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RELATÓRIO E CONTAS 09 RELATÓRIO E CONTAS 09 40.º Exercício Aprovado pela Assembleia Geral da COSEC na sua reunião ordinária de 26 de Março de 2010 2 índice Órgãos Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Quadros Directivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Relatório do Conselho de Administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1. Principais Indicadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2. Enquadramento Económico da Actividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3. A Actividade da Companhia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 4. Recursos Humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 5. Riscos com Garantia do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6. Relações Internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 7. Perspectivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 8. Referências Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 9. Proposta de Aplicação dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Notas às Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Certificação Legal das Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Conclusões do Relatório do Actuário Responsável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Accionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 3 órgãos sociais Mesa da Assembleia Geral Francisco Nunes de Matos de Sá Carneiro (Presidente) Duarte Vieira Pestana de Vasconcelos (Vice-Presidente) Augusto de Jesus Sousa (Secretário) Conselho de Administração José Miguel Gomes da Costa (Presidente) Berta Maria Nogueira Dias da Cunha Cyrille Charbonnel Celeste Hagatong Agrellos Maria Manuela Matos Morgado Santiago Baptista Michel Mollard Ludovic Senecaut Comissão Executiva José Miguel Gomes da Costa (Presidente) Berta Maria Nogueira Dias da Cunha Cyrille Charbonnel Conselho Fiscal Abel António Pinto dos Reis (Presidente) Maria da Conceição de Castro Pizarro Monteiro (Vogal) Tito Arantes Fontes (Vogal) Suplentes Fernando Manuel Roque de Oliveira ROC Deloitte & Associados, SROC, S.A. (Representada por João Carlos Ferreira) Suplentes Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro Comissão de Vencimentos Banco BPI S.A. (Representado por Celeste Hagatong Agrellos) Euler Hermes SFAC, S.A. (Representada por Michel Mollard) 4 quadros directivos Direcção Comercial e Marketing José João Monteiro Direcção Financeira e Resseguro Pedro Lamas Brou Direcção de Gestão de Risco José Vairinhos Gonçalves Direcção Internacional Lina Melo Direcção de Sinistros e Recuperações João Sales 5 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 1. PRINCIPAIS INDICADORES 000 Euro 2009 2008 34 584 -2,1% 35 332 18,8% 5 080 -0,1% 5 086 9,9% 39 664 -1,9% 40 418 11,5% Rendimentos, Ganhos e Perdas Financeiras* * líquido de Imparidades 1 668 -2 303 Resultado Líquido 2 706 79 Capitais Próprios 37 592 34 057 49 311 50 344 72 884 147,8% 72 446 143,9% 8,4 8,0 Prémios Brutos de Seguro Directo1 Taxa de crescimento Outros Rendimentos Técnicos Taxa de crescimento Volume de Negócios de Seguro Directo Taxa de crescimento Provisões Técnicas Activos de Cobertura das Provisões Técnicas Taxa de cobertura Cobertura da Margem de Solvência* * (número de vezes o mínimo legal) 1 Ver referência no ponto 3 – “Actividade da Companhia” 8 2. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO DA ACTIVIDADE ECONOMIA MUNDIAL Em 2009, a economia mundial continuou a ser fortemente condicionada pela crise financeira internacional, iniciada em meados de 2008. Com efeito, na sequência da intensificação da crise, após o colapso do Lehman Brothers, o último trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009 foram caracterizados por uma forte queda da actividade económica e do comércio internacional, com uma dimensão sem precedentes históricos recentes. A partir do segundo trimestre, observou-se alguma melhoria nos mercados financeiros e a actividade económica mundial terá iniciado a fase de recuperação, para a qual terá contribuído fortemente o conjunto de medidas de estímulo de política monetária e orçamental e de estabilização do sistema financeiro. As taxas de inflação a nível mundial caíram significativamente ao longo do ano, num contexto de queda abrupta da procura global. A evolução da conjuntura económica internacional mantém-se sujeita a uma elevada incerteza. Reflectindo este clima económico, a economia mundial deverá ter caído cerca a de 1% em 2009, o que compara com um crescimento de 3% em 2008 e de 5% em 2007, e o comércio mundial deverá ter contraído cerca de 12%, o que compara com um crescimento de cerca de 3% em 2008 e de 7% em 2007. As economias emergentes da Ásia, lideradas pela China, apesar de terem abrandado fortemente o ritmo de crescimento dos anos anteriores, mantiveram um crescimento positivo, a rondar os 2%. Em sentido oposto, as economias desenvolvidas apresentaram uma forte contracção, com o produto a cair mais de 3%, após um crescimento abaixo de 1% em 2008. ECONOMIA PORTUGUESA O desempenho da economia portuguesa, já fragilizada por uma persistente debilidade estrutural que tem vindo a afectar a sua capacidade de crescimento, foi, em 2009, adicionalmente condicionada por este enquadramento externo particularmente desfavorável. Com efeito, e de acordo com as últimas estimativas do Banco de Portugal, a economia portuguesa terá caído, em 2009, cerca de 2,7%, em termos reais (depois de ter estagnado em 2008), reflectindo as fortes quedas registadas no investimento (-11,7%) e nas exportações (-12,5%). O aumento do rendimento disponível permitiu que o consumo privado tenha sofrido um decréscimo pouco significativo (-0,9%, que compara com um crescimento de 1,7% em 2008). O consumo público, em resultado dos impulsos de Estado à economia, deverá ter crescido 2,0%. O comportamento do investimento, reflectindo a deterioração das expectativas dos agentes económicos, deverá ter sofrido uma contracção de cerca de 12%. A evolução negativa das exportações (-12,5%), comum à generalidade das economias mundiais, foi particularmente significativa nas exportações de mercadorias, tendo as exportações de serviços registado um comportamento menos desfavorável. À semelhança do verificado com as exportações e traduzindo a situação de contracção do comércio mundial, as importações deverão apresentar uma queda de cerca de 11%. O enquadramento recessivo da procura mundial, que contribuiu para a redução dos preços das importações, com destaque para os preços da energia, e a contracção da procura interna levou a uma pronunciada desaceleração dos preços desde os finais de 2008, para valores negativos a partir do primeiro trimestre de 2009. No conjunto do ano, a taxa de inflação deverá ter apresentado uma variação média negativa de 0,9%, o que compara com uma variação positiva de 2,7% em 2008. 9 3. ACTIVIDADE DA COMPANHIA Em 2009, a actividade de seguro directo da Companhia atingiu um volume de prémios de 34,6 milhões de euros, o que representa uma queda de 2,1% face ao ano anterior. O ramo de seguro de créditos, o mais relevante para a actividade de seguro directo, foi responsável por um volume de prémios da ordem dos 31,5 milhões de euros. É de referir, no entanto, que o ano de 2008 beneficiou de uma alteração de procedimento na especialização de prémios a processar nos anos seguintes (ver Notas 14 e 37 do Anexo). Este movimento teve um impacte positivo de 2,1 milhões de euros no valor de prémios de seguro directo do ramo de crédito em 2008 e negativo, pelo mesmo valor, em 2009. Expurgados os efeitos atrás referidos, o volume de prémios em 2009 apresentou um crescimento de 10,3% face ao ano anterior. 000 Euro Prémios de Seguro Directo 2009 2008 Seguro de Créditos Seguro Caução 31 533 3 052 31 818 3 514 34 584 35 332 Total Esta evolução no negócio de seguro de créditos resultou da política de melhoria da qualidade do serviço prestado, da actividade comercial de captação de novos segurados e do esforço no sentido do ajustamento da taxa de prémio ao risco seguro, factores que compensaram a redução de capitais declarados a seguro por parte das empresas. Paralelamente, a COSEC acompanhou a evolução da crise com a necessária prudência a nível da subscrição de risco e da evolução da sua exposição. Esta estratégia veio permitir reduzir a taxa de sinistralidade global de seguro de créditos. O valor das garantias decididas – limites de crédito decididos para os clientes dos nossos segurados – excedeu os 7,5 mil milhões de euros, o que representa uma quebra de cerca de 19% face a 2008, tendo o seu número ultrapassado os 343 mil, o que correspondeu a um volume médio mensal de cerca de 28,6 mil decisões. Nos mercados externos continuámos a melhorar a qualidade da análise dos riscos e encurtar os prazos de resposta a pedidos de garantia, bem como alargar o âmbito de países cobertos pela COSEC, tendo-se atingido uma taxa de cobertura das exportações nacionais da ordem dos 16,6%. No âmbito das medidas de combate à crise, o Governo, à semelhança da maioria dos seus congéneres europeus, aprovou a criação de linhas de apoio ao seguro de crédito com garantia do Estado. Nessa medida, no primeiro trimestre de 2009 protocolou duas linhas com as seguradoras de crédito a operar no mercado, no montante global de 2.000 milhões de euros, sendo a COSEC responsável pela gestão de 840 milhões de euros, tendo em conta a sua quota de mercado no final de 2008. A primeira linha, destinada a mercados da OCDE, incluindo o mercado doméstico, e constituída como garantia adicional às coberturas disponibilizadas pela COSEC, no montante de 420 milhões de euros, garantidos pelo Estado em 50%, apresentava até no final de 2009 uma ocupação global de 66%, com 5.730 empresas beneficiadas, das quais 238 seguras e 5.492 garantidas. As empresas que registaram maior procura pertencem aos sectores de actividade da Indústria Têxtil, Materiais de Construção e Fundição e Comércio de Produtos Metálicos, nos distritos do Porto, Aveiro e Lisboa. 