Barroso - A Outravoz
Transcrição
Barroso - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 476 Montalegre, 17.08.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de MONTALEGRE é tamén naturaleza O Dr José Manuel escreve sobre Montalegre, um texto em prosa com muita poesia. Mesmo em galego dá gosto ler. P3 Festas Concelhias em Honra do Senhor da Piedade Exposição de Carros Antigos Teve pouca divulgação mas terá sido, quanto a nós, dos melhores eventos do programa das Festas Concelhias. Carros antigos e únicos, carros alguns de muito valor estiveram expostos no Multiusos. A organização merece o reconhecimento dos montalegrenses. P4 A Imprensa local e a democracia Mais um trabalho que expõe com clareza conceitos que a autarquia local não entende ou, pelo menos, não pratica. Contra as leis vigentes, a Câmara de Montalegre só dá publicidade ao jornal local porta voz do partido socialista. Com todo o descaramento. P5 Santa Teresa de Ávila Um exemplo de virtudes e de santidade é o que nos traz hoje para reflexão o Pe Vitor Pereira P11 Dois brasileiros reconstroem Todos nós pensamos que Maria Madalena terá sido um mulher linda de morrer. Tão linda que ninguém ousou atirar-lhe a primeira pedra. Pois bem, Lita Moniz traz-nos uma resolução levada a cabo por dois peritos brasileiros que conseguiram retratar a beleza desta singular mulher. Dum busto (relíquia) Do programa das Festas Concelhias desde sempre que a referência maior é o dia consagrado ao Senhor, o 1.º Domingo de Agosto. Este ano não fugiu à regra. Muita gente acompanhou primeiro a procissão e depois na envovente do Santuário da Capela as cerimónias da Missa solene. O Pe Vitor Pereira, nesta particular Salto teve na II edição da Semana do Barrosão a honrosa presença dum sul de França tiraram a fotografia de Maria Madalena. governante que serviu para dar mais Linda! brilho ao evento que pretendeu Prémios (CO)empreende Marie Cécile com “Nomad Planet”, Amélia Santos corredor da Estrada 308 a degustar as tradicionais merendas da Festa maior da vila de Montalegre. Muitas foram as manifestações culturais que faziam parte do programa que parece ter sido cumprido sem grandes reparos. Conquanto já se tenham registado melhores festejos, o saldo das festas concelhias é positivo. II Semana do Barrosão em Salto guardado a sete chaves na basílica duma cidade do P13 época do ano, nunca se esquece dos muitos emigrantes que vêm de longe cumprir as suas promessas ou simplesmente assistir às cerimónias religiosas e a quem saúda de forma especial desejando-lhes boas férias e sucessos nas suas vidas nas terras de acolhimento. E viam-se muitos no Santuário do Senhor da Piedade e ainda mais nos lameiros e terrenos no enaltecer a raça barrosã e a carne do bovino barrosão. A Câmara desatou os cordões da bolsa e levou até lá um artista de top que arrastou muita gente até Salto. Festival de Música Junior O Festival de Música Junior Jorge Nogueira, um filho da terra, foram os premiados com 5.000 euros no programa repetiu o êxito dos anos anteriores. que faz questão de oferecer aos da responsabilidade da Câmara de Montalegre, EDP- Como já era de esperar, juntou muita Produção e UM. Parabéns! gente que encheu, por commpleto, com “BarrosArt” e Marco Costa com “Viver Fafião” P14 montalegrenses um espectáculo o Auditótio Municipal. Montalegre de inquestionável valor artístico- muito fica a dever ao prof. António cultural. 2 Barroso Noticias de MONTALEGRE Festa em honra do Sr. da Piedade Quatro suspeitos de furtos a residências Um comunicado da GNR, informa que, no dia 6 de Agosto, numa operação policial realizada em colaboração com o Destacamento Territorial de Chaves, identificou e constituiu arguidos quatro jovens residentes em Montalegre, suspeitos de vários crimes de furto em casas de habitação no concelho. Durante a operação apreendeu duas armas de calibre 12mm, um ciclomotor, uma motoserra, um martelo pneumático, duas rebarberadoras, um berbequim e diversas chaves de feramentas. MEIXEDO Arde a serra de Monte Gordo Na serra de Monte Gordo havia uma das poucas manchas florestais do alto Barroso. Um pinhal ainda jovem, de mais ou menos uma dúzia de anos, que era um encanto de floresta no cimo daquela serra. Pois bem, foi vítima de acto criminoso, no passado dia 9 de Agosto. Aproveitando-se a ocupação das pessoas nas festas da região, alguém pegou fogo à serra que ardeu quase na totalidade. Ficou um terço do pinhal existente salvo das chamas por um corta fogo. VILA REAL Autoestrada Transmontana com portagens Aquando do lançamento da obra, foi anunciado no Diário da República que a autoestrada teria apenas dois troços com portagens, numa extensão de 14 quilómetros, entre Parada de Cunhos (Vila Real) e o nó da A24, numa extensão de 7 quilómetros, e entre os nós de Bragança poente e nascente, também com 7 quilómetros. Isto significava que os perímetros das duas cidades seriam portajados, uma vez que era considerado que as vias locais serviriam de alternativa. Nunca esteve prevista a introdução de portagens em qualquer outra parte da Autoestrada. Menos de um ano após a conclusão da obra, em maio de 2014, este Governo confirmou que a Autoestrada Transmontana, que foi construída maioritariamente sobre o traçado do antigo IP4, vai ter portagens, estando apenas em estudo a forma de proceder a essa cobrança. CHAVES Presidente António Cabeleira no Observatório da Emigração 17 de Agosto de 2015 dos instrumentos Gaita de Foles e Percussão Tradicional no âmbito dos cursos básicos e secundários do Ensino Artístico Especializado de Música. A AAC torna-se desta forma a primeira e única escola do país autorizada a leccionar Gaitade-foles e percussão tradicional na disciplina de instrumento da componente de formação técnica do plano de estudos do Curso Profissional de Instrumentista de Sopros e Percussão. No próximo dia 20 de Agosto, na Praça General Silveira (Largo das Freiras), em Chaves, o IDENTIDADES, evento de apresentação oficial deste projecto didáctico pioneiro em Portugal. Campanha Eleitoral Ascenso Simões demite-se de director da campanha do PS O diretor da campanha, Ascenso Simões, deu o dito por não dito e, depois de afirmar que se mantinha no cargo para ajudar António Costa, foi ao Facebook anunciar a sua demissão. Para o seu lugar entrou Duarte Cordeiro, que é vereador da CML para a Higiene e chega para limpar a imagem de Costa. Primeira medida: apagar da grelha uma conferência de imprensa onde se explicaria como vai o partido trabalhar nas plataformas digitais. Infraestruturas de Portugal As infraestruturas rodoviárias e ferroviárias são agora geridas por uma única empresa, de acordo com uma estratégia conjunta e integrada. António Ramalho é o presidente da Infraestruturas de Portugal, S.A., a empresa pública que resulta da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional (REFER) e a EP-Estradas de Portugal. Sob a tutela do Ministério da Economia, que tem como objetivos a conceção, projeto, construção, financiamento, conservação, exploração, requalificação, alargamento e modernização das redes rodoviária e ferroviária nacionais, incluindo o comando e controlo da circulação ferroviária. PORTO RICO Outra “Grécia” na América O Estado americano de Porto Rico faliu ao falhar um pagamento de obrigações no valor de 58 milhões de dólares. O território norte americano tem uma dívida de 72 mil milhões de dólares, considerada demasiado elevada para a sua pequena economia. O desemprego está a aumentar e a economia em queda acentuada. Para piorar, a ilha enfrenta um período de seca. Acordo Histórico sobre o nuclear no Irão O Presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira, foi eleito representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) junto do Observatório da Emigração. O autarca flaviense representará a ANMP no Conselho Consultivo do Observatório da Emigração, criado em 2009, e que centra a sua atividade na produção e disponibilização de informação sobre a evolução e as características da emigração e das comunidades portuguesas, contribuindo desta forma para a definição de políticas públicas neste domínio. Ensino de Gaita de Foles A Academia de Artes de Chaves (AAC) e a Associação Projecto Enraizarte conseguiram, após três longos anos de batalha, a inclusão O grupo de seis países liderado pelos Estados Unidos conseguiu um acordo com o Irão para limitar o programa nuclear em troca de alívio de sanções. Foram vinte meses de negociações e, segundo as informações ainda não oficiais, o grupo constituído pelos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia aceitou levantar sanções financeiras e petrolíferas a Teerão, que por sua vez limita o seu programa nuclear durante uma década. Assim se conclui a última maratona de negociações, com vista a impedir que o Irão se torne uma potência nuclear. O acordo tem enfrentado forte contestação por parte dos dos republicanos no Congresso norte-americano e é fortemente criticado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. CORTEJO CELESTIAL JOAQUIM PIRES DA RITA, de 95 anos, viúvo de Emília Dias, natural e residente em Pitões das Júnias, faleceu no dia 13 de Julho. ROSA DA ASCENSÃO VAZ COIMBRA, de 89 anos, viúva de Lino Justo, natural e residente em Vilar de Perdizes, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 13 de Julho. MARIA DA CONCEIÇÃO COSTA PINTO, de 68 anos, viuva de José dos Anjos Pinto, natural de Montalegre e residente em Bridgeport, CT, USA, faleceu em 17 de Junho de 2015. JOÃO PIRES CABEÇAS, de 77 anos, casado com Maria Gonçalves Carneiro, natural da freguesia de Reigoso e residente em Londres, Reino Unido, faleceu em 30 de Junho de 2015. MARIA PEREIRA BORRALHEIRO, de 100 anos, viúva de António Pereira Ramos, natural de Salto e residente no lugar de Carvalho, de Salto, faleceu no passado dia 18 de Julho 2015. ANTÓNIO PEREIRA, de 88 anos, casado com Grabelina Lopes, natural de Salto e residente em Atiães, Vila Verde, faleceu no dia 17 de Julho sendo sepultada no cemitério de Pereira, Salto. CONCEIÇÃO FERNANDES, de 89 anos, viúva de Américo de Jesus, natural de Ervões, de Valpaços e residente em Gralhós, da Chã, faleceu no dia 19 de Julho 2015, sendo sepultada no cemitério de Ervões. HERMÍNIA DE JESUS VENTURA, de 86 anos, viúva de José Gonçalves Apolónio, natural e residente em Meixide, faleceu no Lar de Idosos de Montalegre, no dia 18 de Julho. MANUEL DA COSTA, de 87 anos, casada com Maria Francisco, natural e residente em S. Pedro de Contim, faleceu no dia 21 de Julho 2015. MARIA DE FÁTIMA CRESPO JUSTO, de 56 anos, casada, natural de Meixedo e residente em Lisboa, faleceu no passado dia 22 de Julho sendo enterrada no cemitério de Meixedo. FERNANDO GONÇALVES, de 88 anos, casado com Arminda Afonso, natural e residente em Carvalhais, de Morgade, faleceu no dia 23 de Julho 2015. GRACINDA LOPES DO LAGIAL, de 83 anos, casada com Francisco José de Freitas, natural de Viade de Baixo e residente na Chã, faleceu no Hospital de Chaves no dia 26 de Julho 2015. MARIA ALVES TIAGO, de 77 anos, viúva de Manuel Alves da Silva, natural de Solveira e ultimamente residente em França, faleceu no dia 11 de Julho. ARLINDO FLORES TEIXEIRA, de 77 anos, casado com Emília Ribeiro da Silva, natural de Sarraquinhos e residente em Bridgeport, CT, USA, onde faleceu e foi sepultado em Trumbull em 15 de Março 2015. LUIZA DE CARVALHO FIDALGO EXPOSTO, de 77 anos, viúva de Avelino Gonçalves de Freitas Exposto, natural e residente em Paradela, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 28 de Julho. DOMINGOS GONÇALVES PORTELADA, de 85 anos, viúvo de Maria da Conceição Afonso Ramos, natural de Covelães e residente em Vilar de Maçada, de Alijó, faleceu no Hospital de Vila Real, no dia 29 de Julho 2015. ALBERTINA DA CONCEIÇÃO XAVIER CARNEIRO, de 83 anos, viúva de José Fernandes Júnior, natural e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, dia 1 de Agosto. ISABEL FERNANDES, de 95 anos, viúva de José Maria Alves Cascais, natural de Sezelhe e residente num Lar de Braga, onde faleceu e foi sepultada no cemitério de Tourém. DOMINGOS BARROSO AFONSO DOURADO, de 67 anos, natural e residente no Amial, de Salto, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 4 de Agosto. DOMINGOS REGO GONÇALVES, de 80 anos, casado com Maria Rodrigues de Castro, natural e residente em Sabuzedo, de Mourilhe, faleceu no Hospital de Chaves, dia 5 de Agosto. MARIA LUISA DE CARVALHO, de 86 anos, viúva de Olímpio Pereira Barroso, natural e residente na Corva, de Salto, faleceu no dia 5 de Agosto. MARIA GARCIA, de 90 anos, viúva de Nelso Luiz Gonçalves, natural de Padornelos e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, dia 8 de Agosto. ROSA AFONSO MARTINS, de 72 anos, casada com Manuel da Costa Antunes, natural da freguesia de Pondras e residente em Bougado, Trofa, onde faleceu no dia 12 de Agosto, sendo sepultada no cemitério de Ladrugães. PAZ ÀS SUAS ALMAS! Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 3 Presidente da República condecorou Fernando Rodrigues Barroso da Fonte Depois da vulgarização que os sucessivos Presidentes da República têm vindo a fazer das medalhas honoríficas, seria de esperar que uma dessas distinções democráticas viessem parar às mãos de um Barrosão. O sortudo foi Fernando Rodrigues, que liderou a Câmara de Montalegre entre 1997 e 2013. Foi membro da Comissão de Honra de Mário Soares e de Jorge Sampaio. Mas acabou por ser Cavaco a promovê-lo a Comendador, com a medalha da Ordem de Mérito, grau ouro. Por mais vulgarizada que ande a porção de ouro que reveste as medalhas douradas e por mais enxovalhos em que a esquerda tente afundar o atual Presidente da República, a verdade é que Fernando Rodrigues foi durante 16 anos o Presidente da Câmara de Montalegre e apenas saiu por força da lei e da nobre decisão do então SecretárioGeral (António Seguro), em ordenar aos candidatos do PS para não se recandidatarem em segundo lugar. Essa decisão foi corajosa e, também por isso, António Seguro, marcou pontos que o enobrecem. Cavaco Silva não teve a coragem de atribuir idêntica distinção ao Padre Fontes, aquando das bodas de ouro de sacerdote. Mas sobretudo por ter sido o maior obreiro do salto qualitativo, no mediatismo cultural e turístico das Terras de Barroso. Nem as centenas de assinaturas que Hélder do Alvar recolheu, em abono da sua proposta e daquilo que a imprensa argumentou nesse sentido, valeram para medalhar o Barrosão que mais e melhores ideias teve para por Montalegre no mapa. Embora polémica por razões puramente partidárias, Fernando Rodrigues, face à distribuição selvagem, cega, surda e muda como têm sido atribuídas insígnias tão honrosas, aquela que coube ao anterior Presidente da Câmara de Montalegre foi bem atribuída. Como não teria sido censurável se o PR dos anos oitenta, Ramalho Eanes, seguisse os critérios do atual Chefe de Estado. Carvalho de Moura não terá feito tanto porque também não dispunha de meios legais e muito menos financeiros, até pelo facto de não existirem os fundos comunitários. Ramalho Eanes, na minha perspetiva, o melhor, o mais sensato e justo dos três seguintes chefes de Estado, iniciou o hábito de medalhar alguns cidadãos. Desde aí foi um forrobodó! Mário Soares, talvez pelas suas incontáveis voltas ao mundo, medalhou a torto e a direito. A Jorge Sampaio chamaram o «rei das medalhas». Medalhou primos, mandatários, padeiros, leiteiras, ardinas. Cavaco não quis ficar atrás. Até medalhou o costureiro da 1ª dama. E, a torto e a direito, tem esgotado o baú das maiores hipocrisias nacionais. No último dia 10 de Junho já elegera alguns autarcas. Um dos medalhados deveria, já nessa altura, ocupar a cela 43 ou 45 da cadeia de Évora, se a justiça funcionasse em pleno. Já não terá tempo para medalhar a raia miúda, os técnicos da classe média, os que resistem à crise, apagando incêndios, socorrendo os feridos, atenuando a fome, aos voluntários de todas as causas nobres, aos desempregados que seriam tão úteis ao país carenciado de gente séria, aos criativos, aos agentes da informação que correm todos os ricos. Como jornalista com 62 anos de combate porfiado, frontal e pertinaz, prevejo que os próximos peitos a dourar vão ser os gays, as lésbicas, as abortadeiras, os homossexuais, os «ricardos salgado», «os oliveira costa», «os incendiários», os proxenetas e os chulos de todas as vias norte... O índice de podridão moral, política, cultural e cívica, ganha foros de erosão planetária. mentira, O a ganância, vitupério, a depravação, a trepam a todo o terreno. Os valores que alicerçavam a sociedade dos tempos, em que a palavra valia tanto como uma escritura; em que podia andar-se na rua como se estivesse em casa; da honestidade à prova de bala, perderam-se. Urge, por cobro a esta correria apressada para o abismo. A terminar este paradoxo: Manuel Martins que liderou a Câmara de Vila Real tantos anos como Fernando Rodrigues liderou faleceu, a de Montalegre, subitamente, dia 11 do corrente. O JN de 13, numa quadrícula quase invisível escreve que o autarca teve «algumas dezenas» de presenças no funeral... MONTALEGRE é tamén naturaleza Dr José Manuel Levanteime cedo. Como se decía antes, “as pulgas non me deixaron dormir”. Abro a persiana que dá para o Sudoeste. Saio ao balcón a tomar o cortado e queimar un entrefino. A claridade do sol vai descendendo por os muros do castelo e colonizando as cimas e as faldas da serra de Donões, confor- me o astro se vai alzando por levante, ás miñas costas. Vexo un río tranquilo e caudaloso. O Cávado. Vexo unha frondosa arboleda nas súas marxes: salgueiros, carballos, vidos, amieiros,... Vexo alá ao lonxe, por tras das aldeas do Río, os primeiros cumes do Xurés, alí Gerês. Vexo aquí enfrente unha vila, que se estende por as encostas da Portela e da Corujeira. Traime sempre reminiscencias de Andorra la Vella. Sobre todo no inverno, cuando se cubre de un manto blanco. Vexo un castelo, robusto, dominador, anque alerta (o forte tamén tén medo), que cada mañá me remonta a outras eras. Incluso consigo ouvir os ecos das caballerías, entrando e saíndo por os pasadizos das murallas, as marteladas dos bois asentadas nos trillos de terra ou de adoquín, acamboando os pesados carros cantaríns, e tamén o tropel e as voces dos que nos precederon,... Vexo anduriñas ferindo o ceo con manobras de vértigo. Pombos, rolas, estorninos, pegas, patos, garzas, e máis aves, cruzando sobre a miña cabeza, cada un no seu estilo de voo, máis lento, máis veloz, maxestuoso ou frenético. Vexo un magote de pardais que picotean migallas na rúa, encuanto un diles dá de vez en cuando a alarma desde aquela rama ben situada. Cinco merlos gordos e lustrosos cantan na antena do veciño. As rás acompañan o concierto. Vexo un pastor madrugador cruzando a Ponte da Pedra, seguido por unha manada de vacas parsimoniosas, que de vez en cuando giran a cabeza para ver se o seu emperador, de mil douscentos quilos, ergueu xa o fuciño da fresca auga do Cávado. Sei que non verei a esta hora a raposa que cada noite me saluda, á súa maneira, no seu paseo increíble por o medio da vila. Tampouco as dúas nutrias negras, enormes, que brincaban na neve, á beira do río, no inverno pasado. Todas estas cousas vexo eu, desde o meu balcón, cada mañá. Sólo hai que fixarse un pouco. Mirar con ollos “de ver”. Ahí van os primeiros co- ches con matrícula de Suíza ou Francia, cargados de xente e de equipaxe. Estou seguro de que iles son capaces de notar todas estas maravillas da naturaleza que describín. Diría incluso – e fala, por experiencia, quen xa anduvo por ises mundos fora – que esa é a imaxen que os acompaña durante os longos meses do ano, alá lonxe, e que lle revoluciona o organismo completo cuando se aproxima o mes de Julio e a hora de regresar á terra. A esta terra que chama... chama... chama... pouco importa que os kilómetros sexan mil, dous mil, catorce mil... a voz desta naturaleza chega alá... sempre. Montalegre, Julio de 2015 4 Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 III Exposição de Carros Antigos Uma das realizações mais importantes integrada nas Festas Concelhias em honra do Senhor da Piedade teve lugar no Multiusos de Montalegre, desde os dias 7 a 16 de Agosto. Pena foi que a comunicação social não tenha feito a divulgação que o evento justificava e mesmo as TVs que andaram por aí à procura de outros eventos bem poderiam ter aproveitado a ocasião para mostrar aos portugueses, de norte a sul, que em Montalegre se fazem coisas bonitas e de grande valor artístico e cultural e até económico. A Exposição de Carros Antigos que já vai na 3.ª edição foi ideia de José Francisco Costa, empresário do ramo de hotelaria e de gastronomia. Além de Casas de Turismo Rual é o dono do Restaurante COSTA, bem conhecido dos montalegrenses. Apaixonado pelos carros antigos, começou a colecionar carros que, há décadas atrás, circularam na vila e região de Barroso. Nas horas vagas, perde horas sem fim nos trabalhos de limpeza e reparação desses carros. Hoje conta com 13 veículos, ele e o filho Mário Costa, engenheiro civil de profissão e que do pai herdou a mesma paixão pelos carros antigos. Todos muito bem cuidados e a circular para exibição quando necessário. Da maior parte deles paga os respectivos impostos exigidos por lei. Muitos destes carros, além do seu valor estimativo, estão muito valorizados. Basta dizer que tem na exposição um que é unico em Portugal, o Opel 47-01-JT. (Ver imagem) A organização do evento coube ao referido Mário Costa e a João Pires, este empresário do ramo automóvel e que possui uma oficina de reparações na Zona Industrial, a Auto Pires. Estes jovens souberam agarrar a ideia de José Francisco Costa para levar por diante um evento digno dos maiores encómios. A grande maioria são carros do concelho, alguns de emigrantes nos quais, em tempos idos, transportaram a família nas viagens para França. Este ano, conforme nos disse o Eng.º Mário Costa, devido à notoriedade qua a Exposição teve nos anos anteriores, contou com quatro carros de Vila Verde, o que motivou a vinda de mais de uma dúzia de pessoas para participar nos diversos actos do programa. Por falar em programa, destaque para o dia 16 com o desfile de alguns carros pela zona do Rio até Pitões donde, num restaurante local, foi servido o almoço, dali partiu em caravana para Tourém, Baltar e Cualedro donde reentrou no concelho por Santo André para terminar na Pista de Rallys. Aqui, à caravana, juntou-se um grupo de carros de Salto, todos BMW mod. E30, e, para além dum lanche, houve na pista exibiçoes de algumas “pérolas” motorizadas de Barroso. Não gostei de ver na Exposição um carro pintado com o símbolo dum clube de futebol no capôt e restante parte dianteira. Não por eu não ser adepto desse clube, mas antes e sobretudo porque entendo que as pessoas não devem confundir uma exibição de carros antigos com fins de propaganda clubística ou até empresarial. Não sendo muito apaixonado por carros, já visitei na EXPONOR e na FIL algumas manifestações do género e nunca lá vi nada disso. Não gostei de ver e espero que os responsáveis, em próximas edições, procurem evitar que estas coisas se repitam. Porque ficam mal e prestam-se a comentários desagradáveis. CM Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 5 A Imprensa local e a democracia A democracia é isto mesmo: os eleitores dão aos eleitos para a Câmara Municipal de Montalegre, em cada sufrágio eleitoral, uma guia de marcha válida para quatro anos. Esperam os eleitores, claro está, que o seu voto não tenha sido em vão e que quem mereceu a sua confiança, saiba estar à altura da esperança dos que neles confiaram. Terminado esse tempo, os eleitores, na sua eterna sabedoria, analisam