92ª ASSEMBLEIA DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA TEMA
Transcrição
92ª ASSEMBLEIA DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA TEMA
92ª ASSEMBLEIA DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA TEMA DA MENSAGEM: Praticar a Bíblia para edificar famílias cristãs íntegras e saudáveis. TEXTO BÍBLICO: Salmo 119: 97 a 105 Quero saudar a mesa diretora na pessoa do Pastor Paschoal Piragine Júnior Presidente da 92ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira e do Pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor geral da CBB. Aproveito para agradecer a Diretoria e ao Conselho de Planejamento, esta oportunidade de ser mensageira nesta Assembleia. Quero saudar a todos os convencionais e, destaco o meu esposo, Pastor Apolônio Lins Cavalcanti, minha filha, Ana Carolina e meu filho, Pastor Anderson Carlos, pastor adjunto da Primeira Igreja Batista em São Luís. Saúdo também, todos os batistas que não puderam estar nesta bela cidade, Foz do Iguaçu, mas que estão nos acompanhando pela internet, e intercedendo pelos pastores e líderes de nossa denominação Batista, nesse momento de grande relevância para nós os batistas. Saúdo em especial aos meus filhos que estão em São Luís do Maranhão: André Filipe e o Pastor Alexandre César, pastor de jovens da Igreja Batista Central, minhas noras: Jucineuza, Eluilma e Dijé, e os meus lindos netos, nova alegria de meu viver: Isabela e Arthur. Prezados irmãos, imaginem o temor e o tremor ao aceitar este honroso convite de trazer a mensagem de Deus, ainda mais, quando o tema exige tanta responsabilidade e compromisso de falar da prática da Bíblia em nossas vidas e na vida de nossos familiares. Prezados Convencionais, convido a todos para ler o texto bíblico que se encontra em Salmos 119: 97 a 105: Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus mandamentos. Sou mais prudente que os idosos, porque guardo os teus preceitos. De todo mau caminho desvio os pés, para observar a tua palavra. Não me aparto dos teus juízos, pois tu me ensinas. Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca. Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade. Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos. Quero nesta manhã refletir sobre a prática da Bíblia para edificar famílias cristãs íntegras e saudáveis. O texto bíblico lido mostra a necessidade de todo Cristão de amar a Palavra de Deus, meditar todo o dia, observar, ensinar, e, alcançar entendimento, prudência para se desviar do mau caminho. Precisamos ler e meditar na Bíblia para propagar o evangelho de Jesus, pois infelizmente, estamos diante de tanta incredulidade, falta de temor a Deus e aversão aos ensinamentos de Cristo. O Comentário Bíblico Expositivo de Warren Wiersbe afirma: “Muitos cristãos possuem apenas conhecimento acadêmico e intelectual da Palavra, mas não sabem como colocá-la em prática nas decisões da vida diária. Precisamos todos conhecer a Palavra não apenas intelectualmente, mas principalmente com o coração”. No versículo 102 do texto lido, quero destacar a expressão “tu me ensinas” Realmente quando meditamos na Bíblia, Deus nos ensina e nos torna mais sábio que os inimigos, mais sábio que todos os mestres e mais prudente do que os idosos.. Existem diversos exemplos no contexto bíblico e quero mencionar alguns, neste momento. No livro de Esdras lemos “Pois Esdras tinha decidido dedicar-se a estudar a Lei do Senhor e a praticá-la, e a ensinar os seus decretos e mandamentos aos israelitas.” (Esdras 7:10) Que maravilha! Ele ao chegar a Jerusalém usava do poder da Palavra do Senhor para transformar vidas, para ensinar e para praticar as verdades aprendidas. Esdras não somente estudou a Palavra de Deus, ele a obedeceu e a ensinou a outros.Nós faremos o mesmo. Em Deuteronômio 6: de 1 a 9 o povo já havia recebido