complexo da mangueira
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complexo da mangueira
ELABORAÇÃO DE PROJETOS E ORÇAMENTOS PARA MELHORIAS URBANAS E HABITACIONAIS - PAC 2 EMOP - EMPRESA DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMPLEXO DA MANGUEIRA DIAGNÓSTICO [emissão] REV 03 – 09/11/2012 CONTRATANTE EMOP - EMPRESA DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO [Presidente ] ÍCARO MORENO [Diretor de Planejamento e Projeto] MARCO ANTONIO MARINHO [Coordenação Geral] RUTH JURBERG [Fiscalização de Projetos] CÁTIA CASTRO [Arquitetura] PAULO EDUARDO MURAD [Instalações Prediais e Especiais] JOSÉ ENYGDIO DE OLIVEIRA FILHO [Estrutura] VALDIR COUTO DA COSTA [Geotecnia] WANDERSON FERNANDES DA SILVA [ Orçamento de Obras] CONTRATADA MPU - METRÓPOLIS PROJETOS URBANOS LTDA [Coordenadora do Projeto] ANA LUIZA SAMPAIO, Arq. [Coordenador de Infraestrutura] EDUARDO DE CAROLIS, Eng. [Gerência de Contrato] HAMILTON CASÉ Índice 1. INTRODUÇÃO 2. LOCALIZAÇÃO E SITUAÇÃO 2.1. Localização no Município 2.2. Situação Geográfica/Topográfica 2.3. Delimitação, Setorização e Inserção da Favela no entorno 2.4. Identificação de Bacia, Sub-bacia e micro-bacia 2.5. Legislação existente para a área, zoneamento, PA e Faixas de Domínio 2.6. Projetos Especiais existentes na área 3. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO E ASPECTOS CULTURAIS 4. ESTRUTURA URBANA 4.1. Abastecimento de Água 4.2. Esgotamento Sanitário 4.3. Drenagem 4.4. Coleta e Remoção de Lixo 4.5. Energia Elétrica e Iluminação Pública 4.6. Sistema Viário e de circulação interna existente 4.7. Disponibilidade de Transportes Urbanos 4.8. Serviços e equipamentos Sociais existentes 4.9. Áreas Esportivas e de Lazer 4.10. Uso e Ocupação de solo 4.11. População 4.12. Obras e Intervenções em curso realizadas por Órgãos Públicos 5. MEIO AMBIENTE 5.1 Introdução 5.2 Caracterização ambiental meio físico 5.2.1 Geologia e Recurso Minerais 5.2.2 Geomorfologia 5.2.3 Drenagem e Bacias 5.3 Caracterização Geotécnica 5.4 Vegetação 5.5 Insalubridade 5.5.1 Lixo 5.5.2 Esgoto 5.6 Legislação Ambiental 6. CONCLUSÃO 7. FONTES DE PESQUISA E BIBLIOGRAFIA ANEXO 1. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ANEXO 2. LEGISLAÇÃO ANEXO 3. PAA/PAL ANEXO 4. MAPAS ANEXO5. SITUAÇÃO FUNDIÁRIA / CERTIDÕES 1 INTRODUÇÃO O Relatório de Diagnóstico identifica a situação atual da comunidade, no que diz respeito à organização espacial e usos sociais, infra-estrutura existente e nível de atendimento bem como às necessidades de serviços públicos e problemática ambiental. A metodologia seguida para a coleta de dados implica numa micro-organização de gestão visando que o conjunto de informações resultantes conduza a conclusões capazes de servir como embasamento para a elaboração do Plano de Intervenção. Os levantamentos de campo foram executados de maneira detalhada e com ampla cobertura fotográfica das condições das diferentes áreas da comunidade e complementados com consultas aos diversos órgãos concessionários de serviços públicos. Os dados levantados foram representados graficamente em pranchas que abordam aspectos urbanísticos, infra-estruturais, geotécnicos e ambientais. O Complexo da Mangueira se encontra localizado no bairro de mesmo nome, tendo como principal corredor de acesso, a Avenida Visconde de Niterói. Seu sistema viário possui quatro acessos carroçáveis (Rua Jupará, Rua Saião Lobato e Rua Poteri e Rua Bartolomeu de Gusmão) e vias internas (Rua Icaraí, Rua dos Mineiros e Rua dos Baianos) que estruturam, com uma permeabilidade deficiente, a malha viária da favela. A favela apresenta áreas de intensa ocupação na parte baixa e também na parte alta por se tratar de um morro com altura não superior a 100m. Possui uma delimitação bem definida. A diversidade de ocupações e o variado padrão construtivo das edificações indicam que a comunidade, apesar de ser bastante antiga, possui áreas relativamente recentes de ocupação desordenada, tais como a Vila Esperança e o Parque Candelária. Os aspectos de saneamento básico apresentam graves carências relativas ao esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais, abastecimento de água e coleta de lixo. A localidade considerada mais precária em relação a todos os serviços públicos estruturais e padrão de moradia é o Caboclo. É a localidade mais recente, com cerca de oito anos. Em relação ao abastecimento de água as localidades de Três Tombos e Olaria são consideradas as com maiores problemas e a Travessa Salobra e a localidade de Três Tombos são as com maiores problemas em esgotamento sanitário. A Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba da cidade, é responsável pela principal manifestação cultural da comunidade "verde e rosa", mas ela não tem relação com a comunidade, nem tem nenhum projeto que inclua os moradores. A Vila Olímpica se constitui no maior centro das atividades de lazer e esportes, atendendo hoje crianças do Complexo e adjacências. Atualmente há também deficiências quanto ao atendimento de educação, saúde, assistência social, lazer e serviços, que devem merecer especial atenção na elaboração do Plano de Intervenção. 2 LOCALIZAÇÃO E SITUAÇÃO 2.1. LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO O Complexo da Mangueira está situado no bairro de Mangueira, na VII Região Administrativa, São Cristóvão, e pertence à Unidade Espacial de Planejamento - UEP – 05. A VII R.A. possui de acordo com o Censo de 2010, uma população residente em favelas de 40.250 pessoas, correspondendo a 2,8% da população favelada total da cidade. Localizado na zona central da cidade o Complexo da Mangueira é constituído pelo Morro da Mangueira (Chalé e Buraco Quente e Olaria), Morro dos Telégrafos (Vila esperança, Telégrafos e 1 Três Tombos), Morro da Candelária (Pedra, Caboclo, Parque Candelária e Bartolomeu Gusmão) e uma área que está fora da AEIS - Área de Especial Interesse Social, que se chama Loteamento. (ver MAPA 1706-LV-URB-01-R01 no Anexo 4). O Complexo está inserido na Área de Planejamento 1 – AP 1, e seus limites são: Ao Norte: o Bairro de Benfica A Nordeste e Leste: o Bairro de São Cristovão Ao Sul: o Bairro do Maracanã A Sudoeste e Oeste: o Bairro de São Francisco Xavier Delimitação da área de intervenção e seus limites 2.2. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E TOPOGRÁFICA O Complexo da Mangueira está situado no entorno da coordenada 43o14'W e 22o54'S, dentro do Município do Rio de Janeiro, ocupando o Morro dos Telégrafos, seguimento da Serra do Engenho Novo, fazendo parte da formação da Serra do Mar, em um divisor que se desenvolve na direção da Baía da Guanabara. Situando-se em um divisor extremo, sua cota máxima é de 120m. Como referencial podemos citar o Corcovado com 701m de altitude, e o Dona Marta com 362m. Assim sendo, encontramos uma ocupação densa até o seu cume. 2.3. DELIMITAÇÃO E INSERÇÃO DA COMUNIDADE NO ENTORNO O Complexo da Mangueira faz limite com os bairros de São Cristovão, Benfica, Maracanã, Vila Isabel e São Francisco Xavier. O morro dos Telégrafos localiza-se na parte mais alta do Complexo da Mangueira e está limitado pela área de Tiro do Exército na linha de cumeeira do morro. Limita-se também com o Parque da 2 Candelária pela Travessa São Pedro, num local denominado “Pedra”; e com a Mangueira por um muro de contenção. Há um tempo atrás essa identificação dos limites territoriais era mais clara. Hoje já que existe uma só associação de moradores, essa delimitação se faz por localidades dentro dos morros. O Morro do Telégrafo possui dois acessos principais, ambos pela Rua Ana Neri, seguindo pela Rua Abdon Milanez ou pela Rua Diaz da Silva, se têm acesso à Rua Jupará, uma via interna da comunidade. Ele pode ser dividido em três localidades: Três Tombos, limitado pela Rua Domingos Ferreira a leste, a quadra da Poló a oeste, a Rua Saião Lobato à sul, e o prédio do IBGE e a Faetec a norte; Telégrafos no centro do Morro, próximo ao campinho, na área mais alta do Morro e Vila Esperança, chamada anteriormente de Vila Esperança, situada no limite leste do Morro. O Morro da Mangueira pode ser dividido em três localidades: Chalé, localizado próximo a área conhecida como Loteamento; Buraco Quente, localizado na área no entorno da Rua Saião Lobato onde se localiza também a Associação de Moradores e onde se localizam as festas organizadas por ela; e Olaria, no entorno da Quadra da Mangueira, e onde se localiza a creche Vovó Lucíola. O Morro da Candelária é limitado pela Rua Bartolomeu de Gusmão, tendo a Escola Estadual Professor Ernesto de Faria, na Avenida Visconde de Niteroi, e o Batalhão Policial como vizinhança imediata. É também possível identificar três localidades: Parque Candelária, área mais próxima de vias carroçáveis e da praça onde está localizada a sede da UPP - Unidade de Policia Pacificadora; Caboclo, área localizada bem no centro do Morro da Candelária e Pedra, área localizada junto à caixa d água. Localizada na encosta do Morro dos Telégrafos, o Complexo ocupa uma área de 45 ha, delimitando-se em toda a sua extensão com a Avenida Visconde de Niterói. Delimitação da área de intervenção e subdivisões do Complexo da Mangueira 3 2.4. IDENTIFICAÇÃO DE BACIA, SUB-BACIA E MICROBACIA O Morro dos Telégrafos é o divisor de duas macrobacias que desembocam na Baia da Guanabara. Ao Sul e Nordeste temos as bacias dos Rios Maracanã, Joana e Cachorros que caminham em direção ao canal da Av. Francisco Bicalho. O afluente que recebe o "runoff" do Complexo é o Rio Joana. Ao Norte temos as bacias dos Rios Faria, Timbó e Jacaré, que deságuam na baía da Guanabara pelo canal do Cunha. O afluente receptor direto do escoamento gerado pela parte norte do Complexo é o Rio Jacaré. Na área em estudo temos cinco micro bacias hidrográficas com escoamento superficial definido, isto é, com talvegs. Quatro destas correm em direção Sul, sendo coletadas pelo Rio Joana e seu afluente Rio dos Cachorros. A outra corre em direção ao Rio Jacaré e segue em direção ao Canal do Cunha. 2.5. LEGISLAÇÃO EXISTENTE PARA A ÁREA, ZONEAMENTO E PROJETOS DE ALINHAMENTO Dentro do preconizado pelo Plano Decenal do Município do Rio de Janeiro, as comunidades do Complexo da Mangueira estão inseridas no contexto da abrangência do PEU de São Cristóvão, Lei Complementar nº 73 de 29 de Julho de 2004, que redefiniu os parâmetros de Uso e Ocupação do Solo na região; bem como, na da Lei Complementar nº 24 de 19 de Novembro de 1993, que define os limites e parâmetros da APAC de São Cristóvão. A área de estudo é objeto específico da Lei nº 2811 de 15 de Junho de 1999, que delimitou a Área de Especial Interesse Social para o Morro dos Telégrafos, Mangueira e Parque Candelária. Pela Lei de Zoneamento do Rio de Janeiro, encontram-se na área de estudos porções do território definidos como Zona Mista 1 (ZUM 1-SC), Zona Residencial 2 (ZR2-SC) , Zona Residencial 3 (ZR3-SC), Zona Industrial 1 (ZI1-SC) e na Zona de Conservação Ambiental (ZCA-SC), revelando a possibilidade de convivência de diferentes usos na região.(Ver anexo 2 e MAPA 1706-LV-URB02-R01) Os limites entre as áreas privadas e os logradouros públicos da área de estudo são integralmente definidos pelo PAA 3642. Entretanto, alguns trechos na Avenida Visconde de Niterói, principal logradouro de acesso, são definidos por diferentes diplomas, conforme listado a seguir (ver anexo 4): • do n°: 728 ao 1140 - PAA 9013; • do n°: 706 até 280m após a ponte - PAA 8355; • do n°: 132 ao 330 - PAA 8324; e, • do n°: 1112 ao 1364 - PAA 6046. 2.6. PROJETOS ESPECIAIS EXISTENTES NA ÁREA As comunidades do Complexo da Mangueira são beneficiadas pela existência de vários trabalhos desenvolvidos por diversas instituições, quer sejam ONGs ou OCIPS, que desenvolvem diferentes projetos que atendem tanto aos moradores das comunidades quanto o entorno. As principais características dos projetos existentes neste momento estão descritas no quadro apresentado a seguir: 4 INSTITUIÇÃO Instituto Sociocultural Batuque Favela Mangueira/ Batuque Favela CCRAU - Casa de Cultura e Referência AfroUrbana Centro Cultural Cartola Associação Meninas e Mulheres do Morro Casa da Arte de Educar OBJETIVO FORMA DE FINANCIAMENTO Desenvolver atividades culturais de formação critica e de formação do cidadão junto aos Através de doações e parcerias moradores da comunidade onde está sediada. Proporcionar através da cultura e ações sócio-educativas a quebra de paradigma cultural. A partir de uma abordagem direcionada às famílias da comunidade com a Doações e Parcerias finalidade de preparar o indivíduo na sua busca por um lugar na sociedade como um cidadão pleno, consciente de todos os seus direitos e deveres Desde 2003, o Centro Cultural ocupa uma área de sete mil metros quadrados, em um prédio cedido pelo Ministério da Cultura. Após ser classificado pelo Ministério da Cultura, em 2009, como um Pontão de Desenvolve atividades de fortalecimento do Memória das matrizes do samba do exercício da cidadania junto a jovens do Rio de Janeiro (samba de terreiro, Morro da Mangueira e adjacências, na cidade partido-alto e samba-enredo), foi do Rio de Janeiro. Tendo a arte como preciso realizar algumas adaptações principal ferramente para este trabalho de infra-estrutura na instituição para instalar o Centro de Documentação e Pesquisa do Samba. A Petrobras, desde então, patrocina a reforma do telhado e da área física destinada a abrigar o acervo. Tem como meta criar oportunidades transmitindo valores, e que a comunidade e o entorno crie um sentimento de pertencimento com o espaço. Para que crianças, adolescentes, jovens/adulto e mulheres Doações e Parcerias possam se desenvolver plenamente como cidadãos visando seu futuro, fazendo disto um meio de transformação do seu ambiente social. Desenvolver projetos na área da educação e cultura, capazes de garantir a conclusão dos ensinos fundamental e médio à crianças, Parcerias jovens e adultos moradores das comunidades populares. PARCEIRAS Não. O presidente informou que a sede da ONG foi construída com o apoio da associação de moradores. TIPO DE TRABALHO Voluntários A entidade busca parcerias para desenvolver suas atividades. Atualmente, conseguiu junto ao CRAS o Voluntários fornecimento de lanches diários para as crianças que participam de seus projetos. Projeto Social Um Dia Feliz Petrobrás - Governo Federal - CAC (UERJ) - Instituto C&A Projeto Criança Esperança Conexão Leitura - Nova América Jr (Tecnologias e Sistemas) - Sonhar Acordado Tear ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PÚBLICO Curso de Cidadania, Capoeira, Música: Teclado, Cavaco, Percussão, Bateria, Baixo, Aulas de Dança Afro, Street Dance, entre outros. Jovens e crianças do Complexo da Mangueira. Total de 120 pessoas. Oferece as seguintes atividades: suporte educacional, oficinas de capoeira, coral do canto da capoeira, dança de salão, samba de raiz, entre outras Crianças e Jovens da Mangueira Moradores da Favela e Entorno. São atendidos um O espaço realiza oficinas de teatro, Funcionários dança, música, poesia, esporte, eventos público que vai assalariados sócio-educativos e pesquisas de cultura desde crianças à terceira Idade, num popular. total de 400 inscrições. As ações são voltadas para arte educação, leitura, cultura e cidadania e sempre nos apropriando de novos recursos tecnológicos e metodológicos. Oficina de Customização e Oficina de Artes Integradas (Arte Educação) com a Customização Moradores da Favela: crianças, adolescentes, jovens/adultos e mulheres Sim: Petrobras, SulAmérica, Ponto da Cultura, Cultura Cine, Mantém atividades de Educação Sec.de Estado da Cultura, Integral, Educação de Jovens e Adultos Ministério da Cultura, Ministério Crianças da Funcionários e investe também na Pesquisa, da Educação, Conselho comunidade Assalariados buscando contribuir para a qualificação Municipal de Direitos da da educação pública brasileira. Criança e do Adolescente, Childhood, Construir, Rede Folha. 5 INSTITUIÇÃO OBJETIVO FORMA DE FINANCIAMENTO PARCEIRAS ”MCA” Mangueira Comunidade em Atividade A MCA tem como missão à prevenção ao risco social de crianças e adolescente, a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para adolescentes e adultos e, Recursos provenientes de parcerias principalmente, o compromisso com o resgate e a consolidação da cidadania em qualquer faixa etária. Instituto Nova Chance Usar a Educação para oferecer mais Conhecimento e Capacitação Profissional. Contribuindo para ampliar a visão de mundo, despertar talentos, autoconfiança e potencialidades. Contribuir para o bem estar do Ser Humano, atuando nas áreas; Educacional, Saúde Doações/ Parcerias Física/Mental, Profissional e Social. Promover a geração de trabalho e renda comunitária, através do ensino de práticas produtivas cooperativistas e associativas. Produzir, Divulgar e Comercializar Produtos e Serviços, em parceria com as comunidades situadas em áreas de risco social. Dynamics, ACIM, Botafogo F. R. Dpto Esportes de Praia, Logan Tecnologia, Cruz Vermelha Escola Zico 10 Descoberta de novos talentos e resgaste da cidadania de jovens moradores de comunidades carentes. Secretaria de Estado de Esporte e Lazer através do projeto Rio 2016 Parcerias Coca Cola, Light TIPO DE TRABALHO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PÚBLICO Projeto Coletivo Coca Cola, Reciclagem/Educação Ambiental, FOLIA DE REIS – Membros do Morro da Mangueira, N.A- GRUPO DE NARCÓTICOS ANÓNIMOS, A.A Complexo da GRUPO DE ALCÓOLICOS Mangueira e ANÔNIMOS, M.V – MANGUEIRA entorno VESTIBULAR - Atende atualmente a 60 alunos da mangueira e comunidade satélites ATIVIDADES ESPORTIVAS: Capoeira – prof. Batman e Luta-livre prof. Charles A Nova Chance atua com projetos na Mangueira e no Tuiuti. A ONG administra o espaço do Campo da A equipe Pedreira no Parque da Candelária. atual afirma Oferece as seguintes atividades: que todos os Escolinha de Futebol, Balé, Dentista, Moradores da professores Fisioterapia, Reforço Escolar, entre Mangueira e Tuiuti atuam outras atividades pontuais. A entidade voluntariame está se estruturando na nova sede no nte. Tuiuti e busca parceiros para desenvolver cursos profissionalizantes e outras atividades. Prática orientada de futebol Sim. Público entre crianças e idosos Arte Carioca Parceria com Instituto Nandoviver Não num total de 20 inscritos. Não. As aulas de reforço escolar e o cineminha são as De 2005 a 2011, a ONG ArtCult se manteve por doações e Dentro do Projeto Brahma Comunidade: atividades que mais Sim. A antiga Alcooa, local Incentivar e promover práticas de inclusão concentram a comprometimento dos integrantes. No Oficina de funilaria, futebol unissex e onde acontece a ofcina de social, através da capacitação profissional, da participação das final de 2011 a instituição ganhou o aula de artesanato ecológico. Fora do funilaria, e o Campo da ArtCult cultura, da geração de emprego e renda, do crianças da favela, edital Brahma Comunidade e terá projeto: reforço escolar e incentivo a Pedreira, onde acontece o combate à fome e à miséria, da educação e mas a oficina de condições de se manter de forma leitura (Semeando o futuro), e o futebol do esporte. funilaria, por patrocinada durante todo o ano de Cineminha para crianças. exemplo, tem gente 2012. dos bairros próximos. Os alunos aprenderão técnicas que Pretende qualificar 450 moradores da A ong Batuque Favela, a qual visam à reciclagem de tecidos de Apenas moradores comunidade mangueirense em técnicas de É uma iniciativa da Secretaria São roupas usadas, para transformá-los em da comunidade, de Projeto EcoModa cedeu o espaço para realização costura, modelagem, desenhos e ilustração, Estadual do Meio Ambiente. remunerados novas peças de vestuário e em 16 anos em diante do projeto na comunidade. bordado, serigrafia e designer de acessórios acessórios. Dança de Salão e reforço escolar. A última atividade é realizada via parceria com o Instituto Nandoviver 6 3. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO E ASPECTOS CULTURAIS 3.1. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO A comunidade da Mangueira começou o seu processo de ocupação no final do século XIX a partir de alguns barracos nas terras do Visconde de Niterói, e hoje é considerada a terceira favela mais antiga da cidade, tendo sido precedida apenas pelos morros da Providência e de Santo Antônio. Essa região por ser o ponto mais alto e mais próximo do Palácio da Quinta da Boa Vista, foi escolhida pela família imperial para a construção da primeira Rede de Sistema Telegráfico do Brasil e a partir disso passou a ser conhecida como morro dos Telégrafos. Pouco depois, foi instalada ali uma fábrica que produzia chapéus chamada Fábrica de Fernando Fraga, mas em pouco tempo passou a ser conhecida como “fábrica das mangueiras”, pois a área era uma das principais produtoras de mangas do Rio de Janeiro. Não demorou muito para que a fábrica mudasse o nome para Fábrica de Chapéus Mangueira. O nome era tão forte que em 1889, quando foi inaugurada a Central do Brasil, a estação, que ficava vizinha ao morro, foi chamada de Estação Mangueira e a elevação ao lado da linha férrea também começou a ser chamada de Mangueira, oficializando o nome do lugar. O nome Telégrafos permaneceu apenas para identificar uma parte do morro. O exército tinha o domínio de grande parte da área plana próxima à Quinta da Boa Vista e inclusive o morro dos Telégrafos. No período da Primeira Guerra Mundial, ele foi decretado como área de Segurança Nacional por estar próximo à Baía de Guanabara e por ser considerado um ponto estratégico de defesa. Após a guerra, o Exército permitiu que muitos soldados que serviam nos quartéis adjacentes e que moravam distante, construíssem ali suas moradias. Alguns portugueses sitiantes próximos começaram também a ocupar espaços no morro, onde criaram pequenos lotes e construíram diversos barracos, que eram alugados. Posteriormente foram vendidas as benfeitorias construídas pelos próprios portugueses. Esta era uma prática que ocorreu em diversos pontos do Complexo. Nas proximidades da área conhecida como Candelária havia uma olaria que exerceu um papel importante na vida dos moradores daquela região, pois muitos eram seus operários e com o objetivo de expandir seus galpões, mandaram derrubar vários barracos com o apoio do exército. Expulsos, os moradores começaram a ocupar a parte mais elevada do morro. O nome Parque da Candelária surgiu nos anos 50 quando o exército cedeu alguns terrenos à Irmandade da Matriz de Nossa Senhora da Candelária que, não tendo sido utilizados pela Igreja, começaram a ser ocupados. Posteriormente, foi fundado nas proximidades do Parque Candelária, o Esporte Clube Cerâmica iniciativa do administrador da olaria, residente no morro, e que contou com a colaboração pioneira dos moradores. O campo de futebol, além dos torneios, era utilizado para os ensaios da Escola de Samba e outras festividades, principalmente a junina. Outros eventos contribuíram para a ocupação do morro, tais como a remoção dos moradores da favela do esqueleto estrutural dos prédios da UERJ que por iniciativa do governo do estado a grande maioria foi transferida para Vila Kennedy e Vila Aliança, porém muitas famílias que não aceitaram foram para o Complexo. E a reintegração de posse do terreno denominado Loteamento Julles Rimet. O seu proprietário decidiu lotear a área e muitos moradores que não puderam adquirir o imóvel passaram a ocupar a parte mais elevada do morro conhecida como Chalé. A origem do nome deve-se à construção de um chalé de madeira em cima de um barraco, o que chamou muito a atenção dos moradores na época quando só existiam barracos de estuque e zinco. Hoje no local foi construída uma casa de alvenaria. Este tipo de construção começou a ser utilizada aproximadamente na década de 1950. Os principais acessos ao chalé chamavam-se Santo Antônio e Farias. O Sr. Farias foi um dos proprietários de grande influência na comunidade. A Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira fundada em 1928 por Cartola, Carlos Cachaça e outros sambistas, recebeu o nome por causa da estação de trem, e teve as cores verde e rosa identificadas como a cor da escola de samba em homenagem a um rancho que existia no bairro de Laranjeiras, chamados Os Arrepiados. 