Guido Tedesco - Associação PROFIBUS Brasil
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Guido Tedesco - Associação PROFIBUS Brasil
- entrevista GUIDOTEDESCO Guido Tedesco r'~N""', ~ -- DIRETOR DA METROVAL Ele não parece italiano, mas o é de nascença. Brasileiro? Sim, e muito! Tanto é que criou e hoje comanda uma das maiores empresas nacionais na área de medição de vazão, a Metroval. Chegar até aqui não foi fácil. Chegou ao Brasilcom 14 anos, junto com a família que acabou voltando para a Itália. Eleficou. r Sílvia Bruin Pereira ([email protected]) - INTECHAMÉRICADO SUL o senhor é mesmo italiano, porque não se nota um sotaque tão acentuado assim? Como aconteceu a sua vinda ao Brasil? 11 ATÉ A TECNOLOGIA TEM MODISMOS. QUANDO NÓS COMEÇAMOS EM 1988, PRIMEIROQUE AS IMPORTAÇÕESERAM FECHADAS E, SEGUNDO, AS EMPRESASNÃO TINHAM MUITAopçÃO COM O QUE MEDIR OS SEUS LíQUIDOS. 11 GUIDOTEDESCO- Eu de fato nasci no sul da Itália e vim para cá com a minha família (pai, mãe, dois irmãos e duas irmãs) em 1951. Eu tinha 14 anos de idade. Quanto ao sotaque, uns dizem que não tenho e outros que sim. Mas, seria estranho se eu tivesse, porque estou no Brasil há mais de 50 anos e acho que já está na hora de falar corretamente, não é? Além disso, além da convivência, estudei aqui; então, falar corretamente o português é mais do que uma obrigação. Viemos para cá na época do pós-guerra. Na Europa em geral, e na Itália em particular, havia muita pobreza. O meu pai tinha uma marcenaria na Itália e um de seus irmãos estava no Brasil há muitos anos e também tinha uma marcenaria. Meu pai achou que vindo para cá teria um futuro melhor, principalmente para os filhos. Viemos e meu pai foi trabalhar com o irmão dele, mas depois de pouco mais de dois anos, por uma série de motivos não se deu bem. Assim, achou melhor voltar para a Itália. Eu acabei ficando e morando com esse meu tio em São Paulo. Minha idéia era voltar para a Itália alguns anos depois; só estava esperando terminar o ginásio. Mas, o tempo foi passando e eu fui ficando. Meu tio faleceu e hoje, da mi- 44 InTech I www.isadistrito4.org entrevista GUIDOTEDESCO nha família mesmo, não tenho ninguém aqui. Meus pais faleceram há pouco tempo na Itália e meus irmãos estão todos lá. Eu não pagava a escola, mas tinha que pagar a pensão. Então, eu freqüentava a escola de dia e trabalhava a noite, ministrando aula de desenho geométrico Escola Técnica Protec. A minha vida era uma lou- INTECHAMÉRICADO SUL- E como foi a experiência de ficar sozinho aqui no Brasil, longe da família, o que, historicamente, não é comum em famílias italianas? cura. Saía do Mackenzie, pegava um ônibus e ia dar aula lá no Ipiranga. Apareceu essa chance e eu não perdi. Consegui entrar no curso da CSN e fazer o terceiro, quarto e quinto anos em Volta Redonda, onde eu tinha moradia, ganhava salário mínimo, não pagava escola e tinha uma bicicleta. Era uma moleza! E GUIDOTEDESCO - Sabe que eu me defino o antiitaliano. Porque todo italiano é muito falador, gosta de cantar, de poesia, de música, de boa comida, e eu sou ao contrário. Eu acabei ficando aqui sozinho, digamos que, por um lado, por necessidade. Aparentemente o jovem da minha época amadurecia muito mais rápido do que os jovens de hoje. E eu, com 25 anos, já tinha a consciência do que eu queria. Era como aquela passagem de Julio César que, para incutir o espírito de combate aos soldados, ordenava a travessia da ponte sobre o rio e depois mandava destruir a ponte. Ou seja, ou luta ou não tem volta. Da mesma forma, eu sabia que ou vencia ou vencia; não tinha outra maneira. Vontade eu tinha. Mas, ou você atende o coração ou você atende a razão. E eu optei por ficar aqui. E olha que, ainda hoje, se eu tivesse que escolher entre trabalhar aqui ou voltar para casa freqüentemente, eu preferiria ficar aqui. INTECH AMÉRICA DO SUL - Como o senhor conseguiu custear seus