Gestão de Controles Internos baseado na Metodologia COSO ERM
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Gestão de Controles Internos baseado na Metodologia COSO ERM
Gestão de Controles Internos baseado na Metodologia COSO ERM: um estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior Pública RESUMO A gestão do controle interno na administração pública é um tema de suma importância na medida em que busca a máxima eficiência na aplicação dos recursos públicos e o atendimento dos interesses públicos. O objetivo geral deste estudo é verificar a gestão de controles internos adotado pela administração central de uma instituição de ensino superior pública por meio da identificação da percepção dos Pró-Reitores/Secretários, Diretores e Funcionários em relação aos princípios da metodologia COSO Enterprise Risk Management – ERM, desenvolvida pelo The Comitee of Sponsoring Organizations. Trata-se de um estudo bibliográfico e documental, de cunho descritivo, com aplicação de um estudo de caso baseado nos componentes da metodologia COSO ERM, e com abordagem quali-quantitativa. Para a coleta de dados fez-se necessário a utilização de um instrumento, neste caso o questionário. Os resultados obtidos, a partir da classificação por níveis de relevância, evidenciam o entendimento da administração central da Instituição com relação ao atual sistema de controle interno e gerenciamento de riscos. Verifica-se que algumas práticas preconizadas pelos princípios da metodologia COSO ERM não são tão desenvolvidas na Instituição como outras, contudo percebe-se que os gestores conhecem a importância que reside no aprimoramento do sistema de controle interno. Palavras-Chave: Administração pública. Controle interno. Metodologia COSO ERM 1. INTRODUÇÃO Ao longo dos últimos anos a administração pública brasileira vem passando por transformações e mudanças tanto de cunho estruturais como culturais. Na atual situação, as organizações públicas precisam levar em consideração as exigências e as demandas que a sociedade possui a respeito do serviço prestado. Além disso, a sociedade brasileira contemporânea possui maior acesso a informação e por isso está monitorando de forma mais presente a gestão dos recursos públicos, principalmente no que se refere à aplicação eficiente de recursos escassos por parte dos gestores públicos. Mesmo não sendo um assunto recente na administração pública brasileira, uma vez que já está previsto em lei desde a década de 1960, a manutenção de um sistema de controles internos não é efetivado pelas organizações públicas. A falta de planejamento, ou às vezes a dificuldade de colocá-lo em prática, aliado a escassez de controles efetivos, torna a administração pública brasileira cada vez mais ineficiente e distante das expectativas da sociedade. A adoção e/ou manutenção do sistema de controle interno irá controlar e conter eficazmente os gastos públicos, gerando recursos para a prestação de serviços à sociedade e incentivando o crescimento econômico para o desenvolvimento do país. Com base nisso, o objetivo geral deste estudo tem como foco a verificação da gestão de controles internos adotado pela administração central de uma instituição de ensino superior pública, e para isto, busca-se identificar a percepção dos Pró-Reitores/Secretários, Diretores e Funcionários a respeito deste assunto, baseado nos componentes da metodologia COSO Enterprise Risk Management – ERM, desenvolvida pelo The Comitee of Sponsoring Organizations. O sistema de controles internos proporciona a fiscalização e o acompanhamento das atividades, metas e objetivos, comparando o planejado com o executado, a efetividade na aplicação dos recursos, e a capacidade de avaliação e resposta ao risco inerente. Desta forma, a realização desta pesquisa justifica-se pelo fato de identificar a percepção da administração central da instituição de ensino superior pública perante os controles internos, evidenciando os pontos positivos e os críticos. 2. REVISÃO DA LITERATURA A fundamentação teórica deste estudo inclui temas relacionados ao controle na administração pública, controle interno, e a metodologia de controle interno: COSO ERM. 2.1 CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A administração pública é disciplinada pelo direito administrativo, e Meirelles (1996, p. 79) a define como “[...] a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo os preceitos do Direito e da Moral, visando ao bem comum”. Com uma visão mais moderna, Di Pietro (2008) afirma que o sentido da expressão administração pública pode ser compreendido de duas maneiras: a) sentido subjetivo: entes (pessoas jurídicas, órgãos, agentes) responsáveis pela execução da atividade administrativa estatal; b) sentido objetivo: a própria atividade administrativa estatal, cuja responsabilidade, predominantemente, cabe ao Poder