7 3.2. ASPECTOS CULTURAIS Os primeiros movimentos de organização social no Complexo da Mangueira surgiram em torno de manifestações artísticas, como a música e o carnaval. Os blocos carnavalescos e as rodas de samba deram origem à escola de samba. Em 28 de abril de 1928 foi fundada a Estação Primeira de Mangueira pelos sambistas Cartola, Carlos Cachaça, Zé Espinguela e Saturnino Gonçalves, entre outros. O nome e as cores – verde e rosa – foram escolhidos por Cartola, que foi também o compositor do primeiro samba e primeiro diretor da Ala dos Compositores. Os fundadores e organizadores da escola costumavam se encontrar nas biroscas à noite. Ali era o momento de inspiração e os sambas de partido alto começavam a surgir. Os sambas eram sempre de improviso no estilo repentista até no desfile na avenida. As letras, as músicas reproduzidas nos poucos instrumentos (havia apenas 1 surdo) e o movimento compassado do corpo com os pés, o "gingado", o "requebrado" e a cadência do samba iam nascendo espontaneamente principalmente naqueles que sempre encontravam tempo para extravasar seus sentimentos e manifestar os problemas e dificuldades do morro no seu dia a dia. Segundo informações, os ensaios transcorriam em clima descontraído e saudável até na disputa da escolha do samba enredo. Havia maior participação, entrosamento e interesse de todos os moradores pela sua melhor apresentação no desfile, até quando ela começou a assumir outra dimensão com uma nova estrutura física e administrativa. Acredita-se que esta mudança deve ser um reflexo de todo o processo de transformação que vem na própria concepção e estrutura dos desfiles das escolas de Samba onde estão em jogo diversos interesses. Percebe-se claramente pelas manifestações dos líderes comunitários que estas alterações vêm se refletindo nas relações internas entre seus dirigentes e a comunidade. A Estação Primeira alçou a Mangueira ao mundo, por conferir a ela status de patrimônio cultural e local de nascimento ou moradia de grandes poetas do samba. A comunidade também consolidouse na cena carioca, como berço rico em cultura, criatividade e força para superar as dificuldades (poucos recursos, repressão policial e atuação do tráfico), sem deixar que suas manifestações culturais desaparecessem. Isso foi possível por intermédio de iniciativas pessoais, coletivas e institucionais, ao serem implantados diversos projetos sociais direcionados à população local. Por ser referência no cenário cultural carioca, fica evidente o sentimento de orgulho por parte dos moradores em pertencer à Mangueira. Para eles significa muito mais que apenas habitar uma favela ou ser filiado a uma escola de samba; significa pertencer a um grupo social rico em seus valores e culturas. Em relação ao surgimento das associações de moradores, a primeira Associação surgiu na Candelária em 14 de julho de 1968. No ano seguinte foi criada a do morro dos Telégrafos. Os moradores da Mangueira criaram a União de Moradores da Mangueira Pró Urbanização em 07 de agosto de 1971, e em 8 de junho de 1994 a Associação do Chalé foi fundada. Já há bastante tempo foram unificadas as associações, porém os atuais administradores não sabem informar quando foram unificadas. A presidente e a vice-presidente atuais estão exercendo o mandato desde fevereiro desse ano. A atual presidente se chama Sra. Ana Lúcia Modesto de Almeida e sua vice a Sra. Carla Regina Durso Silva. As sedes das associações ficam nos seguintes locais: • Buraco Quente: Travessa Saião Lobato n°23 tel: 2204-0078 • Telégrafo: Rua Bento Ribeiro n°1 tel: 2204-0168 • Candelária: Rua Bartolomeu de Gusmão n°1.100 tel: A associação tem como objetivo principal resolver os problemas do Complexo. Para isso ela busca alternativas de solução para os problemas junto aos órgãos públicos. A administração da Associação indica que é necessário entrar em contato diretamente com o subprefeito do Centro, Sr. Luis Claudio, responsável pela área, e que ele encaminha o que deve ser 8 feito para a SECONSERVA - Secretaria de Conservação, que coordena a Comlurb, a Rioluz, entre outras. A Associação organiza eventualmente eventos na comunidade, como no dia dos pais, dia das mães, Natal, etc. Nessa festas geralmente é contratado um caminhão de som e é feita distribuição de brindes para as crianças, a partir de patrocínio de alguma empresa. Com a entrada da UPP - Unidade da Policia Pacificadora em junho de 2011, foi estabelecido que os bailes deveriam acabar às 02:00hs. Essa limitação fez com que a Associação proibisse os bailes, já que ficaria muito difícil cumprir essa ordem. Até dois anos atrás existia uma rádio comunitária na Associação, que foi desativada quando o Bope entrou para iniciar a pacificação. Existe projetos para legalizá-la e reativá-la. 4. ESTRUTURA URBANA A Comunidade do Morro da Mangueira já foi contemplada por diversos programas de investimento público como Prosanear da CEDAE, Favela Bairro e Mutirão da Prefeitura do Rio. Os investimentos foram feitos a mais de 10 (dez) anos e desde então a comunidade não vem recebendo atenção do poder público no que tange a operação e a manutenção dos sistemas implantados no passado. Com isto, todos os sistemas de infraestrutura como abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, iluminação pública, energia elétrica e pavimentação estão funcionando precariamente necessitando de uma atenção para devolver a população local um mínimo de qualidade de vida esperada pelas pessoas. 4. 1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA Este relatório tem por objetivo apresentar a situação atual das estações elevatórias de água, dos reservatórios, das redes de distribuição e seu estado de conservação. Atualmente o morro da Mangueira possui quatro estações elevatórias, duas delas abastecem em marcha as partes mais baixas da comunidade e as outras duas recalcam para dois reservatórios localizados na parte mais alta do morro. Ver Mapa 1706-LV-SAG-01-R02 no anexo 4. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS CANDELÁRIA A estação elevatória da Candelária possui um conjunto motor-bomba Mark tipo HV3/13G, com potência de 30 CV e rotação de 3500 rpm, abastece em marcha a parte mais baixa do Morro da Candelária e o conjunto habitacional, com manobras no sistema, onde cada área é abastecida em dias alternados. A pressão de recalque é de 54 m.c.a e a vazão recalcada é de 33 m3/h. A retaguarda dessa estação elevatória é uma cisterna semi enterrada em concreto armado. Atualmente esta estação elevatória está implantada na Rua Gusmão, 1100, a edificação que abriga o conjunto motor-bomba está dentro de um terreno murado, juntamente com outras residências, compartilhando o mesmo uma área de terreno comum as outras residências, o acesso é através de um portão comum a todas as residências e a estação elevatória. A estação elevatória está implantada sobre a cisterna, seu estado de conservação é bem precário, a parte civil não possui emboço nem telhado, as portas e janelas estão em péssimo estado. O painel elétrico e de comando está em péssimo estado e fora das normas técnicas preconizadas pela CEDAE, o disjuntor está exposto e a fiação está desordenada com várias emendas. A bomba está em razoável estado de conservação, o barrilete é em ferro galvanizado e está em péssimo estado de conservação. 9 GUILHERME GUINLE (TELÉGRAFO) A estação elevatória é do tipo booster está implantado na Rua Visconde de Niterói em frente ao Hospital Pestalozzi, possui conjunto motobomba Ingersol tipo 3X2X8, rotor 8”, potência de 30 CV e rotação de 3550 rpm. A pressão de recalque é de 90 m.c.a e a vazão recalcada é de 72 m3/h, com pressão de retaguarda de 10 mca. Abastece a parte baixa do Morro do Telégrafo com regime de abastecimento em marcha, além de ruas do entorno (rua Prata, Jupará, Viriato, Vigario Moraes). O estado de conservação é considerado bom, assim como o painel elétrico instalado no poste. VISCONDE DE NITERÓI (ICARAI NOVA) A estação elevatória possui conjunto motor-bomba do tipo Ingersol modelo 3DBE103, rotor 9”, potência instalada de 60 CV com rotação de 3500 rpm. A pressão de recalque é de 110 m.c.a e a vazão recalcada é de 65 m3/h, com pressão de retaguarda de 9 mca. Está localizada na rua Visconde de Niterói na escadaria de acesso a comunidade. A estação elevatória abastece dois reservatórios implantados com volume de 800 e 140 m³, através de linha de recalque em F°F°, com DN 150 e 590 m de extensão. A parte civil está em péssimo estado de conservação, emboço danificado, infiltração na laje, devido à cobertura estar faltando algumas telhas e também apresenta muitas telhas quebradas. As portas metálicas estão em péssimo estado com alto grau de corrosão. A parte elétrica está em péssimo estado, no quadro de alimentação o disjuntor geral está fixado em placa de madeira que está bem danificada, não estando fixado corretamente a parede, o painel de comando apresenta corrosão. Falta bomba reserva, o barrilete apresenta inúmeros pontos de corrosão e pequenos vazamentos, as válvulas apresentam vazamentos, a torre de eletrodo e a ventosa estão em péssimo estado, além de apresentarem problemas de fixação. PESTALOZZI A estação elevatória possui conjunto motor-bonba Ingersol, tipo 2DBE103, rotor 9,3”, potência instalada de 50CV, com rotação de 3500 rpm. A pressão de recalque é de 110 m.c.a e a vazão recalcada é de 65 m3/h, com pressão de retaguarda de 9 mca, está localizada em área pertencente ao Pestalozzi. A estação elevatória abastece dois reservatórios implantados com volume de 800 e 140 m3, através de linha de recalque em F°F°, com DN 200 e 860 m de extensão. A parte civil está em péssimo estado, na cobertura faltam diversas telhas e muitas estão quebradas. A laje apresenta diversos pontos de infiltração, com armaduras expostas, corroídas e desplacamento do concreto, o emboço em diversos pontos está totalmente deteriorado. O piso está destruído, faltando a base de uma das bombas. A parte elétrica está em razoável estado de conservação, o painel apresenta alguns pontos de corrosão. O barrilete está em péssimo estado, todas as vávulas apresentam vazamentos, a torre de eletrodo e a ventosa estão em péssimo estado, falta a bomba reserva, assim como sua base. RESERVATÓRIOS A comunidade possui dois reservatórios implantados na parte mais alta da comunidade, o mais antigo é em concreto armado, elevado, com dimensões de 5,40 m X 5,40 m e altura de 5,25 m, com volume de armazenagem de 140 m³. 10 O estado de conservação é bem precário, apresenta infiltração em vários pontos, alguns com armadura exposta e oxidada, principalmente na laje de fundo, onde a situação é mais crítica, com vazamento significativo na tubulação de distribuição, além de desplacamento do concreto. Falta tampa da caixa de registro, as tubulações de entrada e de distribuição estão corroídas e apresentam vazamentos. A escada de marinheiro está fora dos padrões de segurança, falta o guarda corpo na laje superior, a tampa do reservatório tem que ser substituída. O reservatório construído pelo PROSANEAR na década de 90 é em concreto armado, apoiado, circular, com diâmetro de 10,50 m e altura de 9,90 m, possui volume de armazenagem de 800 m3. O reservatório apresenta vazamentos em diversos pontos, alguns com armadora exposta, oxidado e desplacamento do concreto. A escada de marinheiro está fora dos padrões de segurança, o guarda corpo da laje da tampa está em péssimo estado. A tampa de acesso ao interior do reservatório tem que ser substituída. Falta a tampa da caixa de registro, o registro da rede de distribuição está danificado, apresenta vazamento de proporções significativas, a tubulação de recalque apresenta corrosão e vazamento. A válvula controladora de nível tem que ser substituída. REDES DE DISTRIBUIÇÃO As redes de distribuição foram implantadas parte pelo Prosanear utilizando o sistema condominial onde são implantados os coletores principais nas ruas com diâmetros acima de 50mm e redes finas condominiais para alimentar as casas de um condomínio fictício de casas. Em uma segunda etapa de obras houve por parte da Prefeitura do Rio a implantação do Programa Favela Bairro onde foi feito uma ampliação do sistema anteriormente executado. Caminhando pela comunidade encontramos um sistema de distribuição bastante precário com diversas ligações clandestinas executadas fora de padrão, redes passando dentro de canaletas junto com o esgoto que corre in natura, vários pontos da rede com vazamento, diversos trechos da rede estão aparentes com os tubos expostos a danos mecânicos e desgaste excessivo pela radiação solar, uma vez que são em PVC. Não identificamos dispositivos de combate a incêndio e válvulas redutoras de pressão. Foi-nos informado que as válvulas foram implantadas mais que por falta de manutenção acabaram sendo retiradas. CONCLUSÃO O sistema como um todo necessita de intervenções como recuperação estrutural, hidromecânica e elétrica das elevatórias, recuperação estrutural dos reservatórios e implantação de novas redes de distribuição. 4.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO O sistema atual em funcionamento foi implantado pelos programas Prosanear, Favela Bairro e Mutirão. Com a expansão da comunidade e a construção de novos domicílios estas redes foram sendo estendidas para ligação das novas casas ou mesmo foram feitas ligações do esgoto diretamente nos sistemas de águas pluviais. A rede atual está bastante danificada e está vazando em praticamente toda a área da comunidade. Onde existe sistema de coleta pluvial o esgoto corre para os dispositivos de captação e onde não existe, o esgoto corre superficialmente pelos becos, travessas e escadas da comunidade. Identificamos vários pontos de lançamento in natura nos taludes e talvegues da comunidade que somados ao excesso de lixo jogado neles, comprometem o equilíbrio das encostas. 11 As redes formais do bairro implantadas principalmente na Rua Visconde de Niterói estão muito comprometidas. Identificamos na vistoria que as redes estão vazando em diversos trechos correndo superficialmente pela sarjeta até serem coletadas por alguma caixa de ralo. As redes existentes são basicamente em PVC diâmetros de 100 e 150mm. Segue abaixo uma listagem dos pontos mais críticos identificados durante a vistoria técnica. 1 - O esgoto da Rua da Candelária, Becos das crianças, Rua Dona Ivonete, Beco do Caetano, Beco Rabelo e outros possuem rede de esgoto mais o lançamento é feito diretamente no sistema de águas pluviais. Uma parte das redes está ligada em uma canaleta que desce pelo morro por baixo de vários domicílios e a outra parte lança na canaleta de drenagem da Avenida Neves. 2 - A área das unidades habitacionais, principalmente na Rua Francisco da Costa a rede está obstruída e infiltrando por baixo de um muro de contenção. 3 - Diversos becos com caimento para a Travessa Belo Vista estão lançando os esgotos in natura diretamente no talvegue com destino para a indústria metalúrgica. 4 - Diversos becos com caimento para a Rua do Café estão lançando os esgotos in natura diretamente no talvegue. 5 - As casas do lado direito da Rua do Cruzeiro tem rede coletora passando nos fundos das residências, mas após descer pela contenção, a rede coletora deságua in natura diretamente no talvegue. 6 - No beco com acesso pela Rua dos Baianos próximo a Travessa do Chalé, o piso afundou devido a um vazamento de esgoto. 7 - Na Travessa dos Baianos tem um trecho do coletor que está sob as casas. 8 - Rede coletora de esgoto passando por debaixo das casas no beco entre a Rua Visconde de Niterói e a Rua dos Baianos. A rede está obstruída e vazando dentro da casa do morador. 9 - Esgoto obstruído na Rua Visconde de Niterói entre as ruas Icaraí e Graciette Matarazo. 10 - Nas travessas do Amor e Moisés identificamos além de diversos pontos obstruídos, redes passando por debaixo de casas. 11 - A rede coletora da Rua Saião Lobato está com uma ligação na caixa de ralo de drenagem no trecho perto da Rua Visconde de Niterói. 12 - Todo o esgoto contribuinte para a Travessa do Grotão está comprometido. Trechos estão danificados e outros completamente entupidos. 13 - Infiltração de esgoto nas casas em diversos becos contribuintes para a Rua União. 14 - Lançamento do esgoto in natura na canaleta da Travessa da Paz localizada acima do prédio do IBGE. 15 - A rede coletora da Rua Domingues Pereira está lançando o esgoto in natura no talvegue localizado nos fundos da Indústria Alimentícia. Pela grande quantidade de pontos onde as redes estão danificadas ou obstruídas, sugerimos para a regularização do sistema de coleta e transporte dos esgotos sanitários da comunidade, que o mesmo, pelo menos em projeto e previsão de obra, seja totalmente refeito. Além das tubulações os poços de visita e seus respectivos tampões estão em péssimo estado de conservação. Ver Mapa 1706-LV-SES-01-R01 no anexo 4. 4. 3. DRENAGEM O Sistema de águas pluviais da comunidade é formado basicamente por galerias nas vias principais carroçáveis e algumas canaletas executadas junto às contenções. Nos becos os escoamentos se dão superficialmente e muitas vezes são captados nas redes de esgoto sanitário. 12 Foram identificados vários tampões das redes coletoras de esgotos danificados para funcionarem como ralos. A maior parte da comunidade contribui para a drenagem existente da Rua Visconde de Niterói e em menor área temos contribuição para as ruas Ana Neri e São Luiz Gonzaga. A Rua Visconde de Niterói tem duas vertentes, a primeira coleta as águas geradas na sub-bacia do morro da Candelária. Foram identificados nesta sub-bacia diversos lançamentos de esgoto e drenagem nos talvegues naturais da Indústria Alimentícia, do fundo das vilas de casas e do terreno onde está em implantação um conjunto habitacional. Foi identificada como principal problema uma canaleta responsável pela drenagem de praticamente toda sub-bacia que desce sob as residências desde o final da escadaria da Rua do Encanto até a ligação da Rua Visconde de Niterói. Esta canaleta recebe muita quantidade de esgoto in natura e pela dificuldade de acesso para manutenção está muito assoreada. No terreno onde foram construídas as unidades de relocação da obra do Programa Favela Bairro, foram executadas canaletas nas calçadas com lançamento na galeria da Rua Francisco da Costa e Rua da Pedreira. A outra vertente da Rua Visconde de Niterói segue desde a Rua Icaraí até o deságue final na Rua Ana Neri com lançamento na canaleta da Linha Férrea – SUPERVIA. As redes e canaletas existentes nas ruas desta sub-bacia estão completamente assoreadas. Os dispositivos de captação estão todos entupidos o que acaba acarretando o escoamento praticamente todo superficial, descendo pelas ruas até serem captados na Rua Visconde de Niterói. Na Rua dos Baianos os poços de visita e as baterias de ralo estão completamente obstruídos. Na Rua Icaraí no trecho construído em viaduto, as canaletas implantadas sob a pista para captação da drenagem da rua e dos becos de montante estão entupidas com excesso de lixo. A Travessa Saião também possui galeria de drenagem com captação por caixas de ralo mais também se encontram bastante comprometidos por falta de manutenção. No geral o sistema de drenagem está bastante ineficiente e sofrendo pela falta de manutenção. Há excesso de escoamento superficial sem qualquer dispositivo especifico para coleta. Os equipamentos existentes estão na maioria assoreados por lançamento de lixo e escoamento de esgoto sanitário in natura. As redes existentes precisam ser recuperadas e nos becos e travessas, ampliação do sistema com implantação de rede específica para a drenagem. Outro ponto importante é a recuperação dos talvegues naturais que hoje estão recebendo além das águas pluviais, o esgoto de diversos domicílios. A drenagem existente da Rua Visconde de Niterói necessita de melhorias. No Projeto do Programa Favela Bairro estava previsto a execução de uma galeria toda nova mais não foi implantada durante a obra. Ver Mapa 1706-LV-SDR-01-R01 no anexo 4. 4. 4. COLETA E REMOÇÃO DE LIXO A coleta e remoção de lixo domiciliar nos Morros dos Telégrafos, da Candelária e da Mangueira é realizada pela Comlurb utilizando o caminhão compactador P6, com capacidade para 15 m³ nas vias carroçáveis, às segundas, quartas e sextas, no período diurno. Às terças, quintas e sábados, também no horário diurno, o serviço é realizado pelo caminhão compactador P5, com capacidade para 10 m³. O micro trator compactador X82, com capacidade para 3 m³ e a moto triciclo D12 com capacidade para 1,17 m³ são utilizados na coleta domiciliar nas vias carroçáveis com declividade alta e em alguns becos aonde é possível o acesso. O serviço é feito diariamente. O caminhão basculante P8, com capacidade para 7 m³, é utilizado para coleta de lixo público. O serviço é feito diariamente, no entorno da Mangueira e nas ruas internas, coletando principalmente entulho. 13 Segue abaixo tabela indicando as ruas internas carroçáveis do Complexo e os equipamentos utilizados da Comlurb. Equipamento Caminhão P6 (Compactador 15m³ p/ Coleta de Lixo domiciliar e Coleta e Remoção de Lixo Frequência Turno Caminhão P5 (Compactador 10m³ p/ Coleta de Lixo domiciliar e Caminhão P8 Rua Vigario Morato Sexta Terça, Quinta e Rua do Encanto Diurno Sábado* Público) (Basculante 7m³ p/ Remoção de Lixo Público) Rua Visconde Nìterói Segunda, Quarta e Público) (Compactador 3m³ p/ Coleta de Lixo Domiciliar e Público) Todos os dias (Compactador 1.17 m³ p/ Coleta de Lixo Domiciliar e Público) Rua da Prata Rua Henrique de Mesquita Rua Bartolomeu de Gusmão Micro Trator Compactador X82 + Rua Bento Ribeiro Rua Dias da Silva Todos os dias Moto Triciclo D12 Ruas atenditas Diurno Rua IcaraÍ Rua Dos Mineiros Rua dos Baianos Rua Poteri Travessa Cruzeiro Rua São Sebastião Travessa dos Eucaliptos Travessa Jupará Rua Saião Lobato *Caminhão P5 - apoio às segundas, quartas e sextas caso necessário. Como o sistema viário carroçável não atende grande parte do Complexo, as vias de pedestres, becos e escadarias são atendidos por 35 garis comunitários, que fazem parte do contrato entre a Associação de Moradores e a Comlurb. Os principais serviços realizados pelos garis são: • coleta do lixo produzido em todos os domicílios existentes nas comunidades estabelecidas nos contratos; • transporte do lixo coletado até os locais de acumulação indicados pela COMLURB; • varrição, capina e roçada de vegetação rasteira, não nativa, que grassam nas vias internas e as de acesso às comunidades; • limpeza do sistema de drenagem de águas pluviais existentes nas vias internas, periféricas e de acesso às comunidades; • remoção de todo lixo disposto pela população local nas encostas, valas, canaletas de drenagem de águas pluviais, rios, canais, terrenos baldios e praças da comunidade. Os moradores das localidades do Caboclo e Pedra informaram que os garis não atuam na área, nem fazendo a coleta porta a porta ou varrição. Já na localidade de Três Tombos eles somente fazem a coleta porta a porta e a varrição nas ruas carroçáveis principais. Às quintas-feiras é realizado pelos garis comunitários o serviço de mutirão nas encostas. Juntos às vias carroçáveis estão dispostos contêineres de 240 litros, em dezesseis pontos no Complexo, com a finalidade de acondicionamento de resíduos domiciliares e públicos. Estão implantados oito contêineres em cada um dos quatro pontos abaixo: • Vigário Morato, junto ao Campo Bandeirantes • Jupará, junto à caixa Dempster • Rua Bartolomeu de Gusmão 1.100 fundos, junto à Associação de Moradores do Morro da Candelária 14 • Rua Saião Lobato n°23, junto à Associação de Moradores no Buraco Quente Nos demais doze pontos estão locados quatro contêiners em cada um. Ver mapa 1706-LV-SLX-01-R01 no ANEXO 4 para visualização da locação dos pontos. Existem poucas papeleiras (cesta coletora de 50 litros) no Complexo, restando somente algumas nas vias carroçáveis principais, como a Jupará, Saião Lobato e Vigário Morato. É de reconhecimento da associação de moradores e dos próprios moradores de que as pessoas descartam o lixo de forma indiscriminada sobre as encostas e principalmente em áreas de risco. Os locais mais críticos com um maior volume de resíduos sólidos são: • No parque Candelária, entre as localidades do Caboclo e Pedra; • Na final da Travessa Saião Lobato, na localidade Buraco Quente; • Na encosta abaixo da Creche Mestre Tinguinha, na localidade do Buraco Quente; • Na encosta atrás do IBGE, na localidade conhecida como Três Tombos; • Ao lado do campinho no Telégrafo; • Na encosta onde existia a quadra da Poló. Após a demolição desta, não foi retirado o entulho, o que estimulou os moradores a descartarem o lixo comum. Abaixo segue o volume mensal de resíduos coletado pela Comlurb nos Morros da Mangueira, Telégrafo e Candelária: VOLUME DE RESÍDUOS TIPO DE LIXO DOMICILIAR DOM. DE COMUNIDADE FROTA / EQUIPAM. 