estudos, especialmente o curso superior? GUIDOTEDESCO - Toda a minha formação básica foi em escola do Estado, que era excelente. Estudei no Colégio Professor Macedo Soares, que era um dos melhores na época. Depois fiz faculdade e me formei na Federal do Rio de Janeiro. Aqui tem uma história interessante, porque acontecem certas coisas que a gente não sabe por que acontecem. Pode ser destino, sei lá! Naquela época era a fase de ouro das siderurgias. E eu achava que o futuro era na metalurgia. E, de fato, era sim, porque foi na época que o Jânio Quadros constituiu uma filial da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Volta Redonda na Companhia Siderurgia Nacional, a CSN. E só poderia ingressar no curso quem tivesse o primeiro e segundo anos completos. Mais ainda: só eram aceitos dois alunos de cada Estado como bolsistas. Eu já tinha ingressado como bolsista no curso de Mecânica do Mackenzie que, naquela época, era uma escola para gente de dinheiro. Só que aquilo que parecia u~a coisa boa, virou um pesadelo para mim no Mackenzie, porque o curso era em período integral. nas férias a escola pagava passagem de ida e volta de avião para os alunos que eram de outros Estados. Loucura do Jânio! INTECH AMÉRICA DO SUL - Bem, concluído o curso "na moleza", foi fácil conseguir o primeiro emprego? GUIDOTEDESCO - Eu me formei como Engenheiro Industrial Metalúrgico. A parte teórica era na escola e a parte prática que era lá dentro da CSN. E eu já percebi que aquilo não era para mim como profissão. Aquilo era um inferno; aliás, a siderúrgica era e ainda é um inferno: muito calor, muito pó. Eu só me formei em metalurgia porque surgiu uma vaga numa escola que me pagava para estudar; senão, eu já tinha desistido. Embora houvesse o compromisso de trabalhar lá, eu consegui sair e fui trabalhar na Equipamentos Villares, em São Bernardo do Campo que, na época, fabricava escavadeiras, pontes rolantes e motores marítimos. Trabalhei lá pouco tempo. Ai apareceu uma oportunidade, indicada por um amigo meu, em uma fábrica de hidrômetros que se chamava Tecnobras, e que estava precisando de um engenheiro. A empresa tinha fábrica em Americana e escritório em São Paulo. O dono dessa fábrica era o médico Antônio Roberto Alves Braga, que era casado com a famosa Dulce Sales Cunha Braga, a primeira senadora do Brasil. Ele havia herdado a fábrica do pai e não sabia o que fazer para gerenciá-Ia. Ele estava precisando de um engenheiro de produção industrial que, naquela época, era raro, porque havia apenas três escolas de engenharia em São Paulo (Mackenzie, Poli e Fei). Não é folclore não, mas as empresas iam procurar os alunos nas escolas e disputavam cada um deles. INTECH AMÉRICA DO SUL - Parece que essa passagem pela Tecnobras foi decisiva na sua vida e contribuiu para uma mudança radical de rumos, não? - GUIDO TEDESCO Eu fui contratado para trabalhar no escritório de São Paulo. Mas aí o gerente da fábrica Número 103 45 _ _ entrevista GUIDOTEDESCO de Americana pediu demissão e me chamaram para ocupar o cargo por algum tempo até contratarem outro gerente. E eu, como era ainda solteiro, fui e acabei ficando 24 anos. Entrei como engenheiro de produção e, depois de uns oito anos, tornei-me sócio. Eu entrei com uns 25 anos e saí de lá com 50, quando a Tecnobras foi vendida para o grupo Schulumberger, que atuava na área petrolífera, mas que começou a investir no setor de água. E, por esta razão, comprou a Tecnobras que atuava em medição de água. Nessa época eu tinha perto de 20% das ações da empresa. de capital de giro porque tinha que construir, comprar máquinas, etc. E se a coisa não corresse como eu esperava, perderia tudo o que eu havia acumulado em 25 anos de trabalho, Mas, a indústria também comporta riscos. Todo empreendimento é um risco, mas é um risco calculado. Principalmente naquela época que bastava ter uma idéia na cabeça, por