BARROS, Adriano José. GEOTECNOLOGIAS, ENSINO MÉDIO E
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BARROS, Adriano José. GEOTECNOLOGIAS, ENSINO MÉDIO E
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA MESTRADO EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL ADRIANO JOSÉ DE BARROS GEOTECNOLOGIAS, ENSINO MÉDIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: DESAFIOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA BELO HORIZONTE 2015 ADRIANO JOSÉ DE BARROS GEOTECNOLOGIAS, ENSINO MÉDIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: DESAFIOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário UNA, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre. Área de concentração: Inovações sociais e desenvolvimento local Linha de pesquisa: Educação e Desenvolvimento Local Orientadora: Profª. Drª. Adilene Gonçalves Quaresma. BELO HORIZONTE 2015 B277g Barros, Adriano José de Geotecnologias, ensino médio e desenvolvimento local: desafios para o ensino de geografia. / Adriano José de Barros. – 2015. 230f.:il. Orientadora: Profa. Dra. Adilene Gonçalves Quaresma. Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário UNA, 2015. Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local. Inclui bibliografia. 1. Geografia – estudo e ensino. 2. Ensino médio. 3. Desenvolvimento social. I. Quaresma, Adilene Gonçalves. II. Centro Universitário UNA. III. Título. CDU: 658.114.8 Ficha catalográfica desenvolvida pela Biblioteca UNA campus Guajajaras CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, PESQUISA E EXTENSÃO MESTRADO EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL Dissertação Intitulada “Geotecnologias, Ensino Médio e Desenvolvimento Local: Desafios para o Ensino de Geografia”. do(a) mestrando(a) Adriano José de Barros, aprovada pela banca examinadora, constituída pelos seguintes professores: ______________________________________________________ Prof.ª Dra. Adilene Gonçalves Quaresma (orientadora) – UNA _____________________________________________________ Prof. Dr. Claudio Márcio Magalhães - UNA ______________________________________________________ Prof. Dr. João Bosco Laudares - Puc- Minas ________________________________________________________________ Prof.ª Dra. Lucília Regina de Souza Machado Coordenadora do Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local- UNA BELO HORIZONTE, 28 DE MAIO DE 2015 “Os que ignoram as condições geográficas - montanhas e florestas - desfiladeiros perigosos, pântanos e lamaçais - não podem conduzir a marcha de um exército.” (Sun Tzu) DEDICATÓRIA A Deus, qυе sе mostrou criador, qυе foi criativo. Sеυ fôlego dе vida еm mіm mе fоі sustento е mе dеυ coragem para questionar realidades е propor sempre υm novo mundo dе possibilidades. À minha família meus pais Levindo de Barros e Maria Pompeia Quintão Barros ao meu irmão Alessandro Levindo de Barros e minha avó Venina e aos meus amigos pelas palavras de incentivo e apoio durante o processo. AGRADECIMENTOS Aos todos profissionais do Centro Universitário - UNA, em especial a todos os professores do Mestrado em Gestão Social Educação e Desenvolvimento Local, pela paciência nа orientação е incentivo qυе tornaram possível а conclusão desta pesquisa. À minha orientadora, professora Drª. Adilene Quaresma, pela orientação, pelo convívio, pеlо apoio, pеlа compreensão е pela amizade que permitiu a conclusão desta pesquisa Aos colegas do Mestrado, foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е nо desenvolvimento dеstа pesquisa. Aos diretores e professores das escolas da cidade de João Monlevade em Minas Gerais. Resumo A dissertação apresenta resultados da pesquisa sobre o uso das Geotecnologias nas escolas de Ensino Médio na cidade de João Monlevade em Minas Gerais. Por intermédio de uma pesquisa qualitativa descritiva, buscou-se identificar o uso das geotecnologias pelos professores do Ensino Médio nas escolas pesquisadas. Na estrutura da pesquisa apontamos o seguinte objetivo geral: analisar as possibilidades que a Geotecnologia oferece para o desenvolvimento dos objetivos educacionais do ensino de Geografia, com a finalidade de desenvolver proposta de intervenção educacional com características de inovação social e grande potencial para o desenvolvimento local. Os objetivos específicos têm como vieses analisar a literatura especializada sobre a importância do uso da Geotecnologia no Ensino Médio; Identificar as dificuldades no uso de geotecnologias apresentadas por professores e alunos do Ensino Médio e descrever as possibilidades do uso da Geotecnologia no Ensino Médio. Para a coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário estruturado com perguntas relacionadas ao uso e características das geotecnologias aos profissionais docentes de Geografia. Com embasamento no resultado, foi desenvolvido pelos pesquisadores uma capacitação em Geotecnologia com o viés de validar a pesquisa com base em duas contribuições, primeiro desenvolver o profissional professor pesquisado e traçar um paralelo com os sujeitos sobre a sua visão de geotecnologia antes e depois da capacitação. Com base nos resultados alcançados, foi possível apontar questões que entravam o uso da geotecnologia no sistema educacional por parte dos professores no Ensino Médio, como a falta de tempo do professor devido ao trabalho em duas ou mais escolas para a sua complementação econômica, obstáculos decisivos para não se desenvolver e se capacitar academicamente em termos Geotecnológicos, somado a falta de instituições que ofereçam cursos com viés Geotecnológico na região. Como produto técnico, atendendo à exigência do mestrado profissional, foi criado um tutorial técnico Geotecnológico para auxiliar os professores de Geografia em sua prática educativa, aliando as questões teóricas e práticas e desenvolvendo a aprendizagem no contexto da educação tendo em vista o desenvolvimento local. Palavras-chave: Educação. Geotecnologia. Geografia. Ensino Médio. Desenvolvimento Local. ABSTRACT The dissertation presents research findings on the use of Geo in high schools in João Monlevade in Minas Gerais. Through a descriptive qualitative research, we sought to identify the use of geo by high school teachers in the schools surveyed. In the structure of the research point out the following general objective: to analyze the possibilities that offers Geotechnology for the development of educational goals geography teaching, in order to develop proposed educational intervention with social innovation features and great potential for local development. The specific objectives are as biases analyze the literature on the importance of using Geotechnology in high school; Identify the difficulties in the use of geo given by teachers and high school students and describe the possibilities of the use of Geotechnology in high school. For data collection, the following instruments were used: questionnaire with questions related to the use and characteristics of the geo geography teachers professional. With basement in search results, was developed by researchers with training in Geotechnology with bias validate research based on two contributions, first develop the teacher researched professional and draw a parallel with the subjects about their geospatial viewing before and after training . Based on the achieved results, it was possible to point out issues that hinder the use of geotechnology in the educational system by teachers in high school, as lack of teacher time because of work in two or more schools to their economic complementarity, decisive obstacles not to develop and qualify academically in Geotecnológicos terms, plus the lack of institutions offering courses Geotecnológico bias in the region. As a technical product, compliance with the requirements of the professional master's degree, a technical tutorial Geotecnológico to help Geography teachers in their educational practice was created, combining the theoretical and practical issues and developing learning in the context of education with a view to local development. Keywords: Education. Geo technology. Geography. High School. Local Development. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dados Tempo Funcionamento das Escolas da Pesquisa.............................84 Tabela 2: Dados do Cursos de Extensão...........................................................97 LISTA DE QUADROS: Quadro 1: Relação Perguntas do Questionário e Categorização......................................87 Quadro 2: Categorização e Perguntas da Entrevista.......................................................99 Quadro 3: Funções dos Satelites Artificiais...............................................................140 Quadro 4: Relação de Sites com arquivos Shapefiles.............................................152 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Resultado do Projeto Coordenadas Geográficas..........................................39 Gráfico 2- Projeto Coordenadas Geográficas...................................................... 39 Gráfico 3 - Projeto Coordenadas Geográficas.................................................................40 Gráfico 4- Gênero...........................................................................................................85 Gráfico 5 - Idade dos Docentes........................................................................................86 Gráfico 6- Graduação Professores................................................................................86 Gráfico 7- Formação Voltada para a Geotecnologia................................................88 Gráfico 8 -Classificação das Capacitações.....................................................................89 Gráfico 9 -Oferta de Cursos Geotecnológicos pelas Instituições..................................90 Gráfico 10-Dificuldades Para Incorporar Novas Ferramentas Geotecnológicas.................................................................... ........................91 Gráfico 11- Avaliação da Capacidade de Utilizar Geotecnologia.................................92 Gráfico 12 -Condição Atual da Escola no uso de Internet na Geotecnologia...........................................................................................93 Gráfico 13- Classificação do Espaço Físico da Escola.....................................................93 Gráfico 14 -Participação em Projetos Interdisciplinares com Viés Geotecnológico.........95 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Latitude e Longitude .................................................................................................... 38 Figura 02 Projeções de Datum Global e Local Brasil................................................................ 38 Figura 03 Projeções do Planeta Terra......................................................................................... 40 Figura 04 Sistemas Cartográficos Latitude e Longitude ........................................................... 41 Figura 05 Localização Territorial de João Monlevade– Latitude /Longitude...........................42 Figura 06 Sistema de Posicionamento Global - GPS ............................................................... 42 Figura 07 Fusos Horários no Mundo .......................................................................................... 47 Figura 08 Telas do Sistema SPRING - INPE. .......................................................................... 48 Figura 09 S Funcionamento do sistema de posicionamento Global – GPS. .......................... 51 Figura 10 Painel Global- Registro de Terremotos em Tempo Real .......................................... 57 Figura 11 Apolo 11- Registro de Terremotos em Tempo Real. ................................................. 57 Figura 12 Site do Instituto de Pesquisas Espaciais- INPE. ..................................................... 60 Figura 13 Site NASA –Agencia Espacial Americana – Estação Espacial ............................... 60 Figura 14 Drenagem João Monlevade. ...................................................................................... 64 Figura 15 Área da Vegetação de João Monlevade. .................................................................. 64 Figura 16 Área da cidade de João Monlevade .......................................................................... 64 Figura 17 Área Bairros de Joao Monlevade. .............................................................................. 64 Figura 18 Localização do Município de João Monlevade. ........................................................ 83 Figura 19 Imagem de Satélite do Município de João Monlevade ............................................ 84 Figura 20 LABGEO – Laboratório de Geoprocessamento e Geologia ................................... 97 Figura 21 MinhaTeca.br/cursogeotecnologia. ............................................................................ 98 Figura 22 Site INPE - Entrada ................................................................................................... 121 Figura 23 INPE-Escolha dos Satélites ...................................................................................... 122 Figura 24 INPE-Escolha do Sensor. .........................................................................................122 Figura 25 Site INPE – Intervalo das Cenas................................................... ........................ 122 Figura 26 Site INPE- Porcentagem Nuvens. ............................................................................ 123 Figura 27 Site INPE-Tamanho das Imagens ............................................................................ 123 Figura 28 Site INPE-Busca Região ........................................................................................... 129 Figura 29 Site INPE-Executar. ................................................................................................... 123 Figura 30 Site INPE – João Monlevade.................................................................................... 124 Figura 31 Site INPE Área das Imagens....................................................................................124 Figura 32 Site INPE Imagens....................................................................................................125 Figura 33 Site INPE Área Carrinho e Localização da Imagem................................................125 Figura 34 Site INPE Compra da Imagem.................................................................................126 Figura 35 Site INPE Fechamento do Pedido............................................................................126 Figura 36 Site INPE Confirmação do Pedido...........................................................................126 Figura 37 Site INPE Confirmação do Pedido Via E-mail..........................................................127 Figura 38 Site INPE Link da Imagem no e-mail.......................................................................127 Figura 39 Site CdBrasil.............................................................................................................127 Figura 40 Site CdBrasil –Minas Gerais....................................................................................128 Figura 41 Site CdBrasil Cidades..............................................................................................128 Figura 42 Site CdBrasil João Monlevade.................................................................................129 Figura 43 Site CdBrasil- Carta da Região................................................................................129 Figura 44 Site CdBrasil- Direcional..........................................................................................129 Figura 45 Site RELEVOBR......................................................................................................130 Figura 46 Site RELEVOBR –Estados do Brasil.......................................................................130 Figura 47 Site EMBRAPA- Grade de Cartas Relevo...............................................................131 Figura 48 Site EMBRAPA – Região João Monlevade.............................................................131 Figura 49 Site EMBRAPA – Download Carta SE-23-Z-D........................................................132 Figura 50 Site EMBRAPA- Armazenando carta SE-23-Z-D.................................................. 133 Figura 51 Site Floodmap.net....................................................................................................133 Figura 52 Site Floodmap.net - Layout.……………………………………….......................…..134 Figura 53 Site Floodmap.net –Demonstração Região de João Monlevade...........................136 Figura 54 Painel Global Registro de Terremotos em Tempo Real..........................................136 Figura 55 Apolo 11-Registro de Terremotos em Tempo Real..................................................136 Figura 56 Site - Curso de Geotecnologia.................................................................................137 Figura 57 Acesso ao Site Dropbox...........................................................................................138 Figura 58 Site Dropbox- FAVOMES.........................................................................................138 Figura 59 Sputnik 1...................................................................................................................140 Figura 60 Sistema de Posicionamento Global - GPS..............................................................141 Figura 61 Botões GPS..............................................................................................................142 Figura 62 GPS - Thumb Stick...................................................................................................143 Figura 63 GPS-Definições. ...................................................................................................... ..144 Figura 64 Layout do GPS – Unidades...................................................................................145 Figura 65 Layout do GPS – Satélites.................................................................................... 145 Figura 66 Layout do GPS- Area Marcação Ponto.................................................................146 Figura 67 GPS Salvando Ponto............................................................................................ 147 Figura 68 Layout do Trek Maker –Interface…………………………………………………. . .147 Figura 69 Layout do TrekMaker Identificação GPS...............................................................148 Figura 70 Layout do TrekMaker Captura de Dados...............................................................148 Figura 71 Layout do Trek Maker Pontos................................................................................149 Figura 72 Trek Maker Transformação Ponto em Arquivo .SHP.............................................149 Figura 73 Layout GPS – Bússola e Altímetro.........................................................................150 Figura 74 Layout Site Qgis.....................................................................................................151 Figura 75 Layout Site Qgis Área Downloads.........................................................................151 Figura 76 Layout Site MinhaTeca-Curso de Capacitação.....................................................152 Figura 77 Layout do Windows 7-Instalação Qgis..................................................................153 Figura 78 Site Qgis Ubuntu Linux..........................................................................................154 Figura 79 Qgis Complementos.............................................................................................. 156 Figura 80 Qgis Plugin Profile Tool..........................................................................................156 Figura 81 Menu Iniciar............................................................................................................157 Figura 82 Layout Qgis............................................................................................................157 Figura 83 Layout Qgis Selecionar os Dados SHP.................................................................158 Figura 84 Layout Qgis Anexo .SHP........................................................................................158 Figura 85 Layout Qgis Anexo .SHP...................................................................................... .158 Figura 86 Layout Qgis Mapa Minas Gerais............................................................................159 Figura 87 Layout Site Qgis Filtrar...........................................................................................159 Figura 88 Layout Qgis Consulta.............................................................................................160 Figura 89 Layout Qgis - ABA Valores.....................................................................................160 Figura 90 Layout Qgis Visualização.......................................................................................161 Figura 91 Layout Qgis Visualização do Perímetro da Cidade...............................................161 Figura 92 Layout Qgis Propriedades do SHP.........................................................................162 Figura 93 Layout Qgis Renderização da Camada.................................................................162 Figura 94 Layout Qgis- Cor.....................................................................................................163 Figura 95 Camada Vazada ........................................................................................................ 163 Figura 96 Layout Qgis - Nomeando do SHP ............................................................................ 164 Figura 97 Layout Qgis – Rotular Camada SHP............................................. ........................ 164 Figura 98 Área da Cidade João Monlevade ............................................................................. 165 Figura 99 Layout Qgis - Novo Compositor Mapa .................................................................... 165 Figura 100 Layout Qgis - Compositor Mapa. ........................................................................... 166 Figura 101 Layout Qgis Novo Mapa. ........................................................................................ 166 Figura 102 Layout Qgis Inserir Rosa dos Ventos .................................................................... 167 Figura 103 Layout Site Qgis Inserir Rosa dos Ventos...........................................................167 Figura 104 Layout Qgis Inserir Legenda................................................................................168 Figura 105 Layout Qgis Inserir Escala...................................................................................168 Figura 106 Layout Qgis Inserir Textos. ................................................................................... ..169 Figura 107 Layout Qgis Mapa Final JoãoMonlevade........................................................... 169 Figura 108 Layout Qgis Adicionar Camada SHP Mapa Local ................................................ 170 Figura 109 Layout Qgis Adicionar Camada SHP-Minas Gerais............................................. 170 Figura 110 Layout Qgis Filtrar................................................................... .............................. 171 Figura 111 Layout Qgis Seleção Cidade .................................................................................. 172 Figura 112 Layout Qgis Ver Tudo . ............................................................................................ 172 Figura 113 Layout Qgis Add Google Satélite Layer ................................................................. 173 Figura 114 Layout Qgis Google Satélite. .................................................................................. 173 Figura 115 Layout Qgis Traçado Município João Monlevade ................................................. 174 Figura 116 Layout Qgis Propriedades – Estilo-Transparência. .............................................. 174 Figura 117 Limite Geográfico João Monlevade com Qgis e Google Earth...........................175 Figura 118 Layout Qgis Google Street Layer ........................................................................... 175 Figura 119 Layout Qgis Aproximar e Afastar. ........................................................................... 176 Figura 120 Site EMBRAPA Imagem SE-23-Z-D …………………………… .......................... 176 Figura 121 Qgis Adicionar Camada Raster ............... ............................................................. 177 Figura 122 Qgis Visualização Camada Raster ........................................................................ 177 Figura 123 Qgis Raster Analise de Terreno.............................................................................. 178 Figura 124 Qgis Salvando Projeto de Analise Raster ............................................................. 178 Figura 125 Qgis Analise Imagem Raster. ................................................................................. 179 Figura 126 Qgis Projeto Analise de Relevo .............................................................................. 179 Figura 127 Qgis Propriedades da Camada Raster ................................................................. 180 Figura 128 Qgis Aproximar Camada Raster da Cidade de João Monlevade ....................... 180 Figura 129 Qgis Plugin Terrain Profile ...................................................................................... 181 Figura 130 Qgis Perfil Traçado do Relevo do Território .......................................................... 182 Figura 131 Qgis Propriedades de Projeção da Imagem ......................................................... 182 Figura 132 Qgis Salvando Imagem de Analise ........................................................................ 183 Figura 133 Qgis Perfil do Território. ........................................................................................... 183 Figura 134 Qgis Imagem Raster Curvas de Níveis ................................................................. 184 Figura 135 Qgis Extração de Contorno da Imagem Raster.................................................... 184 Figura 136 Qgis Inserir SHP para Extração de Contorno ....................................................... 185 Figura 137 Qgis Carregar Sistema Extração de Contorno. .................................................... 185 Figura 138 Qgis Finalização Extração de Contorno da Imagem ........................................... 186 Figura 139 Qgis Estilo Graduando Imagem Raster.. ............................................................... 186 Figura 140 Qgis Curvas de Nível Imagem Raster ................................................................187 Figura 141 Qgis Adequação SHP João Monlevade..............................................................187 Figura 142 Qgis Localização do Território de João Monlevade ............................................. 188 Figura 143 Qgis Curvas de Nível da cidade de João Monlevade .......................................... 188 Figura 144 Qgis Rotulação da Imagem Sistema de Elevação ............................................... 189 Figura 145 Qgis Imagem Rotulada ........................................................................................... 189 Figura 146 Qgis Mapa das Curvas de Nível de João Monlevade ........................................190 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES AGB – ASSOCIAÇÃO DOS GEOGRAFOS DO BRASIL BSS - BROADCASTING SATELLITE SERVICE CBCs – CONTEUDO BASICO CURRICULAR CEBERS - CBERS - SATÉLITE SINO-BRASILEIRO DE RECURSOS TERRESTRES. EDUCASERE- EDUCAÇÃO DE SENSORIAMENTO REMOTO ESRI (ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE) GPS – SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL IBGE – INSTITUTO BRASILERO DE GEOGRAIA E ESTATISTICA INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INPE – INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS ISS - INTERNATIONAL SPACE STATION LDB – LEI DE DIRETRIZES E BASES MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA MSS - MOBILE SATELLITE SERVICE NASA - NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION – ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DA AERONÁUTICA E DO ESPAÇO PCN – PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO SIG - SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA UEMG - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS UFOP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Sumário 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................22 2. O Ensino de Geografia, Geotecnologia e Desenvolvimento Local...............26 2.1 . Introdução..........................................................................................................27 2.2 . Ensino da Geografia..........................................................................................27 2.3 . O ensino da geografia na virada do século XXI.................................................33 2.4 . A tecnologia na educação: as Geotecnologias como recurso didático e sua contribuição para o ensino da Geografia.............................................................48 2.5 . As Geotecnologias nas aulas de Geografia e o Desenvolvimento Local...........62 2.6 . Considerações Finais........................................................................................66 2.7 . Referências.................................................................................................................67 3. O Professor de Geografia e Sua Prática Profissional Geotecnologica: E Seu Papel no Ensino Médio.....................................................................................73 1. Introdução...........................................................................................................74 2. Discussão Teórica...............................................................................................77 3. Procedimentos Metodológicos............................................................................82 4. Cenário de Estudo...............................................................................................83 4.1 Sujeitos da Pesquisa.........................................................................................85 4.2. Caracterização do Sujeito..................................................................................85 5. Apresentação e Análise dos Dados da Pesquisa................................................86 6. Curso de Capacitação em Geotecnologia...........................................................97 7. Considerações Finais........................................................................................116 8. Referências.......................................................................................................117 4. Guia de Práticas Geotecnológicas................................................................119 1. Introdução...........................................................................................................120 2. Sites Geotecnologicos.....................................................................................121 2.1 . Adquirindo imagens de satélite INPE..............................................................121 2.2 . Adquirindo Imagens de Satélite CDBRASIL....................................................127 2.3 . Adquirindo Imagens de Satélite pelo Site RELEVOBR...................................130 2.4 . Adquirindo Imagens de Relevo pelo Site EMBRAPA......................................131 2.5 . Trabalhando com Site Floodmap.net...............................................................133 2.6 . Trabalhando Relevo Interno com o Site Painel Global e Apolo 11..................135 2.7 . Trabalhando e Adquirindo Shapefire. Site da Capacitação MINHATECA / Cursodegeotecnologia......................................................................................137 2.8 . Sistema Faça Você Mesmo – FAVOMES.......................................................137 3. GPS e TRAKMAKER Como Ferramentas Geotecnologicas.........................139 3.1 Adquirindo Pontos e Trilhas..............................................................................139 4. Software QGIS Ferramenta Geotecnologica..................................................150 4.1. O que é o QGIS...............................................................................................150 4.2. Procedimentos de Instalação e Download do QGIS........................................153 4.3. Instalação do QGIS 2.2 em Estações com Linux Ubuntu................................154 4.4. Complementos Geotecnológicos do Qgis.......................................................155 4.5. Atividades com o Software QGIS...................................................................157 4.5.1.Mapa Temático de Território no QGIS............................................................157 4.5.2.Mapa Temático Usando Google no Território QGIS.......................................170 4.5.3.Mapa de Análise do Relevo do Território no QGIS........................................176 5. Considerações Finais......................................................................................191 6. Referências.....................................................................................................191 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................193 8. REFERÊNCIAS...............................................................................................194 APÊNDICES....................................................................................................203 Apêndice A - Acesso ao Site do Instituto de Pesquisa Espacial-INPE............203 Apêndice B - Roteiro Questionário para professores......................................206 Apêndice C - Roteiro de Entrevista para os Professores................................209 Apêndice D - Projeto do Curso de Capacitação..............................................210 Apêndice E – Plano de Aula do cursos de Capacitação.................................218 Apêndice F – Entrevistas da Pesquisa............................................................222 ANEXOS Anexo I - Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário UNA...............................................................................................................223 Anexo II Convênio com a UEMG para o curso de capacitação......................226 Anexo III - Termo de Esclarecimento Livre e Esclarecido...............................227 Anexo IV - Termo de Compromisso de Cumprimento da Resolução 466/2012.............................................................................................................229 22 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa teve como objeto de estudo o uso das Geotecnologias no Ensino médio, nas escolas da cidade de João Monlevade em Minas Gerais. A abordagem central da pesquisa pautou-se em compreender como o uso das Geotecnologias poderá tornar o ensino de Geografia mais significativo para professores em seu meio profissional. As Geotecnologias consistem em ferramentas de cunho tecnológico que apresentam vieses multidisciplinares e multiprofissionais, sendo consideradas com a nanotecnologia e a cibernética, a nova fronteira da evolução humana. O termo Geotecnologia é desconhecido para uma grande parte da população devido a sua contemporaneidade na sociedade. As novas tecnologias expressam as inovações e o progresso científico da humanidade provocadas pela revolução tecnológica da telecomunicação, e informação no mundo contemporâneo, desafiam o homem a dominar as inovações tecnológicas. A concepção de tecnologia está atrelada a um recurso desenvolvido com o objetivo de resolver problemas relativos a necessidades enfrentadas pelos sujeitos numa dada formação social (OLIVEIRA, 1999, p151). A passagem acima, de Oliveira (1999) demonstra a relação estreita entre o ser humano e a tecnologia. Esse paradigma mostra a Geotecnologia como um novo indutor do conhecimento científico educacional, desenvolvendo novas visões e suportes para o aprendizado de forma evolutiva e interdisciplinar. Nesta linha de pensamento Oliveira (1999, p.101.) afirma que “[...] as tecnologias são produtos da ação humana, historicamente construídos, expressando relações sociais [...]”. Assim pode-se observar a conectividade humana nas relações básicas do mundo no qual a tecnologia cria novas concepções. Diante desse fato, tem-se o nascimento de novas disciplinas, inexistentes nos últimos anos, como exemplo, a própria Geotecnologia e o Geoprocessamento que participam do princípio de mudanças e revoluções dos setores da produtividade mundial. Dentro do universo de investigação, percebe-se que a utilização da Geotecnologia na prática educativa possibilita a evolução do interesse e da criatividade do aluno, a fim 23 de contribuir para a melhoria do seu desempenho acadêmico e de sua aprendizagem. Somada a esses fatores existe ainda a ampliação social na relação interpessoal entre alunos e professores, proporcionando um ambiente estimulante e instigador para ambos. Em referência à área de concentração, a referida pesquisa está ligada à área Inovações Sociais e do Desenvolvimento Local na linha de pesquisa em “Educação e Desenvolvimento Local” desenvolvida pelo Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, do Centro Universitário UNA-BH. A importância da aplicabilidade corrobora para o desenvolvimento de ferramentas técnico-pedagógicas que contribuam na constante evolução de saberes dos professores e no desenvolvimento do processo de formação educacional do aluno no ambiente escolar. A relevância da pesquisa envolve a importância da Geografia na contemporaneidade através da compressão os processos de transformação na sociedade. O uso das tecnologias, na forma das geotecnologias, podem contribuir de forma significativa para que a escola possa praticar nova visão mais abrangente, ressignificada, menos formal e mais flexível de compartilhar, gerar conhecimento, reflexões e construir práticas pedagógicas em sintonia com um mundo que age e se organiza, diferentemente, das formas tradicionais de ensino da geografia. Assim, a proposta da pesquisa surgiu de uma inquietação do pesquisador ao perceber, no cotidiano, que professores e alunos do Ensino Médio expressam de diferentes maneiras, dificuldades em conciliar e relacionar o conhecimento geográfico e tecnológico exposto na forma das geotecnologias, somado às necessidades da vida prática. Além dessas dificuldades serem relatadas por professores e alunos, essas constituem-se em entraves ao ensino de geografia. Neste contexto, esboça-se o problema central da pesquisa que consiste em compreender como o uso das geotecnologias poderá tornar o ensino de geografia mais significativo para alunos e professores. Para realização da pesquisa, foi utilizado o método de abordagem qualitativa, uma 24 vez que o objeto de estudo refere-se a uma pesquisa que pretende descrever o uso e a forma de utilização de geotecnologia no ensino médio da cidade de João Monlevade. A abordagem qualitativa permite o trabalho com dados subjetivos, crenças, valores, opiniões, fenômenos, hábitos. E, segundo Minayo (1994), responde a questões muito particulares como significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes e relações comportamentais dos seres e das coisas, relacionando padrões de dados que serão levantados na pesquisa vislumbrando aos pesquisadores visões heterogêneas sobre a temática em questão, interpretando os significados dos fenômenos com enfoque nos seres que fazem parte do problema da pesquisa. Nessa abordagem a pesquisa desenvolveu-se a partir de estudo bibliográfico, documental e empírico. Apesquisa bibliográfica caracterizou-se por levantamentos de livros e artigos relacionados à questão da geotecnologia e o uso das tecnologias em sala de aula somado à literatura técnico de ferramentas de uso de geotecnologias como o QGIS. A pesquisa documental compreendeu análise dos CBCs Minas Gerais, PCN’s, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 9394/96 (LDB). Já na pesquisa empírica, foram selecionadas 8 (oito) escolas do município de João Monlevade de características ligadas ao ensino médio sendo distribuídas em, 02 (duas) privadas, 05 (cinco) Públicas Estaduais e (01) uma Publica Municipal. Para a pesquisa, foram selecionados 17 (dezessete) docentes de Geografia efetivos das referidas escolas para responderem a um questionário com abordagem geotecnológica. Após a leitura, os questionários foram tabulados pelos pesquisadores e foi levantado um perfil social, profissional e geotecnológico dos 17 (dezessete) professores e das 8 (oito) escolas, definindo assim o sujeito da pesquisa. Em decorrência do perfil dos sujeitos, os pesquisadores elaboraram um curso de capacitação com abordagens geotecnologias para os professores envolvidos na pesquisa, objetivando direcionar um paralelo através de uma entrevista com os professores sobre o seu conhecimento antes e depois do curso de capacitação em Geotecnologia que se utilizou da confecção de um site de geotecnologia denominado minhateca.com.br/cursodegeotecnologia para a sua ministração. 25 Esta proposta de capacitação consolidou-se como um projeto de intervenção que possibilitou na organização e elaboração de um guia Geotecnológico didático com viés nas ferramentas geotecnológicas com esquemas didáticos e exercícios para praticas dos professores e, futuramente, para abordagem aos alunos em sala de aula ou no seu convívio social. Nesse raciocínio, a estrutura da pesquisa apresenta-se em três artigos, amparando-se na decisão do colegiado, em 2014, sobre a nova estrutura do trabalho de conclusão do Mestrado Profissional do Centro Universitário UNA. Assim a articulação da pesquisa pautou-se a partir de eixos específicos. O primeiro artigo apresenta um embasamento teórico com enfoque no processo de transformação e adequação da ciência Geografia como agente produtor do sujeito, no seu tempo e espaço, evidenciando o progresso tecnológico e instrumental do viés Geotecnológico. O segundo artigo analisa as percepções dos profissionais de geografia que atuam no Ensino Médio e suas percepções educacionais no viés da geotecnologia nas escolas em que atuam. Conforme pesquisa qualitativa descritiva, com embasamento em um questionário aplicado aos docentes, um curso de capacitação, e uma entrevista focando os professores de geografia. O terceiro artigo apresenta o tutorial geotecnológico com práticas voltadas à inserção da geografia com cunho tecnológico com uso de ferramentas atreladas a sites geoecológicos como imagens de satélites disponibilizadas no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA dentre outros e somados a metodologias didáticas em ferramentas geotecnológicas como o GPS com inserção de complementação em programas geotecnológicos como o QGIS versão 2.2 Valmiera e Trekmeker. A proposta é fornecer informações tecnológicas e procedimentos pertinentes e relevantes à Geotecnologia aos docentes do Ensino Médio e outros usuários para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem visando ao desenvolvimento local. 