1 COMPACT. P6 + 1 P5 + 1 P5 APOIO EVENTUAL 1 CX. ROLLON (X82 e D12) MÉDIA PESO/MÊS 220 TON. 99,5 TON. PÚBLICO PÚB. DE COMUNIDADE 2 BASC. P8 5 CX. DEMPSTER 300 TON. 130 TON. Os resíduos seguem para a Estação de Transferência do Caju, onde é feita também a triagem de materiais recicláveis por associação de catadores, e a compostagem (fração predominantemente orgânica para produção de composto orgânico). O local de destino final do lixo é a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), em Seropédica. Em novembro de 2011 foi implantado no Complexo o Programa "Vamos Combinar uma Mangueira mais limpa", que é uma articulação da UPP Social com a Secretária de Conservação e os moradores do local. O programa pretendia fazer uma revisão da logística de coleta do lixo, mas na análise do UPP, depois de passado quase um ano, não houve percepção de melhora em nenhuma localidade. Foi considerado que o sistema viário carroçável existente no Complexo é insuficiente para ser realizada a coleta domiciliar e pública com eficiência. O Plano de Intervenção irá junto com a Comlurb projetar um novo plano de coleta de lixo domiciliar e público, considerando a imprescindível abertura de vias carroçáveis e o alargamento de becos para que tenham no mínimo dois metros e a adaptação dos que possuem alguns degraus, para que possam ser atendidos pela moto triciclo (D12). Outros dois fatores que amplificam os problemas relativos à coleta são a falta de educação ambiental e a quantidade sub-dimensionada de pontos de contêineres no Complexo todo, adicionada a inexistência de papeleiras. 15 4. 5. ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA Toda a comunidade está sendo contemplada pela LIGHT com uma nova rede de distribuição elétrica com implantação de novos postes em fibra de vidro nos becos e postes de concreto nas vias carroçáveis. Os cabos de MT e BT estão sendo substituídos também além de todos os medidores de consumo domiciliar. Em complemento a este trabalho, a RIO LUZ vem substituindo as antigas luminárias LRJ-10 implantadas pelo Programa Favela Bairro por outras mais eficientes com utilização de lâmpadas VS 70W nos becos e VS 100W nas vias principais. Esta reformulação atinge inclusive as ruas formais do entorno. Em alguns pontos onde ainda não foram contemplados pelos novos sistemas verificamos que o estado de conservação das luminárias é ruim e que há deficiência no quesito iluminação pública. Pelo exposto acima, os projetos futuros de iluminação deverão se concentrar nas novas vias e áreas de lazer propostas. 4. 6. SISTEMA VIÁRIO E DE CIRCULAÇÃO INTERNA EXISTENTE O principal corredor de acesso ao Complexo da Mangueira é a Rua Visconde Niterói que, junto com a Rua Ana Neri, Rua São Luiz Gonzaga e a Avenida Bartolomeu Gusmão compõem os eixos viários principais do entorno imediato e podem ser consideradas as delimitadoras do Complexo. Essas ruas são asfaltadas e possuem boa conservação e caixas de dimensões confortáveis. Entretanto, as calçadas da Rua Visconde de Niterói diretamente na divisa do Complexo apresentam péssima conservação ou são inexistentes em várias áreas, representando risco aos pedestres, por se tratar de uma via de tráfego intenso. Ver Mapa 1706-LV-SSV-01-R01, 1706-LV-SSV-02-R01 e anexo 4 para a hierarquização das vias e estado de conservação. TELÉGRAFOS O Morro dos Telégrafos é o que possui uma maior abrangência de acesso de veículos tanto pela disposição rarefeita de suas construções, quanto por uma malha viária mais bem definida . Seu principal acesso é através da Rua Jupará, que possui hoje pavimentação em concreto com bom estado de conservação e caixa para a passagem de dois carros. Através da Rua Jupará consegue-se atingir o ponto mais alto do morro (cota +120), passando também pela Rua Gal. Bento Ribeiro, atingindo o local conhecido como Pedra. Além disso possui ruas de serviço carroçáveis com boa qualidade de conservação, permitindo o acesso de serviços e o uso dos transportes alternativos (moto-táxi e cabritinho). Foram identificadas algumas ruas de serviço: Rua Sebastião do Alto, Rua da Prata, Rua 31 de Maio e Travessa dos Eucaliptos, que não atendem totalmente à necessidade da área, mas que facilitam o acesso dos moto-táxis às áreas mais densas e de difícil acesso por escadarias. No geral, os becos e escadarias do Morro do Telégrafo têm pavimentação em concreto regular ou ruim, porém constituem uma malha ampla permitindo boa permeabilidade da comunidade. As áreas conhecidas como Três Tombos e Vila Esperança são as que possuem pior acesso, não sendo atendidas plenamente por moto-táxis e por serviços públicos de coleta. Na área Três Tombos foi identificada a possibilidade de alargamento de vias e becos existentes com o intuito de facilitar o acesso dos serviços. Na Vila Esperança, a grande maioria de becos e escadarias é pavimentada, apesar do estado precário. Existe uma via carroçável de serviço, porém com caixa irregular e de má conservação de 16 pavimentação. Há a necessidade de abertura de novas vias para o acesso às áreas mais afastadas que não são atendidas por serviços de coleta e/ou transporte público. MANGUEIRA No Buraco Quente, a Travessa Saião Lobato é considerada a principal via de acesso ao Morro da Mangueira, sendo a única via carroçável neste local e por isso um dos principais problemas do Buraco Quente . Apesar de existirem várias entradas pela Av. Visconde de Niterói, a região não possui nenhuma saída e o fluxo é sempre cortado, forçando o pedestre a entrar somente pela Travessa Saião Lobato. No Chalé as vias carroçáveis executadas no Favela-Bairro: Rua dos Mineiros, Rua dos Baianos e Rua Icaraí, formam o sistema viário principal. Essas ruas possuem pavimentação em concreto regular. Não existem calçadas e as caixas da rua suportam a passagem de 2 carros, entretanto em algum lugares há o estrangulamento da via. Os becos e vielas do Morro da Mangueira possuem pavimentação ruim em sua maioria, e as escadarias são muito deterioradas. Constitui uma exceção a escadaria da Rua Icaraí, que apesar de necessitar de manutenção, não está destruída. Um dos principais problemas encontrados nessa região é a falta de permeabilidade dos pedestres. Não existem, além das ruas carroçáveis, becos que permitam a entrada ou saída da comunidade, tendo sempre que retornarem para uma das vias carroçáveis. LOTEAMENTO Essa á a região que possui um sistema viário mais bem definido, com ruas em paralelepípedo de conservação regular. Entretanto, esse sistema não é interligado ao restante da comunidade, funcionando como estrutura viária de uma vila particular. Possui acesso aos serviços de transporte e de coleta, sem maiores problemas. O único problema na questão de acessibilidade que foi identificado é a inexistência de uma ligação bem estruturada entre essa região e o Chalé. Os moradores utilizam um caminho alternativo e bem precário no final da Rua 9. PARQUE CANDELÁRIA A maior dificuldade para acesso se encontra no Parque da Candelária, onde 90% dos acessos são pequenos becos e vielas, com pavimentação precária. As vias de acesso principais são a Rua Bartolomeu Gusmão e a Rua do Encanto, essa última sendo a continuação da Rua Jupará. Ambas possuem bom estado de conservação, entretanto a Rua do Encanto é extremamente íngreme e não possui passeios de pedestre, não representando um bom acesso pedonal. O acesso aos serviços públicos nessas ruas é possível e constitui o único acesso viário a essa comunidade. Foram identificadas ruas de serviço, que atendem a área mais plana próxima à Rua Visconde de Niterói , Rua Nossa Senhora da Candelária e Avenida Neves. Além da Rua Francisco da Costa, que dá acesso aos prédios construídos no favela bairro. Essas ruas apresentam boa conservação. A Rua Nossa Senhora da Candelária, apesar de suprir o acesso de serviço, possui uma caixa muito estreita, chegando em alguns pontos a 2,30m. 17 A parte mais densa e íngreme da comunidade não possui acesso viário carroçável. Existe grande número de becos e escadarias, de má conservação e péssima distribuição. São muito estreitos, com estrangulamento em vários pontos e não permitem o acesso de nenhum serviço público e transportes alternativos. A área da comunidade conhecida como Pedra possui um acesso de pedestres alternativo, em terra, mal conservado, que a conecta à área do Loteamento. Conclui-se que em várias localidades o acesso viário é possível, mesmo que em muitas regiões utilizem vias muito íngremes. As vias existentes no interior do Complexo são precárias, embora asfaltadas/concretadas em sua maior parte. Há, porém, a necessidade de abertura e/ou alargamento de passagens em locais de grande adensamento, além de melhorias das vias existentes para facilitar a circulação e o acesso a serviços básicos. Nas localidades onde o acesso é muito deficiente, como nas localidades conhecidas como Vila Esperança, Três Tombos, Olaria, Caboclo, parte alta do Parque Candelária e no entorno da travessa Sião Lobato no Buraco Quente, é imprescindível a abertura de vias para que os serviços básicos de infraestrutura possa atender a todos os domicílios e seja possível o acesso dos serviços públicos. 4. 7. DISPONIBILIDADE DE TRANSPORTES URBANOS Apesar do entorno do Complexo da Mangueira contar com uma excelente oferta de transporte coletivo (ônibus) para diversos pontos da cidade, existe uma deficiência de atendimento quanto às linhas para o Centro e a Zona Sul nas vias próximas à comunidade. Ver mapa 1706-LV-STP-01-R01 e anexo 4 para indicação dos pontos de ônibus e respectivas linhas, estações de metrô e trem e transporte alternativo. As linhas e os respectivos itinerários dos ônibus que circulam na região do Complexo da Mangueira e seu entorno são as descritas abaixo: Linha Itinerário Linha Itinerário 169 Praça Mauá - São Conrado 434 209 Estácio - Caju 435 Grajaú - Leblon Grajaú - Gávea (Via Túnel Santa Bárbara) 210 Caju - Praça XV 436 Grajaú - Leblon (Via Túnel Rebouças) 222 Vila Isabel - Praça Mauá 438 232 Praça XV - Lins 439 Vila Isabel - Leblon (Via Jóquei) Vila Isabel - Leblon (Via Túnel Rebouças) SPA232 Engenho Novo - Praça XV 441 Caju - Lido SPB232 Praça XV - Lins 445 Morro do Alemão - Copacabana 238 Água Santa - Praça XV 455 Méier - Copacabana 239 Água Santa - Castelo 456 NorteShopping - General Osório 247 Camarista Méier - Passeio 457 Abolição - General Osório 249 Água Santa - Carioca 458 254 Praça XV - Madureira 459 NorteShopping - Praia de Botafogo Abolição - Praia de Botafogo (Via Túnel Santa Bárbara) 261 Marechal Hermes - Castelo 460 São Cristóvão - Leblon 277 Rocha Miranda - Praça Xv (Via São Cristóvão) 461 São Cristóvão - Ipanema 292 Praça XV - Engenho da Rainha 462 São Cristóvão - Copacabana 18 296 Castelo - Irajá 463 São Cristóvão - Copacabana 298 Castelo - Acari 464 Maracanã - Leblon 300 Sulacap - Carioca 467 Maracanã - Praia de Botafogo 306 Praça Seca - Castelo 472 Triagem - Leme 307 Vila Kosmos - Praça da República 473 São Januário - Lido 310 Engenho da Rainha - Praça XV 474 Jacaré - Jardim de Alah 311 Engenheiro Leal - Praça XV 475 Méier - Prado Júnior 312 Olaria - Praça Mauá 476 Méier - Leblon (Via Túnel Rebouças) 313 Penha - Praça da República 600 Praça Saens Pena - Taquara 320 Praça XV - Parque União 605 São Francisco Xavier - Vila Isabel 322 Ribeira - Castelo 606 Rodoviária - Engenho de Dentro 324 Ribeira - Castelo SV606 Rodoviária - Engenho de Dentro 326 Bancários - Castelo 609 São Francisco Xavier - Méier 328 Bananal - Castelo 621 Penha - Saens Pena (Via Mangueira) 329 Bancários - Castelo 622 Penha - Saens Pena (Via Grajaú) 330 Praça XV - Parque União 624 Mariópolis - Praça da Bandeira 331 Castelo - Praça Seca 625 Olaria - Saens Pena 334 Cordovil - Praça Tiradentes 627 Saens Pena - Inhaúma 340 Praça XV - Curicica 629 Saens Pena - Irajá 341 Praça Mauá - Taquara 630 Saens Pena - Penha 346 Praça XV - Gardênia Azul 634 Saens Pena - Bananal 347 Castelo - Largo dos Piabas 635 Praça Saens Pena - Bananal 353 Rodoviária - Cidade de Deus 638 356 Del Castilho - Praça XV 639 363 Praça XV - Vila Valqueire SV639 Saens Pena - Marechal Hermes Saens Pena - Jardim América (Via Rocha Miranda) Saens Pena - Jardim América (Via Shopping Via Brasil) 368 Castelo - RioCentro 650 Marechal Hermes - Engenho Novo 371 Praça Seca - Praça da República 663 383 Realengo - Tiradentes 665 Méier - Fundão Pavuna - Saens Pena (Via Pastor Martin Luther King Jr) SP383 390 SV390 Jardim Novo (Realengo) - Tiradentes SVA665 Praça XV - Curicica SVB665 Praça XV - Curicica (Via Estrada do Pau Ferro) 696 391 Padre Miguel - Carioca SVA696 402 Engenho da Rainha - Gávea SVB696 SP404 Pavuna - Saens Pena Pavuna - Saens Pena (Via Barros Filho / Costa Barros) Méier - Praia do Dendê Méier - Praia do Dendê (Via AIRJ) Méier - Praia do Dendê (Via Cidade Universitária) Caju - Leblon 711 Rio Comprido - Rocha Miranda 420 Vila Isabel - Praia de Botafogo 2110 Castelo - Gardênia Azul 421 Vila Isabel - Prado Júnior 2111 Castelo - Praça Seca 422 Grajaú - Cosme Velho 2114 Castelo - Freguesia 423 Grajaú - Real Grandeza 2203 Grajaú - Castelo 425 Grajaú - Real Grandeza (Via Túnel Santa 2251 Castelo - Engenho de Dentro 19 Bárbara) 432 Vila Isabel - Leblon (Via Túnel Santa Bárbara) 433 Vila Isabel - Leblon (Via Copacabana) 2345 Castelo - Vila Valqueire A comunidade conta também com o transporte metroviário, na Estação do Maracanã, na linha 2, com acesso pela Avenida Radial Oeste e com o transporte ferroviário, na Estação Mangueira, ramal Deodoro, com acessos pela Visconde de Niterói e pela Avenida Radial Oeste, o que garante transporte rápido e de qualidade para o Centro, Zona Norte e Sul. Além destes, estão à disposição dos moradores o transporte alternativo, realizado por 10 kombis e 120 mototáxis, que são usados principalmente para fazer a ligação da parte interna da comunidade com os transportes tradicionais. Kombi e Moto Taxi Transporte Ponto Endereço 1 Rua Visconde Niterói - Buraco Quente 2 Rua Visconde Niterói - em frente Estacao de Trem 3 Rua Luiz Gonzaga - Bartolomeu Gusmao 4 Rua Luiz Gonzaga - Largo do Pedregulho Kombis Moto Taxis 4. 8. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS A comunidade do Complexo da Mangueira é atendida por um grande número de equipamentos e serviços localizados tanto dentro da comunidade quanto no seu entorno num raio de 2km. Ver mapa 1706-LV-URB-03-R03 e anexo 4 para a locação dos equipamentos sociais e serviços. SAÚDE: Em relação aos equipamentos de saúde existentes na comunidade, segundo os moradores, a Clínica da Família Dona Zica não os atende totalmente, pois fica distante do complexo e o transporte gratuito disponibilizado pela prefeitura chamado de Transporte Sanitário, não tem assiduidade e nem pontos definidos, dificultando a sua utilização. 20 Área de cobertura de atendimento da Clínica da Família Dona Zica Os equipamentos de saúde localizados na comunidade e no seu entorno estão descritos abaixo: Saúde Item Nome Âmbito Endereço Bairro SEAP CGSP RJ AMB Casa de 1 Custódia de Benfica Estadual Rua Célio Nascimento, s/nº Benfica Estadual Rua Célio Nascimento, s/nº Benfica SEAP CGSP RJ AMB Patronato 2 Magarino Torres SEAP CGSP RJ AMB Presídio São 3 Evaristo de Moraes Estadual Av. Bartolomeu de Gusmão, 1100 4 Centro Médico Ana Neri Particular R. Ana Neri, 216 Cristóvão Benfica SMSDC RIO CAPS AD Mane 5 Garrincha Municipal Av. Professor Manoel de Abreu, 196 Maracanã SMSDC RIO Clinica da Família Dona 6 Zica Municipal Rua João Rodrigues, 43 Mangueira 7 SMSDC RIO CMR Oscar Clark e Municipal Rua General Canabarro, 345 Maracanã 21 Núcleo de Saúde do Trabalho 2 SMSDC RIO CMS Ernesto Zeferino 8 Tibau Junior São Municipal Av. do Exercito, 1 Cristóvão Federal Maracanã UNIRIO HUGG Hospital Universitário 9 Gafree e Guinle Rua Mariz e Barros, 775 Instituto Municipal de Medicina 10 Veterinária Jorge Vaitsman Municipal Av. Bartolomeu de Gusmão, 1120 Mangueira São Francisco 11 Clínica de Diálise São Benedito Particular R. Licínio Cardoso, 376 Xavier Municipal Rua 28 de Setembro, 109, fundos Vila Isabel SMSDC RIO Hospital M. De Geriatria 12 e Gerontologia Miguel Pedro SMSDC RIO Hospital Maternidade 13 Fernando Magalhaes São Municipal Rua Gal Jose Cristino, 87 Cristóvão SMSDC RIO Hospital Municipal 14 Barata Ribeiro Municipal Rua Visconde de Niterói, 1450 Mangueira 15 SMSDC RIO Hospital Municipal Jesus Municipal Rua 8 de Dezembro, 717 Vila Isabel São UERJ HUPE Hospital Universitário Francisco 16 Pedro Ernesto Estadual Av. Marechal Rondon, 381 Xavier 17 Policlínica Piquet Carneiro Estadual Avenida Marechal Rondon, 381 Maracanã São Francisco 19 Centro Municipal de Saúde Tia Alice Municipal Rua Santos Melo, 73 Xavier 20 Clinica da Familia Ana Nery Municipal Rua Anna Nery, s;nº Rocha 21 Hospital Badim Particular Rua S Francisco Xavier, 390 Maracanã 22 Hospital Mayer Particular Rua S Francisco Xavier, 453 Tijuca 23 Hospital Central do Exército Particular Rua Captão Abdala, s/nº Benfica 24 Hospital Central do Exército Particular Rua Francisco Manuel, 126 Benfica 25 Prontobaby Hospital da Criança Particular Rua Adolfo Mota, 81 Tijuca 26 Hospital Israelita Albert Sabin Particular Rua Lúcio Mendonça, 56 Tijuca Particular Avenida Maracanã, 55 Tijuca CAME-Clínica de Atendimento Médico 27 Especializado São 28 Hospital Quinta D'or Particular Rua Almirante Baltazar, 435 Cristóvão São 29 Ambulatório da Providência Religioso Rua Francisco Eugênio, 348 30 Conen Rj Conselho Estadual De Estadual Rua Fonseca Teles, 121 Cristóvão São 22 Entorpecente Do Rio Cristóvão São 31 Hospital de Clínicas Dr Aloan Particular Rua Chaves Faria, 64 Cristóvão 32 Maternidade Casa da Mãe Pobre Particular Rua Frei Pinto, 16 Rocha 33 Centro Médico do Rocha Particular Rua Frei Pinto, 18 Rocha São 34 Plano Imperial Particular Rua Emancipação, 16 Cristóvão 35 Posto de Saúde Comunitário Municipal Travessa Galdino Mangueira 36 CMS Maria Augusta Estrella Municipal Rua Visconde de Santa Isabel, 56 Vila Isabel ASSISTÊNCIA SOCIAL: O Centro de Referência da Assistência Adalberto Ismael de Souza é responsável pela articulação da rede social na comunidade do Complexo da Mangueira. Área de cobertura de atendimento dos CRAS na região da UPP Social 23 Os equipamentos de assistência social localizados na comunidade e no seu entorno estão descritos abaixo: Assistência Social Item Nome Endereço Bairro Rua Visconde de Santa Isabel, 34, 1 2ª Coordenadoria de Assistência Social 2º andar Vila Isabel 2 Centro de Acolhimento Ayrton Senna Rua Marechal Rondon, s/nº Vila Isabel Av. Bartolomeu Gusmão, 1100 São Cristóvão Centro de Referência da Assistência Social 3 Adalberto Ismael de Souza Rua Projetada, s/n- Morro do Tuiutí Centro de Referência da Assistência Social (referência: Rua São Luiz 4 Deputado Luis Eduardo Magalhães Gonzaga, 1486) Tuiutí Associação de Meninas e Mulheres do 5 Morro Rua Visconde de Niterói, 1072 Mangueira 6 Casa da Arte de Educar Rua Ana Nery, 155 Mangueira 7 8 Casa de Cultura e Referencia Afro Urbana Centro Cultural Cartola Travessa Saião Lobato, 62 Rua Visconde de Niterói, 1296 Mangueira Mangueira Rua Visconde de Niterói, 354 9 Mangueira Comunidade em Atividade (Prédio da Alcoa) Mangueira Rua São Luiz Gonzaga, 1612 10 Instituto Nova Chance Parque dos Mineiros São Cristóvão Rua Bartolomeu de Gusmão, 98 São Cristóvão Centro de Municipal de Acolhimento Plínio 11 Marcos São Francisco 12 Associação Aliança dos Cegos Rua Vinte e Quatro de Maio, 47 Xavier 13 Sociedade Pestalozzi do Brasil Rua Visc de Niterói, 1450 Mangueira R. Teixeira Soares, 43 Praça da Bandeira Unidade Municipal de Reinserção Social 14 Raul Seixas R. General Bento Ribeiro, próx. a 15 16 Associação de Moradores do telégrafo R. Domingos Pereira Associação de Moradores do morro da Travessa Saião Lobato, próx. A mangueira Travessa Galdino Mangueira Mangueira Travessa Saião Lobato, próx. A 17 Instituto Sócio Cultural Batuque Favela Travessa Francisco Mangueira CULTURA, ESPORTE E LAZER: Os equipamentos de cultura, esporte e lazer localizados na comunidade e no seu entorno estão descritos abaixo: 24 Cultura, Esporte e Lazer Item Nome Endereço Bairro 1 Largo do Pedregulho Próximo à Rua São Luiz Gonzaga, nº 2074 Benfica 2 Praça Guilhermina Guinle Próximo à Rua Costa Lobo, nº 57 Benfica 3 Praça União Próximo à Rua Jupará Mangueira São Cristóvão Quinta da Boa Vista (Incluindo Jardim 4 Zoológico) Av. Pedro II,s/nº 5 Praça Barão de Drumond Rua Visconde de Santa Isabel, em frente ao nº10 Vila Isabel 6 Praça Professora Alice Brasil Av. Bartolomeu Gusmão, próximo ao nº13 São Cristovão 7 Centro Cultural Cartola Rua Visconde de Niterói,1296 Mangueira Campo de São Cristovão São Cristovão Rua Professor Eurico Rabelo, s/nº Maracanã Centro Luiz Gonzaga de Tradições 8 Nordestinas Complexo do Maracanã / Estadio 9 Mario Filho (Maracanã) Esquina da Av. Maracanã com a Rua Professor 10 Praça Violoncelista Alfredo Gomes Eurico Rabelo Maracanã 11 Praça Argentina Esquina da Rua Cuzuru com a Rua Cabrita São Cristovão 12 Clube de Regatas Vasco da Gama Rua Gal. Américo de Moura, 131 São Cristovão 13 Praça Carmela Dutra Rua Ricardo Machado, próximo ao nº 538 São Cristovão 14 Largo do Benfica Av. Dom Helder Camara, próximo ao nº 234 Benfica São Francisco 15 Vila Olímpica da Mangueira Rua Santos Melo, 73 Xavier Museu de Astronomia e Ciencias Afins 16 (MAST) Rua General Bruce, 586 São Cristovão 17 Praça Artue S. De Menezes Rua Senador Domício Barreto Benfica 18 Museu Nacional de História Natural Quinta da Boa Vista São Cristovão 19 Museu Militar Conde de Linhares Avenida Pedro II, 383 São Cristovão 20 Observatório Nacional Rua General José Cristino, 77 São Cristovão 21 Esporte Clube Garnier - Sampaio Rua Ana Neri, 1540 Rocha 22 Praça Doutor Carvalho Brito Vila Arará, s/n° Benfica Av. Bartolomeu de Gusmão, próx. a R.Morro da 23 Campo e Quadra de Futebol Candelária Mangueira 25 Avenida Pedro II, s/n° (esquina com a Rua São 24 Praça Pedro II Cristóvão) São Cristóvão 25 Praça Niterói Rua Dona Zulmira, s/n° (prox. ao n°41) Tijuca 26 Praça Varnhagen Av. Maracanã, s/n° Tijuca 27 Esporte Clube Maxwell Rua Maxwell, 174 Vila Isabel 28 Shopping Tijuca Av. Maracanã, 987 Tijuca 29 Praça Luiz la Saigne Av. Maracanã, s/n° (ao lado do Shopping Tijuca) Tijuca 30 Praça Tobias Barreto Próximo à Rua Engenheiro Gama Lobo, 16 Vila Isabel 31 Praça Duílio Barroso Beltrão Próximo à Rua Engenheiro Gama Lobo, 463 Vila Isabel 32 Palacete Laguna Rua General Canabarro, nº 731 Maracanã 33 Associação Atlética Vila Isabel Avenida 28 de Setembro, 160 Vila Isabel 34 Praça Padre Sousa Rua Couto de Magalhães, próximo ao nº 600 Benfica 35 Praça s/ nome Rua Aloísio Amancio esquina com Rua Matupiri Benfica 