a orientação de temer ao Senhor e obedecer a todos os seus decretos e mandamentos. Não só as pessoas individualmente, mas a família e toda nação. O texto bíblico diz: “Ensine-as com persistência a seus filhos.” Muitas vezes necessitamos ensinar algo com persistência, sem esmorecer, com dedicação, para que alcancemos nossos objetivos. Pois o processo educativo exige assim de nós. Devemos ensinar os mandamentos, exortar nossos filhos à obediência para que possamos exercer o discipulado. Os pais devem ser os primeiros discipuladores de seus filhos e assim, contribuir para que possam alcançar a maturidade cristã. Devemos ensinar utilizando a pedagogia do afeto e aplicando os valores à vida, para que a aprendizagem ocorra de forma significativa, e certamente de acordo com os ensinamentos do grande mestre Jesus. O apóstolo Paulo escreve a igreja em Colossos e afirma: “A Palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros...” (Cl 3:16). Não poderia deixar de citar o Pastor Timóteo que recebeu desde a sua infância de sua mãe e avó, as orientações bíblicas que desenvolveram no seu caráter a integridade e a sã doutrina. (2 Timóteo 1:5 e 2 Timóteo 3: 14 e 15). E Jesus Cristo afirmou: “Felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” Lucas 11:28. Não sei como está o seu lar hoje e como está a prática da Bíblia em sua vida e na vida dos familiares, mas Jesus propõe este caminho para você e para mim: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e todas as coisas vos serão acrescentadas.” MT 6:33 No cenário atual as famílias recebem a influência de uma sociedade onde o relativismo torna os princípios bíblicos em apenas meras verdades pessoais, pois quando eu declaro sobre a minha fé e os valores em que acredito, estou agredindo o meu próximo, sendo considerada dominadora e preconceituosa. Nesta ideologia o ser humano se recusa a fazer julgamentos e a debater seriamente questões consideradas relativas. Nietzsche critica a moral tradicional (cristã) e afirma que na sociedade da participação imediata, a moral aceitável é a glorificação de si mesmo. Ele defende uma moral dos fortes contra uma moral dos fracos e a transformação de valores, pois os valores inferiores passam a ser: a humildade, a piedade, o amor ao próximo, a bondade e a objetividade; enquanto que os valores superiores na sociedade pósmoderna são o orgulho, a personalidade criadora, o risco (sem medo), o amor ao distante (busca do além humano) para atender os instintos e as paixões humanas. Tudo isso contrariando a Bíblia que ensina a glorificar e a adorar apenas a Deus e que os valores superiores são o fruto do Espírito, citado em Gálatas 5:22 e 23. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, vivemos numa sociedade líquida (onde todas as coisas sólidas começaram a se desmanchar), inclusive a família. Ele afirma que nesta sociedade líquida, tudo se torna temporário. Considera que não existem mais relacionamentos a longo prazo ou mesmo, o casamento e o emprego. Em seu livro, Amor Líquido, ele diz que a vida planejada destroi a criatividade humana e as habilidades. Existe um processo de tribalização social, afiliação por guetos. O foco deixa de ser, a classe social, para ser o grupo social. Tão enfatizado pelos meios de comunicação. Neste cenário, Bauman, considerado o profeta da pós-modernidade, aponta o medo que as pessoas têm de desenvolver sentimentos mais profundos. O ficar sem compromisso no mundo “virtual” e “real” surge do medo de se relacionar, por isso as pessoas se mantém a distância e as redes sociais se tornam o ponto de convergência. É preciso ver nas entrelinhas. É necessário desenvolver o senso crítico na defesa de nossas famílias, do casamento cristão e na valorização dos laços afetivos e sociais. Nesta sociedade sem compromisso, sem a ideia de permanência, durabilidade