o documento na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
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Mercados informação global Malásia Ficha de Mercado Novembro 2009 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Índice 1. País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1 Situação Económica e Perspectivas 04 2.2 Comércio Internacional 06 2.3 Investimento 08 2.4 Turismo 09 3. Relações Económicas com Portugal 10 3.1 Comércio 10 3.2 Serviços 13 3.3 Investimento 13 3.4 Turismo 13 4. Relações Internacionais e Regionais 13 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 15 5.1 Regime Geral de Importação 15 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 16 5.3 Quadro Legal 18 6. Informações Úteis 19 7. Endereços Diversos 21 8. Fontes de Informação 23 8.1 Informação Online aicep Portugal Global 23 8.2 Endereços de Internet 24 2 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 1. País em Ficha 2 Área: População: Densidade populacional: 330.252 Km 27,7 milhões de habitantes (2008) 84 habitantes/km2 (2008) Designação oficial: Forma de Estado: Federação da Malásia (Persekutuan Tanah Malasya) Monarquia constitucional e parlamentar, com divisão de poderes e sistema eleitoral por sufrágio universal Sultão Mizan Zainal Abidin (desde 26 de Abril de 2007). Acumula as funções de Chefe de Estado Najib Razak Rei: Primeiro-Ministro: Data da actual Constituição: Em 31 de Agosto de 1957, dia da independência, entrou em vigor a actual constituição, que configura a Malásia como uma monarquia constitucional e parlamentar. O Parlamento é constituído pela Câmara dos Representantes, composta por 222 deputados eleitos por sufrágio universal, e pela Câmara Nacional, que integra 70 senadores Principais Partidos Políticos: artido Malaio UMNO, Partido Chinês MCA, Partido Indiano MIC, Parti Gerakan Rakyat Malaysia (Gerakan), Parti Pesaka Bumiputera Bersatu (PPBB) e Sarawak United People’s Party (SUPP) são os mais importantes, entre outros 13, que formam a coligação designada por Barisan Nacional (BN), que governa o país com maioria absoluta desde a independência e representa cerca de 63% dos lugares existentes no parlamento. Na oposição, a coligação Pakatan Rakyat, constituída por três partidos, tem, aproximadamente, 37% do número total dos representantes no Parlamento Administração do Estado Articula-se em dois níveis: Governo e Administração Federal, por um lado, e os governos dos 13 Estados da Federação e a Administração Municipal, por outro. Não obstante o referido, a Administração do Estado é fortemente centralizada Capital: Kuala Lumpur (1,46 milhões de habitantes) (2008) Outras cidades importantes: Subang Jaya; Klang; Johor Baru; Ampang Jaya Religião: O islamismo é a religião predominante (60,4%), a que se segue o budismo (19,2%), o cristianismo (9,1%) e o hinduísmo (6,3%) A língua oficial é o malaio (Bahasa Melayu); também são falados o chinês (vários dialectos), o inglês, o tamil e o iban Língua: Unidade monetária: Ringgit da Malásia (MYR) 1 EUR = 5,028 MYR (média semanal – 19 Novembro 2009) Risco país: Risco político BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco de estrutura económica BBB (AAA = Risco menor, D = risco maior) Índice 7,18 (10=Máximo) 24 (entre 82 países) (EIU – Novembro 2009) “Ranking” em negócios: Ranking geral: Risco de crédito: 2 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Novembro 2009) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2008): Fontes: Exp.+ Imp.(bens e serviços) / PIB = 184,1% Imp.(bens e serviços) / PIB = 80,5% Imp.(bens) / Imp. Mundial = 1,0% The Economist Intelligence Unit (EIU) – Country Report (Novembro 2009); ViewsWire (Novembro 2009) The Europa World Yearbook 2009 OMC Banco de Portugal COSEC 3 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspectivas A actividade económica da Malásia, desde há muito que se encontra centrada nas exportações, sendo actualmente, a par de Singapura, a economia do Sudeste Asiático com maior grau de abertura ao exterior. O investimento directo estrangeiro tem sido fundamental para assegurar o êxito deste modelo de “industrialização exportadora”. A organização política e económica da Malásia é fruto do seu passado histórico, sendo a estrutura federal do país um vestígio dos antigos sultanatos independentes. A península obteve a independência da Grã-Bretanha em 1957, mas a formação da Malásia actual só culminaria em 1965, com a saída de Singapura da Federação Malaia. A economia da Malásia tem registado um desenvolvimento muito positivo nos últimos anos, com o crescimento real do PIB a situar-se numa taxa média de 6% ao ano, no período de 2003-2007; este crescimento foi suportado pela expansão do sector de serviços e, sobretudo, pela crescente procura interna. Em 2008, verificou-se um incremento do PIB menor do que nos anos anteriores (4,6%). Segundo a EIU (The Economist Intelligence Unit), estima-se para 2009 uma redução do PIB (-2,4%), prevendo-se que em 2010 volte a registar-se uma variação positiva (3%). Em termos de consumo privado, em 2007 e 2008 ocorreram acréscimos acima de 8%, estimando a EIU para 2009 uma diminuição (-2,1%). Em 2010, deverá, também, voltar a existir um crescimento positivo neste âmbito (sendo a previsão de 2,7%). O consumo público aumentou em 2008 10,9%, esperando-se para 2009 e 2010 oscilações de, respectivamente, 2,7% e -3%. Estima-se que a taxa de inflação em 2009 seja de 0,4% e perspectiva-se para 2010 um valor de 0,9%. O déficit do sector público teve um incremento em 2008 face a 2006 e 2007, passando para -4,8% do PIB, estimando-se que em 2009 seja ainda superior (-7,6%). Para 2010 espera-se que exista uma redução face ao ano anterior, ficando, no entanto, ainda, acima do verificado em 2008. A Malásia tem uma Balança Corrente bastante positiva, perspectivando-se, no entanto, uma diminuição do respectivo saldo em 2009, passando a representar 12,9% do PIB (em 2006 tinha sido de 16,3%). 