36 Praça da Vila Rua Araru esquina com Rua Itamarandiba Benfica Biblioteca Pública Jair Campos Da 37 Silva Avenida Bartolomeu de Gusmão, 1100 São Cristovão 38 Quadra Esportiva Rua 31 de Maio Mangueira 39 Campo Bandeirantes Rua Abdon Milanez Mangueira 40 Quadra do Chalé Rua Icaraí Mangueira 41 Quadra do Telégrafo Rua General Bento Ribeiro Mangueira 42 Campo Sinimbu - Pedreira Rua Bartolomeu de Gusmão, 1100 Mangueira BENS TOMBADOS E ELEMENTOS PRESERVADOS: Os bens tombados e elementos preservados localizados na comunidade e no seu entorno e descritos na lei complementar nº 24 de 19 de novembro de 1993 estão no quadro abaixo: Bens Tombados e Preservados Elem. Preservados / Item Bens Tombados Tipo Endereço Bairro São 1 Bem Tombado Casa Praça Argentina, 11 Cristóvão São 2 Bem Tombado Casa Praça Argentina, 15 Cristóvão São 3 Bem Tombado Casa Praça Argentina, 17 Cristóvão 4 Bem Tombado Casa Praça Argentina, 40 São 26 Cristóvão São 5 Bem Tombado Casa Rua Carneiro de Campos, 56 Cristóvão Rua Carneiro de Campos, 62 e São 6 Bem Tombado Casas 64 Cristóvão São 7 8 9 10 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Casas Casas Rua Catalão, n°: 11, 13 Cristóvão Rua Catalão, n°: 21, 23, 25, São 27, 29, 31 e 33 Cristóvão Rua Teixeira Vileta nº 9, 11, São 13, 13A, 13B Cristóvão Rua Chaves Faria, n°: 39, 45, São 51, 55, 65 Cristóvão Rua Chaves Faria, n°: 129, 137, 141, 155, 171, 183 Rua Chaves Faria, n°: 209, 219, 229, 235, 243 Travessa Sabino Vieira nº: 1, Bem Tombado Casas 3, 5, 7, 9, 11, 19, 21, 23, 25 Travessa Sabino Vieira nº: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 24, 26 11 Rua Sabino Vieira, n°: 15, 17, São 19 Cristóvão São 12 Bem Tombado Casas Rua Sabino Vieira, n°: 5, 9 Cristóvão São 13 Bem Tombado Casa Rua Chaves Faria, 303 Cristóvão São 14 Bem Tombado Casas Rua Chaves Faria, n°: 120,126 Cristóvão São 15 16 17 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casa Casas Casas Rua Chaves Faria, 142 Cristóvão Rua Chaves Faria, n°: 184, São 180 Cristóvão Rua Chaves Faria, n°: 230, São 236, 246 Cristóvão Rua Coronel Brandão, n°: 19, São 18 Bem Tombado Casas 19A Cristóvão 19 Bem Tombado Casa Rua Coronel Brandão, n°: 44 São 27 Cristóvão São 20 Bem Tombado Casas Rua Coronel Cabrita, n°: 1, 5, 7 Cristóvão São 21 Bem Tombado Casa Rua Coronel Cabrita, 23 Cristóvão São 22 Bem Tombado Casas Rua Coronel Cabrita, n°: 33, 39 Cristóvão São 23 Bem Tombado Casas Rua Coronel Cabrita, n°: 47, 49 Cristóvão São 24 25 Bem Tombado Bem Tombado Casa Casas Rua Coronel Cabrita, 46,54,55 Cristóvão Rua Coronel Cabrita, n°: 22, São 24, 28, 30, 32, 34 Cristóvão Travessa São Luiz Gonzaga, Bem Tombado Casas 26 n° , 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, São 20, 24 Cristóvão São 27 Bem Tombado Casa Rua Curuzu, 37 Cristóvão São 28 Bem Tombado Casa Rua Curuzu,71 Cristóvão São 29 Bem Tombado Casa Rua Curuzu, 4 Cristóvão São 30 Bem Tombado Casa Rua Curuzu, 58 Cristóvão São 31 32 33 34 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Casas Casas Rua Curuzu, n°: 76, 78, 80 Cristóvão Rua Curuzu, n°: 82, 82A, 84, São 84A Cristóvão Rua Dom Meinrado, n°: 9, 11, São 13 Cristóvão Rua da Emancipação, 23, 25, São 27, 31 Cristóvão São 35 36 Bem Tombado Bem Tombado Clínica Plano Imperial Casas Rua da Emancipação, 16 Cristóvão Rua da Emancipação, n°: 10, São 14 Cristóvão São 37 Bem Tombado Casa Rua da Emancipação, 18 Cristóvão 38 Bem Tombado Casas Av. do Exército, n°: 37, 41, 45 São 28 Cristóvão São 39 Bem Tombado Casas Av. do Exército, n°: 49, 53 Cristóvão São 40 41 42 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casa Casas Casas Av. do Exército, 99 Cristóvão Av. do Exército, n°: 105, 113, São 115 Cristóvão Av. do Exército, n°: 16, 20, 22, São 24 Cristóvão São 43 Bem Tombado Casa Av. do Exército, 40 Cristóvão São 44 45 46 47 48 49 50 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casa Casa Casas Casas Casas Casas Casas Av. do Exército, 46 Cristóvão Travessa São Luiz Gonzaga, São n° 24 Cristóvão R. Gal. Almério de Moura, n°: São 371, 373, 381, 391, 401 Cristóvão R. Gal. Almério de Moura, n°: São 433, 447, 467 Cristóvão R. Gal. Almério de Moura, n°: São 553, 557, 567, 583 Cristóvão R. Gal. Almério de Moura, n°: São 605, 615, 621, 639 Cristóvão R. Gal. Almério de Moura, n°: São 462, 470, 478, 484 Cristóvão R. Gal. Almério de Moura, 506, São 51 52 53 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Casas 522, 532, 542, 562, 598 Cristóvão R. Antônio Henrique de São Noronha, n°: 5, 9, 15, 23, 33 Cristóvão R. Antônio Henrique de São Noronha, n°: 41, 45, 49, 57, 59 Cristóvão R. Antônio Henrique de Bem Tombado Casas 54 55 56 Bem Tombado Bem Tombado Casa Casa Noronha, n°: 28, 28A, 38 São Travessa Filgueiras, 10 Cristóvão R. Antônio Henrique de São Noronha, 30 Cristóvão R. Antônio Henrique de São Noronha, 50 Cristóvão 29 57 58 59 60 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Casas Casas R. Antônio Henrique de São Noronha, n°: 58, 64, 70, 72 Cristóvão Rua Teixeira Júnior, n° 446, São 446F Cristóvão Rua Teixeira Júnior, n° 9, 11, São 13, 13A, 13B Cristóvão Rua João Ricardo, n°: 15, 17, São 23, 25 Cristóvão São 61 Bem Tombado Casas Rua João Ricardo, n°: 37, 45 Cristóvão São 62 63 Bem Tombado Bem Tombado Casa Casas Rua João Ricardo, 16 Cristóvão Rua Justino de Souza, n°: 3, São 11, 17, 23, 29, 35 Cristóvão São 64 Bem Tombado Casa Rua Justino de Souza, 45 Cristóvão São 65 Bem Tombado Casa Rua Justino de Souza, 32 Cristóvão São 66 Bem Tombado Vila Rua Justino de Souza, 76 Cristóvão São 67 68 Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Rua da Liberdade, n° 7,11 Cristóvão Rua da Liberdade, n° 29, 33, São 35, 37, 43, 49 Cristóvão São 69 Bem Tombado Casas Rua da Liberdade, n° , 43, 49 Cristóvão São 70 71 Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Rua da Liberdade, n° , 2, 4, 10 Cristóvão Rua da Liberdade, n° , 48, 50, São 52, 54, 56 Cristóvão São 72 Bem Tombado Casa Rua Major Fonseca, n° , 55 Cristóvão São 73 74 Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Rua Major Fonseca, n° , 28,30 Cristóvão Rua Major Fonseca, n° , 34, São 36, 38, 44, 46 Cristóvão São 75 Bem Tombado Casa Rua Major Fonseca, n° , 50 Cristóvão 30 76 77 Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Rua Major Fonseca, n° , 50A, São 52, 54 Cristóvão Rua Paula e Silva, n° , 13, 15, São 17, 19, 21 Cristóvão São 78 Bem Tombado Casas Rua Paula e Silva, n° 25 e 29 Cristóvão Rua Paula e Silva, n° , 8, 10, Bem Tombado Casas 79 12 São Rua Paula e Silva, n° , 16, 18 Cristóvão Largo do Pedregulho, n° 4, 4A, São 80 81 Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas 14, 20, 24, 28 Cristóvão Rua Paula e Silva, n° , São 28,30,32 Cristóvão São 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Bem Tombado Casas Casas Casas Casas Casas Casas Casas Casa Casas Casas Rua Paula e Silva, n° , 19A, 21 Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 295, 305, 313 Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 196, 200, 210, 214, 220, 236 Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 286, 294, 294A Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 352, 354 Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 368, 372 Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 392, 398 Cristóvão Rua São Luiz Gonzaga, n° , São 410 Cristóvão Travessa São Luiz Gonzaga, São n° , 1, 3, 5, 7, 9, 11 Cristóvão Travessa São Luiz Gonzaga, São n° , 21, 23, 25 Cristóvão Campo de São Cristóvão Traçado Urbano, mobiliário 92 Elementos Preservados urbano e murada São Campo de São Cristovão s/nº Campo de São Cristóvão 93 Elementos Preservados Colégio Gonçalves Araújo Cristóvão São Campo de São Cristovão , 310 Cristóvão 31 Portão da Quinta da Boa 94 Elementos Preservados Vista São Rua Dom Meinrado, s/nº Árvore no centro da rua em 95 96 Elementos Preservados Elementos Preservados Cristóvão São frente à Rua Filgueiras Avenida do Exército s/nº Cristóvão Clube de Regatas Vasco Rua General Almério de São da Gama Moura, 131 Cristóvão Rua General Argolo, 153 e s/nº São 97 Elementos Preservados Rua General Argolo entre, 123 e 153 Cristóvão São 98 Elementos Preservados Rua General José Cristino Rua General José Cristino Cristóvão São 99 100 Elementos Preservados Elementos Preservados Caixa d'água da CEDAE Rua Mineira, s/n Cristóvão Portão da Quinta da Boa Avenida Pedro II, 158, 383, e São Vista entre 153 e 147 Cristóvão São 101 Elementos Preservados Igreja de Santana Rua Pedro Paiva s/nº Cristóvão São 102 Elementos Preservados Rua São Januario Rua São Januário 1064 Cristóvão São 103 Elementos Preservados Rua Teixeira Júnior Rua Teixeira Júnior, 80, 158 Cristóvão Complexo do Maracanã/Estádio Mário 104 Bem Tombado Filho R. Professor Eurico Rabelo s/n Maracanã Quinta da Boa Vista (incluindo Jardim 105 Bem Tombado Zoológico) São Av. Pedro II, s/n Cristóvão Prédio - Pavilhão Sede do 106 Bem Tombado Comando do Colégio Militar Rua São Francisco Xavier, 267 Tijuca Reservatório da Quinta da Boa Vista ou de São 107 Bem Tombado Cristóvão São Rua Mineira, 81 Reservatório do 108 Bem Tombado Pedregulho Cristóvão São Rua Marechal Jardim, 455 Cristóvão TEMPLOS RELIGIOSOS: Os templos religiosos localizados na comunidade e no seu entorno estão descritos abaixo: Templos Religiosos Item Nome Endereço Bairro 32 Sociedade Espírita Cabana de 1 Antônio de Aquino Avenida Paula Sousa, 298 Maracanã Rua Isidro Figueiredo, 44 Maracanã 3 Maracanã Rua Visconde de Itamarati, 71 Andaraí 4 Ministério Reconciliação e Vida Rua Jaceguai, 72 Maracanã 5 Igreja Messiânica Mundial do Brasil Rua Felipe Camarão, 158 Maracanã 6 Comunidade Evangélica Jesus Vive Avenida Maracanã, 725 Tijuca 7 Paróquia Divino Espírito Santo Rua Felipe Camarão, 12 Maracanã 8 dos Be. Rua S Francisco Xavier, 609 Maracanã 9 Grupo Espírita Auta Souza Rua Alm João Cândido Brasil, 335 Maracanã Rua Artistas, 151 Vila Isabel 11 Lehem Rua dos Artistas, 205 Vila Isabel 12 Igreja Socorrista Evangélica Rua dos Artistas, 334 Andaraí 13 Batista Brasileira Rua Gonzaga Bastos, 300 Andaraí 14 Templo Espírita Jesus Nazareth Rua Pereira Nunes, 160 Tijuca 15 Igreja de Nova Vida de Vila Isabel Rua Visc. de Abaeté, 33 Vila Isabel 16 Trindade, Paulo M Rua Sousa Franco, 397 Vila Isabel 17 Igreja Metodista de Vila Isabel Boulevard 28 de Setembro, 400 Vila Isabel 18 Igreja Nossa Senhora de Lourdes Boul 28 de Setembro, 200 Vila Isabel Rua Gonzaga Bastos, 397 Tijuca Rua Teodoro da Silva, 254 Vila Isabel Rua Pereira Nunes, 395 Tijuca 22 Deus de Vila Isabel Rua Pereira Nunes, 374 Tijuca 23 Centro Espírita Caridade Jesus Rua Eng Gama Lobo, 415 Vila Isabel 24 Igreja Presbiteriana de Vila Isabel Rua Justiniano Rocha, 351 Vila Isabel 25 Igreja Batista Boas Novas Rua 8 Dezembro, 528 Vila Isabel 26 Congregação Cristã no Brasil Rua S Francisco Xavier, 707 Maracanã 27 Sociedade Espírita Jorge Rua Luís Barbosa, 36 Vila Isabel Rua Filgueiras Lima, 99 Riachuelo Primeira Igreja Cristo Cientista Rio 2 de Janeiro Igreja Batista Missionária do Grupo Espírita Regerenação Casas 10 Grupo Espírita Discípulo Samuel Igreja Batista Independente Beit Junta Missões Nacionais Convenção Fundação Igreja Evangélica 19 Ebenézer Igreja Evangélica Chinesa do Rio de 20 Janeiro Igreja Cristã Internacional do 21 Livramento Pleno Igreja Evangélica Assembléia de Congregação Espírita Francisco de 28 Paula 33 29 Igreja Presbiteriana do Riachuelo Rua Filgueiras Lima, 42 Riachuelo 30 Grupo Espírita Humildes Jesus Rua Alice Figueiredo, 69 Riachuelo 31 Sociedade Espírita Evangelizadora Rua Alice Figueiredo, 43 Riachuelo Rua Frei Pinto, 27 Rocha Igreja Nossa Senhora da 32 Anunciação São Igreja Batista Missionária do Francisco 33 Riachuelo Rua 24 de Maio, 288 Xavier 34 Associação Evangélica de Fé Rua Gal Rodrigues, 29 Rocha São Francisco 35 Tenda Espírita Mirim Avenida Marechal Rondon, 597 Xavier São Francisco 36 Tenda Espírita Estrela D'Alva Rua S Francisco Xavier, 898 Xavier São Francisco 37 Igreja Batista Nova Peniel Rua Licínio Cardoso, 541 Xavier São Francisco 38 Igreja Batista São Francisco Xavier Rua Licínio Cardoso, 487 Xavier 39 Matriz Nossa Senhora da Luz Rua Ana Neri, 1114 Rocha 40 Igreja Batista do Rocha Rua Dr Garnier, 610 Rocha 41 Igreja Batista de Benfica Rua Cap Abdala Chama, 98 Benfica Rua Leopoldo Bulhões, 40 Benfica 43 Assistência Resgate Vida Rua Costa Lobo, 243 Benfica 44 Igreja Universal Rua Visc de Niterói, 1298 Mangueira 45 Igreja Batista Jardim de Arimatéia Rua Vig Morato, 235 Benfica Fraternidade Espírita Bezerra de 42 Meneses MEARV-Ministério Evangélico de São 46 JOCUM-Jovens com uma Missão Rua S Luís Gonzaga, 1124 Cristóvão 47 Deus Rua S Luís Gonzaga, 1743 Benfica 48 Igreja Nossa Senhora da Consolata Rua S Luís Gonzaga, 1860 Benfica 49 Congregacionais Brasileiras Rua Cap Félix, 110 Benfica 50 Centro Espírita Casa Jesus Rua Pereira Lopes, 146 Benfica 51 Centro Espírita Manoel Martins Rua Ubatinga, 95 Benfica Igreja Evangélica Assembléia de Aliança das Igrejas Evangélicas 34 52 Igreja Batista em Alegria Rua Ubatinga, 73 Benfica 53 Igreja Pentecostal Anabatista Rua Couto de Magalhães, 600 Benfica São 54 Igreja Batista Nova Jerusalém Rua Ricardo Machado, 528 Paróquia São Januário e Santo 55 Agostinho São Rua S Januário, 249 Igreja de Nova Vida em São 56 Cristóvão Cristóvão São Rua Gal Argolo, 60 ADMAF - Assembléia de Deus 57 Missão Apostólica da Fé Cristóvão Cristóvão São R. Campo de São Cristóvão, 200 Cristóvão São 58 Igreja Batista Calvário Rua Chaves Faria, 252 Cristóvão São 59 Paróquia Santa Edwiges Rua Fonseca Teles, 109 Cristóvão São 60 Igreja Presbiteriana São Cristóvão Rua Euclides Cunha, 210 Cristóvão São 61 Assembléia de Deus Campo de São Cristóvão, 338 Cristóvão 62 Centro Espírita Universalista Rua Senador Nabuco, 34 Vila Isabel 63 Igreja Nova Apostólica Rua Pedro Guedes, 62 Maracanã 64 Igreja Racionalismo Cristão 65 Igreja Batista do Riachuelo Rua Jorge Rudge, n° 119 Vila Isabel R. Ana Neri, 1864 Riachuelo 66 Igreja Batista Jardim de Arimatéia R. Vigário Morato, n° 225 Benfica Assembléia de Deus Ministério 67 Pronto Socorro de Jesus R. da Prata esquina com Rua Henrique de Mesquita Mangueira Igreja Pentecostal Deus responde 68 com fogo R. Jupará, próximo a Rua Monte Belo Mangueira Igreja Nossa senhora de todos os 70 povos R. Jupará, próximo a Rua dos eucaliptos Mangueira 71 Igreja Ev. Assembléia de Deus R. Icaraí, próximo a Rua Viscond de Niterói Mangueira 72 Igreja Assembléia d Deus R. Graciette Matarazzo, 512c Mangueira 73 Congregação Cristã no Brasil R. Graciette Matarazzo, c29 Mangueira 74 Igreja Pentecostal 75 Igreja Unidos em Cristo Igreja Evangélica Assembléia de 76 Deus 77 Igreja Filial Monte Hermon 78 Igreja Universal do Reino de Deus Av. Neves, próximo a Avenida Bartolomeu de Gusmão Mangueira R. do Encanto Mangueira R. Visconde de Niterói, 336 Mangueira R. Domingos Pereira, próximo a R. Monte Belo Mangueira R. General Bento Ribeiro, próximo a R. Jupará Mangueira 35 79 Assembléia de Deus no Telégrafo R.Domingos Ferreira, 20 Mangueira 80 Assembléia de Deus R. Morro da Candelária Mangueira 81 Congregação Batista Travessa José Luciano, próximo a R. do Café Mangueira 82 Assembléia de Deus R. Morro da Candelária Mangueira 83 Capela Nossa senhora da candelária R. Morro da Candelária Mangueira 84 Assembléia de Deus Travessa José Luciano Mangueira 85 Assembléia de Deus Avenida Visconde de Niterói, 292 Mangueira SEGURANÇA: Os equipamentos de segurança localizados na comunidade e no seu entorno estão descritos abaixo: Segurança Item 1 Nome Corpo de Bombeiros Maracanã Endereço Bairro Rua Professor Eurico Rabelo, S/Nº Maracanã 11º Grupamento de Bombeiro Militar de 2 Vila Isabel Rua Oito de Dezembro, nº 456 Vila Isabel 3 Corpo de Bombeiros Benfica Av. D. Helder Câmara, 9 Benfica Rua Célio Nascimento, s/nº Benfica Delegacia de Roubos e Furtos de 4 Veículos (DRFVAT) São 5 Ministério do Exército Av. Bartolomeu Gusmão, 873 Cristóvão 6 Palacete Laguna Rua General Canabarro, nº 731 Maracanã 7 Laboratório Farmacêutico da Marinha Av. Dom Helder Camara, próximo ao nº 293 Benfica 8 Escola de Saúde do Exército (EsSEx) Rua Francisco Manoel, 44 Benfica 9 Hospital Central do Exército Rua Francisco Manoel, 126 Benfica 10 Comando do Exército Rua Dr Garnier, 390 Rocha Avenida Visconde de Niterói, próximo a R. 11 UPP Mangueira Tuiuti da Pedreira Mangueira 12 Guarda Municipal Rua Bartolomeu de Gusmão s/nº Mangueira São 13 CSM Corpo de Bombeiros São Cristóvão Rua Bartolomeu de Gusmão, 1120 Cristóvão EDUCAÇÃO: Os equipamentos de educação localizados na comunidade e no seu entorno estão descritos abaixo: Educação Item Nome Âmbito Endereço Bairro Praça Carmela Dutra - Rua Vasco da 1 Creche Municipal Francisco Alves Municipal Primeira, 01 Gama 36 2 Creche Municipal Homero José dos Santos Municipal Rua Icarí, s/nº Mangueira Av. Visconde de Niterói, 3 Creche Municipal Nação Mangueirense Municipal 774 Mangueira Rua Maestro Ernesto de 4 Creche Municipal Pipa no Céu Municipal Nazaré, s/nº Vila Isabel Rua Visconde de Niterói, 5 Creche Municipal Vovó Lucíola Municipal 1098 Escola Municipal General Humberto de Mangueira Rua Oito de Dezembro, 6 Souza Mello Municipal 275 Vila Isabel 7 Escola Municipal Humberto de Campos Municipal Travessa Saião Lobato, 40 Mangueira 8 Escola Municipal José Moreira da Silva Municipal Rua dos Eucaliptos, s/ nº Mangueira São 9 Escola Municipal Morro dos Telégrafos Municipal Rua Jupará, 91 Cristóvão São 10 Escola Municipal Uruguai Municipal Rua Ana Neri, 192 Rua General Gustavo 11 Escola Municipal Gonzaga da Gama Filho Municipal Cordeiro de Farias, 578 Cristóvão São Cristóvão Av. Vinte Oito de 12 Escola Municipal República Argentina Municipal Setembro, 125 Vila Isabel Av. Vinte E Oito de 13 Colégio Estadual João Alfredo Estadual Setembro, 109 Vila Isabel Rua Alm João Cândido 14 Escola Municipal Barão Homem De Mello Municipal Brasil, 352 Maracanã 15 Escola Municipal Madrid Municipal Rua Maxwell, 8 Vila Isabel Avenida Bartolomeu de 16 Escola Municipal Mestre Waldemiro Municipal Gusmão, 850 Avenida Bartolomeu de 17 Escola Municipal Marechal Trompowsky Municipal Gusmão, 1100 Escola Técnica Estadual (ETE) Adolpho 18 Bloch Estadual Creche Municipal Adalberto Ismael de 19 Souza São Cristóvão São Cristóvão Av. Bartolomeu de São Gusmão, nº 850 Cristóvão Avenida Bartolomeu de São Municipal Gusmão, 1100 Cristóvão São 20 Escola Municipal Portugal Municipal Av Exercito, 175 Cristóvão São 21 Colégio Estadual Olavo Bilac Estadual Praça Argentina, 20 Cristóvão São 22 Escola Municipal Floriano Peixoto Municipal Praça Argentina, 20 Cristóvão 23 Ciep Nação Mangueirense Estadual Mangueira Rua Santos Melo, s/nº 37 24 25 Colégio Pedro II Escola Municipal Dois de Julho Federal Campo de São Cristóvão, São 177 Cristóvão Rua Ferreira de Araújo, São Municipal 119 Cristóvão São 26 Escola Municipal Edmundo Bittencourt Municipal Rua Lopes Trovão, 287 Cristóvão 27 Creche Municipal Arara Azul Municipal Rua Ademar Serpa, s/nº Benfica 28 Creche Jabuti Particular Pedro Guedes, 80/84 Maracanã São 29 Creche Municipal Vasquinho Municipal Rua Santo Antônio, s/nº Cristóvão Praca Carmela Dutra - Rua São 30 Creche Municipal Francisco Alves Municipal Primeira, 01 Rua Ricardo Machado, 31 Colégio Catorze de Novembro Particular 324 Cristóvão São Cristóvão São 32 Escola Municipal João de Camargo Municipal R. Ricardo Machado, 633 Cristóvão 33 Escola Municipal Alice do Amaral Peixoto Municipal Rua Ébano, 187 Benfica 34 Escola Municipal Cardeal Leme Municipal Rua Ébano, 205 Benfica 35 Escola Municipal Friedenreich Municipal Avenida Maracanã, 350 Maracanã Les Petits – Educação Infantil e Escola de 36 Natação Avenida Paula E Souza, Particular 191 Tijuca Rua General Canabarro, 37 E. T. E. Ferreira Viana Estadual 291 Maracanã 38 Instituto Helena Antipoff Municipal Rua Mata Machado, 15 Maracanã Federal Maracanã Centro Federal de Educação Tecnológica 39 Celso Suckow da Fonseca Av. Maracanã, 229 Rua General Canabarro, 40 Colegio 1º de Maio Particular 536 CEFET-Celso Suckow da Fonseca-Dep Maracanã Rua General Canabarro, 41 Infra Estrutura Engenharia Federal 522 42 UniversidadeVeiga de Almeida Particular Rua Ibituruna, 108 Maracanã Maracanã IFRJ - Instituto Federal de Educação, 43 Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Federal UERJ - Universidade do Estado do Rio de Rua Senador Furtado, 121 Maracanã Rua S Francisco Xavier, 44 Janeiro Estadual 524 Maracanã 45 Fábrica de Material Pedagógico Municipal Rua Jupará, s/nº Mangueira 46 Escola Municipal José Veríssimo Municipal Rua Henrique Dias, 150 Rocha 47 Escola Oga Mitá Particular R. Maxwell, 194 Vila Isabel 38 CPREM-Curso Preparatório para Escolas 48 Militares Ltda Particular Rua Maxwell, 191 Vila Isabel 49 Jardim Escola Rosa Alves Moreira Particular Rua Gonzaga Bastos, 234 Vila Isabel 50 Kumon Tijuca Particular Rua Pereira Nunes, 199 Tijuca 51 Grupo Integrado Souza e Sequeira Particular Rua Ambrosina, 42 Tijuca 52 Tear Núcleo ONG Tijuca 53 Duarte, Maria C R Particular Rua Araújo Lima, 174 Vila Isabel 54 Centro Educacional Tijuca Particular Rua Artistas, 169 Vila Isabel 55 Curso Pré-Vestibular Bahiense Particular Rua Maj Ávila, 260 Tijuca Rua Pereira Nunes, 138 São 56 Escola Municipal Nilo Peçanha Municipal Av. Pedro II, 398 Cristóvão 57 Colégio Curso Intellectus Particular Rua Pereira Nunes, 323 Vila Isabel 58 Fisk Vila Isabel Particular Rua Teodoro da Silva, 371 Vila Isabel 59 Colégio Barão de Lucena Particular Rua Teodoro da Silva, 453 Vila Isabel 60 Jardim Escola Cantinho do Paraíso Particular Rua Teodoro da Silva, 520 Vila Isabel 61 Microlins Particular Boul 28 Setembro, 417 Vila Isabel 62 Educandário Sagrada Família Particular Rua Luís Barbosa, 82 Vila Isabel 63 Morgado, José S Particular Rua Silva Pinto, 71 Vila Isabel 64 Colégio Santos Dumony Particular AV. 28 de Setembro, 156 Vila Isabel 65 Unidunitê Creche Escola Particular Rua Hipólito Costa, 108 Vila Isabel Boulevard Vinte e Oito de 66 CNA Instituto Cultural Norte Americano Particular Setembro, 148 Vila Isabel Boulevard Vinte e Oito de 67 CCAA Particular Setembro, 118 Vila Isabel 68 Wizard Particular Boul 28 de Setembro, 191 Vila Isabel 69 Escola Monte Alegre Jardim Raios de Sol Particular R Conselheiro Autran, 30 Vila Isabel 70 Escola Multeducação Particular Rua Dq de Caxias, 125 Vila Isabel 71 JEAI Particular Rua Senador Nabuco, 59 Vila Isabel Rua Justiniano da Rocha, 72 Centro Educacional Crescer e Aprendermais Particular 341 Vila Isabel FAETEC Fundação Apoio Escola Tec Rio 73 de Janeiro Estadual Rua Jorge Rudge, 104 Vila Isabel Rua Oito de Dezembro, 74 Colégio Nossa Senhora de Lourdes Particular 328 Vila Isabel 75 Escola Pituchinha Particular Rua Arthur Menezes, 38 Maracanã SENAI-Serviço Nacional de Aprendizagem 76 Industrial Rua São Francisco Xavier, Privado 417 Maracanã Rua Prof Eurico Rabelo, 77 Escola Porto Seguromais Particular 131 Maracanã 39 78 Colégio IBA-Wakigawa Particular Avenida Maracanã, 572 Tijuca 79 Creche Escola Pirilampo Particular Rua Severino Brandão, 30 Tijuca 80 PENSI - Colégio e Curso Ponto de Ensino Particular R. Barão de Mesquita, 88 Tijuca 81 Curso A Prov Particular Rua Br Mesquita, 68 Tijuca Centro de Orientação Pedagógica Nosso 82 Mundo Particular Rua Adolfo Mota, 196 Tijuca 83 Colégio e Curso Roquette Particular Rua Major Ávila, 207 Tijuca 84 Curso Preparatório de Olho no Futuro Particular Rua Dep Soares Filho, 34 Tijuca R. São Francisco Xavier, 85 CCAA Particular 284 Tijuca Rua S Francisco Xavier, 86 CPM do Colégio Militar do Rio de Janeiro Particular 267 Tijuca Rua São Francisco Xavier, 87 Colégio Pedro II Federal 204 Maracanã 88 Ibeu Particular Rua Morais E Silva, 158 Maracanã 89 Semente Jardim Escola Particular Rua Oto Alencar, 35 Maracanã Praça da 90 Wizard Particular Rua Morais E Silva, 105 Bandeira Praça da 91 Colégio Graham Bell Particular Rua Morais E Silva, 94 Bandeira 92 Centro de Musica Cia da Musica Ltda Particular R. Visc. de Cairu, 273 Maracanã Rua Visconde de Cairu, 93 Centro Educacional Nosso Fruto Particular 222 Tijuca Grupo Sistema de Ensino - Centro 94 Educacional Norte Particular Rua Alice Figueiredo, 88 Riachuelo 95 Kumon Particular Rua Mal Bittencourt, 87 Riachuelo 96 Escola Municipal Barbara Ottoni Municipal Rua Senador Furtado, 94 Maracanã 97 Escola Municipal Benedito Ottoni Municipal Rua Senador Furtado, 90 Maracanã Avenida Marechal Rondon, 98 Faculdade CCAA Particular 1460 Riachuelo São R. Vinte e Quatro de Maio, Francisco 99 CCAA Centro Cultura Anglo Americano Particular 347 Xavier R. Vinte e Quatro de Maio, 100 Creche E Escola Arco Iris Dos Sonhos Particular 381 Riachuelo Rua Vinte e Quatro de 101 Escola Municipal Pareto Municipal Maio, 225 Rocha 40 São Rua São Francisco Xavier, Francisco 102 Colégio Maria Imaculada Particular 935 Xavier 103 Escola Municipal George Summer Municipal Rua Ana Neri, 2028 Riachuelo Rua Magalhães de Castro, 104 Instituto Castro e Silva Particular 251 Riachuelo 105 Instituto Consuelo Pinheiro Particular Rua Flack, 81 Riachuelo 106 Creche Escola Bambini D´oro Ltda Particular Rua Tavares Ferreira, 50 Rocha Estadual Maracanã ISERJ - Instituto Superior de Educação do 107 Rio de Janeiro Rua Mariz e Barros, 273 São 108 Curso Yes Idiomas Particular Rua S Luís Gonzaga, 461 Cristóvão São Francisco 109 Colégio Fernandes Bittencourt Particular Rua Licínio Cardoso, 145 Xavier 110 Maternal e Jardim Recriando Ltda Particular Rua Ébano, 128 Benfica São 111 Colégio New Garden Particular Rua Gal Argolo, 215 Cristóvão São 112 Educandário Gonçalves de Araújo Particular Rua Teixeira Júnior, 158 Cristóvão São 113 Tornar Se Pessoa Jardim Escola Creche Particular Rua Gal José Cristino, 56 Campo de Sao Cristovao, 114 Educandário Gonçalves de Araújo Particular 310 Cristóvão São Cristóvão São 115 Jardim Infância Quero Ser Feliz Ltda Particular Rua Fonseca Teles, 176 Cristóvão São 116 Colégio Brasileiro São Cristóvão Particular Rua Antonio H Noronha, 2 Cristóvão São 117 Jardim Escola Liberdade Particular Rua Paula E Silva, 25 Cristóvão São 118 CCAA Particular Rua Emancipação, 9 UERJ - Laboratórios da Faculdade de 119 Engenharia Cristóvão São Estadual Rua Fonseca Teles, 121 Colégio Educ Gonçalves de Araújo-Dep Cristóvão São 120 Feminino Particular Cpo S Cristóvão, 310 Cristóvão 121 C.E. Francisco Manuel Estadual Vila Isabel 122 Creche Escola Jeito de Ser Particular Rua Luiz Gama, 35 Rua Senador Soares, 61 Maracanã 41 Rua Isidro de Figueiredo, 123 Creche Bebês e Babás Ltda Particular 38 Maracanã 124 Creche Sapientia Particular Rua Dona Maria, Nº34 Vila Isabel Rua Justiniano da Rocha, 125 Creche Be Happy - Creche Bilingue Particular 406 Vila Isabel 126 de Paula Municipal Rua Correia Oliveira, 21 Vila Isabel 127 Creche Casa Dinda Particular Rua Petrocochino, 74 Vila Isabel 128 Creche Marietta Navarro Gaio Particular Rua Frei Pinto, 75 Rocha Fundação Municipal Lar Escola Francisco Engenho 129 Creche Escola Pique Esconde Particular Rua Filgueiras Lima, 61 SENAI-Serviço Nacional de Aprendizagem 130 Industrial Novo Pc Natividade Saldanha, Privado Creche Municipal Deputado Luiz Eduardo 19 Benfica Rua São Luiz Gonzaga, São 132 Magalhães Municipal 1486 Cristóvão 133 Escola de Saúde do Exército (EsSEx) Militar Benfica Rua Francisco Manoel, 44 Rua Francisco Manuel, 134 Instituto de Biologia do Exército Militar 135 Escola Municipal Delfim Moreira Municipal Praça Ubajara, 28 136 C.E. Anacleto de Medeiros Estadual 102 Benfica Rocha Av. Bartolomeu de São Gusmão, 1100 Cristóvão Creche Municipal Eduardo Moreira dos São 137 Santos Municipal Rua Jupará, 98 Cristóvão 138 Casa da Arte de Educar ONG Benfica Rua Ana Nery, 155 4. 