Oficina de Ikebana
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Oficina de Ikebana
MAIO DE 2011 ANO XXI Nº 953 DE 23 A 29 MAIO DE 2011 sintufrj.org.br [email protected] Assembleia dia 30 de maio vai deliberar sobre indicativo de greve O nosso compromisso é segunda-feira, dia 30, às 11h, no auditório do Quinhentão, no Centro de Ciências da Saúde. É hora de mobilizar, avaliar e decidir o melhor para o futuro da maioria da categoria. Vamos debater nossas prioridades e eleger nossos delegados à plenária da Fasubra, marcada para 31 de maio. PÁGINA 3 Readequação de auxiliares administrativos ganha força MOBILIZAÇÃO. Vamos à assembleia para decidir o melhor para a maioria da categoria O SINTUFRJ entrou na luta. A primeira reunião organizada pelo Sindicato resultou na criação de uma comissão – composta pelo próprio Sindicato, Reitoria e representação dos auxiliares – para reunir documentação e discutir meios para solucionar o enquadramento de cerca de 500 auxiliares administrativos na UFRJ. Cerca de 300 funcionários atenderam ao chamado da entidade. PÁGINA 7 Semana do Trabalhador no Fundão A partir desta segunda-feira, 23, o evento em comemoração ao 1º de Maio se concentra no Fundão. Como o ocorrido na Oficina de Ikebana Para quem se interessar, esta arte oriental pode ser aprendida na oficina, realizada às quarta-feiras, das 9h às 12h, na subsede sindical no HU. Para se inscrever, é só comparecer no dia e horário da aula. Saiba um pouco mais sobre esta arte milenar. A Ikebana é a arte oriental de compor ramos e flores naturais, desenvolvida ao longo dos anos pelos japoneses. A Ikebana Sanguetsu é mais que um estilo e composição da cor e beleza. A prática da arte leva seu praticante à harmonia interior e a sua contínua interação com a flor. Resulta no aflorar e no desenvolvimento da sensibilidade, levando-o a um caminho de elevação interior e autoconhecimento. Praia Vermelha, haverá palestras e oficinas, culminando com show cultural na sextafeira, 27 de maio. PÁGINA 5 Reunião de Aposentados É nesta terça-feira, 24 de maio, às 10h, na subsede sindical do HU. Nesse dia teremos palestra sobre qualidade de vida após a aposentadoria. Quem abordará o tema é a fisioterapeuta Maria de Lourdes do Carmo Pereira. 2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 953 - 23 a 29 de maio de 2011 - www.sintufrj.org.br - [email protected] DOIS PONTOS Seminário vai discutir segurança na UFRJ A segunda reunião do ano do Grupo de trabalho (GT) de Segurança do SINTUFRJ, realizada na sexta-feira, dia 13, na subsede do HU, às 10h, aprovou a realização, urgente, do I Seminário Interno de Segurança. Participaram do debate, os profissionais da Divisão de Segurança (Diseg),e dois porteiros. A reunião foi coordenada pela vigilante e dirigente do SINTUFRJ, Kátia da Conceição, e discutiu propostas para melhorar a segurança nos campi. Resoluções A reunião aprovou que o seminário interno deverá ser realizado no mês de julho, logo após a posse do novo reitor, com duração mínima de três dias, e que a responsabilidade pelo evento seja do SINTUFRJ. O seminário terá como tarefa central levar para o XX Seminário Nacional de Segurança das Ipes as ações de sucesso implementadas na UFRJ, que garantiram mais segurança para a comunidade universitária. Outra deliberação do GT foi com relação ao Plano Diretor da UFRJ. Os trabalhadores querem que ele seja revisto para incluir o tema “segurança nos campi”. A vigilante Roseni Lima de Oliveira lembrou que Carlos Levi, em um encontro com os trabalhadores da Diseg durante a campanha eleitoral, ficou surpreso com o nível de organização dos vigilantes nacionalmente, e se comprometeu em manter com eles um canal de diálogo permanente. Na oportunidade, ela informou ao reitor eleito que nas universidades federais de Santa Catarina, Juiz de Fora e Cea- rá os vigilantes são diretamente ligados à Reitoria. incluiria a instalação de sistema eletrônico para abrir e fechar. Balanço Os recentes sequestros-relâmpago, furto de peças do patrimônio da universidade e rotatividade de mão de obra terceirizada foram alguns dos assuntos, dentro do tema “segurança nos campi”, debatidos na reunião. Os participantes também fizeram sugestões e propostas para melhorar a segurança no campus, como, por exemplo, a instalação de catracas em todos os prédios, como as que já existem no HU e no NCE; treinamento dos porteiros pela Polícia Militar, conforme foi feito com os trabalhadores em portaria na zona sul do Rio de Janeiro, visando impedir o acesso aos prédios de pessoas suspeitas; e reforma dos portões da Cidade Universitária, que Concursos O vigilante Juscelino Ribeiro lembrou que já foram entregues à PR-4 e à Procuradoria da UFRJ documentos trazidos do XIX Seminário Nacional de Segurança das Ipes, comprovando que o cargo de vigilante não foi extinto na nova carreira dos técnicos-administrativos em educação. Por isso, era válida a reivindicação por abertura de concurso para o cargo. Agenda O GT-Segurança do SINTUFRJ volta a se reunir no dia 3 de junho, às 10h, na subsede sindical no HU. Os participantes solicitam que, na ocasião, as pessoas levem sugestões de temas e de palestrantes