4 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade 2006a População Milhões 26,6 27,2 27,7 28,3 28,8 29,3 PIB a preços de mercado MYR109 574,4 639,8 738,7 723,1 751,4 785,0 10 USD 156,6 186,1 221,6 203,7 217,8 231,6 USD 5.880 6.850 7.990 7.200 7.550 7.900 9 PIB a preços de mercado PIB per capita 2007a 2008a 2009b 2010c 2011c Crescimento real do PIB Var. % 5,8 6,2 4,6 -2,4 3,0 3,5 Consumo privado Var. % 6,8 10,4 8,5 -2,1 2,7 3,0 Consumo público Var. % 5,0 6,5 10,9 2,7 -3,0 2,8 Formação bruta de capital fixo Var. % 7,5 9,6 0,8 -2,2 0,0 2,1 Taxa de desemprego % 3,3 3,2 3,3 3,8 3,7 3,5 Taxa de inflação % 3,6 2,0 5,4 0,4 0,9 2,2 b 49,1 52,5 55,4 -4,8 Dívida Pública % do PIB 42,2 41,7 Saldo do sector público % do PIB -3,3 -3,2 9 41,5 -7,6 -5,8 -4,8 26,2 26,4 24,5 12,9 12,1 10,6 Balança corrente 10 USD 25,5 28,9 34,4 b Balança corrente % do PIB 16,3 15,5 15,5 b Taxa de câmbio - média 1 USD = X MYR 3,67 3,44 3,33 3,55 3,45 3,39 Taxa de câmbio - média 1 EUR = X MYR 4,62 4,71 4,90 4,97 4,90 4,75 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) Notas: (a) Actual; (b) Estimativas; (c) Previsões A taxa de crescimento da população malaia foi cerca de 6%, no período de 2004 a 2007, e as previsões da EIU apontam que esse crescimento seja na ordem dos 5% para os próximos cinco anos. O incremento da população tem variado consideravelmente entre os principais grupos étnicos, com a maioria malaia a revelar um crescimento mais elevado, se comparado com o da comunidade chinesa. Muito embora a população urbana esteja em crescimento, a maioria das famílias malaias mantém-se nas áreas rurais. O sector industrial tem uma importante participação no PIB (superior a 40%) e tem sido o principal motor do desenvolvimento económico desde 1987. Ainda assim, a base industrial local é reduzida e algo limitada, especialmente em todo o sector de máquinas e engenharia mecânica. Os projectos de desenvolvimento da indústria pesada promovidos pelo Governo concretizaram-se, em grande medida, graças à implantação de empresas multinacionais no país, cuja actividade se tem centrado na exploração do petróleo e do gás natural, e nos sectores petroquímico, siderúrgico e automóvel. Neste sentido, o sector industrial denota uma elevada dependência do investimento estrangeiro que, nos últimos anos, tem representado mais de metade do investimento total efectuado. 5 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 2.2 Comércio Internacional No período de 2004-2008 as exportações e as importações da Malásia registaram em média um crescimento anual de cerca de 12%. Factores estruturais, como a gama variada de produtos eléctricos e electrónicos que o país exporta, e o aumento global dos preços dos recursos naturais, como o petróleo e a borracha, tiveram grande incidência no aumento das exportações, a par da expansão para novos mercados. Muitas das linhas de produção relativas aos produtos electrónicos que são exportados têm uma reduzida incorporação nacional, pelo que o valor dos produtos industriais importados tende a aumentar com o acréscimo das exportações. A balança comercial da Malásia é tradicionalmente superavitária, situação que se continuou a verificar nos anos recentes. Em 2008, o país posicionou-se, respectivamente, nos 21º e 28º lugares nos rankings dos exportadores e importadores mundiais, sendo as piores posições do período em análise. Evolução da Balança Comercial 6 (10 USD) 2004 2005 2006 2007 2008 Exportação fob 126,8 141,8 160,8 176,4 198,7a Importação fob 99,2 108,7 124,1 139,1 154,7a Saldo 27,6 33,2 36,7 37,3 43,9a 127,8 130,5 129,6 126,8 128,4a Como exportador 18ª 19ª 19ª 20ª 21ª Como importador 20ª 24ª 23ª 25ª 28ª Coeficiente de cobertura (%) Posição no “ranking” mundial Fontes: EIU; World Trade Organization (a) Estimativas O mercado de Singapura ficou na primeira posição como cliente da Malásia, em 2008, a qual era ocupada, nos anos anteriores, pelos EUA que passou para o segundo lugar. Nas três posições seguintes ficaram o Japão, China e Tailândia, que já se encontravam nos mesmos lugares em 2006 e 2007. Os cinco primeiros países representaram, em conjunto, cerca de 52% das vendas desse país para o exterior em 2008. 