Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 476
Montalegre, 17.08.2015
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Noticias de
MONTALEGRE é tamén naturaleza
O Dr José Manuel escreve sobre Montalegre, um
texto em prosa com muita poesia. Mesmo em galego
dá gosto ler.
P3
Festas Concelhias em Honra
do Senhor da Piedade
Exposição de Carros Antigos
Teve pouca divulgação mas terá sido, quanto a
nós, dos melhores eventos do programa das Festas
Concelhias. Carros antigos e únicos, carros alguns
de muito valor estiveram expostos no Multiusos.
A organização merece o reconhecimento dos
montalegrenses.
P4
A Imprensa local e a democracia
Mais um trabalho que expõe com clareza
conceitos que a autarquia local não entende ou, pelo
menos, não pratica. Contra as leis vigentes, a Câmara
de Montalegre só dá publicidade ao jornal local porta
voz do partido socialista. Com todo o descaramento.
P5
Santa Teresa de Ávila
Um exemplo de virtudes e de santidade é o que
nos traz hoje para reflexão o Pe Vitor Pereira
P11
Dois brasileiros reconstroem
Todos nós pensamos que Maria Madalena terá
sido um mulher linda de morrer. Tão linda que
ninguém ousou atirar-lhe a primeira pedra. Pois bem,
Lita Moniz traz-nos uma resolução levada a cabo
por dois peritos brasileiros que conseguiram retratar
a beleza desta singular mulher. Dum busto (relíquia)
Do programa das Festas
Concelhias desde sempre que a
referência maior é o dia consagrado
ao Senhor, o 1.º Domingo de Agosto.
Este ano não fugiu à regra. Muita
gente acompanhou primeiro a
procissão e depois na envovente do
Santuário da Capela as cerimónias da
Missa solene.
O Pe Vitor Pereira, nesta particular
Salto teve na II edição da Semana
do Barrosão a honrosa presença dum
sul de França tiraram a fotografia de Maria Madalena.
governante que serviu para dar mais
Linda!
brilho ao evento que pretendeu
Prémios (CO)empreende
Marie Cécile com “Nomad Planet”, Amélia Santos
corredor da Estrada 308 a degustar as
tradicionais merendas da Festa maior
da vila de Montalegre.
Muitas foram as manifestações
culturais que faziam parte do
programa que parece ter sido
cumprido sem grandes reparos.
Conquanto já se tenham registado
melhores festejos, o saldo das festas
concelhias é positivo.
II Semana do Barrosão em Salto
guardado a sete chaves na basílica duma cidade do
P13
época do ano, nunca se esquece
dos muitos emigrantes que vêm de
longe cumprir as suas promessas ou
simplesmente assistir às cerimónias
religiosas e a quem saúda de forma
especial desejando-lhes boas férias
e sucessos nas suas vidas nas terras
de acolhimento. E viam-se muitos no
Santuário do Senhor da Piedade e
ainda mais nos lameiros e terrenos no
enaltecer a raça barrosã e a carne do
bovino barrosão. A Câmara desatou
os cordões da bolsa e levou até lá
um artista de top que arrastou muita
gente até Salto.
Festival de Música Junior
O Festival de Música Junior
Jorge Nogueira, um filho da terra,
foram os premiados com 5.000 euros no programa
repetiu o êxito dos anos anteriores.
que faz questão de oferecer aos
da responsabilidade da Câmara de Montalegre, EDP-
Como já era de esperar, juntou muita
Produção e UM. Parabéns!
gente que encheu, por commpleto,
com “BarrosArt” e Marco Costa com “Viver Fafião”
P14
montalegrenses
um
espectáculo
o Auditótio Municipal. Montalegre
de inquestionável valor artístico-
muito fica a dever ao prof. António
cultural.
2
Barroso
Noticias de
MONTALEGRE
Festa em honra do Sr. da Piedade
Quatro suspeitos de furtos a residências
Um comunicado da GNR, informa que, no dia
6 de Agosto, numa operação policial realizada em
colaboração com o Destacamento Territorial de
Chaves, identificou e constituiu arguidos quatro
jovens residentes em Montalegre, suspeitos de
vários crimes de furto em casas de habitação no
concelho.
Durante a operação apreendeu duas armas
de calibre 12mm, um ciclomotor, uma motoserra,
um martelo pneumático, duas rebarberadoras, um
berbequim e diversas chaves de feramentas.
MEIXEDO
Arde a serra de Monte Gordo
Na serra de Monte Gordo havia uma das
poucas manchas florestais do alto Barroso. Um
pinhal ainda jovem, de mais ou menos uma dúzia
de anos, que era um encanto de floresta no cimo
daquela serra.
Pois bem, foi vítima de acto criminoso,
no passado dia 9 de Agosto. Aproveitando-se
a ocupação das pessoas nas festas da região,
alguém pegou fogo à serra que ardeu quase na
totalidade. Ficou um terço do pinhal existente
salvo das chamas por um corta fogo.
VILA REAL
Autoestrada Transmontana com portagens
Aquando do lançamento da obra, foi
anunciado no Diário da República que a
autoestrada teria apenas dois troços com
portagens, numa extensão de 14 quilómetros,
entre Parada de Cunhos (Vila Real) e o nó da A24,
numa extensão de 7 quilómetros, e entre os nós
de Bragança poente e nascente, também com 7
quilómetros. Isto significava que os perímetros
das duas cidades seriam portajados, uma vez que
era considerado que as vias locais serviriam de
alternativa.
Nunca esteve prevista a introdução de
portagens em qualquer outra parte da Autoestrada.
Menos de um ano após a conclusão da obra, em
maio de 2014, este Governo confirmou que a
Autoestrada Transmontana, que foi construída
maioritariamente sobre o traçado do antigo IP4,
vai ter portagens, estando apenas em estudo a
forma de proceder a essa cobrança.
CHAVES
Presidente António Cabeleira no
Observatório da Emigração
17 de Agosto de 2015
dos instrumentos Gaita de Foles e Percussão
Tradicional no âmbito dos cursos básicos e
secundários do Ensino Artístico Especializado de
Música.
A AAC torna-se desta forma a primeira e
única escola do país autorizada a leccionar Gaitade-foles e percussão tradicional na disciplina de
instrumento da componente de formação técnica
do plano de estudos do Curso Profissional de
Instrumentista de Sopros e Percussão.
No próximo dia 20 de Agosto, na Praça
General Silveira (Largo das Freiras), em Chaves,
o IDENTIDADES, evento de apresentação oficial
deste projecto didáctico pioneiro em Portugal.
Campanha Eleitoral
Ascenso Simões demite-se de director da
campanha do PS
O diretor da campanha, Ascenso Simões, deu
o dito por não dito e, depois de afirmar que se
mantinha no cargo para ajudar António Costa, foi
ao Facebook anunciar a sua demissão. Para o seu
lugar entrou Duarte Cordeiro, que é vereador da
CML para a Higiene e chega para limpar a imagem
de Costa. Primeira medida: apagar da grelha uma
conferência de imprensa onde se explicaria como
vai o partido trabalhar nas plataformas digitais.
Infraestruturas de Portugal
As infraestruturas rodoviárias e ferroviárias são
agora geridas por uma única empresa, de acordo
com uma estratégia conjunta e integrada. António
Ramalho é o presidente da Infraestruturas de
Portugal, S.A., a empresa pública que resulta da
fusão entre a Rede Ferroviária Nacional (REFER)
e a EP-Estradas de Portugal. Sob a tutela do
Ministério da Economia, que tem como objetivos
a conceção, projeto, construção, financiamento,
conservação,
exploração,
requalificação,
alargamento e modernização das redes rodoviária
e ferroviária nacionais, incluindo o comando e
controlo da circulação ferroviária.
PORTO RICO
Outra “Grécia” na América
O Estado americano de Porto Rico faliu ao
falhar um pagamento de obrigações no valor
de 58 milhões de dólares. O território norte
americano tem uma dívida de 72 mil milhões
de dólares, considerada demasiado elevada para
a sua pequena economia. O desemprego está a
aumentar e a economia em queda acentuada.
Para piorar, a ilha enfrenta um período de seca.
Acordo Histórico sobre o nuclear no Irão
O Presidente da Câmara Municipal de Chaves,
António Cabeleira, foi eleito representante da
Associação Nacional de Municípios Portugueses
(ANMP) junto do Observatório da Emigração.
O autarca flaviense representará a ANMP
no Conselho Consultivo do Observatório da
Emigração, criado em 2009, e que centra a sua
atividade na produção e disponibilização de
informação sobre a evolução e as características
da emigração e das comunidades portuguesas,
contribuindo desta forma para a definição de
políticas públicas neste domínio.
Ensino de Gaita de Foles
A Academia de Artes de Chaves (AAC) e a
Associação Projecto Enraizarte conseguiram,
após três longos anos de batalha, a inclusão
O grupo de seis países liderado pelos Estados
Unidos conseguiu um acordo com o Irão para
limitar o programa nuclear em troca de alívio de
sanções.
Foram vinte meses de negociações e, segundo
as informações ainda não oficiais, o grupo
constituído pelos EUA, Reino Unido, França,
Alemanha, China e Rússia aceitou levantar
sanções financeiras e petrolíferas a Teerão, que
por sua vez limita o seu programa nuclear durante
uma década.
Assim se conclui a última maratona de
negociações, com vista a impedir que o Irão
se torne uma potência nuclear. O acordo tem
enfrentado forte contestação por parte dos dos
republicanos no Congresso norte-americano e
é fortemente criticado pelo primeiro-ministro
israelita, Benjamin Netanyahu.
CORTEJO CELESTIAL
JOAQUIM PIRES DA RITA, de 95 anos, viúvo de
Emília Dias, natural e residente em Pitões das Júnias,
faleceu no dia 13 de Julho.
ROSA DA ASCENSÃO VAZ COIMBRA, de 89 anos,
viúva de Lino Justo, natural e residente em Vilar de
Perdizes, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 13 de
Julho.
MARIA DA CONCEIÇÃO COSTA PINTO, de 68
anos, viuva de José dos Anjos Pinto, natural de
Montalegre e residente em Bridgeport, CT, USA,
faleceu em 17 de Junho de 2015.
JOÃO PIRES CABEÇAS, de 77 anos, casado com
Maria Gonçalves Carneiro, natural da freguesia
de Reigoso e residente em Londres, Reino Unido,
faleceu em 30 de Junho de 2015.
MARIA PEREIRA BORRALHEIRO, de 100 anos,
viúva de António Pereira Ramos, natural de Salto e
residente no lugar de Carvalho, de Salto, faleceu no
passado dia 18 de Julho 2015.
ANTÓNIO PEREIRA, de 88 anos, casado com
Grabelina Lopes, natural de Salto e residente em
Atiães, Vila Verde, faleceu no dia 17 de Julho sendo
sepultada no cemitério de Pereira, Salto.
CONCEIÇÃO FERNANDES, de 89 anos, viúva de
Américo de Jesus, natural de Ervões, de Valpaços e
residente em Gralhós, da Chã, faleceu no dia 19 de
Julho 2015, sendo sepultada no cemitério de Ervões.
HERMÍNIA DE JESUS VENTURA, de 86 anos, viúva
de José Gonçalves Apolónio, natural e residente em
Meixide, faleceu no Lar de Idosos de Montalegre, no
dia 18 de Julho.
MANUEL DA COSTA, de 87 anos, casada com Maria
Francisco, natural e residente em S. Pedro de Contim,
faleceu no dia 21 de Julho 2015.
MARIA DE FÁTIMA CRESPO JUSTO, de 56 anos,
casada, natural de Meixedo e residente em Lisboa,
faleceu no passado dia 22 de Julho sendo enterrada
no cemitério de Meixedo.
FERNANDO GONÇALVES, de 88 anos, casado com
Arminda Afonso, natural e residente em Carvalhais,
de Morgade, faleceu no dia 23 de Julho 2015.
GRACINDA LOPES DO LAGIAL, de 83 anos,
casada com Francisco José de Freitas, natural de
Viade de Baixo e residente na Chã, faleceu no
Hospital de Chaves no dia 26 de Julho 2015.
MARIA ALVES TIAGO, de 77 anos, viúva de Manuel
Alves da Silva, natural de Solveira e ultimamente
residente em França, faleceu no dia 11 de Julho.