dinheiro, montar uma fábrica e vender, porque o mercado era 100% importado. E o nome Metroval veio daí: a fusão da palavra Metrologia com a palavra Oval, que era o formato do elemento essencial dos medidores que fabricava: a engrenagem oval. INTECHAMÉRICADO SUL- Mas a sua idéia de produzir medidores de deslocamento positivo de engrenagens ovais aconteceu antes da venda da Tecnobras, não? GUIDO TEDESCO - Sim. O setor de saneamento tinha, como tem até hoje, uma deficiência: ele é cíclico, pois os investimentos sobem e descem durante um período de quatro anos: sobem no período pós-eleição e caem por volta de outubro, época das novas eleições. Ou seja, o investimento em saneamento é atrelado às eleições municipais e estaduais. Por esta razão, eu queria colocar um produto dentro da empresa que não dependesse das oscilações do setor de saneamento, mas que não fugisse muito da área de atuação da Tecnobras. Eu já tinha um modelo de uma companhia alemã, que fabricava uma linha de água e uma linha de outros líquidos que não a água, a Bopp & Reuther. E eu introduzi essa linha dois anos antes de vender a Tecnobras. Então, começamos a produzir medidores de deslocamento positivo de engrenagens ovais que hoje em instrumentação são conhecidos como PDMeters (Positive Djsplacement Meters). Era uma linha deficitária, e quando a Schulumberger comprou a Tecnobras, a Bopp & Reuther disse que não renovaria a licença porque, afinal, a Schulumberger era concorrente. Como houve uma disputa acionária, porque eu não concordava com a venda da empresa, eu fui obrigado a ficar com a linha da Bopp & Reuther como parte do pagamento das minhas cotas. INTECH AMÉRICA DO SUL - O senhor ficou sem a Tecnobras e com a linha da Bopp & Reuther na mão. Mas foi aí que surgiu a Metroval, não é? - GUIDO TEDESCO Sim, eu mudei da água para o vi- nho. Mas eu tive que pegar e tocar isso para frente. Recebi uma parte da venda da Tecnobras em dinheiro e a outra em bens. E para continuar, eu precisava 46 InTech I www.isadistrit04.org INTECHAMÉRICADOSUL- Depoisdessaverdadeiraturbulênciana sua vida profissional,como foi o início das operaçõesda Metroval propriamentedito? GUIDO TEDESCO- Pois é, com 50 anos eu comecei a vida de novo. Muita gente se aposenta com essa idade, mas eu recomecei. Mas a verdade é que eu sempre tive vontade de ter uma indústria e eu já havia comprado esta área onde esta a Metroval hoje, mas que na época não tinha nada, achando que um dia pudesse me servir. Novamente aconteceu um fato que não tem explicação. O tal do destino! Quando o negócio da Tecnobras fechou, eu tinha esse terreno pronto. Me deram seis meses para sair com a "mudança", o tempo que tive para construir um pavilhão. Trouxe 14 funcionários comigo, os que trabalhavam na linha Bopp, alguma máquinas que produziam a linha Bopp e parte do estoque. Para você ter uma idéia, a Metroval era um corredor. INTECHAMÉRICA DO SUL- O Paolo Fiorletta, seu Diretor aqui hoje na Metroval, é dessa época da Tecnobras? GUIDO TEDESCO - O Paolo teve a mesma trajetória que eu tive na Tecnobras, ou seja, trabalhou lá por 25 anos. Mas na época ele era ainda estudante de engenharia. Eu morava na mesma rua que ele, e seu pai, que era meu amigo, me pediu para conseguir um estágio para ele na Tecnobras. Ele veio como estagiário de engenharia, época em que ele era cabeludo ainda (risos). Hoje ele é meu sócio na Metroval. INTECHAMÉRICA DO SUL - Como era o mercado quando a Metroval iniciousuasatividades? GUIDO TEDESCO- Até a tecnologia tem modismos. Quando nós começamos em 1988, primeiro que as importações eram fechadas e, segundo, as empre- GUIDO TEDESCO " sas não tinham muita opção com o que medir os seus líquidos. O que dominava eram o PDMeters, além do que, naquela época, as empresas que dominavam a área química, farmacêutica, e de tintas e vernizes, eram as indústrias alemãs. E o alemão, por natureza, dá