9. ÁREAS ESPORTIVAS E DE LAZER As áreas mais utilizadas restringem-se a pequenos campos de futebol e quadras onde há espaço. Abaixo segue listagem com localização: Área Lazer Id 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Tipo Largo Área de convivência - Bancos e mesas Quadra Esportiva Área de convivência - Bancos Campo da Pedreira Quadra Esportiva e mesas Quadra Esportiva Área de convivência - Bancos Quadra Esportiva Área de recreação infantil e mesas Campo Bandeirantes Área de convivência - Mesas Área de convivência - Recreação infantil Área de convivência - Mesas Área de convivência - Mesas Anfiteatro Área de convivência - Bancos Quadra do Chalé Área de convivência identificada - Sem mobiliário urbano Quadra Coberta do Telégrafo Área de convivência - Mesas Endereço Rua Icaraí Rua Icaraí Rua do Encanto Rua do Encanto Rua Bartolomeu de Gusmão 1.100 Av Visconde de Niterói c/ Avenida Neves Av Visconde de Niterói c/ Avenida Neves Rua da União Rua 31 de Maio Rua 31 de Maio Rua Abdon Milanez Rua Monte Belo Rua dos Eucaliptos Rua dos Eucaliptos Rua Domingos Ferreira Rua Icaraí Rua Icaraí Rua Icaraí Olaria próxima à Travessa União Rua General Bento Ribeiro Praça da Caixa D´Água Conservação Conservado Conservado Deteriorado Conservado Deteriorado Deteriorado Conservado Deteriorado Deteriorado Deteriorado Conservado Conservado Conservado Deteriorado Conservado Deteriorado Conservado Deteriorado Deteriorado Deteriorado Deteriorado 42 As áreas de esporte abaixo são as maiores no Complexo e são utilizadas para diversos fins: No Morro dos Telégrafos há um campo esportivo coberto e cercado, junto à Associação de Moradores. Esse campo também é utilizado pela Associação e pela comunidade para eventos. Na Rua Abdon Milanez se localiza o campo de futebol com piso de saibro conhecido como Bandeirantes. A área inclui mesas e churrasqueira, e no local o responsável pela administração, Sr.Batata, organiza torneios entre os moradores do Complexo e do entorno. No campo da Pedreira, além de ser utilizado para eventos e lazer, o Clube de Regatas do Flamengo desenvolve o Projeto Social Escolinha Fla Mangueira com crianças da comunidade. Na área de entorno do morro estão localizados vários equipamentos e serviços públicos que beneficiam a população moradora no Complexo, como o Estádio Mário Filho - Maracanã -, e o Maracanãzinho, que oferece várias atividades esportivas, a Universidade de Estado do Rio de Janeiro - UERJ- que possui atividades voltadas às comunidades de baixa renda, e a Quinta da Boa Vista e o Jardim Zoológico, para atividades de lazer. Ver Mapa 1706-LV-URB-04-R01 e anexo 4 para a localização das áreas de lazer e convivência. 4. 10. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO O Complexo da Mangueira é constituído quase na totalidade, ou seja, 97,57% das construções em alvenaria, como se pode observar no quadro abaixo: TIPOLOGIA TIPO ALVENARIA AÇO GALVANIZADO ADOBE MADEIRA PAU A PIQUE TERRENO VAZIO TOTAL TELÉGRAFO MANGUEIRA QTDE. % 1682 2 1 24 2 25 1736 96,89% 0,12% 0,06% 1,38% 0,12% 1,44% 100,00% QTDE. 1644 0 0 6 1 28 1679 LOTEAMENTO PQ. CANDELÁRIA % QTDE. % 97,92% 0,00% 0,00% 0,36% 0,06% 1,67% 100,00% 210 0 0 0 0 13 223 94,17% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 5,83% 100,00% QTDE. 1073 1 0 5 1 6 1086 % 98,80% 0,09% 0,00% 0,46% 0,09% 0,55% 100,00% TOTAL 4609,00 3,00 1,00 35,00 4,00 72,00 4724,00 % 97,57% 0,06% 0,000212 0,007409 0,000847 0,015241 100,00% Na localidade Vila Esperança, no Morro dos Telégrafos, uma das áreas mais carentes do Complexo, existem 24 construções em madeira. Mais do que em qualquer outra localidade. Na localidade Loteamento podemos observar que só existem construções em alvenaria. Em relação ao gabarito, o maior percentual, 42,29%, são de construções de dois pavimentos, localizados em todas as comunidades, exceto na localidade Loteamento, onde o maior percentual, 32,29%, são construções de três pavimentos. Nessa mesma localidade está o maior percentual no Complexo de construções de quatro pavimentos, 20,18%, enquanto que a média de casas com quatro pavimentos nas outras comunidades é de aproximadamente 3%. O segundo percentual mais alto no Complexo, 31,67%, são de construções com um pavimento. Podemos concluir então que a maioria das construções, ou seja, 78,54% destas, são com um ou dois pavimentos, ficando as com três pavimentos com um percentual de 21,42%, como demonstrado no quadro abaixo: 43 GABARITO TIPO 1 PAVIMENTO 2 PAVIMENTOS 3 PAVIMENTOS 4 PAVIMENTOS 5 PAVIMENTOS 6 PAVIMENTOS TERRENO VAZIO TOTAL TELÉGRAFO QTDE. 532 756 372 50 1 0 25 1736 MANGUEIRA % 30,65% 43,55% 21,43% 2,88% 0,06% 0,00% 1,44% 100,00% QTDE. 544 717 360 27 3 0 28 LOTEAMENTO % 32,40% 42,70% 21,44% 1,61% 0,18% 0,00% 1,67% 100,00% 1679 QTDE. 46 43 72 45 3 1 13 223 PQ. CANDELÁRIA % 20,63% 19,28% 32,29% 20,18% 1,35% 0,45% 5,83% 100,00% QTDE. 371 482 208 19 0 0 6 % 34,16% 44,38% 19,15% 1,75% 0,00% 0,00% 0,55% 100,00% 1086 TOTAL % 1493,00 31,60% 1998,00 42,29% 1012,00 21,42% 141,00 2,98% 7,00 0,15% 1,00 0,02% 72,00 1,52% 4724,00 100,00% No Complexo da Mangueira 88,10% das construções no Complexo da Mangueira são de utilização residencial. No Morro do Telégrafo temos o maior percentual de casas mistas do Complexo, com o uso residencial e comercial, como podemos verificar na tabela abaixo: USO DO SOLO TIPO TELÉGRAFO COMERCIAL INSTITUCIONAL LAZER SERVIÇO RESIDENCIAL QTDE. 31 16 6 20 1517 MISTO 1 (RESIDENCIAL+COMERCIAL) 100 5,76% MISTO 2 (RESIDENCIAL+SERVIÇO) MISTO 3 (RESIDENCIAL+INSTITUCIONAL) MISTO 4 (COMERCIAL+INSTITUCIONAL+SERVIÇO) MISTO 5 (RESIDENCIAL+INSTITUCIONAL+COMERCIAL) MISTO 6 (SERVIÇO+COMERCIAL) MISTO 7 (RESIDENCIAL+SERVIÇO+COMERCIAL) 18 4 0 1 1 2 1,04% 0,23% 0,00% 0,06% 0,06% 0,12% TERRENO VAZIO 20 1,15% NÃO DEFINIDO TOTAL 0 1736 0,00% 100,00% MANGUEIRA LOTEAMENTO % 1,79% 0,92% 0,35% 1,15% 87,38% QTDE. 42 14 2 18 1495 % 2,50% 0,83% 0,12% 1,07% 89,04% 75 5 1 0 0 0 1 4,47% 0,30% 0,06% 0,00% 0,00% 0,00% 0,06% 1,55% 13 5,83% 0,00% 100,00% 0 223 0,00% 100,00% 26 0 1679 QTDE. 7 2 0 5 185 PQ. CANDELÁRIA % 3,14% 0,90% 0,00% 2,24% 82,96% QTDE. 55 10 5 10 965 % 5,06% 0,92% 0,46% 0,92% 88,86% 7 3,14% 3 0 1 0 0 0 1,35% 0,00% 0,45% 0,00% 0,00% 0,00% 32 2 1 0 0 0 1 0,18% 0,09% 0,00% 0,00% 0,00% 0,09% 3 2 1086 2,95% 0,28% 0,18% 100,00% TOTAL % 135 42 13 53 4162 2,86% 0,89% 0,28% 1,12% 88,10% 214 28 6 1 1 1 4 4,53% 0,59% 0,13% 0,02% 0,02% 0,02% 0,08% 62 1,31% 2 0,04% 4724 100,00% O número de construções unicamente comerciais é bem pequeno no Complexo todo, mas o maior percentual dessas construções é no Morro da Candelária. 4. 11. POPULAÇÃO 4.11.1. APRESENTAÇÃO: Na análise da população moradora na Favela da Mangueira a principal dimensão é do estabelecimento do seu perfil econômico e social. Esta análise somente pode ser feita através de dados quantitativos. Os dados quantitativos disponíveis são aqueles produzidos no Censo 2010 pelo IBGE. Como sabemos as tabelas econômicas e sociais não estão disponíveis. É necessário prospectar e organizar os dados pelo pesquisador para ser posteriormente analisado. Sendo assim, selecionamos aqueles indicadores mais importantes para a análise sócio econômica da população dessa favela. Utilizamos também algumas tabelas organizadas pelo Instituto Pereira Passos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro que apresenta alguns indicadores, desagregados pelas sub localidade da favela. Este material empírico permitiu-nos estabelecer uma primeira aproximação com as condições efetivas de vida dos moradores da Favela da Mangueira. 44 4.11.2. FAVELA E SINGULARIDADE: A análise da população residente na Favela da Mangueira é indissociável da constituição da sua identidade coletiva. As favelas, enquanto fenômeno social como totalidade, apesar das diferentes nominações no país e em todo o mundo, guarda inúmeras similaridades, tendo a forma de ocupação da terra urbana como principal elemento unificador. Mas, normalmente, são processos de urbanização que se deram na ausência de uma política habitacional, que conduziram as populações pobres à ocupação dos espaços “segregados” da cidade. No entanto, a trajetória das “ocupações ilegais” ao longo da história caracteriza particularidades capazes de estabelecer uma identidade coletiva totalmente diferenciada. É o caso da Favela da Mangueira. Apesar das favelas cariocas serem objeto de preconceitos os mais variados, é também este espaço popular que constituiu a identidade da cidade do Rio de Janeiro. Ao lado do estigma, a favela também pode ser vista como o lócus produtor de parte significativa da identidade da cidade. O futebol, o samba, as escolas de samba são um marco da constituição da identidade carioca e especial ativo cultural. Nessa perspectiva, a Favela da Mangueira ocupa lugar central, com grande singularidade em relação às demais áreas faveladas da cidade. Trata-se da marca identitária do Samba e da Escola de Samba. Esta forte identidade estabelece relações de natureza diversa da “favela com a cidade” e, principalmente, proporciona a sua população, além de elementos para a construção de uma autoestima positiva, um importante ativo econômico: a cadeia produtiva da cultura carnavalesca. É sob esta perspectiva que apresentaremos o perfil da população moradora na Favela da Mangueira. 4.11.3. O TERRITÓRIO COMO REFERÊNCIA: Um dos elementos que exigem uma análise em maior profundidade das áreas faveladas são as divisões territoriais internas que demarcam também identidades coletivas. Estas divisões representam também intensas diferenciações no perfil da população, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, sobressaindo particularmente a diferenciação quanto ao número de moradores. O UPP Social, departamento do Instituto Pereira Passos – IPP elaborou um estudo comparativo sobre as comunidades existentes dentro de área de atuação da UPP Mangueira utilizando dados obtidos através do Censo IBGE 2010. A área do Loteamento, apesar de fazer parte do Complexo, segundo a Associação de Moradores e os próprios moradores, não é considerada pelo IPP como área informal, e não foi considerada na análise. Para fins de comparação, a tabela abaixo apresenta os dados relativos à área total, população, domicílios, média de habitantes por domicílio e densidade demográfica de cada uma das comunidades e do total, assim como do município do Rio de Janeiro para fins de comparação. População, Domicílios, Habitantes por Domicílio, Área e Densidade Demográfica segundo as Comunidades na UPP Mangueira e Município do Rio de Janeiro 45 As sub localidades apresentam diferentes perfis. Por um lado, temos o Morro do Telégrafo que concentra 33% (6.657 pessoas) e a da Mangueira, com 22% ( 4.594 pessoas) e que representam mais da metade da população total. Registre-se ainda Tuiuti com 3263 pessoas e o Parque Candelária que totaliza 2.229 pessoas que concentra importantes grupos populacionais. Estas localidades têm grande concentração de pessoas e domicílios. Enquanto isso, por outro lado, temos sub territórios muito pequenos, como a Rua Bartolomeu Gusmão (população de 428 pessoas), Parque dos Mineiros (678 pessoas) e Vila Miséria (727 pessoas). A densidade demográfica da área em estudo é um pouco superior a três pessoas, próximo á média do município do Rio de Janeiro. Uma análise preliminar destes dados iniciais nos mostra a heterogeneidade na ocupação do espaço da favela como elemento central para uma primeira aproximação com a localidade. Esta distribuição aponta também para o entendimento que estas divisões das localidades estão associadas á desigualdades em termos de condições gerais de habitabilidade. 4.11.4. PERFIL DA POPULAÇÃO: Para uma “fotografia” da população moradora na Favela da Mangueira, o Censo Demográfico realizado em 2010 pelo IBGE mostrou que existe um total de 5.160 domicílios particulares. Este total é inferior ao coletado pelo IPP em virtude da não contagem de domicílios que não sejam particulares. Veja a tabela abaixo, elaborada pela equipe técnica do Projeto a partir dos dados do Censo IBGE 2010. PESSOAS RESIDENTES EM DOMICÍLIOS PARTICULARES - RESPONSÁVEIS Pessoas residentes em domicílios particulares, por condição no domicílio e compartilhamento da responsabilidade pelo domicílio Mangueira - Rio de Janeiro – RJ Pessoas residentes em domicílios particulares (Pessoas) Pessoa responsável 5.160 Fonte: IBGE - Censo Demográfico Com a finalidade de descrever o perfil da população, vamos estabelecer uma especial atenção nos chefes de domicílios particulares. 46 O nível de escolaridade é tratado, num quase consenso, como um fator determinante para o estabelecimento de condições socialmente desejáveis de vida. No entanto, o grau mínimo capaz de alavancar políticas públicas que gerem mobilidade social é o taxa de alfabetização. Estes dados mostram inicialmente que a mulheres possuem uma frequência maior do que os homens no nível de alfabetização. Veja a tabela abaixo, elaborada pela equipe técnica do Projeto a partir dos dados do Censo IBGE 2010. PESSOAS COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE ALFABETIZADA Pessoas de 10 anos ou mais de idade, total, alfabetizadas e Taxa de alfabetização por sexo Mangueira - Rio de Janeiro – RJ Pessoas de 10 anos ou mais de idade, alfabetizadas (Pessoas) Sexo Total 13.687 Homens 6.351 Mulheres 7.336 Fonte: IBGE - Censo Demográfico Esta outra tabela complementar abaixo, elaborada pela equipe técnica do Projeto a partir dos dados do Censo IBGE 2010, mostra os rendimentos de pessoas com 10 anos ou mais de idade associada à alfabetização ou não, em reais, para o ano de 2010. VALOR DO RENDIMENTO NOMINAL MÉDIO DAS PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE EM REAIS SEGUNDO ALFABETIZAÇÃO Pessoas de 10 anos ou mais de idade, total e com rendimento, Valor do rendimento nominal médio mensal e mediano médio mensal, das pessoas de 10 anos ou mais de idade, total e com rendimento, segundo a condição de alfabetização, a situação do domicílio e o sexo Mangueira - Rio de Janeiro – RJ Valor do rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade (Reais) Total 499,51 Alfabetizadas 510,9 Não alfabetizadas 339,79 Fonte: IBGE Demográfico - Censo Podemos observar primeiro, a diferença de renda entre as pessoas alfabetizadas e não alfabetizadas. Enquanto essas possuem um rendimento médio mensal de R$ 339,79, as pessoas alfabetizadas alcançam R$ 510,51 reais. Assim o rendimento nominal médio mensal é de apenas R$ 499,51. Portanto, mesmo no grau mais básico e elementar da educação escolar impacta o rendimento da população. É essencial observar que o valor nominal refere-se ao ano de 2010 e, assim, não se pode comparar com a situação atual (2012) correlacionado ao salário mínimo. Podemos, portanto admitir que estamos tratando com uma população pobre. 47 A distribuição da população segundo sexo é objeto de análise da tabela abaixo. Os dados do município do Rio de Janeiro, assim como da R.A. São Cristóvão estão descritos na tabela para fins de comparação. Sexo e Razão de Sexos segundo as Comunidades na UPP Mangueira, R.A. São Cristóvão e Município do Rio de Janeiro - 2010 Verifica-se que o percentual de mulheres é maior do que o de homens nas comunidades da área de estudo, com valores muito próximos ao conjunto da cidade e pouco superior ao da RA de São Cristóvão. Se analisarmos o perfil por sexo dos responsáveis pelos domicílios veremos também que a maioria é de mulheres, conforme mostra a tabela abaixo, elaborada pela equipe técnica do Projeto a partir dos dados do Censo IBGE 2010. Pessoas de 10 anos ou mais de idade, responsáveis pelos domicílios particulares, por cor ou raça, segundo o sexo e as classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita Mangueira - Rio de Janeiro – RJ Pessoas de 10 anos ou mais de idade, responsáveis pelos domicílios particulares (Pessoas) Sexo Homens 2.052 Mulheres 3.108 Fonte: IBGE Censo Demográfico PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, RESPONSÁVEIS PELOS DOMICÍLIOS PARTICULARES, SEGUNDO O SEXO Devemos registrar que, em consonância com o perfil da maioria das favelas da cidade, as mulheres são majoritariamente as responsáveis pelos domicílios. Como é sabido que as mulheres auferem menor rendimento do que os homens, tanto no mercado forma quanto no mercado informal, é possível explicar, primariamente, os baixos rendimentos da Favela da Mangueira. Se esta mesma condição – responsável por domicílios particulares – for analisado segunda a cor ou raça, veremos, na tabela abaixo, também elaborada pela equipe técnica do Projeto a partir dos dados do Censo IBGE 2010, a seguinte situação: 48 PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, RESPONSÁVEIS PELOS DOMICÍLIOS PARATICULARES, SEGUNDO A COR OU RAÇA Pessoas de 10 anos ou mais de idade, responsáveis pelos domicílios particulares, por cor ou raça, segundo o sexo e as classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita Mangueira - Rio de Janeiro – RJ Pessoas de 10 anos ou mais de idade, responsáveis pelos domicílios particulares (Pessoas) Cor ou raça Total 5160 Branca 1257 Preta 1601 Amarela 72 Parda 2227 Indígena 3 Sem declaração - Fonte: IBGE Demográfico - Censo Salientamos a grande frequência daquelas pessoas que se declaram preta (1.601) e parda (2.227), que representam quase 70% da população. Este indicador também estabelece forte influência sobre o nível de remuneração da classe trabalhadora. Podemos afirmar, portanto, que se trata de uma população não branca, com predominância de pretos e pardos. No que se refere à distribuição populacional por faixas etárias, distribuída em quatro grupos crianças (0 a 14 anos), jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 64 anos) e idosos (65 ou mais) –e elaborada pelo IPP, podemos destacar alguns pontos Em primeiro lugar é possível verificar a grande quantidade de crianças nas comunidades da área de estudo, bem superior às médias da cidade e da RA de São Cristóvão. Esta freqüente vai impactar fortemente a renda per capita domiciliar por que não auferem rendimentos do trabalho e representa importante custo para a reprodução da força de trabalho Na outra ponta, os valores consideravelmente inferiores de idosos em relação à cidade e RA de ao Cristóvão. Este indicador pode levantar a hipótese que as condições de vida nas áreas formais da cidade prolonga o tempo de existência das pessoas – tendência na sociedade brasileira- , enquanto nas áreas não formais o número de idosos tem uma frequência menor. Ao se comparar o número de homens e mulheres pelos quatro grupos etários: crianças, jovens, adultos e idosos, com uma pequena diferença na faixa de idade dos adultos e dos idosos em relação à tabela anterior. Nesta comparação, os idosos estão representados por 60 anos ou mais. Faixa Etária por sexo segundo as comunidades na UPP Mangueira – 2010 49 Nas comunidades da área de estudo, na primeira faixa (de 0 a 14 anos) a população masculina é pouco superior à feminina na Mangueira e no Parque Candelária. Na faixa entre 15 e 29 anos de idade, a população feminina supera a do sexo masculino nas comunidades. O mesmo ocorre na faixa da população adulta (ente 30 e 59 anos). E o contingente feminino aumenta a partir dos 60 anos de idade. Na comparação do conjunto de comunidades da UPP Mangueira com a RA São Cristóvão, as duas pirâmides etárias abaixo demonstram a predominância (54% do total) da população jovem (entre 0 e 29 anos de idade); razão pela qual a base da pirâmide é mais larga do que a pirâmide da R.A São Cristóvão, onde a maior parte da população tem entre os 20 e 34 anos de idade. O percentual da população das comunidades da UPP Mangueira (homens e mulheres) começa a diminuir a partir dos 30 anos de idade, até atingir 9% na faixa que começa aos 60 anos de idade, enquanto na R.A São Cristóvão, a população começa a diminuir a partir dos 40 anos, com o topo da pirâmide mais largo, especialmente para as mulheres, que são a maioria da população na faixa etária que começa aos 60 anos de idade. Pirâmides Etárias das comunidades na UPP Mangueira e R.A. São Cristóvão – 2010 Para uma observação mais precisa das condições de vida, medido pelo nível de rendimento e ainda tendo em vista a análise anterior, a tabela sobre a classe de rendimento mensal domiciliar per capita, elaborada pela equipe técnica do Projeto a partir dos dados do Censo IBGE 2010, pode indicar uma maior precisão na análise da população da Favela da Mangueira. CLASSE DE RENDIMENTO MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA 50 Pessoas de 10 anos ou mais de idade, responsáveis pelos domicílios particulares, por cor ou raça, segundo o sexo e as classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita Mangueira - Rio de Janeiro – RJ Pessoas de 10 anos ou mais de idade, responsáveis pelos domicílios particulares (Pessoas) Classes de rendimento domiciliar per capita nominal mensal Total 5.160 Até 1/8 de salário mínimo 90 Mais de 1/8 a 1/4 de salário mínimo 379 Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo 1.166 Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 1.709 Mais de 1 a 2 salários mínimos 1.018 Mais de 2 a 3 salários mínimos 177 Mais de 3 a 5 salários mínimos 109 Mais de 5 a 10 salários mínimos 53 Mais de 10 salários mínimos 22 Sem rendimento 437 Sem declaração - Fonte: IBGE - Censo Demográfico Podemos observar que a maioria da população tem um rendimento familiar per capita entre ½ e 1 salário mínimo per capita. Outras frequências importantes são daqueles que ganha de 1 a 2 salários mínimos per capita e também de ¼ a ½ salário mínimo per capita mensal. Reafirmamos que a Favela da Mangueira concentra níveis expressivos de pobreza. Esta situação parece ainda mais grave na medida em que a Favela da Mangueira possui um “entorno rico”, com a presença de moradias de classe média e um conjunto expressivo de instituições públicas e privadas, grandes escritórios e mesmo importante referências de sociabilidade e lazer. Além disso, a Quadra da Escola de Samba da Mangueira sintetiza a importante cadeia produtiva da cultura carnavalesca, o que poderia oferecer alternativas de trabalho e renda capazes de minimizar a carência material da localidade. 