Executivo. De acordo com Meirelles (1996), a administração não pratica atos de governo, mas sim atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, sendo chamados atos administrativos. A finalidade dessa função administrativa governamental aglutina-se em um objetivo: a busca do bem comum da coletividade administrada. Para atingir sua principal finalidade que é o interesse público e utilizar de forma organizada e ponderada os recursos disponíveis, o controle assume um papel importante na administração pública. Controlar consiste na verificação das ações realizadas para certificar-se de que as mesmas estão sendo executadas de acordo com as regras e princípios estabelecidos. Dessa forma, o controle é essencial para identificar as fraquezas, corrigi-las e ainda prevenir que outras ocorram. O processo de controle está relacionado diretamente com o processo de planejamento na medida em que visa garantir o alcance dos resultados preestabelecidos. No caso da área pública, Cruz e Glock (2007) salientam que os resultados obtidos com os procedimentos de controle devem rigorosamente observar os aspectos legais. Segundo Peixe (2010), a palavra controle possui origem francesa (contre-role) e que na época significava duplo registro com regras estabelecidas e as ordens emanadas da autoridade superior devidamente constituída. Cruz e Glock (2007, p. 20) explicam que o controle caracteriza-se [...] por qualquer atividade de verificação sistemática de um registro, exercida de forma permanente ou periódica, consubstanciado em documento ou outro meio, que expresse uma ação, uma situação, um resultado etc., com o objetivo de se verificar se existe conformidade com o padrão estabelecido, ou com o resultado esperado, ou, ainda, com o que determinam a legislação e as normas. Tendo em vista a sua estrutura e a complexidade das atividades desenvolvidas pela administração pública, faz-se necessário cada vez mais o uso intenso de registros sistemáticos e do controle para que os objetivos traçados possam ser alcançados com efetividade (PEIXE, 2010). Para Di Pietro (2007, p. 670), o objetivo do controle na administração pública “é o de assegurar que a Administração atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade”. A dificuldade em formalizar procedimentos e rotinas na administração pública, aliada a crescente exigência dos cidadãos por serviços com maior qualidade, torna a existência do controle fundamental. De acordo com Zanette et al. (2008), há necessidade de controles preventivos e detectivos, o primeiro para impedir a ocorrência de fraudes e erros, e o segundo para detectá-los, e facilitar as decisões acerca das providências necessárias antes que maiores conseqüências ocorram. Roncalio (2009) afirma que o processo de controle ocorre tanto em âmbito interno como externo. O controle interno constitui um processo de gestão exercido em todas as áreas pelos membros da organização, já o controle externo é aquele exercido por usuários e entidades externos a organização, como por exemplo, a fiscalização e controle dos Tribunais de Contas e dos Ministérios Públicos sobre os órgãos e entidades governamentais. O controle é essencial para impedir que a administração pública se distancie dos objetivos e interesses públicos, bem como atenda aos princípios e normas legais. Assim, ele assume um papel importante, impondo limites à atuação do governo e orientando a melhor utilização dos recursos disponíveis de forma organizada e ponderada. 2.2 CONTROLE INTERNO A administração pública brasileira possui a obrigação, decorrente da legislação vigente, de manter um sistema de controle interno que possibilite o acompanhamento e a fiscalização da aplicação dos recursos públicos para geração do bem comum. Esta obrigatoriedade não é um fato recente na história da administração pública. Em 1964, a Lei n° 4.320 instituiu normas gerais de direito financeiro para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, na qual destaca as competências do sistema de controle interno. Cruz e Glock (2007, p. 33) afirmam que a Lei 4.320 exerce o papel de “orientação das atividades de planejamento e orçamento, contabilização, controle e prestação de contas do setor público no Brasil”. Com a promulgação da Constituição Federal de 1967, a implantação do controle interno na administração pública tornou-se uma exigência, porém limitou-se ao Poder Executivo. Roncalio (2009, p. 57) afirma que “naquela Carta Magna foi inclusa uma seção que tratava exclusivamente da fiscalização financeira e orçamentária a ser exercida pelos controles externo e interno”. No mesmo ano vigorou o Decreto-Lei n° 200/1967, que segundo Roncalio (2009) prevê que a administração pública brasileira deve pautar-se em procedimentos de planejamento, descentralização, coordenação, delegação de competência e controle, definindo as bases do controle