produto 6 (p6) – proposta de plano municipal integrado de
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produto 6 (p6) – proposta de plano municipal integrado de
SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS SSRH-CSAN REV. DATA MODIFICAÇÃO 0 01/07/2014 Emissão Inicial VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO Elaboração de planos integrados regionais de saneamento básico e atividades de apoio técnico à elaboração de planos integrados municipais de saneamento básico para a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Mogi Guaçu – UGRHI 9 PRODUTO 6 (P6) – PROPOSTA DE PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICÍPIO: VARGEM GRANDE DO SUL ELABORADO: APROVADO: R.M.R.V. VERIFICADO: COORDENADOR GERAL: J.G.S.B. Danny Dalberson de Oliveira CREA: 0600495622 Nº (CLIENTE): DATA: FOLHA: 01/07/2014 Nº ENGECORPS: REVISÃO: 1222-SSE-41-SA-RT-0006-R0 R0 -2- 2 SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS DE SÃO PAULO 3 SSRH/CSAN 1 4 5 6 7 8 9 Elaboração de planos integrados regionais de saneamento básico e atividades de apoio técnico à elaboração de planos integrados municipais de saneamento básico para a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Mogi Guaçu – UGRHI 9 10 11 12 15 PRODUTO 6 (P6) – PROPOSTA DE PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO 16 MUNICÍPIO: VARGEM GRANDE DO SUL 13 14 17 18 19 20 21 22 23 24 CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC 1222-SSE-41-SA-RT-0006-R0 Julho/2014 25 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -326 27 SUMÁRIO 28 APRESENTAÇÃO ..........................................................................................................................7 29 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................9 30 2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E SUA INSERÇÃO REGIONAL ..........................10 31 32 33 2.1 2.2 2.3 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS ...................................................................................... 10 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS ................................................................................... 19 ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................................... 25 34 3. POPULAÇÕES, DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES DOS SISTEMAS............................27 35 36 3.1 3.2 ESTUDO POPULACIONAL .................................................................................................... 27 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES ......................................................................... 28 37 4. DIAGNÓSTICO SETORIAL DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO .................................54 38 39 40 41 4.1 4.2 4.3 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E COLETA DE ESGOTOS SANITÁRIOS ....................................................................................................... 54 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......... 85 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS .......... 91 42 5. OBJETIVOS E METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO ....................................96 43 44 45 46 47 5.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS E METAS PARA OS SISTEMAS DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO ................................................................................................................... 96 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS DE DIAGNÓSTICOS LOCAIS E REGIONAIS ........................................................................................................................ 96 OBJETIVOS E METAS ......................................................................................................... 99 48 49 6. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO ............................................ 102 50 51 52 53 6.1 6.2 6.3 6.4 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 102 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 107 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 112 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ..................................... 117 54 55 7. ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SOLUÇÕES ADOTADAS .................................................................................................................. 122 56 57 58 59 7.1 7.2 7.3 7.4 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 122 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 126 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 130 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ..................................... 137 60 8. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ... 141 61 9. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ......................................................................... 144 62 63 9.1 9.2 PROGRAMAS GERAIS APLICÁVEIS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO ........................................... 144 PROGRAMAS ESPECÍFICOS APLICÁVEIS À AREA RURAL ..................................................... 150 64 65 10. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS .................................................................................................................. 155 66 10.1 CONDICIONANTES GERAIS ............................................................................................... 155 PÁG. 5.2 5.3 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -467 68 69 70 71 72 73 10.2 10.3 10.4 74 75 11. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ................................... 172 76 77 12. DIRETRIZES PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS RELATIVAS AO PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS................ 179 78 79 80 81 12.1 DIRETRIZES GERAIS PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS PARA PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO ................ 179 RECOMENDAÇÕES RELATIVAS À RELEVÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO .................................................... 181 82 13. INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................................................. 183 83 84 85 86 87 88 13.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO.......................................................................... 183 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO E RESÍDUOS SÓLIDOS......................................................................................................... 190 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS.......................................................................................................... 195 89 14. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA ....................... 199 90 91 92 14.1 14.2 14.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................. 199 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 201 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ..................................... 206 93 15. MINUTA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANO ..................................................... 208 94 95 96 15.1 15.2 15.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................ 208 MINUTA DE PROJETO DE LEI............................................................................................. 209 MINUTA DE DECRETO MUNICIPAL ..................................................................................... 215 97 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 222 10.5 10.6 12.2 13.2 13.3 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS ............................................................................. 156 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS .............................................................................. 157 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O SANEAMENTO.................................................................................................................. 158 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS DE GRANDE INTERESSE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB ................................................................... 161 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS ............................................................. 168 98 99 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -5- SIGLAS 100 101 AAB – Adutora de Água Bruta 102 AAT – Adutora de Água Tratada 103 ANA – Agência Nacional de Águas 104 APA - Área de Proteção Ambiental 105 APP – Área de Preservação Permanente 106 ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo 107 ATI – Aterro de Inertes 108 ATS – Aterros Sanitários 109 CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral Programa Estadual de Microbacias 110 Hidrográficas 111 CAGECE – Companhia de Água e Esgoto do Ceará 112 CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Sul 113 CB – Central de Britagem 114 CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica 115 CBH-MOGI – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu 116 CCO - Centro de Controle Operacional 117 CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura 118 CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo 119 CF – Constituição Federal 120 CONSÓRCIO – Consórcio EngecorpsMaubertec 121 COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais 122 CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos 123 CRHi - Coordenadoria de Recursos Hídricos 124 CSAN – Coordenadoria de Saneamento da SSRH 125 CT – Centrais de Triagem 126 DAE – Departamento de Água e Esgotos 127 DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica 128 DEX – Despesas de Exploração 129 DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 130 EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta 131 EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada 132 EEE – Estação Elevatória de Esgoto 133 EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 134 ETA – Estação de Tratamento de Água 135 ETE – Estação de Tratamento de Esgotos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -6136 FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos 137 GEL – Grupo Executivo Local 138 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 139 IG – Instituto Geológico 140 INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 141 IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 142 IQA – Índice de Qualidade das Águas 143 IVA – Índice de Proteção da Vida Aquática 144 MCidades – Ministério das Cidades 145 MME – Ministério de Minas e Energia 146 MNE – Medidas Não Estruturais 147 OSE – Obras e Serviços Estruturais 148 OSL – Obras e Serviços Localizados 149 PDDU - Plano Diretor de Drenagem Urbana 150 PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos 151 PLANASA – Plano Nacional de Saneamento Básico 152 PMSB – Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico 153 PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos 154 PRISB – Plano Regional Integrado de Saneamento Básico 155 RCC - Resíduos da Construção Civil e Demolição 156 RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares 157 RSS - Resíduos dos Serviços de Saúde 158 SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 159 SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos 160 SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados 161 SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas 162 SIGRH – Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos 163 SMA – Secretaria do Meio Ambiente 164 SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 165 SSRH – Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos – SP 166 STF – Supremo Tribunal Federal 167 TR – Termo de Referência 168 UC – Usinas de Compostagem 169 UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 170 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -7171 APRESENTAÇÃO 172 173 174 175 176 177 178 O presente documento refere-se ao Produto P6 – Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico, relatório final do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMSB) do município de Vargem Grande do Sul, integrante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Mogi Guaçu – UGRHI 9, conforme contrato CSAN 001/SSRH/2013, firmado em 05/02/2013 entre o Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC e a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH) do governo do Estado de São Paulo. 179 180 181 182 Esse plano municipal deverá estar agregado aos planos municipais dos outros municípios pertencentes à UGRHI 9 (principalmente àqueles do entorno) e, necessariamente, ao Plano Regional Integrado de Saneamento Básico (PRISB) dessa unidade de gerenciamento de recursos hídricos. 183 184 185 186 187 188 189 190 191 Para a elaboração do plano municipal, deverão ser considerados a lei federal nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, o termo de referência (TR) da concorrência CSAN 001-2012 – UGRHI 9 para contratação dos serviços objeto desse contrato, a proposta técnica do Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC, as diretrizes emanadas de reuniões prévias entre os técnicos da SSRH/CSAN e do CONSÓRCIO e as premissas e procedimentos apresentados no documento Reunião de Partida, fornecido aos representantes dos municípios presentes no evento de assinatura dos contratos para a elaboração dos PMSBs, realizado no Palácio dos Bandeirantes em 31 de janeiro de 2013. 192 193 194 195 196 197 O Plano Detalhado de Trabalho, proposto pelo CONSÓRCIO para elaboração do PMSB, que engloba as áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, representa um modelo de integração entre os produtos de serviços estabelecidos no edital de concorrência, com inter-relação lógica e temporal, conforme apresentado a seguir: 198 PRODUTO 1 - PLANO DETALHADO DE TRABALHO; 199 PRODUTO 2 - COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES; 200 PRODUTO 3 - DIAGNÓSTICO E ESTUDO DE DEMANDAS; 201 PRODUTO 4 - OBJETIVOS E METAS; 202 203 PRODUTO 5 - PLANO REGIONAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO - 204 205 PRODUTO 6 - PROPOSTAS DE PLANOS MUNICIPAIS INTEGRADOS DE PRISB; SANEAMENTO BÁSICO - PMSB. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -8206 207 208 O processo de elaboração do PMSB terá como referência as diretrizes sugeridas pelo Ministério das Cidades, através do Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento (MCidades, 2011), quais sejam: 209 210 Integração de diferentes componentes da área de Saneamento Ambiental e outras que 211 212 213 Promoção do protagonismo social a partir da criação de canais de acesso à 214 Promoção da saúde pública; 215 216 Promoção da educação sanitária e ambiental que vise à construção da consciência 217 Orientação pela bacia hidrográfica; 218 Sustentabilidade; 219 Proteção ambiental; 220 Inovação tecnológica. se fizerem pertinentes; informação e à participação que possibilite a conscientização e a autogestão da população; individual e coletiva e de uma relação mais harmônica entre o homem e o ambiente; 221 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -9222 1. INTRODUÇÃO 223 224 225 226 227 228 229 O Produto 6 é resultante da consecução das atividades desenvolvidas nos Blocos 2 (Coleta de Dados e Informações), Bloco 3 (Diagnóstico e Estudo de Demandas) e Bloco 4 (Objetivos e Metas), configurando-se como o relatório final do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMSB). Nesse produto, estão sintetizadas todas as informações e dados obtidos durante o transcorrer dos trabalhos, apresentando-se os planos de saneamento para cada um dos componentes do saneamento básico, quais sejam, água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem pluvial urbana. 230 231 232 233 234 235 236 A elaboração do PMSB obedeceu aos preceitos da Lei 11.445/07, baseando-se, principalmente, nas diretrizes do Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, especificamente no documento “Definição da Política de Elaboração de Planos Municipais e Regionais de Saneamento Básico”. As definições da Política e do Plano de Saneamento Básico estão contidas, respectivamente, nos Capítulos II e IV da supracitada lei, que estabelece a finalidade, o conteúdo e a responsabilidade institucional do titular por sua elaboração. 237 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -10238 239 2. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL DO MUNICÍPIO 240 241 A seguir estão relacionados os aspectos geográficos, político-administrativos e fisiográficos que caracterizam o território que compreende o município de Aguaí. 242 2.1 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS 243 2.1.1 Aspectos Gerais 244 245 246 247 O município de Vargem Grande do Sul localiza-se na região nordeste do Estado de São Paulo, estendendo-se por 267 km², com uma altitude média de 720 metros acima do nível do mar e sua sede situa-se nas coordenadas geográficas 21°49'55" de latitude sul e 46°53'35" de longitude oeste. 248 249 250 251 Vargem Grande do Sul está inserida na Região Administrativa de Campinas e Região de Governo de São João da Boa Vista, fazendo divisa com os municípios de Itobi e São Sebastião da Grama ao Norte, Aguaí ao Sul, São João da Boa Vista, Águas da Prata e São Roque da Fartura a Leste e Casa Branca a Oeste. 252 253 254 255 256 257 Distante 250 km da capital paulista, o acesso ao município pode ser efetuado, a partir de São Paulo, pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), Rodovia Dr. Gov. Adhemar Pereira de Barros (SP-340), e Rodovia Com. Tomás Vaqueiro (SP-344). Uma segunda opção de partida seria a Rodovia Fernão Dias (SP-010) e Rodovia Dom Pedro I (SP-065). Outra rodovia de acesso ao município é a Rodovia Hélio Moreira Salles (SP-215). A Ilustração 2.1 mostra essa situação. 258 259 260 Vargem Grande do Sul era um distrito de São João da Boa Vista denominado inicialmente de Vargem Grande. Em 1 de dezembro de 1921 foi elevado à categoria de município e em novembro de 1944 foi denominado como Vargem Grande do Sul. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul E SUA INSERÇÃO ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -11- 261 262 Ilustração 2.1 – Localização e Acessos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -12263 2.1.2 Geologia 264 265 266 267 O município de Vargem Grande do Sul situa-se na porção nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná, próximo ao limite com as unidades metamórficas e intrusivas do Embasamento Cristalino do Estado de São Paulo. Trata-se de uma área de transição entre as rochas do Embasamento Cristalino e as da Bacia do Paraná. 268 269 270 271 272 273 274 Segundo a Carta Geológica Compilada e Simplificada do Projeto Mogi-Pardo na escala 1:500.000 publicada pelo CPRM (1998), o substrato rochoso do município é formado por unidades estratigráficas representadas pela Formação Aquidauana (Subgrupo Itararé Indiviso), com diversos sills de diabásio correlatos à Formação Serra Geral. Também estão presentes coberturas cenozoicas, tanto das formações correlatas à Formação Rio Claro como depósitos aluvionares recentes ao longo das principais drenagens, além de rochas granitoides e metamórficas do Embasamento Cristalino. 275 276 277 278 Um caráter marcante das rochas do embasarnento é o contraste de competência dos pacotes rochosos, seja por diferenças composicionais ou de intensidade de fraturamento e deformação. Este contraste impõe variações bruscas do comportamento geotécnico ao longo de alguns poucos metros. 279 2.1.3 280 281 282 283 284 O estudo geomorfológico permite um entendimento da dinâmica das bacias de drenagem e de aspectos importantes, como a susceptibilidade a processos erosivos, o comportamento e características do lençol freático e mesmo a avaliação das vazões de cheia, em função da avaliação mais precisa de tempos de concentração e processos de retardamento que são de certo modo dependentes da morfologia das bacias. 285 286 287 288 Segundo o mapa geomorfológico do IPT (1981), o município de Vargem Grande do Sul situa-se, regionalmente, na transição entre dois domínios geomorfológicos: Depressão Periférica e Planalto Atlântico, sendo os limites desses terrenos coincidentes com o contato do Embasamento Cristalino e a Bacia Sedimentar do Paraná. 289 290 291 292 293 294 Segundo Almeida (1964), os terrenos constituídos pelo Embasamento Cristalino possuem predominância de morros de topos arredondados, vertentes com perfis retilíneos, presença de serras restritas, com alta densidade de drenagem, enquanto os terrenos pertencentes à Depressão Periférica exibem um relevo com formas suavizadas, levemente onduladas e constituído por colinas amplas. As cotas altimétricas oscilam entre 500 m e 700 m. 295 296 297 298 299 Localmente, a geomorfologia da área de estudo está inserida na Depressão Periférica, na zona do Planalto de Paraitinga, em áreas de relevo de degradação em planaltos dissecados, classificados segundo IPT (1981), como Colinas Amplas, as quais predominam na área de estudo e, em menor escala, por Mar de Morros e Morros Paralelos, Serras Alongadas e Planícies Aluviais. Geomorfologia Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -13300 301 302 303 As Colinas Amplas, caracterizadas por interflúvios superiores a 4 km², topos extensos e aplainados e vertentes com perfis retilíneos a convexos, predominam na porção oeste do município. Nesta área a drenagem é de baixa densidade, com padrão subdendrítico, vales abertos e planícies aluviais interiores (IPT, 1981). 304 305 306 307 308 O Mar de Morros define-se por elevações com topos arredondados, vertentes com perfis convexos a retilíneos. Essa feição atravessa o município de norte a sul. A drenagem apresenta alta densidade com padrão dendrítico a retangular, vales abertos a fechados e com planícies aluvionares interiores desenvolvidas. O formato das elevações aparentam “meia laranja” (IPT, 1981). 309 310 311 312 Os Morros Paralelos possuem topos arredondados e vertentes com perfis retilíneos a convexos. A drenagem apresenta alta densidade com padrão treliça a localmente subdendrítica, com vales fechados a abertos e planícies aluvionares interiores restritas (IPT, 1981). 313 314 315 O extremo leste do município, as Serras Alongadas caracterizam-se por possuir topos angulosos, vertentes ravinadas com perfis retilíneos, por vezes abruptas. Possui alta densidade de drenagem com padrão paralelo pinulado e vales fechados (IPT, 1981). 316 317 As Planícies Aluviais margeiam o rio Jaguari Mirim e apresentam terrenos baixos e mais ou menos planos, sujeitos a inundações periódicas (IPT, 1981). 318 2.1.4 319 320 A grande diversidade de relevo e geologia do município de Vargem Grande do Sul dá origem a uma variedade de solos. 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 Neste sentido os solos deste município caracterizam-se por forte heterogeneidade litológica, englobando, no Embasamento Cristalino, gnaisses, granitos, xistos, quartzitos e rochas cataclásticas, de Idade Pré-Cambriana fortemente estruturada (xistosidade, fraturas e falhas) e com frequentes contatos tectônicos entre as litologias. A porção da bacia do Paraná é constituída por rochas sedimentares pertencentes ao Subgrupo Itararé Indiviso, de idade carbonífera superior, representadas por arenitos, siltitos, argilitos e diamictitos, em uma interdigitação típica de depósitos glaciais. Intrudidos, neste pacote de sedimentos ou no contato embasamento/bacia, ocorrem extensos sills de diabásio, correlacionados ao Grupo São Bento, de idade mesozoica e com baixa heterogeneidade litológica. Ocorrem ainda, capeando as diversas litologias da região, extensos depósitos areno-argilosos com espessuras variáveis, de idade cenozoica e correlacionáveis à Formação Rio Claro. 333 334 335 Segundo o Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (OLIVEIRA, J.B. et al, 1999), realizado pela Embrapa-Solos/IAC na escala 1:500.000, os solos dominantes na área em questão são os: Argissolos Vermelho-Amarelos e Latossolos Vermelho-Amarelos. Pedologia Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -14336 337 338 339 340 341 342 343 344 Os Latossolos Vermelho-Amarelos são predominantes, encontram-se na porção oeste do município, sobre substrato de rochas intrusivas básicas, com predominância de diabásios. São constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico superficial, exceto horizonte H hístico. Apresentam um avançado estágio de intemperização, são muito evoluídos, e virtualmente destituídos de minerais primários ou secundários, menos resistentes ao intemperismo (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em relevo suave a pouco ondulado, com declividades variando entre 0% e 10% e predominância de 0% a 5%. Ocorre em área com densidade de drenagem baixa (OLIVEIRA, J.B. et al, 1999). 345 346 347 348 349 Os Argissolos Vermelho-Amarelos têm uma presença mais restrita, concentram-se na parte central do município. São constituídos por argila de atividade baixa e horizonte B textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o horizonte hístico (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em relevo suave a suave-ondulado com declividades entre 5% e 10% (OLIVEIRA, J.B et al, 1999). 350 2.1.5 351 352 353 Segundo a classificação de Köppen, o clima de Vargem Grande do Sul se enquadra no tipo Cwa, isto é mesotérmico (subtropical e temperado), com verões quentes e chuvosos, com a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C. 354 355 356 357 Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI), o município é caracterizado por apresentar temperatura média anual de 21,2°C, oscilando entre mínima média de 14,8°C e máxima média de 27,7°C. A precipitação média anual é de 1.452 mm. 358 Pluviosidade 359 360 361 362 Segundo o Departamento de Água e Energia Elétrica - DAEE, o município de Vargem Grande do Sul possui uma estação pluviométrica com prefixo C3-009, conforme consulta no banco de dados por meio do endereço eletrônico (http://www.sigrh.sp.gov.br/). As informações da referida estação encontram-se no Quadro 2.1. 363 364 QUADRO 2.1 – DADOS DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS DO MUNICÍPIO VARGEM GRANDE DO SUL 365 366 367 368 369 Clima Município Prefixo Altitude (m) Latitude Longitude Bacia Vargem Grande do Sul C3-009 750 m 21°50' 46°54' Rio Verde Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Junho de 2013. A análise das precipitações foi elaborada com base nos dados do posto pluviométrico C3009, cuja série histórica compreende os anos de 1936 a 2004. 370 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -15371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 O Gráfico 2.1 possibilita uma análise temporal das características das chuvas, apresentando a distribuição das mesmas ao longo do ano, bem como os períodos de maior e menor ocorrência. Verifica-se uma variação sazonal da precipitação média mensal com duas estações representativas, uma predominantemente seca e outra predominantemente chuvosa. O período mais chuvoso ocorre de outubro a março, quando os índices de precipitação média mensal são superiores a 130 mm, enquanto que o mais seco corresponde aos meses de abril a setembro com destaque para junho, julho e agosto, que apresentam médias menores que 35 mm. Ressalta-se que os meses de dezembro e janeiro apresentam os maiores índices de precipitação, atingindo uma média de 256 mm e 261 mm, respectivamente. 381 382 383 384 385 Gráfico 2.1 - Precipitação Média Mensal no Período de 1936 a 2004, Estação C3-009 Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Junho de 2013 386 2.1.6 Recursos Hídricos 387 388 389 A parte sul do município, onde está concentrada pequena parcela da zona urbana, está inserida na Sub-Bacia do Jaguari Mirim, sendo o sistema de drenagem natural composto, principalmente, pelo córrego da Conserva e córrego da Boa Vista. 390 391 392 A maior parte da zona urbana, localizada na parte norte do município, pertencente à UGRHI 4 – Pardo, tem como principais cursos d’água o rio Verde e os córregos Santana e Barreirinho. 393 A Ilustração 2.2 retrata a malha hídrica do município. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -16- 394 395 Ilustração 2.2 - Macrodrenagem Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -17396 2.1.7 Vegetação 397 398 399 Os remanescentes da vegetação original foram compilados no Sistema de Informações Florestais do Estado de São Paulo – SIFESP, do Instituto Florestal da SMA/SP, reunidos no Inventário Florestal do Estado de São Paulo, em 2009. 400 401 402 403 Em Vargem Grande do Sul, dos 26.700 ha de superfície de cobertura original, restam apenas 1.586 ha preenchidos por Floresta Ombrófila Densa, 26 ha por Formações Arbóreo-Arbustiva-Herbácea em Regiões de Várzea e 3 ha por vegetação não classificada, totalizando 1.615 ha, correspondendo a 6,05% da superfície total municipal. 404 405 Ressalta-se que o município também possui 139 ha de superfície reflorestada, correspondendo a 0,52% da área total municipal. 406 407 408 409 Quando comparados aos 17,5% correspondentes à cobertura vegetal original contabilizada para o Estado de São Paulo, decorrente da somatória de mais de 300 mil fragmentos, pode-se afirmar que a vegetação original remanescente do município de Vargem Grande do Sul é bastante reduzida. 410 2.1.8 411 412 413 414 O uso e ocupação da terra são o reflexo de atividades econômicas, como a industrial e comercial entre outras, que são responsáveis por alterações na qualidade da água, do ar, do solo e de outros recursos naturais, que interferem diretamente na qualidade de vida da população. 415 2.1.8.1 416 417 Na análise do uso do solo uma das principais categorias a ser analisada é a divisão do território em zonas urbanas e zonas rurais. 418 419 Conforme relação dos setores censitários do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, o município de Vargem Grande do Sul divide-se em: 420 Área Urbana, correspondendo a 18,4 km² (6,9% do território); 421 Área Rural, equivalente a 249,0 km² (93,1% restantes). 422 A divisão de áreas do município é mostrada na Figura 2.1. Uso e Ocupação do Solo Uso do solo Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -18- 423 424 Figura 2.1 - Divisão de áreas do município de Vargem Grande do Sul, conforme Censo 2010 do IBGE 425 426 2.1.8.2 Densidades da ocupação 427 428 429 430 431 432 O município de Vargem Grande do Sul tem uma superfície territorial de 267,4 km². Segundo projeções do SEADE para 2013, a população do município totaliza 39.957 habitantes, atingindo densidade média de 149,4 hab./km². Em 2010, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE o município contava com 39.266 habitantes, com 1.992 residindo em zona rural e os restantes 37.274 em zona urbana, resultando em densidade média de 146,8 hab./km². 433 434 As densidades de ocupação do território, por setores censitários, registradas pelo Censo de 2010 acham-se representadas na Figura 2.2. 435 436 437 438 Verifica-se que as maiores densidades, ou seja, as densidades superiores a 3000 hab./km² ou 30 hab./ha se localizam no centro da área urbana do município. Nos demais setores urbanos, a densidade varia entre 200 e 3000 hab./km² ou entre 2 e 30 hab./ha. 439 440 441 Nas regiões correspondentes à área rural do município, seja pelo tamanho dos lotes, como pelo baixo índice de ocupação dos mesmos, temos de maneira geral densidades abaixo de 2 hab./ha. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -19- 442 443 444 445 446 Figura 2.2 - Densidade Populacional do município de Vargem Grande do Sul, conforme Censo 2010 do IBGE Fonte: IBGE 447 2.2 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS 448 2.2.1 Dinâmica Populacional 449 450 Este item visa analisar o comportamento populacional, tendo como base os seguintes indicadores demográficos1: 451 porte e densidade populacional; 452 taxa geométrica de crescimento anual da população; e 453 grau de urbanização do município. 454 455 456 457 Em termos populacionais, Vargem Grande do Sul pode ser considerado um município de médio porte. Com uma população de 39.420 habitantes, representa 8,4% do total populacional da Região de Governo (RG) de São João da Boa Vista, com 471.257 habitantes. Sua extensão territorial de 267,23 km² impõe uma densidade 1 Conforme os dados disponíveis nos sites do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE. Ressalta-se que os valores estimados pela SEADE são da mesma ordem de grandeza dos valores publicados pelo IBGE, a partir do Censo Demográfico realizado em 2010. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -20458 459 demográfica de 148,62 hab./km2, superior à densidade da RG de 76,56 hab./km2 e inferior ao Estado de 168,96 hab./km2. 460 461 462 Na dinâmica da evolução populacional, Vargem Grande do Sul apresenta uma taxa geométrica de crescimento anual de 0,60% ao ano (2000-2010), superior à média da RG de 0,38% a.a. e do Estado, de 0,87% a.a.. 463 464 Com uma taxa de urbanização de 94,93%, o município de Vargem Grande do Sul apresenta índice superior à RG de 88,81% e inferior ao Estado de 95,94%. 465 O Quadro 2.2 apresenta as principais características demográficas. QUADRO 2.2 - PRINCIPAIS ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO, REGIÃO DE GOVERNO E ESTADO - 2010 466 467 Unidade territorial População total (hab.) 2010 População urbana Taxa de urbanização (%) 2010 Área (km ) Densidade 2 (hab./km ) Taxa geométrica de crescimento 2000-2010 (% a.a.) 2 Vargem Grande do Sul 39.420 37.429 94,93 267,23 148,62 0,60 RG de São João da Boa Vista 471.257 418.525 88,81 6.202,33 76,56 0,38 Estado de São Paulo 41.223.683 39.548.206 95,94 248.223,21 168,96 0,87 468 469 470 Fonte: Fundação SEADE. 471 2.2.2 472 473 474 475 476 Visando conhecer os segmentos econômicos mais representativos do município, em termos de sua estrutura produtiva e o peso dessa produção no total do Estado, foi realizada uma breve análise comparativa entre as unidades territoriais, privilegiando a participação dos setores econômicos no que tange ao Valor Adicionado Setorial (VA) na totalidade do Produto Interno Bruto (PIB), sua participação no Estado e o PIB per capita. 477 478 479 480 481 O município de Vargem Grande do Sul foi classificado com perfil de serviços 2, uma vez que o setor de serviços apresenta maior participação no PIB do município, seguido do setor industrial e, por fim, do agropecuário. Na RG e no Estado, a participação dos setores segue a mesma ordem de relevância nos PIBs correspondentes, conforme pode ser observado no Quadro 2.3. 482 483 484 O valor do PIB per capita em Vargem Grande do Sul (2010) é de R$12.446,65 por hab./ano, não superando o valor da RG, que é de R$17.836,95, nem o PIB per capita estadual de R$30.264,06. Características Econômicas 2 A tipologia do PIB dos municípios paulistas considera o peso relativo da atividade econômica dentro do município e no Estado e, por meio de análise fatorial, identifica sete agrupamentos de municípios com comportamento similar. Os agrupamentos são os seguintes: perfil agropecuário com relevância no Estado; perfil industrial; perfil agropecuário; perfil multissetorial; perfil de serviços da administração pública; perfil industrial com relevância no Estado e perfil de serviços. SEADE, 2010. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -21485 486 487 A representatividade de Vargem Grande do Sul no PIB do Estado é de 0,04%, o que demonstra baixa expressividade, considerando que a Região de Governo de São João da Boa Vista participa com 0,67%. 488 489 QUADRO 2.3 - PARTICIPAÇÃO DO VALOR ADICIONADO SETORIAL NO PIB TOTAL* E O PIB PER CAPITA - 2010 Participação do Valor Adicionado (%) PIB (a preço corrente) Unidade territorial Serviços Agropecuária Indústria PIB (milhões de reais) PIB per capita (reais) Participação no Estado (%) Vargem Grande do Sul 76,87 7,38 15,74 488,41 12.446,65 0,04 RG de São João da Boa Vista 63,56 10,32 26,13 8.405,79 17.836,95 0,67 Estado de São Paulo 69,05 1,87 29,08 1.247.595,93 30.264,06 100,00 490 491 492 493 494 Fonte: Fundação SEADE. *Série revisada conforme procedimentos metodológicos adotados pelo IBGE, a partir de 2007. Dados de 2010 sujeitos a revisão. 495 496 Neste item, serão relacionados os valores referentes ao mercado de trabalho e poder de compra da população de Vargem Grande do Sul. 497 498 499 500 501 Segundo estatísticas do Cadastro Central de Empresas de 2011, em Vargem Grande do Sul há um total de 1.745 unidades locais, considerando que 1.689 são empresas atuantes, com um total de 8.905 pessoas ocupadas sendo destas, 6.756 assalariadas, com salários e outras remunerações somando 100.226 mil reais. O salário médio mensal no município é de 2,1 salários mínimos. 502 503 504 505 506 507 508 509 Ao comparar a participação dos vínculos empregatícios dos setores econômicos, no total de vínculos, em Vargem Grande do Sul, observa-se que a maior representatividade fica por conta do serviço com 32,3%, seguido do comércio com 29,4%, da indústria com 28,8%, da agricultura com 8,3% e, por fim, a construção civil com 1,1%. Na RG, a maior representatividade é do setor de serviços, seguido da indústria, comércio, agropecuário e construção. Já em relação ao Estado, o percentual da participação da construção civil é mais representativo que o agropecuário. O Quadro 2.4 apresenta a participação dos vínculos empregatícios dos setores econômicos. 510 QUADRO 2.4 - PARTICIPAÇÃO DOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS POR SETOR (%) - 2011 511 512 513 514 515 516 Emprego e Renda Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção Civil Indústria Serviços Vargem Grande do Sul 8,30 29,40 1,10 28,80 32,30 RG de São João da Boa Vista 17,30 22,80 2,60 25,40 31,90 Estado de São Paulo 2,70 19,30 5,50 20,90 51,60 Fonte: Fundação SEADE. Ao comparar o rendimento médio de cada setor nas unidades territoriais, observa-se que o serviço detém os maiores valores. O setor de construção, por sua vez, apresenta os valores mais baixos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -22517 518 Quanto ao rendimento médio total, Vargem Grande do Sul detém o menor valor dentre as unidades, conforme o Quadro 2.5. 519 520 QUADRO 2.5 - RENDIMENTO MÉDIO NOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS POR SETOR E TOTAIS (EM REAIS CORRENTES) - 2011 Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção Civil Indústria Serviços Rendimento Médio no Total Vargem Grande do Sul 1.064,87 1.111,94 1.038,56 1.308,39 1.421,63 1.265,09 RG de São João da Boa Vista 1.125,86 1.151,29 1.384,83 1.611,38 1.581,34 1.407,25 Estado de São Paulo 1.234,37 1.590,37 1.903,48 2.548,90 2.309,60 2.170,16 521 522 523 524 Fonte: Fundação SEADE. 525 526 527 528 A análise das finanças públicas está fortemente vinculada à base econômica dos municípios, ou seja, o patamar da receita orçamentária e de seus dois componentes básicos: a receita corrente e a receita tributária, bem como o Imposto Sobre Serviço – ISS são funções diretas do porte econômico e populacional dos municípios. 529 530 Para tanto, convencionou-se analisar a participação da receita tributária e o ISS na receita total do município, em comparação ao que ocorre na RG. 531 532 533 534 De início, nota-se que a participação da receita tributária é a fonte de renda mais relevante em Vargem Grande do Sul, assim como na RG. Ao comparar os percentuais de participação, tanto em Vargem Grande do Sul quanto na RG, a receita tributária representa 13% da receita corrente. 535 536 537 Situação semelhante ocorre com a participação do ISS nas receitas correntes nas duas unidades territoriais, sendo que, no município, a contribuição é de 5%, mesmo valor apresentado na RG. 538 539 Os valores das receitas para o Estado não estão disponíveis. O Quadro 2.6 apresenta os valores das receitas no município e na RG. 540 541 QUADRO 2.6 - PARTICIPAÇÕES DA RECEITA TRIBUTÁRIA E DO ISS NA RECEITA CORRENTE (EM REAIS) - 2012 542 543 544 545 Finanças Públicas Municipais Unidade territorial Receitas Correntes (total) Total da Receita Tributária Participação da Receita Tributária na Receita Total Arrecadação de ISS Participação do ISS na Receita Total Vargem Grande do Sul 65.596.570,00 8.758.353,00 13% 2.960.464,00 5% RG de São João da Boa Vista 942.444.068,00 120.379.819,00 13% 43.230.131,00 5% Fonte: Fundação SEADE. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -23546 2.2.3 547 548 549 A seguir, serão relacionadas as estruturas disponíveis à circulação e dinâmica das atividades sociais e produtivas, além da indicação a respeito do atendimento às necessidades básicas da população pelo setor público em Vargem Grande do Sul. 550 Sistema Viário 551 552 553 O sistema viário de Vargem Grande do Sul é composto pelas Rodovias Hélio Moreira Salles/ João Batista de Souza Andrade (SP-215) e Dom Tomás Vaquero/ Lourival Lindório de Faria (SP-344), além da Estrada municipal Itobi – Vargem Grande do Sul. 554 Energia 555 556 Segundo a Fundação SEADE, o município de Vargem Grande do Sul registrou em 2009 um total de 14.716 consumidores de energia elétrica, que fizeram uso de 79.364 MWh. 557 558 559 560 561 562 Em 2010, foi registrado um total de 15.076 consumidores, o que representa um aumento de 2,4% em relação ao ano anteriormente analisado. Esse aumento é abaixo dos 2,7% apresentado na RG, e do Estado, de 2,5%. Isso repercutiu diretamente no acréscimo do consumo de energia que, em 2010, passou para 88.183 MWh, o que significa um aumento de 11,1%, abaixo do registrado na RG de 12,1%, porém acima do aumento do Estado, de 5,9%. 563 Saúde 564 565 566 567 Em Vargem Grande do Sul, segundo dados do IBGE (2009), há 15 estabelecimentos de saúde, sendo 9 públicos municipais, 1 público federal e 5 privados, no qual 2 deles também atendem o SUS. Dentre o total, apenas 1 estabelecimento privado possui o serviço de internação, com 88 leitos disponíveis, todos vinculados ao SUS. 568 569 570 571 Em relação à taxa de mortalidade infantil, destaca-se o fato de Vargem Grande do Sul apresentar queda no índice em 2010 e aumento do índice em 2011. Na RG e no Estado, as taxas de mortalidade registraram uma sequência de queda nos índices durante o período analisado. O Quadro 2.7 apresenta os índices. 572 573 574 575 576 Infraestrutura Urbana e Social QUADRO 2.7 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL* – 2009, 2010 E 2011 Unidade territorial 2009 2010 2011 Vargem Grande do Sul 7,46 5,52 8,03 RG de São João da Boa Vista 12,74 12,41 11,46 Estado de São Paulo 12,48 11,86 11,55 Fonte: Fundação SEADE. *Relação entre os óbitos de menores de um ano residentes numa unidade geográfica, num determinado período de tempo (geralmente um ano) e os nascidos vivos da mesma unidade nesse período. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -24577 Ensino 578 579 580 581 582 Segundo informações do IBGE (2012), há no município 18 estabelecimentos de ensino pré-escolar, sendo 12 públicos municipais e 6 privados. As escolas municipais receberam 877 matrículas, enquanto que as particulares receberam 147. Já em relação aos docentes, as escolas municipais que atendem o nível pré-escolar dispõem de 47 profissionais e as particulares, de 15. 583 584 585 586 587 O ensino fundamental é oferecido em 17 estabelecimentos e desses, 7 são públicos municipais, 5 são públicos estaduais e 5 privados. As escolas públicas municipais foram responsáveis por 2.304 matrículas, as públicas estaduais por 2.171 e as escolas privadas, por 511 matrículas. Em relação ao número de docentes, as escolas públicas municipais possuem 81 profissionais, as públicas estaduais 118 e as privadas, 70. 588 589 590 Das 6 escolas que possuem o curso de ensino médio em Vargem Grande do Sul, 5 são públicas estaduais e 1 é escola privada. As escolas estaduais receberam 1.334 matrículas e possuem 97 professores e as privadas, 180 matrículas com 24 docentes. 591 592 593 594 A taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade permite traçar o perfil municipal em relação à educação. Assim, Vargem Grande do Sul, possui uma taxa de 5,91%, igual ao número de analfabetos da RG e superior à taxa do Estado. Os valores das taxas das três unidades territoriais estão apresentados no Quadro 2.8. 595 QUADRO 2.8 - TAXA DE ANALFABETISMO* – 2011 596 597 598 599 600 601 602 603 604 605 Unidade territorial Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais (%) Vargem Grande do Sul 5,91 RG de São João da Boa Vista 5,91 Estado de São Paulo 4,33 Fonte: Fundação SEADE. *Consideram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. Segundo o índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB3, indicador de qualidade educacional do ensino público que combina rendimento médio (aprovação) e o tempo médio necessário para a conclusão de cada série, em Vargem Grande do Sul o índice obtido foi de 5,7 para os anos iniciais da educação escolar e 4,4 para os anos finais. 606 3 O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, é um indicador de qualidade que combina informações de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (os anos iniciais são representados pelos 1º ao 5º ano e os anos finais, do 6º ao 9º anos) – com informações sobre rendimento escolar (aprovação), pensado para permitir a combinação entre rendimento escolar e o tempo médio necessário para a conclusão de cada série. Como exemplo, um IDEB 2,0 para uma escola A é igual à média 5,0 de rendimento pelo tempo médio de 2 anos de conclusão da série pelos alunos. Já um IDEB 5,0 é alcançado quando o mesmo rendimento obtido é relacionado a 1 ano de tempo médio para a conclusão da mesma série na escola B. Assim, é possível monitorar programas e políticas educacionais e detectar onde deve haver melhoria. Fonte: MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -25607 2.2.4 Qualidade de Vida e Desenvolvimento Social 608 609 610 611 612 613 O perfil geral do grau de desenvolvimento social de um município pode ser avaliado com base nos indicadores relativos à qualidade de vida, representados também pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS. Esse índice sintetiza a situação de cada município, no que diz respeito à riqueza, escolaridade, longevidade e, desde a edição de 2008, foram incluídos dados sobre meio ambiente, conforme apresentado no item seguinte. 614 615 616 617 618 Tratava-se de um instrumento de políticas públicas, desenvolvido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, numa parceria entre o seu Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a Fundação SEADE. Reconhecido pela ONU e outras unidades da federação, permite a avaliação simultânea de algumas condições básicas de vida da população. 619 620 621 622 623 O IPRS, como indicador de desenvolvimento social e econômico foi atribuído aos 645 municípios do Estado de São Paulo, classificando-os em 5 grupos. Nos anos de 2008 e 2010 Vargem Grande do Sul classificou-se no grupo 4, que agrega os municípios com baixos níveis de riqueza e com deficiência em um dos indicadores sociais (longevidade ou escolaridade). 624 625 626 627 Em síntese, no âmbito do IPRS, o município registrou avanço nos indicadores riqueza e longevidade. Em termos de dimensões sociais, os escores de riqueza e escolaridade são inferiores à média do Estado, porém, no quesito longevidade o escore é superior à média estadual. O Quadro 2.9 apresenta o IPRS do município. 628 629 QUADRO 2.9 - ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – IPRS – POSIÇÃO NO ESTADO EM 2008 E 2010 IPRS 2008 2010 Riqueza 340ª 326ª Longevidade 125ª 62ª Escolaridade 464ª 513ª Comportamento das variáveis Vargem Grande do Sul somou pontos em seu escore de riqueza no último período e avançou posições nesse ranking. Entretanto, seu índice situa-se abaixo do nível médio estadual. Acrescentou pontos no escore de longevidade, está acima da média estadual e avançou posições nesse ranking. Vargem Grande do Sul somou ponto em seu escore. Entretanto, está abaixo da média estadual e piorou sua colocação nesse ranking no período. 630 631 632 Fonte: Fundação SEADE. 633 2.3 634 635 636 637 Este item reúne elementos que permitem avaliar preliminarmente as condições do meio ambiente do município no que diz respeito ao cumprimento de normas, legislação e instrumentos que visem o bem estar da população e o equilíbrio entre processos naturais e os socioeconômicos. 638 639 No que diz respeito ao indicador meio ambiente, as características de Vargem Grande do Sul estão apresentados no Quadro 2.10. ASPECTOS AMBIENTAIS Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -26QUADRO 2.10 - INDICADORES AMBIENTAIS 640 Tema Conceitos Existência Unidade de Conservação Ambiental Municipal Organização para questões ambientais 641 642 Não Legislação Ambiental (Lei de Zoneamento Especial de Interesse Ambiental ou Lei Específica para Proteção ou Controle Ambiental) Existência de Unidade Administrativa Direta (Secretaria, diretoria, coordenadoria, departamento, setor, divisão, etc.) Não Não Fonte: Fundação SEADE. 643 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -27644 645 3. POPULAÇÕES, SISTEMAS 646 647 648 Apresentam-se, a seguir, dados resumidos relativos às populações atendidas e as respectivas demandas e contribuições dos serviços de saneamento básico ao longo do período de planejamento (2015 a 2034). 649 3.1 ESTUDO POPULACIONAL 650 3.1.1 Projeções Populacionais e de Domicílios relativos à Área de Projeto 651 652 653 As projeções populacionais e de domicílios adotadas no presente Plano de Saneamento foram baseadas nas projeções da população total do município realizadas pela SEADE para o período de 2010 a 2030, pelo método dos componentes. 654 655 656 A população total do município no ano 2034, horizonte de projeto deste plano, foi estimada adotando-se a mesma taxa de crescimento médio anual resultante das projeções da SEADE para o período de 2025 a 2030. 657 658 A desagregação da população projetada segundo a situação do domicílio foi realizada considerando a taxa de urbanização verificada pelo Censo IBGE em 2010. 659 660 661 Do quociente entre a população projetada e a taxa média de ocupação dos domicílios resultou a estimativa da evolução do número de domicílios no município de Vargem Grande do Sul. Os resultados dos cálculos estão apresentados no Quadro 3.1. 662 663 QUADRO 3.1 - ESTIMATIVA DO NÚMERO DE DOMICÍLIOS URBANOS E RURAIS DO MUNICÍPIO DE VARGEM GRANDE DO SUL (2000/2034) Município Vargem Grande do Sul Total Urbana Total Rural Total Município DEMANDAS População (hab.) Residente Projetada 2000 2010 2020 2034 E CONTRIBUIÇÕES DOS Domicílios Taxa Ocupação Domicílios Particulares Estimados Realizada Estimada 2000 2010 2020 2034 2000 2010 2020 2034 33.661 37.274 39.572 41.812 9.566 11.769 13.087 14.933 3,52 2.586 1.992 1.929 1.742 702 597 594 591 3,68 36.247 39.266 41.501 43.555 10.268 12.366 13.682 15.524 3,53 3,17 3,34 3,18 3,02 3,25 3,03 2,80 2,95 2,80 664 665 666 Os resultados para a evolução da população relativa à área de projeto, ano a ano, encontram-se apresentados no Quadro 3.2. 667 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -28668 669 QUADRO 3.2 - PROJEÇÃO POPULACIONAL ADOTADA PARA O MUNICÍPIO DE VARGEM GRANDE DO SUL (2011/2034) Ano Urbana 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 Município: Vargem Grande do Sul População (hab.) Rural 37.491 37.735 37.981 38.228 38.477 38.693 38.912 39.131 39.350 39.572 39.764 39.957 40.151 40.346 40.542 40.679 40.816 40.954 41.092 41.231 41.370 41.510 41.650 41.812 Total 1.986 1.981 1.976 1.971 1.966 1.959 1.951 1.944 1.937 1.929 1.920 1.910 1.901 1.891 1.881 1.869 1.856 1.843 1.830 1.817 1.804 1.790 1.777 1.742 39.477 39.716 39.957 40.199 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 670 671 672 3.2 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES 673 3.2.1 Sistema de Abastecimento de Água 674 675 676 Os dados relativos às populações e demandas estimadas para o Sistema de Abastecimento de Água de Vargem Grande do Sul encontram-se resumidos no Quadro 3.3. Deve-se ressaltar que as datas de referência relativas ao S.A.A são as seguintes: 677 1) ano 2015 – início de planejamento; 678 2) ano 2016 – data limite para implantação das obras de emergência; 679 3) ano 2018 – data limite para implantação das obras de curto prazo; 680 4) ano 2022 – data limite para implantação das obras de médio prazo; 681 682 5) ano 2034 – data limite para implantação das obras de longo prazo e horizonte de planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -29683 684 685 686 687 688 689 690 691 692 QUADRO 3.3 – POPULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS, DEMANDAS E VOLUMES DE RESERVAÇÃO NECESSÁRIOS – VARGEM GRANDE DO SUL – DISTRITO SEDE – 2015 A 2034 Ano Popul. Urbana (hab.) Atendimento Popul. Urb.Abast. (hab.) 2011 2015 2016 2018 2022 2034 37.491 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 100 100 100 100 100 100 37.491 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 Vazão Distribuída Doméstica+Industrial (L/s) Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora 102,2 102,8 102,6 102,2 101,3 96,8 115,2 116,1 116,0 115,7 115,1 111,3 154,3 156,2 156,3 156,5 156,8 154,9 Vreserv necess. (m³) 3.318 3.345 3.341 3.333 3.316 3.206 Para melhor visualização, apresentam-se, nos gráficos 3.1 a 3.3 a seguir, a evolução das populações urbanas totais e urbanas atendidas (que apresentam valores iguais, já que o atendimento se mantém em 100% para todo o período de planejamento), a evolução das demandas máximas diárias e a evolução dos volumes de reservação necessários ao longo do período de planejamento. EVOLUÇÃO DAS POPULAÇÕES ATENDIDAS (HAB.) X ANOS DE PLANEJAMENTO 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Populações Atendidas 2015 2016 2018 2022 2034 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 693 694 Gráfico 3.1 – Populações Atendidas (hab) x Anos de Planejamento 695 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -30DEMANDAS MÁXIMAS DIÁRIAS (L/S) X CAPACIDADE DE PRODUÇÃO (L/S) X ANOS DE PLANEJAMENTO 250 200 150 100 50 0 2015 2016 2018 2022 2034 Demandas Máximas Diárias 116,1 116 115,7 115,1 111,3 Capac. Produção Planejada 200 200 200 200 200 696 697 Gráfico 3.2 – Demandas Máximas Diárias (L/s) x Capacidade de Produção (L/s) x Anos de Planejamento 698 VOLUMES RESERVAÇÃO NECESSÁRIOS (M³) X VOLUMES RESERVAÇÃO EXISTENTE (M³) X ANOS DE PLANEJAMENTO 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 699 700 701 2015 2016 2018 2022 2034 Vol. Reserv Necessários 3.345 3.341 3.333 3.316 3.206 Vol. Reserv Existente 3.250 3.250 3.250 3.250 3.250 Gráfico 3.3 – Volumes de Reservação Necessários (m³) x Volume de Reservação Existente (m³) x Anos de Planejamento 702 703 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -31704 A análise dos dados permite se chegar às seguintes conclusões principais: 705 706 haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 3.335 hab. entre 2015 e 707 708 709 as demandas máximas diárias e os volumes de reservação necessários deverão 710 711 712 713 714 Com relação ao Programa de Redução de Perdas, que prevê a redução das perdas reais e aparentes para 25% até 2034, deve-se ressaltar a consequente redução dos volumes produzidos, com economia em energia elétrica, produtos químicos, etc. Para se ter uma ideia do valor aproximado da redução dos volumes produzidos, simularam-se duas situações, onde se consideram as demandas médias do sistema: 715 716 717 Situação 1 - adotando-se uma redução de perdas de 35,0% (valor previsto para 2015 718 719 Situação 2 – considerando-se nenhuma redução de perdas, mantendo-se o mesmo 720 721 As vazões médias a serem produzidas, conforme as datas de referência anteriormente indicadas, ficariam assim estimadas (Quadro 3.4): 722 723 724 QUADRO 3.4 – VAZÕES MÉDIAS ESTIMADAS CONSIDERANDO-SE AS SITUAÇÕES INDICADAS - COM REDUÇÃO DE PERDAS E SEM REDUÇÃO DE PERDAS – VARGEM GRANDE DO SUL – 2015 A 2034 2034, correspondendo a um porcentual de 7,97%; diminuir cerca de 4,13% durante o período 2015 a 2034, considerando-se aí a redução proporcionada pela adoção de um Programa de Redução de Perdas; para o sistema global) para 25,0% (valor previsto para 2034), conforme planejado nesse PMSB 2013; valor (previsto em 2011) durante todo o período de planejamento (36,3%). Ano 2011 2015 2016 2018 2022 2034 725 726 727 728 Populações (hab) População Urbana População Urbana Total Atendida 37.491 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 37.491 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 Vazões Médias Produzidas (L/s) Situação1 – Com Situação 2 – Sem Redução Redução de Perdas de Perdas 102,2 102,8 102,6 102,2 101,3 96,8 102,2 104,9 105,5 108,9 110,9 114,0 Para melhor compreensão, a evolução das vazões médias a serem produzidas encontrase reproduzida no gráfico 3.4 a seguir: 729 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -32VAZÕES MÉDIAS A SEREM PRODUZIDAS (L/S) X ANOS DE PLANEJAMENTO 120 100 80 60 40 20 0 730 2011 2015 2016 2018 2022 2034 Sem redução de perdas 102,200 104,900 105,500 108,900 110,900 114,00 Com redução de perdas 102,200 102,800 102,600 102,200 101,300 96,800 731 Gráfico 3.4 – Vazões Médias a serem Produzidas (L/s) x Anos de Planejamento 732 733 734 735 736 Verifica-se que, somente no ano 2034, a economia com a produção de água atinge (114,0 - 96,8) = 17,2 L/s ou 17,2 x 86,4 x 365 = 542.419,2 m³ ou 542,4 milhões de litros d’água/ano, em termos arredondados. 