ARLINDO FLORES TEIXEIRA, de 77 anos, casado
com Emília Ribeiro da Silva, natural de Sarraquinhos
e residente em Bridgeport, CT, USA, onde faleceu e
foi sepultado em Trumbull em 15 de Março 2015.
LUIZA DE CARVALHO FIDALGO EXPOSTO, de 77
anos, viúva de Avelino Gonçalves de Freitas Exposto,
natural e residente em Paradela, faleceu no Hospital
de Chaves, no dia 28 de Julho.
DOMINGOS GONÇALVES PORTELADA, de 85
anos, viúvo de Maria da Conceição Afonso Ramos,
natural de Covelães e residente em Vilar de Maçada,
de Alijó, faleceu no Hospital de Vila Real, no dia 29 de
Julho 2015.
ALBERTINA DA CONCEIÇÃO XAVIER CARNEIRO,
de 83 anos, viúva de José Fernandes Júnior, natural
e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de
Chaves, dia 1 de Agosto.
ISABEL FERNANDES, de 95 anos, viúva de José
Maria Alves Cascais, natural de Sezelhe e residente
num Lar de Braga, onde faleceu e foi sepultada no
cemitério de Tourém.
DOMINGOS BARROSO AFONSO DOURADO,
de 67 anos, natural e residente no Amial, de Salto,
faleceu no Hospital de Chaves, no dia 4 de Agosto.
DOMINGOS REGO GONÇALVES, de 80 anos,
casado com Maria Rodrigues de Castro, natural e
residente em Sabuzedo, de Mourilhe, faleceu no
Hospital de Chaves, dia 5 de Agosto.
MARIA LUISA DE CARVALHO, de 86 anos, viúva
de Olímpio Pereira Barroso, natural e residente na
Corva, de Salto, faleceu no dia 5 de Agosto.
MARIA GARCIA, de 90 anos, viúva de Nelso Luiz
Gonçalves, natural de Padornelos e residente em
Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, dia 8 de
Agosto.
ROSA AFONSO MARTINS, de 72 anos, casada com
Manuel da Costa Antunes, natural da freguesia de
Pondras e residente em Bougado, Trofa, onde faleceu
no dia 12 de Agosto, sendo sepultada no cemitério
de Ladrugães.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
3
Presidente da República
condecorou Fernando Rodrigues
Barroso da Fonte
Depois da vulgarização
que os sucessivos Presidentes
da República têm vindo a fazer
das medalhas honoríficas,
seria de esperar que uma
dessas distinções democráticas
viessem parar às mãos de
um Barrosão. O sortudo
foi
Fernando
Rodrigues,
que liderou a Câmara de
Montalegre entre 1997 e 2013.
Foi membro da Comissão de
Honra de Mário Soares e de
Jorge Sampaio. Mas acabou
por ser Cavaco a promovê-lo a
Comendador, com a medalha
da Ordem de Mérito, grau ouro.
Por mais vulgarizada que ande
a porção de ouro que reveste as
medalhas douradas e por mais
enxovalhos em que a esquerda
tente afundar o atual Presidente
da República, a verdade é que
Fernando Rodrigues foi durante
16 anos o Presidente da Câmara
de Montalegre e apenas saiu
por força da lei e da nobre
decisão do então SecretárioGeral (António Seguro), em
ordenar aos candidatos do PS
para não se recandidatarem
em segundo lugar. Essa decisão
foi corajosa e, também por
isso, António Seguro, marcou
pontos que o enobrecem.
Cavaco Silva não teve a
coragem de atribuir idêntica
distinção ao Padre Fontes,
aquando das bodas de ouro de
sacerdote. Mas sobretudo por
ter sido o maior obreiro do salto
qualitativo, no mediatismo
cultural e turístico das Terras
de Barroso. Nem as centenas
de assinaturas que Hélder do
Alvar recolheu, em abono da
sua proposta e daquilo que a
imprensa argumentou nesse
sentido, valeram para medalhar
o Barrosão que mais e melhores
ideias teve para por Montalegre
no mapa. Embora polémica por
razões puramente partidárias,
Fernando Rodrigues, face à
distribuição selvagem, cega,
surda e muda como têm
sido atribuídas insígnias tão
honrosas, aquela que coube
ao anterior Presidente da
Câmara de Montalegre foi
bem atribuída. Como não teria
sido censurável se o PR dos
anos oitenta, Ramalho Eanes,
seguisse os critérios do atual
Chefe de Estado. Carvalho
de Moura não terá feito tanto
porque também não dispunha
de meios legais e muito menos
financeiros, até pelo facto
de não existirem os fundos
comunitários. Ramalho Eanes,
na minha perspetiva, o melhor,
o mais sensato e justo dos três
seguintes chefes de Estado,
iniciou o hábito de medalhar
alguns cidadãos. Desde aí foi
um forrobodó! Mário Soares,
talvez pelas suas incontáveis
voltas ao mundo, medalhou
a torto e a direito. A Jorge
Sampaio chamaram o «rei
das medalhas». Medalhou
primos, mandatários, padeiros,
leiteiras, ardinas. Cavaco não
quis ficar atrás. Até medalhou
o costureiro da 1ª dama. E, a
torto e a direito, tem esgotado
o baú das maiores hipocrisias
nacionais. No último dia 10
de Junho já elegera alguns
autarcas. Um dos medalhados
deveria, já nessa altura, ocupar
a cela 43 ou 45 da cadeia de
Évora, se a justiça funcionasse
em pleno. Já não terá tempo
para medalhar a raia miúda,
os técnicos da classe média, os
que resistem à crise, apagando
incêndios,
socorrendo
os
feridos, atenuando a fome, aos
voluntários de todas as causas
nobres, aos desempregados
que seriam tão úteis ao país
carenciado de gente séria,
aos criativos, aos agentes da
informação que correm todos
os ricos.
Como jornalista com 62
anos de combate porfiado,
frontal e pertinaz, prevejo que
os próximos peitos a dourar
vão ser os gays, as lésbicas, as
abortadeiras, os homossexuais,
os
«ricardos
salgado»,
«os oliveira costa», «os
incendiários», os proxenetas
e os chulos de todas as vias
norte... O índice de podridão
moral,
política,
cultural
e
cívica, ganha foros de erosão
planetária.
mentira,
O
a
ganância,
vitupério,
a
depravação,
a
trepam
a
todo
o terreno. Os valores que
alicerçavam a sociedade dos
tempos, em que a palavra valia
tanto como uma escritura; em
que podia andar-se na rua
como se estivesse em casa; da
honestidade à prova de bala,
perderam-se. Urge, por cobro
a esta correria apressada para o
abismo.
A terminar este paradoxo:
Manuel Martins que liderou
a Câmara de Vila Real tantos
anos como Fernando Rodrigues
liderou
faleceu,
a
de
Montalegre,
subitamente,
dia
11 do corrente. O JN de
13, numa quadrícula quase
invisível escreve que o autarca
teve «algumas dezenas» de
presenças no funeral...
MONTALEGRE é tamén naturaleza
Dr José Manuel
Levanteime cedo. Como se
decía antes, “as pulgas non me
deixaron dormir”. Abro a persiana que dá para o Sudoeste.
Saio ao balcón a tomar o cortado e queimar un entrefino.
A claridade do sol vai descendendo por os muros do castelo
e colonizando as cimas e as faldas da serra de Donões, confor-
me o astro se vai alzando por
levante, ás miñas costas.
Vexo un río tranquilo e
caudaloso. O Cávado.
Vexo unha frondosa arboleda nas súas marxes: salgueiros,
carballos, vidos, amieiros,...
Vexo alá ao lonxe, por tras
das aldeas do Río, os primeiros
cumes do Xurés, alí Gerês.
Vexo aquí enfrente unha
vila, que se estende por as encostas da Portela e da Corujeira.
Traime sempre reminiscencias
de Andorra la Vella. Sobre todo
no inverno, cuando se cubre de
un manto blanco.
Vexo un castelo, robusto,
dominador, anque alerta (o forte tamén tén medo), que cada
mañá me remonta a outras
eras. Incluso consigo ouvir os
ecos das caballerías, entrando
e saíndo por os pasadizos das
murallas, as marteladas dos
bois asentadas nos trillos de terra ou de adoquín, acamboando
os pesados carros cantaríns, e
tamén o tropel e as voces dos
que nos precederon,...
Vexo anduriñas ferindo o
ceo con manobras de vértigo.
Pombos, rolas, estorninos, pegas, patos, garzas, e máis aves,
cruzando sobre a miña cabeza,
cada un no seu estilo de voo,
máis lento, máis veloz, maxestuoso ou frenético.
Vexo un magote de pardais
que picotean migallas na rúa,
encuanto un diles dá de vez en
cuando a alarma desde aquela
rama ben situada. Cinco merlos
gordos e lustrosos cantan na
antena do veciño. As rás acompañan o concierto.
Vexo un pastor madrugador cruzando a Ponte da Pedra,
seguido por unha manada de
vacas parsimoniosas, que de
vez en cuando giran a cabeza
para ver se o seu emperador, de
mil douscentos quilos, ergueu
xa o fuciño da fresca auga do
Cávado.
Sei que non verei a esta
hora a raposa que cada noite
me saluda, á súa maneira, no
seu paseo increíble por o medio da vila. Tampouco as dúas
nutrias negras, enormes, que
brincaban na neve, á beira do
río, no inverno pasado.
Todas estas cousas vexo
eu, desde o meu balcón, cada
mañá.
Sólo hai que fixarse un pouco. Mirar con ollos “de ver”.
Ahí van os primeiros co-
ches con matrícula de Suíza ou
Francia, cargados de xente e de
equipaxe. Estou seguro de que
iles son capaces de notar todas
estas maravillas da naturaleza
que describín. Diría incluso – e
fala, por experiencia, quen xa
anduvo por ises mundos fora
– que esa é a imaxen que os
acompaña durante os longos
meses do ano, alá lonxe, e que
lle revoluciona o organismo
completo cuando se aproxima
o mes de Julio e a hora de regresar á terra. A esta terra que
chama... chama... chama...
pouco importa que os kilómetros sexan mil, dous mil, catorce mil... a voz desta naturaleza
chega alá... sempre.
Montalegre, Julio de 2015
4
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
III Exposição de Carros Antigos
Uma
das
realizações
mais importantes integrada
nas Festas Concelhias em
honra do Senhor da Piedade
teve lugar no Multiusos de
Montalegre, desde os dias 7 a
16 de Agosto. Pena foi que a
comunicação social não tenha
feito a divulgação que o evento
justificava e mesmo as TVs que
andaram por aí à procura de
outros eventos bem poderiam
ter aproveitado a ocasião para
mostrar aos portugueses, de
norte a sul, que em Montalegre
se fazem coisas bonitas e de
grande valor artístico e cultural
e até económico.
A Exposição de Carros
Antigos que já vai na 3.ª edição
foi ideia de José Francisco
Costa, empresário do ramo de
hotelaria e de gastronomia.
Além de Casas de Turismo
Rual é o dono do Restaurante
COSTA, bem conhecido dos
montalegrenses. Apaixonado
pelos carros antigos, começou
a colecionar carros que, há
décadas atrás, circularam na
vila e região de Barroso. Nas
horas vagas, perde horas sem
fim nos trabalhos de limpeza e
reparação desses carros. Hoje
conta com 13 veículos, ele e o
filho Mário Costa, engenheiro
civil de profissão e que do pai
herdou a mesma paixão pelos
carros antigos. Todos muito
bem cuidados e a circular para
exibição quando necessário.
Da maior parte deles paga os
respectivos impostos exigidos
por lei. Muitos destes carros,
além do seu valor estimativo,
estão muito valorizados. Basta
dizer que tem na exposição
um que é unico em Portugal, o
Opel 47-01-JT. (Ver imagem)
A organização do evento
coube ao referido Mário Costa e
a João Pires, este empresário do
ramo automóvel e que possui
uma oficina de reparações na
Zona Industrial, a Auto Pires.
Estes jovens souberam agarrar
a ideia de José Francisco Costa
para levar por diante um evento
digno dos maiores encómios.
A grande maioria são
carros do concelho, alguns
de emigrantes nos quais, em
tempos idos, transportaram a
família nas viagens para França.
Este ano, conforme nos disse
o Eng.º Mário Costa, devido à
notoriedade qua a Exposição
teve nos anos anteriores,
contou com quatro carros de
Vila Verde, o que motivou a
vinda de mais de uma dúzia
de pessoas para participar nos
diversos actos do programa.