e até mesmo nas relações onde a cultura do eu sobrepõe-se a cultura do nós, necessitamos abrir nossos olhos para a alegria que muitas vezes temos de descartar as coisas e até mesmo as pessoas que nos incomodam. Sempre tem algo a ser vendido. Antes se procurava obter e ter, hoje se procura obter e descartar. Busca-se o sucesso, o poder e o dinheiro. Mesmo sentindo a necessidade do outro ser humano, o vazio existencial se amplia e torna a vida cada vez mais ansiosa, pois a instabilidade e a insegurança dominam a existência. Dominam também as famílias levando a um grande número de divórcios na sociedade brasileira. Observem prezados convencionais, algumas características da Família PósModerna, também chamada de Família Líquida: 1- A função da Família é transferida para o estado ou para as agências privadas. 2- Surgem diversos “tipos de família” ou diversos “arranjos” de família. 3- Os vínculos familiares são considerados “amarras” que geram desigualdades sociais, discriminações entre os sexos e neuroses. 4- A sociedade líquida gera a comunicação líquida e virtual, sem a necessidade da presença e do afeto. 5- As novas formas familiares reduzem a Família a um agregado de indivíduos mais ou menos casual. 6- A família tradicional é combatida: homem, mulher e filhos. 7- As diferenças de gênero também são combatidas e se enaltece o sexo masculino e deprecia-se o sexo feminino. (Exemplo nas novelas atuais em que as mulheres são todas problemáticas e o “terceiro sexo” é bem resolvido e feliz). Aparecem políticas públicas de apoio a esta nova realidade. 8- As relações são efêmeras e as emoções momentâneas por isso não se deposita esperança no futuro. Parece que o presente é espetacular, o passado não interessa e o futuro é assustador. Neste contexto de pós-modernidade dominam os sentimentos de incerteza (falta de certeza), desesperança (falta de esperança), isolamento (falta do outro). Sabemos, entretanto, que a relação conjugal e a relação entre pais e filhos são os dois eixos de sustentação de toda a Família. Por isso urge investir na relação conjugal para que ela seja sólida e venha a evitar o isolamento e a solidão, que aparecem até mesmo dentro de nossos lares. Na relação entre pais e filhos precisamos ensinar os valores cristãos que trarão certeza de verdades inegociáveis. É importante desenvolver a espiritualidade e educar nossos filhos para que não adoeçam em patologias próprias da modernidade líquida: depressão, solidão, desamparo, isolamento. Quando damos prioridade a Deus e a família, as incertezas e a desesperança desaparecem e, o isolamento deixa de ser uma realidade. Por tanto, quando estes dois eixos estão ajustados pode-se ter esperança na Família, onde existam relações saudáveis e pessoas íntegras, vivendo emoções duradouras. Acreditamos nesta proposta e, por isso estamos aqui para neste ano, de 2012, nos dedicarmos a Educação Cristã, para que possamos ensinar a família, a ser mais família, expressão usada por Pierpaolo Donati, em seu livro Família no século XXI, e a viver, e, praticar os ensinamentos bíblicos. Partimos do pressuposto, ou melhor podemos afirmar que a Família é um Projeto de Deus aqui na terra e que necessitamos dar prioridade a Educação Cristã, para que nossas famílias e igrejas, sejam saudáveis, dentro de uma sociedade doentia. O modelo a ser seguido para a educação de nossos filhos é a Bíblia. Este é o Modelo, que serve de referência para as gerações. O fundamento da casa na rocha é ouvir e praticar as palavras de Jesus, com seus ensinos e valores pregados e vivenciados (Mateus 7: 24 e 25). E assim nosso lar se solidifica no início do casamento, na chegada dos filhos, na maturidade e, no período do ninho renovado. Irmãos, peco licença para compartilhar parte do testemunho de minha família. Deus concedeu um legado a Maria Almeida