shihan Kawai
Transcrição
shihan Kawai
Informativo - Nº 03 - Setembro/Outubro/2011 Kawai Shihan Dojo / Florianópolis Nos dias 06 e 07 de agosto os alunos do Kawai Shihan Dojo, sob a coordenação do Sensei Carlos Grisalt, 4º dan, deslocaram-se para a cidade de Curitiba, com o objetivo de prestigiar o evento comemorativo ao décimo aniversário do Shugyo Dojo. O responsável pelo Shugyo Dojo é o Sensei Gilberto Marecos, 4º dan, que, sempre que possível prestigia os eventos do KSD, deslocando-se de sua cidade juntamente com seus alunos para abrilhantar nossos eventos. O evento contou com a presença do Sensei Rodolfo Reolon, 5º dan e com a presença de diversos senseis além da participação dos companheiros de Londrina, Maringá e União da Vitória. Nada mais gratificante que ver o tatame repleto, com colegas treinando com afinco e interagindo com colegas de outras localidades. No sábado dia 06 houve apresentação dos faixas-pretas do Shugyo Dojo e no domingo dia 07 aconteceu um koshukai, onde vários professores apresentaram técnicas. Essa experiência de treinar em Curitiba nos proporcionou um aprendizado importante, pois tivemos a oportunidade de treinar com colegas de várias localidades sob a orientação de diversos senseis. Agradecemos ao nosso sensei Carlos Grisalt por essa oportunidade e por ele nos conduzir nessa caminhada. Participar desses eventos é importante para todos nós. É uma oportunidade de treinar Aikido em outros locais que não o tatame. No ônibus, no restaurante, no hotel, em qualquer lugar e situação nos sentíamos treinando. No tatame parece ser mais fácil, pois quando colocamos o dogi focamos no treino e quando estamos em outros lugares é necessário estarmos atentos. Esse é o treinamento que o Aikido nos passa, estarmos atentos sempre, em qualquer situação. O sensei Carlos ficou muito satisfeito com nossa participação como grupo, pois todos buscamos ajudar, colaborar, respeitar e treinar muito. Isso demonstra o quanto estamos no caminho certo. E isso engrandece o Kawai Shihan Dojo e o Aikido de todos nós e ratifica a excelência do trabalho desenvolvido pelo nosso Sensei Carlos Grisalt. Quase a totalidade dos ocidentais desconhecem a figura de Fudo-Myo. Foi o Deus (Sama) protetor dos Guerreiros Ninjas e Samurais do antigo Japão. Estes quando partiam para uma batalha, não temiam a morte porque julgavam estar sob a proteção de Fudo-Myo. Muitos conhecem Fudo-Myo como o Deus da guerra ou dos guerreiros, e é claro que o nome pode ser mal interpretado. Na verdade Fudo-Myo simboliza o lado guerreiro de cada um. O fogo que envolve Fudo-Myo simboliza o interior do ser humano que queima, porém sem ser qualquer sentimento nefasto, representa a pureza do espírito, ou podemos até dizer que é a essência do homem. No seu rosto e corpo transparecem as emoções negativas, todavia, são para destruir vibrações negativas. Cultuando-o, você estará protegido dos males espirituais, das invejas, dos rancores e de outras energias negativas. A espada em sua mão direita é a imposição da lei universal e da proteção. A corda na mão esquerda simboliza a liberdade, pois com Fudo-Myo nos libertamos de pensamentos negativos e assim nos tornamos livres. Para os praticantes de artes marciais, Fudo-Myo é o reflexo de nosso maior oponente, nos mesmos. Para dominar os outros é necessário antes de tudo saber se dominar. No mundo atual, o ser humano, cada vez mais vai perdendo sua origem e com ela, a dignidade e o respeito. A fé, a crença em um ser supremo está se distanciando cada vez mais. Pobres homens! Se soubessem que tudo neste mundo é transição, que tudo nos é emprestado, o nosso corpo, até a nossa vida! Tanto o nosso corpo como a nossa mente devem ser tratados como um prédio em construção, onde o pilar mestre é a nossa