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DOI: 10.4025/4cih.pphuem.400
DA SENSUALIDADE PARA A INSINUAÇÃO DA NUDEZ FEMININA:
FOTORREPORTAGEM NA REVISTA O CRUZEIRO (1959 E 1966)
Eric Allen Bueno
Graduando do último ano do curso de História (UNICENTRO)
Atualmente, ao folhearmos uma revista não nos surpreendemos com cenas em que
aparecem “belas”1 mulheres de biquíni ou com uma nudez dissimulada, pelo contrário, a cena
nos atrai: se não fosse assim elas não estariam lá. Mas nem sempre foi deste modo. No início
do século XX, tal situação seria impraticável nos periódicos, o que nos faz pensar como
saímos de uma sociedade patriarcal e conservadora que vigiava os corpos femininos para uma
que adora despi-los. Tal questionamento não pode ser respondido de forma simples, pois a
trama da História envolve múltiplos fatores que se entrelaçam e interagem conforme andam as
sociedades.
Neste artigo, abordamos o momento histórico que acreditamos ser a ruptura na forma de
se expor o corpo feminino na imprensa brasileira, o início da década de 1960. Entre as mais
diversas fontes do período, a revista O Cruzeiro se destaca como um dos mais importantes
meios de difusão cultural. Com a maior tiragem no período (média de 500 mil exemplares) e
abrangência nacional. Destinada ao público das classes médias e altas.
A revista criou e ajudou a divulgar uma forma de mulher “moderna”, com novos hábitos
e idéias impulsionados pela indústria da beleza que com um discurso de liberdade e
modernidade, escravizava as mulheres ao lhes impor um modelo de beleza de difícil alcance2.
Embora houvesse muitos discursos sobre a mulher em O Cruzeiro3, optamos por uma
das abordagens possíveis: a fotorreportagem. A fotorreportagem consiste em uma ou uma
série de fotografias que contam uma história, pode ter pequenos textos (foto legendas) que a
complementam, auxiliando sua compreensão4.
A respeito da interação das fotos e textos, Nadja Peregrino orienta que
O texto e a imagem guardam nítidas diferenças com relação às regras que regem as
associações dos componentes das duas linguagens. Nas palavras, os fatores de
ordenação das letras obedecem a regras predeterminadas e estabelecidas pela
cultura. A contigüidade das letras, o sentido de leitura do receptor da mensagem,
uma vez que certas regras impõem à imagem um saber, sendo também capaz de
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enfatizar determinados aspectos da fotografia. Dotada de uma função de
estruturação, a palavra abre um caminho para orientar a percepção da imagem,
desvendando para o leitor a informação segundo uma certa ordem.
Na fotografia, os elementos visuais – cor, superfície, linha, volume e luz – se
encontram numa identificação quase total que se reflete automaticamente em sua
própria natureza, possibilitando diversas configurações. Desde o momento da
concepção da foto, os vários componentes formais podem ser combinados entre si
de formas diversas e ordenados em várias direções espaciais que se exprimem,
quando publicadas, em superposições e fusões5.
Também é de grande valia a interpretação de Boris Kossoy sobre a fotografia, o autor
salienta que o fotógrafo é um “filtro cultural”, ou seja, ao fotografar, transmite para a
fotografia a sua ideologia bem como a de seus empregadores, interferindo na realidade
fotografada e lhe impondo o seu ponto de vista sobre o objeto6.
Para a interpretação das imagens, optamos pelo enfoque da História Social da Arte
proposta por Peter Burke7, haja visto que outras metodologias, como a semiótica por exemplo,
implicam em uma perda do aspecto social, preço muitas vezes caro demais para o historiador.