26 2. O Ensino de Geografia, Geotecnologia e Desenvolvimento Local BARROS, Adriano José1 QUARESMA, Adilene Gonçalves2 Resumo Este artigo apresenta uma discussão do processo de transformação e adequação da ciência Geografia como agente produtor do homem no seu tempo e espaço, enfocando o progresso tecnológico e instrumental do viés da Geotecnologia, no dia a dia, como uma ferramenta de ensino. O artigo utiliza-se de um referencial teórico sobre a evolução do pensamento geográfico na estrutura educacional e discute práticas educacionais desenvolvidas nas escolas do ensino médio da cidade e seus resultados, como suporte para as teorias citadas, somados à apresentação de recursos didáticos práticos sobre a geotecnologia, como sites de conteúdo geográfico, com uma visão didática voltada para a tecnologia para o ensino de Geografia. A finalidade deste artigo é apresentar um suporte teórico e prático com possibilidades de procedimentos metodológicos e didáticos para que o profissional geógrafo possa executar e interpretar desafios das novas situações acarretadas pela amálgama da tecnologia e da geografia no cotidiano, interagindo com a sociedade para o desenvolvimento local e a formação de cidadãos críticos e articulados tecnologicamente. Palavras-chave: Ensino Médio. Ensino de Geografia. Geotecnologia. Desenvolvimento Local. Summary This article there presents a discussion of the process of transformation and adaptation of the science Geography as producing agent of the subject{man} in his time and I space out, tackling the technological and instrumental progress of the slant of the Geotecnologia in day by day with a tool of teaching. The article makes use of a theoretical referential system on the evolution of the geographical thought in the education structure and discussing education practices developed in the schools of the secondary education of the city and his results like support for the theories quoted in the article added up to presentation of educational practical resources on the geotecnologia like geographical sites of content with an educational vision turned to the technology for the teaching of Geography. The finality of this article and to present a theoretical and practical support with means of proceedings metodológicos and educational so that the professional geographer can executes and to interpret challenges of the new brought situations of the amalgam of the technology and of the geography in the daily life interacting with the society for the local development and the formation of citizens critical and articulated technologically. Key words: Secondary education. development. Teaching of Geography. Geotecnologia. Local 1 Professor de Geoprocessamento na Universidade Estadual de Minas Gerais UEMG e docente do Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação, Desenvolvimento Local. 2 Professora do Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local e do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Una. 27 2.1 Introdução A sociedade atual vive um período de intensas mudanças nas áreas política, econômica, social e cultural que marcam uma nova era e uma nova maneira de viver e perceber o mundo que a cerca (TOFFLER, 1995). Toffer (1995) aponta que uma dessas mudanças foi a introdução das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) no processo de ensino-aprendizagem, dentre as quais se destacam o uso do computador, internet, mídias, softwares, entre outros. Nesse sentido, tendo em vista o tema, a revisão de literatura para esta pesquisa abordou os seguintes pontos: uma breve discussão sobre o ensino de geografia no Brasil; o uso da tecnologia na educação, trazendo o conceito e ferramentas que compõem a geotecnologia; e a contribuição do uso da geotecnologia para o desenvolvimento local no processo de ensino-aprendizagem da geografia . 2.2. Ensino da Geografia Como lembra Fani (2011), os primeiros livros, que não eram especificamente de geografia, mas eram voltados para o conhecimento da realidade brasileira e, até certo ponto, descomprometidos com modelos interpretativos importados, trouxeram uma substancial contribuição ao desenvolvimento da geografia brasileira. Andrade (2010) ressalta que a Revolução de 1930 trouxe uma notável renovação, provocando o crescimento da leitura e da reflexão sobre o país. Com ela, iniciaram-se os estudos superiores de geografia nas universidades do Distrito Federal e de São Paulo, em seguida, as atividades do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, em São Paulo, nasceu a AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros). Durante os anos de 1930, estruturou-se, tornou-se autônomo e institucionalizou-se o estudo da geografia brasileira. Assim, o estudo da geografia apresenta, segundo Fani (2011), quatro subperíodos: o primeiro, a Geografia Clássica: Método Indutivo; o segundo período, denominado Geografia Quantitativa, de domínio anglo-saxônico com o Método hipotético-dedutivo; o terceiro período, denominado Geografia Crítica com o Método dialético com alguns representantes da escola marxista-lenista; e, finalmente, o atual, Geografia Humanista – Método da Percepção. 28 Pontuschka et al. (2007) cita que, concentrando-se inicialmente no primeiro período, que tem como base no método indutivo, a Geografia clássica tem sua base de sustentação na antiga Grécia que tinha como fator de relações o conhecimento do espaço à sua volta. O próprio nome dessa ciência já tem uma relação com sua atuação no sistema, ou seja, “geografia = escrever sobre a Terra”. Santana (2014) ressalta que essa ciência teve um fator primordial na navegação com sistemas cartográficos, originando uma ferramenta essencial para leitura do mundo. o objetivo crucial desses estudos viria a se traduzir na expansão do comércio e no domínio, ou seja: o conhecimento geográfico era imprescindível para a tal vivência. O autor da obra Geographia (oito volumes), Ptolomeu, concebe uma relação íntima entre geografia e espaço - no primeiro volume com princípios de construção de globos e detalhes de mapas, e no último indica os princípios da geografia matemática e da cartografia, sendo estes baseados em informações anteriores e quadros já existentes. Essa obra ainda continha um mapa do mundo e vinte seis mapas pormenorizados, constituindo o primeiro atlas mundial. (FERREIRA; SIMÕES, 1993 apud SANTANA 2014, p.16) Essas bases criaram uma nova visão para notórios nomes da geografia, como Vidal de La Blache, Humboldt, Kant que esquematizaram e desenvolveram teses e instrumentos do processo geográfico. Segundo Pontuschka et al. (2007), essa geografia estruturou em seu caráter cientifico um sistema de contato e trocas entre as ciências que tinham como finalidade o estudo da sociedade humana e a natureza sendo que, para sustentar tal período geográfico, usou-se o instrumento denominado positivismo, originando três pilares de sustentação de pensamento: primeiro, a escola possibilista, que tinha como base a influência do homem sobre a natureza e vice-versa. Essa teoria tinha o geógrafo francês Vidal de La Blache como defensor de que o homem é capaz, sim, de opor-se a determinadas influências do meio, podendo transformar e adaptar-se às suas necessidades de vida. O sistema tecnológico contemporâneo permite ao homem se adaptar ao meio, sendo o pressuposto dessa afirmação "o meio é o produto do homem". La Blache (1954) o meio, complexo de condições variadas de clima, solo, associações vegetais, posição, situação, relevo, atua sobre os grupos humanos; estes respondem, reagindo, adaptando-se ativamente a essas condições, determinando-se por uma ou várias das possibilidades que o meio oferece. [...] Mas nesse caso, como o agente que determina essa variação é este ou aquele grupo humano, temos de reconhecer que, para além das chamadas imposições tirânicas do meio, forçoso é considerar a possibilidade da resposta do homem no sentido de modificá-las, de lhes diminuir a acuidade. (LA BLACHE, 1954, p.5) 29 Ainda nessa mesma linha de considerações, Pontuschka et al. (2007) diz que o segundo pilar vem do determinismo ambiental a partir das ideias do geógrafo alemão Frederico Ratzel, que defendia a importância e a influência do território, como fator determinante do poder entre as nações. Segundo Ratzel, (1906, p. 36) "o homem é produto do meio geográfico em que vive, e o meio natural exerce uma ação dominadora sobre o homem, que é submetido a ele". Esse pensamento foi responsável, em parte, pelas teorias de superioridade racial que surgiram nos séculos XIX e XX, que influenciaram atos como a ideia de que o inverno justificaria o desenvolvimento das sociedades europeias, que não tiveram grandes dificuldades em subjugar os povos tropicais, mais indolentes e atrasados. Essa ideia justificou o expansionismo neocolonial na África e na Ásia entre o fim do século XIX e o início do século XX. Pensamentos que, mais tarde, foram aproveitados pelos cientistas e políticos da Alemanha Nazista na tese da raça superior. [...] a Geografia ─ serve em primeiro lugar (embora não apenas) [...] para fins político-militares sobre (e com) o espaço geográfico, para produzir reproduzir esse espaço [...] especialmente como o exercício do poder. [...] os conhecimentos geográficos sempre foram, e continuam sendo, um saber estratégico, um instrumento de poder intimamente ligado às práticas estatais e militares. [...] seria na realidade o âmago da geografia, a sua verdade mais profunda e recôndita. (VICENTINI apud LACOSTE, 1988, p.7) Pontuschka et al. (2007) aponta que o terceiro paradigma está ligado à geografia Racional e Método regional: na qual se faz uma análise e um estudo sobre as diferenciações das áreas. Os espaços eram desmembrados em categorias de área, nas quais as estruturas, de igual forma, determinariam cada classe, e assim as descontinuidades destes trariam as divisões das áreas. Nesse método, existia uma comparação sistemática entre as regiões, fazendo um paralelo das suas diferenças e igualdades. Fontanailles (2012) destaca que estão sintetizadas as características do relevo, do clima, da hidrografia, do tipo de solo predominante de uma determinada área na sua vegetação e, até mesmo, suas estruturas minerárias. A ideia de domínio morfoclimático foi de criar um conceito que sintetizasse a interação de todos os elementos presentes na natureza em uma determinada região, representados no aspecto mais visível dessa integração que é a vegetação, por exemplo. Por isso, 30 ele é considerado um conceito síntese, à medida que ele integra o clima, o relevo, o solo, a hidrografia e a vegetação e contempla as interações entre esses elementos. Esse conceito coincide com a ideia de região geográfica, pois o conceito de região e território é que essa é uma área (parcela do espaço geográfico) que foi separada, através de um critério, por possuir articulações em comum. Dessa forma, o domínio morfoclimático, por exemplo, da Amazônia e da mata atlântica correspondem a uma área (porção do espaço geográfico) que foi dividida, através de normas, por possuir uma analogia em comum, a partir da comunicação entre os elementos presentes no meio natural, representados no aspecto mais visível dessa integração que é a vegetação, por possuir uma conexão em comum. Vale notar a contribuição de Moraes (2001) que diz: a proposta de Ritter é, por estas razões, antropocêntrica (o homem é o sujeito da natureza), regional (aponta para o estudo de individualidades), valorizando a relação homem - natureza. Em termos de método, Ritter vai reforçar a análise empírica – para ele, é necessário caminhar de “observação em observação. (MORAES, 2001, p. 63) Esse argumento de Moraes (2001) define as propriedades explicadas por esse eixo da geografia de que as relações da região somadas ao seu perfil estrutural morfoclimático denotam as relações estabelecidas com o meio e as atribuições relevantes da geografia no mundo, criando uma nova abordagem denominada Geografia clássica, cabendo citar o trabalho de Santana (2014): assim, alicerçado nas ideias de Humboldt e Ritter irá surgir essa primeira vertente da geografia denominada Geografia Clássica, iniciando-se como dito anteriormente na Alemanha, e sendo difundida futuramente em outros países, especialmente no território francês. E essa geografia Tradicional era constituída por várias dicotomias, tais como a geografia Física, Humana, Regional e Geral, com cada uma dessas possuindo um objeto de estudo diferenciado. (SANTANA, 2014, p. 20) Uma outra difusão do pensamento geográfico está ligado à Geografia Crítica e/ou Social e/ou Marxista também denominada geocrÍtica. Surge após a segunda guerra mundial e tinha como fator o movimento da renovação da geografia. Para Lacoste (1989), existem duas geografias, ou seja: desde o fim do século XIX, pode-se considerar que existem duas geografias: uma, de origem antiga, a geografia dos Estados-maiores, é um conjunto de representações cartográficas e de conhecimentos variados referentes ao 31 espaço; esse saber sincrético é claramente percebido como eminentemente estratégico pelas minorias dirigentes que o utilizam como instrumento de poder. A outra geografia, a dos professores, que apareceu há menos de um século, se tornou um discurso ideológico no qual uma das funções inconscientes é a de mascarar a importância estratégica dos raciocínios centrados no espaço. Não somente essa geografia dos professores é extirpada de práticas políticas e militares como de decisões econômicas (pois os professores nisso não têm participação), mas ela dissimula, aos olhos da maioria, a eficácia dos instrumentos de poder que são as análises espaciais. Por causa disso, a minoria no poder tem consciência de sua importância, é a única a utilizá-la em função dos seus próprios interesses e este monopólio do saber é bem mais eficaz porque a maioria não dá nenhuma atenção a uma disciplina que lhe parece tão perfeitamente “inútil”. (LACOSTE, 1989, p. 31) Outro eixo do pensamento geográfico procurou subsídios em movimentos populares e sociais e nas correntes radicais de pensamento, em especial no marxismo. Assim: essa concepção geográfica apresenta uma postura contestatória e crítica em relação à organização e produção do espaço geográfico, em termos das contradições sociais: o subdesenvolvimento, a miséria, a subnutrição, as favelas, a poluição, enfim as condições de vida de uma parcela da população, que não aparecia de modo geral nas análises geográficas anteriores. (MORAIS, 1997; CHRISTOFOLETTI, 1992 apud RODRIGUES, 2006, p.8) A corrente apresentada por esse eixo não teve um contemplamento junto à questão ambiental, sendo salientada por Mendonça (2002), que aponta como causas: 1 - a opção pela concepção de que a geografia é uma ciência eminentemente social – para a qual o suporte físico-natural (mesmo alterado) parece ser secundário ou sem importância, tanto na estruturação espacial da sociedade quanto na influência da natureza sobre ela ou vice-versa; 2 – o distanciamento voluntário à problemática ambiental do planeta – o que pode revelar a crença de que a tecnologia que gerou os problemas ambientais também encontrará as soluções para as mesmas e que, portanto, eles não constituem objeto de primeira ordem para o interesse geográfico; 3 – o desconhecimento e a recusa da compreensão da dinâmica da natureza e da sua importância na constituição do espaço, do território e da sociedade. (MENDONÇA,2002, ibid, p. 129) O movimento do pensamento geográfico crítico marxista encontrou respaldo no Brasil na figura do geógrafo Milton Santos, o qual tem a concepção e análise de que o homem e o espaço tornam-se um só, pois no seu sistema de processos geográficos citam-se questões políticas, econômicas e sociais que, de certa forma, transformam e interferem no curso do espaço geográfico, ou seja: [...] em qualquer que seja o período histórico [...]. O ato de produzir é igualmente o ato de produzir espaço. [...] Produzir significa tirar da natureza os elementos indispensáveis à reprodução da vida. A produção, pois, supõe uma intermediação entre o homem e a natureza, através das técnicas e dos 32 instrumentos de trabalho inventados para o exercício desse intermédio. (SANTOS, 1996, p. 161-162) Santos (1996) desenvolve uma análise na qual o homem, devido às ações e às questões de transformação, como o interesse econômico, influencia os objetos, transformando o espaço geográfico. Um exemplo prático dessa contextualização, referente a essa forma de pensamento geográfico, são as transformações do espaço em função da Copa do mundo no Brasil, em 2014, ou seja, tais transformações do espaço estão ligadas diretamente ao tempo histórico no qual se pode observar as mudanças de vários espaços em virtude de um evento. Assim, ações técnicas foram adotadas pelos governos, como construção de novas vias de transporte e desenvolvimento de meios de transporte mais eficientes e estratégicos. Para a concepção da geografia da mobilidade, tem-se, como exemplo, o projeto de sistemas de metrô em alguns estados brasileiros e a implantação do MOVE na cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais; a transformação e a construção de novos objetos e mecanismos estruturais para a composição de modelos eficientes de mobilidade somados à melhoria da segurança pública vai ao encontro de temática da visualização da exibição da cultura brasileira como ferramenta de publicidade turística, sendo mais uma relação em termos de ganho de capital, ajudando no desenvolvimento do Produto Interno Brasileiro – PIB , assim gerando bens sociais e estruturais que transformam a paisagem para o acolhimento de eventos, trazendo benefícios sociais e econômicos para a sociedade. Andrade (apud FILHO 2013, p.32) ressalta que “no primeiro período, com o domínio do Estado Novo, procurou-se despolitizar a geografia, fazendo com que ela se tornasse uma análise de descrições de paisagens, diminuindo a influência dos geopolíticos”. Dentro dessa linha de pesquisa, tem-se uma visão com relação à abordagem da geografia no Brasil, como relata Andrade (2010), com o golpe de estado de 1964, procurou-se desenvolver no país uma política de crescimento econômico, sem preocupações com problemas ecológicos nem sociais, mas apenas com o crescimento da produção em função da demanda dos mercados. O grande dilema do geógrafo e da geografia brasileira é analisar e procurar soluções para alguns problemas fundamentais, como o da pobreza e o do desnível no desenvolvimento regional. No primeiro caso, sabe-se que o Brasil é um dos países onde o desnível de renda é o mais acentuado e que esse vem crescendo na mesma 33 proporção em que se utiliza uma tecnologia mais sofisticada e sem qualquer preocupação de que essa sofisticação beneficie o todo populacional e não apenas uma elite. (ANDRADE, 2010, p. 12) Pode-se perceber na concepção e na pesquisa de Andrade (2010) que o sistema brasileiro vivia, no aspecto econômico, uma preocupação com a questão do crescimento da economia e consequentemente do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, não se preocupava com os contextos ambientais apresentados, enquanto a ciência geográfica procurava aliar o crescimento com o equilíbrio social e humano da sociedade brasileira. 2.3. O ensino da geografia na virada do século XXI Vesentini (1999) argumenta que, com as atuais mudanças no mercado de trabalho, suscitadas pela revolução técnico-científica, necessita-se cada vez mais de uma força de trabalho qualificada e com elevada escolaridade e uma estruturação técnica. Tanto as matérias-primas em geral, incluindo espaço físico, quanto a mão de obra desqualificada e mesmo a especializada estão sendo desvalorizadas num ritmo acelerado pelos avanços na robotização, na informatização, na indústria de novos empregos que surgem e exigem, em sua maioria, uma alta escolaridade, acrescida de uma necessidade de formação continuada constante. Vesentini (1999) afirma que: é mais do que óbvio, portanto, que os avanços na revolução técnico-científica e na globalização, somados às radicais mudanças no mercado de trabalho, exigem uma escola voltada, não somente para desenvolver a inteligência dos educandos, o senso crítico, a criatividade e a iniciativa individual, mas também voltada para discutir os grandes problemas do mundo, isso porque a força de trabalho do século XXI é antes de tudo qualificada, com iniciativa, com capacitações periódicas e imprescindíveis. O mundo cada vez mais globalizado exige consumidores (e talvez até cidadãos) internacionalizados, já que o mercado mundial torna-se mais importante que o nacional. Os grandes problemas a serem enfrentados, inclusive sob a ótica da sobrevivência do sistema, são em número crescente de escala planetária, desde o meio ambiente até os fluxos e conflitos culturais, econômicos, jurídicos, tecnológicos, etc. Assim sendo, é extremamente importante muito mais que no passado, que haja no sistema escolar uma(s) disciplina(s) voltada para levar o educando a compreender o mundo em que vive da escola local até a planetária, dos problemas ambientais até os econômico-culturais. (VESENTINI 1999, p. 22) Nesse paradigma proposto por Vesentini (1999), argumenta-se que a escola e o ensino da geografia são, ao mesmo tempo, instrumentos de reprodução do sistema e de libertação, sendo difícil estabelecer limites bem definidos entre esses dois papéis. 34 Assim, reitera a necessidade de se expandir a escolaridade (tanto no sentido de se atingirem mais pessoas, não somente todas as crianças e jovens, mas também os adultos e idosos, pensando-se na necessidade crescente de formação continuada e nos cursos para a terceira idade, como também no sentido de se ampliar a sua duração), valorizando o sistema escolar e “os recursos humanos” nele envolvidos. Vesentini (1999) aponta que o sistema escolar, juntamente com algumas outras atividades do setor terciário, é uma das poucas áreas nas quais crescerá a oferta de trabalho no século XXI. Assim como as lutas ecológicas, as culturais, e outras, os conflitos e as mudanças educacionais constituem uma das mais importantes frentes de ampliação da democracia e da justiça social em nossos dias. Daí o educador, assim como o intelectual, em geral, ter uma importância decisiva para as mudanças sociais, inclusive as econômicas. Assim Vesentini (1994) afirma: que o exercício da liberdade, como se sabe, pressupõe responsabilidade, tomada de decisões, necessidade de refletir e agir por conta própria num ambiente pleno de interesses divergentes. Procurar a todo custo evitar o comodismo intelectual e a burocratização das relações sociais e educacionais é uma das mais importantes tarefas para que o ensino não apenas reproduza as demandas para a ampliação da modernidade, mas, principalmente, contribua para formar cidadãos mais ativos e críticos e com isso uma sociedade cada vez mais democrática e pluralista. (VESENTINI, 1994, p. 26) As questões apresentadas nas citações acima colocam novas questões em relação ao ensino de geografia atualmente. São elas: será que a geografia poderá dar conta dessa tarefa? Ela terá um papel educacional mais importante que no passado, quando era essencialmente voltada para inculcar uma ideologia nacionalista? O ensino da geografia deve reproduzir o sistema ou contribuir para a libertação humana? Como o ensino de geografia pode contribuir com a inserção do cidadão nessa sociedade tecnológica, globalizada? Como o ensino de geografia pode contribuir com o desenvolvimento local? Fitz (2010) diz que para que toda esta situação junto à geografia possa se tornar uma realidade, o exercício do saber deve pressupor evolução, tomada de decisões, necessidade de refletir e agir por conta própria em um ambiente pleno de interesses convergentes entre a evolução e o meio. O IBGE (2014) ressalta que a geografia é uma matéria ou ciência que estuda o conjunto de fenômenos naturais e humanos na superfície da Terra, tem sua origem 35 etimológica no termo derivado dos radicais gregos geo = “Terra” + graphein = “escrever”, ou seja, “escreve”, “descreve”, explica, explicita as paisagens que resultaram da relação entre o ser humano e a natureza, associando a questão do espaço e do território, nos quais o homem busca o controle e a autorrealização como ser pensante e” tecnológico”. Esta pode ser uma definição sucinta do termo, mas, com o passar do tempo e associado ao turbilhão de mudanças em dimensões globais, encontra-se a adequação e a reestruturação dessa ciência, dando origem a novas visões que lançam aos olhos do ser humano um pouco de luz no sistema em que se vive hoje, no qual, a cada minuto, são lançados para a sociedade novos saberes, como o caso da geotecnologia no ensino da geografia. A geotecnologia tem como fator principal o favorecimento da estrutura social e educacional humana através de disciplinas complementares que englobam estruturas ou matérias, como o geoprocessamento que nada mais é que o processamento informatizado de dados georreferenciados. Utiliza programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas e informações a que se podem associar coordenadas desses mapas, cartas ou plantas que podem ser utilizados para diversas aplicações no meio social desde a educação, em geral, à urbanização (FITZ, 2010). Gonçalves (1987) já dizia que a ciência está cada vez mais transformada em força produtiva, devendo repensar seus fundamentos epistemológicos e metodológicos, mesmo nos meios ditos críticos, "a razão científica e técnica é acusada de suprimir a liberdade por sua relação íntima com o poder. SABER É PODER”. Gonçalves (1989 p.09). As geotecnologias têm tido uma considerável expansão e permitido uma nova visão na educação do docente e do discente, devido ao acelerado desenvolvimento da tecnologia de Informática, consistindo em uma realidade observada mundialmente. Pensar em geografia hoje leva à compreensão do movimento de renovação dessa ciência nos últimos anos, e não há como negar que a tradição no ensino de geografia sustentava-se no conhecimento empírico, no qual o ser observava e descrevia as paisagens, sendo esse fator um dos principais pontos para a partida do seu desenvolvimento como ciência. 36 Para Fani (1999), os geógrafos buscam, nas últimas décadas, a construção de um corpo estrutural da geografia teórico e metodológico capaz de romper com dicotomias produzidas pelo conhecimento tradicional das geografias física, humana e econômica, caminhando no sentido de recuperar a totalidade de forma mais dinâmica e evolutiva para a ciência da terra. Fani (1999) observa que quando a geografia foca na realidade social acaba por direcionar a reflexão a respeito de quem é o sujeito agente da transformação dessa mesma realidade, se este dinamiza e propõe uma reflexão crítica e progressista da localidade em que vive, transformando os métodos e a estrutura do seu meio. Nessa mesma linha de pensamento, Fani (1999) aponta que a geografia, atualmente, muito mais do que uma ciência que se propõe a pensar o espaço e o território, é sim um instrumento de análise de práticas sociais que colocam no debate o exercício da cidadania moderna, levantando questões como: acesso à terra; direito à educação, saúde, moradia e emprego; preservação e conservação da biodiversidade e da qualidade ambiental. O ser enquanto autônomo no processo de construção de seu conhecimento é chamado a construir sua identidade enquanto ser social, sujeito da sua própria história. Isto, por sua vez, tem colocado para os professores de geografia novos desafios, entre estes, aqueles relacionados diretamente com o trabalho que é desenvolvido em sala de aula, como, por exemplo, a relação entre professor e aluno no tratamento desse saber científico no contexto escolar. Como decorrência desse desafio, encontra-se também, em questão, a qualidade de ensino e a inserção da escola na comunidade local, reforçando a geografia não apenas como disciplina, mas como uma dimensão da prática social da vida cotidiana do educador (FANI,1999). Em todo esse processo, segundo Fani (1999), o espaço escolar transforma-se em lócus da elaboração individual e coletiva do senso crítico e valores éticos construídos a partir de uma leitura mais rica e participativa. O professor, nesse contexto, constitui-se no intelectual que orienta o trabalho do aluno, propiciando a mediação entre o senso comum do aluno-cidadão e o saber científico, levando a um conhecimento mais elaborado da realidade, apontando para a possibilidade desse aluno-cidadão contribuir para o desenvolvimento local. 37 Carvalho (2012) estabelece que o domínio da geografia na atualidade tem como pressuposto a incorporação e o ensino das tecnologias aliadas à literatura geográfica, desenvolvendo um espaço para as geotecnologias. Nesse sentido, pode-se observar o progresso humano voltado para as geotecnologias desde a elaboração do uso dos satélites para comunicação até o desenvolvimento amálgamo entre a educação e a tecnologia no sentido de desenvolver ferramentas de cunho didático como suporte de desenvolvimento intelectual do ser humano. Nessa mesma perspectiva, tem-se a inserção da informática nos processos de ensino aprendizagem como fator de progresso tecnológico didático, sendo este constituído por três etapas, segundo Tajra (2007), em que se tem: a inicialização que é a empolgação, fase na qual os seres humanos diretamente ligados à experiência estarão conectados no recebimento e eventual instalação dos objetos tecnológicos; a segunda etapa relacionada à adaptação e à intermediação da tecnologia que está relacionada à cultura humana, à curiosidade e à vontade de aprender algo novo, há uma relação direta com o desejo de ter domínio sobre o computador e seus softwares ligados a eixos didáticos e estruturais das matérias desenvolvidas e os discentes em sala; a terceira etapa que visa à absorção e à incorporação da tecnologia didática, no qual o professor passará a utilizar a informática através da tecnologia como ferramenta de crescimento educacional. Assim, tem-se a mesclagem da tecnologia + informática + geografia. Para Carvalho (2012), a utilização intensiva de imagens de satélites nas aulas de geografia, como fonte de motivação para o trabalho, desperta no aluno uma curiosidade e é um incentivador para um comportamento positivo no processo de ensino e aprendizagem. Para Silva (2011): A escola tem o papel de desempenhar essa aproximação entre o aluno e as novas tecnologias, estimular dentro e fora da escola a utilização de ferramentas como a internet para fins de pesquisas, pois só assim a educação e o conhecimento se expandirá e fortalecerá. (SILVA, 2011, p. 03) Essa visão tem um propósito de integrar o conhecimento da matéria com a realidade a partir da mediação da tecnologia. Um exemplo é a cartografia que através da incorporação da tecnologia adaptou-se e hoje possui inúmeras faces como o sensoriamento remoto e a cartografia digital. Longley et al(2011) esclarecem conceitos como latitude (A latitude é a distância até o Equador medida ao longo do 38 meridiano de Greenwich). Essa distância mede-se em graus, podendo variar entre 0º e 90º para Norte ou para Sul.); longitude (é a distância ao meridiano de Greenwich medida ao longo do Equador. Essa distância mede-se em graus, podendo variar entre 0º e 180º para Este ou para Oeste) (FIG.01). Segundo Rocha (2000), Datum, em cartografia, refere-se ao modelo matemático teórico da representação da superfície da Terra ao nível do mar utilizado pelos cartógrafos numa dada carta ou mapa (FIG. 02) e as projeções podem ser definidas como funções matemáticas que relacionam pontos de uma superfície de referência (esfera ou elipsóide) a uma superfície de projeção (plana). Figura 01.Latitude e Longitude Fonte: latitude-longitude.net/help.html, 2014. Figura 02. Projeções de Datum Global e Local Brasil Fonte: Geomática,1999. Esses termos técnicos têm como propriedade uma estrutura de ensino bastante abrangente na qual se pode colocar a geotecnologia com seus recursos didáticos tecnológicos como uma forte aliada no processo de ensino- aprendizagem. Um exemplo de uso de recursos da geotecnologia foi a pesquisa realizada na Escola Estadual Geraldo Parreiras e desenvolvida pelos professores da referida escola na cidade de João Monlevade, com 75 alunos do terceiro ano do ensino médio, das salas 301,302,303, do turno matutino no ano de 2010. A pesquisa fomentou a seguinte problematização: os alunos conhecem ou têm noção geográfica da localização do território onde eles habitam? A atividade consistiu em primeiramente 39 preencher as coordenadas. Essas coordenadas foram preenchidas em um espaço predeterminado em um campo da pesquisa e no segundo momento foi apresentado ao aluno um sistema de coordenadas geográficas em 5 opções de A a E para serem marcadas. As coordenadas relativas à cidade possuíam a letra C como a opção correta. A primeira coleta desenvolvida por preenchimento apresentou 100% de erro, enquanto o segundo sistema de coleta por marcação fechada; um acerto de 6%, com um sistema de erro de 94%, como se pode observar no gráfico apresentado abaixo. Gráfico 01- Resultado do Projeto Coordenadas Geográficas. Fonte: dados da Pesquisa, 2014. Gráfico 02- Projeto Coordenadas Geográficas da Cidade de João Monlevade Fonte: dados da Pesquisa, 2014. Outra pergunta estipulada na pesquisa foi sobre o conhecimento do aluno em relação à forma do planeta terra na qual foi apresentado aos mesmos três alternativas, como se pode observar na FIG 03, sendo solicitada uma justificativa do porquê estarem marcando aquela forma da Terra. 40 A alternativa A tinha as características apresentadas por um modelo matemático do planeta no qual ele se apresenta de forma oval. A alternativa B mostra o planeta com deformações por toda sua região territorial, sendo esta a alternativa correta devido às questões de relevos irregulares apresentadas no território do planeta. O modelo apresentado na alternativa C era a terra como um sistema de achatamento nos pólos Norte e Sul. Figura 03. Projeções do Planeta Terra A B C Fonte: webpages.fc.ul.pt, 2014. Após interpolação dos dados da pesquisa, pode-se observar que 90% dos alunos, o que equivale a 68 alunos, marcaram a letra A ou C, explicitando que não possuíam um esclarecimento prévio de que a terra tinha uma forma irregular devido às formas de relevo como montanhas e vales e os 10% restantes, que equivalem a 7 alunos, marcaram a letra B, mas não construíram respostas adequadas e justificativas de porquê marcaram a letra B. Gráfico 03- Projeto Coordenadas Geográficas Forma da Terra Fonte: Dados da Pesquisa,2014. Essa pesquisa exemplifica o uso da geotecnologia nas aulas de geografia para facilitar a aprendizagem de questões básicas sobre localização e formas da terra. 41 Outros exemplos de recursos da geotecnologia são o Google Earth e o Gps. Estes possibilitam um ensino da geografia de forma mais atraente para o discente. Por exemplo, para em um primeiro momento, visualizam-se, em um laboratório de informática, através do software Google Earth instalado nos computadores, as estruturas da Terra com suas montanhas, vales, rios, sendo possível aos alunos perceberem a forma irregular do planeta terra. Figura 04. Sistemas Cartográficos Latitude e Longitude Fonte: Google Earth, 2014. Pode-se observar, por exemplo, na FIG.04, em primeiro plano, o planeta terra no qual se apresentam as linhas cartográficas que são desenvolvidas na matéria cartografia da geografia no ensino fundamental e médio, de acordo com o PCNs e CBCs da geografia. Em uma outra ação didática a respeito da questão cartográfica com o uso do Google Earth, tem-se como habilidade o uso dessa ferramenta para visualizar um território, como exemplo, a cidade, onde a pesquisa de campo será realizada, ou seja, João Monlevade em Minas Gerais. Há nessa visualização, a partir da geotecnologia, a cidade, sendo observadas as estruturas cartográficas locais da área, mostrando que o território em questão localiza-se à latitude 19° 26'' sul e à longitude estipulada em 43° 10´ 5. 93’ ‘oeste e altitude pelo ponto de visão em relação ao nível do mar que é igual a 757 metros. Sendo assim, o aluno terá uma visualização detalhada cartograficamente da cidade através do uso de uma ferramenta tecnológica denominada Google Earth FIG 05. 42 Figura 05 -Localização Territorial de João Monlevade– Latitude /Longitude Fonte: Google Earth. Adaptado por, Barros. Adriano J, 2014. A ferramenta geotecnológica Gps FIG 06, possui um sistema de localização de latitude, longitude, altura. Assim sendo, somado a uma aula de demonstração em campo, possibilita ao aluno visualizar sua localização no território de maneira prática e didática. Figura.06 – Sistema GPS Localização/ Latitude /Longitude Fonte: acervo da Pesquisa,2014. Assim sendo, segundo Santos (2002): Dessa forma, explorar com recursos de sensoriamento remoto, inicialmente, regiões conhecidas do aluno favorece a descrição dos elementos presentes na paisagem, familiarizando-o com esta forma de representação do espaço. Deixar que o aluno observe uma imagem durante o tempo que for necessário para localizar sozinho seus principais elementos, sobretudo os constitutivos da sua cidade, permite que este se encontre” nesta paisagem. (SANTOS, V. 2002, p. 10) Essa análise de Santos (2002) mostra que a união entre o recurso didático tradicional somado às ferramentas geotecnologias e à perspicácia do aluno associada à sua curiosidade a respeito da sua região de origem ou de uma região de conhecimento 43 prévio aumenta as possibilidades de aprendizagem e demonstram também ao aluno que as geotecnologias podem ser um auxílio para o desenvolvimento local e social de sua região. Dessa forma, o conjunto de transformações no tempo e no espaço, bem como o desenvolvimento científico e tecnológico contribuem para o surgimento de novas correntes teóricas de pensamento geográfico, sendo uma delas a geografia humanista e da percepção (BRASIL, 1998 p.61). Essa nova forma de ver e desenvolver a geografia vai ao encontro de novas didáticas associadas às geotecnologias, pois essa nova corrente tem como pilar a incorporação do fator humano no ensino dessa ciência. O objetivo principal dos geógrafos humanistas é analisar os elementos e paradigmas expostos, mais profundamente o ser na relação com o espaço e o ambiente em que está interagindo, fazendo uma duplicidade conceitual natureza e homem, atrelando a essa ciência valores, crenças, símbolos e atitudes do ser em seu desenvolvimento evolutivo. Nesse conceito estrutural, Gomes (1996) estabelece que os estudos da Geografia Humanista terão essa base de influência de tendências do período e compreenderão que a ação humana não está separada do seu contexto social ou físico (GOMES, 1996). Essa afirmação feita por Gomes (1996) destaca o que hoje é uma realidade, ou seja, não se pode separar as influências e as tendências evolutivas do homem no seu meio social da visão da ciência geográfica, pois todo o contexto está ligado ao seu meio, sendo ele artificial ou natural. Assim, Gomes (1996) ressalta; Que o homem é considerado como produtor de cultura atribuindo valores às coisas que o cerca e arte é concebida como um meio de expressão que reúne os valores e as associações construídas pelos grupos sociais, um elemento de mediação entre a vida e o universo das representações. (GOMES, 1996 apud MELO 2009, p.05) Nesse mesmo pensamento crítico e analítico sobre a relação entre meio ambiente natural e o homem, Mendonça (2002) coloca que: Mesmo integrantes de espaços apropriados pelo homem e sua sociedade, não escapam ao controle do fluxo de matéria e energia que rege a existência do sistema solar, do planeta Terra e de seus componentes. É bem verdade que em muitos lugares como as grandes cidades e seu cotidiano, por 44 exemplo, tem-se a falsa impressão de que o homem é o grande regente, que a “natureza” e suas forças ou não existem ou foram subjugadas aos desígnios humanos. É mesmo incrível que, numa abordagem geográfica, seja esquecido o relevo que forma o suporte à existência da cidade, da água e do ar que sustentam a vida de seus habitantes. (MENDONÇA, 2002, p.139) Amarrando as ideias humanistas da geografia que tem como um dos teóricos principais YiFu Tuan (1983), que conceitua a visão geográfica ligando-a à vivência humana e sua importância, trazendo o saber humano como peça fundamental para a evolução do meio geográfico. Assim diz Tuan (1983): Na procura pelo entendimento do mundo vivido, a Geografia Humanística busca respostas para as indagações a respeito da maneira como as pessoas adquirem habilidades e conhecimentos espaciais e de que forma se tornam envolvidas com o lugar, o que colabora para a importância do estudo do lugar, das paisagens, da região e demais conceitos geográficos. Este campo do conhecimento geográfico traz a inclusão da “natureza e a gama de experiências e pensamentos humanos, a qualidade e a intensidade de uma emoção, a ambivalência e a ambiguidade dos valores e atitudes, a natureza e o poder do símbolo e as características dos eventos, das intenções e das aspirações humanas. (TUAN, 1983, p.10) Essa afirmação de Tuan (1983) traz a preocupação e a análise do aspecto da geografia humanista vista por vários ângulos em que ela adquire uma forma humanizada e politizada, pois extrai do homem sua parte de pensamento formador no sentido do que atribui e pensa criticamente e sentimentalmente sobre o seu perfil e seu ambiente do dia a dia. Também é colocado um pensamento democrático e ético, pois faz uma análise profunda do poder das aspirações humanas no seu meio e suas ideias para desenvolver o seu território de maneira que associe a sua habilidade e conhecimentos espaciais à evolução do ser e da sociedade. Pode-se fazer um paralelo entre a estruturação da geografia humana e seus teóricos e o sistema de trabalho de campo desenvolvido com geotecnologia e a utilização das geotecnologias em laboratório, ambos explorando o território local do indivíduo, apropriando-se dos seus conhecimentos locais, desenvolvendo assim no aluno o espírito crítico e participativo com o intuito de influenciar o seu meio para um sistema de evolução contínua. Como citado anteriormente, a associação da experiência desenvolvida na nova evolução geográfica desenvolveu a participação e mostrou de forma clara e associável a matéria geografia e o mundo, sendo que essa experiência vai ao encontro das afirmações do PCNs que destaca: A observação e a caracterização dos elementos presentes na paisagem é o ponto de partida para uma compreensão mais ampla das relações entre 45 sociedade e natureza. É possível analisar as transformações que está sofre por causa de atividades econômicas, hábitos culturais ou questões políticas, expressas de diferentes maneiras no próprio meio que os alunos vivem. (BRASIL,1998c, p.51) O processo de evolução tecnológica vivenciado nos últimos anos tem sido inigualável a qualquer outro. As descobertas científicas realizadas na segunda metade do século XX e início do século XXI têm proporcionado avanços em todas as áreas do conhecimento científico. Santos (2002): A utilização da informática no auxílio do estudo geográfico ocorreu no final da Segunda Guerra Mundial, quando uma verdadeira revolução na Geografia aconteceu. Esse período foi o marco do surgimento de uma nova corrente geográfica chamada, nos países de língua inglesa de “New Geography” (nova geografia) e no restante do mundo de Geografia Quantitativa, Milton Santos intitula esse episódio como a “renovação do após Guerra”. A nova geografia era caracterizada pelos seus defensores como oposição à Geografia tradicional considerada por eles como uma “não geografia”. (SANTOS 2002, p.60) Esse novo viés da geografia denominado “Nova Geografia” ou Geografia Quantitativa ou Teorética teve, no seu formato inicial, ideias abordadas por Gordon Valentine Manley (1966), climatólogo inglês, que observou as novas mudanças estruturais da sociedade moderna e suas influências sobre a geografia, em que Andrade (1992) pondera que: A corrente que se apresentou como revolucionária, por negar as origens da Geografia, desenvolveu-se inicialmente na Suécia, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, tendo fortes repercussões na União Soviética e na Polônia. Encontrou, porém forte resistência na Alemanha e na França. (ANDRADE, 1992, p. 107) Essa visão relacionada ao motivo do desenvolvimento dessa nova geografia tem influenciado de início um bloco de estados nacionais que têm como razão, segundo Farjado (2010), O fato de os países anglo-saxões concentrarem os principais núcleos de produção dessa tendência teórico quantitativa da Geografia, em detrimento de Alemanha e França, torna-se lógico, pois estes países estavam enraizados numa sólida formação clássica. Afora a resistência clássica, as chamadas escolas nacionais perdem importância na Nova Geografia. (FARJADO, 2010, p. 164) A nova geografia aborda em sua linha de raciocínio uma base estrutural na concepção da abordagem das técnicas utilizadas pela matemática e pela estatística. Tais termos estruturais das ciências exatas têm uma visão lógica e progressista na ciência 46 geográfica, sendo que, como essa geografia tem esse caráter apresentará um cenário de modernização de uma problemática geográfica para os estudiosos de amplos eixos geográficos, como a climatologia e a geomorfologia e até mesmo o início do aparecimento do geoprocessamento. Assim, segundo Camargo e Reis Júnior (2007): Denomina-se Geografia “Teorética e Quantitativa” ou Geografia “Neo-positivista” a corrente que começou a se formar logo após a Segunda Guerra Mundial [...] Está escola caracterizou-se pelo emprego maciço das técnicas matemático-estatísticas na geografia, provocando uma verdadeira revolução no seio dessa ciência [...]