Por falar em programa,
destaque para o dia 16 com o
desfile de alguns carros pela
zona do Rio até Pitões donde,
num restaurante local, foi
servido o almoço, dali partiu em
caravana para Tourém, Baltar e
Cualedro donde reentrou no
concelho por Santo André para
terminar na Pista de Rallys.
Aqui, à caravana, juntou-se um
grupo de carros de Salto, todos
BMW mod. E30, e, para além
dum lanche, houve na pista
exibiçoes de algumas “pérolas”
motorizadas de Barroso.
Não gostei de ver na
Exposição um carro pintado
com o símbolo dum clube de
futebol no capôt e restante
parte dianteira. Não por eu
não ser adepto desse clube,
mas antes e sobretudo porque
entendo que as pessoas não
devem confundir uma exibição
de carros antigos com fins de
propaganda clubística ou até
empresarial. Não sendo muito
apaixonado por carros, já visitei
na EXPONOR e na FIL algumas
manifestações do género e
nunca lá vi nada disso.
Não gostei de ver e espero
que os responsáveis, em
próximas edições, procurem
evitar que estas coisas se
repitam. Porque ficam mal
e prestam-se a comentários
desagradáveis.
CM
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
5
A Imprensa local e a democracia
A democracia é isto mesmo:
os eleitores dão aos eleitos
para a Câmara Municipal de
Montalegre, em cada sufrágio
eleitoral, uma guia de marcha
válida para quatro anos.
Esperam os eleitores, claro está,
que o seu voto não tenha sido
em vão e que quem mereceu
a sua confiança, saiba estar à
altura da esperança dos que
neles confiaram. Terminado
esse tempo, os eleitores, na
sua eterna sabedoria, analisam
o mandato, quer daqueles
que elegeram para governar
quer dos que enviaram para
a oposição, e decide em
conformidade. Ou seja: elege,
mais uma vez, quem acha ser
merecedor da sua confiança.
Não podemos, claro está,
deixar de lembrar, aqui e agora,
que muitas vezes, demasiadas
vezes até, os eleitores não
elegem aqueles que querem
ver a dirigir os destinos do
seu concelho, mas sim “o mal
menor”. Isto é: não sendo a
alternativa que se lhes apresenta
digna da sua confiança, mais
vale não arriscar e continuar
com os mesmos.
É precisamente devido
a este facto que vemos tanta
gente, por esse país fora, que
não consegue governar a sua
casa e a quem não seriamos
capazes de confiar a chave do
nosso carro, perpetuar-se no
poder durante tanto tempo.
É por isso que urge dar a
conhecer aos eleitores tudo
aquilo que se faz no nosso
concelho. E para isso, só existe
uma forma credível de o fazer:
a comunicação social local.
Ora, fazendo fé no que
foi dito, e escrito, na última
Assembleia
Municipal,
o
O apeiro é usado em
Barroso para unir um animal,
um boi ou uma vaca, a um
carro, alfaia, arado ou grade.
É um conjunto de vários
utensílios:
A molhelha, que é colocada
na cabeça do gado, feita na
parte superior em cabedal de
vaca ou porco, sendo a forma
talhada no molhelheiro. O
couro é forrado com burel e as
molhelhas almofadadas com lã
de ovelha bem “esguedelhada”
presidente da autarquia “não
espera nada da imprensa
local” uma vez que os três
jornais existentes no concelho
“são todos demasiadamente
politizados”,
acrescentando
que
“deveriam
fundir-se
num só, onde todas as forças
tivessem a oportunidade de se
expressar”.
Destacando aqui a louvável
preocupação do Presidente
da Câmara em garantir a
pluralidade de opinião, julgo
que esse não é o caminho
que devemos seguir. Em
democracia, as pessoas devem
agrupar-se ou constituir as
empresas da forma como bem
entenderem, sujeitando-se, tal
como os autarcas, às escolhas
das populações, na certeza de
que boas decisões merecerão,
certamente, a confiança e o
investimento dos munícipes.
Quando isso não acontecer, há
que fazer a respetiva análise,
no sentido de encontrar um
novo rumo, capaz de atrair
seguidores ou clientes.
O que nos deve preocupar
a todos é a forma como
os dinheiros públicos são
aplicados e que muitas
vezes favorecem “apenas os
nossos”, esquecendo-se muito
boa gente “que hoje está no
poder, mas amanhã poderá
estar na oposição”. Por isso,
todos teremos a ganhar se se
criarem condições para que o
conhecimento e a informação
do que se fez, do que se faz ou
daquilo que se quer fazer no
futuro seja do conhecimento
público. Tal atitude irá permitir
criar fortes laços de confiança,
que,
seguramente,
irão
reforçar a legitimidade dos
eleitos e estimular a vontade
de intervenção pública dos
demais.
Por
isso,
defendo
acerrimamente a celebração
de contratos de prestação de
serviços por parte da autarquia,
com todos os órgãos de
comunicação social locais,
com vista à publicação na
Imprensa local, sob a forma
de publicidade paga, das
deliberações tomadas. É óbvio
que em cada deliberação
tomada será divulgado quem o
propôs, quem se opôs e quais
os respetivos argumentos.
A tomada desta medida,
para além de dar as mesmas
condições a todos os jornais
locais, pode ser um passo
importantíssimo para informar
os eleitores, incentivando-os
a desencadearem as reações
que julguem mais adequada,
contra ou a favor das medidas
propostas
e
aprovadas.
A
concretização
desta
proposta, eleva a legitimação
democrática
da
nossa
Administração Local, dando
um importante contributo
para o aprofundamento da
democracia de proximidade
entre eleitos e eleitores.
Se a Câmara Municipal
pagar, sob a forma de
publicidade, o que se decide,
quer na Assembleia Municipal,
quer na Câmara Municipal, a
todos os jornais existentes no
concelho, ganha a democracia,
dá as mesmas armas a toda a
imprensa local e, sobretudo,
ganham os munícipes pois ficam
muito mais informados sobre
todas as matérias decididas nos
órgãos autárquicos que, sem
qualquer dúvida, são tomadas
a pensar no concelho logo,
neles próprios.
Na mesma Assembleia
Municipal, o deputado Pedro
Barroso sugeriu, e muito
bem, que fosse elaborado
um regulamento para apoio à
publicação de livros “para que
haja critério e justiça para com
todos os autores”. Reagiu a esta
proposta, e em nosso entender
muito mal, o deputado Nuno
Pereira, por entender que seria
“uma censura prévia à edição
de livros”.
Vejamos: Pedro Barroso não
impôs nenhum regulamento.
Sugeriu apenas que ele fosse
elaborado, com regras simples
e claras, de modo a que todos
os munícipes o compreendam
e onde, à partida, os autores
saibam com o que podem
contar. Claro está que a maioria
parlamentar, fazendo jus a essa
mesma maioria, irá propor e
aprovar os tais critérios que
evitem a censura que, vá-se
lá saber porquê, Nuno Pereira
tanto parece temer. Mas o
regulamento, existindo, para
além de evitar o delapidar
dos cofres municipais, dá
mais transparência às decisões
tomadas
pelo
executivo,
permitindo a todos os autores
saber, à partida, com aquilo
que contam. Ou será que o
que se pretende é comprar os
livros, a cada um dos autores,
mediante a disposição existente
na altura?
José Miranda Alves é uma
figura simpática que granjeia
todo o nosso carinho e que,
para nossa satisfação, gosta
de escrever. Desde 2013, já
escreveu três livros e ainda quer
escrever mais sete. Pelos vistos
até já tem dois preparados.
Até aqui tudo bem. É uma
atitude louvável que merece
O Apeiro
e muito bem pisoada com água
a ferver.
Na parte que fica para a
cabeça do animal é cozida
‘manta’ de lã ou burel, sendo
a manta a mais utilizada; isto é
válido para as melhores, porque
também podem ser cheias com
feno ou palha centeia, bem
certinha e encartada, tanto a
palha como o feno.
São cozidas com tiras de
cabedal, operação na qual
se usa um sovelão, que serve
para fazer os furos no cabedal,
para passar as tiras de cabedal,
que o vão unir á ‘manta’ ou ao
burel. A ‘manta’ é uma peça
de lã de ovelha, urdida, tecida
e pisoada, usada geralmente
sobre a cama para agasalhar.
O
apeiro
ou
jugo
propriamente dito é feito em
madeira de vido, freixo ou
amieiro, madeiras escolhidas
por serem leves, sendo quase
sempre
decorados
com
rosáceas,
estrelas,
signos-
saimão, motivos vegetalistas e
religiosos.
Existem dois tipos de sogas:
as sogas de junguir, que são as
mais finas, feitas em cabedal,
estão presas ao apeiro e têm por
finalidade prender a molhelha
ao apeiro e estes ao gado.
As sogas de apor, que são
as mais largas, também feitas
em cabedal, servindo para apor
o carro aos animais; mas caso
se pretenda apor um arado ou
uma grade prende-se o cambão
o nosso aplauso. O que nós
não podemos é pagar os seus
“caprichos” com dinheiros
públicos. Quer lançar mais
sete livros? Força! Têm é de
cobrir as despesas com as
receitas obtidas ou suportar ele
próprio os custos de cada um
dos livros publicados. Encheu a
sala no dia do lançamento do
seu último trabalho? Perfeito!
Quantos livros vendeu? Foram
oferta do município? Se foram,
penso que está errado!
Eu, como já anteriormente
referi, tenho um livro para
ser editado. Será lançado no
momento que julgue mais
oportuno, e importante, para o
desenvolvimento do concelho.
Há muita coisa para, olhos nos
olhos, debater e denunciar.
Também eu irei bater à porta da
Câmara Municipal esperando
que me patrocinem os tais
duzentos livros que alguns
autores da minha relação
me
confidenciaram.
Mas
estejam descansados: esses
duzentos livros serão para
distribuir por lares, bibliotecas,
escolas, restaurantes e cafés
- que se comprometam em o
disponibilizar aos seus clientes
- e restantes instituições do
concelho. Quem me der o
prazer de marcar presença nos
diferentes locais de lançamento
do livro e o pretender adquirir,
terá de o pagar. É assim a vida!
Mais a mais, citando a infinita
sabedoria popular: o que é
dado, não é valorizado.
Bento Monteiro
e só depois a alfaia.
As vacas eram junguidas
mais vezes do que os bois
para engradar por serem mais
“ligeiras da perna”, enquanto
os bois, sendo mais pesados,
eram mais utilizados para
lavrar, carrar lenha, mato
e feno, trabalhos estes que
exigiam maior esforço.
Sandrina Pereira
Ecomuseu – Casa do
Capitão
cont. P7
6
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
Restaurantes
Existem grandes diferenças entre os vários tipos de restaurantes onde pode ir. A maior
parte têm os mesmos problemas, ou seja, querem ganhar muito dinheiro e, por isso, são
obrigados a comprar os alimentos mais baratos que encontrarem. Atualmente, é muito
comum as grandes superfícies fornecerem todos os restaurantes de determinada área.
Muita comida que é servida nos restaurantes não foi confeccionada lá, foi apenas
acabada ou aquecida; a maior parte usa micro-ondas para aquecer essa comida antes
de ser servida. Também usam óleo de fritar o dia inteiro, em muitos casos, durante dias
seguidos. Sabemos que os óleos aquecidos muitas vezes ficam facilmente rançosos e a
comida confeccionada neste óleo é altamente cancerígena.
Então o que fazer?
Devemos tentar visitar a cozinha e ver a comida a ser cofecionada, dando-se-nos a
possibilidade de conhecer a qualidade dos diversos ingredientes e ver a sua frescura ou o
estado de degradação. Devemos ser seletivos, sem ser extremistas, não exigindo para nós
próprios produtos 100% biológicos, mas frescos e confecionados na hora.
Ter conhecimento de toda a informação não nos obriga a fazer tudo para conseguir
benefícios. Façamos pouco ou façamos muito, façamos de acordo com o que nos faça
sentir-nos bem. Mesmo umas pequenas modificações no seu regime alimentar, podem
produzir um grande impacto na sua saúde.