para o Seminário Interno de Segurança. Fotos: Cícero Rabello Reunião dos Aposentados A próxima reunião está marcada para o dia 24 de maio, às 10h, na subsede sindical do HU. Neste dia teremos palestra sobre qualidade de vida após a aposentadoria. Quem abordará o tema é a fisioterapeuta Maria de Lourdes do Carmo Pereira. Dia do Instrumentador Cirúrgico O profissional de instrumentação cirúrgica é o braço direito do cirurgião. No dia 6 de maio foi comemorado o seu dia. Regina Campos nos manda e-mail celebrando seu dia: “Quero, como instrumentadora cirúrgica, dividir com todos os colegas de profissão a minha emoção de ter dedicado minha vida profissional a uma arte do compromisso, dentro de uma equipe multiprofissional, com dedicação e seriedade, além de buscar sempre o aprimoramento técnico em favor do paciente cirúrgico e, sem dúvida nenhuma, em favor de uma saúde pública digna”. Nota da direção GT-SEGURANÇA DO SINTUFRJ: Ações para garantir mais segurança a serem sugeridas no seminário em julho A diretoria do SINTUFRJ vem a público se desculpar pela ausência na reunião local do Instituto de Química. Em breve marcaremos outra reunião da direção com os funcionários da unidade. Falecimentos VALÉRIA Araújo Ribeiro É com profundo pesar que o SINTUFRJ comunica o falecimento dos técnicos-administrativos Rogério Barboza da Motta, 24 de abril, Carlos Alberto Costa dos Santos, 3 de maio, Percival Andrade Grizente, 6 de maio, Valéria Araújo Ribeiro, 9 de maio, e das professoras Terezinha da Costa Schiavo, 8 de maio, e Maria Augusta Temponi, 9 de maio. Valéria Araújo Ribeiro foi diretora do SINTUFRJ de 2000 a 2001, na gestão Tá na Hora da Virada. A auxiliar de farmácia trabalhou no IPPMG e na Maternidade-Escola. Sua última unidade foi o HU. Por onde passou, deixou sua marca: a alegria. “Valéria tinha vontade de JORNAL DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA UFRJ Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJ Cx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61 viver, era sinônimo de alegria. Uma pessoa muito amiga. Era de um astral altíssimo e fazia a gente se sentir muito bem. Pensar na Valéria é pensar em alguém feliz. Ela aproveitou o quanto pôde e viveu intensamente. Sentiremos muito a sua falta”, declara a coordenadora do SINTUFRJ Gerly Miceli. Rogério Barboza da Motta trabalhava no Serviço de Admissão e Alta do IPPMG e deixará também muitas saudades dos colegas, que o admiravam pela sua alegria de viver e de receber as pessoas. Carlos Alberto Costa dos Santos, médico da DVST e chefe da Seção de Saúde e Segurança no Tra- balho, dedicou sua vida profissional a construir uma política de saúde do trabalhador da UFRJ. Já sentimos sua falta. Saudades! Percival Andrade Grizente trabalhava no Laboratório Audiovisual do Nutes. O companheiro trabalhou por 34 anos no setor como técnico de rádio e TV e na produção de vídeos educativos. Era ótimo profissional. Aposentou-se há dois anos. Nós do Sindicato e seus companheiros de trabalho lamentamos sua perda. Terezinha da Costa Schiavo era professora emérita da UFRJ, mulher de caráter, afetuosa e companheira. Dedicou a maior parte de sua vida à Escola de Música da UFRJ. Foi aluna, professora titular, coordenadora da Pós-Graduação e diretora da Escola de Música, e também integrou o Consuni. Terezinha deixará muitas saudades e boas lembranças. Maria Augusta Temponi era conhecida por seu temperamento forte. Ocupou diversos cargos na universidade. Foi diretora da Escola de Serviço Social, superintendente do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e sub-reitora de Pessoal. Já aposentada, assumiu a vicecoordenação do Centro de Referência de Mulheres da Maré ao qual se dedicou integralmente. Coordenação de Comunicação Sindical: Kátia da Conceição Rodrigues, Sergio Guedes e Vânia Glória / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação Edição: Eliane Amaral / Reportagem: Ana de Angelis, Eliane Amaral e Regina Rocha / Assistente Administrativa: Andrea de Barros / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação: Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: (21) 2260-9343. Tels.: (21) 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215. Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 953 - 23 a 29 de maio de 2011 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 3 MOVIMENTO Assembleia dia 30 vai deliberar sobre greve Vamos debater nossas prioridades, tais como aumento do piso salarial e desvio de função A conjuntura não é favorável trabalhadores, que dirá para os servidores públicos. A tentativa covarde do governo de usar a inflação para deter os aumentos reais das categorias que estão em campanha salarial com o devido eco na mídia foi uma das primeiras investidas do governo Dilma. Ela aceitou a especulação do mercado, que joga a inflação na conta dos trabalhadores. Aliado a isso, estão em curso no Congresso Nacional uma série de projetos de lei, não retirados pelo novo governo, que prejudicam os trabalhadores. Dentre estes projetos estão a Lei de Responsabilidade Fiscal, que acaba congelando os salários, a Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais e a