o mandato, quer daqueles que elegeram para governar quer dos que enviaram para a oposição, e decide em conformidade. Ou seja: elege, mais uma vez, quem acha ser merecedor da sua confiança. Não podemos, claro está, deixar de lembrar, aqui e agora, que muitas vezes, demasiadas vezes até, os eleitores não elegem aqueles que querem ver a dirigir os destinos do seu concelho, mas sim “o mal menor”. Isto é: não sendo a alternativa que se lhes apresenta digna da sua confiança, mais vale não arriscar e continuar com os mesmos. É precisamente devido a este facto que vemos tanta gente, por esse país fora, que não consegue governar a sua casa e a quem não seriamos capazes de confiar a chave do nosso carro, perpetuar-se no poder durante tanto tempo. É por isso que urge dar a conhecer aos eleitores tudo aquilo que se faz no nosso concelho. E para isso, só existe uma forma credível de o fazer: a comunicação social local. Ora, fazendo fé no que foi dito, e escrito, na última Assembleia Municipal, o O apeiro é usado em Barroso para unir um animal, um boi ou uma vaca, a um carro, alfaia, arado ou grade. É um conjunto de vários utensílios: A molhelha, que é colocada na cabeça do gado, feita na parte superior em cabedal de vaca ou porco, sendo a forma talhada no molhelheiro. O couro é forrado com burel e as molhelhas almofadadas com lã de ovelha bem “esguedelhada” presidente da autarquia “não espera nada da imprensa local” uma vez que os três jornais existentes no concelho “são todos demasiadamente politizados”, acrescentando que “deveriam fundir-se num só, onde todas as forças tivessem a oportunidade de se expressar”. Destacando aqui a louvável preocupação do Presidente da Câmara em garantir a pluralidade de opinião, julgo que esse não é o caminho que devemos seguir. Em democracia, as pessoas devem agrupar-se ou constituir as empresas da forma como bem entenderem, sujeitando-se, tal como os autarcas, às escolhas das populações, na certeza de que boas decisões merecerão, certamente, a confiança e o investimento dos munícipes. Quando isso não acontecer, há que fazer a respetiva análise, no sentido de encontrar um novo rumo, capaz de atrair seguidores ou clientes. O que nos deve preocupar a todos é a forma como os dinheiros públicos são aplicados e que muitas vezes favorecem “apenas os nossos”, esquecendo-se muito boa gente “que hoje está no poder, mas amanhã poderá estar na oposição”. Por isso, todos teremos a ganhar se se criarem condições para que o conhecimento e a informação do que se fez, do que se faz ou daquilo que se quer fazer no futuro seja do conhecimento público. Tal atitude irá permitir criar fortes laços de confiança, que, seguramente, irão reforçar a legitimidade dos eleitos e estimular a vontade de intervenção pública dos demais. Por isso, defendo acerrimamente a celebração de contratos de prestação de serviços por parte da autarquia, com todos os órgãos de comunicação social locais, com vista à publicação na Imprensa local, sob a forma de publicidade paga, das deliberações tomadas. É óbvio que em cada deliberação tomada será divulgado quem o propôs, quem se opôs e quais os respetivos argumentos. A tomada desta medida, para além de dar as mesmas condições a todos os jornais locais, pode ser um passo importantíssimo para informar os eleitores, incentivando-os a desencadearem as reações que julguem mais adequada, contra ou a favor das medidas propostas e aprovadas. A concretização desta proposta, eleva a legitimação democrática da nossa Administração Local, dando um importante contributo para o aprofundamento da democracia de proximidade entre eleitos e eleitores. Se a Câmara Municipal pagar, sob a forma de publicidade, o que se decide, quer na Assembleia Municipal, quer na Câmara Municipal, a todos os jornais existentes no concelho, ganha a democracia, dá as mesmas armas a toda a imprensa local e, sobretudo, ganham os munícipes pois ficam muito mais informados sobre todas as matérias decididas nos órgãos autárquicos que, sem qualquer dúvida, são tomadas a pensar no concelho logo, neles próprios. Na mesma Assembleia Municipal, o deputado Pedro Barroso sugeriu, e muito bem, que fosse elaborado um regulamento para apoio à publicação de livros “para que haja critério e justiça para com todos os autores”. Reagiu a esta proposta, e em nosso entender muito mal, o deputado Nuno Pereira, por entender que seria “uma censura prévia à edição de livros”. Vejamos: Pedro Barroso não impôs nenhum regulamento. Sugeriu apenas que ele fosse elaborado, com regras simples e claras, de modo a que todos os munícipes o compreendam e onde, à partida, os autores saibam com o que podem contar. Claro está que a maioria parlamentar, fazendo jus a essa mesma maioria, irá propor e aprovar os tais critérios que evitem a censura que, vá-se lá saber porquê, Nuno Pereira tanto parece temer. Mas o regulamento, existindo, para além de evitar o delapidar dos cofres municipais, dá mais transparência às decisões tomadas pelo executivo, permitindo a todos os autores saber, à partida, com aquilo que contam. Ou será que o que se pretende é comprar os livros, a cada um dos autores, mediante a disposição existente na altura? José Miranda Alves é uma figura simpática que granjeia todo o nosso carinho e que, para nossa satisfação, gosta de escrever. Desde 2013, já escreveu três livros e ainda quer escrever mais sete. Pelos vistos até já tem dois preparados. Até aqui tudo bem. É uma atitude louvável que merece O Apeiro e muito bem pisoada com água a ferver. Na parte que fica para a cabeça do animal é cozida ‘manta’ de lã ou burel, sendo a manta a mais utilizada; isto é válido para as melhores, porque também podem ser cheias com feno ou palha centeia, bem certinha e encartada, tanto a palha como o feno. São cozidas com tiras de cabedal, operação na qual se usa um sovelão, que serve para fazer os furos no cabedal, para passar as tiras de cabedal, que o vão unir á ‘manta’ ou ao burel. A ‘manta’ é uma peça de lã de ovelha, urdida, tecida e pisoada, usada geralmente sobre a cama para agasalhar. O apeiro ou jugo propriamente dito é feito em madeira de vido, freixo ou amieiro, madeiras escolhidas por serem leves, sendo quase sempre decorados com rosáceas, estrelas, signos- saimão, motivos vegetalistas e religiosos. Existem dois tipos de sogas: as sogas de junguir, que são as mais finas, feitas em cabedal, estão presas ao apeiro e têm por finalidade prender a molhelha ao apeiro e estes ao gado. As sogas de apor, que são as mais largas, também feitas em cabedal, servindo para apor o carro aos animais; mas caso se pretenda apor um arado ou uma grade prende-se o cambão o nosso aplauso. O que nós não podemos é pagar os seus “caprichos” com dinheiros públicos. Quer lançar mais sete livros? Força! Têm é de cobrir as despesas com as receitas obtidas ou suportar ele próprio os custos de cada um dos livros publicados. Encheu a sala no dia do lançamento do seu último trabalho? Perfeito! Quantos livros vendeu? Foram oferta do município? Se foram, penso que está errado! Eu, como já anteriormente referi, tenho um livro para ser editado. Será lançado no momento que julgue mais oportuno, e importante, para o desenvolvimento do concelho. Há muita coisa para, olhos nos olhos, debater e denunciar. Também eu irei bater à porta da Câmara Municipal esperando que me patrocinem os tais duzentos livros que alguns autores da minha relação me confidenciaram. Mas estejam descansados: esses duzentos livros serão para distribuir por lares, bibliotecas, escolas, restaurantes e cafés - que se comprometam em o disponibilizar aos seus clientes - e restantes instituições do concelho. Quem me der o prazer de marcar presença nos diferentes locais de lançamento do livro e o pretender adquirir, terá de o pagar. É assim a vida! Mais a mais, citando a infinita sabedoria popular: o que é dado, não é valorizado. Bento Monteiro e só depois a alfaia. As vacas eram junguidas mais vezes do que os bois para engradar por serem mais “ligeiras da perna”, enquanto os bois, sendo mais pesados, eram mais utilizados para lavrar, carrar lenha, mato e feno, trabalhos estes que exigiam maior esforço. Sandrina Pereira Ecomuseu – Casa do Capitão cont. P7 6 Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 Restaurantes Existem grandes diferenças entre os vários tipos de restaurantes onde pode ir. A maior parte têm os mesmos problemas, ou seja, querem ganhar muito dinheiro e, por isso, são obrigados a comprar os alimentos mais baratos que encontrarem. Atualmente, é muito comum as grandes superfícies fornecerem todos os restaurantes de determinada área. Muita comida que é servida nos restaurantes não foi confeccionada lá, foi apenas acabada ou aquecida; a maior parte usa micro-ondas para aquecer essa comida antes de ser servida. Também usam óleo de fritar o dia inteiro, em muitos casos, durante dias seguidos. Sabemos que os óleos aquecidos muitas vezes ficam facilmente rançosos e a comida confeccionada neste óleo é altamente cancerígena. Então o que fazer? Devemos tentar visitar a cozinha e ver a comida a ser cofecionada, dando-se-nos a possibilidade de conhecer a qualidade dos diversos ingredientes e ver a sua frescura ou o estado de degradação. Devemos ser seletivos, sem ser extremistas, não exigindo para nós próprios produtos 100% biológicos, mas frescos e confecionados na hora. Ter conhecimento de toda a informação não nos obriga a fazer tudo para conseguir benefícios. Façamos pouco ou façamos muito, façamos de acordo com o que nos faça sentir-nos bem. Mesmo umas pequenas modificações no seu regime alimentar, podem produzir um grande impacto na sua saúde. UM PARÁGRAFO Um Parágrafo # 55 – Náufragos Vagueamos como náufragos por entre as ondas de um quotidiano dolorosamente enfadonho. Assistimos, impávidos e quase serenos, ao evoluir das corretes marítimas de um oceano de penas que nos arrasta de redemoinho em redemoinho. Contemplamos as estrelas que, hipocritamente, vão apontando caminhos difusos e incoerentes. Manobramos o astrolábio corroído pelo salitre da inveja, como se fosse a preciosidade absoluta e guardadora da mais suprema sinceridade. Seguimos o reflexo da Lua no suave e oleoso ondular de um mar nocturno que vai cintilando, indiferente às lágrimas que o vão tornando mais salgado. Ouvimos sereias que nos transportam para mares de doçuras inconfessáveis, só patentes nos sonhos de vigílias intermináveis. Enfrentamos tempestades com a enorme força de resistência que só a razão nos pode conceder. Perscrutamos o horizonte, esperando pela angra que nos acolherá e permitirá descansar, um dia, com o mesmo perfume de maresia mas sem os sobressaltos de ondas inconstantes. Vamos bebendo, com a sofreguidão de um eterno náufrago, os pingos de felicidade que o amor nos proporciona. As saudades guardaremos para depois… Os suaves e doces sorrisos tratarão de emudecer os seus gritos. João Nuno Gusmão João Damião Uma Incursão da PIDE no Norte de Portugal (Continua do número anterior) ------------------Interrogatórios na PIDE Albertino Mendes, casado, sapateiro, natural de Villas-Boas, Chaves, residente em Montalegre. Preso pela G.N.R. de Montalegre e entregue à PIDE de Vila Verde da Raia em 26-4-1952. No auto das perguntas, na PIDE declarou: ser militante do PCP para o qual partido foi aliciado em fins de 1946, ou princípios de 1947, por um indivíduo conhecido pelo nome de Fernando Latas, atualmente no Brasil. Que nesta condição de militante aliciou o seu amigo Germinal Alves Vieira. Que manteve, sucessivamente, ligação com funcionários do PCP. Interrogado sobre as suas relações com o Dr. Landeiro Borges, disse que o conhecia mas que nunca tratou com ele assuntos políticos. Foi libertado em 6-6-1952 para aguardar o julgamento em liberdade. Ficou absolvido. Pedidos à Câmara Municipal de Montalegre informações sobre