. (CAMARGO; REIS JÚNIOR, 2007, p.83) Esse olhar sobre esse novo paradigma da Geografia ajudou a desenvolver subsídios e ferramentas para a compreensão do espaço e do território de maneira lógica e precisa, tornando mais eficazes análises referentes às questões ligadas à sociedade, como a urbanização e a estrutura da população local e mundial e seus sistemas econômicos e até mesmo a geografia física e climática e as estruturações cartográficas. Pode-se tomar como resultado o aparecimento de estruturas com o intuito de desenvolver a arte geográfica, mesclando com o desenvolvimento lógico na questão da geografia populacional e urbana. Como exemplo, tem-se o aparecimento no sistema brasileiro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que vislumbra uma elaboração quantitativa e matemática para o desenvolvimento e abordagens de soluções e medidas de problemas com base no número de habitantes do território estudado e parâmetros estabelecidos pelo mesmo, associado à questão econômica de traçar análises de cunho lógico e quantitativo a respeito da saúde financeira do país, apontado pela interpretação de dados desses estudos, aplicando soluções para o braço econômico do Brasil. Isso fica evidente na passagem destacada a seguir por Faissol (1989): [...] parece-me necessário destacar o papel inovador que este Departamento de Geografia do IBGE teve no desenvolvimento da geografia brasileira, a começar pela sua própria existência, e pelo que ele se constituiu como a maior massa, em quantidade e em qualidade, de pesquisa geográfica feita no Brasil. (FAISSOL, 1989, p.23) Já no viés da geografia física, a nova geografia e seus estudos quantitativos matemáticos elaboraram ferramentas de cunho físico para análise da estrutura terrestre e seus impactos internos. Ao pensar e fazer geografia atualmente não se tem como deixar de buscar os fundamentos da Geografia Quantitativa ou Teorética, a Nova geografia. As capacidades do homem e seus conteúdos conceituais e analíticos evoluíram com o 47 passar do tempo, definindo uma concepção mais realista e palpável. Nesse sentido, podem-se reproduzir as palavras de Vesentini (2009), salienta que: O ensino de geografia no século XXI deve deixar o aluno descobrir o mundo em que vivemos, com especial atenção para a globalização e para a escala local, da vivência dos alunos, deve enfocar criticamente a questão ambiental, deve realizar estudos dos meios para que o conteúdo não seja meramente teórico ou livresco e sim real, ligado ao cotidiano das pessoas. Deve levar os estudantes e interpretar textos, fotografias, mapas, paisagens, problemas sócio espaciais sendo que o bom professor não deve ter medo de criar, ousar e de aprender ensinando. (VESENTINI, 2009, p. 92) Hoje nota-se que as questões ligadas à nova geografia cercam de maneiras reais e subpostas as entrelinhas do saber, pois se faz uma leitura da associação de ferramentas, como a internet, no saber e na didática e no processo de ensino e aprendizagem em diferentes níveis educacionais do ensino fundamental ao sistema universitário. Pode-se citar, como produto didático dessa nova geografia, a criação de sites geotecnológicos, como o site 24timezones3 (FIG 07), que permite ao professor desenvolver com o aluno de forma mais dinâmica a questão de fusos horários no mundo. E até mesmo o desenvolvimento e o uso de programas computacionais com enfoque na cartografia e no estudo de imagens orbitais de maneira gratuita e didática, como o programa SPRING desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Figura 07. Fusos Horários no Mundo Fonte:24timezones.com/hora_certa,2014 Sendo que o INPE (2014) estabelece que o SPRING é um SIG (Sistema de Informações Geográficas) no estado-da-arte com funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados espaciais com um enfoque para aplicações em Agricultura, Floresta, Gestão Ambiental, Geografia, Geologia, Planejamento Urbano e Regional, somado a ser um 3 http://24timezones.com/hora_certa.php 48 mecanismo de difusão do conhecimento desenvolvido pelo INPE e seus parceiros, sob forma de novos algoritmos e metodologias (INPE, 2014). Diante disso, o computador, com esses novos softwares, traz e exige uma nova qualificação do professor. Desse modo, segundo o INPE (2014), é ofertado à comunidade um sistema de ferramentas didáticas através do site INPE manuais4 e no sítio virtual suporte para SPRING5. FIG 08. Esses elementos mostram o quanto a nova geografia desenvolve-se no meio educacional. Figura 08. Telas do Sistema SPRING - INPE Fonte : dpi.inpe.br/spring,2014. 2.4. A tecnologia na educação: as geotecnologias como recurso didático e sua contribuição para o ensino da geografia As mudanças ocorridas na humanidade são descritas por Toffer (1995) como ondas e retratam as diferentes formas de criação de riquezas intelectuais. A primeira onda teria sido a organização do homem em sociedades agrárias, quando ele passou de nômade para uma civilização agrícola. A segunda onda seria a passagem da civilização agrícola para uma civilização industrial. A terceira e atual representa a mudança para uma civilização na qual o conhecimento passou a ser o meio principal para produção de riquezas na sociedade. A primeira onda durou aproximadamente oito mil anos, terminando por volta de 1650 1750 (TOFFLER,1995). Foi um período caracterizado basicamente por sociedades 4 http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/manuais.html 5 http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/suporte.html 49 agrárias. O trabalho resumia-se à agricultura que empregava o trabalho humano e de animais para a produção de alimentos. O importante era saber quando e como plantar e colher, utilizando-se basicamente a força física. Foi um período de grandes transformações sociais, culturais, políticas, filosóficas, institucionais, em relação à civilização nômade que a precedeu. Não era necessária a escola, a educação. Fundava-se na crença em Deus que era visto como centro de tudo, o que enfraquecia o espírito crítico e a autonomia de pensamento do ser humano (TOFFLER,1995). A segunda onda iniciou-se com a Revolução Industrial (1760). Uma série de fenômenos caracteriza essa época, fenômenos que podem ser sintetizados em padronização de produtos, especializações dos trabalhadores, sincronização do trabalho. Dessa forma, o controle do tempo passou a ser um elemento central na vida das pessoas: concentração, maximização e centralização da produção, que constitui as características mais fortes das sociedades industriais (TOFFLER, 1995). Essa nova forma de produção de riquezas, o avanço das telecomunicações, o surgimento dos correios, da imprensa, do rádio e televisão trouxeram profundas transformações sociais de diversas ordens em relação ao que existia na civilização anterior. A educação passa a ser um requisito importante para a formação técnica e cultural das pessoas (SOUZA, 1996). Toffler (2003) considera que a terceira onda começou por volta de 1.955 com o surgimento de novas tecnologias que, com inovadoras formas de trabalho, transformaram as operações produtivas e as relações entre os indivíduos. A economia já não se baseava apenas na produção agrícola e industrial, mas na produção de conhecimento técnico-científico. As mudanças nas áreas culturais, políticas, econômicas e sociais afetam essa nova sociedade. A única forma de acompanhar essas mudanças é através da aprendizagem constante e da resposta imediata aos problemas. A educação precisa ficar atenta às transformações da sociedade, adequando-se às mudanças para cumprir seu objetivo de formar indivíduos para essa nova realidade, seres críticos e informados (TOFFLER, 2003). Oliveira (2002) destaca que, desde a década de 1960, verifica-se uma preocupação em associar o uso da tecnologia à melhoria da qualidade do ensino. Ela está 50 relacionada à prática do ensino baseado nas teorias das comunicações e a diversificados aprimoramentos tecnológicas como TV, rádio, vídeo, áudio, impressos e informática. Assim, Oliveira (2002) diz que o conceito de tecnologia educacional passou por diferentes concepções. A primeira refere-se a uma visão tecnicista, com a supervalorização de aparelhos e equipamentos; a segunda enfatiza princípios, procedimentos e planejamentos para atender aos problemas educacionais. Uma conceituação de tecnologia na educação vem acompanhada de uma concepção filosófica, buscando uma escola não apenas eficiente, mas melhor, contribuindo para um processo de mudança escolar coerente com a realidade social brasileira (OLIVEIRA, 2002). A partir da década de 1980, o computador aparece como mais um instrumento que contribui no processo de ensino aprendizagem em todas as frentes da educação. Ele começa a fazer parte do processo da aprendizagem escolar, em uma tentativa de acompanhar as evoluções tecnológicas da sociedade, preparando o indivíduo para atuar na economia da nova era da informação e da tecnologia, uma vez que os processos de educação que se adequavam ao setor fabril da era industrial já não atendem às necessidades da economia atual (SOUZA, 2000). Spencer (2005), no seu livro e no documentário Space Race (Corrida Espacial), considera que os Estados Unidos da América foram o primeiro país a utilizar satélites para efeitos de comunicação em longa distância, em 26 de julho de 1963, para fins militares. Projeto desenvolvido em conjunto com o Pentágono. Breve esse recurso seria aplicado às comunicações telefônicas públicas, como forma de aliviar a carga das redes terrestres, que começavam então a dar os primeiros sinais de congestionamento. Após o primeiro passo para elaboração, fabricação e estudo para desenvolver novas funções do satélite, perceberam-se as inúmeras colaborações que esse meio tecnológico ajudaria para desenvolver o mundo de forma regional e local com as seguintes aplicações nas Comunicações: comunicações fixas, difusão (BSS, Broadcasting Satellite Service), nas comunicações móveis (MSS, Mobile Satellite 51 Service) na navegação, na qual se tem o posicionamento através GPS, Global Positioning System/ Sistema de Posicionamento Global, na observação da terra e atmosfera, meteorologia, detecção remota, militares com a espionagem. Todas essas aplicações dos satélites revelam ser de suma importância, pois a sua grande capacidade de cobertura permite atingir zonas ou áreas no planeta que são de difícil acesso, caso se utilizassem meios terrestres e até mesmo aéreos. Como grande vedete desse sistema, tem-se o GPS Sistema de Posicionamento Global FIG.9, que foi desenvolvido pelos Estados Unidos da América e que tem uma constelação ou rede de 24 satélites, mas apenas três satélites são necessários para apontar a sua posição – e mais um para calcular a sua altitude em relação ao nível do mar. Suponha-se que você está em João Monlevade, cidade no interior do estado de Minas Gerais, Brasil. Existem três satélites localizados no horizonte visível. Um deles em trânsito sobre o sul do Brasil, outro no Atlântico e um terceiro sobre o sudeste. Cada um deles comunica-se com seu receptor, mapeando os tempos de reposta. Os tempos anotados em cada satélite dão a posição exata da sua localização na cidade para onde será enviada em latitude e longitude, no caso, igual a 19º48′36” de latitude sul e 43º10′26” de longitude oeste. Com relação ao GPS, ele não é o único sistema geoecológico de posicionamento global no mundo, sendo que, junto a essa ferramenta tecnológica, existem mais três formas de sistema de localização, todas independentes uma da outra, o Galilei, da União Europeia; o Compass chinês; o GLONASS russo, similares ao GPS americano. Figura 09. Funcionamento do sistema de posicionamento Global – GPS Fonte: seliga-geografia.blogspot.com.br,2014. 52 Ao se avaliar a sociedade na qual se está vivendo, deve-se perguntar e fazer um contraponto quanto à palavra tecnologia para cada um, ou seja, o que é tecnologia? O processo de evolução tecnológica vivenciado nos últimos anos tem sido inigualável a qualquer outro. As descobertas científicas realizadas na segunda metade do século XX e início do século XXI têm proporcionado avanços em todas as áreas do conhecimento científico. Assim, toma-se o conceito de tecnologia de Dal Corno (2008), como referência, que diz: Assim como as ciências precisaram organizar suas linguagens de especialidade para o aperfeiçoamento da comunicação entre aqueles que faziam ciência, também as técnicas, ou a tecnologia, entendida aqui como o conjunto de artes mecânicas e ciências aplicadas, buscou sistematizar o conhecimento resultante das descobertas científicas, empregado de modo prático na melhoria das condições de vida, como testemunhou a Revolução Industrial. (DAL CORNO 2008, p.07) É importante salientar e analisar, a partir dessa afirmação, que a tecnologia acima de tudo tem como contraponto para alguns uma conscientização da sua origem simplista, como uma simples colher ou uma agulha até o sistema mais avançado, como um satélite ou uma nave espacial na órbita da Terra. Outra questão é: por que a tecnologia impõe para muitos uma perpétua dependência intelectual e emocional? O mercado, juntamente com a sociedade, exige respostas rápidas e complexas e diante da realidade da globalização aumenta a necessidade cada vez mais da utilização de mecanismos tecnológicos que auxiliem o ser humano em seus processos rotineiros, principalmente no processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, a educação se evolui juntamente ao desenvolvimento das tecnologias. Carvalho (2012) aponta que: Na pesquisa geográfica, a mesma importância se impõe e vemos adquirir cada vez mais força as tecnologias que possibilitam maior rapidez no tratamento dos dados, maior capacidade de observação do espaço, nas mais variadas escalas, tanto espacial quanto temporal, possibilitando o monitoramento das mudanças que se observam na superfície da terra, que ocorre de maneira cada vez mais rápida. (CARVALHO, 2012, p.19) Portanto, há duas vertentes estimuladas nesse contexto educacional: os entusiastas 53 que compreendem que o computador e a internet vão revolucionar o ensino e os métodos educacionais e os pessimistas que veem nas novas tecnologias a falência inevitável da educação tradicional. Souza (2000) propõe o equilíbrio dessas visões para avaliar a inserção do computador no ensino, evitando o mau aproveitamento de algo que pode acrescentar muito na evolução do processo educacional mundial. Castells (1999) discorre sobre a gigantesca dimensão que as novas tecnologias aliadas à internet ganharam recentemente, como também os principais fatores que fazem delas as principais difusoras da cultura e conhecimento no século XXI, não deixando, porém, de salientar e alertar sobre os efeitos negativos, do ponto de vista social e cultural, que podem resultar se não forem levados em consideração o contexto e a forma como se apresentam. Castells (1999) evidencia que o grande paradigma atual são as tecnologias de informação, que, de forma convergente, procuram estabelecer conexões cada vez mais ricas entre seus objetos. As interfaces, patrocinadas pela digitalização em massa, atuam como catalisadores do desenvolver tecnológico, da comunicação entre ciências, elevando exponencialmente as possibilidades de construção do conhecimento. Cada cruzamento científico gera novo objeto de estudo, com novas possibilidades e novos resultados, que serão novos objetos de interface científica. A essa nova estrutura social da Era da Informação, Castells (1999) chama de “sociedade em rede” (CASTELLS, 1999, p.50). Vaz (2000) analisa que as novas formas de interação e comunicação em redes, oferecidas pelas mídias digitais, permitem a troca de informações e o desenvolvimento de projetos colaborativos em espaços virtuais e informais de encontro na internet. Todos podem acessar um texto, dar opiniões sobre ele e colaborar com ele. Segundo Vaz (2000), o excesso de informações nas redes implica a emergência de novos mediadores. O papel desses mediadores seria orientar o grupo para o foco trabalhado, evitando a dispersão, estimulando para que todos estejam atentos, participantes e estabelecendo um clima reflexivo, crítico e criativo. Paralelo ao rápido desenvolvimento das tecnologias digitais, amplia-se também o papel do professor. “O professor terá necessidade muito acentuada de atualização, 54 tanto em sua disciplina específica, quanto em relação às metodologias de ensino e novas tecnologias” (BELLONI, 2008, p. 82). Não se esquecendo daquela questão que mais se adéqua à abordagem desse trabalho: o professor formador. De informador, o professor precisa se transformar em orientador de aprendizagem. Assim, [...] os diferentes recursos oferecidos pelas novas tecnologias digitais têm [...] incentivado propostas de ensino menos centradas no professor e mais voltadas para a interação e o diálogo, já muito defendidas pelas propostas pedagógicas de orientação sócio interacionista [...]. (ARAÚJO, 2007, p. 184) Nesse contexto mencionado por Araújo (2007), a Geotecnologia na educação não significa o vínculo de informática e educação, indo mais além deste pensamento superficial. A Geotecnologia é vista como a integração destas duas áreas para promover um papel estimulador e ativo que a educação, através desse eixo, deve fornecer ao ser humano, além de desempenhar, na sociedade, a inovação e o progresso do mundo. De acordo com Rosa (2005): Também conhecidas como "geoprocessamento", as geotecnologias são o conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informações com referência geográfica. As geotecnologias são compostas por soluções em hardware, software e peopleware que juntos constituem poderosas ferramentas para tomada de decisões. Dentre as geotecnologias podemos destacar: sistemas de informação geográfica, cartografia digital, sensoriamento remoto, sistema de posicionamento global e a topografia. (ROSA, 2005, p. 01) Esse tema encontra-se integrado às orientações do Currículo Básico Comum (CBC) para Escola Pública do Estado de Minas Gerais e as orientações do Ministério da Educação e Cultura (MEC) através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs 1997) em que a Geografia, assim como as demais disciplinas do currículo escolar, deve prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas contradições. Nesse sentido, aparece a denominação Geotecnologia. As geotecnologias relacionam-se a um conjunto de ferramentas tecnológicas importantes para o planejamento em investimentos públicos, para a análise de questões ambientais e sociais (GONÇALVES, 1987). 55 Segundo Gonçalves (1987), a Geotecnologia tem passado por uma considerável expansão e exigido um novo saber na prática docente, influenciando o desenvolvimento intelectual do discente, exigindo dos mesmos novos saberes e novas formas de construção do conhecimento. Nesse sentido, exige-se do professor uma visão menos formal e mais flexível, não apenas a transmissão de conhecimentos técnicos e livrescos, mas a geração de conhecimentos a partir das reflexões sobre práticas inseridas num mundo que age e organiza-se diferentemente dos esquemas tradicionais. Nas aulas de Geografia, os recursos da Geotecnologia que podem ser encontrados, mesmo que de forma ainda bastante limitada, referem-se a textos, exercícios e ilustrações ligados ao uso do GPS para identificação, localização e georreferenciamento (GONÇALVES, 1987). Pode-se ainda observar o uso dos sistemas de satélite para monitoramento climático e ambiental e a articulação do geoprocessamento para desenvolvimento de análises não só ambientais como urbanas, no estudo sobre a cidade e sua evolução como pode ser observado nas (FIG. 11,12,13). Esses recursos são muito pouco explorados pelos professores, em função das dificuldades que sentem em explicar aquilo que para eles ainda é algo inovador (GONÇALVES, 1987). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), para o ensino de geografia, O sentido da leitura da paisagem geográfica pelo estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação tematizada dos lugares e regiões são recursos didáticos importantes que podem ser aprofundados e discutidos em sala de aula. Isso porque aprender Geografia significa também perceber, observar com intenção e descrever nosso cotidiano nas paisagens, interpretando os seus significados do passado, presente e interferir no seu futuro. (BRASIL, 1998 p.93) Nesse viés, os PCNs tratam a leitura da paisagem pelo estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação tematizada dos lugares e regiões como atividades didáticas importantes que podem ser aprofundados, como se observa a seguir: A leitura de imagens, o trabalho com diferentes tipos de documentos, a narrativa, os filmes, as fotografias, os textos literários, os jornais, as revistas, o estudo do meio poderão prosseguir, entretanto, com autonomia, e com aumento das competências para leitura, escrita e cartográfica dos alunos e possível aperfeiçoar procedimentos tais como entrevistas, enquetes, pesquisas em livros, jornais, consultas em arquivos, atlas, mapas, registros de ordem tecnológica, cadernos de campo. (BRASIL,1998, p.111-112) 56 Parece claro que a busca por recursos didáticos, como a tecnologia na geografia, é considerada um importante recurso a ser explorado, sendo que o mesmo não deve estar desconectado dos objetivos traçados para o conteúdo em questão. Assim sendo, podem-se identificar perspectivas didáticas da geotecnologia em que há uma amálgama entre a matéria geográfica ensinada em sala e a geotecnologia, estabelecendo uma proposta de ampliação do ensino, rompendo as barreiras da mesmice didática e da burocracia rígida, permitindo uma maior autonomia do profissional para o estabelecimento de ensino, adquirindo uma postura crítica e autônoma. Seguindo a linha de pesquisa estabelecida, tem-se a questão do ensino dos agentes internos da terra em que o professor trabalha com tectonismo e suas formas de modelagem do ambiente terrestre. Segundo Guerra (2000), a orogênese associa-se pelo choque entre duas placas tectônicas distintas, formando estruturas como grandes cadeias de montanhas e cordilheiras, uma vez que o encontro entre as placas distintas provoca o soerguimento do relevo terrestre. Além disso, a orogênese provoca, também, o surgimento de vulcões e falhas geológicas, grandes responsáveis pelos abalos sísmicos e terremotos. A epirogênese associa-se a movimentos verticais que provocam o soerguimento ou o rebaixamento de vastas áreas continentais. Estes estão relacionados às áreas de estabilidade, como no Brasil, e estão afastados de áreas de contato entre placas e estruturas vulcânicas e seus processos em diversas regiões do mundo. Esses significados livrescos ganham uma nova forma e uma nova abordagem quando são apresentados e estudados usando-se os recursos tecnológicos. Em se tratando da geotecnologia, por exemplo, pode-se observar o uso de sites como painel global 6 (FIG. 10) e Apolo 11 7 (FIG.11) que são sites tecnológicos de conteúdo geográfico voltados para a linha da geotecnologia e que monitoram a incidência de tremores no planeta terra, atraindo a curiosidade e o envolvimento do aluno pois 6 www.painelglobal.com.br 7 www.apolo11.com 57 explicitam quando, como e por quê daquele fenômeno conforme apresentado nas figuras abaixo: Figura 10. Painel Global- Registro de Terremotos em Tempo Real Fonte: Painelglobal.com.br,2014. Figura 11. Apolo 11- Registro de Terremotos em Tempo Real Fonte: Apolo11.com,2014. Outra abordagem que ganha uma nova estrutura didática é o ensino da matéria sobre Sensoriamento Remoto e Satélites Artificiais da terra ligados ao geoprocessamento. Nessa abordagem, tem-se uma proposta voltada para as estruturas do que é um Sistema de Informações Geográficas – SIG, o que Fitz (2010) apresenta como sendo uma reunião de outros sistemas associados, os quais são constituídos por programas como módulos (outros programas) diversos que, por sua vez, podem constituir-se em outros sistemas independentes. 58 Um novo enfoque didático pode ser observado sobre o Sistema de Informações Geográficas-SIG atendendo ao viés do geoprocessamento somado à tecnologia espacial na forma de satélites artificiais no mundo e no Brasil, no qual se insere o aluno nas telecomunicações e no sistema de transmissão de TV, mostrando a ele a dependência direta do homem com a tecnologia espacial. Assim Florenzano (2007) ressalta que: Um satélite é um objeto que se desloca em círculos, em torno de um outro objeto. Existem os satélites naturais, como, por exemplo, a lua, que gira em torno da Terra, e existem os satélites artificiais, construídos pelo homem, que também giram em torno da terra, ou de outro corpo celeste. (FLORENZANO, 2007, p. 25) Como parte da didática, juntamente com o PCN, a estruturação de ensino pode ser voltada para a exploração e a curiosidade do ser humano, no qual o ser irá aprender as diferenças entre satélites naturais e artificiais e, sobretudo, uma maior estrutura de materiais sobre a questão cartográfica e espacial, adquirindo uma evolução nos processos geográficos e tecnológicos. Carvalho (2012) ressalta que, no Brasil, o uso do sensoriamento remoto no ensino tem sido fomentado pelo Instituto Nacional de pesquisas Espaciais INPE, que tem disseminado a utilização da geotecnologia como recurso didático em ambientes de escolas públicas e particulares através do EducaSeRe- Educação de Sensoriamento Remoto, com objetivo na difusão de conhecimentos em Ciência e Tecnologia Espaciais hospedado no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- INPE8, que tem como fim um sistema didático com Material Didático para o Ensino de Sensoriamento Remoto, Sistema de Informações Geográficas- SIG , dividido em quatro módulos, cujo objetivo é gerar material didático, a baixo custo, dedicado ao ensino de sensoriamento remoto no 1º. 2º. e 3º graus, de tal forma que dissemine e torne acessível essa tecnologia a todas as camadas da sociedade (INPE,2012). Nesta mesma relação há, pela iniciativa do INPE, cursos destinados a professores de todas as disciplinas do ensino fundamental e médio com enfoque no sensoriamento remoto e no geoprocessamento, estimulando a questão da geotecnologia no ambiente escolar. Esses cursos são de duração de 40 horas, sendo ministrados no período de férias escolares (INPE,2012). Assim como objetivo principal: 8 http://www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/index.htm.com 59 Difundir o uso do sensoriamento remoto como conteúdo e recurso didático nas escolas. A capacitação dos professores envolve a preparação de material didático, orientação e acompanhamento na elaboração dos projetos escolares, geralmente voltados para o estudo de questões ambientais locais e avaliação dos recursos obtidos. (FLORENZANO, 2003, p. 775-776) Carvalho (2012) enfatiza que abordar várias aplicações de sensoriamento remoto na área de recursos naturais como material didático trará não só para os professores, mas para a comunidade em geral, uma capacitação para desenvolver e abordar conteúdos ligados a este fenômeno. [...] Disponibilizar, a baixo custo, para a comunidade em geral, dados de sensoriamento remoto dedicado à área de recursos naturais, difundir o uso de dados de sensoriamento remoto, como recurso didático, nas disciplinas de ciências e geografia, tornar acessível, de forma ampla e a baixo custo, material didático para o ensino de sensoriamento remoto e de recursos naturais. (SUASEN apud CARVALHO, 2012, p.38). As imagens trabalhadas nesses materiais didáticos, são adquiridas através de aparelhos denominados Sensores Remotos (RUDOLF, 2008). Esses sensores ou câmaras são colocados a bordo de aeronaves ou de satélites de sensoriamento remoto - também chamados de satélites de observação da Terra. Um sensor a bordo do satélite gera um produto de sensoriamento remoto denominado de imagem ao passo que uma câmara aerofotográfica, a bordo de uma aeronave, gera um produto de sensoriamento remoto denominado de fotografia aérea (RUDOLF, 2008). Nesse contexto, insere-se na área das ciências aplicadas a geotecnologia, ligada ao SR- Sensoriamento Remoto, cujo referencial é a captura e a obtenção de imagens à distância sobre a superfície terrestre. Esse fato didático pode ser hoje aproveitado pela enorme gama de sites que disponibilizam tais imagens para download em seus arquivos de dados, como o próprio Instituto de Pesquisas Espaciais – INPE (FIG.12) com imagens orbitais de satélites de monitoramento ambiental e urbano e hidrológico, como os satélites da série CBERS, Landsat, Terra. Esses mesmos arquivos (imagens orbitais) estarão disponibilizados para o professor gratuitamente, após um cadastro na página, para fins didáticos de acordo com a intenção estrutural da matéria regida pelo professor no momento, aproximando a geotecnologia, através do sensoriamento remoto de forma simples, rápida aos seus alunos. 60 Figura 12: Site do Instituto de Pesquisas Espaciais- INPE Fonte: INPE, 2014. Outra vantagem observada no estudo das geotecnologias é o aparecimento de ferramentas online sobre o assunto. Tem-se como base a ISS (Estação Espacial Internacional) que entre 2012 e 2014 instalou quatro câmeras, que têm como função a transmissão de sua órbita em volta da terra com alta definição. As imagens são transmitidas em tempo real pelo site Ustream9 e pelo próprio site da NASA 10 (FIG. 13), que também conta com uma ferramenta de chat com outros espectadores para interagir a comunidade com a geotecnologia espacial. Figura 13: Site NASA –Agencia Espacial Americana – Estação Espacial Fonte :NASA/HDEV,2014. Essa ferramenta possui quatro câmeras instaladas na ISS, estação espacial Internacional, para filmar o nosso planeta em alta definição e 24 horas por dia. Tem uma aplicação didática de uso Geotecnológico, como dinâmica dos fusos horários com a associação de latitude e longitudes, a observação da paisagem em que está 9 http://www.ustream.tv/channel/iss-hdev-payload 10 http://eol.jsc.nasa.gov/HDEV 61 inserido, a análise e o estudo sobre o território humano somado às questões climáticas, assim associando aos dizeres de Carvalho (2012): Que a grande importância para a geografia e a construção ou constatação de que o ritmo da sociedade nesse início de século é marcado pela modernização que dinamiza ainda mais as questões ambientais bem como os fluxos de pessoas, capitais, mercadorias e, sobretudo, informações. (CARVALHO, 2012, p. 32) Nessa linha de pensamento, Carvalho (2012) observa que o novo na educação, com o exemplo da estação espacial Internacional – ISS, traz uma discussão sobre novas estratégias no ensino da geografia. Essas novas ferramentas possibilitam levar o aluno a construir seu conhecimento e a ser um agente ativo no processo de ensino e aprendizagem, tornando-o crítico e analítico do seu espaço vivido, passando a ciência da geografia como matéria produtiva e prazerosa ao ensino e estendendo a sua utilidade para as questões sociais do mundo. Leite (2006) aponta que é notório que o conhecimento científico humano, nas variadas áreas, tem evoluído bastante no decorrer dos anos. Essa evolução está diretamente relacionada ao processo de junção das diversas áreas científicas. A integração de saberes de ciências diferentes tem proporcionado à humanidade entender e descobrir fatos que, outrora, dificilmente poderiam ser descobertos, pois as ciências eram desarticuladas, sendo comum atualmente a multidisciplinaridade. Assim, Leite (2006) considera que a geografia tem a necessidade de integrar conhecimentos de outras áreas científicas, devido à complexidade e à grande dimensão do seu objeto de estudo que é o espaço geográfico, o que fez com que a Geografia durante o seu desenvolvimento dialogasse com ramos de outras ciências e estas, também, utilizaram e ainda utilizam técnicas e especialidades da Geografia. De acordo com Rodrigues (1993), nessa conjuntura, a geotecnologia, por meio do geoprocessamento, pode ser definida como um conjunto de tecnologias voltadas para a coleta e tratamento de informações espaciais e representações de dados com informações geográficas determinadas para um objetivo específico. As atividades que o envolvem são executadas por sistemas desenvolvidos para cada aplicação, que, nesse caso, são mais comumente tratados como Sistemas de Informação Geográfica – SIG ou, por sua sigla em inglês, GIS- Geographic Information System (CÂMARA & DAVIS, 2001). 62 Um sistema de geoprocessamento destina-se ao processamento de dados referenciados geograficamente, desde a sua coleta até a saída, na forma de mapas convencionais, relatórios, arquivos digitais, entre outros, devendo prever recursos para seu armazenamento, gerenciamento, manipulação e análise (CÂMARA & DAVIS, 2001). A geotecnologia apresenta-se como uma ferramenta extremamente importante para planejar e estudar o espaço urbano, permitindo, assim, usar lógica e racionalmente o espaço e, consequentemente, subsidiar a estruturação de uma cidade, oferecendo melhor qualidade de vida para sua população. E com toda a problemática socioambiental urbana que se encontra hoje, a aplicação do geoprocessamento pode ser uma técnica para reduzir ou minimizar esses problemas. Assim, a geotecnologia, interagindo com a educação, requer multidisciplinaridade, o que facilita o sucesso dessa atividade com uma visualização das diferenças estruturais didáticas e até mesmo socioeconômicas encontradas em torno do ambiente educacional. Sendo assim, conhecer a configuração geotecnologia da educação em um todo é um requisito fundamental para o sucesso educacional (CÂMARA & DAVIS, 2001). 2.5. As Geotecnologias nas aulas de Geografia e o Desenvolvimento Local De acordo com Dowbor (2008), o desenvolvimento local consiste no desenvolvimento em escala local, ou seja, a partir do espaço imediato da comunidade. “Promover o desenvolvimento local não significa voltar as costas para os processos mais amplos, inclusive planetários: significa utilizar as diversas dimensões territoriais segundo os interesses da comunidade” (DOWBOR, 2008, p.3). A educação relaciona-se diretamente ao desenvolvimento local, na concepção de Dowbor (2008): Com o peso crescente das iniciativas locais, é natural que da educação se espere não só conhecimentos gerais, mas a compreensão de como os conhecimentos gerais se materializam em possibilidades de ação no plano local. (...). A escola passa assim a ser uma articuladora entre as necessidades do desenvolvimento local, e os conhecimentos correspondentes. (DOWBOR, 2008, p.3-5) Assim, o uso das geotecnologias por meio da geografia é capaz de desenvolver no aluno uma aprendizagem significativa e crítica, fazendo com que o mesmo possa 63 atuar de forma positiva no seu espaço local, transformando-o e utilizando-o de maneira a obter uma melhor qualidade de vida na comunidade na qual está inserido. Para Dowbor (2008), com a construção das práticas em sala haverá possibilidades da geotecnologia, através de seus métodos, fazer parte do cotidiano social dos alunos transformados em seres que interagem com o que se passa dentro e fora da escola, desenvolvendo ações de relevância social na gestão das cidades, principalmente, para defesa do meio ambiente em sua comunidade através da tecnologia. Com uma prática educativa que promove o conhecimento crítico-reflexivo da localidade a partir dos recursos tecnológicos disponíveis, o aluno pode ser capaz de contribuir para o progresso e a manutenção do desenvolvimento local, lutando por questões ambientais existentes na sua localidade, como, por exemplo, a preservação ambienta; a coleta seletiva e o tratamento correto do lixo; a análise de evolução urbana da área; bem como a análise e compreensão de políticas públicas sobre tais questões. Assim, as geotecnologias chegam como uma expressão de inovação e transformação provocadas pela revolução das tecnologias associadas ao perfil da produção humana para uma tendência no ambiente. Assim, Santos (1994) diz que: Para ter eficácia, o processo de aprendizagem deve, em primeiro lugar, partir da consciência da época em que vivemos. Isto significa saber o que o mundo é e como ele se define e funciona, de modo a reconhecer o lugar de cada país no conjunto do planeta e o de cada pessoa no conjunto da sociedade humana. É desse modo que se podem formar cidadãos conscientes, capazes de atuar no presente e de ajudar a construir o futuro. (SANTOS, 1994, p. 121) Essa citação de Santos (1994) defende que o aprendizado das geotecnologias pode desenvolver e procurar concretizar soluções para a sociedade em um contexto geral. Diante disso, essas palavras vêm em convergência e servem de exemplo para o projeto interdisciplinar desenvolvido na Universidade do Estado de Minas Gerais UEMG junto com escolas do ensino médio da cidade que visa, a partir do implemento de geotecnologias ligadas ao geoprocessamento e à cartografia digital, colher, analisar e debater dados quantitativos matemáticos sobre o aparecimento de focos de dengue no município de João Monlevade em Minas Gerais. O projeto compreende quatro fases distintas. A primeira consiste no levantamento de focos e infectados pela doença; a segunda está ligada à leitura dos dados junto aos alunos da faculdade e das 64 escolas, que consiste na análise estrutural das áreas da cidade onde a proliferação apresenta riscos, sendo denominados por cores os setores - bairros afetados; a terceira fase compreende a representação desses dados quantitativos através da geotecnologia, usando um software de Sistema de Informação geográfica - SIG para analisar e atribuir, desenvolver e produzir um dado representativo em forma de mapa digital das áreas mais afetadas na cidade, como se pode observar na FIG. 14, 15,16 e 17, mapas espaciais e estruturais do território da cidade de João Monlevade construídos a partir de um SIG da geotecnologia, nos quais podem ser analisadas particularidades como drenagem, vegetação, áreas urbanas, solo, como os exemplos apresentados: Figura 14.Drenagem João Monlevade Figura 15. Área da Vegetação de João Monlevade Fonte: Prefeitura Municipal de Joao Monlevade/IBGE/ArcGis-adaptação Barros, Adriano Figura 16.Área da cidade de João Monlevade Figura 17.Área Bairros de Joao Monlevade Fonte: Prefeitura Municipal de Joao Monlevade/IBGE/ArcGis-adaptação Barros, Adriano 65 Após a confecção dos dados por professores e alunos das escolas envolvidas com o projeto, será feita a discussão e, na quarta fase, serão apresentados esses dados à comunidade local e aos órgãos municipais da cidade, que irão usufruir de um sistema de dados geográficos que apontarão as principais áreas do território Monlevadense que necessitam de uma maior atenção das autoridades no que tange ao monitoramento e combate à dengue. Paralelamente, serão desenvolvidas, nas escolas, oficinas de conscientização sobre a doença, enfatizando os locais de maior ocorrência. Essa análise de dados e a reunião de um conjunto de pessoas com conhecimentos diferentes com a finalidade de resolver um problema que afeta um determinado território vai ao encontro do que o geógrafo David Harvey afirma segundo Dowbor e Pochamann (2008), ou seja, Demonstra a necessidade de estimular o empreendedorismo local, isto é, a capacidade de articulação de atores e forças sociais e o desenvolvimento de formas das chamadas parcerias entre poder público e setor privado. Considerando que o poder para organizar o espaço deriva de um conjunto complexo de forças mobilizadas por diversos agentes sociais, esse autor identifica um papel específico do governo local: coordenar e agilizar uma ampla coligação de forças exercitando a chamada urban governance (gestão urbana), cujo significado supera o do tradicional governo urbano. (HARVEY, 1996 apud DOWBOR; POCHMANN 2008, p. 25) Assim pode-se aliar a geotecnologia no estudo do território, agindo sobre o desenvolvimento local. Esse estágio de conscientização de uma sociedade sobre o seu território mostra o ser como cidadão crítico e, consequentemente, responsável pelo seu futuro e, de certa forma, de grande parte de sua comunidade. Segundo Dowbor (2006): A educação não pode se limitar a construir para cada aluno um tipo de estoque de conhecimentos. As pessoas que convivem num território têm de passar a conhecer os problemas comuns, as alternativas, os potenciais. A escola passa assim a ser uma articuladora entre as necessidades do desenvolvimento local, e os conhecimentos correspondentes. (DOWBOR, 2006, p. 5) Pode-se perceber que nessa citação Dowbor (2006) coloca na educação a responsabilidade pela formação de cidadãos, que adquirem e produzem conhecimentos para poderem resolver os problemas da comunidade, da cidade, do país e do mundo. A partir do que Dowbor (2006) diz, pode-se inferir que o conhecimento do território onde se vive e se produz, aliado aos potenciais e saberes 66 que a geotecnologia oferece, possibilita, somado aos saberes sobre a cultura e a realidade da comunidade, ações que podem auxiliar e promover o desenvolvimento local. 