Medida Provisória nº 520 que privatiza os hospitais universitários, desvinculando-os das universidades federais. Esses são apenas alguns exemplos para termos noção da política implantada pelo Governo. Diante deste quadro, a Fasubra se posiciona com quatro pontos para negociação: – Apresentação de recursos orçamentários para serem alocados no piso da Tabela Salarial para 2011 ou 2012; – Propostas que resolvam a questão do VBC e reposicionamento de aposentados, com ampliação de direitos para 2011; – Avanços nas propostas que possibilitem resolução sobre a racionalização de cargos, conforme deliberação de plenária da Federação, ainda em 2011; – Resolução do Anexo IV, com ampliação de percentual horizontal para todas as classes e reajuste dos benefícios, a partir de 2011. O indicativo de greve para 6 de junho apontado pela Federação deve ser motivo de reflexão. A pauta proposta pela Federação não mobiliza o conjunto da categoria como um todo. É necessária a criação de um eixo para reivindicação, ou seja, o que é mais importante e que atinja a categoria como um todo. Logo, definindo um eixo, consequentemente aumentamos a possibilidade de mobilização da categoria. Definição do caminho a seguir Nesta conjuntura é preciso uma mobilização forte e consistente. Há a preocupação do SINTUFRJ de que se lance mão neste momento de um instrumento poderoso de pressão sem que a categoria esteja realmente mobilizada para a luta e a pauta proposta pela Federação não dialoga com toda a categoria. O SINTUFRJ acredita que é necessária a criação de um eixo de pauta em que sejam colocados o piso salarial, o step e a resolução do desvio de função e suas consequências. Eixo prioritário porquê? Aumento do Piso Salarial e do Step – Devemos pensar numa política que vislumbre o futuro e atraia os companheiros. O aumento do piso mobiliza, ainda mais se tivermos claro que nossa categoria recebe o menor piso salarial do Executivo. Desvio de Função – Uma realidade em todas as universidades. Gera distorções das atribuições do cargo e insatisfação dos trabalhadores. É uma questão já abraçada pelo SINTUFRJ, que já iniciou campanha para sua solução. Os companheiros nesta situação, além de exercerem o cargo acumulando responsabilidades, não recebem remuneração condizente. Debate Na avaliação do Sindicato este é o debate que deve ser feito com a categoria. Valorização do trabalhador técnico-administrativo em educação das universidades com o necessário e fundamental aumento de salário. Com isso, não corremos o risco de dividir a categoria, pois o governo joga e sempre jogou para isso. Não é à toa que na mesa de negociação entoa o canto da sereia ameaçando nossa unidade. A base da UFRJ estará disposta a entrar em greve com uma pauta de reivindicação que garanta sim a unificação da categoria. PARTICIPAÇÃO. Assim como os auxiliares administrativos atenderam ao chamado do Sindicato a direção espera que muitos companheiros venham discutir nosso futuro Centrais iniciam mobilização com ato no dia 25 de maio As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CGTB) decidiram realizar um ato unitário para o próximo dia 25 de maio, em Brasília, que vai marcar na prática o início da briga, já na gestão Dilma, pela conquista das bandeiras de luta do movimento sindical. O encontro, a ser realizado no Congresso Nacional, servirá também para mostrar aos parlamentares que os trabalhadores estão dispostos a lutar pela agenda trabalhista. Na oportunidade, as centrais vão definir a data para realizar uma manifestação nacional, que será marcada ainda este ano. Bandeiras de luta As bandeiras prioritárias são: – fim do fator previdenciário; – redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; – fim das práticas antissindicais; – regulamentação da terceirização; – ratificação da Convenção 151 da OIT (que trata das negociações coletivas do servidor público); – regulamentação da Convenção 158 da OIT (que dispõe sobre a demissão imotivada). Em reunião realizada dia 9 de maio, que contou com representantes das seis centrais sindicais, ficou definido ainda que no dia 3 de agosto será deflagrada uma série de manifestações nos estados brasileiros em defesa da agenda dos trabalhadores. Emprego e qualidade de vida Além da possibilidade de gerar dois milhões de novos empregos, segundo dados do Dieese, e movimentar a economia nesse tempo pós-crise, a redução da jornada é importante para a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Foto: CUT 4 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 953 - 23 a 29 de maio de 2011 - www.sintufrj.org.br - [email protected] CELEBRAÇÃO 1º DE MAIO A Semana do Trabalhador na Praia Vermelha O evento fez parte da programação comemorativa ao 1º de Maio – Dia do Trabalhador, organizada pela Pró-Reitoria de Pessoal (PR4), Caixa de Assistência Universitária (Caurj) e Divisão de Saúde do Trabalhador (DVST) e realizada na Praia Vermelha de 16 a 20 de maio, e que terá continuidade esta semana no campus da Cidade Universitária, no Fundão. Na Praia Vermelha as atividades reuniram palestras e oficinas. A semana foi encerrada com show na sexta-feira. O chorinho deu o tom. Apresentamos as palestras