado da Universidade Federal de Ouro Preto. Tem por objetivo trazer reflexões teórico-conceituais abrangendo os multiletramentos, bem como as possibilidades de promoção das diferentes modalidades de letramento(s) com o uso das TDICS na educação básica. Esta comunicação pretende apresentar resultados de uma pesquisa que utilizou a fotografia como recurso didático para enriquecer as relações de aprendizagem em uma turma de 8ª série da EJA numa escola da periferia de Ouro Preto /MG. A fotografia foi o marco de transição para outras tecnologias, que passaram a ser utilizadas de forma integrada. Optou-se pela pesquisa qualitativa, pois os sujeitos foram também seus participantes. A pesquisa norteou-se pela perspectiva freireana, tomando como possibilidade a baliza da autonomia dos sujeitos envolvidos na condução da aprendizagem. Apurou-se que os sujeitos participantes desenvolveram maior interesse pelo conteúdo estudado e maior facilidade na produção de textos. O estudo permitiu, ainda, a reflexão sobre a necessidade de formação de professores para a EJA e o entendimento de que a tecnologia pode propiciar melhorias metodológicas. PROCESSO SELETIVO DE TUTORES DA UAB DA UFAL: ASPECTOS PARA UMA SELEÇÃO CRITERIOSA E SIGNIFICATIVA Rosana Sarita de Araujo (UFAL) Roosseliny Pontes Silva (UFAL) O presente trabalho tem como foco de discussão o processo seletivo de tutores da UAB da UFAL, considerando os aspectos legais, bem como os aspectos técnicos pedagógicos que traduzem a seleção como criteriosa e significativa. São objetivos desta pesquisa: analisar os indicadores 184 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola legais propostos pela CAPES sobre seleção de tutores; discutir a relevância de algumas etapas para o processo seletivo de tutores; e analisar o impacto de dois processos seletivo de tutores realizados pela UFAL. Os pressupostos teóricos que conduzem o estudo apoiam-se em LITWIN (2001), MACHADO (2010), OLIVEIRA (2010), entre outros. Caracterizada como pesquisa qualitativa utiliza a metodologia de estudo de caso e de comparação para estudo de dois editais utilizados pela UFAL no processo seletivo de tutores. A análise dos dados aponta as limitações que a legislação delineia para a seleção de tutores, as diferenças nos índices de aprovação dos candidatos em relação as etapas utilizadas no processo de seleção, os impactos da prova de conhecimento versus entrevista, bem a crescente credibilidade do processo de seleção de tutores da UFAL. Blog um ambiente de autoria potencializando autonomia no processo formativo Osimara da Silva Barros (UNEB) Carlos de Jesus Filho (UNEB) Ivan Luiz de Santana (UNEB) Antonete Araújo Silva Xavier (UNEB) Valnice Paiva (UNEB) Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a utilização de blog na educação, abordando suas tensões e convergências, objetivando identificar alguns limites, possibilidades e potencialidades de sua utilização em cursos de graduação. Para tanto, utilizamos a abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de coletas de dados observação participativa, entrevistas não estruturadas e questionários, sendo que os sujeitos participantes da pesquisa foram professores e estudantes de um curso de licenciatura em Pedagogia. Em vista disso, analisou-se a forma como os participantes desta pesquisa viam a prática pedagógica permeada pelas tecnologias, principalmente no que se referia à utilização do blog na educação; a visão dos estudantes frente a perspectiva de tecnologia em sua formação e também as potencialidades e dificuldades encontradas por estes participantes ao explorarem e utilizarem o blog no contexto da educação. Elegemos como referencial, autores como: Levy, Freire, Alarcão, Silva, Kenski, Leite e Gomes. E, constatou-se que, em geral, a utilização do blog na educação potencializa construção de saberes, inserção dos estudantes no novo modelo da sociedade contemporânea, além de evidenciar diferenciadas possibilidades de comunicação e autoria, inovando assim na prática pedagógica e contribuindo para a melhoria da qualidade do processo ensino/aprendizagem em cursos de licenciatura em pedagogia. #Hipertexto2013 l 185 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias CI -62 PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO: LIMITES, POSSIBILIDADES E MUDANÇAS NA VISÃO DA GESTÃO ESCOLAR Viviane de Bona (UFPE) Bruno França de Souza (UFPE) Diógenes Maclyne Bezerra de Melo (UPE) Gilce Cleana Brandão Zarzar (UFPE) Renata da Costa Lima (UFPE) Neste trabalho sistematizamos relatos de experiências vivenciadas no âmbito do Programa Um Computador por Aluno - PROUCA em uma escola pública da região metropolitana da cidade do Recife. As contingências enfrentadas para a aplicação de uma política pública educacional pensada em larga escala, contribuem para o questionamento de como problemas sociais, dentre eles, a violência, impactam nas atividades escolares. Nosso objetivo foi discutir os limites e possibilidades do Programa, bem como as mudanças proporcionadas a partir dele na instituição, tendo como foco a visão da gestão. Com a intenção de conhecer as ações realizadas pela gestão escolar, utilizamos a entrevista semiestruturada como procedimento de coleta de dados e a análise de conteúdo para descrição e sistematização das mensagens. Os achados revelaram importantes elementos para compreensão de como um trabalho de gestão pautado no diálogo com a comunidade escolar pode reverter problemas de diversas ordens, garantindo o funcionamento de projetos que englobem o uso das novas tecnologias. PROJETO LETDIC - LEITURA E ESCRITA COM OS USOS DAS TDIC: CONTRIBUIÇÕES HUMANÍSTICAS NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS DA UFOP Daniela Rodrigues Dias (UFOP) Hércules Tolêdo Corrêa (UFOP) Este artigo relata a experiência de um projeto denominado LETDIC - Leitura e Escrita com os usos das tecnologias digitais de informação e comunicação, desenvolvido no âmbito da disciplina Prática de Leitura e Produção de Textos com alunos dos cursos superiores de Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Ouro Preto durante o primeiro semestre de 2013, no Campus de João Monlevade. O projeto teve como objetivo levar os alunos a ler e produzir textos em diferentes linguagens, a partir da linguagem verbal escrita, usando as tecnologias digitais de informação e comunicação. Os alunos foram motivados a produzir logomarcas, apresentações e vídeos utilizando as tecnologias digitais de informação 186 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola e comunicação e, a partir daí, desenvolveram artigos acadêmicos. Usamos como referenciais teóricos conceitos associados aos multiletramentos, tais como letramento acadêmico, letramento digital, letramento visual e letramento metamidiático, segundo pesquisadores como Cope & Kalantzis, Rojo, Lemke, Coscarelli, Araújo, Corrêa, Xavier, dentre outros. Em nossos resultados, identificamos formas de aprendizagem significativas e colaborativas, pois os alunos reconheceram a importância da disciplina na vida acadêmica e utilizaram a multiplicidade de linguagens e recursos multissemióticos, tornando-se assim efetivos leitores e produtores de textos nas culturas digitais, locais e globais. PROJETO UM COMPUTADOR POR ALUNO EM ARAUCÁRIA (UCAA): INVESTIGANDO A PRÁTICA DOS PROFESSORES Fabricia Cristina Gomes (UFPR) Ricardo Antunes de Sá (UFPR) Este artigo apresenta os resultados obtidos em uma investigação qualitativa sobre a prática dos professores do município de Araucária/PR após a implantação do Projeto UCAA (Um Computador por Aluno em Araucária), visando compreender como os docentes se apropriam e integram o uso do laptop educacional às aulas. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de questionário e realização de entrevista semi-estruturada. As questões examinadas foram orientadas sob a perspectiva de autores como Brito e Purificação (2006, 2011), Forquin (1993), Moran (2000, 2007), Valente (1995, 1998, 1999, 2001) entre outros. A partir da análise dos dados foi possível identificar cinco categorias fundamentais para a apropriação técnico-pedagógica dos docentes: experiência com o uso da tecnologia, formação continuada, suporte técnico, suporte pedagógico e questões infraestruturais. Os resultados indicaram que os professores reconhecem que o computador possibilita um novo jeito de aprender, no entanto, encontram-se ainda em fase de apropriação das potencialidades que o laptop em sala de aula pode proporcionar e suas práticas centram-se no uso das tecnologias para melhorar práticas existentes e para promover mudanças pontuais. A partir disso, pontua-se a necessidade de uma política institucional que incorpore teórica e metodologicamente o uso do laptop educacional à prática docente. PROMOVENDO A DIFUSÃO DA LEITURA NAS ESCOLAS A PARTIR DE AÇÕES DO PROJETO ATLAS Rodrigo Alves Costa (UFPE) Jucelio Soares dos Santos (UEPB) Khayles Nobrega Pereira Alves (UFPB) No ambiente escolar, é um desafio despertar o interesse dos alunos pela leitura, mesmo com as inúmeras formas atuais de interação midiática e virtual. Utilizar recursos tecnológicos para desenvolver a prática da leitura é uma tarefa que demanda planejamento e metodologia. São necessárias abordagens inovadoras para que o processo da leitura e, consequentemente, #Hipertexto2013 l 187 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias da escrita se dê de maneira lúdica e efetiva. O objetivo deste trabalho é investigar e utilizar ferramentas tecnológicas para estimular no alunado o interesse pela leitura. Nosso estudo de caso consiste na descrição das atividades realizadas em uma escola atendida durante a execução do projeto ATLAS (Ação das TecnoLogias na Aprendizagem Signiticativa), do Campus VII (Patos-PB) da Universidade Estadual da Paraíba. Nessa atividade, usamos um cineclube como ferramenta auxiliadora do processo multidisciplinar e significativo de ensino-aprendizagem, buscando despertar o interesse estudantil pela prática da leitura. Observamos que esse recurso de multimídia incentivou o contato com as obras literárias disponíveis na biblioteca da escola. Para cada obra trabalhada, além da exibição de filmes relacionados, foram realizadas também atividades complementares em sala de aula, que estimularam os estudantes a lerem, não por obrigação curricular, mas como atividade de lazer, propiciando sua familiarização com o universo dos livros. CI -63 REQUISITOS DE APRENDIZAGEM MÓVEL Gilce Cleana Brandão Zarzar (UFPE) Patricia Smith Cavalcante (UFPE) Diferentes teorias têm sido utilizadas para modelar os diversos processos envolvidos na aprendizagem móvel. Dentre elas, destacam-se a Teoria da Atividade (TA), na sua versão expandida, de Engestrom (1987), e a Teoria Ecológica, conforme desenhada por Pachler et al (2010). Enquanto a primeira apresenta a estrutura estática das atividades orientadas a objetivos e revela a importância da mediação tecnológica, a segunda acrescenta novos elementos que permitem que se tenha uma visão mais ampla da aprendizagem móvel: as estruturas e as práticas culturais. O objetivo deste trabalho foi levantar, com base na literatura, requisitos importantes para que a aprendizagem móvel seja efetiva, bem como identificar ferramentas existentes que, dentro de determinadas condições, atendem aos requisitos levantados. Tendo sido atingidos os objetivos almejados, foi possível também, como fruto deste trabalho, sugerir abordagens que podem ser utilizadas pelas instituições de ensino para que os diversos interessados no processo de ensino e aprendizagem possam efetivamente se apropriar das novas tecnologias com o intuito de ampliar as suas habilidades e o seu conhecimento. 188 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola TESSITURAS ENTRE MEDIAÇÃO E AUTORIA NA FORMAÇÃO A DISTÂNCIA: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM FÓRUNS DE DISCUSSÃO DO MOODLE NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO Mary Valda Souza Sales (UNEB) Mediação e a autoria são práticas constantes no processo de construção do conhecimento, principalmente em AVA durante a formação a distância. A interrelação entre os processos interativos de mediação e autoria desenvolvidas nos fóruns de discussão foi o foco dessa pesquisa realizada em um curso de especialização lato sensu na modalidade de EAD. Objetivo geral é compreender em que arquitetônica se consolida a interrelação entre processos de autoria e de mediação, nos fóruns de discussão enquanto práticas de currículo, que objetivam a construção do conhecimento na formação a distância. Pressupostos teóricos foram Bakthin, Ponty, Orlandi, Xavier, Ardoino, Barbero, Castells, Chartier, Faraco, Lenoir, Macedo dentre outros. Construímos metodologia com lastro fenomenológico e multirreferencial, orientada pela abordagem qualitativa para realizar análises e intepretações compreensivas dos discursos nos fóruns de discussão. Como resultados parciais percebemos que os sujeitos constroem conhecimento colaborativamente no imbricamento entre mediação e autoria que ocorre nas interações críticas e argumentativas, da interpretação e da colaboração desenvolvidas no decorrer das discussões durante a formação. UM MUNDO NA TUA FRENTE! EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE CIBERCULTURA Ana Carolina Pereira da Silva Rosa (UERJ) Maria Luiza Oswald (UERJ) Este trabalho está inserido no tema educação e cibercultura e constitui-se como parte de minha pesquisa de mestrado que teve como objetivo investigar o papel mediador das tecnologias digitais nos processos de ensino-aprendizagem. A pesquisa foi realizada em uma escola de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, que oferece formação técnica voltada para as áreas de tecnologias digitais e busca constituir-se enquanto espaço de inovações pedagógicas O estudo desenvolveu-se como pesquisa-intervenção, implicando-se com a construção de processos de ensino-aprendizagem que considerem as transformações da cultura contemporânea. Foi fundamentado teórico-metodologicamente nos conceitos de dialogismo e alteridade de Bakhtin e em autores que buscam estudar a relação entre educação, juventude e cibercultura (Canclini, Lévy, Lemos, Santaella e outros). A metodologia envolveu observações, análise de documentos da escola e entrevistas com estudantes e professores. O recorte trazido para esse trabalho aborda alguns resultados, como: possibilidades e dificuldades nos processos de ensino-aprendizagem mediados pelas tecnologias digitais e como a presença de marcas da cibercultura (como a interatividade, a conectividade e a colaboração) traz tensões a um espaço onde tradicionalmente triunfa a lógica linear pautada no impresso. #Hipertexto2013 l 189 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias MÍDIAS DIGITAIS COMO POTENCIALIZADORAS DE MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS Ismênia Mangueira Soares (UFPB) Edna Gusmão de Góes Brennand (UFPB) Sttiwe Washington F. de Sousa (UFPB) Ed Porto Bezerra (UFPB) Esta pesquisa insere-se no tema ambientes virtuais, aplicativos e plataformas de EaD e tem como objetivo a construção de um modelo conceitual para produção de conteúdos digitais ancorados na Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner - TIM. Trata-se de uma pesquisa exploratória e para tal, concebemos um modelo conceitual para a criação de conteúdos educativos interativos com base na TIM e utilizamos este modelo para nortear a implementação do protótipo de uma ferramenta para criação de conteúdos audiovisuais interativos para a Televisão Digital Interativa – TVDI. O uso desta ferramenta na construção de uma videoaula interativa ajudou a validar este modelo. A associação de recursos como a TVDI e conteúdos educativos interativos na educação propicia o surgimento de uma plataforma midiática capaz de alavancar a construção de uma educação pautada em estratégias que lancem mão de técnicas e práticas que possam favorecer a aquisição do conhecimento. CI -64 VÍDEO EDUCATIVO-INTERATIVO: UMA INTERVENÇÃO À LUZ DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM Marion Rodrigues Dariz (UFPel) Este trabalho é um recorte de minha dissertação de Mestrado, a qual se constitui em uma pesquisa do tipo intervenção pedagógica (DAMIANI, 2012), cujo objetivo foi planejar um vídeo educativointerativo, implementá-lo e avaliar os impactos de sua utilização para a aprendizagem de um conteúdo de Língua Portuguesa (ambiguidade lexical), em uma turma de 8ª série do Ensino Fundamental de uma escola pública de Pelotas. O vídeo – aplicação multimídia – foi elaborado à luz da Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky. Para produções gráficas, animação, tratamento de imagens, captura e digitalização sonora desse objeto foram utilizados programas como o Sony Sound Forge, a Adobe Master Collection CS5®. A avaliação da intervenção foi por meio de um procedimento qualitativo (BAUER & GASKELL, 2002). Os dados para a avaliação foram coletados por meio dos instrumentos: observação, análise de documentos e entrevistas semiestruturadas e analisados por meio dos procedimentos da Análise Textual Discursiva (MORAES, 2003): um misto de análise de conteúdo e análise de discurso. Os achados da intervenção pedagógica 190 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola sugerem que a ferramenta foi um instrumento mediador capaz de propiciar a internalização do conteúdo, contribuindo para a tomada de consciência do conceito trabalhado, favorecendo o processo de aprendizagem e gerando o desenvolvimento mental. VISÕES DE ALUNOS/PROFESSORES SOBRE AS TICS NA EAD: O CASO DA UAB EM SERGIPE Carlos Alberto de Vasconcelos (UFS) A educação a distância vem se destacando nas últimas décadas como uma educação para todos, visto que as vantagens dessa modalidade de ensino são comprovadas pelo aumento no número de matrículas a cada ano, alcançando diversos lugares do território mundial. Pretende-se neste texto investigar os entendimentos dos alunos/professores sobre as tecnologias da educação e da comunicação no ensino a distância na UAB Sergipe, em polos selecionados, como também identificar em sua prática pedagógica as contribuições que as TIC’s têm propiciado para o ensino/ aprendizagem. A metodologia teve enfoque no estudo de caso, com a aplicação de questionários para alunos, que na maioria são professores; na observação e conversação com atores envolvidos na EaD, apoiando-se em bibliografias conexas à temática abordada. À princípio, percebese que esta modalidade de ensino se depara como um contraponto ao ensino convencional, redimensionando comportamentos, formatos e conteúdos. Novas competências são exigidas, como conhecimentos de informática, interação com o aluno na plataforma e fornecimento de feedback´s, disponibilidade de tempo, conhecimento de ferramentas e “curiosidade pelo novo”, além de não temer as novas tecnologias, principalmente na educação. CONTRIBUIÇÕES INTERDISCIPLINARES NA FORMAÇÃO DOCENTE COM O USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS Tatiana Palma Guerche (UFSM) Matheus Camargo Moreno (UFSM) Angelica Neuscharank (UFSM) Andreia Machado Oliveira (UFSM) O presente artigo aborda o projeto de extensão “Arte e TIC: contribuições interdisciplinares na formação docente”/UFSM (160h - Edital Proext 2013) constituindo-se de ações de formação continuada e qualificação no ensino com o uso das TIC, particularmente com dispositivos móveis, para professores da rede pública de ensino. Entendemos que o campo da Arte e Tecnologia pode contribuir de maneira privilegiada para o ensino das TIC, uma vez que trabalha com especificidades da linguagem hipermídia e hipertextual, desenvolvendo experiências significativas na área de Arte Locativa. O foco do projeto é qualificar professores para que possam interagir de maneira reflexiva através do uso deTablets em sala de aula. Nesta abordagem sobre Arte e TIC, buscamos referencias teóricos que dão suporte ao uso das tecnologias e seus modos de produção em escolas, possibilitando uma dupla construção nos agenciamentos entre tecnologia e sociedade. #Hipertexto2013 l 191 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Dentro da metodologia do trabalho, elaboramos e aplicamos nove workshops sobre o uso de tablets em sala de aula. Como resultado, estamos acompanhando os projetos, oriundos desses workshops, que estão sendo desenvolvidos em diversas escolas do RS. O TUTOR E A PROMOÇÃO DO LETRAMENTO DIGITAL: UMA EXPERIÊNCIA EM EAD Maria Darcilene de Aragão (UFJF) Lúcia Helena Schuchter (UFJF) Adriana Rocha Bruno (UFJF) O presente trabalho tem como objetivo socializar uma experiência de tutoria e discorrer sobre o processo de aquisição do letramento digital pelos alunos do Curso de Pedagogia a distância (Universidade Aberta do Brasil), da Universidade Federal de Juiz de Fora. As aulas online foram realizadas por meio de um AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem): a plataforma Moodle, que oferece várias possibilidades e recursos para a utilização do ambiente da web e suas interfaces. Para a efetivação deste relato de experiência, foram realizadas: (a) uma pesquisa