hortas comunitárias, escolares e familiares
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hortas comunitárias, escolares e familiares
Boletim Temático sobre Tecnologias Sociais Nº 7, Julho de 2010 Tema 7: Hortas Comunitárias, Escolares e Familiares Editorial Estimados leitores. Neste edição do Boletim Temático dedicamos atenção às hortas comunitárias, escolares e familiares pela sua importância na promoção da segurança alimentar e dos modos de vida das populações mais vulneráveis. Com efeito, estes sistemas de produção proporcionam um acesso directo e regular aos alimentos, além de possibilitar acréscimos nos rendimentos das famílias através da venda dos excedentes de produção. No caso particular das hortas escolares, para além da produção de alimentos sublinha-se a sua importância enquanto metodologia de aprendizagem e complemento dos programas de alimentação escolar. Evidenciamos também algumas tecnologias sociais transversais a estes tipos de hortas. Boa leitura. Hortas e Segurança Alimentar As hortas podem ser definidas como sistemas de produção de alimentos de origem vegetal, geralmente em pequenos lotes de terreno – quer no meio rural como urbano –, que contribuem para melhorar a segurança alimentar e nutricional e a economia dos pequenos agricultores. Existem diversas tipologias de hortas, de acordo com a sua finalidade e o tipo de agentes envolvidos: Hortas Comunitárias, Escolares, Familiares, Urbanas, Terapêuticas, Pedagógicas, etc. No entanto, existem algumas características que são comuns: Características Comuns das Hortas • Pequena escala: são cultivadas em pequenos lotes de terreno; • Agricultura de proximidade: são localizadas próximo das famílias, escolas e comunidades; • Diversidade alimentar: são produzidos diferentes tipos de produtos vegetais (legumes, frutas, cereais, raízes, etc.). • Fluxo contínuo de produção: os alimentos são produzidos ao longo de todo o ano de acordo com a época de cultivo; • Auto-consumo: destinam-se, sobretudo, ao auto-consumo embora possa ocorrer venda de alguns excedentes. • Produção de baixo custo: os investimentos são reduzidos e a mão-de-obra é local; • Agroecologia: na grande maioria dos casos são usadas práticas agroecológicas. A contribuição das hortas para a segurança alimentar é evidente a vários níveis. Por um lado, proporcionam um acesso facilitado e directo aos alimentos diariamente. Por outro, proporcionam um aumento da disponibilidade de produtos alimentares no seio das famílias e comunidades de forma regular, garantindo estabilidade na produção e consumo ao longo do ano. A diversidade de produtos frescos de origem vegetal provenientes das hortas melhoram a qualidade das dietas do ponto de vista nutricional. Por fim, é também importante o retorno económico gerado pelos excedentes de produção que aumentam a renda das famílias possibilitando o acesso a outros bens e serviços (educação, vestuário, habitação, saúde, etc.). 1 IEH Instituto de Estudios del Hambre Impacto positivo das Hortas nos Modos de Vida As características das hortas geram efeitos multiplicadores positivos nos modos de vida das famílias mais vulneráveis. Os seus benefícios nutricionais, económicos, ambientais e sociais melhoram as capacidades das famílias para enfrentar os problemas e superar situações de pobreza e exclusão social. Para além da produção directa de alimentos, as hortas geram outros produtos tais como condimentos, plantas medicinais, combustíveis, flores, mel, sementes, etc., que são importantes para o fortalecimento dos modos de vida e para a economia familiar e comunitária. Benefícios das Hortas Nutricionais Económicos Ambientais Sociais A diversidade de produtos obtidos nas hortas garante uma fonte importante de energia, vitaminas, proteínas e sais minerais proporcionando dietas equilibradas e com qualidade. O acesso directo aos alimentos de forma permanente permite uma poupança das famílias em relação à sua aquisição nos mercados; por outro lado, a venda dos excedentes traz um retorno económico importante para as famílias. Os sistemas de produção, normalmente baseados em práticas agroecológicas, contribuem para a manutenção da biodiversidade e preservação dos recursos naturais de modo