que serão realizadas na Ilha do Fundão na página 5. Saúde do trabalhador é tema de palestra O médico Edmundo Novaes, coordenador dos programas de saúde da Pró-Reitoria de Pessoal, fez palestra à comunidade universitária sobre o sistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), na terça-feira, 17, na Praia Vermelha. Novaes apresentou os princípios básicos do Siass, o atual estágio do sistema na UFRJ e discutiu expectativas e ações futuras relativas à saúde ocupacional dos trabalhadores da universidade. O que é o Siass O Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor e o Comitê Gestor de Atenção à Saúde do Servidor foram criados pelo Decreto nº 6.833, em 29 de abril de 2009, no âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e faz parte da Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público Federal (Pass), implantado pelo governo a partir de 2007. “O objetivo do Siass é coordenar e integrar ações e programas nas áreas de assistência à saúde, perícia oficial, promoção, prevenção e acompanhamento da saúde dos servidores, e o do Comitê Gestor de Atenção à Saúde do Servidor é tornar célere o atendimento a esses trabalhadores”, explicou Edmundo Novaes. A UFRJ, segundo o médico, teve participação ativa na construção inicial dessa política de saúde do servidor, que começou a ser gestada em 2003, com a criação da Coordenação Geral de Seguridade Social e Benefícios do Servidor (COGSS). “A primeira reunião foi no CT, e a SEM ESTRESSE. Uma boa pedida foi a massagem para relaxar e diminuir a tensão diária TESTE DE GLICEMIA e explicações sobre diabetes, com distribuição de folders, no campus universidade foi representada pela então diretora da DVST, Vânia Glória. Esta foi a fase inicial de estruturação do Sistema Integrado de Saúde Ocupacional do Servidor Público Federal (Sisosp), depois substituído pelo Siass”, informou Novaes. A ausência de uma política de saúde para o servidor contribuiu para a inexistência de critérios periciais unificados Benefícios Antes do Siass, as ações em saúde com recursos financeiros eram bastante diferenciadas. “Alguns órgãos tinham remuneração de plano de saúde, ou seja, o benefício relacionado à saúde suplementar que não era regulamentada e universalizada: para algumas instituições era pago integralmente, enquanto outras não contavam com nada”, disse Novaes. Segundo o palestrante, a ausência de uma política de saúde para o servidor contribuiu também para a inexistência de critérios periciais unificados, experiências isoladas de promoção à saúde do servidor e de informações e notificações dos agravos ao trabalho, entre outros absurdos. O Siass, explicou o médico, está Edmundo Novaes apoiado no tripé: assistência, perícia e promoção e vigilância à saúde. E a UFRJ foi escolhida para ser uma das unidades Siass no Estado do Rio de Janeiro pelo histórico de atuação da DVST, que sempre desenvolveu programas bem-sucedidos, e por possuir várias unidades hospitalares. “Estamos implantando dentro da UFRJ a nossa unidade Siass, mas enfrentamos dificuldades, porque é uma mudança progressiva de cultura”, observou Novaes. Ele informou que o MPOG aprovou o valor (que já está disponível na conta da UFRJ) de R$ 3.897 milhões para a construção da nova sede da DVST, na Cidade Universitária. O prédio de dois andares tem previsão de ficar pronto em dois anos. Em relação à perícia, uma das vantagens do Siass é a uniformização de critérios. Novaes contou que na UFRJ a perícia está funcionando, embora haja reclamações, mas ele defende a humanização do ato pericial: “O perito tem que ser justo e imparcial ao examinar o servidor. O MPOG liberou manual que norteia parâmetros de perícia e também um soft dentro da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) que torna o ato pericial on line. Uma das vantagens do método é a possibilidade de realização de estudos epidemiológicos e o resultado ficar à disposição da instituição (o gestor), para medidas de promoção e vigilância”. Edmundo Novas vê com o otimismo o Siass, porque traz retorno para o trabalhador público, mas para isso ocorrer de forma plena avisa: “O trabalhador tem que se envolver, porque saúde fica muito oculta”. Segundo o médico, investir nos programas de prevenção e promoção não é fácil, é complexo, e exemplificou: “Como falar de hipertensão sem falar em alimentação e atividade física? Os programas são de abrangência geral e têm que ser discutidos em toda a universidade”, defendeu. Na opinião de Novaes, a UFRJ está no caminho certo na busca de garantir saúde aos seus trabalhadores, e respalda sua afirmação nas ações em curso e já concretizadas, tais como: “a DVST ser uma unidade do Siass; ter iniciado o exame periódico; informatizado e realizado uma reforma básica nas instalações da DVST”. Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 953 - 23 a 29 de maio de 2011 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 5 CELEBRAÇÃO 1º DE MAIO TRABALHADORES Esta semana as atividades são no Fundão A partir desta segunda-feira, dia 23, o evento se concentra no Fundão. Como na Praia Vermelha, haverá palestras e oficinas, culminando com show cultural na sexta-feira, dia 27. Confira a programação: DIA: 23/5 Hora: 9h30 às 10h20 Local: CT – Salão Nobre – Decania – Bloco A Palestra: “Qualidade de Vida” Hora: 10h40 às 11h30 Local: CT – Salão Nobre – Decania – Bloco A Palestra: “Assédio Moral” Hora: 13h às 16h Local: CT – Salão Nobre – Decania – Bloco A Oficina: “Contação de História em Saúde do Trabalhador” DIA: 24/5 Hora: 9h30 às 11h30 Local: CCS Oficina: “Glicemia Capilar, Hipertensão Arterial, DST/AIDS, do IDT”. Hora: 13h às 16h Local: Auditório da Biblioteca do CCS – Bloco L Palestra: “Saúde do Homem” DIA: 25/5 Hora: 9h30 às 11h30 Local: Faculdade de Letras – Auditório C2 – Bloco D – 2º andar Mesa-Redonda: Racismo X Saúde Hora: 13h às 16h Local: Faculdade de Letras – Auditório C2 – Bloco D – 2º andar Oficina: “Contação de História em Saúde do Trabalhador” DIA: 26/5 Hora: 9h30 às 10h20 Local: Auditório Archimedes Memória – 3º andar do Prédio da Reitoria Palestra: “Reabilitação X Readaptação Profissional – Enfoque no RJU” Hora: 10h40 às 11h30 Local: Auditório Archimedes Memória – 3º andar do Prédio da Reitoria Palestra: “Tuberculose” Hora: 13h às 16h Local: Hall do prédio da Reitoria Oficina: “Glicemia Capilar, Hipertensão Arterial, DST/AIDS, do IDT”. Dia: 27/05 Hora: 15h Local: Grêmio - Coppe - CT Show Cultural 6 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 953 - 23 a 29 de maio de 2011 - www.sintufrj.org.br - [email protected] CATEGORIA Equipe do DRH atende trabalhadores do HU com orgulho Foto: Cícero Rabello EQUIPE AFINADA: Rosinéa Rangel, Eudes Santos, Danielle Pereira, Eduardo Fonseca, Aurea Mello, Carla Fernandez, Sandra Batista, Maria Dulce Moreira, Moacir Moura, Márcio Nascimento. A chefe da Seção de Programação do STD e coordenadora do Ciclo de Debates é Ana Cristina de Oliveira que não está na foto Estudos apontam o assédio moral como a violência no trabalho mais praticada nos hospitais, e a maioria das vítimas é formada por trabalhadores da enfermagem. No Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na Cidade Universitária, o setor que mais visualiza o assédio moral é o Serviço de Treinamento e Desenvolvimento da Divisão de Recursos Humanos (STDDRH/HU). A Divisão de Recursos Humanos está instalada no primeiro andar do hospital e a equipe do STD – que conta com psicólogo e assistente social – atende os funcionários de segunda-feira a sábado, das 7h às 15h. Foi este setor o responsável pela realização do Ciclo de Debates sobre Assédio Moral e Saúde do trabalhador, em comemoração ao Dia 1º de Maio. A chefe da seção de Programação do STD e coordenadora do ciclo de debates, Ana Cristina de Oliveira, informou que a ideia foi socializar experiências para adequá-los aos problemas do HUCFF, a partir do conhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc) e da Escola de Enfermagem Anna Nery, e da participação da equipe em eventos, dentro e fora da UFRJ. “Alinhavamos tudo e trouxemos para cá”, acrescentou. Ocorrências O atendimento aos trabalhadores é feito pela psicóloga Rosinea Rangel e pelo assistente social Sandra Batista da Silva. Eles chegam até elas espontaneamente ou são encaminhados. Quando o problema não é de assédio moral ou porque a chefia os colocou à disposição da PR-4, manifestam insatisfação profissional, como desejo de desempenhar outra função e de crescimento no trabalho. Isso ocorre principalmente depois de concluírem uma graduação ou um curso de pósgraduação. A psicóloga explica que trabalha as relações conflituosas entre a chefia e o trabalhador e entre ele e os colegas de trabalho. O acolhimento psicológico consiste em ouvir a história do funcionário e na intermediação com a chefia, já que ao trabalhador não é permitido se pôr à disposição caso queira ser transferido de unidade, seja por qualquer motivo. “Essa é uma das razões de buscarem orientação no STD”, diz Rosinea, acrescentando que a argumentação para convencimento do chefe sempre são as necessidades do servidor naquele momento. Passo a passo Pior em hospitais Orientação Para identificar o problema, a psicóloga realiza um paciente trabalho de observação do ambiente de trabalho da “vítima”. Em seguida, conversa individualmente com cada envolvido e depois com eles em grupo. Também utiliza outras técnicas, como palestras, dinâmicas e rodas de discussão, para fazer emergir o que está internalizado nas pessoas, e os resultados, ela garante, são positivos. Segundo Rosinea, nem sempre o assédio moral fica caracterizado: “Às vezes”, observa a psicóloga, “o trabalhador está passando por problema e a chefia não consegue entender, mas ele se encontra em sofrimento”. Nesse caso, o Serviço Social do HUCFF é acionado, mas ela continua com o acompanhamento sociofuncional para descobrir o que o trabalhador gostaria de fazer, quais as suas outras capacidades e o que o está afligindo de fato. “Muitas vezes fazer um curso pela própria instituição já basta para melhorá-lo”, diz Rosinea. Porém, se for identificado problema de saúde, o encaminhamento é para a Divisão de Saúde do Trabalhador (DVST) e lá ele passa pela perícia médica. Conforme denunciado no ciclo de debates, há muitos casos de assédio moral no HUCFF, mas praticados de forma sutil. “Em