a identidade do Fernando Latas, esta respondeu que é: Fernando Ernesto Medeiros, natural de Montalegre, nascido em 17-3-1924, filho de Ernesto Rodrigues Medeiros e Ana de Assis Laranjeira. António Monteiro, casado 40 anos, sapateiro, natural de Eiró, Boticas, residente em Boticas. Preso pela PIDE em Boticas, em 30-1-1952. Albino da Silva, casado, comerciante, 36 anos, natural de Eiró, Boticas. Preso pela PIDE na sua casa em Boticas em 22-1-1952. Interrogado na PIDE disse fazer parte da organização secreta e subversiva do Partido Comunista desde fins de 1948. Que foi aliciado por Germinal Vieira, padeiro, residente em Montalegre e por Arnaldo Marques Mateus, alfaiate, residente em Boticas. Que a célula do partido em Boticas era composta pelo próprio, José Luís Monteiro e Arnaldo Mateus, sendo este o responsável. Reconheceu o funcionário do Partido, Carlos Augusto Gaspar. Contestando a acusação, negou a prática dos crimes de que era acusado. Acareado com Germinal Alves Vieira, afirmou ter sido aliciado pelo Germinal. O Germinal negou. Albino da Silva precisou que foi apresentado ao funcionário do Partido pelo Germinal no Largo do Toural (Boticas) encontrando- se presente o José Luís Monteiro. O Germinal desmentiu. Germinal Alves Vieira, solteiro, padeiro, natural de Vidago, 36 anos, residente em Montalegre. Foi preso em Montalegre em 30-1-1952. Interrogado pela PIDE declarou fazer parte do Partido Comunista para o qual foi aliciado por Albertino Mendes, sapateiro, residente em Montalegre, que lhe apresentou um funcionário do Partido o qual o passou a visitar regularmente. A partir daí passou a receber propaganda, umas vezes entregue pelo funcionário, outras vezes pelo Albertino Mendes ou pelo Dr. Landeiro Borges. Disse não ter a certeza de quem seria o responsável pela organização local do Partido, mas pensava ser o Dr. Landeiro. Em virtude do réu Germinal Alves Vieira não ter sido encontrado após a pronúncia provisória, foram suspensos os termos do processo quanto a ele, não tendo sido pronunciado definitivamente. Depois de algumas diligências, a PIDE informou o Tribunal de que o réu se encontrava no Brasil a residir em Amazonas. O processo terminou em 1-3- MAPC 1952 por falta do réu. João António Landeiro Borges, solteiro, médico, natural de Aldeia do Bispo, Idanha-aNova, 51 anos, residente em Montalegre. O agente policial encarregado da prisão de Landeiro Borges, certifica que não foi possível a captura por o mesmo se haver ausentado em 21-1-1952. No dia seguinte voltou a procurar o aludido médico e um rapazito de 14 ou 15 anos informou que o patrão tinha chegado pelas 23 horas do dia anterior, metera o carro na garagem e recolhera-se a casa, mas que hoje de manhã quando lhe ia fazer a cama, esta se encontrava por utilizar, pelo que concluiu que fora dormir fora. Apertado o rapazito, na G.N.R. acabou por dizer que o patrão tinha saído de casa pelas 23.30 horas do dia anterior, pouco tempo depois de o comerciante Justino Alves ter com ele conversado. Dada a inutilidade da presença dos agentes da PIDE na vila, pediram ao comandante do posto da G.N.R. para capturar o médico quando ele aparecesse e comunicar à subdiretoria do Porto, e foram embora no dia 241-1952. O Dr. Landeiro, possivelmente tomou conhecimento pelo Justino das prisões já efetuadas em Montalegre, organizou a sua vida, entregou os seus doentes ao cuidado de um colega e foi apresentar-se voluntariamente na subdiretoria da PIDE do Porto, depois de ter deixado o automóvel recolhido na garagem Comércio do Porto. Depois do interrogatório na PIDE, esta instruiu o processocrime que transitou para o 1º Juízo Criminal do Porto e foi pronunciado provisoriamente. Pôde, então, ser lavrado o Auto de fiança de José António Landeiro Borges no Tribunal da Comarca de Montalegre. Ficaram seus fiadores Justino Alves e mulher Carminda de Jesus Teixeira. Testemunharam o ato Miguel Teixeira dos Santos e mulher Senhorinha Gonçalves Seara e João Afonso da Silva e mulher Ana da Conceição Antunes Moutinho. Libertado condicionalmente em 19-8-1952. (Continua) José Enes Gonçalves Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 7 POLITICAMENTE FALANDO!... -A CULTURA DEMOCRÁTICA ATRAVÉS DA PALAVRA!... Domingos Chaves A palavra é o instrumento mais belo ao dispôr do ser humano. Serve para tudo!... Para amar, para seduzir, para encantar, para ajudar, para confortar, para rezar, para poetizar, para ofender, para diabolizar, e até para enganar. É através da palavra que nos entendemos, que louvamos ou criticamos o nosso semelhante, que exteriorizamos os nossos sentimentos, as nossas dúvidas e os nossos acordos ou desacordos. Somos todos diferentes, mas é através da palavra que conseguimos provar a principal característica humana: diversidade cultural, intelectual, religiosa, politica e até social. É por todas estas razões, que a liberdade de expressão exercida através da palavra, é hoje considerada como a maior conquista de qualquer sociedade civilizada. Ninguém devia ser perseguido ou incomodado por pensar de forma diferente, muito embora seja pacifico e se saiba, que a História da Humanidade está repleta de atentados à expressão do pensamento e a “estórias” trágicas, com particular destaque para a intolerância política e religiosa. Apesar de todas as barreiras, a “palavra” continua a ser reconfortante e bela, e é pena que nem sempre possa ser utilizada para expormos sem rebuço e sem perigo de retaliação ou intimidação, ou de retalição as nossas ideias, as nossas opiniões, sugestões, conselhos ou denúncias. Todos temos direito a exprimir as nossas opiniões, mesmo que sejam contrárias às dos outros. Todas têm o valor que têm e são bem vindas, porque do contraditório surgem novas ideias e novos paradigmas, contribuindo dessa forma para o progresso civilizacional. É por tudo isto, que não partilho a perspectiva nietzschiana, segundo a qual “O caminho para todas as coisas grandiosas passa pelo silêncio”. Citando Lincoln, “pecar pelo silêncio, faz dos homens cobardes”!... Porque detesto a cobardia, prefiro antes o debate, onde sei atempadamente que a palavra tem uma cotação preciosa. Chama-se a isto cultura democrática!... Não é colocando um boletim de voto de quatro em quatro anos que nos torna democratas, mas sim o procedimento que revelamos entre actos eleitorais. No primeiro caso, trata-se de um direito, no segundo de um dever... Tudo isto para lembrar, que ao completar um ano de colaboração com o Noticias de Barroso, continuarei a usar a minha palavra como arma - sempre. E continuarei a usála, porque é através dela, que procuro fazer-me entender e fazer uso da “minha razão” - que até pode nem ser a “razão” de terceiros - para criticar ou louvar, o que deve ser criticado ou louvado. É através da palavra que procuro exteriorizar os meus sentimentos, expôr as minhas razões, as minhas dúvidas e os meus acordos ou desacordos. Depois desta pausa jornalistica, motivada por umas merecidas férias, cá estarei – se me deixarem - para mais um ano de desafios, em que a força da palavra estará sempre na primeira linha. Entretanto, para todos os leitores deste jornal, onde quer que se encontrem, votos de bom descanso, neste sempre desejado mês de Agosto. (Texto escrito segundo o antigo acordo ortográfico) Comenda ou Encomenda? Acabo de tomar conhecimento que, entre outros antigos autarcas, o ex-presidente da Câmara de Montalegre (CMM), Fernando Rodrigues (FR), foi condecorado pelo Presidente da República. A notícia causou-me nojo e vai certamente criar o mesmo mal estar junto de muita população conhecedora do perfil do ex-presidente da Câmara. Como cidadão atento e que já exerceu as funções de presidente da Câmara e que dirige o jornal Notícias de Barroso, não posso silenciar o que sinto sob pena de correr o risco de que poderá entender-se que tacitamente até se aceita os termos duma decisão tomada pelo Presidente da República que é um erro clamoroso, inacreditável e lamentável. Vejamos porque: Fernando Rodrigues fez quatro mandatos na CMM e teve uma gestão desastrosa porque não resolveu os problemas das acessibilidades (Montalegre é o concelho mais isolado do país), do saneamento básico (Montalegre é o concelho que tem mais obras de saneamentos das aldeias por executar) e do desenvolvimento económico (Montalegre, ao contrário do que se nota nos concelhos vizinhos, estagnou, não progrediu). Durante desasseis anos que esteve à frente da autarquia ficaram várias marcas indeléveis duma gestão desastrosa de que são exemplos: uma Ponte construida na Assureira, sem acessos e portanto sem utilização, que é um monumento à incompetência administrativa, e duas obras faraónicas, o Multiusos e a Pista Automóvel, o primeiro, um mamarracho mal situado e sem enquadramento arquitectónico com a urbanização circundante, a segunda, elaborada sem projecto e em obras, todos os dias, desde 1997 a esta parte. Como vereador foi um dos principais responsáveis pelo falhanço das negociações da Herdade do Cerrado para onde devia crescer a vila de Montalegre e que acabou por ser adquirida por um particular; foi também um dos responsáveis pelo aval dado a uma Discoteca (Madilon) que, devido à sua enormíssima dimensão, está a apodrecer por falta de uso. Cabemlhe ainda responsabilidades pela ostentação de certas manifestações que culminavam com comezainas de milhares de pessoas, todas a comer de borla. A gestão de FR tem sido fortemente criticada na Assembleia Municipal(AM) e nos jornais locais (ver Notícias de Barroso em várias edições e também O Povo de Barroso). No ranking da trasparência dos municípios, Montalegre ocupou o último lugar, o que deu origem a severas críticas nos referidos jornais e na dita AM. A vida de FR, desde que foi eleito autarca até aos dias de hoje, devido aos índices de riqueza que ostenta, tem dado azo a suspeitas de váriada índole, algumas das quais, segundo consta, já expostas a quem de direito. FR tem tido, teve comportamentos impróprios na Assembleia Municipal onde insultou com os nomes mais feios o autor destas linhas, caso que andou nos tribunais. Contra o Director do Agrupamento de Escolas de Montalegre usou de métodos falaciosos para conseguir manter à frente do mesmo pessoas da sua inteira confiança, caso que foi levado ao Ministério da Educação e aos tribunais. Casos houve também em que, sem explicações, ainda como presidente da Câmara, não respeitou sérios compromissos que celebrou com determinadas pessoas. Como actual presidente da AM tem sido fortemente contestado pela oposição e nos jornais já foi pedida a sua demissão por mais de uma vez. Perante tudo isto, como foi possível uma Comenda? É triste vermos a presidência da República condecorar a incompetência, a falta de transparência, a gestão ruinosa, a malcriadez e a prepotência. O Presidente da República acabou, com mais este gesto, de dar razão aos que o tomam como o pior Presidente da República da democracia. É também motivo para nós nos interrogarmos para que é que serve na Presidência da República tanto assessor e tanto consultor (todos muito bem pagos!) e o que é que essa gente faz naquela instituição que, segundo se diz, gasta aos cofres do Estado muito mais dinheiro que a Casa Real de Espanha. Como é possível? Como é possível uma decisão desta natureza sobre uma pessoa que não tem perfil para tal porque não se dá ao respeito porque não respeita ninguém? Os barrosões, gente séria, pacata e honesta, não podem ter como modelo uma pessoa com estes predicados e “devolvem a Encomenda ao Sr. Silva”. Eu, pela minha parte, não entendo e, tal como me compete, acabo de fazer aquilo que me dita a minha consciência, mesmo sabendo que poderei ferir as sensiblidades mais extremadas de alguns dos assinantes do Notícias de Barroso. José A. Carvalho de Moura, professor, jornalista e expresidente da Câmara de Montalegre 8 