RETENÇÃO HÍDRiCA
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RETENÇÃO HÍDRiCA
boletim bimensal nº 35 | Mar | Abr | 2008 RETENÇÃO HÍDRiCA A retenção hídrica, ou seja, a acumulação excessiva de água no organismo, resulta do excesso da produção, da retenção exagerada ou da insuficiente drenagem do líquido intersticial (existente entre as células), causando o edema (inchaço). A área afectada pode ser pequena, como também pode atingir a totalidade dos membros, tronco, ou da face, ou mesmo o corpo todo. São vários os factores envolvidos na retenção hídrica: aumento da pressão hidrostática no capilar (aumento da pressão arterial), alterações hormonais (insuficiência da tiróide), utilização de corticóides, etc.. Não obstante, a utilização excessiva do sal (ou seja, sódio) na alimentação assume-se como um factor determinante, uma vez que, com o intuito de manter a homeostase, o organismo vai absorver mais água (a chamada retenção exagerada). A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA A água representa cerca de 70% do peso do corpo de um adulto. De notar que esse valor varia muito de acordo com o peso do indivíduo (os obesos têm uma % inferior), e com o sexo (superior nos homens). Grande parte da água (cerca de 60%) encontra-se no interior das células (compartimento intracelular), enquanto que 30-35% preenche o espaço intersticial, e uma quantidade inferior (aproximadamente 8%), encontra-se na corrente sanguínea. O volume de água na corrente sanguínea é muito importante e deve ser constante. A água que se encontra fora da corrente sanguínea actua como um depósito para repor ou absorver o excesso de água do sangue de acordo com as necessidades. A água entra no corpo principalmente através da absorção do tracto gastrointestinal, deixando o corpo principalmente sob a forma de urina excretada pelos rins. A água circula para dentro e para fora das células através das suas membranas. Tendo em consideração que as membranas celulares são permeáveis à água, esta move-se livremente entre o interior e o exterior daquelas. Por exemplo, se o volume de sangue diminui, a água move-se do meio intracelular e do líquido intersticial para a corrente sanguínea para aumentar o volume perdido. O organismo controla a quantidade de água em cada compartimento principalmente controlando as concentrações de electrólitos. As membranas celulares são constituídas por lípidos e proteínas. Estas actuam como canais através dos quais a água se pode mover. Adicionalmente, as membranas são muito selectivas para os electrólitos e outras substâncias, regulando criteriosamente os seus movimentos para dentro ou para fora das células. Por exemplo, há uma proteína específica que regula a entrada e saída de sódio (Na+) e potássio (K+) na célula, que se designa por bomba sódio-potássio. A Saúde com Produtos Naturais Tema desta Edição: Dr. Ricardo Leite HOMEOSTASE A água impregna todos os tecidos, sendo por isso responsável por: • Transportar nutrientes para todas as células do organismo; • Transportar substâncias solúveis que atravessam as membranas celulares devido ao mecanismo das pressões osmóticas; • Fornece o meio necessário para a ocorrência das reacções bioquímicas; • É indispensável às combinações químicas e eléctricas; • Solvente para minerais, vitaminas, aminoácidos, glicose e outras moléculas; • Lubrificante das articulações; • Absorve o choque na medula espinal, olhos, articulações e saco amniótico; • Permite a eliminação dos desperdícios. OSSO MÚSCULO RIM CORAÇÃO PULMÃO FÍGADO GORDURA SANGUE % do peso molecular 23-30 75 75-80 79 78-79 70 30 79-83 RETENÇÃO HÍDRiCA DESEQUILÍBRIO HÍDRICO E SUAS CONSEQUÊNCIAS Os sais são compostos químicos simples formados de átomos que possuem uma carga eléctrica positiva ou negativa. Por exemplo, o sal de cozinha (cloreto de sódio) é composto por átomos de sódio (carga positiva) e de cloreto (carga negativa). Quando um sal dissolve-se na água, os seus componentes existem separadamente como partículas carregadas denominados iões. Essas partículas carregadas e dissolvidas são designadas electrólitos. A concentração de cada electrólito em uma solução de sais dissolvidos % do peso de água pode ser quantificada (em milequivalentes –mEq- por unidade de volume total 