preferência ao que for de origem alemã. E como nós éramos vinculados à Bopp & Reuther, tínhamos muita penetração nas indústrias alemãs. E isto facilitou muito os nossos primeiros anos de vida. E pelo fato de que era um bom produto, de que não existia importação, de que tinha pouca escolha, nós vendíamos por um preço elevado; o nosso lucro era grande. De fato, fomos favorecidos por esses fatores conjunturais. Uns cinco anos depois entrou na moda o medidor mássico Coriolis que, naquela época, era dominado pela americana Micromotion. E aí também aconteceu um outro fator de sorte. Eu fui para uma feira em Duseldorf, na qual aconteceu o lançamento de um medidor mássico alemão. Eu também estava na Alemanha pare renovar a licença com a Bopp & Reuther. Fiquei em dúvida se renovava o contrato ou gastava o dinheiro com uma nova tecnologia, que era o tal de medidor mássico. Aí dei de cara com o estande de Rheonik e lá estava o medidor mássico. Falando com o diretor, nos identificamos muito, porque as duas empresas eram do mesmo porte. Ele gostaria de trazer uma fábrica para o Brasil, mas o convenci a fazer uma parceria com a Metroval. Resultado: o dinheiro da renovação da licença com a Bopp & Reuther foi para a parceria com a Rheonik, que persiste até hoje. Outra coincidência é que quando comecei a trabalhar na Tecnobras ouvi dizer que a tecnologia da empresa era medíocre. E, por isso, naquela época também fui buscar tecnologia da Alemanha, com uma empresa chamada H. Meineke. A curiosidade é que o meu sobrenome Tedesco em italiano significa "alemão". E sempre só tive contato e fiz bons negócios com alemães. INTECH AMÉRICA DO SUL - Nesses 20 anos de Metroval. quais foram as fases que o senhor considera mais marcantes? GUIDOTEDESCO - Bem, um dos fatos significativosfoi quando começamos a fabricar os medidores mássicos, porque a Metroval foi a primeira empresa a fabricar esse medidor no Brasil e na América Latina. Mas, o fato.mais marcante mesmo foi quando ganhamos os contratos de adequação da medição das plataformas entrevista " da Bacia de Campos da Petrobras. Isto aconteceu entre 2002 e 2006, quando a Metroval trabalhou para adequar e manter todos os pontos de medição fiscal e de apropriação de óleo e gás dentro dos parâmetros requeridos pela portaria, em 14 plataformas de petróleo da Bacia de Campos. Eu destaco que, para atender esses contratos, a Metroval abriu uma filial em Macaé, no Rio de Janeiro, com mais de 100 funcionários. E, mais recentemente, conquistamos novos contratos de manutenção dos pontos de medição por mais três anos, para sete dessasplataformas. INTECH AMÉRICA DO SUL - Para encerrar: o senhor é ita- liano ou é brasileiro? - GUIDOTEDESCO Eu diria que sou mais brasileiro. Sou italiano de nascença e o meu sangue vem daí. Às vezes os brasileiros falam que aqui é o melhor país do mundo, e falam por fanatismo, e não teriam nem como falar diferente. Agora se eu falar, é diferente. Meu único filho, Eric, que trabalha comigo - fez engenharia mecânica na Unicamp e não por imposição minha - foi seqüestrado há quatro anos e ficou 37 dias em cativeiro. Naquela época eu pensei em vender tudo e sair do Brasil. Estava muito aborrecido com a questão da segurança. Aí eu pensei: "Me mudar para os Estados Unidos? Itália? Canadá?". Uma coisa é você ficar fora por 15 dias, um ou dois meses, mas o resto da vida? Quando você se muda, você muda todos os seus amigos, tem que começar tudo de novo. E eu não poderia levar todo mundo comigo. E conclui: "Com todas essasdeficiências, eu vou ficar é aquimesmo!".. Número103 47 _ AltU5 aposta na integração e anuncia produto inovadorpara2009 www.altus.com.br Uma empresa que não oferece apenas produtos, mas que Com a competênciade ter criado,ao longo de sua história, disponibiliza no mercado um amplo leque de serviços de in- controladores programáveis com custos e características