10 A segunda linha, destinada exclusivamente a mercados da OCDE e empresas risco sem garantia atribuída pela COSEC, no montante de 420 milhões de euros, garantida em 60% pelo Estado, apresentava no final de 2009 uma ocupação global de 37%, com 4.570 empresas beneficiadas, das quais 186 seguras e 4.384 garantidas. Nesta linha as empresas que registaram maior procura pertencem aos sectores de actividade da Indústria Têxtil, Calçado e Materiais de Construção, dos distritos do Porto, Aveiro e Braga. Estas duas linhas foram extremamente importantes para reforçar os níveis de cobertura necessários à actividade das empresas, nomeadamente as exportadoras e as PME’s. Em termos de mercado nacional, os prémios de seguro de créditos terão estabilizado em 2009, o que compara com um crescimento médio superior a 10% nos últimos cinco anos. A COSEC manteve a liderança de mercado, com uma quota de 45%, mantendo também a diferença para o segundo operador no mercado. A actividade global de seguro caução, a nível nacional, voltou a apresentar uma quebra face ao ano anterior (-15%), continuando a COSEC a deter a liderança destacada neste segmento de mercado, com uma quota de 48%. O saldo de rendimentos, ganhos e perdas financeiras, contrariamente ao que sucedeu em 2008, voltou a contribuir de forma positiva para a formação do resultado líquido, tendo ascendido a 1,7 milhões de euros (-2,3 milhões de euros em 2008). A COSEC prosseguiu ao longo deste ano a política de redução de custos de estrutura, situando-se o “cost ratio” em valor inferior ao do exercício de 2008. Em resultado do trabalho efectuado ao nível da subscrição de risco, com a consequente redução da taxa de sinistralidade, do aumento dos rendimentos financeiros e do menor investimento na política de rescisões contratuais, o resultado líquido atingiu os 2,7 milhões de euros, o que compara com os 0,1 milhões de euros do ano anterior. No final do exercício os activos líquidos totais ascendiam a 99,8 milhões de euros e a carteira de investimentos totalizava 67,0 milhões de euros, dos quais 47,4 milhões de euros relativos a investimentos financeiros. Os capitais próprios ascenderam a 37,6 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10% face a 2008. Os capitais próprios disponíveis para a cobertura da Margem de Solvência, calculada de acordo com o normativo do Instituto de Seguros de Portugal, excediam em 8,4 vezes o mínimo legal. 4. RECURSOS HUMANOS Em 2009 deu-se continuidade à política de recursos humanos orientada para uma maior qualificação do Quadro de Pessoal, o aumento da produtividade e a competitividade da Companhia. No final do ano o quadro de pessoal era constituído por 131 colaboradores activos dos quais 79% com formação académica superior, que compara com 62% no final do exercício anterior. Com base na avaliação actuarial realizada pela Sociedade Gestora dos Fundos de Pensões da COSEC – BPI Pensões, o Fundo de Pensões Aberto BPI Valorização, que cobre as responsabilidades da COSEC com os complementos de pensão de reforma por velhice e invalidez, encontrava-se coberto em cerca de 169%. Quanto ao Fundo de Pensões Aberto BPI Segurança, que cobre as responsabilidades com pré-reformas e respectivos encargos para a Segurança Social, o mesmo foi extinto em Agosto de 2009, tendo, de acordo com a autorização do Instituto de Seguros de Portugal, o seu remanescente sido transferido para a COSEC. 11 5. RISCOS COM GARANTIA DO ESTADO A actividade por conta do Estado foi dominada pelo arranque da Linha de Seguro de Crédito às operações de curto prazo, para mercados fora da OCDE, no âmbito das medidas de combate à crise financeira global, e pelas operações de médio/longo prazo para Angola, incluídas na Convenção assinada entre os dois países, a qual foi reforçada, pela 3ª vez, situando-se actualmente em 1.000 milhões de euros. As responsabilidades assumidas ascenderam a 170,3 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 8,5% relativamente ao ano transacto. O seguro de créditos representou 52% do total assumido e o seguro de créditos financeiros cerca de 48%, enquanto o seguro de investimento e o seguro caução revelaram valores pouco significativos em termos de novas responsabilidades. Angola continua a ser o país com maior expressão, não só pela cobertura das operações no âmbito da Convenção em vigor com este país, como também na linha de seguro para mercados fora da OCDE. Assumem ainda expressão relevante a Turquia, Venezuela, Marrocos, Brasil, Irão e Rússia. Os sectores de actividade com maior procura no âmbito das linhas foram os da Construção Civil e Obras Públicas, Indústrias Transformadoras, Comércio por Grosso e Retalho e Transportes e Armazenagem. Não obstante as responsabilidades assumidas terem sido superiores às do ano anterior, os prémios totais processados foram inferiores aos de 2008, em 36%, tendo ascendido a 8,2 milhões de euros. Tal ficou a dever-se ao grande volume de créditos de curto prazo cobertos que envolvem prémios de valor mais baixo. No final do ano as responsabilidades em vigor totalizavam 603,8 milhões de euros, traduzindo um acréscimo de 24,2% quando comparado com o ano anterior. Deste montante, a parte mais significativa cabe a dois países de expressão portuguesa – Angola e Cabo Verde –, que juntos representam 85% dos montantes totais em vigor, seguidos do Brasil, Turquia, Marrocos, Rússia, Israel, Irão e Venezuela. 6. RELAÇÕES INTERNACIONAIS A Companhia manteve a sua participação regular nas actividades das associações representativas das seguradoras de créditos e caução em que se encontra filiada: a “International Credit Insurance and Surety Association” (ICISA) e a “Berne Union”. A COSEC, juntamente com o Conselho de Garantias Financeiras à Exportação e ao Investimento (CGFEI) assegurou a representação de Portugal nas reuniões internacionais dos Grupos de Crédito à Exportação do Conselho da União Europeia, da OCDE e do Grupo de Participantes no “Consensus” da OCDE incluindo a participação nos trabalhos desenvolvidos nos subgrupos técnicos, designadamente nas reuniões de peritos do Risco-País, de Prémios e de Ambiente. Ao longo do ano continuaram os trabalhos de simplificação e aperfeiçoamento do Consensus da OCDE e dos respectivos acordos sectoriais sobre construção naval e sectores energéticos na perspectiva do alargamento destes normativos a países não membros da OCDE, designadamente à China, à Rússia e à Índia. De assinalar os avanços significativos no sector das energias renováveis e do alargamento do âmbito do respectivo acordo sectorial às tecnologias destinadas a mitigar os efeitos das alterações climáticas. Outro dos temas em agenda nestes Grupos foi a crise financeira internacional e as medidas adoptadas por cada Estado Membro para combater os seus efeitos no domínio dos créditos e seguros de créditos à exportação, bem como a implementação de mecanismos de troca de informação sobre a natureza dessas medidas. 12 7. PERSPECTIVAS Depois de uma forte recessão, a economia mundial começa a apresentar sinais de recuperação, catalisada por intervenções públicas generalizadas que suportaram a procura e reduziram a incerteza e o risco sistémico nos mercados financeiros. A recuperação deverá, no entanto, ser lenta e gradual, na medida em que o sistema financeiro terá ainda perdas por registar e os apoios públicos deverão começar a ser progressivamente retirados. De acordo com as últimas projecções do FMI, o crescimento mundial deverá fixar-se em 2010 em cerca de 3%, depois de uma contracção de 1% em 2009, devendo a economia continuar a recuperar gradualmente em 2011, ano em que se prevê um crescimento global acima de 4%. O comércio mundial deverá regressar a valores positivos, com um crescimento previsto de 2,5% em 2010. No que diz respeito à economia portuguesa, as últimas previsões do Banco de Portugal apontam para um crescimento positivo em 2010 de 0,7%, evolução explicada pela recuperação do consumo privado (+1,0%) e exportações (+1,7%). Ao invés, o investimento (FBCF) deverá continuar a demonstrar dificuldades em recuperar. Para 2010, as previsões apontam para uma quebra de 3,4%. Ao longo desta crise, enquadrada também por uma retracção no acesso ao crédito em geral e nomeadamente na obtenção de cartas de crédito por parte das empresas, o seguro de créditos reforçou o seu protagonismo como instrumento indispensável ao desenvolvimento da economia. Tendo já sido anunciada pelo Governo a renovação das linhas de apoio ao seguro de créditos para 2010, nas quais a COSEC teve uma relevante acção de dinamização, iremos continuar a empenhar-nos na sua disponibilização junto das empresas clientes. A COSEC acompanhou a evolução da crise com a necessária prudência a nível da subscrição de risco e da evolução da sua exposição. Esta estratégia veio a permitir, já ao longo do segundo semestre do ano, uma evolução adequada da sua política de subscrição de riscos em consonância com os sinais de melhoria do nível de risco do mercado e que esperamos incrementar ao longo de 2010. Neste âmbito e visando a continuada melhoria da qualidade dos nossos serviços de análise de risco, esperamos que entre em produção no segundo semestre do próximo ano o projecto, iniciado em 2009, de uma maior integração da COSEC na plataforma do Grupo Euler Hermes, possibilitando uma maior celeridade na resposta às solicitações dos nossos clientes para mercados externos. A política comercial, acompanhando a previsão de melhoria da actividade empresarial e das nossas exportações em particular, reforçará a sua aproximação às PME’s nacionais através dos canais de venda directa e de mediação e muito especialmente através da colaboração com a importante rede comercial do nosso accionista BPI, na sequência da relevante posição que já hoje ocupa na nossa carteira de produção nova e continuada. 13 8. REFERÊNCIAS FINAIS O Conselho de Administração manifesta o seu reconhecimento a todos aqueles que consigo colaboraram nas difíceis condições do presente exercício e em especial: Aos Clientes, Agentes e Corretores de Seguros, pela sua preferência pelos serviços da Companhia; Ao Instituto de Seguros de Portugal e à Associação Portuguesa de Seguradores, pela colaboração recebida nas suas áreas de competência; Aos restantes Órgãos Sociais, pelo acompanhamento interessado da actividade da empresa; Finalmente, aos colaboradores, pelo empenho e dedicação demonstrados. 