sustentável. Fortalecimento das relações comunitárias e definição de estratégias colectivas para superação dos problemas (cooperativas, redes sociais, etc.). Hortas Familiares e Comunitárias As hortas familiares são sistemas de produção desenvolvidos em pequenas parcelas ao redor das casas pelos membros do agregado familiar. Por seu lado, as hortas comunitárias incorporam a participação activa da comunidade sendo desenvolvidas por conjuntos de famílias que assumem uma gestão compartilhada. Em ambos os casos, as mulheres desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das hortas e da agricultura familiar pois são elas as grandes responsáveis pela condução e gestão dos trabalhos agrícolas. Para além disso, elas são também responsáveis pela alimentação, trabalhos domésticos, cuidado dos filhos, saúde familiar, entre muitas outras tarefas fundamentais para a promoção da segurança alimentar. As mulheres desempenham um papel fundamental na garantia da segurança alimentar. A diversificação da produção através das hortas é uma estratégia de superação da pobreza e promoção da segurança alimentar pois permite dispor de alimentos diversificados ao longo de todo o ano que podem ser vendidos nos mercados locais. Contudo, é importante assegurar que o objectivo das hortas deve ser, em primeiro lugar, assegurar o autoconsumo e as necessidades de alimentação das famílias, em particular das crianças e mulheres grávidas. Só depois devem ser considerados os seus objectivos económicos de venda da produção. A venda dos excedentes de produção das hortas é um importante recurso para a renda das famílias. 2 IEH Instituto de Estudios del Hambre Hoje, a importância das hortas familiares e comunitárias não diz respeito unicamente ao meio rural. Com efeito, as tendências actuais revelam que 50% da população global se concentra nas cidades. Por esse motivo, a agricultura urbana está a entrar cada vez mais na agenda política como uma importante estratégia de superação da pobreza e promoção da segurança alimentar. As metodologias de trabalho com hortas familiares e comunitárias podem ser replicadas em contexto urbano e peri-urbano (Hortas Urbanas). As Hortas Urbanas são uma importante estratégia de promoção da segurança alimentar nas cidades. Hortas Escolares As Hortas Escolares são áreas cultivadas em parcelas de terra das escolas ou nas suas proximidades e que são desenvolvidas sobretudo com objectivos didácticos, embora possam resultar em recursos (alimentos e renda) para a escola. Considerando a relação directa existente entre fome, pobreza e analfabetismo, organismos internacionais como FAO, PAM e UNICEF são unânimes em reconhecer a importância das Hortas Escolares na promoção da segurança alimentar e na melhoria da qualidade do ensino. Um estudo da FAO identificou três objectivos principais que podem ser alcançados através das Hortas Escolares: Objectivos das Hortas Escolares Lograr que a educação das crianças em áreas rurais e urbanas seja mais pertinente e de melhor qualidade através de uma aprendizagem activa e da integração nos currículos escolares dos conhecimentos teóricos e práticos sobre a agricultura e alimentação, incluindo conhecimentos de preparação para a vida. Proporcionar aos alunos uma experiência prática na produção de alimentos e gestão dos recursos naturais, que actua como uma fonte de inovação que pode ser transmitida para as suas famílias, bem como aplicada nas suas próprias hortas e agricultura familiar. Melhorar a alimentação escolar complementando os programas de alimentação escolar com diversos produtos frescos ricos em micronutrientes e proteínas, e aumentar o conhecimento das crianças sobre nutrição em benefício de toda a família. As hortas são uma importante fonte de alimentos frescos e variados com benefícios nutricionais importantes. A implementação de hortas nas escolas pode desempenhar um papel fundamental na melhoria dos níveis nutricionais das crianças, tanto pelo acesso directo a alimentos variados, como pela introdução de conhecimentos sobre o seu valor nutricional, modos de preparação e dietas mais adequadas. Estas iniciativas devem ser acompanhadas de conhecimentos sobre práticas de higiene e saneamento. As crianças funcionam como veículo de informação sobre estas práticas para o seio das famílias. 