interno. Silva (2008 apud RONCALIO, 2009, p. 58) ressalta que “com a adoção do DecretoLei n. 200/1967 o sistema de controle interno da administração pública federal experimentou mudança significativa, com ênfase ao processo de fiscalização financeira”. Com a Constituição Federal de 1988, a implantação de um sistema de Controle Interno na administração pública passa a ser uma exigência legal, ganhando vital importância. Em seu artigo 70 determina que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes federados deva ser exercida por órgãos de controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Em 2000, com a sanção da Lei Complementar n° 101, popularmente conhecida como LRF, impõe-se à administração pública diversos mecanismos visando garantir o equilíbrio entre a receita e a despesa e, por conseqüência, a eliminação do endividamento. Assim, essa lei resgata na área pública os dois principais instrumentos de gestão: o planejamento e o controle (CRUZ; GLOCK, 2007). A Ilustração abaixo demonstra os principais eventos que marcaram a evolução da legislação federal sobre o controle interno na administração pública. Lei n. 4.320/1964 Controle interno a ser exercido pelo Poder Executivo, com atuação na Execução Orçamentária e no Patrimônio Público. 1964 Decreto-Lei n. 200/1967 Controle interno a ser exercido em todos os níveis e órgãos da administração pública, bem como, sobre todas as atividades. Inclui, portanto, no sistema de controle interno, os sistemas contábil, financeiro e de auditoria. Constituição de 1967 Trata o controle interno de forma sistêmica, atuando na fiscalização financeira e orçamentária. Limitando-se ao Poder Executivo. 1967 Constituição de 1988 Enfatiza a organização sistêmica do controle interno e exige sua implantação em todos os Poderes da administração pública, de forma integrada. Atuação do sistema de controle interno na fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial. Enfatiza a implantação nos municípios. Lei Complementar 101/2000 (LRF) Prevê que a fiscalização da gestão fiscal seja exercida pelo sistema de controle interno, enfatizando o acompanhamento das metas, a destinação de recursos públicos e a fiscalização e providências para o cumprimento de limites e condições estabelecidas na lei. 1988 2000 Ilustração 1: Evolução da legislação federal sobre o controle interno na administração pública. Fonte: Roncalio (2009, p. 60). Na compreensão de Elias (2010, p. 36), “o controle interno não só serve na fiscalização, como também na prevenção de eventuais erros ou falhas futuras que possam advir de pessoas que atuem direta ou indiretamente ligadas ao funcionamento ou ao patrimônio da empresa”. Dentre os vários conceitos existentes, Cruz e Glock (2007, p. 21) destacam, por sua abrangência e ampla divulgação, o enunciado pelo Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA): o controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração. Para que o Sistema de Controle Interno funcione efetivamente ele deverá ser pautado em princípios fundamentais, em um eficiente processo de registros contábeis das transações e verificação constante pela coordenação administrativa. Esta coordenação administrativa, por sua vez, deverá estar atenta para evidenciá-los em manuais de orientação, sendo necessária uma permanente revisão (PEIXE, 2010). Deste modo, o Sistema de Controle Interno é essencial para a administração pública, para que possa sanar suas eventuais falhas, verificar seus atos em conformidade com o ordenamento jurídico, bem como analisar e avaliar os resultados obtidos, com a finalidade de buscar a máxima eficiência e atender aos interesses públicos. Cabe ressaltar que os controles internos devem ser adequados às necessidades e particularidades de cada organização, entretanto devem seguir pré-requisitos para que se materialize e garanta o alcance dos objetivos da organização. Face a isto, a seguir será apresentada uma das metodologias de controle interno mais divulgadas por organismos internacionais. 2.2.1 Metodologia de Controle Interno: COSO Com a finalidade de estudar os fatores causais que conduzem a elaboração de relatórios financeiros/contábeis fraudulentos, surge em 1985, nos Estados Unidos a National Commission on Fraudulent Financial Reporting (Comissão Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros), também conhecida como Tradeway Commission devido ao nome do primeiro presidente da comissão, James C. Tradeway Jr. No entendimento de Rego e Bruni (2009 apud ELIAS, 2010, p. 40), o método COSO pode ser definido como “um sistema de avaliação dos controles internos que possui relação direta com os riscos empresariais, já que os controles a serem avaliados devem minimizar os riscos”. De acordo com Oliveira e Linhares (2006), o primeiro objeto de estudo da Comissão foram os controles internos, sendo que em 1992 