6 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) O Japão e a China registaram aumentos das suas quotas no período em análise (de 2006 a 2008), tendo-se verificado reduções nos valores percentuais dos EUA e da Tailândia. Houve oscilações nas percentagens relativas a Singapura. Principais Clientes 2006 Mercado quota (%) 2007 posição quota (%) 2008 posição quota (%) posição Singapura 15,3 2ª 14,6 2ª 14,7 1ª EUA 18,7 1ª 15,6 1ª 12,5 2ª Japão 8,9 3ª 9,1 3ª 10,8 3ª China 7,2 4ª 8,8 4ª 9,6 4ª Tailândia 5,3 5ª 5,0 5ª 4,8 5ª Fonte: World Trade Atlas (WTA) No que se refere às importações malaias, a China ficou, em 2008, na primeira posição no ranking global de países, a qual foi ocupada nos dois anos anteriores pelo Japão que passou para o segundo lugar. Nas três posições seguintes ficaram Singapura, os EUA e a Tailândia. Os cinco primeiros países representaram, em conjunto, cerca de 53% das compras da Malásia provenientes dos mercados externos nesse ano. Nenhum desses países manteve sempre o mesmo lugar de 2006 a 2008. O Japão e Singapura registaram diminuições das suas quotas sempre ao longo do período em análise e houve oscilações nas percentagens da China e da Tailândia. Nos EUA verificou-se uma redução do valor percentual de 2007 face ao ano anterior, não existindo alteração em 2008. Principais Fornecedores 2006 Mercado quota (%) 2007 posição quota (%) 2008 posição quota (%) posição China 12,2 3ª 12,9 2ª 12,8 1ª Japão 13,3 1ª 13,0 1ª 12,5 2ª Singapura 11,7 4ª 11,5 3ª 11,0 3ª EUA 12,6 2ª 10,8 4ª 10,8 4ª 5,5 5ª 5,4 6ª 5,6 5ª Tailândia Fonte: WTA Em termos de produtos, o grupo das máquinas e equipamentos eléctricos ficou em primeiro lugar, em 2008, com 25,8% do respectivo total das exportações da Malásia. 7 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Seguiram-se os combustíveis minerais (18,2%), as máquinas e equipamentos mecânicos (16,4%). Os três primeiros grupos de produtos representaram, em conjunto, aproximadamente 60% das vendas malaias para o exterior nesse ano. Nas importações há bastante coincidência, em termos dos três principais grupos de produtos, com os exportados, alternando, apenas, as posições ocupadas pelos combustíveis minerais e máquinas e equipamentos mecânicos. Os três principais grupos de produtos representaram, neste caso, cerca de 56% das compras malaias do exterior em 2008. No âmbito da importação de máquinas e equipamentos importa destacar os diversos tipos de componentes (condutores, células fotoeléctricas, circuitos impressos, resistências, etc.) que alimentam a produção malaia de produtos eléctricos e electrónicos. Principais Produtos Transaccionados – 2008 Exportações / Sector % Importações / Sector % Máquinas e aparelhos eléctricos e partes 25,8 Máquinas e aparelhos eléctricos e partes 30,9 Combustíveis minerais 18,2 Máquinas e aparelhos mecânicos e partes 13,8 Máquinas e aparelhos mecânicos e partes 16,4 Combustíveis minerais 10,8 Gorduras e óleos animais ou vegetais 8,1 Ferro e aço 4,2 Borracha e suas obras 3,2 Plástico e suas obras 3,1 Fonte: WTA 2.3 Investimento Em termos de investimento directo estrangeiro (IDE), não obstante, o seu valor ter passado de cerca de 4,6 mil milhões de USD, em 2004, para, aproximadamente, 8,1 mil milhões de USD em 2008, a posição da Malásia no ranking global de países piorou (tendo ocupado nesses anos, respectivamente, o 28º e 41º lugares). O investimento do país no exterior aumentou sempre ao longo do período em análise, tendo a partir de 2006 superado o IDE. Em 2008, a Malásia situou-se na 24ª posição no ranking de países emissores de investimento estrangeiro, tendo sido a melhor de 2004 a 2008. Singapura, EUA, Japão, Hong Kong, Reino Unido e Alemanha encontram-se entre os principais investidores estrangeiros na Malásia. Os sectores eléctrico e electrónico e os produtos petrolíferos absorvem, no seu conjunto, uma parte significativa do investimento total, seguidos a grande distância pelos equipamentos de transporte, a alimentação, os produtos metálicos, os químicos e os plásticos. 8 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Investimento Directo ( 106 USD) 2004 2005 2006 2007 2008 Investimento estrangeiro na Malásia 4.624 4.064 6.060 8.401 8.053 Investimento da Malásia no estrangeiro 2.061 2.972 6.084 11.087 14.059 Como receptor 28ª 43ª 45ª 42ª 41ª Como emissor 35ª 35ª 32ª 30ª 24ª Posição no “ranking” mundial Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2009 2.4 Turismo O sector do turismo tem vindo a assumir importância crescente na economia da Malásia, com uma participação no PIB de 8,3%, em 2008. De facto, o país é um destino turístico relevante, com importantes atracções naturais e a oferta de unidades hoteleiras de luxo. Embora em 2008 se tenha registado o maior número de turistas (cerca de 22 milhões), em 2007 verificou-se a maior taxa de crescimento anual (19,5%), no período de 2004 a 2008. O organismo oficial responsável pela promoção turística - Tourism Malaysia - atribui este crescimento à eficácia da campanha realizada em 2007, sob o slogan Visit Malaysia Year, que terá ultrapassado as metas estabelecidas. O número de turistas e as receitas aumentaram sempre ao longo do período em análise. Actualmente, as autoridades malaias estão a colocar grande enfoque na promoção do segmento “MICE” (turismo para conferências, viagens de incentivos, congressos e outros eventos). Indicadores do Turismo 2004 3 Turistas (10 ) Receitas (109USD) Fontes: 2005 2006 2007 2008 15.703 16.431 17.547 20.973 22.052 8.203 8.846 10.427 12.905 15.304 WTO – World Tourism Organization Tradicionalmente, os principais mercados emissores de turistas para a Malásia são os países do Sudeste Asiático, particularmente os limítrofes. Em 2008, o primeiro mercado foi Singapura, com 49,9% do número total de turistas desse ano; seguiram-se a Indonésia (11%), Tailândia (6,8%), Brunei (4,9%) e China (4,3%). No ranking dos dez principais mercados emissores o único europeu foi o Reino Unido, que ocupou a décima posição. 