UM PARÁGRAFO
Um Parágrafo # 55 – Náufragos
Vagueamos como náufragos por entre as ondas de um quotidiano
dolorosamente enfadonho. Assistimos, impávidos e quase serenos,
ao evoluir das corretes marítimas de um oceano de penas que
nos arrasta de redemoinho em redemoinho. Contemplamos as
estrelas que, hipocritamente, vão apontando caminhos difusos
e incoerentes. Manobramos o astrolábio corroído pelo salitre da
inveja, como se fosse a preciosidade absoluta e guardadora da
mais suprema sinceridade. Seguimos o reflexo da Lua no suave e
oleoso ondular de um mar nocturno que vai cintilando, indiferente
às lágrimas que o vão tornando mais salgado. Ouvimos sereias que
nos transportam para mares de doçuras inconfessáveis, só patentes
nos sonhos de vigílias intermináveis. Enfrentamos tempestades com
a enorme força de resistência que só a razão nos pode conceder.
Perscrutamos o horizonte, esperando pela angra que nos acolherá e
permitirá descansar, um dia, com o mesmo perfume de maresia mas
sem os sobressaltos de ondas inconstantes. Vamos bebendo, com a
sofreguidão de um eterno náufrago, os pingos de felicidade que o
amor nos proporciona. As saudades guardaremos para depois… Os
suaves e doces sorrisos tratarão de emudecer os seus gritos.
João Nuno Gusmão
João Damião
Uma Incursão da PIDE no Norte de Portugal
(Continua do número anterior)
------------------Interrogatórios na PIDE
Albertino Mendes, casado,
sapateiro, natural de Villas-Boas,
Chaves, residente em Montalegre.
Preso pela G.N.R. de
Montalegre e entregue à PIDE de
Vila Verde da Raia em 26-4-1952.
No auto das perguntas, na
PIDE declarou: ser militante
do PCP para o qual partido foi
aliciado em fins de 1946, ou
princípios de 1947, por um
indivíduo conhecido pelo nome
de Fernando Latas, atualmente
no Brasil. Que nesta condição
de militante aliciou o seu amigo
Germinal Alves Vieira. Que
manteve, sucessivamente, ligação
com funcionários do PCP.
Interrogado sobre as suas
relações com o Dr. Landeiro
Borges, disse que o conhecia
mas que nunca tratou com ele
assuntos políticos.
Foi libertado em 6-6-1952
para aguardar o julgamento em
liberdade. Ficou absolvido.
Pedidos à Câmara Municipal
de Montalegre informações
sobre a identidade do Fernando
Latas, esta respondeu que é:
Fernando Ernesto Medeiros,
natural de Montalegre, nascido
em 17-3-1924, filho de Ernesto
Rodrigues Medeiros e Ana de
Assis Laranjeira.
António Monteiro, casado 40
anos, sapateiro, natural de Eiró,
Boticas, residente em Boticas.
Preso pela PIDE em Boticas,
em 30-1-1952.
Albino da Silva, casado,
comerciante, 36 anos, natural de
Eiró, Boticas.
Preso pela PIDE na sua casa
em Boticas em 22-1-1952.
Interrogado na PIDE disse
fazer parte da organização secreta
e subversiva do Partido Comunista
desde fins de 1948. Que foi
aliciado por Germinal Vieira,
padeiro, residente em Montalegre
e por Arnaldo Marques Mateus,
alfaiate, residente em Boticas.
Que a célula do partido em
Boticas era composta pelo
próprio, José Luís Monteiro e
Arnaldo Mateus, sendo este
o responsável. Reconheceu o
funcionário do Partido, Carlos
Augusto Gaspar. Contestando a
acusação, negou a prática dos
crimes de que era acusado.
Acareado com Germinal
Alves Vieira, afirmou ter sido
aliciado pelo Germinal. O
Germinal negou.
Albino da Silva precisou que
foi apresentado ao funcionário do
Partido pelo Germinal no Largo
do Toural (Boticas) encontrando-
se presente o José Luís Monteiro.
O Germinal desmentiu.
Germinal
Alves Vieira,
solteiro, padeiro, natural de
Vidago, 36 anos, residente em
Montalegre.
Foi preso em Montalegre
em 30-1-1952. Interrogado
pela PIDE declarou fazer parte
do Partido Comunista para o
qual foi aliciado por Albertino
Mendes, sapateiro, residente em
Montalegre, que lhe apresentou
um funcionário do Partido o qual
o passou a visitar regularmente.
A partir daí passou a receber
propaganda, umas vezes entregue
pelo funcionário, outras vezes
pelo Albertino Mendes ou pelo
Dr. Landeiro Borges.
Disse não ter a certeza de
quem seria o responsável pela
organização local do Partido, mas
pensava ser o Dr. Landeiro.
Em virtude do réu Germinal
Alves Vieira não ter sido
encontrado após a pronúncia
provisória, foram suspensos os
termos do processo quanto a
ele, não tendo sido pronunciado
definitivamente.
Depois
de
algumas
diligências, a PIDE informou
o Tribunal de que o réu se
encontrava no Brasil a residir em
Amazonas.
O processo terminou em 1-3-
MAPC
1952 por falta do réu.
João António
Landeiro
Borges, solteiro, médico, natural
de Aldeia do Bispo, Idanha-aNova, 51 anos, residente em
Montalegre.
O agente policial encarregado
da prisão de Landeiro Borges,
certifica que não foi possível a
captura por o mesmo se haver
ausentado em 21-1-1952. No
dia seguinte voltou a procurar o
aludido médico e um rapazito
de 14 ou 15 anos informou que
o patrão tinha chegado pelas 23
horas do dia anterior, metera o
carro na garagem e recolhera-se
a casa, mas que hoje de manhã
quando lhe ia fazer a cama, esta
se encontrava por utilizar, pelo
que concluiu que fora dormir
fora.
Apertado o rapazito, na
G.N.R. acabou por dizer que o
patrão tinha saído de casa pelas
23.30 horas do dia anterior,
pouco tempo depois de o
comerciante Justino Alves ter com
ele conversado.
Dada a inutilidade da
presença dos agentes da PIDE na
vila, pediram ao comandante do
posto da G.N.R. para capturar o
médico quando ele aparecesse
e comunicar à subdiretoria do
Porto, e foram embora no dia 241-1952.
O Dr. Landeiro, possivelmente
tomou
conhecimento
pelo
Justino das prisões já efetuadas
em Montalegre, organizou a sua
vida, entregou os seus doentes
ao cuidado de um colega e foi
apresentar-se
voluntariamente
na subdiretoria da PIDE do
Porto, depois de ter deixado o
automóvel recolhido na garagem
Comércio do Porto.
Depois do interrogatório na
PIDE, esta instruiu o processocrime que transitou para o 1º
Juízo Criminal do Porto e foi
pronunciado provisoriamente.
Pôde, então, ser lavrado o
Auto de fiança de José António
Landeiro Borges no Tribunal
da Comarca de Montalegre.
Ficaram seus fiadores Justino
Alves e mulher Carminda de
Jesus Teixeira. Testemunharam o
ato Miguel Teixeira dos Santos e
mulher Senhorinha Gonçalves
Seara e João Afonso da Silva
e mulher Ana da Conceição
Antunes Moutinho.
Libertado condicionalmente
em 19-8-1952.
(Continua)
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
7
POLITICAMENTE FALANDO!...
-A CULTURA DEMOCRÁTICA
ATRAVÉS DA PALAVRA!...
Domingos Chaves
A palavra é o instrumento
mais belo ao dispôr do ser
humano. Serve para tudo!...
Para amar, para seduzir, para
encantar, para ajudar, para
confortar, para rezar, para
poetizar, para ofender, para
diabolizar, e até para enganar.
É através da palavra que nos
entendemos, que louvamos ou
criticamos o nosso semelhante,
que exteriorizamos os nossos
sentimentos, as nossas dúvidas
e os nossos acordos ou
desacordos.
Somos todos diferentes,
mas é através da palavra
que
conseguimos
provar
a
principal
característica
humana: diversidade cultural,
intelectual, religiosa, politica e
até social.
É por todas estas razões,
que a liberdade de expressão
exercida através da palavra,
é hoje considerada como a
maior conquista de qualquer
sociedade civilizada. Ninguém
devia ser perseguido ou
incomodado por pensar de
forma diferente, muito embora
seja pacifico e se saiba, que
a História da Humanidade
está repleta de atentados à
expressão do pensamento
e a “estórias” trágicas, com
particular destaque para a
intolerância política e religiosa.
Apesar
de
todas
as
barreiras, a “palavra” continua
a ser reconfortante e bela, e é
pena que nem sempre possa
ser utilizada para expormos
sem rebuço e sem perigo de
retaliação ou intimidação, ou
de retalição as nossas ideias,
as nossas opiniões, sugestões,
conselhos ou denúncias.
Todos temos direito a
exprimir as nossas opiniões,
mesmo que sejam contrárias às
dos outros. Todas têm o valor
que têm e são bem vindas,
porque
do
contraditório
surgem novas ideias e novos
paradigmas,
contribuindo
dessa forma para o progresso
civilizacional.
É por tudo isto, que
não partilho a perspectiva
nietzschiana, segundo a qual
“O caminho para todas as
coisas grandiosas passa pelo
silêncio”. Citando Lincoln,
“pecar pelo silêncio, faz dos
homens cobardes”!... Porque
detesto a cobardia, prefiro
antes o debate, onde sei
atempadamente que a palavra
tem uma cotação preciosa.
Chama-se a isto cultura
democrática!...
Não
é
colocando um boletim de voto
de quatro em quatro anos que
nos torna democratas, mas sim
o procedimento que revelamos
entre actos eleitorais. No
primeiro caso, trata-se de um
direito, no segundo de um
dever...
Tudo isto para lembrar,
que ao completar um ano de
colaboração com o Noticias
de Barroso, continuarei a usar
a minha palavra como arma
- sempre. E continuarei a usála, porque é através dela, que
procuro fazer-me entender e
fazer uso da “minha razão” -
que até pode nem ser a “razão”
de terceiros - para criticar ou
louvar, o que deve ser criticado
ou louvado.
É através da palavra que
procuro exteriorizar os meus
sentimentos, expôr as minhas
razões, as minhas dúvidas e os
meus acordos ou desacordos.
Depois
desta
pausa
jornalistica, motivada por umas
merecidas férias, cá estarei – se
me deixarem - para mais um
ano de desafios, em que a força
da palavra estará sempre na
primeira linha.
Entretanto, para todos os
leitores deste jornal, onde quer
que se encontrem, votos de
bom descanso, neste sempre
desejado mês de Agosto.
(Texto escrito segundo o
antigo acordo ortográfico)
Comenda ou Encomenda?
Acabo
de
tomar
conhecimento
que,
entre
outros antigos autarcas, o
ex-presidente da Câmara de
Montalegre (CMM), Fernando
Rodrigues (FR), foi condecorado
pelo Presidente da República.
A
notícia
causou-me
nojo e vai certamente criar
o mesmo mal estar junto de
muita população conhecedora
do perfil do ex-presidente da
Câmara.
Como cidadão atento e
que já exerceu as funções de
presidente da Câmara e que
dirige o jornal Notícias de
Barroso, não posso silenciar o
que sinto sob pena de correr o
risco de que poderá entender-se
que tacitamente até se aceita os
termos duma decisão tomada
pelo Presidente da República
que é um erro clamoroso,
inacreditável e lamentável.
Vejamos porque:
Fernando Rodrigues fez
quatro mandatos na CMM e teve
uma gestão desastrosa porque
não resolveu os problemas das
acessibilidades (Montalegre é
o concelho mais isolado do
país), do saneamento básico
(Montalegre é o concelho que
tem mais obras de saneamentos
das aldeias por executar) e do
desenvolvimento
económico
(Montalegre, ao contrário do que
se nota nos concelhos vizinhos,
estagnou,
não
progrediu).
Durante desasseis anos que
esteve à frente da autarquia
ficaram várias marcas indeléveis
duma gestão desastrosa de
que são exemplos: uma Ponte
construida
na
Assureira,
sem
acessos
e
portanto
sem utilização, que é um
monumento à incompetência
administrativa, e duas obras
faraónicas, o Multiusos e a Pista
Automóvel, o primeiro, um
mamarracho mal situado e sem
enquadramento arquitectónico
com a urbanização circundante,
a segunda, elaborada sem
projecto e em obras, todos os
dias, desde 1997 a esta parte.