3 IEH Instituto de Estudios del Hambre Hortas e Tecnologias Sociais As hortas são, em si mesmas, uma tecnologia social na medida em que constituem um sistema de produção agrícola, de baixo custo, desenvolvido pelas famílias e comunidades com base nos seus conhecimentos tradicionais utilizando mão-de-obra e recursos locais. Estas experiências e conhecimento popular têm vindo a ser multiplicadas em iniciativas de políticas públicas com efeitos positivos na promoção da segurança alimentar. Em seguida, resumimos três exemplos dessas experiências apoiadas por iniciativas governamentais: NICARÁGUA PROGRAMA INTEGRAL DE NUTRIÇÃO ESCOLAR – COMPONENTE HORTAS ESCOLARES Responsável Ministério da Educação da Nicarágua e FAO/PESA Nicarágua Objectivo Desenvolver capacidades cognitivas melhorando a diversidade da dieta através de mudanças no comportamento alimentar e nutrição das crianças da escola e das famílias sob o lema "aprender fazendo". Beneficiários Crianças em idade escolar e respectivas famílias. Actualmente existem Hortas Escolares em 126 dos 153 Municípios da Nicarágua, abrangendo 1.400 centros pré-escolares e primários do país (15%). Contexto O programa surgiu do reconhecimento da importância das Hortas Escolares na luta contra a fome e melhoria da segurança alimentar e nutricional no meio escolar. Este programa teve inicio oficial em 2007 e tem sido progressivamente ampliado a nível nacional através do Ministério da Educação com apoio da FAO/PESA. Descrição As Hortas Escolares fazem parte das linhas de trabalho das escolas e a sua implementação é feita com base em quatro eixos temáticos: 1) Organização: participação activa e organizada das famílias, alunos e professores; 2) Produção: elaboração de planos de ciclos de produção biológicos e nutritivos; 3) Educação: integração da segurança alimentar e nutricional nos planos de estudo; 4) Nutrição: aprender o valor nutricional dos alimentos cultivados nas hortas. As actividades desenvolvem-se de maneira prática através da modalidade aprenderfazendo. A gestão das Hortas é feita por um Comité Directivo que congrega os Conselhos Escolares, os Comités de Alimentação Escolar, Associações de pais e representantes das comunidades. Em cada caso são também conformados grupos de trabalho responsáveis por cada eixo temático. Resultados Através das Hortas Escolares foi possível melhorar a Merenda Escolar distribuída às crianças com alimentos frescos e mais nutritivos e, indirectamente, diversificar a produção agrícola das famílias. Hoje estão envolvidos no programa diversos actores (Governos Locais, Escolas, Sociedade Civil, Empresas privadas), cada um aportando recursos técnicos, financeiros ou organizativos. O custo aproximado de implementação de uma Horta Escolar é de USD$ 250, que inclui capacitação, assistência técnica, ferramentas e insumos. Mais Ministério da Educação de Nicarágua (http://www.mined.gob.ni/huertos.php) informações PESA/Nicarágua (www.pesacentroamerica.org/pesa_nicaragua/index.htm) 4 IEH Instituto de Estudios del Hambre BRASIL FOME ZERO - PROGRAMA DE HORTAS COMUNITÁRIAS Responsável Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Objectivo Aumentar a oferta de alimentos de elevado valor nutritivo e melhorar as condições de vida de grupos sociais em situação de insegurança alimentar, por intermédio da implantação de hortas em espaços disponíveis nas áreas comunitárias. Beneficiários Famílias carenciadas e em insegurança alimentar e nutricional. Contexto O Programa Hortas Comunitárias integra o Eixo 1 (Acesso aos Alimentos) da política “Fome Zero”, actuando na produção de alimentos de forma comunitária visando a inclusão social, a geração de renda e a melhoria da alimentação. Descrição O Programa Hortas Comunitárias é executado sob a forma de transferência de recursos não reembolsáveis, repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome aos governos estaduais, municipais ou do Distrito Federal, por meio da celebração de convénios. As próprias comunidades elaboram os projectos das hortas com suporte do órgão da administração pública e/ou de entidades de assistência técnica agrícola. A escolha do