9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe que relativamente ao resultado líquido do exercício de 2009, no montante de 2 706 140 euros, seja efectuada a seguinte distribuição: a) Reforço da Reserva Legal b) Distribuição aos Accionistas 270 614 euros 2 435 526 euros Lisboa, 3 de Fevereiro de 2009 O Conselho de Administração José Miguel Gomes da Costa (Presidente) Berta Maria Nogueira Dias da Cunha Cyrille Charbonnel Celeste Hagatong Agrellos Maria Manuela Matos Morgado Santiago Baptista Michel Mollard Ludovic Senecaut 14 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 (em Euros) 2009 ACTIVO Notas Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 11; 30 2008 Imparidade, Depreciações, Valor Bruto Amortizações e Ajustamentos Valor Líquido 1 973 958 0 1 973 958 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0 0 0 0 Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 1 634 790 0 1 634 790 3 207 663 0 0 0 0 Activos financeiros classificados ao justo valor através de Ganhos e Perdas Anexo 1;11 Derivados de cobertura 1 501 092 Actívos disponíveis para venda Anexo 1; 11 37 905 951 147 265 37 758 686 27 089 146 Empréstimos e contas a receber 11 8 329 794 0 8 329 794 12 884 473 310 600 0 310 600 382 893 8 019 195 0 8 019 195 12 501 580 Depósitos junto de empresas cedentes Outros depósitos Empréstimos concedidos 0 0 0 0 Contas a receber 0 0 0 0 Outros 0 0 0 0 Investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 19 656 680 Terrenos e edifícios 20 222 000 678 384 19 543 616 Terrenos e edifícios de uso próprio 9 422 000 678 384 8 743 616 8 856 680 Terrenos e edifícios de rendimento 10 800 000 0 10 800 000 10 800 000 12 080 808 10 360 074 1 720 734 1 466 580 20 736 0 20 736 29 217 Goodwill 0 0 0 0 Outros activos intangíveis 0 0 0 0 18 696 406 0 18 696 406 16 274 308 855 674 0 855 674 955 249 17 640 732 0 17 640 732 15 073 486 Outros activos tangíveis Inventários Provisões técnicas de resseguro cedido 9; 11 10; 11 11 4.1 Provisão para prémios não adquiridos Provisão para sinistros Provisão para participação nos resultados Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 23 Outros devedores por operações de seguros e outras operações 38 Contas a receber por operações de seguro directo Contas a receber por operações de resseguro Contas a receber por outras operações Activos por impostos 38 Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Acréscimos e diferimentos 40 200 000 0 200 000 245 573 2 359 589 0 2 359 589 2 196 923 7 621 344 1 635 147 5 986 197 6 660 279 4 878 831 1 159 420 3 719 411 3 293 098 726 892 77 165 649 727 1 710 486 2 015 620 398 562 1 617 059 1 656 695 38 323 0 38 323 939 424 38 323 0 38 323 939 424 0 0 0 0 1 728 089 0 1 728 089 4 099 801 Outros elementos do activo 0 0 0 0 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 0 0 0 0 112 611 788 12 820 870 99 790 918 96 005 586 TOTAL DO ACTIVO O Técnico Oficial de Contas Carlos Sousa 16 O Conselho de Administração Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 (em Euros) PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2009 2008 49 310 841 50 343 781 PASSIVO Provisões técnicas 4.1 Provisão para prémios não adquiridos Provisão para sinistros Provisão para participação nos resultados Provisão para desvios de sinistralidade Provisão para riscos em curso 1 867 414 2 087 313 40 485 774 38 258 894 500 000 613 934 6 182 639 9 080 777 275 013 302 863 Outras Provisões Técnicas 0 0 Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e operações consideradas para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 0 0 34 032 103 961 Outros passivos financeiros 34 Derivados de cobertura 0 0 Passivos subordinados 0 0 34 032 103 961 Depósitos recebidos de resseguradores Outros 0 0 Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 0 0 5 063 927 3 161 608 1 797 749 1 132 387 Outros credores por operações de seguros e outras operações 39 Contas a pagar por operações de seguro directo Contas a pagar por operações de resseguro Contas a pagar por outras operações Passivos por impostos 39 629 729 254 553 2 636 449 1 774 667 2 377 823 1 735 873 Passivos por impostos correntes 1 507 885 1 197 133 Passivos por impostos diferidos 869 938 538 740 Acréscimos e diferimentos 40 5 381 978 6 573 696 Outras provisões 13 30 024 30 024 Outros elementos do passivo 0 0 Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda 0 0 62 198 624 61 948 942 7 500 000 7 500 000 TOTAL DO PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital 25 (Acções próprias) Reservas de reavaliação 26 0 0 (940 791) (2 062 885) (2 062 885) Por ajustamentos no justo valor dos activos financeiros (940 791) Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0 0 Por revalorização de activos intangíveis 0 0 Por revalorização de outros activos tangíveis 0 0 Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa 0 0 Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira 0 0 De diferenças de câmbio 0 0 Reserva por impostos diferidos 26 (358 206) (65 622) Outras reservas 26 22 142 174 22 063 659 6 542 977 6 542 977 Resultados transitados Resultado do exercício 2 706 140 78 515 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 37 592 294 34 056 644 TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 99 790 918 96 005 586 O Técnico Oficial de Contas Carlos Sousa 27 O Conselho de Administração 17 Conta de Ganhos e Perdas para os períodos findos a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 Valores em Euros CONTA DE GANHOS E PERDAS Notas Prémios adquiridos líquidos de resseguro Prémios brutos emitidos Anexo 4 Prémios de resseguro cedido 2009 Técnica Não técnica Total 2008 19 644 393 19 644 393 34 752 524 34 752 524 20 325 322 35 570 047 (15 233 628) (15 233 628) (15 210 068) Provisão para prémios não adquiridos (var.) 225 071 225 071 6 285 Provisão para prémios não adquiridos parte resseguradores (var.) (99 575) (99 575) (40 942) (17 046 996) (17 046 996) (20 213 328) (27 330 511) (27 330 511) (25 168 554) 9 943 148 9 943 148 9 583 785 (7 345 669) Custos com sinistros, liquido de resseguro Montantes pagos Montantes brutos Parte dos resseguradores Provisão para sinistros (variação) 4.1 Montante bruto (2 226 880) (2 226 880) Parte dos resseguradores 2 567 246 2 567 246 2 717 110 Outras provisões técnicas liquidas de resseguro 2 925 987 2 925 987 5 556 150 (361 833) (361 833) (317 232) Custos e gastos de exploração líquidos Participação nos resultados líquida de resseguro (7 460 394) (7 460 394) (5 611 082) Custos de aquisição (3 792 528) (3 792 528) (4 050 648) (5 172) ( 5 172) 1 439 (6 333 729) Custos de aquisição diferidos (variação) Gastos administrativos (5 399 431) (5 399 431) Comissões e participação nos resultados de resseguro 1 736 737 1 736 737 4 771 856 Rendimentos 1 816 668 17 374 1 834 042 2 873 009 1 816 668 300 1 816 969 2 859 586 0 0 0 0 De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 16 De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas Outros 0 17 074 17 074 13 423 (341 773) (5 838) (347 611) (298 392) De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0 De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0 (341 773) (5 838) (347 611) (298 392) 223 612 0 223 612 (2 830 636) 223 612 0 223 612 (2 830 636) 0 0 0 0 Gastos financeiros Outros Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 17 De activos disponíveis para venda De empréstimos e contas a receber De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 De passivos financeiros valorizados ao custo amortizado 0 0 0 0 De outros 0 0 0 0 104 813 0 104 813 (294 244) 0 0 0 (72 440) 104 813 0 104 813 (221 804) 0 0 0 (39 843) Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 17;18 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Diferenças de câmbio Ganhos líquidos pela venda de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 18 19 Conta de Ganhos e Perdas para os períodos findos a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 Valores em Euros CONTA DE GANHOS E PERDAS Notas Perdas de imparidade (líquidas de reversão) De activos disponíveis para venda 3 De empréstimos e contas a receber valorizados ao custo amortizado 2009 Técnica Não técnica Total 2008 (147 265) 0 (147 265) (1 752 968) (147 265) 0 (147 265) (1 753 291) 0 0 0 0 De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 De outros 0 0 0 323 4 574 713 0 4 574 713 2 893 012 0 (350 589) (350 589) (140 931) 18 622 18 622 268 428 Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro 41 Outras provisões (variação) Outros rendimentos/gastos Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas 0 0 0 0 Ganhos e perdas de associadas empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial 0 0 0 0 Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda 0 0 0 0 3 931 924 (320 430) 3 611 494 417 266 (339 120) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos correntes 24 (866 740) Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos diferidos 24 (38 614) 369 RESULTADO DO EXERCÍCIO 27 2 706 140 78 515 O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração José Miguel Gomes da Costa Carlos Sousa (Presidente) Berta Maria Nogueira Dias da Cunha Cyrille Charbonnel Celeste Hagatong Agrellos Maria Manuela Matos Morgado Santiago Baptista Michel Mollard Ludovic Senecaut 19 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NOTAS AO BALANÇO E CONTA DE GANHOS E PERDAS 31 de Dezembro de 2009 Nota introdutória As demonstrações financeiras da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A., foram elaboradas com base nos seus registos contabilísticos e de acordo com o Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, do Instituto de Seguros de Portugal, e suas actualizações subsequentes. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, quando aplicável. 1.Informações gerais. A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. (COSEC) foi constituída em 29 de Dezembro de 1969 e dedica-se ao exercício da actividade de seguros e resseguros nos ramos de crédito e caução, para a qual obteve as devidas autorizações por parte do Instituto de Seguros de Portugal. Encontra-se domiciliada em Portugal, com a sua sede na Av. da República nº 58, em Lisboa e está registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa com o número 500726000. A Companhia mantém relações comerciais com entidades relacionadas, com os seus dois accionistas, o Grupo BPI e o Grupo Euler Hermes. 