737 3.2.2 738 739 740 Os dados relativos às populações e demandas estimadas para o Sistema de Esgotos Sanitários de Vargem Grande do Sul encontram-se resumidos no Quadro 3.5. Deve-se ressaltar que as datas de referência relativas ao S.E.S são as seguintes: 741 ano 2015 – início de planejamento; 742 ano 2016 – data limite para implantação das obras de emergência; 743 ano 2018 – data limite para implantação das obras de curto prazo; 744 ano 2022 – data limite para implantação das obras de médio prazo; 745 746 ano 2034 – data limite para implantação das obras de longo prazo e horizonte de Sistema de Esgotos Sanitários planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). 747 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -33748 749 QUADRO 3.5 – POPULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS, CONTRIBUIÇÕES DE VAZÃO E CARGA ORGÂNICA – VARGEM GRANDE DO SUL – 2015 A 2034 Ano 2015 2016 2018 2022 2034 750 751 752 753 754 755 756 Popul. Urbana (hab.) Atendimento (%) 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 100 100 100 100 100 Popul. Urb.Esgot. (hab.) Contribuição Total Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Carga diária total (kgDBO/dia) 80,4 80,8 81,7 83,5 87,3 91,1 91,6 92,6 94,6 99,0 123,1 123,8 125,2 127,9 133,8 2.078 2.089 2.113 2.158 2.258 Doméstico+Industrial+Infiltração (L/s) 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 Para melhor visualização, apresentam-se, nos gráficos 3.5 a 3.7 a seguir, a evolução das populações urbanas totais e urbanas atendidas (que apresentam valores iguais, já que o atendimento se mantém em 100% para todo o período de planejamento), a evolução das demandas médias diárias e a evolução das cargas orgânicas ao longo do período de planejamento. EVOLUÇÃO DAS POPULAÇÕES ATENDIDAS (HAB.) X ANOS DE PLANEJAMENTO 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Populações Atendidas 2015 2016 2018 2022 2034 38.477 38.693 39.131 39.957 41.812 757 758 Gráfico 3.5 – Populações Atendidas (hab) x Anos de Planejamento 759 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -34DEMANDAS MÉDIAS DIÁRIAS (L/S) X CAPACIDADE DE TRATAMENTO (L/S) X ANOS DE PLANEJAMENTO 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 ,00 760 761 2015 2016 2018 2022 2034 Demandas Médias Diárias 80,400 80,800 81,700 83,500 87,300 Capac.Tratamento Planejada 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 Gráfico 3.6 – Demandas Médias Diárias (L/s) x Capacidade de Tratamento (L/s) x Anos de Planejamento CARGAS ORGÂNICAS AFLUENTES (KG DBO/DIA) X CAPACIDADE DE TRATAMENTO DE CARGA ORGÂNICA (KG DBO/DIA) X ANOS DE PLANEJAMENTO 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 762 2015 2016 2018 2022 2034 Cargas Orgânicas Afluentes 2.078 2.089 2.113 2.158 2.258 Capacidade de Tratamento 4.022 4.022 4.022 4.022 4.022 763 764 Gráfico 3.7 – Cargas Orgânicas Afluentes (kg DBO/dia) x Capacidade de Tratamento de Carga Orgânica (kg DBO/dia) x Anos de Planejamento 765 766 767 768 Nota: A capacidade de tratamento, em termos de vazão média ou carga orgânica, foi estabelecida com base na capacidade indicada pela prefeitura para a ETE de Vargem Grande do Sul (120,0 L/s), contribuição individual de vazão (136 l/hab.dia) e carga orgânica (54 g DBO5,20/hab.dia). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -35769 770 A análise dos dados permite se chegar às seguintes conclusões principais, considerandose o sistema de esgotos coberto pelo sistema público: 771 772 haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 3.335 hab. entre 2015 e 773 774 as demandas médias diárias e as cargas orgânicas deverão, respectivamente, crescer 775 776 777 as capacidades de tratamento, expressas em termos de vazão média ou cargas 778 3.2.3 Sistema de Resíduos Sólidos 779 3.2.3.1 Critérios e Parâmetros Adotados 780 781 782 O planejamento dos serviços de limpeza pública visa atingir os padrões de qualidade recomendáveis de limpeza das vias e logradouros públicos e assegurar a adequada destinação dos resíduos gerados. 783 784 785 Como critério fundamental para o planejamento, encontra-se a universalização do atendimento às comunidades locais, independentemente das dificuldades impostas atualmente pelas condições em que se encontram. 786 787 788 Além deste critério, também foram adotados e até mesmo desenvolvidos quando inexistiam critérios para medição da qualidade de serviços e para projeções de resíduos sólidos, conforme apresentado adiante. 789 790 791 Boa parte dos critérios para medição de qualidade não podem ser aplicados à situação atual por não existirem informações disponíveis, mas, certamente, poderão ser aplicados em planejamentos futuros, melhorando em muito as avaliações. 792 793 Assim, no momento atual, tais critérios servem de orientadores do passo-a-passo para se atingirem as metas almejadas. 794 795 796 No que se refere às projeções de resíduos sólidos, procuraram-se fontes existentes, mas que não respondiam satisfatoriamente às necessidades do plano, o que estimulou a elaboração de novas curvas baseadas nos dados dos municípios da própria região. 797 798 A seguir, está abordada cada uma destas fases de planejamento, que geraram as informações necessárias para a formulação das proposições. 799 3.2.3.2 800 801 802 A projeção dos resíduos brutos foi feita separadamente para resíduos sólidos domiciliares, inertes e de serviços de saúde, uma vez que cada um destes segmentos apresenta aspectos específicos, que afetam diretamente a geração de resíduos. 2034, correspondendo a um porcentual de 7,9%; cerca de 8,6% e cerca de 8,7% durante o período 2015 a 2034; orgânicas, são superiores às demandas e cargas estimadas durante todo o período de planejamento. Projeção da Geração de Resíduos Brutos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -36803 804 805 806 807 808 Cabe salientar que para os munícipios que ainda não possuem controle quantitativo, as equações de Geração RSD, RCC e RSS foram aplicadas diretamente, enquanto para os municípios que têm dados de geração atual, as projeções no horizonte de planejamento foram feitas pela multiplicação do resultado das curvas de geração por (1+ Fator de Ajuste), de forma a adequar os valores da geração atual aos resultados das equações. Fator de Ajuste = (Geração Real 2012 / Geração RSD, RCC e RSS) – 1 809 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 810 811 A geração dos resíduos sólidos domiciliares está diretamente relacionada à população residente. 812 813 814 Os índices de crescimento da geração dos resíduos sólidos domiciliares foram extraídos através de curva construída com os pontos resultantes dos cruzamentos entre População e Geração Atuais, a seguir relacionada: 815 Geração RSD = (População/476,15)(1/0,6644) 816 817 818 Os dados básicos de população, e geração utilizados para a montagem da curva e a geração através dela projetada, possibilitando o cálculo do fator de ajuste, encontram-se apresentados no Quadro 3.6. 819 QUADRO 3.6 – CURVA GERAÇÃO RSD X POPULAÇÃO Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab) Fator de Ajuste Aguaí Águas da Prata Águas de Lindóia Américo Brasiliense Araras Barrinha Conchal Cravinhos Descalvado Dumont Engenheiro Coelho Espírito Santo do Pinhal Estiva Gerbi Guariba Guatapará Itapira Jaboticabal Leme Lindóia Luiz Antônio Mogi Guaçu Mogi Mirim Monte Alto Motuca 300,0 128,0 480,0 561,0 2.550,0 270,0 600,0 600,0 240,0 450,0 110,0 1.330,3 1.676,0 1.300,0 5,6 158,0 3.690,0 1.775,0 70,0 32.820 7.628 17.493 35.620 121.260 29.243 25.634 32.235 31.339 8.450 16.684 42.054 10.249 36.197 7.057 69.226 72.208 93.576 6.928 11.886 139.476 87.349 47.032 4.359 -0,487 0,845 1,116 -0,152 -0,402 -0,451 0,022 0,054 0,100 2,163 0,004 0,043 -0,016 -0,336 0,901 -0,260 -0,160 -0,541 -0,900 0,246 -0,285 -0,324 0,048 1,431 820 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul Continua... ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -37821 Continuação. QUADRO 3.6 – CURVA GERAÇÃO RSD X POPULAÇÃO 822 Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab) Fator de Ajuste Pirassununga Pitangueiras Pontal Porto Ferreira Pradópolis Rincão Santa Cruz da Conceição Santa Cruz das Palmeiras Santa Lúcia Santa Rita do Passa Quatro Santo Antônio do Jardim São João da Boa Vista Serra Negra Sertãozinho Socorro Taquaral Vargem Grande do Sul 1.200,0 750,0 750,0 885,9 420,0 142,0 300,0 151,0 30,0 1.710,0 570,0 3.042,0 1.120,0 150,0 - 70.824 35.945 42.141 51.963 18.094 10.426 4.069 30.682 8.313 26.462 5.913 84.423 26.609 112.645 37.127 2.728 39.716 -0,355 0,118 -0,120 -0,241 0,760 0,297 -0,053 -0,432 1,026 0,023 -0,413 -0,319 0,337 -0,198 0,420 9,841 0,041 823 824 825 826 827 Aplicando as populações projetadas ano a ano na curva obtida, obtiveram-se as projeções anuais dos resíduos sólidos domiciliares brutos decorrentes, conforme apresentado no Quadro 3.7. 828 QUADRO 3.7 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RSD BRUTO Município: Vargem Grande do Sul Ano População (hab.) Projeção de RSD (t/mês) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 39.957 40.199 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 795,09 802,32 809,64 815,93 822,29 828,70 835,13 841,63 847,20 852,81 858,45 864,13 869,85 873,67 877,52 881,38 885,25 889,15 893,06 896,99 900,93 904,90 829 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -38830 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 831 832 833 A geração dos resíduos da construção civil também pode ser associada diretamente à evolução da população residente, cujo crescimento estimula a construção civil e a verticalização. 834 835 836 Os índices de crescimento da geração destes resíduos foram extraídos através de curvas construídas com os pontos resultantes dos cruzamentos entre População e Geração Atuais. 837 838 839 Por se tratar de resíduos cuja coleta nem sempre está sob controle das municipalidades, há pouca disponibilidade deste tipo de dado, o que obrigou a se extrair a seguinte curva crescimento baseada na UGRHI estudada: 840 Geração RCC = (População/1121,9)(1/0,528) 841 842 843 Os dados básicos de população e geração utilizados para a montagem da curva e a geração através dela projetada, possibilitando o cálculo do fator de ajuste, encontram-se apresentados no Quadro 3.8. 844 QUADRO 3.8 - CURVA GERAÇÃO RCC X POPULAÇÃO Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab) Fator de Ajuste Aguaí Águas da Prata Águas de Lindóia Américo Brasiliense Araras Barrinha Conchal Cravinhos Descalvado Dumont Engenheiro Coelho Espírito Santo do Pinhal Estiva Gerbi Guariba Guatapará Itapira Jaboticabal Leme Lindóia Luiz Antônio Mogi Guaçu Mogi Mirim Monte Alto Motuca Pirassununga 320,0 280,0 1.140,0 7.200,0 700,0 80,0 3.000,0 600,0 72,0 1.300,0 3.000,0 250,0 51,0 - 32.148 7.584 17.266 34.478 118.713 28.496 25.229 31.691 31.056 8.143 15.721 41.907 10.044 35.486 6.966 68.537 71.662 91.756 6.712 11.286 137.245 86.505 46.642 4.290 70.081 -0,444 -1,000 0,580 0,736 0,054 -1,000 -1,000 0,250 -1,000 -1,000 -1,000 -1,000 -1,000 -1,000 1,518 -1,000 0,143 -0,857 1,432 -1,000 -0,855 -0,200 -0,785 3,021 -1,000 845 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul Continua... ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -39846 847 Continuação. QUADRO 3.8 - CURVA GERAÇÃO RCC X POPULAÇÃO Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab) Fator de Ajuste Pitangueiras Pontal Porto Ferreira Pradópolis Rincão Santa Cruz da Conceição Santa Cruz das Palmeiras Santa Lúcia Santa Rita do Passa Quatro Santo Antônio do Jardim São João da Boa Vista Serra Negra Sertãozinho Socorro Taquaral Vargem Grande do Sul 290,0 360,0 45,0 385,0 8.500,0 150,0 112,0 - 35.307 40.244 51.400 17.377 10.414 4.002 29.932 8.248 26.478 5.943 83.639 26.387 110.074 36.686 2.726 39.266 -1,000 -1,000 -1,000 -1,000 3,263 -1,000 -1,000 -1,000 -1,000 14,311 -0,987 -0,027 0,436 -0,797 19,843 -1,000 848 849 850 851 852 Aplicando as populações projetadas ano a ano na curva obtida, obtiveram-se as projeções anuais dos resíduos da construção civil e demolição decorrentes, conforme apresentado no Quadro 3.9. 853 QUADRO 3.9 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RCC Município: Vargem Grande do Sul Ano População (hab.) Projeção de RCC (t/mês) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 39.957 40.199 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 868,38 878,37 888,49 897,21 906,05 914,97 923,94 933,03 940,83 948,69 956,62 964,61 972,68 978,08 983,51 988,98 994,47 999,99 1.005,55 1.011,14 1.016,75 1.022,40 854 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -40855 856 Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) 857 858 859 A geração dos resíduos de serviços de saúde não é proporcional à população residente porque os habitantes de municípios menos equipados recorrem a municípios vizinhos melhor dotados de unidades de saúde. 860 861 862 863 Porém, pode-se notar que com raras exceções os equipamentos de saúde apresentam maiores concentrações quanto maior é a população dos municípios, o que permite que se considere que os efeitos da polarização podem ser compensados pela concentração demográfica. 864 865 866 867 Cabe ressaltar que, as quantidades de RSS geradas nos municípios e abaixo apresentadas, referem-se apenas à parcela que necessitam de tratamento especial antes da disposição final, podendo ser citados os materiais perfurocortantes, os potencialmente infectantes e os químicos. 868 869 Assim, optou-se por montar uma única curva para responder pela relação entre população e geração de RSS, conforme segue: 870 Geração RSS = (População/22434)(1/0,5346) 871 872 873 Os dados básicos de população e geração utilizados para a montagem da curva e a geração através dela projetada, possibilitando o cálculo do fator de ajuste, encontram-se apresentados no Quadro 3.10. 874 QUADRO 3.10 - CURVA GERAÇÃO RSS X POPULAÇÃO Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab) Fator de Ajuste Aguaí Águas da Prata Águas de Lindóia Américo Brasiliense Araras Barrinha Conchal Cravinhos Descalvado Dumont Engenheiro Coelho Espírito Santo do Pinhal Estiva Gerbi Guariba Guatapará Itapira Jaboticabal Leme Lindóia Luiz Antônio Mogi Guaçu 5,00 0,05 0,10 1,67 15,00 0,40 1,10 4,00 1,20 1,20 0,50 0,30 9,42 0,15 1,00 9,10 32.820 7.628 17.493 35.620 121.260 29.243 25.634 32.235 31.339 8.450 16.684 42.054 10.249 36.197 7.057 69.226 72.208 93.576 6.928 11.886 139.476 1,454 -0,624 -0,841 -0,295 -0,361 -0,756 0,016 -0,442 1,140 0,013 0,015 -0,074 0,082 -0,796 1,610 0,019 0,057 0,019 0,351 2,281 -0,702 875 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul Continua... ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -41876 877 Continuação. QUADRO 3.10 - CURVA GERAÇÃO RSS X POPULAÇÃO Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab) Fator de Ajuste Mogi Mirim Monte Alto Motuca Pirassununga Pitangueiras Pontal Porto Ferreira Pradópolis Rincão Santa Cruz da Conceição Santa Cruz das Palmeiras Santa Lúcia Santa Rita do Passa Quatro Santo Antônio do Jardim São João da Boa Vista Serra Negra Sertãozinho Socorro Taquaral Vargem Grande do Sul 10,00 3,50 0,30 8,00 4,00 2,00 0,30 0,42 1,70 0,20 1,20 0,06 10,00 1,50 21,00 2,00 0,03 3,80 87.349 47.032 4.359 70.824 35.945 42.141 51.963 18.094 10.426 4.069 30.682 8.313 26.462 5.913 84.423 26.609 112.645 37.127 2.728 39.716 -0,213 -0,124 5,428 -0,069 0,656 -0,385 0,018 0,015 0,258 9,236 -0,054 0,281 -0,119 -0,273 -0,162 0,090 0,026 -0,221 0,545 0,305 878 879 880 881 882 Aplicando as populações projetadas ano a ano na curva obtida, obtiveram-se as projeções anuais dos resíduos provenientes de serviços de saúde decorrentes, conforme apresentado no Quadro 3.11. 883 QUADRO 3.11 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RSS Ano Município: Vargem Grande do Sul 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 População (hab.) 39.957 40.199 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul Projeção de RSS (t/mês) 3,91 3,95 4,00 4,04 4,08 4,12 4,16 4,20 4,23 4,27 4,30 4,34 4,37 4,40 4,42 4,45 4,47 4,49 4,52 4,54 4,57 4,59 ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -42884 3.2.3.3 Reaproveitamento de Resíduos 885 886 887 O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso obrigatório das municipalidades após a Lei Federal 12.305 de 02/08/10, referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos. 888 889 890 Desta forma, focou-se este aspecto nos resíduos sólidos domiciliares e nos resíduos da construção civil e demolição já que, pelos riscos à saúde pública pela sua patogenicidade, os resíduos de serviços de saúde não são recicláveis. 891 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 892 893 894 A massa de resíduos sólidos domiciliares é formada por diversos componentes, como papéis, plásticos, metais, vidros, trapos, couros, borrachas, madeiras, terra, pedras e outros tipos de detritos, além da matéria orgânica presente nos restos de alimentos. 895 896 897 Estes componentes vêm apresentando participação variável durante os anos, particularmente devido à evolução das embalagens, conforme pode ser observado no Quadro 3.12. 898 QUADRO 3.12 - EVOLUÇÃO DA GRAVIMETRIA DOS RSD NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Tipo de RSD Lixo Seco Lixo Úmido Componentes 1927 (%) 1957 (%) 1969 (%) 1976 (%) 1991 (%) 2010 (%) Papel/Papelão 13,40% 16,70% 29,20% 21,40% 13,87% 10,60% Plástico Duro/Filme - - 1,90% 5,00% 11,47% 13,60% Metal Ferroso Metal Não Ferroso 1,70% 2,23% - 7,80% - 3,90% 0,10% 2,83% 0,69% 1,40% 0,40% Vidros Trapos/Couro/Borracha 0,90% 1,50% 1,40% 2, 70% 2,60% 3,80% 1,70% 2,90% 1,69% 4,39% 1,70% 2,60% Subtotal 17,50% 20,33% 45,30% 35,00% 34,94% 30,30% Matéria Orgânica 82,50% 76,00% 52,20% 62,70% 60,60% 62,90% Madeira - - 2,40% 1,60% 0,75% 1,20% Terra/Pedras Diversos - 0,10% - 0,70% - 0,77% 1,23% 2,10% 2,00% Perdas - 3,57% 0,10% - 1,71% 1,50% Subtotal Total 82,50% 79,67% 54,70% 65,00% 65,06% 69,70% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 899 900 901 902 903 904 905 Dados de 1927 a 1991: DOM São Paulo - 03/12/92 Dados de 2010: PMSP/LIMPURB 906 907 908 Ao longo dos anos, esses materiais usados nas embalagens foram sendo substituídos principalmente por plásticos e, mais recentemente, por metais não ferrosos, sobressaindo o alumínio. Observando-se este quadro, nota-se que, nos idos de 1927, havia uma predominância absoluta de embalagens de papel/papelão, metais ferrosos e vidros e uma ocorrência maior de matéria orgânica, talvez devido às piores condições de refrigeração da época. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -43909 910 911 Provavelmente, até para se adequar à nova legislação, os fabricantes de embalagens devem estar estudando materiais e formatos que possibilitem o máximo reaproveitamento, pois destiná-las está ficando cada vez mais caro. 912 913 Porém, é extremamente difícil preverem-se tais mudanças, até porque estão relacionadas com o comportamento humano voltado para a compra e consumo dos produtos. 914 915 916 Por essa razão, preferiu-se um posicionamento conservador e adotou-se que a atual composição gravimétrica da massa de resíduos sólidos domiciliares deverá persistir sem grandes alterações por todo o horizonte de projeto. 917 918 919 920 Através da análise da composição gravimétrica acima referida, é possível concluir que 30% dos resíduos são do tipo lixo seco, e os outros 70% são do tipo lixo úmido. Diante disto, para o estabelecimento de metas de reaproveitamento é importante analisar duas condições de disponibilidade dos materiais: 921 922 923 Condição Mínima: O lixo bruto chega à central de triagem sem ter sido separado no local de sua geração e, portanto, sem ter sido recolhido separadamente pela coleta seletiva; e 924 925 926 Condição Máxima: O lixo é separado na origem em duas partes: lixo seco e lixo úmido, sendo coletadas em separado respectivamente pela coleta seletiva e pela coleta regular, chegando à central de triagem sem estarem misturadas. 927 928 929 930 931 Com relação à aceitabilidade pelo mercado consumidor, com a instituição da nova legislação, que obriga a retirada dos materiais reaproveitáveis e limita a disposição apenas daqueles para os quais o reaproveitamento não é viável, acredita-se que haverá um maior desenvolvimento no setor de reciclagem, principalmente se houver incentivos governamentais para que isto aconteça. 932 933 934 935 936 937 Diante deste cenário, para efeito de cálculo e projeção das demandas, será considerado que o reaproveitamento dos resíduos será implantado de maneira progressiva e que os demais resíduos terão sua destinação final feita adequadamente, ainda que de maneira emergencial em outra unidade, uma vez que o presente município já não dispõe de unidade adequada para tal. As proposições para esta problemática serão feitas em etapas futuras do presente trabalho. 938 939 940 Para retratar esse cenário, segue descrita a progressão adotada para a implementação do reaproveitamento dos resíduos sólidos domésticos, considerando o Ano 1 sendo o ano de implementação do plano: 941 Ano 1: 5,5% de reaproveitamento; 942 Ano 5: faixa de 5 a 10%, com média anual de 7,5% de reaproveitamento; 943 Ano 10: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento; 944 Ano 15: faixa de 20 a 30%, com média anual de 25% de reaproveitamento; e Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -44945 Ano 20 em diante: 30% de reaproveitamento. 946 947 948 949 Com estas metas sendo implantadas progressivamente ao longo dos anos, atende-se a legislação no quesito reciclagem, dando tempo para o município e o mercado se adaptarem à nova realidade. Cabe ressaltar que, como o plano deve ser revisado a cada quatro anos, as metas podem ser alteradas de acordo com as expectativas do município. 950 951 952 953 954 Para o caso específico do município Vargem Grande do Sul, hoje a prefeitura através de programas específicos junto à população, consegue reciclar cerca 5,5% do total de RSD gerados, portanto é importante que o município mantenha este índice de reaproveitamento nos primeiros anos de implantação do plano. O reaproveitamento em Vargem Grande do Sul é praticado na Condição Máxima. 955 956 957 Extraindo essas parcelas progressivas da massa dos resíduos sólidos domiciliares brutos, obteve-se a evolução dos totais de rejeitos, que continuarão a ser dispostos em aterros sanitários, como manda a nova legislação, apresentada no Quadro 5.18. 958 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 959 960 961 Ao contrário dos resíduos sólidos domiciliares, a massa de resíduos sólidos inertes é formada principalmente por entulhos da construção civil, onde costuma estarem presentes restos de concreto, tijolos, pedras, terra e ferragem. 962 963 964 965 966 Com exceção à ferragem, que deve ser separada na origem para ser reaproveitada como aço, os demais detritos podem ser submetidos ao processo de britagem e, depois de triturados, resultam em material passível de ser utilizado pela própria construção civil como material de enchimento ou em outros tipos de serviços, como operação tapaburacos em estradas de terra, dentre outros. 967 968 969 Portanto, seu melhor reaproveitamento também está associado à estocagem nos locais de geração, não devendo ser juntados a outros tipos de resíduos, particularmente à matéria orgânica. 970 971 972 Assim como para os RSD, para efeito de cálculo e projeção das demandas, consideraremos que o reaproveitamento dos RCC será implantado de maneira progressiva e que os demais resíduos terão sua destinação final feita adequadamente. 973 974 975 Para retratar esse cenário, segue descrita a progressão adotada para a implementação do reaproveitamento dos resíduos da construção civil e demolição, considerando o Ano 1 sendo o ano de implementação do plano: 976 Ano 1: faixa de 0 a 5%, com média anual de 2,5% de reaproveitamento; 977 Ano 5: faixa de 5 a 10%, com média anual de 7,5% de reaproveitamento; 978 Ano 10: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento; 979 Ano 15: faixa de 20 a 30%, com média anual de 25% de reaproveitamento; e Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -45980 Ano 20 em diante: 30% de reaproveitamento. 981 982 983 Com estas metas sendo implantadas progressivamente ao longo dos anos, atende-se a legislação no quesito reciclagem, dando tempo para o município se adaptar para processar os materiais brutos gerados em seu território. 984 985 986 987 Extraindo essas parcelas progressivas da massa dos resíduos da construção civil e de demolição brutos, obteve-se a evolução dos totais de rejeitos, que continuarão a ser dispostos em aterros de inertes, como manda a nova legislação, apresentada no Quadro 5.19. 988 3.2.3.4 989 990 991 Deduzindo-se dos totais de resíduos brutos as quantidades de resíduos reaproveitáveis estimadas em função das metas pré-fixadas, obteve-se a projeção da geração de resíduos não reaproveitáveis. 992 993 Este procedimento não foi aplicado aos resíduos de serviços de saúde que, pela sua patogenicidade, não pode ser reaproveitável. 994 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 995 996 A projeção dos resíduos sólidos domiciliares não reaproveitáveis encontra-se apresentada no Quadro 3.13. 997 QUADRO 3.13 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REJEITOS DE RSD Projeção da Geração de Resíduos Não Reaproveitáveis Município: Vargem Grande do Sul Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RSD (t/mês) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 39.957 40.199 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 751,36 758,19 765,11 771,05 777,07 766,55 772,49 778,51 783,66 788,85 729,68 734,51 739,37 742,62 745,89 661,03 663,94 666,86 669,79 672,74 630,65 633,43 998 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -46999 1000 1001 1002 1003 Observando-se este quadro, pode-se notar que se mantém o índice de reaproveitamento já praticado pelo município até o ano de 2017, neste período o crescimento na geração de rejeitos se dá devido ao crescimento populacional. Nos anos em diante as metas aumentam gradativamente, até que seja atingido o limite previsto de 30% de reaproveitamento dos materiais contidos no lixo a partir de 2033. 1004 1005 1006 1007 Ainda com a implantação das metas de reaproveitamento, faz-se necessário planejar unidades capazes de receber os resíduos não reaproveitáveis (rejeitos), prevendo-se que a geração destes resíduos continuará aumentando uma vez que, este aumento está diretamente relacionado com o crescimento populacional. 1008 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 1009 1010 A projeção dos resíduos sólidos inertes não reaproveitáveis encontra-se apresentada no Quadro 3.14. 1011 QUADRO 3.14 – PROJEÇÃO DE REJEITOS DE RCC Município: Vargem Grande do Sul Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RCC (t/mês) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 39.957 40.199 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 868,38 856,41 866,28 874,78 883,40 846,35 854,64 863,05 870,26 877,54 813,13 819,92 826,78 831,37 835,99 741,73 745,85 749,99 754,16 758,35 711,73 715,68 1012 1013 1014 1015 1016 1017 Da mesma forma que para os resíduos sólidos domiciliares, o decréscimo dos primeiros cinco anos é menor do que dos anos em diante, visto que as metas aumentam gradativamente a cada cinco anos, até que seja atingido o limite previsto de 30% de reaproveitamento dos materiais contidos nos entulhos a partir de 2033. 1018 1019 Quanto ao planejamento das unidades de disposição destes materiais não reaproveitáveis (rejeitos), ainda com a implantação das metas de reaproveitamento, a geração destes Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -471020 1021 1022 resíduos continuará aumentando uma vez que, este aumento está diretamente relacionado com o crescimento populacional, portanto a municipalidade deve prever unidades capazes de atender todo o horizonte do planejamento. 1023 3.2.4 1024 1025 1026 O estudo de demanda da componente drenagem considerou como foco principal as bacias hidrográficas da área urbana e os cursos d´água nela inseridos, pois se trata dos locais onde ocorrem a maioria dos problemas relacionados à drenagem. 1027 1028 O cálculo das vazões máximas para essas bacias foi realizado através do método do Soil Conservation Service (SCS), por meio da simulação computacional com o software CAbc. 1029 A equação utilizada no método é a seguinte: Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais 2 5080 50,8 h CN he 20,320 h 203,2 CN 1030 1031 onde: 1032 he a chuva excedente em mm; 1033 h a chuva acumulada em mm. 1034 1035 Já o parâmetro CN depende do tipo, e das condições de uso e ocupação do solo, como mostram os quadros 3.15 e 3.16. 1036 QUADRO 3.15 - TIPOS DE SOLO CONFORME O SCS Grupo A - Solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a uns 8%, não há rocha nem camadas argilosas e nem mesmo densificadas até a profundidade de 1,5 m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1%. Grupo B - Solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas este limite pode subir a 20% graças à maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente, a 1,2 e 1,5%. Não pode haver pedras nem camadas argilosas até 1,5m, mas é quase sempre presente camada mais densificada que a camada superficial. Grupo C - Solos barrentos com teor total de argila de 20 a 30% mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidades de 1,2m. No caso de terras roxas, estes dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60 cm de profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade. Grupo D - Solos argilosos (30 - 40% de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50 cm de profundidade. Ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermeável ou horizonte de seixos rolados. 1037 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -481038 QUADRO 3.16 - VALORES DE CN PARA DIFERENTES TIPOS DE USO DO SOLO Tipo de uso do solo/Tratamento Condições hidrológicas Uso Residencial Tamanho médio do lote % Impermeável até 500 m² 65 1000 m² 38 1500 m² 30 Estacionamentos pavimentados, telhados Ruas e estradas: pavimentadas, com guias e drenagem com cascalho de terra Áreas comerciais (85% de impermeabilização) Distritos industriais (72% de impermeabilização) Espaços abertos, parques, jardins: boas condições, cobertura de grama > 75% condições médias, cobertura de grama > 50% Terreno preparado para plantio, descoberto Plantio em linha reta Culturas em fileira linha reta condições ruins condições boas curva de nível condições ruins condições boas Cultura de grãos linha reta condições ruins condições boas curva de nível condições ruins condições boas Pasto: s/ curva de nível condições ruins condições médias condições boas curva de nível condições ruins condições médias condições boas Campos condições boas Florestas condições ruins condições boas condições médias 1039 1040 1041 1042 1043 1044 1045 1046 1047 1048 1049 1050 A Grupo Hidrológico B C D 77 61 57 98 85 75 72 98 90 83 81 98 92 87 86 98 98 76 72 89 81 98 85 82 92 88 98 89 87 94 91 98 91 89 95 93 39 49 61 69 74 79 80 84 77 86 91 94 72 67 70 65 81 78 79 75 88 85 84 82 91 89 88 86 65 63 63 61 76 75 74 73 84 83 82 81 88 87 85 84 68 49 39 47 25 6 79 69 61 67 59 35 86 79 74 81 75 70 89 84 80 88 83 79 30 58 71 78 45 36 25 66 60 55 77 73 70 83 79 77 O modelo de simulação hidrológica (CAbc) determina a precipitação excedente a partir da consideração da capacidade de infiltração dos solos não impermeabilizados. Para tal são utilizadas equações que simulam a infiltração no solo a partir da capacidade de absorção da parcela permeável da bacia. Torna-se assim fundamental a estimativa das áreas impermeabilizadas, não somente na condição presente, mas também a projeção do crescimento da impermeabilização no futuro. Esta estimativa visa não apenas a previsão das vazões afluentes aos sistemas de drenagem das áreas urbanas, mas também a proposição e condução de políticas de preservação da permeabilidade ou mesmo de incentivo à recuperação da capacidade de absorção perdida ao longo do processo de urbanização. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -491051 1052 1053 1054 1055 1056 1057 A metodologia desenvolvida para a estimativa da fração impermeável (%Ai) é baseada na relação entre densidade populacional e área impermeável. Campana & Tucci 4 (1994) estudaram esta correlação em termos de densidade populacional (hab./ha), para três metrópoles brasileiras, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, a partir da interpretação de imagens de satélite de média resolução (30 x 30m). Detectou-se então que a impermeabilização apresenta um crescimento menor quando a densidade populacional supera 130 hab./ha, tendendo a saturação em torno de 65%. 1058 1059 1060 1061 1062 1063 Pinto & Martins (2008)5 apresentaram uma compilação de dados de taxa de impermeabilização para municípios brasileiros de médio porte, nos quais a principal característica detectada foi a influência da população flutuante, concluindo que a relação domicílios/ha é mais apropriada do que a relação habitantes/ha pois permite captar tanto o efeito da verticalização demonstrado por Campana e Tucci como também efeito dos domicílios ocasionais, que não se refletem na população, como mostra a Figura 3.1. Impermeabilização (%) 80 60 40 20 0 0 10 20 30 40 50 60 Domicílios/ha 1064 1065 1066 Figura 3.1 - Taxa de Impermeabilização de Campana e Tucci segundo a relação domicílios/ha - Pinto & Martins (2008) (adaptado) 1067 1068 O Quadro 3.17 apresenta os valores considerados para efeito de determinação da taxa de impermeabilização atual para o município de Vargem Grande do Sul. 1069 QUADRO 3.17 - DETERMINAÇÃO DA TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ATUAL Domicílios Ano 2013 Total Urbano Área Urbana Atual (ha) 12.761 12.165 906 Densidade Urbana (domicílios/ha) Taxa de Impermeabilização Atual (%) 13,43 25,10 1070 4 Campanha, N.A. & Tucci, C.E.M. – Estimativa de Áreas Impermeáveis em Zonas Urbanas. ABRH, 1992. Pinto, L.L.C.A & Martins, J.R.S. VARIABILIDADE DA TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO URBANO. Congresso Lationamericano de Hidráulica, 2008. 5 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -501071 1072 1073 1074 1075 1076 1077 A projeção da população da área de projeto foi estipulada considerando que nela estará concentrada toda a população urbana projetada, ou seja, não há um crescimento da área urbana e sim um adensamento. Portanto para a projeção da área impermeável foi considerado que seu crescimento é proporcional à variação da quantidade de domicílios urbanos. Desta forma, tem-se que a taxa de área impermeabilizada futura pode ser estimada relacionando essa variação mais um termo correspondente à variação da relação do número de habitantes por domicílio. A equação utilizada é: ( ) 1078 1079 O Quadro 3.18 apresenta os valores considerados para efeito de determinação da taxa de impermeabilização futura. 1080 QUADRO 3.18 - DETERMINAÇÃO DA TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO FUTURA População Domicílios Total Urbana Total Urbanos Taxa de ocupação urbana (hab./domicílio) 2013 39.957 37.981 12.761 12.165 3,12 2034 43.555 41.812 15.524 14.933 2,80 Ano Taxa de impermeabilização futura (%) 30,49 1081 1082 1083 1084 Cabe destacar que período de retorno adotado foi de TR = 100 anos, valor usualmente utilizado e recomendado pelo DAEE em projetos ligados a obras de macrodrenagem. 1085 1086 1087 1088 1089 1090 1091 1092 1093 O modelo CAbc-Simulador de Bacias Complexas foi desenvolvido nos anos 1990 na EPUSP (Porto & Zahed) e aperfeiçoado pela FCTH em 2003, para permitir a simulação de bacias hidrológicas discretizadas em sub bacias através de redes de fluxo. O modelo CAbc aplica-se a problemas de Drenagem Urbana e Rural, em especial aos que podem ser classificados como macro drenagem. Sua aplicação apresenta vantagens em relação aos casos em que o Método Racional apresenta restrições, ou seja, bacias com áreas de drenagem superiores a 100 ha. O modelo aplica-se também a grandes bacias urbanas (superiores a 50 km²), uma vez que a diversidade de distribuição de chuva e ocupação do solo podem ser levadas em conta através da segmentação em sub-bacias. 1094 1095 1096 1097 O modelo trabalha sobre uma base digital de terreno, que é construída a partir da base cadastral topográfica em escala conveniente, importada dos aplicativos de CAD/GIS. O modelo permite a utilização de fotografias aéreas georreferenciadas de forma aproximada para a delimitação das sub-bacias e traçado da rede de fluxo, como mostra a Figura 3.2. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -51- 1098 1099 Figura 3.2 - Exemplo de dados básicos utilizados no Modelo CAbc 1100 1101 1102 1103 A discretização das sub-bacias é feita diretamente sobre a base topográfica, que permite o cálculo dos principais parâmetros hidrológicos, como a área de contribuição, o tempo de concentração e o comprimento para translação dos hidrogramas ao longo do elemento da rede de fluxo, mostrados nas figuras 3.3 e 3.4. 1104 1105 1106 Figura 3.3 - Exemplo de discretização em sub-bacias e traçado da rede de fluxo – Exemplo do Município de QUADRA/SP Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -52- 1107 1108 Figura 3.4 - Exemplo de dados básicos da sub bacia de contribuição 1109 1110 1111 1112 O tempo de concentração (Tc) pode ser calculado por diversas equações, para o presente estudo adotou-se a equação de Dooge apresentada a seguir: 1113 Tc 21,88 A0, 41 S 0,17 1114 onde: 1115 Tc – tempo de concentração em horas; 1116 A – área da bacia hidrográfica em km²; 1117 1118 1119 1120 1121 1122 1123 1124 1125 S – declividade do talvegue da bacia em m/m. A precipitação sobre a sub bacia é determinada a partir de um banco de dados com as equações IDF (intensidade, duração e frequência) de diferentes localidades. Essas equações foram elaboradas por Mero e Magni (1982), através de convênio Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e a Universidade de São Paulo (USP). Recentemente foi feita uma atualização e ampliação do número de equações de chuvas intensas disponíveis no Estado de São Paulo, obtidas a partir de um maior número de postos pluviográficos. 1126 1127 Para o presente estudo, utilizou-se a equação IDF do município de São José do Rio Pardo devido a sua proximidade ao local. 1128 1129 1130 Durante o cálculo das vazões, o modelo permite a determinação do pluviograma excedente a sua transformação em hidrogramas, compondo os diversos elementos até a obtenção de um hidrograma final representados na Figura 3.5. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -53- 1131 1132 1133 Figura 3.5 - Exemplo de separação do escoamento superficial, geração e composição dos hidrogramas 1134 1135 3.2.4.1 Resultados da Simulação Hidrológica 1136 1137 1138 1139 1140 1141 1142 A partir da base de dados específica do município, são delimitadas as sub-bacias que influenciam sobre a área urbana e/ou em locais de interesse. Foram realizadas as simulações hidrológicas cujos resultados revelaram as vazões máximas iniciais e finais para cada trecho da sub-bacia delimitada, assim como para cada nó (ou ponto de criticidade). Cabe destacar que a duração do evento pluviométrico foi determinada por meio de simulações iterativas suficientes para que resultassem na maior vazão de pico do hidrograma, sendo que o presente caso foi uma duração de 3 horas. 1143 1144 Segundo o GEL, os pontos críticos referentes ao sistema de macrodrenagem e suas vazões máximas, resultante do modelo hidrológico, são os seguintes: 1145 Travessia na via Antônio Bolonha com avenida Antônio Dias Duque .. Qmáx. = 83,53 m³/; 1146 Ponte na via Antônio Bolonha com avenida Antônio Dias Duque ...... Qmáx. = 83,53 m³/s; 1147 Travessia rua do Rosário com avenida Hermeti Piochi de Oliveira .....Qmáx. = 73,28 m³/s; 1148 Ponte na rua Francisco Zanquetta com Rua Petrópolis .....................Qmáx. = 20,94 m³/s; 1149 Travessia na rua Jaboticabal .............................................................Qmáx. = 10,62 m³/s; 1150 1151 Travessia na rua Alexandre Mizulini com Av. Hermeti Piochi 1152 Travessia na Rua Imaculada Conceição ............................................Qmáx. = 46,06 m³/s; 1153 Ponte na rua Patrocínio Rodrigues ..................................................Qmáx. = 238,05 m³/s; 1154 Ponte na rua Santana ......................................................................Qmáx. = 239,17 m³/s. de Oliveira ..........................................................................................Qmáx. = 46,06 m³/s; 1155 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -541156 4. DIAGNÓSTICO SETORIAL DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 1157 1158 4.1 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO COLETA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 1159 4.1.1 Descrição dos Serviços de Abastecimento de Água 1160 4.1.1.1 Características Gerais 1161 1162 1163 As características gerais do sistema de Vargem Grande do Sul, conforme dados coletados ou constantes do diagnóstico do sistema de abastecimento de água, encontram-se apresentados a seguir: 1164 Índice de Atendimento Urbano de Água- IN023 (%) ............................ 100 (SNIS 2010); 1165 Índice de Hidrometração - IN009 (%) ................................................. 97,8 (SNIS 2010); 1166 Extensão de Rede de Água - AG005 (km) ........................................ 255,0 (SNIS 2010); 1167 Volume Anual Produzido - AG006 (m³) .......................................2.984.000 (SNIS 2010); 1168 Volume Anual Micromedido - AG008 (m³).................................. 1.837.200 (SNIS 2010); 1169 Volume Anual Faturado - AG011 (m³) .........................................2.417.300 (SNIS 2010); 1170 Índice de perdas na distribuição - IN049 (%) ..................................... 36,3 (SNIS 2010); 1171 Índice de perdas por ligação - IN051 (L/dia/lig.) ............................... 232,2 (SNIS 2010); 1172 Quantidade de ligações ativas de água - AG002 (lig) ..................... 12.855 (SNIS 2010). 1173 1174 1175 O Sistema de Abastecimento de Água de Vargem Grande do Sul, operado pelo SAAE, é abastecido por manancial de superfície, sua captação é realizada em barragem no Rio Verde, conta com uma estação elevatória de água bruta e uma ETA. 1176 1177 1178 1179 Não foram fornecidos pelo GEL dados de monitoramento de qualidade de água, e também não consta no Relatório de Qualidade das Águas Superficiais (CETESB, 2012) nenhum posto de monitoramento da rede básica associado ao manancial utilizado para abastecimento do município. 1180 1181 A Ilustração 6.1, inserida no capítulo 6 adiante, apresenta as principais unidades identificadas do sistema de abastecimento de água existente. 1182 4.1.1.2 1183 1184 1185 O Sistema de Abastecimento de Água de Vargem Grande do Sul é atendido por manancial de superfície, protegido - sem lançamentos à montante, denominado Rio Verde. DE ÁGUA POTÁVEL E Captação Superficial Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -551186 1187 1188 1189 A captação é efetuada em uma represa, formada pela barragem localizada no Rio Verde, ao lado da ETA, conforme apresenta a Foto 4.1. O canal de tomada d’água é apresentado na Foto 4.2. Atualmente a vazão captada é da ordem de 200 L/s, responsável por todo abastecimento do município de Vargem Grande do Sul. Foto 4.1 – Vista Geral da Represa do Rio Verde Foto 4.2 – Tomada de Água na Captação 1190 4.1.1.3 Elevação e Adução de Água Bruta 1191 Represa →ETA - Adução de Água Bruta por Recalque 1192 1193 1194 A EEAB do Rio Verde recalca, a partir da Represa, até a ETA, através da AAB, é dotada de três conjuntos motobomba (2+1), sobre base fixa e do tipo KSB submersíveis. Opera com uma vazão média de 200 L/s, altura manométrica de 60 mca e potência de 20CV. 1195 1196 A AAB do Rio Verde é constituída de ferro dúctil, possui diâmetro de 400 mm e extensão de 50 m. 1197 4.1.1.4 1198 1199 A ETA localiza-se na Avenida Dom Tomas Vaqueiro, tem capacidade nominal de 200 L/s e opera com a mesma vazão, 24h/dia. Encontra-se em bom estado de conservação. 1200 1201 1202 1203 1204 1205 1206 O processo de tratamento é o convencional, composto por calha parshall, uma unidade de mistura rápida e quatro módulos de 50 L/s cada, com floculador, decantador do tipo horizontal e filtros, conforme apresentam as Fotos 4.3 e 4.4. A mistura rápida é realizada no canal da entrada de água bruta onde são introduzidas as soluções, de sulfato de alumínio para a coagulação, de carbonato de sódio para a pré-correção de pH e de hipoclorito de sódio para a pré-cloração.Após o tratamento, a água é armazenada no reservatório apoiado RA01 de 1000 m³, para recalque para o centro de reservação. Tratamento e Disposição Final do Lodo Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -561207 1208 1209 Para a limpeza dos filtros e decantadores, os registros na adutora de entrada do reservatório RA01 são fechados manualmente. O lodo é lançado na própria represa de captação. Foto 4.3 – Chegada da Água Bruta Foto 4.4 – Vista de um módulo da ETA 1210 4.1.1.5 1211 1212 1213 Na área da ETA existe um reservatório de água tratada o RA01, que é o ponto de partida do recalque para o centro de reservação, além de ser utilizado para lavagem dos filtros e decantadores. 1214 Tipo/Forma de Reservatório/Material/Volume/Número de Câmaras 1215 Reservação Reservatório RA01 - Apoiado, retangular, em concreto, 1000 m³, câmara única. 1216 No Centro de Reservação existem três reservatórios, com as seguintes características: 1217 Tipo/Forma de Reservatório/Material/Volume/Número de Câmaras 1218 1219 Reservatório REL01 - Elevado, circular, em concreto, 150 m³, três câmaras, apresentado na Foto 4.5; 1220 Reservatório REN01 - Enterrado, circular, em concreto, 500 m³, câmara única; 1221 1222 Reservatório RSE01 – Semienterrado, circular, em concreto, 1000 m³, câmara única. 1223 Além destes, o sistema conta com outros quatro reservatórios na distribuição. 1224 Tipo/Forma de Reservatório/Material/Volume/Número de Câmaras 1225 1226 Reservatório Jd. Paulista - Apoiado, circular, em concreto, 400 m³, duas câmaras, apresentado na Foto 4.6; 1227 Reservatório Santa Marta – Elevado, circular, em concreto, 50 m³, câmara única; 1228 Reservatório Vila Polar – Elevado, 50 m³; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -571229 Reservatório Jardim Itália – 100 m³. Foto 4.6 – Reservatórios Jd. Paulista Foto 4.5 - Reservatório Elevado – Centro de Reservação 1230 1231 4.1.1.6 Elevação e Adução de Água Tratada 1232 ETA → Centro de Reservação - Adução de Água Tratada por Recalque 1233 1234 1235 1236 1237 A EEAT da ETA, recalca a partir do reservatório RA01 (1000 m³) até o centro de reservação, através da AAT1, é dotada de três conjuntos motobomba (2+1), conforme mostra a Foto 4.7, opera com vazão de 100 L/s, altura manométrica de 67mca e potência 125cv. As bombas foram instaladas em 2007 e encontram-se em bom estado de conservação. 1238 1239 A AAT, apresentada na Foto 4.8, é constituída de ferro dúctil, possui diâmetro de 400 mm e extensão de 150 m. 1240 ETA → RA01 - Adução de Água Tratada por Gravidade 1241 1242 A outra adutora denominada AAT2, sai da ETA e conduz a água por gravidade ao RA01. Constitui-se de ferro dúctil, possui diâmetro de 500 mm e extensão de 30 m. 1243 1244 Ambas adutoras foram instaladas no ano de 2008 e encontram-se em bom estado de conservação. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -58- Foto 4.7 - Recalque Água Tratada Foto 4.8 – Adutoras de Água Bruta e Tratada 1245 1246 4.1.1.7 Rede de Distribuição 1247 1248 1249 A extensão total da malha de rede de distribuição do município de Vargem Grande do Sul é de, aproximadamente, 255 km com predominância de tubos PVC e diâmetros de 100 e 150 mm. O quadro 4.1 apresenta o índice de perdas atual do sistema distribuidor. 1250 QUADRO 4.1 - ÍNDICE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (SNIS 2010) Período Volume Produzido x 1000 (m³) Volume Micromedido x 1000 (m³) Índice de Perdas (%) Total Anual 2.984 1.837,2 36,3 1251 1252 4.1.1.8 Pontos de Controle Sanitário 1253 1254 1255 1256 Existem alguns pontos de controle sanitário no sistema de abastecimento de água do município. As análises nesses pontos são realizadas mensalmente para os seguintes parâmetros: cloro, turbidez, cor pH, flúor, coliformes fecais e contagem de bactérias heterotróficas. 1257 1258 1259 1260 Uma vez por mês é efetuada uma análise completa da água de consumo. Além dos parâmetros supracitados, são acrescentados a alcalinidade, gás carbônico livre, dureza, alumínio, ferro total, manganês, cloretos totais, índice de saturação, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, sulfato e nitrato. 1261 1262 Deve-se salientar que a qualidade da água tratada distribuída à população deve atender à seguinte legislação específica: 1263 Portaria Federal 518 de 25/março/2004 do Ministério da Saúde; 1264 Decreto Federal 5440 de 04/maio/2005; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -591265 Resolução SS65 de 12/abril/2005, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. 1266 4.1.2 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água 1267 4.1.2.1 Mananciais de Suprimento 1268 1269 1270 1271 O sistema de abastecimento de água de Vargem Grande do Sul é atendido exclusivamente por manancial superficial, o Rio Verde. A captação é efetuada no reservatório de 500.000 m³ formado por uma represa existente, denominada Eduíno Sbardelli. 1272 1273 O curso d’água citado pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, inserida na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHI-4. 1274 1275 Será avaliada, a seguir, a disponibilidade hídrica desse manancial através do método de regionalização de vazões do DAEE, para o ponto de captação. 1276 1277 1278 A metodologia aplicada leva em conta a vazão de referência para outorga, vazão total consumida na área de drenagem da captação (usos outorgados - DAEE), bem como vazão ecológica obrigatória a ser mantida para jusante do ponto de captação. 1279 Os dados de entrada são os seguintes: 1280 Regionalização Hidrológica do Estado de São Paulo 1281 Posicionar o ponto de saída da bacia hidrográfica por: Coordenadas Geográficas Coordenadas UTM 1282 1283 Dados de entrada: Área da bacia hidrográfica (km 2 ): Longitude do Meridiano Central: 1284 Longitude: 1286 45 o Coordenadas Geográficas: Latitude: 1285 167,595 021 46 o o 49 53 ' 23,1568 " ' 0,23986 " Calcular Acionado o programa no “site” do DAEE, são obtidos os seguintes resultados: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -601287 Resultados 1388,4 Precipitação anual média (mm): O Região hidrológica: Y Região hidrológica (parâmetro C): 1288 Latitude: 21° 49' 23'' Longitude: 46° 53' 00'' Norte (m): 7585555,227 Este (m): 305327,428 Recalcular 1289 1290 Resultado 1: Vazão média de longo termo Vazão média plurianual (m³ /s): 2,073 1291 1292 Resultado 2: Curva de Permanência 1293 Vazão para "P (%)" de permanência (m³ /s): P (%) 5 10 15 20 25 30 40 50 60 70 75 80 85 90 95 100 Q (m³ /s) 4,991 4,166 3,627 3,188 2,790 2,444 1,938 1,606 1,337 1,134 1,047 0,958 0,866 0,775 0,655 0,352 1294 1295 Resultado 3: Volume de regularização 1296 1297 Volume necessário para se regularizar "Qf" com risco "R (%)" de probabilidade de não atendimento em um ano qualquer (10 6 m³ ): Vazão firme "Qf" (m³ /s): T (anos) 10 0,6 15 20 25 50 100 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -61R (%) = 100 / T 10,00 6,67 5,00 4,00 2,00 1,00 Volume (10 6 m³ ) 0,109 0,184 0,242 0,287 0,416 0,534 Dur. crítica (meses) 0,966 1,283 1,493 1,643 2,030 2,343 1299 1300 Resultado 4: Q7,T 1301 1302 Vazão mínima anual de 7 dias consecutivos com "T" anos de período de retorno: Q 7,T (m³ /s): T (anos) 10 15 20 25 50 100 Q (m³ /s) 0,447 0,427 0,414 0,406 0,386 0,371 1303 1304 1305 1306 A vazão de referência para outorga está apresentada no Quadro 4.2. QUADRO 4.2 - VAZÃO DE REFERÊNCIA PARA OUTORGA 1307 1308 1309 1310 1311 1312 Área de Drenagem (km²) Q7,10 (L/s) Rio Verde 167 447 Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 A expressão (1) mostra o equacionamento para a avaliação da disponibilidade hídrica na seção de captação por meio do cálculo do saldo disponível para outorga. ( 1313 1314 Descrição ) (1) Onde: = saldo disponível para outorga, em L/s; 1315 1316 1317 1318 = Q7,10 = vazão de referência para orientar a outorga de direito de uso de recursos hídricos, em L/s; 1319 1320 = vazão total consumida na área de drenagem em que a captação superficial está inserida, em L/s. 1321 1322 1323 = 0,50 (segundo Lei Estadual nº 9.034 de 27 de Dezembro de 1994) O Quadro 4.3 apresenta as vazões de usos outorgados na área de drenagem. Essas informações compõem os dados de entrada para o cálculo do saldo de vazão disponível no local de captação. 1324 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -621325 1326 1327 1328 1329 1330 1331 QUADRO 4.3 - VAZÕES DE USOS OUTORGADOS NA ÁREA DE DRENAGEM Análise na Bacia de Captação Setor de Uso Manancial Usos Outorgados na Área de Drenagem da Captação (L/s) Consumo na Área de Drenagem (Qc) Urbano + Rural, Industrial, Irrigação e Animal Rio Verde 61,11 Fonte: Atlas Abastecimento Urbano de Água, (2009) Com base no Quadro 4.3 e a partir da expressão (1), obteve-se o saldo disponível para outorga, nas situações atual e futura, conforme apresentado no Quadro 4.4. QUADRO 4.4 - SALDOS DISPONÍVEIS PARA OUTORGA NO PONTO DE CAPTAÇÃO Manancial Qref (L/s) k1.Qref (L/s) Qc (L/s) S (L/s) Rio Verde 447,00 223,5 61,11 162,39 1332 1333 1334 1335 1336 1337 Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 1338 1339 1340 1341 Tendo em vista que a demanda máxima diária para a sede de Vargem Grande do Sul, apresentada no Quadro 3.2, atinge os valores de 116,10 L/s para o ano de 2015 e reduz a 111,3 L/s no fim de plano em 2034, podemos concluir que o manancial atende às demandas atuais e futuras. 1342 1343 Convém salientar que a Barragem Eduíno Sbardelli possui um volume de água acumulada de cerca de 500.000 m³, conforme informações do SAAE. 1344 1345 Para esse volume, o resultado 4 anterior indica uma vazão regularizada de 600 L/s, revelando uma folga maior em relação à demanda máxima diária calculada. 1346 1347 1348 1349 De acordo com o decreto nº 10.755, de 22 de novembro de 1977, que dispõe sobre o enquadramento dos corpos d’água receptores da classificação prevista no decreto 8468/76, o Rio Verde, bem como todos os cursos d’água locais, estão enquadrados na classe 2. 