10 da solução). Para funcionar adequadamente, o organismo precisa 50 manter a concentração dos electrólitos em cada um dos compartimentos 4-5 (intracelular, intersticial e sangue) dentro de limites muito estreitos. Tal é 3 possível através da deslocação dos electrólitos para dentro ou para fora das 3 células. Os rins filtram os electrólitos presentes no sangue e excretam uma 4 quantidade suficiente dos mesmos na urina para manter um equilíbrio entre 12 a ingestão e a eliminação diárias. O sódio, o potássio, o cálcio, o fosfato 8 e o magnésio são os electrólitos mais referenciados na homeostase. Por Repartição da água no organismo Órgão ou Tecido O rim é o órgão determinante para o equilíbrio hídrico, uma vez que pode excretar vários litros de urina por dia ou conservar a água (excretando menos de meio litro por dia). Diariamente, pela evaporação através da pele e dos pulmões, são eliminados cerca de 750 ml de água (em climas mais quentes ou após exercício físico, esse volume pode ser muito aumentado). Em condições normais, o sistema gastrointestinal é capaz de reter água. Não obstante, em casos de vómitos ou de diarreia, a perda diária pode ser de até 4 litros ou mais. Quando o consumo de água compensa a quantidade perdida, a água do corpo encontra-se em equilíbrio. Para manter o equilíbrio hídrico, ou seja, a homeostase, os indivíduos saudáveis com uma função renal normal e que não transpiram excessivamente devem ingerir pelo menos um litro de líquido por dia. No entanto, é recomendada a ingestão de 1.5 a 2 litros por dia para proteger-se contra a desidratação e também contra a formação de cálculos renais. O equilíbrio hídrico do organismo é conseguido, sobretudo, através de dois mecanismos: • Um dos mais importantes é o mecanismo da sede. Os centros nervosos localizados no cérebro são estimulados quando o corpo necessita de mais água, acarretando a sensação de sede. A sensação torna-se mais forte à medida que a necessidade de água pelo corpo aumenta, levando o indivíduo a beber e a repor a água necessária. • Um outro mecanismo envolve a secreção da hormona antidiurética por parte da hipófise. Esta hormona estimula os rins a reter a maior quantidade de água possível. A desidratação surge quando o organismo é incapaz de ingerir uma quantidade suficiente de água para compensar a perda excessiva. A quantidade de água presente no organismo está intimamente relacionada à quantidade de electrólitos. A concentração de sódio no sangue é um bom indicador da quantidade de água existente no organismo. Quando a concentração de sódio encontra-se demasiadamente alta, o corpo retém água para diluir o excesso de sódio. O indivíduo sente sede e produz menos urina. Quando a concentração de sódio diminui excessivamente, os rins excretam mais água para fazer com que a concentração de sódio retorne ao equilíbrio. Por outro lado, a hiperhidratação é um excesso de água no corpo. Ocorre quando a ingestão de água é maior que sua eliminação. isso, as concentrações do cloreto e do bicarbonato são comummente determinadas. No entanto, a concentração de cloreto de sódio é geralmente proporcional à concentração de sódio no sangue, e o bicarbonato pode estar envolvido em distúrbios do equilíbrio ácidobásico. O volume de água intracelular depende, primariamente, das concentrações intracelulares de fosfato e potássio; enquanto o volume de água extracelular depende, primariamente, das concentrações extracelulares de sódio e cloro. Além de equilibrar concentrações de iões dentro e fora das células, o organismo tem que assegurar o equilíbrio de cargas eléctricas. Denominamos por equilíbrio hidroeletrolítico a manutenção da quantidade e tipo adequados de fluidos e minerais em cada compartimento do organismo. Assim, a desidratação é frequentemente acompanhada de uma deficiência de electrólitos, tendo como consequência: • Diminuição do volume de água no sangue, podendo haver diminuição da tensão arterial; • Tonturas e perda de consciência; • Choque com lesões graves de órgãos internos (rins, fígado e cérebro). A hipernatriémia, ou seja, a concentração sérica elevada de sódio, resulta do excesso de sódio associado a um reduzido volume relativo de água. Está muito associada à 3ª idade, pois a sensação da sede está