2.Informação por segmentos. A actividade da COSEC centra-se essencialmente em Portugal e no ramo de Crédito. O ramo de caução representa menos de 10% do volume de negócios total da COSEC. A actividade exercida fora de Portugal, em regime de Livre Prestação de Serviços, representa apenas 4,7% do volume total das operações de seguro directo (conforme Nota 14.1). 3.Base de preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas A Companhia tem a sua contabilidade organizada de acordo com o novo Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, do Instituto de Seguros de Portugal, o qual segue as International Accounting Standards / International Financial Reporting Standards (IAS/IFRS), com excepção da IFRS 4 – Contratos de Seguros, da qual apenas foram adoptados os tipos de classificação dos contratos adoptados pelas empresas de seguros. 3.1 Principais políticas contabilísticas 3.1.1 Activos financeiros Os activos financeiros são reconhecidos no balanço da COSEC na data de negociação ou contratação. Os investimentos financeiros, independentemente da classificação adoptada, registam-se com base no respectivo valor actual, de acordo com o disposto na Norma n.º 04/2007-R, de 27 de Abril. 22 O processo de valorização dos investimentos da COSEC é efectuado de acordo com os seguintes procedimentos: Canais de informação Os canais definidos para a obtenção de informação são o Finantial Times, a Bloomberg e a Euronext. Em cada canal de informação, é recolhida a seguinte informação: Finantial Times Para os títulos valorizados com base neste canal são incorporados os seguintes tipos de preços: • E xchange price – Corresponde ao último valor de transacção em bolsas oficiais conhecido para o título em causa; • ISMA – BID price – Corresponde a uma média de ofertas de compra fornecidas por contribuidores membros do ISMA, assim como de operações registadas no sistema de negociação electrónica TRAX. • Finantial Time Evaluated Price – Corresponde a uma avaliação independente efectuada pela empresa Finantial Times Interactive Data, com base em ofertas de compra de vários contribuidores e modelos de avaliação teóricos. Bloomberg Para os títulos recolhidos com base neste canal é incorporada a última cotação disponível do dia fornecida pelos market-makers (contribuidores com preços executáveis) definidos no terminal Data Licence da Bloomberg, assim como a última cotação efectuada em bolsa, no caso das acções. Euronext Para os títulos recolhidos por este canal de comunicação é incorporada a última cotação efectuada em Bolsa. Metodologia de avaliação de activos A valorização ao Justo Valor segue a metodologia a seguir identificada: Tipo de Activo 1º Critério 2º Critério 3º Critério Acções Cotação oficial de fecho em Bolsa. Última oferta de compra difundida e registada na Bolsa de Valores de cotação do título. Modelos de Avaliação Teóricos (DCF, EVA, etc.) Obrigações Último preço efectuado em Bolsa desde que haja liquidez e volumes significativos Última oferta de compra difundida por Market-Maker do título em questão, e ou preços ISMA. Preço de avaliação teórico com base numa avaliação independente, no Finantial Times Evaluated Price ou numa avaliação da contraparte do negócio. Unidades de participação Último Valor patrimonial divulgado pela Sociedade Gestora 4º Critério Modelos de Avaliação Teóricos (DCF, EVA, etc.) 3.1.1.1 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor através dos resultados Esta rubrica inclui títulos de dívida de emissores diversos, cuja remuneração está associada a uma componente a que está subjacente um derivado embutido. As alterações de justo valor destes activos são reconhecidas em ganhos e perdas na data de cada avaliação. 23 3.1.1.2 Activos financeiros disponíveis para venda Nesta rubrica classificam-se: –Os títulos de dívida que não tenham sido classificados no reconhecimento inicial ao justo valor por via de ganhos e perdas; –Os instrumentos de capital e unidades de participação. As alterações de justo valor dos activos disponíveis para venda são reconhecidas directamente no Capital Próprio, na rubrica de Reserva de Justo Valor, excepto no caso de perdas por imparidade, em que são registadas em ganhos em perdas. Os juros corridos dos títulos de dívida e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal são registados em ganhos e perdas, de acordo com o método da taxa efectiva. Os rendimentos de partes de capital são registados em resultados, na data do seu recebimento. A COSEC procede regularmente à avaliação da imparidade dos seus activos financeiros. A actual política de imparidade baseia-se no seguinte: Instrumentos de Capital Nos instrumentos de capital, a imparidade é registada unitariamente para cada activo sempre que se verifica uma desvalorização superior a 20% entre o seu valor de aquisição e o seu justo valor ou uma diminuição face ao valor de aquisição por um período superior a 6 meses. Obrigações Nas obrigações, o apuramento da imparidade realiza-se a partir da análise de solvabilidade e da capacidade de cumprimento do emitente, recorrendo, nomeadamente, aos seguintes indicadores: • R ating e respectiva evolução; • Valor de mercado; • Maturidade da dívida; • Análise da conjuntura económica (factores que poderão influenciar negativamente o desempenho económico da entidade emitente, enquadramento accionista, etc.). Quando são determinadas as perdas por imparidade, as menos valias potenciais registadas inicialmente na reserva de reavaliação de justo valor são transferidas do capital próprio para resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de dívida são revertidas através de ganhos e perdas, caso se verifique posteriormente uma variação positiva do justo valor do título. Nos títulos de representativos de capital, as perdas de imparidade não podem ser revertidas. No exercício de 2009, a COSEC relevou uma imparidade de 147.265 Euro relativa ao título “Eurohipo Cap. Fund Trust1 – 6,445% -05/2013 ”, enquanto que no exercício de 2008, a COSEC relevou uma imparidade de 577.093 Euro relativa ao título “Anglo Irish Capital UK- PP ”. 3.1.2 Ganhos e perdas realizados em investimentos Os ganhos e perdas resultantes da diferença entre o produto da venda de investimentos e o respectivo valor de aquisição são registadas nas rubricas “Perdas em investimentos” ou “Ganhos em investimentos”, da demonstração de ganhos e perdas. 24 As diferenças, positivas ou negativas, entre o custo de aquisição dos investimentos adquiridos em anos anteriores vendidos durante o exercício e o valor de balanço no início do ano, que tinham sido reflectidas na rubrica de “Reserva de Reavaliação – Ajustamentos no justo valor dos activos financeiros” do Capital Próprio, são revertidas por contrapartida do Rubrica do activo em que os investimentos foram classificados. 3.1.3 Activos Tangíveis Os activos tangíveis que são utilizados pela COSEC para o desenvolvimento da sua actividade são contabilizados pelo seu custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de eventuais perdas por imparidade. Os activos tangíveis são amortizados de acordo com a vida útil dos activos. 3.1.4 Activos tangíveis adquiridos em locação financeira Os activos tangíveis adquiridos através de operações de locação financeira, em que a Companhia detém todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem, são amortizados de acordo com o procedimento descrito no ponto anterior. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira de capital. Os passivos são reduzidos pelo montante correspondente à amortização do capital de cada uma das rendas e os encargos financeiros são imputados aos resultados dos períodos durante o prazo de locação. 3.1.5 Benefícios dos empregados (IAS 19) De acordo com o regime previsto no contrato colectivo de trabalho para o sector segurador, a COSEC assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias para complemento das reformas atribuídas pela Segurança Social, para todos os trabalhadores do quadro do pessoal efectivo admitidos na actividade seguradora até Junho de 1995. Para cobertura destas responsabilidades, a COSEC efectuou dotações para dois Fundos de Pensões abertos geridos pela BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. – o Fundo BPI Valorização e o Fundo BPI Segurança. No exercício de 2009, foi extinta a participação da COSEC no Fundo BPI Segurança. As restantes considerações encontram-se desenvolvidas na Nota n.º 23. 3.1.6 Princípio da especialização dos exercícios Os proveitos e os custos são reconhecidos contabilisticamente em função do período em que ocorrem as transacções que lhes estão subjacentes, independentemente do momento em que se efectuam os recebimentos e os pagamentos. 3.1.7 Terrenos e edifícios Em 1 de Janeiro de 2008, quer os imóveis quer de uso próprio, quer os imóveis de rendimento, foram mensurados pelo critério de justo valor, considerando o valor da última reavaliação efectuada como “deemed cost” 25 de cada edifício à data de transição. As amortizações de imóveis de uso próprio foram calculadas com referência a 1 de Janeiro de 2004, data de transição considerada para o reporte aos accionistas com participação qualificada. Os imóveis da COSEC são avaliados com a periodicidade anual, pelo seu valor de mercado, tendo sido utilizados o Método do Custo, o Método Comparativo e o Método do Rendimento. A COSEC utiliza dois modelos de mensuração distintos: Modelo de Revalorização Para os imóveis de uso próprio a COSEC utiliza o modelo de Revalorização, sendo as revalorizações positivas reflectidas na rubrica Reservas de Reavaliação – Ajustamentos de justo valor, e as revalorizações negativas, face ao custo de aquisição, registadas em ganhos em perdas. A COSEC regista em ganhos e perdas o valor da amortização dos edifícios de uso próprio pelo método de quotas constantes, considerando que só é amortizável o coeficiente correspondente à parte edificada do imóvel. De acordo com a última avaliação realizada para os edifícios de uso próprio, foi apurado que a quotaparte do valor do terreno no total do valor dos edifícios era representativa de 40% do seu valor e estimou-se que a vida útil residual dos imóveis corresponderia a 50 anos. Modelo de Justo Valor O modelo de Justo Valor é utilizado para os imóveis de rendimento, sendo a determinação do justo valor efectuada por um avaliador independente. As revalorizações, quer positivas, quer negativas, são reflectidas em ganhos e perdas do exercício. Os rendimentos e encargos dos imóveis são reconhecidos em ganhos e perdas conforme o enunciado na Nota n.