2.6 Considerações Finais Em face das considerações tecidas na pesquisa se ressalta a crescente demanda e estudo da sociedade por serviços de incremento geotecnológicos no meio das infraestruturas, sejam elas educacionais ou de serviços, de modo compartilhador com fins de interesse coletivo para a humanidade. A evolução do pensamento Geográfico na estrutura educacional somado a discursões de práticas educacionais, demostram no percorrer do texto a evolução e a importância da Geografia e suas particularidades técnicas distintas atribuindo assim a evolução e mutação dessa ciência. O texto menciona os recursos didáticos práticos sobre a geotecnologia, como sites de conteúdos geográficos e programas geotecnológicos trazendo uma interação entre a ciência estudada e a tecnologia em pro do desenvolvimento local em forma de uma adequação didática e articulada, evoluindo assim o profissional no seu cotidiano laboral. O uso de tais ciências desenvolvem um pensamento de cooperação multidisciplinar com enfoque no desenvolvimento local e na construção do espaço na comunidade com fins de articulação e contribui com o debate sobre soluções concretas e alternativas para fortalecer experiências entre saberes. O Desenvolvimento Local aliado a estas ciências acadêmicas acompanha os avanços desenvolvidos pela sociedade no meio local monitorando a sua eficiência, eficácia e impactos no meio, estimulando a participação e a troca de informações entre diferentes setores da sociedade norteando a evolução técnica e cientifica na sociedade. As competências para o tratamento integral da pesquisa encontram-se umbilicalmente interligadas em um ambiente evolutivo destacando-se o uso racional de tais ferramentas, adequando e regulando o espaço educacional legitimo na inclusão do ser docente na contemporaneidade tecnológica. 67 3 REFERÊNCIAS 24 Time zones. Disponível em http://24timezones.com/hora_certa.php Acesso em: 24.jul.2014. ALMEIDA, F. J.; FONSECA JÚNIOR, F. M.. Aprendendo com projetos. In: PROINFO. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Ministério da Educação/ SEED, 2000, p. 9-56. ANDRADE, M. C. Trajetória e compromissos da geografia brasileira. In: CARLOS, A. F. A. (Org.) A Geografia na sala de aula. 8 ed., São Paulo: Contexto, 2010. ANDRADE, M. C. Geografia: ciência da sociedade. Campinas: Papirus, 1992. Apolo 11. Disponível em www.apolo11.com Acesso em: 24.jul.2014. ARAÚJO, J. C. Internet & ensino: novos gêneros, outros desafios. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. BELLONI, M. L. 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Os resultados indicam que a maioria dos professores entrevistados desconhece os recursos da geotecnologia, mas reconhecem a importância dos mesmos para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos da geografia. Palavras-chave: Geografia. Geotecnologia. Ensino Médio. Abstract The text presents the result of the field research accomplished in the Program of Master’s degree in Social Administration, Education and Local Development of the Academical Center Unites on the use of the geotecnologia for teachers of geography of the Medium Teaching. The instruments for the collection of data were questionnaire and interview destined to the teachers of Geography on knowledge, uses of the geotecnologia in practice educational, as well as his/her importance for the process of teaching-learning of that discipline. The results indicate that most of the teachers’ interviewees ignores the resources of the geotechnology, but they recognize the importance of the same ones for the improvement of the process of teaching learning of the contents of the geographic Keywords: Geography. Geotechnologies. Medium teaching. 11 Professor de Geoprocessamento na Universidade Estadual de Minas Gerais - UEMG e discente do Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local e do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Una. 12 Professora do Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local e do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Una. 74 1 Introdução As Geotecnologias hoje são consideradas uma amálgama entre a tecnologia do software e hardware que propõe ao usuário desenvolver uma dinâmica interdisciplinar nas estruturas acadêmicas e sociais com o intuito de progressão do desenvolvimento local e global. Conforme se aludiu acima, tem-se a definição de Laudares (2014) que pondera que as Geotecnologias podem ser entendidas Como as novas tecnologias ligadas às geociências, as quais trazem avanços significativos no desenvolvimento de pesquisa, em ações de planejamento, em processos de gestão, manejo e em tantos outros aspectos relacionados à estrutura do espaço geográfico. (LAUDARES, 2014, p.22) A colocação de Laudares (2014), somada à alusão no texto, demonstra que as geotecnologias possuem uma complementação de saberes de diferentes setores acadêmicos, estabelecida em questões tecnológicas contemporâneas, que permite de forma indireta e direta a introdução de novos conceitos com viés de planejamento, aplicados a diferentes áreas educacionais ou sociais com funcionalidades de proporcionar o desenvolvimento da gestão territorial, visando ao conhecimento e ao controle do espaço. Reforça-se, nesse entendimento, o pensamento de Rosa (2006) que destaca as geotecnologias como: Conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e disponibilização de informações com referência geográfica. São compostas por soluções em hardware, software e peopleware, que juntos se constituem em poderosas ferramentas para tomada de decisão. Dentre as geotecnologias pode-se destacar os sistemas de informações geográficas, cartografia digital, sensoriamento remoto, sistema de posicionamento global, dentre outros (ROSA, 2006, p. 178). A geotecnologia, portanto, compreende instrumentos geotecnológicos para suporte a essa estrutura interdisciplinar, como, por exemplo, o Google Earth, o Google Street; programas de cunho bilateral que possuem competências nas áreas de geoprocessamento com viés geológico e hidrológico, como o ArcGis e ferramentas gratuitas como SPRING e o TerraView, desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espacial – INPE e o QGIS, somando ferramentas de cunho geográfico-tecnológico, como o Sistema de Posicionamento Global - GPS e 75 ramificações de aplicativos complementares, como Sensoriamento Remoto; a Cartografia Digital com foco em gerenciamento em dados espaciais imprescindíveis no processamento e edição e armazenamento, possibilitando o uso de sites com foco em aplicativos Geotecnológicos, como sites de obtenção de imagens de satélites de vinculo gratuito para análise, como o próprio Instituto Nacional de Pesquisas Espacial - INPE com imagens do satélite Sino-Brasileiro CBERS, CDBRASIL, EMBRAPA, Instituto Brasileiro de Geografia - IBGE, Aster Gdem; Site como Floodmap.net de viés ambiental referente ao nível dos oceanos; e os Sites NASA e Ustream.tv que demostram o sensoriamento remoto e suas funcionalidades em tempo real. Este texto, portanto, apresenta o resultado da pesquisa de campo com professores de Geografia do Ensino Médio de escolas públicas e particulares de João Monlevade, em Minas Gerais, sobre os conhecimentos e usos na prática educativa dos saberes geotecnológicos. A relevância desta pesquisa consiste na certeza de que a chegada das tecnologias é uma realidade no meio educacional. Dessa forma, torna-se necessária a criação de aplicativos, ferramentas educacionais, além de um processo de capacitação constante dos professores para que possam utilizá-los, produzindo uma aprendizagem dinâmica e significativa para os alunos, ou seja, de forma que os alunos realmente aprendam os conceitos apresentados, utilizando-os na vida cotidiana. O tema da pesquisa vincula-se à área de inovações sociais e desenvolvimento, tendo como ênfase a linha de pesquisa em educação e desenvolvimento local, pois se percebe que com o uso das Geotecnologias no processo de ensino e aprendizagem da Geografia podem ser desenvolvidas capacidades e ações de Geoprocessamento e Gestão Ambiental na perspectiva do Desenvolvimento Local. A pesquisa relaciona-se com a área de atuação do pesquisador, na medida em que o mesmo exerce à docência da disciplina Geografia em escolas do Ensino Médio do município de João Monlevade, tendo sua formação acadêmica em Geografia e especializações voltadas para o Geoprocessamento e as geotecnologias e em gestão ambiental. O tema justifica-se também pelo contexto em que se realizará a pesquisa, que é o município de João Monlevade, cidade localizada na região do Médio Rio Piracicaba 76 –Minas Gerais, que apresenta diferentes problemas estruturais, devido ao crescimento desordenado das últimas décadas e as consequências desse processo nos dias atuais. A questão central, portanto, que orientou a pesquisa, compreende: o uso das geotecnologias por professores do Ensino Médio pode auxiliar no desenvolvimento dos objetivos educacionais do ensino da Geografia? O objetivo geral tem como foco analisar as possibilidades que a Geotecnologia oferece para o desenvolvimento dos objetivos educacionais do ensino de Geografia, com a finalidade de desenvolver proposta de intervenção educacional com características de inovação social e grande potencial para o desenvolvimento local. Os objetivos específicos têm como viés analisar a literatura especializada sobre a importância do uso da Geotecnologia no Ensino Médio; identificar as dificuldades no uso de geotecnologias apresentadas por professores e alunos do Ensino Médio; e descrever as possibilidades do uso da Geotecnologia no Ensino Médio. O texto encontra-se estruturado em quatro partes. A primeira parte compreende a introdução, na qual se apresenta a relevância da pesquisa no contexto educacional; a orientação da questão levantada na pesquisa; as diretrizes do contexto dos objetivos gerais e específicos. A segunda parte estabelece uma discussão teórica do ensino da Geografia em conjunto com o contexto dos recursos didáticos; a formação do profissional em Geografia e sua relação com o contexto da Geotecnologia. A terceira parte da pesquisa compreende a caracterização da apreciação do cenário da pesquisa; as escolas da cidade de João Monlevade em Minas Gerais e os sujeitos da pesquisa representados pelos profissionais geógrafos; os docentes de Geografia; e explora uma análise do perfil humano, acadêmico, econômico e trabalhista do docente envolvido na pesquisa, apresenta-se uma análise dos procedimentos metodológicos, pautado em um questionário desenvolvido pelos pesquisadores com o intuído de poder analisar o perfil dos professores pesquisados quanto à utilização e ao saber geotecnológicos com uma análise dos resultados subseqüentes. Os pesquisadores elaboraram uma capacitação geotecnológicas, estabelecendo duas 77 metas: a primeira, capacitar os professores com ferramentas geotecnológicas; e, a segunda, analisar a questão do uso da geotecnologia antes e pós o curso de capacitação, sendo que a ferramenta usada para essa análise estruturou-se em forma de uma entrevista com os profissionais que se submeteram ao curso. Após essa metodologia, foi traçado um perfil dos educadores participantes da pesquisa de campo desenvolvida pelo questionário. 2. Discussão Teórica Como lembra Fani (2011), os primeiros livros não eram especificamente voltados à ciência da Geografia, mas livros voltados para o conhecimento da realidade brasileira e, descomprometidos com modelos interpretativos importados, trouxeram uma substancial contribuição ao desenvolvimento da Geografia brasileira. Andrade (2010) ressalta que a Revolução de 1930 trouxe uma notável renovação, provocando o crescimento da leitura e da reflexão sobre o país. Com ela, iniciaram-se os estudos superiores de Geografia nas universidades do Distrito Federal e de São Paulo. Em seguida, as atividades do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, em São Paulo, nasceu a AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros). Durante os anos trinta, estruturou-se, tornou-se autônomo e institucionalizou-se o estudo da Geografia brasileira. Assim, o estudo da Geografia apresenta, segundo Fani (2011), quatro subperíodos: o do domínio da escola francesa, com alguma influência alemã; o período quantitativista, de domínio anglo-saxônico; o chamado de geografia crítica com alguns representantes da escola marxista-leninista; e, finalmente, o atual mais eclético e em que se procuram modelos brasileiros para responder aos desafios da realidade brasileira Andrade (apud FILHO, 2013, p. 32) ressalta que “no primeiro período, com o domínio do Estado Novo, procurou-se despolitizar a geografia, fazendo com que ela se tornasse uma análise de descrições de paisagens, diminuindo a influência dos geopolíticos.“ 78 Dentro dessa linha de pesquisa, tem-se uma visão com relação à abordagem da Geografia no Brasil, como relata Andrade (2001), Com o golpe de estado de 1964, procurou-se desenvolver no país uma política de crescimento econômico, sem preocupações com problemas ecológicos nem sociais, mas apenas com o crescimento da produção em função da demanda dos mercados. (ANDRADE, 2001, p. 12). O grande dilema do geógrafo e da geografia brasileira é analisar e procurar soluções para alguns fundamentais, como o da pobreza e o do desnível no desenvolvimento regional. (ANDRADE, 2001, p. 13). Pode-se perceber, na concepção e na pesquisa de Andrade (2001), que o sistema brasileiro vivia, no aspecto econômico, uma preocupação com a questão do crescimento da economia e, consequentemente, do Produto Interno Bruto (PIB). Assim não havia a preocupação com os contextos ambientais apresentados, enquanto a ciência geográfica procurava aliar o crescimento com o equilíbrio social e humano da sociedade brasileira. Em relação ao ensino de Geografia, a partir do século XXI, Vesentini (1999) argumenta que, com as atuais mudanças no mercado de trabalho, suscitadas pela revolução técnico-científica, necessitam-se, cada vez mais, de uma força de trabalho qualificada e com elevada escolaridade. Tanto as matérias-primas em geral, incluindo espaço físico, quanto a mão de obra desqualificada e mesmo a especializada estão sendo desvalorizadas num ritmo acelerado pelos avanços na robotização, na informatização, na indústria de novos empregos que surgem e exige, em sua maioria, uma alta escolaridade, acrescida de uma crescente flexibilidade, ou seja, capacidade de se reciclar constantemente. Vesentini (1999) afirma que: É mais do que óbvio, portanto, que os avanços na revolução técnica científica e na globalização, somados às radicais mudanças no mercado de trabalho, exigem uma escola voltada, não somente para desenvolver a inteligência dos educandos, o senso crítico, a criatividade e a iniciativa individual, mas também voltada para discutir os grandes problemas do mundo, isso, porque a força de trabalho do século XXI é antes de tudo qualificada, com iniciativa, com capacitações periódicas e imprescindíveis. O mundo cada vez mais globalizado exige consumidores (e talvez até cidadãos) internacionalizados, já que o mercado mundial torna-se mais importante que o nacional. Os grandes problemas a serem enfrentados, inclusive sob a ótica da sobrevivência do sistema, são em número crescente de escala planetária, desde o meio ambiente até os fluxos e conflitos culturais, econômicos, jurídicos, tecnológicos, etc. Assim sendo, é extremamente importante, muito mais que no passado, que haja no sistema escolar uma(s) disciplina(s) voltada para levar o educando a compreender o mundo em que se vive da escola local até a planetária, dos problemas ambientais até os econômicos culturais. (VESENTINI 1999, p. 22) 79 Nesse paradigma proposto por Vesentini (1999) argumenta-se que a escola e o ensino da Geografia são, ao mesmo tempo, instrumentos de reprodução do sistema e de libertação, sendo difícil estabelecer limites bem definidos entre esses dois papéis. Assim, reitera a necessidade de se expandir a escolaridade (tanto no sentido de se atingirem mais pessoas, não somente todas as crianças e jovens, mas também os adultos e idosos, pensando-se na necessidade crescente de reciclagens e nos cursos para a terceira idade, como também no sentido de se ampliar a sua duração), valorizando o sistema escolar e “os recursos humanos” nele envolvidos. Vesentini (1999) aponta que o sistema escolar, juntamente com algumas outras atividades do setor terciário, é uma das poucas áreas na qual crescerá a oferta de trabalho no século XXI. Assim como as lutas ecológicas, as culturais e outras, os conflitos e as mudanças educacionais constituem uma das mais importantes frentes de ampliação da democracia e da justiça social em nossos dias. Daí o educador, assim como o intelectual, em geral, ter uma importância decisiva para as mudanças sociais, inclusive as econômicas. Assim Vesentini (1994) afirma: Que o exercício da liberdade, como se sabe, pressupõe a responsabilidade, tomadas de decisões, necessidade de refletir e agir por conta própria num ambiente pleno de interesses divergentes. Procurar a todo custo evitar o comodismo intelectual e a burocratização das relações sociais e educacionais é uma das mais importantes tarefas para que o ensino não apenas reproduza as demandas para a ampliação da modernidade, mas principalmente, contribua para formar cidadãos mais ativos e críticos e com isso uma sociedade cada vez mais democrática e pluralista. (VESENTINI, 1994, p. 26) Essa afirmação, citada por Vesentini (1994), pontua a colocação de que o ser que transmite conhecimento, o professor, em seu percurso de ensino deva, em um primeiro momento, procurar estabelecer uma evolução acadêmica, deixando o chamado comodismo intelectual. Cabe ao profissional não ser um reprodutor de conhecimento, mas sim um criador de conhecimentos, contribuindo para o crescimento humano crítico. As mudanças nas áreas culturais, políticas, econômicas e sociais afetam essa nova sociedade. A única forma de acompanhar essas mudanças é através da aprendizagem constante e da resposta imediata aos problemas. A educação precisa ficar atenta às transformações da sociedade, adequando-se às mudanças para cumprir seu objetivo de formar indivíduos para essa nova realidade, seres críticos e 80 informados (TOFFLER, 2003). Oliveira (2002) destaca que, desde a década de 1960, verifica-se uma preocupação em associar o uso da tecnologia à melhoria da qualidade do ensino. Ela está relacionada à prática do ensino baseado nas teorias das comunicações e à diversificados aprimoramentos tecnológicas, como a TV, o rádio, o vídeo, o áudio, os impressos e a informática. A partir da década de 1980, o computador aparece como mais um instrumento que contribui no processo de ensino aprendizagem em todas as frentes da educação. Ele começa a fazer parte do processo da aprendizagem escolar, em uma tentativa de acompanhar as evoluções tecnológicas da sociedade, preparando o indivíduo para atuar na economia da nova era da informação e da tecnologia, uma vez que os processos de educação, que se adequavam ao setor fabril da era industrial, já não atendem às necessidades da economia atual (SOUZA, 2000). Gonçalves (1987) ressalta que a ciência está cada vez mais transformada em força produtiva, devendo repensar seus fundamentos epistemológicos e metodológicos; mesmo nos meios ditos críticos: "a razão científica e técnica é acusada de suprimir a liberdade por sua relação íntima com o poder. Saber é poder” (GONÇALVES, 1987, p. 09) Assim a Geotecnologia tem passado por uma considerável expansão e exigido um novo saber na prática docente, influenciando o desenvolvimento intelectual do discente, exigindo dos mesmos novos saberes e novas formas de construção do conhecimento. Nesse sentido, exige-se do professor uma visão menos formal e mais flexível, não apenas a transmissão de conhecimentos técnicos e livrescos, mas a geração de conhecimentos a partir das reflexões sobre práticas inseridas num mundo que age e se organiza diferentemente dos esquemas tradicionais (GONÇALVES, 1987). Nas aulas de Geografia contemporâneas, os recursos da Geotecnologia que podem ser encontrados, mesmo que de forma ainda bastante limitada, referem-se a textos, exercícios e ilustrações ligados ao uso do GPS para identificação, localização e georreferenciamento (GONÇALVES, 1987). 81 Pode-se ainda observar o uso dos sistemas de satélite para monitoramento climático e ambiental e a articulação do geoprocessamento para desenvolvimento de análise não só ambientais como urbanas, no estudo sobre cidade e sua evolução. Esses recursos são muito pouco explorados pelos professores, em função das dificuldades que sentem em explicar aquilo que para eles ainda é algo inovador (GONÇALVES, 1987). A utilização dos recursos didáticos adequados tem como principal objetivo mostrar e despertar o interesse dos alunos, favorecendo o desenvolvimento da capacidade de observar, aproximar o aluno da realidade, visualizar ou concretizar os conteúdos em aprendizagem, oferecer informações e dados, permitir a fixação da aprendizagem, ilustrar noções mais abstratas, desenvolver a experimentação concreta e o espírito crítico, ensinar mais em menos tempo, diminuir falhas no processo de comunicação, manter a sequência da apresentação do assunto, proporcionar o desenvolvimento do raciocínio, da criatividade, de capacidades intelectuais, dentre outros no campo educacional (BRAGA, 2007). Dentre os recursos audiovisuais, as Geotecnologias têm um caráter irrestrito. Pode-se classificá-las em três grupos: os visuais, como os vídeos e data show e até mesmo as ferramentas ligadas à Geotecnologia diretamente, como o próprio GPS e os programas geotecnológicos, como Qgis e Spring; os auditivos, como os tutoriais em mp3; e os audiovisuais que incorporam som e imagem. Percebe-se que o computador revolucionará o ensino e os métodos educacionais. As Geotecnologias apresentam-se como ferramentas extremamente importantes para se planejar e estudar o espaço urbano, permitindo, assim, o uso lógico e racional do espaço e, consequentemente, subsidiando a estruturação de uma cidade, oferecendo uma melhor qualidade de vida para sua população somada à questão educacional, em que, de forma direta, o planejamento e o estudo da adequação do território possam interagir com a educação, requerendo uma multidisciplinaridade de ciências, o que facilita o sucesso dessa atividade, com uma visualização das diferenças estruturais didáticas e, até mesmo, socioeconômicas encontradas em torno do ambiente educacional. Sendo assim, conhecer a configuração geotecnológica da educação como um todo é um requisito fundamental para o sucesso educacional (CÂMARA; DAVIS, 2001). 82 Assim pode-se apropriar das palavras de Leite (2006) que aponta. que é notório que o conhecimento científico humano, nas variadas áreas, tem evoluído bastante no decorrer dos anos. Essa evolução está diretamente relacionada ao processo de junção das diversas áreas científicas. A integração de saberes de ciências diferentes tem proporcionado à humanidade entender e descobrir fatos que outrora, dificilmente poderia se alcançar, pois as ciências eram desarticuladas. (LEITE, 2006, p. 226) Assim, Leite (2006) considera que a Geografia tem a necessidade de integrar conhecimentos de outras áreas científicas, devido à complexidade e à grande dimensão do seu objeto de estudo que é o espaço geográfico, o que fez com que a Geografia, durante o seu desenvolvimento, dialogasse com ramos de outras ciências e estas também utilizaram e ainda utilizam técnicas e especialidades da Geografia. Essas características mostram uma nova realidade que se tece no sistema de ensino, no qual o profissional professor tenha características de assimilação de novos conhecimentos em áreas que possam de certa maneira contribuir para a evolução didática do indivíduo. Assim sendo Sousa (2014) traz um diálogo enriquecedor sobre o tema Os avanços tecnológicos modificam, de alguma forma, a maneira como os indivíduos percebem e interagem com a realidade que os cercam. Na educação, os recursos tecnológicos ainda são muito limitados, pois dependem da formação e do aperfeiçoamento contínuo do professor, assim como tempo para a elaboração de metodologia, condições de infraestrutura da escola como número suficiente e bom estado de funcionamento dos computadores. (SOUSA, 2014, p. 2) 3. Procedimentos Metodológicos A abordagem desta pesquisa constituiu-se em uma abordagem de natureza qualitativa, uma vez que o objeto deste estudo refere-se a uma pesquisa que pretende descrever o uso e a forma de utilização de Geotecnologia no Ensino Médio da cidade de João Monlevade. A abordagem qualitativa permite a análise do processo, levando-se em consideração o que pensam os sujeitos sobre os fenômenos e como estes transformam a realidade. Sendo assim segundo Minayo (1994) [...] a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivo, aspirações, crenças, valores e atitudes [...]. (MINAYO, 1994, p.21-22) 83 Quanto ao delineamento, este estudo foi definido como exploratório e descritivo. De acordo com Sampieri et al (2006), caracteriza-se pela sua não determinação, uma vez que ela vai sendo esboçada na medida em que se desenvolve e sofre modificações de acordo com o seu resultado. Utiliza-se, como procedimento de pesquisa, a observação do objeto de estudo. 4. Cenário de Estudo O cenário de estudo compreende 8 (oito) escolas do município de João Monlevade, localizado na região central do Estado de Minas Gerais, possuindo uma população de 73.610 habitantes (IBGE,2014) e uma extensão territorial de 99,1 Km², apresentando, dessa forma, uma densidade demográfica de 728,51 hab./ Km². FIG 18. A cidade foi fundada no início do século XIX, a partir do desenvolvimento da siderurgia, atividade que até hoje é a sua principal base de sustentação. A cidade apresenta-se, atualmente, como um pólo comercial para a região do Médio Rio Piracicaba e, atualmente, vem-se constituindo como um pólo estudantil, devido à presença de universidades públicas, como a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e a Universidade Federal de Ouro Preto Campus Monlevade (UFOP) em seu território FIG 19. Figura 18. Localização do Município de João Monlevade. Fonte :IBGE/ Adaptado por BARROS, Adriano José. 84 Figura 19. Imagem de Satélite do Município de João Monlevade Fonte: Google Earth – Adaptado por BARROS, Adriano José. Em relação ao cenário da pesquisa, das sete escolas pesquisadas, duas são do sistema de ensino privado e cinco do público, sendo uma municipal e quatro estaduais. Em relação à caracterização de tempo de funcionamento dessas escolas no território de João Monlevade, foi observado que todas têm mais de 10 anos de prestação de serviços educacionais no território Monlevadense. Tabela 01 – Relação Escolas Pesquisadas e Funcionamento Escolas EA EC ECE EG EL EJ EM EK Fonte: Criação 1985 2002 1987 1971 1965 1960 1972 1964 Tempo de Funcionamento 29 12 27 43 49 54 42 50 dados da pesquisa, 2014.Tabela Escolas Pesquisadas. Elaborado e Adaptado por, Barros. Adriano J. Dez. 2014 Pode-se observar que as escolas pesquisadas encontram-se estabelecidas e estruturadas no sistema de ensino da cidade de João Monlevade, atraindo um grande contingente de estudantes do grande Médio Piracicaba devido a inúmeros fatores de persuasão educacional, como maior estabilidade do corpo docente, observado nas escolas públicas com um número significativo de concursados e efetivos, estabelecendo uma tradição pedagógica e educacional somada à organização das escolas; e, nas escolas particulares, a existência de associações educacionais didáticas que visam a parcerias, objetivando aos processos seletivos como vestibulares e ENEM. Em relação ao período de permanência dos docentes nas instituições pesquisadas, verifica-se que está compreende de 05 a 20 anos de trabalho efetivo, seja na escola privada ou na pública. 85 4.1. Sujeitos da Pesquisa Os sujeitos da pesquisa são professores de Geografia do Ensino Médio, independente de tempo de serviço e série para a qual ministram as aulas. A definição da quantidade de professores levou em consideração a quantidade total resultante da soma da quantidade de professores de cada escola. Os instrumentos para coleta de dados compreenderam questionários aplicados antes do curso de capacitação e entrevistas realizadas após o curso de capacitação. O curso de capacitação foi realizado como parte da execução da pesquisa e para auxiliar na construção do produto técnico. Ele foi realizado com enfoque prático no campo com dois propósitos vinculados à pesquisa. Primeiro, inserir, nos profissionais, competências geotecnológicas especificas relacionadas ao ensino da Geografia no Ensino Médio e, segundo, conhecer a opinião dos professores sobre a Geotecnologia e suas potencialidades no Ensino Médio. 4.2. Caracterização do Sujeito. Os sujeitos da pesquisa foram 17(dezessete) professores de Geografia que lecionam no Ensino Médio na cidade da pesquisa. Na amostra, 58,8% dos professores pesquisados eram do sexo feminino, contra 41,2% do sexo masculino, como mostra o GRÁF. 04. Gráfico 04- Gênero Fonte: dados da pesquisa, 2014 Quanto à distribuição dos participantes por faixa etária, 12,0% têm entre 20 e 30 anos; 18,0% têm entre 31 e 40 anos; 35,0% têm entre de 41 a 50 anos; e 35% têm entre 51 e 60 anos. O GRÁF. 05 apresenta os resultados obtidos no que diz respeito às idades dos professores participantes da pesquisa. 86 Gráfico 05-Idade dos Docentes Fonte: dados da pesquisa, 2014 No que diz respeito à formação desses professores, 76% por cento têm pós-graduação, sendo que parte desses professores adquiriu a pós-graduação pelo sistema de Educação a Distância (EAD); 18% representam aqueles que somente fizeram a graduação; e apenas 6% que corresponde ao total unitário de um professor que tem a titularidade de mestre, como se pode observar no GRÁF. 06. Gráfico 06- Graduação Professores Fonte: dados da pesquisa, 2014 5. Apresentação e Análise dos Dados da Pesquisa Os dados da pesquisa de campo foram organizados em categorias, conforme a citação a seguir. 87 Para Moraes (1999) a categorização é: um procedimento de agrupar dados considerando a parte comum existente entre eles. Classifica-se por semelhança ou analogia, segundo critérios previamente estabelecidos ou definidos no processo. Esses critérios podem ser semânticos, originando categorias temáticas. Podem ser sintáticos definindo-se categorias a partir de verbos, adjetivos, substantivos, etc. As categorias podem ainda ser constituídas a partir de critérios léxicos, com ênfase nas palavras e seus sentidos ou podem ser fundadas em critérios expressivos, focalizando em problemas de linguagem. Cada conjunto de categorias, entretanto, deve fundamentar-se em apenas um destes critérios. (MORAES, 1999, p.8) Assim, nessa linha de pensamento de Moraes (1999), foi abordado e definido o uso de dez perguntas organizadas em categorias, conforme o QUADRO 01: . Quadro 01 – Relação Perguntas do Questionário e Categorização Categorização Pergunta do Questionário 01 Participação em cursos de capacitação Já houve alguma oferta de cursos, oficinas, por sobre geotecnologia iniciativa de sua escola, para sanar as dificuldades dos professores em integrar as ferramentas geotecnologias em suas práticas em sala de aula? 02 Classificação Capacitações Professores. 03 Dificuldades em Incorporar as Novas Você apresenta dificuldades em incorporar as novas Ferramentas Geotecnologias. ferramentas tecnológicas no ensino da Geografia? 04 Avaliação sobre sua capacidade para Você se considera totalmente apto a utilizar as utilizar as Geotecnologias. geotecnologias em suas práticas em sala de aula? 05 Condições Estruturais da Escola para a Classifique a situação atual de sua escola quanto ao Oferta de Ferramentas Geotecnologias. uso da internet, tendo em vista a utilização das ferramentas geotecnologias no processo de ensinoaprendizagem da geografia? e Tempo Realizadas das Como você classificaria as capacitações tecnológicas pelo com foco no ensino mediado pela Geotecnologia? Classifique o espaço (físico) de sua escola atual, quanto à possiblidade do ensino–aprendizado da geotecnologia: Ex: uso do GPS Avalie os recursos tecnológicos atuais de sua escola quanto à possibilidade do ensino–aprendizado da Geografia mediado pela Geotecnologia: 06 A Participação em Projetos Já participou de algum projeto interdisciplinar que Interdisciplinares com Viés na coube o uso da Geotecnologia? Se sim, com qual Geotecnologia. matéria. Fonte: Acervo da Pesquisa. Elaborado e Adaptado por, Barros. Adriano J. Dez. 2014 88 Categoria 1. Participação em cursos de capacitação sobre Geotecnologia O termo capacitação pode ser associado com o ato de desenvolver o ser através de cursos de aperfeiçoamentos e informações pontuais de forma didática com a intenção de dinamizar o conhecimento latente inserido através de experiências individuais e coletivas ao longo de sua vida profissional ou social. Corroborando esse pensamento, tem-se Chiavenato (2010) que salienta [...] desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que aprendam novas atitudes, soluções, ideias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. (CHIAVENATO, 2010, p. 362) Conforme explícito na pesquisa e demonstrado no GRÁF. 07, 100 % de um total de dezessete professores pesquisados apontaram que não possuem formação voltada para o uso da Geotecnologia no ensino de Geografia. Gráfico 07- Formação Voltada para a Geotecnologia Fonte: dados da pesquisa, 2014 Na pesquisa teórica um dado que aparece e ajuda entender os motivos da falta de formação sobre geotecnologia foi a pouca estrutura técnica e tecnológica das universidades. Estas não dispunham de estrutura material ligada à geotecnologia, como o Sensoriamento Remoto - S.R e o Geoprocessamento, sendo apresentado ao aluno conceitos teóricos sobre o tema, como se pode comprovar em Castanho (2013): Pelo fato da disciplina de Sensoriamento Remoto, ser considerada como um dos eixos fundamentais das geotecnologias, as formas de ensino desta versam sobre uma série de fatores, tais como a utilização de imagens de 89 satélite (digitais ou analógicas), cartas topográficas, softwares, equipamentos de informática, entre outros. Porém, as instituições de Ensino Superior nem sempre possuem uma estrutura adequada para tal, o que de certa forma, não proporciona um ensino totalmente contemplado no seu objetivo, mas, que também, não deixa de apresentar ao aluno a realidade de tal disciplina diante das demais componentes de sua estrutura curricular. (CASTANHO, 2013, p.23) Categoria 2. Classificação das Capacitações Realizadas pelo Professores Como observado no GRÁF.08, a maior parte dos professores, no total de 15, tiveram a opinião de classificar tais capacitações como insuficientes, sendo que um apontou as capacitações como regular e outro professor apontou a capacitação como boa. Gráfico 08- Classificação das Capacitações Fonte: dados da pesquisa, 2014 Ao traçar-se um paralelo com referência aos dois gráficos apresentados na pesquisa 08 e 09, pode-se associar que o número de professores que nunca participaram ou têm mais de 6 anos que não participam, ou participaram há 2 ou 5 anos de tal capacitação relaciona-se com a pergunta sobre a insuficiência dos cursos de Geotecnologia ofertadas pelo órgão empregatício do docente, seja ele de ordem pública ou privada, como observado no GRÁF. 09. Ressalta-se ainda que a maior parte dos professores da pesquisa pertence à rede estadual de ensino, rede que nos últimos anos não ofereceu aos seus docentes cursos de Geotecnologia para um aperfeiçoamento na área geográfica. Os professores que classificaram as capacitações de regular e boa, simultaneamente, são professores da rede de ensino particular que obtiveram uma capacitação sobre GPS Global System” Sistema de Posicionamento Global para uso da Cartografia. Positioning 90 Gráfico 09- Oferta de Cursos Geotecnológicos pelas Instituições Fonte: dados da pesquisa, 2014 Dos dezessete professores pesquisados, dezesseis não tiveram oferta de cursos relacionados à geotecnologia pelas instituições nas quais trabalham, como se pode constatar na visualização do GRÁF. 09. Apenas um mencionou ter tido essa oferta, sendo ele oriundo da rede particular que fez um curso relacionado a GPS. A análise dessa categoria indica a falta de uma agenda ligada à capacitação e ao treinamento dos docentes em Geografia pelo seu sistema de educação, seja ele público ou privado. Essa falta de políticas de capacitação compromete a qualidade da educação e estabelece uma desigualdade tecnológica e geotecnológica, na qual temos o graduado em Geografia transformando-se em docente da Geografia com conhecimentos ainda do século XX contra os discentes assimilando tecnologicamente o século XXI. Essa lacuna observada na análise dos dados da pesquisa, ilustrada pelos gráficos, mostra que o investimento aplicado na política de capacitação dos docentes na área geotecnológica é mais do que uma atitude para valorização do docente é uma melhoria na qualidade da educação, uma necessidade para o desenvolvimento humano intelectual e tecnológico atual, bem como para facilitar as relações do aluno com o seu contexto geográfico-social, visando ao desenvolvimento local. Sendo assim, segundo Souza (2013): Os educadores necessitam de capacitação para transitar nesse novo mundo e fomentar o uso desses recursos nas suas práticas pedagógicas e, para isso eles devem se posicionar como aprendizes. Aprender a aprender e a conviver nunca e demais! Talvez surja daí a grande dificuldade de aceitar as novas tendências tecnológicas pois isso requer que o professor se disponha a aprender com humildade e paciência, que ele aprenda a fazer a nova aula, 91 diferente, que os estudantes sempre pedem. Precisa aprender ser um educador do século XXI. (SOUZA,2013, p. 72-74) Nesse sentido, Souza (2013) acentua que para o professor de Geografia começar a transição entre a sua falta de preparação para uma mutação didática e intelectual tecnologicamente, ele deve ter o pensamento apropriado para aceitar a sua condição de aprendiz pós-faculdade, estabelecendo uma relação que implicará na produção do conhecimento de forma gradual, buscando as correlações do novo mundo colaborativo nas vias do saber compartilhado e cooperativo. Categoria3.Dificuldades em Incorporar as Novas Ferramentas Geotecnológicas. Os dados dessa categoria são apresentados no GRÁF.10 Gráfico 10-Dificuldades Para Incorporar Novas Ferramentas Geotecnológicas Fonte: dados da pesquisa, 2014 Os dados do GRÁF. 10 revelam que dos 17 docentes pesquisados 12, ou seja, 70% disseram que sentem dificuldades em incorporar as geotecnologias didaticamente em seus planos de aula. Considera-se que essa porcentagem está ligada, como já foi abordado anteriormente, a uma formação na graduação que não oportunizou tal formação, bem como à falta de uma capacitação com a finalidade de desenvolver o profissional geotecnológico e inseri-lo no meio educacional com novos paradigmas e pensamentos sobre a matéria em questão. Assim essa situação vai ao encontro dos dizeres de Florenzano (2011) que ressalta: Cabe ao professor saber explorar os potenciais educacionais oferecidos por esses recursos e criar situações para que o aluno possa significar e compreender a informação obtida, gerando novos conhecimentos. 92 Concorda-se com esses autores que a introdução de novas tecnologias deve ser ancorada em propostas pedagógicas e programas de formação de professores. (FLORENZANO, 2011, p. 71) Florenzano (2011) afirma que os docentes em geografia necessitam de um sistema para ancorar e desenvolver as incorporações geotecnológicas em seus planos de aula, mas o comportamento observado pela pesquisa é que os docentes não se sentem confiantes para implementar e utilizar ferramentas, como o GPS e até mesmo programas da área, devido ao fato de que boa parte das escolas não oferecem ferramentas geotecnológicas para uso do profissional em aula. Categoria 4. Avaliação sobre sua capacidade para utilizar as Geotecnologia Dos dezessete profissionais entrevistados, quatorze avaliam que não possuem capacidade técnica para utilizar as Geotecnologias. Gráfico 11- Avaliação da Capacidade de Utilizar Geotecnologia Fonte: dados da pesquisa, 2014 Constata-se, pela leitura do GRÁF. 11, que a inabilidade dos docentes é clara em sua maioria, sendo que os dados apontados nessa categoria mostram que o professor necessita de amparo quando a questão é tecnologia, sendo necessário caracterizar estratégias pontuais para o desenvolvimento do profissional e da educação para o domínio da geotecnologia. Categoria 5. Condições Estruturais da Escola para a Oferta de Ferramentas Geotecnologias Nesta categoria foram reunidas três unidades de análise que versam sobre questões estruturais. O primeiro aspecto analisado caracteriza a relevância e a caracterização desse espaço cibernético na escola pela internet, como suporte e associação do saber 93 geotecnológico.GRAF.12 a maioria dos professores caracterizaram as condições da escola representados por 13 professores insuficientes, devido a caracterização de investimentos nas escolas estaduais neste viés. Gráfico 12- Condição Atual da Escola no uso de Internet na Geotecnologia Fonte: dados da pesquisa, 2014 “A condição estrutural do espaço físico das escolas pesquisadas na possibilidade do ensino e aprendizado em Geotecnologia” foi o segundo aspecto analisado nessa categoria. O GRÁF. 13 apresenta os dados: Gráfico 13- Classificação do Espaço Físico da Escola Fonte: dados da pesquisa, 2014 A análise do gráfico indica um equilíbrio entre as características intituladas positivas com a representação das opções de bom, regular e excelente, totalizando 8 respostas. As negativas foram expressas como insuficiente e inexistente em 9 respostas. O terceiro aspecto considerou “Os recursos tecnológicos atuais na escola quanto ao ensino da Geotecnologia”. Esse fator evidencia o contexto das questões ligadas 94 à tecnologia, considerando o amparo geotecnológico, como laboratórios de informática, computador e o GPS. Esse recurso didático assume uma função primordial na questão Geotecnologia. Porém, o número insuficiente de computadores para uma escola não irá desenvolver os níveis educacionais desejados pelos professores devido à maioria das salas possuírem de 35 a 40 alunos matriculados, sendo usado um 1 computador para dupla. Tal situação influencia diretamente em questões como desordem em sala, o que ocasiona a falta de atenção. Um outro entrave levantado durante a pesquisa é o fato de que, nos laboratórios das escolas públicas, há a utilização do sistema Linux, que norteia-se pelo software que executa o funcionamento do computador, que faz o contato entre hardware (monitor, mouse, teclado) e software (aplicativos como o Word). O programa é gratuito, pois é um sistema livre para que qualquer pessoa possa utilizar, estudar e compartilhar livremente de acordo com os termos da licença. Mas boa parte da população, incluindo os sujeitos da pesquisa, que o utiliza, foi submetida, durante boa parte do seu contato com o computador, ao sistema Windows que representa outro software que dinamiza a operação do computador. Outro fator evidenciado como recurso tecnológico é a questão da internet e a banda larga na escola que são ferramentas primordiais na didática e uso da geotecnologia. Estes dados podem ser adquiridos e analisados no site http://www.qedu.org.br/13 , que possui um acervo atualizado das características de espaço e materiais das escolas do território brasileiro, o site reúne dados do Censo Escolar e da Prova Brasil e estabelece, a partir de uma escala de proficiência usada pelo movimento Todos pela Educação, o percentual de alunos com aprendizado adequado por escola, cidade ou estado do território nacional. Usando filtros disponíveis nas buscas do site, é possível comparar os rendimentos entre instituições de ensino, municípios e estados de interesse para análise e leitura de dados. 