Nos trabalhos sobre as representações femininas em “O Cruzeiro”8, até o momento o
aspecto da nudez não foi tratado. A sensualidade foi vista sem aprofundamento e maior rigor,
com exceção de Leandra Francischett que em sua dissertação cita a forma sensual das
matérias sobre os concursos de misses, e as reportagens sobre atrizes famosas9. Mas o fato da
exposição do corpo ser pouco ou nada tratado se deve ao recorte temporal das autoras que se
limitou até a década de 1950, quando muito, até 1964. E as transformações ocorreram com
maior intensidade na década de 1960, principalmente no
início dos anos 1970 quando “pega” de vez a moda do
biquíni. Vejamos como parte do processo ocorre.
Passemos para as fontes.
Na figura 01 temos a capa da edição de 28 de
fevereiro de 1959 em que vemos Jayne Mansfield, e
Maurício Loyola fantasiado de palhaço em um baile de
carnaval, a foto é de Ed Keffel e Antônio Rudge, como
nos informa o expediente da página 03. Mansfild era
uma estrela holliwoodiana famosa e que naquele
FIGURA 01
momento estava de férias no Brasil. Note-se que a capa
de ressalta a sensualidade da atriz cujos fartos seios estão
em evidência, bem como, a mão do “palhaço” está a tocá-lo.
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A primeira matéria da revista é justamente Mansfield. Ela
vem em forma de fotorreportagem produzida por Luiz Carlos
Barreto. As duas primeiras páginas, reproduzidas aqui na figura
02, mostram Mansfield sendo rodopiada no ar pelo seu marido
Mike, vencedor do premio de “‘Mister’ Universo 1957”, na praia
da Guanabara. A manchete à direita, ressalta a importância da
matéria onde se lê “EXCLUSIVO Sob as vistas de ‘O Cruzeiro’
FIGURA 02
e protegida por uma fortaleza militar Mansfield brinca na
paria”. O evento aparentemente trivial, é tratado como um
relevante episódio a ser registrado. Nadja Peregrino já comentara
que uma das características da revista O Cruzeiro é justamente
por em evidências a habilidade de seus fotógrafos e a
ineditaneidade e o exclusivismo de suas matérias, desta forma a
revista dá crédito a si mesma10.
FIGURA 03
Nas páginas seguintes, como se vê na figura 03, Tem-se o
primeiro “clímax” da fotorreportagem que se concentra no
momento em que Jayne muda a peça superior do maiô. A
seqüência de três fotos mostra Mike segurando uma toalha e
atrás dele Jayne troca a peça, ficando escondida para o fotografo.
Na quarta foto ele amarra a parte de trás do traje e ela aparece
FIGURA 04
com o copo de perfil e o rosto voltado para o fotógrafo. É claro,
por ser uma atriz, busca aparecer sempre no melhor ângulo. Após
a seqüência, no rodapé esquerdo, Luiz Carlos Barreto informa
“MUDADA a peça superior do maiô, Jayne iniciou a operação
mais difícil: ainda guardada pela lona de Mike, despiu um “short”
para vestir outro. A constatação de seu emagrecimento deixou-a
satisfeita, porque lhe poupará sessões de massagem para
reconquistar o corpo com que, antes da maternidade, fôra
consagrada a rival de Marllyn”11.
FIGURA 05
Nas próximas páginas o recomeço da saga (figura 04): em
uma seqüência de três fotos vemos a garota retirar e vestir a peça tendo a ajuda do marido. Na
4834
quarta foto o vemos ajustando por trás o “short” de Jayne. A diagramação foi a mesma da
figura 03.
No última nota, Barreto informa: “Na praia, Jayne percebeu que seu maiô (duas peças)
estava folgado. Mas, na valise havia outro. Embora a praia estivesse deserta, Mike cumpriu
papel de guarda-costas zeloso: estendeu uma lona diante de si e protegeu Jayne para
substituição das peças largas. Ela perdera 3.800 g com o carnaval. Por trás ficara o mar e o
rochedo”12.
Nas duas últimas páginas (figura 05), temos uma grande foto de Jayne à esquerda, no
centro ela brinca com o marido e por último, uma grande foto em que ela aparece agarrada
com o marido.