9 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio Importância da Malásia nos Fluxos Comerciais com Portugal 2004 Como cliente Como fornecedor Fonte: 2005 2006 2007 2008 Posição 23ª 32ª 32ª 12ª 12ª % 0,43 0,27 0,25 1,06 0,98 Posição 44ª 46ª 41ª 45ª 40ª % 0,16 0,13 0,19 0,17 0,23 INE - Instituto Nacional de Estatística De 2004 a 2008 verificaram-se algumas flutuações significativas ao nível das exportações portuguesas para esse país. Assim, a Malásia como cliente de Portugal situou-se entre o 32.º lugar, em 2005 e 2006, e a 12ª posição, em 2007 e 2008. Por sua vez, a quota oscilou entre 0,25%, em 2006, e 1,06%, em 2007. Como fornecedor de Portugal a situação foi bastante mais estável, tendo o posicionamento da Malásia variado entre o 46.º e o 40.º lugares, respectivamente, em 2005 e 2008. No período em análise, a sua quota não foi além de 0,23%, em 2008. Evolução da Balança Comercial Bilateral 2007 2008 Var.a 2008 Jan/Set 84.931 399.016 373.573 82,6% 293.397 21.282 -92,7% 63.510 99.245 94.329 140.854 22,1% 117.548 62.994 -46,4% 57.547 18.223 -14.314 304.687 232.719 -- 175.849 -41.712 -- 179,7% 128,7% 85,6% 423,0% 265,2% -- 249,6% 33,8% -- (103 EUR) 2004 2005 Exportações 129.788 81.733 Importações 72.241 Saldo Coef. Cobertura Fonte: Notas: 2006 2009 Jan/Set Var.b INE (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2004-2008 (b) Taxa de crescimento homóloga As exportações portuguesas para a Malásia, não obstante as reduções verificadas em 2005 (-37%) e 2008 (-6,4%), registaram um crescimento extremamente elevado em 2007, conduzindo a uma média das taxas de crescimento anuais do período em análise de 82,6%. As importações tiveram aumentos em 2006 (56,3%) e 2008 (49,3%) e diminuições em 2005 (-12,1%) e 2007 (-5%), sendo a respectiva média das taxas de crescimento anuais de 22,1%. De 2004 a 2008 o saldo da balança comercial foi favorável a Portugal, excepto em 2006, tendo-se verificado o maior montante em 2007 (cerca de 304,7 milhões de euros). 10 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Em 2007 verificou-se, igualmente, o maior valor do coeficiente de cobertura das importações pelas exportações desse período (423%). Com base nos dados disponíveis para 2009 (Janeiro a Setembro), as exportações portuguesas para a Malásia e as importações provenientes desse país tiveram reduções muito significativas (respectivamente, -92,7% e -46,4%), face ao período homólogo do ano anterior. Exportações por Grupos de Produtos 3 2004 % 2007 % Máquinas e aparelhos 124.821 96,2 388.942 97,5 365.683 97,9 -6,0 Metais comuns 71 0,1 439 0,1 1.481 0,4 237,7 Produtos agrícolas 48 0,0 267 0,1 1.147 0,3 329,5 Plásticos e borracha 471 0,4 1.020 0,3 1.020 0,3 0,0 Pastas celulósicas e papel 542 0,4 1.253 0,3 1.003 0,3 -20,0 Minerais e minérios 839 0,6 1.291 0,3 1.000 0,3 -22,6 Veículos e outro mat. transporte 353 0,3 851 0,2 888 0,2 4,3 Madeira e cortiça 412 0,3 338 0,1 566 0,2 67,8 Produtos alimentares 173 0,1 265 0,1 126 0,0 -52,4 Produtos químicos 673 0,5 331 0,1 113 0,0 -65,8 Matérias têxteis 549 0,4 238 0,1 106 0,0 -55,5 Instrumentos de óptica e precisão 517 0,4 2.431 0,6 82 0,0 -96,6 Vestuário 82 0,1 127 0,0 78 0,0 -39,1 Peles e couros 46 0,0 6 0,0 40 0,0 545,1 Calçado 57 0,0 8 0,0 7 0,0 -13,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § 136 0,1 137 0,0 89 0,0 -34,7 0 0,0 1.072 0,3 144 0,0 -86,6 129.788 100,0 399.016 100,0 373.573 100,0 -6,4 Combustíveis minerais Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Notas: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior 2008 % Var % 07/08 (10 EUR) A informação referente a 2007 e 2008 encontra-se corrigida dos valores correspondentes às operações abrangidas pelo segredo estatístico, agregando-se o respectivo montante na parcela "Valores confidenciais". Nas exportações portuguesas para a Malásia verifica-se uma grande concentração no grupo das máquinas e aparelhos, com um peso de cerca de 98% em 2008; dentro desta categoria, evidencia-se serem os subgrupos referentes a circuitos integrados e microconjuntos electrónicos (57,5%) e partes e acessórios para máquinas e aparelhos (41,5%) os que têm significado efectivo. 11 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Importações por Grupos de Produtos (103 EUR) 2004 % 2007 % 2008 % Var % 07/08 Plásticos e borracha 24.442 33,8 39.576 42,0 46.019 32,7 16,3 Máquinas e aparelhos 22.580 31,3 27.320 29,0 29.951 21,3 9,6 Combustíveis minerais 4 0,0 0 0,0 26.253 18,6 § Produtos agrícolas 4.181 5,8 8.245 8,7 10.086 7,2 22,3 Produtos alimentares 3.736 5,2 3.705 3,9 7.584 5,4 104,7 782 1,1 1.488 1,6 6.499 4,6 336,8 4.011 5,6 5.434 5,8 6.302 4,5 16,0 509 0,7 542 0,6 1.651 1,2 204,5 3.367 4,7 1.364 1,4 1.216 0,9 -10,9 819 1,1 2.719 2,9 302 0,2 -88,9 Calçado 3.692 5,1 318 0,3 267 0,2 -16,1 Madeira e cortiça 1.067 1,5 382 0,4 244 0,2 -36,1 Pastas celulósicas e papel 370 0,5 85 0,1 171 0,1 100,2 Minerais e minérios 805 1,1 211 0,2 51 0,0 -75,8 Vestuário 232 0,3 21 0,0 27 0,0 30,1 1 0,0 22 0,0 1 0,0 -97,4 1.644 2,3 1.538 1,6 1.610 1,1 4,6 0 0,0 1.358 1,4 2.620 1,9 92,9 72.241 100,0 94.329 100,0 140.854 100,0 49,3 Metais comuns Produtos químicos Veículos e outro mat. transporte Matérias têxteis Instrumentos de óptica e precisão Peles e couros Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior A informação referente a 2007 e 2008 encontra-se corrigida dos valores correspondentes às operações abrangidas pelo segredo estatístico, agregando-se o respectivo montante na parcela "Valores confidenciais". Do lado das importações, a estrutura evidencia menor concentração, tendo-se situado, em 2008, na primeira posição o grupo dos plásticos e borracha, com 32,7% do respectivo total. Seguiram-se as máquinas e aparelhos (21,3%), os combustíveis minerais (18,6%), os produtos agrícolas (7,2%) e os produtos alimentares (5,4%). As cinco primeiras categorias de produtos representaram, em conjunto, aproximadamente 85% do valor global desse ano. Numa análise mais em detalhe, há a referir que o subgrupo referente a borracha natural representou cerca de 86% do valor total do grupo de plásticos e borracha. O subgrupo relativo a partes e acessórios para aparelhos totalizou, aproximadamente, 58% do valor das compras portuguesas de máquinas e aparelhos provenientes da Malásia em 2008. 