publicaram o trabalho Internal Control Integrated Framework (Controles Internos – Um Modelo Integrado), também conhecido como The COSO Report, tornando-se referência mundial para o estudo e aplicação dos controles internos. Com o passar do tempo, esta Comissão transformou-se em Comitê, que passou a ser conhecido como COSO - The Comitee of Sponsoring Organizations (Comitê das Organizações Patrocinadoras) (ELIAS, 2010). Roncalio (2009, p. 39) afirma que o Comitê considera o controle interno “como um processo desenvolvido para fornecer uma segurança razoável quanto à eficiência e eficácia das operações, fidedignidade das informações financeiras e conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis”. Ainda segundo Roncalio (2009), o COSO Report desenvolveu uma estrutura conceitual desmembrando o controle interno em cinco componentes inter-relacionados: ambiente de controle, avaliação de risco, atividades de controle, informação e comunicação e monitoramento. Além disso, entre os anos de 1999 a 2002 os Estados Unidos vivenciava uma onda de escândalos empresariais de corrupção e fraudes, desvios éticos e ganhos ilícitos, que se difundiam pelo mundo inteiro. Essa situação culminou no aumento de ações contra fraudes corporativas, econômica, financeira e empresarial por parte do governo americano, e na promulgação, em 2002, da Lei Sarbanes-Oxley, ou popularmente conhecida como SOX (ZANETTE et al., 2008). Em 2004, devido à preocupação do mercado com o gerenciamento de risco, o COSO reconheceu que seria necessário um aperfeiçoamento da metodologia COSO Report, resultando na divulgação do documento Enterprise Risk Management – Integrated Framework (Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura Integrada), conhecido como ERM ou COSO II (RONCALIO, 2009). O modelo ERM preservou a estrutura integrada e os elementos previstos no COSO Report, acrescendo-lhe outros componentes. Segundo Zanette et al. (2008, p. 13), este novo modelo “amplia os controles no foco da gerência de risco; com esta nova ferramenta as companhias puderam decidir na escolha da satisfação de suas necessidades internas de controle e aperfeiçoamento dos métodos gerenciais no alcance de seus objetivos”. Este novo modelo, conforme pode ser visualizado na Ilustração 2, representa nas colunas verticais as quatro categorias de objetivos (estratégicos, operacionais, de comunicação e conformidade), os oitos componentes nas linhas horizontais, e as unidades de uma organização na terceira dimensão. Ilustração 2: Cubo do COSO Fonte: ELIAS (2010, p. 42). Para Elias (2010, p. 41), “essa representação ilustra a capacidade de manter o enfoque na totalidade do gerenciamento de riscos de uma organização, ou na categoria de objetivos, componentes, unidade da organização ou qualquer um dos subconjuntos”. O COSO ERM considera que para o alcance dos objetivos estabelecidos na missão e na visão da organização, a estrutura de gerenciamento de riscos deve estar orientada em quatro categorias (RONCALIO, 2009): a) Estratégias, em que as metas devem estar alinhadas com a missão; b) Operações, priorizando a utilização eficaz e eficiente dos recursos; c) Comunicação, por meio de relatórios confiáveis com informações de decisões e resultados; e d) Conformidade, onde as leis e regulamentos aplicáveis àquela organização devem ser cumpridos. A ilustração a seguir descreve os componentes disposto no modelo tridimensional de gerenciamento do risco de COSO ERM. Componente Descrição Abrange o tom da organização, a base para como o risco é visto e dirigido por uma Ambiente Interno entidade, incluindo o apetite da filosofia do risco e da gerência de risco, a integridade, os valores éticos e o ambiente em que se operam. Os objetivos devem existir antes que a gerência possa identificar os eventos Definição dos potenciais que afetam sua realização. A gerência de risco da empresa assegura um Objetivos processo para ajustar objetivos e aqueles objetivos escolhidos suportaram e alinham com a missão da entidade e ser consistente com seu apetite do risco. Os eventos internos e externos afetam a realização dos objetivos de uma entidade, Identificação de devendo ser identificado, distinguindo entre riscos e oportunidades. As Eventos oportunidades são canalizadas para trás à estratégia ou ao objetivo-ajuste da gerência de processos. Os riscos são analisados, considerando a probabilidade e o impacto, como uma base Avaliação do Risco para determinar como devem ser controlados. Os riscos inerentes são avaliados em uma base residual. A gerência seleciona respostas do risco - que evita, aceitando, reduzindo, ou Resposta ao Risco compartilhando o risco - desenvolvendo um jogo das ações para alinhar riscos com as tolerâncias do risco da entidade e o apetite do risco. As políticas e os procedimentos são estabelecidos e executados para ajudar