Como vereador foi um
dos principais responsáveis
pelo falhanço das negociações
da Herdade do Cerrado para
onde devia crescer a vila de
Montalegre e que acabou
por ser adquirida por um
particular; foi também um dos
responsáveis pelo aval dado
a uma Discoteca (Madilon)
que, devido à sua enormíssima
dimensão, está a apodrecer
por falta de uso. Cabemlhe ainda responsabilidades
pela ostentação de certas
manifestações que culminavam
com comezainas de milhares de
pessoas, todas a comer de borla.
A gestão de FR tem
sido fortemente criticada na
Assembleia Municipal(AM) e
nos jornais locais (ver Notícias
de Barroso em várias edições
e também O Povo de Barroso).
No ranking da trasparência dos
municípios, Montalegre ocupou
o último lugar, o que deu origem
a severas críticas nos referidos
jornais e na dita AM.
A vida de FR, desde que
foi eleito autarca até aos dias
de hoje, devido aos índices de
riqueza que ostenta, tem dado
azo a suspeitas de váriada
índole, algumas das quais,
segundo consta, já expostas a
quem de direito.
FR
tem
tido,
teve
comportamentos
impróprios
na Assembleia Municipal onde
insultou com os nomes mais
feios o autor destas linhas, caso
que andou nos tribunais. Contra
o Director do Agrupamento de
Escolas de Montalegre usou
de métodos falaciosos para
conseguir manter à frente do
mesmo pessoas da sua inteira
confiança, caso que foi levado
ao Ministério da Educação e aos
tribunais.
Casos
houve
também
em que, sem explicações,
ainda como presidente da
Câmara, não respeitou sérios
compromissos que celebrou
com determinadas pessoas.
Como actual presidente
da AM tem sido fortemente
contestado pela oposição e
nos jornais já foi pedida a sua
demissão por mais de uma vez.
Perante tudo isto, como foi
possível uma Comenda?
É triste vermos a presidência
da República condecorar a
incompetência, a falta de
transparência, a gestão ruinosa,
a malcriadez e a prepotência.
O Presidente da República
acabou, com mais este gesto,
de dar razão aos que o tomam
como o pior Presidente da
República da democracia.
É também motivo para nós
nos interrogarmos para que é
que serve na Presidência da
República tanto assessor e tanto
consultor (todos muito bem
pagos!) e o que é que essa gente
faz naquela instituição que,
segundo se diz, gasta aos cofres
do Estado muito mais dinheiro
que a Casa Real de Espanha.
Como é possível? Como
é possível uma decisão desta
natureza sobre uma pessoa que
não tem perfil para tal porque
não se dá ao respeito porque
não respeita ninguém?
Os barrosões, gente séria,
pacata e honesta, não podem ter
como modelo uma pessoa com
estes predicados e “devolvem a
Encomenda ao Sr. Silva”.
Eu, pela minha parte,
não entendo e, tal como
me
compete,
acabo
de
fazer aquilo que me dita a
minha consciência, mesmo
sabendo que poderei ferir as
sensiblidades mais extremadas
de alguns dos assinantes do
Notícias de Barroso.
José A. Carvalho de Moura,
professor, jornalista e expresidente da Câmara de
Montalegre
8
Salto
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
II “Semana do Barrosão”
No dia 24 de Julho, o
presidente da Câmara Municipal
referiu que «estamos perante
um ato de reconhecimento e
de valorização de um produto
endógeno que foi pontapeado
e ignorado ao longo dos anos».
A
II
“Semana
do
Barrosão” serviu de novo
para enaltecer a raça barrosã.
O presidente do município,
na sessão inaugurativa do
evento, explicou as razões
que justificam este cartaz:
«porque está sob a ameaça
das carnes “low cost” que
invadem o mercado nacional,
importadas sabe-se lá de onde
e que, chegam à mesa dos
portugueses ao mesmíssimo
preço das carnes de qualidade
por nós produzidas, do que
resulta deixarem os agricultores
do Barroso em precaríssimas
condições; porque falamos de
uma marca comercializada
pela certificação DOP e cujo
processo de valorização e de
afirmação comercial estratégica
importa
implementar
por
forma a que a marca seja
protegida dos abusos ou
banalizações
vulgarmente
encontrados Portugal abaixo
e a alavanquemos como
seguro de vida dos produtores
envolvidos na sua criação;
porque é também esta a forma
de o Município homenagear os
bravos e resistentes produtores
de Salto que nunca optaram
por espécies de crescimento
rápido e consequentemente
de proventos e proveitos
acrescidos».
Os “porquês” alavancados
por Orlando Alves ajudam a
compreender alguma amargura
que o edil fez questão de
ressalvar quando interrogado
sobre a importância desta
nova aposta do executivo:
«estamos perante um ato
de reconhecimento e de
valorização de um produto
endógeno que foi pontapeado
e ignorado ao longo dos
anos». O desenvolvimento dos
territórios, explica o autarca,
«faz-se a partir da valorização
dos produtos locais, como a
batata, o fumeiro, os produtos
hortícolas aliados à boa
gastronomia,
ambiente
e
paisagem». Daí que, sustenta
Orlando Alves, «toda a carne
produzida em Montalegre,
pela forma como é alimentada,
só tem que ser de excelente
qualidade».
Orlando Alves saiu de
novo em defesa deste símbolo
barrosão a ponto de o equiparar
ao Castelo de Montalegre:
«não podemos ignorar que
uma raça autóctone tem a
mesma
representatividade
e importância que tem um
dos símbolos maiores da
nossa terra que é o castelo de
Montalegre. Se víssemos o
Castelo a ser invadido íamos
defendê-lo e se vemos a raça
barrosã ameaçada de extinção,
também temos que valorizála e defendê-la». No mesmo
tom, o presidente da Câmara
de
Montalegre
prometeu
dinheiro para preservar este
emblema: «vamos financiar
o nascimento de vitelos desta
raça. É património de Barroso,
é identidade barrosã e é para
manter isso que servem os
autarcas».
Zona onde as pequenas
propriedades
imperam,
o
Barroso quer ganhar dimensão
para construir escala. A
importância de travar a história
do minifúndio pode ser
agarrada com a oferta do novo
Quadro Comunitário de Apoio
apesar dos reparos do líder do
executivo: «há que ter visão e
dimensionar a propriedade.
Para que as máquinas nela
entrem e a tornem produtiva
e rentável e à terra seja dada
a função social que lhe
cabe. É este o desígnio a que
temos todos, em conjunto, de
deitar a mão e de imediato
implementar. Se o fizermos – e
é pena que o Portugal 2020 o
não contemple – os milhares de
escravizados nos restaurantes
de Londres regressarão para
se envolverem na atividade
em que foram iniciados e de
que gostam sobremaneira. E
os muito milhares de técnicos
desempregados encontrariam
nas tarefas de elaboração de
cadastro e da reestruturação
fundiária a oportunidade que
a república teima em não darlhes».
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Noticias de
17 de Agosto de 2015
9
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Fiscalização e
Direcção Técnica
Paula Cunha, Lda.
A Empresa do concelho de Montalegre que
procura servir os seus clientes com eficiência e
qualidade.
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Barroso
Noticias de
NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA
Certifico, para fins de publicação, que por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado
na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 153 - A, a fls 16 e seguintes: JOAQUIM RIBAS
DE MOURA e mulher PIEDADE ALVES DE MOURA, casados na comunhão geral, naturais ele da freguesia de Padroso, concelho
de Montalegre e ela da freguesia de Padornelos do mesmo concelho, residentes na Rua Principal, n.º 1, lugar de Padornelos, união das
freguesias de M;eixedo e Padornelos, do dito concelho, declaram:
Que são donos com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na união das freguesias de Montalegre e Padroso, concelho
de Montalegre:
UM - Prédio rústico situado no lugar de Eiras, composto de pastagem de sequeiro, com a área de oitocentos e vinte metros quadrados,
a confrontar do norte com caminho, nascente com Ilídio Fraga Alves, sul com António Fraga Alves, poente com António Alves Pio e
Fernando Martins, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1898.
DOIS - Prédio rústico situado no lugar de Covelinho, composto de cultura arvense, regadio e horta, com a área de trezentos e sessenta
metros quadrados, a confrontar do norte com caminho público, nascente e sul com António José Lopes Seara e poente com José Joaquim
Gonçalves Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2768.
TRÊS - Prédio rústico, situado no lugar de Carrim Velho, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos metros
quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de João Ribas, nascente com Isaura Fraga, sul com caminho público e poente com António
Alves Tiago, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2914.
QUATRO - Prédio rústico, situado no lugar de Fonte Velha, composto de lameiro, com a área de duzentos e setenta metros quadrados,
a confrontar do norte com Heitor Lopes Seara, nascente e sul com caminho público e poente com Júlia Alves Ribas, inscrito na respetiva
matriz sob o artigo 3062.
CINCO - Prédio rústico, situado no lugar de Pereira, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e trinta metros
quadrados, a confrontar do norte, nascente e poente com caminho público e sul com José Joaquim Ribas, inscrito na respetiva matriz sob
o artigo 3311.
SEIS - Prédio rústico situado no lugar do Casal, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cinquenta metros quadrados,
a confrontar do norte com António Júlio Ribas, nascente com Ana Neves Esteves, sul com Maria Rita Esteves e poente com herdeiros de
Domingos Ribas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3398.
SETE - Prédio rústico situado no lugar de Quintela, composto de lameiro e pastagem, com a área de quatrocentos e vinte metros
quadrados, a confrontar do norte com José Esteves Miranda, nascente com António Alves Pio, sul com herdeiros de Domingos Ribas e
poente com baldio, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3802.
OITO - Prédio rústico situado no lugar de Lama da Gonda, composto de pastagem e sequeiro, com a área de mil sesicentos e oitenta
metros quadrados, a confrontar do norte com António Esteves Junior, nascente com caminho público, sul com Ilídio Fraga Alves e poente
com Domingos Esteves Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3913
NOVE - Prédio rústico situado no lugar de Carvalha, composto de pastagem natural, com a área de oitocentos metros quadrados, a
confrontar do norte com Isaura Fraga, nascente com caminho público, sul com Maria Leonor Alves Ribas e poente com José Ribas Barros,
inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4142
DEZ - Prédio rústico situado no lugar de Calvas, composto de mata mista, com a área de setecentos e vinte metros quadrados, a
confrontar do norte com Domingos Alves Pio, nascente com Serafim Alves, sul com Júlio Alves Ribas e poente com Ana de Fátima Alves,
inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4295
Que os referidos prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que todos estes prédios resultam da organização administrativa operada pela Lei n.º 11-A/2013, de vinte e oito de janeiro e estavam
inscritos antes, respetivamente, sob os artigos 18, 455, 528, 627, 878, 965, 1370, 1483, 1712 e 1865 da freguesia de Padroso.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil
novecentos e oitenta e oito, ano em que os adquiriram, por partilha meramente verbal da avó do justificante marido, Maria Benta Alves Pio,
viúva, residente que foi no lugar e freguesia de Padroso, concelho de Montalegre.
Que, desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos,
roçando o mato e limpando-os, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem
os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse
a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os mencionados prédios por
USUCAPIÃO que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Está conforme.
Póvoa de Lanhoso, 27 de julho de 2015
A colaboradora com autorização para este ato nos termos do n.º 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de fervereiro
Ana Maria Pinto Gonçalves
Registada sob o nº 84/4
Conta registada sob o nº 1563
Emitida fatura/recibo
A autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013
Notícias de Barroso, n.º 476 de 17 de Agosto 2015
Barroso
Noticias de
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17 de Agosto de 2015
NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO
OLIVEIRA
Certifico, para fins de publicação, que por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária
Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no
livro de escrituras diversas n.º 153 - A, a fls 13 e seguintes: ANTÓNIO JOAQUIM RIBAS TIAGO
casado com Maria Fernanda Gonçalves Seara Tiago, sob o regime imperativo de separação de bens,
natural da freguesia de Padroso, concelho de Montalegre, residente em 167 Lakeview Av., Ludlow,
M.A., Estados Unidos da América, declara:
Que é dono com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na União das
freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre:
UM - Prédio urbano situado na Rua do Calvário ou lugar de Padroso, composto de parcela de
terreno, com a área de cento e trinta e três vírgula oitenta metros quadrados, a confrontar do norte
com baldio, nascente com António Manuel Rodrigues Alves, sul com Rua do Calvário e poente com
Sebastião Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1750.