º 3.1.6. 3.1.8 Ajustamentos para Recibos por Cobrar e para Cobranças Duvidosas O ajustamento para Recibos por Cobrar é calculado de acordo com o estipulado na Circular nº 9/2008, de 27 de Novembro, do Instituto de Seguros de Portugal, correspondendo ao valor dos recibos de prémios em contencioso no final do exercício, corrigido de uma percentagem média que pretende reflectir a parte líquida da seguradora nos prémios processados após dedução dos correspondentes prémios de resseguro cedido, comissões, impostos e provisão para prémios não adquiridos associados. O ajustamento para Cobranças Duvidosas é constituído relativamente aos créditos de cobrança duvidosa, de acordo com o respectivo risco de cobrança, incluindo o risco de incobrabilidade dos recibos por cobrar em situação de mora relativos a contratos cujas garantias não foram ainda anuladas pela COSEC. Regularmente, a COSEC procede à análise do risco de cobrabilidade dos recibos de prémios por cobrar registados em balanço, identificando e quantificando deste modo as perdas por imparidade a registar como “Ajustamentos de Recibos por Cobrar” (Nota 13). 3.1.9 Provisões para riscos e encargos Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos. 26 3.1.10 Encargos com férias e subsídio de férias Os encargos com férias e subsídio de férias dos colaboradores são registados quando se vence o direito aos mesmos. A respectiva estimativa encontra-se registada na rubrica “Acréscimos e diferimentos”, do passivo. 3.1.11 Conversão de saldos e transacções em divisas Os activos e passivos monetários em moeda estrangeira são convertidos para Euro às taxas de câmbio em vigor à data das demonstrações financeiras. Os proveitos e custos relativos a diferenças cambiais geradas pelas transacções em divisas registam-se no período em que ocorrem. As diferenças cambiais originadas pela actualização cambial dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira, à data das demonstrações financeiras, são também reflectidas na demonstração de ganhos e perdas. 4.Natureza e extensão das rubricas e dos riscos resultantes de contratos de seguro e activos de resseguro. 4.1 Provisões técnicas de seguro directo e de resseguro aceite Estas provisões foram calculadas em conformidade com a Norma n.º 19/94-R, de 6 de Dezembro, alterada pelas Normas n.º 3/96-R, n.º 4/98-R e n.º 12/2000-R, do ISP. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as provisões técnicas da COSEC estavam distribuídas como segue: Valores em euros 2009 Rubricas Seguro Directo Seguro Directo + Resseguro Aceite Resseguro Aceite Var. (09-08) % 2008 Valor Total Líquido de Resseguro Cedido Resseguro Cedido Seguro Directo Seguro Directo + Resseguro Aceite Resseguro Aceite Valor Total Total Líquido Líquido de de Resseguro Resseguro Cedido Cedido Resseguro Cedido PROVISÕES TÉCNICAS Provisão para Prémios não Adquiridos Custos aquisição diferidos Provisão para Sinistros Provisão para Desvios de Sinistralidade Provisão para Participação nos Resultados Provisão para Riscos em Curso TOTAL DAS PROVISÕES 1 872 110 62 281 1 934 391 (855 674) 1 078 716 2 080 305 (66 977) 0 (66 977) (72 149) 40 485 774 (17 640 732) 22 845 042 34 513 022 79 157 2 159 462 (955 249) 1 204 213 -10,42% 0 (72 149) 0 (72 149) -7,17% 3 745 872 38 258 894 (15 073 486) 23 185 409 -1,47% (66 977) 0 37 404 469 3 081 305 6 182 639 0 6 182 639 0 6 182 639 9 080 777 0 9 080 777 0 9 080 777 -31,92% 500 000 0 500 000 (200 000) 300 000 613 934 0 613 934 (245 573) 368 361 -18,56% 275 013 0 275 013 302 863 0 302 863 0 302 863 -9,20% 49 310 841 (18 696 406) 30 614 434 46 518 751 3 825 029 50 343 781 (16 274 308) 34 069 473 275 013 0 46 167 255 3 143 586 4.1.1 Provisão para prémios não adquiridos Reflecte a parte do prémio emitido antes do encerramento do exercício ainda não incorrida à data do balanço, com o objectivo de compensar os encargos futuros decorrentes dos contratos de seguro em vigor. É determinada, para cada contrato, por aplicação do método “pró-rata temporis” aos prémios brutos emitidos de Seguro Directo. Ao montante calculado são deduzidas as despesas de aquisição diferidas, que, em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, representavam, respectivamente, 3,6% e 3,5% dos prémios não adquiridos de Seguro Directo. 4.1.2 Provisão para sinistros Reflecte a estimativa das responsabilidades da COSEC por sinistros pendentes de liquidação à data do balanço, bem como das responsabilidades globais relativas aos sinistros já ocorridos e não declarados (IBNR). 27 O cálculo da provisão para IBNR é efectuado com base nas estimativas de Ultimate Loss Ratios (ULR) para cada ano de subscrição, efectuadas quer pelo Actuário-Responsável, quer por modelo interno. Os ajustamentos da provisão para IBNR são efectuados, por ano de subscrição, pela diferença positiva e negativa entre a taxa de sinistralidade estimada (ULR) e a taxa de sinistralidade real à data das demonstrações financeiras, aplicada aos prémios estimados (processados ou a processar) para cada ano de subscrição. A provisão para custos de gestão de sinistros destina-se a fazer face aos custos a incorrer com a gestão dos sinistros que se encontram pendentes de regularização à data das demonstrações financeiras, incluindo sinistros IBNR. Em 2009 e 2008, as provisões para sinistros da COSEC apresentaram o seguinte desenvolvimento: Valores em euros PROVISÃO PARA SINISTROS Provisão para Sinistros a 31/12/2007 Variação da Provisão em 2008 Provisão para Sinistros a 31/12/2008 Variação da Provisão em 2009 Provisão para Sinistros a 31/12/2009 SEGURO DIRECTO CRÉDITO 21 698 599 7 742 663 29 441 262 3 166 282 32 607 544 Prestações 8 032 450 10 129 742 18 162 192 5 582 312 23 744 504 IBNR 13 288 438 (2 500 153) 10 788 285 (2 416 030) 8 372 255 377 711 113 074 490 785 0 490 785 Custos de gestão de sinistros CAUÇÃO 4 455 622 616 137 5 071 760 (274 835) 4 796 925 Prestações 3 997 528 498 344 4 495 873 (168 341) 4 327 532 428 593 113 274 541 867 (106 494) 435 373 29 501 4 519 34 020 0 34 020 26 154 222 8 358 800 34 513 022 2 891 447 37 404 469 IBNR Custos de gestão de sinistros TOTAL RESSEGURO ACEITE CRÉDITO 1 431 720 (526 173) 905 547 (360 248) 545 298 Prestações 1 431 720 (531 289) 900 431 (363 513) 536 918 0 5 116 5 116 3 265 8 381 CAUÇÃO 3 327 283 (486 957) 2 840 326 (304 319) 2 536 007 Prestações 3 327 283 (564 274) 2 763 009 (329 462) 2 433 547 0 77 316 77 316 25 143 102 460 IBNR IBNR TOTAL 4 759 003 (1 013 131) 3 745 872 (664 567) 3 081 305 TOTAL S. DIRECTO + RESSEGURO ACEITE 30 913 225 7 345 669 38 258 894 2 226 880 40 485 774 RESSEGURO CEDIDO (9 236 693) (2 482 971) (11 666 648) (2 842 998) (14 509 645) Prestações CRÉDITO (3 921 317) (4 454 641) (8 322 944) (2 837 801) (11 160 744) IBNR (5 315 376) 1 971 670 (3 343 704) (5 197) (3 348 901) CAUÇÃO Prestações IBNR TOTAL TOTAL LÍQUIDO DE RESSEGURO CEDIDO 28 (3 116 850) (236 972) (3 406 838) 275 751 (3 131 087) (2 922 480) (232 036) (3 207 530) 299 666 (2 907 864) (194 370) (4 936) (199 308) (23 915) (223 223) (12 353 544) (2 719 942) (15 073 486) (2 567 246) (17 640 732) 18 559 681 4 625 727 23 185 409 (340 366) 22 845 042 4.1.3 Provisão para desvios de sinistralidade É calculada, no seguro directo, para os ramos de crédito e caução de acordo com o definido pelo ISP. As dotações anuais correspondem a 75% do resultado técnico de cada um dos ramos, a efectuar enquanto o valor da provisão não atingir 150% do montante anual mais elevado dos prémios brutos emitidos nos cinco exercícios precedentes, tendo como máximo anual para os ramos de crédito e caução, respectivamente 12% e 25% dos prémios brutos emitidos no exercício. Esta provisão é utilizada quando o resultado técnico de cada um dos ramos acima referidos é negativo. A COSEC não procede ao cálculo da provisão para desvios de sinistralidade para o resseguro aceite dado que o mesmo se encontra em situação de run-off desde 2006, inclusive, tendo a provisão sido anulada na totalidade nesse exercício. 4.1.4 Provisão para participação nos resultados A provisão para participação nos resultados regista a quota-parte referente ao exercício de 2009 e anteriores dos montantes estimados a pagar aos segurados, sob a forma de participação nos resultados, nos exercícios seguintes. É calculada, apólice a apólice, de acordo com os prémios e sinistros estimados. 4.1.5 Provisão para riscos em curso Destina-se a fazer face às situações em que os prémios processados não sejam suficientes para pagar as indemnizações e despesas imputáveis aos respectivos ramos técnicos. Esta provisão é calculada para o seguro directo e para o resseguro aceite com base nos rácios de sinistralidade, de cedência e de despesas, e na rentabilidade dos investimentos, de acordo com o definido pelo ISP. 4.1.6 Provisões técnicas de resseguro cedido Estas provisões são determinadas aplicando os mesmos critérios utilizados para o seguro directo que lhes deram origem, tendo em conta os tratados de resseguro. 4.2 Risco Específico de Seguro Considera-se como objecto da gestão do risco específico de seguro a minimização dos níveis de sinistralidade, decorrente dos riscos assumidos em apólices de crédito e caução. O modelo de Gestão do Risco aplicado na COSEC desenvolve-se segundo duas componentes: uma da área Comercial, que abrange a contratação a renovação e o acompanhamento das apólices e outra da área de Gestão do Risco, que engloba a subscrição o acompanhamento e a monitorização do risco, até à extinção das responsabilidades assumidas em cada apólice. 