diminuída nessas idades. Pode ocorrer em indivíduos com disfunção renal, diarreia, febre ou sudorese excessiva. As alterações da quantidade total de sódio estão intimamente ligadas às alterações no volume de água no sangue. De tal forma que o volume sanguíneo pode aumentar quando existe um excesso de sódio no corpo. O líquido extra acumula-se no espaço que circunda as células e acarreta uma condição denominada edema (retenção hídrica). A preocupação com o sal é bastante pertinente, uma vez que o seu consumo excessivo está relacionado com o desenvolvimento de várias doenças, a saber: • Hipertensão Arterial: é a doença mais directamente relacionada com o abuso do sal. O excesso de sódio vai provocar o aumento do volume dos fluidos, o que implica um aumento do débito cardíaco e, consequentemente, um agravamento da hipertensão arterial; • Aumento do Risco de Doenças Cardiovasculares: naturalmente resultantes do aumento da tensão arterial, como o AVC e a insuficiência cardíaca; • Aumento do Risco do Cancro do Estômago: uma das principais causas de morte em Portugal; • Osteoporose: o verdadeiro mecanismo através do qual o excesso de sódio leva a uma diminuição da massa óssea ainda não foi claramente demonstrado, mas aprece envolver o equilíbrio relativo com outros electrólitos (cálcio, magnésio, fósforo, potássio, entre outros); • Aumento do Risco de Doenças que Provocam a Retenção Hídrica: como é o caso da insuficiência cardíaca ou renal e alguns tipos de cirrose do fígado. Em Portugal, cada português consome em média 13 a 17 gramas de sódio por dia. Valores muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que determina uma quantidade máxima de sal de 6 gramas diários. Apesar das preocupantes doenças que estão associadas ao excesso de sódio, uma das principais queixas ainda é a retenção hídrica que A Saúde com Produtos Naturais implica, pois o inchaço que acarreta acaba por tornar o quadro mais evidente, com maior visibilidade. A acumulação excessiva de água no organismo é uma resposta fisiológica, no sentido de diluir o sal presente. As principais fontes alimentares de sal são: • Pão; • Sal adicionado durante a confecção dos alimentos e à mesa; • Enlatados; • Batatas fritas; • Fiambre, presunto e enchidos. soluções naturais O consumo excessivo do sal na alimentação assume-se como um factor de risco para várias doenças. A OMS, tendo em conta o impacto que o excesso de sódio pode ter na manutenção da homeostase, recomenda vivamente que se reduza o seu consumo. Os Diuréticos são um grupo de fármacos que actuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. São consideradas substâncias dopantes, pois são utilizadas para reduzir o peso, bem como para mascarar outros agentes dopantes. Assim, é interessante a utilização de suplementos alimentares que, beneficiando a diurese, não são consideradas como doping. A associação de produtos que promovam a diminuição da retenção hídrica constitui uma interessante opção. Nesse sentido, tenha em consideração os seguintes conselhos: • Reduza o consumo de sal (6 g por dia, segundo a OMS); • Para diminuir a retenção de líquidos, dê preferência a frutas, verduras e legumes (melancia, morango, agrião, abóbora, beterraba, cenoura, tomate, pepino, entre outros); • Evite o consumo excessivo de bebidas com gás; • Diminua o consumo de enchidos. Além de conterem gordura, têm também grandes teores de sódio; • Inclua na dieta chás de ervas, pois são eficientes diuréticos. Entre eles: gengibre, canela, chá verde, entre outros; • Sumos de frutas cítricas, como limão e laranja, são muito bem vindos. Ricos em potássio, são óptimos diuréticos; • Modere os condimentos e temperos; • Beba bastante água. Ela ajudará a diminuir a retenção hídrica e favorece o funcionamento intestinal; • Pratique desporto. Dessa forma, eliminará líquidos e gorduras. RETENÇÃO HÍDRiCA Dentro da DietMed destacam-se os seguintes Produtos: Diuril Com Active Seaweed WTM Regula a tensão. Para um bom equilíbrio hídrico no organismo. Composição: Active Seaweed WTM 400 mg (Algas Castanhas) e Excipiente q.b.p. 1 cápsula. Modo de Usar: 1 cápsula durante o almoço e 1 NOVID ADE cápsula durante o jantar. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com 60 cápsulas. de ABR IL Dr. Reckeweg® R18 Medicamento Homeopático (n.