13 http://www.qedu.org.br/cidade/2166-joao-monlevade/censo-escolar?year=2013&dependence=0&localization=0&item= 95 Categoria 6: A Participação em Projetos Interdisciplinares com Viés na Geotecnologia Em relação à prática da interdisciplinaridade nas escolas, de acordo com Suertegaray (2003): [...], interdisciplinaridade constitui uma prática coletiva, surge da organização em grupo, hoje em rede, e tem como objetivo a busca da compreensão/explicação de um problema formulado pelo conjunto dos investigadores. O trabalho interdisciplinar vai exigir um rompimento com os problemas específicos de cada campo, colocando na pauta da pesquisa questões de estruturação mais complexa. (SUERTEGARAY, 2003, p.51) As relações que podem ser argumentadas a partir da interdisciplinaridade são a nova concepção que não só os profissionais de diversos setores, mas a sociedade em geral deve constituir uma nova proposta de vida em harmonia cooperativa, porque hoje as questões estão interligadas em uma rede de informações e cooperação mútuas. Cabe, portanto, ao homem, ser pensante, mergulhar nessas relações, debruçar sobre suas análises e expressar o sentido de tirar e doar o máximo de sua temática intelectual para o bem comum da sociedade. A proposta do coletivo sempre foi e será uma relação que visa não só a ter inúmeros setores ou disciplinas para avaliar ou desenvolver um projeto, mas são inúmeras visões para se chegar a determinadas respostas geradas por diferentes ângulos de vida e de experiências técnica e de práticas. Assim, quando foi lançado na pesquisa o questionamento sobre a interdisciplinaridade trabalhada nas escolas pesquisadas pelos professores, foi evidenciado o seguinte, segundo o GRÁF.16: Gráfico 16- Participação em Projetos Interdisciplinares com Viés Geotecnológico. Fonte: dados da pesquisa, 2014 96 Na amostra, pode-se observar que dos dezessete professores pesquisados 100% marcaram que não tiveram participação em projetos interdisciplinares com o viés da Geotecnologia. Isso reflete um vínculo substancial dessa categoria com as outras anteriores, pois, no seu contexto, mostra predicados que apontam para esse resultado como falta de incentivo para o desenvolvimento de projetos nesse âmbito, devido à falta de materiais específicos para seu desenvolvimento, à falta de tempo dos profissionais pela caracterização dos professores que cumprem dupla e, às vezes, até tripla jornada de trabalho e, a principal e talvez mais importante causa, à falta de preparo através de capacitação para desenvolver esses eixos temáticos, pois o profissional não tem como montar e desenvolver um projeto, se não tem conhecimento sobre a sua essência acadêmica e técnica. Com base nos dados acima apresentados, considera-se que não há uso geotecnológico nas escolas por diversos fatores, mas principalmente pela falta de capacitação dos professores, falta de material específico para o uso da Geotecnologia, como o GPS, e de programas de Geotecnologia com ênfase na dinamização da didática para convecção, análise e representatividade de mapas e estruturas geográficas afins. Assim, percebendo as limitações pontuais dos profissionais pesquisados, passa-se a construir uma agenda com finalidade de remediar uma das maiores necessidades dos professores, a capacitação, que se identifica junto a pesquisa como uma ferramenta essencial, não só para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e didáticas dos profissionais da geografia, mas como um instrumento multiplicador com objetivo de estimular o desenvolvimento local pela educação de novas tecnologias. Uma vez detectado, nessa primeira fase da pesquisa, que os professores não tinham conhecimento sobre a geotecnologia, o que não possibilitava o uso da mesma em sua prática educativa, foi montado um curso de capacitação para esses professores. Segue, nas próximas páginas, a apresentação do curso, o seu desenvolvimento e a avaliação do mesmo por parte dos professores a partir de entrevistas após o curso. 97 6. O Curso de Capacitação em Geotecnologia A proposta de capacitação foi concretizada em um curso para os professores que trabalham nas escolas pesquisadas. O cenário para o desenvolvimento do curso foi a Universidade Estadual de João Monlevade - UEMG, campus João Monlevade, no uso do LABGEO – Laboratório de Geoprocessamento e Geologia FIG 20, o curso teve como instrutor o pesquisador do referente estudo devido a sua experiência direta com o tema relacionado. Figura 20 LABGEO – Laboratório de Geoprocessamento e Geologia Fonte: dados da pesquisa, 2014 A capacitação foi organizada como um projeto de extensão composto de um Plano de Ensino voltado para o curso e um plano de aula com dezessete vagas 14 , para aprovação e liberação do laboratório, sendo que os mesmos estão contidos como ANEXO A e B. Quanto ao conteúdo do curso, este pode ser observado na tabela 02: Tabela 02 – Curso de Extensão Cursos de Extensão em Geotecnologia. Geotecnologia Carga Horária Participantes Temática Introdução/GPS 02 hora 17 Introdução programa Meker 01 hora 17 Google Earth; 01 hora 17 Qgis 02 horas 17 ao Trek Ampliar e introduzir o conhecimento sobre o conceito de espaço geográfico através do recurso tecnológico GPS. Introduzir o conhecimento de aplicação e organização de dados geográficos obtidos por forma de GPS. Introduzir o conhecimento de aplicação e organização de elementos geográficos obtidos por forma do Google Earth. Desenvolver e relacionar conhecimentos da área da geografia, usando um programa livre de geoprocessamento. Fonte: Plano de Ensino, Cursos de Capacitação, 2014 14- Número de vagas referente aos professores relacionados no questionário da pesquisa. 98 É válido apreciar o provimento de mecanismos tecnológicos didáticos com a finalidade de contribuição no contexto do curso de capacitação. Foi desenvolvido inicialmente como suporte para o curso um DVD para os cursos de capacitação no site minhateca15 FIG. 21, com as atividades aplicativas do curso no link. Figura 21. MinhaTeca.br/cursogeotecnologia Fonte: Plano de Ensino, Cursos de Capacitação, 2014 O próximo passo de ação para colocação do curso de capacitação em prática foi propô-lo às escolas, através de carta-convite e comunicado aos diretores e aos professores participantes da pesquisa. O grande chamariz do curso foi incitar a curiosidade sobre as ferramentas geotecnológicas na Geografia em conjunto com sua associação a conteúdo dos livros didáticos dos professores. O curso de capacitação foi desenvolvido durante os meses de Novembro e Dezembro de 2014 e contou com a participação de sete professores identificados nestes termos: J, K, D, T, R, RA, C. Nessa perspectiva, o sistema de entrevista foi dividido em dez categorias levantadas e selecionadas para posterior análise, considerando o tema da pesquisa. Assim temos o QUADRO 02 com as perguntas da entrevista e suas respectivas categorias: 15- http://minhateca.com.br/cursogeotecnologia 99 QUADRO 02 – Categorização e Perguntas da Entrevista. Categorização Perguntas da Entrevista 01 Conhecimento Prévio do Curso O que você já conhecia antes do curso sobre Geotecnologia. sobre Geotecnologia? 02 Contribuição da Geotecnologia Qual a contribuição da Geotecnologia para o Ensino da Geografia. 03 Capacidades que podem ser desenvolvidas no aluno com o uso das Geotecnologias. 04 Contribuição do curso para a Prática Educativa. 05 Resistências e Dificuldades dos para o ensino de Geografia? Quais capacidades você acredita que podem ser desenvolvidas no aluno com o uso das Geotecnologias no ensino de Geografia? Como o que você aprendeu no curso vai melhorar a sua prática educativa no ensino de Geografia? Você acredita que há resistência por parte de alguns professores de Geografia em integrar as ferramentas tecnológicas/ em suas práticas educativas? Professores para Integração das Ferramentas geotecnológicas na prática educativa. 06 Dificuldades existentes na Quais as dificuldades que os professores Incorporação das de Geografia encontram quando buscam |Geotecnologias? fazer a incorporação das ferramentas das Geotecnologias em suas práticas educativas? Você tem dificuldade? 07 Pontos Positivos e Negativos Quais os pontos positivos do curso? do Curso de Capacitação. Quais os pontos negativos do curso? para Quais sugestões você teria para o 08 Sugestões aperfeiçoamento do Curso de aperfeiçoamento do curso? Geotecnologia. Fonte: dados da pesquisa, 2014 Segue a apresentação de cada categoria: Categoria 1: CONHECIMENTO PRÉVIO AO CURSO SOBRE GEOTECNOLOGIA. Constata-se nessa indagação que o fator GPS - Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global foi mencionado pelos professores J, T, C como única tecnologia ligada à Geotecnologia, segundo os seguintes diálogos: Só conhecia o GPS e nada mais. No meu período de curso não conhecia essa tecnologia. (PROFESSOR J) Muito pouco sobre Geotecnologia, era só sobre GPS (PROFESSOR T) Conhecia só GPS. (PROFESSOR C) Este fator levantado na entrevista deve-se à popularização que o GPS - Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global - passou a ter nas 100 aplicações e usos nos celulares na última década. Essa difusão foi fundamental para a afirmação dessa tecnologia na sociedade. A interlocução dos entrevistados K e R e RA foi mais apurada e rica em conhecimentos sobre o tema devido a inúmeros fatores. Nessa passagem, esses personagens já tinham um nível de conhecimentos maior devido a sua base na graduação e conhecimento profissional como se verifica nos depoimentos abaixo: Meu curso de Geografia teve uma ênfase em geoprocessamento. Ao longo do curso aprendemos usar essas ferramentas básicas como ArcGis Spring com elaboração e análise de mapas. (PROFESSOR K) Uma matéria chamada fotointerpretação imagem de satélites. (PROFESSOR R) Muito pouco. O básico que tinha era do curso de técnico agrícola onde vi topografia como sistema de nível ótico teodolito. Nem estação total a gente trabalhava ainda e uma base sobre medidas no Senai, mais especifica com sistema de geoprocessamento só o que se vê na internet. (PROFESSOR RA) Conforme aludido acima nas situações dos professores, um fator determinante para um conhecimento prévio a respeito de um determinado assunto ou ferramenta está relacionado diretamente à questão profissional na qual se tem o professor RA, que tem afinidade com determinadas ferramentas ligadas à geotecnologia pelo seu conhecimento laboral com as mesmas. Outrossim, é possível cogitar ainda as respostas dos professores K e R que reforçaram o entendimento que o seu conhecimento prévio está ligado diretamente a sua formação na graduação, destacado por R, com ênfase no bacharelado de Geografia, destacado pelo professor K. Em contraponto aos professores K e R, tem-se o professor D que expressa no diálogo a seguinte informação: Na verdade não conhecia nada, pois é uma disciplina recente, pois no meu período de formação os mapas, croquis, as projeção, tudo era manualmente, não se usava tecnologia para enriquecer o conteúdo da geografia como hoje. (PROFESSOR D) 101 Constata-se na fala de D as características que existiram e ainda existem em algumas graduações no país, que não possuem aspectos voltados para a Geotecnologia, como materiais e ferramentas tecnológicas devido a situações como falta de investimento e até mesmo atenção e valorização do curso nas últimas décadas. Categoria 2: CONTRIBUIÇÃO DA GEOTECNOLOGIA PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA. Percebe-se, nessa categoria, o destaque de palavras associadas aos alunos, como criatividade, autonomia, crítico e interesse somadas à motivação, como se pode perceber nos depoimentos abaixo: O aluno poderá construir seu próprio mapa, construir seu instrumento de estudo, melhorar a criatividade do aluno, o desempenho escolar. Ele vai se auto estimular para aprender mais Geografia, ele não só vai absorver, mas construir o próprio conteúdo, construir seu conhecimento de forma mais abrangente e clara. (PROFESSOR J) Hoje o mundo está atualizado, por exemplo, se a gente vai hoje a BH capital e se não soubermos usar o Gps não temos como nos localizar. As coisas mudam com muita facilidade hoje, a geotecnologia para o ensino médio é primordial por dois motivos: primeiro o uso de novas tecnologias gera interesse do alunos para aprender e o segundo é que facilita ensinar para eles pois se eles têm conhecimento e vontade e interesse para abrir as portas para um universo sem fim. (PROFESSOR T) Contribuição e para despertar o interesse dos alunos tem que ter tecnologia. Eles querem informatização. (PROFESSOR C) É fundamental porque a gente só ficar em livros didáticos pro aluno não é tão motivador. Então quando a gente traz ferramentas novas coloca tecnologia, principalmente pelo fato que o aluno está com celular, indica que o tempo todo eles estão com a tecnologia 24 horas. Dorme até com o celular de lado, então quando você pega na disciplina algo pedagógico e consegue conciliar juntamente com o didático com a tecnologia que eles gostam é fundamental. (PROFESSOR RA) Os relatos demonstram as contribuições da Geotecnologia para o ensino da geografia. A relação do aluno com o objeto de estudo de construção e desenvolvimento é enfatizada nas declarações de J, pois, ao ter consciência da construção do seu próprio objeto de estudo, o aluno demostrará uma vontade para o aprender e se aperfeiçoar por si mesmo. Já T, C e RA afirmam que a tecnologia gera um interesse prático e usual no aluno, pois está se encontra no seu cotidiano em 102 forma de celulares, tablet e sistemas eletrônicos. Esse pensamento é reforçado por C que se compreende que os alunos querem a informatização nas aulas. Enquanto RA reforça que o professor não deve se apegar somente ao livro didático, pontuando que a conciliação da tecnologia com a matéria de forma didática é um chamariz para o aluno, ou seja: O ensino tradicional necessita se alterar e passar a ser um ensino criativo, que os professores usem seu potencial criativo em suas aulas, levando os alunos a adquirirem estratégias que lhes permitam lidar com desafios e acontecimentos imprevistos. Por outro lado, é necessário que todo o contexto escolar adote atitudes criativas, incentivando os professores a serem criativos em suas atividades. (OLIVEIRA, 2008, p.295) Oliveira (2008) vai ao encontro do viés estabelecido pelos professores J, T, C e RA que visualizam que o aluno necessita de uma aula mais dinâmica para aflorar seu potencial motivacional, deflagrando a sua criatividade e autonomia. Já os professores K, D e R observam a importância do aluno desenvolver-se, analisando dados e transformando-os em uma visão do espaço, possibilitando ter o conhecimento do local em sua macro e micro localização. Como pode ser observada nos dizeres abaixo: E o que há não só na Geografia, mas em diversos campos, sendo um sistema intrincado com todas as áreas de conhecimento, lidando com dados e mapeamento. (PROFESSOR K) Contribui de diversas formas para o ensino e aprendizagem da Geografia como, por exemplo, a habilidade para elaboração dos mapas, mas também as análises e interpretação, porque é muito importante que o aluno não só faça o mapa, mas que ele tenha que se localizar e também analisar os dados e as informações contidas nesse mapa seja ele de relevo, de clima ou de vegetação e hidrografia, a imagem vai favorecer ao aluno desenvolver essas habilidades e aplicar no seu dia a dia. (PROFESSOR D) Para a confecção de mapas dos alunos e visão de espaço no aluno. (PROFESSOR R) Estas três visões, principalmente de D e R, demonstram a importância da Geotecnologia, que é mostrar aos alunos aspectos de origem física e artificial de um território, de um espaço, como foi especificado pelos professores D e R. K ainda relaciona a Geotecnologia à forma não só de contribuição com a geografia, mas com múltiplas áreas do conhecimento humano, ou seja, permitindo uma análise interdisciplinar dos dados. 103 Categoria 3: CAPACIDADES QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS NO ALUNO COM O USO DAS GEOTECNOLOGIA Mencionada por J, tem-se a capacidade do ser de construir seu conhecimento e desenvolver a parte cognitiva que tem com base no raciocínio do aluno e na sua percepção, ou seja: Capacidade de construir seu conhecimento melhora seu conhecimento, sua parte cognitiva. (PROFESSOR J) Dando amparo ao pensamento de J, tem-se a contribuição dos pensamentos dos professores K, D, T, RA, que dizem que a Geotecnologia contribui para: Despertar o interesse deles, mostrar que a geografia não e só aquela matéria de decorar. Ah... eu vou decorar o nome do rio. A Geografia não e isso mais, hoje ela é atualidade e tem um sistema de recuperação tão igual à matemática. É preciso despertar o interesse pela matéria, mostrar que dentro da matéria Geografia há uma tecnologia mostrando os programas, como os programas elaboram mapas, como aqueles mapas que eles veem no seu livro didático são feitos, mostrar no sistema de estatísticas, os usos da matemática na geografia. (PROFESSOR K) Várias capacidades podem ser desenvolvidas. A questão da elaboração do mapa, a questão analisar os dados, interpretar, confeccionar, além dessas habilidades, desenvolver uma técnica para os usos e a implantação do seu dia a dia, contribuindo para geógrafos e cartógrafos que irão implementar uma Geografia mais visual. (PROFESSOR D) Questão de noção de espaço, o espaço cartográfico, pois muitos alunos não têm a noção da dimensão da questão de área como km, hectare. Ajuda o aluno a conhecer mapas de localização no espaço geográfico. A questão de relevo e geologia hoje, por exemplo, se pegar alguns softwares de geologia, podemos fazer o aluno ter conhecimento da jazida do depósito mineral, ampliando a visão dele, gerando interesse. (PROFESSOR T) Além de motivar a aprender, dá uma base dentro do conteúdo sobre cartografia, localização, onde ele terá acesso a ferramentas da área. (PROFESSOR RA) Os depoimentos acima evidenciam que os professores entrevistados K, D, T, RA direcionam-se ao pensamento estabelecido por J, no qual se tem uma visão de que o aluno terá capacidades pontuais com a Geotecnologia, sendo que essas percepções, que se transformam em conhecimentos, tomam a forma de indivíduos com domínio de espaços geográficos, com capacidades de elaboração de mapas para desenvolvimento próprio e do seu território e desenvolver sua relação com a tecnologia para motivar a si mesmo e seus pares acadêmicos e sociais. Acolhe-se nos dizeres de T que demonstra que, ao ter a capacidade de interpretar leituras de alguns softwares geológicos, o aluno poderá estabelecer uma ligação 104 entre a Geologia do seu meio local com as literaturas dessa técnica, valorizando assim o seu cenário de existência. Assim, considerando a coerência das visões de K, D, T, RA, tem-se a passagem de C que descreve sua percepção quanto à capacidade despertada no aluno em relação ao seu entusiasmo, almejando o gosto por profissões referentes à Geotecnologia, como a própria a Mineração e a Geologia, sendo essa passagem descrita abaixo: Ter vontade de aprender Geografia, questão profissional para despertar o gosto por profissões, como Geologia, mineração. (PROFESSOR C) Categoria 4: CONTRIBUIÇÃO DO CURSO PARA A PRÁTICA EDUCATIVA A categoria 4 apresenta os depoimentos dos professores sobre a contribuição do curso para a prática educativa. Verifica-se nos dizeres dos professores um registro quanto às modificações existentes em sua visão de atuar didaticamente no futuro. O compartilhamento de saberes marcou a natureza trivial de ensino nos envolvidos no curso de capacitação, o que pode ser observado nos dizeres dos entrevistados abaixo: O curso contribui de forma bem rica para que possa implementar o ensino na aula de geografia, principalmente, com o professor. Pode agora construir o mapa com a realidade que ele vive o mapa da sua cidade, do seu estado, do seu pais e comparar e contextualizar com os outros tipos de mapas, então para o aluno, quando você trabalha com uma realidade mais próxima dele, ficará muito mais fácil para que ele possa entender todas as informações contidas no mapa, sejam elas da clima, do relevo, da hidrografia e da vegetação, transportes da agricultura dos recursos minerais. Isso é muito rico para o aluno, estar trabalhando com seu cotidiano, partindo do local para o global, ou vice versa, porque hoje vivemos em um mundo globalizado, onde tudo está contextualizado. O aluno era uma motivação maior, pois quando está bem próximo dele, ele se vê como parte daquela história daquele contexto, facilitando sua interação. (PROFESSOR D) A partir do momento que melhora para o aluno, melhora para o professor, pois o professor se sente motivado ao ver os aluno motivados. (PROFESSOR K) Amplia a visão como profissional e também ajuda os alunos, pois eu tenho conhecimento das ferramentas e posso repassar para os alunos, acho que apenas as pessoas têm a noção do que ouvem em jornais. Quando a gente faz o curso aprofundando em que temos o conhecimento do que é geotecnologia até o google earth. Com aquela noção de espaço, tem gente que não consegue acessar aquilo ali (google) e quando a gente começa a conhecer as ferramentas, a gente fala hooo isso dá pra ser aplicado em tal aula, a gente pode ensinar os meninos a trabalhar a questão de mapa, a gente pode simplesmente acessar o google earth e mostrar o tamanho, a escala, quando a escala reduz e ampliar como é uma topografia original e 105 modificada. Isso amplia tanto o conhecimento deles como o nosso. (PROFESSOR T) Uma maior capacidade de interpretação de mapas, imagens de satélites, novas formas de tecnologia geram maior interesse do aluno, inovação para as aulas. (PROFESSOR R) Porque vou colocar em pratica, o que aprendi, vou dar aula expositiva, mostrar o mapa, provas com visualização de e análise para comparar como o IDH que é interessante, comparando municípios do Brasil. (PROFESSOR C) Nota-se, nas falas dos professores D, K, T, R, C, em termos diretos ou indiretos, a presença da consciência da melhora na qualidade da aula, usando tais ferramentas. O compartilhamento técnico apresentado aos professores no curso de capacitação trouxe uma nova abordagem atual destinada à didática desses profissionais. A fala de D ilustra essa visão, pois hoje não se tem um aluno local, mas sim um ser também global, contextualizado no mundo. Os professores R e C já destacam em uma mesma linha o viés da inovação e da visualização expositiva que o aluno terá nas aulas, sendo até mesmo citada por C uma das atividades que fez parte do curso sobre a comparação de IDH – índice de Desenvolvimento Humano nas cidades do Brasil, ilustrando o novo olhar didático que tais indivíduos nutrem sobre o tema. T e K ainda ressaltam a ampliação profissional e o repasse de conhecimento em ambas as direções, considerando, ainda em sua fala, ele exemplifica a perplexidade de muitos professores de poder contar com ferramentas geotecnológicas favoráveis ao seu trabalho, enriquecendo o seu plano de aula, sendo relacionado como, por exemplo, o google earth, um aparato simples que tem como base a curiosidade do ser humano. Nesse contexto, salienta-se os dizeres de J e RA a respeito dessa categoria. Eles expressam, juntamente com os outros, uma visão progressista e positiva a respeito do uso das geotecnologias, mas fazem ressalvas sobre esse uso, pontuando as questões estruturais nas escolas, como se pode constatar nos dizeres: Na parte do professor se ele tiver os aparatos tecnológicos melhorara a qualidade da aula interesse ele vai visualizar e não ter a metodologia antiga copiar e colorir o mapa (PROFESSOR J) Ajuda muito a gente sabe que a estrutura das escolas do estado não são tão boas , mais algumas escolas tem laboratórios de informáticas muita gente não usa por não ter bagagem para explorar com o aluno ficando mais para parte do reinventando o ensino médio com tecnologia da informação com os laboratórios sendo muito utilizados mais a gente usa mais para passar um vídeo uma apresentação em Power point , se a gente colocar o aluno usando as ferramentas vai motivá-lo e até pra gente usar uma forma mais didática sair do livro e colocá-lo para criar seu mapa como aprendi no curso usar os meios de localização traçar uma rodovia. Achei muito motivador tanto para o professor quando para o aluno (PROFESSOR RA) 106 O professor RA já traça um paralelo entre estruturas escolares, em que cita que, em algumas estruturas, existem ferramentas adequadas para o uso didático, sendo que esse empecilho encontra-se na representação de acessos a programas e, até mesmo a internet, somadas à imperícia do profissional e à falta do mesmo. RA adiciona, no contexto ponderações, que até mesmo o professor anda com o livro didático, visto como arrimo, único e principal dispositivo didático. Categoria 5: RESISTÊNCIAS E DIFICULDADES DOS PROFESSORES PARA INTEGRAÇÃO DAS FERRAMENTAS GEOTECNOLÓGICAS NA PRÁTICA EDUCATIVA Nessa categoria foi perguntado se ele achava que há resistência por parte de alguns professores de Geografia em integrar as ferramentas tecnológicas em suas práticas educativas. Após as respostas com sim ou não, pediu-se aos mesmos para justificarem suas respostas. Na parte referente às dificuldades, foi perguntado: se ele possui dificuldade? Quais são elas? Em relação às respostas sobre ter ou não dificuldades, cinco professores foram taxativos com a afirmação sim e apenas dois apresentaram respostas diferentes, como D que fala: sim e não e RA que diz: em partes. Seguem alguns relatos: Há resistência, mas tem dois aspectos: primeiro o professor que tem formação antiga e não tem uma cabeça aberta para fazer um curso; o segundo aspecto é o fato que as escolas não têm um material tecnológico, ele faz os cursos, estuda, mas não tem aparato tecnológico para aplicar aquilo que aprendeu. (PROFESSOR j) Com professores com bastante tempo de serviços, os tradicionais, os mais novos não há, mas há uma resistência da escola para lidar com essas novas metodologias para lidar com geo. Precisa-se de laboratório de informática, não pode ser qualquer laboratório, computador bons para aguentar os programas. (PROFESSOR k) Acredito porque a gente tem resistência àquilo que a gente não conhece hoje. A gente vê muitos profissionais que estão na área há muito tempo que falam mas isso aqui não é aplicável na escola. Os alunos não têm interesse nisso, mas eu acho que a resistência deles é porque eles não conhecem o assunto e a importância disso, porque hoje não adianta falar algumas coisas para os alunos que não estão no contexto deles, pois hoje as pessoas querem aprender aquilo que vai ser aplicável, que vai me possibilitar usar. Hoje uma coisa que acho interessante da geotecnologia são os aplicativos de mapas, pois ao alunos hoje, quase a maioria, têm smartfone, se a gente fala com eles traz o smartfone amanhã na aula, pede para ela baixar um aplicativo e iremos fazer tal exercício, aí os alunos já têm interesse e o profissional hoje que não tem conhecimento disso, queira ou não, a aula dele ficará metódica, 107 só com quadro e giz. Fazendo isso, aumenta seu leque com interesse para os meninos. (PROFESSOR T) Muitos professores não têm conhecimento de informática e muitos não têm interesse em inovação, muitos formaram há muito tempo atrás e, às vezes, têm dificuldade em utilizar a informática, por isso, talvez, este desinteresse e resistência ao novo. (PROFESSOR R) Muitos têm dificuldades de lidar, manusear com informatização. A própria escola acha que estamos enrolando, pois ele está tirando os meninos de sala e levando pro laboratório. Será que ele está dando aula mesmo? (PROFESSOR C) Os depoimentos mostram que os professores não possuem uma formação em relação à questão tecnológica. Estes operam didaticamente no modelo tradicional. Outro fator está no conhecimento desses professores sobre apenas o básico em informática. Somando-se a essa questão, o problema estrutural dos laboratórios com máquinas e equipamentos ultrapassados. Ademais se acrescentam os dizeres do professor T, que o ser humano tem resistência e apreensão frente aquilo que não conhece. Essa dificuldade é atrelada à situação técnica do profissional professor, o que hoje se denomina saber tecnológico. O Professor T ilustra que o aluno hoje tem interesse por situações e matérias com fins tecnológicos por estarem em meio à evolução técnico-cientifica. Ainda na fala de T, os alunos sentem-se atraídos por questões e matérias cujas situações sejam aplicáveis no seu dia a dia, no cotidiano em que está inserido, seu território, visualizado por ele e seus companheiros de sala que possa ser analisado e sofrer ponderações e intervenções de cunho prático e válido para o seu aprendizado. Com relação a esse pensamento, T exemplifica a viabilização das tecnologias em aula, transformando as aulas e as matérias em situações claras e atraentes, como, exemplo, o uso de ferramentas tecnológicas, como celulares e smartfone, para localização e visualização de um mapa ou de uma imagem de satélite da cidade em que o aluno está inserido. Somada a esses precedentes, tem-se a consideração de C que aponta que, em muitas casos, há uma desconfiança de setores da escola com aqueles que levam e apresentam a seus alunos as questões de informatização e, até mesmo, geotecnológicas, cogitam de estar enrolando aula. 108 Em relação aos depoimentos dos professores D e RA, os mesmos dizem: Quando eu coloco o não é que existe muitos professores que não têm medo de inovar, que veem na tecnologia novas possibilidades de ensino e aprendizagem. Então para estes professores buscar estas FERRAMENTAS NOVAS, além de ser interessante, faz com que eles busquem novas aprendizagens e também ensinem novas técnicas para que seus alunos possam desenvolver melhor aquilo que ele está aprendendo, mas para outros professores haverá uma resistência muito grande, principalmente aquelas pessoas que têm medo da inovação, porque inovar você tem que correr risco, você tem que passar por um processo de reciclagem, de reaprendizagem desempenhar novas funções, porque muitas pessoas se sentem acomodadas. Então eu acho que o comodismo impede que você tenha muitas vezes a possibilidade de adquirir novos conhecimentos ou de buscar novas ferramentas para desenvolver seu trabalho. (PROFESSOR D) Não querendo ser preconceituoso na acepção de pessoas, eu acredito que os mais jovens têm um interesse muito maior, os mais velhos, por estarem acostumados com quadro e giz, eles são mais resistentes até pela dificuldade de trabalhar com o computador. Eu conheço colegas de Geografia que não sabem abrir uma página no Word, às vezes, o marido ou o filho que ajuda elaborar uma prova ou faz recorte de provas até hoje para formular uma prova no Xerox. Acontece, como também tem pessoas que já têm domínio , depende muito do interesse geralmente hoje têm vários cursos, sendo oferecidos até mesmo pelo estado a informática, ai a gente vê poucas pessoas se interessando a se aprimorar, as oportunidades têm aparecido, cursos pela internet até mesmo o próprio programa que trabalhamos no curso que é gratuito, qualquer pessoa tem acesso, acho que falta um certo interesse, a gente sabe que o tempo do professor é difícil, para você ter um salário melhor, você trabalha em duas ou três escolas, é corrido, a gente sabe que é difícil, mas quando a pessoa tem interesse, ela consegue, falta mais união do pessoal da classe.( PROFESSOR RA) De posse de tais informações obtidas pelos dizeres dos professores D e RA, constata-se que os mesmos possuem uma visão de que o profissional é responsável pelo seu destino intelectual. D faz uma mescla de fatores, como o medo de inovação para não se correr riscos, somado ao comodismo do profissional, nessa questão, pois isso implica em uma reciclagem por meio de uma adaptação cultural e tecnológica e capacitações periódicas. D ainda expressa que aquele que retratar tal postura perde a oportunidade de conhecer novos métodos e metodologias para sua vida profissional. O professor RA registra que os mais jovens têm uma curiosidade maior sobre a questão das geotecnologias reiterando o famoso jargão dos professores da famosa aula “cuspe e giz”. Essa aula é considerada por RA hoje desinteressante para o aluno. RA ainda aponta o déficit de cursos de aperfeiçoamento por parte dos professores que não se interessam por estar se desenvolvendo. Atrelado a essa passagem, RA 109 norteia a existência de cursos disponíveis gratuitamente por vias presenciais ou por EAD no sistema virtual. O professor RA descreve, em um comentário, um fator que pode elucidar essa questão, citando a falta de tempo e a vida corrida do profissional com expediente em duas ou mais escolas para um melhor salario contribuindo para o resultado obtido no contexto que é o despreparo para a didática Geotecnológicas. Categoria 6: DIFICULDADES EXISTENTES NA INCORPORAÇÃO DAS GEOTECNOLOGIAS? Na sexta categoria, apresenta-se e analisa-se a questão das dificuldades existentes para a incorporação das geotecnologias pelos sete entrevistados. Sendo assim, todos afirmaram que há dificuldades de se implantar o conceito de Geotecnologia nas escolas. Já diante do fator relacionado a eles terem dificuldades, cinco afirmaram possuir dificuldades e dois, K e T, afirmaram não possuir dificuldades com a Geotecnologia, mas fazem ressalvas a respeito das estruturas de algumas escolas em termos estruturais e de material. Pode-se vislumbrar tais análise nos dizeres dos professores J, D, R, C: Sim, não temos curso de formação dessa área de geotecnologia e, se tem, todas não têm disponibilidade devido à carga horária e a escola não dispensa. Não há aparado tecnológico, nem mapas comuns temos hoje (PROFESSOR J) As dificuldades são várias, dentre elas, a falta de laboratórios de informática nas escolas. Que ainda, infelizmente, grande parte das escolas públicas estaduais e municipais não tem laboratórios de informática preparados para o professor implementar estas práticas. Outra dificuldade que podemos listar que há escolas que os computadores são de tecnologia ultrapassada, fica difícil para implementar programas mais elaborados para desenvolver estas aulas. Outra questão é que você tem só um laboratório para utilização da escola, falta um suporte técnico para que os alunos possam acompanhar as aulas, mesmo o que eu coloco que muitas vezes muitos professores ainda não tiveram a oportunidade de serem capacitados e de conhecer a inovação tecnológica da geotecnologia que será um instrumento bastante produtivo para as aulas de geografia. Eu acredito também se a gente não traçar um planejamento mostra para direção e para supervisão como aquilo vai ser importante e inovador para o aluno as pessoas poderão entender que estamos levando os alunos simplesmente para o laboratório de informática para que possa estar enrolando a aula ou deixando de estar dando uma aula teórica, tudo tem que ser muito bem planejado e elaborado para que não haja este tipo entendimento por parte da equipe pedagógica e da direção da escola. (PROFESSOR D) Uma é que muitos profissionais não têm apoio de pedagogo e diretor, às vezes, quer inovar, dar uma aula prática e utilizar as ferramentas e o pessoal acha que ele está enrolando, as escolas são precárias, não têm um laboratório de informática dificultando muito, não tenho dificuldades porque 110 procuro me inovar eu gosto de tecnologia, então eu busco me aperfeiçoar. (PROFESSOR R) Justamente manusear os aparelhos como data show com os cursos ficou mais fácil, que ficou bem elaborado e chegar e fazer, exemplo, a escola oferece um ou dois aparelhos para toda a escola, muitos professores só para 2 aparelhos. A escola não tem um local que já se acha preparado as ferramentas para aula. Tenho dificuldades. O ideal é se cada sala tivesse o seu aparelho. (PROFESSOR C) Respaldado nos dizeres dos entrevistados, observam-se as falas caracterizadas de todos, que pertencem a realidades escolares diferentes, mas acordaram em um só tópico levantado, que é a falta de equipamento para o uso nos laboratórios de informática. Essa relação vem ao encontro do questionamento da pesquisa sobre os recursos tecnológicos das escolas em que treze dos pesquisados responderam que os recursos vão de insuficientes a regulares. Na entrevista, levantam-se assim argumentos e respostas mais precisos, como os dizeres dos professores D, R, C, que falam na falta de laboratórios nas escolas e o uso de tecnologia ultrapassada nos computadores com programas defasados. O professor C ainda declara o número de aparelhos insuficientes para as escolas, citando o uso do Datashow nas mesmas. R ainda pondera que, em muitas escolas, não existe o apoio do corpo pedagógico e da direção. Em grande parte do estado de Minas Gerais, têm-se laboratórios trancados devido ao medo da direção desses computadores se estragarem nas mãos dos alunos e professores. Ademais têm-se os dizeres do professor T que pontua uma associação entre as ferramentas tecnológicas e as literaturas de conteúdo geográfico para desenvolver um bom trabalho, relembrando o uso de programas para tais fins como o QGIS e o ARCGIS. Seu argumento vai ao encontro do que o professor RA ilustra com relação a sua escola como um local com recursos tecnológicos satisfatórios. O professor RA relata ainda contratempos em outras escolas da rede pública em que leciona, exemplificando casos de falta de infraestrutura referente aos laboratórios de informática. RA sinaliza o uso do Linux em boa parte dos laboratórios da rede estadual de ensino de Minas Gerais, devido ao mesmo ser gratuito, sendo que a maioria dos profissionais de ensino usam o sistema Windows, trazendo dificuldade de adaptação para o usuário. Essa assertiva está demostrada nas entrevistas dos professores T e RA a seguir: 111 Eu acho que seria a questão do recurso falta equipamentos na escola. Não sou super aberto a novas práticas. A minha realidade é que não permite, se tiver uma oportunidade, faço, pois acho bem bacana. Hoje, por exemplo, eu precisaria de uma internet boa para usar o google earth. Outra coisa seria o ArcGis, mas preciso de licença ou os sem licença, como o Spring e o Qgis, mas teria que ter um computador bom para rodar e até mesmo um laboratório bom para os alunos aplicarem e hoje a gente não tem esta realidade. (PROFESSOR T) Uma delas é a própria bagagem do professor. Muitos cursos não preparam o professor do jeito que deferia ser preparado como trabalhar com o aluno. Quando tem o curso, falta interesse dos profissionais e tempo, pois trabalhamos em 2 e 3 escolas. Às vezes, o professor está preparado com uma bagagem boa, está motivado, mas na hora que ele chega, às vezes, ele tem o computador, mas não tem internet. Outra dificultade que todo lugar que você vai é em casa, temos Windows, você chega na escola é o Linux, porque não é pago. Aqui no EG não, pois a infraestrutura é muito boa, pois temos 3 laboratórios e a internet atende, mas, por ventura, em outra escola, talvez eu não teria pela falta de ferramentas, como exemplo, em São Gonçalo, onde a relação da escola estadual com a prefeitura é muito, boa já na outra escola que trabalhei ano passado, se você ligar o ar condicionado, arriava a rede de computadores, não podia ligar tudo por causa da rede. Hoje temos muitas escolas estaduais com estas dificuldades. (PROFESSOR RA) Esses depoimentos mostram que a questão da funcionalidade do sistema das ferramentas tecnológicas de algumas escolas passa por inúmeras situações que transformam o sistema de ensino e a escola em locais influenciados pela ingerência pontuada. Ressaltam-se os dizeres do professor K que resumem as características relatadas na pesquisa: Não temos curso de formação dessa área de geotecnologia e se tem todas não tem disponibilidade devido à carga horária e a escola não dispensa. Não há aparato tecnológico, nem mapas comuns temos hoje. Não ter o material disponível na escola. O governo que não investe nas escolas, em laboratórios, desmotivando sim. O laboratório não permite a utilização deste software. Por mais que você fale com o aluno em sala, teria que ter um Datashow nas salas para demonstrar os mapas, hoje temos três Datashow para uma escola inteira. (PROFESSOR K) O professor K define e finaliza de forma coesa e prática as questões que fazem com que a Geotecnologia não tenha um desenvolvimento tão eficaz, enumerando a falta de disponibilidade de carga horária para aperfeiçoamento, a falta de estrutura técnica e infraestrutura, a inadequação de ferramentas para o usos de software geotecnológicos. Esses obstáculos, de certa forma, contribuem para uma desmotivação do profissional em adequar e fornecer saberes variados aos seus 112 alunos, contribuindo assim para a melhoria da escola, consequentemente, da sociedade. Categoria 7: PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO CURSO Nessa categoria, são apresentados os pontos negativos e positivos do curso apontados pelos professores. Essa categoria auxiliará, também, nas adequações do curso. Nessa perspectiva, tem-se uma variação de opiniões oriundas dos professores, que destacaram os aspectos positivos e negativos na constituição e aplicabilidade do curso de capacitação. Assim sendo, têm-se os depoimentos dos profissionais sobre essa categoria. Primeiramente, analisar-se-ão os pontos positivos. Dois pontos positivos analisados e observados pelos professores foram quanto a infraestrutura do local dos cursos de capacitação, no qual se pode salientar o laboratório com 45 máquinas equipadas com gravador de DVD, acesso à internet e hardware compatível para a utilização de softwares de geotecnologia, sendo destacado pelo professor D nesta passagem Primeira coisa o local o laboratório bem equipado disponibilidade de computador quantidade de computadores para todos a forma que o instrutor transmitiu o conhecimento para que as pessoas pudessem fazer a aplicabilidade dos conhecimentos propostos tem que ter muitas vezes não e só ter ferramenta mais ter uma pessoa que saiba transmitir aquilo com segurança e tranquilidade para que as pessoas possam aprender e possam disponibilizar para treinar isso e muito positivo muito rico por sinal a oportunidade que a faculdade deu para os professores pudessem usar seus recursos seu laboratório.