A fotorreportagem ocupou oito páginas, tamanha a importância que a revista dava a
presença da atriz internacional e símbolo sexual hollywoodiano.
Sua presença ainda foi foco de outra fotorreportagem na mesma edição intitulada
“Quitandinha” cuja autoria é da “Reportagem da equipe de O Cruzeiro”. A matéria não é
assinada porque se trata de um evento em que vários fotógrafos e repórteres participavam e no
fim, todo material jornalístico era reunido na redação e utilizado para a montagem da notícia.
Com o subtítulo de “Houve um ‘sputinik’ novo no céu carnavalesco de Petrópolis: uma loura
‘estrêla’ chamada Jayne”, o texto da fotorreportagem traz a seguinte mensagem:
O Quitandinha, um dos mais famosos bailes do Brasil carnavalesco, contou, neste
1959, com um bom cartaz internacional: a louríssima Jayne Mansfield, um busto
que está fazendo história. Pois o baile serrano estêve por sua conta. Todo mundo
queria ver a “estrêla” que acabou sambando em ritmo estrangeirado. Fêz algumas
evoluções nos braços do seu ilustre marido, a mais bela musculatura do mundo,
sempre com um sorriso de simpatia nos lábios. “O Busto” veio esportivamente.
Maiô de duas peças e um casaquinho leve – peça que os fotógrafos não deixavam
em paz enquanto ela não tirou. Enfim, o baile petropolitano do Quitandinha não teve
grandes fantasias. Mas funcionou em têrmos da melhor animação carnavalesca. A
um canto, discreto e bem servido, estava o famoso cronista social Cholly
Knickerbocker (Gigi Cassini). Pouca gente notou sua presença. Não era para menos.
Imperava “O Busto”13. (Grifos nossos)
Este texto localiza o leitor no local da ação, deixando claro que o centro das atenções no
evento fora Jayne (na opinião da revista). O que chama a atenção é a forma como ela é
denominada, de “busto”.
Nas duas primeiras páginas da matéria (figura 06), temos quatro fotos horizontais nas
quais aparecem participantes do evento. No centro há uma foto de corpo inteiro de uma
mulher, cercada por homens. No lado direito, uma foto retangular de uma mulher suspensa no
4835
ar por um homem, cujo rosto não aparece, a legenda revela sua identidade “‘O Busto’ nos
braços de Mr. Universo. Tirou o casaco e ganhou um lenço”14.
Nas páginas seguintes, temos seis fotos no lado
esquerdo e em todas o foco da ação é Jayne. Ela
parece estar animada, com as mãos para cima e sorriso
no rosto. Toda sua animação é “vigiada” pelo seu
marido que aparece em sua frente no primeiro plano
ou sendo segurada por ele nas sete das oito fotos.
Percebe-se que não há outras mulheres ao seu lado,
FIGURA 06
sendo
a
participação
masculina
predominante.
Sutilmente, uma legenda diz “Braço forte garante ‘O
Busto’”, se referindo ao Mister Universo. Frase
sugestiva, principalmente quando lemos a legenda
seguinte em que a revista informa “Já de chapéu de
pierrô, Jayne viu logo que tôda gente queria muita
alegria e pouca roupa. E começou a atender ao ‘tiratira-tira’”15. Na última foto, Jayne aparece sorrindo
sendo carregada pelo marido. Como podemos ver
abaixo na figura 07.
FIGURA 07
Até o momento, vimos como nas fotografias de
“O Cruzeiro” aproveitaram a passagem de Jayne Mansfield para fazer matérias de cunho
sensual: “O Busto” na capa, sua passagem na praia, sua animação no baile de carnaval. Mas
agora vejamos como a revista tratou de outra “estrela”, nacional desta vez.