teórica sobre o uso das tecnologias na educação, letramento digital e aprendizagem do adulto e (b) uma pesquisa empírica, através da observação do desempenho dos alunos na realização das atividades que lhes foram propostas, ao longo do curso. O resultado foi o levantamento e a elaboração de estratégias didáticas, buscando um aprendizado mais eficiente para o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação na realização de um curso a distância, ressaltando a importância da mediação - via tutor - nesse processo. CI -65 DO FORMATO .DOC À LINGUAGEM HTML: O PROCESSO DE REVISÃO DE AULAS PARA PUBLICAÇÃO EM AVAS NO CONTEXTO EAD Camila Oliveira Lopes (UECE) Nukácia Meyre Silva Araújo (UECE) O ensino a distância tem se tornado um dos principais meios para a aprendizagem, assim, os professores de ensino superior se veem diante de um novo desafio: a elaboração de material didático para a aprendizagem à distância. Para um entendimento sobre tal produção, uma análise da revisão textual desse material didático pode esclarecer muitos aspectos de sua confecção. Neste trabalho, tratamos de uma pesquisa em andamento cujo objetivo geral é analisar o processo de revisão de aulas produzidas para publicação em AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem) para o contexto EaD. O trabalho é orientado pela concepção sociocognitiva- 192 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola interacionista da escrita (BAKHTIN, 2006). Para a pesquisa, serão coletadas as versões escritas e reescritas de aulas a serem postadas em um AVA a fim de saber como ocorre esse processo de revisão e de transição didática das aulas produzidas pelo professor-conteudista. Embora ainda estejamos em fase de coleta de corpus, análises preliminares indicam que as estratégias mais utilizadas pelos professores são o acréscimo de articuladores discursivo-argumentativos e metadiscursivos (KOCH, 2009; CARVALHO, 2005). ENSINO MÉDIO COM INTERMEDIAÇÃO TECNOLÓGICA (EMITEC): EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO EM ITAGUAÇU DA BAHIA NO TERRITÓRIO DE IRECÊ Maria da Conceição Araújo Correia (UNEB) Avelar Luiz Bastos Mutim (UNEB) Este artigo apresenta uma reflexão sobre o Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec ) tendo como referência a análise da implantação deste projeto no município de Itaguaçu da Bahia no território de Identidade de Irecê. Para contextualizar o campo da pesquisa fizemos uma breve descrição das diretrizes e da operacionalização do EMITec na Bahia e a caracterização socioeconômica do município de Itaguaçu da Bahia. Para complementar a análise será feito levantamento e análise das percepções de estudantes, professores e gestores sobre a implantação do EMITec, questionando sobre a viabilidade técnica, social e política do EMITec no município de Itaguaçu da Bahia. A intenção é contribuir para a reflexão sobre a relação educação, tecnologia e desenvolvimento no município de Itaguaçu da Bahia problematizando sobre a operacionalização do programa nos municípios e no âmbito da Secretaria da Educação no Estado da Bahia. O caminho metodológico desta investigação é a pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa tendo como método a pesquisa participante, os instrumentos de coleta de dados a observação participante, a entrevista, a análise documental, a conversa com os envolvidos, o registro no diário de campo. Para tanto, fundamentaremos em Lima Junior (2005), Lévy (1999 ) Hetkowiski (2004), Aragão (2004) entre outros. ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS DE ENSINO DE CIÊNCIAS: PRÁTICAS E PERSPECTIVAS POSSIVEIS COM O USO DAS TECNOLOGIAS Francisco Marcos Pereira Soares (FAIBRA/IFPI) O ensino de Ciências é uma preocupação em todo o mundo, tendo em vista uma sociedade globalizada que exige dos alunos conhecimentos basais vinculados à realidade que os cerca. Para isso, é necessário que as escolas apresentem novas metodologias dando ênfase a estratégias e técnicas que promovam a aprendizagem significativa. As tecnologias são ferramentas fundamentais para esta inovação metodológica, pois permitem uma formação cultural voltada para o tratamento contextualizado de problemas científicos buscando-se a compreensão básica das ciências e de seus impactos na vida dos discentes. Com esta visão, o objetivo deste estudo #Hipertexto2013 l 193 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias é analisar as metodologias de ensino de cinco escolas de Ensino Fundamental de Buriti dos Montes – Piauí por meio de observações destas instituições e questionários aplicados aos seus corpos docentes e discentes. Além disso, realizou-se a pesquisa bibliográfica analisando os novos paradigmas educacionais sobre o ensino de Ciências que aponta para a necessidade de novos métodos e estratégias com o uso de tecnologias como promotoras de saberes significativos ao ser humano. Neste contexto, foram apresentados também os enfoques didáticos que este ensino deve contemplar, elencando perspectivas inovadoras que reflitam a realidade dos educandos. A pesquisa teve cunho quantitativo e qualitativo nas discussões dos dados. Através deste estudo, percebeu-se que a ação de muitos docentes ainda pauta-se em metodologias que fogem a nova cultura tecnológica. No entanto, percebe-se que alguns deles já buscam mudanças para que suas práticas pedagógicas tornem-se mais ricas e contemplem a verdadeira aprendizagem científica que os educandos tanto precisam no mundo atual. ESCRITA CRIATIVA NA ERA TECNOLÓGICA ENQUANTO PRÁTICA DE LETRAMENTO Patricia Correa Junqueira (UEG) Alexandre Bonafim Felizardo (UEG) O presente estudo tem o intuito de auxiliar na discussão acerca das responsabilidades da escola nas funções que se desenrolam, sobretudo, do letramento enquanto precursor das habilidades de leitura, escrita e interpretação. Aqui propomos o uso dos aparatos tecnológicos como aliados em sala de aula e, principalmente, da escrita criativa ( uma linguagem mais dinâmica, com imagens, re-contos etc.) como um dos caminhos a serem percorridos para isso. Este projeto ainda está em fase inicial, partindo de leituras bibliográficas e também da seleção de uma escola pública na cidade de Anápolis/GO como objeto para uma pesquisa qualitativa. Dentre os objetivos, citamos: fazer um levantamento da qualidade de leitura e escrita dos alunos, promover um estudo enfocando a visão do aluno quanto à leituras que acredita ser necessárias à suas vida cotidiana e compreender as metodologias adotadas pelos professores no que se refere ao ensino da leitura e da escrita. Para tal, serão feitas observações das aulas ministradas, questionários com professores e alunos e por fim, esboçaremos um projeto que envolva a escrita criativa na escola. Dentre os teóricos que amparam esse projeto estão: João de Mancelos, Marcos Masetto, José Manuel Moran, Magda Soares, Lúcia Santaella, Francis Bon e outros. 194 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CI -66 LIVROS DIGITAIS: MAIS UM JEITO DE LER OU UMA NOVA POSSIBILIDADE PARA APRENDER? Caroline Serqueira (Marista) Juliane Franceschi (Marista) Cleusa Diniz (Marista) Janete Aparecida G Ranciaro (Marista) Este trabalho objetiva apresentar práticas de uso dos livros digitais, em suas diferentes formas e possibilidades, envolvendo a produção por professores e alunos para ampliar as possibilidades de leitura e aprendizagem. Serão apresentadas as primeiras experiências de utilização dos livros digitais em três Colégios Maristas. Curitiba: Desenvolvimento de livros digitais para Educação Infantil e Fundamental 1, São Paulo: Desenvolvimento de quatro livros digitais para um material de História do Brasil para o Fundamental II e a Chapecó: Criação de um espaço interativo anexo a Biblioteca, para expandir as experiências de leitura agregando livros impressos e digitais. São utilizados os seguintes autores e suas obras como referencial teórico: CRISTENSEN, Clayton M. et al. Inovação na sala de aula. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2012; DEMO, PEDRO. Educação Hoje: Novas Tecnologias, pressões e oportunidades. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. Como resultado pretende-se ampliar os espaços de aprendizagem, apropriando-se de novas experiências de leitura por meio de diferentes tecnologias digitais, que possibilitam a produção de significados mais significativos. LETRAMENTO DIGITAL: LINGUAGENS COMO PROCESSO DE POLIFONIA NO CIBERESPAÇO Terezinha Fernandes Martins de Souza (UFMT/UFSC) Eli Lopes da Silva (Senac/UFSC) Dulce Marcia Cruz (UFSC) O estudo tematiza os processos virtuais e convergentes das linguagens na cultura digital (transversais, interativas e cooperativas), que operam forças que se atualizam e sintetizam-se em mudanças nos sistemas de representação (escrita, pintura, desenho, fotografia, arte, sistemas de telecomunicação). Nesse contexto, o objetivo é problematizar o conceito de letramento digital como um processo análogo a noção de polifonia (redes sociais, escritas eletrônicas e digitais, entorno tecnológico e midiático, imaginário e inteligência coletiva), presentes no ciberespaço, na vida cotidiana dos sujeitos e as possíveis implicações de sua emergência à educação como agencia formadora. Com base em revisão bibliográfica o estudo tem como pressupostos teóricos #Hipertexto2013 l 195 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias a noção de linguagens e polifonia em Bakthin (2011), cultura digital em Buckingham (2010), ciberespaço em Levy (1999), cultura da convergência em Jenkins (2009) virtual em Deleuze (1996) e letramento digital em Soares (2004); Buzato (2007); Ribeiro (2009) e Xavier (s.d). Esperase contribuir para a reflexão sobre o conceito de letramento digital, sua presença no ciberespaço e nas práticas sociais como um emaranhado de linguagens que se influenciam polifonicamente (dispositivos, formatos, suportes e gêneros) e seu alcance nos processos educativos dos sujeitos para a participação cidadã na cultura digital. O PROFESSOR E A CONSCIÊNCIA DO TEXTO/GÊNERO Angela Paiva Dionisio (UFPE) Para o professor de língua materna a consciência de que conhecimentos sobre os recursos semióticos constituintes de um texto, favorecidos pelas potencialidades de suportes textuais que os veiculam, devem ser inseridos nos itens de textualidade, uma vez o texto não é mais escrito de forma estática, constitui um fato inquestionável para a sua prática pedagógica. Baseando-nos em Bazerman (2005), Marcuschi (2008), Dionisio (2011, 2013) e Rojo (2012, 2013), discutiremos a noção de gênero/texto que subsidia o projeto PIBID Letras UFPE, salientando fatores como a veiculação de um gênero só se dá através de um suporte, o uso de tecnologias modernas no contexto educacional, que favorece a produção de gêneros, oferece um leque maior de possibilidades tecnológicas para a construção de materiais didáticos etc. A análise dos materiais didáticos produzidos para as Séries Verbetes Enciclopédicos e Sugestões Didáticas nos permitiu refletir sobre o conceito de texto/gênero, correlacionando-o às práticas de escrita/ leitura centradas numa construção textual multissemiótica, destacando assim interatividade, diversidade genérica e de mídias, bem como apontar para mudanças na formação do futuro professor do ensino básico no que se refere ao emprego de multiletramentos (além do impresso) em suas aulas mediadas por tablets doados através do Projeto Aluno Conectado. IMERGIR PARA MOBILIZAR: COMO REDES SOCIAIS, JOGOS SOCIAIS E TV DIGITAL SUPORTAM A EDUCAÇÃO SOBRE CONSUMO? Hélio Craveiro Pessoa Júnior (UnB) Como a propaganda gesta o tempo e os corpos dos indivíduos nas sociedades capitalistas? Como redes sociais, jogos sociais e TV digital suportam a educação sobre consumo? Como pensar narrativas hipermidiaticas que explorem a obesidade infantil, as propagandas? Como visualizar políticas educacionais que integrem família e escola no exercício do controle social e parental da propaganda obesogênica? As narrativas que envolvem os jogadores de Ecocity, por exemplo, podem servir de base para pensarmos em princípios narratológicos aplicados à educação sobre TV e consumo, orientando cooperação na gestão de cidades (virtuais) em que, por exemplo, num momento inicial as economias destas cidades requereriam mais energia e gerariam mais doenças e insatisfação ao focarem suas atividades numa logística de produção e distribuição de alimentos obesogênicos e num segundo momento requereriam menos energia e gerariam 196 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola menos doenças e insatisfação por focarem na produção e distribuição de alimentos sustentáveis. Por um lado vemos gestos constrangedores propostos pelas propagandas obesogênicas que engendram os corpos de todos os membros das famílias para funcionarem como máquinas de produção; por outro vemos falas sendo registradas pelos jogos e redes sociais e veiculadas na TV digital. CI -67 INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: O PAPEL DO FÓRUM NA SIMETRIA DO DISCURSO E NA PROMOÇÃO DA APRENDIZAGEM Antonio Carlos Santos de Lima (IFAL) Na sala de aula, a construção do conhecimento abrange sujeitos singulares, porém sociais, ocupantes de diferentes papeis, compartilhando experiências entre si. Mas é a figura do professor que, em geral, se sobressai sobre a dos demais sujeitos. Por essa razão, e também em razão da escolha teórico-metodológica, a interação na sala tende a ser mais assimétrica; os interlocutores, devido à diferença de papéis, não têm a mesma oportunidade de fala. Entretanto, na Educação a Distância, pela própria natureza dessa modalidade de ensino, tende-se a oferecer oportunidades de interação simétrica, e o fórum, por sua vez, assume importante papel nesse tipo de interação, o que pode contribuir para a promoção da aprendizagem. O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância do fórum como instrumento para a promoção da aprendizagem a partir de uma relação simétrica, pois nessa vivência, o aprendiz exerce sua autonomia a partir dos conteúdos que lhe são apresentados. Portanto, numa perspectiva de interação simétrica e de construção colaborativa de conhecimento, favorece-se o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas com a escrita para expressar o próprio pensamento, interpretação de textos, hipertextos e leitura de ideias registradas pelo outro participante (ALMEIDA, 2003). AS POTENCIALIDADES DA WEBQUEST NA LEITURA, PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA Shirleide Bezerra (UFPE) Solange Carvalho (Fundaj) José Carlos Leandro (UFPE) Com a presença das estratégias de educação on-line, ampliam-se nas variadas redes de ensino as experiências síncronas de aprendizagens. Nesse sentido, nosso estudo apresentou as #Hipertexto2013 l 197 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias potencialidades da WebQuest na disciplina Língua Portuguesa, com foco na Leitura, Produção e Interpretação Textual Teremos por objetivo principal mostrar como a aprendizagem mediada pelas ferramentas digitais, sobretudo on-line, cria espaços de construção coletiva de saberes e conhecimentos a partir da interatividade nas pesquisas realizadas pelos discentes. Assim, aprofundaremos os componentes da WebQuest de forma metodológica e socioconstrutivista. Para isso, a pesquisa realizada buscou propor aos grupos de estudo criarem WebQuest tendo como foco os conteúdos necessários das respectivas disciplinas. Além do da interatividade como componente estruturante da ferramenta, defendemos que as estratégias na condução dos objetivos e os resultados desejados em cada etapa das atividades propostas mostraram para todos que, na organização sistemática das informações, foi possível perceber como os conhecimentos e os saberes são produzidos. Dessa forma, acreditamos que os resultados na criação das páginas de WebQuest possibilitarão aos docentes a percepção de como os alunos compreendem o potencial hipertextual da linguagem hipermidiática presentes num só suporte em busca de soluções para evidenciar a sua autonomia no processo pedagógico. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM O USO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA Carloney Alves de Oliveira (UFAL) Este artigo apresenta uma pesquisa sobre a utilização dos Recursos Educacionais Abertos (REA), tais como: Moodle, portal do professor, Software Cmap Tools e laboratório virtual de Matemática nas aulas da disciplina Saberes e Metodologias do Ensino de Matemática 1 no Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) no Centro de Educação, como prática pedagógica de ensino e aprendizagem na formação do pedagogo. O objetivo da pesquisa foi investigar como os REA foram utilizados pelos alunos e professor no auxílio ao processo de ensino e de aprendizagem, buscando compreender o domínio das interfaces, a dinâmica de utilização na elaboração e construção do conhecimento, tanto individual como em grupo. Baseado nos estudos de Almeida (2003), Bairral (2003), Borba (1999), Kenski (2007) e Valente (2004) sobre o uso das tecnologias e o ensino de Matemática buscou-se a fundamentação teórica. A pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso numa abordagem qualitativa, coletando os dados através das entrevistas semiestruturadas, questionários para os alunos matriculados na disciplina. Foi constatado que os REA e as temáticas propostas através desses ambientes nunca foram utilizadas pelo grupo nas aulas do Curso de Pedagogia e quando bem utilizadas as aulas se tornam mais prazerosas e investigativas. 198 l #Hipertexto2013 O SKYPE COMO CRIAÇÃO DE NOVOS AMBIENTES DE ENSINO E APRENDIZAGEM Isis Cássia Silva dos Santos (UNEB) Cledson Oliveira dos Santos (UNEB) O presente trabalho trata da inserção do Skype como uma ferramenta de ensino-aprendizagem que aproveita a comunicação de voz e vídeo entre os usuários do software. Escolhemos o Skype, pois ele oferece uma gama de opções potencializando o envolvimento multissensorial, afetivo e intelectual do alunado inserido. Tomamos como base teórica as ideias de Piaget e Vygotski, pois, de modo profundo e racional vimos que ambas assumidas em suas riquezas e complexidades conduzem crianças críticas, capazes de interpretar o mundo, questionando-o. O projeto aconteceu em uma abordagem de aprendizagem colaborativa entre Geografia e Língua Inglesa com alunos do 8º ano Fundamental II de duas escolas (rede privada e pública) em municípios diferentes (Jacobina-BA e Ourolândia-BA). Em Língua Inglesa pontou-se maior compreensão da influência nas habilidades de ler, falar, ouvir, escrever, pois potencializa a interação por meio de discussões numa perspectiva prazerosa de aprender. Em Geografia discutimos aspectos relacionados às categorias da analise Geográfica, simulando visitas a países para conhecermos melhor o espaço de vivência do outro, além disso, buscou-se compreender as transformações dos espaços como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. Como resultados, percebemos o fortalecimento do sentimento de solidariedade e respeito mútuo desencadeando novos conflitos cognitivos. #Hipertexto2013 l 199 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Pôsteres DIGITAIS PO -01 A SALA DE INFORMÁTICA COMO AÇÃO E ESTRATÉGIA DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA ESCOLA RIO CAETÉ - BRAGANÇA-PARÁ Sonia Maria Bessa da Silva (UFRA) Valdson Mario de Morais Castro (UFRA) Janaina Costa (UFRA - orientadora) A escola necessita de novos paradigmas e repensar a educação nos dias de hoje passa necessariamente pela compreensão do tipo de sociedade que vivemos e o nível tecnológico em que estamos inseridos, para então, estabelecermos o perfil do cidadão que se quer formar. Os objetivos desta pesquisa são: analisar como professores e alunos desse estabelecimento de ensino apropriam-se dos recursos tecnológicos disponíveis na Sala de Informática, verificar se a prática docente está de acordo com a proposta do Projeto Político Pedagógico (PPP) em relação à informática e se houve alteração do rendimento dos alunos que realizaram atividades na sala de informática. A metodologia utilizada foi: aplicação de questionário junto aos professores e alunos, levantamento de dados na secretaria da escola e junto à coordenação pedagógica e análise do PPP. O estudo aponta a hipótese que os professores da Escola Rio Caeté pouco utilizam os computadores da Sala de Informática com seus alunos por falta de capacitação e por certa resistência à utilização das novas tecnologias. APRENDENDO COM TEXTO, SOM E IMAGEM: REDES SOCIAIS, PRODUTOS CULTURAIS E LETRAMENTO DIGITAL NA SALA DE AULA Welton de Sousa Batista (Colégio Técnico de Floriano) José Ribamar Lopes Batista Júnior (Colégio Técnico de Floriano/ UFPI - orientador) As novas formas de socialização, dentre elas a internet e as redes sociais (letramento digital), correspondem a novas práticas de leitura, escrita e comunicação da sociedade atual. Nossa investigação busca avaliar a utilização da internet e suas ferramentas (redes sociais) em articulação com produtos culturais - filmes, livros, CDs e DVDs como recurso para o desenvolvimento de habilidades linguísticas e letramento no ensino médio profissionalizante do Colégio Técnico de Floriano/UFPI. Nesse contexto, apresentamos o resultado do estudo piloto, em que objetivamos verificar a familiarização dos alunos do curso técnico de Agropecuária e de Informática com a internet e suas ferramentas. Os resultados apontam para o constante e progressivo uso da internet 200 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola entre os jovens, numa média de 2 horas/dia, com destaque para o acesso via smarthphones e a preferência da leitura por meio eletrônico de 73,3%. O estudo piloto aponta para a diversidade de usos digitais, bem como para uma abertura dos jovens para práticas pedagógicas quanto combinadas às ferramentas digitais. Conclui-se pela presente investigação que houve uma mudança nos hábitos de leitura e escrita que justificam a inserção dessas novas práticas nos contextos pedagógicos e, principalmente, nas aulas de leitura e escrita para promoção dos letramentos digitais. AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DAS TIC COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR NO ENSINO DA HISTOLOGIA NAS FACULDADES DE ODONTOLOGIA DA REGIÃO SUL DO BRASIL Esther Carneiro Ribeiro (UFCG) Marco Antônio Dias da Silva (UFCG - orientador) A incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) pode auxiliar no processo de ensino, por permitir, aos alunos e professores, maior interatividade e favorecer o autoaprendizado. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a presença e utilização das TIC como ferramenta complementar no ensino da Histologia nos cursos de Odontologia da região Sul do Brasil. Foram realizadas avaliações nos sites e enviados questionários online para os responsáveis pelas disciplinas de Histologia dos cursos de Odontologia. Observou-se que a maioria (82,06%) das universidades não apresentaram sites de Histologia e que o estado Rio Grande do Sul apresentou os sites com a maior diversidade de TIC. Além disso, verificou-se que a grande maioria das universidades (86,84%) possui ambiente online, sendo que 97% desses ambientes eram de acesso restrito. Dos questionários enviados, apenas 7,69% foram respondidos por professores que, apesar de não possuírem sites da disciplina, consideravam as TIC como importantes ferramentas didáticas de apoio. Portanto, conclui-se que a região Sul apresenta potencial para a inclusão de TIC no ensino da Histologia, mas a utilização destas ainda encontra-se aquém do ideal. APRENDENDO COM A TEVÊ: A DIMENSÃO PEDAGÓGICA DA TELENOVELA Aguimario Pimentel Silva (UFAL) O trabalho tem por objetivo avaliar de qual forma a telenovela, entendida como uma tecnologia moderna de narração de histórias, pode ser útil no processo de ensino-aprendizagem, dada a sua caracterização enquanto narrativa literária audiovisual. O produto teleficcional tem sido duramente criticado e relegado ao plano da cultura de massa como obra menor ou sem compromissos nítidos com a realidade. Aqui, tomam-se como exemplos, em comparação com as produções atuais, as telenovelas João da Silva e Meu Pedacinho de Chão, exibidas nas décadas de 1960-1970, cuja proposta era a veiculação de conteúdos educativos no formato eletrônico. Com #Hipertexto2013 l 201 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias base em autores como Esther Hamburger, Artur da Távola, Maria Luíza Belloni e Maria Lourdes Motter, entre outros, discutem-se questões relativas à caracterização do produto telenovela e sua correlação com o tema da educação. Como conclusão, aponta-se para o fato de a telenovela representar um elemento da indústria cultural que exerce enorme influência na sociedade, e que a grande aceitação por parte do público pode constituir um fator propício à sua utilização como ferramenta educativa. Destaca-se o caráter de verossimilhança que é inerente à forma teledramatúrgica, o que a põe numa fronteira, às vezes confusa, entre ficção e realidade. FACEBOOK E SUAS DICOTOMIAS: DESAFIOS, REALIDADES E POSSIBILIDADES Elza Maria da Silva (UNICAP) Luciana Barbosa da Silva (UNICAP) Robson Teles (UNICAP - orientador) Objetiva-se com esse trabalho discutir a utilização do Facebook como ferramenta didática em sala de aula a partir da experiência vivenciada em 2012/2013 através do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) da Unicap. A pesquisa revela a necessidade de apropriar-se da tecnologia e das redes sócias, nesse caso o Facebook, como mecanismos que possibilitam a aquisição do conhecimento, integrando-os a uma proposta de ensino articulável e flexível, capaz de estabelecer diretrizes para o trabalho do professor e contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que permeiam no âmbito da interpretação, argumentação e produção textual. Utilizou-se de recursos experimentais em uma instituição da rede pública estadual de ensino cujos alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio receberam o tablets doado pelo governo. A chegada da tecnologia contemplou o acesso às redes sociais em sala de aula, isso gerou dicotomias acerca da sua funcionalidade como recurso didático. Com tanto acesso à informação, como priorizar o conteúdo? A partir da interatividade, notou-se um rendimento satisfatório dos alunos, podendo concluir que as redes sócias em sala de aula, especificamente aqui o Facebook, despertam o interesse do aluno e contribuem para melhorar o desempenho cognitivo, tornando-os críticos e participativos. LOUSA DIGITAL: INTERATIVIDADE NO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA Jeanynni Fortunato Severo (UFRPE) Aliete Gomes Carneiro Rosa (UFRPE - orientadora) Este trabalho analisa a inclusão da lousa digital em uma sala de aula da rede pública de ensino da cidade de Garanhuns-PE. A pesquisa, em andamento, observa como ocorre a inserção dessa tecnologia bem como esta influencia o processo de ensino da língua materna e a formação dos alunos. Para isso, vimos observando o contexto de uma turma do 3º Ano do Ensino Fundamental, a docente e suas concepções de ensino de língua, apoiadas pelas novas tecnologias e práticas de letramento digital na educação básica. Caracterizada como pesquisa ação, o estudo usa 202 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola instrumentos como observação, entrevistas e registros fotográficos além da aplicação de atividades interativas, análise de dados, intervenções e elaboração de novas atividades. Foi possível observar, até aqui, que as tecnologias vêm contribuindo para o letramento mais amplo dos educandos, além de proporcionar o letramento digital do grupo observado. Usamos como aporte teórico as ideias de Sorj e Guedes (2005), Demo (2005) sobre inclusão e exclusão digital, além das ideias de Magdalena (2003), Araújo e Glotz (2009) para tratar das práticas de letramento digital e os pressupostos de Nakashima (2008) ao retratar a interatividade da lousa digital e as várias concepções de aprendizagem. O USO DAS TIC’S COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINO/ APRENDIZAGEM NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE SÃO JOSE DA LAJE/AL Fernando Batista Chicuta da Rocha (IFAL) Etevaldo João Macena de Lima (IFAL) Herbert Nunes de Almeida Santos (IFAL - orientador) Estamos vivenciando um momento em que as TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação), tornaram-se uma importante aliada no processo de ensino/aprendizagem. Diante disso, a pesquisa analisa como o uso dessas ferramentas pode contribuir para uma melhor dinâmica do ensino e da aprendizagem de língua portuguesa em uma turma do 9º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Benício Barbosa, no município de São José da Laje/AL. Assim, analisaremos os métodos tradicionais de ensino aliados ao uso dessas ferramentas como, por exemplo, o uso do celular. Esta metodologia parte, fundamentalmente, dessa intensa conexão entre alunos e tecnologias. Diariamente conectados a estas TICs, observamos nessas ferramentas um importante meio de diálogo entre alunos e professores resultando, contudo, em uma efetiva colaboração no processo educativo. A metodologia utilizada dialoga com teóricos como Pierry Levy (2010), Antônio Carlos Xavier (2010), assim como os PCN’S, sobretudo, quando discutem essa relação tecnologias, ensino/aprendizagem. O uso dos celulares na sala de aula propõe uma maior interatividade com essas tecnologias emergentes produzindo, contudo, uma melhor emissão e recepção dos conteúdos, principalmente por proporcionar uma nova relação de aprendizagem. PROJETO “CRIANDO UM SITE COM WIX” Felipe de Luna Berto (UFRPE) Emerson Morais Raimundo (UFRPE) Aliete Gomes Carneiro Rosa (UFRPE - orientadora) Este trabalho tem como objetivo relatar experiência de aplicação de projeto realizado com estudantes de escola da rede pública de ensino do município de Garanhuns-PE. A Sociedade da Informação tem desafiado também a escola às práticas digitais para apropriação de #Hipertexto2013 l 203 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias conhecimento (WERTHEIN, 2000), assim como para o desenvolvimento do letramento digital dos alunos, tornando os suportes digitais um aliado para as práticas de leitura e escrita (XAVIER, 2005). O trabalho fez uso de ferramentas digitais, proporcionando aos alunos a experiência de aprendizagem por meio da plataforma WIX para criação de sites. 12 estudantes do Ensino Médio, divididos em grupos, manusearam a plataforma e desenvolveram sites para consolidação e comunicação do resultado de suas pesquisas sobre quatro áreas temáticas relativas ao currículo do ensino médio. O projeto trouxe ainda como proposta a vivência multimidiática no planejamento, coleta, processamento e transmissão das informações estudadas pelas equipes. Os resultados apontam para o reconhecimento dos próprios estudantes sobre a importância da produção de conteúdo para a internet em que os mesmos se reconhecem como protagonistas e coautores na divulgação do conhecimento. PO -02 PROJETO LITERATOUR Giorgia Melo de Souza Ramos (UFRPE) Ketlly Lahanny (UFRPE) Aliete Rosa (UFRPE - orientadora) A ideia principal do Projeto Literatour consiste no incentivo à leitura da literatura e seus estudos no meio virtual. O projeto vem com o propósito de facilitar o acesso com a criação de um site (http://projetoliteratour1.wix.com/acervo) como meio de unir um acervo de conteúdos (bibliotecas, blogs e vlogs selecionados) que tenham como tema a literatura. O site foi criado por Giorgia Melo e Ketlly Lahanny, discentes do curso de Licenciatura Plena em Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) - Unidade Acadêmica de Garanhus (UAG). O mesmo foi utilizado como objeto virtual de aprendizagem na execução do Projeto Literatour. Este projeto foi aplicado nos dias 04 e 05 de setembro de 2013, na Escola de Referência em Ensino Médio Frei Caetano de Messina, na Turma do 1º ano “A” sob a supervisão da Professora Colaboradora Ana Flávia e depois foi submetido à avaliação dos alunos presentes através de formulários online. As respostas dos formulários nos fizeram acreditar que o objeto principal foi alcançado e que o projeto foi aplicado com êxito. 204 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola UMA ANÁLISE DO EMPREGO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO DO FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA Ezequiel Bezerra Izaias de Macedo (UFPE) Joice Armani Galli (UFPE - orientadora) A sociedade atual se mostra aberta a novas ideias. A partir do momento em que o ser humano passa a desfrutar das potencialidades de uma Língua Estrangeira, ele vai crescer intelectual e culturalmente. Nesse sentido, aparece o idioma francês, o qual, geograficamente, continua sendo a segunda língua no mundo, contando com mais de 250 milhões de pessoas que o falam, ao longo de todos os continentes. Partindo dos estudos de Mikhail Bakhtin (1970), que afirma que a língua deve ser vista como ideológica e dialógica, por natureza e de Christien Puren (1988), que estuda a história das metodologias e o emprego das novas tecnologias voltadas para a educação, o presente trabalho objetiva analisar o emprego das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), no ensino do Francês Língua Estrangeira (FLE), buscando também: realizar um levantamento da produção expressiva de trabalhos publicados no Brasil que explorem o emprego das TIC no ensino do FLE e descrever as principais metodologias de aprendizagem do FLE, desde o final da segunda guerra mundial até os dias de hoje; e, finalmente, analisar o emprego das TIC no manual de ensino do FLE, denominado Echo A 1, organizado em Paris, no ano de 2010. USO DE SMARTPHONES E TABLTES NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE INGLÊS Naiade Almeida Ferreira (UFPA) Marcus Araújo (UFPA - orientador) As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), sobretudo o celular e o computador, movimentam a educação e provocam novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado. Quando bem utilizados, provocam a alteração dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado. Isso posto, o objetivo deste trabalho é demonstrar como smartphones e tabltes podem ser usados no ensino e aprendizagem de inglês como língua estrangeira, além de analisar como aplicativos disponíveis na tecnologia android podem ser usados pelos professores em seus contextos de ensino. Para tanto, faz-se uma breve revisão dos conceitos de multiletramentos (ROJO, 2012) e letramento digital (BUZATO, 2010, 2012; DIAS, 2012). O uso dessa tecnologia se encontra cada vez mais presente em salas de aula e acompanha o estudante até em casa. Sabendo como trabalhar com esses aplicativos, algumas necessidades e deficiências dos alunos, podem ser superadas. A ideia é que os professores conheçam alguns aplicativos e reflitam em maneiras de inseri-los em suas aulas. Encaradas como recursos didáticos, o celular e o computador ainda estão longe de serem usados em todas as suas possibilidades para uma melhor educação. #Hipertexto2013 l 205 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias A RÁDIO ESCOLAR COMO INSTRUMENTO PARA O APRIMORAMENTO LINGUÍSTICO Bruna Carolina Siementkowski (UDESC) Geovana Mendonça Lunardi Mendes (UDESC - orientadora) A incorporação de tecnologias digitais nos processos educativos é uma demanda atual nas políticas públicas. O presente estudo problematiza as experiências vivenciadas por alunos e professores de escolas contempladas com o Programa UCA – Um Computador por Aluno no Estado de Santa Catarina a partir dos resultados da pesquisa: Aulas Conectadas? Mudanças Curriculares e Aprendizagem Colaborativa entre as escolas do PROUCA em Santa Catarina. O objetivo é discutir quais são os fatores que proporcionam inovações tecnológicas e mudanças significativas no currículo a partir da entrada do laptop na escola. As observações foram feitas a partir da criação de uma rádio escolar, hospedada no blog das escolas envolvidas, tendo como princípio a pesquisa colaborativa e participativa de aprendizagem. A análise dos dados permite afirmar que a entrada desse novo artefato na escola provocou novas discussões e a necessidade de (re)articular algumas práticas consagradas pela tradição escolar. COMUNICAÇÃO MEDIADA PELO COMPUTADOR: HIPERTEXTO E COMUNICAÇÃO - O COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NAS AULAS DE PORTUGUÊS, CONSTRUÇÃO DE VÍDEOS E PARÓDIAS Silvana Sousa Andrade (UESC) Geane Vieira de Matos (UESC) Este relato de experiência traz resultados positivos de um trabalho realizado com crianças do 5º Ano de uma escola pública no Sul da Bahia. Trabalhado a proposta Hipertexto e Comunicação: o computador como instrumento pedagógico nas aulas de Português, construção de vídeos e paródias - proposta para o ensino de leitura e escrita na educação básica. Objetivando apresentar novas estratégias metodológicas para trabalhar leitura e produção textual com crianças em processo de alfabetização através do uso do computador e do software Windows Live Movie Maker, usando novos textos a partir de paródias e construção de vídeos usando conteúdos de Língua Portuguesa. O pressuposto teórico parte da perspectiva da necessidade de inserir na escola e na sala de aula ferramentas atrativas para as crianças, uma vez que, vivemos numa sociedade tecnológica na contemporaneidade. As atividades partiram da construção de novos textos (paródias), ilustração dos textos e transformação em vídeos/clipes, trabalhando leitura, escrita, interpretação textual e ortografia com os conteúdos curriculares. Ao final, constatou-se a assiduidade, progresso na escrita e leitura, produção e interpretação textual. Percebe-se que tecnologia e escola devem caminhar juntas para o êxito do processo ensino e aprendizagem na Educação Básica. 206 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola CONECTANDO SABERES ENTRE TECNOLOGIA ASSISTIVA, MATEMÁTICA E GEOGEBRA: UM ESTUDO REALIZADO COM ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO EM ANGICOS (NORDESTE, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL) Mayane Ferreira de Farias (UFERSA) Ingridy Marina Pierre Barbalho (UFERSA) Ricardo Antônio Faustino da Silva Braz (UFERSA - orientador) A Tecnologia Assistiva (TA) consiste numa área do conhecimento que engloba recursos, metodologias e práticas que possibilitam participação de pessoas das mais variadas idades, tornando-as mais autônomas e independentes, possibilitando qualidade de vida e inclusão escolar mais efetiva. O Geogebra, por sua vez, consiste num aplicativo de matemática dinâmica que combina conceitos de álgebra e geometria em uma única janela. O objeto de estudo do presente trabalho consistia em compreender como o Geogebra podia ser utilizado na transmissão do conhecimento matemático em aulas com TA direcionadas a alunos da rede pública de ensino em Angicos. Para isso traçou-se alguns objetivos: inserir o Geogebra no processo de ensinoaprendizagem de alunos da rede pública de ensino; observar o comportamento e o nível de aprendizagem de alunos ao utilizar o Geogebra elencando as operações matemáticas que obtiveram melhor fixação do conhecimento no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, foi necessário a realização de pesquisa bibliográfica, artigos e sites que trabalhavam com essas temáticas possibilitando aprofundamento das discussões e entendimento dos resultados gerados. Concluiu-se, ao final da pesquisa teórica e prática, que o Geogebra inserido em aulas com TA desempenha um importante papel colaborativo na transmissão do conhecimento matemático a alunos, de variadas faixas etárias. PORTAL UNIVERSITÁRIO: UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE LETRAS José Nildo Barbosa de Melo Junior (Centro Universitário CESMAC) Maria Luzimar Fernandes (Centro Universitário CESMAC) Manoel Coelho da Cruz (Centro Universitário CESMAC - orientador) Este trabalho teve como objetivo refletir sobre o uso do Portal Universitário como suporte pedagógico no Curso de Letras do Centro Universitário CESMAC, levando em consideração os entraves que dificultam o uso efetivo dessa ferramenta por parte de professor e aluno, a frequência e o modo com que ambos utilizam-na, ponderando o domínio que estes têm sobre as novas tecnologias. A fundamentação teórica está alicerçada nos estudos sobre mídias na educação, com as acepções de Melo (2012), Mercado (2009), Moran (2007), Oliveira & Fumes (2008), Pinto & Costa (2008), e nos estudos sobre formação do professor, elencando os pressupostos teóricos de Cunha (2007), Masetto (2003), Nóvoa (1992). Optou-se por uma metodologia do estudo de #Hipertexto2013 l 207 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias caso com abordagem qualitativa, seguindo os pressupostos de André (1995 e 2004), Bogdan & Biklen (1982), Gatti (2002), Ludke & André (2003), sem desprezar dados numéricos necessários à compreensão do estudo. A coleta de dados foi feita através de conversas informais e de questionários aplicados a alunos e professores do Curso. A análise dos dados permitiu concluir que, embora o Portal reúna uma variedade de recursos de aprendizagem, comunicação e colaboração, uma série de entraves ainda limita a participação efetiva de professores e alunos no ambiente. A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA COMO SUPORTE NO ENSINO À DISTANCIA Andreza Silva de Souza (UEPB) Kaline Brasil Pereira Nascimento (UEPB - orientadora) Este trabalho pontua o uso instrumental da tecnologia pedagógica que anuncia uma cultura nova na evolução em cursos digitais. É fundamental fornecer suporte na preparação do professor para exercer suas funções neste novo ambiente virtual, aproveitando ao máximo os recursos tecnológicos oferecidos nessa modalidade. Objetivando aprofundar a importância do professor na sala virtual através da interface computacional. Um obstáculo a ser superado é a visão tradicional de ensino do professor e a aplicação da tecnologia na aula virtual, que para muitos professores é vista como um risco. Nesse sentido, pretende-se apresentar indicações de como ambientes virtuais podem se tornar instrumentos capazes de garantir a aprendizagem