1350 1351 1352 1353 1354 A Lei Estadual nº 997 de 31 de maio de 1976 dispõe sobre a prevenção e o controle de poluição do meio ambiente, cuja regulamentação foi efetuada através do Decreto Estadual 8468 de 8 de setembro de 1976. As águas de classe 2 são destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional, à irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas e à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho). 1355 1356 1357 1358 Não foram disponibilizadas análises da água bruta no local da captação, mas pode-se assegurar pelas informações prestadas no dia da visita que há uma grande preocupação em proteger a área de drenagem a montante da represa no Rio Verde - foi elaborada uma lei de proteção do manancial. Analisando o ponto de captação no Rio Verde (Barragem Eduíno Sbardelli), pode-se notar que o consumo total (Qc) na área de drenagem é inferior à disponibilidade hídrica, restando um saldo de 162 L/s no local da captação. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -631359 1360 1361 A represa encontra-se localizada na zona norte da cidade, com certo afastamento da malha urbana. Pequena parcela da área dessa malha drena para a barragem, sendo que a rede coletora de esgotos encaminha-os para jusante da captação. 1362 4.1.2.2 1363 1364 A capacidade atual do Sistema Produtor do Distrito-Sede de Vargem Grande do Sul é 200 L/s, que é, também, a capacidade nominal da estação de tratamento de água. 1365 1366 1367 Atualmente, com a informação passada pelo SAAE de que o volume micromedido anual de 2012 foi de 1.899.760 m³, proporcionalmente, o volume consumido, segundo o critério estabelecido no SNIS, foi de 1.963.240 m³. 1368 Admitindo-se uma perda semelhante, obter-se-ia um volume produzido de 3.082.009 m³. 1369 1370 1371 Esse volume produzido geraria uma vazão média diária de 97,7 L/s. Ocorre que, segundo os dados dos conjuntos elevatórios da captação, a vazão de recalque é de 200 L/s, 20 horas por dia, ou seja, quase o dobro da vazão média informada no SNIS. 1372 1373 1374 Em decorrência desse fato, ou a operação das unidades de captação e de tratamento se dá por 12 horas por dia ou o índice de perdas está subestimado. O valor deveria ser próximo de 63% de perdas no sistema. 1375 Esse fato deverá ser verificado e então corrigido. 1376 1377 As demandas máximas diárias previstas nesse Plano Municipal de Saneamento Básico 2013 foram as seguintes, conforme apresentado no capítulo 5 anterior (Quadro 5.8). 1378 2015 – 116,1 L/s; 1379 2020 – 115,5 L/s; 1380 2025 – 114,6 L/s; 1381 2030 – 113,0 L/s; 1382 2034 – 111,3 L/s. 1383 1384 1385 1386 1387 1388 Verifica-se, então, que não há necessidade de ampliações nesse sistema produtor, pois além de serem unidades relativamente novas (2008), as capacidades nominais das unidades de captação e ETA são de 200 L/s. Deve-se ressaltar que as demandas devem decrescer ao longo do horizonte de planejamento, desde que se proceda à implantação de um Programa de Redução de Perdas, que pode ser o estudo em curso, como visto anteriormente. Sistema Produtor 1389 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -641390 1391 1392 1393 Deve-se ressaltar que na ETA não existe um sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros, nem de tratamento dos despejos de lodo dos floculadores e decantadores, sendo esses resíduos descartados na própria Barragem Eduíno Sbardelli, no Rio Verde, em um ponto a montante da captação. 1394 1395 1396 1397 Portanto, o sistema produtor, incluindo as adutoras de água bruta de 400 mm de diâmetro e de água tratada da ETA até o reservatório localizado na mesma área, estará capacitado ao atendimento às demandas até o horizonte de planejamento, com pequenas obras de melhorias para aprimorar o funcionamento das unidades. 1398 1399 Como obras de melhoria, podem ser citadas a automatização da medição na entrada da ETA e o processo de lavagem dos filtros, cuja retrolavagem precisa ser adequada. 1400 1401 Além disso, o aproveitamento das águas de lavagem dos filtros e o tratamento dos lodos dos decantadores e dos filtros deverão ser prioridades nas melhorias. 1402 1403 1404 1405 1406 1407 1408 1409 Essa capacidade de produção está acima das demandas teóricas estabelecidas durante todo o período de planejamento (2015 a 2034). Os valores máximos, em termos de demanda máxima diária, estão em torno de 116,1 L/s (ano 2015, conforme valores indicados no Quadro 3.2 anterior). Evidentemente, as demandas, apontadas no quadro supracitado, estão referidas a um período de 24 horas de produção e foram estimadas levando-se em conta a implantação de um Programa de Redução de Perdas, que possa implicar a diminuição do valor atual de 36,3% até 25%, como valor idealizado para o ano de 2034. 1410 1411 1412 Para que se possa ter uma ideia da economia que poderá ser proporcionada pela redução de perdas, apresenta-se, no Quadro 4.5, a comparação das demandas médias diárias ao longo do período de planejamento com abordagem de dois cenários: 1413 1414 CENÁRIO 1 – com implantação de um Programa de Redução de Perdas que possa 1415 1416 CENÁRIO 2 – sem redução de perdas, mantendo-se o valor em 36,3% durante todo o proporcionar a redução dessas perdas de 36,3% (em 2015) para 25% (em 2034); período de planejamento. 1417 1418 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -651419 1420 1421 1422 1423 1424 1425 1426 1427 1428 QUADRO 4.5 - COMPARAÇÃO DE DEMANDAS-PERÍODOS QUINQUENAIS-2015 A 2034 Ano Índices de Perdas (%) CENÁRIO 1 Demandas Médias Diárias (L/s) CENÁRIO 1 Índices de Perdas (%) CENÁRIO 2 Demandas Médias Diárias (L/s) CENÁRIO 2 2015 2020 2025 2030 2034 35,0 32,5 30,0 27,5 25,0 102,8 101,8 100,6 98,7 96,8 36,3 36,3 36,3 36,3 36,3 104,9 107,9 110,5 112,4 114,0 Como se verifica, se caso seja implantado um Programa de Redução de Perdas e se forem seguidas, em linhas gerais, as reduções propostas, somente no ano de 2034 a economia anual em termos de volume de água produzido será de (114 – 96,8) x 86,4 x 365 = 542.419,2 m³, ou seja, cerca de 542 milhões de litros de água. Se for considerado o período completo de planejamento, a economia proporcionada poderá chegar a 5.400 bilhões de litros de água produzida. No Gráfico 4.1, encontra-se a comparação ilustrativa da evolução das demandas médias diárias ao longo do período de planejamento. DEMANDAS MÉDIAS DIÁRIAS-L/S COMPARAÇÃO ENTRE DEMANDAS MÉDIAS DIÁRIAS CENÁRIO 1 - COM REDUÇÃO DE PERDAS CENÁRIO 2 - SEM REDUÇÃO DE PERDAS 120 115 110 105 CENÁRIO 1 100 CENÁRIO 2 95 90 85 2015 2020 2025 2030 2034 ANOS DE PLANEJAMENTO 1429 1430 Gráfico 4.1 – Comparação da evolução das demandas conforme cenários estabelecidos 1431 1432 1433 1434 1435 Evidentemente, esses valores são estimados e dependem de uma redução gradativa dos índices de perdas na distribuição, tal como planejado. Em função disso, pode haver substancial economia em investimentos e despesas de exploração do sistema de água, pois o volume produzido será bem menor para um mesmo volume consumido. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -661436 1437 1438 Por outro lado, considerando o quadro de demandas estabelecido ao longo do horizonte de planejamento, verifica-se que a demanda máxima diária assume o valor máximo de 116,1 L/s no ano de 2015, valor esse menor que o da capacidade atual do sistema. 1439 1440 1441 É de se esperar, então, que o sistema produtor como um todo (captação, elevatória e adutora de água bruta, ETA) possa ser integralmente aproveitado, sem ampliações, apenas com reformas e adequações para melhoria operacional do sistema. 1442 4.1.2.3 1443 1444 1445 1446 1447 Como comentado anteriormente, a partir da ETA há uma adutora por gravidade de 500 mm de diâmetro e cerca de 30 m de extensão que interliga a caixa de saída de água tratada da ETA ao reservatório retangular apoiado de concreto armado – RA01 – de 1.000 m³ de reserva, que serve de poço de sucção da estação elevatória de água tratada (EEAT), também localizada na mesma área ao lado da captação e da ETA. 1448 1449 1450 1451 A EEAT, conforme descrito no relatório P2, possui capacidade de 200 L/s com bomba reserva. A adutora de água tratada segue para um centro de reservação situado em área onde se localizava a ETA antiga, a cerca de 1200 m de distância em diâmetro de 400 mm, em ferro dúctil. 1452 O desnível geométrico é de cerca de 57 metros (medido por altímetro e pelo Google). 1453 1454 A perda de carga é de 8 mca, admitindo-se, na equação de Hazen Williams, uma rugosidade de 120, vazão de 200 L/s e extensão da adutora de 1200 m. 1455 1456 1457 Esse resultado corrobora, razoavelmente, a vazão de 200 L/s, uma vez que os dados na placa das bombas são de Q = 360 m³/h e altura manométrica de 67 mca e a quantidade de conjuntos são 2 + 1 de reserva. 1458 1459 1460 Como não há sistema protetor contra transientes hidráulicos, recomenda-se realizar um estudo de "performance" da EEAT e uma avaliação das curvas de pressão na tubulação quando da ocorrência de situações emergenciais como falta de energia. 1461 1462 1463 A partir do centro de reservação da ETE antiga, a água tratada é distribuída por gravidade para o centro por uma subadutora de 500 mm de diâmetro que sai do reservatório enterrado de 500 m³ e do elevado de 150 m³ que distribui para o Jardim Santana. 1464 1465 1466 1467 Desse elevado, é distribuída por recalque, através de conjuntos elevatórios individuais sem reserva, água para os bairros Jardim São Joaquim, Vila Polar e Santa Terezinha; outra estação de bombeamento, com conjunto reserva, alimenta o Jardim Morumbi, também a partir desse elevado. 1468 1469 Do semienterrado de 1000 m³, as águas são recalcadas para outros bairros como Jardim Itália, Jardim Paulista, Jardim Fortaleza e Jardim Primavera. Sistema de Adução de Água Tratada Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -671470 1471 1472 1473 Alguns deles têm reservatório próprio como Jardim Primavera/Jardim Paulista (apoiado 400 m³), Jardim Santa Marta (elevado - 50 m³) – localizados na zona sul da cidade - Vila Polar (elevado - 50 m³) – zona norte da cidade e Jardim Itália (elevado - 100 m³) – zona sudeste da cidade. 1474 4.1.2.4 1475 1476 1477 1478 1479 A capacidade atual do Sistema de Reservação do Distrito-Sede, constituído de 8 reservatórios é de 3.250 m³. O maior centro de reservação está situado na ETA antiga, com capacidade de 1.650 m³. Há um reservatório de 1000 m³ na área da captação e ETA atual e os demais centros de reservação situam-se em diversos pontos da cidade onde foram constatadas as suas necessidades. 1480 1481 1482 1483 Os volumes de reservação necessários para o Distrito-Sede variam entre 3.345 m³ (ano 2015) e 3.206 m³ (ano 2034), conforme os valores estimados nesse PMSB-2013. Portanto, há déficit no início de planejamento, e, a partir do ano 2031, haverá suficiência de reservação até o final do plano. 1484 1485 1486 1487 Deve-se ressaltar que os volumes de reservação necessários são calculados como um terço da demanda máxima diária e, como as demandas deverão ser decrescentes até o final do plano, em função da implementação de um Programa de Redução de Perdas, os volumes de reservação também serão decrescentes.6 1488 1489 1490 1491 No entanto, na escala setorial, pode-se verificar que existem déficits em alguns dos centros de reservação, em função da configuração atual de distribuição. Esses déficits deverão ser apontados no atual estudo de perdas de água e em consequente estudo de setorização que deverá ser implementado. 1492 4.1.2.5 1493 1494 1495 1496 1497 O Sistema de Distribuição do Distrito-Sede é composto de um conjunto de estações elevatórias e adutoras/subadutoras de água tratada, centros de reservação (cuja abordagem já foi apresentada anteriormente) e a rede de distribuição propriamente dita. Todo esse conjunto de adutoras, subadutoras e a rede de distribuição (primária e secundária) totaliza aproximadamente 255 km, segundo o SNIS-2010. 1498 1499 1500 1501 Atualmente, segundo informações do SAAE, a rede de distribuição de água apresenta, uma extensão de cerca de 265 km, com predominância de tubos de PVC e ferro fundido e diâmetros variando entre ¾” a 400 mm. Segundo informações do GEL (Grupo Executivo Local), a rede é muito antiga e apresenta muitos vazamentos no centro e na Vila Polar. 1502 1503 Há problemas de abastecimento, nas vizinhanças da Vila Polar, que tem altitude elevada – zona norte da cidade. Sistema de Reservação Sistemas de Distribuição 6 Nota – Na impossibilidade de se obterem as curvas de consumo, conforme as prescrições contidas nas normas ABNT NBR 12.217/94 e NBR 12.218/94, que estabelecem os critérios de volume a ser reservado, adotou-se, como regra prática usual, 33% da demanda do dia de maior consumo. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -681504 1505 1506 1507 1508 1509 1510 1511 O Índice de Perdas na Distribuição, tal como informado pelo SAAE e constante do SNIS, apresenta valor em torno de 36,3%, que pode ser considerado elevado. Portanto, com esse elevado índice e para que se evitem ampliações desnecessárias no Sistema Produtor, é recomendável a implantação de um Programa de Redução de Perdas – está em curso um programa, conforme informado anteriormente - com intervenções que abranjam a nova setorização da rede, substituição de trechos de redes, troca de hidrômetros e ramais, etc., e a implementação de uma gestão comercial eficaz, que permita melhor eficiência no sistema de micromedição. 1512 1513 4.1.2.6 1514 1515 Os principais problemas das unidades dos sistemas de água de Vargem Grande do Sul encontram-se na distribuição. 1516 1517 Trata-se de algumas unidades antigas nas quais os problemas estruturais e de envelhecimento começam a ser notadas. 1518 1519 A falta de uma sincronização total das unidades através de automação também afeta a operação como um todo. 1520 1521 Nesse sentido, além das ampliações que devem ser planejadas, a conservação e reforma dos elementos existentes torna-se premente. 1522 1523 Está em andamento um programa para redução das perdas de água que deve inferir em melhorias no sistema. 1524 1525 As unidades mais novas ou com equipamentos adquiridos mais recentemente possuem um grau de conservação mais adequado. 1526 1527 1528 No decorrer da elaboração desse plano, novas informações deverão ser adicionadas e com a definição das metas e objetivos no próximo relatório essas questão serão melhor abordadas. 1529 1530 4.1.2.7 1531 1532 1533 1534 1535 1536 Para análise e avaliação da prestação atual dos serviços de abastecimento de água, adotaram-se alguns indicadores constantes do Glossário de Informações de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, considerados mais apropriados para essa avaliação em questão. Esses indicadores já se encontram apresentados no capítulo 4 deste relatório e foram reproduzidos a seguir para facilidade de compreensão da avaliação da prestação de serviços em referência. Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de Abastecimento de Água Análise Operacional dos Serviços de Água com Base em um Sistema de Indicadores Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -691537 Indicadores Operacionais-Água7 1538 IN009 – Índice de Hidrometração - % 1539 Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas 1540 Quantidade de Ligações Ativas de Água 1541 IN020 – Extensão de Rede de Água por Ligação – m/ligação 1542 Extensão da Rede de Água 1543 Quantidade de Ligações Totais de Água 1544 IN022 – Consumo Médio Per Capita de Água – L/hab.dia 1545 Volume de Água Consumido–Volume de Água Tratada Exportado 1546 População Total Atendida com Abastecimento de Água 1547 IN023 – Índice de Atendimento Urbano de Água - % 1548 População Urbana Atendida com Abastecimento de Água 1549 População Urbana do Município Atendido com Abastecimento de Água 1550 IN028 – Índice de Faturamento de Água – % 1551 Volume de Água Faturado 1552 Volume de Água (Produzido + Tratado Importado – de Serviço) 1553 IN049 – Índice de Perdas na Distribuição - % 1554 Volume de Água (Produzido+Tratado Importado–de Serviço)–Volume de Água Consumido Volume de Água 1555 (Produzido + Tratado Importado–de Serviço) 1556 IN051 – Índice de Perdas por Ligação – L/ligação.dia 1557 Volume de Água (Produzido+Tratado Importado–de Serviço)–Volume de Água Consumido 1558 Quantidade de Ligações Ativas de Água 1559 IN055 – Índice de Atendimento Total de Água - % 1560 População Total Atendida com Abastecimento de Água 1561 1562 1563 1564 1565 População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água No Quadro 4.6 encontram-se reproduzidos os valores desses indicadores para a situação de 2010, conforme informações constantes do SNIS do Ministério das Cidades. 1566 7 Notas: 1 – Por definição, o volume de água consumido não deve ser confundido com o volume de água faturado; o volume consumido compreende o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com o hidrômetro parado e o volume de água tratada exportado; 2 – O volume de água micromedido compreende o volume anual medido pelos hidrômetros instalados nos ramais prediais. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -701567 1568 1569 QUADRO 4.6 - VALORES DE ALGUNS INDICADORES OPERACIONAIS PARA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – SNIS 2010 VARGEM GRANDE DO SUL Indicador IN009 – Índice de Hidrometração IN020 – Extensão de Rede de Água por Ligação IN022 – Consumo Médio Per Capita de Água IN023 – Índice de Atendimento Urbano de Água - % IN028 – Índice de Faturamento de Água – % IN049 – Índice de Perdas na Distribuição IN051 – Índice de Perdas por Ligação IN055 – Índice de Atendimento Total de Água 1570 1571 1572 1573 1574 Unidade Valor % m/ligação L/hab.dia % % % L/ligação.dia % 97,8 19, 3 140,7 100,00 81,1 36,3 232,2 94,9 A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que apresenta alguns valores adequados e outros não conformes, conforme apresentado a seguir: 1575 1576 1577 1578 o índice de hidrometração (IN009 = 97,8%) é elevado, mas não se pode garantir uma 1579 1580 1581 1582 a extensão de rede por ligação (IN020 = 19,3 m/ligação) é um pouco elevada, indicando 1583 1584 1585 o consumo de água per capita (IN022 = 140,7 L/hab.dia) encontra-se em um valor 1586 1587 o índice de atendimento urbano de água é elevado (IN023 = 100,00%) e está de acordo 1588 1589 1590 1591 o índice de faturamento de água é razoável (IN028 = 81,1%) e é decorrente do valor 1592 1593 1594 o índice de perdas na distribuição é muito elevado (IN049 = 36,3%), valor inadequado e 1595 1596 1597 como consequência, quando se exprimem as perdas por ligação, o valor encontrado é medição adequada nos volumes consumidos, uma vez que esse indicador não está referido a certas condições não conformes, quais sejam, hidrômetros parados ou com incapacidade de medição do consumo de forma mais precisa possível; atendimento, em média, a construções com largura maior dos lotes ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, implicando maiores custos para implantação de redes; adequado e de acordo com valores encontrados para cidades do porte de Vargem Grande do Sul; com os padrões de grande parte dos municípios do Estado de São Paulo; elevado das perdas na distribuição; deve-se salientar que o índice de faturamento é sempre superior ao volume consumido (micromedido ou não), uma vez que são cobrados consumos mínimos não necessariamente atingidos pelos usuários; que exige a implementação de um Programa de Redução de Perdas, que, aliás, já se encontra em andamento no município; igualmente elevado (IN051 = 232,2 L/ligação.dia), quando o conveniente é que sejam obtidos valores inferiores a 200L/ligação.dia; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -711598 1599 1600 1601 o índice de atendimento total de água é elevado (IN055 = 94,9%) e está de acordo com 1602 1603 1604 1605 1606 1607 1608 Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de água apresenta parâmetros adequados em boa parte dos indicadores analisados, com exceção do elevado índice de perdas, que ocasiona perdas de faturamento e ampliações desnecessárias em sistemas produtores de água. Assim, é vital que todas as intervenções necessárias nos sistemas produtores e de distribuição, como resultado dos planejamentos resultantes do Programa de Redução de Perdas, sejam realizadas de forma contínua durante todo o período estabelecido para esse novo planejamento do sistema (2015 a 2034). 1609 4.1.3 Descrição dos Serviços de Esgotamento Sanitário 1610 4.1.3.1 Características Principais 1611 1612 As características gerais do sistema, conforme dados do SNIS 2010, encontram-se apresentados a seguir: 1613 Índice de atendimento Urbano de esgoto - IN024 (%) .............................................. 100; 1614 Índice de tratamento do esgoto coletado - IN016 (%) ............................................. 100; 1615 Quantidade de ligações ativas de esgoto - ES002 (ligações) .............................. 12.743; 1616 Volume Anual Coletado - ES005 (m³) ............................................................. 1.814.920; 1617 Volume Anual Tratado - ES006 (m³) ............................................................... 1.814.920; 1618 Volume Anual Faturado - ES007 (m³) ............................................................. 1.814.920; 1619 Extensão da rede de esgoto - ES004 (km) ........................................................... 250,0. 1620 1621 A Ilustração 6.1, a ser apresentada no capítulo 6, mostra as principais unidades identificadas do sistema de esgotamento sanitário existente. 1622 4.1.3.2 1623 1624 1625 1626 O Sistema de esgotamento Sanitário do municio de Vargem Grande Sul, conta com 3 principais emissários, Rio Verde; Córrego Santana e Santa Marta, 3 estações elevatórias, EEE Novo Distrito Industrial, EEE Santa Marta e a EEE Final, que recalca todo esgoto coletado para a ETE. 1627 1628 Quanto ao tratamento de esgotos, o município conta com uma estação em operação, com capacidade nominal total de aproximadamente 120 L/s, segundo o SAAE. os padrões da maioria dos municípios do Estado de São Paulo; no entanto, tendo em vista a necessidade de universalização dos serviços, esse atendimento deverá atingir 100%. Sistema de Esgotamento Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -721629 A ETE é composta dos seguintes itens e etapas: 1630 Caixa de Gradeamento mecanizada; 1631 Caixa de areia mecanizada; 1632 Calha Parshall com medidor eletrônico 1633 Duas lagoas aeradas, com 12 aeradores; 1634 Duas lagoas de decantação; 1635 Um tanque de contato; 1636 Laboratório. Foto 4.9 – Caixa de Areia Foto 4.10 – Lagoa de Decantação 1637 1638 1639 1640 1641 A ETE tem problemas de operação, a caixa de areia mecanizada não está operando, conforme apresenta a Foto 4.9, assim como, a bomba parafuso, que seria utilizada para bombear a areia para fora do processo de tratamento. Logo, para as lagoas aeradas o esgoto vai carregado de material inerte alterando as características do efluente, comprometendo a eficiência do tratamento. 1642 4.1.3.3 1643 1644 1645 Ainda não foram disponibilizadas pelo GEL a maioria das informações técnicas a respeito das Estações Elevatórias de Esgoto e Linhas de Recalque. As informações disponíveis encontram-se nos Quadros 4.7 e 4.8 a seguir: Estações Elevatórias e Linhas de Recalque 1646 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -731647 QUADRO 4.7 - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS ELEVATÓRIAS DE ESGOTO Denominação Santa Marta Novo Parque Industrial Final Características de um conjunto motobomba Número de conjuntos motobomba * Vazão (L/s) * Potência (cv) * AMT (m.c.a) * Idade (anos) ou Situação (boa / precária) 2 ND 7,5 ND Precária ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 1648 1649 QUADRO 4.8 - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS LINHAS DE RECALQUE Denominação Santa Marta Novo Distrito Industrial Final Unidade de saída EEE Santa Marta EEE N. Dist. Ind. EEE Final Unidade de chegada Diâmetro (mm) Extensão (m) Material Idade (anos) ou Situação (boa / precária) Rede 100 ND PVC Precária Rede ND ND ND Nova ETE ND ND FoFo Nova 1650 1651 1652 4.1.4 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Esgotos Sanitários 1653 4.1.4.1 Sistemas de Coleta e Encaminhamento 1654 1655 1656 1657 1658 O Sistema de Esgotos do Distrito-Sede está consolidado, uma vez que as etapas de esgotamento, afastamento e transporte estão implantadas. Não existem áreas sem rede coletora e os fundos de vale contam com coletores troncos, interceptores e emissário. De uma maneira geral, todo o esgotamento é feito por gravidade, com poucas elevatórias no sistema. 1659 1660 Todos os esgotos estão concentrados na bacia do Rio Verde que pertence à UGRHI 4 – Pardo. 1661 1662 1663 Parte da zona sul da cidade, que pertence à UGRHI 9 – Mogi, tem seus esgotos encaminhados através de coletor-tronco e de três elevatórias (as únicas de rede da cidade) para o emissário final que margeia o Rio Verde até a ETE. 1664 1665 1666 1667 1668 1669 1670 1671 1672 Esses bairros – Jardim Paulista, Jardim Primavera, Jardim São José, Jardim Cristina, Jardim Dolores, Jardim Santa Martha, Jardim Estância das Flores – em que parte da área de drenagem pertence à bacia da UGRHI 9, possuem rede coletora e um coletor-tronco de 200 mm de diâmetro em PVC que atravessa a rodovia SP 215 – Rodovia Hélio Moreira Sales, interligando-se ao interceptor principal do Rio Verde. Trata-se de uma reversão de esgotos de uma bacia para outra – há trechos profundos desse coletor, da ordem de 7 ou 8 metros, que viabilizaram essa solução. Parte do Jardim Santa Martha encaminha seus esgotos para uma elevatória – EEE São João – que é de poço seco, com bomba horizontal e opera em condições precárias, inclusive sem gerador de emergência. Essa Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -741673 1674 elevatória reverte os esgotos da bacia da UGRHI 9 para a UGRHI 4 até a rodovia e, de lá, segue por gravidade até o interceptor do Rio Verde citado. 1675 1676 1677 Há mais uma estação elevatória de esgotos que recalca os esgotos do Jardim Estância das Flores e de um novo distrito industrial para o sistema principal – está em vias de entrar em operação, pois essas áreas são pouco ocupadas. 1678 1679 1680 1681 Os bairros situados na bacia da UGRHI 4, que drenam para o Rio Verde possuem, também rede coletora que se encaminham para três coletores-tronco principais, por gravidade: Rio Verde, Córrego Santana (afluente do Rio Verde) e Afluente do Córrego Santana. 1682 1683 1684 1685 1686 O primeiro recebe os esgotos de parte do centro, parte do Jardim Pacaembu, Jardim São Paulo I, Vila Polar, Jardim Bela Vista, Jardim São Lucas, Jardim Santa Cândida, Jardim Fortaleza, Jardim Redentor, Jardim São Gabriel e Conjunto habitacional A. Carril Filho. Localiza-se na margem direita do Rio Verde desde a Rua XV de Novembro até a confluência com o Córrego Santana. 1687 1688 1689 1690 Convém salientar que parte do Jardim São Lucas, da Vila Polar e do Jardim Redentor, drenam para outro córrego afluente do Rio Verde e têm seus esgotos revertidos para a rede coletora do Jardim Bela Vista através de uma estação elevatória de esgotos que é mais recente. 1691 1692 1693 1694 O segundo recebe os esgotos da outra parte do centro, Jardim Morumbi, parte do Jardim Pacaembu, Jardim IV Centenário, Jardim São Luiz, Jardim São Joaquim e Jardim Itália. Caracteriza-se por dois coletores, um em cada margem do Córrego Santana, até interligarem-se no Coletor Tronco Rio Verde na confluência dos dois cursos d’água. 1695 1696 A Vila Santana e o Jardim Brasília são conectados ao coletor que acompanha o afluente do Córrego Santana, ao qual se interliga na Rua Francisco Zanqueta. 1697 1698 1699 1700 1701 Após a interligação desses coletores, inicia-se o interceptor Rio Verde com 600 mm de diâmetro, que ainda recebe outras redes coletoras dos bairros citados da zona sul da cidade e de bairros que ficam ao norte da rodovia SP 215 e fazem divisa com o centro: parte de Vila Santana, Jardim Santa Terezinha, Jardim Paraíso I, Chácara Vargem Grande, Jardim Paraíso II e Jardim Iracema. 1702 1703 1704 Após receber os esgotos revertidos da zona sul, o interceptor passa a ser um emissário que interliga todos os esgotos à Estação Elevatória Final, constituída por 3 conjuntos submersíveis de 30 cv cada. Dois conjuntos operam em paralelo e um é de reserva. 1705 1706 Essa elevatória tem por objetivo recalcar todos os esgotos para a caixa de entrada da ETE. 1707 1708 Todas as unidades finais, desde a confluência entre o Rio Verde e o Córrego Santana foram construídos desde 2009, com término em 2012. Portanto, são recentes. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -751709 1710 1711 Segundo informações contidas no SNIS, a extensão total de rede coletora, de coletores troncos e interceptores era de 250 km em 2010. Já no SNIS-2011, a extensão indicada é de 260 km. 1712 4.1.4.2 1713 1714 1715 1716 1717 1718 O Distrito-Sede conta com uma estação de tratamento de esgotos, denominada ETE Vargem Grande do Sul. A Estação de Tratamento de Esgotos de Vargem Grande do Sul tem capacidade de tratamento, segundo o SAAE, de 120 L/s (população de 40.000 habitantes) pelo processo de lagoas aeradas (2 lagoas com 6 aeradores superficiais de 20 cv cada uma) seguidas de lagoas de decantação e pós-tratamento via cloração por hipoclorito de sódio em tanque de contato. 1719 1720 1721 1722 1723 Não foram disponibilizados resultados de análises nos efluentes finais desse sistema, razão pela qual não é possível a avaliação de eficiência e as cargas remanescentes lançadas no respectivo corpo receptor, que é o Rio Verde, enquadrado na classe 2. Tampouco existem informações a respeito da qualidade dos corpos receptores nos pontos de lançamento. 1724 1725 4.1.4.3 1726 1727 1728 1729 Os principais problemas verificados no Sistema de Esgotos Sanitários de Vargem Grande do Sul encontram-se resumidos a seguir. Essa listagem deverá nortear as proposições para. Deve-se ressaltar que novos dados deverão ser obtidos para a complementação das informações sobre os sistemas. 1730 1731 1732 Sistema de Coleta e Encaminhamento – vazamentos em rede coletora e coletores; 1733 1734 1735 1736 1737 1738 1739 Sistema de Tratamento – sistema parcialmente fora de operação por falta de mão de 1740 1741 4.1.4.4 1742 1743 1744 1745 Para análise e avaliação da prestação atual dos serviços de esgotamento sanitário, adotaram-se alguns indicadores constantes do Glossário de Informações de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, considerados mais apropriados para essa avaliação em questão. Esses indicadores já se encontram apresentados no capítulo 4 deste Sistemas de Tratamento Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de Esgotos Sanitários sistema operacional das elevatórias prejudicado por falta de geradores de emergência; lançamento de esgotos “in natura” nos cursos d’água; obra qualificada; as unidades preliminares como caixa de areia e gradeamento mecanizados estão fora de operação por quebra dos equipamentos, em decorrência da falta de operação da ETE; os esgotos entram nas lagoas de aeração brutos sem a limpeza preliminar; há necessidade de fornecimento dos dados de outorga para o lançamento dos esgotos tratados no Rio do Verde, já que o SAAE não disponibilizou esses dados até o momento. Análise Operacional dos Serviços de Esgotos com Base em um Sistema de Indicadores Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -761746 1747 relatório e foram reproduzidos a seguir para facilidade de compreensão da avaliação da prestação de serviços em referência. 1748 Indicadores Operacionais - Esgoto 1749 IN015 – Índice de Coleta de Esgotos - % 1750 Volume de Esgoto Coletado 1751 (Volume de Água Consumido - Volume de Água Tratado Exportado) 1752 IN016 – Índice de Tratamento de Esgotos - % 1753 Volume de Esgoto Tratado 1754 (Volume de Esgoto Coletado + Volume de Esgoto Importado) 1755 IN021 – Extensão de Rede de Esgoto por Ligação – m/ligação 1756 Extensão da Rede de Esgoto 1757 Quantidade de Ligações Totais de Esgoto 1758 IN024 – Índice de Atendimento Urbano de Esgoto - % 1759 População Urbana Atendida com Esgotamento Sanitário 1760 População Urbana do Município Atendido com Abastecimento de Água 1761 IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto - % 1762 População Total Atendida com Esgotamento Sanitário 1763 1764 1765 1766 1767 População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água 1768 1769 1770 No Quadro 4.9, encontram-se reproduzidos os valores desses indicadores para a situação de 2010, conforme informações constantes do SNIS do Ministério da Fazenda. QUADRO 4.9 – VALORES DE ALGUNS INDICADORES OPERACIONAIS PARA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO – SNIS 2010 VARGEM GRANDE DO SUL Indicador IN015 – Índice de Coleta de Esgotos IN016 – Índice de Tratamento de Esgotos IN021 – Extensão de Rede de Esgoto por Ligação IN024 – Índice de Atendimento Urbano de Esgoto IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto 1771 1772 1773 1774 1775 1776 1777 1778 1779 1780 1781 Unidade Valor % % m/ligação % % 95,6 100,0 19,4 100,0 94,9 A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que apresenta alguns valores inadequados para os serviços, conforme apresentado a seguir: o índice de coleta de esgotos (IN015 = 95,6%), isto é, o volume de esgotos coletado, em função do volume de água consumido, assume valor de aproximadamente 96%, que é maior que o valor tradicionalmente utilizado em projetos – 0,8 - e indicativo de que existem concomitantemente abastecimento de água e esgotamento sanitário (valor relacionado ao retorno à rede de esgotos); esse valor deve ser verificado uma vez que o retorno é muito alto e as unidades preliminares da ETE, onde são medidas as vazões afluentes à ela, não estão com funcionamento adequado; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -771782 1783 1784 1785 1786 o índice de tratamento de esgotos (IN016 = 100,0%) pode ser considerado alto, já que a 1787 1788 1789 1790 a extensão de rede por ligação é elevada (IN021 = 19,4 m/ligação), indicando 1791 1792 1793 1794 1795 o índice de atendimento urbano de esgotos referido à população urbana atendida com 1796 1797 1798 1799 1800 o índice de atendimento total de esgotos referido à população total atendida com 1801 1802 1803 Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de esgotos apresenta parâmetros adequados em parte dos indicadores analisados, havendo necessidade de se melhorar a estrutura de obtenção dos dados e dos equipamentos destinados à medição de vazões. 1804 4.1.5 Análise das Condições Institucionais dos Serviços de Água e Esgoto 1805 4.1.5.1 Titularidade da Prestação dos Serviços 1806 1807 1808 1809 1810 Os serviços de abastecimento de água do Município de Vargem Grande do Sul são prestados pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Trata-se de uma autarquia, que é uma entidade da administração pública municipal, criada pela Lei Municipal nº 2.708 de 29 de junho de 2007, possuindo personalidade jurídica própria e autonomia administrativa e financeira. 1811 1812 1813 1814 1815 1816 Sua finalidade consiste em estudar, projetar e executar, diretamente ou mediante contrato com organizações especializadas em Engenharia Sanitária, as obras relativas à construção ou remodelação dos sistemas públicos de abastecimento de água potável e de esgotos sanitários, bem como administrar, operar, manter, conservar e explorar diretamente os serviços de água e esgotos sanitários, além de lançar, fiscalizar e arrecadar as tarifas desses serviços. 1817 1818 Embora instituídas para uma finalidade específica, suas atividades e a respectiva remuneração não se encontram vinculadas a uma equação econômico-financeira, pois composição final indica que 0,956 x 1,0 = 0,956 = aprox. 96% (IN 046) do volume de água consumido está sendo tratado com volume de esgoto, quando esse número deveria atingir 80%, o que representaria um índice de tratamento de esgotos de 100% do esgoto coletado; portanto, esse valor deve ser verificado e modificado; atendimento, em média, a construções com largura maior dos lotes ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, implicando maiores custos para implantação de redes; abastecimento de água é elevado (IN024 = 100,0%), mas pode-se concluir que alguns domicílios ainda não se encontram conectados à rede e há necessidade de se efetuarem novas ligações para que o índice de esgotamento, referido à população atendida com água, possa ser aumentado para 100%. abastecimento de água é elevado (IN056 = 94,9%), mas pode-se concluir que alguns domicílios ainda não se encontram conectados à rede e há necessidade de se efetuarem novas ligações para que o índice de esgotamento, referido à população atendida com água, possa ser aumentado para 100%. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -781819 1820 não há contrato de concessão. Também não se verificam, nas respectivas leis de criação, regras sobre sustentabilidade financeira ou regulação dos serviços. 1821 1822 As vantagens da gestão municipal estão relacionadas com os seguintes aspectos principais: 1823 1824 os serviços são mais compatíveis com as características locais, aumentando a 1825 1826 1827 1828 na administração municipal, os investimentos são aplicados integralmente no próprio 1829 1830 1831 no caso de administração indireta (autarquia), a arrecadação é separada da prefeitura, 1832 1833 1834 1835 1836 1837 1838 1839 No entanto, existem desvantagens decorrentes da obtenção das fontes de financiamento, que são mais restritas, uma vez que a administração pública indireta, na forma de autarquia municipal, não pode ser a tomadora de crédito, devendo ser analisada a sua capacidade de endividamento em conjunto com a administração municipal e isso, muitas vezes, inviabiliza a obtenção de recursos, mesmo que o prestador de serviços tenha capacidade de endividamento. Nesse caso, os investimentos de capital ficam a cargo somente dos recursos próprios que, para grandes obras de engenharia, não são suficientes para suprir as necessidades do município. 1840 1841 1842 1843 1844 1845 1846 Outra desvantagem é a influência da política local na tomada de decisões, mesmo quando essas decisões são de natureza técnica. Isso reflete na fixação das tarifas de água e esgoto, pois, quando há falta de uma política tarifária local, pode haver distorções nas cobranças, já que a aprovação das tarifas se dá pelo Executivo Municipal e, dependendo dos interesses políticos em jogo, os valores das tarifas podem ser deficitários em relação às práticas de mercado. No entanto cabe destacar que, segundo a Lei nº 11.445/2007, tal atribuição passa a ser de responsabilidade de uma entidade reguladora. 1847 4.1.5.2 1848 1849 1850 1851 1852 1853 1854 1855 Em função das novas referências, em termos da legislação institucional em vigor, deve-se destacar que os planos municipais e regionais de saneamento deverão obedecer às exigências das Leis Federais nºs 11.445/07 (Lei Nacional do Saneamento Básico e sua regulamentação – Decreto nº 7.217/10) e 11.107/05 (Lei dos Consórcios Públicos); outras leis de referência são as Leis 11.079/04 (Lei das Parcerias Público-Privadas), Lei 8.987/95 (Lei de Concessões) e, no campo da regulação dos serviços, a Lei Complementar nº 1025/07, que criou a ARSESP - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. eficiência da prestação dos serviços; município e, com a escassez de recursos governamentais no âmbito estadual e federal, cada vez há mais necessidade de investimentos com recursos próprios para ampliação e melhoria da infraestrutura de saneamento básico; tendo como consequência um melhor controle das receitas arrecadadas, bem como das despesas, objetivando-se a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços. Legislação Aplicável Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -791856 1857 1858 1859 Deve-se, também, levar em conta a Lei Estadual nº 7.663/91, centrada na Política Estadual de Recursos Hídricos, e demais documentos que orientam a elaboração dos planos nacionais, estaduais, municipais ou regionais (como portarias, resoluções, guias, leis orgânicas municipais, etc.); 1860 1861 Na esfera municipal, deve-se destacar a Emenda à Lei Orgânica do Município nº 20 de Vargem Grande do Sul. Essa emenda à lei foi criada em 07 de dezembro de 2010. 1862 1863 Trata, no título IV – Da ordem econômica e social, capítulo VI (artigo 160), das questões referentes ao meio ambiente. 1864 Não há Plano Diretor de Planejamento da cidade. 1865 1866 4.1.6 Análise da Situação Econômico-Financeira dos Serviços de Água e Esgotos 1867 4.1.6.1 Informações Gerais e Financeiras 1868 1869 1870 Segundo Demonstrativo da Receita Orçamentária do SAAE, no mês de dezembro/2012, o valor arrecadado em água e esgoto no município, para o ano de 2012, foi de R$ 4.216.679,76. 1871 1872 1873 Já com relação ao Demonstrativo da Despesa Total do SAAE no mês de dezembro/2012, o valor empenhado em despesas em água e esgoto no município, para o ano de 2012, foi de R$ 4.392.987,25, resultando em um déficit de R$ 176.307,49 em dezembro de 2012. 1874 1875 1876 Apresentam-se, a seguir, algumas informações de interesse, considerando o período 2009 a 2011, para análise da situação econômico-financeira dos serviços de água e esgotos do município (Quadro 4.10). 1877 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -801878 1879 QUADRO 4.10 - COMPILAÇÃO DE INFORMAÇÕES GERAIS PARA ANÁLISE DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS Descrição População total atendida com abastecimento de água (AG001) População atendida esgotamento sanitário (ES001) Quantidade de ligações ativas de água (AG002) Quantidade de economias ativas de água (AG003) Quant de ligações ativas de esgoto (ES002) Quant de economias ativas de esgoto (ES003) Unidade 2009 2010 2011 Habitantes 36.657 37.274 37.490 Habitantes 36.657 37.274 37.490 Ligações 12.638 12.855 13.284 Economias 12.760 12.992 13.421 Ligações 12.534 12.743 13.166 Economias 12.598 12.893 13.321 Receita operacional direta de água (FN002) R$/ano 1.861.785,00 2.220.239,35 2.016.477 Receita operacional direta de esgoto (FN003) R$/ano 1.106.526,00 1.315.438,97 1.185.686 Receita operacional indireta (FN004) R$/ano 26.020,00 20.778,00 74.603 Receita operacional total (FN005) R$/ano 2.994.004,00 3.556.456,00 3.276.766 Despesas com pessoal próprio (FN010) R$/ano 1.007.908,00 1.325.559,69 1.426.617 Despesas com serviços de terceiros (FN014) R$/ano 243.756,00 424.023,09 466.416 R$/ano 3.276.526,00 3.883.985,01 3.965.634 R$/ano 147.647,00 237.155,95 27.346 R$/ano 0,00 0,00 0,00 Investimento com recursos próprios (FN030) R$/ano 537.555,00 248.507,56 30.891 Investimento com recursos onerosos (FN031) R$/ano 0,00 0,00 0,00 Investimentos totais (FN033) R$/ano 537.555,00 248.507,56 30.891 R$/ano 0,00 0,00 0,00 R$/ano ND 0,00 0,00 R$/ano ND 0,00 0,00 R$/ano ND 0,00 0,00 Despesas totais com os serviços (DTS) (FN017) Investimento realizado em abastecimento de água (FN023) Investimento realizado em esgotamento sanitário (FN024) Despesa com juros e encargos do serviço da dívida exceto variações monetárias e cambiais (FN035) Investimento realizado em abastecimento de água pelo Estado (FN052) Investimento realizado em esgotamento sanitário pelo Estado (FN053) Investimentos totais realizados pelo Estado (FN058) 1880 1881 1882 1883 1884 1885 Fonte: SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - 2009 a 2011. ND = não disponível Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 1886 1887 1888 1889 1890 1891 1892 Considerando de modo integrado os serviços de água e esgotos, pode-se notar um certo desequilíbrio entre as receitas e as despesas, havendo saldo positivo no ano 2012 e negativos em 2009, 2010 e 2011 em referência. As despesas totais com os serviços tiveram súbita elevação em 2009, 2010 e 2011, ultrapassando as receitas totais. Essa situação permaneceu no ano 2012, resultando em déficit. Os valores informados de receitas e despesas assumiram montantes relativamente próximos (diferenças de cerca de 8%). Análise da Situação Econômico-Financeira Geral em Função das Receitas e Despesas Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -811893 1894 1895 Os investimentos realizados com recursos próprios são significativos em função das intervenções necessárias. Os investimentos totais realizados pelo Estado no período não existiram ou não estão disponíveis. 1896 1897 1898 1899 1900 Em decorrência da diminuição do déficit em 2012 (de 8% para 4%) entre receitas versus despesas, pode-se afirmar que o sistema se encaminha para um estado equilibrado do ponto de vista econômico-financeiro, já que também não existem encargos sendo pagos a serviço de investimentos com recursos onerosos, considerando o período de 2009 a 2010. 1901 1902 1903 Para melhor entendimento, apresenta-se no Gráfico 4.2, a evolução das receitas e despesas, bem como os investimentos totais realizados nos sistemas de água e esgotos durante o período de 2008 a 2010. RECEITAS-DESPESAS-INVESTIMENTOS - ANOS 2009 A 2011 - VARGEM GRANDE DO SUL - EM R$ 4.000.000 3.000.000 2009 2.000.000 2010 2011 1.000.000 000 REC.OPERAC.TOTAL DESP. TOTAL INVEST.TOTAL 1904 1905 1906 Gráfico 4.2 - Gráfico Comparativo das Receitas, Despesas e Investimentos – Serviços de Água e Esgoto – Vargem Grande do Sul 1907 1908 4.1.6.2 Indicadores Econômico-Financeiros 1909 1910 1911 1912 1913 Apresentam-se, no Quadro 4.11, alguns indicadores econômico-financeiros, considerando o período 2009 a 2011, para análise da situação econômico-financeira dos serviços de água e esgotos do município. Esses indicadores já foram apresentados no capítulo 3 deste relatório. A análise também está referida à situação dos serviços de água e esgotos de um modo global para o município. 1914 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -82QUADRO 4.11 - COMPILAÇÃO DE ALGUNS INDICADORES PARA ANÁLISE ECONÔMICOFINANCEIRA DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS 8 1915 1916 Descrição Unidade 2009 2010 2011 Despesa total dos serviços por m³ faturado (IN003) R$/m³ 0,87 0,92 0,92 Tarifa média praticada (IN004) R$/m³ 0,79 0,84 0,74 Tarifa média de água (IN005) R$/m³ 0,83 0,92 0,83 Tarifa média de esgoto (IN006) R$/m³ 0,74 0,72 0,63 % 90,58 91 80,8 R$/m³ 0,87 0,92 0,92 Indicador de desempenho financeiro (IN012) Despesa de exploração por m³ faturado (IN026) 1917 1918 1919 1920 1921 1922 Fonte: SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento-2009 a 2011. ND = não disponível Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 1923 Despesas Totais com os Serviços 1924 Volume Total Faturado (Água + Esgoto) 1925 IN004 – Tarifa Média Praticada – R$/m³ 1926 Receita Operacional Direta (Água + Esgoto) 1927 Volume Total Faturado (Água + Esgoto) 1928 IN012 – Indicador de Desempenho Financeiro – % 1929 Receita Operacional Direta (Água + Esgoto +Água Exportada + Esgoto Importado) 1930 Despesas Totais com os Serviços 1931 IN026 – Despesa de Exploração por m³ Faturado – R$/m³ 1932 Despesas de Exploração 1933 1934 1935 1936 Volume Total Faturado (Água + Esgoto) 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944 Pelos dados apontados no Quadro 4.11 anterior, pode-se concluir que as despesas totais com os serviços (IN003), expressas em R$/m³ de volume total faturado, encontram-se ligeiramente acima das tarifas médias praticadas (IN004), a menos do ano 2008, significando que o sistema tarifário isoladamente não proporcionou uma situação de equilíbrio entre receitas e despesas nos serviços de água e esgoto durante o período de 2009 a 2011. O equilíbrio ficou dependendo das receitas operacionais indiretas, conforme se explica em sequência. Em 2012, de acordo com dados do SAAE, houve um decréscimo do déficit financeiro. 1945 1946 1947 1948 1949 Os resultados apontados para o indicador de desempenho financeiro (IN 012) demonstraram que, entre 2009 e 2011, houve algum decréscimo nesse indicador, uma vez que as incidências porcentuais dos somatórios das receitas diretas de água e esgoto diminuíram em relação às despesas totais. Portanto, as receitas operacionais indiretas, isto é, aquelas resultantes da prestação de outros serviços vinculados aos serviços de IN003 – Despesa Total com os Serviços por m³ Faturado – R$/m³ Análise Geral em Função de Indicadores Econômico-Financeiros 8 Nota – Definição dos Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos - Água + Esgoto Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -831950 1951 1952 1953 1954 água e esgotos, mas não contemplados na tarifação, como as taxas de matrícula, ligações, religações, sanções, conservações e reparos de hidrômetros, acréscimos por impontualidade e outros, tiveram um significado menor na composição das receitas operacionais totais uma vez que a tarifa não foi suficiente para manutenção de saldos positivos nos serviços de água e esgotos. 1955 1956 1957 Deve-se notar que as receitas operacionais indiretas nos anos de 2009, 2010 e 2011 representaram porcentuais não muito significativos das receitas operacionais diretas somadas de água e esgoto, atingindo valores de aproximadamente 1%. 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 Quanto às despesas de exploração-DEX (IN026), pode-se verificar que elas se situam em patamares abaixo de R$ 1,00/m³, indicando bom desempenho dos sistemas. Deve-se realçar que essas despesas, que se referem unicamente às despesas com energia elétrica, produtos químicos, pessoal, etc., diferenciam-se das despesas totais, que já incluem, além das despesas de exploração, outras despesas incidentes na administração dos serviços. Uma observação importante é que as despesas estão aumentando mais do que o aumento das receitas. No ano de 2012, as receitas foram um pouco maiores em relação às despesas, mas em um patamar mais alto do que nos anos anteriores. 1966 1967 1968 Para melhor entendimento, apresenta-se, no Gráfico 4.3, a evolução das tarifas médias, das despesas totais e das despesas de exploração realizadas nos sistemas de água e esgotos durante o período de 2009 a 2011. TARIFAS MÉDIAS, DESPESAS TOTAIS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO - S.A.A./S.E.S VARGEM GRANDE DO SUL - EM R$ 1 0,8 TARIFAS MÉDIAS PRATICADAS 0,6 DESPESAS TOTAIS 0,4 DESPESAS DE EXPLORAÇÃO 0,2 0 2009 2010 2011 1969 1970 1971 Gráfico 4.3 - Gráfico Comparativo das Tarifas Médias, Despesas Totais e Despesas de Exploração – Serviços de Água e Esgoto – Vargem Grande do Sul 1972 1973 4.1.7 Análise das Condições Intervenientes com os Serviços de Água e Esgotos 1974 1975 1976 1977 1978 Para consecução do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), a partir dos estudos de demandas e contribuições para um determinado horizonte de planejamento (ano de 2034), deve-se proceder, à elaboração de outros estudos com base em uma visão integrada, que aborde as principais interfaces entre os sistemas, não somente no âmbito municipal, como no contexto da bacia hidrográfica, partindo-se do princípio de que Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -841979 1980 sistemas de saneamento, mesmo que adequadamente planejados, possam interferir, de forma inadequada, com as condições locais e até mesmo com outros municípios. 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 Os estudos deverão avaliar a realidade local na perspectiva da bacia hidrográfica e da região na qual o município está inserido, por meio da análise de estudos, planos e programas voltados para a área de saneamento básico; deve reunir e analisar, também, quando disponíveis, informações e diretrizes de outras políticas correlatas ao saneamento básico. Esses estudos devem contemplar, também, os setores que possuem inter-relação direta com o saneamento básico, englobando as seguintes situações em termos municipais e regionais: 1988 Situação do Desenvolvimento Urbano e habitação 1989 Parâmetros do uso e ocupação do solo e definição do perímetro urbano; 1990 1991 Definição de zonas especiais e identificação de ocupação irregular em APPs urbanas; 1992 1993 Definições do zoneamento e identificação de eixos fundiários e eixos de desenvolvimento da cidade; 1994 1995 Quadro de oferta habitacional, análise das projeções dos déficits habitacionais e impactos para as demandas de saneamento básico. 1996 Situação Ambiental e de Recursos Hídricos 1997 1998 Caracterização geral das bacias hidrográficas e a caracterização geral dos ecossistemas naturais; 1999 2000 2001 Situação e perspectivas dos usos e oferta de água, considerando as demandas presentes e futuras e o lançamento dos resíduos líquidos e sólidos dos sistemas de saneamento básico; 2002 2003 2004 2005 A identificação das condições de gestão dos recursos hídricos, incluindo o domínio das águas superficiais e subterrâneas, a atuação dos comitês e agência de bacia, o enquadramento dos corpos d’água, a implementação da outorga e cobrança pelo uso d’água, os instrumentos de proteção dos mananciais, etc.; 2006 2007 A identificação da relação de dependência entre a sociedade local e os recursos ambientais, incluindo o uso da água. 2008 Situação da Saúde 2009 2010 Morbidade de doenças relacionadas com a falta de saneamento básico e existência de programas de educação ambiental; 2011 2012 Identificação de fatores causais de enfermidades relacionadas ao saneamento básico; 2013 Identificação e análise das políticas e planos locais de saúde. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -852014 2015 2016 2017 2018 No contexto de todas essas questões, dever-se-á levar em conta a Lei Orgânica do Município de Vargem Grande do Sul e o Código de Obras Municipal, além de recomendar a elaboração de um Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), onde se estabelecerão, em linhas gerais, algumas condições que se relacionam e interagem com os quatro serviços de saneamento básico, quais sejam: 2019 desenvolvimento social e econômico; 2020 política de ordenação do território, da estrutura urbana e do uso do solo; 2021 política ambiental e de proteção à paisagem; 2022 qualidade da água, do ar e do solo; 2023 recursos hídricos e da drenagem urbana; 2024 2025 saneamento ambiental. 2026 2027 4.2 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS RESÍDUOS SÓLIDOS 2028 4.2.1 Descrição dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos 2029 2030 4.2.1.1 Visão Geral dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Sistema Principal, Sistemas Isolados e Domicílios Dispersos 2031 2032 2033 2034 2035 2036 A coleta dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais do município é realizada porta a porta por meio de três caminhões compactadores e três caminhões de carroceria aberta. A frequência da coleta é diária, porém setorizada e atende toda a população urbana. Não há coleta na área rural, porém a população leva seu resíduo para o almoxarifado da prefeitura, que destina ao aterro. O caminhão da coleta seletiva alterna entre os dias de coleta de resíduo comum. 2037 2038 2039 2040 Todos os resíduos domésticos e comerciais coletados são dispostos em um aterro no próprio município, conforme apresenta Foto 4.11, em uma área de 130 km². No local encontram-se diversos animais, como urubus e cachorros, em função da exposição a céu aberto do lixo. DE LIMPEZA URBANA Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul E MANEJO DE ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -86- 2041 2042 Foto 4.11 – Aterro 2043 2044 2045 2046 2047 No município há o serviço de coleta seletiva empregado recentemente pelo município, o barracão localiza-se ao lado do aterro, e coleta aproximadamente 45 ton/mês. A receita desses resíduos é dividida entre os trabalhadores da cooperativa, e a Prefeitura municipal auxilia na coleta disponibilizando o caminhão coletor. 2048 2049 2050 Sobre os resíduos sólidos inertes, segundo informações da prefeitura, não há um espaço para a disposição adequada dos materiais, a coleta é realizada por caminhões da prefeitura e depositado em um local provisório, sem a realização de triagens. 