A edição de 23 de outubro de 1966 trouxe em sua capa “Izabel Cristina, ex-Guy Lupe
que se celebrizou no papel de mocinha ingênua e romântica na novela ‘O Direito de Nascer’,
demonstra que é também uma provocante mulher plena de ‘sex’”16. No rodapé da capa se lê:
“Izabel Cristina: o direito de ser mulher”.
4836
Neste curto espaço de tempo entre 1959 e
1966, percebemos já pela capa que aumentou a
ousadia por parte de “O Cruzeiro” em exibir o
corpo feminino. No primeiro caso, apresentado o
grande decote de Jayne Mansfield, no segundo,
uma nudez dissimulada de Izabel Cristina que
aparece de perfil, ajoelhada e seminua, coberta
por um longo tecido rosa amarrado em seu
pescoço, cobrindo-lhe frontalmente e seu dorso.
E é desta mesma forma que ela aparece na
fotorreportagem, com texto de Guimarães Castro
FIGURA 08
e fotos de José Carlos Vieira. O título é o mesmo
da capa: “Izabel Cristina: o direito de ser
mulher”. Cabe interrogarmos o que seria este direito para a revista. Observemos a imagem 09
abaixo:
FIGURA 09
Na primeira foto da esquerda temos Izabel sentada segurando o pequeno violão, em um
ângulo que privilegia o observação de suas pernas e costa desnuda. Na foto da direita ela
aparece de frente, apoiada com a ponta do pé, e com os braços parcialmente cruzados, tendo
um pano roxo lhe cobrindo.
Na imagem seguinte, que ocupou as duas páginas centrais da revista, temos uma foto em
preto e branco, em que a atriz aparece deitada sobre o chão, com um pano a cobrir-lhe os
glúteos (figura 10):
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FIGURA 10
E, por fim, temos as duas últimas páginas, reproduzidas na figura 11. Na foto da
esquerda a atriz aparece de perfil com um pano verde. Na foto da direita, que também ocupa
parte de página da esquerda, ela aparece segurando um pano rosa na frente, exibindo um
sorriso forçado.
FIGURA 11
Este último aspecto é o mais revelador. Em todas as outras fotos ela não sorriu. O corpo
aparece fechado, reprimindo-se. Essa expressão corporal mostra o quão a atriz estava
desconfortável em tirar as fotos. Mas a revista se esforçou para mostrar o contrário, exibindolhe o corpo desnudo discursando que “famosa nos papéis de mocinha ingênua, é também uma
linda e provocante mulher. E é isso que demonstramos.”17
4838
Com o exemplo destas duas “estrelas” podemos tirar algumas conclusões;
primeiramente, em um curto espaço de tempo percebemos que “O Cruzeiro” passou a
“desnudar” muito rapidamente suas mulheres na década de 1960. Fruto de um contexto
complexo que envolve desde a dita “revolução sexual” e a
onda contestatória da geração dos “anos rebeldes” até o
acirramento da competição pelo mercado da cultura de
massa, em que aumentam as publicações de periódicos e as
estações de rádio e televisão vão ampliando horizontes e
aumentando as margens de lucros. Embora a exploração da
exibição do corpo não fosse grande novidade na cultura de
massa, o diferencial é que a exposição do corpo feminino
não chegava a tanto e em tão pouco tempo, constituindo-se
como uma ruptura nos padrões.
A sensualidade vai ganhando espaço com fotografias
cada vez mais ousadas e a nudez surge como um ótimo
chamariz de leitores, embora os próprios agentes envolvidos
(como a modelo a ser fotografada) não estivessem tão
FIGURA 12
seguros com a nova realidade que estava se formando.
Uma coisa é clara, “O Cruzeiro” (e outras mídias também), perceberam que quanto
maior a exibição do corpo feminino, maior é o público. Accioly Netto, o diretor da revista por
mais de quarenta anos comenta que :
As praias estavam sempre repletas de moças bonitas, exibindo novos tipos de maiô,
algumas inclusive já usando o chamado “duas peças”, com calças e bustiês sumários
para a época – o que constantemente causava escânda-lo entre as beatas ou entres as
leitoras do interior do Brasil. Mas os homens adoravam tais exibições... e isso fazia
vender a revista18.