(PROFESSOR D) O professor D ainda elogia os aspectos do tutor da capacitação como tranquilidade e segurança para repassar o conteúdo e, por fim, D elogia a universidade por abrir o espaço para a capacitação. Os professores C e RA ressaltaram a questão da prática no laboratório de informática como fator motivador para o aprendizado do aluno e o repasse do DVD com conteúdo, 113 programas e atividades inerentes à geografia geotecnologia. Sendo salientado pelo seguintes dizeres: Que ele aprenda por prazer e não por pressão, como acontece muito hoje na nossa realidade. (PROFESSOR RA) Prática e não e só teoria. A sala de informática que é especifica para isso. O curso tem o DVD pronto para aplicar com os alunos com as aulas. (PROFESSOR C) Os professores J e K pontuam o conhecimento passado e o delineamento do crescimento profissional e pessoal, somado à melhora na potencialidade do professor na disciplina e a melhora para o seu currículo e para o aluno. Conforme depoimento dos professores J e K, Aquisição do conhecimento melhora a aula, crescimento pessoal como pesquisador. (PROFESSOR J) Muitos pra juventude mostrar a potencialidade da disciplina e a utilização de tecnologia para aprimorar sobre alguns assuntos. Maior interesse do aluno, formação para o aluno no seu currículo. (PROFESSOR K) Os professores T e R delineiam a respeito da transformação do ser professor ao ter contato com as Geotecnologias. O professor T diz que foi positivo, pois utilizará na sua profissão e que, a partir do curso, ele aperfeiçoou a sua leitura de noção de espaço. O professor R já esclarece que a Geotecnologia, através dos cursos, irá desenvolver uma amálgama da prática e da teoria, que pode ser visualizada pelo dizeres Dá uma noção do que você vai trabalhar e quando começaram a incorporar as ferramentas no curso. Eu pude ver que o que eu fazia e o que estava vendo era aquilo que seria, usando na minha profissão outra coisa. E a questão de espaço, eu não tinha essa noção de espaço. Hoje eu sei que 2 cm corresponde a tanto no mapa, isso amplia a nossa visão e nossa mente. (PROFESSOR T) Inovação da geografia através da tecnologia, colocar em prática as teorias através da informatização. (PROFESSOR R) Por último, no fator positivos, tem-se a opinião do professor RA, que destaca a questão da capacitação acadêmica promovida pela integração entre a escola e o meio acadêmico, somado à comunicação constante com professores ligados a áreas com viés educacionais para o desenvolvimento didático das escolas. Ele ressalta 114 que o que interessa de verdade é o aprendizado do aluno para uma evolução do discente, deixando o fator nota em segundo plano. Esse pensamento pode ser visualizado nos dizeres abaixo: Só ponto positivo. Não ficarei parado no tempo, estarei acompanhado a tecnologia. Hoje o professor para dar aula de geografia, se ele não acompanha, ele corre um grande risco de passar vergonha na sala de aula com o aluno, porque você acha que está falando de algo moderno, aí o aluno fala de outro programa que ele conheceu que é melhor, mais fácil nisso, a gente tem que estar aprimorando e fazendo cursos sempre, estar ligado a professores de universidades para ter informação, para trocar ideias como é o nosso caso que trabalhamos juntos, pegando informação novas e também rede de contato para descobrir estess cursos e mudar a mentalidade de quadro e giz, pois isso motiva não só o aluno, mas o professor para que a gente tenha uma bom resultado não só de nota. Hoje a gente sabe que a nota e o mínimo na escola, o importante é o conhecimento, o saber, se você consegue motivar seu aluno a querer aprender, seria o sonho de qualquer professor. (PROFESSOR RA) Destaca-se que os professores ressaltam a relação que o curso possibilitou no seu desenvolvimento profissional e em sua inovação didática, aumentando a confiança do docente em seu trabalho. No levantamento dos fatores negativos da capacitação, tem-se o fator tempo, lembrado por três dos professores J, T, C. Esses gostariam que o curso oferecesse uma carga horária mais abrangente, estabelecendo até dois sistemas, o intermediário e o avançado, para uma integração mais específica com as Geotecnologias. Ainda a observação do professor J, que levanta a questão de uma pré-estrutura na capacitação com enfoque na teoria das Geotecnologias, sendo que estes relatam o seguinte: O tempo. Ser um curso mais abrangente. E o tema cursado, tenha um pré-conhecimento. (PROFESSOR J). A carga horária do curso, tanto o da faculdade como o de geotecnologia, pois são inúmeras funções em pouco tempo de dar uma ideia inicial. Se você quiser seguir tem que aprofundar. Muito introdutório. Então eu queria avançar, se fiz o básico, vamos para o intermediário e para o avançado. (PROFESSOR T) O tempo. (PROFESSOR C) Os que não notaram pontos negativos foram os professores K, D, R, C, que, com afirmação, pontuaram não haver pontos negativos. Entretanto D faz um comentário 115 de um ponto negativo não referente ao curso, mas sim aos companheiros profissionais pela falta de interesse em participar do curso, pois deixaram de evoluir didaticamente em aspectos positivos para o enriquecimento em sala. R ainda complementa que um ponto negativo será se essa didática não for colocada em prática pelo profissional docente, como salientado nos dizeres de ambos: Não encontrei pontos negativos, a gente fica triste é que muitas pessoas tiveram oportunidades de fazer e conhecer muitas pessoas deixaram de ir, o que vejo de negativo é a falta de interesse de alguns colegas de não ter ido participar do curso, porque o que acontece que as pessoas deixaram de conhecer novas tecnologias que poderiam ser implementadas em sua aula e enriquecer este conteúdo melhor para seus alunos (PROFESSOR D) Não, negativo seria se não colocar em prática (PROFESSOR R) Observa-se que o curso foi proveitoso para a maioria dos profissionais que tiveram acesso ao seu conteúdo. O aprimoramento do saber docente incide sobre a aprendizagem do discente, estreita os laços sociais, estabelece novas redes de contado e vivências, como se pode perceber nas entrevistas concedidas pelos professores. A capacitação não só desenvolve a didática e o saber do profissional, mas possibilita inovar nas práticas educacionais, permitindo-lhes visualizar os potenciais da Geotecnologia em seu meio local . Nessa perspectiva, a última categoria da entrevista visou coletar opiniões sobre o curso, conforme segue abaixo. Categoria 8: SUGESTÕES PARA APERFEIÇOAMENTO DO CURSO. Nessa categoria, cinco dos profissionais entrevistados relataram que o curso poderia ter uma carga horária maior e uma diversificação de dias para os módulos do curso, sendo até sugerido a implantação do curso mensalmente na cidade para aprimorar o uso de ferramentas geotecnológicas pelo professores. E até mesmo uma associação para levar a proposta para a secretaria de ensino de desenvolvimento de um curso de vinte horas. Como pode ser observado nas falas abaixo: Dar mais tempo para o curso ser um projeto da secretaria de ensino como um curso de 20 horas de curso para tirar duvidar sobre o curso. (PROFESSOR J) 116 Como sugestão este curso deveria se expandir para várias pessoas em períodos diversificados. Muitas vezes foi um dia impróprio, porque foi um dia chuvoso, o horário que tem colegas que trabalharam o dia inteiro e estavam cansados. (PROFESSOR D) Aumento da carga horária, ter mais módulos e mais prática. (PROFESSOR T) Aumentar o tempo do curso, aumentar a carga horária, pois aumentaria a aprendizagem. Quanto mais tempo o curso, mais você fica envolvido e mais você adquire conhecimento das geotecnologias e do programa. (PROFESSOR R) Poderia ter um tempo maior como toda semana ou no mês, mas que pudesse ter continuação, porque ajuda demais, pois é uma ferramenta e tanto e a gente não tem acesso a isso em Monlevade. (PROFESSOR C) Nessa perspectiva têm-se os dizeres do professor RA que ressalta que o curso poderia ser ofertado em forma de sistema de Pós- Graduação com enfoque no desenvolvimento de Geotecnologias, o que resolveria uma lacuna visualizada durante a pesquisa que é a falta de capacitação desse profissional, como se pode afirmar em seus dizeres a seguir: O curso poderia ser mais extenso, como a faculdade estar ofertando poderia se tornar uma pós-graduação na grade. Assim poderíamos concorrer para dar aulas em faculdades. (PROFESSOR RA) 7. Considerações Finais Tendo em vista o objetivo geral da pesquisa que foi traçar uma leitura referente à questão do uso das Geotecnologias no Ensino Médio pelos professores de Geografia, utilizou-se como referencial o questionário aplicado nos profissionais juntamente com as entrevistas. Após o curso de capacitação ministrado pelos pesquisadores realizado em parceria com a Universidade Estadual campus Monlevade , que tiveram objetivos específicos profissionais docentes de desenvolver em Geografia uma pela adequação capacitação geotecnológica e responder nos ao questionamento do uso das ferramentas geotecnológicas pelos professores, considera-se que os dados coletados na pesquisa de campo possibilitou visualizar indicadores referentes à pergunta da pesquisa assim definida, pela falta do conhecimento do professor na questão da geotecnologia somada a falta da prática no manuseio das ferramentas geotecnológicas somada à questão do tempo dos 117 profissionais relacionado a jornada trabalhista com a finalidade de ter uma compensação financeira. Em primeiro lugar, é importante considerar que os objetivos propostos para a pesquisa foram integralmente alcançados. O objetivo primordial de trazer o tema e as questões da geotecnologia no ambiente educacional considerando o uso desse recurso pelos professores, experiências e informações, foi alcançado e permitiu o compartilhamento de impressões e de reflexões sobre a problemática do ensino da geotecnologia no Ensino Médio, na cidade de João Monlevade em Minas Gerais Percebe-se que existe a necessidade de investimentos na capacitação em Geotecnologia, possibilitando ao aluno uma evolução educacional contínua, caracterizando-o como um cidadão instigador e interessado nas novas perspectivas tecnológicas, atuando diretamente no desenvolvimento do seu território, validando o desenvolvimento local. 8. REFERÊNCIAS CÂMARA, G; MEDEIROS, J. S. Princípios básicos em geoprocessamento. In ASSAD, E. D.; Sano, E. E. Sistema de informações geográficas: aplicações na agricultura. Brasília: Embrapa,1998. CARVALHO, M. S. R. M. 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LAUDARES, S. Geotecnologia ao alcance de todos. 1. ed., Curitiba: Appris, 2014, p.84 118 MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed., São Paulo: Hucitec, 2010. MORAES, R. Análise de conteúdo. Revista Educação. Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999. SOUZA, P. Novas Portas e Janelas para o Conhecimento. Revista Linha Direta. Belo Horizonte. p.72-74, ago., 2013. SUERTEGARAY, D. M. A. Pesquisa de campo em Geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 4, n. 7, 2002. SUERTEGARAY, D. M. A. Geografia e Interdisciplinaridade Espaço geográfico: interface natureza e sociedade: Geosul. Florianópolis, v.18, n. 35, p. 43-53, jan./jun. 2003. OLIVEIRA, Z. M. F.; ALENCAR, E.M. A CRIATIVIDADE FAZ A DIFERENÇA NA ESCOLA: O PROFESSOR E O AMBIENTE CRIATIVOS. Contrapontos (UNIVALI), v. 8, p. 295-306, 2008. PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. I; CACETE, N. H. Para Ensinar e Aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. 383 p. RATIER, R. 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Seu principal objetivo é a apresentação, de forma didática, de ferramentas geotecnológicas e atividades no campo da Geografia com o viés da pesquisa. Para auxiliar nos procedimentos didáticos em sala de aula, exploram-se, em um primeiro momento, aplicações da geotecnologia com usos em sites geoecológicos, como o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial - INPE, com a finalidade de adquirir imagens de satélites com o estudo e complemento de atividades em programas geoecológicos, site repositório minhateca/cursodegeotecnologia com dados e arquivos referentes à construção de mapas. O segundo momento deste artigo trabalha com ferramentas relacionadas à localização de coordenadas no planeta, como o sistema de posicionamento Global - GPS, sendo demonstrada a aquisição e tratamento dos dados originados dos programas relacionados: TrackMaker com uma linguagem e um desenvolvimento didático. A última parte do tutorial tem como estrutura principal a demonstração e aplicação de softwares relacionados à geotecnologia com enfoque didático, sendo utilizado o programa Qgis para tal função, demonstrando desde a obtenção de dados em formatos de leitura adequados para o uso do software Geotecnológico, que será utilizado para a elaboração de mapas e tratamento de dados. Portanto, este capítulo está estruturado nessas três partes, tendo em vista a finalidade de capacitar os profissionais geógrafos no domínio dessas ferramentas na sua vida laboral, desenvolvendo suas opções didáticas e acadêmicas. Palavras-Chaves: Práticas Geotecnologicas. Geografia, Ensino Médio. Guide to Practices and Geotechnology Summary This chapter provides the technical product called Geo Technology Concepts and Educational Practices which results in research on the use of Geo technology in high school result of the professional master's program in Education and Local Development. Its main objective is the presentation of didactic form of geo technological tools and activities in the field of geography with the bias of the research.To assist in teaching procedures in class explores at first applications of geo technology uses in geotechnology sites like National Instituted Search spatially INPE, for the purpose of acquiring satellite images to study bias and activities complement in geotechnology programs, Site minhateca repository / cursodegeotecnologia with data and files for building maps. The second time this article works with related tools to coordinate location on the planet as the Global Positioning System - GPS, and demonstrate the acquisition treating originated data from this system with related programs: TrackMaker with a language and educational development in room.The last part of the tutorial will primarily structure the demonstration and application of software related to geotechnology with didactic approach, using the Qgis program for this function being provided demonstrating the generation of data formed suitable reading for the use of technological Geo software will be used to produce maps and data processing. So this chapter is the structured these three parts in order in order to enable geographers professionals in the field of these tools in their working lives, developing their teaching and academic options. Key Words: Practice Geotechnology. Geography. High School. 16 Professor de Geoprocessamento na Universidade Estadual de Minas Gerais UEMG e docente do Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local. 17 Professora do Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local e do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Una. 120 1. Introdução Quando se fala em tecnologia e as suas características no mundo contemporâneo, tem-se uma visão de facilidades e de benefícios, gerando a educação. Nesse contexto, as geotecnologias auxiliam nas temáticas para desenvolver a produção do conhecimento humano, sendo que Rosa (2005) pontua as geotecnologias como: Conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informação com referência geográfica. As geotecnologias são compostas por soluções em hardware, software e peopleware que juntas constituem poderosas ferramentas para tomada de decisão. (ROSA, 2005, p. 81) A citação acima reforça a nova visão no que se refere à produção do conhecimento humano. Assim, este capítulo estruturou-se no resultado da pesquisa sobre o uso da Geotecnologia no Ensino Médio desenvolvida no programa de mestrado profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local. Nesse contexto, ressalta-se o desenvolvimento deste produto técnico que se posiciona como um norte de mecanismos geodidáticos compostos do desenvolvimento de software de produção de mapa, como o programa Qgis, usando complementos do Google Earth e Google Mapas, sites de obtenção e análise de imagens de satélites e o uso de aparelhos geotecnológicos, como o “Global Positioning System” – GPS. O rol de indicadores arrolados na pesquisa induz à reflexão sobre tal dilema ao se perguntar como se pode achar um mapa georreferenciado de um estado ou de uma cidade, ou onde se pode obter um mapa com o sistema de relevo de um território, ou ainda como desenvolver um mapa temático para ser usado em sala pelo professor mediante uma matéria em execução. Nesse contexto, este produto técnico geotecnológico espera elucidar essas relações de distanciamento entre a participação e o fazer. 121 2. SITES GEOTECNOLÓGICOS Este artigo enfoca uma orientação descritiva na obtenção de imagens de satélite através de sites governamentais como o Instituto Nacional de pesquisas Espaciais- INPE, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, CDBRASIL somado a sites de conteúdo Geotecnológicos como o Floodmap.net Painel Global e Apolo 11 com cunho didático geográfico. Cabe destacar ainda que para fins ilustrativos há complementação de dois sites de atividades geográficas, o primeiro tem uma ligação com o cursos de capacitação ministrado aos professores denominado MINHATECA/Cursodegeotecnologia o segundo tem a propriedades de atividades voltadas a esta pesquisa denominado Sistema Faça Você Mesmo FAVOMES. 2.1. Adquirindo imagens de satélite INPE As imagens de satélite são disponibilizadas gratuitamente através do site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE. Primeiro passo: adequação e gerenciamento de dados coletados. O usuário cria um e-mail com a finalidade exclusiva para recebimento dos dados (imagens) de satélites. Segundo passo: abrir o site do INPE, www.inpe.br. Faz-se o cadastro. Ver tutorial no APÊNDICE com esse fim. Terceiro Passo: após a confirmação do cadastro, observa-se a ABA ENTRAR na parte superior da página. Clique em ENTRAR. Figura 22. Site INPE - Entrada Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Será aberta a janela visualizada na FIG.22 na qual serão digitados o usuário e a senha. Nota-se que na parte de baixo há um sistema para o usuário poder obter sua senha e o nome de usuário novamente, sendo enviado para o e-mail que você criou para isso. É importante ter um e-mail e um usuário de fácil lembrança. 122 Quarto Passo: Busca da imagem. Figura 23.Site INPE-Escolha dos Satélites Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Observe que na ABA satélites aparecem os satélites disponíveis para coleta de imagem. FIG 23. Figura 24. Site INPE-Escolha do Sensor Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Observe que na ABA instrumentos aparecem os sensores do satélite que se escolheu, nesse exemplo, foi o CBERS 2B, sendo escolhido o sensor HRC. FIG 24 Figura 25. Site INPE – Intervalo das Cenas Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Na ABA intervalo de tempo pode-se colocar a data para obtenção da imagem do satélite que se escolheu. Nesse caso, foi o CBERS 2B, optando-se pelo sensor HRC. FIG 25 Se a aba estiver desmarcada, serão procuradas todas as imagens dentro do intervalo definido e marcado. Será feita a busca sazonalmente, não levando em conta os dias, apenas os meses definidos pelo intervalo. 123 Figura 26. Site INPE- Porcentagem Nuvens Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J.Outubro, 2014 Essas ABAS de porcentagem com sistemas Q1, Q2, Q3, Q4 indicam a quantidade de nuvens presentes em cada quadrante. FIG 26. Ajusta o tamanho das miniaturas das imagens do resultado. O tamanho que o usuário irá querer ver o resultado. FIG 27. Figura 27. Site INPE-Tamanho das Imagens Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Quinto Passo: busca da Área Pesquisada. Figura 28.Site INPE-Busca Região Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Na ABA Busca do Município, escolha o país, o estado e o nome do município e clique em EXECUTAR. Depois selecione a cidade desejada, e serão exibidas as imagens disponíveis. FIG 28. Como exemplos, será visualizada uma busca realizada por imagens CBERS-2B, do instrumento HRC, entre 03/05/2008 à data de confecção desse material 16/10/2014. Com cobertura de 0% de nuvens para todos os quadrantes na cidade de João Monlevade Minas Gerais, basta aberta Executar. FIG 29. Figura 29. Site INPE-Executar Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 124 Figura 30. Site INPE – João Monlevade Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Observe que aparecerá uma seta azul que apontará onde está o município desejado que, nesse caso, foi a cidade de João Monlevade, e as estrelas azuis indicam o centro das imagens disponíveis do território. As linhas amarelas delimitam as órbitas e pontos das imagens de satélites. FIG. 30. Figura 31. Site INPE Área das Imagens Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Ao clicar na estrela azul delimitada pelo círculo, abre-se a página com as imagens, resultado da busca da cidade de João Monlevade. Será visualizada essa nova página com imagens de satélites para serem selecionadas. Observa-se que, no canto superior à esquerda, aparecerá o número de páginas de imagens dessa área, nesse caso, só se tem uma (1). 125 Sexto Passo: “compra” da Imagem. Como exemplo, irá ser adquirida a primeira imagem gratuitamente, Basta clicar na imagem. FIG 32. Figura 32.Site INPE Imagens Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Será visualizada uma página que dará uma visão da imagem escolhida. FIG 33 Figura 33. Site INPE Área Carrinho e Localização da Imagem Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Na área de círculo, aparece Colocar no carrinho de compras. Agora basta clicar no carrinho. FIG 33. A área do sistema marcada por um quadrado, ao ser clicada, dará a localização em um mapa da imagem que está sendo capturada. 126 Sétimo Passo: fechamento da “Compra” e Envio da Imagem. Figura 34. Site INPE Compra da Imagem Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Após colocar no carrinho, deve-se ir para a parte de cima da página onde está visualizado o número 1, denominado carrinho. Dê um clique nela e aparecerá a imagem comprada. Clique em prosseguir e fechar. FIG 34 Após fechar, aparecerá uma imagem, descrevendo que seu pedido será encaminhado para seu e-mail. Basta fechar o pedido. FIG 35 Figura 35. Site INPE Fechamento do Pedido Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Uma nova página irá se abrir com a mensagem: Deseja realizar nova pesquisa ou proceder ao LOGOFF? FIG 36 Figura 36. Site INPE – Confirmação do Pedido Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Em alguns segundos, será enviado um e-mail de confirmação do pedido da imagem pesquisada, como visualizado na FIG.37. 127 Figura 37. Site INPE Confirmação do Pedido Via E-mail Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Será depositado na caixa de e-mail um link, como o demonstrado na FIG. 38, com as imagens do pedido. Basta o usuário clicar nos links e fazer o download das imagens. Figura 38. Site INPE Link da Imagem no e-mail Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 2.2. Adquirindo Imagens de Satélite CDBRASIL Outro site para ter acesso às http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/. imagens de satélites Landsat é o Nele existe a possibilidade de adquirir imagens de satélite do Brasil da sua cidade. FIG 39. Figura 39. Site CdBrasil Fonte: Site da Cd Brasil adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 128 Depois clica-se no estado ao qual se quer ter acesso às imagens. No caso, será usada novamente a cidade de João Monlevade, em Minas Gerais, para desenvolvimento dessa parte. Figura 40.Site CdBrasil –Minas Gerais Fonte: Site da Cd Brasil adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Observe que, ao clicar na imagem do estado de Minas Gerais, aparece uma nova página, dando destaque ao estado de Minas Gerias. Pode-se observar, em destaque na área em amarelo, a frase Consulta por município. Clique uma vez nessa área. FIG. 40. Todas as cidades do estado de Minas Gerais aparecerão em ordem alfabética para uma manipulação organizada. FIG. 41. Figura 41. Site CdBrasil Cidades Fonte: Site da Cd Brasil adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Agora serão adquiridas as imagens da cidade de João Monlevade.FIG.42 129 Figura 42. Fig. Site CdBrasil João Monlevade Fonte: Site da Cd Brasil adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 A imagem da cidade existe, pois seu nome encontra-se na lista. Clica-se no nome da cidade. FIG. 42. Abrirá esta nova tela com as Propriedades da imagem como a FIG 43. Figura 43 - Site CdBrasil- Carta da Região Fonte: Site da Cd Brasil adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 1 – Número da carta. SE-23-Z-D, esse número deve ser anotado. FIG. 43. 2 – Posição da cidade na imagem. FIG. 43. 3 – Articulação compatível que, nesse caso, é 1: 25000. FIG. 43. 4 - Ponto da imagem com Latitude e Longitude da área. FIG. 43. Na parte inferior da página da imagem, podem-se observar setas azuis. Pode-se navegar, usando-as para isso e pode-se voltar um nível (pagina) na imagem. FIG. 44. Figura 44. Site CdBrasil- Direcional Fonte: Site da Cd Brasil adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Você pode observar que, ao manusear esse sistema, a articulação compatível muda a projeção da escala. 130 2.3. Adquirindo Imagens de Satélite pelo Site RELEVOBR O próximo tutorial de imagem é a disponibilização gratuita do Modelo Digital de Elevação (MDE) do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) já tratado e dividido, segundo a articulação do mapeamento sistemática do IBGE 2.000 na escala 1/250.000. Primeiramente deve-se ir ao site http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br.Deve-se ir à ABA download do site, que se posiciona à esquerda. FIG. 45. Figura 45. Site RELEVOBR Fonte: Site RelevoBR adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Será direcionado à página de áreas de relevo do Brasil. Observa-se que, na página, haverá uma lista de todos os estados do Brasil (1) e que, ao lado, existe uma observação quanto ao formato da imagem, a sua resolução e o Datum (2) usado http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/index.htm. FIG. 46. Figura 46. Site RELEVOBR –Estados do Brasil Fonte: Site RelevoBR adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 131 2.4. Adquirindo Imagens de Relevo pelo Site EMBRAPA Como exemplo prático para adquirir uma imagem do sistema de relevo do site da EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, será usada a área do território da cidade de João Monlevade para estudo. Primeiro, clica-se na sigla (MG) do estado de Minas Gerais e será gerada uma nova página. Aparecerá um mapa mosaico com o sistema de coordenadas do estado de Minas Gerais, como observado na FIG.47. Figura 47. Site EMBRAPA- Grade de Cartas Relevo Fonte: Site EMBRAPA, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Agora escolhe-se a área que representa a cidade de João Monlevade no mosaico apresentado, sendo utilizada a carta com nomenclatura: SE-23-Z-D, na qual estará a área da cidade de João Monlevade e seu relevo. Define-se a carta em que se pode baixar para trabalhar. Primeiro deve-se lembrar do tutorial de imagens de satélites Landsat no http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/, citada anteriormente como visualizado na FIG.48. Figura 48. Site EMBRAPA – Região João Monlevade Fonte: Site EMBRAPA, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 132 Pode-se notar que na parte de cima da carta, orientado pelo número 1 em destaque, aparece o número da carta na qual está inserida a cidade de João Monlevade, sendo que essa carta será baixada nesse exercício de manipulação de imagem. Após essa explicação, o procedimento para obtenção da imagem é muito simples, dá-se um clique sobre a carta com nomenclatura: SE-23-Z-D. Em seguida, aparecerá uma nova página com referência à carta como no modelo da FIG.49. Figura 49. Site EMBRAPA – Download carta SE-23-Z-D Fonte: Site EMBRAPA, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Observe que nesta página há informações importantes a respeito da carta 1, estado a que pertence a carta; 2, a sua escala; 3, o número da carta; 4, o sistema de download da carta com o tamanho do arquivo e, por último, o UTM da carta que, nesse caso, é o WGS 84. FIG. 49. No próximo passo, clica-se na frase Arquivo para download como está visualizado na FIG.50 e imediatamente aparecerá a ABA de download. Escolhe-se a pasta em que se depositará a imagem. Uma dica interessante é a criação de uma pasta específica para receber essas imagens para maior organização. 133 Figura 50. Site EMBRAPA- Armazenando carta SE-23-Z-D Fonte: Site EMBRAPA, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após ter a imagem do relevo da área da cidade de João Monlevade, salva-a em uma pasta para uma atividade de complementação, sendo utilizado o software Qgis. 2.5. Trabalhando com Site Floodmap.net Essa ferramenta geotecnológica elucida e demonstra de forma clara os efeitos climáticos do aumento do nível dos oceanos no planeta terra. Primeiro, deve-se ir ao site http://www.floodmap.net/, como se pode observar na FIG.51. Figura 51. Site Floodmap.net Fonte: Site Floodmap, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Na área 1, coloca-se o local onde se quer visualizar o que ocorreria, caso houvesse um acréscimo na metragem do nível dos oceanos em diferentes áreas da terra. Na área 2, coloca-se a metragem que se gostaria de saber do nível do oceano. Na área 3, pode-se observar que na tela há uma demonstração do que aconteceria com uma área com uma elevação de 253 metros, como está focado na área 2. 134 Como exemplo, será feita uma simulação se as águas do oceano Atlântico aumentassem em 400 metros. Que áreas seriam afetadas e dar-se-á uma focalização na área próxima às cidades de Belo Horizonte e da região de João Monlevade em Minas Gerais. Figura 52. Site Floodmap.net - Layout Fonte: Site Floodmap, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Podem-se observar as concepções de análise adotadas na área 1 e 2; e, na área 3, tem-se a visualização de um pro diagnóstico da elevação do nível do oceano em 400 metros FIG. 52. Percebe-se que as cidades de João Monlevade e Belo Horizonte, áreas iniciais da pesquisa, não foram afetadas pelo aumento dos oceanos, mas se pode visualizar, no canto direito da imagem, que as cidades de Governador Valadares e Ipatinga, no Vale do aço, foram afetadas por esse efeito de circunstâncias climáticas. Para motivo de curiosidade por parte dos alunos e professores, será aumentada a porcentagem de elevação do oceano para 700 metros. Figura 53. Site Floodmap.net –Demonstração Região de João Monlevade Fonte: Site Floodmap, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 135 Agora se observa que um aumento de 700 metros causaria sérios problemas no território de Minas Gerais, assim sendo pode-se discutir a questão de o porquê, após os 700 metros, serem observados focos de inundação no território de Minas Gerais. FIG. 53. O site trará ao usuário a noção básica dos efeitos da elevação do nível dos oceanos em grande escala. Essa reflexão traçada com a diretriz curricular pode-se estruturar a abordagem sobre a questão do protocolo de Kyoto e sua estruturação na defesa do meio ambiente e as características da agenda 21. Além de evidenciar o derretimento das calotas polares devido ao aquecimento global, associa-se ainda a questão do cidadão consumista e direciona-se o aluno para um consumo sustentável e uma consciência mais crítica a respeito do meio ambiente. 2.6. Trabalhando Relevo Interno com o site Painel Global e Apolo 11 Uma nova abordagem geográfica ligada aos recursos tecnológicos pode ser observada, quanto á estrutura voltada às questões tectônicas do relevo do planeta relacionado à matéria de relevo interno, abordando fatores, como terremotos e tremores de terra. Em se tratando da geotecnologia, por exemplo, pode-se utilizar sites, como www.painelglobal.com.br (FIG.54) e www.apolo11.com (FIG.55) que são sites tecnológicos de conteúdo geográfico, voltados para a linha da geotecnologia que monitoram a incidência de tremores no planeta terra, atraindo a curiosidade e o envolvimento do aluno, atrelados a teoria do fenômeno. O segmento traçado com a diretriz curricular desenvolve no aluno a dinâmica do relevo terrestre. Este terá uma visão total das áreas do planeta Terra em que há ocorrência de tremores e erupções vulcânicas quase em tempo real, com origem do tremor e magnitude do mesmo. O professor pode trabalhar com os alunos uma reflexão sobre as causas e as questões pós-impacto dessas inquietações na dinâmica da Terra, como a questão econômica do país e até mesmo questões ambientais do território afetado. O professor pode associar esses fenômenos ao movimento das placas tectônicas no mundo, abordando uma pesquisa sobre a existência ou não de limites de placas tectônicas no Brasil e até mesmo a existência ou não de vulcões no território brasileiro. 136 Figura 54. Painel Global Registro de Terremotos em Tempo Real Fonte: painelglobal.com.br. Adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Figura 55. Apolo 11-Registro de Terremotos em Tempo Real Fonte: apolo11.com/monitoramentoterremotos, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 137 2.7. Trabalhando e Adquirindo Shapefire. Site da Capacitação MINHATECA/Cursodegeotecnologia. No desenvolvimento dos cursos de capacitação de Geotecnologia foi elaborada e proposta, juntamente com um plano de ensino, a criação de um site que possua dados referentes aos cursos, denominado minhateca/cursos de geotecnologia.FIG.56. Figura 56. Site - Curso de Geotecnologia Fonte: Minhateca.com.br, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O site apresenta uma visão intuitiva ao usuário para poder fazer o download dos dados referentes às atividades propostas como arquivos shapefile (dados) do mapa a serem trabalhados; programas de usos geotecnológicos, como o Qgis trekmeker; e artigos e aulas em formato de documentos eletrônicos para consulta presente e posterior ao curso. 2.8. SISTEMA FAÇA VOCÊ MESMO - FAVOMES Outra ferramenta para desenvolver atividades relacionadas à abordagem geotecnológica foi um repositório no sistema dropbox denominado SISTEMA FAÇA VOCÊ MESMO – FAVOMES, com a finalidade de complementar a assimilação do profissional pela pesquisa abordada. As características do SISTEMA FAÇA VOCÊ MESMO – FAVOMES são; a página do site; https://www.dropbox.com/home, o usuário [email protected]; e a senha favomes, observadas na área em destaque da FIG. 57. 138 Figura 57. Acesso ao Site Dropbox Fonte: site repositório Dropbox, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Assim a estrutura das atividades foi dividida de acordo com os capítulos, sendo que cada pasta do SISTEMA FAÇA VOCÊ MESMO – FAVOMES está abastecida de dados referentes aos exercícios em forma de arquivos compactados. FIG. 58. Figura 58. Site Dropbox- FAVOMES Fonte: site repositório Dropbox, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Atividade 1 - Pontos GPS. No repositório, têm-se dados referentes a pontos colhidos no território do município da cidade de Belo Horizonte, somados à uma camada Shapefile do município. Atividade 2 - Território – Cidades de Minas Gerais e Bairros de Belo Horizonte No repositório, têm-se dados referentes a cidades de Minas Gerais e bairros do município de Belo Horizonte em camada Shapefile. O usuário, a partir desses dados, pode recortar o território de uma cidade na qual ele queira desenvolver um estudo ou o bairro em questão. 139 Atividade 3 - Relevo Belo Horizonte No repositório, têm-se dados referentes a bairros do município da cidade de Belo Horizonte em camada Shapefile com suas divisões. O usuário, a partir desses dados, pode recortar o território do bairro em questão. Atividade 4 - Curvas de Nível No repositório, têm-se dados referentes ao estado de Minas Gerais em Shapefile, assim o usuário poderá explorar as curvas de nível das cidades mineiras para o seu projeto, juntamente com as imagens de relevo obtidas no Site EMBRAPA. O usuário, a partir desses dados, poderá estudar as curvas de nível de todo o Brasil. 3. GPS e TRAKMAKER COMO FERRAMENTAS GEOTECNOLÓGICAS. 3.1 Adquirindo Pontos e Trilhas Gonçalves (1987, p.09.) dizia que a ciência está cada vez mais transformada em força produtiva, devendo repensar seus fundamentos epistemológicos e metodológicos, mesmo nos meios ditos críticos, “a razão científica e técnica é acusada de suprimir a liberdade por sua relação íntima com o poder. SABER É PODER.” As Geotecnologias levaram também à transformação social e econômica da sociedade, mas na organização da estrutura territorial e geográfica, através do geoprocessamento e tecnologias geográficas como o GPS. Em uma época em que quase tudo é instantâneo, como as comunicações nos celulares e as redes sociais, passando até mesmo por uma situação rotineira, como a transmissão de televisão, uma grande parte da população não tem consciência da forma como esses produtos tecnológicos chegam as suas mãos, desde a gênese da corrida para criar o mais poderoso foguete, como o V2 para levar satélites e astronautas à Lua, às experiências pioneiras e riscos catastróficos que custaram riquezas incalculáveis (GARCIA, 2012). 140 Segundo Carvalho (2006), a URSS deu origem ao desenvolvimento de leituras geotecnológicas no planeta Terra, ao iniciar o lançamento de um satélite relativamente do tamanho de uma bola de basquete, o Sputnik, em 1957, que tinha aproximadamente 58 centímetros, 83 kg de massa e era feito de liga de alumínio, contendo em seu interior, além de outros equipamentos, dois rádios transmissores e baterias que o manteria em funcionamento por algumas semanas. FIG. 59. Figura 59. Sputnik 1 Fonte: http://ecuip.lib.uchicago.edu/ Assim, acompanhando o desenvolvimento tecnológico, segundo Godinho, Silva e Pelado (2004) Os Estados Unidos foram o primeiro país a utilizar satélites para efeitos de comunicação a longa distância, em 26 de Julho de 1963, para fins militares. Em breve este recurso seria aplicado às comunicações telefônicas públicas, como forma de aliviar a carga das redes terrestres que começavam então a dar os primeiros sinais de congestionamento. (GODINHO; SILVA; PELADO, 2004, p.03) Após o primeiro passo para a elaboração e desenvolvimento de novas funções dos satélites, perceberam-se as inúmeras colaborações que esse meio tecnológico pode trazer para o mundo de forma global e local, com as seguintes aplicações, segundo Godinho, Silva e Pelado (2004): QUADRO 03 – Funções dos Satélites Artificiais Comunicações Navegação Posicionamento (GPS, Global Difusão (BSS, Broadcasting Positioning System/ Satélite Service) Sistema de Posicionamento Comunicações móveis Global. (MSS, Mobile Satélite Service, Internet). Comunicações fixas Observação da Terra e Atmosfera Meteorologia Militares Espionagem Detecção remota Fonte: agrolink, adaptado por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Dentre todas essas aplicações, os satélites revelam ser de suma importância, pois a sua grande capacidade de cobertura permite atingir zonas ou áreas no planeta que 141 são de difícil acesso, caso se utilizem meios terrestres e até mesmo aéreos. Como grande vedete desse sistema, tem-se o GPS - Sistema de Posicionamento Global que foi desenvolvido pelos Estados Unidos da América, que tem uma constelação ou rede de 24 satélites, mas apenas três satélites são necessários para apontar a sua posição e mais um para calcular a sua altitude em relação ao nível do mar, em um total de quatro, como se pode observar na FIG. 60. Há ainda um vídeo educativo complementar no endereço do youtube.com: https://www.youtube.com/watch?v=aBq4Zj4Gfmw. Como exemplo prático, suponha que em João Monlevade, cidade no interior do estado de Minas Gerais, Brasil, existem três satélites que estão no horizonte visível. Um deles em trânsito sobre o sul do Brasil, outro no Atlântico e um terceiro sobre o sudeste. Cada um deles irá se comunicar com seu receptor, mapeando os tempos de resposta. Os tempos anotados em cada satélite dão a posição exata da sua localização na cidade, que será enviada em latitude e longitude, sendo igual a 19º48′36” de latitude sul e 43º10′26” de longitude oeste. Adicionalmente, o GPS não é o único sistema de posicionamento global no mundo, como muitos pensam. Existem mais três sistemas de localização, todos independentes um do outro, sendo eles o Galileo da União Europeia, o Compass chinês, o GLONASS russo, similares ao GPS americano. Figura 60. Sistema de Posicionamento Global - GPS Fonte:grauca4x4.bblogspot. Adaptado por, Barros. Adriano. J. 142 Nesse tópico, será utilizado o potencial geotecnológico do aparelho GPS, sistema de posicionamento Global, somado ao software Trek Meker com suas ferramentas específicas e comandos, com o intuito de elaborar e possibilitar a caracterização didática com delineamento geotecnológico dessas ferramentas. Além dessas aplicações, o estudo relacionado visa a poder levar à compreensão e à elucidação das questões levantadas nos primeiros parágrafos deste item que se intitula GPS e TRAKMAKER COMO FERRAMENTAS GEOTECNOLÓGICAS. Figura 61. Botões GPS Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Em um primeiro momento, é necessário observar as características do modelo no qual o usuário trabalhará. Primeiro, escolhe-se a fonte de energia que será utilizada, uma observação e o uso de pilhas alcalinas para energização do aparelho, como pode ser observado na FIG. 03. Outra dica complementar é que, sempre após o uso, o usuário deva retirar as pilhas do aparelho, para evitar estragos que possam surgir. Após essas observações, é necessário ter uma noção dos botões relacionados ao aparelho na FIG.61. Tem-se A, que está relacionado à área esquerda em cima do GPS, ROLA o cursor PARA CIMA (UP). O B está relacionado à área esquerda do GPS no meio, ROLA o cursor PARA BAIXO. Os dois servem também, se pressionados, para aproximar/afastar o zoom. O C, aperta e solta, para ver o Menu de Opções para uma página. 