Salto Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 II “Semana do Barrosão” No dia 24 de Julho, o presidente da Câmara Municipal referiu que «estamos perante um ato de reconhecimento e de valorização de um produto endógeno que foi pontapeado e ignorado ao longo dos anos». A II “Semana do Barrosão” serviu de novo para enaltecer a raça barrosã. O presidente do município, na sessão inaugurativa do evento, explicou as razões que justificam este cartaz: «porque está sob a ameaça das carnes “low cost” que invadem o mercado nacional, importadas sabe-se lá de onde e que, chegam à mesa dos portugueses ao mesmíssimo preço das carnes de qualidade por nós produzidas, do que resulta deixarem os agricultores do Barroso em precaríssimas condições; porque falamos de uma marca comercializada pela certificação DOP e cujo processo de valorização e de afirmação comercial estratégica importa implementar por forma a que a marca seja protegida dos abusos ou banalizações vulgarmente encontrados Portugal abaixo e a alavanquemos como seguro de vida dos produtores envolvidos na sua criação; porque é também esta a forma de o Município homenagear os bravos e resistentes produtores de Salto que nunca optaram por espécies de crescimento rápido e consequentemente de proventos e proveitos acrescidos». Os “porquês” alavancados por Orlando Alves ajudam a compreender alguma amargura que o edil fez questão de ressalvar quando interrogado sobre a importância desta nova aposta do executivo: «estamos perante um ato de reconhecimento e de valorização de um produto endógeno que foi pontapeado e ignorado ao longo dos anos». O desenvolvimento dos territórios, explica o autarca, «faz-se a partir da valorização dos produtos locais, como a batata, o fumeiro, os produtos hortícolas aliados à boa gastronomia, ambiente e paisagem». Daí que, sustenta Orlando Alves, «toda a carne produzida em Montalegre, pela forma como é alimentada, só tem que ser de excelente qualidade». Orlando Alves saiu de novo em defesa deste símbolo barrosão a ponto de o equiparar ao Castelo de Montalegre: «não podemos ignorar que uma raça autóctone tem a mesma representatividade e importância que tem um dos símbolos maiores da nossa terra que é o castelo de Montalegre. Se víssemos o Castelo a ser invadido íamos defendê-lo e se vemos a raça barrosã ameaçada de extinção, também temos que valorizála e defendê-la». No mesmo tom, o presidente da Câmara de Montalegre prometeu dinheiro para preservar este emblema: «vamos financiar o nascimento de vitelos desta raça. É património de Barroso, é identidade barrosã e é para manter isso que servem os autarcas». Zona onde as pequenas propriedades imperam, o Barroso quer ganhar dimensão para construir escala. A importância de travar a história do minifúndio pode ser agarrada com a oferta do novo Quadro Comunitário de Apoio apesar dos reparos do líder do executivo: «há que ter visão e dimensionar a propriedade. Para que as máquinas nela entrem e a tornem produtiva e rentável e à terra seja dada a função social que lhe cabe. É este o desígnio a que temos todos, em conjunto, de deitar a mão e de imediato implementar. Se o fizermos – e é pena que o Portugal 2020 o não contemple – os milhares de escravizados nos restaurantes de Londres regressarão para se envolverem na atividade em que foram iniciados e de que gostam sobremaneira. E os muito milhares de técnicos desempregados encontrariam nas tarefas de elaboração de cadastro e da reestruturação fundiária a oportunidade que a república teima em não darlhes». In cm-montalegre.pt Reportagem fotográfica de Avelino Castro e cm-montalegre Vivendas BEIRA CÁVADO De frente do Rio Cávado e do Parque de Lazer de Montalegre, Situa-se o melhor conjunto de VIVENDAS em banda, Cada em T4, com amplos espaços nos três pisos Os mais modernos equipamentos de cozinha e do mobiliário Construção e Acabamentos de requinte. Contacte-nos: 276 512 260 e 964 053 004 Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 9 as semanas Construção Civil e Obras Públicas Carpintaria Lavandaria Funerária Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica Paula Cunha, Lda. A Empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade. 10 Barroso Noticias de NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA Certifico, para fins de publicação, que por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 153 - A, a fls 16 e seguintes: JOAQUIM RIBAS DE MOURA e mulher PIEDADE ALVES DE MOURA, casados na comunhão geral, naturais ele da freguesia de Padroso, concelho de Montalegre e ela da freguesia de Padornelos do mesmo concelho, residentes na Rua Principal, n.º 1, lugar de Padornelos, união das freguesias de M;eixedo e Padornelos, do dito concelho, declaram: Que são donos com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na união das freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre: UM - Prédio rústico situado no lugar de Eiras, composto de pastagem de sequeiro, com a área de oitocentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, nascente com Ilídio Fraga Alves, sul com António Fraga Alves, poente com António Alves Pio e Fernando Martins, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1898. DOIS - Prédio rústico situado no lugar de Covelinho, composto de cultura arvense, regadio e horta, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com caminho público, nascente e sul com António José Lopes Seara e poente com José Joaquim Gonçalves Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2768. TRÊS - Prédio rústico, situado no lugar de Carrim Velho, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de João Ribas, nascente com Isaura Fraga, sul com caminho público e poente com António Alves Tiago, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2914. QUATRO - Prédio rústico, situado no lugar de Fonte Velha, composto de lameiro, com a área de duzentos e setenta metros quadrados, a confrontar do norte com Heitor Lopes Seara, nascente e sul com caminho público e poente com Júlia Alves Ribas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3062. CINCO - Prédio rústico, situado no lugar de Pereira, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e trinta metros quadrados, a confrontar do norte, nascente e poente com caminho público e sul com José Joaquim Ribas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3311. SEIS - Prédio rústico situado no lugar do Casal, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com António Júlio Ribas, nascente com Ana Neves Esteves, sul com Maria Rita Esteves e poente com herdeiros de Domingos Ribas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3398. SETE - Prédio rústico situado no lugar de Quintela, composto de lameiro e pastagem, com a área de quatrocentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com José Esteves Miranda, nascente com António Alves Pio, sul com herdeiros de Domingos Ribas e poente com baldio, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3802. OITO - Prédio rústico situado no lugar de Lama da Gonda, composto de pastagem e sequeiro, com a área de mil sesicentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com António Esteves Junior, nascente com caminho público, sul com Ilídio Fraga Alves e poente com Domingos Esteves Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3913 NOVE - Prédio rústico situado no lugar de Carvalha, composto de pastagem natural, com a área de oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com Isaura Fraga, nascente com caminho público, sul com Maria Leonor Alves Ribas e poente com José Ribas Barros, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4142 DEZ - Prédio rústico situado no lugar de Calvas, composto de mata mista, com a área de setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Alves Pio, nascente com Serafim Alves, sul com Júlio Alves Ribas e poente com Ana de Fátima Alves, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4295 Que os referidos prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre. Que todos estes prédios resultam da organização administrativa operada pela Lei n.º 11-A/2013, de vinte e oito de janeiro e estavam inscritos antes, respetivamente, sob os artigos 18, 455, 528, 627, 878, 965, 1370, 1483, 1712 e 1865 da freguesia de Padroso. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e oito, ano em que os adquiriram, por partilha meramente verbal da avó do justificante marido, Maria Benta Alves Pio, viúva, residente que foi no lugar e freguesia de Padroso, concelho de Montalegre. Que, desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, roçando o mato e limpando-os, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os mencionados prédios por USUCAPIÃO que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial. Está conforme. Póvoa de Lanhoso, 27 de julho de 2015 A colaboradora com autorização para este ato nos termos do n.º 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de fervereiro Ana Maria Pinto Gonçalves Registada sob o nº 84/4 Conta registada sob o nº 1563 Emitida fatura/recibo A autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013 Notícias de Barroso, n.º 476 de 17 de Agosto 2015 Barroso Noticias de 1-Assinaturas Pede-se aos nossos amigos assinantes que procurem ter os pagamentos da assinatura do jornal actualizados. Os valores das assinaturas são os seguintes: Nacionais Estrangeiras: Espanha Resto da Europa Resto do Mundo = 20,00 €uros = 30,00 €uros = 35,00 €uros = 35,00 €uros As assinaturas podem ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes: Nacionais Estrangeiras: - NIB: 0079 0000 5555 1489101 27 - IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que não está certo, contacte-nos (+351 91 452 1740). 2. Prestação de serviços Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros. Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail [email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos desses assinantes. Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor. 17 de Agosto de 2015 NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA Certifico, para fins de publicação, que por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 153 - A, a fls 13 e seguintes: ANTÓNIO JOAQUIM RIBAS TIAGO casado com Maria Fernanda Gonçalves Seara Tiago, sob o regime imperativo de separação de bens, natural da freguesia de Padroso, concelho de Montalegre, residente em 167 Lakeview Av., Ludlow, M.A., Estados Unidos da América, declara: Que é dono com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na União das freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre: UM - Prédio urbano situado na Rua do Calvário ou lugar de Padroso, composto de parcela de terreno, com a área de cento e trinta e três vírgula oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com baldio, nascente com António Manuel Rodrigues Alves, sul com Rua do Calvário e poente com Sebastião Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1750. Que este prédio não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre. Dois - Três quartas partes indivisas do prédio rústico situado no lugar de Fervença, composto de mata mista, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número trezentos e sessenta e oito, da freguesia de Padroso, não incidindo sobre a fração qualquer inscrição em vigor, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4544. Três - Metade indivisa do prédio rústico situado no lugar de Cortinhas, composto de lameiro de serra, descrito na mesma Conservatória sob o número trezentos e setenta, da freguesia de Padroso, não incidindo sobre a fração qualquer inscrição em vigor, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 4599. Que estes prédios resultam da organização administrativa operada pela Lei n.º 11-A/2013, de vinte e oito de janeiro e estavam inscritos antes, respetivamente, sob os artigos 198 urbano e 2116 e 2173 rústicos da freguesia de Padroso. Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio e das quotas partes indivisas, mas iniciou a sua posse, em mil novecentos e oitenta e dois, ano em que os adquiriu, por doação meramente verbal de seus pais António Alves Tiago e mulher Maria Augusta Ribas, residentes que foram no lugar de Padroso. Que, desde a essa data e juntamente com o restante proprietário, quanto aos prédios identificados sob os números dois e três, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído os prédios, guardando lenha, feno e alfaias agrícolas no palheiro que em tempos existiu no prédio identificado no número um, limpando e retirando as pedras das ruínas do mesmo, roçando mato, apascentando o gado e pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os mencionados prédios por USUCAPIÃO que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial. Está conforme. Póvoa de Lanhoso, 27 de julho de 2015 A colaboradora com autorização para este ato nos termos do n.º 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de fervereiro Ana Cristina Veloso Sampaio Registada sob o nº 84/3 Conta registada sob o nº 1560 Emitida fatura/recibo A autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013 Notícias de Barroso, n.º 476 de 17 de Agosto 2015 Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 11 Santa Teresa de Ávila Pe Vítor Pereira Neste ano de 2015, celebram-se os 500 anos do nascimento de uma grande santa da Igreja Católica, Sta. Teresa de Ávila, também conhecida por Sta. Teresa de Jesus. Vale a pena lembrar o percurso da sua vida. Nasceu a 28 de Março de 1515, na barrenta cidade espanhola de Ávila, não muito longe aqui de nós. Seu pai, Afonso, inquieto e desassossegado com as aventuras e as ousadias juvenis da filha e querendo livrá-la das perniciosas influências mundanas, abrigou-a no Convento de Santa Maria de Grácia, orientado pelas monjas agostinhas, tinha ela os seus 17 anos. Passados três anos, entra no Mosteiro da Encarnação, em Ávila, onde fez votos como carmelita, com a bênção do pai. Retratando o sentimento que BOTICAS Centro de Saúde de Boticas O Município de Boticas assinou, dia 29 de julho, um protocolo com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) que permitirá reforçar o número de consultas no Centro de Saúde de Boticas, aumentando em 12 horas semanais (seis às quintas-feiras e seis às sextas-feiras) o horário de atendimento médico no Centro de Saúde, para fazer face à actividade assistencial dos utentes inscritos nesta unidade que se encontram sem médico de família atribuído. Para garantir este aumento de horas de consultas, o Município irá assegurar na íntegra o pagamento dos encargos mensais com o vencimento dos médicos decorrente desta actividade assistencial suplementar. Inaugurada Estátua na Rotunda de Carvalhelhos A estátua da autoria de Francisco Simões apresenta uma mulher “a Barrosã” com vestimentas tradicionais do povo barrosão. O escultor destaca o papel da mulher e considera-a o centro do mundo A Rotunda de Carvalhelhos que foi renovada com um arranjo urbanístico teve lhe atravessava a alma nesta fase da sua vida, sentindo-se profundamente unida a Cristo, deixou escrito: «Já me entreguei completamente, e de tal sorte estou mudada, meu amado é para mim e eu sou para o meu amado. Feriu-me com uma seta arvorada de amor, e minha alma ficou feita uma com o seu Criador. Já não quero outro amor, pois ao meu Deus me entreguei, meu amado é para mim e eu sou para o meu amado.» Apesar de dizer às suas monjas que o Mosteiro da Encarnação, onde esteve 27 anos, era bom, contudo, havia alguns aspetos que lhe desagradavam no estilo de vida e no ambiente, que a vão estimular a empreender uma grande reforma na ordem carmelita: individualismo, diferença de classes, ausência de clausura, falta de partilha, de comunhão e de fraternidade, trivialidade e opulência. Enfim, seria talvez um mosteiro excessivamente mundano para se viver o ideal cristão, com toda a sua verdade e exigência. Movida pelas suas ideias e convicções contracorrente e revolucionárias para o tempo, defendendo, por exemplo, o direito das mulheres à instrução, à espiritualidade, à oração e direito a uma cerimónia de inauguração pelo facto da empresa das “Águas de Carvalhelhos” completar, este ano, 100 anos da sua sociais relativos ao incentivo da natalidade e às bolsas de estudo do Ensino Superior. Foram nove os bebés nascidos no concelho, nos últimos meses, que receberam, das mãos do presidente Fernando Queiroga, um cheque no valor de 1000€, juntamente com uma pequena lembrança. Os pais louvaram a atitude do executivo municipal, em incentivar os casais do concelho a terem filhos, “é sempre bom saber que a autarquia pensa nos seus cidadãos e os ajuda a manterem-se por cá, o que, nos dias que correm, é muito importante”, disseram. Para além da atribuição do “Enxoval do Bebé” foram, também, entregues bolsas de estudo aos jovens do concelho que frequentam o Ensino Superior, apoio que serve para aliviar os encargos que os pais têm com os seus filhos, ao longo do ano letivo. A autarquia botiquense vai voltar a atribuir estes apoios sociais já no final deste ano. instalação em Carvalhelhos. Uma homenagem à terra onde está sediada a empresa “Águas de Carvalhelhos” que este ano comemora o seu centenário. Entrega de 9 enxovais de bebé e 20 bolsas de estudo O Salão Nobre, da Câmara Municipal de Boticas acolheu, na passada quinta-feira, dia 6 de agosto, a entrega dos apoios a terem um lugar digno na Igreja, abandonou o Mosteiro da Encarnação e, com a ajuda do dinheiro de uma irmã e seu cunhado, comprou um terreno Escavações Arqueológicas das Batocas Pelo quinto ano consecutivo estão a decorrer na Estação Arqueológica das Batocas, em Ardãos, escavações arqueológicas. Recorde-se que as escavações na Estação fora das muralhas de Ávila, onde construiu uma pequena casa, berço da reforma que levou a cabo na ordem, fundando as carmelitas descalças. Ao longo de 20 anos, fundou 17 conventos. A sua reforma teve uma direção clara: sobriedade de vida e regime de clausura, para ela sinal de liberdade para quem deseja uma união profunda e mística com Deus e viver em exclusividade para a interioridade, a contemplação, a oração e a reflexão. Desde que manifestou uma certa índole vanguardista para a época, passou a ser vigiada pela Inquisição, que desde logo procurou esconder os seus escritos e controlar os danos que a monja arisca lançava na cómoda e controlada normalidade da Igreja. Faleceu a 4 de Outubro de 1582. Pressentindo a visita da morte, escreveu desassombradamente: Olha que o amor é forte. Vida, não me sejas molesta, olha que só te resta para ganharte, perder-te. Venha já a doce morte, o morrer venha ligeiro. Que morro porque não morro.» Foi beatificada em 1614. Em 1970 foi proclamada por Paulo VI «Doutora da Igreja», pelos méritos dos escritos místicos e doutrinais, que nos deixou, cheios de sapiência, próprios de uma alma que se deixou abrasar pelo amor de Deus. Já houve em tempos, e não sei se ainda haverá, os caminhos de Santa Teresa. Arqueológica das Batocas surgiram no âmbito do protocolo de cooperação assinado entre a Câmara Municipal de Boticas e a Universidade do Minho e decorrem no âmbito do projeto de “Conservação, Estudo, Valorização e Divulgação do Complexo Mineiro Antigo do Vale Superior do Rio Terva, em Boticas”. Os trabalhos resultantes deste protocolo são um importante contributo para o conhecimento aprofundado de todo o Complexo Mineiro Antigo do Vale Superior do Rio Terva, permitindo não só valorizar e preservar o espaço, mas também dar a conhecer aquele que foi um dos mais importantes locais de mineração aurífera na época romana. A forma intensa e apaixonada como os santos viveram a sua fé e o seu amor a Deus, à Igreja e aos outros, e por isso mesmo provocadores de ruturas e de convulsões, é para nós um modelo e um estímulo, mas também não pode deixar de ser um questionamento ao cristianismo tradicionalista e ritualista a que nos acomodámos, ao cristianismo sociológico em que nascemos (somos cristãos porque o ambiente à nossa volta é cristão, falta de convicção) e à forma desfervorosa, rotineira, costumeira, desencantada e morna como vivemos a fé, sobretudo na Europa. Será que já descobrimos e acreditamos mesmo no amor de Deus e na fonte de vida plena e eterna que Ele é? 12 Barroso Noticias de CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 11 – B, a fls 52 e seguintes, FERNANDO BARREIRA ARTILHEIRO, solteiro, maior, natural da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel), concelho de Montalegre, residente na Avenida da Igreja, n.º 7, freguesia de Vilar de Perdizes e Meixide, no mesmo concelho, declara: Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis: UM - Prédio rústico, situado no lugar de Veiga, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, a confrontar do norte com João Gonçalves Lage, nascente com João Barros Pinto, sul com Augusto Domingues Couteiro e poente com ribeiro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11034 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 8405. DOIS - Prédio rústico, situado no lugar de Ladeiro, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil quinhentos e setenta e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com Eduardo Alvar Barros, nascente com ribeiro, sul com Fernando Pires Magalhães e poente com João do Alvar, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11303 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 8674. TRÊS - Prédio rústico, situado no lugar de Rebozes, composto de mato, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Dias Carrelo, nascente com Aldina Voluntário Oliveira, sul com Augusto Alves (herdeiros de) e poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6824 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 4167. QUATRO - Prédio rústico, situado no lugar de Salgueiros, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil cento e vinte e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com Ana Santos Barros, nascente com estrada, sul e poente com Luís Fernandes Chaves, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 10600 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 7965. CINCO - Prédio rústico, situado no lugar de Vidoedos, composto de vinha e mato, com a área de setecentos e cinquenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, nascente com João Alves Oliveira, sul com António Botelho e poente com Celso Bernardes Botelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6067 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 3409. SEIS - Prédio rústico, situado no lugar de Lamela, composto de mato, com a área de oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com António Rodrigues Artilheiro, nascente com José Fonseca, sul com Antonio Domingos Fernandes e poente com Antonio Gonçalves Fonseca, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7902 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 5250. SETE - Prédio rústico, situado no lugar de Rebozes, composto de mata mista, com a área de cento e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Ilídio Rodrigues Santos, nascente com caminho, sul com José Bernardes Amorim e poente com João Alves Oliveira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6827 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 4170. Este prédio não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre. Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos referidos prédios, mas iniciou a sua posse, por volta do ano de mil novecentos e noventa e três, ano em que os adquiriu, por compra meramente verbal que deles fez, os identificados sob os números um, dois, três e sete, a João Martins Barreira, divorciado, o identificado sob o número quatro, a Maria Martins Barreira e marido, Torcato Ramos da Silva, o identificado sob o número cinco, a Manuel Lopes da Fonseca, solteiro, maior e o identificado sob o número seis, a Arminda Botelho Pires, viúva, todos residentes na dita freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel). Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, bem como a proveniência dos artigos, devido à antiguidade das transmissões. Que, desde aquela data, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os, colhendo os seus frutos, limpando e roçando o mato e usufruindo dos rendimentos por eles proporcionados, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que xpressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial. Está conforme. Chaves, 27 de Julho de 2015. A notária, A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8 do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notária £ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1 £ Sandra Cristina Ribeiro Fernandes – 282/2 Conta/recibo registada sob o n.º FR /2015/2 Notícias de Barroso, 17 de Agosto de 2015 17 de Agosto de 2015 Instituto dos Registos e do Notariado Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre Instituto dos Registos e do Notariado Conservatória do Registo Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre EXTRATO EXTRATO Para efeitos de publicação certifico que, por escritura de 11 de agosto de 2015, exarada a folhas 4 e seguintes do livro 982-A, lavrada no Cartório Notarial de Montalegre a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, ANTÓNIO DE MOURA, natural da freguesia de Fiães do Rio, concelho de Montalegre, titular do bilhete de identidade número 3028610, emitido em 20-09-2006, pelos SIC de Lisboa e mulher ANA DA COSTA MOURA, natural da freguesia de Contim, concelho de Montalegre, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Rua do Casal, n.º 2, lugar de Fiães do Rio, freguesia de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre, declararam: Que são donos com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre: - Prédio urbano situado na Rua Principal, lugar de Fiães, composto de corte de rés-do-chão, com a superfície coberta de vinte e um, vírgula, zero nove metros quadrados, a confrontar do norte e sul com Manuel Dias dos Santos, nascente com caminho público e do poente com Manuel da Cunha Moreira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 768. Que este prédio estava inscrito na matriz da freguesia de Fiães do Rio (Extinta) sob o artigo 232 e na matriz anterior a mil novecentos e noventa e sete sob o artigo rústico 746 e encontra-se por descrever na Conservatória do Registo Predial. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e dois, ano em que o adquiriram por partilha meramente verbal efetuada por óbito de seu pai e sogro, Manuel Gonçalves dos Santos, casado com Alzira de Moura, residente que foi no lugar de Fiães do Rio referido. Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, nele guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeito de ingresso do mesmo no registo predial. Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de 11 de agosto de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta de Conservador, em substituição legal e em exercício de funções notariais, exarada a folhas 7 e seguintes do livro 982-A, ANTÓNIO BRANCO GONÇALVES e mulher MARIA DE LURDES CORREIA DOS SANTOS GONÇALVES, casados em comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Covelães, deste concelho e ela da freguesia de Mondim da Beira, concelho de Tarouca e residentes na Rua Bastos Nunes, n.º 20, r/c dtº, em Queluz, declararam: Que ele é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na União das Freguesias de Sezelhe e Covelães, concelho de Montalegre: - Prédio rústico situado no JOGO DA BOLA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de setecentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Fernando Américo Alves Silva, sul com caminho público, nascente com Manuel Gonçalves Branco Gaspar e do poente com Joaquim Gonçalves Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 448, que corresponde ao artigo 458, da freguesia de Covelães (Extinta), com o valor patrimonial tributável de 78,31 euros, que é também o atribuido. Que após exaustivas pesquisas nos diversos serviços públicos, não foi possível encontrar o artigo da matriz anteriormente ao ano de mil novecentos e noventa e sete. Que o prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante marido. Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e oitenta, ano em que o adquiriu ainda no estado de solteiro, por doação meramente verbal de António Gonçalves Ramos e Teresa de Jesus Gonçalves Branco, residentes que foram em Covelães. Que, desde essa data, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeito de ingresso do mesmo no registo predial. Montalegre, 11 de agosto de 2015 A 2.ª Ajudante, Maria José Fernandes Carapenha Conta: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 € Conta registado sob o n.º 396 Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015 EXTRATO Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 14 de julho de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 80 e seguintes do livro 981-A, ANTÓNIO DOS SANTOS GARCIA e mulher MARIA DA CONCEIÇÃO FERNANDES DE CARVALHO, casados em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Gralhas, deste concelho, onde residem na Rua dos Campos, n.º 4, DECLARARAM: Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia de Gralhas, concelho de Montalegre: - Prédio rústico situado na POÇA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, a confrontar do norte e poente com António dos Santos Garcia, sul com Serafim Gonçalves Pelho e do nascente com o caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3051. Que, apesar de pesquisas nos diversos Serviços Públicos, não foi possível obter o artigo da matriz anteriormente ao ano de mil novecentos e noventa e sete e encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e nove, ano em que o adquiriram por compra meramente verbal a João Carvalho de Moura e mulher Palmira Gonçalves Barroso de Moura, residentes na mencionada freguesia de Gralhas. Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Montalegre, 14 de julho de 2015 O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível) Conta: Artigos: “ Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 € São: vinte e três euros Registado sob o n.º 319 Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015 Está conforme. Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 11 de agosto de 2015 O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível) Conta: Emol. Art.º 24.4.5) ------------ 23,00 € São: vinte e três euros Conta registado sob o n.º 399 Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015 IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MONTALEGRE R. General Humberto Delgado, Tel. 276 512 266, Fax. 276 511 352, 5470-247 MONTALEGRE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 24.º do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, pessoa colectiva de utilidade pública com o NIPC 501745963, com sede na vila de Montalegre, na Rua General Humberto Delgado n.º 473, Convoco todos os irmãos, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia-Geral Extraordinária, no próximo dia 02 de Setembro de 2015, pelas 15,00 horas, na sede da Irmandade, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS Ponto 1. – Deliberar sobre a alteração do Compromisso da Misericórdia (Estatutos), em conformidade com o Dec.-Lei nº 172-A/2014. Ponto 2. - Apreciar e votar as alterações ao Regulamento Eleitoral. Se à hora anunciada a Assembleia-Geral não se puder realizar, por falta de maioria legal, a reunião terá lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de irmãos. (n.º 1 do artigo 26.º do Compromisso). Os elementos preparatórios encontram-se à disposição dos irmãos, para consulta, na sede (Provedoria), durante as horas de expediente, nos termos legais Montalegre, 14 de Agosto de 2015 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral _____________________________ Eng.º José Gonçalves Justo Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015 Barroso Noticias de 17 de Agosto de 2015 13 Dois Brasileiros Reconstroem o Rosto de Maria Madalena Lita Moniz Cícero Moraes, designer gráfico de Mato Grosso e Paulo Miamoto, pesquisador, especialista em odontologia e antropologia forense, da cidade de Santos, depois do sucesso que obtiveram ao reconstruir o rosto de Santo Antônio de Pádua, aceitaram mais um desafio: Reconstruir o rosto de Maria Madalena. José Luís Lira, ex-seminarista, estudioso de relíquias católicas procurou estes dois especialistas para reconstruírem o rosto de Maria Madalena. É por demais sabido a vida de Maria Madalena citada em várias passagens da Bíblia. A importância deste fato merece todo o destaque. José Luís Lira entrou em contato com estes dois pesquisadores para juntos tentarem reconstruir o rosto de Maria Madalena a partir do crânio preservado que, segundo historiadores, seria o crânio de Maria Madalena. Este crânio está revestido de ouro, formando um busto, uma relíquia de valor inestimável da cidade Saint– Maximin-la-SainteBaume, uma cidade no Sul da França. No relicário da Basílica de com o Monsenhor Dominique, a princípio com alguma resistência, mas depois de perceberem que não era necessário retirar a relíquia da Basílica, acabaram por compreender e aceitar que se fizesse a reconstrução do rosto de Maria Madalena. Enviaram que o rosto de Maria Madalena só fosse apresentado ao mundo a partir do dia 19 de julho de 2015, data em que se iniciam as festas em honra a Santa Maria Madalena. Então o Notícias de Barroso já pode sair nesta edição sempre a descreveu, o que talvez ajude a dar mais autenticidade à relíquia. A partir da foto já pronta, a festa na Basílica de Sainte-MarieMadeleine contará com a Imagem de Santa Maria Madalena. Será realmente uma festa especial, Sainte-Marie-Madeleine, está guardada esta relíquia católica. Os primeiros contatos com o padre Florian Racine, e depois as fotos e dados necessários que o trabalho de reconstrução exigiam. Só fizeram uma exigência: apresentando o rosto de Maria Madalena. Um rosto de uma mulher realmente linda como a Bíblia graças a dois brasileiros notáveis por seu talento em recriar imagens a partir de crânios com precisão milimétrica. Dos Estados Unidos Mons. Constantino Caldas regressou à sua terra natal Domingos Dias O padre Constantino Caldas, que mais tarde foi promovido a monsenhor, deixou o lar de terceira idade Saint Joseph em Trumbull, Connecticut, no dia 30 de Julho, para regressar a Monção, Minho. Uma sobrinha veio de Portugal propositadamente para o acompanhar. Antes da partida, um grande número de paroquianos decidiram fazer-lhe uma festa de despedida, sendo um gesto bonito e de apreciação por tudo o que ele fez religiosamente MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso Apicultor nº 110796 J. A. Carvalho de Moura Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211MONTALEGRE Tels: +351 91 452 1740 e 276 412 285 Fax: +351 276 512 281 Mail: carvalhodemoura@ sapo.pt ao serviço do catolicismo e da comunidade portuguesa de Bridgeport, durante cerca de 50 anos. O padre Caldas chegou a Bridgeport em 1957. Como ainda não havia uma igreja portuguesa, começou por rezar missa na capela da catedral Saint Augustine. Passado pouco tempo e chegando à conclusão que a comunidade precisava de uma igreja própria, deu início a uma campanha para que fosse construída. Muitos paroquianos contribuiram com ajuda de trabalho voluntário e com ofertas monetárias para que o projeto fosse concretizado. Em 1961 foi inaugurada a Igreja Nossa Senhora de Fátima, de Bridgeport. Há cerca de 10 anos, o monsenhor Caldas aposentouse da referida igreja portuguesa. Ficou a substituí-lo o padre José Alves, que já era seu assistente desde 1976. Antes tinha sido também assistente do monsenhor Caldas, o padre António Ribas Moura, de Padroso, Montalegre. O monsenhor Caldas tem agora a bonita idade de 89 anos. Desejamos-lhe uma boa estadia na sua terra natal, com votos de que viva ainda muitos mais anos. 14 Barroso Noticias de VENDA NOVA Festival de Folclore Teve lugar na Venda Nova, dia 8 de Agosto, a 9.