4.11.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Trata-se, assim, de uma favela com grande pobreza material e extrema riqueza imaterial. A alavancagem da cadeia produtiva da cultura carnavalesca em benefício dos seus moradores poderá alterar substantivamente as condições de vida da população. No entanto, a situação atual mostra níveis expressivos de pobreza associado aos níveis educacionais presente na localidade, o predomínio de mulheres como responsável pelo domicilio e a predominância de pessoas de coir preta e parda. Estes indicadores não são passíveis de serem transformadas apenas por ações endógenas. Estão ações podem estabelecer outros parâmetros de desenvolvimento, mas é necessário ações estruturais de caráter macro econômico e social para uma efetiva transformação. 51 No entanto, o estabelecimento de melhorias nas condições gerais de habitabilidade na localidade estabelece grande impacto sobre as condições de vida. 4.12. OBRAS E INTERVENÇÕES EM CURSO REALIZADAS POR ÓRGÃOS PÚBLICOS As comunidades do Complexo da Mangueira foram objeto de obras de urbanização na década de 1990, dentro do Programa Favela-Bairro. Na ocasião vários investimentos públicos foram realizados na implantação de redes de infraestrutura, equipamentos públicos e habitacionais. Encontra-se em execução, por parte do poder público municipal a remoção da comunidade da “favela do Metrô”, localizada na Avenida Radial Oeste, ao longo da linha férrea, onde será implantado um projeto de reurbanização completa da área com a reformulação dos serviços de oficinas automotivas estabelecidas no local. A SMH também realiza a reforma da creche Mestre Tinguinha, com a demolição do Centro Social vizinho e a reforma de todo o espaço da praça em que a creche está implantada. A CEHAB, Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro tornou público o resultado da seleção para escolha da empresa do ramo da construção civil interessada na produção das unidades residenciais a serem construídas na Rua Luiz Gonzaga, nº 407 em São Cristovão, matrícula do terreno 1409, do Cartório do 9º Ofício de Nova Iguaçu, no Programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal. No local estão previstas 1.260 unidades habitacionais. De acordo com o relatório da UPP Social, está previsto, para a etapa 3 do Programa Morar Carioca, intervenções no Complexo da Mangueira. Segue abaixo mapa com a localização do terreno, que se encontrar contíguo aos morros da Candelária e dos Telégrafos: 52 Por parte da Prefeitura Municipal, ações e programas em diferentes campos vem sendo desenvolvidos desde 2009, envolvendo diversos órgãos e Secretarias na área de estudo. Estas se encontram, listadas a seguir: CONSERVAÇÃO URBANA E AMBIENTAL BANHO DE LUZ - SECRETARIA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO / RIO LUZ Programa de reformulação e implantação de iluminação pública, troca os equipamentos de iluminação por outros mais eficientes e realiza a implantação de novos pontos de luz onde antes não havia luminárias. VAMOS ILUMINAR - SECRETARIA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO / RIO LUZ Equipes da RioLuz atuam regularmente na manutenção da iluminação pública e substituição de lâmpadas. Foi feita ainda a correção de pontos apagados e de lâmpadas acesas durante o dia. VAMOS COMBINAR UMA COMUNIDADE MAIS LIMPA! - SECRETARIA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO / COMLURB Modelo de coleta de lixo e limpeza urbana, em fase de implantação, adaptado para os territórios com UPPs, o programa é baseado no diálogo com a comunidade para acordo sobre eliminação de pontos de descarte irregular e sobre a utilização correta dos novos equipamentos a serem instalados na comunidade. O curso de capacitação dos Multiplicadores do Cuidado com Ambiente está em fase de implantação. IMPLANTAÇÃO DE NOVA LOGÍSTICA DE COLETA DE LIXO - SECRETARIA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO / COMLURB A Comlurb fez a implantação de nova logística de limpeza e coleta de lixo, que conta com equipamentos para executar o serviço de limpeza de acordo com as particularidades e a topografia da região. Entre os novos equipamentos, estão o micro-trator compactador. Projetado para a realidade da comunidade, tem tamanho adequado para as vias estreitas e de capacidade e altura para despejar o lixo diretamente no caminhão compactador, na caixa coletora e no compactêiner. Uso de moto-triciclo para remoção do lixo porta a porta, com capacidade de transportar, cada uma, 250 kg de resíduos. As moto-triciclos contam com um sistema de comunicação para avisar aos moradores a chegada da Comlurb para coletar os sacos de lixo das residências. PROGRAMA MUTIRÃO DE REFLORESTAMENTO - SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE O programa, que existe há 20 anos, busca reduzir os danos e riscos causados pela ocupação desordenada por meio do plantio de novas mudas em áreas degradadas. Além de procurar diminuir esses efeitos, o programa aumenta a oferta de trabalho local, recrutando agentes da própria comunidade. SISTEMA ALERTA RIO - DEFESA CIVIL Sistema de alerta comunitário desenvolvido pela Defesa Civil, em funcionamento no Parque Candelária, Tuiuti, Telégrafos e Mangueira (RA - São Cristóvão), tem o objetivo de reforçar a atuação em casos de urgências e se utiliza de tecnologias oportunas na prevenção de desastres naturais. O sistema utiliza sirenes acionadas remotamente do Centro de Operações da Prefeitura sempre que o índice pluviométrico de uma região chega a 40mm em 1 hora e alerta a população para se dirigir a um ponto de apoio. Serve-se também de aparelhos celulares cedidos pela Prefeitura, que recebem SMS (torpedos) com alertas em caso de ocorrências de chuvas. Contam com moradores das comunidades treinados. CULTURA, ESPORTE E LAZER 53 RIO EM FORMA OLÍMPICO - SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER Com três unidades, atende até 480 idosos e crianças. O projeto Rio em Forma Olímpico realiza atividades esportivas, culturais, sociais, éticas e de saúde com crianças e idosos, dentro das comunidades. Através das oficinas, têm o objetivo de agregar conhecimentos, valores éticos. ESCOLA DO AMANHÃ - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO O Programa Escolas do Amanhã representa um conjunto de ações envolvendo Educação, Saúde, Assistência Social, Desporto, Arte e Cultura, voltadas à realidade de 151 escolas do ensino fundamental, em áreas vulneráveis do Rio de Janeiro. O programa foi implantado na Escola Municipal Humberto de Campos, localizada na Travessa Saião Lobato, 40 INCLUSÃO PRODUTIVA E REDUÇÃO DA POBREZA FAMÍLIA CARIOCA EM CASA - SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Programa que realiza o acompanhamento sistemático das famílias, em situação de extrema pobreza que são beneficiárias do Cartão Família Carioca. SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL CARTÃO FAMÍLIA CARIOCA - SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Programa de complementação de renda para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, em situação de extrema pobreza e com renda per capita abaixo de R$ 108,00. ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL Parte do Programa Saúde Presente, de atenção integral às famílias, o Estratégia Saúde da Família promove, contínua e permanentemente, a saúde em territórios pré-definidos, com oferta de cuidados primários, voltados às necessidades da população. Implantação do programa na Clínica da Família Dona Zica, com cinco Equipes de Saúde da Família e duas de Saúde Bucal, que atendem as comunidades Vila Esperança, Morro dos Telégrafos, Mangueira (RA São Cristóvão), Rua Bartolomeu Gusmão e Parque Candelária. CONSTRUÇÃO DE CLÍNICA DA FAMÍLIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Construção da Clínica da Família Dona Zica – localizada em área de UPP - com o investimento de R$ 2,5 milhões. URBANIZAÇÃO E HABITAÇÃO PREVENÇÃO EM ÁREA DE RISCO - GEO-RIO Realização de mapeamento de áreas que apresentam risco de desabamento em toda a região da UPP e elaboração de projeto executivo de contenção. CONTENÇÃO DE ENCOSTAS - GEO-RIO Obras, em curso, de contenção de encosta na Travessa da Rosa e na Rua Jupará, nº246, com investimento de mais de R$ 200 mil. FOMENTO E EMPREENDORISMO EMPRESA BACANA - INSTITUTO PEREIRA PASSOS Em parceria com a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, Secretaria de Ordem Pública, Sebrae, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), o programa Empresa Bacana incentiva a formalização de empreendedores nas comunidades. Em 2011, 1510 empreendedores foram formalizados nas seguintes comunidades: Alemão, Andaraí, Borel, Chapéu Mangueira e Babilônia, Cidade de Deus, Formiga, Macacos, PavãoPavãozinho e Cantagalo, Providência, Salgueiro, Santa Marta, São João, Tabajaras e Turano. 54 5. MEIO AMBIENTE 5.1 INTRODUÇÃO Nos países em desenvolvimento, populações ainda não têm acesso às condições básicas que determinam uma boa qualidade de vida. Na última década, o Brasil acumulou importantes experiências na redução dos índices de inadequação habitacional. O Programa Favela Bairro, da cidade do Rio de Janeiro, é reconhecido mundialmente como um dos mais conceituados programas de urbanização de assentamentos informais, tendo sido indicado pela ONU como exemplo a ser seguido por outros países. No entanto, apesar das urbanizações, o problema habitacional das favelas cariocas ainda é crítico. Dentro da lógica sustentável, na qual a moradia não deve causar agressões ao indivíduo nem ao meio ambiente, as casas das favelas cariocas ainda não oferecem qualidade de vida satisfatória a seus moradores. Nesse capítulo é apresentado um diagnóstico ambiental das Comunidades do Complexo da Mangueira, observando os problemas ambientais mais recorrentes e agressivos a população da comunidade. A análise dos aspectos ambientais do Complexo da Mangueira, objetiva auxiliar na criação de mecanismos para enfrentar a inadequação habitacional em assentamentos informais de forma consciente, eficiente e sustentável e garantir a qualidade de vida das populações residentes. 5.2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL MEIO FÍSICO 5.2.1 GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS A Baía de Guanabara incluindo a maior parte de sua bacia hidrográfica contribuinte, onde se localiza a área de influência do Complexo Mangueira, corresponde a um compartimento estrutural tectonicamente rebaixado, de idade Cenozóica, denominado Baixada Fluminense (Mansur). A Baixada Fluminense, da qual o Recôncavo da Guanabara e parte da baía fazem parte, é uma região deprimida e alongada, de direção leste-nordeste, com extensão de pelo menos 200 km, que se estendem entre o Morro de São João e a Baía de Sepetiba. Segundo Amador (1997), a região da Guanabara tem como embasamento uma imensa plataforma constituída por terrenos muito antigos, denominada Plataforma Sul Americana, cuja formação se processou no Pré-Cambriano, tendo afloramentos em extensas regiões estáveis nos chamados Escudo das Guianas e Escudo Brasileiro. A Área de influência do projeto de intervenção do Complexo Mangueira está assentada sobre este último - Escudo Brasileiro - que é resultado da cratonização decorrente da superposição de distintos ciclos tecto-orogênicos, entre os quais o Transamazônico (1.800-2.600 m.a.) e o Brasiliano (550-900 m.a.). Durante o ciclo brasiliano (620-540 m.a.), as rochas do ciclo anterior passaram por fenômenos de deformação, dando origem aos migmatitos e granitóides encontrados na Série Serra dos Órgãos e aos gnaisses imbricados do Grupo Paraíba Desengano. Os gnaisses fitados, bancos de quartzitos e calcários metamórficos da Série Paraíba Desengano, correspondem a sedimentos de um mar intracratônico, existente no supercontinente Pangea. Portanto, antes do surgimento do Oceano Atlântico, um mar Pré-Cambriano já banhara a região atualmente ocupada pela Baía de Guanabara (Amador, 1997). Esta grande área rebaixada que hoje configura a Baixada Fluminense passou por diversas episódios de transgressões e regressões marinhas (avanço e recuo do mar) ocorridos durante o Quaternário, sendo preenchida pelos sedimentos trazidos das partes altas pelos cursos d’água e os provenientes dos depósitos marinhos até chegar a sua configuração atual (Zimbres). As principais estruturas litológicas encontradas no segmento continental a Oeste da Baía de Guanabara são coberturas sedimentares do Quaternário e rochas cristalinas do Proterozóico. 55 De acordo com a figura 5.2.1-1 - Mapa geológico e de Processos Minerários, gerada a partir de mapeamento de parceria do CPRM com a UERJ em escala 1:100.000, a área de influência do projeto de intervenção do Complexo Mangueira está inserido sob depósitos colúvio-aluvionais, rochas do Complexo Rio Negro e depósitos antropogênicos. Tais depósitos colúvio-aluvionares existentes são constituídos por areias com intercalações de argila, cascalho e restos de matéria orgânica, areias finas, estratificadas, moderadamente selecionadas, intercaladas com lentes de argilas; colúvios areno-argilosos; sedimentos finos, argilo-sílticos ou síltico-argilosos, orgânicos; argilas plásticas, depósitos de tálus. Já as rochas do Complexo Rio Negro são formadas de quartzo-plagioclásio-biotita gnaisse meso-cráticos de composição quartzo diorítica a diorítica, intensamente deformados e migmatizados, de aspecto geralmente bandado, ortoclásio (microclina)-quartzo gnaisses acizentados de composição granodiorítica; e rochas anfibolíticas (CPRM/UERJ, 2009). RECURSOS MINERAIS A partir da consulta ao banco de dados Sistema de Informação Geográfica da Mineração (SIGMINE), disponível no site do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), foram levantados os processos de titularidade minerária existentes na área de vizinhança deste projeto. Através da consulta ao SIGMINE no mês de Setembro de 2012, que disponibiliza as poligonais das áreas com títulos minerários por Estado da Federação atualizado mensalmente, bem como o número de seus respectivos processos no DNPM, a fase em que se encontram e os nomes dos requerentes dos processos, foi possível verificar dois processos de titularidades minerárias para a área de influência e um na área de intervenção. Os processos de titularidade minerárias encontrados na Área de Influência estão espacializadas na figura 5.2.1-1 - Mapa geológico e de Processos Minerários e discriminados no Quadro 5.2.1-1, Processos de Titularidade Minerárias, que contém informações relevantes acerca do número do processo, ano, tipo e fase atual do processo de requerimento, área solicitada, identificação do requerente, substâncias requeridas, além de informações sobre a situação de análise e pendências do processo e último evento de protocolo. As áreas requeridas ao DNPM são classificadas de acordo ao tipo e/ou estágio de tramitação do processo no DNPM. Todos os processos de titularidade minerária encontrados estão apenas na fase de Requerimento de Pesquisa, o que representa estar apenas na primeira fase do processo de concessão de titularidade minerária. Tabela 5.2.1-1 - Processos de Titularidades Minerárias Localização Processo/Ano Fase Área de Influência 890629/2011 Requerimento de pesquisa Área de Intervenção 890061/2012 Requerimento de pesquisa Área de Influência 890864/2011 Requerimento de pesquisa Último Evento Nome Substância Prorrogação João Fortes do Prazo de Engenharia Areia Exigência em S.A 01/03/2012 Documento TAHOMA 2005 diverso Mineração e protocolizado Granito Terraplanagem em LTDA 26/04/2012 Documento diverso João Fortes protocolizado Engenharia Saibro em S.A 18/01/2012 Uso Área(ha) Construção Civil 11,32 Brita 26,34 Construção Civil 7,36 56 figura 5.2.1-1 - Mapa geológico e de Processos Minerários 57 5.2.2 GEOMORFOLOGIA A associação dos fenômenos geológicos e geomorfológicos citados anteriormente será responsável pela atual configuração das unidades de relevo encontradas ao na área de estudo. Através da figura 5.2.2-1 - Mapa Geomorfológico é possível verificar que o traçado perpassa relevos classificados como planícies colúvio-alúvio-marinhas, planícies flúvio-lagunares e morrotes e morros baixos isolados. Os Morrotes e Morros Baixos Isolados são caracterizados por formas de relevo residuais, com vertentes convexas a retilíneas e topos aguçados ou em cristas, com sedimentação de colúvios, remanescentes do afogamento generalizado do relevo produzido pela sedimentação flúviomarinha que caracteriza as baixadas litorâneas. Essas feições têm densidade de drenagem muito baixa com padrão de drenagem dendrítico e drenagem imperfeita dos fundos de vales afogados e um predomínio de amplitudes topográficas entre 100 e 200m e gradientes suaves a médios. As Planícies Colúvio-Aluvio-Marinhas são superfícies sub-horizontais, com gradientes extremamente suaves e convergentes à linha de costa, de interface com os Sistemas Deposicionais Continentais (processos fluviais e de encosta) e Marinhos, possuem terrenos mal drenados com padrão de canais meandrante e divagante e presença de superfícies de aplainamento e pequenas colinas ajustadas ao nível de base das Baixadas. Já as Planícies Flúvio-Lagunares possuem terrenos argilosos orgânicos com superfícies planas, de interface com os sistemas deposicionais continentais e lagunares, esses terrenos são muito mal drenados com lençol freático subaflorante. Os sistemas de relevo planícies colúvio-alúvio-marinhas e planícies fluvio-lagunares são considerados relevos de agradação, uma vez que são locais de depósitos de sedimentos provenientes da erosão das Serras e que circundam a baixada. Tais sistemas de relevo possuem declividade muito pequena, compondo uma grande área plana. Já os Morrotes e Morros baixos são caracterizados por relevo de degradação com predomínio dos processos erosivos. A área de influência é caracterizada principalmente pelas planícies colúvio-alúvio-marinhas e recorrentemente acontecem cenários de inundação devido à má drenagem dessas áreas planas. A atuação antrópica acelera o processo de assoreamento com a retirada da cobertura vegetal, impermeabilização da superfície e despejo inadequado de lixo nos talvegues. A área de intervenção é caracterizada principalmente pelos Morrotes e Morros baixos, sofrendo periodicamente com os processos erosivos. De acordo com Guerra 2011, as taxas erosivas estão bastante relacionadas às características das encostas, e isso pode ser muito facilmente observado se levarmos em conta que, à medida que as encostas tornam-se mais longas, maior é o volume de água que se acumula durante o escoamento superficial. Nesse sentido, Carvalho et al. (2006) afirmam que “o agravamento dos problemas erosivos está diretamente relacionado ao crescimento vertiginoso da população urbana, num processo de rápida urbanização, sem planejamento ou com projetos e práticas de parcelamento do solo inadequadas e ineficientes. Por outro lado, a ineficiência de algumas obras de infraestrutura e combate à erosão fazem com que elas sejam destruídas em curto espaço de tempo. Isso ocorre devido a fatores como o sub-dimensionamento das estruturas hidráulicas, não consideração das águas subterrâneas, ausência de estruturas de dissipação no lançamento final pelos emissários e falta de conservação e manutenção das obras instaladas”. Cenário similar ao processo de desenvolvimento urbano do Complexo da Mangueira. 58 figura 5.2.2-1 - Mapa Geomorfológico 5.2.3 DRENAGEM E BACIAS O Complexo da Mangueira pode ser dividido em cinco microbacias hidrográficas, conforme Mapa Ambiental (Ver prancha 1706-LV-SMA-01-R02), que fazem parte do sistema drenante da SubBacia do Canal do Mangue e da Bacia da Baía de Guanabara. A drenagem se confunde com os caminhos de circulação (ruas, travessas, escadas), não havendo, muitas vezes, separação entre o que é passagem e o que são os drenos. Em alguns pontos há separação, o que é mais desejável mas, na maioria das vias de circulação, isto não acontece. Em alguns casos, a rede de drenagem construída deságua em vertentes de encostas 59 sem nenhuma canalização que minimizem seus impactos. Quando há rede de águas pluviais, ela é aberta, em sua maior parte. O maior problema da rede de drenagem é o carreamento de resíduos sólidos, terra e, principalmente, lixo. O tempo de concentração da água nas bacias deste morro é muito curto. Em função da alta declividade do morro e da impermeabilidade do terreno ocorre uma alta velocidade de escoamento, o que aumenta o poder erosivo, propiciando deslizamentos e desabamentos e contribuindo decisivamente para as inundações nas imediações do morro, pelo carreamento de lixo, esgoto e terra. Este processo provoca entupimento de bueiros, das canalizações e drenos existentes, problemas sanitários e de tráfego. 