143 Agora serão delimitados os botões D, Função de PASSAR as PÁGINAS principais do GPS. Botão E, relacionado a LIGA/DESLIGA o GPS e também ACENDE/APAGA LUZ. O próximo passo será a classificação hierárquica das ferramentas básicas do GPS. Como se pode observar, em 1, tem-se “Thumb Stick” Tecla ENTER/MÓVEL (aperte para ENTER - movimento para o LADO ou CIMA/BAIXO para rolar, cursor); em 2, tem-se a localização da antena interna; e, em 3, tem-se a tela principal do GPS. Figura 62. GPS- Thumb Stick Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 A partir desse tópico, serão apresentadas, passo a passo, todas as etapas necessárias para obtenção e confecção de pontos no GPS. Antes de se capturarem os pontos, será ajustado o GPS para a etapa de aquisição de pontos. Primeiramente, será usado o botão D, PASSA pelas PÁGINAS principais do GPS, até se visualizar o MENU PRINCIPAL, observado em 1. Ir em 2, definições abertas pelo botão “Thumb Stick”, Tecla ENTER/MÓVEL. Entrar-se-á na página que apresentará a opção UNIDADES, clica-se nessa opção, vista em 3, com o mesmo botão “Thumb Stick”. FIG.63 144 Figura 63. GPS-Definições Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Nessa etapa, será apresentado o layout do GPS, no qual se terão 6 opções de mecanismos para adequação do seu projeto na área 4. Tem-se o formato da posição. O formato de posição que a Agência Nacional de Telecomunicações Anatel utiliza para georreferenciar as estações de telecomunicações é do tipo graus/minutos/segundos. Não adianta tirar as medições em UTM ou em Graus Decimais. Tanto é que os formulários já são feitos para preenchimento no formato que a ANATEL quer. Para isso, deve-se configurar o GPS no campo Formato da Posição e selecionar o tipo hddd mm’ss.s”. Em 5, no campo Datum do GPS, seleciona-se o tipo WGS 84. DATUM”. Como foi apontado no início desse tutorial, datum vem do latim dado, detalhe, pormenor (plural data). Em cartografia, refere-se ao modelo matemático teórico da representação da superfície da Terra no nível do mar, utilizado pelos cartógrafos numa dada carta ou mapa. Devido à existência de vários Datum em utilização simultânea, na legenda das cartas, deverá estar indicado qual o Datum utilizado pelo usuário. Em 6, têm-se Distância e Velocidade, sendo que a opção adequada é a métrica. Em 7, tem-se Elevação, que é estipulada em metros, em parceria com velocidade vertical com opção adequada metros por segundo. Em 8, tem-se profundidade que pote ser visualizada em metros. E, por último, nesse layout, tem-se 9, que é Pressão vista em milibares. FIG.64. 145 Figura 64. Layout do GPS - Unidades Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após os ajustes, o aparelho estará preparado para coleta de pontos e trilhas para o usuário. O primeiro passo é visualizar o layout no qual se encontram os satélites Figura 65. Layout do GPS – Satélites Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para adquirirem-se os pontos referentes à atividade proposta, basta ir à tela principal, demonstrada na FIG.65. Pode-se observar que o layout visualiza opções importantíssimas para a obtenção dos pontos. Em 1, tem-se a janela que demonstra a precisão do GPS no momento, nesse caso, a precisão é de 10 metros. Ressalta-se que quanto maior o número de satélites, maior será a precisão do ponto. Um fator interessante quanto às receptoras é que existe uma diferença entre eles: os GPS de uso militar tem precisão de 1 metro e os de uso civil, de 15 a 100 metros. Na parte 2 e 3, têm-se os satélites que o GPS está rastreando para definir a posição. Nessa imagem, têm-se 5 satélites sendo rastreados e, em 4, tem-se a posição descrita em latitude e longitude. 146 Para se capturarem os pontos da atividade, para essa ação, têm-se duas opções que serão vistas a seguir: Primeira opção, deve-se ir à página na qual se apresenta o mapa da localização desejada para a captura do ponto, como visto na FIG.66. Aperta o botão “Thumb Stick”, Tecla ENTER/MÓVEL, visto em 1, por alguns segundos, nota-se ainda, em 2, o aviso de que o aparelho está pronto para o uso mais a precisão do GPS e o número de satélites em orbita. Em 3, tem-se o mapa do território onde será colhido o ponto. Após essa operação, será apresentada a tela de coleta de ponto na FIG.66. Observe-se que a figura traz o número do ponto que, nesse caso, é 001 e a localização do ponto em latitude e longitude. Assim deve-se ir em OK e o ponto estará marcado. Uma dica interessante é, se o usuário quiser mudar o nome do ponto de 001 para qualquer nome, move-se para BAIXO o botão “Thumb Stick” até chegar ao número e pressiona-se o mesmo botão por alguns segundo, e será apresentado um teclado virtual para digitação do nome escolhido. Figura 66. Layout do GPS- Área Marcação Ponto Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Na segunda opção, deve-se ir à página de marcação de pontos, rotas e trechos, visualizada na FIG.67. Logo após, aperta-se, por alguns segundos, o botão “Thumb Stick”, Tecla ENTER/MÓVEL, e será apresentada a tela na qual se marcará o ponto escolhido. 147 Figura 67. GPS Salvando Ponto Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Segue-se as mesmas normas descritas na primeira opção de captura de pontos. Para complementar a prática, usar-se-á um software geotecnológico para descarregar e transformar os pontos obtidos em dados, SHP, para abastecer um mapa. Será usado o software Trek Maker. O software TrekMaker está disponível para download no site http://www.trackmaker.com/dwlpage.php?lang=port, onde o usuário escolherá a versão gratuita do programa para uso didático http://info.abril.com.br/downloads/windows/GPS-trackmaker. Esse ou o programa site é compatível com mais de 150 modelos de GPS existentes. Para o uso dessa atividade, o usuário irá precisar de um cabo de transferência de dados próprio para o GPS que utiliza. Com o GPS ligado, deve-se conectá-lo ao computador e, após esse passo, usar-se-á o programa Trek Maker. Figura 68. Layout do TrekMaker -Interface Fonte: adaptado no Trek Maker por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 148 Com o programa aberto, deve-se ir à interface vista em 1 e à interface Garmin vista em 2. Após essa ação, será aberta uma nova interface do programa.FIG.68. Figura 69. Layout do TrekMaker Identificação GPS Fonte: adaptado no Trek Maker por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Nessa nova interface, o primeiro passo é identificar o GPS, clicando na área identificar, como visto em 1 e, após alguns segundos, o GPS será identificado, como pode ser observado em 2. Depois, seleciona-se capturar dados do GPS, visto em 3, e, após isso, seleciona-se waypoint e aguarda-se o processo.FIG.69. Figura 70. Layout do TrekMaker Captura de Dados Fonte: adaptado no Trek Maker por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após alguns segundos, os dados serão repassados ao programa TrekMaker. Observa-se que há uma barra de status de descarregamento de dados visualizada em 1. Após concluir o processo, clica-se no botão sair visto em 2.FIG.70. 149 Figura 71. Layout do TrekMaker Pontos Fonte: adaptado no Trek Maker por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Será apresentado o produto final da atividade. Coletaram-se 8 pontos no território da cidade de João Monlevade, como apresentado no início da atividade, sendo que esses pontos obtidos caracterizaram as escolas pesquisadas, que serão transformados em um mapa para a pesquisa.FIG.71. Para se gerar um shapefile – SHP para construção do mapa, deve-se ir ao ARQUIVO, apresentado em 1, depois SALVAR ARQUIVO COMO, colocar um nome, visto em 2, ir na ABA denominada TIPO e escolher ARQUIVOS SHAPEFILE DO ARCVIEW (SHP), categorizados em 3, como se pode ver na FIG.72. Após isso, clica-se em salvar e escolhe-se onde será depositado tal arquivo. Figura 72. Trek Maker Transformação Ponto em Arquivo. SHP Fonte: adaptado no Trek Maker por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após a apresentação dessas práticas, a ferramenta GPS apresenta outras opções didáticas e de cunho geotecnológico, para uso em sala. Têm-se duas das opções geotecnológicas mostradas a seguir. A primeira é a bússola, ferramenta integrada ao GPS, vista em 2. Em 3, tem-se a velocidade real em km e, em 4, tem-se o rumo para 150 o qual o usuário desloca-se, embora poucas pessoas saibam, a bússola do GPS é diferente da normal, pois ela usa um chip chamado de bússola eletrônica, que indica o norte magnético "Nmg" e pode usar a latitude e longitude para corrigir a direção do norte verdadeiro "Nv". O sistema de bússola não é magnético, portanto não sofre desvios, podendo ser utilizado no interior de um carro, sem problemas devido aos campos magnéticos gerados pelo sistema elétrico ou pela massa de ferro do veículo. No entanto, o seu sistema de direcionamento não funciona, se o GPS estiver imóvel. O segundo instrumento é o Altímetro do GPS que pode ser visto na FIG.73, que tem como função medir alturas ou as altitudes no território em que o usuário se localiza visualizado em 5. Figura 73. Layout GPS – Bússola e Altímetro. Fonte: adaptado no GPS por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 4. SOFTWARE QGIS FERRAMENTA GEOTECNOLOGICA Este item enfoca o uso da software Qgis como ferramenta de viés educacional relacionada diretamente com o ensino de Geografia com suporte direto nos sites Geotecnológicos do primeiro capítulo. 4.1: O que é o QGIS As aplicações da geotecnologia são estabelecidas por inúmeros parâmetros e estruturas desenvolvidas por softwares e dados que surgiram ao longo dos anos. O programa utilizado nessa capacitação será o Qgis que está na versão 2.6 Brighton. Neste tutorial de Geotecnologia, será usado o QGIS Valmiera 2.2.0 que pode ser baixado pelo site http://qgis.org/downloads/ como visto na FIG.74, sendo também 151 oferecido no site do curso http://minhateca.com.br/cursogeotecnologia, como pode ser visualizado na FIG.76, e no DVD do curso oferecido aos participantes. Figura 74. Layout Site Qgis Fonte: Pagina Inicial Projeto QGIS, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Figura 75. Layout Site Qgis Área Downloads Fonte: adaptado no Repositorio QGIS, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Uma outra aplicação usada durante o curso de capacitação e disponibilizada neste artigo é o acesso ao site de repositório denominado http://minhateca.com.br/cursogeotecnologia, que será abastecido ao longo do tempo com arquivos de dados desenvolvidos pelos órgãos oficiais de desenvolvimento de dados para leitura do programa, como pode ser observado no QUADRO 04: 152 QUADRO 04 – Relação de Sites com arquivos Shapefile18 ANA. HidroWeb. http://hidroweb.ana.gov.br/, BDUCs/DMUNICS Focos de Queimadas. http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas/bduc.php?LANGUAGE=PT FUNAI. Coordenação Geral de Geoprocessamento. http://mapas.funai.gov.br/ I3Geo. Dados geográficos do Brasil e regiões específicas. http://mapas.mma.gov.br/i3geo/ http://www2.siam.mg.gov.br/webgis/semadmg/viewer.htm IBAMA. Temas Vetoriais em Formato Shapefile. http://siscom.ibama.gov.br/shapes/ IBGE. Mapas Interativos. http://mapas.ibge.gov.br/brasil/viewer.htm ICMBio. http://www.icmbio.gov.br/comunicacao/downloads IMAZON. Portal de Desinformações da Amazônia. http://www.imazongeo.org.br/doc/downloads.php ITCG/PR. Produtos Cartográficos. http://www.itcg.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=47 MMA. Download de dados geográficos. http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm SOS Mata Atlântica. Atlas dos Remanescentes Florestais. http://mapas.sosma.org.br/dados/ Fonte: Dados da Pesquisa Esse site de repositório de dados vetoriais e de Raster pode ser acessado por dispositivos móveis, como celulares e smartfones, sendo de grande ganho tecnológico e de praticidade para uso em ambientes educacionais. Foi fornecido para os participantes um DVD gratuito com os dados referentes ao curso. Figura 76. Layout Site MinhaTeca-Curso de Capacitação Fonte: Pagina Minhateca do cursos de capacitação em Geotecnologia, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 18 O shapefile é um formato de armazenagem de dados vetoriais da Esri para armazenar a posição, formato e atributos de feições geográficas. É armazenado como um conjunto de arquivos relacionados e contém uma classe de feição. O formato "shapefile" é composto por três arquivos (shp, shx e dbf) que devem ser obtidos separadamente e armazenados em seu disco rígido. (ESRI,2014) 153 4.2. Procedimentos de Instalação e Download do QGIS: O Qgis pode ser encontrado em outros sistemas Operacionais e versões: Windows / MAC OS (LION+), Linux. WINDOWS 32 BITS http://qgis.org/downloads/QGIS-OSGeo4W-2.6.0-1-Setup-x86.exe WINDOWS 64 BITS http://qgis.org/downloads/QGIS-OSGeo4W-2.6.0-1-Setup-x86_64.exe MAC OS http://www.kyngchaos.com/files/software/qgis/QGIS-2.6.0-1.dmg PRÉ-REQUISITOS PARA MAC OS (LION +) http://www.kyngchaos.com/files/software/frameworks/GDAL_Complete-1.11.dmg http://www.kyngchaos.com/files/software/python/matplotlib-1.3.1-2.dmg Linux http://www.qgis.org/en/site/forusers/alldownloads.html#ubuntu Outra observação está ligada à instalação do programa. Primeiro o usuário deve observar a versão do seu programa (Windows 64 ou 32 BITS ou Versão Linux) para o download e instalação do programa como mostra as FIG.77. Figura 77. Layout do Windows 7-Instalação Qgis Fonte: instalação Qgis Windows7 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Basta o usuário ir à ABA Meu computador, botão direito do mouse. Em Propriedades irá se abrir uma ABA na qual serão fornecidas as características básicas do computador, como visualizado na FIG.77. Outra sugestão é quanto à instalação do programa. Alguns antivírus não permitem a sua instalação por “falsa detecção” de vírus. É recomendado, nesse caso, desativar o antivírus pelo período da instalação e reiniciá-lo após a instalação. 154 4.3. Instalação do QGIS 2.2 em Estações com Linux Ubuntu. Essa problemática foi levantada através de uma avaliação das infraestruturas complementares existentes nos laboratórios de informática em grande parte do Brasil, devido à vigência do Software livre Linux como norteador dos computadores distribuídos e usados no provimento das aulas de informática. Os principais chamarizes da adoção desse Software livre são programas específicos para educação; possibilidade de usar repositórios do Ministério da Educação e Cultura – MEC; e, o principal fator, reduzir os custos de implantação de Laboratórios de Informática nas escolas públicas da federação, como se pode verificar nas palavras de Stallman (2014) do site https://www.gnu.org. Em primeiro lugar, o software livre pode poupar dinheiro às escolas. Ele proporciona às escolas, como a outros usuários, a liberdade de copiar e redistribuir o software; então, o sistema escolar pode fazer cópias para todos os computadores que possui. Em países pobres, isso pode ajudar a acabar com a exclusão digital. (STALLMAN, 2014, p.01) Para fins práticos, a instalação do Qgis no Linux obedece a parâmetros específicos vistos a seguir. O Qgis, primeiramente, encontra-se disponível no Centro de Software do Ubuntu https://apps.ubuntu.com/cat/, como se pode observar na FIG.78 na área 1. Para tal, procura-se o software em aplicação, como pode ser observado na área 2 e clica-se em Instalar. Será feito o download apenas do software base devidamente instalado no computador do usuário. Figura 78. Site Qgis Ubuntu Linux Fonte: Pagina QGIS Linux. Dez, 2014 155 O próximo passo é relativo ao aplicativo GRASS, a instalação da aplicação que acrescenta muitas ferramentas e funcionalidades ao QGIS, denominado plugim qgis-plugin-grass que o site Qgis (2014) ilustra O complemento GRASS fornece acesso a bases de dados e funcionalidades do SIG GRASS. Isto inclui a visualização de camadas vetoriais e raster, digitalizar camadas vetoriais, editar atributos de vetores, criar novas camadas e analisar dados GRASS 2D e 3D com mais de 300 módulos do GRASS. (NANNI et al, 2014, p.149) Para isso basta o usuário grass640-6_0.6.4.0-6_all.deb fazer o na download página desse da ficheiro: web http://www.khattam.info/files/grass640-6_0.6.4.0-6_all.deb. A seguir, para instalar o pacote de informação, clica-se duas vezes no arquivo baixado. Depois da instalação do arquivo, deve-se ir ao Gestor de Pacotes Synaptic (Sistema > Administração) e procurar pelo qgis-plugin-grass. Selecionar o plugim e marcá-lo para instalação. Terminada a instalação do plugim, abrir o QGIS, ir a Plugins, Manage Plugins e GRASS (procurar e colocar o visualizado do lado esquerdo. Por último, clica-se em OK). Confirmar se a barra do plugim foi adicionada ao sistema de trabalho de desktop. O Qgis e o sistema de complementos estarão prontos para uso. Outra opção pertinente para instalação do Software livre Qgis no Linux, pode ser acessada no site do Qgis na área Linux – Ubuntu no endereço: http://www2.qgis.org/pt_BR/site/forusers/alldownloads.html#ubuntu. 4.4. Complementos Geotecnológicos do Qgis Em sua forma pura, o QGIS já possui ferramentas adequadas para o seu funcionamento normativo, porém, para um desempenho associado a inúmeras situações, cabe ao software apresentar ferramentas adequadas para trabalhos específicos. Assim sendo o programa possui um sistema de instalação de plugins ou complementos. 156 Primeiramente, deve-se certificar de estar conectado à internet, pois a mesma fará downloads pacotes para a instalação das ferramentas de cada extensão. Para isso, o primeiro passo é acessar o Menu Complementos, ir a Gerenciar e Instalar Complementos, como se pode observar na FIG.79. Figura 79. Qgis Complementos Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após esse procedimento, será aberta uma nova janela de complementos, na qual o usuário poderá visualizar os plugins que estão instalados, como visto em 1 na FIG. 80. Na área 2, o usuário poderá pesquisar os plugins de sua escolha. Na área 3, aparecerá o nome dos plugins, nesse caso, está-se visualizando os plugins profile tool. Pode-se observar que, ao se escolher a ferramenta, há um histórico para informação e especificidade dos plugins, como pode ser visualizado na área 4. Figura 80. Qgis Plugin Profile Tool Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 As próximas práticas geotecnológicas têm uma relação com a análise de mapas temáticos. Segundo Archela e Théry (2008) Na cartografia, os mapas têm características específicas que os classificam, e representam elementos selecionados de um determinado espaço geográfico, de forma reduzida, utilizando simbologia e projeção cartográfica. (ARCHELA; THÉRY, 2008.p 02) 157 Assim sendo o mapa temático intitula uma categoria de mapa que usa uma determinada variedade de formas gráficas (cores, hachuras e legendas) para apresentar dados. São utilizados para representar diferentes aspectos da sociedade como clima, relevo, hidrologia, economia, sociedade, ambiente de uma determinada área do território. 4.5. Atividades com o Software QGIS 4.5.1. Mapa Temático de Território no QGIS A primeira atividade a ser executada utilizando o programa Qgis é rotineira na maioria dos trabalhos desenvolvidos na área de Geotecnologia. Como primeiro procedimento, deve-se ir ao sistema Iniciar do Windows e procurar pelo atalho Qgis Desktop 2.2.0 como é mostrado na FIG. 81. Figura 81. Menu Iniciar Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após esse procedimento, irá aparecer o programa a ser usado Figura 82. Layout Qgis Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para o seu uso, basta somente clicar em OK no sistema de dicas ou ir ao próximo para se inteirar das dicas do programa sobre o seu uso em trabalhos geográficos. 158 Figura 83. Layout Qgis Selecionar os Dados SHP Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Em 1, adicionar uma camada vetorial. Em, 2 – selecionar os dados SHP. Em, 3 abrir o arquivo MINASGERAIS.SHP.FIG.84,85. Figura 84. Layout Qgis Anexo .SHP Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Figura 85. Layout Qgis Anexo SHP Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 159 Figura 86. Layout Qgis Mapa Minas Gerais Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Suponha que se queira demonstrar e construir um mapa de uma cidade de Minas Gerais, como exemplo, será construído o mapa do município da cidade de João Monlevade em Minas Gerais. Têm-se os seguintes processos: Primeiro deve-se clicar com o mouse, usando o botão direito. Logo após, escolhe-se a opção filtrar e clica-se nessa opção. Figura 87. Layout Site Qgis Filtrar Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Aparecerá a ABA na FIG.88, com ferramenta de consulta do arquivo, para obter-se a área da cidade. Escolhe-se a opção nome como pode ser vista na área 1, pede-se ao programa para selecionar todas as cidades do shapefile Minas Gerais, como pode ser observado em 2 e, após isso, pede-se para mostrar todas as cidades de Minas Gerais, como pode ser visto na área 4. 160 Figura 88. Layout Qgis Consulta Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Deve-se clicar 2 vezes em nome que aparecerá na seleção do sistema de Fornecedor de expressão de Filtragem Especifica. Faça o mesmo procedimento com a expressão (꞊) igual para selecionar somente a cidade de João Monlevade. Procura-se a cidade na ABA valores, como especificado na FIG.89 e clica-se 2 vezes. Figura 89. Layout Qgis - ABA Valores Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após isso, clica-se em OK, visto em 5, e visualiza-se a cidade. 161 Figura 90. Layout Qgis Visualização Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Observa-se que, em um primeiro momento, a cidade aparecerá fora de foco e de padrão para trabalhar, como visualizado em 1 na FIG.90. Sendo assim deve-se ir à ferramenta Ver Tudo, mostrada em 2, que mostrará o perímetro da cidade de João Monlevade em Minas Gerais. Figura 91. Layout Qgis Visualização do Perímetro da Cidade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Tem-se a área da cidade de João Monlevade no layout do programa, passa-se esse contorno para um mapa. Para elaborar o mapa com mais propriedade, deve-se ir à ABA propriedades e clicar. 162 Figura 92. Layout Qgis Propriedades do SHP Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após este sistema, Vai-se em estilo na ABA 1, estabelece-se o sistema de Estilo usando uma nova cor no mapa que neste caso será o branco na ABA 3, visualizado na FIG.93. Figura 93. Layout Qgis Renderização da Camada Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 163 Figura 94. Layout Qgis- Cor Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Com um OK, visto em 2, observa-se a transformação do Mapa.FIG.94. Figura 95. Layout Qgis – Camada Vazada Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Observa-se que o mapa apresentar-se-á na coloração indicada.FIG.95. Para rotular o mapa em questão, deve-se clicar sobre o mapa e ir à ABA Propriedades.FIG.96. 164 Figura 96. Layout Qgis. Nomeando o SHP Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Aparecerá a ABA com a área de rótulos, visto em 1. Deve-se marcar a opção nome, visto em 3. Após essa operação, clica-se em aplicar, selecionado em 4, e novamente clica-se em OK, visto em 5 na FIG.97. Figura 97. Layout Qgis – Rotular Camada SHP Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Assim pode-se observar, no mapa, o aparecimento do nome da cidade em questão que é a cidade de João Monlevade.FIG.98. 165 Figura 98. Layout Qgis Área da Cidade João Monlevade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para a convecção do mapa, vai-se em Novo compositor, destacado na FIG., e nomeia-se um título para o projeto que, nesse exemplo, é a cidade de João Monlevade. Figura 99. Layout Qgis – Novo Compositor Mapa Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Logo aparecerá uma nova ABA com sistema de composição do mapa, como pode ser visto na FIG.100 com ferramentas para desenvolvimento de um mapa, como adicionar imagem, escala, legenda, rosa dos ventos e uma tabela, se assim se desejar. 166 Figura 100. Layout Qgis Compositor Mapa Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Assim aparecera uma nova área para se inserir o mapa, que será confeccionado. Para isso, clica-se na ABA novo mapa e arrasta-se o mouse formando uma área de trabalho como visto na FIG.101. Figura 101. Layout Qgis Novo Mapa Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 A primeira operação para a convecção do mapa será o estabelecimento de um nome para este que, nesse caso, deverá ser Município de João Monlevade. FIG.102. 167 Figura 102. Layout Qgis Inserir Rosa dos Ventos Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O segundo fator será a implementação da rosa dos ventos no mapa. Clica-se na área adicionar imagem, visto em 1, e em uma área em branco do compositor. Surgirá uma área para inserir uma figura que, nesse caso, será a rosa dos ventos. Vai-se em propriedade do Item e clica-se na aba. FIG.103 Figura 103. Layout Site Qgis Inserir Rosa dos Ventos Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O terceiro elemento a ser inserido no compositor do mapa é a legenda, sendo que sua aba pode ser visualizada na FIG.104. O desenvolvedor do mapa tem a opção de renomear nome que está no rótulo da legenda com a ferramenta em forma de lápis, como pode ser observado no item 1. Nesse caso, renomeia-se o mapa para João Monlevade, como se pode observar no item 2. 168 Figura 104. Layout Qgis Inserir Legenda Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O quarto elemento tem como função o sistema de escalas gráficas do mapa, que pode ser incorporado com um clic na ABA escala em destaque na FIG.105. Como se pode notar, ao clicar em uma área em branco do compositor do mapa, a escala será inserida, visualizado no item 1, FIG.105. No campo 2, escolhe-se qual mapa será representado na escala, se quiser colocar mais de um mapa na área de composição, sendo observada a área onde se pode escolher o estilo do mapa. Para esse exemplo, foi escolhido o estilo simples de escala, no item segmento, que pode ser visualizado no número 4. Há o tamanho e a altura da escala que se quer, sendo que também o item segmento pode ser adequado ao mapa que está no compositor. Figura 105. Layout Qgis Inserir Escala Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O próximo elemento do mapa é a disponibilidade dos dados que tem a função de elucidar o local de onde foram retirados os elementos para a constituição do mapa. Para isso, clica-se sobre a área de formação de um texto, visualizado na área 1, 169 sendo que esse sistema de informação é denominado meta dados, como se pode observar na FIG.106. Nessa área, podem-se colocar dados, como autor do mapa ou elaborador, nome do local, fonte das informações e o sistema de Datum utilizado, sendo observado no campo 2. Na parte visualizada em 3, pode-se modificar o tamanho da letra ou o seu tipo para confecção do meta Dados. Meta Dados Nome: Município João Monlevade Datum: WGS 84 Fonte: IBGE Autor: Barros, Adriano José Figura 106. Layout Qgis Inserir Textos Meta Dados Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Assim, após a finalização, o mapa do Município de João Monlevade com sua delimitação desenvolvida pelo aplicativo Qgis será apresentado da seguinte maneira. Figura 107. Layout Qgis Mapa Final de João Monlevade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Tem-se mapa do território da cidade de João Monlevade. FIG.107 170 4.5.2. Mapa Temático Usando Google no Território QGIS. A próxima atividade irá unir duas ferramentas geotecnológicas, formando um referencial de localização e estudo do território geográfico de maneira tecnológica e didática, ampliando a visão do discente. Primeiro, adiciona-se a camada shepifile SHP mapa local. Figura 108. Layout Qgis Adicionar Camada SHP Mapa Local Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Acha-se o arquivo SHP que interessa, como visto na FIG108. Figura 109. Layout Qgis Adicionar Camada SHP-Minas Gerais Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 171 Ao abri-lo, pode-se observar o aparecimento do estado de Minas Gerais. Marca-se o SHP, clica-se com o botão direito e vai-se a filtrar observado na FIG.110 Figura 110- Layout Qgis Filtrar Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Será mostrado uma nova janela no layout FIG.111. Onde deve-se ir Campos, escolher nome, visto em 1. Colocar em Amostrar visto em 2. FIG.111 Clicar em tudo visto em 3, apareceram o nome de todas as cidades de Minas Gerais. Escolher a cidade de João Monlevade, visualizado em 4. FIG.111. Para operação basta. Clicar 2 vezes em nome, depois clicar 1 vez em =, visualizado em 8 e depois 2 vezes no nome da cidade escolhida. FIG.111 Será mostrada a seguinte operação nome = João Monlevade, no campo “Fornecedor de expressão de filtragem especifica”, visualizado em 5. FIG.111 Agora basta ir em testar visto em 6, neste caso ele irá retorna com a clausula onde retornou 1 linha, ou seja, 1 cidade. FIG.111 Nisso e só ir em OK visualizado em 7 e pronto. FIG.111 172 Figura 111. Layout Qgis Seleção Cidade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Observe que aparecerá o território da cidade de João Monlevade, para ajustá-la no layout, vai-se à ABA em forma de lupa em destaque. FIG.112 Figura 112. Layout Qgis Ver Tudo. Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Agora, usa-se a imagem do território de João Monlevade para fazer a manipulação com o Google satélite layer, clica-se em complementos, visto em 1; vai-se à área openLayer plugim, visto em 2; escolhe-se Add Google Satélite layer, visto em 3; e espera-se para a edição do mapa. FIG.113 Dependendo da velocidade da internet, a atividade será realizada em menos de 2 minutos, mas, para internet com velocidades baixas, a atividade será demorada. 173 Figura 113. Layout Qgis Add Google Satélite Layer Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após a criação, o resultado será este visto na FIG114, mostrado no layout o território da cidade em visualizado em 2. Outra observação é quanto ao observado em 1, observe-se que o SHP Google Satélite está em cima do SHP Minas Gerais que tem a cidade de João Monlevade. Figura 114. Layout Qgis Google Satélite Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para fazer a criação da área, deve-se primeiro colocar o SHP de Minas Gerais em cima do SHP Google Satélite, visto em 1. Observa-se o resultado da operação. 174 Tem-se o município de João Monlevade traçado no Qgis, como visto em 2, com o traçado do território. FIG.115 Figura 115. Layout Qgis Traçado Município João Monlevade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para finalizar, ir primeiro à ABA estilo selecionar a ferramenta transparência em 80%, visto em 1. Após isso usa-se uma cor nessa atividade. Usou-se o branco, como visto em 2. Com esse procedimento, vai-se a aplicar, visto em 3, e depois em OK, visto em 4. FIG.116 Figura 116. Layout Qgis Propriedades – Estilo-Transparência Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Apresenta-se assim o limite geográfico do território de João Monlevade em Minas Gerais, visto na FIG. 117. 175 Figura 117. Limite Geográfico João Monlevade com Qgis e Google Earth Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Como complemento, pode-se acrescentar uma nova ferramenta ao setor Complementos do programa Qgis, o Google Streets. Para isso, deve-se ir a Complementos, visto em 1, depois até a área openLayer plugim, visto em 2, escolher Add Google Streets layer, visto em 3, e espera-se para a edição do mapa. Ter-se-á a visualização de todas as ruas e áreas da cidade de João Monlevade em Minas Gerais FIG.118. Figura 118- Layout Qgis Google Street Layer Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O produto do SHP final será o mapa apresentado na FIG. 119, visto em 1. Para uma visualização adequada, usam-se as lupas de visualização do mapa, visto em 2. 176 Figura 119. Layout Qgis Aproximar e Afastar Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 4.5.3. Mapa de Análise do Relevo do Território no QGIS A próxima atividade terá como foco a união de ferramentas e atividades realizadas durante este artigo técnico, na qual, primeiramente, precisar-se-á da imagem de relevo da área da cidade de João Monlevade trabalhada durante a atividade Adquirindo uma imagem de relevo pela EMBRAPA, como mostra a FIG.120. Figura 120. Site EMBRAPA Imagem SE-23-Z-D Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 A denominação do arquivo é SE-23-Z-D. Esta carta possui a localização do território de João Monlevade, o segundo item para o desenvolvimento da atividade, e o SHP do território de João Monlevade, desenvolvido nas atividades Mapa temático de território no qgis. 177 Após a junção desses materiais, deve-se abrir o programa Qgis e fazer uma sobreposição das camadas SHP Monlevade e a camada matricial SE-23-Z-D reprojetada para o desenvolvimento da atividade. Figura 121. Qgis Adicionar Camada Raster Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Observa-se na FIG.121, que se acionará a ABA Adicionar camada Raster, vista na área 1. Após esse procedimento, procura-se a imagem no computador, como se pode visualizar na área 2, e clica-se em abrir, visualizado em 3. Após essa operação, será apresentada pelo Qgis essa imagem. Será apresentada a imagem em formato TIF da região em que se irá desenvolver o estudo como se pode visualizar na FIG. 122. Figura 122. Qgis Visualização Camada Raster Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após a apresentação, desenvolve-se uma visualização do relevo da região assim vai-se a Raster, visualizado em 1; procura-se análise de terreno, visto em 2; e aciona-se a ABA Relevo, visto em 3. FIG. 123. 178 Figura 123. Qgis Raster Analise de Terreno Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Irá surgir o layout de relevo no qual se procurará a área ou pasta que receberá a camada de saída, como se vê na FIG.124. Clica-se em 1. Em 2, escolhe-se o nome de saída. Figura 124. Qgis Salvando Projeto de Analise Raster Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Na FIG. 125, pode-se observar o nome da camada na área 1 e, em 2, observa-se se estará marcando a área na qual se adiciona o resultado no projeto. Em 3, marca-se Criar automaticamente e, em 4, será apresentado o resultado com as camadas distribuídas em cores diversificadas e os números correspondentes ao relevo da área. Clica-se em OK na área 5. 179 Figura 125. Qgis Analise Imagem Raster Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após alguns segundos, será apresentada uma nova imagem TIF criada com o relevo da região, como pode ser observado em 1 e visualizado em 2. FIG.126 Figura 126. Qgis Projeto Analise de Relevo Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O próximo passo é contextualizar a área da região com o território de João Monlevade. Para isso, vai-se a Adicionar camada vetorial e procura-se o SHP da cidade de João Monlevade, já desenvolvido neste capítulo do tutorial. 180 Figura 127. Qgis Propriedades da Camada Raster Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Como se pode visualizar, o SHP da cidade de João Monlevade foi anexado ao projeto. Uma observação importante é sempre ter o SHP do território em primeiro plano como se pode visualizar em 1 com a cidade de João Monlevade. Em seguida, deve-se ir à ABA de transparência e adequá-la à porcentagem de 75%, como visualizado em 2. Após esse procedimento, vai-se em 3, Aplicar e em 4 OK. O resultado será a visualização do território da cidade e sua área de relevo visto em 5. FIG.127. Figura 128. Qgis Aproximar Camada Raster da Cidade de João Monlevade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após usar o sistema de aproximação, visto em 1, aproxima-se o mapa do territorio de João Monlevade para a atividade, sendo visualizado adequadamente em 2. FIG.128. 181 O próximo passo é desenvolver um perfil de relevo da cidade de João Monlevade. Para isso, deve-se ter o plugim denominado terrain profile. Caso não o tenha, vai-se a Complementos, busca-se Complementos Python. Em busca, coloca-se o nome do Complemento Plofile Tool. Figura 129. Qgis Plugin Terrain Profile Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após instalar o plugim, seleciona-se a figura TIF a ser analisada, como se pode observar em 1. Em 2, pode-se visualizar a área que será analisada. Clica-se sobre a ABA do plugim terrain profile, visualizada em 3. Observa-se que a área em que será mostrado o perfil do terreno está vazia. Como próximo passo, traça-se uma linha com o mouse, após clicar no plugim terrain profile, como pode ser visualizado na área 3 da FIG.129. Após esses procedimentos, surgirá o perfil traçado do território escolhido, uma observação importante é atribuída à questão da distância que não terá as unidades corretas, como pode ser observado na área 3. Para ajustar a distância, deve-se ir à ABA Sistema de Referência de Coordenadas, visualizada na área 4. 182 Figura 130. Qgis Perfil Traçado do Relevo do Território Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Serão abertas as propriedades de projeção, escolhe-se uma projeção, de acordo com a área trabalhada na FIG.131, nesse caso, pode-se escolher, como exemplo, WGS 84 Zone 23 ou Sirgas 2000, como visualizado em 2. Após a escolha, aplica-se e dar Ok, como pode ser observado nas áreas 3 e 4, respectivamente. Figura 131. Qgis Propriedades de Projeção da Imagem Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após a escolha do sistema de projeção adequado, irá aparecer novamente a área como traçado na FIG 132. Repetem-se as mesmas recomendações e traça-se sobre a área de interesse, pode-se notar na FIG.132, na área em destaque, que a relação de distância converteu-se em metros. Para salvar é muito simples. Vai-se à area que demonstra terminações de arquivos, vizualizado em 1, em que se tem terminações, como PDF, PNG. Escolhe-se a que mais está de acordo com o propósito e salva-se, como visto na área 2. 183 Figura 132. Qgis Salvando Imagem de Analise Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 No final, o usuário irá obter a imagem demostrada na FIG.133, com um perfil de relevo do território estudado. Figura 133. Qgis Perfil do Território Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Essa nova ferramenta de estudo, com foco na Geologia de um determinado território feito geotecnologicamente, aborda uma nova visão do tema, associando o relevo, abordando assuntos pertinentes da constituição interna da Terra e seus fenômenos. Com ajuda do programa, será estimulada a instigação pela estrutura geológica do território do aluno e suas identificações químicas e físicas. O aluno verá uma ligação no que estará aprendendo e terá uma visão da sua interação com o seu meio e sua paisagem, pois terá como parâmetro de compreensão um produto desenvolvido pelo seu aprendizado no viés geotecnológico em complemento ao seu intelecto. Outra ferramenta interessante e prática na reflexão do ensino com foco na Geologia é o estudo da Geografia no território que se denomina análise de terreno, por meio da ferramenta extração, que possui como funcionalidade a extração de curvas de níveis de um território com uso de uma imagem TIF da área. Para essa atividade tem-se que ter uma imagem TIF que, nessa atividade, será a da região de João Monlevade, representada em SE-23-Z-D. Para anexá-la ao projeto, 184 desenvolve-se o mesmo procedimento usado na atividade anterior, sendo representada pela FIG.134. Figura 134. Qgis Imagem Raster Curvas de Níveis Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após esse procedimento, deve-se ir à aba Raster, visualizada em 1. Procura-se a ferramenta extração, visualizada em 2, e aciona-se os plugins contorno, visto em 3. FIG.135 Figura 135. Qgis Extração de Contorno da Imagem Raster Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Ao clicar na ABA Contorno, será aberta uma nova caixa de visualização com a finalidade de depositar-se o projeto desenvolvido pelo Qgis. Para isso, deve-se apenas selecionar, como pode ser visto no campo 1. Será aberta uma nova caixa onde se escolherá o melhor lugar para inserir o projeto no computador, visto em 2. Após isso, deve-se escolher um título para o projeto, visto em 3. Clic em gravar em 4. Aciona-se o OK em 5. FIG.136. 185 Figura 136. Qgis Inserir SHP para Extração de Contorno Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após esse procedimento, deve-se ir à em intervalo entre linhas de contorno, visualizado em 2; escolher o valor que neste exemplo será 50,00, marca nome do atributo e carregar na tela ao concluir como pode ser visualizado nos campos 2 e 3, respectivamente. Aciona-se o OK em 4. FIG.137. Figura 137. Qgis Carregar Sistema Extração de Contorno Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Se todos os procedimentos automatizados do Qgis ocorrerem de forma positiva, será aberta uma janela sinalizando o OK para a obtenção do projeto. FIG.138. 186 Figura 138. Qgis Finalização Extração de Contorno da Imagem Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para completar a atividade, deve-se ir ao novo SHP criado, clicar com o botão direito, ir a propriedades, procurar a ABA estilo, visualizada em 1; escolher a opção graduado, visualizado em 2; escolher a coluna que, nesse caso, é ID, visualizado em 3; escolher as classes, visualizado em 4; clicar em classificar. Feitos esses procedimentos, tem-se a classificação, como visualizado em 6. Para finalizar, vai-se a aplicar e Ok, como pode ser visualizado nos campos 7 e 8, respectivamente. FIG.139. Figura 139. Qgis Estilo Graduando Imagem Raster Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Assim, após alguns segundos, serão apresentadas as curvas de nível da região pesquisada. FIG.140. 187 Figura 140. Qgis Curvas de Nível Imagem Raster Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para complemento da atividade, o objetivo é mostrar o territorio e o sistema de curvas de Nível da região em que se está inserido. Assim anexa-se o Shapefile – Shp da cidade de João Monlevade no projeto, vai-se a adicionar uma camada vetorial, seleciona-se o shp monlevade final, que será apresentado. Percebe-se que o território apresenta-se com uma coloração que prejudica a análise. Altera-se isso, indo a propriedades, mas agora deve-se escolher o shp monlevade final, irá abrir uma nova janela, vai-se a estilo , visualizado em 1, escolhe-se uma nova cor, que nesta atividade será o branco, como se pode visualizar em 3 e clica-se em OK, visto em 4. Deve-se ir à transparência, visualizado em 5, usar-se 75%, aplicar e ok, visualizados respectivamente em 6 e 7. FIG.141. Figura 141. Qgis Adequação SHP João Monlevade Fonte: adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 188 Após os procedimentos, serão visualizadas no layty do programa as curvas de níveis e a região da cidade de João Monlevade para estudo, como se pode observar em destaque na FIG.142. Figura 142. Qgis Localização do Território de João Monlevade Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 O usuário que tem a finalidade de expor e analisar juntos ao seus docentes a questão territorial da cidade, caracterizando o seu relevo e suas curvas de nível, irá nomear as curvas de níveis com seus respectivos valores. Figura 143. Qgis Curvas de Nível da cidade de João Monlevade Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Para esse procedimento, clica-se com o botão direito do mouse sobre o shapefile que foi o resultado das curvas de nível, como pode ser visto em 1; escolhe-se rótulos, 189 visto em 2; marca-se rotular está camada, como pode ser visto em 3; e escolher id. Logo após essa operação, clica-se em aplicar e OK. Figura 144. Qgis Rotulação da Imagem Sistema de Elevação Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Após esses procedimentos, pode-se observar a numeração das curvas de nível da região. Observa-se o contorno da cidade de João Monlevade ao centro da imagem estudada, sendo visualizada na FIG.145. Figura 145. Qgis Imagem Rotulada Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 190 Usam-se as ferramentas adequadas para criação do mapa, como pode ser visto nos tutoriais sobre mapa temático no QGIS, adicionando legenda, Titulo, rosa dos ventos e escala. Assim observa-se na FIG.146 o mapa de curvas de nível da cidade de João Monlevade concluído. O município possui uma altitude média de 580,57 metros sendo localizado a 719 metros acima do nível do mar. O ponto culminante do município está na Serra do Seara, onde a altitude chega aos 1.300 metros observado na FIG 146. Na cidade predomina-se um relevo montanhoso, sendo que em 68% do território municipal situa-se em domínios de mares de morros. 