ª edição do Festival de Folclore organizado pelo grupo folclórico local, com o apoio da Câmara Municipal. Grupo formado no ano de 1982, teve uma paragem durante vários anos, mas a vontade dos vendanovenses superou todas as dificuldades e foi bonito ver, de novo, o Rancho Folclórico da Venda Nova actuar no seu Festival que realizou pela 9.ª vez. A animação esteve a cargo dos Gaiteiros de Pitões e, com o Rancho da Venda Nova estiveram em palco o Rancho Folclórico Rosas de S. Miguel – Sto. Tirso e o Grupo Folclórico Danças e Cantares de Sto. Adrião – Braga. O Notícias de Barroso felicita os responsáveis do Rancho Folclórico e todos os seus participantes bem como toda a população da Venda 17 de Agosto de 2015 Outras Noticias Nova pelo reaparecimento do Rancho e faz votos que a sua actividade que faz falta a Barroso se mantenha por muitos anos. FAFIÃO Inaugurado Núcleo Museológico do Ecomuseu de Barroso No dis 25 de Julho, foi inaugurado o núcleo museológico do Ecomuseu de Barroso de Fafião. Poucos dias depois da inauguração do Centro Interpretativo das Minas da Borralha, a Câmara Municipal aproveitou o dia de Festa de Fafião, em honra de S. Tiago, para inaugurar mais um polo do Ecomuseu de Barroso. A estrutura foi financiada pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) e mostra facetas diferentes da cultura de Barroso por parte dos barrosões geresianos. A sobrevivência dos povos antigos destas zonas de Barroso assentava na pastorícia e tal é retratatado no núcleo museológico, o que representa a consagração da associação “Vezeira” com a qual a Câmara fez uma parceria. A “Vezeira” tem tido uma acção meritória através de encontros na serra a recriar a vida dos pastores dos tempos passados. Eventos que contam com turistas desejosos de conhecer estes costumes ancestrais. Daqui em diante, os turistas em Fafião terão mais um motivo de interesse e a O Município de Montalegre, EDP Produção e Universidade do Minho decidiram atribuir os prémios da II edição do programa “(Co) Empreende” a Vítor Domingos Barroso Afonso & Marie Cécile Claire Marchand - Nomad Planet (dedicado ao ecoturismo, o projeto consiste a Maria Amélia Rodrigues Santos Gonçalves - BarrosArte (assumindo como atividade principal a criação artesanal de pinturas em telas, cerâmica, vidro, madeira, tecidos e outras alusivas a eventos e património da região, também a criação de peças (escultura) originais em barro e outros materiais que divulguem tradições de Barroso) e a Marco Raul Gonçalves Costa - Viver Fafião (cuja atividade consiste em proporcionar aos clientes experiências únicas no coração do Gerês: acompanhamento das vezeiras; ciclo do azeite; ciclo do pão; atividades ancestrais em extinção mas ainda existentes na aldeia de Fafião). A cerimónia da entrega dos prémios teve lugar na construção de alojamentos ecoturísticos em yurts. O yurt é uma tenda típica dos povos nómadas mongóis. Resistente, ecológica e familiar diferenciase de todas as outras tendas); na sessão de abertura da II “Semana do Barrosão”, presidida pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida. possibilidade de obter mais informação sobre a pastorícia nas serras do Gerês. A Câmara Municipal, segundo revelou o seu presidente, investiu ali meio milhão de euros na construção, expropriação, compra do espaço, projeto, obras de remodelação e instalação de equipamentos. Prémios (CO)empreende Informações úteis SOS – Número nacional Protecção à Floresta Protecção Civil Câmara Municipal de Boticas Câmara Municipal de Montalegre Junta de Freguesia de Boticas Junta de Freguesia de Montalegre Junta de Freguesia de Salto Bombeiros Voluntários de Boticas Bombeiros Voluntários de Montalegre Bombeiros Voluntários de Salto GNR de Boticas GNR de Montalegre GNR de Venda Nova Centro de Saúde de Boticas Centro de Saúde de Montalegre Extensão de Saúde de Cabril Extensão de Saúde de Covelães Extensão de saúde de Ferral Extensão de Saúde de Salto Extensão de Saúde de Solveira Extensão de Saúde de Tourém Extensão de Saúde de Venda Nova Extensão de saúde de Viade de Baixo Extensão de saúde de Vilar de Perdizes Hospital Distrital de Chaves 112 117 118 276 410 200 276 510 200 276 410 200 276 512 831 253 750 082 276 415 291 276 512 301 253 659 444 276 510 540 276 510 300 253 659 490 276 410 140 276 510 160 253 652 152 276 536 164 253 659 419 253 659 283 276 536 183 276 579 163 253 659 243 276 556 130 276 536 169 276 300 900 Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas Agrupamento de Escolas de Montalegre Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso Escola Profissional de Chaves Centro de Formação Profissional de Chaves Tribunal Judicial de Boticas Tribunal Judicial de Montalegre Instituto de Emprego de Chaves Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso ADRAT (Chaves) ACISAT (Chaves) Direcção Regional de Agricultura (Chaves) EDP – Electricidade de Portugal Cruz Vermelha Portuguesa Boticas Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre APAV – Apoio à Vítima SOS – Criança SOS – Grávidas SOS – Deixe de Fumar SOS – Voz Amiga Linha SIDA Intoxicações NOTÍCIAS DE BARROSO NOTÍCIAS DE BARROSO Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 415 245 276 510 240 253 659 000 276 340 420 276 340 290 276 510 520 276 090 000 276 340 330 276 340 660 276 340 920 276 332 579 276 334 359 276 333 225 276 410 200 276 518 050 707 200 077 800 202 651 800 201 139 808 208 888 800 202 669 800 266 666 808 250 143 91 4521 740 276 512 285 276 512 442 17 de Agosto de 2015 DESPORTO CICLISMO Volta a Portugal em bicicleta Pelo segundo ano consecutivo, a serra do Larouco acolheu um final de etapa da Volta a Portugal em bicicleta. Tal como no ano anterior, voltou a ser Barroso Noticias de helicóptero da RTP mostrou ao Mundo os “trunfos” da beleza do concelho de Montalegre. Os ciclistas galegos continuam a dominar a serra do Larouco. Se no ano passado, em jornada de estreia, o espanhol David Belda (Burgos/BH) venceu, este ano, a segunda etapa da Volta 15 CORRIDA DE CAVALOS Muito público na tradicional corrida de cavalos de passo travado realizada no “Campo do Rolo” de Montalegre. Mais de 40 animais numa tarde animada que registou assinalável presença galega. A tarde homenageou “Africano”, conhecido aficionado de cavalos falecido recentemente. Classificação: 1.º Ricardo Salgueiro Moimenta da Beira 2.º Pedro Reis - Torgueda (Montalegre) 3.º António Nogueira - Espanha 4.º Nélson Madeira - Vila Real 5.º Hugo Rebelo - Vila Pouca de Aguiar um espanhol (Délio Fernández) a vencer no alto da serra do Larouco. Também como no ano passado, Gustavo Veloso conquistou a tão desejada “camisola amarela”. O a Portugal em bicicleta, que ligou Macedo de Cavaleiros ao alto da serra do Larouco, foi conquistada pelo galego Délio Fernández. Finalíssima: Vencedor: Ricardo Salgueiro Moimenta da Beira GOLFE Telma Silva e João Cerqueira campeões no I Torneio de Golfe Rural do Barroso Esta prova integrada no Circuito de Golfe Rural do Barroso composta por uma prova de pares, um torneio individual e um torneio nocturno, teve por finalidade proporcionar a todos os interessados uma “Experiência de Golfe” e integrar as famílias num convívio onde jogadores sem handicap participaram numa competição com jogadores com handicap e desmistificar o conceito na opinião pública de que o golfe é elitista. A partir das 16h00, deu-se início à formação, coordenada pelo Presidente da Associação Nacional de Treinadores de Golfe (ANTG) Mário Jorge Silva, destinada a todos os interessados, com a utilização de um insuflável fornecido pela Federação Portuguesa de Golfe (FPG). As crianças e jovens tiveram o primeiro contacto com esta modalidade desportiva utilizando o equipamento Trigolf, fornecido pela FPG. De seguida, participaram num torneio de seis buracos, pares, mo- Após a conclusão desta prova, teve início um torneio individual strokeplay destinado a jogadores cia de Golfe” onde os jovens e adultos presentes na formação puderam disputar mais uma competição de participantes e acompanhantes. Para a (GORUP - Golfe Rural e Urbano Portugal) foi cumprido mais um objectivo, o de dar a conhecer o Golfe junto de um público que não conhece esta modalidade desportiva. Classificações: Torneio de pares: 1º Telma Silva e João Sequeira, 2º Alberto Moura e António Manuel, 3º António Afonso e Carlos Augusto. Individual: dalidade Foursomes acompanhados por um jogador com handicap EGA, com a designação “Experiência de Golfe”. com handicap EGA reconhecido pela FPG. O Circuito terminou com um torneio nocturno de pares “Experiên- seis buracos acompanhados por um jogador com handicapa EGA. Os prémios foram distribuídos após o jantar que reuniu todos os 1º António Afonso 15 pancadas, 2º Marco Ordonho 17 pancadas, 3º Alberto Castro 18 pancadas. Barroso Noticias de Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected] Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected] Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre Registo no ICS: 108495 Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 € Tiragem: 2.000 exemplares por edição (Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção) Fernando Moura Homenagem ao Homem das Chegas de Bois No dia 13, dia do Concurso Pecuário da Raça Barrosã e que incluiu a final do Torneio das Chegas dos Bois barrosos, à noite foi prestada uma simples homenagem ao Fernando Moura, mais conhecido por Fernando do Barracão. Foi no Restaurante Falta d’Ar que se juntou um grupo de amigos, quase todos apaixonados pelas Chegas de bois, que acompanhou a família num jantar de convívio em memória dum homem que deixou uma referência sobre as Chegas de Bois nas terras de Barroso. Viveu intensamente este desporto, não perdia uma Chega e, durante anos, foi dono de belos exemplares da raça que não só exibia nas Feiras do Prémio como também levava às Chegas, alguns deles campeões que depois ostentava em cartazes, calendários e porta-chaves. Ali usaram da palavra alguns dos presentes sendo de destacar o depoimento de Ricardo Moura, jornalista que o acompanhava nas transmissões (relatos) que ele fazia com tanto entusiasmo na Rádio Montalegre. Pela família que saudamos, a Dra Cacilda Moura e Fernando Abel Moura, deram-nos a conhecer alguns detalhes da sua vida familiar. Homem como todos os homens com alguns defeitos, mereceu esta simples homenagem pela dedicação a uma causa (raça barrosã) que diz muito aos barrosões. Parabéns à Associação Etnográfica “O Boi do Povo” que esteve à altura das responsabilidades que sobre ela recaíam neste caso pelo envolvimento que Fernando Moura teve no processo da sua criação e em muita da sua actividade designadamente na realização dos Torneios das Chegas. Paulo Reis, da referida Associação, no uso da palavra, justificou a razão da homenagem que considerou “tardia mas justa e merecida”. Carvalho de Moura Alguns Bois Campeões de Barroso “Preto” dos Padeiros de Vilar de Perdizes, “Mirandês” do Stand Carvalho, de Outeiro, “Gandulo” do Nuno, Zé Carlos e Toninho, “Bonito” do Tony Mourão, “Mantorras” do Artur Roscas, de Gralhas
Documentos relacionados
NB-474 - A Outravoz
Paulo Portela, natural da freguesia de Sarraquinhos e residente em Bridgeport, USA, faleceu no dia 27 de Fevereiro sendo enterrado no cemitério desta cidade de Connericut, EUA. MARIA PEREIRA AFONSO...
Leia mais