2051 2052 2053 2054 2055 2056 2057 2058 2059 2060 Segundo informações do grupo executivo local, a execução de serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos dos serviços de saúde dos grupos “A”, “B” e “E”, é realizada pela empresa especializada do município INTRALIX, localizada próxima ao aterro sanitário, conforme Resolução CONAMA nº 358/2005, da Resolução RDC ANVISA nº 306/2004 e Resolução SMA nº 33/2006. O contrato com a empresa especifica um total de aproximadamente 3800 Kg/ mês de resíduos gerados e coletados, resultando em um valor unitário mensal a ser pago pelos serviços de R$ 9.120,00, contabilizando um valor de R$ 109.440,00 ao ano. A totalidade dos resíduos coletados é encaminhada para tratamento e disposição final no próprio município de Vargem Grande do Sul, em galpão apresentado na Foto 4.12, a seguir. 2061 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -87- 2062 2063 Foto 4.12 – Instalações da Intralix 2064 2065 2066 Não existem dados quantitativos e/ou qualitativos quanto à geração e coleta de outros tipos de resíduos. 2067 4.2.1.2 2068 2069 2070 Hoje o município possui um projeto em andamento. Refere-se ao encerramento do antigo lixão, que conforme um estudo de passivo ambiental já realizado pelo município, foi constatado que há contaminação por Ferro, Manganês e Alumínio. 2071 2072 2073 Atualmente está sendo solicitado ao município que se faça a Investigação Detalhada do local e Análise de Risco com apresentação de Plano de Intervenção e a delimitação das plumas de contaminação. 2074 2075 2076 A Prefeitura também já apresentou à CETESB Projeto Básico Para o Encerramento do Aterro de Resíduos Domiciliares localizado na Rodovia SP 342 km 194 próximo ao pedágio. 2077 4.2.2 2078 2079 2080 2081 O diagnóstico do sistema de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos em função da geração atual e futura desses resíduos constitui a base para a proposição de cenários, definição de diretrizes e metas, e para o detalhamento de programas, projetos e ações, que serão apresentados em fases posteriores deste trabalho. 2082 2083 2084 Nesta fase, serão relacionados e classificados todos os resíduos diagnosticados no município, as condições de geração e as formas de coleta, transporte e destinação finais adotadas, a fim de se detalhar a situação em que o município se encontra atualmente. 2085 4.2.3 2086 2087 2088 As informações quanto à classificação dos resíduos a seguir descritas, foram extraídas do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Ministério do Meio Ambiente (MMA). Projetos Existentes Diagnóstico Operacional do Sistema de Resíduos Sólidos Classificação, geração, coleta, transporte e destinação final Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -882089 4.2.3.1 Classificação 2090 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 2091 2092 Corresponde aos resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas; é composta por resíduos secos e resíduos úmidos. 2093 2094 Os resíduos secos são constituídos principalmente por embalagens fabricadas a partir de plásticos, papéis, vidros e metais diversos, além das embalagens do tipo “longa vida”. 2095 2096 2097 Já os resíduos úmidos são constituídos principalmente por restos oriundos do preparo de alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados, entre outros. 2098 2099 2100 Os estudos que embasaram o Plano Nacional de Resíduos Sólidos apontaram uma composição média nacional de 31,9% de resíduos secos e 51,4% de resíduos úmidos do total dos resíduos sólidos urbanos coletados. Os 16,7% restantes, são rejeitos. 2101 Resíduos da Limpeza Pública (RLP) 2102 2103 2104 2105 2106 As atividades de limpeza pública, definidas na Lei Federal de Saneamento Básico, dizem respeito a: varrição, capina, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias, monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e limpeza de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público (BRASIL, 2007a). 2107 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 2108 2109 2110 2111 2112 2113 2114 Nestes resíduos predominam materiais trituráveis como restos de alvenarias, argamassas, concretos e asfalto, além do solo, todos resignados como RCC classe A (reutilizáveis ou recicláveis). Correspondem, a 80% da composição típica desse material. Comparecem ainda materiais facilmente recicláveis como embalagens em geral, tubos, fiação, metais, madeira e o gesso. Este conjunto é designado de classe B (recicláveis para outras destinações) e corresponde a quase 20% do total sendo que a metade é debitado às madeiras, bastante utilizadas nas construções. 2115 Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) 2116 2117 2118 2119 2120 2121 2122 2123 Para melhor controle e gerenciamento, estes resíduos são divididos em grupos, da seguinte forma: Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas transfusionais, peças anatômicas, filtros de ar, gases etc.); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfuro cortantes). A observação de estabelecimentos de serviços de saúde tem demonstrado que os resíduos dos Grupos A, B, C e E são no conjunto, 25% do volume total. Os do Grupo D (resíduos comuns e passíveis de reciclagem, como as embalagens) respondem por 75% do volume (MMA, 2011). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -892124 4.2.3.2 Geração 2125 2126 A produção média de RSS no município é de 3,8 t/mês, enquanto a de resíduos recicláveis é de aproximadamente 45 t/mês. 2127 4.2.3.3 2128 2129 A coleta dos RSD do município é realizada porta a porta por meio de um caminhão compactador. A coleta ocorre em todo o município. 2130 2131 Os RSS são coletados e transportados por empresa contratada, que é também responsável pelo tratamento e disposição final. 2132 Os RCC são coletados por caminhões da prefeitura e dispostos em um local provisório. 2133 2134 A coleta seletiva abrange toda a área urbana, e é realizada por um caminhão gaiola para seu recolhimento. 2135 4.2.3.4 2136 2137 O Quadro 4.12 apresenta o resumo da destinação final dos resíduos municipais diagnosticados. 2138 QUADRO 4.12 - DESTINAÇÃO FINAL Coleta e Transporte Destinação Final DESTINAÇÃO FINAL RSD RCC RSS Aterro municipal Área provisória INTRALIX (empresa privada) 2139 2140 2141 2142 4.2.4 Análise Operacional dos Serviços de Limpeza Pública e Manejo dos Resíduos Sólidos com base no Sistema de Indicadores 2143 2144 2145 2146 Para a verificação da prestação atual dos serviços de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos, adotaram-se alguns indicadores, já apresentados no capítulo 4, que se encontram analisados a seguir. A partir desta análise, foi realizado o diagnóstico do sistema. 2147 Icr – Indicador de Coleta Regular 2148 2149 2150 Como o município de Vargem Grande do Sul tem 100% de coleta de lixo domiciliar, o Icr é igual a 100. Neste caso, o atendimento da coleta deve ser mantido e continuamente avaliado para que o serviço não deixe de ser prestado. 2151 Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD 2152 2153 Em Vargem Grande do Sul, 5,5% dos RSD são reaproveitados, portanto o Irr é igual a 20. O município deve continuar investindo nos programas ambientais e educacionais que hoje Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -902154 2155 vem desenvolvendo junto à população, para que sejam atingidas todas as metas de reaproveitamento. 2156 Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 2157 2158 2159 2160 De acordo com a avaliação da CETESB, no ano de 2012, o aterro sanitário municipal de Vargem Grande do Sul, obteve IQR = 7,3, sendo avaliado em condições Adequadas. (Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares – 2012 – CETESB). Ainda de acordo com esta avaliação, os itens que receberam pontuação zero foram: 2161 Portaria, balança e vigilância; 2162 Recobrimento dos resíduos; 2163 Cobertura de terra 2164 Homogeneidade da cobertura 2165 Profundidade do lençol freático (P) x Permeabilidade do solo (K) 2166 Drenagem definitiva de águas pluviais; 2167 Presença de aves e animais 2168 Ocorrência de moscas e roedores. 2169 2170 2171 É necessário, portanto que, além de corrigir tais problemas apontados, que o município faça adequações no quesito reaproveitamento. Por exigência da PNRS, somente será permitida a disposição em aterro os resíduos não reaproveitáveis, ou seja, os rejeitos. 2172 Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 2173 2174 2175 2176 2177 2178 De acordo com a avaliação da CETESB (Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares – 2012 – CETESB), a vida útil do aterro sanitário de Vargem Grande do Sul é maior que 5 anos, portanto, a partir desta data a Prefeitura Municipal deverá buscar nova alternativa para a disposição dos RSD. Neste caso, na proposição de cenários, apresentado em fase posterior do trabalho, o município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, de forma a solucionar tal problema. 2179 Demais serviços analisados 2180 2181 2182 2183 2184 2185 De acordo com a PNRS, todos os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos preveem a universalização do atendimento às comunidades locais, independentemente das dificuldades impostas pelas condições em que se encontram. É necessária também a conscientização por parte dos munícipes para que não haja descarte dos resíduos clandestinamente, como em terrenos baldios e margens de córregos, onerando os custos de coleta e transporte para o município. 2186 2187 No município de Vargem Grande do Sul é realizada coleta seletiva nos domicílios da área urbana. Cabe destacar que, apesar do município apresentar este índice de coleta seletiva, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -912188 2189 2190 2191 2192 na proposição de cenários, apresentado em fase posterior do trabalho, o município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, para que este serviço seja prestado a toda a população. Por exigência da PNRS, somente será permitida a disposição em aterro sanitário dos resíduos não reaproveitáveis, ou seja, os rejeitos, obrigando o município a planejar e implantar sistemas de coleta seletiva realmente amplos e eficientes. 2193 2194 2195 2196 2197 2198 O município dispõe inadequadamente os RCC em um local provisório, portanto devem ser tomadas medidas emergenciais para a implementação de uma infraestrutura de disposição e reaproveitamento destes resíduos, conforme preconiza a Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sob Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. Neste caso, na proposição de cenários, apresentado em fase posterior do trabalho, o município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, de forma a solucionar tal problema. 2199 2200 2201 2202 Os resíduos dos serviços de saúde (RSS), já tem um modelo de coleta, transporte e destinação final diferenciado pelo seu nível de periculosidade. Atualmente tal modelo atende de maneira adequada, em termos quantitativos, o município. É necessário que o município também acompanhe qualitativamente o modelo praticado. 2203 2204 2205 Cabe ressaltar, que o município deve se utilizar dos indicadores sugeridos, ou se utilizar ainda de outros, para que todos os serviços prestados sejam sempre executados de maneira adequada, respeitando as legislações vigentes. 2206 2207 4.3 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS ÁGUAS PLUVIAIS 2208 4.3.1 Descrição dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais 2209 2210 2211 O município está inserido na Sub-Bacia do Jaguari Mirim cujas características principais são: alta suscetibilidade a processos erosivos, pontos dispersos de cobertura vegetal nativa e secundária, e economia baseada em atividades agrícolas e pastoris. 2212 2213 O sistema de drenagem natural do município é composto, principalmente, pelo Rio Verde e córrego Santana. 2214 4.3.1.1 2215 2216 2217 2218 O sistema de microdrenagem urbana capta as águas escoadas superficialmente e as encaminha até o sistema de macrodrenagem através das seguintes estruturas: meio-fio ou guia, sarjeta, boca-de-lobo, poço de visita, galeria de água pluvial, tubo de ligação, conduto forçado e estação de bombeamento (quando necessário). 2219 2220 2221 2222 2223 O município dispõe de estruturas de drenagem na área urbana, como bocas-de-lobo, galerias de águas pluviais e trechos canalizados de córregos. Porém, o levantamento em planta da rede de drenagem e demais informações técnicas relativas ao número de estruturas, dimensões como extensão da rede, diâmetro das galerias, número de bocasde-lobo, localização dos poços de visita etc., não está cadastrado ou disponível para DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE Microdrenagem Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -922224 2225 consulta. Também não há informação sobre a manutenção e limpeza periódica do sistema de microdrenagem. 2226 2227 2228 Não foram identificados pontos de alagamento junto ao Grupo Executivo Local, porém, na visita de campo percebeu-se que há necessidade de ampliação da rede de drenagem no município, uma vez que o mesmo apresenta poucos elementos de microdrenagem. 2229 4.3.1.2 2230 2231 2232 A macrodrenagem de uma zona urbana corresponde à rede de drenagem natural, ou seja, constituída pelos córregos, riachos e rios que se localizam nos talvegues e vales. No caso do município de Vargem Grande do Sul as macrodrenagens identificadas são: 2233 Rio Verde e; 2234 Córrego Santana. 2235 2236 2237 2238 2239 As águas de chuva, ao alcançar um curso d’água, causam o aumento da vazão por certo período de tempo. Este acréscimo na descarga da água tem o nome de cheia ou enchente. Quando essas vazões atingem tal magnitude a ponto de superar a capacidade de descarga da calha fluvial e extravasar para áreas marginais, habitualmente não ocupadas pelas águas, caracteriza-se uma inundação. 2240 2241 De acordo com o Grupo Executivo Local, os locais que apresentam problemas de inundação são: 2242 2243 Via Antônio Bolonha com Av. Antônio Dias Duque e outro ponto na Av. Antônio Dias 2244 Rua do Rosário com Av. Hermeti Piochi de Oliveira 2245 Rua Francisco Zanquetta com Rua Petrópolis; 2246 Rua Jaboticabal. 2247 Rua Alexandre Mizulini com Av. Hermeti Piochi de Oliveira 2248 Dois pontos na Rua Imaculada Conceição 2249 Rua Patrocínio Rodrigues 2250 Rua Santana 2251 2252 2253 Quanto aos detalhes do sistema macrodrenagem, não foram encontrados estudos ou referências técnicas e, tampouco, documentos cedidos pelo grupo executivo local que permitissem uma análise e descrição mais aprofundada. Macrodrenagem Duque. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -932254 2255 Não foram identificados estudos relativos a projetos de estruturas para o sistema de drenagem urbana. 2256 2257 2258 A Ilustração 6.4, apresentada no capítulo 6, mostra as áreas com risco de inundação, sujeitas a alagamento ou que apresentam erosão. Também são apresentadas as informações coletadas referentes ao sistema existente de micro e macrodrenagem. 2259 4.3.2 2260 2261 2262 2263 2264 A partir das características hidráulicas levantadas em campo nos pontos críticos, é possível determinar sua capacidade de escoamento (vazão através de travessias construídas sobre galerias ou bueiros; vazão sob a estrutura de pontes; canais e estruturas vertedouras). Já a vazão máxima é resultado de um modelo hidrológico apresentado no capítulo anterior. 2265 2266 O diagnóstico do município de Vargem Grande do Sul consistiu basicamente em verificar a capacidade de escoamento da estrutura no ponto de interesse para a vazão máxima. 2267 4.3.2.1 2268 2269 O Quadro 4.13 apresenta a capacidade e as vazões máximas nos pontos críticos apresentados no capítulo anterior. 2270 Diagnóstico do Sistema de Drenagem Pluvial Urbana Interpretação das Necessidades QUADRO 4.13 – DIAGNÓSTICO DOS PONTOS CRÍTICOS Ponto Crítico Dimensão (m) Capacidade (m³/s) Vazão Máxima (m³/s) 3 tubos 1,5 Largura: 6,0 e altura: 1,0 1,0 12,86 15,03 2,67 3,51 1,45 83,53 73,28 20,94 20,94 10,62 Travessia na rua Alexandre Mizulini 2 tubos 1,3 5,85 46,06 Travessia rua Imaculada Conceição Ponte na rua Patrocínio Rodrigues Ponte na rua Santana 2 tubos 1,5 Largura:7 e altura: 3,6 Largura:9,2 e altura: 2,8 8,57 63,14 64,55 46,06 238,05 239,17 Travessia na via Antônio Bolonha Ponte na via Antônio Bolonha Travessia rua do Rosário Ponte na rua Francisco Zanquetta Travessia na rua Jaboticabal 3 tubos ( 0.6, 0.8 e 1) Largura: 2,0 e altura: 0,7 2271 2272 2273 2274 2275 2276 2277 Elaboração ENGECORPS, 2013 2278 2279 2280 2281 Conforme descrito no capítulo 4 desse relatório – Indicadores – para avaliação do componente drenagem, em relação aos aspectos institucionais e pontos críticos os quadros 4.14 e 4.15 mostram os indicadores referentes ao município de Vargem Grande do Sul. Em nível de planejamento é possível concluir que, tanto sob o ponto de vista hidrológico quanto hidráulico, as estruturas não possuem capacidade para escoar a vazão máxima, portanto necessitam ampliar sua seção, a fim de evitar problemas quando ocorrer uma chuva crítica. 2282 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -94- QUADRO 4.14 – AVALIAÇÃO DO INDICADOR RELACIONADO À INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 2283 INDICADORES DE DRENAGEM URBANA VARGEM GRANDE DO SUL MACRODRENAGEM I1 Existência de padronização para projeto viário e drenagem pluvial NÃO 0 I2 Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos NÃO 0 I3 Estrutura de inspeção e manutenção da drenagem NÃO 0 I4 Existência de monitoramento de chuva SIM 0,5 I5 Registros de incidentes envolvendo microdrenagem NÃO 0 TOTAL= 0,5 2284 2285 2286 INSTITUCIONALIZAÇÃO INSTITUCIONALIZAÇÃO MICRODRENAGEM I1 Existência de plano diretor urbanístico com tópicos relativos à drenagem NÃO 0 I2 Existência de plano diretor de drenagem urbana NÃO 0 I3 Legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias NÃO 0 I4 Monitoramento de cursos d'água (nível e vazão) NÃO 0 I5 Registros de incidentes envolvendo a macrodrenagem NÃO 0 TOTAL= 0 SIM 0,5 TOTAL= 0,5 QUADRO 4.15 – AVALIAÇÃO DO INDICADOR RELACIONADO À QUALIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS INDICADORES DE DRENAGEM URBANA VARGEM GRANDE DO SUL Q1 Inexistência de Pontos de alagamento MACRODRENAGEM NÃO 0 TOTAL= 0 QUALITATIVO QUALITATIVO MICRODRENAGEM Q1 Inexistência de pontos de inundação Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -952287 2288 2289 Observa-se que Vargem Grande do Sul não pontuou em nenhum indicador de macrodrenagem e apenas um em microdrenagem (existência de monitoramento de chuva), ou seja, não apresenta ainda uma estrutura organizacional adequada. 2290 2291 2292 2293 A inexistência de uma abordagem específica do componente drenagem no Plano Diretor Urbano do município, assim como a ausência de planejamento desse componente, representa um motivo de preocupação com relação à possibilidade da ocorrência de uso e ocupação do solo futuro com impactos negativos na macrodrenagem. 2294 2295 2296 A presença de legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias evitaria o surgimento desses impactos, como áreas sujeitas à inundação, decorrentes do processo de urbanização. 2297 2298 2299 A ausência de padronização para o projeto viário e drenagem pluvial, dificulta a manutenção e troca dos componentes. Já a ausência de uma equipe de inspeção e manutenção dificulta o controle sobre a execução e conservação. 2300 2301 O serviço de verificação e análise de projetos é importante para auxiliar o município a garantir o atendimento à legislação pertinente. 2302 2303 Vale destacar que o monitoramento das chuvas é realizado pelo DAEE, sendo importante o município também registrar e elaborar um banco de dados. 2304 2305 2306 É necessário também o monitoramento dos cursos d´água e dos problemas envolvendo os sistemas de drenagem, a fim de o município registrar e criar um banco de dados dos incidentes e relacioná-los aos eventos naturais ocorridos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -962307 5. OBJETIVOS E METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO 2308 2309 5.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO 2310 5.1.1 Aspectos Gerais 2311 2312 2313 2314 2315 Neste capítulo serão definidos os objetivos, as metas e as ações necessárias para o Município de Vargem Grande do Sul, contando com dados e informações que já foram sistematizados nos produtos anteriores, essencialmente quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, com relação ao nível de cobertura dos serviços de saneamento básico e sua futura universalização. 2316 2317 2318 Sob essa intenção, os objetivos, metas e ações necessárias serão mais bem detalhadas em nível do território do município, orientando o desenvolvimento do programa de investimentos proposto, que constituirá a base do plano municipal. 2319 2320 2321 2322 2323 2324 2325 2326 2327 Mais do que isso, com vistas à coerência no conceito dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico, sobretudo quando postos frente ao Plano Regional Integrado de Saneamento Básico, os objetivos e metas também estão relacionados com a gestão de recursos hídricos da UGRHI 9, composta pelos 38 municípios 9, a serem vistos em conjunto no contexto da bacia hidrográfica. Ou seja, em adição à abordagem dos PMSBs, este tópico considera a leitura sintética da região abrangida pela UGRHI 9, com a finalidade de identificar problemas comuns e eventuais conflitos entre os diferentes setores usuários de recursos hídricos, de modo a conferir subsídios à desejada definição de objetivos e metas dos PMSBs. 2328 2329 5.2 2330 2331 2332 2333 2334 Contando com todos os subsídios levantados – locais e regionais –, pode-se, então, chegar a conclusões e a diretrizes gerais relacionadas aos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico, que devem ser concebidos tanto sob a perspectiva local, quanto sob uma ótica regional, a ser traduzida no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico. 2335 Sob o conceito de Planos Integrados, entende-se que devem ser consideradas: 2336 2337 2338 2339 de um lado, as articulações e mútuas repercussões entre os segmentos internos ao E METAS CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS LOCAIS E REGIONAIS PARA OS DE SISTEMAS DIAGNÓSTICOS setor saneamento, que envolvem o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgotos, a coleta e a disposição adequada de resíduos sólidos e, também, os sistemas de micro e macrodrenagem; 9 Na verdade para elaboração dos planos municipais, foram agregados à UGRHI 9 três municípios, a saber: Cravinhos e Vargem Grande do Sul da UGRHI 4 – PARDO e Monte Alto da UGRHI 15 – TURVO-GRANDE. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -972340 2341 2342 2343 2344 de outro, as ações conjuntas e processos de negociação para alocação das 2345 2346 Assim, sob tais subsídios e conceitos, em relação aos sistemas de abastecimento de água dos municípios da UGRHI 9, pode-se concluir que: 2347 2348 há um quadro regional preocupante, em decorrência da baixa disponibilidade de água 2349 por consequência, ocorre elevada dependência de inúmeros municípios quanto: disponibilidades hídricas, com vistas a evitar conflitos com outros diferentes setores usuários das águas – no caso da UGRHI 9, com destaques para o setor agropecuário e de cultivos irrigados, a geração de hidroeletricidade, a produção industrial e a explotação de minérios. de boa qualidade, adequada à captação para abastecimento público; 2350 2351 à proteção e à operação adequada dos Reservatório Cachoeira de Cima em Mogi Guaçu e Reservatório Cachoeira das Emas em Pirassununga; 2352 à melhoria da qualidade de água do próprio Rio Mogi Guaçu; 2353 2354 à proteção dos diversos mananciais locais (córregos, rios afluentes e mananciais subterrâneos); 2355 2356 2357 2358 sob as perspectivas do desenvolvimento regional, em decorrência da continuidade do processo de expansão e descentralização da RMSP, as disputas e conflitos pelas disponibilidades hídricas entre os diferentes setores usuários das águas tendem a implicar maiores dificuldades quanto ao abastecimento público. 2359 2360 No que tange aos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, as conclusões são as seguintes: 2361 2362 2363 2364 2365 mesmo com diversos municípios da UGRHI 9 estando acima dos padrões nacionais 2366 2367 2368 as prioridades desses avanços poderão ser estabelecidas de acordo com as 2369 2370 2371 Em relação aos sistemas de resíduos sólidos, não obstante os elevados percentuais de coleta, por vezes universalizados na maioria das cidades, pode-se concluir que os principais desafios referem-se: 2372 2373 2374 2375 à disposição final adequada, com a implantação de aterros sanitários, com vistas a de coleta e tratamento de esgotos, há espaço e demandas para avanços importantes, que terão rebatimentos positivos em termos da oferta de água para abastecimento, notadamente em termos da qualidade dos recursos hídricos, tanto superficiais quanto subterrâneos; associações de seus resultados em termos de melhoria de qualidade da água e proteção a mananciais de sistemas de abastecimento público. impedir a contaminação de aquíferos que sirvam como mananciais para abastecimento e, também, para reduzir os impactos negativos que são causados sobre as águas superficiais da região – rios córregos e reservatórios; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -982376 2377 2378 2379 à identificação de locais adequados, inclusive para empreendimentos coletivos de 2380 2381 Por fim, em relação aos sistemas de drenagem, conclui-se que os casos mais frequentes dizem respeito: 2382 2383 às inundações em locais específicos de áreas urbanas, o que requer intervenções de 2384 2385 à consideração, em termos de macrodrenagem, da operação adequada de barragens, 2386 Sob tais conclusões, os PMSBs devem considerar as seguintes diretrizes gerais: 2387 2388 2389 2390 2391 2392 a universalização dos sistemas de abastecimento de água, não somente para atender 2393 2394 2395 sob tal diretriz, apenas casos isolados de pequenas comunidades da área rural serão 2396 2397 2398 mais do que isso, também cabe uma diretriz voltada ao aumento da eficiência na 2399 2400 2401 2402 2403 2404 a máxima ampliação viável dos índices de coleta de esgotos sanitários, associados a 2405 2406 2407 tais resultados advindos da coleta e tratamento de esgotos não devem ser 2408 2409 2410 2411 a implantação de todos os aterros sanitários demandados para a disposição adequada aterros sanitários e/ou unidades de valorização energética que atendam a conjuntos de municípios, considerando a perspectiva regional e o rebatimento de tais empreendimentos sobre o meio ambiente e sobre os recursos hídricos. cunho mais pontual; para fins de reservação, regularização de vazões e controle de cheias; às questões de saúde pública e direitos de cidadania, como também para que os mananciais presentes e potenciais sejam prontamente aproveitados para fins de abastecimento de água, consolidando o sistema de saneamento, prevendo projeções de demandas futuras e antecipando-se a possíveis disputas com outros setores usuários das águas; admitidos com metas ainda parciais, para chegar à futura universalização dos serviços de abastecimento de água; distribuição de água potável, o que significa redução do índice de perdas reais e aparentes, com melhor aproveitamento dos mananciais utilizados; sistemas de tratamento, notadamente nos casos onde possam ser identificados rebatimentos positivos sobre a qualidade de corpos hídricos nos trechos de jusante, com particular destaque à proteção dos Reservatórios Cachoeira de Cima e das Emas, que apresentam significativos impactos regionais – quantitativos e qualitativos – na águas de jusante; considerados somente na Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu, mas também sobre as outras UGRHIs que compõem as bacias hidrográficas do Estado de São Paulo; de resíduos sólidos – coletivos ou para casos isolados –, a serem construídos em locais identificados sob aspectos de facilidade logística e operacional, assim como de pontos que gerem menores repercussões negativas sobre o meio ambiente e os Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -992412 2413 recursos hídricos (ou seja, verificando acessibilidade, custos de transporte, tipo do solo, relevo e proximidade com corpos hídricos); 2414 2415 2416 2417 2418 a identificação de frentes para avanços relacionados a indicadores traçados para: 2419 2420 2421 2422 execução de intervenções pontuais e de manutenção e limpeza em sistemas de macro 2423 2424 a previsão de tecnologias apropriadas à realidade local e regional para os quatro 2425 2426 sob tal diretriz, das prioridade às tecnologias ambientalmente adequadas, que 2427 5.3 2428 2429 2430 2431 2432 2433 Em consonância com as diretrizes gerais, os Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico devem adotar os seguintes objetivos e metas, tal como já disposto, essencialmente, quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, em relação ao nível de cobertura e/ou aos padrões de atendimento dos serviços de saneamento básico e sua futura universalização, conforme apresentado nos itens a seguir, particularmente para cada sistema/serviço de saneamento: 2434 5.3.1 2435 2436 2437 2438 2439 Nos quadros 5.1 e 5.2, encontram-se resumidos os objetivos e metas, considerando, em essência, metas progressivas de atendimento para consecução da universalização dos serviços, abordando as áreas urbanas e rurais. O período considerado está relacionado com um horizonte de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2015 e 2034. serviço de coleta regular; saturação do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares; serviço de varrição das vias urbanas; destinação final dos resíduos sólidos industriais e manejo e destinação de resíduos sólidos de serviços de saúde; e microdrenagem das cidades, a checagem de regras de operação de barragens, para fins de melhores resultados na reservação, regularização de vazões e controle de cheias, em termos de macrodrenagem; sistemas de saneamento; incentivam a redução das emissões de gases de efeito estufa. OBJETIVOS E METAS Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotos Sanitários Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1002440 2441 2442 QUADRO 5.1 – OBJETIVOS, METAS E AÇÕES RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA, REDUÇÃO DAS PERDAS E ÍNDICES DE TRATAMENTO – MUNICÍPIO DE VARGEM GRANDE DO SUL – ÁREA URBANA10 Serviços de Saneamento Reduzir as perdas de água Sistema de Encaminhamento de esgotos Melhorar a eficiência da ETE Água Esgotos 2443 2444 2445 2446 2447 Objetivos ÁREA URBANA Situação Atual (2013) Metas Prazo Índice de Perdas 36,3% Índice de Perdas 25,0% Longo Prazo até 2034 Vazamentos nas redes, deficiência operacional nas elevatórias e na ETE Eliminação das deficiências Emergencial até 2016 e Curto Prazo até 2018 QUADRO 5.2 – OBJETIVOS, METAS E AÇÕES RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA E SUA FUTURA UNIVERSALIZAÇÃO – MUNICÍPIO DE VARGEM GRANDE DO SUL – ÁREA RURAL Serviços de Saneamento Água Esgotos Objetivos Universalizar o atendimento com água Universalizar a coleta e tratamento dos esgotos ÁREA RURAL Situação Atual Metas Cobertura ND Cobertura ND Prazo Cobertura 100% Cobertura 100% Longo Prazo 2034 até Longo Prazo até 2034 2448 2449 2450 2451 2452 Com relação à área rural, adiante serão indicadas algumas soluções possíveis para se atingir a universalização do abastecimento de água e coleta e tratamento dos esgotos, baseadas em novas concepções e experiências desenvolvidas para várias localidades. 2453 5.3.2 2454 2455 2456 2457 No Quadro 5.3, encontram-se resumidos os objetivos e as metas para a universalização do atendimento dos serviços de coleta e limpeza urbana e a disposição adequada dos resíduos sólidos domiciliares, da construção civil e de serviços de saúde, para o horizonte de projeto de 20 anos, ou seja, de 2015 a 2034. Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 2458 10 – O índice de cobertura de água refere-se ao indicador IN023 (índice de atendimento urbano de água) do SNIS (Mcidades), que abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; – O índice de perdas refere-se às perdas reais e aparentes na distribuição, associado ao indicador IN049 do SNIS; – O índice de cobertura de coleta de esgotos refere-se ao indicador IN024 (Índice de atendimento urbano de esgotos ) do SNIS, que abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; – O índice de tratamento de esgotos refere-se ao indicador IN016 (Índice de tratamento de esgotos) do SNIS, que abrange o volume de esgotos tratados em relação ao volume de esgotos coletados na área urbana. Dentro da implementação do Programa de Redução de Perdas na Distribuição, serão necessárias várias ações relacionadas com a necessidade de setorização, troca de hidrômetros com mais de 5 anos, pesquisas de vazamentos e outras várias intervenções na rede, além de maior eficácia na gestão comercial. O maior detalhamento das ações necessárias estarão indicadas adiante no item 3.1.5 e no Produto 6 (PMSB), em relação à consecução desse programa. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -101QUADRO 5.3 – OBJETIVOS E METAS 2459 Situação Atual (2013) Objetivos Ampliar o índice de coleta de resíduos sólidos domiciliares Ampliar o índice de coleta dos resíduos da construção civil Manter o índice de coleta de resíduos de serviços de saúde Ampliar índice de reciclagem dos resíduos domiciliares coletados Ampliar índice de reaproveitamento dos resíduos da construção civil coletados 11 Aumentar a nota da avaliação do IQR Metas Prazo Cobertura ND Cobertura ND Cobertura 100% Cobertura 100% 2015 Cobertura 100% 2015 a 2034 Cobertura 100% 2015 a 2034 ND 30% 2015 a 2034 0% 30% 2015 a 2034 73 100 Manter Adequado Adequar Manter adequado 100% 2015 a 2034 Disposição adequada dos resíduos sólidos domiciliares Adequado Disposição adequada dos resíduos da construção civil Inadequado Tratamento e disposição adequada dos resíduos de serviços de saúde Adequado Universalização dos serviços de limpeza e varrição ND 2015 a 2034 2015 a 2034 2015 a 2034 2015 2460 2461 2462 5.3.3 Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas 2463 2464 2465 2466 De acordo com o planejamento efetuado para elaboração deste Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para implantação das medidas necessárias para o Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas: 2467 obras emergenciais – de 2015 até o final de 2016 (imediatas); 2468 obras de curto prazo – de 2015 até o final do ano 2018 (4 anos); 2469 obras de médio prazo – de 2015 até o final do ano 2022 (8 anos); 2470 obras de longo prazo – A partir de 2023 até o final de plano (ano 2034). 2471 2472 2473 2474 No Quadro 5.4, encontram-se resumidos os objetivos e metas, considerando, em essência, metas progressivas para o controle de inundações nas áreas urbanas. O período considerado está relacionado com um horizonte de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2015 e 2034. 2475 2476 QUADRO 5.4 – OBJETIVOS E METAS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA – MUNICÍPIO DE VARGEM GRANDE DO SUL Objetivos Situação Atual (2013) Metas Prazo Controle de inundações Pontos de inundação Sem registros de problemas de inundação Médio prazo 2477 11 O IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – Nova Proposta – é um indicador da CETESB que avalia diversos aspectos do aterro como: estruturas de apoio, aspectos operacionais, estruturas de proteção ambiental, características da área entre outros. Essa avaliação permite que seja atribuída uma nota à unidade, classificando-a como adequada ou inadequada. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1022478 2479 6. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO 2480 6.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2481 6.1.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos 2482 2483 2484 2485 2486 2487 O resumo das obras necessárias para o Sistema de Abastecimento de Água de Vargem Grande do Sul encontra-se apresentado no Quadro 6.1. A estimativa de custos também é indicada, em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 10,89 milhões, com valores estimados na data base de dezembro de 2013. 2488 2489 QUADRO 6.1 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA12 Unidades Tipo de Intervenção/ Prazo de Implantação Custos Estimados (R$) Obras Principais Planejadas Investimentos Anuais Estimados (R$) OSL - Adequação do sistema de ETA Emergencialm ente e Curto Prazo- entre 2015 e 2018 Adução de Água Tratada Curto Prazo – entre 2015 e 2018 Reservatórios Setoriais Médio Prazoentre 2015 e 2022 lavagem dos filtros; automação do sistema OSL - Implantação de sistemas de desidratação do lodo dos floculadores e decantadores da ETA existente. OSL - Implantação de sistemas de recirculação das águas de lavagem dos filtros da ETA existente. OSL - Instalação de conjuntos reservas nas elevatórias de AT – 4 unidades 150.000,00 2015 – 87.500,00 2016 – 87.500,00 2017 – 87.500,00 2018 – 87.500,00 150.000,00 50.000,00 2015 – 10.000,00 2016 – 10.000,00 2017 – 10.000,00 2018 – 10.000,00 2015 – 25.000,00 2016 – 25.000,00 2017 – 25.000,00 2018 – 25.000,00 2019 – 25.000,00 2020 – 25.000,00 2021 – 25.000,00 2022 – 25.000,00 40.000,00 OSL - Eventual implantação de 2 reservatórios setoriais em função de adequação e do crescimento de determinadas áreas do município. 200.000,00 MNE - Implantação de um Programa de Rede de Distribuição Longo Prazoentre 2015 e 2034 Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc. OSE - Implantação de aproximadamente 23,0 km de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 2800 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações. INVESTIMENTOS TOTAIS 10.300.000,00 2015 a 2034 515.000,00/ano 10.890.000,00 10.890.000,00 2490 12 As intervenções supracitadas possuem a tipologia de obras e serviços localizadas (OSL), obras e serviços estruturais (OSE) e medidas de caráter não estrutural (MNE). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1032491 2492 6.1.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 2493 2494 2495 2496 De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para implantação das obras necessárias no Sistema de Abastecimento de Vargem Grande do Sul: 2497 obras emergenciais – de 2015 até o final de 2016 (imediatas); 2498 obras de curto prazo – de 2015 até o final do ano 2018 (4 anos); 2499 obras de médio prazo – de 2015 até o final do ano 2022 (8 anos); 2500 obras de longo prazo – A partir de 2023 até o final de plano (ano 2034) . 2501 2502 Em função dessa estruturação, apresenta-se, a seguir, um cronograma elucidativo – Figura 6.1, com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 13 13 Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2015 a 2034) a ampliação gradativa da rede de distribuição, em função do crescimento vegetativo das populações; idem em relação à implementação de um Programa de Redução de Perdas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -104- 2503 2504 Figura 6.1 - Cronograma de Implantação das Obras Necessárias no Sistema de Abastecimento de Água Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1052505 6.1.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 2506 2507 2508 Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores e cujas obras estão apresentadas na Ilustração 6.1, tem-se como principais benefícios para o sistema de abastecimento de água: 2509 2510 A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana dos distritos e 2511 2512 A redução de perdas de água no processo, com a proposição de medidas correlatas, 2513 2514 Maior garantia de fornecimento de água com qualidade estabelecida pela legislação 2515 2516 Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a 2517 2518 Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função da implantação de 2519 A Ilustração 6.1 mostra as unidades do SAA e as obras previstas. aglomerados; especialmente visando reduções no sistema de distribuição; vigente, desde a saída da unidade de tratamento até as residências; substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; sistemas de controles (CCO). 2520 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1062521 ILUSTRAÇÃO 6.1 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – SOLUÇÕES PROPOSTAS 2522 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1072523 6.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 2524 6.2.1 Resumo das Intervenções Principais 2525 2526 2527 2528 2529 2530 O resumo das obras necessárias para o Sistema de Esgotos Sanitários de Vargem Grande do Sul encontra-se apresentado no Quadro 6.2. A estimativa de custos também é indicada em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 12,6 milhões, com valores estimados na data base de dezembro de 2013. 2531 2532 QUADRO 6.2 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS14 Unidades Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Obras Principais Planejadas Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados (R$) 10.200.000,00 2015 a 2034510.000,00/ano 900.000,00 2015 112.500,002016 112.500,002017 112.500,002018 112.500,002019 112.500,002020 112.500,002021 112.500,002022 112.500,00 1.500.000,00 2015 – 375.000,002016 – 375.000,002017 – 375.000,002018 – 375.000,00 12. 600.000,00 12. 600.000,00 OSE - Implantação de REDE COLETORA Longo Prazoentre 2015 e 2034 aproximadamente 12,0 km de novas redes e 1800 ligações para atendimento ao crescimento vegetativo das populações. OSL - Instalação de geradores ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS Médio Prazoentre 2015 e 2022 de emergência nas estações elevatórias, incluindo-se todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica e substituição de uma delas OSL - Instalação de novas ESTAÇÃO DE TRATAMENTO Curto Prazoentre 2015 e 2018 unidades de desarenação e gradeamento; automação da operação da ETE; troca de aeradores; adequação do sistema de cloração; treinamento constante de operadores e técnicos responsáveis pela operação e manutenção do sistema. INVESTIMENTOS TOTAIS 2533 2534 2535 6.2.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 2536 2537 2538 2539 De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para implantação das obras necessárias no Sistema de Esgotos Sanitários de Vargem Grande do Sul: 2540 obras emergenciais – de 2015 até o final de 2016 (imediatas); 14 As intervenções supracitadas possuem a tipologia de obras e serviços localizadas (OSL), obras e serviços estruturais (OSE) e medidas de caráter não estrutural (MNE). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1082541 obras de curto prazo – de 2015 até o final do ano 2018 (4 anos); 2542 obras de médio prazo – de 2015 até o final do ano 2022 (8anos); 2543 obras de longo prazo – A partir de 2023 até o final de plano (ano 2034) . 2544 2545 Em função dessa estruturação, apresenta-se, a seguir, um cronograma elucidativo – Figura 6.2, com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 15 15 Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo(2015 a 2034) a ampliação gradativa da rede coletora, em função do crescimento vegetativo das populações. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -109- 2546 2547 Figura 6.2 - Cronograma de Implantação das Obras Necessárias no Sistema de Esgotos Sanitários Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1102548 6.2.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 2549 2550 2551 Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores e cujas obras estão apresentadas na Ilustração 6.2, tem-se como principais benefícios para o sistema de esgotos sanitários: 2552 2553 A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana dos distritos e 2554 2555 Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a 2556 2557 Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função da nova configuração 2558 2559 A redução e/ou eliminação de lançamento in natura de esgotos sanitários em corpos 2560 2561 Aumento da qualidade dos corpos hídricos, especialmente os situados nos limites 2562 2563 2564 Pode-se também citar, a diminuição de casos de contaminação por doenças de 2565 2566 A Ilustração 6.2 do SES de Vargem Grande do Sul mostra as principais unidades e as obras previstas no PMSB. aglomerados; substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; dos serviços; hídricos; territoriais do município de Vargem Grande do Sul; veiculação hídrica, em função da melhoria na qualidade da água dos rios/córregos presentes no município. 2567 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1112568 ILUSTRAÇÃO 6.2 – SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS – INTERVENÇÕES PROPOSTAS 2569 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1122570 6.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 2571 6.3.1 Resumo das Intervenções Principais 2572 2573 2574 2575 2576 2577 O resumo das obras necessárias para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos está apresentado no Quadro 6.3. A estimativa de custos também é indicada em termos globais anuais, considerando-se todo o horizonte de planejamento, de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 7,5 milhões, com valores estimados na data base de dezembro de 2013. 2578 2579 QUADRO 6.3 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Unidades CENTRAL DE TRIAGEM (RSD) Tipo de Intervenção/Prazo de Implantação Curto Prazo – entre 2015 e 2018 Longo Prazo – entre 2015 e 2034 Obras Principais Planejadas Curto Prazo – entre 2015 e 2018 Longo Prazo – entre 2015 e 2034 CENTRAL DE BRITAGEM (RCC) ATERRO DE REJEITOS (RSD) Curto Prazo – entre 2015 e 2018 Investimentos Anuais Estimados (R$) 164.212,00 2015 – 164.212,00 9.853,00 2025 – 9.853,00 426.441,00 2015 – 426.411,00 29.851,00 2025 – 29.851,00 82.726,00 2015 – 82.726,00 OSL: Implantação da Central USINA DE COMPOSTAGEM (RSD) Custos Estimados (R$) de Triagem com capacidade mínima de 2,75 t/dia. OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. OSL: Implantação de uma Usina de Compostagem, com capacidade mínima de receber 6,42 t/dia. OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. OSL: Implantação de uma Central de Britagem, com capacidade mínima de britar 10,2 t/dia. Longo Prazo – entre 2015 e 2034 OSL: Manutenção do local e Longo Prazo – entre 2015 e 2034 OSL: Manutenção do local e 150.353,00 dos equipamentos. 5.434.292,00 dos equipamentos. 2020 – 47.849,00 2025 – 54.655,00 2030 – 47.849,00 2020 – 1.664.034,00 2025 – 2.106.224,00 2030 –1.664.034,00 OSL: Implantação de um ATERRO DE REJEITOS (RCC) Curto Prazo – entre 2015 e 2018 Longo Prazo – entre 2015 e 2034 Aterro de Inertes, com capacidade mínima de 197.599 toneladas. OSL: Manutenção do local e 2020 – 247.784,00 2025 – 283.025,00 2030 – 247.784,00 - 778.593,00 dos equipamentos. INVESTIMENTOS TOTAIS 2580 2581 2582 2583 2584 2585 2586 2587 2588 2015 – 428.392,00 428.392,00 7.504.712,00 As intervenções propostas acima visam à universalização dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Para o melhor funcionamento do sistema, além das obras previstas, há necessidade de medidas complementares como a elaboração de projetos de setorização da coleta, com dias e horários definidos para cada região e o tipo de resíduos a ser coletado; programa de educação e conscientização da população para a reciclagem e o reaproveitamento; cadastro atualizado dos funcionários da cooperativa de reciclagem; melhorias nas condições do atual aterro como suficiência da vigilância e da balança, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1132589 2590 2591 2592 2593 2594 2595 2596 recobrimento dos resíduos, homogeneidade da cobertura, drenagem definitiva de águas pluviais, eliminação de odores, moscas, animais e aves; implantação do aterro de inertes; melhorias na infraestrutura de limpeza urbana através do cadastro de funcionários e distribuição de uniformes e EPIs para os mesmos; elaboração de estudos de viabilidade das atividades que reduzam a emissão de gases do efeito estufa e monitoramento desses efluentes, inclusive com recuperação energética; estudo de viabilidade de implantação de unidade de valorização energética (UVE) como opção ao aterro; e a elaboração de um Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos. 2597 6.3.2 2598 2599 2600 Assim como para o sistema de abastecimento de água e para o sistema de esgotos sanitários, a estruturação sequencial para implantação das obras do sistema de resíduos sólidos é: 2601 obras emergenciais – de 2015 até o final de 2016 (imediatas); 2602 obras de curto prazo – de 2015 até o final do ano 2018 (4 anos); 2603 obras de médio prazo – de 2015 até o final do ano 2022 (8anos); 2604 obras de longo prazo – de 2023 até o final de plano (ano 2034). 2605 2606 2607 Em função dessa estruturação, apresenta-se, na Figura 6.3, um cronograma elucidativo, com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1142608 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO CONJUNTO DE PROPOSTAS DATA BASE - DEZEMBRO 2013 Em ergencial/ Curto Prazo Longo Prazo 2034 2033 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 2022 2021 INVESTIMENTOS TOTAIS 2020 Implantação de ATI, capacidade mínma Aterro de Rejeitos para 197.599 t de RCC (ATI) Manutenção do local e dos equipamentos 2019 Aterro de Rejeitos Manutenção do local e dos equipamentos de RSD (ATS) Implantação da CB, capacidade mínima Central de 10,2 t/dia Britagem (CB) Manutenção do local e dos equipamentos 2018 Implantação da UC, com capacidade Usina de mínima para 6,42 t/dia Compostagem (UC) Manutenção do local e dos equipamentos 2017 Implantação da CT, com capacidade Central de Triagem mínima para 2,75 t/dia (CT) Manutenção do local e dos equipamentos Investimento (R$) 2016 Intervenção 2015 Unidade Médio Prazo R$ 164.212,00 R$ 9.853,00 R$ 426.441,00 R$ 29.851,00 R$ 5.434.292,00 R$ 82.726,00 R$ 150.353,00 R$ 428.392,00 R$ 778.593,00 7.504.712,00 1.101.770,00 1.959.667,00 4.443.275,00 2609 2610 Figura 6.3 – Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1152611 6.3.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 2612 2613 Os benefícios gerados pelas obras e soluções apresentadas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos estão listadas a seguir: 2614 Universalização do sistema; 2615 2616 Aumento do reaproveitamento dos resíduos e, consequentemente, a diminuição da 2617 2618 Eliminação da disposição irregular, da contaminação do solo e da veiculação de 2619 2620 Redução de pontos de inundação causados pelo carreamento dos resíduos dispostos 2621 2622 Eliminação do risco de contaminação com os resíduos provenientes de serviços de 2623 2624 A Ilustração 6.3 do Sistema de Resíduos Sólidos de Vargem Grande do Sul mostra as principais unidades e as obras previstas nesse PMSB. geração de rejeitos e aumento da vida útil dos aterros (sanitário e inerte); doenças; irregularmente; saúde. 2625 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1162626 ILUSTRAÇÃO 6.3 – SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – INTERVENÇÕES PROPOSTAS 2627 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1172628 6.4 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 2629 6.4.1 Resumo das Intervenções Principais 2630 2631 2632 2633 2634 2635 O resumo das intervenções necessárias para o Sistema de Drenagem Urbana de Vargem Grande do Sul encontra-se apresentado no Quadro 6.4. A estimativa de custos também é indicada em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 1 milhão, com valores estimados na data base de dezembro de 2013. 2636 2637 QUADRO 6.4 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Prazo de Implantação Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados (R$) Estudos complementares na via Antônio Bolonha Curto Prazo até 2018 Custos considerados no DEX - Redimensionamento da ponte na rua do Rosário Curto Prazo até 2018 567.000,00 2015141.750,002016141.750,002017141.750,002018141.750,00 Estudos complementares na rua Francisco Zanquetta Médio Prazo até 2022 Custos considerados no DEX - Obras e serviços localizados Redimensionamento da travessia na rua Jaboticabal Emergencial até 2016 82.000,00 Obras e serviços localizados Redimensionamento da travessia na rua Alexandre Mizulini Médio Prazo até 2022 194.000,00 Obras e serviços localizados Redimensionamento da travessia na rua Imaculada Conceição Médio Prazo até 2022 194.000,00 Medidas nãoestruturais Estudos complementares na rua Patrocínio Rodrigues Curto Prazo até 2018 Medidas nãoestruturais Estudos complementares na rua Santana Curto Prazo até 2018 Medidas nãoestruturais Elaborar padronização para projeto viário e drenagem pluvial, Elaborar um serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos, Criar uma estrutura de inspeção e manutenção da drenagem, Registro de incidentes envolvendo a microdrenagem e macrodrenagem, Elaborar um Plano Diretor urbanístico com tópicos relativos à drenagem, Elaborar Plano Diretor de Drenagem Urbana, Elaborar legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias, Monitoramento dos cursos d'água (nível e vazão) e chuva pelo município Longo prazo até 2034 Tipo de Intervenção Medidas nãoestruturais Obras e serviços localizados Medidas nãoestruturais Obras Principais Planejadas 201941.000,00202041.000,000 201948.500,00202048.500,00201948.500,00202048.500,00 201948.500,00202048.500,00201948.500,00202048.500,00 Custos considerados no DEX Custos considerados no DEX Custos considerados no DEX - - - 2638 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1182639 6.4.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 2640 2641 Apresenta-se na Figura 6.4 um cronograma com a sequência de implantação das obras necessárias. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -119- Emergencial/ Curto Prazo Longo Prazo 2034 2033 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 2022 2021 2020 1.037.000,00 2019 TOTAIS 2018 567.000,00 2017 Redimensionamento da ponte na rua do Rosário Redimensionamento da travessia na rua Jaboticabal Redimensionamento da travessia na rua Alexandre Mizulini Redimensionamento da travessia na rua Imaculada Conceição 2016 2643 Investim ento (R$) 2015 2642 Intervenção Médio Prazo 82.000,00 194.000,00 194.000,00 567.000,00 470.000,00 Figura 6.4 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Drenagem Urbana Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1202644 6.4.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 2645 2646 Os principais benefícios proporcionados por essas intervenções no município de Vargem grande do Sul estão listados a seguir: 2647 2648 Eliminação dos pontos de inundação, diminuindo-se a probabilidade de perdas de 2649 Redução das perdas materiais e dos danos causados às edificações; 2650 2651 Eliminação de interrupção do tráfego e das vias gerando maior mobilidade nos 2652 2653 Redução de assoreamento dos cursos d´água devido ao escoamento superficial dos 2654 2655 Eliminação do risco de contaminação com os dejetos provenientes do refluxo de redes 2656 A Ilustração 6.4 apresenta os pontos de inundação e as obras previstas. vida; períodos de cheias; sedimentos; de esgotos e de galerias de águas pluviais. 2657 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1212658 ILUSTRAÇÃO 6.4 – SISTEMA DE DRENAGEM URBANA – INTERVENÇÕES PROPOSTAS 2659 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1222660 2661 7. ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SOLUÇÕES ADOTADAS 2662 7.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2663 7.1.1 Investimentos Necessários no Sistema de Água 2664 2665 2666 2667 2668 2669 2670 O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado no Quadro 7.1. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2015, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de Vargem Grande do Sul. 2671 2672 QUADRO 7.1 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO S.A.A. - HORIZONTE DE PLANEJAMENTO INVESTIMENTO NO SISTEMA-R$ Tipo de Intervenção Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 a 2034 TOTAIS 97.500,00 97.500,00 97.500,00 97.500,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 390.000,00 200.000,00 INVESTIMENTO EM REDE E LIGAÇÕES-R$ Tipo de Intervenção Longo Prazo INVESTIMENTO TOTAL - R$ 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 6.180.000,00 10.300.000,00 637.500,00 637.500,00 637.500,00 637.500,00 540.000,00 540.000,00 540.000,00 540.000,00 6.180.000,00 10.890.000,00 2673 2674 2675 7.1.2 Despesas de Exploração do Sistema de Água 2676 2677 2678 2679 2680 As despesas de exploração foram adotadas com o valor de R$ 0,92/m³ faturado, na data base de dezembro/2011, conforme já indicado no item 5.1.3 anterior, englobando os dois sistemas (água faturada + esgoto coletado faturado). Com a correção para dezembro/2013, considerando a inflação acumulada medida pelo IPCA-IBGE entre dez/2010 a dez/2013 (11,63%), esse valor eleva-se a R$ 1,03/m³. 2681 7.1.3 2682 2683 2684 2685 2686 No Quadro 7.2, encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema. Despesas Totais do Sistema de Água Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1232687 2688 QUADRO 7.2 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO S.A.A. – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 TOTAIS Pop.Urb. Atend (hab.) Qmédia Cons. (L/s) Vol.Anual Faturado 16 (m³) 38.477 38.693 38.912 39.131 39.350 39.572 39.764 39.957 40.151 40.346 40.542 40.679 40.816 40.954 41.092 41.231 41.370 41.510 41.650 41.812 66,80 67,18 67,56 67,94 68,32 68,70 69,03 69,37 69,71 70,05 70,39 70,62 70,86 71,10 71,34 71,58 71,82 72,07 72,31 72,59 2.706.522 2.721.715 2.737.120 2.752.525 2.767.930 2.783.545 2.797.051 2.810.627 2.824.273 2.837.990 2.851.777 2.861.413 2.871.050 2.880.757 2.890.464 2.900.242 2.910.019 2.919.867 2.929.715 2.941.110 56.695.712 DEX (R$/m³ fat) DEX (R$) Investimento (R$) Despesa Total (R$) 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 2.779.471,24 2.795.074,48 2.810.894,43 2.826.714,38 2.842.534,33 2.858.570,99 2.872.440,54 2.886.382,32 2.900.396,34 2.914.482,59 2.928.641,09 2.938.537,59 2.948.434,08 2.958.402,82 2.968.371,56 2.978.412,53 2.988.453,50 2.998.566,71 3.008.679,92 3.020.382,35 58.223.843,78 637.500,00 637.500,00 637.500,00 637.500,00 540.000,00 540.000,00 540.000,00 540.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 10.890.000,00 3.416.971,24 3.432.574,48 3.448.394,43 3.464.214,38 3.382.534,33 3.398.570,99 3.412.440,54 3.426.382,32 3.415.396,34 3.429.482,59 3.443.641,09 3.453.537,59 3.463.434,08 3.473.402,82 3.483.371,56 3.493.412,53 3.503.453,50 3.513.566,71 3.523.679,92 3.535.382,35 69.113.843,78 2689 2690 2691 7.1.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Água 2692 2693 2694 2695 2696 2697 O Quadro 7.3 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao sistema de abastecimento de água. O volume de receitas foi calculado com base na receita média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de água indicada no SNIS 2011 foi de R$ 0,83/m³ faturado. A atualização desse valor para dezembro de 2013, pela inflação acumulada do IPCA-IBGE entre dez/2010 a dez/2013 (11,63%), permite a obtenção de um valor médio de R$ 0,93/m³ faturado. 2698 2699 2700 2701 2702 2703 Esta taxa foi aplicada sobre o volume total da água oferecida à população, constituindo-se na receita operacional bruta. A esta receita foram acrescentadas as demais. Segundo dados levantados em sistemas de abastecimento de água, quando da elaboração dos PMSBs dos municípios integrantes da UGRHI 10, as receitas com ligações adicionais e ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. 2704 16 O VOLUME ANUAL FATURADO CORRESPONDE A 128,48 % DO VOLUME CONSUMIDO DE ÁGUA (SNIS 2011) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1242705 2706 QUADRO 7.3 – RECEITAS E RESULTADO OPERACIONAL DO S.A.A. Receitas Tarifárias Totais (R$) Custos (R$) Ano Volume Faturado (m³) Operacional Demais Receitas Devedores Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX Resultado Operacional (R$) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 Total VPL 10% VPL 12% 2.706.522 2.721.715 2.737.120 2.752.525 2.767.930 2.783.545 2.797.051 2.810.627 2.824.273 2.837.990 2.851.777 2.861.413 2.871.050 2.880.757 2.890.464 2.900.242 2.910.019 2.919.867 2.929.715 2.941.110 56.695.712 23.816.360 20.848.687 2.507.566,45 2.521.643,28 2.535.915,63 2.550.187,97 2.564.460,32 2.578.928,18 2.591.440,92 2.604.018,83 2.616.661,91 2.629.370,17 2.642.143,59 2.651.071,95 2.660.000,32 2.668.993,85 2.677.987,38 2.687.046,08 2.696.104,79 2.705.228,66 2.714.352,54 2.724.910,16 52.528.032,98 22.065.628,75 19.316.108,49 125.378,32 126.082,16 126.795,78 127.509,40 128.223,02 128.946,41 129.572,05 130.200,94 130.833,10 131.468,51 132.107,18 132.553,60 133.000,02 133.449,69 133.899,37 134.352,30 134.805,24 135.261,43 135.717,63 136.245,51 2.626.401,65 1.103.281,44 965.805,42 (125.378,32) (126.082,16) (126.795,78) (127.509,40) (128.223,02) (128.946,41) (129.572,05) (130.200,94) (130.833,10) (131.468,51) (132.107,18) (132.553,60) (133.000,02) (133.449,69) (133.899,37) (134.352,30) (134.805,24) (135.261,43) (135.717,63) (136.245,51) (2.626.401,65) (1.103.281,44) (965.805,42) (201.357,59) (202.487,96) (203.634,02) (204.780,09) (205.926,16) (207.087,93) (208.092,71) (209.102,71) (210.117,95) (211.138,42) (212.164,13) (212.881,08) (213.598,03) (214.320,21) (215.042,39) (215.769,80) (216.497,21) (217.229,86) (217.962,51) (218.810,29) (4.218.001,05) (1.771.869,99) (1.551.083,51) 2.306.208,86 2.319.155,33 2.332.281,60 2.345.407,88 2.358.534,16 2.371.840,24 2.383.348,21 2.394.916,12 2.406.543,96 2.418.231,74 2.429.979,46 2.438.190,87 2.446.402,29 2.454.673,64 2.462.944,99 2.471.276,28 2.479.607,57 2.487.998,80 2.496.390,03 2.506.099,88 48.310.031,93 20.293.758,76 17.765.024,98 637.500,00 637.500,00 637.500,00 637.500,00 540.000,00 540.000,00 540.000,00 540.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 515.000,00 10.890.000,00 4.826.920,35 4.267.096,02 2.779.471,24 2.795.074,48 2.810.894,43 2.826.714,38 2.842.534,33 2.858.570,99 2.872.440,54 2.886.382,32 2.900.396,34 2.914.482,59 2.928.641,09 2.938.537,59 2.948.434,08 2.958.402,82 2.968.371,56 2.978.412,53 2.988.453,50 2.998.566,71 3.008.679,92 3.020.382,35 58.223.843,78 24.458.287,28 21.410.626,28 (1.110.762,38) (1.113.419,15) (1.116.112,83) (1.118.806,50) (1.024.000,17) (1.026.730,75) (1.029.092,32) (1.031.466,20) (1.008.852,38) (1.011.250,85) (1.013.661,63) (1.015.346,71) (1.017.031,79) (1.018.729,18) (1.020.426,56) (1.022.136,24) (1.023.845,93) (1.025.567,91) (1.027.289,89) (1.029.282,47) (20.803.811,85) (8.991.448,88) (7.912.697,32) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1252707 2708 2709 2710 2711 2712 2713 Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados também está em torno de 5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. Também foram abatidos da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes valores totalizam 7,30% da receita operacional bruta, em concordância com o valor pago atualmente por sistemas autônomos e pela concessionária de alguns sistemas, como a SABESP. 2714 2715 2716 2717 2718 O resultado final indica que o sistema de abastecimento de água é deficitário, ao longo de todo o período de planejamento. A receita líquida fica abaixo da despesa por custo operacional, ano a ano. Ao final do plano, o sistema se torna deficitário, com resultado operacional acumulado negativo, atingindo um valor expressivo (cerca de R$ 20,80 milhões em 2034). 2719 2720 2721 2722 2723 2724 Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 2725 2726 2727 2728 Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 2729 2730 2731 2732 2733 Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de juros de longo prazo não está consolidada, optou-se por adotar as duas para fins de análise. 2734 2735 Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos e assumem valores em torno de R$ 8,99 mil e R$ 7,91 mil, respectivamente. 2736 2737 2738 2739 2740 2741 Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de abastecimento de água apresenta, de forma isolada, situação econômica e financeira não sustentável, em função do panorama de investimentos necessários e das tarifas médias atualmente cobradas, já que as despesas de exploração, embora se apresentem em um nível normalmente verificado para sistemas autônomos (R$ 1,00 a R$ 1,30/m³ faturado), estão no mesmo patamar das tarifas médias cobradas, sendo insuficientes para o funcionamento autônomo do sistema. 2742 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1262743 7.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 2744 7.2.1 Investimentos Necessários no Sistema de Esgotos 2745 2746 2747 2748 2749 2750 2751 O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado no Quadro 7.4. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2015, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de Vargem Grande do Sul. 2752 2753 QUADRO 7.4 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO S.E.S. - HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Ano INVESTIMENTO NO SISTEMA-R$ INVESTIMENTO EM REDE E LIGAÇÕES-R$ Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção Emergencial 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 a 2034 TOTAIS Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo 375.000,00 375.000,00 375.000,00 375.000,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 1.500.000,00 900.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 6.120.000,00 10.200.000,00 INVESTIMENTO TOTAL - R$ 997.500,00 997.500,00 997.500,00 997.500,00 622.500,00 622.500,00 622.500,00 622.500,00 6.120.000,00 12.600.000,00 2754 2755 2756 7.2.2 Despesas de Exploração do Sistema de Esgotos 2757 2758 2759 2760 2761 2762 Igualmente como apresentado para o sistema de água, as despesas de exploração foram adotadas com o valor de R$ 0,92/m³ faturado, na data base de 2011, conforme já indicado no item 5.1.3 anterior, englobando os dois sistemas (água faturada + esgoto coletado faturado). Com a correção para dezembro/2013, considerando a inflação acumulada medida pelo IPCA-IBGE entre dez/2010 e dez/2013 (11,63%), esse valor eleva-se a R$ 1,03/m³. 2763 7.2.3 2764 2765 2766 2767 2768 No Quadro 7.5, encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema. Despesas Totais do Sistema de Esgotos 2769 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1272770 2771 QUADRO 7.5 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO S.E.S. – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Ano Pop.Urb. Esgotada (hab.) Vol.Anual de Água Faturado (m³) Vol.Anual de Esgoto Coletado Faturado 17 (m³) DEX (R$/m³ fat) DEX (R$) Investimento (R$) Despesa Total (R$) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 38.477 38.693 38.912 39.131 39.350 39.572 39.764 39.957 40.151 40.346 40.542 40.679 40.816 40.954 41.092 41.231 41.370 41.510 41.650 41.812 2.706.522 2.721.715 2.737.120 2.752.525 2.767.930 2.783.545 2.797.051 2.810.627 2.824.273 2.837.990 2.851.777 2.861.413 2.871.050 2.880.757 2.890.464 2.900.242 2.910.019 2.919.867 2.929.715 2.941.110 2.097.386 2.109.160 2.121.098 2.133.035 2.144.973 2.157.074 2.167.540 2.178.061 2.188.636 2.199.265 2.209.949 2.217.417 2.224.885 2.232.407 2.239.930 2.247.507 2.255.084 2.262.715 2.270.346 2.279.177 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 2.153.917,04 2.166.008,58 2.178.268,06 2.190.527,53 2.202.787,01 2.215.214,42 2.225.962,45 2.236.766,47 2.247.626,46 2.258.542,43 2.269.514,38 2.277.183,55 2.284.852,72 2.292.577,87 2.300.303,02 2.308.084,14 2.315.865,27 2.323.702,38 2.331.539,49 2.340.608,14 997.500,00 997.500,00 997.500,00 997.500,00 622.500,00 622.500,00 622.500,00 622.500,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 3.151.417,04 3.163.508,58 3.175.768,06 3.188.027,53 2.825.287,01 2.837.714,42 2.848.462,45 2.859.266,47 2.757.626,46 2.768.542,43 2.779.514,38 2.787.183,55 2.794.852,72 2.802.577,87 2.810.303,02 2.818.084,14 2.825.865,27 2.833.702,38 2.841.539,49 2.850.608,14 45.119.851,40 12.600.000,00 57.719.851,40 TOTAIS 43.935.644 2772 2773 2774 2775 7.2.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Esgotos 2776 2777 2778 2779 2780 2781 O Quadro 7.6 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao sistema de esgotos sanitários. O volume de receitas foi calculado com base na receita média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de esgotos foi indicada no SNIS 2011 com o valor de R$ 0,63/m³ faturado. Com a correção para dezembro/2013, considerando a inflação acumulada de 11, 63% (IPCA-IBGE), esse valor eleva-se a R$ 0,70/m³ faturado. 2782 2783 2784 2785 2786 2787 Esta taxa foi aplicada sobre o volume coletado de esgotos, constituindo-se na receita operacional bruta. A esta receita foram acrescentadas as demais. Segundo dados levantados em sistemas de esgotos sanitários, quando da elaboração dos PMSBs dos municípios integrantes da UGRHI 10, as receitas com ligações adicionais e ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. 2788 2789 2790 Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados é de 5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. Também foram abatidos 17 O volume anual coletado faturado corresponde a 77,49% do volume anual de água faturado (SNIS 2010) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1282791 2792 2793 da receita os impostos como o COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes valores totalizam 7,30% da receita operacional bruta, em concordância com o valor pago atualmente pela pelo município. 2794 2795 2796 2797 2798 O resultado final indica que o sistema de esgotos sanitários é sempre deficitário, durante todo o período de planejamento. Esses déficits são maiores no período das obras de curto prazo e médio prazo, assumindo valores em torno de R$ 1,80 milhões. Após 2022, os déficits são um pouco menores, mas assumem valores médios em torno de R$ 1,30 milhões. O déficit total acumulado atinge R$ 29,30 milhões em 2034. 2799 2800 2801 2802 2803 2804 Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 2805 2806 2807 2808 Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 2809 2810 2811 2812 2813 Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de juros de longo prazo não está consolidada, optou-se por adotar as duas para fins de análise. 2814 2815 Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos e assumem valores em torno de R$ 13,1 milhões e R$ 11,6 milhões, respectivamente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -129QUADRO 7.6 – RECEITAS E RESULTADO OPERACIONAL DO S.E.S. 2816 Ano Volume Faturado (m³) Operacional 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 Total VPL 10% VPL 12% 2.097.386 2.109.160 2.121.098 2.133.035 2.144.973 2.157.074 2.167.540 2.178.061 2.188.636 2.199.265 2.209.949 2.217.417 2.224.885 2.232.407 2.239.930 2.247.507 2.255.084 2.262.715 2.270.346 2.279.177 43.935.644 18.456.195 16.156.434 1.474.964,93 1.483.245,01 1.491.640,08 1.500.035,16 1.508.430,23 1.516.940,31 1.524.300,38 1.531.698,78 1.539.135,51 1.546.610,58 1.554.123,98 1.559.375,69 1.564.627,40 1.569.917,45 1.575.207,50 1.580.535,88 1.585.864,26 1.591.230,98 1.596.597,69 1.602.807,75 30.897.289,54 12.979.129,08 11.361.845,53 Receitas Tarifárias Totais (R$) Demais Devedores Tributos Receitas Duvidosos 73.748,25 74.162,25 74.582,00 75.001,76 75.421,51 75.847,02 76.215,02 76.584,94 76.956,78 77.330,53 77.706,20 77.968,78 78.231,37 78.495,87 78.760,38 79.026,79 79.293,21 79.561,55 79.829,88 80.140,39 1.544.864,48 648.956,45 568.092,28 (73.748,25) (74.162,25) (74.582,00) (75.001,76) (75.421,51) (75.847,02) (76.215,02) (76.584,94) (76.956,78) (77.330,53) (77.706,20) (77.968,78) (78.231,37) (78.495,87) (78.760,38) (79.026,79) (79.293,21) (79.561,55) (79.829,88) (80.140,39) (1.544.864,48) (648.956,45) (568.092,28) (118.439,68) (119.104,57) (119.778,70) (120.452,82) (121.126,95) (121.810,31) (122.401,32) (122.995,41) (123.592,58) (124.192,83) (124.796,16) (125.217,87) (125.639,58) (126.064,37) (126.489,16) (126.917,03) (127.344,90) (127.775,85) (128.206,79) (128.705,46) (2.481.052,35) (1.042.224,07) (912.356,20) Custos (R$) Líquida INVEST DEX Resultado Operacional (R$) 1.356.525,25 1.364.140,43 1.371.861,38 1.379.582,33 1.387.303,29 1.395.130,00 1.401.899,06 1.408.703,36 1.415.542,93 1.422.417,75 1.429.327,82 1.434.157,82 1.438.987,82 1.443.853,08 1.448.718,34 1.453.618,85 1.458.519,36 1.463.455,13 1.468.390,90 1.474.102,29 28.416.237,19 11.936.905,01 10.449.489,34 997.500,00 997.500,00 997.500,00 997.500,00 622.500,00 622.500,00 622.500,00 622.500,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 510.000,00 12.600.000,00 6.130.796,24 5.507.281,73 2.153.917,04 2.166.008,58 2.178.268,06 2.190.527,53 2.202.787,01 2.215.214,42 2.225.962,45 2.236.766,47 2.247.626,46 2.258.542,43 2.269.514,38 2.277.183,55 2.284.852,72 2.292.577,87 2.300.303,02 2.308.084,14 2.315.865,27 2.323.702,38 2.331.539,49 2.340.608,14 45.119.851,40 18.953.648,81 16.591.901,41 (1.794.891,80) (1.799.368,15) (1.803.906,67) (1.808.445,20) (1.437.983,72) (1.442.584,42) (1.446.563,40) (1.450.563,10) (1.342.083,53) (1.346.124,68) (1.350.186,56) (1.353.025,73) (1.355.864,89) (1.358.724,79) (1.361.584,68) (1.364.465,29) (1.367.345,91) (1.370.247,25) (1.373.148,59) (1.376.505,85) (29.303.614,20) (13.147.540,04) (11.649.693,80) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1302817 2818 2819 2820 2821 Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de esgotos sanitários não apresenta, de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do panorama de investimentos necessários e das tarifas médias atualmente cobradas, já que as despesas de exploração foram fixadas em um nível abaixo do normalmente verificado para sistemas autônomos (R$ 1,00 a R$ 1,30/m³ faturado). 2822 7.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 2823 7.3.1 Investimentos Necessários no Sistema de Resíduos Sólidos 2824 2825 2826 2827 2828 2829 2830 2831 O resumo dos investimentos necessários ao longo de todo horizonte de projeto está apresentado no Quadro 7.7. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2015, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente que, assim como para os componentes água e esgoto, o enquadramento das obras de resíduos sólidos segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de Vargem Grande do Sul. 2832 2833 QUADRO 7.7 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Tipologia de Intervenção Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 a 2034 Emergencial Investimento Previsto no Sistema (R$) Investimento Previsto para Tratamento de RSS (R$) Total (R$) 1.101.770,00 96.000,00 1.197.770,00 4.443.275,00 96.960,00 97.920,00 98.880,00 99.840,00 100.800,00 101.520,00 102.480,00 1.282.560,00 96.960,00 97.920,00 98.880,00 99.840,00 2.060.467,00 101.520,00 102.480,00 5.725.835,00 7.504.712,00 2.076.960,00 9.581.672,00 Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo TOTAIS 1.959.667,00 2834 2835 2836 7.3.2 Despesas de Operação do Sistema de Resíduos Sólidos 2837 2838 2839 2840 As despesas de operação foram calculadas segundo as curvas apresentadas no item 5.2 anterior. Esses custos foram aplicados em todas as unidades a serem implantadas ou ampliadas, sem considerar o custo de transporte, conforme também já informado anteriormente. 2841 7.3.3 2842 2843 No Quadro 7.8, apresenta-se o resumo dos investimentos necessários e das despesas de operação, ao longo de todo horizonte de projeto. Despesas Totais do Sistema de Resíduos Sólidos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1312844 2845 QUADRO 7.8 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 População Atendida (hab.) 40.443 40.652 40.863 41.075 41.287 41.501 41.684 41.867 42.052 42.237 42.423 42.547 42.672 42.797 42.922 43.048 43.174 43.301 43.427 43.555 TOTAL Investimento Previsto no Sistema (R$) Investimento em Tratamento de RSS (R$) Investimento Previsto em Operação (R$) Despesa Total (R$) 1.101.770,00 96.000,00 96.960,00 97.920,00 98.880,00 99.840,00 100.800,00 101.520,00 102.480,00 103.200,00 104.160,00 104.880,00 105.600,00 106.080,00 106.800,00 106.800,00 107.760,00 108.480,00 108.960,00 109.680,00 110.160,00 2.076.960,00 430.342,00 433.734,00 437.209,00 446.666,00 450.153,00 453.723,00 456.788,00 459.886,00 484.253,00 487.538,00 490.795,00 493.067,00 495.230,00 526.695,00 529.074,00 531.343,00 533.802,00 536.184,00 553.452,00 555.982,00 9.785.918,00 1.628.113,00 530.694,00 535.129,00 545.546,00 549.993,00 2.514.190,00 558.308,00 562.366,00 587.453,00 591.698,00 3.079.282,00 598.667,00 601.310,00 633.495,00 635.874,00 2.598.770,00 642.282,00 645.144,00 663.132,00 666.142,00 19.367.590,00 1.959.667,00 2.483.607,00 1.959.667,000 7.504.712,00 2846 2847 2848 2849 7.3.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Resíduos Sólidos 2850 2851 2852 Além das despesas apresentadas no subitem anterior, o sistema de resíduos sólidos também possui a capacidade de gerar receitas, através da comercialização da parcela reaproveitável dos resíduos gerados. 2853 2854 2855 2856 2857 O valor dessas receitas, no entanto, é altamente questionável. Em primeiro lugar, deve ser considerado como as mesmas serão apropriáveis: pelo município, por cooperativas de catadores, por empresas concessionárias, etc. Em segundo lugar, o valor atual de um mercado ainda incipiente não é um bom indicador das receitas futuras. Com a criação de volume consideráveis de resíduos recicláveis, é difícil prever a direção destes fluxos. 2858 2859 2860 Assim, as análises presentes devem ser entendidas apenas como um alerta sobre as possibilidades de aproveitamento econômico desta variável, com mercados que se formarão durante a vigência do Plano. 2861 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1322862 7.3.4.1 Receitas por tipo de Unidade 2863 2864 2865 2866 Embora a nova Política Nacional de Resíduos enfatize a diretriz de inclusão social dos catadores na gestão dos resíduos sólidos, o que praticamente induz ao repasse das receitas para os mesmos, as municipalidades precisam conhecer pelo menos sua ordem de grandeza. 2867 2868 2869 Assim, dependendo da forma de organização proposta, podem optar pelo repasse total ou mesmo parcial para as cooperativas mantendo, neste segundo caso, uma reserva monetária para a manutenção e reposição de recursos naturais. 2870 Receitas de Central de Triagem 2871 2872 2873 As receitas unitárias resultantes da venda de materiais recicláveis gerados pelas atividades da central de triagem foram obtidas junto à CEMPRE (Compromisso Empresarial com Reciclagem) e à indústria Gerdau. O Quadro 7.9 apresenta os valores. QUADRO 7.9 – RECEITAS DE CENTRAL DE TRIAGEM 2874 Material Preço (R$/t) Condição Papel Branco Outros Papéis/ Papelão Plástico Filme Plástico Rígido Embalagem PET Embalagem Longa Vida Sucata de Aço Cobre Alumínio Vidro Incolor Vidro Colorido 400,00 430,00 750,00 1.000,00 1.250,00 360,00 300,00 12.373,00 2.200,00 80,00 80,00 Limpo e prensado Prensado Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo e prensado Limpo Limpo 2875 2876 2877 2878 Para a aplicação destes preços unitários, utilizam-se médias para adaptar esta relação à composição dos materiais encontrados no lixo urbano. 2879 Receitas de Usina de Compostagem 2880 2881 2882 A receita unitária resultante da venda de composto orgânico gerado pelas atividades da usina de compostagem foi obtida junto à entidade CEMPRE e está apresentada no Quadro 7.10. 2883 QUADRO 7.10 – RECEITAS DE USINA DE COMPOSTAGEM Material Preço (R$/t) Condição Composto Orgânico 125,00 Peneirado, sem impurezas e ensacado 2884 2885 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1332886 Receitas de Central de Britagem 2887 2888 2889 2890 Embora os entulhos selecionados devidamente britados também apresentem valor comercial, já que podem ser aplicados como material de construção para peças não estruturais, prevê-se que sua maior utilização será mesmo nas obras de manutenção e recuperação de estradas vicinais. 2891 2892 2893 2894 Portanto, como tais materiais apresentam restrição de aplicação na construção civil que precisaria ser fiscalizada resultando em custos adicionais para a municipalidade, considerou-se que não serão vendidos para terceiros e que, portanto, não acrescerão receitas aos cofres públicos. 2895 2896 Assim, aplicando as receitas possíveis apresentadas aos resíduos gerados, obteve-se o valor da composição das receitas, apresentadas no Quadro 7.11. 2897 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -134QUADRO 7.11 – RECEITAS DE CENTRAL DE TRIAGEM (R$) 2898 Ano Papel/ Papelão Plástico Mole Plástico Rígido PET Longa Vida Metal Ferroso Metal Não Ferroso Vidro Composto Orgânico Total 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 Total VPL 10% VPL 12% 3.883,00 3.909,00 3.944,00 5.427,00 5.462,00 5.505,00 5.540,00 5.584,00 11.229,00 11.308,00 11.377,00 11.4380,00 11.482,00 19.230,00 19.317,00 19.387,00 19.483,00 19.570,00 23.575,00 23.688,00 240.338,00 74.114,00 61.218,00 3.265,00 3.287,00 3.316,00 4.563,00 4.593,00 4.629,00 4.659,00 4.695,00 9.442,00 9.508,00 9.567,00 9.618,00 9.655,00 16.170,00 16.243,00 16.302,00 16.382,00 16.456,00 19.823,00 19.919,00 202.091,00 62.320,00 51.476,00 9.209,00 9.272,00 9.354,00 12.873,00 12.955,00 13.059,00 13.142,00 13.245,00 26.635,00 26.821,00 26.987,00 27.132,00 27.235,00 45.613,00 45.820,00 45.985,00 46.213,00 46.420,00 55.919,00 56.188,00 570.078,00 175.798,00 145.209,00 1.096,00 1.104,00 1.114,0 1.5320,00 1.542,00 1.555,00 1.564,00 1.577,00 3.171,00 3.193,00 3.213,00 3.230,00 3.242,00 5.430,00 5.455,00 5.474,00 5.502,00 5.526,00 6.657,00 6.689,00 67.866,00 20.928,00 17.287,00 526,00 530,00 535,00 736,00 740,00 746,00 751,00 757,00 1.522,00 1.533,00 1.542,00 1.550,00 1.556,00 2.606,00 2.618,00 2.628,00 2.641,00 2.653,00 3.195,00 3.211,00 32.576,00 10.046,00 8.298,00 614,00 618,00 624,00 858,00 864,00 871,00 876,00 883,00 1.776,00 1.788,00 1.799,00 1.809,00 1.816,00 3.041,00 3.055,00 3.066,00 3.081,00 3.095,00 3.728,00 3.746,00 38.005,00 11.720,00 9.681,00 1.881,00 1.894,00 1.911,00 2.630,00 2.646,00 2.668,00 2.684,00 2.706,00 5.441,00 5.479,00 5.513,00 5.542,00 5.563,00 9.317,00 9.360,00 9.394,00 9.440,00 9.482,00 11.423,00 11.478,00 116.452,00 35.911,00 29.662,00 88,00 89,00 90,00 124,00 124,00 125,00 126,00 127,00 256,00 257,00 259,00 260,00 261,00 438,00 440,00 441,00 443,00 445,00 537,00 539,00 5.470,00 1.687,00 1.393,00 18.391,00 18.515,00 18.680,00 25.705,00 25.871,00 26.077,00 26.243,00 26.449,00 53.188,00 53.560,00 53.891,00 54.180,00 54.386,00 91.085,00 91.498,00 91.829,00 92.283,00 92.697,00 111.666,00 112.203,00 1.138.397,00 351.054,00 289.970,00 38.954,00 39.216,00 39.566,00 54.448,00 54.798,00 55.235,00 55.586,00 56.023,00 112.659,00 113.447,00 114.147,00 114.760,00 115.198,00 192.930,00 193.805,00 194.505,00 195.468,00 196.344,00 236.523,00 237.661,00 2.411.273,00 743.577,00 614.194,00 2899 2900 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1352901 2902 2903 As receitas possíveis com a venda de recicláveis seriam em torno de R$ 2,4 milhões. No entanto, dadas as limitações institucionais e, principalmente, a inexistência de uma cultura de reciclagem, adotar essa hipótese é difícil na prática. 2904 2905 2906 2907 2908 2909 2910 Apenas para efeito de simulação, considerou-se simplificadamente, que seja viável arrecadar 50% da receita tida como possível, apresentada no Quadro 7.11 acima. Esse montante possível de arrecadação com rejeitos chega a cobrir cerca de 6% dos custos totais do componente. Se somados os ganhos com aproveitamento energético, que será uma necessidade no futuro do manejo de resíduos sólidos, é possível imaginar uma redução adicional nos gastos municipais com coleta e disposição de resíduos sólidos ao longo do horizonte do Plano. 2911 2912 O Quadro 7.12 apresenta o resumo dos investimentos e receitas previstos para os serviços relativos a resíduos sólidos. 2913 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -136QUADRO 7.12 – CUSTOS, INVESTIMENTOS E RECEITAS POSSÍVEIS (R$) – RESÍDUOS SÓLIDOS 2914 Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 TOTAL VPL 10% VPL 12% Investimento no Sistema Investimento em Tratamento de RSS Investimento em Operação Despesas Totais Receitas Possíveis Total (Receita Despesa) 1.101.770,00 96.000,00 96.960,00 97.920,00 98.880,00 99.840,00 100.800,00 101.520,00 102.480,00 103.200,00 104.160,00 104.880,00 105.600,00 106.080,00 106.800,00 106.800,00 107.760,00 108.480,00 108.960,00 109.680,00 110.160,00 2.076.960,00 864.876,00 755.965,00 430.342,00 433.734,00 437.209,00 446.666,00 450.153,00 453.723,00 456.788,00 459.886,00 484.253,00 487.538,00 490.795,00 493.067,00 495.230,00 526.695,00 529.074,00 531.343,00 533.802,00 536.184,00 553.452,00 555.982,00 9.785.918,00 3.989.895,00 3.475.950,00 1.628.113,00 530.694,00 535.129,00 545.546,00 549.993,00 2.514.190,00 558.308,00 562.366,00 587.453,00 591.698,00 3.079.282,00 598.667,00 601.310,00 633.495,00 635.874,00 2.598.770,00 642.282,00 645.144,00 663.132,00 666.142,00 19.367.590,00 8.259.531,00 7.242.109,00 19.477,00 19.608,00 19.783,00 27.224,00 27.399,00 27.618,00 27.793,00 28.012,00 56.330,00 56.723,00 57.074,00 57.380,00 57.599,00 96.465,00 96.903,00 97.253,00 97.734,00 98.172,00 118.261,00 118.830,00 1.205.636,00 371.789,00 307.097,00 (1.608.636,00) (511.086,00) (515.346,00) (518.323,00) (522.595,00) (2.486.573,00) (530.515,00) (534.354,00) (531.123,00) (534.975,00) (3.022.209,00) (541.287,00) (543.712,00) (537.030,00) (538.971,00) (2.501.518,00) (544.548,00) (546.972,00) (544.871,00) (547.311,00) (18.161.954,00) (7.887.742,00) (6.935.012,00) 1.959.667,00 2.483.607,00 1.959.667,00 7.504.712,00 3.404.760,00 3.010.194,00 2915 2916 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1372917 2918 2919 2920 2921 2922 Essas possíveis receitas não excluem, no entanto, a necessidade de criação de outros mecanismos de arrecadação que possam garantir a sustentabilidade econômicofinanceira do sistema de resíduos sólidos de forma isolada. Entre outros mecanismos de arrecadação, pode-se citar a criação de uma taxa de lixo por domicílio, taxa essa indicada como uma possibilidade de receita, conforme predisposições constantes na Lei Nacional de Saneamento (nº 11.445/07). 2923 7.4 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 2924 7.4.1 Investimentos Necessários no Sistema de Drenagem 2925 2926 2927 2928 2929 2930 2931 O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado no Quadro 7.13. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2015, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento. Evidentemente, o enquadramento das obras segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pelo município. 2932 2933 QUADRO 7.13 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE DRENAGEM - HORIZONTE DE PLANEJAMENTO INVESTIMENTO NO SISTEMA-R$ Ano INVESTIMENTO TOTAL - R$ Tipo de Intervenção 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 a 2034 TOTAIS Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo - 141.750 141.750 141.750 141.750 138.000 138.000 97.000 97.000 - 567.000 470.000 - 141.750,00 141.750,00 141.750,00 141.750,00 138.000,00 138.000,00 97.000,00 97.000,00 0,00 1.037.000,00 2934 2935 2936 7.4.2 Despesas de Exploração do Sistema de Drenagem Urbana 2937 2938 2939 2940 2941 As despesas de exploração foram adotadas com base nos custos de manutenção do sistema de drenagem urbana adotados pelo SEMASA e adicionados os custos das medidas não estruturais, cujo valor apresentado foi de R$ 25,5/domicílio/ano data base Dezembro/2010. Com a correção para Dezembro/2013, a partir do IPCA acumulado, e os acréscimos, esse valor eleva-se a R$ 30,2. 2942 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1382943 7.4.3 Despesas Totais do Sistema de Drenagem Urbana 2944 2945 2946 2947 2948 No Quadro 7.14, encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema. 2949 2950 QUADRO 7.14 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO SISTEMA DE DRENAGEM – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Ano Domicílios (un.) DEX (R$) Investimento (R$) Despesa Total (R$) 2015 2016 2017 2018 2019 12.428 12.560 12.692 12.824 12.956 375.330,72 379.312,10 383.293,49 387.274,87 391.256,25 141.750,00 141.750,00 141.750,00 141.750,00 138.000,00 517.080,72 521.062,10 525.043,49 529.024,87 529.256,25 2020 13.087 13.219 13.351 13.483 13.615 13.747 13.878 14.010 14.142 14.274 14.406 14.538 14.669 14.801 14.933 395.237,64 138.000,00 533.237,64 399.219,02 403.200,41 407.181,79 411.163,17 415.144,56 419.125,94 423.107,33 427.088,71 431.070,09 435.051,48 439.032,86 443.014,24 446.995,63 450.977,01 8.263.077,32 97.000,00 97.000,00 1.037.000,00 496.219,02 500.200,41 407.181,79 411.163,17 415.144,56 419.125,94 423.107,33 427.088,71 431.070,09 435.051,48 439.032,86 443.014,24 446.995,63 450.977,01 9.300.077,32 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 TOTAIS 2951 2952 2953 2954 7.4.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas 2955 2956 O Quadro 7.15 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao sistema de drenagem urbana 2957 2958 2959 2960 2961 2962 Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 2963 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1392964 2965 2966 2967 Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 2968 2969 2970 2971 2972 Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de análise. 2973 2974 2975 Segundo esta ótica, o VPL dos componentes descontados a 10% e 12% resultou negativos e assumiu valores em torno de R$ 4,1 milhões e R$ 3,6 milhões, respectivamente. 2976 2977 QUADRO 7.15 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA– HORIZONTE DE PLANEJAMENTO Ano DEX (R$) Investimento (R$) Resultado Operacional (R$) 2015 375.330,72 141.750,00 (517.080,72) 2016 379.312,10 141.750,00 (521.062,10) 2017 383.293,49 141.750,00 (525.043,49) 2018 387.274,87 141.750,00 (529.024,87) 2019 391.256,25 138.000,00 (529.256,25) 2020 395.237,64 138.000,00 (533.237,64) 2021 399.219,02 97.000,00 (496.219,02) 2022 403.200,41 97.000,00 (500.200,41) 2023 407.181,79 - (407.181,79) 2024 411.163,17 - (411.163,17) 2025 415.144,56 - (415.144,56) 2026 419.125,94 - (419.125,94) 2027 423.107,33 - (423.107,33) 2028 427.088,71 - (427.088,71) 2029 431.070,09 - (431.070,09) 2030 435.051,48 - (435.051,48) 2031 439.032,86 - (439.032,86) 2032 443.014,24 - (443.014,24) 2033 446.995,63 - (446.995,63) 2034 450.977,01 - (450.977,01) TOTAIS 8.263.077,32 1.037.000,00 (9.300.077,32) VPL 10% 3.415.998,18 707.940,53 (4.123.938,70) VPL 12% 2.982.544,80 661.818,82 (3.644.363,62) 2978 2979 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1402980 2981 2982 2983 2984 Observa-se que como o sistema de drenagem não possui receita, seu resultado operacional é negativo. Portanto o sistema não apresenta de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do panorama de investimentos necessários e das despesas de exploração incidentes ao longo do período de planejamento. 2985 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1412986 2987 8. RESUMO DOS ESTUDOS ECONÔMICO-FINANCEIRA 2988 2989 2990 De acordo com os estudos efetuados para os quatro componentes dos serviços de saneamento do município, podem-se resumir alguns dados e conclusões, como apresentado no Quadro 8.1: 2991 2992 QUADRO 8.1 – RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA SEGUNDO O PMSB - PERÍODO 2015-2034 Componentes Investimentos (R$) Despesas de Exploração (R$) DE Despesas Totais (R$) SUSTENTABILIDADE Receitas totais (R$) Água 10.890.000,00 58.223.843,78 69.113.843,78 48.310.031,93 Esgoto 12.600.000,00 45.119.851,40 57.719.851,40 28.416.237,19 Resíduos Sólidos 7.504.712,00 11.862.878,00 19.367.590,00 - Drenagem 1.037.000,00 8.263.077,32 9.300.077,32 - TOTAIS 34.108.672,00 121.392.690,50 155.501.362,50 76.726.269,12 Conclusões A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária, principalmente, e/ ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente. A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária e/ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente. Atualmente não há receitas no sistema de resíduos sólidos; assim, o sistema dependerá de recursos a fundo perdido para viabilização das proposições em função dos altos investimentos necessários. A princípio, o sistema não é viável. É necessária a criação de uma taxa pela prestação dos serviços. 2993 2994 2995 2996 2997 2998 2999 Nota DEX- valores brutos 3000 3001 3002 abastecimento de água e esgotamento sanitário – preferencialmente na forma de 3003 3004 3005 limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos – na forma de taxas ou tarifas e A análise da sustentabilidade econômico-financeira de cada componente de forma isolada está de acordo com o artigo 29 da Lei 11.445/2007, que estabelece que os serviços públicos de saneamento básico tenham essa sustentabilidade assegurada, sempre que possível, mediante a cobrança dos serviços da seguinte forma: tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente; outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de suas atividades; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1423006 3007 manejo de água pluviais urbanas – na forma de tributos, inclusive taxas, em 3008 3009 No caso específico de Vargem Grande do Sul, as incidências porcentuais dos serviços são as seguintes, conforme apresentado no Quadro 8.2: 3010 3011 QUADRO 8.2 – INCIDÊNCIAS PORCENTUAIS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO SEGUNDO O PMSB - PERÍODO 2015-2034 conformidade com o regime de prestação de serviço ou de suas atividades. Componentes Investimentos (%) Despesas de Exploração (%) Despesas Totais (%) Água 39 47 44 Esgoto 35 37 37 Resíduos Sólidos 23 10 12 Drenagem 3 7 7 TOTAIS 100 100 100 Conclusões Os investimentos em água são superiores àqueles de esgoto; as despesas de exploração são praticamente iguais, implicando uma % maior de despesa total. Verifica-se menor porcentagem de investimentos no sistema de esgotos, em função da necessidade maior de ampliação concentrada no tratamento do sistema. Os investimentos são inferiores aos anteriores. As despesas de exploração também são baixas, comparativamente aos sistemas de água e esgotos. Os investimentos previstos nesse sistema são baixos, ocorrendo, também, baixos custos de exploração relativamente aos outros sistemas. 3012 3013 3014 3015 3016 3017 Como conclusão, pode-se afirmar, com base nos dados desse PMSB de Vargem Grande do Sul, que as despesas totais em água e esgoto representam cerca de 81% dos serviços de saneamento. A representatividade para os serviços de resíduos sólidos e drenagem urbana atinge apenas 19% do valor total previsto para exploração dos sistemas. 3018 3019 Os dados resultantes, com relação aos custos unitários dos serviços, em termos de investimentos e despesas de exploração, estão indicados no Quadro 8.3. 3020 3021 QUADRO 8.3 – RESUMO DE CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO SEGUNDO O PMSB - PERÍODO 2015-2034 Componentes Água Esgoto Resíduos Sólidos Drenagem TOTAIS Custos Unitários Atuais (R$ /unidade) Custos Unitários (R$ /unidade) Despesas Totais (R$/domicílio/mês) 0,93/m³ faturado 0,70/m³ faturado - 1,34/m³ faturado 1,32/m³ faturado 2,40/ hab./mês 1,21/hab./mês 24,10 19,04 7,30 3,62 54,06 3022 3023 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1433024 Como conclusões finais do estudo, tem-se: 3025 3026 3027 Os investimentos em água e esgoto representam cerca de 74% dos serviços de 3028 3029 3030 3031 3032 3033 Os custos de água/esgoto conforme praticados atualmente são insuficientes para 3034 3035 3036 Os custos de água/esgotos estão bastante elevados, se comparados a outros 3037 3038 3039 Os custos de resíduos sólidos estão num montante razoável pela adoção de solução 3040 3041 Recomenda-se a criação de uma taxa média mensal em torno de R$ 7,30/domicílio 3042 3043 3044 Os custos de drenagem estão abaixo do que a maioria dos municípios regionais, em 3045 3046 3047 3048 Os custos de drenagem também estão num montante razoável pela adoção de 3049 3050 3051 Para o sistema de drenagem ser sustentável, recomenda-se a criação de taxa de 3052 3053 3054 Outra alternativa que pode tornar os sistemas viáveis (água, esgoto, resíduos e 3055 3056 3057 3058 Ainda que seja recomendável a revisão de custos das despesas de exploração dos sistemas de água e esgotos para melhor adequação à nova realidade, os valores resultantes certamente deverão ser compatíveis com a capacidade de pagamento da população local. saneamento. A representatividade para os serviços de resíduos sólidos e drenagem urbana atinge apenas 26% do valor total previsto para exploração dos sistemas; suprir as despesas com os serviços, devendo ser aumentados para patamares próximos dos estimados neste estudo, nos quais a tarifa de água assume valor em torno de 1,34/m³ faturado e a de esgoto 1,32/m³ faturado. Ressalta-se que também pode ser prevista uma relação entre os dois sistemas, com tarifas que permitam um auxiliar o outro, conforme necessidade, de modo a tornar os sistemas sustentáveis; sistemas. Merecem reavaliação dentro de um marco de referência exclusivamente municipal; individual; esse valor pode diminuir caso se adote um consórcio com outros municípios com disposição em unidades regionais; para a viabilização do sistema de resíduos sólidos conforme planejado; função da ocorrência de baixos investimentos para adequar o escoamento de águas de chuvas mais intensas. solução individual; esse valor pode diminuir em caso de adoção de uma política de serviços interligada no município, que permita um determinado sistema auxiliar outro, quando necessário. prestação dos serviços, de modo que haja uma receita, podendo essa taxa ser incluída em outras já existentes; drenagem) é a obtenção de recursos a fundo perdido para viabilização das proposições. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1443059 9. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES 3060 3061 3062 3063 3064 3065 3066 3067 Alguns programas deverão ser instituídos para que as metas estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento Básico possam ser cumpridas. Esses programas compreendem medidas estruturais, isto é, com intervenções diretas nos sistemas, e, medidas estruturantes, que possibilitam a adoção de procedimentos e intervenções de modo indireto, constituindo-se um acessório importante na complementação das medidas estruturais. Deve-se realçar que as linhas de financiamento ou repasses a fundo perdido, quando aplicáveis a esses programas, encontram-se apresentados no capítulo 10 subsequente. 3068 3069 3070 3071 3072 São apresentados, a seguir, alguns programas, descritos de modo sucinto, que podem ser (ou já estão sendo) aplicados a qualquer município integrante da UGRHI 9. Tendo em vista a premente necessidade da redução de perdas nos sistemas de distribuição dos municípios integrantes dessa UGRHI, considerou-se o Programa de Redução de Perdas como o mais importante dentre os programas abordados. 3073 9.1 PROGRAMAS GERAIS APLICÁVEIS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO 3074 9.1.1 Programa de Redução de Perdas 3075 3076 3077 A grande maioria dos municípios integrantes da UGRHI 9 apresenta perdas elevadas, variando de 30 a 60%. No caso específico de Vargem Grande do Sul, a perda média na distribuição está em torno de 40%, valor que pode ser considerado expressivo. 3078 3079 3080 3081 3082 Essa perda é composta das perdas reais (físicas) e das perdas aparentes (não físicas). As perdas reais referem-se às perdas por vazamentos na rede de distribuição e em outras unidades do sistema, como é o caso dos reservatórios. As perdas aparentes estão relacionadas com erros na micromedição, fraudes, existência de ligações irregulares em favelas e áreas invadidas e falhas no cadastro comercial. 3083 3084 3085 3086 3087 3088 3089 A implementação de um Programa de Redução de Perdas pressupõe, como ponto de partida, a elaboração de um projeto executivo do sistema de distribuição, já que a maioria dos municípios não dispõe ainda desse importante produto. Como resultado, nesse projeto deverão constar: a setorização da rede, em que fiquem estabelecidos os setores de abastecimento, os setores de manobra, os setores de rodízio e, se possível, os distritos pitométricos. Além disso, paralelamente, é conveniente, efetuar o cadastro das instalações existentes. 3090 3091 3092 3093 3094 3095 Com esse projeto, além das intervenções fundamentais no sistema de distribuição, que abranjam eventuais reformas e/ou ampliações em estações elevatórias, adutoras de água tratada, podem-se estabelecer ações paralelas relativas ao Programa de Redução de Perdas, considerando a meta a ser atingida, com intervenções complementares no âmbito do programa. A meta a ser atingida, no caso do município de Aguaí, pressupõe a redução gradativa do índice de perdas para 25% até o ano de 2034. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1453096 3097 3098 3099 3100 3101 Em relação às perdas reais (físicas), as medidas fundamentais visam ao controle de pressões, à pesquisa de vazamentos, à redução no tempo de reparo dos mesmos e ao gerenciamento da rede. Quanto às perdas aparentes (não físicas), as intervenções se suportam na otimização da gestão comercial, pois elas ocorrem em função de erros na macro e na micromedição, nas fraudes, nas ligações clandestinas, no desperdício pelos consumidores sem hidrômetros, nas falhas de cadastro, etc. 3102 3103 3104 3105 3106 De um modo geral, considerando-se a situação de todos os municípios da UGRHI 9, os procedimentos básicos podem ser sintetizados, conforme apresentado a seguir, aplicáveis indistintamente a todos os municípios, com algumas diversificações em alguns procedimentos, em função do porte do município e das características gerais do sistema de abastecimento de água: 3107 AÇÕES GERAIS 3108 3109 3110 elaboração do projeto executivo do sistema de distribuição, com as ampliações necessárias, com enfoque na implantação da setorização e equacionamento da macro e micromedição; 3111 3112 elaboração e disponibilização de um cadastro técnico do sistema de abastecimento de água, em meio digital, com atualização contínua; 3113 implantação de um sistema informatizado para controle operacional. 3114 REDUÇÃO DAS PERDAS REAIS (FÍSICAS) 3115 3116 redução da pressão nas canalizações, com instalação de válvulas redutoras de pressão com controladores inteligentes; 3117 3118 3119 pesquisa de vazamentos na rede, com utilização de equipamentos de detecção de vazamentos tais como geofones mecânicos, geofones eletrônicos, correlacionador de ruídos, haste de escuta, etc; 3120 3121 3122 3123 3124 minimização das perdas inerentes à distribuição, nas operações de manutenção, quando é necessária a despressurização da rede e, em muitas situações, a drenagem total da mesma, através da instalação de registros de manobras em pontos estratégicos, visando a permitir o isolamento total de no máximo 3km de rede; 3125 3126 3127 monitoramento dos reservatórios, com implantação de automatização do liga/desliga dos conjuntos elevatórios que recalcam para os reservatórios, além de dispositivos que permitam a sinalização de alarme de níveis máximo e mínimo; 3128 troca de trechos de rede e substituição de ramais com vazamentos; 3129 3130 eventual instalação de inversores de frequência em estações elevatórias ou Boosters, para redução de pressões no período noturno. 3131 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1463132 REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES (NÃO FÍSICAS) 3133 3134 3135 planejamento e troca de hidrômetros, estabelecendo-se as faixas de idade e o cronograma de troca, com intervenção também em hidrômetros parados, embaçados, inclinados, quebrados e fraudados; 3136 3137 seleção das ligações que apresentam consumo médio acima do consumo mínimo taxado e das ligações de grandes consumidores, para monitoramento sistemático; 3138 3139 3140 substituição, em uma fase inicial, dos hidrômetros das ligações com consumo médio mensal entre o valor mínimo (10 m³) e o consumo médio mensal do município ( por ligação); 3141 3142 3143 atualização do cadastro dos consumidores, para minimização das perdas financeiras provocadas por ligações clandestinas e fraudes, alteração do imóvel de residencial para comercial ou industrial e controle das ligações inativas; 3144 3145 3146 3147 estudos e instalação de macromedidores setoriais, para avaliação do consumo macromedido para confronto com o consumo micromedido, resultando um planejamento mais adequado de intervenções em setores com índices de perdas maiores. 3148 3149 Além dessas atividades supracitadas, são necessárias melhorias no gerenciamento, com incremento da capacidade de acompanhamento e controle. 3150 3151 3152 3153 3154 Apesar de o enfoque dessas recomendações estar relacionado principalmente com o sistema de distribuição, podem-se efetuar, também, intervenções no sistema produtor, principalmente na área de tratamento, quando se recomenda o reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros e o sobrenadante dos lodos decantados, que poderão ser retornados ao processo. 3155 9.1.2 3156 3157 3158 3159 3160 3161 3162 A utilização racional da água e da energia elétrica constitui-se em um dos complementos essenciais ao Programa de Redução de Perdas, tendo em vista a política de conservação da água e da energia estabelecida em projetos efetuados para esse fim. No âmbito da utilização racional da água, os municípios devem elaborar programas que resultem em economia de demandas, com planejamento de intervenções voltadas diretamente para os locais de consumo, como é o caso de escolas, hospitais, universidades, áreas comerciais e industriais e domicílios propriamente ditos. 3163 3164 3165 3166 3167 3168 A elaboração desse programa para qualquer município da UGRHI 9 pode se basear no Programa Pura – Programa de Uso Racional da Água, elaborado em 1996 pela Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. Esse programa adotou uma política de incentivo ao uso racional da água, com ações tecnológicas e mudanças culturais. Em abril de 2009, a SABESP lançou a cartilha “O Uso Racional da Água”, que, além de trazer diversas informações, relata os casos de sucesso adotados por empresas Programa de Utilização Racional da Água e Energia Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1473169 3170 e instituições que reduziram o consumo de água em suas unidades. Essa cartilha está disponível para consulta no site www.sabesp.com.br. 3171 3172 3173 3174 3175 3176 Com relação à utilização de energia elétrica em sistemas de saneamento básico, o PROCEL – Programa de Conservação de Energia Elétrica, criado pela ELETROBRAS em 1985, estabeleceu, em 1997, uma meta de redução de 15% no desperdício de energia elétrica. Para isso, esquematizou ações relativas à modulação de carga, controle de vazões de recalque, dimensionamento adequado de equipamentos eletromecânicos e automação operacional de sistemas com gerenciamento e supervisão “on-line”. 3177 3178 3179 3180 As intervenções necessárias em sistemas de abastecimento de água estavam, originaria e prioritariamente, relacionadas com a otimização do funcionamento dos conjuntos motobombas dos sistemas de recalque, onde o consumo de energia atinge até 95% do custo total, aumentando os custos de exploração. 3181 3182 3183 3184 3185 3186 3187 3188 3189 3190 3191 Em 2003, a ELETROBRAS/PROCEL instituiu o PROCEL SANEAR – Programa de Eficiência Energética em Saneamento Ambiental, que atua de forma conjunta com o Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água – PNCDA e o Programa de Modernização do Setor de Saneamento – PMSS, ambos coordenados pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA, vinculada ao Ministério das Cidades. Entre os principais objetivos do programa, estão a promoção de ações que visem ao uso eficiente da energia elétrica e água em sistemas de saneamento ambiental, incluindo os consumidores; o incentivo ao uso eficiente dos recursos hídricos, como estratégia de prevenção de escassez de água destinada à geração hidrelétrica; e a contribuição para a universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores custos para a sociedade e benefícios adicionais nas áreas de saúde e meio ambiente. 3192 3193 Para maiores informações em relação a esse programa, pode-se entrar em contato com a ELETROBRÁS pelo e-mail [email protected]. 3194 3195 3196 3197 3198 3199 Outras várias medidas podem ser tomadas, como a identificação das áreas com consumo elevado de energia elétrica e consequente adoção de procedimentos técnicos e operacionais mais adequados. Além disso, a redução dos custos com energia elétrica pode ser obtida, também, com o conhecimento detalhado do sistema tarifário, adotandose a melhor forma de fornecimento de energia, em função das várias opções existentes (tarifas convencional, horo-sazonal, azul e verde). 3200 9.1.3 3201 3202 3203 3204 3205 Outro programa de importância que pode ser adotado no município é o Programa de Reúso da Água, com o objetivo de economizar água e até otimizar a disposição em cursos d’água. A água de reúso pode ser produzida pelas estações de tratamento de esgotos, podendo ser utilizada com inúmeras finalidades, quais sejam, na limpeza de ruas e praças, na limpeza de galerias de águas pluviais, na desobstrução de redes de esgotos, Programa de Reúso da Água Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1483206 3207 no combate a incêndios, no assentamento de poeiras em obras de execução de aterros e em terraplenagem, em irrigação para determinadas culturas, etc. 3208 3209 3210 No caso específico de Vargem Grande do Sul, conforme já descrito anteriormente, os esgotos da sede são tratados em ETE, com nível de tratamento secundário e vazões médias diárias totais de cerca de 96,8 L/s (vazão média prevista para final de plano). 3211 3212 3213 3214 3215 3216 Isso significa que existe a possibilidade de reaproveitamento de efluentes finais que apresentam redução de cerca de 80% da carga orgânica em relação ao esgoto bruto, com utilizações onde não se necessita da água potabilizada, conforme relacionado anteriormente. Evidentemente, as utilizações dependem de inúmeras circunstâncias que envolvem custos, condições operacionais, características qualiquantitativas da água de reúso e demais condições específicas, dependendo dos locais de utilização. 3217 3218 3219 3220 3221 3222 3223 3224 3225 3226 A adoção de um programa para reutilização da água pode ser iniciada estabelecendo-se contato com o Centro Internacional de Referência em Reúso da Água – CIRRA, que é uma entidade sem fins lucrativos, vinculada ao Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Com o objetivo de promover e disponibilizar recursos técnicos e humanos para estimular práticas conservacionistas, essa entidade tem como funções básicas desenvolver pesquisas e tecnologias adequadas, proporcionar treinamento e divulgar informações visando à promoção, à institucionalização e à regulamentação da prática do reúso no Brasil. A assessoria técnica é direcionada ao setor público e ao setor privado, com promoção de cursos e treinamento. 3227 3228 3229 3230 A estrutura do CIRRA permite a realização de convênios com instituições públicas e privadas, para desenvolvimento de temas pertinentes ao reúso de água, sob diversos aspectos relacionados à gestão ambiental, desde o uso otimizado dos recursos hídricos a tecnologias de tratamento e minimização da geração de efluentes. 3231 3232 O enfoque está dirigido aos reúsos urbano, industrial, agrícola e meio ambiente. Podemse obter maiores informações no site www.usp.br/cirra. 3233 9.1.4 3234 3235 3236 3237 3238 3239 3240 3241 3242 Dentre os programas de interesse de que o Município de Vargem Grande do Sul participa, pode-se citar o Projeto Município Verde Azul da Secretaria do Meio Ambiente (SMA). O programa, lançado em 2007 pelo governo de São Paulo, tem por objetivo ganhar eficiência na gestão ambiental através da descentralização e valorização da base da sociedade. Além disso, visa a estimular e capacitar as prefeituras a implementarem e desenvolverem uma Agenda Ambiental Estratégica. Ao final de cada ciclo anual é avaliada a eficácia dos municípios na condução das ações propostas na Agenda. A partir dessa avaliação, são disponibilizados à SMA, ao Governo do Estado, às Prefeituras e à população o Indicador de Avaliação Ambiental – IAA. Programa Município Verde Azul Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1493243 3244 3245 3246 3247 3248 Trata-se de um programa que propõe 10 diretivas ambientais, que abordam questões ambientais prioritárias a serem implementadas. Assim, pode-se estabelecer uma parceria com a SMA que orienta, segundo critérios específicos a serem avaliados ano a ano, quais as ações necessárias para que o município seja certificado como “Município Verde Azul”. A Secretaria do Meio Ambiente, por sua vez, oferece capacitação técnica às equipes locais e lança anualmente o Ranking Ambiental dos Municípios Paulistas. 