qualquer hospital a pressão é grande sobre os trabalhadores, pior ainda para quem lida direto com o público. No HU, eles contam que estão sofrendo e que não suportam mais a pressão. As chefias, por sua vez, precisam que o trabalho seja executado embora o profissional não esteja em condições de fazê-lo, e a situação de violência se agrava”, afirma Rosinea. Márcio Nascimento, responsável na DRH pela avaliação de desempenho dos trabalhadores do hospital, se diz um “pós-graduado em assédio moral, por já ter sido vítima, mais de uma vez, desse tipo de violência em 30 anos de trabalho na UFRJ. “São dois os tipos de assédio: explícito e discreto, mas ambos destroem lentamente. As pessoas à volta se afastam: o assediador não é só o chefe e sim toda a equipe. A vítima se sente sozinha, é carimbada, mutilada. O assediador não se sensibiliza por nada. O mais grave é que a Administração conhece os assediadores. Aliás, todos sabem quem são eles”, desabafa o técnico-administrativo. A assistente social Sandra Batista trabalha em parceria com Rosinea em situação de conflito, mas também orienta sobre direitos e deveres – com base no Regime Jurídico Único (RJU) e em outras legislações – e encaminha o trabalhador de acordo com as suas necessidades. “Posso atender junto ou separado da psicóloga, porque muitas vezes o problema não é de fundo psicológico e sim de orientação, como sobre a guarda do neto”, exemplifica a assistente social. Segundo Sandra, o atendimento prestado aos trabalhadores faz parte do Programa de Humanização Institucional do HUCFF e é baseado nos conceitos de humanização do Ministério da Saúde. “O programa atua na humanização do atendimento ao servidor e ao usuário da instituição, por isso integra também a Comissão de Direitos dos Pacientes. Enfocamos o ser humano como um todo: suas demandas, anseios e conflitos. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do servidor no seu local de trabalho”, enfatiza a profissional. alta e diabetes, por exemplo, o trabalhador adoecia. Então constatamos que as maiores causas de afastamento eram causadas por pressão psicológica. Muitas geradas por falta de um ambiente propício para o desenvolvimento das tarefas e por pressão da população”, disse a técnica-administrativa. Como reter os trabalhadores e evitar o aprofundamento da crise de falta de mão de obra no hospital, se a maioria entrou na inauguração, há 30 anos, e está indo embora? E não tem havido concurso com o quantitativo necessário para suprir o HUCFF da carência de profissionais. Esta preocupação é de toda a equipe do STD-DRH, que busca na troca de experiências uma saída para a situação. Afastamento por doenças preocupa Saúde do trabalhador foi também discutida no ciclo de debates porque é outro problema grave no HUCFF. Segundo Ana Cristina de Oliveira, o tema entrou na pauta em consequência da observação do trabalho sociofuncional e so- cioorganizacional, que indica o envelhecimento do quadro de trabalhadores e a necessidade de minimizar a saída por doenças. “Observamos que mesmo com os programas de prevenção de doenças próprias da idade, como pressão Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 953 - 23 a 29 de maio de 2011 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 7 LUTA Comissão é criada para respaldar luta dos auxiliares administrativos Fotos: Cícero Rabello A reunião organizada pelo Sindicato no dia 18 de maio com os auxiliares administrativos lotou o auditório Archimedes Memória, na Reitoria, aflitos pela solução de uma injustiça que se arrasta há anos, pois exercem as mesmas funções de assistente, mas estão enquadrados como auxiliares. A retomada desta luta, iniciada por um grupo de auxiliares, ficou fortalecida com a inserção do SINTUFRJ. Uma comissão foi criada para levantar todo o histórico e documentação produzidos para fundamentar a reivindicação. A mesa da reunião – composta por Neuza Luzia pelo SINTUFRJ, o superintendente da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), Roberto Gambine, Valquíria Maciel representando os auxiliares administrativos e Agnaldo Fernandes, ex-integrante do Consuni – tratou de dar todas as informações e esclarecimentos sobre a questão aos trabalhadores. Sindicato entra na luta O SINTUFRJ soube atender ao chamado dos companheiros auxiliares administrativos e se engajou na sua luta, até então solitária. “Aliás, é um orgulho para o Sindicato participar desta retomada pelos companheiros. Prova que eles acreditam na força da nossa entidade e na seriedade desta gestão”, declarou a coordenadora-geral Neuza Luzia. Para iniciar a retomada desta luta, o Sindicato organizou primeiramente a reunião com todos os auxiliares, isto porque até então a reivindicação vinha sendo conduzida por um pequeno grupo. “É importante que o Sindicato fortaleça esta luta. A reivindicação é justa porque está ligada à vida real destes trabalhadores”, reforçou Neuza. “Não conseguimos distinguir o fazer do assistente e do auxi- liar administrativo. Não há diferenciação”, complementou. A dirigente esclareceu ainda que a questão dos auxiliares não está ligada ao desvio de função. “As funções são as mesmas, por isso precisamos conquistar