4.2.1 A subscrição do risco Ao nível da actuação da área Comercial, a subscrição do risco passa por uma análise prévia da qualidade do Tomador, ao nível do seu “rating”, bem como uma avaliação do perfil de potencial de sinistralidade da apólice, tendo em conta o risco do sector de actividade do futuro Tomador e o nível de cobertura atribuída a uma amostra dos seus clientes. 29 No que se refere à subscrição do risco, a cargo da área de Gestão do Risco, esta inicia-se com a fase de decisão do pedido de garantia. As regras são distintas consoante os pedidos se destinem ao mercado interno ou ao mercado externo. No mercado interno, os pedidos de garantia são decididos de duas formas: automaticamente, pelo Sistema de Informação (GADOR), quando se trate de pedidos unitários até determinado montante. Neste caso, a decisão é tomada segundo regras incorporadas no sistema, que são revistas regularmente. Nos casos em que sejam ultrapassados os limites de decisão automática, é efectuada uma análise casuística pelo analista de risco, com recurso a diversas fontes de informação disponibilizadas internamente na base de dados da Companhia. Na gestão do risco da COSEC são geridas e actualizadas as bases de dados de suporte à Gestão do Risco, recorrendo-se de uma forma permanente às seguintes fontes: • Informações de agências de informação comercial; • Informações bancárias; • Informações do Banco de Portugal, sobre incumprimentos ao nível de crédito concedido no sistema bancário, Apontes e Protestos; • Demonstrações Financeiras registadas no site do Ministério da Justiça ou enviadas pelas próprias entidades-risco; • Informações judiciais, relativas a acções judiciais intentadas em Portugal; • Informações internas, ao nível de processos de sinistros e de relação comercial; • Classificação de "rating" para cada entidade-risco; • Relatórios de visitas, efectuadas por analistas de risco e pela rede de colaboradores externos, às empresas de maior risco; • Registo interno de insolvências. No que respeita ao mercado externo, a COSEC recorre às congéneres do Grupo Euler Hermes, estabelecidas localmente, para avaliação, subscrição e acompanhamento do risco, celebrando para o efeito Service Level Agreements. Relativamente ao seguro caução, a subscrição do risco assenta na fixação de um plafond por entidade-risco/ grupo, após análise casuística efectuada pelos analistas de risco, em moldes semelhantes à análise efectuada para a subscrição do seguro de créditos. 4.2.2 A monitorização e o acompanhamento do risco A COSEC dispõe de um sistema de acompanhamento e monitorização do risco baseado em parâmetros de alertas de “vigilância activa”, que se encontra implementado no GADOR. O referido sistema tem como objectivo a detecção de informação considerada negativa, a partir da qual se produz um registo de alerta (“vigilância activa”) na base de dados da COSEC. Cada “vigilância activa”, processada automaticamente na base de dados da COSEC, é posteriormente analisada pelo Técnico de Análise de Risco e pode dar lugar, ou não, a uma alteração quer do “rating” da entidade, quer do plafond atribuído, com consequente redução/anulação das coberturas sobre essa entidade. Paralelamente a este sistema, a COSEC efectua um acompanhamento dos seus riscos por classe de “rating”, de acordo com modelo desenvolvido internamente. 30 4.2.3 O acompanhamento do risco e da sinistralidade Para o acompanhamento regular do risco e da sinistralidade, a COSEC recorre, entre outros, aos seguintes instrumentos: • Análise semanal das ameaças e participações de sinistro comunicadas à COSEC; • Análise de evolução dos níveis de recuperação nas fases pré e post pagamento do sinistro; • Análises de concentração e de exposição acumulada por apólice, “rating”, sector de actividade e país; • Estatísticas mensais de sinistralidade por ano de subscrição; • Avaliação actuarial mensal por ano de subscrição; • Análise de “Use Factor”, “Probability of Default” e “Gini Factor”. A partir do final de 2008 e durante o ano de 2009, em consequência da crise económica internacional, a COSEC implementou medidas, visando a adopção de uma política mais prudente de subscrição de risco. Estas medidas consistiram, designadamente, na não subscrição de risco ou redução da exposição nas entidades com “rating” mais fraco. 4.3 Risco de Mercado, de Crédito, de Liquidez e Operacional. 4.3.1 Risco de Mercado Para responder ao Risco de Mercado, a COSEC dispõe de uma Política de Investimentos que tem como objectivo obter um “portfolio” de investimentos conservador e diversificado, quer por tipo de activos (embora seja dada uma preferência clara à classe de Obrigações), quer por emitente. A Politica de Investimentos é definida e controlada pelo Comité Financeiro, com competências delegadas do Conselho de Administração. O acompanhamento do cumprimento da Política de Investimentos e da evolução da “performance” da gestão da carteira é efectuado mensalmente, ao nível da Direcção Financeira, e trimestralmente, ao nível do Comité Financeiro. O VaR de Mercado é acompanhado mensalmente pelo Gestor da Carteira. Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o detalhe dos instrumentos financeiros por tipo de exposição ao risco de taxa de juro apresentava o seguinte detalhe: Valores em euros 2009 Taxa Variável Taxa fixa 2008 Não sujeito a taxa de juro Total Taxa Variável Taxa fixa Não sujeito a taxa de juro Total ACTIVO Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 0 1 973 858 100 1 973 958 0 1 500 992 100 1 501 092 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 0 1 634 790 0 1 634 790 0 3 207 663 0 3 207 663 22 452 603 11 148 148 4 157 936 37 758 686 17 928 110 8 836 449 324 587 27 089 146 Empréstimos e contas a receber Activos disponíveis para venda 0 8 329 794 0 8 329 794 0 12 884 473 0 12 884 473 Outros devedores por operações de seguro e outras operações 0 0 5 986 197 5 986 197 0 0 6 660 279 6 660 279 22 452 603 23 086 590 10 144 233 55 683 426 17 928 110 26 429 576 6 984 966 51 342 652 Depósitos recebidos de resseguradores 0 34 032 0 34 032 0 103 961 0 103 961 Outros credores por operações de seguro e outras operações 0 0 5 063 927 5 063 927 0 0 3 161 608 3 161 608 0 34 032 5 063 927 5 097 959 0 103 961 3 161 608 3 265 569 PASSIVO A informação constante desta nota deverá ser analisada conjuntamente com a informação da Nota n.º 6.16. 31 4.3.2 Risco de Crédito O risco de crédito da Carteira de Investimentos é balizado pela Política de Investimentos definida pelo Comité Financeiro e acompanhado mensalmente, ao nível da Direcção Financeira, de acordo com o “rating” do emitente das obrigações em carteira. A 31 de Dezembro de 2009, o “rating” médio da Carteira de Investimentos era de “A” (”rating composite” da Bloomberg). O VaR de Crédito é acompanhado mensalmente pelo Gestor da Carteira. A informação quantitativa relativa à carteira de investimentos encontra-se detalhada no ponto 6.17 deste anexo. Ao nível do Resseguro, o Grupo Euler Hermes efectua um acompanhamento regular da capacidade financeira dos resseguradores que integram os Tratados de Resseguro da COSEC, bem como dos que tomam, em retrocessão, as coberturas que a COSEC colocou na resseguradora deste Grupo. A 31 de Dezembro de 2009, o “rating” mínimo apresentado pelos resseguradores que integravam os Tratados de 2009 da COSEC era superior a “A-“, sendo que 85% das responsabilidades estava colocada em resseguradores com “rating” igual ou superior a “AA-”. Valores em euros Rating Responsabilidades em Resseguro AA+ 28 298 AA 124 731 0,2% 0,7% AA- 14 860 101 84,2% A+ 580 465 3,3% A 559 995 3,2% A- 94 264 0,5% BBB- 26 070 0,1% N/ Definido 1 366 808 7,7% Total 17 640 732 100,0% 4.3.3 Risco de Liquidez A 31 de Dezembro de 2009, a COSEC apresentava cerca de 14% da sua carteira de investimentos investida em “Caixa e equivalentes” e 57% investidos em “Obrigações”, na sua grande maioria cotadas em mercados da UE. O risco de liquidez é aferido trimestralmente com recurso a estudos de ALM, analisados ao nível do Comité Financeiro, determinando os investimentos da COSEC. A informação constante desta nota deverá ser analisada conjuntamente com a informação da Nota n.º 6.16. 4.3.4 Risco Operacional No âmbito do Risco Operacional, a COSEC dispõe, de entre outros, dos seguintes mecanismos de mitigação/ controlo: 32 4.3.4.1 Seguros A COSEC dispõe de uma gama alargada de seguros de pessoas, bens e responsabilidade civil, que cobre a generalidade dos riscos a que está sujeita. O programa de seguros é estudado e acompanhado por um consultor externo. 4.3.4.2 Instruções de Serviço De forma a regulamentar o processo de decisão e assumpção de responsabilidades por parte da Companhia, a COSEC dispõe de uma Delegação de Competências, actualizada regularmente. Adicionalmente, no exercício de 2009 foram aprovadas Instruções de Serviço relativas ao Sistema de Gestão de Reclamações, Tratamento de Clientes e Política Anti-Fraude. Foram efectuadas acções de divulgação/formação das matérias objecto das Instruções de Serviço atrás referidas, bem como do Código de Conduta e do Procedimento de Comunicação de Irregularidades, já aprovados no ano anterior. 4.3.4.3 Plano de Emergência Em 2009 foi actualizado o Plano de Emergência Interno, composto por um plano de prevenção, um plano de actuação e um plano de evacuação em caso de emergência, que vem contribuir para a redução do risco “business continuity – natural disaster”. 4.3.4.4 Acesso físico às instalações A COSEC dispõe de uma Instrução de Serviço que regula o acesso físico às instalações da Companhia. Os Serviços Centrais da Companhia estão protegidos por uma empresa de segurança 24 horas por dia. 4.3.4.5 Acessos aos Sistemas de Informação A COSEC tem procedimentos escritos que regulam a criação e manutenção de utilizadores e “palavras-chave” de acesso às aplicações/sistemas informáticos. O Centro Informático tem acesso restrito, controlado por cartão magnético. A estrutura de rede da Companhia dispõe de “firewalls”, por software e hardware, para sua protecção. Adicionalmente, a COSEC dispõe de um antivírus centralizado, actualizado frequentemente. 4.3.4.6 Sistema de “Back-ups” De forma a fazer face à interrupção da actividade e a falhas nos sistemas, a COSEC dispõe de um sistema de “back-ups”, diários e semanais, devidamente documentado. Os “back-ups” semanais são depositados em cofre numa instituição bancária. 