3249 3250 3251 3252 As dez diretivas são as seguintes: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental, onde os municípios concentram esforços na construção de uma agência ambiental efetiva. 3253 3254 3255 A participação do município neste programa é pré-requisito para liberação de recursos do Fundo Estadual de Controle de Poluição-FECOP, controlado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 3256 3257 De acordo com a classificação da SMA, a situação do município de Vargem Grande do Sul em relação aos municípios paulistas participantes é a seguinte: 3258 ano 2010 – nota 46,54 – classificação – 397º lugar. 3259 ano 2011 – nota 10,41 – classificação – 586º lugar. 3260 ano 2012 – nota 43,30 – classificação – 285º lugar. 3261 Ano 2013 – nota 11,00 - classificação – 566º lugar. 3262 9.1.5 3263 3264 3265 Outros programas relacionados com a conscientização da população em temas inerentes aos quatro sistemas de saneamento podem ser elaborados pela operadora, com ampla divulgação através palestras, folhetos ilustrativos, mídia local e em instituições de ensino. 3266 9.1.6 3267 Orientação para separação na origem dos lixos seco e úmido 3268 3269 3270 3271 3272 A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a redução do volume de lixo para disposição final. O fundamento da coleta seletiva é a separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais, os chamados de lixos seco) do restante do lixo (compostos orgânicos, chamados de lixo úmido). 3273 3274 3275 3276 A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto, que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e orientandoa para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. Programas de Educação Ambiental Programas Relacionados com a Gestão do Sistema de Resíduos Sólidos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1503277 3278 3279 É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente sacos de papel ou plástico). 3280 3281 Promoção de reforço de fiscalização e estímulo para denúncia anônima de 3282 3283 3284 Para denúncias sobre descarte irregular de lixo ou entulho, a Prefeitura pode instituir um programa de ligue-denúncias. Assim a própria população poderá denunciar irregularidades que ocorrem na sua região. 3285 3286 3287 3288 3289 3290 Porém, o mais importante é prevenir os descartes irregulares. Uma sugestão é a de que a Prefeitura mantenha, durante todo o ano, uma Operação Cata-Tranqueira, que recolhe todo o tipo de material inservível, exceto lixo doméstico e resíduo da construção civil. Pode-se desenvolver uma programação para cada bairro da cidade. A intenção é exatamente evitar que este material seja descartado irregularmente em terrenos ou córregos, colaborando para enchentes. 3291 3292 Orientação para separação dos entulhos na origem para melhorar a eficiência do 3293 3294 3295 3296 3297 3298 Os resíduos da construção civil são compostos principalmente por materiais de demolições, restos de obras, solos de escavações diversas. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento, porém geralmente contém uma vasta gama de materiais que podem lhe conferir toxicidade, com destaque para os restos de tintas e de solventes, peças de amianto e metais diversos, cujos componentes podem ser remobilizados caso o material não seja disposto adequadamente. 3299 3300 3301 3302 Para tanto, é importante a implantação por parte da Prefeitura, de um programa de gerenciamento dos resíduos da construção civil, contribuindo para a redução dos impactos causados por estes resíduos ao meio ambiente, e principalmente, informando a população sobre os benefícios da reciclagem também no setor da construção civil. 3303 3304 As metas a serem cumpridas e as ações necessárias serão decorrentes da formatação e implementação dos programas supracitados. 3305 9.2 3306 3307 3308 3309 3310 3311 Na área rural de Vargem Grande do Sul, predominam domicílios dispersos e alguns pequenos núcleos, cuja solução atual de abastecimento de água e esgotamento sanitário se resume, individualmente, na perfuração de poços freáticos e disposição dos esgotos em fossas negras (predominantemente) ou em fossas sépticas seguidas de poços absorventes. A análise da configuração da área rural do Município de Vargem Grande do Sul permite concluir pela inviabilidade da integração dos domicílios e núcleos dispersos descartes irregulares reaproveitamento PROGRAMAS ESPECÍFICOS APLICÁVEIS À AREA RURAL Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1513312 3313 aos sistemas da área urbana, pelas distâncias, custos, dificuldades técnicas, operacionais e institucionais envolvidas. 3314 3315 3316 3317 3318 3319 3320 Em reunião mantida com o GEL do município, foram discutidas as questões acerca da possibilidade de atendimento à área rural, mas chegou-se à conclusão de que é inviável a integração dos domicílios e núcleos dispersos aos sistemas da área urbana pelas razões acima apontadas. Conforme estudo populacional apresentado anteriormente, a população rural indicada no Censo Demográfico de 2010 era de 1.992 hab. A projeção da população rural até 2034 resultou em uma população de 1.742 hab., o que demonstra uma pequena redução. 3321 3322 3323 3324 3325 3326 3327 De acordo com os estudos populacionais desenvolvidos para toda a UGRHI 9, verifica-se que o grau de urbanização dos municípios tende a aumentar, isto é, o crescimento populacional tende a se concentrar nas áreas urbanas, o que implicará a necessidade de capacitação dos sistemas de água e esgotos para atendimento a 100% da população urbana com água tratada e esgoto coletado/tratado. No entanto, nas áreas rurais (alguns municípios da UGRHI 9 possuem áreas rurais muito extensas) o atendimento fica dificultado, pelos motivos anteriormente expostos. 3328 3329 3330 3331 3332 3333 3334 Nos itens subsequentes, são apresentadas algumas sugestões para atendimento à área rural, com base em programas existentes ou experiências levadas a termo para algumas comunidades em outros estados. Sabendo-se que no PMSB somente se fornecem orientações ou caminhos que podem ser seguidos, deve-se ressaltar que o município é soberano nas decisões a serem tomadas na tentativa de se universalizar o atendimento, adotando o programa ou caminho julgado mais conveniente, como resultado das limitações econômico-financeiras e institucionais. 3335 9.2.1 3336 3337 3338 3339 3340 3341 3342 3343 Uma das possibilidades de solução para os domicílios dispersos ou pequenos núcleos disseminados na área rural seria o município elaborar um Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável, com assistência da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo, através da CATI-Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. Os objetivos prioritários estariam relacionados com o desenvolvimento rural sustentável, aliando a produção agrícola e a conservação do meio ambiente com o aumento de renda e melhor qualidade de vida das famílias rurais. 3344 3345 3346 3347 3348 O enfoque principal são as microbacias hidrográficas, com incentivos à implantação de sistemas de saneamento em comunidades isoladas, onde se elaboram planejamentos ambientais das propriedades. Especificamente em relação aos sistemas de água e esgotos, os programas e a ações desenvolvidas com subvenção econômica são baseados nos seguintes incentivos: 3349 Construção de poços freáticos comunitários; Programa de Microbacias Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1523350 3351 Construção de fossas biodigestoras, modelo EMBRAPA, com destinação adequada 3352 3353 3354 Construção de outros sistemas de disposição de esgotos, tipo fossa séptica, filtro 3355 3356 Toda essa tecnologia está disponível na CATI (www.cati.sp.gov.br) e as linhas do programa podem ser obtidas junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. 3357 3358 3359 3360 3361 3362 3363 3364 3365 Evidentemente, a adoção de um Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável estará sujeita às condições específicas de cada município, porque envolve diversos aspectos de natureza político-administrativa, institucional, técnica, operacional e econômico-financeira. No entanto, dentro das possibilidades para se atingir a universalização dos serviços de saneamento básico, em que haja maior controle sanitário sobre a água utilizada pelas populações rurais e a carga poluidora difusa lançada nos cursos d’água, acredita-se que esse Programa de Microbacias Hidrográficas possa ser, no momento, o instrumento mais adequado para implantação de sistemas isolados para comunidades não atendidas pelo sistema público. 3366 9.2.2 3367 3368 3369 3370 3371 3372 3373 3374 3375 Para atendimento a essas áreas não contempladas pelo sistema público, existem algumas outras experiências em andamento, que resultam da implementação de programas de saneamento para comunidades isoladas, o que pode ser de utilidade à prefeitura do município, no sentido da universalização do atendimento com água e esgotos. Essas experiências encontram-se em desenvolvimento na CAGECE (Cearáonde se emprega o modelo SISAR - Sistemas de Integração do Saneamento Rural), CAERN (Rio Grande do Norte - modelo de gestão caracterizado pela autonomia das comunidades atendidas), COPASA (Minas Gerais - sistemas gerenciados pelas próprias prefeituras ou pelos próprios moradores) e SABESP (São Paulo). 3376 3377 3378 3379 3380 3381 No âmbito do Estado de São Paulo, vale citar o Programa Água é Vida, instituído pelo Decreto Estadual nº 57.479 de 1º de novembro de 2011, nova experiência em início de implementação, dirigido às comunidades de pequeno porte, predominantemente ocupadas por população de baixa renda. O objetivo do programa não é somente equacionar a cobertura dos serviços, mas buscar alternativas de modelos e gerenciamentos inovadores e adequados para os sistemas de pequeno porte. 3382 3383 3384 3385 3386 Nesse caso, é possível a utilização de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis, destinados a obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos, que objetivam a melhoria das condições de saneamento básico. Segundo o artigo 3º do decreto em referência, a participação no programa depende do prévio atendimento às condições específicas do programa, estabelecidas por resolução da SSRH-Secretaria de para o efluente final (adubação de áreas diversas); anaeróbio, sumidouro ou mesmo fossa séptica e leitos cultiváveis (wetlands) e vala de infiltração. Outros Programas e Experiências Aplicáveis à Área Rural Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1533387 3388 Saneamento e Recursos Hídricos, que definirá os requisitos necessários à transferência aos municípios de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis. 3389 3390 3391 3392 3393 3394 De especial interesse, são os dados e as informações do seminário realizado na UNICAMP-Universidade de Campinas, entre 20 e 21 de junho de 2013, denominado “Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgotos em Comunidades Isoladas – Aspectos Técnicos e Institucionais”, que, dentre os vários aspectos relacionados com a necessidade de universalização do atendimento, apresentou vários temas de interesse, podendo-se citar, entre outros: 3395 Ações da Agência Nacional de Águas na Indução e Apoio ao Reúso da Água – ANA; 3396 3397 Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura – 3398 3399 Entraves Legais e Ações Institucionais para o Saneamento de Comunidades Isoladas 3400 Aspectos Técnicos e Institucionais – ABES – SP; 3401 3402 Experiência da CETESB no Licenciamento Ambiental de Sistemas de Tratamento de 3403 Emprego de Tanques Sépticos – PROSAB/SANEPAR; 3404 3405 Aplicação de Wetlands Construídos como Sistemas Descentralizados no Tratamento 3406 3407 Linhas de Financiamento e Incentivos para Implantação de Pequenos Sistemas de 3408 3409 Necessidades de Ajustes das Políticas de Saneamento para Pequenos Sistemas – 3410 Parasitoses de Veiculação Hídrica – UNICAMP – SP; 3411 3412 Projeto Piloto para Implantação de Tecnologias Alternativas em Saneamento na 3413 3414 Informações decorrentes do Programa de Microbacias - CATI – Secretária de 3415 3416 Solução Inovadora para Uso (Reúso) de Esgoto – Universidade Federal do Rio 3417 3418 Tratamento de Esgotos em Pequenas Comunidades – A Experiência da UFMG – Universidade Federal do Ceará; – PCJ – Piracicaba; Esgotos Sanitários de Comunidades Isoladas – CETESB – SP; de Esgotos – ABES - SP; Saneamento – FUNASA; SABESP – SP; Comunidade de Rodamonte – Ilhabela – SP – CBH – Litoral Norte – SP; Agricultura e Abastecimento – SP; Grande do Norte; Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1543419 3420 Todo esse material, de grande importância para o município, pode ser obtido junto à ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – Seção SP. 3421 9.2.3 3422 3423 Dentro dos programas estabelecidos pelo recém-aprovado PLANSAB-Plano Nacional de Saneamento Básico (dez/2013), consta o Programa 2, voltado ao saneamento rural. 3424 3425 3426 3427 3428 3429 3430 3431 3432 3433 3434 O programa visa a atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas. Os objetivos do programa são o de financiar em áreas rurais e comunidades tradicionais medidas estruturais de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias domiciliares e de educação ambiental para o saneamento, além de, em função de necessidades ditadas pelo saneamento integrado, ações de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais. Também, nas linhas das ações gerais, os objetivos englobam medidas estruturantes, quais sejam, suporte político e gerencial para sustentabilidade da prestação dos serviços, incluindo ações de educação e mobilização social, cooperação técnica aos municípios no apoio à gestão e inclusive na elaboração de projetos. 3435 3436 3437 3438 3439 3440 3441 A coordenação do programa está atribuída ao Ministério da Saúde (FUNASA), que deverá compartilhar a sua execução com outros órgãos federais. Os beneficiários do programa serão as administrações municipais, os consórcios e os prestadores de serviços, incluindo instâncias de gestão para o saneamento rural, como cooperativas e associações comunitárias. O programa será operado principalmente com recursos não onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, tendo em vista necessidade de investimentos em universalização para os próximos 20 anos. 3442 3443 A FUNASA é o órgão do governo federal responsável pela implementação das ações de saneamento nas áreas rurais de todos os municípios brasileiros. 3444 3445 3446 No capítulo subsequente, constam vários programas de financiamento, incluindo a área rural e as comunidades isoladas, no âmbito estadual (SSRH) e no âmbito federal (FUNASA). O Programa Nacional de Saneamento Rural 3447 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1553448 3449 10. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 3450 10.1 CONDICIONANTES GERAIS 3451 3452 3453 3454 3455 3456 3457 Nos itens em sequência, apresentam-se várias informações relativas à captação de recursos para execução das obras de saneamento básico. São informações gerais, podendo ser utilizadas por qualquer município, desde que aplicáveis ao mesmo. A seleção dos programas de financiamentos mais adequados dependerá das condições particulares de cada município, atreladas aos objetivos de curto, médio e longo prazo, aos montantes de investimentos necessários, aos ambientes legais de financiamento e outras condições institucionais específicas. 3458 3459 3460 3461 3462 3463 3464 3465 3466 3467 Em termos econômicos, sob o regime de eficiência, os custos de exploração e administração dos serviços devem ser suportados pelos preços públicos, taxas ou impostos, de forma a possibilitar a cobertura das despesas operacionais administrativas, fiscais e financeiras, incluindo o custo do serviço da dívida de empréstimos contraídos. O modelo de financiamento a ser praticado envolve a avaliação da capacidade de pagamento dos usuários e da capacidade do tomador do recurso, associado à viabilidade técnica e econômico-financeira do projeto e às metas de universalização dos serviços de saneamento. As regras de financiamento também devem ser respeitadas, considerandose a legislação fiscal e, mais recentemente, a Lei das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007). 3468 3469 3470 3471 3472 3473 3474 3475 3476 3477 Para que se possam obter os financiamentos ou repasses para aplicação em saneamento básico, as ações e os programas pertinentes deverão ser enquadrados em categorias que se insiram no planejamento geral do município e deverão estar associadas às Leis Orçamentárias Anuais, às Leis de Diretrizes Orçamentárias e aos Planos Plurianuais do Município. Em princípio, as principais categorias, que serão objeto de propostas, são: Desenvolvimento Institucional; Planejamento e Gestão; Desenvolvimento de Tecnologias e Capacitação em Recursos Hídricos; Conservação de Solo e Água e de Ecossistemas; Conservação da Quantidade e da Qualidade dos Recursos Hídricos; Gestão, Recuperação e Manutenção de Mananciais; Obras e Serviços de Infraestrutura Hídrica de Interesse Local; Obras e Serviços de Infraestrutura de Esgotamento Sanitário. 3478 3479 3480 3481 3482 3483 3484 3485 A partir do estabelecimento das categorias, conforme supracitado, os programas de financiamentos, a serem elaborados pelo próprio município, deverão contemplar a definição do modelo de financiamento e a identificação das fontes e usos de recursos financeiros para a sua execução. Para tanto, poderão ser levantados, para efeito de apresentação do modelo de financiamento e com detalhamento nos horizontes de planejamento, os seguintes aspectos: as fontes externas, nacionais e internacionais, abrangendo recursos onerosos e repasses a fundo perdido (não onerosos); as fontes no âmbito do município; as fontes internas, resultantes das receitas da prestação de serviços Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1563486 3487 e as fontes alternativas de recursos, tal como a participação do setor privado na implementação das ações de saneamento no município. 3488 10.2 3489 3490 3491 As principais fontes de financiamento disponíveis para o setor de saneamento básico do Brasil, desde a criação do Plano Nacional de Saneamento Básico (1971), são as seguintes: 3492 3493 3494 Recursos onerosos, oriundos dos fundos financiadores (Fundo de Garantia do Tempo 3495 3496 3497 3498 Recursos não onerosos, derivados da Lei Orçamentária Anual (Loa), também 3499 3500 3501 Recursos provenientes de empréstimos internacionais, contraídos junto às agências 3502 3503 3504 Recursos captados no mercado de capitais, por meio do lançamento de ações ou 3505 3506 Recursos próprios dos prestadores de serviços, resultantes de superávits de 3507 3508 Recursos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos (Fundos Estaduais FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS de Serviço-FGTS e Fundo de Amparo do Trabalhador-FAT); são captados através de operações de crédito e são gravados por juros reais; conhecida como OGU (Orçamento Geral da União) e, também, de orçamentos de estados e municípios; são obtidos via transferência fiscal entre entes federados, não havendo incidência de juros reais; multilaterais de crédito, tais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial (BIRD); emissão de debêntures, onde o conceito de investimento de risco apresenta-se como principal fator decisório na inversão de capitais no saneamento básico; arrecadação; de Recursos Hídricos). 3509 3510 3511 3512 3513 3514 Os recursos onerosos preveem retorno financeiro e constituem-se em empréstimos de longo prazo, operados, principalmente, pela Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS, e pelo BNDES, com recursos próprios e do FAT. Os recursos não onerosos não preveem retorno financeiro, uma vez que os beneficiários de tais recursos não necessitam ressarcir os cofres públicos. 3515 3516 3517 Nos itens seguintes, apresentam-se os principais programas de financiamentos existentes e as respectivas fontes de financiamento, conforme a disponibilidade de informações constantes dos órgãos envolvidos. 3518 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1573519 10.3 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 3520 3521 3522 De forma resumida, apresentam-se as principais fontes de captação de recursos, através de programas instituídos e através de linhas de financiamento, na esfera federal e estadual: 3523 No âmbito Federal: 3524 3525 ANA – Agência Nacional de Águas – PRODES/Programa de Gestão de Recursos Hídricos, etc; 3526 3527 BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (ver linhas de financiamento no item 10.5 adiante); 3528 3529 CEF – Caixa Econômica Federal – Abastecimento de Água/Esgotamento Sanitário/Brasil Joga Limpo/Serviços Urbanos de Água e Esgoto, etc.; 3530 Ministério das Cidades – Saneamento para Todos, etc; 3531 Ministério da Saúde (FUNASA); 3532 3533 Ministério do Meio Ambiente (conforme indicação constante do quadro 10.1 adiante); 3534 3535 Ministério da Ciência e Tecnologia (conforme indicação constante do quadro 10.1 adiante). 3536 No âmbito Estadual: 3537 3538 SSRH - Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, vários programas, incluindo aqueles derivados dos programas do FEHIDRO; 3539 Secretaria do Meio Ambiente(vários programas); 3540 3541 Secretaria de Microbacias). Agricultura e Abastecimento(por exemplo, Programa de 3542 3543 3544 3545 3546 3547 3548 No âmbito do Governo do Estado de São Paulo, deverão ser considerados os programas, projetos, fundos, enfim, todas as ações da SSRH, bem como de outras pastas, que efetivamente se aplicam ao município, que poderão resultar em recursos para a implantação do plano de saneamento básico. Atualmente, podem ser citados os seguintes programas/projetos dessa secretaria: Sanebase, Água é Vida, Se Liga na Rede, REÁGUA, Água Limpa, Programa de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos, entre outros. 3549 3550 3551 No âmbito da SSRH, o Plano Plurianual do Governo do Estado de São Paulo (2012-2015) destinou verbas a diversos programas aplicáveis ao saneamento básico do Estado de São Paulo, podendo ser citados, entre outros: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1583552 3553 3554 Programa 3904 – Saneamento para Todos – atendimento técnico e financeiro aos 3555 Programa 3907 – Infraestrutura Hídrica, Combate às Enchentes e Saneamento; 3556 3557 Programa 3932 – Planejamento e Promoção do Saneamento no Estado (dentre várias 3558 3559 3560 3561 Programa 3933 – Universalização do Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário 3562 3563 10.4 3564 3565 3566 3567 3568 3569 3570 No site da SSRH – Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo - consta uma listagem com os programas, as fontes de financiamento, os beneficiários, a origem dos recursos e os itens financiáveis para o saneamento, conforme reproduzido no quadro 10.1 a seguir. Os programas denominados REFORSUS e VIGISUS do Ministério da Saúde foram suprimidos da listagem, porque estão relacionados diretamente com ações envolvendo a vigilância em termos de saúde e controle de doenças, apesar da intercorrência com as ações de saneamento básico. 3571 3572 3573 3574 3575 Cumpre salientar que o município, na implementação das ações necessárias para se atingir a universalização do saneamento, deverá selecionar o(s) programa(s) de financiamentos que melhor se adeque(m) às suas necessidades, função, evidentemente, de uma série de procedimentos a serem cumpridos, conforme exigências das instituições envolvidas. municípios não operados pela SABESP e com população urbana até 50.000 habitantes (população dos municípios abrangida pelo Programa Água Limpa); ações, inclui o saneamento rural e de pequenas comunidades isoladas); – atendimento às populações residentes dos municípios operados pela SABESP, podendo atuar, também, nos serviços de drenagem, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS PARA O SANEAMENTO E AS FONTES DE FINANCIAMENTO 3576 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1593577 QUADRO 10.1 – RESUMO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO - SSRH Programa Finalidade Beneficiário Origem dos Recursos Prefeituras Municipais. Ver nota 1 Projeto / Obras e Serviços. Prefeituras Municipais. Orçamento do Governo do Estado de São Paulo (fundo perdido). Obras de implantação, ampliação e melhorias dos sistemas de abastecimento de água e de esgoto. Reservas da Instituição. Obras de construção de rede de captação e de distribuição de água potável, hidrômetros, obras de escoamento de águas pluviais, rede de coleta e destino de esgoto. Prefeituras, Governos Estaduais e do Distrito Federal, Concessionárias Estaduais e Municipais de Saneamento e Órgãos Autônomos Municipais. FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Destina-se ao aumento da cobertura e/ou tratamento e destinação final adequados dos efluentes, através da implantação, ampliação, otimização e/ou reabilitação de Sistemas existentes e expansão de redes e/ou ligações prediais. Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e do Distrito Federal, ConcessionáriasEstaduais e Municipais de Saneamento e Órgãos Autônomos Municipais. Financiamento parcial com contrapartida e retorno do empréstimo / FGTS. Obras integradas de saneamento: abastecimento de água, esgoto sanitário, microdrenagem/instalações hidráulico sanitárias e contenção de encostas com ações de participação comunitária (mobilização, educação sanitária). MPOG – SEDU PASS - Programa de Ação Social em Saneamento Projetos integrados de saneamento nos bolsões de pobreza. Programa em cidades turísticas. Prefeituras Municipais, Governos estaduais e Distrito Federal. Fundo perdido com contrapartida / orçamento da união. MPOG – SEDU PROGEST - Programa de Apoio à Gestão do Sistema de Coleta e Disposição Final de Resíduos Sólidos. Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e Distrito Federal. Fundo perdido / Orçamento da União. Áreas urbanas localizadas em todo o território nacional. Orçamento Geral da União (OGU) Emendas Parlamentares, Contrapartidas dos Estados, Municípios e Distrito Federal. Instituição SSRH GESP / SSRH NOSSA CAIXA NOSSO BANCO MPOG – SEDU MPOG – SEDU MPOG – SEDU FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos Vários Programas voltados para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos. SANEBASE - Convênio de Saneamento Básico Programa para atender aos municípios do Estado que não são operados pela SABESP. PCM - Plano Comunitário de Melhoramentos Viabilizar Obras de Saneamento através de parceria entre a comunidade, Prefeitura Municipal e Nossa Caixa - Nosso banco. PRÓ-SANEAMENTO Ações de saneamento para melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população, aumento da eficiência dos agentes de serviço, drenagem urbana, para famílias com renda média mensal de até 12 salários mínimos. PROSANEAR Ações integradas de saneamento em aglomerados urbanos ocupados por população de baixa renda (até 3 salários mínimos) com precariedade e/ou inexistência de condições sanitárias e ambientais. PRO-INFRA Programa de Investimentos Públicos em Poluição Ambiental e Redução de Risco e de Insalubridade em Áreas Habitadas por População de Baixa Renda. Prefeituras Municipais. Itens Financiáveis Contempla ações de abastecimento em água, esgotamento sanitário, disposição final de resíduos sólidos. Instalações hidráulico-sanitárias intradomiciliares. Encontros técnicos, publicações, estudos, sistemas piloto em gestão e redução de resíduos sólidos; análise econômica de tecnologias e sua aplicabilidade. Melhorias na infraestrutura urbana em áreas degradadas, insalubres ou em situação de risco. 3578 Continua... 3579 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1603580 3581 Continuação. QUADRO 10.1 – RESUMO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO - SSRH Instituição Programa Finalidade Beneficiário Itens Financiáveis FUNASA - Fundação Nacional de Saúde Obras e serviços em saneamento. Prefeituras Municipais e Serviços Municipais de Limpeza Pública. Fundo perdido / Ministério da Saúde Sistemas de resíduos sólidos, serviços de drenagem para o controle de malária, melhorias sanitárias domiciliares, sistemas de abastecimento de água, sistemas de esgotamento sanitário, estudos e pesquisa. PROGRAMA DO CENTRO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO AMBIENTAL URBANA Coletar e Organizar informações, Promover o Intercâmbio de Tecnologias, Processos e Experiências de Gestão Relacionada com o Meio Ambiente Urbano. Serviço público aberto a toda a população, aos formadores de opinião, aos profissionais que lidam com a administração municipal, aos técnicos, aos prefeitos e às demais autoridades municipais. Convênio do Ministério do Meio Ambiente com a Universidade Livre do Meio Ambiente. _ PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Ações, Programas e Projetos no Âmbito dos Resíduos Sólidos. Municípios e Associações participantes do Programa de Revitalização dos Recursos nos quais seja identificada prioridade de ação na área de resíduos sólidos. Convênios firmados com órgãos dos Governo Federal, Estadual e Municipal, Organismo Nacionais e Internacionais e Orçamento Geral da União (OGU). _ MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – IBAMA REBRAMAR - Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos Sólidos. Estados e Municípios em todo o território nacional. Ministério do Meio Ambiente. Programas entre os agentes que geram resíduos, aqueles que o controlam e a comunidade. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LIXO E CIDADANIA A retirada de crianças e adolescentes dos lixões, onde trabalham diretamente na catação ou acompanham seus familiares nesta atividade. Municípios em todo o território nacional. Fundo perdido. Melhoria da qualidade de vida. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PROSAB - Programa de Pesquisa em Saneamento Básico. Visa promover e apoiar o desenvolvimento de pesquisas na área de saneamento ambiental. Comunidade acadêmica e científica de todo o território nacional. FINEP, CNPQ, Caixa Econômica Federal, CAPES e Ministério da Ciência e Tecnologia. Pesquisas relacionadas a: águas de abastecimento, águas residuárias, resíduos sólidos( aproveitamento de lodo). MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNASA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 3582 3583 3584 3585 Origem dos Recursos Notas 1 - Atualmente, a origem dos recursos é a compensação financeira pelo aproveitamento hidroenergético no território do estado; 2 – MPOG – Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEDU – Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1613586 3587 10.5 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS GRANDE INTERESSE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB 3588 3589 A seguir, encontram-se descritos, de forma resumida, alguns programas de grande interesse para implementação do PMSB, em nível federal e estadual. 3590 No Âmbito Federal: 3591 PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS 3592 3593 3594 Entre os programas instituídos pelo governo federal, o Programa Saneamento para Todos constitui-se no principal programa de destinado ao setor de saneamento básico, pois contempla todos os prestadores de serviços de saneamento, públicos e privados. 3595 3596 3597 Visa a financiar empreendimentos com recursos oriundos do FGTS (onerosos) e da contrapartida do solicitante. Deverá ser habilitado pelo Ministério das Cidades e é gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Possui as seguintes modalidades: DE 3598 3599 3600 Abastecimento de Água – destina-se à promoção de ações que visem ao aumento da cobertura ou da capacidade de produção do sistema de abastecimento de água; 3601 3602 3603 Esgotamento Sanitário – destina-se à promoção de ações para aumento da cobertura dos sistemas de esgotamento sanitário ou da capacidade de tratamento e destinação final adequada dos efluentes; 3604 3605 3606 3607 3608 3609 3610 3611 Saneamento Integrado – destina-se à promoção de ações integradas em áreas ocupadas por população de baixa renda. Abrange o abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, além de ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação ambiental, além da promoção da participação comunitária e, quando for o caso, ao trabalho social destinado à inclusão social de catadores e aproveitamento econômico do material reciclável, visando à sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos empreendimentos. 3612 3613 3614 3615 3616 3617 3618 Desenvolvimento Institucional – destina-se à promoção de ações articuladas, viando ao aumento de eficiência dos prestadores de serviços públicos. Nos casos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações e redes existentes, redução de custos e de perdas; no caso da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações existentes. 3619 3620 3621 3622 Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais – no caso dos resíduos sólidos, destina-se à promoção de ações com vistas ao aumento da cobertura dos serviços (coleta, transporte, tratamento e disposição dos resíduos domiciliares e provenientes dos serviços de saúde, varrição, capina, poda, etc); no caso das Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1623623 3624 águas pluviais, promoção de ações de prevenção e controle de enchentes, inundações e de seus danos nas áreas urbanas. 3625 3626 3627 Outras modalidades incluem o manejo dos resíduos da construção e demolição, a preservação e recuperação de mananciais e o financiamento de estudos e projetos, inclusive os planos municipais e regionais de saneamento básico. 3628 As condições gerais de concessão do financiamento são as seguintes: 3629 3630 3631 em operações com o setor público a contrapartida mínima de 5% do valor do investimento, com exceção na modalidade abastecimento de água, que é de 10%; com o setor privado é de 20%; 3632 3633 os juros são de 6%, exceto para a modalidade Saneamento Integrado, que é de 5%; 3634 3635 a remuneração da CEF é de 2% sobre o saldo devedor e a taxa de risco de crédito limitada a 1%, conforme a análise cadastral do solicitante. 3636 PRODES 3637 3638 3639 3640 3641 3642 3643 O PRODES (Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), criado pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 2001, visa a incentivar a implantação ou ampliação de estações de tratamento para reduzir os níveis de poluição em bacias hidrográficas, a partir de prioridades estabelecidas pela ANA. Esse programa, também conhecido como “Programa de Compra de Esgoto Tratado”, incentiva financeiramente os resultados obtidos em termos do cumprimento de metas estabelecidas pela redução da carga poluidora, desde que sejam satisfeitas as condições previstas em contrato. 3644 3645 3646 3647 Os empreendimentos elegíveis que podem participar do PRODES são: estações de tratamento de esgotos ainda não iniciadas, estações em fase de construção com, no máximo, 70% do orçamento executado e estações com ampliações e melhorias que signifiquem aumento da capacidade de tratamento e/ou eficiência. 3648 PROGRAMA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 3649 3650 3651 3652 3653 3654 Esse programa integra projetos e atividades que objetivam a recuperação e preservação da qualidade e quantidade de recursos hídricos das bacias hidrográficas. O programa, que tem gestão da ANA – Agência Nacional de Águas, é operado com recursos do Orçamento Geral da União (não oneroso-repasse do OGU). Deve ser verificada a adequabilidade da contrapartida oferecida aos porcentuais definidos pela ANA em conformidade com as Leis das Diretrizes Orçamentárias (LDO). 3655 As modalidades abrangidas por esse programa são as seguintes: 3656 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1633657 Despoluição de Corpos D’Água 3658 Sistema de transporte e disposição final adequada de esgotos sanitários; 3659 Desassoreamento e controle da erosão; 3660 Contenção de encostas; 3661 Recomposição da vegetação ciliar. 3662 3663 Recuperação e Preservação de Nascentes, Mananciais e Cursos D’Água em Áreas Urbanas 3664 Desassoreamento e controle de erosão; 3665 Contenção de encostas; 3666 Remanejamento/reassentamento da população; 3667 Uso e ocupação do solo para preservação de mananciais; 3668 Implantação de parques para controle de erosão e preservação de mananciais; 3669 Recomposição da rede de drenagem; 3670 Recomposição de vegetação ciliar; 3671 3672 Prevenção dos Impactos das Secas e Enchentes 3673 Desassoreamento e controle de enchentes; 3674 Drenagem urbana; 3675 Urbanização para controle de cheias, erosões e deslizamentos; 3676 Recomposição de vegetação ciliar; 3677 Obras para preservação ou minimização dos efeitos da seca; 3678 Sistemas simplificados de abastecimento de água; 3679 Barragens subterrâneas. Aquisição de equipamentos e outros bens. 3680 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1643681 PROGRAMAS DA FUNASA (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE) 3682 3683 3684 3685 3686 3687 A FUNASA é um órgão do Ministério da Saúde que detém a mais antiga e contínua experiência em ações de saneamento no País. Na busca da redução dos riscos à saúde, financia a universalização dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos urbanos. Além disso, promove melhorias sanitárias domiciliares, a cooperação técnica, estudos e pesquisas e ações de saneamento rural, contribuindo para a erradicação da extrema pobreza. 3688 3689 3690 3691 Cabe à FUNASA a responsabilidade de alocar recursos não onerosos para sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e melhorias sanitárias domiciliares prioritariamente para municípios com população inferior a 50.000 habitantes e em comunidades quilombolas, assentamentos e áreas rurais. 3692 3693 As ações e programas em Engenharia de Saúde Pública constantes dos financiamentos da FUNASA são os seguintes: 3694 Saneamento para a Promoção da Saúde; 3695 Sistema de Abastecimento de Água; 3696 Cooperação Técnica; 3697 Sistema de Esgotamento Sanitário; 3698 Estudos e Pesquisas; 3699 Melhorias Sanitárias Domiciliares; 3700 Melhorias Habitacionais para o Controle de Doenças de Chagas; 3701 Resíduos Sólidos; 3702 Saneamento Rural; 3703 Projetos Laboratoriais. 3704 No âmbito Estadual: 3705 PROGRAMA REÁGUA 3706 3707 3708 3709 3710 3711 3712 3713 O Programa REÁGUA (Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas) está sendo implementado no âmbito da SSRH-SP e tem como objetivo o apoio a ações de saneamento básico para ampliação da disponibilidade hídrica onde há maior escassez hídrica. As ações selecionadas referem-se ao controle e redução de perdas, uso racional de água em escolas, reúso de efluentes tratados e coleta, transporte e tratamento de esgotos. As áreas de atuação são as UGRHIs Piracicaba/Capivari/Jundiaí, Sapucaí/Grande, Mogi Guaçu e Tietê/Sorocaba. É constituído dos seguintes componentes e subcomponentes: 3714 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1653715 Componente 1 – Incremento da disponibilidade de água 3716 3717 Subcomponente 1.1 – Controle e redução de perdas de água em sistemas de 3718 3719 3720 3721 As ações deste componente estão voltadas à execução de investimentos, aquisições de equipamentos e capacitação associada à utilização dessas novas tecnologias, devendo ser concentradas para obtenção de resultados significativos e perenes na redução de perdas. 3722 Subcomponente 1.2 – Redução do consumo mediante uso racional da água. 3723 3724 3725 As ações deverão ser, basicamente, de: (i) redução de consumo em edifícios e logradouros públicos; (ii) implantação de materiais e equipamentos sanitários de consumo reduzido em conjuntos habitacionais de baixa renda. 3726 Subcomponente 1.3 – Reúso de efluentes tratados. 3727 3728 3729 Será composto por intervenções que permitirão a ampliação da produção e da utilização de água de reúso de efluentes de estações de tratamento de esgotos para usos industrial e agrícola. 3730 Componente 2 – Melhoria da qualidade da água 3731 3732 3733 Estão previstas intervenções de implantação ou otimização de sistemas de esgotamento sanitário com o objetivo precípuo de obter a recuperação da qualidade dos cursos d’água mediante redução de cargas poluidoras afluentes. 3734 Componente 3 – Desenvolvimento institucional 3735 3736 Subcomponente 3.1. – Capacitação para operação e manutenção de sistemas de 3737 3738 3739 Todas as atividades de capacitação e desenvolvimento profissional para operação e manutenção de sistemas de água e esgotos, deverão estar associadas a projetos apresentados e aprovados para financiamento nos Componentes 1 e 2. 3740 3741 Subcomponente 3.2. – Sistema de informações em saneamento no Estado de São 3742 3743 3744 3745 Para subsidiar e fortalecer as funções de Estado na definição de políticas e planejamento geral do saneamento em São Paulo, deverá ser contratado pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos um “Sistema de Informações em Saneamento”, capaz também de oferecer elementos para ações regulatórias. abastecimento. água e esgoto. Paulo. 3746 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1663747 Componente 4 – Gerenciamento do Programa 3748 3749 3750 3751 3752 3753 O Programa atuará nas bacias ou sub-bacias de Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs – com maior escassez hídrica, e, nestas áreas, privilegiará municípios ou parcelas de municípios com população socialmente mais vulnerável. As UGRHIs classificadas como as mais críticas, utilizando a relação entre a demanda de recursos hídricos e a disponibilidade com valor superior a 80%, foram Piracicaba/Capivari/Jundiaí; Alto Tietê; Sapucaí/Grande; Mogi Guaçu; e Tietê/Sorocaba. 3754 3755 3756 3757 3758 3759 3760 3761 3762 A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará condicionada a um processo de seleção pública coordenado pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos - SSRH. O Edital contendo o regulamento que estabelece as condições para apresentação de projetos pelos prestadores de serviço de saneamento, elegíveis para financiamento pelo REÁGUA, orienta os proponentes quanto aos procedimentos e critérios estabelecidos para esse processo de habilitação, hierarquização e seleção. Esses critérios são claros, objetivos e vinculados a resultados que: (i) permitam elevar a disponibilidade ou a qualidade de recursos hídricos; e, (ii) contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários diretos. 3763 3764 O Programa funciona com estímulo financeiro não reembolsável, para autarquias ou empresas públicas, mediante a verificação de resultados. 3765 PROGRAMAS DO FEHIDRO 3766 3767 3768 3769 Para conhecimento de todas as ações e programas financiáveis pelo FEHIDRO, deve-se consultar o Manual de Procedimentos Operacionais para Investimento, editado pelo COFEHIDRO – Conselho de Orientação do Fundo Estadual dos Recursos Hídricos – dezembro/2010. 3770 3771 3772 3773 3774 Os beneficiários dos recursos disponibilizados pelo FEHIDRO são as pessoas jurídicas de direito público da administração direta e indireta do Estado ou municípios, concessionárias de serviços públicos nos campos de saneamento, meio ambiente e de aproveitamento múltiplo de recursos hídricos; consórcios intermunicipais, associações de usuários de recursos hídricos, universidades, instituições de ensino superior, etc. 3775 3776 3777 3778 3779 3780 Os recursos do FEHIDRO destinam-se a financiamentos (reembolsáveis ou a fundo perdido), de projetos, serviços e obras que se enquadrem no Plano Estadual de Recursos Hídricos. A contrapartida mínima é de 20% do valor total do empreendimento. Os encargos, no caso de recursos onerosos (reembolsáveis), são de 2,5% a.a. para pessoas jurídicas de direito público, da administração direta ou indireta do Estado e dos Municípios e consórcios intermunicipais, e de 6,0% a.a. para concessionárias de serviços públicos. 3781 As linhas temáticas para financiamento são as seguintes: 3782 Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1673783 3784 Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e 3785 Prevenção contra Eventos Extremos. 3786 3787 3788 Na linha temática de Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos, encontram-se indicados os seguintes empreendimentos financiáveis, entre outros: 3789 3790 estudos, projetos e obras para todos os componentes sistemas de abastecimento de 3791 idem para todos os componentes de sistemas de esgotos sanitários; 3792 3793 3794 3795 3796 elaboração do plano e projeto do controle de perdas e diagnóstico da situação; 3797 tratamento e disposição de lodo de ETA e ETE; 3798 3799 estudos, projetos e instalações de adequação de coleta e disposição final de resíduos 3800 3801 coleta, transporte e tratamento de efluentes dos sistemas de disposição final dos 3802 PROGRAMA ÁGUA É VIDA 3803 3804 3805 3806 3807 3808 3809 3810 3811 3812 3813 3814 3815 No âmbito do Estado de São Paulo, visando-se à universalização do atendimento com saneamento básico, vale citar o Programa Água é Vida, instituído pelo Decreto Estadual nº 57.479 de 1º de novembro de 2011, nova experiência em início de implementação, dirigido às comunidades de pequeno porte e às áreas rurais, predominantemente ocupadas por população de baixa renda. Nesse caso, é possível a utilização de recursos financeiros estaduais não onerosos, destinados a obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos, que objetivam a melhoria das condições de saneamento básico. Segundo o artigo 3º do decreto em referência, a participação no programa depende do prévio atendimento às condições específicas do programa, estabelecidas por resolução da SSRH, que definirá os requisitos necessários à transferência aos municípios de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis. O programa é coordenado pela SSRH e executado pela SABESP em parceria com os municípios. Subterrâneos; água, incluindo as comunidades isoladas; implantação do sistema de controle de perdas; aquisição e instalação de hidrômetros residenciais e macromedidores; instalação do sistema redutor de pressão; serviços e obras de setorização; reabilitação de redes de água; pesquisa de vazamentos, pitometria e eliminação de vazamentos; sólidos, que comprovadamente comprometam a qualidade dos recursos hídricos; resíduos sólidos urbanos (chorume). 3816 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1683817 10.6 3818 3819 Outas alternativas possíveis, dentre as instituições com financiamentos onerosos, podem ser citadas as seguintes: 3820 BNDES/FINEM 3821 O BNDES poderá financiar os projetos de saneamento, incluindo: 3822 abastecimento de água; 3823 esgotamento sanitário; 3824 efluentes e resíduos industriais; 3825 resíduos sólidos; 3826 gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas); 3827 recuperação de áreas ambientalmente degradadas; 3828 desenvolvimento institucional; 3829 despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; 3830 macrodrenagem. 3831 3832 3833 3834 3835 Os principais clientes do Banco nesses empreendimentos são os Estados, Municípios e entes da Administração Pública Indireta de todas as esferas federativas, inclusive consórcios públicos. A linha de financiamento Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos baseia-se nas diretrizes do produto BNDES FINEM, com algumas condições específicas, descritas a seguir: 3836 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS QUADRO 10.2 – TAXA DE JUROS Apoio Direto: (operação feita diretamente com o BNDES) Apoio Indireto: (operação feita por meio de instituição financeira credenciada) Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Risco de Crédito Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada 3837 3838 3839 Custo Financeiro: TJLP. Atualmente em 6% ao ano 3840 Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a. 3841 3842 Taxa de Risco de Crédito: até 4,18% a.a., conforme o risco de crédito do cliente, 3843 3844 Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. somente para médias e grandes sendo 1,0% a.a. para a administração pública direta dos Estados e Municípios. empresas; Municípios estão isentos da taxa. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1693845 3846 Remuneração: Remuneração da Instituição Financeira Credenciada será negociada 3847 3848 3849 3850 Participação: A participação máxima do BNDES no financiamento não deverá 3851 3852 Prazo: O prazo total de financiamento será determinado em função da capacidade de 3853 3854 Garantias: Para apoio direto serão aquelas definidas na análise da operação, Para 3855 3856 3857 3858 3859 3860 3861 3862 3863 3864 3865 3866 Para a solicitação de empréstimo junto ao BNDES, faz-se necessária a apresentação de um modelo de avaliação econômica do empreendimento. O proponente, na apresentação dos estudos e projetos e no encaminhamento das solicitações de financiamento referentes à implantação e ampliação de sistemas, deve apresentar a Avaliação Econômica do correspondente empreendimento. Esta deverá incluir os critérios e rotinas para obtenção dos resultados econômicos, tais como cálculo da tarifa média, despesas com energia, pessoal, etc. As informações devem constar em um capítulo do relatório da avaliação socioeconômica, onde serão apresentadas as informações de: nome (estado, cidade, título do projeto); descrição do projeto; custo a preços constantes (investimento inicial, complementares em ampliações e em reformas e reabilitações); valores de despesas de explorações incrementais; receitas operacionais e indiretas; volume consumido incremental e população servida incremental. 3867 3868 3869 3870 3871 3872 Na análise, serão selecionados os seguintes índices econômicos: população anual servida equivalente, investimento, custo, custo incremental médio de longo prazo - CIM e tarifa média atual. Também deverá ser realizada uma caracterização do município, com breve histórico, dados geográficos e demográficos, dados relativos à distribuição espacial da população (atual e tendências), uso e ocupação do solo, sistema de transporte e trânsito, sistema de saneamento básico e dados econômico-financeiros do município. 3873 3874 3875 3876 Quanto ao projeto, deverão ser definidos seus objetivos e metas a serem atingidas. Deverá ser explicitada a fundamentação e justificativas para a realização do projeto, principais ganhos a serem obtidos com sua realização do número de pessoas a serem beneficiadas. 3877 Banco Mundial 3878 3879 3880 3881 A busca de financiamentos e convênios via Banco Mundial deve ser uma alternativa interessante para a viabilização das ações. A entidade é a maior fonte mundial de assistência para o desenvolvimento, sendo que disponibiliza cerca de US$30 bilhões anuais em empréstimos para os seus países clientes. O Banco Mundial levanta dinheiro entre a instituição financeira credenciada e o cliente. ultrapassar a 80% dos itens financiáveis, no entanto, esse limite pode ser aumentado para empreendimentos localizados nos municípios beneficiados pela Política de Dinamização Regional (PDR). pagamento do empreendimento, da empresa e do grupo econômico. apoio indireto serão negociadas entre a instituição financeira credenciada e o cliente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1703882 3883 para os seus programas de desenvolvimento recorrendo aos mercados internacionais de capital e junto aos governos dos países ricos. 3884 3885 3886 3887 3888 3889 3890 3891 3892 3893 3894 A postulação de um projeto junto ao Banco Mundial deve ocorrer através da SEAIN (Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento). Os órgãos públicos postulantes elaboram carta consulta à Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX/SEAIN), que publica sua resolução no Diário Oficial da União. É feita então uma consulta ao Banco Mundial e o detalhamento do projeto é desenvolvido conjuntamente. A Procuradoria Geral da Fazenda Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional então analisam o financiamento sob diversos critérios, como limites de endividamento, e concedem ou não a autorização para contraí-lo. No caso de estados e municípios, é necessária a concessão de aval da União. Após essa fase, é enviada uma solicitação ao Senado Federal, e é feito o credenciamento da operação junto ao Banco Central - FIRCE - Departamento de Capitais Estrangeiros. 3895 3896 3897 3898 3899 O Acordo Final é elaborado em negociação com o Banco Mundial, e é enviada carta de exposição de motivos ao Presidente da República sobre o financiamento. Após a aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE), o projeto é publicado e são determinadas as suas condições de efetividade. Finalmente, o financiamento é assinado entre representantes do mutuário e do Banco Mundial. 3900 3901 O BANCO tem exigido que tais projetos sigam rigorosamente critérios ambientais e que contemplem a Educação Ambiental do público beneficiário dos projetos financiados. 3902 BID - PROCIDADES 3903 3904 3905 3906 O PROCIDADES é um mecanismo de crédito destinado a promover a melhoria da qualidade de vida da população nos municípios brasileiros de pequeno e médio porte. A iniciativa é executada por meio de operações individuais financiadas pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). 3907 3908 3909 3910 3911 3912 3913 3914 3915 3916 3917 O PROCIDADES financia ações de investimentos municipais em infraestrutura básica e social incluindo: desenvolvimento urbano integrado, transporte, sistema viário, saneamento, desenvolvimento social, gestão ambiental, fortalecimento institucional, entre outras. Para serem elegíveis, os projetos devem fazer parte de um plano de desenvolvimento municipal que leva em conta as prioridades gerais e concentra-se em setores com maior impacto econômico e social, com enfoque principal em populações de baixa renda. O PROCIDADES concentra o apoio do BID no plano municipal e simplifica os procedimentos de preparação e aprovação de projetos mediante a descentralização das operações. Uma equipe com especialistas, consultores e assistentes atua na representação do Banco no Brasil (CSC/CBR) para manter um estreito relacionamento com os municípios. 3918 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1713919 3920 3921 3922 O programa financia investimentos em desenvolvimento urbano integrado com uma abordagem multissetorial, concentrada e coordenada geograficamente, incluindo as seguintes modalidades: melhoria de bairros, recuperação urbana e renovação e consolidação urbana. 3923 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1723924 3925 3926 11. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS 3927 3928 3929 O presente capítulo tem como foco principal a apresentação dos mecanismos e procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas pelos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico (PMSB). 3930 3931 3932 3933 3934 Para tanto, a referência será uma metodologia definida como Marco Lógico, aplicada por organismos externos de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que associam os objetivos, metas e respectivos indicadores e os cronogramas de implementação com as correspondentes entidades responsáveis pela implementação e pela avaliação de programas e projetos. 3935 3936 3937 3938 3939 3940 Portanto, os procedimentos que serão propostos estarão vinculados não somente às entidades responsáveis pela implementação, como também àquelas que deverão analisar indicadores de resultados, em termos de eficiência e eficácia. Quanto ao detalhamento final, a aplicação efetiva da metodologia somente será possível durante a implementação de cada PMSB, com suas ações e intervenções previstas e organizadas em componentes que serão empreendidos por determinadas entidades. 