Atividades de Controle assegurar as respostas aos riscos realizados eficazmente. A informação relevante é identificada, capturada, e comunicada em um formulário Informação e ou outro meio que permitam pessoas de realizar a sua responsabilidade. Uma Comunicação comunicação eficaz ocorre também em um sentido mais largo, fluindo para baixo, transversalmente, e em toda a entidade. A totalidade da gerência de risco da empresa é monitorada e modificações são feitas como necessário. Monitoração é realizada em todas as atividades da gerência, avaliações separadas, ou ambas. A gerência de risco da empresa não é estritamente Monitoramento um processo de série, onde um componente afete somente o seguinte. É um processo multi-direcional, iterativo em que quase todo o componente pode e influencia outro. Ilustração 3: Componentes do modelo de gerenciamento do risco COSO ERM Fonte: Zanette (2007, p. 53-54) Dessa forma, a metodologia COSO ERM fornece as organizações uma estrutura para a gestão de risco, permitindo a identificação de eventos que possam afetar a entidade, além de aproveitar as oportunidades relacionadas com a realização dos objetivos. A seguir expõem-se os procedimentos metodológicos utilizados para o alcance do objetivo deste estudo. 3. METODOLOGIA Com relação ao objetivo, esta pesquisa caracteriza-se como descritiva, pois foram analisadas e interpretadas às percepções da administração central da instituição de ensino superior pública acerca do tema controles internos, baseado nos componentes da metodologia COSO ERM. Andrade (2003, p. 124) menciona que “nesse tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”. Quanto aos procedimentos técnicos utilizou-se a pesquisa bibliográfica, uma vez que os conceitos, definições e a metodologia de controle interno foram delineadas e exemplificadas com base na literatura existente. De acordo com Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Além desta, outra técnica utilizada foi o estudo de caso, na medida em que uma determinada unidade da instituição de ensino superior pública foi analisada com relação ao tema da pesquisa. Raupp e Beuren (2004) afirmam que o estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso, caracterizando-se como técnica preferida pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a respeito de determinado caso especifico. Para dar seguimento a pesquisa, o instrumento utilizado para a coleta de dados foi o questionário, que para McDaniel e Gates (2006, p. 322), “é um conjunto de perguntas destinadas a gerar dados necessários para atingir os objetivos de um projeto de pesquisa”. Neste caso, utilizou-se questionário estruturado1, visando garantir a uniformidade de entendimento dos entrevistados, no qual os respondentes classificaram suas respostas de acordo com o seu entendimento e relevância atribuída. Para isto, ao responder as perguntas, o respondente utilizou como medição a variação em escala de importância, a qual parte do grau de relevância mínimo enumerado por 1, até a classificação máxima de relevância 5. Sendo a população objeto do estudo, os servidores da instituição de ensino superior pública integrantes da administração central, houve a necessidade de se trabalhar com uma amostra, que na visão de Marconi e Lakatos (1999, p. 33), “é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”. Foram aplicados questionários em professores e servidores técnico-administrativos pertencentes a administração central da instituição de ensino superior pública, divididos em três categorias: Pró-Reitores/Secretários, Diretores das respectivas Pró-Reitorias e Secretarias e Funcionários no geral, lotados nas Pró-Reitorias/Secretarias. A aplicação do questionário ocorreu no período de 08 de março a 10 de abril do ano de 2011, sendo encaminhando para 71 entrevistados dos quais 26 retornaram o questionário 1 As perguntas utilizadas no questionário foram extraídas da monografia de graduação de ciências contábeis (UFSC), de ZANETTE, Maicon Anderson e adaptadas ao contexto da instituição em estudo. respondido, e assim compuseram a amostra. Os questionários foram enviados por correio eletrônico, e-mail, com opção de retorno de resposta aos entrevistados por correio eletrônico. A mostra compõe-se de 05 Pró-Reitores/Secretários, 10 Diretores e 11 Funcionários, o que representa 37% da população. Por fim, quanto à abordagem esta pesquisa caracteriza-se como quantitativa, pois houve a coleta e tabulação dos dados levantados por meio do questionário aplicado, e qualitativa, na medida em que estes dados coletados foram interpretados e compreendidos pela pesquisadora. De acordo com Richardson (1999, p. 79), a abordagem qualitativa é uma “forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social”, e a abordagem quantitativa “caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados” (RAUPP; BEUREN, 2006, p. 92). Após a exposição dos procedimentos metodológicos utilizados para o alcance do objetivo deste estudo, a seguir passa-se para a descrição e análise do resultado do estudo de caso baseado nos componentes da metodologia COSO ERM. 4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Neste capítulo faz-se uma descrição analítica dos dados levantados durante a pesquisa de campo, sendo utilizadas análises descritivas, qualitativas e quantitativas. Dessa forma, se inicia com uma breve caracterização da instituição estudada. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO A instituição de ensino superior pesquisada foi criada em dezembro de 1960, oriunda de fusão de diversas faculdades. Composta de Centros Universitários que agregam Departamentos e Cursos, bem como por três campi. Além de atuar no ensino de graduação e pós-graduação na modalidade presencial, a instituição atende à educação básica, e nos últimos anos envolveu-se no Projeto Universidade Aberto do Brasil (UAB), viabilizando a oferta de cursos de extensão, graduação e especialização na modalidade à distância em grande parte do território nacional. A estrutura administrativa da instituição é formada pelos órgãos deliberativos, (Conselho Universitário e as Câmaras), e órgãos executivos, (seis pró-reitorias e três secretarias especiais), além do Gabinete do Reitor. Possui Conselho de Curadores, Auditoria Interna e Ouvidoria que auxiliam na fiscalização. Conhecendo a Instituição pesquisada, passa-se então para apresentação e análise dos resultados da pesquisa quanto ao grau de relevância atribuído pelos respondentes. 4.2 GRAU DE RELEVÂNCIA ATRIBUÍDO PELOS PRÓ-REITORES/SECRETÁRIOS, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS O ambiente interno, primeiro componente da metodologia COSO ERM, engloba toda a instituição e representa de forma estruturada como ela é gerida. Neste componente, questionou-se as categorias com relação à cultura organizacional, clima, integridade, valores éticos e história da Instituição. Conforme Gráfico 1, a maioria dos respondentes PróReitores/Secretários (65%) atribuíram grau de relevância 4 ao ambiente interno, contudo os respondentes das categorias Diretores e Funcionários não obtiveram a mesma percepção, apresentando opiniões bastante variadas. A categoria Diretores também atribuiu grau de relevância 4, porém corresponde somente a 32% dos respondentes, já na categoria Funcionários 38% dos respondentes atribuíram grau de relevância 3 ao ambiente interno, destacando a inexistência de um código de conduta formal que expresse a integridade e os valores éticos da Instituição. Diante dos riscos provenientes de aspectos internos e externos que a instituição convive no seu dia-a-dia, a definição de objetivos torna-se necessário para identificação, avaliação e respostas a estes riscos. A respeito deste componente, os respondentes foram questionados a respeito de como a instituição traça os seus objetivos e repassa para os funcionários, se os mesmo são informados e compreendidos, além da identificação dos possíveis riscos que possam afetar os objetivos estratégicos. De acordo com o Gráfico 1, de modo geral, o grau de relevância atribuído pelos respondentes para a definição de objetivos é considerado baixo pois nas três categorias verifica-se o predomínio dos graus 2 e 3. Além disso, na categoria Funcionários destaca-se que 21% dos respondentes consideram grau de relevância mínimo e na categoria Pró-Reitores/Secretários 40% consideram grau de relevância 2, o que demonstra que os objetivos traçados pela Instituição não são informados e compreendidos satisfatoriamente pelos servidores, e a administração de riscos não vem sendo desenvolvida adequadamente. 70% 65% 60% 50% 34% 32% 30% 40% 38% 40% 33% 33% 30% 30% 30% 27% 25% 20% 20% 18% 20% 14% 21% 16% 13% 13% 13% 10% 10% 10% 10% 3% 2% 0% 0% 0% 0% 0% Pró-Reitores/Sec Diretores Funcionários Pró-Reitores/Sec Ambiente Interno Grau 1 Diretores Funcionários Definição de Objetivos Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5 Gráfico 1: Grau de relevância atribuído aos componentes ambiente interno e definição de objetivos Fonte: Dados da pesquisa A identificação de eventos consiste nos fatores de ocorrências originadas por fontes internas ou externas que afetam a prática da estratégia ou a efetivação dos objetivos e são classificados como positivos (oportunidades) ou negativos (riscos). Com relação a esse componente os respondentes foram questionados sobre a existência de meios ou técnicas que identifique os potenciais eventos, se os eventuais riscos estão sendo controlados e se as oportunidades estão sendo aproveitas. Conforme o Gráfico 2, o grau de relevância 3 foi atribuído com maior incidência pelas categorias Pró-Reitores/Secretários (46% dos respondentes) e Funcionários (39% dos respondentes), e 37% dos respondentes