12 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) O valor dos combustíveis minerais respeita na totalidade a óleos leves de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações. O subgrupo relativo a azeita de palma representou 82% das importações portuguesas desse país de produtos agrícolas nesse ano. O subgrupo referente a bagaços e outros resíduos sólidos da extracção de gorduras ou óleos vegetais totalizou cerca de 93% do valor global dos produtos alimentares. 3.2. Serviços Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos aos Serviços. 3.3. Investimento Estatísticas sobre os fluxos de investimento directo entre Portugal e a Malásia são consideradas confidenciais. 3.4. Turismo Não existem, actualmente, dados disponíveis que permitam fazer uma análise sobre os fluxos relativos ao turismo. 4. Relações Internacionais e Regionais A Malásia integra, entre outras organizações, o Banco Asiático de Desenvolvimento (BasD) e a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destacam o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. É membro da Organização Mundial do Comércio (OMC) desde 1 de Janeiro de 1995. Ao nível regional, este país faz parte do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e da East Asia Summit (EAS), que se constitui como um fórum de discussão, que tem lugar anualmente (após as reuniões da ASEAN) por parte dos líderes dos 16 países do extremo oriente. Constituída em 1989, a APEC apresenta-se como um grupo informal, que tem dado contributos para a promoção do comércio, a captação de investimento, a transferência de tecnologia e a conservação dos recursos marítimos e da pesca, com o objectivo de constituir uma zona de comércio livre entre os seus membros até ao ano 2020 – Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong (China), Indonésia, Japão, República Popular da China, República da Coreia, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Rússia, Singapura, Tailândia, Taiwan e Vietname. 13 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) A última cimeira ministerial, que teve lugar em 2008, em Ponchos, no Peru (a de 2009 realizar-se-á de 13 a 14 de Novembro em Singapura), teve como foco a redução da diferença actualmente existente entre as economias desenvolvidas e aquelas que se encontram em vias de desenvolvimento, reforçando o compromisso de lutar por uma globalização com dimensão social. A ASEAN, por seu lado, foi criada a 8 de Agosto de 1967 por cinco membros, Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia e tem como objectivos essenciais acelerar o crescimento económico e fomentar a paz e a estabilidade regionais. Actualmente, além dos seus fundadores, conta com os seguintes membros: Brunei e Vietname, sendo que, a partir de 2012, serão igualmente países aderentes o Cambodja, Laos e Myanmar. A organização tem, ainda, como Observadores regulares Papua Nova Guiné e Timor-Leste. Esta Associação tem vindo a estabelecer, ao longo dos anos, diversos acordos de cooperação, nomeadamente com o Japão, a União Europeia, China e Coreia do Sul. Em 1992, os participantes da Associação decidiram transformá-la, progressivamente, numa zona de comércio livre, a “ASEAN Free Trade Area (AFTA)”. No que respeita ao relacionamento com a União Europeia o regime legal está vertido, fundamentalmente, no Acordo de Cooperação entre a Comunidade Europeia e os países membros da ASEAN. Assinado em 7 de Março de 1980, tem como objectivo principal intensificar e diversificar as trocas comerciais e económicas entre as partes através da cooperação comercial, económica e cooperação no desenvolvimento. As partes conceder-se-ão mutuamente o regime da nação mais favorecida nas suas relações comerciais. Como membro da ASEAN, este país também participa nas negociações em curso entre a UE e a ASEAN com vista à celebração de um Acordo de Comércio Livre. De referir, ainda, que a União Europeia financia medidas destinadas a promover a cooperação com os países, territórios e regiões em desenvolvimento. Assim, o Regulamento n.º 1905/2006, de 18 de Dezembro, institui um instrumento de financiamento da cooperação para o desenvolvimento com aplicação entre 1 de Janeiro de 2007 e 31 de Dezembro de 2013. Para a Ásia (a Malásia consta entre os países elegíveis) a assistência comunitária incide especialmente nos seguintes domínios de cooperação: • Prossecução dos ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio) nos sectores da saúde, nomeadamente em matéria de VIH/SIDA, e da educação, entre outros, com vista à implementação de reformas sectoriais; 14 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) • Resposta aos problemas de governação, em especial nos Estados frágeis, de modo a contribuir para a criação de instituições públicas legítimas, eficazes e sólidas e de uma sociedade civil activa e organizada; • Promoção de uma maior integração, através do apoio a diferentes processos de integração e diálogo regional; • Contribuição para o controlo de epidemias e zoonoses, bem como para a recuperação dos sectores afectados; • Luta contra a produção, consumo e tráfico de drogas, e contra outras formas de tráfico; • Promoção do desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões, com especial atenção à protecção da floresta e à diversidade biológica. 