Que este prédio não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Dois - Três quartas partes indivisas do prédio rústico situado no lugar de Fervença, composto
de mata mista, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número trezentos
e sessenta e oito, da freguesia de Padroso, não incidindo sobre a fração qualquer inscrição em vigor,
inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4544.
Três - Metade indivisa do prédio rústico situado no lugar de Cortinhas, composto de lameiro de
serra, descrito na mesma Conservatória sob o número trezentos e setenta, da freguesia de Padroso,
não incidindo sobre a fração qualquer inscrição em vigor, inscrito na respectiva matriz sob o artigo
4599.
Que estes prédios resultam da organização administrativa operada pela Lei n.º 11-A/2013, de
vinte e oito de janeiro e estavam inscritos antes, respetivamente, sob os artigos 198 urbano e 2116 e
2173 rústicos da freguesia de Padroso.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio
e das quotas partes indivisas, mas iniciou a sua posse, em mil novecentos e oitenta e dois, ano em
que os adquiriu, por doação meramente verbal de seus pais António Alves Tiago e mulher Maria
Augusta Ribas, residentes que foram no lugar de Padroso.
Que, desde a essa data e juntamente com o restante proprietário, quanto aos prédios identificados
sob os números dois e três, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído os
prédios, guardando lenha, feno e alfaias agrícolas no palheiro que em tempos existiu no prédio
identificado no número um, limpando e retirando as pedras das ruínas do mesmo, roçando mato,
apascentando o gado e pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração
com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo
de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua
e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os mencionados prédios por
USUCAPIÃO que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Está conforme.
Póvoa de Lanhoso, 27 de julho de 2015
A colaboradora com autorização para este ato nos termos do n.º 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de
fervereiro
Ana Cristina Veloso Sampaio
Registada sob o nº 84/3
Conta registada sob o nº 1560
Emitida fatura/recibo
A autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em
26/02/2013
Notícias de Barroso, n.º 476 de 17 de Agosto 2015
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
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Santa Teresa de Ávila
Pe Vítor Pereira
Neste ano de 2015,
celebram-se os 500 anos do
nascimento de uma grande santa
da Igreja Católica, Sta. Teresa de
Ávila, também conhecida por
Sta. Teresa de Jesus. Vale a pena
lembrar o percurso da sua vida.
Nasceu a 28 de Março
de 1515, na barrenta cidade
espanhola de Ávila, não
muito longe aqui de nós.
Seu pai, Afonso, inquieto
e desassossegado com as
aventuras e as ousadias juvenis
da filha e querendo livrá-la
das perniciosas influências
mundanas,
abrigou-a
no
Convento de Santa Maria de
Grácia, orientado pelas monjas
agostinhas, tinha ela os seus 17
anos. Passados três anos, entra
no Mosteiro da Encarnação,
em Ávila, onde fez votos como
carmelita, com a bênção do pai.
Retratando o sentimento que
BOTICAS
Centro de Saúde de
Boticas
O Município de Boticas
assinou, dia 29 de julho, um
protocolo com a Administração
Regional de Saúde do Norte
(ARS Norte) que permitirá
reforçar o número de consultas
no Centro de Saúde de Boticas,
aumentando em 12 horas
semanais (seis às quintas-feiras
e seis às sextas-feiras) o horário
de atendimento médico no
Centro de Saúde, para fazer
face à actividade assistencial
dos utentes inscritos nesta
unidade que se encontram sem
médico de família atribuído.
Para garantir este aumento
de horas de consultas, o
Município irá assegurar na
íntegra o pagamento dos
encargos mensais com o
vencimento dos médicos
decorrente desta actividade
assistencial suplementar.
Inaugurada Estátua na
Rotunda de Carvalhelhos
A estátua da autoria de
Francisco Simões apresenta
uma mulher “a Barrosã” com
vestimentas tradicionais do
povo barrosão. O escultor
destaca o papel da mulher
e considera-a o centro do
mundo
A Rotunda de Carvalhelhos
que foi renovada com um
arranjo urbanístico teve
lhe atravessava a alma nesta
fase da sua vida, sentindo-se
profundamente unida a Cristo,
deixou escrito: «Já me entreguei
completamente, e de tal sorte
estou mudada, meu amado é
para mim e eu sou para o meu
amado. Feriu-me com uma seta
arvorada de amor, e
minha alma ficou feita
uma com o seu Criador.
Já não quero outro
amor, pois ao meu
Deus me entreguei,
meu amado é para mim
e eu sou para o meu
amado.»
Apesar de dizer
às
suas
monjas
que o Mosteiro da
Encarnação,
onde
esteve 27 anos, era
bom, contudo, havia
alguns aspetos que
lhe desagradavam no
estilo de vida e no
ambiente, que a vão
estimular a empreender
uma grande reforma
na ordem carmelita:
individualismo,
diferença de classes, ausência
de clausura, falta de partilha,
de comunhão e de fraternidade,
trivialidade e opulência. Enfim,
seria talvez um mosteiro
excessivamente mundano para
se viver o ideal cristão, com
toda a sua verdade e exigência.
Movida pelas suas ideias
e convicções contracorrente e
revolucionárias para o tempo,
defendendo, por exemplo, o
direito das mulheres à instrução,
à espiritualidade, à oração e
direito a uma cerimónia
de inauguração pelo facto
da empresa das “Águas de
Carvalhelhos” completar,
este ano, 100 anos da sua
sociais relativos ao incentivo
da natalidade e às bolsas de
estudo do Ensino Superior.
Foram nove os bebés nascidos
no concelho, nos últimos
meses, que receberam, das
mãos do presidente Fernando
Queiroga, um cheque no valor
de 1000€, juntamente com
uma pequena lembrança.
Os pais louvaram
a atitude do executivo
municipal, em incentivar os
casais do concelho a terem
filhos, “é sempre bom saber
que a autarquia pensa nos
seus cidadãos e os ajuda a
manterem-se por cá, o que,
nos dias que correm, é muito
importante”, disseram.
Para além da atribuição
do “Enxoval do Bebé” foram,
também, entregues bolsas de
estudo aos jovens do concelho
que frequentam o Ensino
Superior, apoio que serve para
aliviar os encargos que os pais
têm com os seus filhos, ao
longo do ano letivo.
A autarquia botiquense vai
voltar a atribuir estes apoios
sociais já no final deste ano.
instalação em Carvalhelhos.
Uma homenagem à terra
onde está sediada a empresa
“Águas de Carvalhelhos” que
este ano comemora o seu
centenário.
Entrega de 9 enxovais de
bebé e 20 bolsas de estudo
O Salão Nobre, da Câmara
Municipal de Boticas acolheu,
na passada quinta-feira, dia 6
de agosto, a entrega dos apoios
a terem um lugar digno na
Igreja, abandonou o Mosteiro
da Encarnação e, com a ajuda
do dinheiro de uma irmã e seu
cunhado, comprou um terreno
Escavações Arqueológicas
das Batocas
Pelo quinto ano
consecutivo estão a decorrer
na Estação Arqueológica
das Batocas, em Ardãos,
escavações arqueológicas.
Recorde-se que as
escavações na Estação
fora das muralhas de Ávila, onde
construiu uma pequena casa,
berço da reforma que levou
a cabo na ordem, fundando
as carmelitas descalças. Ao
longo de 20 anos, fundou 17
conventos. A sua reforma teve
uma direção clara: sobriedade
de vida e regime de
clausura,
para
ela
sinal
de
liberdade
para
quem
deseja
uma união profunda
e mística com Deus e
viver em exclusividade
para a interioridade, a
contemplação, a oração
e a reflexão.
Desde
que
manifestou uma certa
índole
vanguardista
para a época, passou
a ser vigiada pela
Inquisição, que desde
logo procurou esconder
os seus escritos e
controlar os danos que
a monja arisca lançava
na cómoda e controlada
normalidade da Igreja.
Faleceu a 4 de
Outubro de 1582.
Pressentindo a visita da morte,
escreveu desassombradamente:
Olha que o amor é forte. Vida,
não me sejas molesta, olha
que só te resta para ganharte, perder-te. Venha já a doce
morte, o morrer venha ligeiro.
Que morro porque não morro.»
Foi beatificada em 1614. Em
1970 foi proclamada por Paulo
VI «Doutora da Igreja», pelos
méritos dos escritos místicos
e doutrinais, que nos deixou,
cheios de sapiência, próprios de
uma alma que se deixou abrasar
pelo amor de Deus. Já houve
em tempos, e não sei se ainda
haverá, os caminhos de Santa
Teresa.
Arqueológica das Batocas
surgiram no âmbito do
protocolo de cooperação
assinado entre a Câmara
Municipal de Boticas e a
Universidade do Minho e
decorrem no âmbito do projeto
de “Conservação, Estudo,
Valorização e Divulgação do
Complexo Mineiro Antigo do
Vale Superior do Rio Terva, em
Boticas”.
Os trabalhos resultantes
deste protocolo são um
importante contributo para o
conhecimento aprofundado
de todo o Complexo Mineiro
Antigo do Vale Superior do
Rio Terva, permitindo não
só valorizar e preservar o
espaço, mas também dar a
conhecer aquele que foi um
dos mais importantes locais de
mineração aurífera na época
romana.
A
forma
intensa
e
apaixonada como os santos
viveram a sua fé e o seu amor a
Deus, à Igreja e aos outros, e por
isso mesmo provocadores de
ruturas e de convulsões, é para
nós um modelo e um estímulo,
mas também não pode deixar
de ser um questionamento ao
cristianismo tradicionalista e
ritualista a que nos acomodámos,
ao cristianismo sociológico em
que nascemos (somos cristãos
porque o ambiente à nossa volta
é cristão, falta de convicção) e
à forma desfervorosa, rotineira,
costumeira, desencantada e
morna como vivemos a fé,
sobretudo na Europa.
Será que já descobrimos e
acreditamos mesmo no amor de
Deus e na fonte de vida plena e
eterna que Ele é?
12
Barroso
Noticias de
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA
NOTÁRIA
ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES
Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no
Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na Avenida Pedro
Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 11 – B, a fls 52 e seguintes, FERNANDO BARREIRA
ARTILHEIRO, solteiro, maior, natural da freguesia de Vilar de Perdizes
(São Miguel), concelho de Montalegre, residente na Avenida da Igreja, n.º
7, freguesia de Vilar de Perdizes e Meixide, no mesmo concelho, declara:
Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis:
UM - Prédio rústico, situado no lugar de Veiga, composto de cultura
arvense de sequeiro, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, a
confrontar do norte com João Gonçalves Lage, nascente com João Barros
Pinto, sul com Augusto Domingues Couteiro e poente com ribeiro, inscrito
na respectiva matriz sob o artigo 11034 e anteriormente inscrito na matriz
rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo
8405.
DOIS - Prédio rústico, situado no lugar de Ladeiro, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil quinhentos e setenta e cinco
metros quadrados, a confrontar do norte com Eduardo Alvar Barros, nascente com ribeiro, sul com Fernando Pires Magalhães e poente com João
do Alvar, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11303 e anteriormente
inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel)
(extinta) sob o artigo 8674.
TRÊS - Prédio rústico, situado no lugar de Rebozes, composto de
mato, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com
Manuel Dias Carrelo, nascente com Aldina Voluntário Oliveira, sul com
Augusto Alves (herdeiros de) e poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6824 e anteriormente inscrito na matriz rústica da
freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 4167.
QUATRO - Prédio rústico, situado no lugar de Salgueiros, composto
de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil cento e vinte e cinco
metros quadrados, a confrontar do norte com Ana Santos Barros, nascente
com estrada, sul e poente com Luís Fernandes Chaves, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 10600 e anteriormente inscrito na matriz rústica
da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 7965.
CINCO - Prédio rústico, situado no lugar de Vidoedos, composto de
vinha e mato, com a área de setecentos e cinquenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, nascente com João Alves Oliveira,
sul com António Botelho e poente com Celso Bernardes Botelho, inscrito
na respectiva matriz sob o artigo 6067 e anteriormente inscrito na matriz
rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo
3409.
SEIS - Prédio rústico, situado no lugar de Lamela, composto de mato,
com a área de oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte
com António Rodrigues Artilheiro, nascente com José Fonseca, sul com
Antonio Domingos Fernandes e poente com Antonio Gonçalves Fonseca,
inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7902 e anteriormente inscrito na
matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob
o artigo 5250.