4.3.4.7 Registo de ocorrências Em 2008, a COSEC implementou um sistema de registo, classificação e acompanhamento de ocorrências de perdas, reais ou potenciais, decorrentes de danos em activos físicos ou pessoas, falhas em sistemas informá- 33 ticos ou interrupção da actividade, falhas na gestão e execução de procedimentos, fraude externa, fraude interna, violação dos deveres profissionais ou violação das normas laborais. Em 2009, manteve-se o registo de ocorrências no sistema criado para o efeito. O Comité de Gestão de Risco efectuou, nas suas reuniões, a análise dos registos efectuados, bem como das medidas tomadas em consequência das ocorrências em causa, conforme consta das respectivas actas. Estes registos foram também levados ao conhecimento da Comissão Executiva do Conselho de Administração e analisados nas reuniões periódicas entre esta Comissão e o Presidente do Comité de Gestão de Risco. 4.4 Política de Resseguro De forma a mitigar o risco específico de seguro, a COSEC subscreve dois Tratados de Resseguro proporcionais – Tratado de Quota-parte de Crédito e Tratado de Quota-parte de Caução – e um Tratado de Excedente de Sinistros de Crédito, para cobertura dos riscos extraordinários. A negociação destes Tratados é efectuada centralmente pelo Grupo Euler Hermes, com a respectiva colocação a obedecer aos critérios de selecção do Grupo Allianz. Os Tratados de Quota-parte e de Excedente de Sinistros de Crédito são colocados integralmente na Euler Hermes Re, que procede posteriormente à sua retro-cessão. O Tratado de Quota-parte de Caução è colocado no mercado, em resseguradores com Rating igual ou superior a “A”. 4.5 Perdas por imparidade de resseguro Não foram reconhecidas, no presente e no anterior exercício, quaisquer perdas por imparidade relativas a activos de resseguro. 4.6 Adequação dos prémios e das provisões De acordo com os cálculos de probabilidade realizados pelo Actuário-Responsável da COSEC, a partir de um intervalo de Confiança de 95% e utilizando as contas dos últimos sete anos, tudo aponta para que, ceteris paribus, as tarifas apresentem uma elevada probabilidade de serem suficientes, atendendo ao facto de ainda existir uma provisão para desvios de sinistralidade que poderá ser utilizada no exercício de 2010. Contudo, o rácio de 115% apresentado em 2009 para a Provisão para Riscos em Curso implicará que no exercício de 2010 terá de ser confirmada a actual evolução da sinistralidade, para aferição do grau de suficiência das tarifas, num cenário em que não se utilize a provisão para desvios de sinistralidade. Um cenário de manutenção do actual tarifário de prémios, não afectará, no entanto, o grau de solvabilidade da Companhia, cujo nível permitirá a absorção de prejuízos em 2011 e 2012. Ainda de acordo com as conclusões do Actuário-Responsável, a análise da evolução das provisões técnicas revelou a suficiência das mesmas após o seu cálculo via métodos estatísticos, estando os valores apresentados de acordo com a legislação em vigor. O Conselho de Administração da Companhia considera a política de tarifação de prémios adequada para a geração de receitas e suficiente para manter um elevado grau de solvabilidade e ainda que as provisões técnicas constituídas são suficientes para fazer face ao nível de sinistralidade previsto. 34 4.7 Rácios de sinistralidade e de despesas A COSEC procede ao cálculo e acompanhamento dos rácios de sinistralidade e de despesas de acordo com os seguintes critérios: • Rácio de sinistralidade – Resulta do quociente entre os custos com sinistros e os prémios adquiridos de seguro directo, líquidos de participação nos resultados. • Rácio de despesas – Resulta do quociente dos custos de aquisição e administrativos, de seguro directo, deduzidos dos proveitos técnicos relacionados com prestação de serviços a segurados e congéneres, sobre os prémios adquiridos de seguro directo, líquidos de participação nos resultados. O rácio combinado é o valor resultante da adição dos dois rácios anteriores. Rácio de sinistralidade 2009 2008 Var 09-08 (pp) 82,0% 87,6% -5,6 Rácio de despesas 18,6% 22,3% -3,8 Rácio Combinado 100,6% 109,9% -9,3 5. Passivos por contratos de investimento. Não aplicável. 6.Instrumentos financeiros. 6.1 Inventário de Participações e instrumentos financeiros. Conforme mapa Anexo 1. 6.7 Conforme o descrito na Nota n.º 6.16. 6.11 Conforme o descrito na Nota n.º 3. 6.16 Política de investimentos A política de investimentos da COSEC é aprovada pelo Conselho de Administração, o qual delega no Comité Financeiro a responsabilidade de analisar, acompanhar e controlar a aplicação/cumprimento da política de investimentos da companhia. A missão do Comité Financeiro é: • Efectuar a monitorização dos investimentos e dos riscos com eles relacionados; • Monitorizar o cash-flow e suas projecções; • Avaliar a performance dos investimentos financeiros da COSEC; • Determinar a estratégia de investimento a médio e longo prazo e monitorizar a sua implementação; • Supervisionar eventuais projectos de aquisição ou venda de participações e edifícios. O Comité Financeiro da COSEC tem a seguinte composição: • O Presidente do Conselho de Administração; • Representantes não executivos dos accionistas no Conselho de Administração. 35 O Comité Financeiro reúne pelo menos três vezes por ano, podendo se as circunstâncias o exigirem, serem agendadas reuniões ocasionais. A política de investimentos da COSEC cobre os riscos de mercado (incluindo os capitais próprios, taxa de juro e riscos cambiais), riscos de crédito em investimentos e riscos de liquidez. A estratégia global de investimentos da COSEC é definida de forma a permitir uma gestão precisa e prudente de activos e passivos, respeitando as seguintes regras: • Todas as provisões técnicas, dívidas de longo prazo e passivos por impostos diferidos devem ser cobertos por investimentos de rendimento fixo com “rating” mínimo de “A”; • A carteira financeira deverá ter um mínimo de aplicações de curto prazo (inferior a um ano) que permita cobrir qualquer deficit de liquidez devido ao agravamento do rácio combinado até aos 120%; Os derivados só poderão ser usados para cobrir um activo existente, mas a sua utilização terá de ser objecto de aprovação prévia do Comité Financeiro. A carteira de obrigações deverá garantir um fluxo regular de rendimento a médio prazo com um risco mínimo. Não se destina a obter mais valias nem a assumir riscos. É de acordo com este princípio que as maturidades desta carteira de obrigações deverão ter uma distribuição equitativa. É necessário um “rating“ mínimo de curto prazo de “A1-P1” no risco de contraparte e em papel de curto prazo. A carteira de obrigações deverá ser composta maioritariamente por obrigações do Estado, embora também possa incluir empresas de primeira categoria (com limites específicos que deverão ser fixados e analisados pelo Comité Financeiro). O “rating” mínimo das obrigações adquiridas pela COSEC para cobrir o passivo de longo prazo deverá ser de “A”. No sentido de evitar prejuízos, e sempre que possível, deverá ser mantida uma margem de mais valias não realizadas de 15% do valor de mercado da carteira de Acções. Por isso, as mais valias não deverão ser realizadas e não se deverá aumentar a exposição em acções se tal resultar num nível de mais valias não realizadas abaixo dessa fasquia. Os benchmarks das carteiras são fixados pelo Comité Financeiro. A carteira da COSEC deverá ter um perfil de risco muito próximo dos referidos benchmarks em termos de duration e volatilidade. A alocação de activos é determinada pelo Comité Financeiro, com base no perfil de passivo da Companhia e a sua capacidade financeira, com vista a assegurar o cumprimento dos requisitos regulamentares locais. Para o cálculo da alocação de activos, a carteira de investimentos é considerada como um todo e dividida por classes de activos – obrigações, acções, caixa e equivalentes, e imóveis. A classe de imóveis deverá ser limitada a edifícios de uso próprio. Relativamente ao resto da carteira, a alocação de activos deverá tender para: Classe de activo Acções Caixa e equivalentes Obrigações 36 Alocação Máximo 14% da carteira Máximo 15% da carteira Mínimo 61% da carteira A distribuição da carteira de títulos por sector de actividade, o perfil de risco e a volatilidade deverão obedecer ao benchmark, a menos que o Comité Financeiro decida noutro sentido. A exposição por sector de actividade deverá ser mantida dentro do limite de +/- 3% do benchmark. Nenhum investimento em acções deverá exceder 10% do valor de mercado da carteira de acções e deverá ser evitado sempre que possível o investimento em “small caps”. Os gestores da carteira de acções deverão preferir o uso de fundos em vez de participações directas. As participações num único fundo não deverão exceder 20% do valor total dos fundos. A rotação de acções (asset turnover) deverá ser limitada a 50% do valor de mercado da carteira, a menos que o Comité Financeiro decida noutro sentido. A rotação de acções é definida como sendo o rácio entre o total de aquisições e vendas a preços de mercado ao longo de um ano dividido pelo valor médio anual de mercado da carteira. Não podem ser feitos investimentos em obrigações com rating inferior a “A-“. Pelo menos 75% da carteira de obrigações deverão ser constituídos por obrigações do Estado. Os outros 25% podem ser investidos em Fundos de Obrigações. Deverá ser evitada qualquer exposição em obrigações Corporate. As obrigações Corporate poderão fazer parte dos 25% investidos nos Fundos de Obrigações, mas o seu peso global deverá estar limitado a 25% do total investido em Fundos de Obrigações e o respectivo rating ser superior a “A”. Definição de Derivados É considerado derivado, para efeitos da política de investimentos da COSEC: • Qualquer contrato de futuros, num mercado financeiro organizado ou no mercado sem cotação (incluindo: futuros de índices, divisas e taxas de juro de outros produtos subjacentes); • Qualquer contrato de opções relacionado com um produto financeiro emitido num mercado financeiro organizado ou no mercado sem cotação (inclui opções e certificados emitidos por bancos). Mercados autorizados Os investimentos da Companhia só deverão ser efectuados em títulos de grande liquidez transaccionados em mercados organizados. A decisão dos mercados autorizados compete ao Comité Financeiro. Risco de Câmbio Em circunstâncias normais, os investimentos são feitos em moedas/divisas equivalentes às das responsabilidades da Companhia. O matching dos activos e passivos em divisas é controlado e reportado regularmente ao Comité Financeiro. As estratégias relativas a situações com desvios significativos são discutidas, analisadas e aprovadas pelo Comité Financeiro. A política de investimentos atrás descrita foi definida no início de 2008 pelo que a carteira de investimentos se encontra em fase de convergência com os requisitos definidos. A gestão da carteira de investimentos financeiros é efectuada em regime de Outsourcing pelo BPI Gestão de Activos, no âmbito de Contrato de Gestão celebrado para o efeito. 