significativa, como objetivos claros na utilização dos mesmos por parte de instituições que oferecem educação a distância. Nos últimos anos, esta modalidade de ensino vem crescendo vertiginosamente em todo o mundo. Na interação dessas pesquisas de Araújo (2005), Rodrigues (2005), Lévy (2009), percebe-se que alunos e professores dispõem de meios colaborativos para atingir o potencial de múltiplos caminhos para a aprendizagem. PO -03 A RELAÇÃO SEMÂNTICA DE ANTONÍMIA NO MAPEAMENTO DAS EMOÇÕES NO CONTEXTO DE EAD Jéssica Braun de Moraes (UNISINOS) Daniela Deitos Haas (UNISINOS) Isa Mara da Rosa Alves (UNISINOS - orientadora) Um dos fatores que contribuem para o sucesso da Educação a Distância (EAD) é a sensibilidade do professor em perceber o sentimento de seus alunos. Tal tarefa é prejudicada pela dificuldade de localizar e interpretar as declarações dos estudantes. Nesse cenário, o presente estudo visa 208 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola a auxiliar no mapeamento das opiniões e sentimentos registrados em um ambiente virtual de aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa interdisciplinar ancorada na Linguística Cognitiva, em interface com a área do Processamento Automático de Língua Natural, a partir das teorias da Semântica Lexical Computacional na área de Análise de Sentimento (Sentiment Analysis). Este trabalho está vinculado a um projeto maior - apoiado pela FAPERGS - que objetiva a proposta de uma estratégia de representação linguístico-computacional da semântica do léxico da emoção, no contexto da EAD, da plataforma virtual de aprendizagem Moodle. Apresentaremos resultados da primeira etapa: as estratégias adotadas para a descrição de antônimos a partir dos sentimentos elencados na Roda da Emoção, do psicólogo cognitivo Scherer (2005). Para a descrição linguística, evocaremos Cruse (1986, 2000) e Murphy (2003). Pela natureza interdisciplinar desta pesquisa, a metodologia adotada envolve três domínios mutuamente complementares (Dias-da-Silva 1996; 1998; 2003; 2006): o linguístico, o linguístico-computacional e o computacional. APLICATIVO BUBBLETION: UMA NOVA OPÇÃO PARA CONTRIBUIR NO APRENDIZADO DO ALGORITMO DE ORDENAÇÃO BUBBLE SORT Jonas Mendonça Targino (UFPB) Josué da Silva Gomes Júnior (UFPB) Ana Liz de Oliveira Souto (UFPB - orientadora) Um das competências esperadas nos alunos dos cursos da área de computação é desenvolver a habilidade em resolver problemas através de algoritmos e programação. Pesquisas apontam que esses alunos em geral enfrentam dificuldades na disciplina de Estruturas de Dados. Essa disciplina é responsável por apresentar estruturas algorítmicas pré-definidas para representação de diferentes problemas e estruturas de ordenação que trazem como beneficio melhor eficiência na execução de acordo com o contexto do problema. Uma das dificuldades apresentadas decorre da complexidade em entender o passo a passo do código nas estruturas de ordenação. Esse déficit é causado pela falta de ferramentas que possam trazer para o aluno certo grau de abstração, proporcionem o entendimento do código e de toda estrutura de execução interna e externa. Diante desse contexto, este trabalho apresenta um aplicativo com animação interativa chamada Bubbletion que tem por intuito contribuir para o aprendizado do algoritmo de ordenação Bubble Sort (ordenação bolha). Bubbletion permite ao aluno inserir diferentes entradas de números, acompanhar toda a interação através da animação e chegar ao resultado final. Espera-se que o aplicativo Bubbletion seja uma ferramenta facilitadora no processo de aprendizagem e contribua de forma construtiva para o entendimento do conteúdo. #Hipertexto2013 l 209 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias AVALIA - SOFTWARE PARA AVALIAR A APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO Lanylldo Araujo dos Santos (UEMA) Lidinalva de Almada Coutinho (UEMA) Luís Carlos Costa Fonseca (UEMA - orientador) Este trabalho propõe estudar a possibilidade de automação do processo de avaliação da aprendizagem escolar, utilizando os dados obtidos a partir da análise de provas com o uso da Teoria de Resposta ao Item. O interesse em pesquisa sobre esta temática vem ao encontro de utilizar os recursos computacionais para auxiliar os professores durante o processo de criação e analise das avaliações. O software pedagógico AVALIA disponibiliza para os docentes: interfaces para cadastrar e editar as prova e fornecer relatórios sobre os níveis de proficiências e habilidades dos alunos. Para os discentes a ferramenta oferece um ambiente para realização dos testes e acesso as mensagens de feedback, que são enviadas pelo software. A ferramenta desenvolvida torna-se um importante recurso que esta a disposição dos docentes e discentes do ensino presencial e/ou à distância. Até o momento os resultados dos testes realizados junto ao laboratório de informática do curso de Licenciatura em Informática da UFMA, apresentaram um bom desempenho das funções do software e serviram como referencia para identificar alguns recursos que precisão ser aprimorados como interface gráfica do sistema. CODE: O ENSINO DE LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO EDUCATIVAS COMO FERRAMENTAS DE ENSINO/APRENDIZAGEM Ricardo Fidelis Dantas (UEPB) Francisco Eudes Almeida da Costa (UEPB) Rosangela de Araújo Medeiros (UEPB - orientadora) A facilidade das novas tecnologias permite que as pessoas consigam acompanhar a informação de forma rápida e se inserir no contexto da modernidade. Apesar de timidamente, ainda, está sendo incorporado também na educação, às escolas estão passando por um processo de informatização. Portanto, se faz necessário usar das novas tecnologias de forma construtiva, pensando nas suas inúmeras possibilidades e tentando alinhá-las no contexto interdisciplinar. Através da prática de programação de computadores podemos extrai conhecimentos que somarão habilidades de raciocínio lógico, conhecimentos matemáticos, trabalho em equipe, capacidade de resolver problemas e o estimulo da criatividade, se faz necessário apenas, que possamos enxergar o ato de programar como uma atividade criativa. Partindo desses dois princípios básicos que nasceu o projeto Code.org, uma colaboração de vários integrantes de empresas de tecnologia o objetivo principal do projeto é fazer com que alunos em todas as escolas possam ter a oportunidade de aprender programação de computador. 210 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola ENTRE FERRAMENTAS DIGITAIS E AS TECNOLOGIAS DA PLATAFORMA: UMA ANÁLISE SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O USO DAS TECNOLOGIAS E APLICATIVOS DENTRO E FORA DO CONTEXTO EDUCACIONAL Matheus Freitas Gonçalves (UFJF) Amanda Horta Novaes (UFJF) Eliane Medeiros Borges (UFJF - orientadora) O artigo propõe realizar uma análise do uso de tecnologias e ferramentas digitais e online de docentes de dois cursos na modalidade a distancia da Universidade federal de Juiz de Fora (UFJF). Fazendo uso de referenciais teóricos como Valente e Belloni, o trabalho traz como questão o uso das tecnologias como recurso importante para educação atual. Por meio da aplicação e análise de questionários a uma parcela dos docentes que já atuaram nos cursos estudados, a proposta do estudo é verificar o uso e a familiaridade com as ferramentas em ambientes diferentes: primeiro no que se refere ao uso de tais tecnologias nas plataformas de ensino dos cursos (AVA, Moodle), dentro das disciplinas ministradas; segundo referente ao uso de ferramentas, aplicativos e tecnologias fora do ambiente acadêmico. Intenta-se, com isso, perceber se há correlação entre o manuseio e famil iaridade do docente com as ferramentas disponíveis na web com o uso mais intenso de recursos da plataforma. Como considerações finais o artigo sinaliza a existência de relação direta entre o uso que o professor faz das ferramentas da web dentro e fora do ambiente acadêmico das disciplinas ministradas. INTERLIGANDO ÁREAS E ESPAÇOS: O USO DA PLATAFORMA CODECADEMY COMO FERRAMENTA PARA EDUCACIONAL AMBIENTAL Thais Karoline Ferreira da Silva (UFRPE) Thays Ferreira da Silva (UFRPE) Gilberto Amado de Azevedo Cysneiros Filho (UFRPE - orientador) Este artigo descreve a experiência do uso de uma plataforma educativa interativa online (Codecademy) para capacitação de bolsistas do projeto de extensão: “Programa Capivara: educação socioambiental na bacia do Capibaribe” na criação de materiais digitais on-line para o ensino de Educação Ambiental em instituições de ensino. A metodologia usada foi a criação de um curso usando a plataforma Codecademy sobre tecnologias fundamentais (HTML, CSS, JavaScript e jQuery) para criações de aplicações na web. No final do curso, os bolsistas foram divididos em grupos para elaboração e implementação de projetos, tais como: a criação de um mapa interativo do Parque Dois Irmãos e a criação de uma trilha interativa da Fazenda Fieza (área ecológica na cidade de Santa Cruz de Capibaribe). Vários estudos comprovam a eficácia do uso de TICs como uma ferramenta de apoio ao ensino e aprendizado. Em particular, o uso da web é uma importante ferramenta pois as escolas participantes do Programa Capivara estão distribuídas em diferentes regiões do Estado. Contudo para uso efetivo dessa ferramenta, houve uma necessidade de capacitação dos bolsistas. O desafio era que os bolsistas (especialistas #Hipertexto2013 l 211 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias em Educação Ambiental) tinham pouca experiência com tecnologia, mas o Codecademy foi fundamental para vencermos esse obstáculo. PO -04 O PAPEL DO DESIGN INSTRUCIONAL FRENTE A PRODUÇÃO DE MATERIAIS PARA A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD) Silvana Maria Medeiros (UEPB) Rosângela de Araujo Medeiros (UEPB - orientadora) A educação tem mostrado novas formas de atuação e interação, viabilizando a oferta do ensino de qualidade ao alcance de todos, por meio dos recursos midiáticos e virtuais. Nesse contexto, a Educação à Distancia (EaD) tem se destacado, sendo a área de Design Instrucional (DI) que organiza e estrutura os processos de EaD. Assim, objetivando investigar o papel do DI na EaD, realizou-se um estudo bibliográfico a partir das reflexões teóricas de Silva e Menezes (2001); Guilhermo (2002); Gomes Filho e Belisário (2003); Marconi e Lakatos (2006); Inácio, Maia e Matar (2007); Filatro, Batista e Menezes (2008); Bürdek (2010) e Pimentel (2012). Como resultado deste estudo, pudemos averiguar que a atuação do DI vai além do processo de montagem de interface e/ou produção de material impresso, uma vez que envolve a concepção pedagógica de que ensinar vai além do transmitir, implicando na organização de um processo de ensinoaprendizagem baseado na produção, na intervenção, na interação e na atuação efetiva do sujeito que aprende. ALPHAGAME: JOGO PARA AUXÍLIO AO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA Dorgival Pereira da Silva Netto (UFPB) Mayara Wanessa Alves dos Santos (UFPB) Rafaela Fischer Augusto da Silva (UFPB) Este artigo visa mostrar a importância do ensino da Língua Inglesa nas séries iniciais, pois este se torna mais eficaz quando iniciado nessa etapa do processo de ensino-aprendizagem, pois as crianças tendem a aprender com mais naturalidade uma nova língua. Utilizar de um recurso estático como, por exemplo, livros ou algo pouco motivador como, por exemplo, cd’s de áudio com repetições pode não ser a estratégia mais eficiente para o ensino de Língua Inglesa para esse público-alvo. Visando despertar o interesse e motivá-las a aprender a Língua Inglesa de forma lúdica e prazerosa, utilizamos dos jogos educacionais como estratégia para tornar o aprendizado mais divertido e animado. Este artigo descreve um jogo educacional cujo propósito é desenvolver o raciocínio, despertar a curiosidade, estimular a aprendizagem cognitivista, além 212 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola de ensinar conteúdos básicos da Língua Inglesa através da utilização de recursos como mouse, teclado e áudios. O jogo possui cinco desafios, a citar-se: alphabet, vowels, consonants, numbers e colors que buscam desenvolver o aprendizado. Uma vez que elas interagem com o símbolo clicando ou digitando escutam o respectivo som da vogal, consoante ou número, nos desafios alphabet, vowels, consonants e numbers; e conhecem as cores e a pronúncia destas no desafio colors. APRENDENDO TEORIA X-BARRA COM UM OBJETO DE APRENDIZAGEM Eva Vilma Aires Cabral Gondim (UFPB) Thiago Gouveia da Silva (IFPB) Márcio Martins Leitão (UFPB - orientador) A crescente evolução tecnológica e a grande difusão da internet provocaram mudanças profundas em vários âmbitos da sociedade. Após influenciar a maneira como as pessoas se comunicam, realizam negócios, entre outras atividades cotidianas, a Web e o uso das TIC’s (Tecnologias de Informação e Comunicação) têm impactado o campo educacional com a disseminação de recursos digitais disponibilizados para o processo de ensino-aprendizagem. Dentre esses recursos, encontram-se os Objetos de Aprendizagem (OA) que, segundo Wiley, são materiais digitais que podem ser reutilizados para dar suporte à aprendizagem. Com base nisso, o presente trabalho objetiva apresentar um Objeto de Aprendizagem em forma de Jogo Educativo, desenvolvido por meio do software Macromedia Flash, que visa facilitar/ reforçar a aprendizagem de árvores sintáticas básicas da Teoria X-barra, postulada pela Teoria Gerativa. A Teoria X-barra trata dos princípios de organização estrutural das sentenças e dos constituintes (sintagmas) das línguas naturais. Tendo em vista que os conceitos dessa teoria são considerados de difícil aprendizagem para vários alunos de graduação em Letras – Português, o objeto de aprendizagem desenvolvido neste estudo foi elaborado para auxiliar, de forma interativa, a compreensão dos princípios de organização das sentenças. GAMES NO ENSINO DA MATEMÁTICA: PROCESSOS DE VIRTUALIZAÇÃO DE JOGOS PARA USO ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES DA REGIÃO AGRESTE DO ESTADO DE PERNAMBUCO Sebastião Rogério da Silva Neto (UPE) Wilk Oliveira dos Santos (UPE) Clóvis Gomes da Silva Júnior (UPE - orientador) Este trabalho descreve a realização de um projeto de pesquisa e extensão ligado ao curso de Licenciatura em Computação e o departamento de Ciências Exatas da Universidade de Pernambuco, este projeto, busca analisar e desenvolver, processos de virtualização de jogos matemáticos tradicionais, isto com base no processo metodológico de transformação de jogos matemáticos tradicionais em jogos digitais. Este trabalho busca analisar jogos tradicionais #Hipertexto2013 l 213 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias usados no ensino da Matemática, obtidos por meio de pesquisa bibliográfica em livros do gênero, além de pesquisa em textos acadêmicos, obtidos por meio de pesquisas eletrônica, havendo ainda a participação de professores em atividade na área de Matemática, expondo suas concepções sobre o uso e adequações dos jogos, isto com o objetivo de escolher-se 10 (dez) jogos tradicionais, para serem submetidos ao processo de virtualização, que criará verões digitais para os jogos tradicionais, mantendo os seus aspectos pedagógicos e psicopedagogos, fundamentais ao seu funcionamento, a fim de disponibilizar, para estudantes e professores da região Agreste de Pernambuco, jogos usados de forma positiva no ensino da Matemática, porem de em versões digitais, presentes no contexto atual destes estudantes e professores. GEOSOMA Albérico Henrique dos Santos (UFRPE) Leid Jane Queiroz dos Santos (Universidade Salgado de Oliveira) Luciano Cabral (UFPE/IFPE/FMN - orientador) Os estudos relacionados a primatas não-humanos é um processo difícil de ser realizado por pesquisadores pouco experientes, uma vez que cada espécie apresenta características particulares. Para os pesquisadores iniciantes da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Pará uma das dificuldades está relacionada com a classificação da qualidade do sêmen de primatas com base em características testiculares. É devida essa dificuldade que o SICLASP (Sistema de Classificação de Sêmen de Primatas) está sendo desenvolvido, uma vez que o mesmo consiste em uma aplicação Web que permite aos pesquisadores realizar a classificação do sêmen, indicando se o mesmo tem boa ou má qualidade, mediante a inserção das medidas testiculares e seminais de primatas, e ainda consultarem uma base de dados relacionada ao assunto, o que auxiliaria seus estudos. O SICLASP utiliza o algoritmo de classificação J48 para minerar os dados fornecidos pelos pesquisadores e indicar se o sêmen é de qualidade. De acordo com análises preliminares, a tarefa de classificação tem apresentado um grau de confiança de 98%, indicando a eficácia no processo de classificação, o que permitirá aos pesquisadores utilizarem a ferramenta como um método complementar e/ou alternativo aos livros didáticos, uma vez que esses são muito caros. JOGOS GEOMÉTRICOS ESPACIAIS Albérico Henrique dos Santos (UFRPE) Luciano Cabral (UFPE/IFPE/FMN - orientador) O jogo é uma ferramenta que auxilia o aprendizado. Pensando nisso, desenvolvemos jogos matemáticos geométricos (Geosoma) que trabalham a operação matemática da soma, semelhantes ao consagrado quadrado mágico e triângulo mágico. Aproveitando o fascínio que os jogos digitais exercem sobre as crianças, iremos adicionar a tudo isso as Novas Tecnologias de Comunicação e Informação. Por meio das figuras geométricas diversas como círculos, triângulos, 214 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola quadrados e pentágonos, tais figuras, agrupadas, irão compor uma figura maior, consistente em três linhas e três colunas, com algumas figuras sobrepostas. Os números de 1 até 9 devem ser distribuídos dentro de cada figura, de forma que a soma de cada grupo deve ser igual a um valor predeterminado. Podem-se conferir alguns exemplos no site: “www.geometricos.com.br”, todo mês serão disponibilizados novos jogos, pois são inúmeras variedades de Geosomas. Caso tenha algum problema com o site veja em: https://docs.google.com/presentation/d/1zzQtwBih XdMPF3C7WFR814xuxwbwbKXiBdIBEUjNys/edit#slide=id.ged27f1f5_06 As novas alternativas apresentadas para o ensino-aprendizagem da Matemática são bem recebidas pelos professores. Os alunos, diante da novidade, ficam mais atentos à matéria. E essa junção, alunos mais atentos e professores certos da eficácia da alternativa, só pode gerar bons frutos. A Globalização e o processo de produção agro-industrial Gregory Augusto de Lima Laborde (Fafica), Ana Luiza de Souza Rolim (Fafica - orientadora) Este artigo visa, através do relato de experiência da utilização de webquest e dispositivos digitais (câmeras, celulares e tablets), a explanar aos estudantes do IFPE-Belo Jardim a ligação entre ciência e tecnologia que abrange a disciplina de física utilizando os PCN que traz propostas de consciência ambiental, preservação responsável do ambiente e posicionamento critico referente a utilização das tecnologias em suas mais variadas interfaces. Tendo como exemplos a TI-Verde e as mídias digitais temáticas bastante discutidas nos dias atuais, possibilitando a integração entre tecnologia da informação e o curso técnico em agroindústria, demonstrando a construção dos conceitos e vivências por meio de criação de videos, slides, galeria de imagens virtuais e entrevistas utilizando-se de aplicativos móveis, realizadas com os participantes, questionando a importância do trabalho vivenciado para o curso técnico em agroindústria e as interferências das novas mídias e da globalização nos processos de produção. PO -05 O GAME “VAMOS ÀS COMPRAS” COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Danilo Raniery Alves Coutinho (UFPB) José Raul de Brito Andrade (UFPB) Ana Liz Souto Oliveira de Araújo (UFPB - orientadora) O game educacional “Vamos às compras” é direcionado para crianças do ensino fundamental, abordando memorização e conteúdos básicos de português e matemática. O jogo tem por base #Hipertexto2013 l 215 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias a teoria cognitiva comportamental, pois, em situações de erros, o jogador é obrigado a retornar ao ponto anterior, só permitindo seguir para o nível seguinte após a conclusão correta do nível atual e incentiva a memorização. O jogo está dividido em três partes e é iniciado quando o jogador escolhe o nível de dificuldade (fácil, médio e difícil). Na parte um, o jogador trabalha com formação de palavras e separação de sílabas, com o objetivo de encontrar letras faltando de nomes de brinquedos. Na parte dois, o jogador treina memorização no intuito de formar uma lista de compras de brinquedos. A parte três envolve operações matemáticas básicas através da compra dos brinquedos da lista. No final, há também um desafio matemático extra, opcional ao jogador, relacionado às compras realizadas. O resultado esperado é que o game favoreça a aprendizagem didática a partir do instrumento lúdico. O JOGO DA SUSTENTABILIDADE COMO FERRAMENTA