Na figura 12, acima, temos uma foto tirada por uma teleobjetiva, câmera para fotografar
de longe, nela temos uma garota de biquíni que é fotografada no momento em que se abaixa,
permitindo uma maior visualização dos seios. O momento é ressaltado pela legenda que diz
“Sim, meus camaradinhas, não foi à toa que Deus inventou a mulher e o homem inventou a
teleobjetiva. Vejam como fica bonitinho quando a primeira vai passando lá embaixo e a
segunda cá em cima.”19. É evidente a intenção maliciosa do fotógrafo, cujo nome não aparece
na página, fato singular já que “O Cruzeiro” costumava dar o crédito aos fotógrafos.
4839
Entre esses dois momentos, 1959 e 1966, percebe-se que há uma ruptura de se expor o
corpo feminino. Passando rapidamente da sensualidade para insinuação da nudez.
Acreditamos que o fenômeno ocorre por dois motivos principais. Primeiro, a sociedade estava
mais receptiva as novas idéias, principalmente as classes altas e médias (o público alvo da
revista) devido à industrialização e a abertura do mercado interno ao capital estrangeiro,
derivados principalmente dos anos JK. O aumento do poder aquisitivo propiciou novas
formas de consumo tanto de bens duráveis quanto de “idéias”20. Segundo, o mercado soube
aproveitar o momento, passando a produzir imagens para o consumo rápido e banal do
consumidor. Não importando o que as mulheres retratadas pensavam ou sentiam. O que
importava é o seu “busto”, seu corpo e as idéias de sensualidade, beleza e fama que ele
representa. A bela mulher só existe enquanto objeto a ser visto.
NOTAS
1
O conceito de “beleza” é algo historicamente construído, transformando-se em cada cultura e relacionando-se,
em geral, com o modelo de belo que as classes dirigentes tem e difundem para o resto da sociedade. Ver:
VIGARELLO, Georges. História da beleza. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
2
SERPA, Leoni Teresinha Vieira. A máscara da modernidade: a mulher na revista O Cruzeiro (1928-1945).
Passo Fundo: UPF, 2003.
3
Tais discursos eram expressos de diferentes formas como na fotografia, na propaganda, na caricatura, nas
seções femininas (“Da mulher para a mulher”, “Lar, Doce Lar”), mesmo estando no mesmo contexto editorial
isso não significa que todos eram coerentes entre si.
4
“o objetivo essencial das fotorreportagens é, em geral, situar, documentar, mostrar a evolução e caracterizar
desenvolvidamente uma situação real e a as pessoas que a vivem. Como, contrariamente ao foto-ensaio, o
objetivo de uma fotorreportagem não é marcar uma posição ou um ponto de vista, normalmente as
fotorreportagens são menos extensas que os foto-ensaios e vivem, sobretudo, ou de fotolegendas (uma por
fotografia) ou, em alternativa, de pequenos textos (geralmente introdutórios) que não se conjugam com uma
imagem em particular mas sim com todas as imagens da peça. Esse texto, de uma forma geral, serve
principalmente para orientar a leitura das imagens, embora também complemente” SOUSA, Jorge Pedro.
Fotojornalismo: introdução à história, às técnicas e à linguagem da fotografia na imprensa. Florianópolis,
SC: Letras Contemporâneas, 2004. p.104. Para uma análise das transformações na fotorreportagem de O
Cruzeiro consultar: PEREGRINO, Nadja. O Cruzeiro: a revolução da fotorreportagem. Rio de Janeiro:
Dazibao, 1991.
5
PEREGRINO, Nadja. Op. cit. p.47.