di- tegração. "A integração hoje é o nosso maior negócio e ten- ferenciadas, a Altus conseguiu concretizar uma base inte- de a crescer mais do que a linha de produtos", confirma Luiz ressante de mercado, a despeito da concorrência de gran- Gerbase, presidente da Altus SA E para continuar crescen- des fabricantes mundiais. E o diretor de engenharia da Altus, do, a empresa demanda técnicos, engenheiros, administradores e, especialmente, gestores qualificados, estes últimos os recursos mais importantes em projetos de integração. É um desafio, mas que tem sido transposto pela boa relação que a Altus mantém com instituições de ensino e pesquisa na região. "Na verdade, nós nos antecipamos à formação do profissional,buscando-o logo que sai da escolatécnica e ingressa na universidade", comenta o diretor financeiro Fabiano Favaro, acrescentando que a empresa possui um programa de retenção de ta- Nelson Felizzolajustifica: "Mas o que conta não é só o produto, mas especialmente a integração e o serviço. Acertamos no produto, pois o controlador programável é o núcleo de qualquer automação. Etendo o controlador, conseguimos prestar o serviço de automação, que é hoje o mais importante e, assim, fidelizar o cliente". Com base nessa composição harmônica de gestão, tecnologia e, especialmente, principios, a Altus anuncia para o ano que vem o lançamento de mais um produto inovador e diferenciado. lentos, cujo foco é trabalhar de for- Ao lado de uma empresa indiana e outra tcheca, que pos- ma diferenciada as pessoas que são suem semelhanças com a companhia brasileira em idade, diferentes. porte e foco tecnológico, a Altus está desenvolvendo um con- "O ponto principal é que a gente trolador de classe mundial, unindo as melhores competências acredita no conhecimento, não no de cada uma três. "A união das três empresas, com os seus jeitinho. O conhecimento tem um melhores técnicos trabalhando em equipe, leva a um efeito longo alcance e é a base sólida. E é interessante, não só de recursos: cria-se um time que não é nisso que a Altus acredita, ou seja, qualquer empresa que tem", destaca Gerbase. que a base do conhecimento leva à A novidade acaba de completar um ano de projeto. Trata- geração de valor", observa Gerbase. se de um controlador, que conta com um sistema de comunicação entre os módulos em Ethernet (cada módulo é um Gerbase: "a gente acredita no conhecimento, não no jeitinho". nó Ethernet), com uma alta velocidade comunicação e um ~ I Power PCde CPU. Considerando que a Altus tem bagagem com automação de infra-estrutura, a empresa indiana com máquinas e a tcheca com processos, o produto atenderá a esses três mercados. "Acabamos de fazer o primeiro plug fest, o festival de interconexão, em abril na República Tcheca, onde cada empresa levou o seu pedaço e tudo funcionou", anima-se Felizzola. O novo controlador deverá ser lançado no início de 2009. "Estaremos com um 'canhão' nas mãos, muito poderoso, que nos habilitará a participar de integrações de qualquer tipo com a mesma ferramenta. Como a produção acontecerá nos três países, teremos vários ganhos de escala e, assim, teremos um custo melhor, um produto melhor e uma arma Favaro: "nós nos antecipamos à formação do profissional". 58 InTech I www.isadistrit04.org Felizzola: "acabamos de fazer o primeiro plug fest e tudo funcionou". que, ao longo do tempo, nos habilitará a outros mercados", conclui Gerbase. ~ ., : e ;: .... '"'--.... ... .... www.smar.com.br A Smarapresenta ao mercadoa sétimaversãodo seusistema de automação de controle distribuído - o SYSTEM302. Se- gundo a empresa,como lançamentotem infra-estrutura baseadaem Ethernet, é possívela utilização de protocolos de comunicaçãopadronizadose não-proprietários,como o HSE - High SpeedEthernet.A conectividadecom a Internet/lntranet possibilitao gerenciamentocompleto de unidadesa partir de uma salade controle central, não