local para a instalação das hortas comunitárias deve obedecer a critérios técnicos: possuir espaço suficiente, ser arejado e ensolarado, ficar próximo à fonte de água permanente e ser protegido do trânsito de pessoas ou outro factor que dificulte as actividades. Em geral as hortas comunitárias são instaladas em parcelas de terra ociosas e sua produção abastece famílias que moram perto destes terrenos. A produção é feita seguindo os princípios da agroecologia. Com o tempo, as hortas recebem a participação de toda a comunidade. Toda produção destina-se ao consumo próprio da população local. O excedente será comercializado, possibilitando a geração de trabalho, a ampliação de renda e a inclusão social. Para além da vertente produtiva, equipas de assistência social incorporam outros acções relacionadas com saúde, nutrição, educação ou comercialização junto das famílias. Resultados Este programa permitiu que as famílias vulneráveis, tanto no meio rural como urbano, pudessem melhorar a sua capacidade de ter acesso aos alimentos. As famílias desenvolvem hábitos saudáveis de alimentação e diversificaram as suas dietas. O envolvimento dos governos locais permitiu que, para além do auto-consumo, os alimentos produzidos pudessem abastecer restaurantes populares, cozinhas comunitárias e programas municipais de merenda escolar. Mais Política Fome Zero (http://www.fomezero.gov.br) informações Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (www.mds.gov.br) CUBA UNIDADE BÁSICA DE PRODUÇÃO COOPERATIVA (UBPC) “ORGANOPÓNICO VIVERO ALAMAR” Responsável UBPC “Organopónico Vivero Alamar” Objectivo Melhorar o bem-estar da comunidade e proporcionar emprego e alimentos frescos para melhorar os níveis de segurança alimentar e nutricional da população urbana. Beneficiários Famílias carenciadas do Bairro Vivero Alamar. Contexto Esta experiência surgiu em 2007 pela iniciativa de 5 vizinhos no marco do Programa Nacional de Agricultura Urbana e conta com apoio técnico do Ministério da Agricultura. As famílias do bairro de Alamar (Município de Habana del Este) tinham poucas oportunidades de emprego e decidiram organizar-se para explorar de forma conjunta parcelas agrícolas próximas da comunidade. 5 IEH Instituto de Estudios del Hambre Descrição A cooperativa está estruturada em quatro áreas de trabalho: 1) Área de Produção: responsável pela gestão da produção agro-pecuária, matéria orgânica, frutas e florestas, plantas ornamentais e pequena agro-indústria. 2) Área de Economia: responsável pela gestão económica (custos, receitas e salários); 3) Área de Serviços: responsável pela disponibilização de vários serviços aos trabalhadores (vestuário adequado, produtos de higiene, alimentação, crédito) 4) Área de Protecção Física: responsável pela segurança dos trabalhadores. As terras usadas para a instalação das hortas são doadas pelo Estado para esse objectivo. A produção e a comercialização realiza-se dentro da própria comunidade sem intermediários e a custos justos. As entidades governamentais, sociedade civil e cooperação internacional apoiam actividades levadas a cabo pela cooperativa melhorando as suas técnicas de produção e organização. A cooperativa é gerida por uma Direcção Colectiva da qual fazem parte os membros da comunidade. Os princípios de gestão são a democracia participativa, transparência e gestão colectiva do interesse económico. Resultados No espaço de uma década a cooperativa aumentou de 5 para 166 cooperativistas e de 800 m2 para 11 hectares. Através desta experiência foi possível abastecer de forma regular a comunidade com alimentos frescos e a preços acessíveis. Foi também possível aumentar os postos de trabalho directos. A comunidade recebeu acções de capacitação e sensibilização sobre hábitos de alimentação saudável e agricultura orgânica. Associadas às hortas, existem diversas tecnologias sociais que podem ser utilizadas. As tecnologias produtivas, em particular no que respeita ao maneio e gestão do solo, da água, da matéria orgânica, das pragas e das doenças; as tecnologias alimentares, relacionadas com a redução das perdas e desperdício durante a produção, transformação e consumo dos alimentos; Metodologias de mobilização comunitária, relacionadas