INTERDISCIPLINAR Josiane Maria de Souza (FACET) Reneid Emanuele Simplicio Dudu (UEPB) Joycyely Marytza de Araujo Souza (UFRPE - orientadora) Gradativamente a tecnologia vem tomando espaço dentro das instituições e tem têm chegado às escolas como ferramentas para dinamizar a aprendizagem. Assim o objetivo geral foi analisar o jogo da sustentabilidade como uma alternativa interdisciplinar de ensino, além de se ser tema transversal dos Parâmetros Curriculares Nacional. A metodologia aplicada baseia-se na classificação exploratória e quanti-qualitativa, logo utiliza-se do procedimento técnico da pesquisa bibliográfica e do estudo de caso. Para coleta de dados foram empregados formulários para estudantes de uma escola da rede privada de ensino de Olinda – PE. Nos resultados do estudo foram questionados sobre o jogo, pontos positivos e negativos enfrentados pelos estudantes. Dessa forma foi possível concluir que o jogo é uma metodologia divertida e interativa para o aprendizado, apesar de precisar de complemento. OS OBJETOS DE APRENDIZAGEM COMO FERRAMENTAS NO ENSINO APRENDIZADO Maria do Socorro Braga Reis (UFRA) José Pereira Smith Junior (UFRA) Joneson Rosa Reis (UFRA) Janaina Costa (UFRA - orientadora) A tecnologia assume um papel de proporções magníficas, o universo escolar não pode ficar alheio a essa revolução. Nesse contexto, surgem os Objetos de Aprendizagem como um importante elemento para auxiliar no processo ensino aprendizagem de disciplinas essenciais no currículo escolar. Propôs-se a produção de OAs para serem usados como ferramenta de ensino aprendizado, dentro do contexto educacional possibilitando o desenvolvimento do raciocínio, 216 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola através de diferentes linguagens de mídia na escola. A pesquisa do uso e aplicação dos OAs para os docentes que constituiu o estudo de caso, foram divulgadas nas escolas publicas, buscando resultados sobre o nível de aprendizagem dos alunos que utilizaram os OAs na assimilação do conhecimento. Embasada e fundamentada nos teóricos: Moran (2012), Levy (2009 e 2011), Valente (2002). Constatou-se que os professores que implementaram os OAs em suas aulas consideraram-no positivo o fato de poder se carregado em qualquer tipo de mídia, facilitando a sua aplicação em espaços sem internet e sugerindo modificações em alguns, e novas versões. Os Objetos de Aprendizagem permitiram a instigar novos pensamentos, sendo interativos, fazendo com que o aluno estabelecesse uma relação ativa, apropriando-se de uma aprendizagem mais significativa. USO DE GAMES NO ENSINO DA MATEMÁTICA: UMA PROPOSTA DE VIRTUALIZAÇÃO DOS JOGOS TRADICIONAIS, PARA USO COMO MECANISMO DE APOIO AO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Wilk Oliveira dos Santos (UPE) Sebastião Rogério da Silva Neto (UPE) Clovis Gomes da Silva Junior (UPE - orientador) Este trabalho apresenta uma análise critica, fundamentada em torno de uma pesquisa bibliográfica em conjunto com uma pesquisa social, realizada a fim de buscar e conhecer os jogos digitais usados no ensino da Matemática, traçando assim um mapeamento sistemático, baseado nos resultados obtidos, além de uma análise crítica, permeada por estes resultados, buscando assim, propor uma discussão em função deste objeto de estudo. A pesquisa nos levou a perceber a existência de uma lacuna entre os jogos tradicionais, usados com resultados positivos comprovados no ensino da Matemática, e os jogos digitais disponíveis atualmente, no que se diz respeito aos seus aspectos pedagógicos e psicopedagógicos, que consideramos necessários para uso dos jogos como mecanismo de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Tais resultados nos levaram a propor o que denominamos “virtualização de jogos tradicionais”, processo que consiste em criar versões digitais para os jogos tradicionais, de modo que alunos e professores possam fazer uso dos jogos tradicionais, a anos usados da Matemática, porem em versões digitais, presentes atualmente no contexto escolar de estudantes e professores. UTILIZAÇÃO DE JOGOS E ANIMAÇÕES NO ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Priscila Gabriele Marques dos Santos (UFRPE) Gilberto Amado de Azevedo Cysneiros Filho (UFRPE - orientador) Este artigo descreve a experiência da aplicação de novas tecnologias de informação no processo do ensino de educação ambiental. É conhecido que jogos e animações são capazes de despertar interesse, motivação e envolvimento do participante com determinada atividade. Dessa forma, #Hipertexto2013 l 217 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias partindo do referencial teórico da eficácia do uso de jogos e animações a nível educacional, esta experiência se pauta na utilização de ambientes de animações gráficas de modo a contribuir com o processo educativo. A escolha dos ambientes gráficos se justifica tendo em vista que são necessárias tecnologias simples para que os educadores estejam aptos a construir jogos sem que para isso precisem depender das sintaxes e lógicas complexas das linguagens de programação. Neste sentido, ambientes de programação como Scratch e Alice constituem tecnologias que podem ser empregadas como catalisadores no processo de ensino e aprendizagem, tendo em vista que buscam em sua própria estrutura se assemelhar a jogos de videogame; sendo, portanto, mais acessíveis que as outras linguagens de programação. VANTAGENS PEDAGÓGICAS DO JOGO MINECRAFT Roselis Silva da Cruz (UFRA) Ana Laura Souza (UFRA) O presente trabalho trata do uso do jogo de entretenimento Minecraft na educação. Tem como objetivo analisar as vantagens pedagógicas da aplicação do Minecraft em uma proposta de valorização dos pontos turísticos do município de Bragança-Pará. Para isso, foi realizada pesquisa bibliográfica e de campo. Na pesquisa os teóricos utilizados foram José Manuel Moran, Seymour Papert, Guilherme Solari e Danilo Viana. Estes teóricos fundamentaram a elaboração da proposta pedagógica para a aplicação do jogo Minecraft, assim como a análise dos resultados. A pesquisa de campo ocorreu com alunos e professores da turma 101, do 9º ano da escola E.E.E.F.M.profº Bolivar Bordalo da Silva da cidade de Bragança-Pará. Estes em colaboração criaram um cenário virtual com os principais pontos turísticos de Bragança. A análise dos dados coletados na pesquisa bibliográfica e de campo indicou como resultados algumas vantagens do uso do Minecraft, como desenvolver a criatividade com ludicidade, favorecer a colaboração e o trabalho em grupo, instigar a resolução de problemas, favorecer a contextualização da aprendizagem, possibilitar a interdisciplinaridade, desenvolver a atenção, possibilitar a maior autonomia e contribuir para mudar a visão que o aluno tem da escola. “MANTENHA A INTERATIVIDADE!”: UM ESTUDO SOBRE ENQUADRES SOCIOINTERACIONAIS EM VIDEOAULAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFRPE Jéssica Cristina dos Santos Jardim (UFPE) Siane Gois Cavalcanti Rodrigues (UFPE - orientadora) Este trabalho é um dos resultados da pesquisa PIBIC/CNPq/UFPE 2012-2013 “Enquadres sociointeracionais em videoaulas de EAD: aspectos funcionais e discursivos em videoaulas de educação a distância da UFRPE”, vinculada ao projeto “Linguagem e ensino na EAD: um estudo sobre interatividade em videoaulas de educação a distância da UFRPE”, coordenado pelos professores Drª Siane Rodrigues, Drª Maria José Luna e Ms. Éwerton Luna. Nosso objetivo 218 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola foi compreender aproximações e distanciamentos entre aulas presenciais e videoaulas, duas realizações de um mesmo gênero discursivo, a aula didática. Selecionamos três videoaulas, pelo critério de disponibilidade, para análise qualitativa do conceito de “enquadres sociointeracionais”. Segundo Garcez (2002, p.260), os enquadres possibilitam significações e se baseiam em sinalizações de fala e gestos e, “ao enquadrar os eventos, os participantes fazem que certos focos de atenção se tornem relevantes, e que outros passem a ser ignorados. Os enquadres, portanto, incluem e excluem elementos contextuais [...]”. Concluímos que, nas videoaulas, torna-se necessário os chamados professores executores lançarem pistas contextuais explícitas, por vezes em linguagem metacomunicativa, para se fazerem compreender pelos cursistas. No estudo, contamos com o aporte da Sociolinguística Interacional e as contribuições de Goffman (1985; 2002), Blom e Gumperz (2002), Garcez et al. (2002) e Broncart (1999). A ESCRITA COLABORATIVA POR MEIO DO GOOGLE DOCS: TRABALHANDO O LETRAMENTO DIGITAL ATRAVÉS DO PIBID/LÍNGUA PORTUGUESA Glênio Morais Régis (UFRN) Ana Maria de Oliveira Paz (UFRN - orientadora) Com o advento das novas tecnologias na educação, a forma tradicional de ensino tem sofrido um significativo declínio dando espaço para um novo fazer pedagógico. Nesse sentido, as aulas de produção textual estão fazendo uso desses recursos a fim de proporcionar ao aluno um aperfeiçoamento da escrita, por meio de um editor de documentos online desenvolvido pelo Google. O projeto “Letramento Digital: linguagens e interação virtual” desenvolvido através do Pibid/Língua Portuguesa proporciona aos alunos envolvidos tal experiência, objetivando tornar a escrita como uma prática social e interativa. Dessa forma, os bolsistas do subprojeto lançaram mão de tal recurso e, juntamente com os discentes das escolas participantes, estão produzindo diversos gêneros textuais com o auxílio do computador e do editor online. Nesse sentido, os alunos utilizam a plataforma denominada Google Docs, construindo o texto de forma em que todos participam e, consequentemente, os bolsistas realizam a orientação acerca dessas produções, sendo, portanto, uma construção colaborativa. Para o desenvolvimento do projeto tomou-se as teorias acerca do letramento digital e da escrita colaborativa desenvolvidas por Arruda (2004), Lévy (2004) e Xavier (2004). Como resultado, espera-se que, os alunos desenvolvam a capacidade da escrita em vários meios sociais, com o auxílio das novas tecnologias. #Hipertexto2013 l 219 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PO -06 A IDENTIDADE MARANHENSE: UM ESTUDO DA ESCRITA NA WEB Flavia Regina Neves da Silva (UFMA) Clecio Marques dos Santos (UFMA) Veraluce da Silva Lima (UFMA - orientadora) A integração de práticas de aprendizagem móvel dentro dos espaços escolares vêm apresentando um crescimento significativo, buscando explorar as características particulares oferecidas pelos dispositivos móveis para a construção do conhecimento. Contextos autênticos de aprendizagem móvel fomentam a aprendizagem de forma ubíqua: em qualquer lugar e a qualquer momento. Objetivando um melhor aproveitamento das especificidades dos dispositivos móveis no âmbito educacional, este trabalho apresenta um levantamento de ferramentas que permitem que usuários que não possuem conhecimento técnico-formal em programação possam criar aplicações para os mesmos. Assim, professores e estudantes não familiarizados com este tipo de programação podem desenvolver suas próprias aplicações para dispositivos móveis. O resultado deste trabalho é uma avaliação das principais ferramentas disponíveis para as plataformas Android, iOs e Windows Phone, a partir da análise de diversos critérios técnicos e pedagógicos. Adicionalmente, são apresentados artefatos criados a partir destas ferramentas, bem como possíveis práticas pedagógicas que facilitem a incorporação da aprendizagem móvel. A INFLUÊNCIA DA USABILIDADE DOS PROVEDORES DE CONTEÚDO NO COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS DE REDES SOCIAIS Thaynan Escarião da Nóbrega (UFCG) Andresa Costa Pereira(UFCG) Marco Antonio Dias da Silva (UFCG - orientador) As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) facilitam a propagação das notícias e permitem que os leitores compartilhem e comentem o conteúdo. Entende-se que a qualidade do conteúdo e facilidade de uso do site podem afetar o comportamento dos usuários. Sendo a usabilidade representada pela facilidade com que um usuário utiliza uma nova ferramenta o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a usabilidade e o comportamento do usuário nas redes sociais Facebook e Twitter. As páginas dos cinco principais provedores de notícias do Brasil foram avaliadas durante três meses e tiveram sua usabilidade testada, uma vez por mês, por três pesquisadores distintos. A cada mês, em horários predeterminados, foi realizada a avaliação das atividades de comportamento dos usuários de cada um dos provedores de notícia nas redes sociais. Observou-se que as notícias postadas pelos provedores donos das páginas com maior usabilidade eram os que possuíam maiores médias de participação dos usuários 220 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola nas redes sociais. Conclui-se, dentro dos limites desse estudo, que pode haver relação entre o grau de usabilidade do site de notícias e o perfil de participação do usuário de redes sociais. O presente trabalho foi realizado com o apoio do UOL (www.uol.com.br), através do Programa UOL Bolsa Pesquisa, processo número 20130220164200 A INTERAÇÃO NO TWITTER: CONSTRUINDO UNIVERSOS DE SENTIDO A PARTIR DE ENUNCIADOS HIPERTEXTUAIS Douglas Lopes de Melo (USP) Zilda Gaspar Oliveira de Aquino (USP - orientadora) Este trabalho tem como propósito descrever o microblog, com ênfase no serviço Twitter, enquanto gênero discursivo digital, em busca de observar as rotinas de uso estabelecidas pelos participantes, analisar as estratégias promovidas pelos participantes através dos elementos textuais e hipertextuais em seus enunciados (tweets), e identificar usos de referenciação na enunciação hipertextual (ênfase no uso do <@nome_de_usuario>), bem como as estratégias discursivas a partir destes elementos dêiticos. Para tanto, nos valemos de recortes do perfil do jornalista Tiago Leifert em agosto de 2011, em uma análise qualitativa que envolve marcas de textualidade e hipertextualidade, à luz das teorias de MARCUSCHI (2005), KOCH (2009), BAKHTIN (1997, 2010), com enfoque nas teorias de dêixis e sua interface com o discurso (LEVINSON, 2007; MAINGUENEAU, 1993). Acreditamos que a discursivização das categorias de dêixis, presentes no @nome_de_usuário, constrói um universo de sentido a partir da própria enunciação, bem como a construção da imagem pública do usuário do serviço. DAS NUVENS PARA A SALA DE AULA Alexandre Rodrigues Caitano (UFERSA) Edjane Mikaelly Silva de Azevêdo (UFERSA) Servulla Cristianne Marques Trindade (UFERSA) Jacimara Villar Forbeloni (UFERSA - orientadora) Com o avanço das NTICs é aberto um grande leque de opções metodológicas para que o educador consiga atender as necessidades pedagógicas, de forma que facilite o ensinoaprendizagem dos nativos digitais, esse novo educando que procura encontrar na escola o reflexo do seu mundo tecnológico. A Internet é uma das maiores ferramentas tecnológicas, pois diversos usuários podem usá-la ao mesmo tempo e em lugares e dispositivos diferentes, é como se fosse uma grande nuvem pairando sobre nossas cabeças. Uma das contribuições da Computação em Nuvem é a agilidade que os professores ganham ao compartilhar arquivos e notas dos seus alunos diretamente na rede (LABORDE, 2011). Essa “nuvem” pode ser usada em sala de aula facilitando a comunicação professor-aluno, transformando-se também em um método simplificador que agrega valores na transformação educacional. Este artigo tem por objetivo encaminhar fundamentos e conceitos básicos da Computação em Nuvem, abordando #Hipertexto2013 l 221 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias seus benefícios e desvantagens, discutindo as dúvidas que esta nova tecnologia provoca. Demonstrando, a partir da experiência desenvolvida com professores da rede estadual de ensino no RN, como a computação em nuvem é um forte elemento de transformação didática, pois ela facilita o acesso a arquivos e programas, de forma simples, rápida e barata. O FACEBOOK COMO NOVA FACE DE LEITURA E DE ESCRITA: QUE TEM A ESCOLA A VER COMO ISSO? Josimar Santana Silva (UNEB) Obdália Santana Ferraz Silva (UNEB - orientadora) Este estudo monográfico objetiva discutir sobre o Facebook como recurso pedagógico relevante no ensino-aprendizagem da leitura e da escrita, no Ensino Médio. Entendemos que tal rede social poderá proporcionar aos indivíduos uma aprendizagem expressiva, no âmbito da leitura e da escrita, uma vez que se configura como nova linguagem, novo meio de trocar informações e construir conhecimentos. Como suporte teórico, nos apoiamos nos estudos de Araújo (2009) e Xavier (2009), que discutem sobre os letramentos na internet; Lorenzo (2013), para refletir sobre o uso das redes sociais na educação; Silva (2000), para tratar da importância se transformar a sala de aula em um ambiente interativo, entre outros autores. Trata-se de uma pesquisa em andamento, que lançará mão de entrevista semiestruturada com professores do Ensino Médio, para dialogar sobre como o Facebook, tão usado pelos alunos, no ambiente extraescolar, poderá adentrar o espaço escolar para a aprendizagem da leitura e da escrita, numa visão crítico-reflexiva. Acreditamos que este trabalho poderá contribuir para uma reflexão sobre a necessidade de o professor de língua materna preparar-se para o desafio de acolher esses espaços virtuais de letramentos no seu projeto curricular, promovendo novas relações entre os sujeitos envolvidos nesse processo e a linguagem. PO -07 O GÊNERO TEXTUAL E-MAIL: UM ESTUDO DE CASO NO IFRS - CÂMPUS CANOAS Ana Maria de Oliveira Correia (IFRS) Fabiana Cardoso Fidelis (IFRS - orientadora) O projeto de extensão Comunicação nas Organizações: práticas de linguagem focaliza a qualificação dos servidores da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Canoas (RS) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) no uso da linguagem e da comunicação escrita e oral. Para isso, oferta-se aos servidores um curso de 132 222 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola horas, dividido em quatro módulos: Redação Oficial, Leitura e Produção Textual, Comunicação Oral e Redação Científica. Paralelamente ao curso, está sendo desenvolvida uma pesquisa sobre a utilização do e-mail institucional pelos servidores do IFRS – Câmpus Canoas. O gênero textual e-mail, apresentando formas de produção típicas e já padronizadas (MARCUSCHI, 2004), é atualmente um dos mais praticados nas organizações públicas. A pesquisa aborda as características textuais e as temáticas dos e-mails enviados pelos servidores, a relevância desta forma de comunicação para a instituição, a quantidade, a qualidade e a segurança das informações recebidas ou enviadas através da ferramenta. A metodologia inclui pesquisa bibliográfica, análise de e-mails, questionário avaliativo aplicado aos servidores do IFRS - Câmpus Canoas e a tabulação dos dados coletados. A pesquisa trará subsídios para fundamentar e enriquecer as aulas do curso Comunicação nas Organizações: práticas de linguagem. O USO DO SOFTWARE HAGÁQUÊ NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO TEXTUAL Adriana da Conceição Barros do Rosário (UFRA) Roseane do Socorro Monte Palma (UFRA) Luzmarina de Melo Muniz (UFRA - orientadora) O trabalho “O uso do software hagáquê no processo de construção textual”, teve como objetivo aprimorar a produção textual dos alunos do 4º ano da EMEF Jorge Daniel de Souza Ramos através da utilização do software hagáquê. Este trabalho foi fundamentado na teoria de: Bandeira (2009, p.1), que defende o uso das histórias em quadrinhos (HQs), pois segundo ele elas ajudam as crianças e jovens a consolidar seus hábitos de leitura e a compreensão das idéias. E na teoria de Valente (1998, p.30), pois segundo ele o computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem a chance de construir seu conhecimento. Os alunos realizaram a leitura de HQs e construíram HQs em material impresso, em seguida foi apresentado o software hagáquê e ocorreu a construção do HQs no software. A seqüência de imagens disponíveis no software suscita a imaginação dos alunos que é estimulado a criar as falas dos personagens, pois ao criar mentalmente as falas dos personagens, o aluno já sabe o que vai escrever e passa a construir palavras e frases que compõem o diálogo entre personagens. O projeto culminou com a produção de uma revista de HQs. PROMOVENDO A AUTONOMIA NA COMPREENSÃO ORAL EM LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DO SITE LISTEN AND WRITE Kleiton de Souza Borges (UFPA) Marcus de Souza Araújo (UFPA - orientador) A tecnologia atual está avançando de uma forma rápida, mostrando novos equipamentos, novos dispositivos e melhores condições no processo de ensino-aprendizagem. Com o avanço #Hipertexto2013 l 223 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias da Internet, podemos aprender, por nós mesmos, qualquer língua estrangeira através de vários sites de treinamento de habilidades, com exercícios específicos e uma interação motivacional para os usuários. Sabemos que o professor encontra muitos alunos com dificuldades de escuta do inglês. O site