da categoria Diretores optaram pelo grau de relevância 4, sendo que 33% atribuíram grau de relevância 3, o que demonstra a existência de uma certa harmonia nas opiniões das três categorias. Os desvios no alcance dos objetivos nas organizações estão associados muitas vezes na falta de identificação dos eventos e análise e avaliação do risco, o que gera descontroles internos. Assim, a respeito do componente avaliação do risco, questionou-se se a Instituição utiliza alguma técnica para avaliação dos riscos inerentes as suas atividades, e se os riscos potenciais e os internos são considerados. O Gráfico 2 demonstra que este componente apresentou grau de relevância baixo e mínimo para as três categorias, revelando que a Instituição encontra-se incipiente no desenvolvimento destas atividades. A percepção das categorias PróReitores/Secretários e Diretores foram semelhantes, sendo o grau de relevância 2 escolhido por 40% e 33% dos respondentes, respectivamente. Já a categoria Funcionários apresentou opiniões bastante variadas, porém destaca-se que 30% dos respondentes consideram grau de relevância mínimo para este componente, o que evidencia a deficiência da instituição neste aspecto. 50% 46% 45% 40% 33% 35% 30% 33% 30% 30% 24% 20% 20% 17% 22% 19% 20% 18% 15% 13% 15% 5% 33% 28% 27% 25% 10% 40% 39% 37% 16% 13% 7% 13% 7% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Pró-Reitores/Sec Diretores Funcionários Pró-Reitores/Sec Identificação de Eventos Grau 1 Diretores Funcionários Avaliação do Risco Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5 Gráfico 2: Grau de relevância atribuído aos componentes identificação de eventos e avaliação do risco Fonte: Dados da pesquisa Após a identificação de eventos e avaliação dos riscos pertinentes tem-se o componente resposta ao risco, que consiste na maneira como a administração responderá aos riscos, ou seja, qual a melhor alternativa a ser tomada como decisão. Assim, as categorias foram questionadas a respeito de como os gestores consideram os riscos que podem surgir na tomada de decisão, se consideram todo o contexto universitário, os impactos positivos e negativos. De acordo com o Gráfico 3, 46% e 33% dos respondentes das categorias PróReitores/Secretários e Diretores, respectivamente, optaram pelo grau de relevância 3 para este componente, enquanto que para categoria Funcionários o grau de maior incidência foi o 2 com 33% dos respondentes, o que demonstra que a percepção das categorias, em especial dos funcionários, é de que os gestores no desempenho de suas atividades não consideram todo o contexto da Instituição, bem como os reflexos que a ação poderá causar. As atividades de controle devem ocorrer em todos os níveis e tarefas da instituição, sendo que após selecionar as tomadas de decisões aos riscos e que as atividades de controle são delineadas e executadas de forma apropriada e oportuna. Dessa forma, para este componente questionou-se como são desenvolvidas as atividades de controle na Instituição, se eles são constantemente aprimorados e se os funcionários recebem orientação a respeito do aprimoramento dos controles internos. O Gráfico 3 demonstra uma diferença considerável em relação a percepção dos Pró-Reitores/Secretários, no qual 60% dos respondentes consideram grau de relevância 3, perante as demais categorias, o que evidencia que a visão da categoria de maior poder hierárquico não coincide com o entendimento dos diretores e funcionários que constituem categorias de menor poder hierárquico, respectivamente. Na categoria Diretores 28% consideram grau de relevância 2, enquanto que na categoria Funcionários 32% dos respondentes optaram pelo grau 3, embora as opiniões foram bem distribuídas, destacando o alto índice de respondentes que consideram grau de relevância mínimo que juntos somam 43%. 70% 60% 60% 50% 46% 40% 33% 27% 30% 33% 32% 28% 27% 25% 23% 23% 20% 18% 20% 13% 11% 20% 18%18% 23% 18% 15% 13% 25% 14% 10% 10% 5% 0% 0% 2% 0% 0% Pró-Reitores/Sec Diretores Funcionários Pró-Reitores/Sec Resposta ao Risco Grau 1 Diretores Funcionários Atividades de Controle Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5 Gráfico 3: Grau de relevância atribuído aos componentes resposta ao risco e atividades de controle Fonte: Dados da pesquisa Informação e comunicação é o penúltimo componente da metodologia COSO, e estão relacionados ao sistema de informação e a comunicação interna eficaz entre a alta administração com os demais servidores das instituições para o gerenciamento dos riscos e alcance dos objetivos. A esse respeito, as categorias foram questionadas a respeito dos sistemas que a Instituição possui, se a informação apresentada é confiável e a maneira como ela é repassada, e como ocorre a comunicação entre os setores. De modo geral, conforme Gráfico 4, o grau de relevância atribuído pelas categorias ficou