Guimarães, minha avó, que recebeu uma Bíblia, presenteada por um membro da Assembléia de Deus, pediu autorização ao padre e pode assim realizar a leitura e aconteceu que Jesus Cristo entrou na sua vida e na família, abençoando gerações. Tudo isso teve início na cidade de Capela, no interior de Alagoas. Através desse encontro pessoal com Jesus, Deus tem abençoado vidas e convocado pastores para servi-lo, como o filho caçula de Maria, José Almeida Guimarães, um neto, Daniel Rocha Guimarães (já falecido) e quatro bisnetos, meus dois filhos e dois pastores em Fortaleza, Hildebrando e Eduardo Guimarães Cerqueira, hoje presidente da Convenção Batista Cearense. Deus seja louvado pela decisão de minha avó Maria, de ler e praticar a Palavra de Deus. Recebi de meus pais e das igrejas que fiz parte uma boa Educação Cristã e transmiti aos meus filhos e agora, aos netos. Enfrentamos adversidades que nos quiseram destruir quando nosso filho mais velho foi atropelado, ficou em coma com traumatismo craniano cerebral e tivemos de entregá-lo ao Senhor nosso Deus. Não era aquilo que nós queríamos, mas após a entrega total de nosso filho ao Senhor, aconteceu devagarzinho a sua recuperação. Hoje, apesar das seqüelas, estuda e trabalha e, vive com sua esposa em São Luís do Maranhão. Esta experiência traumática transformou a vida de toda a família, um mal veio e se transformou em um bem, unindo mais a todos e servindo para testemunhar do amor de Deus para os familiares, vizinhos, colegas de trabalho e toda a igreja. O chamado de Deus para sair do Recife indo para uma nova terra, São Luís, foi uma bênção para mim, como diretora geral do Colégio Batista, para meu esposo, como Pastor e servindo a Convenção Batista Maranhense. Na maioria das igrejas que meu esposo assumiu, o povo estranhava a minha dedicação na EBD, aos departamentos infantis. Mesmo não sendo de tanto valor esse trabalho para uma esposa de pastor, sempre acreditei que uma boa educação cristã serve de base para o crescimento sólido de uma igreja. Lá em São Luís, nossos filhos constituíram família, definiram profissão, e, exerceram ministério, sendo uma bênção no Reino de Deus. Recebi o presente de Deus de ser avó, após a superação de um câncer em 2004, o Senhor proporcionou o renovo da esperança e pude ver uma nova geração surgindo. Por ter sido Mensageira do Rei e professora de EBD, durante a doença a Palavra de Deus chegava facilmente na minha mente e no meu coração, por saber decorado muitos textos bíblicos, proporcionando-me paz e segurança. Ao receber o diagnóstico só realizei um pedido ao Senhor: Pai, se possível que eu veja os filhos dos meus filhos (Salmo 128:6). Ser avó foi e tem sido um momento de glorificar a Deus. Muitos foram os acertos e muitos foram os erros, mas esse tem sido um modelo que busca viver os ensinamentos bíblicos, busca viver na casa do Senhor, como tantas outras famílias aqui, Hoje, contribuímos também na educação de jovens casais na EBD, nos grupos familiares da Igreja Batista da Capunga no Recife, das famílias que ainda não são cristãs e que convivem conosco e daquelas que se afastaram dos caminhos do Senhor. Na educação cristã de nossas famílias necessitamos: 1- Educar nossos filhos no temor do Senhor e educá-los como filhos espirituais para que no tempo certo possam fazer boas escolhas. 2- Educar na leitura diária da Bíblia para que possam ser bem sucedidos. Realizar cultos domésticos e/ou momentos de comunhão. 3- Educar levando-os à casa do Senhor, desde a consagração, e levá-los regularmente à Escola Bíblica Dominical, a Escola ou Congresso de Férias, aos Grupos Pequenos e as outras atividades da igreja, para que possam crescer no conhecimento da Palavra. 4- Educar ensinando e vivenciando os valores cristãos no Lar: amor, bondade, solidariedade, perdão, mansidão, domínio próprio, para que estes valores sejam uma realidade no dia a dia da família. 