15/06/2010 - Copa do mundo em empresas

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15/06/2010 - Copa do mundo em empresas
Ass. de Comunicação www.ptexto.com.br
Veículo: Jornal da Comunidade
Seção: Comunidade Vip
Assunto: Copa do mundo
Data: 12 a 18/06/2010
Pág.: 1
A pátria veste as chuteiras
A seleção brasileira comandada pelo técnico Dunga está pronta para
entrar em campo na África do Sul. Enquanto isso, na capital federal, a
torcida canarinho entra no clima da Copa e a esperança pelo
hexacampeonato é visível nas ruas, empresas e bares
IVANA SANT’ANNA
[email protected] Redação Comunidade VIP
Foto: Sandro Araújo
Simone (de branco) e Celso Jabour (ao lado) vão reunir amigos servindo pratos das seleções
adversárias
Foto: Lula Lopes
Funcionários do Laboratório Sabin vão dar uma pausa no expediente para torcer no auditório
da empresa
A cada quatro anos, o povo brasileiro é contagiado por uma euforia quase febril.
Quando se aproxima a Copa do Mundo, carros, apartamentos, casas, quadras,
ruas de Brasília e de todo o Brasil se enfeitam com bandeiras verde-amarelas
representando o orgulho brasileiro. Além dos mais de dois milhões de
torcedores brasilienses, o campeonato envolve outros 190 milhões de
habitantes de todo o país, que se tornam praticamente “técnicos” da Seleção,
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cada um dando o seu palpite sobre quem deveria entrar ou sair do escrete
Canarinho, ou mesmo sobre esquemas táticos a serem adotados em campo.
Este ano, a Copa tem um diferencial: além da disputa brasileira pelo sexto
título, é a primeira vez que o evento ocorrerá no continente africano –
obedecendo a política de rotação entre diferentes confederações organizada
pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). E um detalhe importante: até
hoje, apenas o Brasil ganhou um campeonato mundial fora de seu continente.
Portanto, cabe à Seleção evitar que os adversários na América ou na Europa
quebrem o tabu, tendo em vista que dificilmente um país africano vai levantar a
cobiçada taça no dia 11 de julho. É ver e torcer.
Iguarias dos times adversários
Os empresários Celso e Simone Jabour reunirão família e amigos em sua
residência para assistir aos jogos da Copa. Os cerca de 60 convidados dos
proprietários da confeitaria e bufê Sweet Cake terão à disposição dois telões e
comida típica dos times que jogarão contra o Brasil. “Preparamos uma
decoração temática com bandeiras, fitas e balões em verde e amarelo. Quem
preferir ver as partidas sem muito barulho, vamos colocar um telão na sala; já
aqueles que gostam de bagunça, apitos e tudo o mais, vão assistir aos jogos na
varanda. Vai ser bem bacana”, adianta Simone.
A empresária explica que a vantagem de se observar os confrontos da Copa do
Mundo em casa é a segurança, além de se prolongar as partidas com festas
mais particulares. “Agora, com a Lei Seca, não dá para ver o jogo, beber e
dirigir. Aqui é mais seguro; as pessoas acompanham os jogos e vão embora
com mais responsabilidade”, acredita.
Em relação aos comes e bebes, Simone Jabour pensou em um cardápio
diferente. “Teremos três países adversários do Brasil na primeira fase: Coreia
do Norte, Costa do Marfim e Portugal. Na primeira partida, faremos comida
oriental, como yakitori – espetinhos de carne, frango e peixe grelhados
acompanhados de molhos japoneses – e o famoso arroz coreano adaptado ao
nosso paladar, com vegetais, carne moída, broto de feijão, ovo e shitake”,
revela. Para o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, no dia 20, o cardápio
será todo baseado na comida afro. “Apesar de ainda não ter definido o prato
principal, já decidi o que será servido de entrada. Vamos oferecer carne-seca
com farinha de mandioca, camarão, mariscos acompanhados de purê de
abóbora, cuscuz e tapioca”, comenta. Já no confronto entre brasileiros e
lusitanos, marcado para 25 de junho, não é difícil adivinhar o cardápio: “Para os
petiscos, irei preparar muitos tira-gostos com sardinha e arroz de pato com
linguiça e, como prato principal, o bacalhau, é claro”, diz.
Pausa no trabalho
Nem todo mundo estará disponível para acompanhar as partidas em casa ou
nos bares e restaurantes. Muitos dos jogos da seleção brasileira serão durante
o expediente de trabalho, às 11h e às 15h30. Por conta dessa particularidade,
diversas empresas irão disponibilizar aos funcionários um tempinho para torcer
pelo Brasil. O Laboratório Sabin, por exemplo, instalou um telão no auditório
da empresa para que quem esteja trabalhando possa assistir aos confrontos do
Brasil contra a Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. “Fora a euforia e o
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interesse pelos jogos, a ideia é integrar e ressaltar a importância do trabalho em
equipe. Fizemos uma decoração especial toda em verde e amarelo para o
campeonato e os funcionários irão receber uma camiseta temática para ajudar
na torcida em todos os jogos do Brasil”, revela Marli Vidal, superintendente de
gestão e RH do Sabin Brasília.