com a construção de capacidades e organização social. Em seguida apresentamos alguns desse exemplos: Solo Água Matéria Orgânica Pragas e doenças TECNOLOGIAS PRODUTIVAS Relacionadas com mobilização e conservação do solo. Ex: Preparação para sementeira, Drenagem e Irrigação, Conservação do solo para evitar erosão, etc. Relacionadas com captação e aproveitamento da água. Ex: Cisternas de Água, Pequenos Canais e Açudes; Bombas de Água, etc. Nota: Ver Boletim Temático Nº 4. Relacionadas com aproveitamento de resíduos e dejectos orgânicos: Ex: Compostagem, Biodigestão, etc. Relacionadas com maneio adequado de pragas e doenças utilizando técnicas e conhecimentos tradicionais. 6 IEH Instituto de Estudios del Hambre Colheita e PósColheita Transformação e conservação Consumo Construção de capacidades Organização social TECNOLOGIAS ALIMENTARES Relacionadas com práticas mais eficazes durante a colheita, beneficiamento e armazenamento. Ex: Silos de baixo custo. Relacionadas com o prolongamento da vida útil dos alimentos. Ex: Secagem, fermentação, fumagem, salga, etc. Relacionadas com preparação das dietas e consumo dos alimentos. Ex: Aproveitamento integral dos alimentos; Dietas Enriquecidas, etc. Nota: Ver Boletim Temático Nº 6. METODOLOGÍAS DE MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA Metodologias de envolvimento das famílias e comunidades em processos de construção de capacidades a nível individual e colectivo. Ex: Iniciativas de Alfabetização, Saúde, Higiene e Saneamento; Capacitação e sensibilização, etc. Metodologias para fortalecimento de redes comunitárias: Ex: Gestão compartilhada de recursos naturais; Microcrédito; Redes de comercialização, Bancos de sementes, Certificação participativa, etc. Informação sobre estes e outros exemplos pode ser encontrada na Biblioteca Temática em http://www.ieham.org/html/bibliotecaTecno.asp?lengua=3 Notícias Lançada Plataforma África-Brasil de Inovação. Foi lançada recentemente uma iniciativa entre a África e Brasil com o objectivo de reforçar a inovação e desenvolvimento agrícola enfocado nos pequenos agricultores através da criação e fortalecimento de parcerias Sul-Sul entre Brasil e África. Esta iniciativa conta com financiamento de vários doadores internacionais. Mais informações em http://www.africa-brazil.org/. Rede Nutrinet.org. Esta rede, criada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) apoia a luta contra a fome e desnutrição infantil na América Latina e Caribe através da gestão de conhecimento. A rede é conformada por Governos, agências internacionais, Universidades, ONG e profissionais e conta com 12 portais nacionais e 1 portal regional. Aqui pode encontrar informação técnica e prática actualizada, assim como noticias, bancos de dados, fóruns de discussão, cursos de capacitação e experiências dos países da região. Visite esta rede em www.nutrinet.org para saber mais sobre estes temas. Referências FAO. Nota Conceptual sobre los Huertos Escolares. La mejora de la nutrición y educación infantiles mediante programas de horticultura escolar. Serie Manuales del PESA. SPFS/DOC/31. Roma, 2004. FAO. Improving nutrition through home gardening - A training package for preparing field workers in Southeast Asia. Rome, 1995. Available at http://www.fao.org/docrep/V5290E/V5290E00.htm. FAO and UNESCO. Revisiting garden-based learning in basic education. Rome and Parish, 2004. GTZ. Huertos Familiares. Tesoros de Diversidad. Hojas Temáticas: People and Biodiversity in Rural Areas. GTZ, Eschborn. FAO. Página Temática Agricultura Urbana: “Food for the Cities”.www.fao.org/fcit/en FAO. Crear y Manejar un Huerto Escolar. Un manual para profesores, padres y comunidades. Roma, 2007. PEREZ, Silvia. Agricultura urbana para la seguridad alimentaria. El caso de Cuba. INSTITUTO DE ESTUDIOS DEL HAMBRE C/ San Raimundo 15, 3º A, 28039 Madrid, España Email: [email protected] URL: www.ieham.org Projecto desenvolvido em parceira com: IFSN/ActionAid International Créditos de fotografias: Fotos © 2010 IEH/João Pinto e Carmen Lahoz © 2010 Instituto de Estudios del Hambre. Podem reproduzir-se secções deste documento sem autorização prévia desde que citada a fonte. 7 IEH Instituto de Estudios del Hambre