importando seestãoem redelocal,espalhadasem uma regiãoou ao redor do mundo. Adicionalmente,o sistemacom suaplataforma abrangentee totalmente digital, suporta, além de tecnologias convencionais, diversos barramentos e protocolos mundialmente reconhecidos como: Foundation Fieldbus,HART,AS-Interface (AS-i),DeviceNet, Modbus, ProfibusDPe ProfibusPA. De acordocom o diretor de marketing da Smar,CésarCassiolato, esta é a oportunidade de liderançaque as novastecnologiasoferecem,pois atravésdelasimplementam-secontroles avançadose aumenta-seo conhecimentooperacionalsobre o processoe a planta como um todo. "Alguns usuários,prin- 60 InTech I www.isadistrit04.org cipalmente das indústriasquímícase petroquímicas,contam com controleavançadoe simulaçãoparaotimizar seusprocessos,ou seja,controle de matriz dinãmíca(DMC),que envolve cercadecemvariáveisde processoe um grandenúmerodevariáveismanipuladas.As mesmasestaçõesde controle avançado que sãousadasnossistemasde controleconvencionaispodem serconectadasdiretamenteao novo sistemapor meio de TCP/lPEthernete opc. Conectividadecom sistemasde parada de emergência(ESD)e controle crítico,sistemasde parada de emergência(ESD)independentes podemserconectadosao sistema,de modo que o operador possater acessoà suafuncionalidade,e vice-versa.Recursoscomo OPCA&E(Alarme e Eventos)complementama integraçãodos servidoresde alarmes com estampade tempo de ambos os sistemasem uma únicabasede dados.O produto, desenvolvidocoma utilização dasmelhorestecnologiasdo mercado,permiteintegraçãofácil e simplescom sistemasde automaçãoexistentespromovendo um caminhotranqüilo à migraçãoaossistemasdigitaisaliadoà economiade investimentos",explicou. , Nationallnstruments apresenta nova versão de plataforma de prototipagem www.nLcom/brasil A Nationallnstruments lançou em maio o NI ELVIS 11,a mais nova versão da plataforma seado em projeto. Baseado no software de conexão USB e completa integração com o software to de circuitos. Além disso, os educadores cicios e demonstrações O novo produto compacto utilizados em laboratórios um multimetro Multisim 10.1 para simulação podem usa-Io com uma combinação a preparação de ciências e engenharia, incluindo digital isolado, tudo em uma plataforma cilmente podem personalizar os 12 instrumentos mento. Também apresenta integração completa e manutenção amigáveis para uso em laboratórios, do laboratório. um osciloscópio, exer- como conectividade Também traz 12 dos mais comuns instrumentos um gerador de função, uma fonte de alimentação fácil de usar e de baixo custo. O produto para criar os próprios instrumentos com o novo software 12 novos instrumentos SPICE, com o intuito de simplificar o ensino de proje- e conceitos de microcontroladores. com a versão anterior, funcionalidades para simplificar para ensino prático ba- oferece aos educadores de placas de terceiros e recursos como apresentações, para o ensino de projeto de controle, telecomunicações inclui compatibilidade USB e um formato de projeto e prototipagem de projeto gráfico de sistemas LabVIEW, o produto Multisim utilizando variável e se baseia em LabVIEW, os educadores o código fonte fornecido fa- para cada instru- 10.1, que oferece simulação SPICE e captura de esquemas. Com o Multisim 10.1 e o NI ELVIS11, educadores e estudantes podem de maneira única alternar entre dados simulados e adquiridos, sobrepor dados simulados e medidos no mesmo instrumento e usar uma única plataforma pectiva holística do processo de projeto de circuitos, desde o projeto e o protótipo para simulação ou teste capaz de oferecer uma pers- até a depuração. O Multisim também inclui outras carac- teristicas pedagogicamente relevantes,tais como questionários sobre determinados circuitos e recurso 3D para o NI ELVIS11, no qual estudantes podem construir seus circuitos em uma réplica virtual do sistema, aumentando a eficiência no laboratório. j