consciência, apoiados com as vigas do saber e do treinamento. Assim deve ser interpretado Fudo-Myo. A prática de Aikido é indicada para pessoas de todas as idades, uma vez que um dos princípios é a não utilização de força física, mas sim da harmonização e condução da energia disponível no momento. Especificamente no caso das crianças, o Aikido atua como fator complementar à educação, uma vez que, em um ambiente equilibrado, podem perceber e superar os próprios limites e dificuldades, desenvolvendo o autocontrole, vivenciando o respeito e a responsabilidade sobre si e os demais. Algumas características da personalidade, como timidez, insegurança, dispersão, agressividade, dificuldade motora que prejudicam o seu pleno desenvolvimento, podem ser trabalhadas através de princípios de esforço, humildade e honestidade, gerando um sentimento de auto-estima. A prática de Aikido ajuda na formação de crianças humildes, mas não submissas; fortes, não arrogantes ou exibicionistas; disciplinadas, mas não bitoladas; rápidas, mas não apressadas; calmas, não sem iniciativa. Você que é aikidoista, traga seu filho, sobrinho, vizinho ou quem você desejar de 8 anos até 15 anos para fazer uma aula experimental, o Kawai Shihan Dojo agradece sua ajuda na formação de novos alunos. No ano de 1264 nasceu no Japão o homem considerado até hoje o maior mestre cuteleiro que já existiu naquele país. Gorō Nyūdō Masamune viveu protegido pela família Tokugawa e seu período de atividade foi entre os anos de 1288 e 1328, durante os quais forjou principalmente tachis e tantōs na tradição de Soshu. Uma das características do seu trabalho, além é claro da beleza das peças, sutiliza dos detalhes e qualidade das armas – isto em uma época e local onde o minério de ferro utilizado para fazer aço era cheio de impurezas e a matéria prima de péssima qualidade – era o fato de assinar pouquíssimas peças. Esta característica dificulta muito, hoje em dia, a identificação correta de sua obra. Estima-se que sobreviveram aos tempos modernos cerca de 50 espadas certificadas, entre elas apenas um punhado assinadas. Outra característica marcante de sua vida foi seu temperamento calmo e religiosidade, o que rendeu-lhe a lenda de que suas espadas se ajustavam a guerreiros calmos e governantes justos, ao ponto de compararem seu trabalho ao de Muramasa, outro famoso cuteleiro do Japão antigo, mas de temperamento diverso. Mas esta outra lenda será contada em uma nova oportunidade. Uma das suas peças mais famosas é o tantō chamado de Fudo Masamune. É uma das poucas peças que foi assinada pelo mestre e sobre a qual não pesa nenhuma dúvida de autoria. Entre seus donos ilustres estão muitos shoguns da dinastia Tokugawa, em especial Tokugawa Ieyasu, o primeiro shogum, que pacificou e unificou o país – na época mergulhado em muitos anos de guerra civil. Fudo Masamune tem cerca de 25cm de comprimento e do lado ura apresenta uma gravação em estilo Gomabashi. No lado omote existe uma gravação de raízes, fogo e da divindade Fudo Myo-o. Esta divindade participa diretamente de nossa história, como aikidoístas. Kawai Shihan, ao longo de sua vida, dedicou-lhe muitas horas de orações, assim como o faz Carlos Sensei e muitos colegas, sendo muito interessante como um importante personagem da história do Japão antigo, com Masamune, tenha tanto em comum com nossos mestres de agora. Tentaremos publicar mais artigos sobre cutelaria japonesa nas próximas edições! Fique ligado e muito obrigado! Jefferson Velasco – Shodan GLOSSÁRIO: Tachi – espada longa e fina com curvatura acentuada. Parecida com o katana, era mais longa e leve, usada como arma de cavalaria. Também era símbolo de status, já que o katana era uma espada de infantaria e, portanto, de soldados e oficiais e menor patente. Tantō – faca grande que em determinados períodos da história do Japão serviu como espada curta. Era normalmente utilizado em conjunto com tachis, enquanto o katana era utilizado em conjunto com o wakisashi (espada curta) formando o conjunto de duas espadas chamado daishō. Soshu – antigo nome da província de Sagami. Go mabashi – estilo de hachi ou palitos de comer. Você sabia que o principal ingrediente das tão famosas macarronadas italianas foi desenvolvida pelos chineses e tempos depois levado à Europa por Marcos Polo, quando regressava de sua viagem àquele país? Pois é, o Udon, espécie de macarrão proveniente da China e muito apreciado no Japão, também foi introduzido no arquipélago japonês no período Nara, mais precisamente por volta do séc. 8. No entanto, tornou-se popular apenas séculos mais tarde, no período Edo (séc. 17 a 19). Outro detalhe curioso é que a forma de preparo e o sabor do Udon varia de acordo com a região. Como exemplo podemos citar o dois extremos: o udon preparado em Tokyo, chamado de su-udon) e Osaka (kake-udon). Etimologia: Kake = caldo Udon = macarrão oriental (noodles) Modo de Preparo: Ingredientes: - Desosse as coxas de galinha e corte-as em pedaços pequenos que caibam na boca. Corte o nabo-japonês e a cenoura em fatias (estilo palito). Limpe as vagens removendo seus fios e corte-as tiras grandes (aprox. 4 cm). Fatie meia porção de pasta de peixe cozida, cortando-a horizontalmente pela metade, de forma a diminuir sua expessura; a seguir corte-os transversalmente formando pequenos retângulos. Remova os caules dos cogumelos shiitake e fatie o restante. Pique a salsa-japonesa em pedaços grandes (3 cm aprox). - Despeje as coxas de galinha em três xícaras de água fervendo e deixe-as cozinhar um pouco. Em seguida acrescente a cenoura e cozinhe em fogo brando até que fiquem macias. - Logo após, acrescente o nabo, a vagem, a pasta de peixe e o cogumelo nesta ordem. Quando os vegetais estiverem levemente cozidos, adicione uma colher de sopa de molho de soja fortemente condimentado. - Adicione a salsa-japonesa e cozinhe em fogo brando por uns trinta segundos. Dissolva três colheres de sopa de amido comestível em três colheres de sopa de água fria e acrescente esta mistura ao cozido gradativamente. Mexa constantemente até que o caldo fique bem gelatinoso. -Em uma panela separada, ferva 300 g de udon seco até que a massa fique cozida. Em seguida, escoe e coloque-os em tigelas grandes. - Em uma vasilha separada, faça um caldo misturando o molho de soja tipo fino, sal, mirin (sake doce) e o caldo de peixe katsuo (bonito). Em seguida despeje este caldo na tijela com o udon cozido. - Com uma concha, derrame o molho gelatinoso sobre o udon e o caldo. Logo após coloque uma pitada de gengibre ralado sobre cada tigela e sirva. Rendimento: 4 porções - 100 g de coxa de galinha (tori momo niku) - 40g de cenoura (nijin) - 40 g de nabo japonês (daikon) - 30g de vagem (saya ingen) - Pasta de peixe cozida (kamaboko) - 2 Cogumelos (shiitake) tamanho grande. - Salsa-japonesa - Molho de soja fortemente condimentado - Molho de soja tipo fino (Shoyu) - Mirin (saquê doce para uso culinário) - Caldo de peixe bonito (katsuo) - 300 g de Udon seco - 3 colheres de sopa de Maizena (koonsutaachi) - Gengibre (shouga) Humor!Pra Relaxar" O camarada vê um japonês pescando e lhe pergunta: - Já pegou muito peixe? - Japonês já pegô dois dorado, né? - Dois Dourados? Maravilha! O cara senta-se ao lado do japonês e passa o resto do dia pescando. No final, tudo o que consegue pegar é meia dúzia de mirrados lambaris. Desapontado, bronqueia com o Japonês: - Ô, Japa! Você não disse que tinha pego dois Dourados? - Exatamente! Japonês pegô dois dorado de cá e dois dorado de lá!
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