Listen and Write (www.listen-and-write.com) é uma ferramenta para ensinar a habilidade de listening através de áudio, apresentando nível básico ao avançado, podendo ser direcionado para crianças e adultos. Com essa proposta, é uma ferramenta para desenvolver a capacidade de compreensão oral em língua inglesa. Kern (2006) e Rodrigues (2005) são os teóricos para este trabalho. O objetivo é promover a autonomia na habilidade de escuta e a compreensão oral dos alunos de língua inglesa, ensinando a utilizar o site Listen and Write através dos recursos nele contidos. REFLEXÕES SOBRE O USO DO BLOG EM SALA DE AULA Luziane Oliveira Santana (UNEB) José Flávio Soares (UNEB - orientador) Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a utilização do gênero digital blog enquanto ferramenta pedagógica a partir das vivências de uma turma de estudantes do curso de Pedagogia, verificando assim as dificuldades e as contribuições do blog na interação do grupo e na aprendizagem colaborativa. Desse modo, seguimos os pressupostos teóricos de Marcuschi (2010) e Komesu (2010) sobre gênero digital e blog, tendo em vista a sua concepção dialógica de texto, além de outros referenciais que fundamentam aprendizagem mediada pelo uso da tecnologia. Para o desenvolvimento desse estudo, buscamos trabalhar com a metodologia da pesquisa participante para que possibilite uma colaboração maior dos sujeitos envolvidos. Os resultados esperados são de que tragam indicadores importantes para a reflexão do blog em sala de aula e contribuam para estudos posteriores sobre a temática. REPENSANDO AS PRÁTICAS DISCURSIVAS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS NO FACEBOOK Liliane Alves da Silva (UPE) Diante da necessidade de refletir sobre as práticas discursivas emergentes no ambiente virtual, a presente pesquisa teve como principal finalidade analisar as práticas de leitura e escrita de estudantes universitários no Feed de notícias, página do Facebook. Além de tentar compreender como essas práticas se desenvolvem e de que forma elas podem ser relacionadas com o letramento dos graduandos. Para podermos atingir os nossos objetivos fez-se necessária a observação das práticas discursivas dos estudantes no mural do Feed de notícias do Facebook, durante um período de três meses, bem como a aplicação de um questionário sobre as práticas discursivas desenvolvidas por eles no ambiente virtual. Para a concretização deste estudo baseamo-nos nas pesquisas feitas por Marcuschi sobre Produção textual, análise e compreensão de gêneros (2008), Estudos sobre letramentos por Kleiman (2008) e Multiletramentos por Costa 224 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola (2008). Os resultados indicam que os estudantes expressam sentimentos de tristeza, alegria, decepção, entre outros, através dos textos publicados. Além disso, eles postam comentários criticando as injustiças sociais, os quais demonstram a indignação com relação aos temas mais discutidos na sociedade. PO -08 WHATSAPP MESSENGER: UMA FERRAMENTA PARA MOTIVAR OS ALUNOS NA PRODUÇÃO ESCRITA EM LÍNGUA INGLESA Luiz Carlos Reis Ferreira Júnior (UFPA) Marcus de Souza Araújo (UFPA - orientador) Motivar o aluno a escrever em uma Língua Estrangeira não é uma tarefa fácil. Os educadores precisam saber aliar o grande potencial dos recursos tecnológicos com o ensino da língua estrangeira no contexto atual. O WhatsApp Messenger é, assim, um aplicativo multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS, basta ter uma conexão 3G ou WiFi. Isso posto, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta de atividade de escrita em língua inglesa com o uso do WhatsApp. Esse é um aplicativo que pode permitir os alunos a praticarem a escrita em língua inglesa com seus colegas de sala de aula e também fora dela. Acreditamos que é preciso adequar o ensino de Línguas Estrangeiras com o uso da tecnologia para poder tornar as aulas mais motivadoras. A criação de um grupo no WhatsApp pode ser uma alternativa para motivar esses alunos a escreverem mais em língua inglesa. Nosso referencial teórico foi baseado em Lévy (1999), Ramal (2002) e Belloni (2001). Esperamos com essa proposta promover a autonomia dos alunos no processo de ensino e aprendizagem de escrita em língua Inglesa a partir do uso das tecnologias. A IDENTIDADE NORDESTINA NA ESCRITA NA WEB: UMA ANÁLISE DO DISCURSO DA FANPAGE SURICATE SEBOSO Mayara Crystina Rego da Silva (UFMA) Dayana dos Santos Costa (UFMA) Veraluce da Silva Lima (UFMA - orientadora) Análise da linguagem empregada nos textos da fanpage Suricate Seboso, página da rede social facebook. O estudo tem como objetivo “Analisar a identidade nordestina retratada na escrita digital”. Buscamos, nos discursos e imagens coletados na referida página, dar ênfase à identidade nordestina, principalmente a expressões típicas da variação linguística do nordeste brasileiro. Com a ascensão das redes sociais e a disseminação de discursos produzidos nessas #Hipertexto2013 l 225 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias redes, observamos fenômenos cada vez mais comuns relacionados à variação linguística. Um deles é a caricaturização por meio da palavra escrita e de imagens caricaturadas. Para fundamentar o estudo, buscamos os preceitos da sociolinguística e teóricos como Bakhtin, Hall, Tarallo, procurando destacar as particularidades da escrita digital como um fenômeno inerente à língua que leva à variação linguística. A metodologia é de base qualitativa, tendo como instrumento de coleta de dados a construção de um corpus, constituído de imagens e comentários de internautas. Através da linguagem empregada nos textos retirados da página escolhida, desvelamos traços da cultura nordestina, destacando o resgate e a valorização de costumes típicos da região nordeste. APRENDIZAGEM COLABORATIVA E PRÁTICA DOCENTE: UM ESTUDO DE CASO NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO DA UFPB Jonnathann Silva Finizola (UFPB) Izabelly Soares de Morais (UFPB) Flávia Veloso Costa Souza (UFPB - orientadora) Ana Liz Souto Oliveira de Araújo (UFPB - orientadora) Este trabalho tem objetivo de estudar a relação entre práticas docentes e aprendizagem colaborativa em disciplinas semipresenciais. Para isso, iniciamos uma revisão das metodologias de ensino utilizadas nas modalidades a distância e semipresencial, destacando atividades de planejamento, ensino e avaliação no exercício da prática docente, e a percepção, comunicação e interação que ocorrem nas plataformas entre alunos e professores. Buscamos identificar como essas metodologias são aplicadas em um ambiente virtual de aprendizagem, seus benefícios e a forma como o mesmo promove a colaboração entre os participantes. O método utilizado para o presente trabalho se baseia, inicialmente, em revisões bibliográficas sobre a prática docente e a aprendizagem colaborativa em AVAs. Em uma segunda etapa, será investigada a relação entre prática docente e aprendizagem colaborativa através de um estudo de caso com professores do curso de Licenciatura em Ciência da Computação da UFPB que utilizam AVAs. Por fim, será realizada análise a partir da categorização dos resultados obtidos no estudo de caso. Esperamos compreender a relação entre prática docente e aprendizagem colaborativa, ou seja, como a prática docente nos ambientes virtuais podem propiciar ao aluno um ambiente em que a aprendizagem ocorra de maneira satisfatória para construção do seu conhecimento. 226 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola BURLANDO REGRAS E CONSTRUINDO SIGNIFICADOS EM REDE: A EXPERIÊNCIA DE CRIANÇAS NO FACEBOOK Merylane Cândido dos Santos (UEPB) Rubenice Lopes de Sousa (UEPB) Marta Lúcia de Souza Celino (UEPB - orientadora) O entendimento de que as crianças, na atualidade, experienciam outros modos de viverem a infância e dão novos significados ao mundo, numa cultura que é própria da cibercultura, impulsionou-me a investigar o processo de construção de significados das crianças usuárias da rede social Facebook, procurando compreender sua forma de ser e de viver em meio às novas tecnologias de comunicação e de informação. A pesquisa realizada é do tipo netnográfica (MERCADO, 2012), com utilização da observação no Facebook, onde foram coletados os dados. Tomaram-se como sujeitos da pesquisa 10 crianças (5 meninas e 5 meninos). O estudo se fundamentou em autores como: Couto Junior (2012), Sarmento (2008), Ariès (1981), Veen & Vrakking (2009), Vygotsky (1989), dentre outros. O estudo mostrou que, burlando regras, as crianças mergulham no Facebook, fazendo uso cada vez mais dessa rede social para se comunicar e se relacionar. Revelam uma nova maneira de interagir com o mundo, ressaltando visões acerca da escola. Tais achados nos revelam que a escola precisa atentar para os discursos em torno de suas práticas, repensá-las e inserir as novas interfaces tecnológicas nas experiências de ensino em classes de crianças. IDENTIDADES FEMININAS NO FACEBOOK Maria Valdelange Virginio da Silva (UPE) Poliana Mireli Barbosa Leite (UPE) Jaciara Josefa Gomes (UPE - orientadora) Em visitas a página da comunidade “Feministas do Brasil”, no Facebook, surgiu a inquietação de analisar postagens e comentários de mulheres sobre questões emblemáticas. Percebemos lutas marcantes das mulheres por direitos iguais, a mulher embora continue vítima de muitos preconceitos reclama para si outros papéis sociais, assumindo direitos sobre seu corpo, sobre sua sexualidade e lutando contra a opressão machista no Brasil. Nesse cenário, observamos que há posicionamentos distintos que mudam de contexto para contexto. Por isso, o presente trabalho objetiva investigar a construção de identidades femininas no Facebook. Para tanto, analisaremos os significados identificacionais do discurso, segundo a proposta de Fairclough (2001). Tal construção se efetiva nos estilos, ou seja, na maneira como alguém se identifica e identifica o outro. Vamos analisar a modalidade na perspectiva da análise crítica do discurso (ACD), conforme apresentam Resende e Ramalho (2006). Para a investigação, foram selecionados postagens e comentários a respeito de questões feministas relacionadas à violência, ao movimento da marcha das vadias e ao estatuto nascituro, no período de junho a julho de 2013. Esse estudo nos permite mostrar, entre outras questões, que todo discurso é moldado por relações de ideologia e poder que refletem e constroem a organização social. #Hipertexto2013 l 227 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PO -09 OBJETOS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA COMO ALTERNATIVA À DISLEXIA Jucelio Soares dos Santos (UEPB) Rodrigo Alves Costa (UEPB) Crianças que possuem dislexia enfrentam uma série de dificuldades no processo de aprendizagem. Um dos problemas mais significativos é a dificuldade de associar os sons às letras. Embora haja um esforço por parte do aluno, a dificuldade em juntar as letras para formar sílabas e em juntar as sílabas para formar palavras compromete os primeiros passos na escrita e na leitura. Diante de tal necessidade, uma alternativa proposta para superar essas barreiras é a utilização de recursos educacionais digitais. Neste trabalho, apresentaremos um estudo bibliográfico e uma análise de objetos de aprendizagem colaborativa, apontando sua importância na utilização no processo de ensino de crianças disléxicas. A pesquisa tem por objetivo apontar quais benefícios os objetos de aprendizagem proporcionam para uma educação significativa e inclusiva dessas crianças no âmbito escolar. Como resultado, tais ferramentas, através de atividades lúdicas e de caráter educacional, proporcionam espaços relevantes que, uma integradas a ações multidimensionais, contribuem para aprendizagem de alunos disléxicos, especialmente na fase de alfabetização. AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DAS TICS COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR NO ENSINO DA HISTOLOGIA NAS FACULDADES DE ODONTOLOGIA DA REGIÃO SUDESTE José Klidenberg de Oliveira Júnior (UFCG) Thaynan Escarião Nóbrega (UFCG) Marco Antônio Dias da Silva (UFCG - orientador) As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) surgem como uma forma auxiliar no processo de ensino, associada à internet essas tecnologias possibilitam a consolidação da aprendizagem. Objetivou-se avaliar a presença das TIC como ferramenta complementar no ensino da histologia nas Faculdades de Odontologia da Região Sudeste. Para tanto, utilizou-se o banco de dados disponível em <www.e-mec.org.br> para acessar e avaliar as webpages dos cursos de Odontologia. Foi observado que das 87 instituições analisadas, apenas quatro (5%) possuíam site da disciplina de histologia e que a TIC mais utilizada foram figuras. Na segunda parte da pesquisa enviou-se um questionário online aos responsáveis pela disciplina através da plataforma Google Docs®. Foram recebidas dez respostas, nas quais oito dos professores afirmavam que apesar de não possuir um site para a disciplina de histologia costumam indicar 228 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola conteúdo online para o aprendizado. Outros dois docentes disseram possuir um site de acesso restrito aos seus alunos para disponibilizar, sobretudo imagens. Conclui-se que a Região Sudeste mostrou-se deficiente quanto ao uso das TIC como ferramenta complementar no ensino da histologia nos cursos de Odontologia, o que possivelmente gera escassez de fontes confiáveis para estudo online. O DITO HIPERTEXTO: EM MARCELINO Karla Karine Claudino Tenório (UPE) Elcy Luiz da Cruz (UPE - orientador) Na obra de Marcelino Freire “Era o dito” as palavras ganham diferentes sentidos e maneiras de provocarem o leitor, dotada de recursos semióticos o entrelaçamento hipertextual na construção desta escrita passa por uma mesma plataforma enunciativa, uma maneira própria do autor dispor a apresentação não linear, e não sequencial dos ditos aqui analisados. Por se tratar de uma obra que traz em sua estética a revolução digital; é possível repensar à pós-modernidade através de frases “que foram inspiradas livremente em provérbios, ditados, locuções, palavras e pensamentos de domínio público”, (FREIRE, 2002). Ao introduzir esta leitura “semiótica” e “hipertextual” do livro “Era o dito” transversalmente pelos aportes teóricos de Gomes (2010); Xavier (2009) e Santaella (2005) são possíveis refletir o processo de escrituração produzido por Marcelino Freire (2002). Os métodos aqui abordados foram de levantamentos bibliográficos de revisões literárias, tendo como foco principal a análise dos “hyperlinks” e “downloads”, nas informações expressas no contexto da obra Freiriana. Considera-se que em “Era o dito” as palavras clamam por significados, inaugurando por meio desses micro-contos o fazer literário, Terry Eagleton (2001) nos dar a possibilidade de discutir sobre o pós- estruturalismo na obra fictícia A VIDEOAULA NA EAD: DIFERENTES CONCEPÇÕES E PRÁTICAS Leandro Gracioso de Almeida e Silva (UFJF) Noélia Bonfim Silva (UFJF) Eliane Medeiros Borges (UFJF) Com a expansão da educação a distância (EaD), fez-se necessário discutir alguns aspectos relativos ao conceito de videoaula e à produção de material audiovisual voltado a esta modalidade de ensino. Foi objeto de estudo deste trabalho a produção de material audiovisual para a Ead de três instituições que ministram cursos a distância, sendo estas a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal de Juiz de Fora e, com o objetivo de comparação, videoaulas produzidas pela Khan Academy. Embora o uso de mídias seja uma característica inerente à EaD, salientase que o suporte pedagógico videoaula, ao ser trabalhado por diferentes instituições, possui características particulares, tanto quanto a seu método de preparação como com relação ao seu uso efetivo. Foram analisados nesse trabalho uma amostra dos vídeos disponíveis destas #Hipertexto2013 l 229 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias instituições e, com base nessa análise, pretendeu-se perceber qual era a concepção de videoaula adotada, e com quais objetivos o material foi produzido. Para isto parte-se do suporte de teorias e princípios advindos do campo da Comunicação e da Pedagogia. DESENVOLVIMENTO DE PORTAL WEB ACESSÍVEL PARA A APAE PETROLINA Micarlla Anniele Pinheiro de Melo (IF Sertão-PE) Eudis Oliveira Teixeira (IF Sertão-PE - orientador) A inclusão social fornece oportunidades iguais a todos independentemente de condições financeiras, formação física ou cor de pele. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Petrolina insere socialmente pessoas com necessidades especiais proporcionando tratamento, educação, habilitação e reabilitação. Para divulgar o trabalho realizado pela APAE foi construído um portal web que reúne experiências vivenciadas pela instituição, informações para voluntariado e doações, com características acessíveis e de usabilidade. O portal foi desenvolvido com o suporte de manutenção do gerenciador de conteúdo Joomla. A interface foi prototipada inicialmente em papel (paper prototype), foi aperfeiçoada com a ferramenta de edição vetorial Inkscape e utilizou-se o framework CSS Twitter Bootstrap para criar uma interface simples, fácil de utilizar e acessível. Recursos de acessibilidade utilizados: legendas nas imagens, ajuste da fonte e contraste entre conteúdo e plano de fundo, permitindo que usuários de baixa visão compreendam o conteúdo do portal. Ao final, realizou-se uma capacitação dos gestores da APAE para efetuarem manutenções no website. Por fim, esse projeto proporcionou divulgar através de um website simples e acessível o trabalho da instituição perante a sociedade. PO -10 E-BOOK MULTIPLATAFORMA: UM RECURSO EDUCATIVO PARA ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS SURDAS Márcio Cleyton Vasconcelos Barbosa (UFPE) Tamires Maria de Lima Silva (UFPE) Anna Rita Sartore (UFPE - orientadora) É inegável a presença das tecnologias digitais nas atividades corriqueiras dos indivíduos da sociedade contemporânea. Estas têm promovido mudanças de paradigmas e protocolos de ação da sociedade hodierna. Assim, seus recursos devem atender a todos, inclusive viabilizando acessibilidade. Nesse sentido, foi proposta a criação de um e-book multiplataforma, voltado para ações de ensino e aprendizagem de crianças surdas, devido à escassez de materiais educativos, 230 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola em português, para tablets e sistemas operacionais Windows, Macintosh e Linux, direcionado a esse público. O e-book é baseado no livro Brincando com origami: portas da imaginação, da autora Constância M. Soares, e foi elaborado a partir da técnica de animação Stopmotion, que tem como característica a captura fotográfica das pequenas variações de movimento. Ainda na elaboração do objeto educacional, utiliza-se softwares como iBooks Author e o Adobe Premiere para animação e efeito de imagem. Além da versão da história disposta por uma intérprete de LIBRAS . Como arcabouço teórico foram utilizadas as significativas contribuições de autores como Barbosa (2005), Almeida (2005) e Coll e Monereo (2010), acerca das novas tecnologias digitais em prol da informação e da ampla comunicação. MAPA INTERATIVO DO PARQUE DOIS IRMÃOS Thays Ferreira da Silva (UFRPE) Thais Karoline Ferreira da Silva (UFRPE) Gilberto Amado de Azevedo Cysneiros Filho (UFRPE - orientador) Mapa é a representação virtual de uma área. Com o avanço da tecnologia, mapas interativos começaram a surgir com mais frequência, principalmente para fins comercias e estatísticos. O mapa interativo vai além de escalas e legendas, pois comporta uma gama de informações diferenciadas. Sobretudo com o auxílio do hipertexto, que possibilita a adição de links a partes importantes, é possível construir o mapa de forma a atender as mais diferentes necessidades. Este artigo descreve a criação de mapas interativos com HTML e CSS para educação ambiental. A educação Ambiental ainda não está bem relacionada com as Tecnologias da Informação e Comunicação, de forma que falta material digital apropriado para o ensino da educação ambiental. O mapa interativo é dinâmico, pode acentuar a curiosidade e, por se tratar de uma página web, é capaz de propagar suas informações rapidamente. A metodologia consistiu na criação do mapa do Parque Dois Irmãos por alunos da UFRPE com auxilio de pesquisa de assuntos ambientais e introdução às linguagens CSS e HTML. Cada aluno ficou responsável em criar uma parte do mapa do parque em que modificaram um modelo de página aplicando dados e conhecimentos aprendidos. Agregando recursos tecnológicos e educação ambiental. REVISTA SINALE: UMA NOVA CONCEPÇÃO DE CONTEÚDO EM TABLET PARA SURDOS Mariane Pires Ventura (UFSC) Mariana Ciré de Toledo (UFSC) Rita de Cássia Romeiro Paulino (UFSC - orientadora) A revista Sinale é um produto para tablet voltado principalmente para o público surdo, cujo objetivo é criar um modelo de publicação com recursos que facilitem a compreensão da informação por eles. Por ser um protótipo de revista bilíngüe Português-Libras, a publicação oferece