º de registo no Infarmed 0427098) Gotas Orais – Solução Composição: 10 ml contêm: Berberis vulgaris D4 1ml, Cantharis D4 1ml, Dulcamara D4 1ml, Equisetum hiemale D6 1 ml, Ethanolum / Aqua purificata. Preparado segundo as normas da Farmacopeia Homeopática Alemã. Contém 41% Álcool. Dosagem e Administração: Salvo outra indicação, a dose para adultos é, em situações agudas, 5 a 10 gotas diluídas ou não num pouco de água de 2 em 2 horas até um máximo de 12 tomas por dia; deve evitar-se a sua mistura com alimentos. Após melhoria da sintomatologia, reduzir a administração para 3 vezes por dia, 30 minutos antes das refeições. Crianças maiores de 12 anos, 5 a 8 gotas diluídas num pouco de água de acordo com o recomendado. N.B. Não está prevista a utilização deste medicamento em crianças menores de 12 anos. Indicações de Bom Uso: Baseiam-se nas utilizações tradicionais de cada um dos componentes homeopáticos. Entre elas incluem-se: cistite, pielonefrite. Apresentação: Caixa com frasco de vidro de 50 ml. Orthosiphon 750 mg Forte Ajuda a atingir e a manter um peso adequado. Ajuda a evitar a retenção de líquidos. Composição: Extracto Concentrado de Orthosiphon 150 mg (Equivalente a 750 mg de Orthosiphon, contendo pelo menos 1,5 mg de sinensetina) e excipiente q.b.p. 1 ampola de 15 ml. Modo de Usar: 1 ampola ao dia, de preferência depois do pequenoalmoço. Pode ser diluída em água NOVID ADE ou sumo de frutas. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com 20 ampolas bebíveis de 15 ml. de ABR IL Drenalight Com Ananás, Bétula, Ortosifon e Papaia Drenagem e purificação do organismo de toxinas, gorduras e água em excesso. Restabelecimento do tónus e da vitalidade durante o programa de depuração. Favorecimento da recuperação de um ventre liso. Composição: Extractos Aquosos de Plantas (64%): Ananás 800 mg, Bétula 7 g, Cereja (talo) 7 g, Ortosifon 7 g, Papaia 7 g, Pilosela 7 g, Rainha dos Prados 7 g. Extracto de Limão 0,05%, Extracto de Videira Vermelha 0,05%, Fructo-oligosacáridos (FOS) 70 g, Vitamina E 11 mg, Vitamina B1 1,7 mg, Niacina 30 mg, Vitamina B6 2,7 mg, Biotina 250 μg, Vitamina C 83 mg, Cálcio 270 mg, Magnésio 75 mg, Ferro 4,5 mg, Cobre 0,8 mg, Sódio 110 mg, Zinco 5,5 mg, Manganésio 0,7 mg, Crómio 270 μg, excipiente q.b.p. 500 ml. Modo de usar: Fase Inicial: 5 colheres (50 ml) dissolvidas num litro de água que se vai bebendo durante o dia (durante 10 dias). Não deverá exceder essa posologia. Fase de Manutenção: 2 colheres (20 ml) dissolvidas num litro de água que se vai bebendo durante o dia (durante 25 dias). Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com frasco de 500 ml. Phitolito Na Linha Naturmed® há que considerar também o Burnerlight®, o Magriform® Dren 20 ampolas bebíveis e o Palmácer® como interessantes drenadores. Na Linha Naturmil®, consideram-se ainda os comprimidos de Cavalinha e as cápsulas de Zimbro. Note que os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado, assim como as indicações de bom uso referidas baseiam-se na utilização tradicional dos seus constituintes, bem como nas suas acções fisiológicas. Os Medicamentos Homeopáticos não possuem indicações terapêuticas aprovadas. Com Cavalinha e Quebra-Pedra Em caso de cálculos ou pedras. Melhora o funcionamento renal. Em casos de retenção urinária. Composição: Arenária 2%, Barbas de Milho 1.5%, Bétula 2%, Bruco 1.5%, Cavalinha 2%, Erva Prata 1.5%, Fragária 1.5%, Fava 1.5%, Ginkgo Biloba 3%, Groselheiro Negro 1.5%, Parietária 1.5%, Quebra-Pedra 4%, Uva Ursina 1.5%. Vara de Ouro 1.5%, Zimbro 1.5% e Excipiente q.b.p. 250 ml. Modo de Usar: 1 colher de sopa 3 vezes ao dia, depois das refeições. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com 250 ml. BIBLIOGRAFIA: MARK H. BEERS. The Merck Manual of Medical Information: Home Edition. Merck & Company. April 2003. 2nd Ed. ISBN0911910352. ROD R. SEELEY, TRENT D. STEPHENS, PHILIP TATE. Anatomia & Fisiologia. Lusodidacta. Lisboa.1997. 1ª Ed. ISBN972-96610-5-7. WALTER OSWALD, SERAFIM GUIMARÃES. Terapêutica Medicamentosa e suas Bases Farmacológicas. Porto Editora. 4.ª Ed. ISBN-972-0-06030-1. RETENÇÃO HÍDRiCA DietMed | R. da Capela, Ed Dietmed | Corvos à Nogueira | 3505-276 Viseu [email protected] | www.dietmed.pt