a readequação no plano de carreira. O trabalho é igual, mas a remuneração não. É realmente uma injustiça que pretendemos ver reparada”, destacou. Neuza disse também que não se pode pensar e admitir que na carreira, proposta para 30 anos, não haja perspectivas de adequação. SATISFAÇÃO foi o sentimento expresso por Rita Moraes Saga A reivindicação virou uma verdadeira saga, iniciada desde a implantação da carreira em 2005, em que um grupo de auxiliares administrativos resolveu mover processo administrativo já em 2006 na PR-4. Mesmo com parecer favorável a reivindicação foi barrada em Brasília. A argumentação é a de que não houve erro de enquadramento e não cabe a racionalização do cargo. Não satisfeitos fizeram novo recurso, também negado. A auxiliar Valquíria Maciel relatou toda a questão. A demanda acabou então chegando ao Conselho Universitário fruto de outro processo individual, que, após parecer favorável da Comissão de Legislação e Normas (CLN), aprovou no início de 2009 a readequação do cargo de auxiliar administrativo solicitando a implantação pela PR-4. E mais, solicitou também o envio da manifestação da UFRJ ao MEC para mudança na Lei da Carreira. Esta explicação ficou a cargo de Agnaldo Fernandes, à época representante da bancada técnico-administrativa no Consuni e relator do processo. Este analisou toda a documentação envolvida na questão, dando parecer favorável ao processo. A CLN ratificou o parecer, autorizando a PR-4 a proceder administrativamente na UFRJ as alterações contidas no parecer, e orientando manifestação da universidade no sentido de implementar mudanças na Lei da Carreira. No entanto, toda esta ação acabou barrada em Brasília novamente. Persistência Valquíria Maciel faz parte do grupo de auxiliares que vem tentando a readequação há anos. Ela contou que desde a implantação da carreira em 2005 o grupo discute a classificação dos auxiliares no nível C. Então resolveram abrir processo para tentar resolver a questão dentro da UFRJ, mas as tentativas, mesmo com apoio da UFRJ, não avançaram em Brasília. Quando a nova gestão do SINTUFRJ assumiu, Valquíria procurou o Sindicato para tentar outros meios e contar com o apoio institucional e o peso político da entidade. Daí a retomada da luta destes companheiros. Questão nacional O superintendente da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), Roberto Gambine, concorda com o pleito. Ele explicou que o grande problema é que a readequação na carrei- ra atinge todos os auxiliares administrativos das universidades, não sendo apenas um problema pontual na UFRJ. Por isso, a complexidade e a dificuldade para fazer a readequação. No entanto, afirmou que a ação pela UFRJ despertou a problemática nas outras universidades, e agora existem apoios importantes e entendimento sobre a necessidade da readequação nas instituições federais de ensino. Gambine sugeriu que se levasse a discussão à Comissão Nacional de Dirigentes de Pessoal (CNDP) com o objetivo de agilizar o debate: “Contribuiria para a discussão no MEC e criaria assim uma possibilidade maior de fazer a alteração no Ministério do Planejamento”. Segundo ele, este pleito não inviabiliza e nem irá atrapalhar as discussões em curso sobre a racionalização dos cargos. “Hoje já existe posição favorável à readequação dos auxiliares do que para outros grupos. A situação deste grupo é a mesma em todas as universidades”, revelou o superintendente. Mas alertou que não serão todos cargos que serão readequados, se não acabaria a carreira. “Por isso, discutimos e defendemos o pleno cresci- mento na carreira ao longo da vida profissional”, finalizou. Alerta A coordenadora-geral, Neuza Luzia, que coordenou a mesa da reunião, fez também um alerta sobre as promessas fáceis de advogados afirmando que o problema não será resolvido por via judicial. “A lei rege todos os TAE das universidades. Nós afirmamos, e a Fasubra já orientou também, que não é pelo caminho da Justiça. É o caminho da negociação”. A dirigente avaliou que a reunião foi produtiva e agradeceu especialmente aos presentes por atenderem ao chamado do SINTUFRJ. “O Sindicato só é forte se puder representar vocês. Vocês iniciaram esta luta e agora o Sindicato ajudará a reforçá-la”. Comissão A Comissão criada na reunião ainda se organizará para definir a sistemática de seu trabalho. Ela é formada por Neuza Luzia, Chantal Russi e Noemi Andrade (SINTUFRJ), Roberto Gambine (Reitoria), Valquíria Maciel, Juraci Bruno, Dayse Marques (auxiliares administrativos). Satisfação JURACI BRUNO, indicado para a Comissão MESA: Gambine, Neuza, Valquíria, Agnaldo A angústia de muitos companheiros se traduziu num certo alívio com a reunião. Houve desabafos, afinal são muitos anos que os auxiliares se ressentem por não ter havido a readequação na carreira. Valquíria Maciel e Rita Moraes externaram sua satisfação com a reunião e a participação dos colegas. “Achei a reunião muito produtiva. A luta que vínhamos levando era solitária. Agora o sentimento é que estamos fortalecidos”, disse Valquíria. “Estou muito satisfeita com a participação na reunião, pois quando nos reuníamos éramos poucos. E nós não desistimos. Tratamos de