5.3 CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA A análise das condições geológicas, geomorfológicas, e geotécnicas do território ocupado pelas favelas do Complexo da Mangueira têm dois objetivos: Determinar os pontos de maior risco de escorregamentos e deslizamentos, de modo a que essas áreas possam sofrer intervenções corretivas, ou serem desocupadas quando os riscos envolvidos forem muito altos, salvaguardando assim os moradores da comunidade; Fornecer à equipe de planejadores, o entendimento dos processos naturais e antrópicos causadores dos riscos de deslizamentos e escorregamentos, de forma que estes conhecimentos possam ser utilizados já na fase de planejamento dos novos usos de espaços da comunidade. Para que estes objetivos fossem atingidos, foram realizadas visitas ao campo e revisada a bibliografia existente, de forma a compor painéis sobre a geomorfologia, geologia-geotecnia e impactos dos usos do solo. O cotejo entre estes três planos de informação possibilitou a divisão da área de estudo em regiões homogêneas quanto ao comportamento geomórfico-geotécnico e a identificação de pontos de risco. EVOLUÇÃO GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICA: A área de estudo fica situada no Morro do Telégrafo, a oeste da Serra do Engenho Novo, ambas componentes do Maciço da Tijuca, ainda que separadas do corpo principal do maciço. A gênese desse morro é semelhante e contemporânea ao maciço da Tijuca, originário de processos de falhamento e dobramentos. Durante o Quaternário, com as oscilações climáticas, que no hemisfério sul se manifestam pela alteração entre períodos secos e períodos chuvosos, a forma atual do morro foi esculpida, tendo como características mais marcantes o espesso manto de intemperismo e as formas de encosta arredondadas (convexas). Já em período histórico, alterações nas condições da área, como a retirada da vegetação, o plantio, a retificação dos canais fluviais, levaram a modificações da morfologia, com o aumento da intensidade dos processos erosivos e o aprofundamento dos vales. Em meados do século atual, a exploração mineral criou extensas áreas de pedreira e saibreira, com taludes verticais de grande altitude. Por fim, a ocupação atual agregou à paisagem taludes verticais de até 2m de altura, e um novo tipo de material, o lixo, altamente instável. GEOLOGIA LOCAL E MATERIAIS EXISTENTES: O Morro do Telégrafo é constituído por rochas de composição gnáissica da Série Superior (Hembold et al, 1965). São microclina (plagioclasio)-gnaisses, com textura semi-facoidal e foliação subvertical, cortado por um dique de diabásio. Os afloramento são raros, excetuando-se as frentes de pedreira, onde a rocha se apresenta bastante fraturada devido aos métodos de exploração utilizados. Foram identificados os seguintes tipos de materiais geológicos-geotécnicos na região: 60 a. Rocha sã: aparece em pontos específicos do morro e nas frentes das pedreiras, onde se apresentam bastante fraturadas; b.. Solo residual: produto da alteração in situ da rocha matriz, ocupa a parte mais alta da elevação e os divisores convexos, aparecendo sob o manto coluvial nas outras áreas; c. Colúvio: material transportado por processos gravitacionais (deslocamento pela força da gravidade), de diferentes espessuras, que capeia as partes média e baixa das encostas; d. Blocos: ocorrem esporadicamente nas encostas, envoltos por solo residual ou colúvio, podendo acarretar problemas geotécnicos, associados à erosão das bases onde estão apoiados; e. Lixo: material depositado pelo homem, de composição variada, muito instável, com pontos de concentração em vários locais da comunidade (lixões), sendo esses locais pontos de alto risco de deslizamentos e escorregamentos. FEIÇÕES MORFOLÓGICAS: A unidade topográfica onde está situado o Complexo da Mangueira pode ser dividida em 4 tipos morfológicos diferenciados: os vales, os divisores convexos, os topos do morro, e as áreas de exploração, cada um podendo ser subdividido em sub-tipos. Os vales são formas côncavas formadas pela ação predominante da erosão linear (concentrada), podendo também ter origem pelos processos de escorregamentos. Estas formas podem ser subdivididas em: Talvegue - linha de passagem das águas; Fundo de vale - zona mais deprimida de um vale, geralmente apresentando menor declividade; Side-slope - trecho de encosta perpendicular ao talvegue, em geral com fortes declividades; Back-slope - encosta situada no fundo do vale, a montante do talvegue, geralmente de alta declividade; Por sua gênese, morfologia e processos atuantes, os vales são as áreas mais perigosas de um morro, no entanto são estas zonas mais facilmente ocupáveis e geralmente mais densas. A denominação divisores convexos se aplica às encostas de forma convexa, localizados entre os vales. Apresentam declives mais brandos, e um escoamento difuso, sendo áreas de menor risco, apesar da ocorrência de problemas de deslizamentos superficiais. Os topos de Morro definem as área mais altas das elevações, que apresentam declives mais suaves do que os tipos anteriores e convexidade suave, sendo os locais de maior potencial para a instalação de residências e infra-estrutura urbana. As áreas de exploração de saibro e brita caracterizam-se por um talude de grande altura, a frente de exploração da pedreira ou saibreira, e uma área plana a jusante denominada praça da pedreira ou da saibreira. A praça pode ser dividida em duas regiões, uma junto ao talude, onde podem ocorrer quedas de lascas, e outra mais longe da frente, onde os riscos de queda de lascas ou blocos são menores. Inclui-se também nesta unidade as áreas a montante e junto das frentes, sujeitas a sofrer movimentos devido a queda de lascas. ALTERAÇÕES ANTRÓPICAS As alterações antrópicas são as consequências de tipos específicos de uso do solo, que modificam os comportamentos dos materiais e formas do relevo, induzindo a processos geomórficos distintos. Foram determinados 4 tipos de conjuntos de alterações antrópicas associadas ao uso e à ocupação do solo: 61 a. Ocupação não estruturada densa - caracterizada por uma grande quantidade de barracos, muito próximos, determinando a existência de solos antrópicos (comprimidos pelo peso das casas e aterros), com pouca possibilidade de infiltração das águas pluviais. Este tipo de ocupação tende a inibir processos de deslizamento superficiais e erosão; b.: Ocupação não estruturada esparsa - são áreas ocupadas por barracos com espaçamento de 1 a 2 metros entre eles. Condicionam linhas de drenagem superficial, estando também associados, na área estudada, a cortes de pequena altura no terreno; c. Lixo - é comum em áreas faveladas a existência de depósitos de lixo, os lixões, que apresentam altíssima instabilidade, pela heterogeneidade, plasticidade e baixa coesão, sendo pontos naturais de risco; d. Áreas desocupadas - são geralmente cobertas com capim-colonião, sendo predominantes os processos naturais de erosão do terreno. PROCESSOS ATUANTES DE MOVIMENTAÇÃO DOS MATERIAIS: No Complexo da Mangueira, os processos de esculturação do relevo mais comuns são: a. Erosão superficial - comum nas áreas desmatadas, fundo de vales, linhas de drenagem e vias não asfaltadas. Trata-se do arraste de partículas do solo devido ao escoamento superficial das águas pluviais, podendo formar voçorocas ou descalçar blocos rochosos; b. Deslizamentos - podem ocorrer em áreas convexas É o deslocamento do solo sobre uma superfície determinada; c. Deslizamentos de lixo/entulho - trata-se da movimentação de lixões, no todo ou em parte, sobre uma superfície definida (solo ou rocha), sendo processos altamente destrutivos; d. Queda de blocos e lascas - associada às áreas de pedreira e caracterizada pelo deslocamento de blocos ou lascas, devido à ação da gravidade. As áreas de pedreira, em função do método de exploração (desmonte a fogacho), tendem a apresentar grande quantidade de lascas. A queda dessas lascas pode destruir estruturas a jusante da frente da pedreira, bem como levar à instabilização dos taludes a montante; e. “Queda” de solo: São processos em que blocos de solo desplacam de taludes verticais. Este processo apesar da pequena capacidade destrutiva, causa muitos danos, devido a proximidade das moradias em relação aos cortes. PROBLEMAS DE RISCO DIAGNOSTICADOS: Os principais problemas de risco geotécnico no Complexo da Mangueira, estão associados à: a. Depósitos de lixo/entulho - existem vários pontos de deposição de lixo (lixão) dentro da área da favela, normalmente em taludes de diferentes declividades. Caso ocorra o deslocamento de um desses depósitos, o material deslocado pode atingir áreas distantes, possuindo um grande poder de destruição. Esses depósitos têm que ser erradicados ou dcontidos, além de evitada a proliferação; b. Frente de pedreiras - zonas sujeitas a queda de blocos e lascas, com grande poder de destruição, atingindo áreas a jusante e instabilizando os taludes a montante. As obras nessas áreas são em geral de custo elevado. Faz-se mister a não ocupação das áreas junto às frentes das pedreiras, sendo aceitável uma ocupação moderada (atividades de lazer) das praças das pedreiras; c. Frente de saibreiras - na área de estudo, existem taludes verticais de grande altura, como o talude da Kibon, sujeitos ao desplacamento de solo e deslizamentos, os quais podem causar a instabilização das áreas a montante e danos a jusante, sendo necessários trabalhos de estabilização desses taludes; 62 RISCOS, POTENCIAIS E LIMITAÇÕES DAS ÁREAS HOMOGÊNEAS A partir do Relatório de Elaboração de Projetos Básicos de Engenharia em Comunidades com Risco no Município do Rio de Janeiro, realizado pela Fundação Geo-Rio, para as comunidades do Morro dos Telégrafos, Candelária e Mangueira, foi possível estabelecer um zoneamento das favelas do Complexo da Mangueira, com a indicação do risco a escorregamentos, dos potenciais e das limitações ao uso e à ocupação do solo. - MORRO DOS TELÉGRAFOS A área do Morro dos telégrafos está localizado geomorfologicamente, no contexto de morrotes e morros isolados, com a comunidade ocupando uma área mais ou menos retangular de 300 a 350m de lado, com sua drenagem principal constituindo um talvegue na parte quase central, na direção norte - noroeste, para onde convergem as águas pluviais que se concentram entre a Rua Jupará e Rua da Prata, em cotas mais baixas. No que tange a declividade, no talvegue a declividade indica 15 a 30% e nas vertentes que ganham as encostas a declividade indica 20 a 25% pelo lado esquerdo e 35 a 40% pelo lado direito do talvegue, respectivamente.O desnível topográfico desta área é de 100m, ocupando uma área total de 139.537 m². Os taludes de corte e aterro (muitas das vezes com lixo/entulho) exibem um perfil com ocorrências de solos coluvionares sobre solo residual areno - argiloso, espesso, com boa plasticidade. Esse material raramente se encontra exposto devido à ocupação e ao revestimento das áreas comuns. Foram levantados pela Fundação Geo-Rio, em análises entre os anos de 1986 e 2010, registros de vinte e oito ocorrências, relacionadas a deslizamento de solo das encostas, ruptura das obras de contenção, ruptura de taludes de corte, corrida de massas e processos erosivos instalados ao longo da comunidade. Para definição dos setores de risco e suas respectivas localizações, foi realizado um inventário de riscos pela Fundação Geo-Rio. No inventário de riscos apresentado na planta de Meio Ambiente deste relatório, foram definidas três classes, a saber, baixo, médio e alto risco, identificados pelas cores verde, amarela e vermelha respectivamente, sendo o setor de alto risco. Setor de baixo risco: Trata-se de uma região com grande adensamento ocupacional, onde dificilmente são encontrados taludes de solos expostos as ações intempéricas. Localmente, em locais onde haja a exposição desses taludes, podem ocorrer processos erosivos que futuramente, podem ocasionar pequenos deslizamentos, não comprometendo a região como um todo. Algumas obras de concreto projetado e cortinas atirantadas são observadas nessa região. SETOR DE MÉDIO RISCO: Nestas regiões, o solo se encontra mais exposto e espesso, com declividade mais acentuada e com acúmulo de lixo/entulho que podem sobrecarregar o solo. A espessura média observada nas exposições dos cortes é de 1,5 a 2,0m e adicionalmente, podem ocorrer pequenos acidentes relacionados a cortes e aterros irregulares, nestas áreas. SETOR DE ALTO RISCO: Os riscos estão associados a taludes de solo coluvionar e/ou residual espesso, com acentuada declividade, onde existe ocupação desordenada com muitas casas precárias, principalmente nas zonas de talvegue, onde se observa atualmente grande área de expansão da comunidade. Nessas áreas, o solo encontra-se predominantemente exposto, apresentando grande potencial de deslizamentos. Adicionalmente, o acúmulo de lixo/entulho em determinadas regiões, podem agravar o risco presente. Hoje, estima-se que, o setor de alto risco possuai uma área de 14.297 m e através da contagem nas orto-fotos existam 159 moradias em todo esse setor. 63 - MANGUEIRA A favela da Mangueira ocupa uma área de cerca de 329.820m2, caracterizada por uma encosta onde predominam inclinações inferiores a 25º, formada por solos residuais espessos, e com concentrações de lixo e entulho em alguns trechos da encosta. A maior parte da comunidade se localiza no interior de um anfiteatro cuja drenagem principal se desenvolve em uma linha de talvegue encaixada no respectivo vale. Na porção leste, na área mais a montante, ocupa o topo de um morro que faz limite com uma vertente coberta por vegetação. O talvegue principal é delimitado por duas vertentes amplas, cujas cotas variam de 20m até 110m, no alto do morro, constituindo, cada uma delas, um divisor de águas na comunidade. As litologias são representadas por gnaisses facoidais, com foliação NE e mergulho para NW. Estas orientações indicam que as estruturas foliares têm a direção do vale dissecado, com mergulhos para dentro da vertente da margem direita, condição que dá maior estabilidade aos taludes deste lado. São observadas, também, fraturas na direção SE, com mergulhos acentuados para NW, às vezes preenchidas por diques de rochas básicas. A porção de relevo mais regular e plana está situada no extremo sudoeste da comunidade, próximo à Rua Visconde de Niterói, constituída por solos com espessuras acima de 2m. A porção restante, mais elevada, é ocupada por um solo residual pouco espesso (<2m). Foram levantados pela Fundação Geo-Rio, em análises entre os anos de 1999 e 2009, registros de dezesseis ocorrências de deslizamentos, relacionadas ruptura de taludes de corte causadas por escavações inadequadas, processos erosivos e acúmulo de lixo/entulho. Para definição dos setores de risco e suas respectivas localizações, foi realizado um inventário de riscos pela Fundação Geo-Rio. No inventário de riscos apresentado na planta de Meio Ambiente deste relatório, foram definidas três classes, a saber, baixo, médio e alto risco, identificados pelas cores verde, amarela e vermelha respectivamente, sendo o setor de alto risco. SETOR DE BAIXO RISCO: Ocupa a maior parte da comunidade da Mangueira, que se estende pelas áreas mais baixas e planas da região SETOR DE MÉDIO RISCO: Este setor está associado às áreas de topo de morro nos extremos leste e oeste da comunidade. SETOR DE ALTO RISCO: Envolve as áreas de topo de morro circunscrito ao talude mais íngreme existente na vertente oeste do talvegue, entre as cotas 40m e 90m, com declividades superiores a 50%. A situação de risco está relacionada à ruptura de taludes e escorregamento de solos espessos (>2m). Observam-se evidências de queda e rolamento de blocos de rocha no sentido da linha do talvegue, próximos às habitações. Adicionalmente, obras de captação do esgoto danificadas comprometem seriamente o lançamento do mesmo nas encostas que drenam para o talvegue, situação esta agravada no período das chuvas. Foram observadas cicatrizes de deslizamentos pontuais de solo e rupturas de talude. - PARQUE CANDELÁRIA A comunidade Parque Candelária ocupa, geomorfologicamente, o contexto de morrotes e morros isolados, em encosta com baixa declividade em sua base (em torno de 5% a 15%) e declividade mais acentuada em sua parte superior (40% - 50%), não apresentando trechos em que ocorram grande acúmulo de águas, ao longo de sua rede de drenagem. 64 O desnível topográfico desta área é de 100m, ocupando uma área total de 48.392 m². A litologia predominantemente encontrada na região é o Gnaisse Migmatítico, originando em sua grande parte, um solo residual compacto, juntamente com sedimentos aluvionares do Quaternário, em sua porção plana, de cotas baixas. Em alguns locais, existe a ocorrência de solo coluvionar e acúmulos de lixo/entulho. Foram levantados pela Fundação Geo-Rio, em análises entre os anos de 1986 a 2010, registros de sete ocorrências, relacionadas a deslizamento de solo das encostas, queda de blocos rochosos, deslizamento de solo com lixo/entulho e problemas relacionados à drenagem, ao longo da comunidade. Para definição dos setores de risco e suas respectivas localizações, foi realizado um inventário de riscos pela Fundação Geo-Rio. No inventário de riscos apresentado na planta de Meio Ambiente deste relatório, foram definidas três classes, a saber, baixo, médio e alto risco, identificados pelas cores verde, amarela e vermelha respectivamente, sendo o setor de alto risco. SETOR DE BAIXO RISCO: Trata-se de uma área onde existe razoável urbanização, obras de pavimentação e infraestruturas complementares, que minimizam o risco de grandes deslizamentos. Nas cotas mais baixas, o terreno vai desde plano, a regiões com moderada declividade e nas cotas mais altas, o relevo encontra-se relativamente abatido. Problemas podem ocorrer pontualmente, relacionados a construções irregulares. SETOR DE MÉDIO RISCO: Nas áreas de médio risco, a declividade encontra-se relativamente mais elevada, sendo seu maior problema, relacionado às encostas a montante, pois estas apresentam elevado risco de deslizamentos. As regiões a jusante dessas encostas podem sofrer influência desses deslizamentos, servindo de anteparo ou barreira, na ocorrência de situações deste tipo. SETOR DE ALTO RISCO: Os riscos estão associados ao grande acúmulo de lixo/entulho, em regiões próximas de zonas de talvegue, onde pode ocorrer grande movimento de massa, podendo influenciar na estabilidade de áreas a jusante. Nessas regiões, grande parte das moradias se encontra assentadas sobre aterro mal consolidado e adicionalmente, observam-se feições erosivas, precariedade e sobrecarga no sistema de saneamento. Estima-se uma área de 4.222 m² em alto risco e que através da contagem nas orto-fotos existam 58 moradias em todo esse setor. - RISCOS OBSERVADOS EM VISTORIAS DE CAMPO A tabela 5.3-1 relaciona as áreas com risco aparente vistoriadas em campo. As fotos constam no Relatório Fotográfico de Meio Ambiente em Anexo. Tabela 5.3-1 Áreas de Risco levantadas em vistorias de campo Nu m Riscos Observados em Campo Comunidade Localidade Fotos Levantamento Fotográfico 1 Encosta em risco com obras de contenção recentes próxima e acúmulo de lixo Mangueira Três Tombos Fotos 01/02 65 2 Casas em risco, muito próximas à encosta instável e com acúmulo de lixo Mangueira 3 Terrenos instáveis Morro dos Telégrafos 4 5 6 7 8 9 Crevhe construída acima de terreno de encosta instável. É possível verificar danos na estrutura da construção devido a movimentação do terreno Ocorrência de Deslizamento/ Casas condenadas Algumas casas estão à beira de pequenas encostas, há preocupação com os efeitos das chuvas de verão nesta região. A Vila Esperança é uma região bastante pobre da Mangueira. As habitações são muito precárias e muitas estão em área de risco No campo da Pedreira, localizada no Parque Candelária é comum o deslizamento de pedras, grandes e pequenas. Nesse espaço funciona diariamente uma escolinha de futebol, além de "peladas" de vários grupos de moradores, desde crianças a adultos No caso da região conhecida como Chalé, há um desgaste nas obras de contenção, com ocorrência de deslizamento e interdição de 4 casas. Morrinho/Trê s Tombos Foto 03 Foto 04 Fotos 05/06 Loteamento Loteamento Mangueira Buraco Quente Foto 11 Vila Esperança Morro dos Telégrafos Fotos 07/12 Bartolomeu Gusmão Bartolomeu Gusmão Foto 13 Mangueira Chalé - Fotos 08/09/10 5.4 VEGETAÇÃO VEGETAÇÃO ORIGINAL A área de influência do Complexo da Mangueira está situada no domínio Mata Atlântica caracterizada por duas zonas macroclimáticas, uma tropical e outra subtropical, com temperaturas médias e precipitações elevadas durante todo o ano e, conseqüentemente, a formação de um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estruturas e composições florísticas bastantes distintos. O Bioma Mata Atlântica originalmente estendia-se ao longo do litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 1,3 milhões de km2, cerca de 15% do território nacional (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2002). Com o processo de ocupação desordenada das terras e a exploração indevida de seus recursos naturais que se acelerou com a chegada dos colonizadores portugueses e, posteriormente, a cada novo ciclo econômico de desenvolvimento do país acarretou numa drástica redução da cobertura vegetal original do bioma, hoje esparsamente distribuído no interior das regiões Sul e Sudeste e ao longo da costa brasileira. Por este razão, segundo Mittermeier et. al (1998), a Mata Atlântica faz parte das 15 regiões identificadas mundialmente como hotspot – áreas com alta biodiversidade, altas taxas de endemismo e ao mesmo tempo com alta pressão antrópica, ocupando, por isso, posição prioritária nos esforços para a sua conservação. 66 No Estado do Rio de Janeiro, a Mata Atlântica cobria, originalmente, 100% do território fluminense. Hoje, estima-se que cerca de 19% da sua superfície original esteja coberta por florestas. A degradação da floresta neste Estado se deu não só pela exploração de produtos florestais, mas principalmente para ceder espaço à expansão das fronteiras rurais e urbanas. Entretanto, apesar de reduzida e muito fragmentada, a Mata Atlântica ainda possui remanescentes florestais de extrema beleza e importância que contribuem para que o Brasil seja considerado o país de maior diversidade biológica do planeta. Possui cerca de 20.000 espécies de plantas conhecidas, sendo que 40% são exclusivas deste bioma e 1.810 espécies de fauna, diversificando-se entre mamíferos, aves, répteis e anfíbios, sendo 389 endêmicas. VEGETAÇÃO ATUAL A área de influência está inserida na fitofisionomia da Floresta Ombrófila Densa (ou Floresta Tropical Fluvial Atlântica), caracterizada por uma mata perenifólia (sempre verde) com precipitações bem distribuídas ao longo do ano, em torno de 1.500 mm, sem período seco, com grande variação fisionômica e florística, sobretudo em função das variações climáticas derivadas das diferenças altimétricas e de orientação das encostas. Esta fisionomia florestal presente na área de estudo está reduzida a raros e pequenos fragmentos muito degradados em sua composição florística, entremeados por campos antrópicos e, portanto, altamente vulneráveis a ações predatórias, como se verifica na Figura 3. A configuração atual da paisagem deve-se ao drástico desmatamento em função do intenso processo de uso e ocupação do solo. Assim, o processo de antropização na área de influência acarretou na existência de matas secundárias que se encontra em encostas, onde a declividade torna a ocupação difícil. Matas secundárias são aquelas formadas através do processo de regeneração natural e/ou reflorestamento com espécies nativas, correspondendo às fases de sucessão natural “capoeira” propriamente dita e “capoeirão. Dentro do limite da Favela do Morro dos Telégrafos a cobertura vegetal original, a Floresta Pluvial Atlântica, foi totalmente extinta pela ocupação urbana. Segundo relato de antigos moradores do complexo na década de 20, embora o morro tivesse ainda uma ocupação incipiente, já não havia matas; existiam, em alguns pontos, culturas agrícolas, principalmente frutícolas : banana, manga, jaca, laranja, jambo. Este fato é provavelmente verídico, tendo em vista que o bairro de São Cristovão, no início do século passado, já era totalmente ocupado por chácaras da aristocracia do império e que, no final daquele século e principio do atual,o bairro foi se transformando em zona industrial, tornando muito difícil a manutenção ou preservação de matas, pois a principal fonte de energia domiciliar e industrial era lenha. O complexo da Mangueira ocupa as vertentes voltadas para o sul, sudoeste e oeste, mais expostas à insolação e por isso mais sujeita a processos erosivos e degradadores dos solos que, aliados ao uso do fogo, tornam difícil a regeneração natural das florestas. Acrescente-se que nesta parte do morro, a urbanização é intensa sobrando poucos espaços vazios e, conseqüentemente, pouca área para cobertura vegetal. Mesmo assim observa-se a existência de alguns agrupamentos arbóreos: no "grotão", na Mangueira, e outro no Chalé. São também encontradas árvores isoladas distribuídas dentro das comunidades. A Candelária e o "Buraco Quente", por contarem com o maior adensamento de construção, são menos arborizados que os demais. Os espaços vazios se caracterizam por serem em sua maioria áreas de risco. Estão recobertos principalmente por capim colonião (Panicum maximum). Quando há algum acúmulo de lixo ou matéria orgânica domina a mamona (Ricinus comunis). São encontradas em associação às duas espécies acima, mais plantas herbáceas que genericamente chamam de mato, mas que algumas podem ter função fitoterápica (p. ex: erva-de santa-maria, erva-macaé), alimentar (p. ex: caruru) e muitas outras. 