Torcendo fora de casa
Fotos: Rúbio Guimarães
A Churrascaria Porcão fará reservas no horário dos jogos e oferecerá brindes, como camisetas
personalizadas
Muitos bares da cidade irão entrar no clima eufórico da Copa do Mundo. Um
dos mais requisitados pelos torcedores de qualquer time é o Sociedade
Futeboleira do Brasil (SFBr), que fica na 303 Sul. Quem quiser acompanhar
qualquer jogo da seleção canarinho já pode reservar o seu lugar. O pacote
open bar oferece como bebidas água, refrigerantes, cerveja Heineken, vodca e
vários tipos de caipiroscas. Entre os petiscos disponíveis dentro do serviço
estão filés acebolados, linguiças de formiga e de calabresa, provolones à
milanesa, porções de batata frita e caldo de feijão. O valor para mulheres é de
R$ 50. Para o público masculino, a entrada custa R$ 70. De acordo com Bruno
Cavalcante, gerente do SFBr, além do preço atrativo, os torcedores poderão
curtir o samba da banda Toque de Arte antes, depois e no intervalo das
partidas. “Por ser um bar temático, o pessoal já conhece a tradição do local em
dias de jogos. Os torcedores que fecharem reserva conosco serão
presenteados com a camiseta oficial da torcida Heineken do Brasil”, adianta
Cavalcante.
O bar, que comporta 220 pessoas sentadas, conta com dois telões e cinco
aparelhos de TV e, além do pacote bpen bar para os torcedores, o SFBr traz
uma vasta carta de cervejas de rótulos importados, como a uruguaia Norteña e
as alemãs Paulaner e a Weihenstephaner – feita de trigo.
Quem preferir maior conforto, além de uma comida de ótima qualidade, pode
assistir às partidas na Churrascaria Porcão que, durante o campeonato, fará
reservas e oferecerá brindes, como camisetas personalizadas da torcida Porcão
aos primeiros 200 clientes que garantirem seus lugares. Segundo Mauro Luiz
Maciel, gerente geral do restaurante, o diferencial da casa é a qualidade dos
serviços oferecidos: “O ambiente é descontraído e agradável, tendo, ainda, a
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comodidade do ar-condicionado e as telas em LED, que proporcionam a
visualização nítida e perfeita dos jogos. Outra vantagem é o sistema de som,
interligado entre todas as caixas. O grande barato de se assistir às partidas na
churrascaria é comer carnes de qualidade e com muita variedade, e beber o
chope mais gelado da capital”, garante Maciel.
Petiscos como iscas de carne, brusquetas, porções de batata frita com bacon e
queijo derretido por cima, combinados às cervejas, refrigerantes e uma boa
variedade de drinks, são algumas opções do cardápio oferecido pelo
restaurante durante os jogos da Copa. As reservas para garantir um bom lugar
nos dias dos confrontos podem ser feitas somente por telefone.
Orgulho brasileiro invade as ruas
Maria Helena e Audrey Brants: patriotismo e comércio movimentado
Os enfeites da entrequadra 304/305 Sul, mais conhecida como Rua da Moda,
podem ser vistos de longe. O lugar é conhecido pelas decorações temáticas
(como a natalina e a junina) e, em ano de Copa, balões, bolas de futebol e
banners enchem os olhos dos torcedores, comerciantes e clientes. Para a
empresária Audrey Brants, proprietária da ótica de mesmo nome e presidente
da Associação dos Comerciários da 304 Sul, a ideia da decoração é despertar,
nos comerciantes e nos clientes, o espírito da Copa do Mundo. “Aproveitamos o
intenso movimento da quadra para chamar a atenção de quem passa no
comércio. Queremos incentivar o orgulho brasileiro”, afirma. Para embelezar a
rua, Audrey teve a ajuda das decoradoras Maria Helena Rezende e Eliana
Brandão. “Colocamos as 31 bandeiras dos países participantes. Além dos
balões e bolas de futebol, fizemos questão de realizar uma homenagem, em
fotos, a todas as Copas as quais o Brasil foi campeão, desde 1958”, conta
Maria Helena.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal
(Sindivarejista), Antônio Augusto de Moraes, a iniciativa da associação das
quadras 304/305 Sul movimenta o comércio e desperta a confiança no futebol
brasileiro. “Esperamos que a euforia criada em torno da Copa do Mundo
aumente em 25% as vendas, especialmente de televisores e produtos
esportivos, como camisetas da seleção, não só na Rua da Moda, mas em todo
o comércio da cidade”, ressalta o presidente do Sindivarejista.
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Na trilha da Copa
Enquanto a bola rola nos campos, alguns ritmos embalam a Copa do Mundo da
África do Sul. O álbum oficial do torneio, Listen Up!, inclui a música tema Waka
Waka (Time for Africa), de Shakira e Fleshlyground, e a canção Wavin’ flag, do
cantor de hip hop somaliano K’Naan. Esta música, cantada em inglês, fala
sobre a satisfação dos jogadores e manda mensagens positivas: “Me dê
liberdade/ Me dê fogo/ Me dê razão/ Me leve mais alto/ Olhe os campeões
conquistarem o campo agora/ Você nos define, nos faz sentir orgulhosos/ Nas
ruas estão exaltados/ Enquanto nós perdemos nossa inibição/ A celebração
está em torno de nós, todas as nações, em torno de nós”.
Aqui no Brasil, várias músicas foram compostas para a seleção brasileira, a
exemplo de A taça do mundo é nossa, da Copa de 1958, e Pra frente, Brasil, de
1970. Em 1982, a brilhante seleção de Zico, Sócrates e Falcão inspirou Moraes
Moreira e até um jogador brasileiro, Júnior, a comporem canções de incentivo
ao time. Neste ano, outra música promete fazer sucesso entre os torcedores
brasileiros. A cantora baiana Claudia Leitte interpreta As máscaras, incluída na
trilha oficial da Copa.