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação O regime de importação na Malásia é considerado liberal se comparado com os que vigoram em outros países da ASEAN. A legislação comercial é fundamentalmente regulada pelo Customs Act (Código Aduaneiro), de 1967, e pelo respectivo Regulamento Customs Regulations (Regulamentação do Código Aduaneiro), de 1977, diplomas que são actualizados anualmente. Os direitos aduaneiros estão consignados na “Ordem de Classificação e de Direitos Aduaneiros”, estabelecida ao abrigo da legislação anterior, e que é igualmente sujeita a revisão anual no âmbito do Orçamento de Estado. Duas Ordens específicas de 1988 regulam, adicionalmente, os produtos que são objecto de proibições, quer na importação quer na exportação. A Malásia é membro da OMC e aplica o “Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias” (SH). A maior parte dos produtos pode ser objecto de importação livre, ao abrigo do sistema general open licence. As tarifas são, na maior parte dos casos, ad valorem, embora também existam direitos específicos; em ambas as situações incide, ainda, sobre determinados produtos (ex.: vinhos, licores e cerveja; cigarros e produtos de tabaco; aparelhos de ar condicionado; veículos a motor) uma taxa designada por “Sales Tax”, que varia entre 5% e 25%. 15 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) De acordo com informação da OMC, de Janeiro de 2006, publicada quando da última revisão da política comercial da Malásia, merece especial destaque a liberalização aduaneira efectuada na década de noventa, em cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito do Uruguai Round, sob a égide da OMC. Neste processo, foram abolidos ou reduzidos os direitos sobre a importação de mais de 4.000 produtos; a taxa média dos direitos aduaneiros reduziu-se de 15,2% em 1993 para 8,1% em 1997, situação que continua a manter-se. Mais de metade dos códigos pautais está sujeita a taxa zero, sendo a taxa média referida a mais baixa da ASEAN com excepção de Singapura. Por outro lado, alguns bens, como os considerados de luxo e as bebidas alcoólicas, estão sujeitos a uma taxa muito superior a 100%. O referido compromisso abrangeu, igualmente, a abolição faseada das barreiras não tarifárias. A política comercial na Malásia tem sido utilizada como um instrumento de política industrial, sob a orientação do Ministry of International Trade and Industry (MITI). Neste sentido, a protecção aduaneira é alta quando existe produção local, sendo a incidência sobre os produtos agrícolas menor do que a que se verifica nos produtos industriais. Determinados sectores considerados estratégicos estão protegidos por um sistema de licenças que visa restringir a sua importação; é o caso de alguns produtos alimentares básicos, certos produtos siderúrgicos, o cimento e a cerâmica de construção, o sector automóvel e determinados produtos químicos e máquinas. Este requisito aplica-se igualmente a outros sectores seja por razões relacionadas com os direitos de propriedade intelectual ou a homologação de produtos eléctricos e electrónicos, seja por questões sanitárias (produtos de origem animal) ou de segurança. Dada a sua particularidade, o sector automóvel merece referência à parte, pois goza de uma forte protecção com o objectivo de salvaguardar a jovem indústria automóvel malaia; neste caso os direitos aduaneiros podem elevar-se até 300%, para além de ser exigida licença de importação, como já se referiu. As tarifas aplicadas na entrada de produtos na Malásia podem ser consultadas na página «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia – http://mkaccdb.eu.int (clicar em «Tariffs Applied Database»). No que respeita a regulamentação técnica, importa referir que os produtos cerâmicos importados estão sujeitos, desde 2004, à obtenção de certificação de qualidade a emitir pela Agência SIRIM – www.sirim.my. 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro No que respeita à regulamentação do investimento estrangeiro, o ordenamento jurídico da Malásia é constituído fundamentalmente por dois diplomas: o Promotion of Investment Act (Lei da Promoção do Investimento Estrangeiro), de 1986, e o Industrial Coordination Act (Lei de Coordenação Industrial), de 1975. 