SETE - Prédio rústico, situado no lugar de Rebozes, composto de mata
mista, com a área de cento e cinquenta metros quadrados, a confrontar do
norte com Ilídio Rodrigues Santos, nascente com caminho, sul com José
Bernardes Amorim e poente com João Alves Oliveira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6827 e anteriormente inscrito na matriz rústica da
freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel) (extinta) sob o artigo 4170.
Este prédio não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de
Montalegre.
Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o
direito de propriedade dos referidos prédios, mas iniciou a sua posse, por
volta do ano de mil novecentos e noventa e três, ano em que os adquiriu, por
compra meramente verbal que deles fez, os identificados sob os números
um, dois, três e sete, a João Martins Barreira, divorciado, o identificado
sob o número quatro, a Maria Martins Barreira e marido, Torcato Ramos
da Silva, o identificado sob o número cinco, a Manuel Lopes da Fonseca,
solteiro, maior e o identificado sob o número seis, a Arminda Botelho Pires,
viúva, todos residentes na dita freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel).
Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, bem como a
proveniência dos artigos, devido à antiguidade das transmissões.
Que, desde aquela data, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os, colhendo os seus frutos, limpando e roçando o mato e usufruindo dos
rendimentos por eles proporcionados, pagando todas as contribuições por
eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único
dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição
há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica,
contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob
os prédios por USUCAPIÃO, que xpressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Está conforme.
Chaves, 27 de Julho de 2015.
A notária,
A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8
do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto,
pela notária
£ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1
£ Sandra Cristina Ribeiro Fernandes – 282/2
Conta/recibo registada sob o n.º FR /2015/2
Notícias de Barroso, 17 de Agosto de 2015
17 de Agosto de 2015
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória do Registo Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre
EXTRATO
EXTRATO
Para efeitos de publicação certifico que, por escritura de 11 de agosto de
2015, exarada a folhas 4 e seguintes do livro 982-A, lavrada no Cartório Notarial
de Montalegre a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, ANTÓNIO DE MOURA, natural da freguesia de Fiães do Rio, concelho de Montalegre, titular do bilhete de identidade número 3028610, emitido em 20-09-2006,
pelos SIC de Lisboa e mulher ANA DA COSTA MOURA, natural da freguesia
de Contim, concelho de Montalegre, casados sob o regime da comunhão geral,
residentes na Rua do Casal, n.º 2, lugar de Fiães do Rio, freguesia de Paradela,
Contim e Fiães, concelho de Montalegre, declararam:
Que são donos com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na
freguesia de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre:
- Prédio urbano situado na Rua Principal, lugar de Fiães, composto de corte
de rés-do-chão, com a superfície coberta de vinte e um, vírgula, zero nove metros
quadrados, a confrontar do norte e sul com Manuel Dias dos Santos, nascente
com caminho público e do poente com Manuel da Cunha Moreira, inscrito na
respetiva matriz sob o artigo 768.
Que este prédio estava inscrito na matriz da freguesia de Fiães do Rio (Extinta) sob o artigo 232 e na matriz anterior a mil novecentos e noventa e sete sob o artigo rústico 746 e encontra-se por descrever na Conservatória do Registo Predial.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e dois,
ano em que o adquiriram por partilha meramente verbal efetuada por óbito de
seu pai e sogro, Manuel Gonçalves dos Santos, casado com Alzira de Moura,
residente que foi no lugar de Fiães do Rio referido.
Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, nele guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo
essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo
e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o
que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão
pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO,
que expressamente invocam para efeito de ingresso do mesmo no registo predial.
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de 11 de agosto de
2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta de Conservador, em substituição legal e em exercício de funções notariais, exarada a folhas
7 e seguintes do livro 982-A, ANTÓNIO BRANCO GONÇALVES e mulher
MARIA DE LURDES CORREIA DOS SANTOS GONÇALVES, casados em
comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Covelães, deste concelho e
ela da freguesia de Mondim da Beira, concelho de Tarouca e residentes na Rua
Bastos Nunes, n.º 20, r/c dtº, em Queluz, declararam:
Que ele é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na
União das Freguesias de Sezelhe e Covelães, concelho de Montalegre:
- Prédio rústico situado no JOGO DA BOLA, composto de cultura arvense
de sequeiro, com a área de setecentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do
norte com Fernando Américo Alves Silva, sul com caminho público, nascente
com Manuel Gonçalves Branco Gaspar e do poente com Joaquim Gonçalves
Branco, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 448, que corresponde ao artigo
458, da freguesia de Covelães (Extinta), com o valor patrimonial tributável de
78,31 euros, que é também o atribuido.
Que após exaustivas pesquisas nos diversos serviços públicos, não foi possível encontrar o artigo da matriz anteriormente ao ano de mil novecentos e noventa
e sete.
Que o prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo
Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante
marido.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e oitenta, ano
em que o adquiriu ainda no estado de solteiro, por doação meramente verbal de
António Gonçalves Ramos e Teresa de Jesus Gonçalves Branco, residentes que
foram em Covelães.
Que, desde essa data, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas
e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista
de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte
anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé,
razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO,
que expressamente invoca para efeito de ingresso do mesmo no registo predial.
Montalegre, 11 de agosto de 2015
A 2.ª Ajudante,
Maria José Fernandes Carapenha
Conta: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
Conta registado sob o n.º 396
Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015
EXTRATO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 14 de
julho de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes,
exarada a folhas 80 e seguintes do livro 981-A, ANTÓNIO DOS SANTOS
GARCIA e mulher MARIA DA CONCEIÇÃO FERNANDES DE CARVALHO, casados em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Gralhas,
deste concelho, onde residem na Rua dos Campos, n.º 4, DECLARARAM:
Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado
na freguesia de Gralhas, concelho de Montalegre:
- Prédio rústico situado na POÇA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, a confrontar do
norte e poente com António dos Santos Garcia, sul com Serafim Gonçalves
Pelho e do nascente com o caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo
3051.
Que, apesar de pesquisas nos diversos Serviços Públicos, não foi possível
obter o artigo da matriz anteriormente ao ano de mil novecentos e noventa e
sete e encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial
de Montalegre.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de
propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta
e nove, ano em que o adquiriram por compra meramente verbal a João Carvalho de Moura e mulher Palmira Gonçalves Barroso de Moura, residentes na
mencionada freguesia de Gralhas.
Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele
devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos
donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição,
há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica,
contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade
sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de
ingresso do mesmo no registo predial.
Montalegre, 14 de julho de 2015
O 1.º Ajudante,
(Assinatura ilegível)
Conta: Artigos:
“
Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Registado sob o n.º 319
Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015
Está conforme.
Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 11
de agosto de 2015
O 1.º Ajudante,
(Assinatura ilegível)
Conta:
Emol. Art.º 24.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Conta registado sob o n.º 399
Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015
IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MONTALEGRE
R. General Humberto Delgado, Tel. 276 512 266, Fax. 276 511 352, 5470-247 MONTALEGRE
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA
Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 24.º do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, pessoa colectiva de utilidade pública com o NIPC 501745963, com sede na vila de Montalegre,
na Rua General Humberto Delgado n.º 473, Convoco todos os irmãos, no
pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia-Geral Extraordinária, no próximo dia 02 de Setembro de 2015, pelas 15,00 horas, na sede
da Irmandade, com a seguinte
ORDEM DE TRABALHOS
Ponto 1. – Deliberar sobre a alteração do Compromisso da Misericórdia
(Estatutos), em conformidade com o Dec.-Lei nº 172-A/2014.
Ponto 2. - Apreciar e votar as alterações ao Regulamento Eleitoral.
Se à hora anunciada a Assembleia-Geral não se puder realizar, por falta
de maioria legal, a reunião terá lugar uma hora depois, em segunda
convocação, com qualquer número de irmãos. (n.º 1 do artigo 26.º do
Compromisso).
Os elementos preparatórios encontram-se à disposição dos irmãos, para
consulta, na sede (Provedoria), durante as horas de expediente, nos termos
legais
Montalegre, 14 de Agosto de 2015
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
_____________________________
Eng.º José Gonçalves Justo
Notícias de Barroso, n.º 476, de 17 de agosto de 2015
Barroso
Noticias de
17 de Agosto de 2015
13
Dois Brasileiros Reconstroem
o Rosto de Maria Madalena
Lita Moniz
Cícero Moraes, designer
gráfico de Mato Grosso e
Paulo Miamoto, pesquisador,
especialista em odontologia e
antropologia forense, da cidade
de Santos, depois do sucesso
que obtiveram ao reconstruir o
rosto de Santo Antônio de Pádua,
aceitaram mais um desafio:
Reconstruir o rosto de Maria
Madalena.
José Luís Lira, ex-seminarista,
estudioso de relíquias católicas
procurou estes dois especialistas
para reconstruírem o rosto de
Maria Madalena. É por demais
sabido a vida de Maria Madalena
citada em várias passagens da
Bíblia. A importância deste fato
merece todo o destaque.
José Luís Lira entrou
em contato com estes dois
pesquisadores
para
juntos
tentarem reconstruir o rosto
de Maria Madalena a partir do
crânio preservado que, segundo
historiadores, seria o crânio de
Maria Madalena.
Este crânio está revestido de
ouro, formando um busto, uma
relíquia de valor inestimável da
cidade Saint– Maximin-la-SainteBaume, uma cidade no Sul da
França.
No relicário da Basílica de
com o Monsenhor Dominique, a
princípio com alguma resistência,
mas depois de perceberem
que não era necessário retirar a
relíquia da Basílica, acabaram
por compreender e aceitar que
se fizesse a reconstrução do rosto
de Maria Madalena. Enviaram
que o rosto de Maria Madalena
só fosse apresentado ao mundo
a partir do dia 19 de julho de
2015, data em que se iniciam
as festas em honra a Santa Maria
Madalena.
Então o Notícias de Barroso
já pode sair nesta edição
sempre a descreveu, o que talvez
ajude a dar mais autenticidade à
relíquia.
A partir da foto já pronta, a
festa na Basílica de Sainte-MarieMadeleine contará com a Imagem
de Santa Maria Madalena. Será
realmente uma festa especial,
Sainte-Marie-Madeleine,
está
guardada esta relíquia católica.
Os primeiros contatos com
o padre Florian Racine, e depois
as fotos e dados necessários
que o trabalho de reconstrução
exigiam.
Só fizeram uma exigência:
apresentando o rosto de Maria
Madalena.
Um rosto de uma mulher
realmente linda como a Bíblia
graças a dois brasileiros notáveis
por seu talento em recriar
imagens a partir de crânios com
precisão milimétrica.
Dos Estados Unidos
Mons. Constantino Caldas
regressou à sua terra natal
Domingos Dias
O padre Constantino Caldas,
que mais tarde foi promovido
a monsenhor, deixou o lar de
terceira idade Saint Joseph em
Trumbull, Connecticut, no dia 30
de Julho, para regressar a Monção,
Minho. Uma sobrinha veio de
Portugal propositadamente para
o acompanhar.
Antes da partida, um
grande número de paroquianos
decidiram fazer-lhe uma festa
de despedida, sendo um gesto
bonito e de apreciação por tudo
o que ele fez religiosamente
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
ao serviço do catolicismo e da
comunidade portuguesa de
Bridgeport, durante cerca de 50
anos.
O padre Caldas chegou
a Bridgeport em 1957. Como
ainda não havia uma igreja
portuguesa, começou por rezar
missa na capela da catedral
Saint Augustine. Passado pouco
tempo e chegando à conclusão
que a comunidade precisava de
uma igreja própria, deu início a
uma campanha para que fosse
construída. Muitos paroquianos
contribuiram com ajuda de
trabalho voluntário e com ofertas
monetárias para que o projeto
fosse concretizado. Em 1961
foi inaugurada a Igreja Nossa
Senhora de Fátima, de Bridgeport.
Há cerca de 10 anos, o
monsenhor Caldas aposentouse da referida igreja portuguesa.
Ficou a substituí-lo o padre José
Alves, que já era seu assistente
desde 1976. Antes tinha sido
também assistente do monsenhor
Caldas, o padre António Ribas
Moura, de Padroso, Montalegre.
O monsenhor Caldas tem
agora a bonita idade de 89 anos.
Desejamos-lhe uma boa
estadia na sua terra natal, com
votos de que viva ainda muitos
mais anos.