20% está em áreas onduladas e os 12% restante é de terrenos planos. (IBGE,2003) Figura 146. Qgis Mapa das Curvas de Nível de João Monlevade Fonte: da pesquisa, adaptado no QGIS2.2.0 por, Barros. Adriano. J. Dez, 2014 Essa nova ferramenta de estudo com foco na Geologia de um determinado território feito geotecnologicamente aborda uma nova visão do tema, associando o relevo, abordando assuntos pertinentes da constituição interna da Terra e seus fenômenos. Com ajuda do programa será estimulada a instigação pela estrutura geológica do território do aluno e suas identificações químicas e físicas. O aluno verá sentido no que está aprendendo e terá uma visão da sua interação com o seu meio e sua paisagem. 191 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este produto consiste em uma ferramenta frente às questões dinâmicas e mutáveis da tecnologia no mundo e suas articulações no caminho do progresso nos setores educacional e social. Hoje se observa uma interação entre a tecnologia e a educação materializada na Geotecnologia, que imprime ao profissional uma ferramenta que possibilita não só o seu desenvolvimento intelectual, mas sua reflexão frente à tecnologia e ao progresso. As Geotecnologias caracterizam-se por ser uma diversidade de estruturas didáticas com várias faces que abrangem na vivência do profissional um novo paradigma no desenvolvimento de possibilidades para a sociedade humana. Neste produto, constata-se o uso dessas ferramentas de forma didática e criativa, realizando técnicas em softwares como o QGIS e instrumentos geotecnológicos como o GPS. A Geotecnologia estimula e constitui uma aprendizagem tecnológica e didática no meio educacional, com potencial para ser um sistema interdisciplinar de multitarefas, como pode ser apurado no texto técnico, contribuindo de forma efetiva para o processo de ensino e aprendizagem. 6. REFERÊNCIAS ARCHELA, R. S.; THERY, H. . Orientação metodológica para construção e leitura de mapas temáticos. Confins (Paris), v. 3, p. 1-14, 2008. BERNARDI, J. V. E.; LANDIM, P. M. B.. Aplicação do Sistema de Posicionamento Global (GPS) na coleta de dados. DGA, IGCE, UNESP/Rio Claro, Lab. Geomatemática, Texto Didático 10, 31 p., 2002. Disponível em <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/textodi.html>. Acesso em: 25 de junho 2008. DI MAIO, A. C. Conceitos de Geoprocessamento. SIG aplicado ao ordenamento territorial municipal. Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF. Rio de Janeiro, 2008. 79 f. FAUNALIA LDA. Workshop de introdução aos SIG com QGIS. Lisboa. Junho 2014. 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O ponto de debate da pesquisa instaura-se em vários fatores, como a falta de tempo para o professor estabelecer um complemento evolutivo em sua ciência, a falta de cursos com viés de capacitação aos professores na proximidade do seu território e até mesmo o interesse em se aperfeiçoar por não ter motivações externas figurada no reconhecido profissionalmente e monetário e motivação interna figurada no desejo de uma progressão acadêmica. Ainda se evidencia na pesquisa a fragilidade e a falta de estrutura dos complexos educacionais com poucos ou nenhum recurso para se desenvolver a ciência geotecnológica. Esses fatores entrelaçados ajudam a estabelecer um cenário no qual as geotecnologias não são de caráter prioritário para 194 algumas entidades educacionais visualizado principalmente em nível estadual e municipal, seja por falta de verbas ou vontade política dos administradores públicos. Diante dessas premissas, entende-se a relevância do incentivo da pesquisa por parte dos pesquisadores que se deva instigar não só os sujeitos da pesquisa no seu desenvolvimento contínuo, mas também promover a construção de conhecimentos que contribuam para a formação deste profissional por meio de desenvolvimento de ferramentas como a capacitação geotecnológica com o produto técnico desta pesquisa. Espera-se que esse trabalho possa contribuir também para projetos futuros. Com sugestões para uma revisão futura, destacam-se: a constante análise tecnológica com vínculo aos programas geotecnológicos em destaque no produto técnico como o programa QGIS que possuem estruturas de plugin atualizadas periodicamente, a fim de endossar a tese aqui discutida. 8. REFERÊNCIAS 24 Time zones. Disponível em http://24timezones.com/hora_certa.php Acesso em: 24.jul.2014. A; BALDO M; FUZARO, A; SILVA, A; SOUZA, M. Comunidades Virtuais para a Formação de Educadores: buscando uma escola inclusiva. 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Novas Portas e Janelas para o Conhecimento. Revista Linha Direta. Belo Horizonte. p.72-74, ago., 2013. 202 SUERTEGARAY, D. M. A. Geografia e Interdisciplinaridade Espaço geográfico: interface natureza e sociedade: Geosul. Florianópolis, v.18, n. 35, p. 43-53, jan./jun. 2003. SUERTEGARAY, D. M. A. Pesquisa de campo em Geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 4, n. 7, 2002. TOFFLER, A. A terceira onda. São Paulo: Editora Record, 1995. TOFFLER, Alvim; TOFFLER, Heidi. Criando uma nova civilização: a política da terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 2003. TUAN, Y. 1983. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Editora Difel. UBUTU.org Disponivel em https://apps.ubuntu.com/cat/Acesso em: 25.jul.2014. Ustream TV. Disponível em http://www.ustream.tv/channel/iss-hdev-payload Acesso em: 24.jul.2014. VAZ, P.R.G. Esperança e excesso. In: Encontro anual da associação nacional dos programas de pós-graduação em comunicação social, 9. Anais... Porto Alegre: FAMECOS-PUCRS, 2000. 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Curitiba: Geodésia. 2007. Disponível em http://www.georeferencial.com.br/old/material_didatico/apostila_geodesia_UFPR.pdf. Acesso em jan.,2015. 203 APÊNDICE A. ACESSO AO SITE DO INSTITUTO DE PESQUISA ESPACIAL INPE Primeiro Passo Observa-se o menu do lado esquerdo. Coloca-se o mouse sobre o item “Dados de Satélite” e aparecerão as opções. Fig.- 01 Site INPE Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Agosto, 2014 Fig.- 02 Site INPE Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Agosto, 2014 Segundo Passo Será aberta a ABA “Catálogo de Imagens CBERS” e “Catálogo de Imagens LANDSAT”. E também “RESOUCERSAT”. 204 Fig.- 03 Site INPE Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Terceiro passo Na parte superior do SITE, pode-se observar a parte denominada CADASTRO. Dá-se um clique nessa opção e abrirá o sistema de cadastramento do site. Será aberta essa ABA com o sistema de cadastro. Fig.- 04 Site INPE Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Na ABA cadastro, serão requisitadas questões comuns para preenchimento cadastral, como nome, usuário e senha e questões pessoais como endereço. Uma dica para 205 preenchimento é colocar um usuário e uma senha de fácil lembrete, Na organização, pode-se colocar sistema Federal, Estadual ou Municipal. Fig.- 05 Site INPE Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 Após o preenchimento, o cadastro será mostrado. Fig.- 06 Site INPE Fonte: INPE, adaptado por, Barros. Adriano. J. Outubro, 2014 206 APÊNDICE B :Questionário para professores de Geografia CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DIRETORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E FORMAÇÃO CONTINUA DA MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL. DIRETORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E FORMAÇÃO CONTINUA DA. MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO Projeto de Pesquisa: Geotecnologias, Ensino Médio e Desenvolvimento Local: Desafios para o Ensino de Geografia. Caro colega professor de Geografia, Este formulário integra uma pesquisa para fins de conclusão do curso de mestrado, que está sendo realizado na UNA, em Belo Horizonte, sob a orientação da Orientadora Drª Adilene Gonçalves Quaresma. Você não precisa se identificar. Como contrapartida e em agradecimento à sua inestimável colaboração, proponho-me a disponibilizar para você os resultados desta pesquisa. Agradeço desde já a colaboração nesta pesquisa. QUESTIONÁRIO PARA O PROFESSOR Questionário aplicado para a coleta de dados que servirão para identificar de que forma os professores das escolas pesquisadas de João Monlevade estão utilizando as Geotecnologias. Escola : _______________________________________________________________ Professor: ______________________________________________________________ 1. Formação acadêmica ( ) Graduação ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Pós-Doutorado 207 2- Possui alguma formação voltada para o ensino da Geografia sobre Geotecnologia? ( ) Sim ( ) Não 3 -Há quanto tempo participou de capacitações Ferramentas geotecnológica e a geografia? ( ) menos de 1 ano ( ) 2 anos ( ) 2 a 5 anos ( ) 6 e mais anos ( ) Nunca participei Voltada para a integração das 4- Como você classificaria as capacitações tecnológicas com foco no ensino mediado pela geotecnologia? ( ( ( ( ( ) Insuficiente ) Regular ) Bom ) Muito boa ) Excelente 5- Houve alguma oferta de cursos, oficinas, por Iniciativa de sua escola, para Sanar as dificuldades dos professores em integrar as ferramentas geotecnológicas em suas práticas em sala de aula? ( ) Sim ( ) Não 6- Você apresenta dificuldades em incorporar as nov as ferramentas tecnológicas no ensino da geografia? ( ) Sim ( ) Não 7- Você se considera totalmente apto a utilizar as geotecnologias em suas práticas em sala de aula? ( ) Sim ( ) Não 8- Classifique a situação atual de sua escola quanto ao uso da internet, tendo em Vista a utilização das ferramentas geotecnologias no processo de ensino-aprendizagem da geografia? ( ) Insuficiente ( ) Regular ( ) Bom ( ) Muito boa ( ) Excelente ( ) Inexistente 208 9- Classifique o espaço (físico) de sua escola atual, quanto à possibilidade do ensino –aprendizado da geotecnologia: Ex: uso do GPS ( ) Insuficiente ( ) Regular ( ) Bom ( ) Muito bom ( ) Excelente ( ) Inexistente 10- Avalie os recursos tecnológicos atuais de sua escola quanto a possibilidade do ensino –aprendizado da geografia mediado pela geotecnologia: ( ) Insuficiente ( ) Regular ( ) Bom ( ) Muito bom ( ) Excelente ( ) Inexistente 11-Ja participou de algum projeto interdisciplinar que coube o uso da Geotecnologia? Se sim com qual matéria: ( ) Matemática ( )Português ( ) Geografia ( ) História ( ) Física ( ) Química ( ) Religião ( )Biologia 209 APÊNDICE C: Roteiro de Entrevista Roteiro de entrevista estruturada para Professores de Geografia CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DIRETORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E FORMAÇÃO CONTINUA DA MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL DIRETORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E FORMAÇÃO CONTINUA DA MESTRADO PROFISSIONAL EDUCAÇÃO 1. O que você já conhecia antes do curso sobre geotecnologia? 2. Qual a contribuição da geotecnologia para o ensino de geografia? 3. Quais capacidades você acredita que podem ser desenvolvidas no aluno com o uso das geotecnologias no ensino de geografia? 4. Como o que você aprendeu no curso vai melhorar a sua prática educativa no ensino de geografia? 5. Na sua formação de licenciatura em Geografia havia alguma disciplina sobre geotecnologia? 6. Você acredita que há resistência por parte de alguns professores de geografia em integrar as ferramentas tecnológicas/ em suas práticas educativas? Sim ou Não? Justifique. 7. Quais as dificuldades que os professores de geografia encontram quando buscam fazer a incorporação das ferramentas das geotecnologias em suas práticas educativas? Você tem dificuldade? Quais? 8. Quais os pontos positivos do curso? 9. Quais os pontos negativos do curso? 10. Quais sugestões você teria para o aperfeiçoamento do curso? 210 APÊNDICE D- Projeto do Cursos de Capacitação UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS FACULDADE DE ENGENHARIA CAMPUS JOÃO MONLEVADE CAPACITAÇÃO EM GEOTECNOLOGIA Município de João Monlevade - MG Equipe de Execução: Adriano Jose de Barros- Orientador Resumo A tríade Ensino, Pesquisa e Extensão são os pilares de sustentação para a atividade acadêmica no âmbito da universidade. Neste sentido, o presente projeto tem como objetivo oferecer subsídios em uma atividades de extensão, ensino e pesquisa do Projeto de Extensão “Geotecnologias na Geografia “, desenvolvido no Curso de Engenharia Ambiental e Minas do Campus Avançado da cidade de João Monlevade Minas Gerais, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) campus Monlevade, realizar pela universidade curso de capacitação e desenvolvimento de geotecnologias no ensino médio, a realização de O referido projeto vem desempenhado o papel que lhe é atribuído no contexto sócio espacial da cidade de Joao Monlevade, ao articular o ensino e a pesquisa na busca de melhorias para a educação local e para a formação de profissionais qualificados e desenvolver o sistema local na estrutura educacional . Palavras-chave: Extensão Universitária; Ensino de Geografia; Geotecnologia; Ensino Médio. 211 2. Justificativa e sua Relevância Social no Território. O projeto proposto visa possibilitar a socialização de propostas pedagógicas construídas em espaço acadêmico, como direção à (re) significação da cultura geográfica entre professores da educação básica e do ensino superior. O intercâmbio entre saberes de formação docente e a prática pedagógica escolar fortalece a meta de todos os envolvidos no processo de melhoria da qualidade educacional, mobilizando os sujeitos desta construção – os professores articulando o espaço local fortalecendo suas estruturas educacionais e tecnologias educacionais. A prática pedagógica, em espaço escolar, exige mudanças metodológicas como caminho à busca do envolvimento ao processo de construção do conhecimento. Este estudo tem como objetivo geral promover o processo de (re) adaptação e conhecimento da cultura geográfica no viés da geotecnologia nas escolas de Educação Básica da cidade de Joao Monlevade, Minas Gerais, como possibilidade de construção de saberes por meio da extensão universitária. Esta ação extensionista tenciona ainda conhecer conceitos geográficos e Geotecnológicos construídos entre professores; conhecer metodologias desenvolvidas no ensino de geografia; proporcionar o conhecimento e análise teórica-prática do ensino de geografia, e disseminando o saber na sociedade Monlevadense. DESENVOLVIMENTO A educação superior apresenta funções básicas de ensino, pesquisa e extensão. O espaço acadêmico possui a função primeira de gerar saberes. O fazer acadêmico apresenta, portanto o sentido expressivo de interação com a vida social. A extensão universitária dás universidades públicas do Brasil representa produto de intervenção a partir da e na realidade social. Há, nesta dimensão acadêmica, princípio de transformação social, em firme exercício cooperativo de construção de conhecimento. Este intercâmbio produtivo entre sociedade e educação superior, proporciona um conjunto de análises teórico-práticas em torno da cultura e saberes, tanto popular, quanto sistematizado. Nesta trajetória de produção de conhecimentos, os cursos de formação à docência contribuem na formação inicial, mas também na formação continuada de profissionais de ensino 212 O processo de formação para a docência abrange o conhecimento da realidade educacional, em meio a um movimento de dialógico com a cidade entre a teoria e a prática e pensamento e ação que se disponibiliza ao ser através da vivencia. Dessa forma, a abordagem geográfica, em sala de aula, deve se dar de forma holística e contextualizada para que os alunos compreendam a riqueza desta ciência. Logo, cabe ao professor inovar e problematizar os conceitos geográficos tornando a disciplina interessante e envolvendo os alunos, ou seja, é fundamental o professor buscar, pesquisar, investir em formação continuada, atualizando-se e contribuindo para construção da cidadania e da aprendizagem significativa dos alunos, objetivo maior da educação como um todo. O currículo escolar integra múltiplas áreas do conhecimento, dentre estas, está a Geografia com o seu braço tecnológico denominado geotecnologia que estrutura um saber geográfico integral de suma importância para perceber a realidade na perspectiva de incorporação da noção de espacialidade. As práticas escolares caracterizadoras do ensino de geografia contribuem, em seus fundamentos teórico-metodológicos, a uma análise contextualizada do entorno social, tanto local como global, sobre uma atitude relacional de tempos e espaços sujeitos à possibilidade de transformação do território. OBJETIVOS mapeamento no que tange ao recurso naturais e artificiais e uso e ocupação territorial do solo do Município de João Monlevade em Minas Gerais; -aprendizagem no que tange ao recurso Geotecnologicos e uso e o uso dessa tecnologia didática no Município de João Monlevade para os professores da rede pública; ação e desenvolvimento de mapas geotecnologicos com programas ligados a geotecnologia; o uso do GPS. OBJETIVOS ESPECÍFICOS gratuito denominado Qgis na construção de mapa e análise dos mesmos; 213 cartográficos em formato shapefile para uso e construção de mapas Geotecnologicos em ferramentas de geoprocessamento. didática das Geotecnologicas através de programas como o Google Earth; atribuições; adquiridos pela ferramenta geotecnologiaca denominada GPS pelo programa geotecnologico Trekmek. Geotecnologia com usos pertinentes a matérias do CBc de geografia; Quadro 1: Lista de Cursos de Extensão. Cursos de Extensão em Geotecnologia. Nome / Autor Carga Horária Participantes Temática Introdução/GPS 02 horas 17 Introdução programa Meker 01 horas 17 Google Earth; 01 hora 17 Ampliar e introduzir o conhecimento sobre a conceito de espaço geográfico através do recurso tecnológico GPS Introduzir ao conhecimento de aplicação e organização de dados geográficos obtidos por forma de GPS Introduzir ao conhecimento de aplicação e organização de elementos geográficos obtidos por forma do Google Earth Qgis 02 horas 17 ao Trek Desenvolver e relacionar conhecimentos da área da geografia usando um programa livre de geoprocessamento. Metodologia O curso terá início com a pré-seleção de candidatos da sociedade para o curso, sendo inteirado neste projeto que o participante terá que ter um vínculo nas escolas estaduais e municipais da cidade como professor de geografia. Os selecionados começarão as aulas teóricas ministradas por professores e alunos da faculdade, oferecendo-os uma iniciação técnica e profissional. Os alunos serão selecionados de acordo com o perfil socioeconômico, falta de formação ou desemprego, interesse do aluno, disponibilidade horária, idade e escolaridade. A primeira parte do curso que se originara a prática, que deverá contar com levantamento de questões de cunho geográfico referente a representação da Terra 214 enfocando e explorando principalmente a linguagem cartografia por meio de projeções, mapas estes fatores serão de suma importância para o desenvolvimento de uma base técnica para operacional as ferramentas geotecnologias. Na segunda parte irá apresentar aplicações da geotecnologia com ferramentas relacionadas a localização no planeta como o GPS e demostrar o tratamento de dados originados de tal sistema com programas relacionados para tal tarefa a terceira parte terá como foco sites de conteúdo geotecnologia e sua relação didática com matérias desenvolvidas no PCNs nível Brasil e o CBCs nível estado de Minas Gerais a quarta ira demostra a obtenção de dados em formados de leitura adequados para o usos dos softwares de geoprocessamento que serão utilizados na quarta parte a obtenção de imagens de satélite para uso didático a quinta e última parte do tutorial terá como enfoque principal demonstração e aplicação de software relacionados ao geoprocessamento com elaboração de mapas e tratamento de dados no ambiente Geotecnológico para uso educacional. Relações de materiais de consumo Este trabalho justifica-se pelo fator social e educacional que desempenhará na capacitação dos docentes de geografia que afetara de forma direta e indiretamente a comunidade local do município de João Monlevade, pois serão jovens e adultos de diferentes níveis de ensino que através dos seus docentes de ensino de geografia vislumbraram uma tecnologia didática que evolucionará seu saber conteudista. Quantidade Unidade Item Valor Unitário R$ Valor total R$ Material de consumo 01 Um Folha de papel A4 – pacote 500 folhas 13,00 13,00 20 Um DVD R 1,00 20,00 215 Material Permanente 01 Um Impressora HP Deskjet 2000 170,00 170,00 01 Um Notebook 1.299,00 1.300,00 Samsung NP 01 Um Quadro Branco 1.000,00 1.000,00 01 Um DataShow 1.500.00 1.500.00 MATERIAL TOTAL 4.003,00 Quando disponibilidade de material e de interesse e saber que os materiais permanentes mencionados no sistema de custo do projeto como a Impressora HP Deskjet 2000, Notebook Samsung NP, Quadro Branco, Data Show já se encontram a disposição e na universidade o material referente a Folha de papel A4 – pacote 500 folhas e DVD R para convecção de um tutorial serão da responsabilidade do tutor; sendo que seu escopo no projeto se dá para notificação de uso durante o curso de 02 dois dias na dependência da universidade de Minas Gerais. Público Alvo riamente das escolas públicas; Resultados Esperados. O resultado ou processo final esperado pelo curso de capacitação em geotecnologia será a evolução e a conscientização do docente de geografia que terá a partir desse aprendizado novos indicativos e um novo rumo do saber que poderá adequar em seus ensinamentos relacionando vários pontos da geotecnologia com o mundo real em sala de aula esticando a curiosidade do aluno e desenvolvendo o seu aspecto crítico e levantando perspectivas relacionadas a sua vivencia em um sentido conectado com o saber geoecológico. 216 Cronograma do Projeto. O prazo de planejamento, execução e conclusão da pesquisa está previsto para 04 meses de trabalho, com início no em Setembro de 2014 e conclusão em Dezembro de 2014. Atividades/ Meses 2014 J F M A M J J A x x x x S O N Aulas teóricas x x Aulas práticas x x D Elaboração do projeto Pesquisa Bibliográfica Encaminhamento do Projeto x Construção de técnicas x Seleção de candidatos / x professores Entrega dos diplomas x Divulgação dos resultados x Referência Bibliográfica BRASIL, PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais: do Ensino Médio. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério d a Educação. Brasília. Brasil.1999. CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. Introdução à Ciência da geoinformação . 2. ed. São José dos Campos: INPE, 2001. CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004. FANI, Ana A. C. A Geografia na Sala de Aula. Editora Contexto. 2011. PNLD – Programa Nacional do Livro Didático. Ministério da Educação e Cultura do Brasil. Brasília: MEC/SEF, 1999. ROCHA, César Henrique Barra. Geoprocessamento: Tecnologia Transdisciplinar. Juiz de Fora. NEVES, José Luiz. Pesquisa Qualitativa: Características, usos e possibilidades, 1996. Disponível em http://www.ead.fea.usp.br/Cad-pesq/arquivos/C03-art06.pdf. Acesso em Outubro de 2013. ROSA, Roberto. Geotecnologias na Geografia aplicada. 2005. Revista do 217 Departamento de Geografia. Disponível em: http://www.geografia.fflch.usp.br/publicacoes/RDG/RDG_16/Roberto_Rosa.pdf.Ace sso em Outubro de 2013. VALENTE, J.A. O uso inteligente do computador na educação. Pátio revista pedagógica editora Artes medica Sul, Campinas, v. 1 n. fevereiro 2001. VESENTINI, José Willian. Educação e ensino de geografia: instrumentos de dominação e/ou libertação. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Editora Contexto, 2002. VIEIRA, Maria Alexandra. Perspectiva crítica sobre as TIC num contexto escolar. Braga, 2005. 218 APÊNDICE E- PLANO DE AULA DO CURSO DE CAPACITAÇÃO DADOS DO CURSO Nome do curso de Extensão: INTRODUÇÃO A GEOTECNOLOGIAS Carga Horária Semestral: 06 Créditos: 000000000000000 Docentes Responsáveis: ADRIANO JOSÉ DE BARROS EMENTA GEOTECNOLOGIAS: DEFINIÇÕES E PRINCIPAIS APLICAÇÕES. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS. REPRESENTAÇÕES COMPUTACIONAIS DE MAPAS. MODELAGEM DE DADOS EM GEOPROCESSAMENTO. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS PARA ANÁLISE AMBIENTAL E MANEJO DE RECURSOS NATURAIS. MÉTODOS QUANTITATIVOS DE ANÁLISE DOS FATORES ESTRUTURAIS E DO USO E COBERTURA DO SOLO. IMPLEMENTAÇÃO DE BANCOS DE DADOS E SISTEMA DE GPS OBJETIVO Familiarizar os alunos com o mundo (conceitos e dados) da Geotecnologia, proporcionando uma visão mais ampla dos recursos e facilidades por ela oferecidas, assim como definir o perfil do profissional da área da educação. Metodologia de Ensino AULAS TEÓRICAS As aulas teóricas serão ministradas de forma expositiva-dialogada. AULAS PRÁTICAS As aulas práticas serão desenvolvidas no laboratório de informática, onde cada aluno desenvolverá um Banc o/Projeto em forma de Tutorial em um SIG . AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM Será entregue aos professores um modelo de pratica com geotecnologia para ser elaborado nas escolas afins. RECURSOS DIDÁTICOS Quadro branco e pincel atômico. Livros e revistas. Microcomputador e Datashow. 219 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ITEM EMENTA CONTEÚDO 1 Definições e principais aplicações de Geoprocessamento. 2 Sistemas de Informações Geográficas. 3 Representações computacionais de mapas. 4 Modelagem de dados em geoprocessamento. 5 Sistemas de informações geográficas para análise ambiental e manejo de recursos naturais. 6 7 Definições e aplicações de geoprocessamento. Características funcionais, estrutura e componentes do SIG; Fundamentos de cartografia básica; Principais exemplos de aplicações do SIG; Como criar e modelar um banco de dados e projeto num SIG. Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG; Operações de contraste e criação de imagem sintética; Segmentação e classificação de imagens para geração de mapas temáticos; Edição de carta para impressão. Métodos quantitativos de análise dos fatores estruturais e do uso e cobertura do solo. Implementação de bancos de dados georreferenciados para o planejamento ambiental. Modelagem de dados geográficos; Capturar e georreferenciar imagens digitais. Importação e operação com dados para o MNT - Modelo Numérico de Terreno. Geração de imagem para , mapa de declividade e mapa hipsométrico; Elaboração e interpretação de mapas temáticos (Pedologia e Geologia). Edição e execução de Programa LEGAL para mapa de aptidão; Mapa de distâncias, cálculo de área e operações sobre mapas; Tabulações cruzadas, análise de menor custo. Criação e modelagem de Banco de Dados em um SIG. NOME DO PROFESSOR TURMA Curso de capacitação Adriano Jose de Barros ANO/SEMESTRE 2014/2° Semestre CARGA HORÁRIA (aulas) AT 01 AP 03 APS 01 AD 01 AT: Atividades Teóricas, AP: Atividades Práticas, APS: Atividades Práticas Supervisionadas, AD: Atividades a Distância. Total 06 220 PROGRAMAÇÃO E CONTEÚDOS DAS AULAS (PREVISÃO) Dia/Mês ou Semana Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Quinta Númer o de Aul as Conteúdo das Aulas Apresentação do plano de ensino da disciplina Definições e aplicações do geoprocessamento no planejamento ambiental SIG: Conceitos e definições; estrutura, funções e componentes SIG: Conceitos e definições; estrutura, funções e componentes Componentes de um SIG e os métodos de entrada de dados: Mapas, Cartas, GPS, Topografia, Sensoriamento Remoto Imagens de Setélites e Fotografias Aéreas Apresentação e leitura de cartas topográficas Conceitos cartográficos: Linguagem, Projeção cartográfica, Formas de representação da Terra Geóide, Elipsóide; Datum vertical e horizontal Conceitos cartográficos básicos: Coordenadas geográficas e planas; Escalas Escalas Cartográficas Resolução de Exercícios. Estrutura de um SIG e Dados vetoriais e matriciais. Demonstração de SIGs como o Global Mapper e o Spring. Como criar e modelar um banco de dados e projeto num SIG Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG: Aquisição de imagens de satélite LANDSAT pelo site do Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG: Aquisição de imagens de satélite LANDSAT pelo site do Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG: Aquisição de imagens de satélite: CBERS - pelo site do Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais; LANDSAT georreferenciada - pelo site Global Land Cover Facility; e SRTM - pelo site da EMBRAPA BRASIL e CGIAR-CSI. Aquisição de imagens de satélite: CBERS - pelo site do Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais; LANDSAT georreferenciada - pelo site Global Land Cover Facility; e SRTM - pelo site da EMBRAPA BRASIL e CGIAR-CSI Como criar e modelar um banco de dados e projeto num SIG Primeiro exercicio (itens 1 e 2) Modelar um banco de dados e projeto num SIG Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG PROGRAMAÇÃO E CONTEÚDOS DAS AULAS (PREVISÃO) 2 tomo PROCEDIMENTOS DE ENSINO AULAS TEÓRICAS As aulas teóricas serão ministradas de forma expositiva-dialogada. AULAS PRÁTICAS As aulas práticas serão desenvolvidas no laboratório de informática, onde cada aluno desenvolverá um Banco/Projeto em forma de Tutorial em um SIG somado a orientação dos programas com trabalho de campo. DIAS DAS AULAS PRESENCIAIS Dia da semana Número de aulas no semestre Sabado Segunda x Terça x Quarta Quinta x 3 Sexta Modelar um banco de dados e projeto num SIG area da UEMG Sabado Importação e processamento de dados pelo Google Earth Sabado Importação e processamento de dados vetoriais e matriciais num SIG Sabado Operações de contraste e criação de imagem sintética Sabado Operações de contraste e criação de imagem sintética Sabado Exportar dados vetoriais e matriciais de area de cidades brasileiras Sabado Exportar dados vetoriais e matriciais de áreas Minarias do Brasil Sabado Importar dados vetoriais e recortar plano de informação das áreas de água Sabado Importar dados vetoriais e recortar plano de informação Sabado Avaliação prática sobre imagens sintéticas da cidade de João Monlevade Sabado Importação e operação com dados para o MNT - Modelo Numérico de Terreno Sabado Geração de imagem para o MNT, mapa de declividade e mapa hipsométrico Sabado Fatiamento de grade numérica, geração de perfil visualização 3D Sabado Elaboração de mapa da cidade de Joao Monlevade Sabado Elaboração de mapa hipsométrico de área mineral de Minas Gerais Sabado Elaboração de mapa depontos de GPS de BH a João Monlevade/381 Sabado Elaboração de mapa de com conceitos de legenda e dados Sabado Avaliação prática sobre mapa hipsométrico e declividade Sabado Finalização do projeto: Importar dados vetoriais e matriciais sobre o mapa Sábado 3 221 BIBLIOGRAFIA Bibliografia Básica BRASIL, PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais: do Ensino Médio. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério d a Educação. Brasília. Brasil.1999. PNLD – Programa Nacional do Livro Didático. Ministério da Educação e Cultura ROSA, Roberto. Geotecnologias na Geografia aplicada. 2005. Revista do Departamento de Geografia. Disponível em: http://www.geografia.fflch.usp.br/publicacoes/RDG/RDG_16/Roberto_Rosa.pdf. Acesso em Outubro de 2013. Revistas INFOGEO. Editora e Livraria Mundogeo. SILVA, A. de B. Sistemas de Informações Geo-Referenciadas: Conceitos e Fundamentos. Editora da UNICAMP – Campinas – SP; 1999. 2a Edição Ampliada e Revisada TEIXEIRA, A. L. De A. Sistema de Informações Geográficas (Dicionário Ilustrado).1997. VALENTE, J.A. O uso inteligente do computador na educação. Pátio – revista pedagógica editora Artes medica Sul, Campinas, v. 1 n. fevereiro 2001. VESENTINI, José Willian. Educação e ensino de geografia: instrumentos de dominação e/ou libertação. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Editora Contexto, 2002. Bibliografia Complementar ROCHA, C.H.B. Geoprocessamento – Tecnologia Transdisciplinar. Universidade Federal de Juíz de Fora. Edição do autor; 2000. CÂMARA, G., DAVIS, C. e MONTEIRO, A.M.V. Introdução à Ciência da Geoinformação. Disponível para download em http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. ______________________________ Assinatura do Professor do curso ___________________________________ Assinatura do Coordenador do Curso 222 APÊNDICE F: DADOS DAS ENTREVISTAS DA PESQUISA PROFESSOR DATA DA ENTREVISTA TEMPO PROFESSOR, C set. 2014 32 min PROFESSOR, D set. 2014 31 min PROFESSOR, J set. 2014 23 min PROFESSOR, K set. 2014 20 min PROFESSOR, T set. 2014 35 min PROFESSOR, R set. 2014 31 min PROFESSOR, RA set. 2014 33 min 223 ANEXO 1- PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP. PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: Geotecnologias, Ensino Médio e Desenvolvimento Local: Desafios para o Ensino de Geografia, Pesquisador: Adriano Jose de Barros Área Temática: Versão: 2 CAAE: 34770314.6.0000.5098 Instituição Proponente:Centro Universitário UNA Patrocinador Principal: Financiamento Próprio DADOS DO PARECER Número do Parecer: 813.169 Data da Relatoria: 30/09/2014 Apresentação do Projeto: O projeto de pesquisa que se apresenta tem como temática o uso das Geotecnologias no ensino de Geografia, por alunos e professores do Ensino Médio do município de João Monlevade – Minas Gerais. O problema envolvido na pesquisa surgiu de uma inquietação do pesquisador ao perceber, no cotidiano, que professores e alunos do Ensino Médio expressam de diferentes maneiras, dificuldades em conciliar e relacionar o conhecimento geográfico às necessidades da vida prática. Além de essas dificuldades serem relatadas por professores e alunos, esses entraves ao ensino de geografia podem ser encontrados na produção cientifica, uma vez que já foi alvo de discussões de diferentes autores. Sendo assim, o problema central da pesquisa consiste em compreender como o uso das geotecnologias poderá tornar o ensino de geografia mais significativo para alunos e professores. Diante desse fato e graças aos meios de comunicação e à tecnologia somos informados a todo instante sobre os acontecimentos do mundo em questão de segundos em relação ao tempo em que eles ocorrem. Com uma prática educativa que promove o conhecimento crítico-reflexivo da localidade a partir dos recursos tecnológicos disponíveis, o aluno pode ser capaz de contribuir para o progresso e a manutenção do desenvolvimento local lutando por questões ambientais existentes na sua localidade, como por exemplo: preservação ambiental, coleta seletiva e 224 tratamento correto do lixo, análise de evolução urbana da área, bem como a análise e compreensão de políticas públicas sobre tais questões. Objetivo da Pesquisa: Analisar as possibilidades que a Geotecnologia oferece para o desenvolvimento dos objetivos educacionais do ensino de Geografia, com a finalidade de desenvolver proposta de intervenção educacional com características de inovação social e grande potencial para o desenvolvimento local. Objetivos específicos: • Analisar a literatura especializada sobre a importância do uso da Geotecnologia no Ensino Médio; • Identificar as dificuldades no uso de geotecnologias apresentadas por professores e alunos do Ensino Médio. • Descrever as possibilidades do uso da Geotecnologia no Ensino Médio; • Construir um tutorial eletrônico com orientações e atividades sobre o uso da geotecnologia no Ensino Médio, que será inserido em: sites como CRV1, 4Shared 2, CPturbo.org 3. Avaliação dos Riscos e Benefícios: O pesquisador descreve que a participação nesta pesquisa não traz complicações legais, mas que desconfortos podem ser gerados durante a pesquisa como vergonha ou timidez ou constrangimento. Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade. Com relação aos benefícios o pesquisador descreve que ao participar desta pesquisa o participante não terá nenhum benefício direto. Entretanto, espera-se que este estudo possa trazer informações importantes sobre a importância das geotecnologias no ambiente escolar e de que maneira possam desenvolver a capacidade do saber do aluno de forma crítica e prazerosa sendo que os resultados serão divulgados nos ambientes escolares e na redação de um trabalho de conclusão de curso de mestrado no centro universitário UNA em Belo Horizonte – Minas Gerais. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa: O projeto é relevante, a metodologia está mais clara, especificando os métodos de análise qualitativa e quantitativa a serem realizadas. O projeto está bem escrito e fundamentado. 225 Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória: O projeto encontra-se instruído com os seguintes documentos: Projeto na íntegra. Curriculum Lattes do pesquisador principal. Termo de compromisso de cumprimento da Resolução 466/2012. Autorização para coleta dos dados. TCLE com o contato dos pesquisadores e contato do CEP-UNA, com devida descrição dos riscos e benefícios. Autorização de Uso de Imagem e Depoimentos. Modelo de roteiro de entrevista. O Cronograma indicada data de início de coleta de dados somente após a aprovação pelo CEP. Recomendações: Recomenda-se que os pesquisadores sigam o protocolo proposto. Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: O colegiado vota pela aprovação do projeto. Situação do Parecer: Aprovado Necessita Apreciação da CONEP: Não Considerações Finais a critério do CEP: BELO HORIZONTE, 30 de Setembro de 2014 Assinado por: Helen Lima Del Puerto (Coordenador) 226 ANEXO 2- DECLARAÇÂO DE AUTORIZAÇÃO DO CURSO DE GEOTECNOLOGIA. 227 ANEXO 3:TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Título da Pesquisa: Geotecnologias, Ensino Médio e Desenvolvimento Local: Desafios para o Ensino de Geografia. Nome do Pesquisador Principal: Drª Adilene Gonçalves Quaresma Nome do Pesquisador assistente: Adriano José de Barros 1. Natureza da pesquisa: o Sra. (sr.) está sendo convidada (o) a participar desta pesquisa que tem como finalidade o uso das Geotecnologias no Ensino de Geografia, por alunos e professores do Ensino Médio do município de João Monlevade – Minas Gerais 2. Participantes da pesquisa: participarão desta pesquisa Os sujeitos da pesquisa serão constituídos pelos professores de geografia de um universo de 06 escolas com uma média de 15 professores, que atuam no Ensino Médio independente do tempo que atuam em cada escola na cidade de João Monlevade Minas Gerais. 3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo a Sra. (sr) permitirá que o (a) pesquisador Adriano José de Barros. A Sra. (sr.) tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para a Sra. (sr.). Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone do (a) pesquisador (a) do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de Ética em Pesquisa. 4. Sobre as entrevistas: serão realizadas com permissão do entrevistado em um ambiente que a entrevista ocorra de maneira segura para o entrevistado e o entrevistador, sendo usada uma gravadora digital. 5. Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Desconfortos podem ser gerados durante a pesquisa como vergonha ou timidez ou constrangimento. Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade. 6. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais. Somente o (a) pesquisador (a) e o (a) orientador (a) terão conhecimento dos dados. 7. Nesta pesquisa não teremos participantes que apresentem problemas e, sendo assim, não serão necessários acompanhamento e assistência individuais. 8. Benefícios: ao participar desta pesquisa a Sra. (sr.) não terá nenhum benefício 228 direto. Entretanto, esperamos que este estudo possa trazer informações importantes sobre a importância das geotecnologias no ambiente escolar e de que maneira possam desenvolver a capacidade do saber do aluno de forma crítica e prazerosa sendo que os resultados serão divulgados nos ambientes escolares e na redação um trabalho de conclusão de curso de mestra do no Centro Universitário UNA em Belo Horizonte – Minas Gerais. 9. Pagamento: a Sra. (Sr.) não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação. Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem. Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito. Consentimento Livre e Esclarecido. Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a realização da pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo. __________________________________ Assinatura do Participante da Pesquisa Nome do Participante da Pesquisa: __________________________________ Assinatura do Pesquisador ___________________________________ Assinatura do Orientador Pesquisador Principal: Dra. Adilene Gonçalves Quaresma –Tel.:(31) 9653-7242 Demais pesquisadores: Adriano Jose de Barros – Tel.: (31) 88230954 Comitê de Ética em Pesquisa: Rua Guajajaras, 175, 4º andar – Belo Horizonte/MG Telefone do Comitê: 35089110 229 ANEXO 4:TERMO TERMO DE COMPROMISSO DE CUMPRIMENTO DA RESOLUCÃO 466/2012. TERMO DE COMPROMISSO DE CUMPRIMENTO DA RESOLUÇÃO 466/2012. Eu, Adriano Jose de Barros, RG. MG- 6923161, mestrando e Drª. Adilene Gonçalves Quaresma, orientadora, CI M-4 309-445, responsáveis pela pesquisa intitulada Geotecnologias, Ensino Médio e Desenvolvimento Local: Desafios para o Ensino de Geografia, declaramos que: · Assumimos o compromisso de zelar pela privacidade e pelo sigilo das informações que serão obtidas e utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa; · Os materiais e as informações obtidas no desenvolvimento deste trabalho serão utilizados para se atingir o(s) objetivo(s) previsto(s) na pesquisa; · O material e os dados obtidos ao final da pesquisa serão arquivados sob a nossa responsabilidade; · Os resultados da pesquisa serão tornados públicos em periódicos científicos e/ou em encontros, quer sejam favoráveis ou não, respeitando-se sempre a privacidade e os direitos individuais dos sujeitos da pesquisa, não havendo qualquer acordo restritivo à divulgação; · Assumimos o compromisso de suspender a pesquisa imediatamente ao perceber algum risco ou dano, consequente à mesma, a qualquer um dos sujeitos participantes, que não tenha sido previsto no termo de consentimento. · O CEP da UNA será comunicado da suspensão ou do encerramento da pesquisa, por meio de relatório apresentado anualmente ou na ocasião da interrupção da pesquisa; · As normas da Resolução 466/2012 serão obedecidas em todas as fases da pesquisa. Belo Horizonte, 14 de abril de 2014 ____________________________________ Adriano Jose de Barros CPF 025 896 16600 _____________________________________ Drª Adilene Gonçalves Quaresma – M-4 309-445 CPF 666 096 156 91