5- Educar cuidando do envolvimento com amigos e das atividades de lazer. Levando-os para acampamentos, cultos jovens e outras programações. 6- Educar contribuindo na Educação Cristã de nossas igrejas, se dispondo a ensinar e a se envolver na liderança cristã de nossas crianças e adolescentes. 7- Educar através de cultos mensais ou bimestrais, nas casas dos familiares a fim de cultivar a comunhão na família de sangue e afins, e pastoreio dos afastados da casa do Senhor. 8- Educar na orientação de Literatura Cristã, na adolescência e juventude, a fim de solidificar a doutrina e facilitar a busca do conhecimento. Educar suprindo as necessidades físicas, emocionais, espirituais e intelectuais de cada um individualmente e em família. 9- Educar na parceria com os Colégios Batistas para que possam receber além dos ensinamentos, os valores cristãos que irão solidificar o caráter. Educar buscando mentoreamento de educadores experientes. (Dou graças a Deus pela grande educadora Areli Perruci que tanto me orientou na educação de meus filhos). 10- Educar “sendo exemplo da palavra e não somente ouvinte”. Deixando um legado a ser imitado e a ser lembrado. Recentemente, li no Grupo Amigas de Ministério – formado por esposa de pastores, o recado de um filho que assim dizia: Oi Mãe! Oi Pai! Oi Maninhos! Ontem tivemos uma abertura das programações de Natal aqui na Igreja. Foi algo impressionante o que Deus fez! Proporcionou momentos tão singulares que estou até pensando, “digerindo” tudo isso. Mas uma coisa que passa sempre vem ao meu coração é o legado que Mamãe e Papai deixaram na minha vida. Legado de dedicação as coisas do Reino. Legado de fazer algo olhando sempre para Jesus, sem se importar com julgamentos e/ou elogios. Legado de prazer de fazer aquilo com alegria. Obrigado Pai e Mãe! Amo muito você! Um BEIJÃO em todos!!! Marquinho (Filho de Pastor Júlio Sanches e Audiva). Este sim é um legado a ser deixado e ser imitado! E preciso refletir também sobre a educação cristã de nossas igrejas, pois necessitamos de: 1- Professores bem preparados e comprometidos; 2- De espaço adequado com materiais didáticos atualizados; 3- De um Projeto Pedagógico contextualizado e envolvente. . Façamos nesse momento uma reflexão: O que acontece quando a família passa a ser prioridade na minha vida? O que acontece quando busco orientação bíblica para a minha vida e para a vida da minha família? Irmãos em Cristo, todos nós possuímos um desejo inato de melhorar nossa família. Os altos e baixos emocionais familiares sempre existirão. Stephen Covey em seu livro Os 7 hábitos das famílias altamente eficazes, define que famílias íntegras são aquelas que vivem de modo integrado a um conjunto equilibrado de princípios universais e eternos. Afirma que somos modelos, mentores, organizadores e educadores. Nossa vontade é ser bons modelos de pessoas íntegras, espirituais, que assumem compromisso com o Pai Celestial. Esta é a nossa missão e a nossa prioridade de ser família cristã em um mundo egocêntrico e avesso à família, e, até mesmo ao Cristianismo. Não podemos desistir jamais. Sejamos perseverantes e lutemos pela família, mesmo sabendo que são imperfeitas e que dificuldades sempre vão existir. Em seu livro, Covey diz que “jamais devemos considerar encerrado o nosso trabalho – com os nossos filhos, netos e até mesmo bisnetos.” E propõe que os idosos, jamais se “aposentem” da família, pois há necessidade de colaborar na construção e valorização em várias gerações. Os demais membros também podem contribuir sendo um agente de mudanças e proporcionar transformações positivas no seio familiar. O trabalho não está encerrado nem na família e nem na igreja. Saiamos da zona de conforto e pensemos: “O QUE EU PODEREI FAZER (E NÃO ESTOU FAZENDO NO