16 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) As autoridades malaias incentivam o investimento directo estrangeiro, especialmente em actividades orientadas para a exportação e em indústrias de alta tecnologia. Contudo, no que respeita aos investimentos que visam o mercado interno, a política malaia configura um sistema intervencionista e restritivo. Neste caso, as parcerias entre empresas estrangeiras e malaias são encorajadas ou mesmo exigidas. O Foreign Investment Committee (FIC) é a entidade responsável pela formulação das directrizes para a participação de capital estrangeiro na indústria transformadora. Por sua vez, foi constituído, em 2006, o Special Cabinet Committee on High Impact Projects, liderado pelo Primeiro-ministro, com a missão de apreciar e aprovar os projectos considerados de alto impacto apresentados por investidores estrangeiros. O investimento externo é particularmente encorajado em determinados sectores de serviços, nas tecnologias da informação, em investigação e desenvolvimento, biotecnologia, hotelaria e turismo e gestão ambiental. O investimento nos sectores do gás e do petróleo são objecto de fortes restrições e o investimento estrangeiro na indústria transformadora obriga à participação de, pelo menos, 30% de capital malaio. A entidade responsável pela promoção do investimento estrangeiro no país é a Malaysian Industrial Development Authority (MIDA) – www.mida.gov.my, primeiro interlocutor dos promotores externos interessados na implementação de projectos na indústria transformadora. A MIDA articula os investimentos estrangeiros e os nacionais com vista ao desenvolvimento de propostas conjuntas, para além de apoiar e coordenar a submissão das respectivas candidaturas e a obtenção de licenças de operação. As candidaturas de projectos em outros sectores são conduzidas pelas agências reguladoras competentes. A repatriação do capital e dos lucros do investimento não está sujeita a restrições nem, com algumas excepções, a imposições fiscais. O Ministry of International Trade and Industry – www.miti.gov.my/cms/index.jsp – promove o investimento num Multimedia Super Corridor (MSC) – www.mscmalaysia.my/ –, uma zona que se estende a Sul de Kuala Lumpur até ao aeroporto internacional, com o objectivo de encorajar a investigação e desenvolvimento, e outras actividades de alta tecnologia. As empresas que se qualifiquem para o estabelecimento no MSC podem beneficiar de incentivos substanciais. Em 2005 o MITI estendeu o estatuto do MSC à área de Bayan Lepas, situada nas proximidades de Penang. Quanto às sociedades ou empresários em nome individual estabelecidos na Malásia, estes deverão ser registados junto da Companies Commission of Malaysia (SSM) – www.ssm.com.my. 17 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) No que respeita à contratação pública, o governo malaio encara-a como instrumento de política económica, com os seguintes objectivos – encorajar a participação de empresas nacionais na economia, a transferência de tecnologia para a indústria local, a redução da saída de divisas, a criação de oportunidades para os fornecedores de serviços locais e a melhoria da capacidade exportadora. Neste contexto, as empresas estrangeiras interessadas em participar nos concursos lançados pelo Governo só o poderão fazer nos projectos de valor superior a 10 milhões de Ringgits (2,1 milhões de Euros) e desde que sejam detidas, pelo menos, em 30% por capital malaio. Este país também prevê a atribuição de incentivos ao investimento em função de vários critérios como os sectores envolvidos, o montante do investimento ou a área geográfica em causa. Os apoios poderão assumir natureza fiscal, aduaneira, subsídios ou dedução de despesas, etc. – www.mida.gov.my/en_v2/index.php?page=incentives-for-investment De referir, finalmente, que entre Portugal e a Malásia não foi celebrado qualquer acordo com vista à promoção e à protecção recíproca dos investimentos ou para evitar a dupla tributação sobre os rendimentos entre os dois países. 5.3. Quadro Legal Regime de Importação • “Customs Regulations”, de 1977 (última alteração significativa data de 1999) – Regulamenta o Código Aduaneiro. • “Customs Act”, de 1967 (com alterações posteriores) – Aprova o Código Aduaneiro. Regime de Investimento Estrangeiro • “Free Zone Act”, de 1990 – Regula o estabelecimento e funcionamento das “Free Industrial Zone” (FIZ) e das “Free Commercial Zone” (FCZ). • “Promotion of Investment Act”, de 1986 (com alterações posteriores) – Aprova o regime jurídico sobre a promoção do investimento estrangeiro. • “Trade Marks Act”, de 1975 – Define o enquadramento jurídico de protecção das marcas. • “Industrial Coordination Act”, de 1975 (com alterações posteriores) – Define o quadro legal relativo à coordenação industrial. 18 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) • “Companies Registration Act”, de 1956 – Estabelece o regime legal aplicável ao registo das sociedades. Para mais informação legislativa sobre mercados externos os interessados podem consultar o Site da aicep Portugal Global, em: http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=69 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada Não é exigido visto para períodos inferiores a 30 dias. Os cidadãos portugueses que pretendam deslocar-se à Malásia devem ser portadores de passaporte cujo prazo de validade mínimo seja, à data de entrada no país, de seis meses. Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado da Malásia é a seguinte (Novembro 2009): Curto prazo – Aberta sem condições restritivas. Médio/Longo prazo – Não definida. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. Hora Local Corresponde ao UTC mais oito horas. Em relação a Portugal a Malásia tem igual diferença horária durante o Inverno e mais sete horas no Verão. Horários de Funcionamento Serviços Públicos: a) Estados de Kedah, Kelantan e Terengganu Domingo a Quinta-feira: 08h30 às 16h30 Sexta-feira, Sábado e Feriados: encerrados 19 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) b) Outros Estados Segunda-feira a Sexta-feira: 08h30 às 16h30 Sábado, Domingo e Feriados: encerrados Bancos: a) Estados de Kedah, Kelantan e Terengganu Domingo a Quinta-feira: das 08h30 às 16h30 Sexta-feira, Sábado e Feriados: encerrados b) Outros Estados Segunda-feira a Sexta-feira: das 08h30 às 16h30 Sábado, Domingo e Feriados: encerrados Comércio: Comércio Tradicional Segunda-feira a Sábado: das 08h30m / 09h00 às 18h30m / 19h00 Domingo e Feriados: encerrado Centros Comerciais e Supermercados Segunda-feira a Domingo: entre as 10h00 e as 10h30m e fecham entre as 22h00 e as 22h30m Feriados 2009 1 de Janeiro - Ano Novo 26 e 27 de Janeiro - Ano Novo Chinês 9 de Março - Aniversário do nascimento do profeta Maomé 1 de Maio - Dia do Trabalhador 9 de Maio - Dia Vesak 6 de Junho - Aniversário do Rei da Malásia 31 de Agosto - Dia Nacional da Malásia 20 e 21 de Setembro - Hari Raya Puasa (fim do Ramadão) 17 de Outubro - Deepavali (Festival Hindu. Celebra-se em todos os Estados da Malásia, excepto Sarawak e Labuan) 27 de Novembro - Hari Raya Qurban (Festa do sacrifício) 18 de Dezembro - Awal Muharram (início do novo ano muçulmano) 25 de Dezembro - Natal Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. Também existe um sistema local de pesos e medidas. 20 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 7. Endereços Diversos aicep Portugal Global Sede: O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2º 4150-074 Porto Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: 21 7913821 | Fax: 21 7913839 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Delegação da Comissão Europeia em Kuala Lumpur Menara Tan & Tan, Suite 10.01 207 Jalan Tun Razak 50400 Kuala Lumpur - Malaysia Tel.: +60 3 2723 7373 | Fax: +60 3 2723 7337 E-mail: [email protected] | http://www.delmys.ec.europa.eu/ aicep Portugal Global – Malásia Petronas Twin Towers, Tower 2 Kuala Lumpur City Centre, Level 40, Unit 57 50088 Kuala Lumpur - Malaysia EU-Malaysia Chamber of Commerce and Industry (EUMCCI) Suite 3.03, Level 3, Menara Atlan (Naluri) 161B Jalan Ampang 50450 Kuala Lumpur - Malaysia Tel.: +60 3 2162 6298 | Fax: +60 3 2162 6198 E-mail: [email protected] | http://www.eumcci.com 21 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Malaysian International Chamber of Commerce and Industry (MICCI) 8th Floor, Block C, Plaza Mont’ Kiara, No. 2 50480 Kuala Lumpur - Malaysia Tel.: +60 3 6201 7708 | Fax: +60 3 6201 7705 E-mail: [email protected] | http://www.micci.com Ministry of International Trade and Industry (MITI) Block 10, Government Offices Complex, Jalan Duta, 50622 Kuala Lumpur - Malaysia Tel.: +60 3 6203 3022 | Fax: +60 3 6203 2337 E-mail: [email protected] | http://www.miti.gov.my Malaysian Industrial Development Authority (MIDA) Block 4, Plaza Central Jalan Stesen Central 5 Kuala Lumpur Central 50470 Kuala Lumpur - Malaysia Tel.: +60 3 2267 3633 | Fax: +60 3 2274 7970 E-mail: [email protected] | http://www.mida.gov.my Central Bank of Malaysia (Bank Negara Malaysia) Jalan Dato’ Onn P.O. Box 10922 50929 Kuala Lumpur - Malaysia Tel.: +60 3 2698 8044 | Fax: +60 3 2691 2990 http://www.bnm.gov.my A Malásia é acompanhada pela Embaixada de Portugal em Bangkok 26, Bush Lane Bangkok 10500 - Thailand Tel.: 006 622 340 372 / 2 342 123 | Fax: 006 622 384 275 / 6 396 113 E-mail: [email protected] 22 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 8. Fontes de Informação 8.1 Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre a Malásia Título: “Malásia – Guia Prático de Acesso ao Mercado” Edição: 06/2009 Título: “Malásia – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 01/2009 Título: “Malásia – Informações e Endereços Úteis” Edição: 01/2009 Documentos de Natureza Geral Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 10/2009 Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 01/2009 Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 23 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 Título: “Contrato Internacional de Agência” Edição: 03/2005 Título: “Dupla Tributação Internacional” Edição: 12/2004 Título: “A Internacionalização das Marcas Portuguesas através do Franchising” Edição: 11/2004 Título: “Pagamentos Internacionais” Edição: 06/2004 A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx 8.2 Endereços de Internet Central Bank of Malaysia (BNM) – http://www.bnm.gov.my Companies Commission of Malaysia (SSM) – http://www.ssm.com.my Department of Standards Malaysia – http://www.standardsmalaysia.gov.my/ Department of Statistics Malaysia – http://www.statistics.gov.my Federation of Malaysian Manufacturers (FMM) – http://www.fmm.org.my Intellectual Property Corporation of Malaysia (MyIPO) – http://www.myipo.gov.my/ Malaysia Industries, Commerce and Companies Information (MICCI) – http://www.micci.com.my Malaysian Government Portal – http://www.malaysia.gov.my/EN/Pages/default.aspx Malaysian Industrial Development Authority (MIDA) – http://www.mida.gov.my Ministry of International Trade and Industry – http://www.miti.gov.my/cms/index.jsp 24 aicep Portugal Global Malásia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Multimedia Super Corridor – http://www.mscmalaysia.my/ National Chamber of Commerce and Industry of Malaysia – http://www.nccim.org.my/t1/index.php Portal SMEinfo – http://www.smeinfo.com.my/ Royal Malaysian Customs – http://www.customs.gov.my/ SIRIM Berhad (industrial research and development) – http://www.sirim.my Tourism Malaysia – http://www.tourism.gov.my Virtual Malaysia – http://www.virtualmalaysia.com 25 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120