3941 3942 3943 3944 Com tais definições, será então possível elaborar o mencionado Marco Lógico, que deve apresentar uma Matriz que sintetize a conexão entre o objetivo geral e os específicos, associados a indicadores e produtos, intermediários e finais, que devem ser alcançados ao longo do Plano, em cada período de sua implementação. 3945 3946 3947 3948 3949 3950 3951 3952 Estes indicadores de produtos devem ser dispostos a partir da escala de macrorresultados, descendo ao detalhe de cada componente, programas e projetos de ações específicas, de modo a facilitar o monitoramento e a avaliação periódica da execução e de resultados previstos pelos PMSBs. Portanto, ao fim e ao cabo, o Marco Lógico deverá gerar uma relação entre os indicadores de resultados, seus percentuais de atendimento em cada período dos Planos e, ainda, a menção dos órgãos responsáveis pela mensuração periódica desses dados, tal como consta na Matriz do Marco Lógico, que segue. 3953 MATRIZ DO MARCO LÓGICO DOS PMSB Objetivos Específicos e Respectivos Componentes dos PMSBs 3954 3955 3956 3957 3958 Programas Subprogramas = Frentes de Trabalho, com Principais Ações e Intervenções Propostas Prazos Estimados, Produtos Parciais e Finais Entidades Responsáveis pela Execução e pelo Monitoramento Continuado Em termos dos encargos e funções, é importante perceber que os atores intervenientes no processo de implementação dos PMSB apresentam diferentes atribuições, segundo as componentes, o cronograma geral e os resultados – locais e regionais – que traduzem a performance global dos planos integrados, no âmbito de cada município. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1733959 3960 3961 3962 3963 Como referência metodológica, os quadros 11.1 e 11.2 a seguir, relativos aos serviços de água e esgotos, apresentam uma listagem inicial dos componentes principais envolvidos na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. 3964 3965 3966 3967 3968 3969 3970 3971 3972 Deve-se ressaltar que os itens de acompanhamento (IA) estão referidos aos procedimentos de execução e aprovação dos projetos e implantação das obras, bem como aos procedimentos operacionais e de manutenção, que podem indicar a necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto em termos de prestação adequada dos serviços, quanto em termos da sustentabilidade econômico-financeira do empreendimento. Os indicadores de monitoramento espelharão a consecução das metas estabelecidas no PMSB em termos de cobertura e qualidade (indicadores primários), bem como em relação às avaliações esporádicas em relação a alguns resultados de interesse (indicadores complementares). 3973 3974 3975 QUADRO 11.1 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, ATIVIDADES E ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS DOS PMSBS Componentes PrincipaisIntervenção/Operação Atores Previstos Atividades Principais a elaboração dos Construção e/ou ampliação da infraestrutura dos sistemas de água e esgotos Empresas contratadas Operadores de sistemas Órgãos de meio ambiente Entidades das Prefeituras Municipais Itens de Acompanhamento (IA) a aprovação dos projetos em projetos executivos a elaboração dos relatórios para licenciamento ambiental a construção da infraestrutura dos sistemas, conforme cronograma de obras. órgãos competentes a obtenção da licença prévia, de instalação e operação. a implantação das obras previstas a instalação de equipamentos Operação e Manutenção dos serviços de água e esgotos SAAEs Concessionária estadual Operadores privados a prestação adequada e contínua dos serviços a viabilização do Operação e Manutenção dos serviços de água e esgotos (continuação) SAAEs Concessionária estadual Operadores privados (continuação) empreendimento em relação aos serviços prestados o pronto restabelecimento dos serviços de O&M no cronograma, para cada etapa da construção/ampliação, como extensão da rede de distribuição e de coleta, ETAs, ETEs e outras a implantação dos equipamentos em unidades dos sistemas, para cada etapa da construção/ampliação a fiscalização e acompanhamento das manutenções efetuadas em equipamentos principais dos sistemas, evitando-se descontinuidades de operação. a viabilização econômico-financeira do empreendimento, tendo como resultado tarifas médias adequadas e despesas de operação por m³ faturado (água+esgoto) compatíveis com a sustentabilidade dos sistemas. o pronto restabelecimento no caso de interrupções no tratamento e fornecimento de água e interrupções na coleta e tratamento de esgotos 3976 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1743977 3978 3979 QUADRO 11.2 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, OBJETIVOS E INDICADORES PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS DOS PMSBS Componentes PrincipaisMonitoramento Atores Previstos Objetivos Principais a verificação e o acompanhamento da prestação adequada dos serviços Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados ARSESP Agências reguladoras locais Secretaria de Saúde a verificação e o acompanhamento das tarifas de água e esgotos, em níveis justificados a verificação e o acompanhamento dos avanços na eficiência dos sistemas de água e esgotos 3980 3981 3982 Indicadores para Monitoramento (IM) a.1) monitoramento contínuo dos seguintes indicadores primários : o cobertura do serviço de água; o qualidade da água distribuída; o controle de perdas de água; o cobertura de coleta de esgotos; o cobertura do tratamento de esgotos; o qualidade do esgoto tratado. a.2) monitoramento ocasional dos seguintes indicadores complementares : o interrupções no tratamento e no fornecimento de água; o interrupções do tratamento de esgotos; o índice de perdas de faturamento de água; o despesas de exploração dos serviços por m³ faturado (água+esgoto); o índice de hidrometração; o extensão de rede de água por ligação; o extensão de rede de esgotos por ligação; o grau de endividamento da empresa. A respeito dos quadros, cabe destacar que: 3983 3984 3985 3986 3987 os itens de acompanhamento relativos à elaboração de projetos e obras dizem 3988 3989 3990 3991 3992 3993 3994 os itens de acompanhamento relativos à operação e manutenção do sistemas e os respeito essencialmente à execução dos PMSB, portanto, com objetivos e metas limitados ao cronograma de execução, até a entrada em operação de unidades dos sistemas de água e esgotos; englobam, também, intervenções posteriores, de acordo com o planejamento de implantações ao longo de operação dos sistemas; procedimentos de regulação dos serviços prestados baseados nos indicadores principais e complementares devem ser conjuntamente monitorados entre os operadores de sistemas de água e esgotos e as respectivas agências reguladoras, com participação obrigatória de entidades ligadas às PMs, que devem elevar seus níveis de acompanhamento e intervenção, para que objetivos e metas de seus interesses sejam atendidos; 3995 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1753996 3997 3998 3999 os objetivos, metas e indicadores concernentes à abordagem regional, portanto, com 4000 4001 4002 4003 estes indicadores da escala regional devem estar articulados com o perfil das 4004 4005 4006 4007 4008 Na sequência, também como referência inicial, apresentam-se os quadros 11.3 e 11.4, relativos aos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos, das componentes principais envolvidas na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. 4009 4010 4011 QUADRO 11.3 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, ATIVIDADES E ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DO SERVIÇO DE LIMPEZA DOS PMSBs foco no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico, devem ser encarados como uma das vertentes de ação do Plano da Bacia Hidrográfica da UGRHI 9, dentre outras que correspondem aos demais setores usuários das água; atividades e dinâmicas socioeconômicas da UGRHI 9, sendo que, em sua maioria, serão apenas recomendados, uma vez que extrapolam a abrangência dos estudos setoriais em tela. Componentes PrincipaisIntervenção Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA) aprovação dos projetos pelas PMs projetos de execução e pela SSRH licenciamento Avanços em procedimentos e equipamentos para coleta e transporte e na implantação e/ou ampliação dos aterros sanitários para disposição final de resíduos sólidos Empresas contratadas Operadores de sistemas Órgãos de meio ambiente Entidades das PMs. ambiental ampliação e/ou construção de nova infraestrutura de aterros sanitários, de inertes e de central de tratamento de resíduos de saúde licença prévia e de instalação implantação das unidades/centrais previstas, para cada etapa, atendendo ao cronograma do Plano a aquisição de caminhões, tratores aquisição e instalação de equipamentos e equipamentos necessários para cada uma das unidades/centrais previstas 4012 4013 4014 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1764015 4016 QUADRO 11.4 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, OBJETIVOS E INDICADORES PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA DOS PMSBs Componentes PrincipaisMonitoramento Atores Previstos Indicadores para Monitoramento (IM) Objetivos Principais indicador do serviço de varrição das vias e calçadas indicador do serviço de coleta regular Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados Departamentos de Secretarias Municipais Operadores dos sistemas de limpeza locais Operadores das unidades de disposição final Eventuais agências reguladoras indicador da destinação final dos prestação adequada dos serviços viabilidade na prestação dos serviços O&M regular planejamento e avanços na eficiência e eficácia dos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos resíduos sólidos indicador de saturação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos indicadores dos serviços de coleta seletiva indicadores do reaproveitamento dos resíduos sólidos domésticos indicadores do manejo e destinação dos resíduos sólidos de serviços de saúde indicador de reaproveitamento dos resíduos sólidos inertes Indicador da destinação final dos resíduos sólidos inertes 4017 4018 4019 4020 4021 Por fim, o quadro seguinte(11.5) trata das ações de micro e macrodrenagem apresentando a pré-listagem geral com as etapas e funções dos atores envolvidos aos PMSBs e a recomendação preliminar do perfil dos indicadores a serem monitorados. 4022 4023 O conjunto de indicadores propostos para a etapa de monitoramento demanda maior presença de entidades vinculadas às PMs, em articulação com o DAEE/SSRH. 4024 4025 4026 4027 4028 No que concerne a dados e informações relativas ao conjunto dos segmentos do setor de saneamento – água e esgotos, resíduos sólidos e drenagem – bem como, a outras variáveis indicadas, que dizem respeito aos recursos hídricos e ao meio ambiente, um dos mais significativos avanços a serem considerados será a implementação de um Sistema de Informação Georreferenciada (SIG). 4029 4030 4031 Por certo, o SIG a ser instalado para a UGRHI 9 apresentará importantes rebatimentos sobre os procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas pelos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico. 4032 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1774033 4034 QUADRO 11.5 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, OBJETIVOS E INDICADORES PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM DOS PMSBs Componentes Principais Atores Previstos Avanços na microdrenagem em pontos de alagamento e na infraestrutura regional para macrodrenagem e controle de cheias Empresas contratadas Entidades das PMs Órgãos de meio ambiente DAEE/SSRH Atividades e Objetivos Específicos projetos de execução licenciamento ambiental adequação e/ou novas infraestruturas em pontos de micro e de macrodrenagem Itens de Acompanhamento e Indicadores Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos licença prévia e de instalação indicadores para cada etapa de ajuste/construção das infraestruturas de micro e macrodrenagem Microdrenagem: padrões de projeto viário e de drenagem pluvial; o extensão de galerias e número de bocas de lobo limpas em relação ao total; o monitoramento de chuva, níveis de impermeabilização do solo e registro de incidentes em microdrenagem; o estrutura para inspeção e manutenção de sistemas de microdrenagem. Macrodrenagem: o existência de plano diretor de drenagem, com tópico sobre uso e ocupação do solo; o monitoramento de cursos d’água (nível e vazão) e registro de incidentes associados à macrodrenagem; o número de córregos operados e dragados e de barragens operadas para contenção de cheias; o modelos de simulação hidrológica e de vazões em cursos d’água. o redução do número de Planejamento urbano, monitoramento e avanços na infraestruturade micro e de macrodrenagem Departamentos de Secretarias Municipais de Obras e de Planejamento DAEE/SSRH pontos e recorrência de alagamentos nas áreas urbanas instalação e operação adequada de obras para macrodrenagem e controle de cheias 4035 4036 4037 4038 Sob tal objetivo, cabe lembrar que o próprio Governo do Estado já detém sistemas de informações sobre meio ambiente, recursos hídricos e saneamento, que se articulam com sistemas de cunho nacional, tendo como boas referências: 4039 4040 o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), sob a responsabilidade 4041 4042 o Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIRH), operado pela 4043 4044 4045 4046 4047 Por conseguinte, a demanda será para o desenvolvimento de escalas regionais dos sistemas de informação que foram desenvolvidos pelo Governo do Estado de São Paulo, de modo que haja mútua cooperação e convergência entre dados gerais e específicos a cada UGRHI, organizados para os diferentes setores de saneamento, dos recursos hídricos e ao meio ambiente. do Ministério das Cidades; Agência Nacional de Águas (ANA). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1784048 4049 4050 4051 4052 Por fim, para a aplicação dos mecanismos e procedimentos propostos com vistas às avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico, devem-se buscar as mútuas articulações interinstitucionais e coerências entre objetivos, metas e indicadores, tal como consta, em síntese, na Figura 11.1 Prefeituras Municipais e respectivos Departamento e Serviços a elas vinculados Indicadores Executivos e Operacionais Objetivos e Metas ARSESP ou Agências Reguladoras Locais - gerais e específicas – mutuamente coerentes SIGRH/SP e instâncias do Comitê e de sua Fundação Agência de Bacia Indicadores Regulatórios Indicadores de cunho Regional 4053 4054 Figura 11.1 – Articulações entre Instituições, Objetivos e Metas e respectivos Indicadores 4055 4056 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1794057 4058 4059 12. DIRETRIZES PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS RELATIVAS AO PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 4060 4061 4062 12.1 DIRETRIZES GERAIS PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS PARA PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 4063 4064 4065 4066 4067 De modo coerente com as propostas que foram dispostas anteriormente, torna-se evidente a importância de que os municípios passem a assumir encargos de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, sobretudo, para conferir maior prioridade às suas atribuições constitucionais como titulares desses serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. 4068 4069 4070 Sem chegar ao nível de detalhes para cada município, deverão ser previstas, então, diretrizes gerais para a institucionalização de normas municipais relativas ao planejamento, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico. 4071 4072 4073 4074 4075 Na etapa de planejamento, a primeira a ser cumprida, a diretriz é que as prefeituras municipais definam seus interesses, objetivos e metas relacionadas às características de cada cidade e de seus distritos, para fins do desenvolvimento dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico (PMSBs), tal como está ocorrendo no contexto dos trabalhos em curso. 4076 4077 4078 4079 4080 4081 4082 4083 4084 Com efeito, ao longo do processo de elaboração dos PMSBs, a ENGECORPS já realizou diversas reuniões, envolvendo os chamados Grupos Executivos Locais (GELs) de todos os municípios da UGRHI 9, também contando com a presença de profissionais da SSRH. Dentre os resultados de tais reuniões, foram anotadas diretrizes a serem atendidas pelos PMSBs, uma vez que o planejamento dos sistemas de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem deve apresentar coerência com o planejamento geral dos municípios, notadamente em termos de uso e ocupação do solo, áreas de expansão e níveis de densidade urbana, dentre outras variáveis, como o local para disposição final de resíduos sólidos. 4085 4086 4087 Mais do que isso, sabe-se que os PMSBs estarão sujeitos à aprovação, não somente sob a ótica da SSRH/CSAN, mas também das prefeituras municipais, para que seja confirmado o atendimento das diretrizes que foram manifestadas pelos GELs. 4088 4089 4090 4091 4092 Uma vez implantados os PMSBs, a etapa seguinte diz respeito à entrada em operação dos sistemas de saneamento, o que demanda o acompanhamento e o monitoramento continuado de metas e respectivos indicadores que foram traçados quando do planejamento, ou seja, trata-se da etapa de regulação e fiscalização da prestação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1804093 4094 4095 4096 Como diretriz, cabe destacar que estes encargos não devem ficar somente sob a responsabilidade de uma agência reguladora, a exemplo da ARSESP. Ao contrário, visões e interesses da ordem de cada município devem ser explicitados e inseridos nos convênios de prestação de serviços regulatórios que a ARSESP deverá empreender. 4097 4098 4099 4100 Em outras palavras, não obstante a elevada competência e formação da ARSESP quanto aos encargos regulatórios na prestação de serviços de água e esgotos, os municípios devem posicionar-se sobre aspectos prioritários e abordagens próprias a seus interesses específicos. 4101 4102 4103 4104 4105 4106 4107 4108 De fato, mesmo em casos onde a própria prefeitura municipal tenha eventualmente constituído uma agência reguladora local, haverá abordagens distintas e legítimas entre o seu SAAE ou departamento que opera os sistemas de água e esgotos, quando do estabelecimento de metas e respectivos indicadores. Trata-se, portanto, de um continuado processo de negociação e ponderação, para que ocorram avanços factíveis sob a ótica dos municípios, de um lado, em termos executivos, de O&M, de expansão e de modernização dos sistemas, e de outro, sob a regulação, fiscalização e bom atendimento aos consumidores. 4109 4110 4111 4112 4113 Um bom exemplo a respeito são os níveis tarifários. Para expansão de sistemas são demandados faturamentos com valores excedentes (reserva de lucros) que propiciem novos investimentos, contudo, dentro de limites aceitáveis pelos consumidores. Isso significa que sempre haverá um processo de análise e negociação entre os operadores de serviços e as agências reguladoras, sejam locais ou da esfera estadual. 4114 4115 4116 Sob tais diretrizes, quer sejam para planejamento ou para regulação e fiscalização, para que ocorra uma consistente institucionalização de normas municipais, deverão ser oportunamente investigados os seguintes diplomas legais vigentes: 4117 4118 4119 4120 no caso de departamentos responsáveis pela operação de serviços de água, esgotos, 4121 4122 4123 no caso de autarquias, empresas públicas ou de economia mista que operam os 4124 4125 4126 em relação à ARSESP, os convênios celebrados com prefeituras municipais, onde 4127 4128 para agência reguladoras locais, os estatutos jurídicos que também definem encargos resíduos sólidos e drenagem, a legislação municipal que estabeleceu as respectivas atribuições e competências, incluindo a devida regulamentação mediante decretos municipais, normas e resoluções das secretarias às quais estejam vinculados; sistemas de saneamento, os estatutos jurídicos que devem ser aprovados por decretos, onde constam encargos e atribuições; devem constar as divisões de encargos e atribuições, não somente da agência reguladora, mas também dos municípios que serão atendidos; e, e atribuições a serem prestadas às suas prefeituras municipais. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1814129 4130 4131 4132 Para todos os diplomas legais que foram mencionados, caberá, então, verificar se constam adequadamente e de forma consistente o atendimento às diretrizes que foram dispostas para que os municípios passem a atuar mais fortemente sobre o planejamento e sobre a regulação e fiscalização de serviços de saneamento. 4133 4134 4135 4136 4137 A propósito, sabe-se que cada caso terá sua especificidade, por conseguinte, podendo-se antecipar que haverá propostas de ajustes e/ou complementação da legislação, de estatutos e/ou de normas e resoluções vigentes, sempre sob a ótica de elevar a presença e as manifestações dos municípios junto à prestação e regulação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. 4138 4139 4140 4141 Em suma, dentre as expectativas de avanços no setor saneamento encontra-se uma maior presença dos municípios, que devem manifestar aspectos e interesses próprios, desde a primeira etapa de planejamento, notadamente quando da elaboração dos PMSBs, até assumir encargos relacionados à regulação e fiscalização dos serviços. 4142 4143 12.2 4144 4145 4146 4147 Em acréscimo à institucionalização de normas municipais para planejamento e regulamentação de serviços de saneamento, sob uma perspectiva moderna e avançada, também devem ser estruturados espaços com vistas à transparência social e vigilância a ser exercida por representantes da sociedade civil. 4148 4149 4150 4151 Em outras palavras, não obstante a maior participação das prefeituras municipais, também se espera que organizações não governamentais e que os próprios consumidores manifestem seus posicionamentos sobre a prestação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem, portanto, conferindo maior governança ao setor. 4152 4153 4154 4155 Para tanto, duas vertentes devem ser abordadas. Primeiro, na esfera dos serviços locais, as entidades regulatórias – seja a ARSESP ou agências locais de regulação – devem estabelecer Ouvidorias, com abertura efetiva para manifestações e consultas aos consumidores, sempre sob o objetivo de melhorias na prestação de serviços. 4156 4157 4158 4159 4160 4161 Neste sentido, questionários regulares e periódicos podem ser organizados como um dos indicadores relacionados às metas de serviços de saneamento. Assim, pretende-se que os encargos de regulação alcancem uma ponderação equilibrada entre os três principais posicionamentos sobre o setor, a saber: (i) as intenções dos governos sob mandato, municipais e do estado; (ii) os objetivos e resultados financeiros esperados pelos prestadores de serviços – sejam públicos ou privados; e, (iii) os próprios consumidores. 4162 4163 4164 4165 Contanto com tais mecanismos de consulta, verifica-se um acréscimo às formas e mecanismos para a avaliação e acompanhamento da eficácia das ações programadas, ou seja, não somente a ARSESP e agências locais devem exercer a regulação, mas também o próprio município e a vigilância da sociedade civil. RECOMENDAÇÕES RELATIVAS À RELEVÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1824166 4167 4168 4169 4170 Como a segunda vertente, também cabe considerar espaços institucionais para a transparência e vigilância social sobre objetivos e metas coletivas – intermunicipais –, que abranjam as escalas sub-regionais e regionais. Aqui, a principal oportunidade encontra-se na representação da sociedade civil no contexto do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos – o SIGRH/SP. 4171 4172 4173 4174 Com efeito, nos comitês das UGRHIs há representação paritária entre o estado, municípios e atores da sociedade civil, que abrangem ONGs com atuação nas áreas do meio ambiente, recursos hídricos e saneamento e representantes dos setores usuários das águas. 4175 4176 4177 4178 4179 Assim, os objetivos e metas dos planos de bacias, que devem estar articulados de forma coerente com os PMSBs, também estarão sujeitos a manifestações e interesses por parte da sociedade civil, podendo chegar ao patamar de criação de Câmaras Técnicas no âmbito dos Comitês, fato que cabe recomendar para fins de acompanhamento e vigilância social dos Planos Municipais de Saneamento Básico. 4180 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1834181 13. INDICADORES DE DESEMPENHO 4182 4183 13.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 4184 4185 4186 Para os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, foi analisado o conjunto de 18 indicadores de regulação da ARSESP, selecionados nas categorias contratuais, operacionais, financeiras e comerciais/outras. 4187 4188 4189 4190 4191 No entanto, chegou-se à conclusão de que poderiam ser adotados, adicionalmente, outros indicadores, considerados importantes para o acompanhamento dos serviços de água e esgotos, e que era essencial o enquadramento do conjunto de novos indicadores (18 indicadores sugeridos pela ARSESP + 9 novos indicadores sugeridos pela ENGECORPSMAUBERTEC) em 2 categorias, conforme descrito a seguir: 4192 Indicadores Primários18 4193 4194 4195 4196 4197 4198 4199 4200 Esses indicadores, considerados extremamente importantes para controle dos sistemas, foram selecionados no presente estudo como instrumentos obrigatórios para o monitoramento dos serviços de água e esgoto e foram hierarquizados dessa maneira porque demonstram, com maior clareza, a eficácia dos serviços prestados à população, tanto em relação à cobertura do fornecimento de água e à cobertura da coleta/tratamento dos esgotos, como em relação à otimização da distribuição (redução de perdas), à qualidade da água distribuída (conforme padrões sanitários adequados) e à qualidade do esgoto tratado (em atendimento à legislação vigente para lançamento em cursos d’água). 4201 4202 4203 4204 Esses indicadores normalmente constam de Contratos de Programa (no caso dos serviços prestados pela SABESP), mas também podem ser aplicados aos serviços autônomos de responsabilidade das prefeituras ou mesmo de outras concessionárias. Encontram-se relacionados a seguir: 4205 cobertura do serviço de água; 4206 qualidade da água distribuída; 4207 controle de perdas de água de distribuição; 4208 cobertura do serviço de coleta dos esgotos domésticos; 4209 cobertura do serviço de tratamento de esgotos; 4210 qualidade do esgoto tratado. 4211 4212 18 Nota: Esse último indicador, ainda não constante de nenhum estudo, está sendo selecionado, uma vez que é importante que os esgotos sejam tratados obedecendo-se ao padrão de emissão estabelecido no artigo 18º do Decreto Estadual 8468/76; a definição dos parâmetros a serem considerados (a princípio, pH, resíduo sedimentável e DBO 5) está em estudos, com metodologia semelhante à formulação considerada para obtenção do índice de qualidade da água tratada). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1844213 Indicadores Complementares 4214 4215 4216 4217 Esses indicadores são considerados de utilização facultativa, mas, como recomendação, podem ser adotados pelos operadores dos sistemas para um controle mais abrangente dos serviços, uma vez que englobam os segmentos operacional, financeiro, comercial, etc. 4218 4219 4220 4221 4222 4223 São indicadores de natureza informativa e comparativa, sem que estejam ligados diretamente às eficiências de cobertura e qualidade da água e do esgoto tratado, mas que podem demonstrar aos operadores resultados eficazes e/ou ineficazes quando analisados à luz dos padrões considerados adequados ou mesmo quando comparados com outros sistemas em operação. Podem influenciar ou direcionar novas ações e procedimentos corretivos, visando, gradativamente, à otimização dos resultados obtidos. 4224 4225 Nessa categoria de indicadores complementares (utilização facultativa), a ENGECORPS selecionou os seguintes indicadores: 4226 interrupções de tratamento de água; 4227 interrupções do tratamento de esgotos; 4228 índice de perdas de faturamento de água; 4229 despesas de exploração por m³ faturado (água+esgoto); 4230 índice de hidrometração; 4231 extensão de rede de água por ligação; 4232 extensão de rede de esgotos por ligação; 4233 grau de endividamento. 4234 4235 No Quadro 13.1 a seguir encontram-se apresentados os indicadores selecionados, com explicitação das unidades, definições e variáveis envolvidas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -185QUADRO 13.1 – INDICADORES DE REGULAÇÃO 4236 Nº NOME DO INDICADOR UNIDADE DEFINIÇÃO % (Quantidade de economias residenciais ativas ligadas nos sistemas de abastecimento de água + quantidade de economias residenciais com disponibilidade de abastecimento de água) * 100 / domicílios totais, projeção Fundação Seade, excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar o serviço, ou áreas de obrigação de implantar infraestrutura de terceiros. PERIODICIDADE VARIÁVEIS 1-INDICADORES PRIMÁRIOS 1.1 1.2 1.3 1.4 Cobertura do Serviço de Água Qualidade da Água Distribuída Controle de Perdas Cobertura do Serviço de Esgotos Sanitários % Quantidade de economias residenciais ativas de água e quantidade de economias residenciais com disponibilidade de água * 100 / quantidade de domicílios urbanos * (100 - percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de água + percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de água). Fórmula que considera os resultados das análises de coliformes totais, cloro, turbidez, pH, flúor, cor, THM, ferro e alumínio. Anual Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Água Quantidade de Economias Residenciais com Disponibilidade de Água; Quantidade de Domicílios Totais Quantidade de Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços Quantidade de Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura Quantidade de Domicílios urbanos; Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de água; e Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de água. Mensal L * ligação/ Dia [Volume de água (produzido + tratado importado (volume entregue)- de serviço) anual - volume de água consumo - volume de água exportado]/ quantidade de ligações ativas de água Mensal % (Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos + Quantidade de economias residenciais com disponibilidade de sistema de coleta de esgotos inativas ou sem ligação) * 100 / domicílios totais, projeção Fundação Seade, excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar serviços, ou áreas de obrigação de implantar infraestrutura de terceiros Anual Valor do IDQAd Volume de Água Produzido (anual móvel); Volume de Água Tratada Importado (anual móvel); Volume de Água de Serviço (anual móvel); Volume de Água consumido (anual móvel)l Volume de Água tratada Exportado (anual móvel); Quantidade de Ligações Ativas de Água (média anual móvel). Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto Quantidade de economias residenciais com disponibilidade de esgoto; Quantidade de domicílios totais; Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura 4237 Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1864238 Continuação. 4239 QUADRO 13.1- INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº 1.4 (cont) 1.5 1.6 NOME DO INDICADOR Cobertura do Serviço de Esgotos Sanitários Tratamento de Esgotos Qualidade do Esgoto Tratado UNIDADE % % % DEFINIÇÃO Quantidade de economias residenciais ativas de esgoto e quantidade de economias residenciais com disponibilidade de esgoto * 100 / quantidade de domicílios urbanos * (100 - percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto + percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de esgoto) Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento de esgotos * 100 / quantidade de economias ligadas ao sistema de coleta de esgotos Fórmula que considera os resultados das análises dos principais parâmetros indicados no artigo 18 do padrão de emissão - Decreto 8468/76 - pH, resíduo sedimentável e DB05. PERIODICIDADE VARIÁVEIS Quantidade de domicílios urbanos; Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto; e Anual Percentual de domicílios rurais dentro da áreas de atendimento de esgoto. Anual Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento de esgotos; Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto Mensal Valor do IDQEt (fórmula a ser definida) 2-INDICADORES COMPLEMENTARES-OPERACIONAIS Investimentos realizados no sistema de abastecimento de água; e Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água. Investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário; e Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de esgotamento sanitário. 2.1 Programa de Investimentos (Água) % Investimentos realizados no sistema de abastecimento de água * 100 / investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água 2.2 Programa de Investimentos (Esgoto) % Investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário * 100 / investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de esgotamento sanitário Anual 2.3 Interrupções de Tratamento (Água) % (duração das paralisações) * 100/(24 x duração do período de referência) Mensal Duração das interrupções 2.4 Interrupções de Tratamento (Esgoto) % (duração das paralisações) * 100/(24 x duração do período de referência) Mensal Duração das interrupções Anual 4240 Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1874241 Continuação. 4242 QUADRO 13.1 - INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR UNIDADE DEFINIÇÃO PERIODICIDADE 2.5 Interrupções de Fornecimento % Somatório para o período de referência (Quantidade de economias ativas atingidas por paralisações x duração das paralisações) * 100/ (Quantidade de economias ativas de água x 24 x duração do período de referência) 2.6 Densidade de Obstruções na Rede Coletora de Esgotos Nº de desobstruções / km de rede coletora Desobstruções de rede coletora realizadas / extensão da rede coletora Mensal 2.7 Índice de Utilização da Infraestrutura de Produção de Água % Vazão produzida * 100 / capacidade nominal da ETA Anual 2.8 Índice de Utilização da Infraestrutura de Tratamento de Esgotos % Vazão de esgoto tratado * 100 / capacidade nominal da ETE Anual 2.9 Índice de Perda de Faturamento (água) % Volume de Águas não Faturadas / Volume Disponibilizado à Distribuição anual VARIÁVEIS Quantidade de economias ativas atingidas por interrupções Mensal Duração das interrupções Desobstruções de rede coletora realizadas no mês; e Extensão da Rede de Esgoto Volume de Água Produzido Capacidade nominal da ETA. Volume de Esgoto Tratado Capacidade Nominal da ETE. Volume de Águas não Faturadas Volume Disponibilizado à Distribuição (Vol. Produz.+Vol.TratadoImport - Vol.Água de ServiçoVol.Tratado Export.) 3-INDICADORES COMPLEMENTARES-FINANCEIROS 3.1 Despesa com Energia Elétrica por m³(Cons. + Colet.) R$/m³ Despesa com Energia Elétrica / Volume de Água Consumido+ Volume Coletado de Esgoto 3.2 Despesa Exploração por m³(Cons.+ Colet.) R$ / m³ Despesas de Exploração / Volume de Água Consumido + Volume de Esgoto Coletado anual 3.3 Despesa Exploração por m³ (faturado) (água + esgoto) R$ / m³ Despesas de Exploração / Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto Faturado anual Despesa com Energia Elétrica Volume de Água Produzido Volume de Esgoto Coletado Despesas de Exploração Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Coletado Despesas de Exploração Volume de Água Faturado Volume de Esgoto Faturado 4243 Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1884244 Continuação. 4245 QUADRO 13.1 - INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR UNIDADE DEFINIÇÃO 3.4 Tarifa Média Praticada R$/m³ Receita Operacional Direta de Água + Receita Operacional Direta de Esgoto+ Receita Operacional Direta de Água Exportada/ Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto Faturado 3.5 Eficiência de Arrecadação % Arrecadação Total / Receita Operacional Total PERIODICIDADE anual mensal VARIÁVEIS Receita Operacional Direta de Água Receita Operacional Direta de Esgoto Receita Operacional Direta de Água Exportada Volume de Água Faturado Volume de Esgoto Faturado Arrecadação Total Receita Operacional Total 4-INDICADORES COMPLEMENTARES-COMERCIAIS / OUTROS/BALANÇO 4.1 Reclamações por Economia Reclamações /economia Quantidade Total de Reclamações de Água + Quantidade Total de Reclamações de Esgoto / Quantidade de Economias Ativas de Água+ Quantidade de Economias Ativas de Esgoto mensal mensal mensal 4.2 Índice de Apuração de Consumo % Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura / Quantidade Total de Leituras Efetuadas 4.3 Índice de Hidrometração % Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas/ Quantidade de Ligações Ativas de Água 4.4 Ligação por Empregado Ligações / empregado equivalente Quantidade de Ligações Ativas de Água+ Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto/ [Quantidade Total de Empregados Próprios ] + [Despesa com Serviços de Terceiros x Quantidade Total de Empregados Próprios ]/ Despesa com Pessoal Próprio 4.5 Extensão de Rede de Água por ligação m/ligação Extensão de Rede de Água/Quantidade de Ligações Totais m/ligação Extensão de Rede de Esgoto/Quantidade de Ligações Totais 4.6 Extensão de Rede de Esgoto por ligação Quantidade Total de Reclamações de Água Quantidade Total de Reclamações de Água Quantidade de Economias Ativas de Água Quantidade de Economias Ativas de Água anual anual Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura Quantidade Total de Leituras Efetuadas Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas Quantidade de Ligações Ativas de Água Quantidade de Ligações Ativas de Água Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto Quantidade Total de Empregados Próprios Despesa com Serviços de Terceiros Quantidade Total de Empregados Próprios Despesa com Pessoal Próprio Extensão de Rede de Água Quantidade de Ligações Totais de Água Extensão de Rede de Esgoto anual Quantidade de Ligações Totais de Esgoto 4246 Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1894247 Continuação. 4248 QUADRO 13.1 - INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº 4.7 NOME DO INDICADOR Grau de Endividamento UNIDADE % DEFINIÇÃO Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo + Resultado de Exercícios Futuros/Ativo Total Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul PERIODICIDADE anual VARIÁVEIS Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo Resultado de Exercícios Futuros Ativo Total ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1904249 4250 13.2 INDICADORES SELECIONADOS PARA MANEJO E RESÍDUOS SÓLIDOS 4251 4252 4253 4254 4255 Embora os indicadores (de serviço de coleta regular, de destinação final dos RSD e de saturação do tratamento e disposição final de RSD) utilizados na composição do ISAm – Indicador de Salubridade Ambiental sejam bastante úteis, não podem ser considerados suficientes perante tamanha diversidade de aspectos e de tipos de resíduos que envolvem os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos. 4256 4257 4258 Assim, o Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC considerou oportuno apresentar indicadores complementares que, juntamente com os anteriores, podem expressar com maior propriedade as condições dos municípios em relação a este tema. 4259 4260 4261 4262 Além disso, propõe-se que, ao invés de se usar uma média aritmética para o cálculo do Irs – Indicador de Resíduos Sólidos, seja promovida uma média ponderada dos indicadores através de pesos atribuídos de acordo com a sua importância para a comunidade, para a saúde pública e para o meio ambiente. 4263 4264 Para a ponderação, sugere-se que sejam levados em conta os seguintes pesos relativos a cada um dos indicadores que, através de sua somatória, totalizam p = 10,0: 4265 Icr - Indicador do Serviço de Coleta Regular: ..................................................... p = 1,5 4266 Iqr - Indicador da Destinação Final dos RSD: ..................................................... p = 2,0 4267 Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD ............ p = 1,0 4268 Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias: ................................................. p = 1,0 4269 Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva: ..................................................... p = 1,0 4270 Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD:................................................... p = 1,0 4271 Iri - Indicador do Reaproveitamento dos RSI: .................................................... p = 0,5 4272 Idi - Indicador da Destinação Final dos RSI: ....................................................... p = 0,5 4273 Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS: .............................................. p = 1,5 4274 Irs= (1,5*Icr+2,0*Iqr+1,0*Isr+1,0*Ivm+1,0*Ics+1,0*Irr+0,5*Iri+0,5*Idi+1,5*Ids)/10 4275 4276 Caso, para este plano, ainda não se tenham as informações necessárias para gerar algum dos indicadores, seu peso deve ser deduzido do total para efeito do cálculo do Irs. 4277 4278 A conceituação dos indicadores e a metodologia para a estimativa de seus valores encontram-se apresentadas na sequência. OS SERVIÇOS Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul DE LIMPEZA URBANA E ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1914279 Icr – Indicador de Coleta Regular 4280 4281 Este indicador utilizado na composição do ISAm,quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 4282 %Dcr = (Duc/Dut) x 100 4283 Onde: 4284 %Dcr - porcentagem de domicílios atendidos 4285 Duc - total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo 4286 Dut - total dos domicílios urbanos 4287 Critério de cálculo final: 4288 4289 Onde: 4290 %Dcr min ≤ 0 4291 %Dcrmax ≥ 90 (Valor para faixa de população de 20.001 a 100.000 habitantes) 4292 Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 4293 4294 4295 Este indicador, denominado de IQR - Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos, que também é componente do ISAm, é normalmente utilizado pela CETESB para avaliar as condições dos sistemas de disposição de resíduos sólidos domiciliares. 4296 4297 4298 O índice é apurado com base em informações coletadas nas inspeções de cada instalação de disposição final e processadas a partir da aplicação de questionário padronizado. 4299 4300 Em função de seus respectivos IQRs, as instalações são enquadradas como inadequadas, controladas e adequadas, conforme o Quadro 13.2 a seguir: QUADRO 13.2 – ENQUADRAMENTO DAS INSTALAÇÕES 4301 4302 4303 4304 IQR Enquadramento 0,0 a 6,0 Condições Inadequadas (I) 6,1 a 8,0 Condições Controladas (C) 8,1 a 10,0 Condições Adequadas (A) O IQR é calculado com base nos critérios apresentados no quadro 13.3 a seguir: 4305 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -192QUADRO 13.3 – CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DO IQR 4306 IQR Enquadramento IQR 0,0 a 6,0 6,1 a 8,0 8,1 a 10,0 Condições Inadequadas (I) Condições Controladas (C) Condições Adequadas (A) 0 Interpolar 100 4307 4308 4309 4310 4311 4312 Porém, sugere-se acrescentar aos critérios deste indicador que, caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu IQR final será a média dos IQRs das unidades utilizadas, ponderada pelo número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada uma delas. 4313 Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 4314 4315 4316 Este indicador, o último componente do ISAm, demonstra a capacidade restante dos locais de disposição e a necessidade de implantação de novas unidades de disposição de resíduos, sendo calculado com base nos seguintes critérios: 4317 4318 onde: 4319 n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos) 4320 O nmín e o nmáx são fixados conforme Quadro 13.4 a seguir: QUADRO 13.4 – FIXAÇÃO DONMÍN E O NMÁX 4321 Faixa da População nmín Isr nmáx Isr n≥1 Até 20.000 hab. n≥2 20.001 a 50.000 hab. ≤0 0 De 50.001 a 200.000 hab n≥3 Maior que 200.000 hab n≥5 100 4322 4323 4324 Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias 4325 4326 Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto manual quanto mecanizada, sendo calculado com base no seguinte critério: 4327 Ivm= 100 x (%vm atual - %vmmín)/ (%vmmáx - %vmmín) 4328 onde: 4329 Ivm é o indicador da varrição de vias 4330 %vmmín é o % da km de varrição mínimo = 10% das vias urbanas pavimentadas 4331 %vmmáx é o % de km de varrição máximo = 100% das vias urbanas pavimentadas Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1934332 4333 %vm atual é o % de km de varrição praticado em relação ao total das vias urbanas pavimentadas 4334 Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva 4335 4336 4337 Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis, também denominada lixo seco, sendo calculado com base no seguinte critério: 4338 Ics= 100 x (%cs atual - %csmín)/ (%csmáx - %csmín) 4339 onde: 4340 Ics é o indicador de coleta regular 4341 %csmín é o % dos domicílios coletados mínimo = 0% dos domicílios municipais 4342 %csmáx é o % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios municipais 4343 4344 %cs atual é o % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos domicílios municipais 4345 Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD 4346 4347 4348 4349 Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes na composição dos resíduos sólidos domiciliares e deve sua importância à obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos, sendo calculado com base no seguinte critério: 4350 Irr = 100 x (%rr atual - %rrmín)/ (%rrmáx - %rrmín) 4351 onde: 4352 Irr é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos 4353 4354 %rrmín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos sólidos gerados no município 4355 4356 %rrmáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos sólidos gerados no município 4357 4358 %rr atual é o % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos gerados no município 4359 Iri - Indicador do Reaproveitamento dos RSI 4360 4361 4362 4363 4364 Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes na composição dos resíduos sólidos inertes e, embora também esteja vinculado de certa forma à obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos, não tem a mesma importância do reaproveitamento dos RSD, sendo calculado com base no seguinte critério: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -194- Iri= 100 x (%ri atual - %rimín)/ (%rimáx - %rimín) 4365 4366 onde: 4367 Iri é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos inertes 4368 4369 %rimín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos sólidos inertes gerados no município 4370 4371 %rimáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos sólidos inertes gerados no município 4372 4373 %ri atual é o % dos resíduos inertes reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos inertes gerados no município 4374 Idi - Indicador da Destinação Final dos RSI 4375 4376 4377 4378 4379 Este indicador é responsável pela avaliação das condições dos sistemas de disposição de resíduos sólidos inertes que, embora ofereça menores riscos do que os relativos à destinação dos RSD, se não bem operados podem gerar o assoreamento de drenagens e acabarem sendo, em muitos casos, responsáveis por inundações localizadas, sendo calculado com base no seguinte critério: 4380 Idi= 10 x IQI 4381 onde: 4382 Idi é o indicador de disposição final de resíduos sólidos inertes. 4383 4384 4385 IQI é o índice de qualidade de destinação de inertes, atribuído à forma/unidade de destinação final utilizada pelo município para dispor seus resíduos sólidos inertes e estimado de acordo com os seguintes critérios: 4386 4387 QUADRO 13.5 – VALORES ASSOCIADOS AO IQI – ÍNDICE DE QUALIDADE DE DESTINAÇÃO DE INERTES Operação da Unidade Sem triagem prévia / sem configuração topográfica /sem drenagem superficial Com triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem superficial Com triagem prévia / com configuração topográfica / sem drenagem superficial Com triagem prévia / com configuração topográfica / com drenagem superficial Com triagem prévia / sem britagem / com reaproveitamento Com triagem prévia / com britagem / com reaproveitamento 4388 4389 4390 4391 4392 Condições IQI inadequadas inadequadas Controladas Controladas Adequadas Adequadas 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu IQI final será a média dos IQIs das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles. 4393 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1954394 Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS 4395 4396 4397 Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde, desde sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o transporte, tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no seguinte critério: 4398 Ids = 10 x IQS 4399 onde: 4400 Ids é o indicador de manejo de resíduos de serviços de saúde 4401 4402 4403 4404 4405 IQS é o índice de qualidade de manejo de resíduos de serviços de saúde, estimado de acordo com os seguintes critérios: QUADRO 13.6 – VALORES ASSOCIADOS AO IQS – ÍNDICE DE QUALIDADE DE MANEJO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Operação da Unidade Com baixa frequência e sem estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com baixa frequência e com estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /com transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados 4406 4407 4408 4409 4410 Condições IQS Inadequadas 0,00 Inadequadas 2,00 Controladas 4,00 Controladas 6,00 Adequadas 8,00 Adequadas 10,00 Caso o município troque de procedimento/unidade ao longo do ano, o seu IQS final será a média dos IQSs dos procedimentos/unidades utilizados, ponderada pelo número de meses em que ocorreu o efetivo manejo em cada um deles. 4411 4412 13.3 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 4413 13.3.1 Objetivos 4414 4415 4416 4417 4418 Este item tem como objetivo a proposição para discussão de um indicador de desempenho para avaliação de sistemas municipais de drenagem urbana, que permita a compreensão de seu estado sob os aspectos de abrangência, operacionalidade e desempenho. A formulação fundamenta-se na avaliação não exaustiva de algumas propostas lançadas por pesquisadores brasileiros e do exterior. 4419 4420 4421 4422 Com base em experiências anteriores, e tomando-se como referência que o indicador deve englobar parâmetros mensuráveis, de fácil e acessível aquisição e disponibilidade, e ser aderente aos conceitos de drenagem, o primeiro aspecto será o da avaliação em separado dos subsistemas de micro e macrodrenagem, lembrando que o primeiro refere- Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul DE DRENAGEM E ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1964423 4424 4425 se à drenagem de pavimentos que recebem as águas da chuva precipitada diretamente sobre eles e dos lotes adjacentes, e o segundo considera os sistemas naturais e artificiais que concentram os anteriores. 4426 4427 4428 4429 4430 Assim, pode-se dizer que a microdrenagem é uma estrutura direta e obrigatoriamente agregada ao serviço de pavimentação e deve sempre ser implantada em conjunto com o mesmo, de forma a garantir seu desempenho em termos de segurança e condições de tráfego (trafegabilidade da via) e ainda sua conservação e durabilidade (erosões, infiltrações e etc.). 4431 4432 4433 4434 4435 4436 4437 4438 Tal divisão é importante porque na microdrenagem utilizam-se elementos estruturais (guias, sarjetas, bocas de lobo, tubos de ligação, galerias e dissipadores) cujos critérios de projeto são distintamente diferentes dos elementos utilizados na macrodrenagem (galerias, canais, reservatórios de detenção, elevatórias e barragens), notadamente quanto ao desempenho. Enquanto na microdrenagem admitem-se, como critério de projeto,as vazões decorrentes de eventos com período de retorno 2, 5, 10 e até 25 anos, na macrodrenagem projeta-se tendo como referência os eventos de 50 ou 100 anos e até mesmo valores superiores. 4439 4440 4441 4442 Da mesma forma, as necessidades de operação e manutenção dos sistemas são distintas, como toda a frequência de inspeções, capacidade dos equipamentos e especialidade do pessoal para execução das tarefas de limpeza, desobstrução, desassoreamento e etc. 4443 4444 4445 Quanto aos critérios de avaliação, os mesmos devem considerar as facetas de institucionalização dos serviços, como atividade municipal, porte/cobertura dos serviços, eficiência técnica e de gestão. A seguir, explica-se cada um dos critérios: 4446 Institucionalização (I) 4447 4448 4449 4450 4451 4452 4453 4454 A gestão da drenagem urbana é uma atividade da competência municipal, e que tende a compor o rol de serviços obrigatórios que o executivo municipal é obrigado a prestar, tornando-se, nos dias atuais, de extrema importância nos grandes aglomerados urbanos. Desta forma, sua institucionalização como serviço dentro da estrutura administrativa e orçamentária indicará o grau de desenvolvimento da administração municipal com relação ao subsetor. Assim, dentro deste critério, devem se considerar os seguintes aspectos que indicam o grau de envolvimento da estrutura municipal com a implantação e gestão dos sistemas de micro e macrodrenagem: 4455 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1974456 4457 QUADRO 13.7 – INDICADORES RELACIONADOS À INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Microdrenagem Existência de Padronização para projeto viário e drenagem pluvial Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos Estrutura de inspeção e manutenção da drenagem Monitoramento de chuva Registro de incidentes envolvendo microdrenagem Macrodrenagem Existência de plano diretor urbanístico com tópicos relativos à drenagem Existência de plano diretor de drenagem urbana Legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias Monitoramento de cursos d’água (nível e vazão) Registro de Incidentes envolvendo a macrodrenagem 4458 4459 4460 4461 4462 4463 Este indicador pode, a princípio, ser admitido como ‘seco’, isto é, a existência ou prática do quesito analisado implica na valoração do quesito. Posteriormente, na medida em que o índice for aperfeiçoado, o mesmo pode ser transformado em métrico, para considerar a qualidade do instrumento institucional adotado. 4464 Porte/Cobertura do Serviço (C) 4465 4466 Este critério considera o grau de abrangência relativo dos serviços de micro e macrodrenagem no município, de forma a indicar se o mesmo é universalizado. 4467 4468 4469 4470 Para o caso da microdrenagem, representa a extensão de ruas que tem o serviço de condução de águas pluviais lançados sobre a mesma de forma apropriada, através de guias, sarjetas, estruturas de captação e galerias, em relação à extensão total de ruas na área urbana. 4471 4472 4473 4474 4475 4476 4477 4478 No subsistema de macrodrenagem, o porte do serviço pode ser determinado através da extensão dos elementos de macrodrenagem nos quais foram feitas intervenções em relação à malha hídrica do município (até 3ª ordem). Por intervenções, entendem-se as galerias tronco que reúnem vários subsistemas de microdrenagem e também os elementos de drenagem naturais, como os rios e córregos nos quais foram feitos trabalhos de canalização, desassoreamento ou dragagem, retificação, revestimento das margens, regularização, delimitação das áreas de APP, remoção de ocupações irregulares nas várzeas e etc. 4479 Eficiência do Sistema (S) 4480 4481 4482 4483 Este critério pretende captar o grau de atendimento técnico, isto é, se o serviço atende às expectativas quanto ao seu desempenho hidráulico em cada subsistema. A forma de avaliação deve considerar o número de incidentes ocorridos com os sistemas em relação ao número de dias chuvosos e à extensão dos mesmos. 