MOMENTO) PARA PROMOVER UMA TREMENDA MUDANÇA PARA MELHORAR NA MINHA VIDA FAMILIAR?” Poderei em 2012 participar da campanha, LUTE POR SUA FAMÍLIA, do Ministério Oikos e realizar as atividades sugeridas diariamente. Poderei levar a minha igreja a investir em um ministério específico. Poderei realizar o Culto Doméstico e momentos de comunhão. Poderei realizar uma reunião para avaliar minha família e definir novas atitudes de todos os membros. Vamos fortificar nossas vidas com o estudo diário da Bíblia, os cultos domésticos, e praticar os ensinamentos de Cristo, a fim de enfrentar as circunstâncias externas, anticristãs, que querem destruir nossas famílias. Recentemente li na internet, que um deputado federal afirmou que padres e pastores devem ser punidos por recuperar gays. Ele também quer criminalizar a Bíblia por ser considerada uma literatura homofóbica. Diante de tais situações peçamos ao Senhor, sabedoria para lidar com os “inimigos” que buscam confrontar e destruir os valores cristãos. Dificuldades sempre vão existir e até mesmo adversidade ou prosperidade, que tentará nos afastar dos caminhos do Senhor. Porém, uma família saudável buscará a palavra de Deus, viverá em oração, servirá ao Senhor, dando testemunho e buscando a santificação. Mas algum pai ou mãe pode perguntar: E SE...? • E se meus filhos não seguirem as minhas orientações espirituais e práticas? • E se eles não viverem para Deus? • E se eles não trilharem o caminho que lhes ensinei? • E se nunca me agradecerem nem mesmo notarem o que tenho feito por eles? Ou tudo o que fiz por eles? MESMO ASSIM... • Cumprirei o papel de pai e mãe que Deus me confiou e não desistirei do meu filho sob qualquer circunstância. MESMO ASSIM... • Cumprirei o papel de educá-los no caminho em que deve andar... nos ensinamentos bíblicos, nos valores cristãos em que acredito. Como também algum pastor ou líder pode questionar: E SE...? • E se os jovens, adolescentes e as crianças da igreja não seguirem as orientações espirituais e práticas? • E se eles não viverem para Deus? • E se eles não trilharem o caminho que a igreja ensinou? • E se nunca agradecerem nem mesmo notarem o que a igreja tem feito por eles? MESMO ASSIM... • Cumprirei o papel que Deus me confiou e não desistirei das crianças, adolescentes e jovens sob qualquer circunstância. MESMO ASSIM... Cumprirei o papel de educá-los no caminho em que deve andar... nos ensinamentos bíblicos, nos valores cristãos em que a Igreja de Jesus Cristo acredita. Finalmente irmãos, reflitamos sobre o que Deus deseja de cada um de nós nesta manhã: 1- Fortaleçamos a família através de um programa de Educação Cristã, bem preparado, contextualizado e que seja valorizado pelos pastores e líderes de nossa denominação. 2- Assumamos um compromisso de ser um melhor pai/mãe/filho através de um melhor relacionamento, sendo a família uma prioridade em nossas vidas. 3- Cresçamos espiritualmente em amor e sejamos exemplo para os outros, pois família bem estruturada gera igreja bem estruturada. 4- Não permitamos que o inimigo destrua a família com a desconfiança, o egoísmo, a intolerância, a violência física e psicológica, com os abusos na internet, com o uso de drogas lícitas ou ilícitas, etc. 5- Falemos de Cristo aos nossos familiares não crentes através do testemunho e pregação da Palavra, • Enfim, Que leiamos a Bíblia para que ela possa ser lâmpada e luz no nosso caminho; a espada do Espírito, o ouro, o mel e um tesouro inacabável; Que sejamos como Jesus Cristo, na prática da Bíblia e que nossas famílias sejam padrão de integridade, saudáveis e felizes, e assim estaremos contribuindo diretamente para uma sociedade íntegra e saudável aos olhos do Senhor. Que Deus nos abençoe. Foz do Iguaçu, 21 de janeiro de 2012 Profª Cássia Virginia Guimarães Cavalcanti [email protected] [email protected]