6
“A eleição de um aspecto determinado – isto é, selecionado do real, com seu respectivo tratamento estético –, a
preocupação na organização visual dos detalhes que compõem o assunto, bem como a exploração dos recursos
oferecidos pela tecnologia: todos são fatores que influíram decisivamente no resultado final e configuram a
atuação do fotógrafo enquanto filtro cultural. O registro visual documenta, por outro lado, a própria atitude do
fotógrafo diante da realidade; seu estado de espírito e sua ideologia acabam transparecendo em suas imagens,
particularmente naquelas que realiza para si mesmo enquanto forma de expressão pessoal”. KOSSOY, Boris.
Fotografia e história. 2. ed. rev. São Paulo: Ateliê Editora, 2001. p.42-43.
7
BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. Bauru, SP: EDUSC, 2004. (Coleção História). p.213238
8
BASSANEZI, Carla. e BOMBONATO, L. O Cruzeiro e as garotas. Fazendo história das mulheres. In:
Cadernos Pagu. Campinas: Unicamp – Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, nº 4, 1995, p. 243-260. Disponível
em:
<http://www.pagu.unicamp.br/files/cadpagu/Cad04/pagu04.13.pdf>
Acesso
em
29/05/2009.;
FRANCISCHETT, Leandra. Representações das mulheres na revista O Cruzeiro através das fotografias no
período de 1956 a 1960. Dissertação (mestrado em História Social). – Universidade Federal Fluminense /
4840
Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná. Niterói, 2007.; SERPA, Leoni Teresinha Vieira. A máscara
da modernidade: a mulher na revista O Cruzeiro (1928-1945). Passo Fundo: UPF, 2003.
9
FRANCISCHETT, Leandra. Op. cit.
10
“Em O Cruzeiro a busca do acontecimento reproduzido pelas imagens nas diversas reportagens enfatiza
frequentemente o ineditismo e a novidade, com o uso de formas verbais que adjetivadas que valorizam a
fotografia. (...) O apelo ao novo, ao incomum e ao original enfatiza a novidade ao oferecer para o leitor
acontecimentos comuns de forma surpreendente.” PEREGRINO, Nadja. Op. cit. p.48-49.
11
O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.07.
12
O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.09.
13
O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.65.
14
O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.65.
15
O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.66.
16
O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p. 03.
17
O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p.59.
18
NETTO, Accioly. O império do papel: os bastidores de O Cruzeiro. Porto Alegre: Sulina, 1998.p.49.
19
O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p.35.
20
No período, se intensificou o uso da propaganda em periódicos, principalmente das multinacionais
estadunidenses, vendendo não só a mercadoria, mas também um estilo de vida. No início dos anos 1970, a
propaganda se volta principalmente para a televisão. Conferir: FIGUEIREDO, Anna Cristina Camargo Moraes.
"Liberdade é um calça velha, azul e desbotada" Publicidade, Cultura de Consumo e Comportamento
Político no Brasil (1954-1964). São Paulo: Editora HUCITEC História social, USP, 1998; ARRUDA, Maria
Arminda do Nascimento. A embalagem do sistema: a publicidade no capitalismo brasileiro. Bauru, SP:
EDUSC, 2004. (Coleção Ciências Sociais).
REFERÊNCIAS
FONTES:
Figura 01 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p. 01. (capa)
Figura 02 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p. 04 e 05
Figura 03 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p. 06 e 07
Figura 04 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.08 e 09
Figura 05 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.10 e 11
Figura 06 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959. p.64 e 65
Figura 07 – O Cruzeiro. 28 de fevereiro de 1959.p. 66 e 67
Figura 08 – O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p.01. (capa)
Figura 19 – O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p. 56 e 57
Figura 10 – O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p. 58 e 59
Figura 11 – O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p. 60 e 61
Figura 12 – O Cruzeiro. 23 de outubro de 1966. p.35
BIBLIOGRAFIA
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mulheres. In: Cadernos Pagu. Campinas: Unicamp – Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, nº
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1995,
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Horizontes