67 Foram identificados na área de influência, dois importantes fragmentos florestais. O primeiro, fotos 14; 15 e 16 (Anexo 1) possuem aproximadamente 14 ha e localiza-se na vertente leste do Morro dos Telégrafos, fora do limite da favela. O segundo, fotos 17; 18 e 19 (Anexo 1) está localizado entre as Localidades do Loteamento e da Pedra e tem uma área aproximada de 1,9 ha. Ambos se tratam de fragmentos de mata secundária, em estágio inicial de regeneração, caracterizado por uma fisionomia herbáceo/arbustiva, formando um estrato, variando de fechado a aberto, com a presença de espécies predominantemente heliófitas; apresentando amplitude diamétrica e altura pequenas, e altura das espécies lenhosas do dossel chegar até 10 metros. As espécies gramíneas são abundantes. A serapilheira, quando presente, pode ser contínua ou não, formando uma camada fina pouco decomposta; no subosque (sinúsias arbustivas) é comum a ocorrência de arbustos umbrófilos, principalmente de espécies de rubiáceas, mirtáceas e melastomatáceas; a diversidade biológica é baixa, podendo ocorrer ao redor de 10 (dez) espécies arbóreas ou arbustivas dominantes. (Planta Geral) Esses fragmentos sofrem alta pressão antrópica, com a deposição de lixo e desmatamento em suas bordas, foto 20 (Anexo 1). Com a deposição de lixo, clareiras para limpeza são abertas e há ocorrência de utilização de fogo para limpeza do “terreno” (foto 21 Anexo 1), trazendo riscos para o fragmento e para a comunidade. AS PLANTAS E A COMUNIDADE Existem, de modo explícito, entre as pessoas da Mangueira, diversas formas de relação com as plantas. Esta relação deve ser explorada não só como instrumento de facilitação na implantação de reflorestamentos, arborizações e paisagismo, mas principalmente na formação de uma consciência ecológica na população, o que contribuirá para a manutenção dos plantios dentro da favela, dos outros equipamentos comunitários existentes e futuros e, ainda, de outros investimentos públicos que a comunidade certamente receberá. As pessoas plantam bastante na Mangueira e os motivos são bastante variáveis. Há os que cultivam por motivos utilitários: ervas medicinais, ervas para condimentos, para alimentação de pássaros e para consumo próprio alimentar. Outros por mero deleite estético: rosas, onze horas, flores de maio, amor-agarradinho, arecas, begônias e uma infinidade de outras espécies para embelezar suas casas. Ressalta-se que estas plantas encontram-se no casebre mais pobre da "Vila Esperança" quanto nas melhores casas do "Buraco Quente". Outro motivo para o cultivo é o religioso: para tirar mau olhado, na entrada das moradias é muito comum encontrar um vaso de comigo-ninguem-pode, pézinho de arruda, espada-de-São Jorge e outras mais. 5.5 INSALUBRIDADE 5.5.1 LIXO O Lixo depositado de forma irregular em lixões a céu aberto e em terrenos baldios abrigam poderosos mananciais de vetores de contaminação ambiental e de insalubridade humana. Os elementos contaminantes do acúmulo de lixo podem se concentrar em diferentes compartimentos do ambiente: solo, sedimentos, rochas, aterros, águas subterrâneas, além da probabilidade de concentração em paredes, pisos e nas estruturas das construções. Os elementos contaminados podem ser transportados, se propagando pelo ambiente e determinando impactos negativos na área de concentração do lixo e em seus arredores. A deposição irregular de lixo pode ter como conseqüência: • Poluição visual do ambiente; • acúmulo de lixo em grandes bolsões, causando a desestabilização de terrenos e estruturas existentes; 68 • contaminação do solo e das águas; • entupimento de canais e redes de esgoto e de drenagem; • obstrução do leito dos rios e canais do entorno, causada por lançamento de lixo refletindo em inundação da bacia de drenagem, em épocas de chuvas. • Proliferação de ratos, baratas, moscas, mosquitos, formigas e escorpiões, entre outros, podendo transmitir doenças como diarréias infecciosas, parasitoses, amebíase etc. Pode ainda permitir o desenvolvimento. De acordo com o Censo 2010, na Tabela 5.5.1-1, foram levantados as percentagens dos domicílios particulares permanentes que tem o lixo coletado e nota-se que segundo esse dado, 99,92% dos domicílios da Mangueira; 100% da Vila Esperança; 98,8% dos domicílios do Morro dos Telégrafos e do Parque candelária e 99% da Rua Bartolomeu Gusmão possuem coleta de lixo. Tabela 5.5.1-1 - Percentual de Lixo Coletado em Domicílios Particulares Permanentes Domicílios particulares permanentes em aglomerados subnormais (Unidades) Ano = 2010 Aglomerado Subnormal Destino do lixo Total de Domicílios Coletado diretamente por serviço de Mangueira (RA – São limpeza Cristovão) Coletado em caçamba de serviço de limpeza Total Coletado diretamente por serviço de Morro dos Telégrafos limpeza Coletado em caçamba de serviço de limpeza Total de Domicílios Coletado diretamente por serviço de limpeza Coletado em caçamba de serviço de Parque Candelária limpeza Coletado diretamente por serviço de limpeza Coletado em caçamba de serviço de limpeza Total de Domicílios Coletado diretamente por serviço de Vila Esperança - Rio de limpeza Janeiro Coletado em caçamba de serviço de limpeza Total de Domicílios Rua Bartolomeu Coletado diretamente por serviço de Gusmão limpeza Qtd. % Lixo coletad o 1311 965 99,92 345 1.985 1.527 98,79 434 665 540 117 98,80 965 345 233 165 100,00 68 117 116 99,15 69 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 0 Apesar dos dados do Censo 2010 indicar uma eficiente coleta de lixo no Complexo da Mangueira, foram observados, em campo, vários pontos de acúmulo de lixo, descritos na tabela 5.5.1-2. 70 Tabela 5.5.1-2 – Focos com Acúmulo de Lixo Focos Lixo Comunidade Localidade Fotos – Anexo Fotográfico 1 Existem alguns pontos de descarte irregular de entulho atrás da Creche Mestre Tinguinha Mangueira Buraco Quente Foto 22 Rua Bartolomeu Gusmão Bartolomeu Gusmão Foto 23 Mangueira Buraco Quente Foto 24 Mangueira Três Tombos Foto 25 Mangueira Buraco Quente Mangueira Três Tombos Foto 27 Morro dos Telégrafos Campinho Fotos 28; 29; 30; 31 Parque Candelária Caboclo Foto 32 Vila Esperança Eucalipto Foto 33 2 3 4 5 6 7 8 9 Há grande acúmulo de lixo na antiga garagem da COMLURB, no Campo da Pedreira Há grande acúmulo de lixo na encosta situada ao final da Tv. Saião Lobato, acima do prédio que era ocupado pela On Batuque Favela Há grande acúmulo de lixo na encosta situado próximo à quadra da Poló. Lixo na encosta que fica logo abaixo da Creche Mestre Tinguinha Grande quantidade de lixo e entulho dos restos da quadra da Poló, demolida recentemente pela prefeitura. Há uma grande lixão ao lado do Campinho (Quadra de esporte que se encontra no Morro do Telégrafo, próximo a localidade Três Tombos). É um ponto de alta insalubridade. Próximo a esse lixão, há endereços onde se localiza pontos de acúmulo razoável de lixo (R. da União e Beco do Plínio) Há um grande acúmulo de lixo sem remoção periódica entre as localidades do Caboclo e Pedra, no Parque da Candelária Acúmulo de lixo na entrada da área com vegetação Foto 26 10 Há o lixão da localidade de Três Tombos, acumulado em parte pelos moradores da ocupação do prédio do IBGE, em parte pelos moradores da Mangueira Mangueira Três Tombos/Morrinho Foto 34 11 Acúmulo de Lixo jogado na encosta vegetada, em frente a comunidade da Pedra, Rua 10. Parque Candelária Pedra Fotos 35; 36; 37; 38 12 Acúmulo de lixo no caminho por dentro da mata, da comunidade da Pedra para o Loteamento Parque Candelária/Loteamento - Foto 41 1 Esses pontos de acúmulo de lixo podem ser associados à demora do serviço de coleta de lixo e ao aspecto cultural de parte da população em despejar o lixo no local mais próximo, não se preocupando em utilizar os coletores. É comum observar-se, junto às caçambas da COMLURB, lixo espalhado à sua volta e também nos pontos finais da drenagem. Em vários locais o lixo é retirado manualmente, pois é impossível a passagem de equipamentos, mesmos os mais simples. Em função da declividade e da dificuldade de acesso, o problema das favelas da Mangueira e Parque Candelária é mais crítico quanto à coleta de lixo do que no Morro dos Telégrafos, O sistema viário existente facilita a coleta na área dos Telégrafos e na Rua Saião Lobato. Já na Candelária, no Chalé e em grande parte do Buraco Quente, a situação é mais crítica quanto o acúmulo de lixo. O projeto "O Gari Comunitário" da COMLURB, foto 42 (Anexo 1), foi implantado no Complexo através da Associação de Moradores dos Telégrafos. Todos os líderes demonstram preocupação e interesse em manter a comunidade limpa, a COMLURB, porém também é necessária a colaboração da população. Neste contexto, o problema dos resíduos domésticos se agrava em áreas carentes, como o Complexo da Mangueira. 5.5.2 ESGOTO De acordo com o Censo 2010, o esgotamento sanitário é feito, em grande parte do Complexo, através de um sistema de esgotamento sanitário que atende cerca de 99% dos domicílios da Mangueira, Parque Candelária, Rua Bartolomeu Gusmão e Vila Esperança e 78% dos domicílios no Morro dos Telégrafos (Tabela 5.5.2-1). O destino final dos efluentes sanitários, a Baía da Guanabara, é o mesmo da área de seu entorno, inadequado, mas que se incluem no Programa de despoluição desta Baía. Tabela 2.5.2-1 -Domicílios com Esgotamento Sanitário Adequado Domicílios particulares permanentes em aglomerados subnormais, por tipo de esgotamento sanitário Ano = 2010 %Domicílios com Aglomerado Tipo de esgotamento sanitário Qtd. esgotamento Subnormal sanitário adequado Total 1311 Mangueira (RA – São Rede geral de esgoto ou pluvial 1300 99,16 Cristovão) Fossa séptica 0 Total 1.985 Morro dos Telégrafos Rede geral de esgoto ou pluvial 1.552 78,19 Fossa séptica 0 Total 665 Parque Candelária Rede geral de esgoto ou pluvial 661 99,40 Fossa séptica 0 Total 233 Vila Esperança Rede geral de esgoto ou pluvial 230 99,14 Fossa séptica 1 Total 117 Rua Bartolomeu Rede geral de esgoto ou pluvial 116 99,15 Gusmão Fossa séptica 0 1 Porém, em observações de campo, constatou-se que o sistema de esgotamento sanitário atual não comporta a vazão de efluente atual, causando transtornos freqüentes a população, com esgotos correndo a céu aberto pelos talvegues, escadarias e arruamentos. Na localidade da Pedra, principalmente próximo ao mosaico de vegetação é possível observar várias casas com esgoto irregular, correndo a céu aberto, sem ligação ao sistema de esgoto atual e contaminando o solo, fotos 49 e 50 (Anexo 1). Na Vila Esperança, dentro da localidade de Vila Esperança, a situação é ainda mais crítica, com moradias precárias, úmidas, em situação de risco, jogando os efluentes sanitários diretamente no solo, em talvegues, causando contaminação do solo e tornando a região altamente insalubre, foto 48 (Anexo 1). Também foi identificada, abaixo da antiga Quadra do Poló, na localidade de Três Tombos, uma área altamente insalubre, com focos de esgoto, lixo e água parada, fotos 44 e 45 (Anexo 1). Nessa região, a população indicou a ocorrência de roedores, lacraias, caramujos e insetos. Além dessas ocorrências, verifica-se mau funcionamento do sistema de esgoto em diversos becos e ruas espalhados pelo Complexo, fotos 43; 46 e 47 (Anexo 1). As regiões com focos mais críticos de Insalubridade são as localidades de Vila Esperança na Vila Esperança, Campinho e Morrinho no Morro dos Telégrafos e na Pedra e Quilombo no Parque Candelária. Deve-se voltar uma atenção para as instalações domiciliares dessas localidades, no sentido de orientar sua construção e uso. A ventilação e a iluminação naturais têm um papel fundamental no conforto e na qualidade dos ambientes da habitação. No entanto, estas são umas das principais deficiências nas casas dessas localidades, que se encontram com muita umidade e com diversos focos de insalubridade. 5.6 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL O Brasil tem uma legislação ambiental bastante extensa e que abrange quase toda a gama das questões e problemas ambientais. Desde a criação do Código de Águas de 1934, e principalmente à partir das décadas de 60 e 70, inúmeras Leis, Decretos, Normas, Resoluções, etc nas esferas Federal, Estadual e Municipal vem regulamentando e fortalecendo o controle e gerenciamento ambiental do Poder Público. Leis que interferem no projeto em questão são: Âmbito Municipal: - Lei Municipal nº 3.268, de 29.08.2001 - Institui no Município do Rio de Janeiro as condições físicas de proteção da coletividade contra a poluição sonora, na forma desta Lei. Âmbito Federal: - Lei Federal 6.938 de 31.08.1981 – Dentre outras providências, criou instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente; - Resolução CONAMA n° 428, de 17.12.2010 - Dispõe, no âmbito do licenciamento ambiental sobre a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade de Conservação (UC); - Resolução CONAMA nº 03, de 28.06.1990 - Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR; -Resolução CONAMA no 307 de 2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; 2 - Resolução CONAMA nº 357, de 17.03.2005 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências; - Decreto Federal nº 99.274, de 06.06.1990 - Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, - Lei nº 10.257, de 10.07.2001 – Estatuto da Cidade - Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal e estabelece diretrizes gerais da política urbana. - Lei Ordinária nº 12.651, 25.05.2012 - Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. - Lei Federal n°2.312 de 03/09/54 - Normas gerais sobre defesa e proteção da saúde - versa sobre a obrigação do Governo Federal para a solução dos problemas de abastecimento de água e remoção de dejetos- Lei Federal n°2312 de 03/09/54 - Normas gerais sobre defesa e proteção da saúde - versa sobre a obrigação do Governo Federal para o solução dos problemas de abastecimento de água e remoção de dejetos. - Constituição Federal de 05/10/88 - Direitos e Deveres do Poder Público: garantias e declarações relativas ao direito de todo o meio ambiente ecologicamente equilibrado, etc. São artigos de interesse ambiental ou do cidadão, ou obrigação do Estado os artigos 5, 20, 21 23, 24, 31, 96, 135, 176, 205 e 228. - Lei Federal n° 5.197 de 03/01/67 - Dispõe sobre a proteção a fauna e de outras providências. Âmbito Estadual: - Constituição do Estado do Rio de Janeiro – Dispõe em seus arts. 261 ao 282 sobre o meio ambiente, dando certas incumbências ao poder público, estabelecendo regras sobre a conservação do meio ambiente, criando áreas de preservação permanente, regras sobre algumas atividades com fins econômicos e dando outras diretrizes. - Lei Estadual nº 1.315 de 07 de junho de 1988, acrescentada pela Lei 2.535/96 - Institui a política florestal do estado do Rio de Janeiro - Lei Estadual nº 1.356 de 03.10.1988 - Dispõe sobre os procedimentos vinculados à elaboração, análise e aprovação dos estudos de impacto ambiental, vemos a atuação do Estado em relação ao referido tema. - Lei Estadual n° 3.467, de 14 de setembro de 2000 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente 6. CONCLUSÃO O Complexo da Mangueira, segundo o último Censo de 2010, tem nas mulheres, de 30 a 64 anos como o percentual mais alto. Outro fator relevante é o percentual de crianças ser superior à média da cidade e da R.A. de São Cristovão. 97,55% das construções no Complexo são em alvenaria, e 73,90% possuem um ou dois pavimentos. Em várias localidades o acesso viário é possível, mesmo que em muitas regiões utilizem vias muito íngremes. As vias existentes no interior do Complexo são precárias, embora asfaltadas/concretadas em sua maior parte. 3 Há, porém, a necessidade de abertura e/ou alargamento de passagens em locais de grande adensamento, além de melhorias das vias existentes para facilitar a circulação e o acesso a serviços básicos. Nas localidades onde o acesso é muito deficiente, como nas localidades conhecidas como Vila Esperança, Três Tombos, Olaria, Caboclo, parte alta do Parque Candelária e no entorno da travessa Saião Lobato no Buraco Quente, é imprescindível a abertura de vias para que os serviços básicos de infraestrutura possa atender a todos os domicílios e seja possível o acesso dos serviços públicos. O sistema de coleta de lixo no complexo da Mangueira funciona, principalmente nas áreas de fácil acesso. Porém observam-se deficiências na periodicidade da retirada de lixo em pontos de difícil acesso, além do sub-dimensionamento dos pontos de contêineres e a praticamente inexistência de papeleiras. Observam-se deficiências geradas pela falta de assimilação, pelos moradores, de uma consciência dos problemas sanitários, dada a aleatoriedade dos processos de lançamento. A solução deste problema no Complexo da Mangueira exigirá campanhas de educação ambiental dirigida ao gerador do resíduo, precedida de um projeto de coleta bem definido em suas rotinas. A eficácia de seus resultados estará diretamente relacionada à participação da comunidade. O Complexo da Mangueira já foi contemplado por diversos programas de investimento público como Prosanear da CEDAE, Favela Bairro e Mutirão da Prefeitura do Rio. Os investimentos foram feitos a mais de 10 (dez) anos e desde então a comunidade não vem recebendo atenção do poder público no que tange a operação e a manutenção dos sistemas implantados no passado. Com isto, todos os sistemas de infraestrutura como abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, iluminação pública, energia elétrica e pavimentação estão funcionando precariamente necessitando de uma atenção para devolver a população local um mínimo de qualidade de vida esperada pelas pessoas. As áreas de alto risco de escorregamento e ás ocorrências de desabamento de casas e deslizamento de terra constituem no Complexo da Mangueira, permanente risco e motivo de insegurança para a população moradora. Apesar de já existirem várias obras de contenção de encostas e algumas áreas reflorestadas, o perigo de desabamento permanece pela falta de dreno de algumas contenções, pela sua insuficiência ou mesmo pela falta de planejamento global que articule as várias intervenções pontuais feitas ao longo do tempo. No Morro dos Telégrafos, numa área denominada Vila Esperança, embora haja um reflorestamento com espécies indicadas para proteção, a existência de árvores isoladas de eucalipto, de plantação muito antiga, é uma permanente ameaça pela possibilidade de queda sobre as habitações. Outra questão importante são as residências precárias situadas em áreas de risco. O crescimento da favela é uma forte preocupação dos moradores, sendo impedido pelas associações. Só em casos particulares é permitido, hoje, o estabelecimento de novos moradores. Deve-se isto ao alto grau de adensamento populacional na favela e à crescente consciência de seu significado em termos de piora das condições de vida. Os limites com área do exército estabelecem também um impedimento à continuidade da favela na outra vertente, já que o exército exerce uma fiscalização constante, retirando os barracos construídos ou em construção em sua área. As áreas de lazer mais utilizadas são os campos de futebol e quadras, que são utilizados para fins esportivos e de lazer. No Complexo existem poucas áreas de lazer local, específica para crianças, jovens, adultos e idosos,e quando eles existem o mobiliário se encontra em estado precário. Em relação aos equipamentos sociais, existe um déficit muito grande em relação à demanda para vagas em creches. A Associação de moradores informou que somente para uma das creches há uma lista de espera de cerca de 100 crianças. A Casa da Arte de Educar, uma ONG que atua na Mangueira numa edificação situada na Rua Ana Neri, 155, desenvolve projetos na área da educação e cultura, com o objetivo de garantir a conclusão dos ensinos fundamental e médio à crianças, jovens e adultos moradores das 4 comunidades populares. A responsável administrativa da ONG informou que tem mais de 175 crianças e jovens na fila de espera para os cursos no contra turno escolar, e que não é possível atender devido ao pouco espaço disponível. Nem a associação de moradores, nem o levantamento feito pela UPP Social puderam verificar se os equipamentos de ensino médio que existem no entorno da comunidade atendem com eficiência. Apesar dos moradores solicitarem um equipamento de saúde dentro da Comunidade, a informação tanto da própria Secretaria de Saúde, quanto do levantamento feito pelo UPP Social com os moradores, é a de que o equipamento Clínica da Família Dona Zica, que fica no entorno da Comunidade na Rua João Rodrigues 43, atende à comunidade, somente tendo que ser aperfeiçoado o transporte gratuito, já que não existem pontos específicos para que os moradores o acessem, nem frequência definida. O Centro de Referência da Assistência (CRAS) Adalberto Ismael de Souza atende todo o Complexo. Embora exista uma pequena Biblioteca Estadual situada na rua Bartolomeu Gusmão 1.100, com cerca de 150m2, a Secretaria de Cultura informou que tem demanda para uma nova Biblioteca maior, com o objetivo de proporcionar um espaço cultural e de convivência, com ampla acessibilidade, que ofereça à população salas de estudo e leitura, espaços para reuniões, serviços para portadores de necessidades especiais, e espaço infantil, além da oportunidade de poder acessar livremente as estantes de livros e a internet, ver filmes, ouvir músicas, participar de inúmeras atividades culturais ou solicitar o empréstimo de livros e filmes A Associação de Moradores informou que esse equipamento é muito solicitado pelos moradores. Há uma grande oferta de transportes no entorno do Complexo, mas o acesso a eles é dificultado pela topografia do terreno. O trem e o metrô são bastante utilizados,além de várias linhas de ônibus que se localizam na rua São Francisco Xavier e na São Luis Gonzaga. Para acessar os transportes urbanos os moradores utilizam transportes alternativos, como moto-táxis e kombis(cabritinhos). A rua São Luis Gonzaga que possui 26 linhas de ônibus, mas só pode ser acessadas pelo moradores do Complexo, pelos transportes alternativos. Além dos itens acima, para o Plano de Intervenção deverá ser feita a articulação com as diversas secretarias do Estado e da Prefeitura, para a compatibilização com os projetos públicos futuros e os que estão em andamento. 7. FONTES DE PESQUISA E BIBLIOGRAFIA http://www.uppsocial.org/territorios/mangueira - acessado em setembro de 2012 http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br - acessado em setembro de 2012 http://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas - acessado em setembro de 2012 http://www.fetranspor.com.br - acessado em setembro de 2012 http://www.favelatemmemoria.com.br - acessado em setembro de 2012 http://mapas.rio.rj.gov.br - acessado em setembro de 2012 Mapa Rápido Participativo da Mangueira - IPP - INSTITUTO PEREIRA PASSOS - UPP SOCIAL Questionário Qualitativo - IPP - INSTITUTO PEREIRA PASSOS - UPP SOCIAL Panorama dos Territórios - IPP - INSTITUTO PEREIRA PASSOS - UPP SOCIAL Acervo Cartográfico - IPP - INSTITUTO PEREIRA PASSOS - UPP SOCIAL Demandas - IPP - INSTITUTO PEREIRA PASSOS - UPP SOCIAL 5 Relação das ONGs do Complexo da Mangueira – IPP - INSTITUTO PEREIRA PASSOS - UPP SOCIAL 6