nos unir ao Sindicato para levar juntos nossa luta. Peço que se levantem os colegas que estão nessa batalha desde o início”, declarou Rita. ÚLTIMAPÁGINA CUT Salário não é o vilão da inflação POR: PAULA BRANDÃO E ANDRÉ ACCARINI R eunida em São Paulo dia 17, a direção Executiva Nacional da CUT teve como contribuição ao debate de conjuntura um estudo sobre salários, apresentado pelo Dieese. Na última semana, a velha mídia e alguns setores do mercado financeiro têm insistido em argumentar que o aumento dos salários é fator determinante para a inflação, o que tem reforçado a opinião da equipe econômica do governo. A técnica da subseção DieeseCUT Nacional, Patrícia Pelatieri, apresentou o estudo, com dados que revelam que o aumento da inflação tem outras origens. Segundo Patrícia, entre as principais causas estão os itens sazonais, entre eles, despesas tradicionais de início de ano, como materiais escolares e outros gastos com educação em instituições particulares, impostos, além do aumento dos combustíveis e do preço das commodities. Citando como exemplo os combustíveis, a técnica diz que o próprio governo percebeu que o aumento estava impulsionando a inflação e por isso tomou medidas para um ajuste de preços. Um dos principais índices de cálculo da inflação no Brasil, o IGPM – Índice Geral de Preços do Mercado –, utilizado pelo mercado no reajuste de preços e tarifas, segundo Patrícia, é um índice “esquizofrênico”, pois tem como base as vendas de atacado, varejo e construção civil. O estudo apresenta resultados positivos de negociações salariais em 2010: 95,7% dos acordos feitos no ano passado chegaram a aumentos reais ou reposições salariais satisfatórias. Também em 2010, o crescimento da renda dos trabalhadores com carteira assinada foi de aproximadamente 2,6%, com recorde na geração de empregos formais. Os dados também demonstram que houve aumento de consumo no ano passado. A projeção para 2011 é de um crescimento em potencial da economia, da ordem de 4,5%, com geração de emprego e estabilização das taxas de desemprego em relação ao ano anterior. A conclusão é que se em 2010 não houve um aumento de inflação com o aumento de renda e consumo, o mito de que o salário será o responsável pelo crescimento das taxas este ano é absurdo. Ela lembra que as reposições salariais, com ou sem ganho real, são baseadas em índices passados e não sobre projeções, ou seja, o que o trabalhador conquista como aumento de salário, na verdade tem como referência períodos anteriores. Para Quintino Severo, secretário-geral nacional da CUT, a especulação é o verdadeiro vilão. “É a especulação de mercado que provoca a inflação e quem paga a conta é o trabalhador. O salário é vítima da inflação. A CUT não aceita qualquer tentativa de impor aos trabalhadores a responsabilidade pelo aumento da inflação”. Quintino finalizou com um informe de que as centrais estão unificadas no repúdio ao uso da inflação para deter os reajustes de salários. FUP e movimentos sociais se mobilizam contra 11ª Rodada da ANP Em meio a uma série de revoltas, intervenções e guerras civis no mundo árabe, a grande maioria delas movida a petróleo, o governo brasileiro anuncia mais uma rodada de licitação que a ANP realizará em setembro. Será o 11º leilão de concessão de petróleo e gás, desde a criação da Lei 9.478, em 1997, quando FHC abriu o setor, após ter quebrado o monopólio estatal que era exercido pela Petrobras. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não serão licitados blocos do pré-sal, cuja regulamentação ainda não foi concluída, pois aguarda aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que trata da partilha dos royalties. No entanto, serão ofertados às multinacionais 174 blocos, dos quais 87 no mar, alguns deles “em águas não rasas”, como disse o ministro à imprensa. Ou seja, na chamada franja do pré-sal. Ao todo serão 123 quilômetros quadrados de áreas exploratórias, localizadas no Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Bahia, Maranhão, Amapá, Piauí e Pará. A FUP e os movimentos sociais que integram a campanha “O petróleo tem que ser nosso” aprovaram no início de abril, durante plenária nacional em Minas Gerais, a realização de uma grande mobilização nacional em defesa da soberania, culminando com um ato unificado contra o leilão. A guerra que sacode a Líbia, a execução de Osama Bin Laden, a intervenção dos Estados Unidos em países do Oriente Médio e no Norte da África para pretensamente garantir os direitos civis dos povos têm por trás a disputa pelo petróleo. Cada gota deste pre-cioso recurso é estratégica para as nações imperialistas e, mais ainda, para as que produzem petróleo. É um contra-senso o governo brasileiro continuar realizando leilões de concessão, que transferem para as empresas privadas a propriedade sobre todo o petróleo que for descoberto. Por isso, a FUP e os movimentos sociais construíram o projeto de lei que está em tramitação no Senado (PLS 531/2009), onde defendem o controle estatal e social do petróleo, através do restabelecimento do monopólio da Petrobras. Fonte: Federação Única dos petroleiros (FUP)
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