14
Barroso
Noticias de
VENDA NOVA
Festival de Folclore
Teve lugar na Venda
Nova, dia 8 de Agosto, a 9.ª
edição do Festival de Folclore
organizado pelo grupo
folclórico local, com o apoio
da Câmara Municipal.
Grupo formado no ano
de 1982, teve uma paragem
durante vários anos, mas a
vontade dos vendanovenses
superou todas as dificuldades
e foi bonito ver, de novo, o
Rancho Folclórico da Venda
Nova actuar no seu Festival
que realizou pela 9.ª vez.
A animação esteve a
cargo dos Gaiteiros de Pitões
e, com o Rancho da Venda
Nova estiveram em palco o
Rancho Folclórico Rosas de S.
Miguel – Sto. Tirso e o Grupo
Folclórico Danças e Cantares
de Sto. Adrião – Braga.
O Notícias de Barroso
felicita os responsáveis do
Rancho Folclórico e todos os
seus participantes bem como
toda a população da Venda
17 de Agosto de 2015
Outras Noticias
Nova pelo reaparecimento
do Rancho e faz votos que a
sua actividade que faz falta
a Barroso se mantenha por
muitos anos.
FAFIÃO
Inaugurado Núcleo
Museológico do Ecomuseu
de Barroso
No dis 25 de Julho,
foi inaugurado o núcleo
museológico do Ecomuseu de
Barroso de Fafião.
Poucos dias depois
da inauguração do Centro
Interpretativo das Minas da
Borralha, a Câmara Municipal
aproveitou o dia de Festa de
Fafião, em honra de S. Tiago,
para inaugurar mais um polo
do Ecomuseu de Barroso.
A estrutura foi financiada
pelo PRODER (Programa de
Desenvolvimento Rural) e
mostra facetas diferentes da
cultura de Barroso por parte
dos barrosões geresianos.
A sobrevivência dos
povos antigos destas zonas de
Barroso assentava na pastorícia
e tal é retratatado no núcleo
museológico, o que representa
a consagração da associação
“Vezeira” com a qual a
Câmara fez uma parceria.
A “Vezeira” tem tido uma
acção meritória através de
encontros na serra a recriar a
vida dos pastores dos tempos
passados. Eventos que contam
com turistas desejosos de
conhecer estes costumes
ancestrais. Daqui em diante,
os turistas em Fafião terão mais
um motivo de interesse e a
O Município de
Montalegre, EDP Produção
e Universidade do Minho
decidiram atribuir os prémios
da II edição do programa
“(Co) Empreende” a Vítor
Domingos Barroso Afonso &
Marie Cécile Claire Marchand
- Nomad Planet (dedicado ao
ecoturismo, o projeto consiste
a Maria Amélia Rodrigues
Santos Gonçalves - BarrosArte
(assumindo como atividade
principal a criação artesanal
de pinturas em telas, cerâmica,
vidro, madeira, tecidos e
outras alusivas a eventos e
património da região, também
a criação de peças (escultura)
originais em barro e outros
materiais que divulguem
tradições de Barroso) e a
Marco Raul Gonçalves Costa
- Viver Fafião (cuja atividade
consiste em proporcionar
aos clientes experiências
únicas no coração do Gerês:
acompanhamento das
vezeiras; ciclo do azeite; ciclo
do pão; atividades ancestrais
em extinção mas ainda
existentes na aldeia de Fafião).
A cerimónia da entrega
dos prémios teve lugar
na construção de alojamentos
ecoturísticos em yurts. O yurt
é uma tenda típica dos povos
nómadas mongóis. Resistente,
ecológica e familiar diferenciase de todas as outras tendas);
na sessão de abertura da
II “Semana do Barrosão”,
presidida pelo Secretário de
Estado do Desenvolvimento
Regional, Manuel Castro
Almeida.
possibilidade de obter mais
informação sobre a pastorícia
nas serras do Gerês.
A Câmara Municipal,
segundo revelou o seu
presidente, investiu ali
meio milhão de euros na
construção, expropriação,
compra do espaço, projeto,
obras de remodelação e
instalação de equipamentos.
Prémios (CO)empreende
Informações úteis
SOS – Número nacional Protecção à Floresta
Protecção Civil
Câmara Municipal de Boticas
Câmara Municipal de Montalegre
Junta de Freguesia de Boticas
Junta de Freguesia de Montalegre
Junta de Freguesia de Salto
Bombeiros Voluntários de Boticas
Bombeiros Voluntários de Montalegre
Bombeiros Voluntários de Salto
GNR de Boticas
GNR de Montalegre
GNR de Venda Nova
Centro de Saúde de Boticas
Centro de Saúde de Montalegre
Extensão de Saúde de Cabril
Extensão de Saúde de Covelães
Extensão de saúde de Ferral
Extensão de Saúde de Salto
Extensão de Saúde de Solveira
Extensão de Saúde de Tourém
Extensão de Saúde de Venda Nova
Extensão de saúde de Viade de Baixo
Extensão de saúde de Vilar de Perdizes
Hospital Distrital de Chaves
112
117
118
276 410 200
276 510 200
276 410 200
276 512 831
253 750 082
276 415 291
276 512 301
253 659 444
276 510 540
276 510 300
253 659 490
276 410 140
276 510 160
253 652 152
276 536 164
253 659 419
253 659 283
276 536 183
276 579 163
253 659 243
276 556 130
276 536 169
276 300 900
Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas
Agrupamento de Escolas de Montalegre
Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso
Escola Profissional de Chaves
Centro de Formação Profissional de Chaves
Tribunal Judicial de Boticas
Tribunal Judicial de Montalegre
Instituto de Emprego de Chaves
Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso
ADRAT (Chaves)
ACISAT (Chaves) Direcção Regional de Agricultura (Chaves)
EDP – Electricidade de Portugal
Cruz Vermelha Portuguesa Boticas
Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre
APAV – Apoio à Vítima
SOS – Criança
SOS – Grávidas
SOS – Deixe de Fumar SOS – Voz Amiga
Linha SIDA
Intoxicações
NOTÍCIAS DE BARROSO NOTÍCIAS DE BARROSO
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
276 415 245
276 510 240
253 659 000
276 340 420
276 340 290
276 510 520
276 090 000
276 340 330
276 340 660
276 340 920
276 332 579
276 334 359
276 333 225
276 410 200
276 518 050
707 200 077
800 202 651
800 201 139
808 208 888
800 202 669
800 266 666
808 250 143
91 4521 740
276 512 285
276 512 442
17 de Agosto de 2015
DESPORTO
CICLISMO
Volta a Portugal em bicicleta
Pelo
segundo
ano
consecutivo, a serra do Larouco
acolheu um final de etapa da
Volta a Portugal em bicicleta. Tal
como no ano anterior, voltou a ser
Barroso
Noticias de
helicóptero da RTP mostrou ao
Mundo os “trunfos” da beleza do
concelho de Montalegre.
Os
ciclistas
galegos
continuam a dominar a serra do
Larouco. Se no ano passado, em
jornada de estreia, o espanhol
David Belda (Burgos/BH) venceu,
este ano, a segunda etapa da Volta
15
CORRIDA DE CAVALOS
Muito público na tradicional
corrida de cavalos de passo
travado realizada no “Campo
do Rolo” de Montalegre.
Mais de 40 animais numa
tarde animada que registou
assinalável presença galega. A
tarde homenageou “Africano”,
conhecido aficionado de cavalos
falecido recentemente.
Classificação:
1.º Ricardo Salgueiro Moimenta da Beira
2.º Pedro Reis - Torgueda
(Montalegre)
3.º António Nogueira - Espanha
4.º Nélson Madeira - Vila Real
5.º Hugo Rebelo - Vila Pouca de
Aguiar
um espanhol (Délio Fernández) a
vencer no alto da serra do Larouco.
Também como no ano passado,
Gustavo Veloso conquistou a tão
desejada “camisola amarela”. O
a Portugal em bicicleta, que ligou
Macedo de Cavaleiros ao alto da
serra do Larouco, foi conquistada
pelo galego Délio Fernández.
Finalíssima:
Vencedor: Ricardo Salgueiro Moimenta da Beira
GOLFE
Telma Silva e João Cerqueira campeões
no I Torneio de Golfe Rural do Barroso
Esta prova integrada no Circuito
de Golfe Rural do Barroso composta
por uma prova de pares, um torneio
individual e um torneio nocturno,
teve por finalidade proporcionar a
todos os interessados uma “Experiência de Golfe” e integrar as famílias
num convívio onde jogadores sem
handicap participaram numa competição com jogadores com handicap e desmistificar o conceito na opinião pública de que o golfe é elitista.
A partir das 16h00, deu-se início
à formação, coordenada pelo Presidente da Associação Nacional de
Treinadores de Golfe (ANTG) Mário
Jorge Silva, destinada a todos os interessados, com a utilização de um
insuflável fornecido pela Federação
Portuguesa de Golfe (FPG).
As crianças e jovens tiveram
o primeiro contacto com esta modalidade desportiva utilizando o
equipamento Trigolf, fornecido pela
FPG. De seguida, participaram num
torneio de seis buracos, pares, mo-
Após a conclusão desta prova,
teve início um torneio individual
strokeplay destinado a jogadores
cia de Golfe” onde os jovens e adultos presentes na formação puderam
disputar mais uma competição de
participantes e acompanhantes.
Para a (GORUP - Golfe Rural e
Urbano Portugal) foi cumprido mais
um objectivo, o de dar a conhecer o
Golfe junto de um público que não
conhece esta modalidade desportiva.
Classificações:
Torneio de pares:
1º Telma Silva e João Sequeira,
2º Alberto Moura e António Manuel,
3º António Afonso e Carlos Augusto.
Individual:
dalidade Foursomes acompanhados
por um jogador com handicap EGA,
com a designação “Experiência de
Golfe”.
com handicap EGA reconhecido
pela FPG.
O Circuito terminou com um
torneio nocturno de pares “Experiên-
seis buracos acompanhados por um
jogador com handicapa EGA.
Os prémios foram distribuídos
após o jantar que reuniu todos os
1º António Afonso 15 pancadas,
2º Marco Ordonho 17 pancadas,
3º Alberto Castro 18 pancadas.
Barroso
Noticias de
Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com
Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]
Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]
Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura
Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre
Registo no ICS: 108495
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Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura,
Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo
Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
Fernando Moura
Homenagem ao Homem das Chegas de Bois
No dia 13, dia do Concurso Pecuário
da Raça Barrosã e que incluiu a final do
Torneio das Chegas dos Bois barrosos,
à noite foi prestada uma simples
homenagem ao Fernando Moura, mais
conhecido por Fernando do Barracão.
Foi no Restaurante Falta d’Ar que se
juntou um grupo de amigos, quase todos
apaixonados pelas Chegas de bois, que
acompanhou a família num jantar de
convívio em memória dum homem que
deixou uma referência sobre as Chegas
de Bois nas terras de Barroso.
Viveu intensamente este desporto,
não perdia uma Chega e, durante anos,
foi dono de belos exemplares da raça
que não só exibia nas Feiras do Prémio
como também levava às Chegas, alguns
deles campeões que depois ostentava em
cartazes, calendários e porta-chaves.
Ali usaram da palavra alguns dos
presentes sendo de destacar o depoimento
de Ricardo Moura, jornalista que o
acompanhava nas transmissões (relatos)
que ele fazia com tanto entusiasmo na
Rádio Montalegre.
Pela família que saudamos, a Dra
Cacilda Moura e Fernando Abel Moura,
deram-nos a conhecer alguns detalhes
da sua vida familiar.
Homem como todos os homens com
alguns defeitos, mereceu esta simples
homenagem pela dedicação a uma
causa (raça barrosã) que diz muito aos
barrosões.
Parabéns à Associação Etnográfica
“O Boi do Povo” que esteve à altura
das responsabilidades que sobre ela
recaíam neste caso pelo envolvimento
que Fernando Moura teve no processo da
sua criação e em muita da sua actividade
designadamente na realização dos
Torneios das Chegas. Paulo Reis, da
referida Associação, no uso da palavra,
justificou a razão da homenagem que
considerou “tardia mas justa e merecida”.
Carvalho de Moura
Alguns Bois Campeões de Barroso
“Preto” dos Padeiros de Vilar de Perdizes, “Mirandês” do Stand Carvalho, de
Outeiro, “Gandulo” do Nuno, Zé Carlos e Toninho, “Bonito” do Tony Mourão,
“Mantorras” do Artur Roscas, de Gralhas