entre 2 e 3, sendo que 45% dos respondentes da categoria Pró-Reitores/Secretários optaram pelo grau 3, 37% da categoria Diretores pelo grau 2 e 27% da categoria Funcionários pelo grau 3. Vale ressaltar que para esta última categoria o grau de relevância mínimo também apresentou uma grande incidência, 23% dos respondentes, o que indica deficiências nos processos de informação e comunicação, bem como demonstra que a Instituição apresenta ruídos na comunicação, talvez pelo fato de a estrutura ser verticalizada ou por falta de capacitação das pessoas que ocupam os cargos gerenciais. Por fim, o último componente é o monitoramento, responsável por identificar as deficiências internas e repassá-las a gerência. Por meio da implantação do monitoramento e acompanhamento é possível comprovar a efetividade dos controles internos. Para este componente foi questionado a utilização de procedimentos de monitoramento das atividades da Instituição e das operações internas e externas, a qualificação do quadro funcional e a realização de auditorias. Neste aspecto, de acordo com o Gráfico 4, a percepção dos respondentes foram distintas, mas de maneira geral o grau de relevância atribuído foi 3 e 4, um resultado positivo para a Instituição. Na categoria Pró-Reitores/Secretários ocorreu empate entre os graus de relevância 3 e 4 (30% dos respondentes), na categoria Diretores 28% dos respondentes consideram grau de relevância 4, e para a categoria Funcionários o grau de relevância 3 apresentou maior incidência. 50% 45% 45% 40% 37% 34% 35% 30% 30%30% 30% 25% 25% 18% 20% 27% 23% 18% 28% 25% 23% 25% 20% 15% 18% 15% 15% 10% 12% 10% 10% 10% 5% 23% 20% 5% 9% 5% 5% 5% 0% Pró-Reitores/Sec Diretores Funcionários Pró-Reitores/Sec Informação e Comunicação Grau 1 Diretores Funcionários Monitoramento Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5 Gráfico 4: Grau de relevância atribuído aos componentes informação e comunicação e monitoramento Fonte: Dados da pesquisa Com base no exposto, verifica-se que a administração central da instituição percebe que o gerenciamento de riscos e as atividades de controle desenvolvidas na instituição encontram-se num estágio médio e que precisa ser aprimorada. Assim, a seguir, apresenta-se a conclusão deste estudo. 5. CONCLUSÃO Os controles internos abrangem todos os processos e atividades organizacionais, bem como todos os funcionários envolvidos direta ou indiretamente, desde a alta administração até os níveis mais baixos. Na área pública, o sistema de controle interno tem como finalidade atender aos interesses públicos por meio da máxima eficiência no desempenho das atividades e do gerenciamento e minimização dos riscos. A partir da aplicação do estudo de caso por meio de questionários, constatou-se que o entendimento das categorias Diretores e Funcionários seguem uma harmonia maior na atribuição do grau de relevância aos princípios aludidos pela metodologia COSO ERM, ao contrário da opinião da categoria Pró-Reitores/Secretários que na maioria dos questionamentos percebeu a situação de maneira mais positiva comparada as demais categorias pesquisadas. Logo, conseguiu-se alcançar o objetivo primordial do presente estudo que consistiu na verificação da gestão de controles internos adotado pela administração central de uma instituição de ensino superior pública por meio da identificação da percepção dos PróReitores/Secretários, Diretores e Funcionários com relação aos componentes da metodologia COSO ERM. Com o resultado desta pesquisa, verificou-se que a instituição pesquisada possui um Sistema de Controle Interno e o seu funcionamento está exposto no relatório de gestão da Instituição de 2010, porém, na prática, as atividades são pouco divulgadas e muitos servidores desconhecem a sua existência e os benefícios que este sistema oferece para a instituição, e conseqüentemente para a população que irá usufruir serviços com maior qualidade. Nesse sentido, para que haja o gerenciamento dos riscos e uma gestão eficiente na Instituição torna-se necessário pleno desempenho das atividades internas e externas em relação aos princípios metodologia COSO ERM, uma vez que tendem a influenciar positivamente os resultados operacionais da entidade. REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. BRASIL. Constituição (1988). Brasília: Senado Federal, 2006. CRUZ, Flávio da; GLOCK, José Osvaldo. Controle interno nos municípios: orientação para a implantação e relacionamento com os tribunais de contas. 3. ed., São Paulo: Atlas, 2007. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2007. _______. Direito administrativo. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2008. ELIAS, Zanoni dos Santos. Controles internos em indústria plástica: estudo sobre controles internos com base na metodologia COSO. 116 f. 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