recursos como tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) de todos os textos da #Hipertexto2013 l 231 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias revista, através de um vídeo contendo um intérprete. Os recursos visuais e interativos também foram amplamente utilizados com intuito de tornar a leitura uma experiência multissensorial. A importância dessa revista se dá pelo fato de que os surdos por não escutarem, não aprendem a ler e a escrever como os ouvintes que associam as palavras escritas àquilo que ouvem, e em muitos casos não aprendem a Língua Portuguesa. Logo, é visível a necessidade do desenvolvimento de recursos para a acessibilidade e inclusão através da Libras. A Sinale é o resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso produzido por duas acadêmicas da Universidade Federal de Santa Catarina. Ao final do processo de produção da Sinale, foram realizados testes de navegação e usabilidade com o público surdo e ouvinte o qual teve resultado bastante positivo. CONTRIBUIÇÕES INTERDISCIPLINARES NA FORMAÇÃO DOCENTE COM O USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS Tatiana Palma Guerche (UFSM) Matheus Moreno dos Santos Camargo (UFSM) Andréia Machado Oliveira (UFSM - orientadora) O presente artigo aborda o projeto de extensão “Arte e TIC: contribuições interdisciplinares na formação docente”/UFSM (160h - Edital Proext 2013) constituindo-se de ações de formação continuada e qualificação no ensino com o uso das TIC, particularmente com dispositivos móveis, voltadas para professores da rede pública, em especial professores vinculados ao curso de especialização de TIC aplicadas à Educação/CAL/UFSM. Entende-se que o campo da Arte e Tecnologia pode contribuir de maneira privilegiada para o ensino das TIC, uma vez que trabalha com especificidades da linguagem hipermídia e hipertextual. O foco do trabalho é qualificar professores para que possam interagir de maneira reflexiva com alunos integrantes de uma geração digital, através do uso deTablets em sala de aula. Nesta abordagem sobre Arte e Tecnologia e TIC, busca-se voltar à tecnologia e seus modos de produção em escolas, possibilitando uma dupla construção nos agenciamentos entre tecnologia e sociedade: as interfaces tecnológicas constituem formas de subjetividade, determinam maneiras de pensar, agir e sentir. O contato com ferramentas web e uso de Tablets para professores da rede pública participantes do projeto é uma maneira de apropriarem-se do conhecimento tecnológico e aplicá-lo em sala de aula. DADOS ESTATÍSTICOS DO PORTAL CAPTE Manoela Albertoni da Silveira (SENAC-SC) Nádia Henedi Lemos Simão (Faculdade SENAC-SC) Eli Lopes da Silva (Faculdade SENAC-SC - orientador) O objetivo deste trabalho é apresentar os números referentes às publicações de Webquests e acessos na plataforma do Centro de Apoio às Práticas e Tecnologias na Educação, o Portal CAPTE, desde sua criação no ano de 2012. O CAPTE enquanto grupo de pesquisa, objetiva 232 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola fomentar o uso de tecnologias, sobretudo digitais, nas práticas pedagógicas. Os resultados abordam índices estatísticos significativos de acessos e submissões de docentes da Faculdade de Tecnologia Senac Florianópolis, bem como, as variáveis de temáticas relacionadas a tecnologia e seu contexto multidisciplinar. A observação estatística possibilita o acompanhamento do fluxo da informação no portal e em contrapartida, a trajetória e iniciativas do grupo de pesquisa a promover o interesse dos docentes em publicações. As contribuições evidenciam a escolha por um espaço em que Webquests são elaboradas e disponibilizadas para consultas sem necessidade de cadastro de login, uma vez que, torna relevante as iniciativas de divulgação. PO -11 MENINO DESLIGA O CELULAR QUE EU QUERO DAR AULA! Jocielle Viviane Soares de Souza (UFERSA) Francisco Rayron Ribeiro Barreto (UFERSA) Rita Diana Freitas Gurgel (UFERSA - orientadora) Atualmente as escolas do Brasil vêm inserindo através de programas federais equipamentos tecnológicos que facilitam e auxiliam no processo ensino aprendizagem. Sabemos que conhecer e utilizar os recursos tecnológicos sem suas práticas pedagógicas para alguns professores não é fácil, muitos desconhecem ou resistem ao uso das TIC’s. Além dos computadores é muito frequente os alunos utilizarem celulares sem fins de aprendizagem, o que acaba comprometendo as atividades em sala de aula. É comum ouvirmos professores determinando que os alunos desliguem seus celulares para começarem as aulas, entretanto, o celular é um instrumento que pode ser utilizado interdisciplinarmente. A afirmativa parte da observação feita numa escola de Assú/RN, onde há dificuldades de lecionar devido a problemática acima citada. A falta de estratégia para utilizar esses e outros recursos no planejamento de atividades desafiadoras, chamou nossa atenção para o receio dos professores em relação às TIC’s, nos levando a querer orientá-los quanto aos benefícios da utilização dos equipamentos digitais, contribuindo para um ensino atraente e prazeroso, realizando primeiramente uma entrevista com professores e alunos sobre do uso do celular, iniciando então o trabalho de orientação. Entretanto para construção do nosso trabalho incorporamos as atribuições teóricas de Fazenda (2012), Kensky (2003) e outros. #Hipertexto2013 l 233 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias MOBILIDADE DIGITAL NA ESCOLA: OS DESAFIOS DO PROGRAMA UCA EM SANTA CATARINA Sabrina de los Santos Silveira (UDESC) Elisa Maria Quartiero (UDESC - orientadora) Valdeci Reis (UDESC - orientador) Este trabalho discute resultados de pesquisa sobre a inserção de laptops do Programa UCA (Um Computador por Aluno) em uma escola pública municipal, localizada em Jaraguá do Sul, estado de Santa Catarina. Investigou-se os usos dos laptops educacionais por estudantes e professores dentro e fora de sala de aula e as possíveis melhorias na qualidade do ensino e da aprendizagem. As ações ocorreram durante o ano de 2012 e envolveram o levantamento de dados – por meio de entrevistas e grupos focais – sobre a infraestrutura disponível para o uso dos equipamentos assim como a formação dos professores e ações de apoio ao seu uso na Escola. O estudo foi realizado em torno de duas linhas de análise: uma destinada à avaliação global da inserção dos laptops, junto aos gestores. A segunda teve como objetivo analisar e compreender os eventuais ganhos com a inserção dos laptops na Escola e identificar possíveis práticas inovadoras, com entrevistas aos professores e grupos focais com estudantes. A intenção foi abranger o valor que os participantes dão a este projeto – “Um Computador por Aluno” - e a forma como incluíram esta tecnologia no cotidiano escolar. MOBILIDADE NA FORMAÇÃO DOCENTE: INSIGHTS DA ELABORAÇÃO DE UM APLICATIVO MÓVEL PARA PROFESSORES DE INGLÊS Carlos Alberto Hildeblando Junior (UFES) Sabrina Ponath Peruzzo (UFES) Kyria Finardi (UFES - orientadora) Este trabalho é parte de um projeto de iniciação científica cujo objetivo é elaborar, analisar e compilar materiais, objetos e aplicativos didáticos para o ensino de língua estrangeira. O principal produto do projeto de pesquisa é a elaboração de um blog para apoio e formação de professores de inglês com língua estrangeira. Um dos aplicativos do blog elaborado será a compilação de uma biblioteca virtual e de um repositório virtual de atividades e conteúdos didáticos para professores de inglês. A proposta deste trabalho é migrar esse aplicativo para telefones móveis com acesso à internet a fim de disponibilizar seus conteúdos para professores em quaisquer ambientes. A proposta deste trabalho se baseia na teoria de e-learning e m-learning e em estudos sobre o uso de aparelhos móveis para o aprendizado do inglês (por exemplo, CARVALHO, 2012; GEORGIEV, 2004; GRADDOL, 2006; MORENO & MAYER, 2007; OLIVEIRA, 2008; O’MALLEY, 2003; QUINN, 2000; SANTOS COSTA, 2013). A apresentação abordará a fase de metodologia para compilação dos conteúdos que comporão a biblioteca e repositório virtual bem como resultados preliminares da elaboração da proposta. 234 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola NTICS NO ENSINO DE LI: EXPERIÊNCIA Maria Virginia dos Santos Souza (UEPB) Um dos desafios que rodeiam o trabalho docente é utilizar as NTICs nas aulas, na tentativa não só de torná-las mais dinâmicas e interativas, mas de fazer com que essas ferramentas se tornem aparatos que melhorem as aulas de LI. Nesta perspectiva, investigamos, sob a ótica do ISD, com Bronckart (2006) e Machado (2009) que nos forneceu as vozes, como categoria de análise; da Ergonomia da Atividade e na Clínica da Atividade com Amigues (2004) e Clot (2007 [1999]) respectivamente; dos PCNEM (2000) e de Perrenoud (2000), entre outros, porque poucos professores de LE conseguem incluir as NTICs a sua metodologia, visando identificar quais impedimentos circundam o fazer desses profissionais. Para alcançar nosso objetivo, tivemos como dado para análise o discurso dos PCNs e a fala de uma professora de LI da rede pública de ensino no Estado da Paraíba. Ao final de nosso estudo, os resultados sugerem que: os PCNs indicam os professores como responsáveis pelo uso das NTICs; e a professora, mesmo com dificuldades, consegue desenvolver atividades em sua sala através das NTICs. POLÍTICAS DE FORMAÇÃO WEBTECNOLÓGICA DE PROFESSORES DE QUÍMICA Beatriz Silva Oliveira (IFMS) Azenaide Abreu Soares Vieira (IFMS - orientadora) A presente pesquisa objetiva mapear programas que contemplam a formação webtecnológica do professor de Química. Para tanto, fizemos estudo dos Programas oferecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), pela Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/ MS), pela Secretaria Municipal de Educação de Coxim (SEMEC/COXIM) e analisamos o Projeto do Curso de Licenciatura em Química oferecido pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), câmpus de Coxim. Buscamos com a investigação responder as seguintes perguntas de pesquisa: a) quais projetos de informatização da educação e ações de formação webtecnológica são desenvolvidos junto a professores de Química? b) os cursos oferecidos contemplam as políticas de integração de tecnologias na educação? Trata de uma pesquisa bibliográfica e análise documental. As informações foram coletadas mediante estudo minucioso de Programas e Projetos cujos objetivos são de melhorar a qualidade do ensino de Química, mediante utilização de recursos webtecnológicos. A pesquisa tem como base teórica os estudos sobre Educação do século XXI e Educação e Tecnologia. O estudo revela que há um crescente processo de modernização da educação mediante integração de Tecnologias da Informação (TI), entretanto há alguns obstáculos na formação do professor de Química. #Hipertexto2013 l 235 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PO -12 AS NOVAS RELAÇÕES DO SUJEITO COM O TEXTO NA MÍDIA: UMA REFLEXÃO PARA A SALA DE AULA Mirelle da Silva Monteiro (UEPB) Linduarte Pereira Rodrigues (UEPB - orientador) A contemporaneidade é marcada por um notável crescimento tecnológico. O uso das diversas tecnologias e aparelhos portáteis permite uma nova forma de comunicação realizada no espaço virtual denominado também de ciberespaço. Este espaço de comunicação proporciona o acesso instantâneo e aos mais variados textos. É perceptível uma mudança na relação do homem com a leitura e as práticas linguísticas. Os gêneros textuais, como afirma Bonini (2011), têm sofrido modificações e assumido outras formas de representação: alguns gêneros midiáticos são compostos de outros gêneros e chamados de hipergêneros. Partimos do pressuposto de que boa parte de nossos alunos estão utilizando diariamente o ciberespaço para ler e produzir textos, e que o professor de língua portuguesa deve, segundo Marcuschi (2001; 2008), analisar a língua e o texto como um conjunto de práticas sociais vinculadas aos seus usos. Apoiados também nas contribuições teóricas de Dolz & Schneuwly (2010) e Fávero (2007), e mediante uma pesquisa qualitativa, buscamos apresentar os resultados de um estudo que averiguou se os professores em formação acadêmica do curso de Letras (Língua Portuguesa), da UEPB, abordaram o hipergênero e o hipertexto, na elaboração de suas sequências didáticas, exigidas como parte das atividades da componente curricular Estágio Supervisionado IV (2013.1). AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E ALGUMAS IMPLICAÇÕES PARA O PROCESSO EDUCATIVO Emanuelle de Souza Barbosa (UFPE) Pedro Brandão da Costa Neto (UFPE) O presente trabalho tem como objetivo debater sobre as transformações causadas pela incorporação das tecnologias digitais na educação. Para tanto, buscou-se indícios de como o projeto da modernidade tem interferido (ou interferiu) na disseminação das tecnologias, bem como, em que medida a crise que esse projeto tem vivenciado influencia na organização das políticas educacionais. Além disso, oferecemos algumas perspectivas teóricas que visualizam os artefatos tecnológicos disseminadores de informações como objetos sociais catalisadores de mudanças desejáveis na sociedade e no espaço escolar. Diante disso, consideramos que é papel da escola indagar quais alterações lhe são demandadas por uma sociedade que se vê cercada pelas tecnologias digitais contemporâneas. Enfatizamos a necessidade de enxergar a 236 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola chegada das TIC ao ambiente educacional, através de lentes críticas, capazes de considerar tanto as possibilidades que apresentam, quanto os riscos que camuflam. Utilizou-se as abordagens de Bauman (1999); Foucault (1987) e Maia & Barreto (2012). ATIVIDADE PEDAGÓGICA COM ANIMAÇÃO EM 3D: UM ESTUDO DE CASO COM A FERRAMENTA BLENDER E COM CÂMERAS ESTEREOSCÓPICAS Alexsandro Learte Santos (UFMA) Angelo Rodrigo Bianchini (UFMA - orientador) Este trabalho tem como objetivo apresentar e avaliar uma atividade pedagógica que utiliza como metodologia as tecnologias de animação em 3D. Estas tecnologias são um dos principais métodos de reprodução computacional da natureza óptica da fisiologia humana e se constituem um importante meio para a comunicação com adolescentes e jovens. A metodologia tem como pressuposto a aplicação das tecnologias de animação em 3D com enfoque na técnica de estereoscopia anaglífica, como um instrumento midiático para o processo de ensinoaprendizagem. Para tanto, adotamos a Teoria Histórico-Cultural como fundamentação pedagógica para o trabalho, tendo como principais eixos norteadores: mediação, zona de desenvolvimento, atividade e motivação. As ações que compõem a metodologia são: a) construção dos óculos 3D; b) apropriação dos conceitos e comandos básicos da ferramenta Blender 3D; c) desenvolvimento de uma animação; d) criação de um vídeo em 3D com o uso das câmaras estereoscópicas; e e) apresentação das atividades desenvolvidas para a comunidade escolar. Espera-se com este trabalho que as tecnologias de animação de 3D contribuam como instrumentos mediadores no processo de ensino e aprendizagem, possibilitando aos discentes vivenciar experiências que antes só eram possíveis por meio de imagens ilustrativas de livros. CORRELAÇÕES ENTRE A TEORIA DA PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA E A FILOSOFIA DO SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃO William Lídio Carvalho de Sousa (UEPB) Rosângela de Araújo Medeiros (UEPB - orientadora) o contexto da educação atual, existe uma variedade de tecnologias digitais que podem ser trabalhadas no universo educativo. Mas ainda temos muito a investigar nessa área, porque fazse necessário ampliarmos as formas de explorar e pensar sobre a utilização de tais tecnologias na educação. Nesse sentido, organizamos uma pesquisa bibliográfica, que teve como objetivo identificar as correlações teóricas entre a Programação Neurolinguística (PNL) e a filosofia do software livre, voltados para a educação. Para tanto, construímos um resumo do corpus teórico da PNL a partir das ideias de Richard Bandler e John Grinder (1987), Alain Cayrol e Patrick Barrère #Hipertexto2013 l 237 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias (1997) e buscamos embasamento nas proposições de Sergio Silveira (2004), Vicente Aguiar (2009), Rafael Evangelista (2010) e Francisco Caminati (2013). Pudemos verificar que conceitos básicos da PNL, como sistemas de representação, rapport e feedback podem ser correlacionados a filosofia e até ao uso do software livre na educação, na medida em que é adaptável aos diferentes contextos e necessidades de aprendizagem. DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS EDUCACIONAIS POR SEUS USUÁRIOS: FERRAMENTAS E FACILITADORES Tancicleide C. S. Gomes (UFRPE) Jeane C. B. de Melo (UFRPE) A integração de práticas de aprendizagem móvel dentro dos espaços escolares vêm apresentando um crescimento significativo, buscando explorar as características particulares oferecidas pelos dispositivos móveis para a construção do conhecimento. Contextos autênticos de aprendizagem móvel fomentam a aprendizagem de forma ubíqua: em qualquer lugar e a qualquer momento. Objetivando um melhor aproveitamento das especificidades dos dispositivos móveis no âmbito educacional, este trabalho apresenta um levantamento de ferramentas que permitem que usuários que não possuem conhecimento técnico-formal em programação possam criar aplicações para os mesmos. Assim, professores e estudantes não familiarizados com este tipo de programação podem desenvolver suas próprias aplicações para dispositivos móveis. O resultado deste trabalho é uma avaliação das principais ferramentas disponíveis para as plataformas Android, iOs e Windows Phone, a partir da análise de diversos critérios técnicos e pedagógicos. Adicionalmente, são apresentados artefatos criados a partir destas ferramentas, bem como possíveis práticas pedagógicas que facilitem a incorporação da aprendizagem móvel. PO -13 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO CURSO DE GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL): NORMATIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO Maria Fernanda de Oliveira Souza (UFAL) Gilcileide Rodrigues da Silva (UFAL - orientadora) A construção desse trabalho intitulado Educação a Distância no Curso de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL): normatização e implantação surgiu mediante ao seguinte questionamento: Em quais parâmetros legais está regulamentada a modalidade da educação a distância (EAD) do curso de Geografia Licenciatura na Universidade Federal de Alagoas? A partir desse questionamento buscamos entender as particularidades na estruturação 238 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola dos cursos ofertados a distância, refletido no Projeto Político Pedagógico - PPP. Portanto, como alternativa metodológica optou-se pela abordagem qualitativa através da pesquisa documental, por meio do método analise documental. A coleta dos dados foi realizada mediante visitas nos sites do Ministério da Educação (MEC) e Secretaria de Educação a Distância (SEED). Possibilitandonos verificar inicialmente que, em relação à elaboração do projeto político pedagógico do curso de Geografia Licenciatura à distância, o mesmo encontra-se devidamente construindo, conforme as exigências estabelecidas na regulamentação em vigor. Desse modo, pensar na elaboração de cursos à distância, é entender o que é ensinar e aprender do ser professor e aluno, e compreendendo o que é educação como fundamento primeiro, antes de organizar um curso a distância. EDUCOMUNICAÇÃO NO AGRESTE PERNAMBUCANO Paula Cavalcante (FAVIP/DeVry) Jucielli Pereira (FAVIP/DeVry) Mariano Hebenbrock (FAVIP/DeVry) Educomunicação pressupõe uma colaboração estreita e efetiva entre duas disciplinas – a comunicação e a educação. O projeto em questão visa à aproximação entre a instituição de ensino, Favip/DeVry e a Escola Padre Zacarias Tavares na comunidade do Salgado, zona centro da cidade de Caruaru através da aplicação prática dos conceitos visto em sala de aula à realidade dos alunos. Objetiva-se levar o conhecimento científico acadêmico à sociedade, promovendo o desenvolvimento regional, através de práticas comunicacionais, permitindo uma apropriação, pelos alunos, das mídias e tecnologias da comunicação na produção de seus próprios veículos. Para isso, utilizar-se-ão os seguintes métodos: observação participativa, oficinas de meios de comunicação, técnica de entrevista, palestras, reuniões de pautas, construção de blog, exposição fotográfica, entre outras que podem – e devem – ser sugeridas pela comunidade. Tais práticas terão como aportes teóricos, a Newsmaker de Mauro Wolf (2003) e Nilson Lage (2003) e Agenda Setting de McCombs & Shaw (1972). Como conclusões, aspiramos contribuir para o desenvolvimento regional da localidade, o bem estar social da comunidade, a facilitação da aprendizagem, o aprimoramento do relacionamento aluno/professor e a ampliação do conhecimento. LES CRABES: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA SOBRE O ENSINO DO FLE PARA CRIANÇAS A PARTIR DE CARTAS E LIVROS INFANTIS Lorena Kathy Valentim Santos (UFPE) Joice Armani Galli (UFPE - orientadora) O presente artigo trará uma reflexão sobre o ensino-aprendizado do Francês Língua Estrangeira (FLE) para crianças da Comunidade Caranguejo Tabaiares, localizada na cidade de Recife. Analisaremos as práticas pedagógicas do projeto de extensão Les Crabes (Os Caranguejos) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que é supervisionado pela professora Dra. Joice #Hipertexto2013 l 239 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias Armani Galli e realizado por uma estudante de Letras-Francês. Este projeto foi pensado à partir de um contrato institucional feito em 2009 por ocasião do “Ano da França no Brasil”, entre as prefeituras de Recife e Nantes (França). A parceria entre as duas cidades aproximou a Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares do projeto francês “Nantes lit dans la rue” (Nantes lê na rua) realizado pelo Atelier do 14, o que proporcionou a troca de cartas e livros infantis entre as duas instituições. A partir da abordagem reflexiva sobre o ensino do FLE para crianças das autoras Hélène Vantier (2011) e Martine Menès (2012). Procuraremos analisar como este intercâmbio intercultural pode contribuir para o progresso do ensino do francês para um público infantil. PRODUÇÃO DE MATERIAIS INSTRUCIONAIS POR PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO Izabelly Soares de Morais (UFPB) Jonnathann Silva Finizola (UFPB) Flávia Veloso Costa Souza (UFPB - orientadora) Ana Liz Souto Oliveira (UFPB - orientadora) Este estudo tem a finalidade de analisar métodos para produção de materiais instrucionais com objetivo de propor metodologias para elaboração desses materiais por professores do ensino médio. Para isso, serão identificados métodos e ferramentas existentes para produção de diferentes materiais instrucionais que possam ser adaptados para serem utilizadas pelos professores. Também será disponibilizado um ambiente onde professores possam discutir e trocar experiências sobre a prática docente usando tecnologias e o desenvolvimento de materiais instrucionais. Esse ambiente terá a finalidade de motivar os docentes na produção de recursos para apoiar o aprendizado de conteúdos específicos. Para realização do trabalho, serão feitas pesquisas sobre métodos e ferramentas de produção de materiais instrucionais. Em seguida, será organizado tutorial e ambiente apresentando as metodologias, ferramentas e recursos que podem ser desenvolvidos. Serão organizadas oficinas e seminários para formação dos professores visando o desenvolvimento de materiais instrucionais e elaboração de projetos de ensino. Espera-se contribuir para a produção de recursos que possam apoiar a aprendizagem dos alunos e melhoria da prática docente. Acreditamos que a possibilidade do professor disponibilizar um material que tenha sido desenvolvido visando atender as demandas de sua realidade proporcionará maior motivação do professor no uso de tecnologias na prática docente. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, VERDADES, MITOS E DESAFIOS DA EAD: A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE LICENCIATURA DA MODALIDADE DE ENSINO A DISTÂNCIA Amanda Glaucia dos Santos Lucena (UFPE) O presente estudo teve como finalidade identificar as representações sociais sobre Educação a Distância a partir da percepção de estudantes de licenciatura que optaram por essa modalidade de ensino, buscou-se promover uma reflexão sobre questões relacionadas à EAD, destacando 240 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola como o tema está sendo abordado, e percebido pelos discentes. Essa pesquisa teve como base a Teoria das Representações Sociais de Moscovici (1961), mencionando os principais aspectos da mesma, com o intuito de compreender a construção da percepção dos estudantes. Assim, a partir da compreensão dessas representações, pode-se refletir como os discentes dessa modalidade de ensino definem a mesma; sobre os desafios enfrentados pelos aprendizes dessa modalidade, e por fim, investigar a veracidade de afirmações comuns acerca da EAD. Metodologicamente, esta pesquisa é de abordagem qualitativa, foram considerados dados quantitativos e qualitativos fornecidos pelos sujeitos participantes, estes foram submetidos à Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), a qual possibilitou um levantamento das representações sociais dos estudantes sobre a EAD, e a aplicação de questionários, os quais possibilitaram verificar como os alunos percebem algumas questões polêmicas relacionadas a essa modalidade de ensino, e entre elas definir quais são verdades e mitos. VIDEOCLIPES, FILMES, TEASERS, ANIMAÇÕES E FORMAÇÃO ESCRITA DOCENTE Ágnes Christiane de Souza (UFPE) Elilson Gomes do Nascimento (UFPE) Angela Paiva Dionisio (UFPE - orientadora) No projeto A Leitura de Linguagens Diversas- PIBID Letras UFPE, a utilização de filmes, videoclipes, teasers, animações etc perpassa desde as reflexões teóricas e práticas da formação pedagógica até as etapas de produção bibliográfica. O “Cine Letras” é uma atividade contínua, mensal, que consiste na exibição e debate de filmes, documentários e entrevistas com temáticas atreladas à formação docente. O presente trabalho por objetivo discutir como a utilização de diversos gêneros em vídeo perpassam as ações do PIBID Letras, sobretudo na formação escrita do docente, salientando a criticidade na escolha das mídias em sua sala de aula. Como bases teóricas, recorremos a Apkon e Scorcese (2013), sobre cinema e letramento visual, e Marcuschi e Dionisio (2011) sobre gêneros textuais e multimodalidade. As atividades do “Cine Letras” subsidiaram a produção da Série Verbetes Enciclopédicos, uma vez que, como participantes-autores, contávamos com certa familiaridade com os recursos cinematográficos que nos guiou e, de certa forma, orientou nas escolhas das “imagens em movimento” e seus aspectos multimidiáticos, os quais passaram a funcionar como estratégia discursiva nos textos dos verbetes. #Hipertexto2013 l 241 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias PO -14 ROBÓTICA EDUCATIVA COM LEGO MINDSTORMS: UM METODOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO INTEGRAL Jaian Tales Gomes Santos (UEPB) A robótica educacional sugere a utilização de kits de robótica educacional, como mediadores do conhecimento, que além de garantir o desenvolvimento, servem como facilitadores no processo de ensino-aprendizagem. Desenvolvendo no aluno características motivacionais, colaborativas e de produção. A partir da robótica torna-se necessária a utilização de conceitos de diversas disciplinas para a construção de modelos, levando os alunos em uma rica vivência interdisciplinar. A construção dos protótipos robóticos se caracteriza por apresentar simulações de um ambiente real, proporcionando aos envolvidos, situações de diferentes magnitudes, que devem ser superadas, com acerto, até que se alcancem os objetivos desejados. Com a implantação do Programa Ensino Médio Inovador, as escolas estão incluindo em seu currículo o desenvolvimento de projetos pedagógicos que trabalhem com as tecnologias da informação e comunicação como mediadoras do conhecimento, por meio das disciplinas de macrocampos. Pensando nessas contribuições foi desenvolvido na escola de Ensino Médio Inovador Padre Jerônimo Lauwen o projeto Robótica Livre Educacional. O projeto tem como objetivo, desenvolver nos discentes o conhecimento sobre a construção de protótipos robóticos, sua programação, controle e a utilização de softwares livres, estimulando o pensamento crítico e reflexivo dos alunos, proporcionando práticas de socialização e interação, pesquisas, autonomia. A APRENDIZAGEM DA ESCRITA MULTIMODAL DIDÁTICA Raquel Lima Nogueira (UFPE) Larissa Ribeiro Didier (UFPE) Angela Paiva Dionisio (UFPE - orientadora) Com base na vivência A Leitura de Linguagens Diversas (PIBID Letras 2011-2013), e na noção de sala de aula como cenários de gêneros textuais (Bazerman 2006), dois cenários surgiram como questões de gêneros textuais: a sala de aula do professor em formação (graduandos) e a sala de aula da escola básica (espaço de intervenção do graduando). O espaço sala de aula é um fórum complexo de escrita, no qual o estudo da língua se pauta na noção de um objeto heterogêneo, social, histórico e o estudo dos gêneros/textos num artefato multissemiótico e psicossóciohistoricamente construído (Marcuschi, 2008; Bazerman, 2005, 2006; Rojo, 2012). Apresentaremos, neste trabalho, o processo de apropriação de escrita de verbetes enciclopédicos multimodais, ressaltando etapas de pesquisa e seleção de outras linguagens, de elaboração do texto escrito multimodal e ações de autoria numa perspectiva didática. Busca-se contribuir para a melhoria 242 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola do desempenho dos alunos da escola pública, ao abordarmos questões de leitura, envolvendo recursos semióticos, uma vez que as avaliações nacionais têm apontado tal inabilidade como um problema a ser superado. O DESENHO ANATÔMICO NA AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA: SUGESTÕES DIDÁTICAS PARA O ENSINO MÉDIO Cássia Fernanda de Oliveira Costa (UFPE) Daniella Duarte Ferraz (UFPE) Angela Paiva Dionisio (UFPE - orientadora) O desenho anatômico consiste na representação de organismos vivos, através de traços e cores. Para a sua produção, são necessárias observações dos seres organizados a serem representados. Com o Renascimento, tal gênero passou a ser encontrado além das telas. Unindo os conhecimentos artísticos às descobertas feitas pelos estudos provenientes da dissecação, os renascentistas tornaram o desenho anatômico científico e multissistêmico. O desenvolvimento das tecnologias possibilitou o aprimoramento dos usos do desenho anatômico, como o computador, que tornou possível a criação de novas técnicas de desenho através de softwares especializados. Investigar gêneros multissemióticos que atendem a diferentes áreas do currículo escolar, objetivando construir materiais didáticos que favoreçam a ampliação do conhecimento enciclopédico e do letramento multissemiótico compreende uma das ações do PIBID Letras (CAPES-UFPE). O desenho anatômico, verbete da Série Verbetes Enciclopédicos, constitui o nosso objeto de estudo. Neste trabalho, destacamos a produção de sugestões didáticas fundamentadas nesse verbete e que se baseiam teoricamente em Kress & van Leeuwen (2001); Bazerman (2005) e Dionisio (2011). A elaboração dessas sugestões favoreceu o uso da diversidade de gêneros e de mídias. Para os alunos, as sugestões proporcionaram uma experiência interdisciplinar e a possibilidade de ver um mesmo gênero em diversos domínios. PERFIL DE LEITOR: A CONSTRUÇÃO DE EXPERIÊNCIAS NO ENSINO MÉDIO Anne Caroline Araújo de Lima (UFPE) Mariana Bandeira Alves Ferreira (UFPE) Angela Paiva Dionisio (UFPE - orientadora) Ao nos depararmos com a resistência dos alunos para realizar algumas das atividades propostas com gêneros multimodais, com a falta de flexibilidade cognitiva para tentar compreender por afirmarem desconhecer gêneros utilizados nas questões, com a falta de identidade dos alunos como leitores, sentimos a necessidade de uma intervenção que buscasse estimular no aluno como leitor independente de quais fossem suas opções de leituras. Apoiados em Bazerman (2005, 2006), Marcuschi (2008), Dionisio (2011) e Rojo (2012), planejamos, no âmbito do no âmbito do PIBID Letras UFPE a unidade de estudo “Perfil de Leitor” para séries iniciais do ensino #Hipertexto2013 l 243 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias médio. Durante as intervenções didáticas, foram discutidos os hábitos de leitura dos alunos, o gênero textual Perfil (perfil de celebridades, Currículo Vitae, perfil Facebook, por exemplo), para, em seguida, serem elaborados os Perfis de Leitor de cada aluno das turmas envolvidas no projeto. Os perfis foram materializados em cinco gêneros textuais diferentes: calendário 2013, bloco de anotações, pôster de parede, marcadores de livro e livro em pdf. Este ação inicial serviu de motivação e de orientação para as sugestões didáticas que estão sendo construídas a partir de textos multimodais informativos. OS EDUCADORES FRENTE ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E ÀS POLÍTICAS DE INCLUSÃO DIGITAL: EM FOCO O PROINFO E O ALUNO CONECTADO Pedro Brandão da Costa Neto (UFPE) Emanuelle de Souza Barbosa (UFPE) O presente trabalho aborda uma discussão referente às TIC – Tecnologias da Informação e da Comunicação – e a introdução dos elementos que elas proliferam na sociedade na educação, considerando-se a necessidade de novas estratégias pedagógicas para inserção e uso dos novos equipamentos tecnológicos oferecidos às instituições de ensino, com vista à inclusão digital dos estudantes, entendida como essencial para inclusão social dos indivíduos na contemporaneidade. Deste modo, reflete sobre as políticas de inclusão digital no Brasil, mais especificamente, sobre o PROINFO e sobre o programa ALUNO CONECTADO, posto em prática pelo Governo do Estado de Pernambuco no ano de 2012. Investiga-se como esses programas se estabelecem no cotidiano das escolas contempladas e quais as suas limitações, bem como o que tem orientado o uso dos equipamentos tecnológicos disponibilizados às instituições escolares no que refere-se ao desenvolvimento de estratégias didático-pedagógicas pelos professores com vista a aprendizagem dos estudantes. Quanto aos resultados da investigação, observa-se que adjacente a maior democratização do acesso de alunos com o computador e a internet não é propiciada a formação adequada dos professores para fazer bom uso dessas tecnologias. Tece-se o trabalho a partir das apreciações teóricas de Coll e Monereo (2010), Kenski (2008), Warschauer (2006), entre outros. 244 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola PO -15 A AULA DE INFORMÁTICA COMO UM ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO PARA O LETRAMENTO DIGITAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA Gustavo Leal Silva (UFPB) Junio Santos da Silva (UEPB) O homem vive um processo de aprimoramento constante, com o advento da revolução tecnológica suas atividades tomaram rumos imprescindíveis, e a quebra de paradigmas acompanham toda essa evolução. Nos mais variados espaços de dinâmica humana são possíveis dialogar frente ás novas Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC. Este artigo objetiva relatar, a experiência vivenciada com o papel das TIC na Educação, através das aulas de informática com estudantes do ensino fundamental menor da Escola dos Meninos de Jesus, localizada no município de Duas Estradas – Paraíba, onde se trabalha animações de personagens a partir do desenvolvimento de histórias relatadas pelos mesmos. Para realizar este trabalho usufruímos do software Microsoft Power Point e de literaturas infantis. De acordo com os autores Moreira (2012), Bawden (2008), Gilster (2006) as TIC não se restringem apenas no manusear de um equipamento, trata-se também de ser letrado digitalmente, ou seja, utilizar-se dessas novas ferramentas e saber avaliar o que esta sendo posto a sua frente. Com isso, o espaço utilizado aqui das aulas de informática, oferece os primeiros passos para o letramento digital, com uso de softwares e métodos de ensino que incentive a leitura e a criatividade do estudante. A ESCOLA NA CIBERCULTURA: CARACTERIZAÇÃO DO NATIVO E DO IMIGRANTE DIGITAL NA ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA DA CIDADE DE PATOS PB Pablo Roberto Fernandes de Oliveira (UEPB) Rosângela de Araújo Medeiros (UEPB - orientadora) Os alunos da atual geração, nascida na Era Digital, são denominados Nativos Digitais, que cresceram junto com as tecnologias digitais e desenvolveram habilidades que as gerações passadas não possuem – os Imigrantes Digitais. Ainda assim, dados nos alertam sobre a exclusão digital. Desta forma, o objetivo desta pesquisa é identificar como estão caracterizados o Nativo, o excluído e o Imigrante Digital na escola pública e privada da cidade de Patos PB. Realizamos, portanto, um estudo de caso comparativo em duas escolas de ensino médio, uma pública e outra particular, a fim de constatarmos a presença destes em escolas que atendem diferentes grupos sociais. Como técnica de coleta de dados, aplicamos questionários e entrevistas com os gestores destas instituições, assim como aos professores e alunos. Como resultado pudemos observar #Hipertexto2013 l 245 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias que a escola pública tem sido inserida na Cibercultura, principalmente através de programas governamentais como o ProInfo, percebemos também a diferença do Nativo Digital da Escola Pública – muitos excluídos digitais – e da Escola Privada, assim como os Imigrantes Digitais – professores e gestores –, de ambas as escolas, ainda enfrentam dificuldades na utilização dos recursos digitais. Nosso próximo passo assim é estender esta pesquisa para as demais escolas de Patos PB e região. A INTERGENERICIDADE EM TIRINHAS DE MEMES DO FACEBOOK José André de Lira da Silva (UFRPE) Morgana Soares da Silva (UFRPE - orientadora) Este trabalho, recorte de nosso projeto de pesquisa de TCC em andamento, tem por objetivo analisar a ocorrência do fenômeno da intergenericidade em tirinhas de memes compartilhadas no Facebook, um ambiente midiático singular, que engendra, graças à sua interface e às suas ferramentas, uma crescente manifestação deste novo tipo de tira. Para alcançar o objetivo desta apresentação, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa e explicativa (XAVIER, 2010), com um corpus composto de três tirinhas coletadas no Feed de Notícias do Facebook, de 1 a 7 de agosto de 2013. O marco teórico utilizado são os estudos de Marcuschi (2000, 2002, 2008) acerca dos gêneros textuais, para quem a intergenericidade é uma estratégia sociocomunicativa de mescla de gêneros. Um debruçamento investigativo sobre os memes é de suma importância tanto para a compreensão de suas características e de suas funções quanto para a percepção de como ocorre a intergenericidade nas divertidas tirinhas. Os resultados preliminares apontam para a riqueza linguístico-textual do gênero analisado e para sua massiva veiculação no ciberespaço, especialmente na rede social enfocada. A INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA Larissa Cunha (UFERSA) Hélida Fernandes (UFERSA) Samuel Lopes (UFERSA) Este trabalho tem como objetivo apresentar o uso da internet nas escolas como instrumento pedagógico no auxilio a aprendizagem. Trata-se de uma analise, tendo como enfoque as escolas e suas estratégias de ensino. Dentro da sala de aula a internet ainda é pouco utilizada pelos docentes, sabemos que muitos deles ainda não recebem formação apropriada para o uso de novas tecnologias como parte de suas metodologias de ensino, tornando assim a aula na visão dos discentes comum como tantas outras. A insegurança de ministrar conteúdos com uma máquina que pouco se sabe a respeito pode restringi-los de utilizá-la. Então, se tratando de um conhecimento ainda em descoberta a insegurança se faz presente os impedindo muitas vezes de utilizar uma ferramenta como a internet, que é tão eficaz quanto um acervo de livros em uma biblioteca, que vem para somar e facilitar os saberes. Nesse contexto, a principal utilização de 246 l #Hipertexto2013 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola aplicações de blogs, pesquisas, e redes sociais na área de educação são métodos apresentados como ferramentas facilitadoras dos conteúdos ministrados, visando uma aula dinâmica, atrativa, e de maior eficácia na construção do conhecimento. Como resultados apontamos as experiências que acompanhamos em escolas do município de Angicos, Rio Grande do Norte. AS NOVAS RELAÇÕES DO SUJEITO COM O TEXTO NA MÍDIA: UMA REFLEXÃO PARA A SALA DE AULA Mirelle da Silva Monteiro (UEPB) Linduarte Pereira Rodrigues ( UEPB - orientador) Estudo da identidade maranhense através da língua escrita na Web. Focaliza, de maneira concisa, as particularidades da escrita digital como um fenômeno inerente à língua, uma vez que trata de um elemento dinâmico: a variação linguística. Nessa perspectiva, esse estudo desenvolve-se embasado nos pressupostos teóricos da Sociolinguística, destacando-se, dentre outros teóricos, as concepções de Calvet, o qual assevera que as variações não são uma deformidade da língua, mas o registro da diversidade da linguagem de um povo. A metodologia é de base qualitativa e empregará como princípio de coleta de dados a construção de um corpus, constituído de imagens e comentários de internautas coletados na página da rede social Facebook - Indiretas Ludovicenses. Pela linguagem empregada nos textos capturados na página da rede social escolhida, é possível apreender os sentidos da cultura do usuário da língua na web, visando ao resgate e à valorização dos usos e costumes regionais do povo maranhense. #Hipertexto2013 l 247
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