4484 4485 4486 A consideração de um critério de área inundada também pode ser feita, em uma segunda etapa, quando forem disponíveis de forma ampla os cadastros eletrônicos municipais e os sistemas de informatização de dados. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1984487 Eficiênciada Gestão (G) 4488 4489 4490 A gestão do serviço de drenagem urbana, tanto para micro como para macro, deve ser mensurada em função da relação entre as atividades de operação e manutenção dos componentes e o porte do serviço. 4491 QUADRO 13.8 – INDICADORES RELACIONADOS À EFICIÊNCIA DA GESTÃO Microdrenagem Macrodrenagem Número de bocas de lobo limpas em relação ao total de bocas de lobo Extensão de galerias limpas em relação ao total de bocas de lobo Total de Recursos gastos com microdrenagem em relação ao alocado no orçamento anual para microdrenagem Extensão de córregos limpos/desassoreados em relação ao total Total de recursos gastos com macrodrenagem em relação ao total alocado. 4492 4493 4494 13.3.2 Cálculo do Indicador 4495 4496 4497 4498 4499 O indicador deverá ser calculado anualmente, a partir das informações das atividades realizadas no ano anterior. Os dados deverão ser tabulados em planilha apropriada de forma a permitir a auditoria externa, conforme o exemplo a seguir. O cálculo final do indicador será a média aritmética dos indicadores de micro e macrodrenagem, com resultado final entre [0-10]. 4500 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -1994501 4502 14. ORGANIZAÇÃO EMERGÊNCIA DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E 4503 14.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTOS SANITÁRIOS 4504 4505 4506 4507 As intervenções descritas anteriormente são essenciais para propiciar a operação permanente dos sistemas de água e esgotos do município. De caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações operacionais evitando descontinuidades. 4508 4509 4510 4511 4512 Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de saneamento em particular, são planejados respeitando-se determinados níveis de segurança resultados de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas técnicas. 4513 4514 4515 Quanto maior o potencial de causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente maiores são os níveis de segurança estipulados. Casos limites são, por exemplo, os de usinas atômicas, grandes usinas hidrelétricas, entre outros. 4516 4517 4518 O estabelecimento de níveis de segurança e, consequentemente, de riscos aceitáveis é essencial para a viabilidade econômica dos serviços, pois, quanto maiores os níveis de segurança, maiores são os custos de implantação e operação. 4519 4520 4521 4522 4523 4524 A adoção sistemática de altíssimos níveis de segurança para todo e qualquer tipo de obra ou serviço acarretaria um enorme esforço da sociedade para a implantação e operação da infraestrutura necessária à sua sobrevivência e conforto, atrasando seus benefícios. E o atraso desses benefícios, por outro lado, também significa prejuízos à sociedade. Tratase, portanto, de encontrar um ponto de equilíbrio entre níveis de segurança e custos aceitáveis. 4525 4526 4527 4528 4529 4530 4531 4532 No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, encontramse identificados, nos quadros 14.1 e 14.2 a seguir, os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens e as ações a serem desencadeadas. Conforme acima relatado, alguns operadores disponibilizam, seja na própria cidade ou através do apoio de suas diversas unidades no Estado, os instrumentos necessários para o atendimento dessas situações de contingência, como é o caso da SABESP. Para novos tipos de ocorrências que porventura venham a surgir, os operadores deverão promover a elaboração de novos planos de atuação. 4533 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2004534 QUADRO 14.1 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O S.A.A Ocorrência Origem Plano de Contingências Verificação e adequação de plano de Inundação das captações de água com danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Deslizamento de encostas / movimentação do solo / 1. Falta d´água generalizada solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água Qualidade inadequada da água dos mananciais Ações de vandalismo ação às características da ocorrência Comunicação à população / instituições / autoridades / Defesa Civil Comunicação à Polícia Deslocamento de frota grande de caminhões tanque Controle da água disponível em reservatórios Reparo das instalações danificadas Implementação do PAE Cloro Implementação de rodízio de abastecimento Deficiências de água nos mananciais em períodos Verificação e adequação de plano de de estiagem Interrupção temporária no fornecimento de energia 2. Falta d´água parcial ou localizada 4535 4536 4537 elétrica nas instalações de produção de água Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição Danificação de equipamentos de estações elevatórias de água tratada Danificação de estruturas de reservatórios e elevatórias de água tratada Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada Ações de vandalismo ação às características da ocorrência Comunicação à população / instituições / autoridades Comunicação à Polícia Deslocamento de frota de caminhões tanque Reparo das instalações danificadas Transferência de água entre setores de abastecimento QUADRO 14.2 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O S.E.S. Ocorrência Origem Plano de Contingências Comunicação à concessionária de 1. Paralisação da estação de tratamento de esgotos Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de tratamento Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Ações de vandalismo energia elétrica Comunicação aos órgãos de controle ambiental Comunicação à Polícia Instalação de equipamentos reserva Reparo das instalações danificadas Comunicação à concessionária de 2. Extravasamentos de esgotos em estações elevatórias 3. Rompimento de linhas de recalque, coletores tronco, interceptores e emissários 4. Ocorrência de retorno de esgotos em imóveis Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas energia elétrica instalações de bombeamento Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Ações de vandalismo Comunicação aos órgãos de Desmoronamentos de taludes / paredes de canais Erosões de fundos de vale Rompimento de travessias Comunicação aos órgãos de Lançamento indevido de águas pluviais em redes Comunicação à vigilância sanitária Execução dos trabalhos de limpeza Reparo das instalações danificadas coletoras de esgoto Obstruções em coletores de esgoto controle ambiental Comunicação à Polícia Instalação de equipamentos reserva Reparo das instalações danificadas controle ambiental Reparo das instalações danificadas 4538 4539 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2014540 14.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 4541 14.2.1 Objetivo 4542 4543 4544 4545 O principal objetivo de um plano de contingência voltado para os serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos é assegurar a continuidade dos procedimentos originais, de modo a não expor a comunidade a impactos relacionados ao meio ambiente e, principalmente, à saúde pública. 4546 4547 4548 4549 Normalmente, a descontinuidade dos procedimentos se origina a partir de eventos que podem ser evitados através de negociações prévias, como greves de pequena duração e paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. 4550 4551 4552 Porém, tal descontinuidade também pode ser gerada a partir de outros tipos de ocorrência de maior gravidade e, portanto, de maior dificuldade de solução, como explosões, incêndios, desmoronamentos, tempestades, inundações e outros. 4553 4554 4555 Assim, para que um plano de contingência seja realmente aplicável é necessário, primeiramente, identificarem-se os agentes envolvidos sem o que não é possível definirem-se as responsabilidades pelas ações a serem promovidas. 4556 4557 4558 Além dos agentes, também é recomendável que o plano de contingência seja focado para os procedimentos cuja paralisação pode causaros maiores impactos, relegando os demais para serem atendidos após o controle total sobre os primeiros. 4559 14.2.2 4560 4561 4562 Tendo em vista, a estrutura operacional proposta para o equacionamento dos serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos nos municípios compreendidos pela UGRHI 9, podem-se definir como principais agentes envolvidos: 4563 Prefeitura Municipal 4564 4565 4566 4567 4568 4569 As municipalidades se constituem agentes envolvidos no Plano de Contingência quando seus próprios funcionários públicos são os responsáveis diretos pela execução dos procedimentos. Evidentemente que, no caso das Prefeituras Municipais, o agente nem sempre é a própria municipalidade e sim secretarias, departamentos ou até mesmo empresas autônomas que respondem pelos serviços de limpeza pública e/ou pela gestão dos resíduos sólidos. 4570 Consórcio Intermunicipal 4571 4572 4573 4574 Os consórcios intermunicipais, resultantes de um contrato formal assinado por um grupo de municípios interessados em usufruir de uma mesma unidade operacional, também são entendidos como agentes, desde que tenham funcionários diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. Agentes Envolvidos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2024575 Prestadora de Serviços em Regime Normal 4576 4577 4578 As empresas prestadoras de serviços são consideradas agentes envolvidos quando, mediante contrato decorrente de licitação pública, seus funcionários assumem aresponsabilidade pela execução dos procedimentos. 4579 Concessionária de Serviços 4580 4581 4582 As empresas executantes dos procedimentos, mediante contrato formal de concessão ou de Participação público-privada – PPP, são igualmente consideradas agentes uma vez que seus funcionários estão diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. 4583 Prestadora de Serviços em Regime de Emergência 4584 4585 4586 4587 As empresas prestadoras de serviços também podem ser consideradas agentes envolvidos quando, justificada legalmente a necessidade, seus funcionários são mobilizados através de contrato de emergência sem tempo para a realização de licitação pública, geralmente por prazos de curta duração. 4588 Órgãos Públicos 4589 4590 4591 4592 4593 Alguns órgãos públicos também são considerados agentes passam a se constituir agentes quando, em função do tipo de ocorrência, são mobilizados para controlarou atenuar eventuais impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da CETESB, do DEPRN, da Polícia Ambiental, das Concessionárias de Saneamento Básico e de Energia e Luz e outros. 4594 Entidades Públicas 4595 4596 4597 4598 Algumas entidades públicas também passam a se constituir agentes do plano a partir do momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são acionadas para minimizar os impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Defesa Civil, dos Bombeiros e outros. 4599 4600 Portanto, o presente Plano de Contingência deve ser devidamente adaptado às estruturas funcionais com que operam os municípios. 4601 14.2.3 4602 4603 4604 4605 Considerando os diversos níveis dos agentes envolvidos e as suas respectivas competências e dando prioridade aos procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos à saúde pública e ao meio ambiente, apresentam-se, no quadro 14.3 a seguir, os planos de contingência para cada tipo de serviço: Planos de Contingência 4606 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2034607 QUADRO 14.3 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TIPO DE SERVIÇO Ocorrência Origem greves de pequena duração ou 1. Paralisação da Varrição Manual 2. Paralisação da Manutenção de Vias e Logradouros paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dospróprios trabalhadores. Plano de Contingências Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões. Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dospróprios trabalhadores. Entupimento dos dispositivos de drenagem O Plano de Contingência para este tipo de 3. Paralisação da Manutenção de Áreas Verdes greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dospróprios trabalhadores. 4. Paralisação na Limpeza Pós Feiras Livres greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dospróprios trabalhadores. 5. Paralisação na Coleta Domiciliar de RSD greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dospróprios trabalhadores. procedimento se concentra nos serviços esporádicos, decorrentes da queda de árvores. O maior problema a ser equacionado está no tombamento de árvores causado por tempestades e/ou ventanias atípicas, que atingem inclusive espécimes saudáveis. Neste caso, os prejuízos podem atingir perdas incalculáveis, não só diretamente pela perda de vidas humanas, veículos e edificações, mas também indiretamente pela interrupção dos sistemas de energia, telefonia e tráfego em regiões inteiras. Em função da amplitude do cenário de devastação, além de órgãos e entidades que cuidam do tráfego, da energia elétrica e, conforme a gravidade, o sistema de resgate dos Bombeiros, ainda pode ser acionada recursos das regiões vizinhas e, numa última instância, a Defesa Civil. Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões. Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial No caso de paralisação apenas da coleta seletiva de materiais recicláveis, pelo fato do “lixo seco” não conter matéria orgânica sujeita à deterioração, os materiais recicláveis podem aguardar por um tempo maior nos próprios domicílios geradores. Na hipótese da paralisação se manter por um tempo maior que o previsto, impossibilitando a estocagem dos materiais nos domicílios e a prestadora de serviço em regime emergencial ainda não estiver em operação, os materiais devem ser recolhidos pela equipe de coleta regular e conduzidos para a unidade de disposição final dos rejeitos dos resíduos sólidos domiciliares. Porém, é da maior importância a comunicação através de panfletos distribuídos pela própria equipe de coleta domiciliar regular, informando sobre a situação e solicitando colaboração da população. 4608 Continua.. 4609 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2044610 4611 Continuação. QUADRO 14.3 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TIPO DE SERVIÇO Ocorrência Origem Plano de Contingências No caso da compostagem da matéria orgânica, o 6. Paralisação no Pré-Beneficiamento e/ou Tratamento dos RSD Desvalorização do preço de venda desses materiais no mercado consumidor. A paralisação do serviço de operação 7. Paralisação na Disposição Final de Rejeitos dos RSD de um aterro sanitário pode ocorrer por diversos fatores, desde greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado até ocorrências que requerem maiores cuidados e até mesmo por demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço. Devido às características específicas dos resíduos recebidos pelos aterros sanitários, os motivos de paralisação podem exceder a simples greves, tomando dimensões mais preocupantes, como rupturas no maciço, explosões provocadas pelo biogás, vazamentos de chorume e outros. Plano de Contingência recomenda os mesmos procedimentos aplicados à prestação de serviços públicos, ou seja, a mobilização de equipes de outros setores da municipalidade ou, no caso de consórcio intermunicipal, das municipalidades consorciadas e, se a paralisação persistir, a contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial. No caso dos materiais recicláveis, é importante que a cessão das instalações e equipamentos para uso das cooperativas de catadores tenha em contrapartida a assunção do compromisso por parte deles de receber e processar os materiais independentemente dos preços de mercado. Considerando a ocorrência de greves de pequena duração, é possível deslocar equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas. Para o caso da paralisação persistir por tempo indeterminado, é recomendável trocar a solução doméstica pela contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial, pois ela poderá também dar conta dos serviços mais especializados de manutenção e monitoramento ambiental. Enquanto isto não acontece, os resíduos poderão ser enviados para disposição final em outra unidade similar existente na região. Esta mesma providência poderá ser usada no caso de demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação e/ou ampliação do maciço existente. A ruptura dos taludes e bermas engloba medidas de reparos para recomposição da configuração topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial e reposição da cobertura de solo e gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço, após a devida comunicação da não conformidade à CETESB. Explosões decorrentes do biogás são eventos mais raros, que também podem ser evitados por um sistema de drenagem bem planejado e um monitoramento direcionado para detectar com antecipação a formação de eventuais bolsões no interior do maciço. Com relação a explosão ou mesmo incêndio, o Plano de Contingência prevê a evacuação imediata da área e a adoção dos procedimentos de segurança, simultaneamente ao acionamento da CETESB e dos Bombeiros. 4612 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul Continua... ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2054613 4614 Continuação. QUADRO 14.3 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TIPO DE SERVIÇO Ocorrência Origem Planos de Contingências Os vazamentos de chorume também não são 7. Paralisação na Disposição Final de Rejeitos dos RSD (continuação) Estão compreendidos pelo serviço de 8. Paralisação na Coleta, Transporte, Pré-Beneficiamento e Disposição Final dos RSI coleta de resíduos sólidos inertes a retirada dos materiais descartados irregularmente e o recolhimento e translado dos entulhos entregues pelos munícipes nos “ecopontos”. Portanto, a paralisação do serviço de coleta deste tipo de resíduo engloba ambos os recolhimentos, bem como a operação dos “ecopontos”. No que se refere aos serviços de triagem e pré-beneficiamento de entulhos reaproveitáveis e de operação de aterro de inertes, as interrupções costumam estar associadas a greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado dos funcionários envolvidos na prestação desses serviços. No caso dos aterros de inertes, a paralisação do serviço também pode ocorrer devido à demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço já que, pelas características desse tipo de resíduos, não existem ocorrências com efluentes líquidos e gasosos. comuns, já que o aterro sanitário é dotado de uma base impermeável, que evita o contato direto dos efluentes com o solo e as águas subterrâneas. Portanto, eles têm mais chance de extravasar nos tanques e/ou lagoas, seja por problemas operacionais, seja por excesso de chuvas de grandes proporções. A primeira medida do Plano de Contingência diz respeito à contenção do vazamento e/ou transbordamento, para estancar a origem do problema e, em seguida, a transferência do chorume estocado para uma ETE mais próxima através de caminhão limpa fossa. Caso a ocorrência resulte na contaminação do solo e/ou das águas subterrâneas, o passivo ambiental será equacionado através das orientações prescritas no Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, emitido pela CETESB. Por se tratarem de atividades bastante simples, que não requerem especialização, o Plano de Contingência a ser acionado em momentos de paralisação está baseado no deslocamento de equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas. Caso não isto não seja possível, embora tais atividades não exijam maior especialização, a segunda medida recomendada pelo Plano de Contingência é a contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial. Para agilizar esta providência, é recomendável que a municipalidade ou consórcio intermunicipal mantenha um cadastro de empresas com este perfil para acionamento imediato e, neste caso, o contrato de emergência deverá perdurar apenas enquanto o impasse não estiver resolvido, cessando à medida que a situação retome a normalidade. Caso esta providência se retarde ou se constate demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação e/ou ampliação do maciço existente, os rejeitos dos resíduos sólidos inertes poderão ser enviados para disposição final em outra unidade similar existente na região. Do ponto de vista técnico, a única ocorrência que pode exigir uma maior atenção do Plano de Contingência é uma eventual ruptura dos taludes e bermas, resultante da deficiência de projeto e/ou de execução da configuração do aterro, mesmo tendo a massa uma consistência altamente homogênea, ou no recobrimento com gramíneas. 4615 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul Continua... ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2064616 Continuação. QUADRO 14.3 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TIPO DE SERVIÇO 4617 Ocorrência Origem Plano de Contingências Além disso, com a diretriz da nova 8. Paralisação na Coleta, Transporte, Pré-Beneficiamento e Disposição Final dos RSI (continuação) 9. Paralisação na Coleta, Transporte e Tratamento dos RSS legislação federal de somente permitir a disposição final dos rejeitos não reaproveitáveis, tais materiais que já não são ambientalmente agressivos ainda terão suas quantidades progressivamente reduzidas à medida que o mercado consumidor de agregado reciclado for se consolidando. Apesar desses atenuantes, justifica-se a necessidade de se dispor este tipo de materiais de forma organizada num aterro de inertes, para evitar que eles sejam carreados pelas águas de chuva e acabem se sedimentando nos baixios, assoreando as drenagens e corpos d’água localizados a jusante. Devido à alta periculosidade no manuseio desse tipo de resíduos, sua coleta, transporte e tratamento são sempre realizados por equipes treinadas e devidamente equipadas com os EPI’s necessários e dotadas de veículos e equipamentos especialmente adequados para essas funções. Logo, a tarefa da municipalidade limita-se ao gerenciamento administrativo do contrato com essas empresas e o risco de descontinuidade se resume a greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços. Este tipo de ocorrência não costuma ocorrer com frequência, uma vez que é precedida pelo aparecimento de fendas causadas por erosões localizadas, que podem ser facilmente constatadas através de vistorias periódicas. Assim, o Plano de Contingência destinado à ruptura dos taludes e bermas, além dos procedimentos preventivos, recomenda medidas de reparos para recomposição da configuração topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial para organizar o caminhamento das águas e reposição da cobertura de gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço. Por tratar-se de atividades altamente especializadas, que requerem recursos materiais e humanos especiais, não é recomendável que se desloquem equipes da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas para cobrir qualquer deficiência de atendimento. Portanto, se isso vier a acontecer, o Plano de Contingência recomenda a contratação de empresa prestadora deste tipo de serviço em regime emergência. 4618 4619 4620 14.3 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 4621 4622 Este item visa a apresentar o elenco de ações de contingência e emergência direcionadas ao sistema de drenagem urbana. 4623 4624 4625 4626 4627 4628 4629 4630 Segundo a publicação “Critérios e Diretrizes sobre Drenagem Urbana no Estado de São Paulo – Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), 2004”, um Plano de Ação de Emergência é a preparação de um conjunto de medidas integradas, adotado pela comunidade para mitigar os danos, as ameaças à vida e à saúde que ocorrem antes, durante e depois de inundações. Esse tipo de programa deve reconhecer a rapidez das cheias dos cursos d’água, com os picos das vazões ocorrendo após algumas horas, ou mesmo minutos, de chuvas intensas. Dessa forma, dispõe-se de pouco tempo para a consecução de medidas de mitigação anteriores as inundações. 4631 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2074632 4633 4634 4635 4636 Fundamentalmente, recomenda-se a criação de um programa de monitoramento de precipitação, níveis d’água e vazões nas sub-bacias hidrográficas consideradas críticas no município. Posteriormente ou simultaneamente, criar um sistema de alerta de cheias e a inundações visando a subsidiar a tomada de decisões pela defesa civil ou órgão competente, em ocasiões de chuvas intensas. 4637 14.3.1 4638 4639 4640 4641 Para possibilitar a previsão de ocorrência de acidentes e eventos decorrentes de precipitações intensas, deve ser considerada a criação de um grupo de trabalho e/ou a contratação de consultoria específica, visando à criação de modelos hidrológicos e hidráulicos, ajustados e calibrados por meio de dados coletados pelo monitoramento. 4642 4643 4644 4645 4646 4647 Considerando as pequenas dimensões da bacia e os pequenos tempos de concentração envolvidos, a agregação de observações realizadas por radar meteorológico poderá possibilitar a antecipação das previsões. Para tanto, é recomendado que a Prefeitura Municipal de Aguaí celebre convênio com entidades que operam radar meteorológico abrangendo a região ou participe de um consórcio de municípios/estados que venha a se formar com o objetivo de instalar e operar este equipamento. 4648 14.3.2 4649 4650 4651 4652 4653 4654 4655 4656 Quando da implantação de sistema de alerta de precipitações intensas com a possibilidade de previsão das inundações associados, os Planos de Ações Emergenciais deverão ser formulados com o intuito de adotar medidas que minimizem os prejuízos causados nas diferentes zonas de risco. A efetividade de aplicação desses planos é diretamente dependente da resposta dada pela população aos alertas. Portanto, as recomendações apresentadas nesse Plano Integrado Regional e Municipal de Saneamento Básico, quanto à informação e alerta à comunidade, devem perceber a execução das ações. 4657 Na implantação dos Planos de Ações Emergenciais devem ser considerados: 4658 Pré-seleção de abrigos (escolas, igrejas, centros esportivos etc.); 4659 Rotas de fuga entre abrigos (vias não sujeitas à inundação); 4660 Centros de apoio e logística (supermercados, padarias, atacados etc.); 4661 4662 Grupos de apoio – relação de pessoas (clube de rádio amadores, clube de jipeiros, 4663 4664 Hierarquização de comando (prefeito, chefe da defesa civil, comando militar, comando Sistema de Alerta Planos de Ações Emergenciais Rotary Clube etc.); de bombeiros etc.). 4665 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2084666 15. MINUTA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANO 4667 15.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 4668 4669 4670 4671 4672 A seguir estão elaboradas as minutas dos instrumentos legais (uma lei e um decreto) de institucionalização dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico dos municípios localizados nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Mogi Guaçu – UGRHI 9, de acordo com a divisão dos recursos hídricos do Estado de São Paulo, estabelecida no Anexo I da Lei nº 9.034/1994. 4673 4674 4675 4676 4677 4678 4679 4680 A Lei nº 11.445/2007 não define o instrumento legal pelo qual os Planos Municipais de Saneamento Básico devem ser institucionalizados, ou seja, não determina expressamente se os planos devem ser objeto de decretos ou de leis municipais. Buscou-se então definir o instrumento legal de institucionalização dos planos a partir da Lei Orgânica de cada Município (LOM), verificando-se que há três padrões vigentes: 1. o primeiro, determinando que o plano deve ser instituído por decreto municipal; 2. o segundo, estabelecendo que o mesmo deve ser instituído por lei municipal; e 3. ainda há casos em que a LOM silencia, ou não é clara a esse respeito. 4681 4682 4683 4684 Foram, então, elaborados dois tipos de minutas de institucionalização para os Planos Municipais de Saneamento Básico: um em conformidade com os padrões de um decreto, e outro em conformidade com os padrões de uma lei. A redação dos dois modelos é praticamente idêntica, alterando-se principalmente as questões referentes à sua técnica. 4685 4686 4687 4688 4689 4690 4691 4692 4693 A alteração mais significativa entre a lei e o decreto refere-se ao fato de que na lei há dispositivos instituindo um sistema de sanções e penalidades por infrações cometidas. Ocorre que, segundo o art. 5º, II da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Portanto, só à lei cabe estabelecer um sistema de sanções e penalidades, razão pela qual omitiram-se esses dispositivos da minuta de decreto. Cabe salientar que o decreto poderia regulamentar o sistema de sanções e penalidades se previstos em uma lei. Porém, considerando que não há previsão para essa sistemática na lei, não pode o decreto instituí-lo isoladamente. Além disso, obedecendo à técnica legislativa, a minuta de lei não contém consideranda. 4694 4695 4696 4697 4698 4699 4700 O objetivo das minutas foi a indicação do caminho para execução do plano e o alcance das metas fixadas, como forma de melhorar as condições de saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida da população, além da necessidade de implantação efetiva do mesmo. Para isso, o texto contém diretrizes específicas para a implantação do plano no âmbito municipal, considerando o Plano Regional de Saneamento Básico da respectiva UGRHI, bem como o Plano de Bacia Hidrográfica. Além disso, há dispositivos tratando, entre outros: 4701 do conjunto de serviços abrangidos pelo Plano Municipal de Saneamento Básico; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2094702 4703 do horizonte do planejamento, bem como dos prazos e procedimentos para sua 4704 dos seus princípios e objetivos; 4705 dos seus instrumentos; 4706 4707 4708 4709 4710 4711 4712 4713 4714 das responsabilidades dos diversos agentes envolvidos com os serviços de 4715 4716 4717 4718 4719 4720 4721 4722 das sanções e penalidades aplicáveis em caso de descumprimento dos dispositivos 4723 15.2 4724 MINUTA DE PROJETO DE LEI Nº [___________], DE [_______________] 4725 Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico e dá outras providências. 4726 4727 O Prefeito Municipal de [________], Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara dos Vereadores aprovou e fica sancionada a seguinte Lei: 4728 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 4729 4730 4731 4732 4733 Art. 1º. Na implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, parte integrante desta Lei, o Município de [______] deverá articular e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para a garantia da execução dos serviços públicos de saneamento básico, em conformidade com os princípios e diretrizes da Lei nº 11.445/2007. 4734 4735 Art. 2º. São diretrizes do Plano Municipal de Saneamento Básico a melhoria da qualidade dos serviços de saneamento básico, a garantia dos benefícios da salubridade ambiental revisão; saneamento básico, tais como titulares, prestadores, usuários, reguladores, no que toca à implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico. Está abrangida a hipótese de a entidade municipal ser a prestadora dos serviços, caso em que ela também deverá obedecer aos dispositivos do instrumento legal em questão. É importante salientar que embora a entidade municipal tenha sido criada por lei, na qual estão estabelecidas suas competências, nada impede juridicamente que a prefeitura celebre um contrato de gestão com essa entidade, para o estabelecimento de procedimentos e fixação de metas a serem atingidas; e acima referidos pelos prestadores dos serviços de saneamento básico. As referidas sanções e penalidades deverão ser aplicadas pelos entes reguladores dos serviços de saneamento básico, sejam esses entes independentes, como por exemplo a ARSESP, ou integrantes da administração municipal. Conforme acima mencionado, esses dispositivos estão presentes somente na minuta de lei, tendo em vista a impossibilidade do decreto determinar sanções e penalidades, nos termos do art. 5º, II, da CF/88. MINUTA DE PROJETO DE LEI Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2104736 4737 para toda a população, a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado e o fortalecimento dos instrumentos disponíveis ao Poder Público e à coletividade. 4738 4739 Parágrafo único. Na implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico, deverão ser considerados: 4740 4741 o Plano Regional Integrado de Saneamento Básico da UGRHI [______], instituído pelo 4742 o Plano da Bacia Hidrográfica [______]. 4743 4744 Art. 3º. Para efeitos desta Lei, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: 4745 4746 4747 abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e 4748 4749 4750 4751 esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações 4752 4753 4754 4755 limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e 4756 4757 4758 4759 drenagem 4760 4761 4762 Art. 4º. O Plano Municipal de Saneamento Básico será considerado para um horizonte de 20 (vinte) anos, devendo ser revisto periodicamente em prazos não superiores a 4 (quatro) anos. 4763 4764 4765 1 . As revisões de que trata o caput deste artigo deverão preceder à elaboração do Plano Plurianual do Município de [______], nos termos do art. 19, § 4º, da Lei nº 11.445/2007. 4766 4767 4768 2 . O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico à Câmara dos Vereadores, com as eventuais alterações, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente. Decreto [______]; e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; e e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. 4769 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2114770 DOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS 4771 4772 4773 Art. 5 . O Plano Municipal de Saneamento Básico tem por objetivo geral promover a universalização do saneamento básico em todo o território de [______], ampliando progressivamente o acesso de todos os domicílios permanentes aos serviços. 4774 4775 4776 Parágrafo único. Para alcançar o objetivo geral de universalização, em conformidade com a ei n 11.445/2007, são objetivos específicos do Plano de Saneamento Básico de [______]: 4777 4778 a garantia da qualidade e eficiência dos serviços, buscando sua melhoria e extensão 4779 4780 a sua implementação em prazos razoáveis, de modo a atingir as metas fixadas no 4781 4782 a criação de meios e instrumentos para regulação, fiscalização, monitoramento e 4783 4784 4785 a promoção de programas de educação ambiental de forma a estimular a 4786 4787 4788 a viabilidade econômico-financeira dos serviços, considerando a capacidade de 4789 4790 Art. 6º. Além dos princípios expressos acima, serão observados, para a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico, os seguintes princípios fundamentais: 4791 integralidade dos serviços de saneamento básico; 4792 disponibilidade dos serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais urbanas; 4793 preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente; 4794 4795 adequação de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais 4796 articulação com outras políticas públicas; 4797 eficiência e sustentabilidade econômica, técnica, social e ambiental; 4798 utilização de tecnologias apropriadas. 4799 transparência das ações; 4800 Controle social; às localidades ainda não atendidas; plano; gestão dos serviços; conscientização da população em relação à importância do meio ambiente equilibrado e à necessidade de sua proteção, sobretudo em relação ao saneamento básico; e pagamento pela população de baixa renda na definição de taxas, tarifas e outros preços públicos. e regionais; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2124801 Segurança, qualidade e regularidade; 4802 Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. 4803 DOS INSTRUMENTOS 4804 4805 4806 4807 Art. 7º. Os programas e projetos específicos, voltados à melhoria da qualidade e ampliação da oferta dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem constituirão os instrumentos básicos para a gestão dos serviços, devendo incorporar os princípios e diretrizes contidos nesta Lei. 4808 4809 4810 4811 Parágrafo único. Os programas e projetos específicos do setor de saneamento básico deverão ser regulamentados por Decretos do Poder Executivo Municipal, na medida em que forem criados, inclusive com a especificação dos recursos orçamentários a serem aplicados. 4812 4813 4814 4815 Art. 8º. A implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, a cargo da Secretaria Municipal de [______], pressupõe a participação dos diversos agentes envolvidos, inclusive os demais órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, operadores dos serviços, associações de bairro e demais entes da sociedade civil organizada. 4816 4817 DA RESPONSABILIDADE DOS AGENTES ENVOLVIDOS COM O SANEAMENTO BÁSICO 4818 4819 4820 Art. 9º. A prestação dos serviços de saneamento básico é de titularidade do Poder Executivo Municipal e poderá ser delegada a terceiros mediante contrato, sob o regime de direito público, para execução de uma ou mais atividades. 4821 4822 4823 § 1º. A delegação da prestação dos serviços de saneamento básico não dispensa o cumprimento, pelo prestador, do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I. 4824 4825 § 2º. Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I. 4826 4827 4828 § 3º. Os contratos mencionados no caput não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e de fiscalização ou o acesso às informações dos serviços contratados. 4829 4830 4831 4832 § 4º. No caso de mais de um prestador executar atividade interdependente de outra, a relação entre elas deverá ser regulada por contrato, devendo entidade única ser encarregada das funções de regulação e fiscalização, observado o disposto no art. 12, da Lei nº 11.445/2007. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2134833 4834 4835 § 5º. Na hipótese de entidade da Administração Pública Municipal ser contratada para a prestação de serviços de saneamento básico nos termos do presente artigo, deverá submeter-se às regras aplicáveis aos demais prestadores. 4836 4837 4838 4839 Art. 10. O Município deverá regular e fiscalizar a prestação dos serviços públicos de saneamento básico, ficando desde já autorizada a delegar essas atividades a entidade reguladora independente, constituída dentro dos limites territoriais do Estado de São Paulo, nos termos do §1º, do art. 23, da Lei nº 11.445/2007. 4840 4841 4842 4843 Parágrafo único. Caberá ao ente regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento básico a verificação do cumprimento do Plano Municipal de Saneamento Básico, Anexo I desta Lei, por parte dos prestadores dos serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais. 4844 4845 Art. 11. Com forma de garantir a implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico são deveres dos prestadores dos serviços: 4846 4847 prestar serviço adequado e com atualidade, na forma prevista nas normas técnicas 4848 4849 prestar contas da gestão do serviço ao Município de [______] quando os serviços 4850 4851 cumprir e fazer cumprir as normas de proteção ambiental e de proteção à saúde 4852 4853 permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, 4854 zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço; e 4855 captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço. 4856 4857 4858 § 1º. Para os efeitos desta Lei, considera-se serviço adequado aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia na sua prestação, bem como a modicidade das tarifas. 4859 4860 § 2º. A atualidade compreende a modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações, a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 4861 4862 4863 Art. 12. Tendo em vista que os usuários diretos e indiretos dos serviços de saneamento básico são os beneficiários finais do Plano Municipal de Saneamento Básico, constituem seus direitos e obrigações: aplicáveis e no contrato, quando os serviços for objeto de relação contratual; forem objeto de relação contratual, e aos usuários, mediante solicitação por escrito; aplicáveis aos serviços; aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço; 4864 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2144865 receber serviço adequado; 4866 4867 receber dos prestadores informações para a defesa de interesses individuais 4868 4869 levar ao conhecimento do Município de [______] e do prestador as irregularidades de 4870 4871 comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos eventualmente praticados na 4872 4873 contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos 4874 V. DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES 4875 4876 4877 4878 Art. 13. Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, as infrações ao disposto nesta Lei e seus instrumentos, cometidas pelos prestadores de serviços, acarretarão a aplicação das seguintes penalidades, pelo ente regulador, observados, sempre, os princípios da ampla defesa e do contraditório: 4879 advertência, com prazo para regularização; e 4880 multa simples ou diária. 4881 4882 4883 Art. 14. A advertência poderá ser aplicada mediante a lavratura de auto de infração, para as infrações administrativas de menor lesividade, garantidos a ampla defesa e o contraditório. 4884 4885 4886 4887 § 1º. Sem prejuízo do disposto no caput, se o ente regulador constatar a existência de irregularidades a serem sanadas, lavrará o auto de infração com a indicação da respectiva sanção de advertência, ocasião em que estabelecerá prazo para que o infrator sane tais irregularidades. 4888 4889 § 2º. Sanadas as irregularidades no prazo concedido, o ente regulador certificará o ocorrido nos autos e dará seguimento ao processo. 4890 4891 4892 § 3º. Caso o autuado, por negligência ou dolo, deixe de sanar as irregularidades, o ente regulador certificará o ocorrido e aplicará a sanção de multa relativa à infração praticada, independentemente da advertência. 4893 § 4º. A advertência não excluirá a aplicação de outras sanções cabíveis. 4894 4895 Art. 15. Para a aplicação da penalidade da multa, a autoridade competente levará em conta a intensidade e extensão da infração. 4896 §1º. A multa diária será aplicada em caso de infração continuada. ou coletivos; que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; prestação do serviço; quais lhes são prestados os serviços. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2154897 2 . A multa será graduada entre R [______] e R$ [______]. 4898 4899 3 . O valor da multa será recolhido em nome e benefício do [______], instituído pela Lei [______] e suas alterações. undo Municipal de 4900 § 4º Para cálculo do valor da multa são consideradas seguinte situações agravantes: 4901 reincidência; ou 4902 quando da infração resultar, entre outros: 4903 a) na contaminação significativa de águas superficiais e/ou subterrâneas; 4904 4905 b) na degradação ambiental que não comporte medidas de regularização, reparação, recuperação pelo infrator ou às suas custas; ou 4906 c) em risco iminente à saúde pública. 4907 VI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 4908 4909 Art. 17. Constitui órgão executivo do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, a Secretaria Municipal de [______], na forma da Lei Municipal [______]. 4910 4911 Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. 4912 Gabinete do Prefeito Municipal de [______], Estado de São Paulo, [______] de 2014. 4913 Prefeito Municipal de [______] 4914 4915 15.3 MINUTA DE DECRETO MUNICIPAL 4916 MINUTA DE DECRETO MUNICIPAL Nº [___________], DE [_______________] 4917 Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico e dá outras providências. 4918 4919 O Prefeito Municipal de [________], Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e 4920 4921 4922 4923 CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010, estabeleceu as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, adotando como princípio fundamental a universalização do acesso aos serviços públicos desse setor; 4924 4925 CONSIDERANDO que o art. 9º, I, da Lei nº 11.445/2007 incumbe ao titular a elaboração dos planos municipais de saneamento básico; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2164926 4927 4928 4929 CONSIDERANDO que a existência dos planos municipais de saneamento básico são condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, bem como da obtenção de recursos financeiros e cooperação técnica para o setor; 4930 4931 4932 CONSIDERANDO que na implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico o Município deverá articular-se com o Estado e a União, sobretudo na busca de financiamento para as ações, projetos, programas e obras; 4933 4934 4935 4936 CONSIDERANDO a necessidade de articulação do Plano Municipal de Saneamento Básico com o Plano Regional de Saneamento Básico da UGRHI [_____], com o Plano de Bacia Hidrográfica, bem como com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de meio ambiente, de saúde e de recursos hídricos; 4937 4938 CONSIDERANDO o disposto na Lei Orgânica do Município de [_____], de [______] e em seu Plano Diretor e respectivas atualizações, 4939 DECRETA: 4940 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 4941 4942 4943 4944 4945 Art. 1º. Na implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, parte integrante deste Decreto, o Município de [______] deverá articular e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para a garantia da execução dos serviços públicos de saneamento básico, em conformidade com os princípios e diretrizes da Lei nº 11.445/2007. 4946 4947 4948 4949 Art. 2º. São diretrizes do Plano Municipal de Saneamento Básico a melhoria da qualidade dos serviços de saneamento básico, a garantia dos benefícios da salubridade ambiental para toda a população, a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado e o fortalecimento dos instrumentos disponíveis ao Poder Público e à coletividade. 4950 4951 Parágrafo único. Na implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico, deverão ser considerados: 4952 4953 o Plano Regional Integrado de Saneamento Básico da UGRHI [______], instituído pelo 4954 o Plano da Bacia Hidrográfica [______]. 4955 4956 Art. 3º. Para efeitos deste Decreto, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: 4957 4958 4959 abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e Decreto [______]; e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2174960 4961 4962 4963 esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações 4964 4965 4966 4967 limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e 4968 4969 4970 4971 drenagem 4972 4973 4974 Art. 4º. O Plano Municipal de Saneamento Básico será considerado para um horizonte de 20 (vinte) anos, devendo ser revisto periodicamente em prazos não superiores a 4 (quatro) anos. 4975 4976 4977 1 . As revisões de que trata o caput deste artigo deverão preceder à elaboração do Plano Plurianual do Município de [______], nos termos do art. 19, §4º, da Lei nº 11.445/2007. 4978 4979 4980 2 . O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico à Câmara dos Vereadores, com as eventuais alterações, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente. 4981 II . DOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS 4982 4983 4984 Art. 5 . O Plano Municipal de Saneamento Básico tem por objetivo geral promover a universalização do saneamento básico em todo o território de [______], ampliando progressivamente o acesso de todos os domicílios permanentes a todos serviços. 4985 4986 Parágrafo único. Para alcançar o objetivo geral de universalização, em observância da ei n 11.445/2007, são objetivos específicos do Plano de Saneamento Básico de [______]: 4987 4988 a garantia da qualidade e eficiência dos serviços, buscando sua melhoria e extensão 4989 4990 a sua implementação em prazos razoáveis, de modo a atingir as metas fixadas no 4991 4992 a criação de meios e instrumentos para regulação, fiscalização, monitoramento e operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; e e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. às localidades ainda não atendidas; plano; gestão dos serviços; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2184993 4994 4995 a promoção de programas de educação ambiental de forma a estimular a 4996 4997 4998 a viabilidade econômico-financeira dos serviços, considerando a capacidade de 4999 5000 Art. 6º. Além dos princípios expressos acima, serão observados, para a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico, os seguintes princípios fundamentais: 5001 integralidade dos serviços de saneamento básico; 5002 disponibilidade dos serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais urbanas; 5003 preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente; 5004 5005 adequação de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais 5006 articulação com outras políticas públicas; 5007 eficiência e sustentabilidade econômica, técnica, social e ambiental; 5008 utilização de tecnologias apropriadas. 5009 transparência das ações; 5010 Controle social; 5011 Segurança, qualidade e regularidade; 5012 Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. 5013 DOS INSTRUMENTOS 5014 5015 5016 5017 Art. 7 . Os programas e projetos específicos, voltados à melhoria da qualidade e ampliação da oferta dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem constituirão os instrumentos básicos para a gestão dos serviços, devendo incorporar os princípios e diretrizes contidos neste Decreto. 5018 5019 5020 Parágrafo único. Os programas e projetos específicos do setor de saneamento básico deverão ser regulamentados por Atos do Poder Executivo, na medida em que forem criados, com a indicação dos recursos orçamentários a serem aplicadas. 5021 5022 Art. 8º. A implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, a cargo da Secretaria Municipal de [______], pressupõe a participação dos diversos agentes envolvidos, conscientização da população em relação à importância do meio ambiente equilibrado e a necessidade de sua proteção, sobretudo em relação ao saneamento básico; e pagamento pela população de baixa renda na instituição de taxas, tarifas e preços públicos. e regionais; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2195023 5024 inclusive os órgãos e entidades da Administração pública Municipal, operadores dos serviços, associações de bairro e demais entes da sociedade civil organizada. 5025 5026 DA RESPONSABILIDADE DOS AGENTES ENVOLVIDOS COM O SANEAMENTO BÁSICO 5027 5028 5029 Art. 9 . A prestação dos serviços de saneamento básico é de titularidade do Poder Executivo Municipal e poderá ser delegada a terceiros mediante contrato, sob o regime de direito público ou privado, para execução de uma ou mais atividades. 5030 5031 5032 § 1º. A delegação da prestação dos serviços de saneamento básico não dispensa o cumprimento, pelo prestador, do Plano Municipal de Saneamento Básico, contido no Anexo I. 5033 5034 § 2º. Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o Plano Municipal de Saneamento Básico, contido no Anexo I. 5035 5036 § 3º. Os contratos não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e de fiscalização ou o acesso às informações dos serviços contratados. 5037 5038 5039 5040 § 4º. No caso de mais de um prestador executar atividade interdependente de outra, a relação entre elas deverá ser regulada por contrato, devendo entidade única ser encarregada das funções de regulação e fiscalização, observado o disposto no art. 12, da Lei nº 11.445/2007. 5041 5042 5043 § 5º. Na hipótese de entidade da Administração Pública Municipal ser contratada para a prestação de serviços de saneamento básico nos termos do presente artigo, deverá submeter-se às regras aplicáveis aos demais prestadores. 5044 5045 5046 5047 Art. 10. O Município, como vistas a garantir a regulação e a fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico, fica desde já autorizado delegar essas atividades a entidade reguladora independente, constituída dentro dos limites territoriais do Estado de São Paulo, nos termos do §1º, do art. 23, da Lei nº 11.445/2007. 5048 5049 5050 5051 Parágrafo único. Caberá ao ente regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento básico a verificação do cumprimento do Plano Municipal de Saneamento Básico, Anexo I deste Decreto, por parte dos prestadores dos serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais. 5052 5053 Art. 11. Com forma de garantir a implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico são deveres dos prestadores dos serviços: 5054 5055 prestar serviço adequado e com atualidade, na forma prevista nas normas técnicas aplicáveis e no contrato, quando os serviços for objeto de relação contratual; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2205056 5057 prestar contas da gestão do serviço ao Município de [______] quando os serviços 5058 5059 cumprir e fazer cumprir as normas de proteção ambiental e de proteção à saúde 5060 5061 permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, 5062 zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço; e 5063 captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço. 5064 5065 5066 § 1º. Para os efeitos deste Decreto, considera-se serviço adequado aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia na sua prestação, bem como a modicidade das tarifas. 5067 5068 § 2º. A atualidade compreende a modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações, a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 5069 5070 5071 Art. 12. Tendo em vista que os usuários diretos e indiretos dos serviços de saneamento básico são os beneficiários finais do Plano Municipal de Saneamento Básico, constituem seus direitos e obrigações: 5072 receber serviço adequado; 5073 5074 receber dos prestadores informações para a defesa de interesses individuais ou 5075 5076 levar ao conhecimento do Município de [______] e do prestador as irregularidades de 5077 5078 comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos eventualmente praticados na 5079 5080 contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos 5081 IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 5082 5083 Art. 13. Constitui órgão executivo do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, a Secretaria Municipal de [______], na forma da Lei Municipal [______]. forem objeto de relação contratual, e aos usuários, mediante solicitação por escrito; aplicáveis aos serviços; aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço; coletivos; que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; prestação do serviço; quais lhes são prestados os serviços. 5084 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2215085 5086 Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. 5087 Gabinete do Prefeito Municipal de [______], Estado de São Paulo, [______] de 2014. 5088 Prefeito Municipal de [______] 5089 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Produto 6 (P6) - Proposta de Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Vargem Grande do Sul ENGECORPS 1222-SSE-41-SA-RT-0006 -2225090 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5091 5092 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA USP. Biófito consume gás de efeito estufa em aterro sanitário. Disponível em <http://www.usp.br/agen/?p=106679>. Acesso em out. 2013. 5093 5094 AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA. 2005. Disponibilidade e demandas de recursos hídricos no Brasil. Brasília. Cadernos de Recursos Hídricos. 134 p. 5095 5096 ALMEIDA, F.F.M.. Fundamentos geológicos do relevo paulista. Boletim do Instituto Geográfico e Geológico, v. 41, p. 169-263. 5097 5098 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 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