37 6.17 Informação quantitativa relativa à exposição e origem dos riscos nos investimentos financeiros A 31 de Dezembro de 2009, a carteira de obrigações da COSEC apresentava a seguinte composição por nível de “rating”: Rating Composite Montante em Euro % Obrigações % Carteira de Investimentos VaR Mercado VaR Crédito AAA 12 974 996 37,3% 19,3% 163 471 4 195 1,61 2,78 AA+ 499 525 1,4% 0,7% 152 200 1,62 0,20 1,93 Yield Médio Duration média AA 1 913 204 5,5% 2,8% 16 764 3 850 2,38 AA- 6 569 174 18,9% 9,8% 64 520 5 109 2,25 2,17 A+ 776 825 2,2% 1,2% 7 042 1 024 2,10 2,16 A 2 792 608 8,0% 4,2% 1 332 9 376 3,39 0,30 A- 1 133 950 3,3% 1,7% 222 2 647 1,86 0,18 BBB+ 6 269 148 18,0% 9,3% 23 145 28 374 3,29 0,91 BBB 252 575 0,7% 0,4% 81 615 1,95 0,24 BB+ 1 250 912 3,6% 1,9% 382 5 657 0,00 0,20 BB- 196 954 0,6% 0,3% 55 2 821 10,11 0,15 CCC 103 438 0,3% 0,2% 780 15 774 12,77 1,82 7 349 0,0% 0,0% 0 28 0,00 0,00 34 740 658 100,0% 51,8% 277 948 79 668 2,36 1,89 ND A 31 de Dezembro de 2009, a carteira de obrigações da COSEC apresentava a seguinte composição por nível de Maturidade: Maturidade activa Montante em Euro % Obrigações % Carteira de Investimentos VaR Mercado VaR Crédito Yield Médio Duration média 0,41 < 1 ano 7 560 824 21,8% 11,3% 2 414 26 782 1,50 1 - 3 anos 11 544 938 33,2% 17,2% 55 490 15 900 1,95 1,25 3 - 7 anos 10 903 972 31,4% 16,2% 186 713 11 374 3,00 3,38 7 - 11 anos 2 984 102 8,6% 4,4% 30 393 3 538 3,30 2,90 > 11 anos 1 746 821 5,0% 2,6% 2 938 22 074 2,45 1,32 34 740 658 100,0% 51,8% 277 948 79 668 2,36 1,89 A 31 de Dezembro de 2009, a carteira da COSEC incluía ainda 240.000 Euro de acções não afectas e 3.917.936 Euro de Unidades de participação em Fundos de Investimento Mobiliário. A 31 de Dezembro de 2008, a carteira de obrigações da COSEC apresentava a seguinte composição por nível de “rating”: Rating Composite Montante em Euro % Obrigações % Carteira de Investimentos VaR Mercado VaR Crédito Yield Médio AAA 14 766 549 50,1% 23,4% 422 143 3 553 2,62 4,14 AA- 1 086 678 3,7% 1,7% 24 083 488 4,75 3,35 A+ 1 751 198 5,9% 2,8% 2 767 9 606 8,45 0,16 A 2 130 768 7,2% 3,4% 11 685 4 055 5,63 0,67 A- 3 073 407 10,4% 4,9% 5 952 28 827 7,09 0,27 BBB+ 3 282 324 11,1% 5,2% 18 424 10 344 8,18 0,94 BBB 1 804 035 6,1% 2,9% 2 532 8 979 6,30 0,16 BBB- 389 960 1,3% 0,6% 521 506 4,40 0,28 BB+ 1 201 000 4,1% 1,9% 1 586 10 752 12,40 0,20 14 699 0,0% 0,0% 19 18 0,00 0,40 29 500 618 100,0% 46,8% 489 713 77 128 4,96 2,41 ND 38 Duration média A 31 de Dezembro de 2008, a carteira de obrigações da COSEC apresentava a seguinte composição por nível de Maturidade: Maturidade activa < 1 ano Montante em Euro % Obrigações % Carteira de Investimentos VaR Mercado VaR Crédito Yield Médio Duration média 0,18 2 433 711 8,2% 3,9% 3 196 11 255 10,41 1 - 3 anos 8 765 405 29,7% 13,9% 65 521 23 732 4,45 1,06 3 - 7 anos 9 447 641 32,0% 15,0% 229 328 28 697 3,53 3,06 7 - 11 anos 7 270 780 24,6% 11,5% 183 704 5 226 4,03 4,25 1 583 081 5,4% 2,5% 7 964 8 218 12,35 0,71 29 500 618 100,0% 46,8% 489 713 77 128 4,96 2,41 > 11 anos A 31 de Dezembro de 2008, a carteira da COSEC incluía ainda 125.000 Euro de acções não afectas e 196.868 Euro de papel comercial. A metodologia que serviu de base ao cálculo dos itens dos quadros acima divulgados resume-se ao seguinte: Na distribuição dos activos por rating, foi utilizado o Rating composite da Bloomberg. Na distribuição por maturidades foram utilizados os valores das maturidades activas, tendo sido incluídas no prazo inferior a um ano todas as obrigações de taxa variável. Na componente “VaR de Mercado”, foi considerada a perca máxima num intervalo de confiança de 99%, num horizonte temporal de 1 mês, com base na volatilidade do preço título/benchmark nos últimos 30 dias. A componente VaR Crédito corresponde ao Montante em carteira * probabilidade de incumprimento de um ano * (1-0,02), assumindo-se uma taxa de recuperação de 20%. A componente Yield foi apurada considerando o valor dos rendimentos sobre o quociente do preço de mercado dos activos, excluindo os ganhos e perdas de capital. 39 Em 31 de Dezembro de 2009 a carteira de investimentos apresentava a seguinte decomposição: Valores em euros 2009 Categoria do investimento Valor aquisição Custo amortizado Valorização Juros a receber Amortizações Imparidade Valor de Balanço Investimentos afectos às Provisões Técnicas 69 879 093 (119 165) (1 538 514) 504 157 (678 384) (147 265) 67 899 922 Terrenos e edifícios 20 747 000 0 (525 000) 0 (678 384) 0 19 543 616 De uso próprio 9 422 000 0 0 0 (678 384) 0 8 743 616 De rendimento 11 325 000 0 (525 000) 0 0 0 10 800 000 Activos financeiros classificados ao justo valor por ganhos e perdas 1 697 560 0 (73 528) 10 758 0 0 1 634 790 Títulos de dívida 1 697 560 0 (73 528) 10 758 0 0 1 634 790 Obrigações 1 697 560 0 (73 528) 10 758 0 0 1 634 790 38 233 628 (119 165) (939 986) 484 055 0 (147 265) 37 511 267 Investimentos em outras participadas e participantes 1 541 934 (3 452) (171 520) 2 306 0 0 1 369 268 Títulos de dívida e Out. Empréstimos 1 541 934 (3 452) (171 520) 2 306 0 0 1 369 268 Obrigações 1 541 934 (3 452) (171 520) 2 306 0 0 1 369 268 3 906 064 0 11 872 0 0 0 3 917 936 Activos disponíveis para venda Instrumentos capital e unidades de participação Acções 0 0 0 0 0 0 0 3 906 064 0 11 872 0 0 0 3 917 936 32 785 630 (115 713) (780 339) 481 750 0 (147 265) 32 224 063 Obrigações do Tesouro 18 127 902 (104 563) 425 646 353 101 0 0 18 802 086 Outros Emissores 14 657 728 (11 150) (1 205 985) 128 649 0 (147 265) 13 421 977 Obrigações 14 657 728 (11 150) (1 205 985) 128 649 0 (147 265) 13 421 977 0 0 0 0 0 0 0 8 320 600 0 0 9 195 0 0 8 329 794 310 600 0 0 0 0 0 310 600 8 010 000 0 0 9 195 0 0 8 019 195 Depósitos à ordem em instituições de crédito 880 305 0 0 149 0 0 880 454 Investimentos não afectos às Provisões Técnicas 248 154 (0) (804) 69 0 0 247 419 Activos financeiros ao justo valor por ganhos e perdas detidos para negociação 0 0 0 0 0 0 0 Futuros 0 0 0 0 0 0 0 Unidades de Participação Títulos de dívida Papel Comercial Empréstimos concedidos e contas a receber Dep. Junto de empresas cedentes Depósitos a prazo Forwards Câmbiais 0 0 0 0 0 0 0 Activos disponíveis para venda 248 154 (0) (804) 69 0 0 247 419 Instrumentos capital e Unidades Participação 239 699 0 301 0 0 0 240 000 Acções 239 699 0 301 0 0 0 240 000 Títulos de dívida 8 455 (0) (1 105) 69 0 0 7 419 Outros Emissores 8 455 (0) (1 105) 69 0 0 7 419 Obrigações 8 455 (0) (1 105) 69 0 0 7 419 70 127 247 (119 165) (1 539 319) 504 226 (678 384) (147 265) 68 147 341 Total a) Nos terrenos e edifícios o valor de aquisição corresponde ao Deemed Cost em 01/01/2008 40 Em 31 de Dezembro de 2008 a carteira de investimentos apresentava a seguinte decomposição: Valores em euros 2008 Categoria do investimento Valor aquisição Custo amortizado Valorização Juros a receber Amortizações Imparidade Valor de Balanço Investimentos afectos às Provisões Técnicas 66 903 958 (254 330) (2 755 588) 615 918 (565 320) (577 093) 63 367 544 Terrenos e edifícios 20 747 000 0 (525 000) 0 (565 320) 0 19 656 680 De uso próprio 9 422 000 0 0 0 (565 320) 0 8 856 680 De rendimento 11 325 000 0 (525 000) 0 0 0 10 800 000 Activos financeiros classificados ao justo valor por ganhos e perdas 3 355 435 0 (169 613) 21 841 0 0 3 207 663 Títulos de dívida 3 355 435 0 (169 613) 21 841 0 0 3 207 663 Obrigações 3 355 435 0 (169 613) 21 841 0 0 3 207 663 29 389 364 (254 330) (2 060 975) 452 342 0 (577 093) 26 949 308 Investimentos em outras participadas e participantes 1 551 750 (9 816) (157 986) 5 826 0 0 1 389 774 Títulos de dívida e Out. Empréstimos 1 551 750 (9 816) (157 986) 5 826 0 0 1 389 774 Obrigações 1 551 750 (9 816) (157 986) 5 826 0 0 1 389 774 Instrumentos capital e unidades de participação 0 0 0 0 0 0 0 Acções 0 0 0 0 0 0 0 Unidades de Participação 0 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida 27 837 614 (244 514) (1 902 989) 446 516 0 (577 093) 25 559 534 Obrigações do Tesouro 15 257 840 (252 402) 857 359 324 817 0 0 16 187 614 Outros Emissores 12 579 774 7 887 (2 760 348) 121 699 0 (577 093) 9 371 920 Obrigações 12 382 906 7 887 (2 760 348) 118 981 0 (577 093) 9 172 333 196 868 0 0 2 719 0 0 199 587 12 745 893 0 0 138 580 0 0 12 884 473 382 893 0 0 0 0 0 382 893 12 363 000 0 0 138 580 0 0 12 501 580 666 266 0 0 3 155 0 0 669 421 300 300 300 300 300 300 1 802 Activos financeiros ao justo valor por ganhos e perdas detidos para negociação 0 0 0 0 0 0 0 Futuros 0 0 0 0 0 0 0 Activos disponíveis para venda Papel Comercial Empréstimos concedidos e contas a receber Dep. Junto de empresas cedentes Depósitos a prazo Depósitos à ordem em instituições de crédito Investimentos não afectos às Provisões Técnicas Forwards Câmbiais 0 0 0 0 0 0 0 300 300 300 300 300 300 1 802 Instrumentos capital e Unidades Participação 0 0 0 0 0 0 0 Acções 0 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida 300 300 300 300 300 300 1 802 Outros Emissores 300 300 300 300 300 300 1 802 Obrigações 300 300 300 300 300 300 1 802 66 904 258 (254 030) (2 755 288) 616 218 (565 020) (576 792) 63 369 346 Activos disponíveis para venda Total a) Nos terrenos e edifícios o valor de aquisição corresponde ao Deemed Cost em 01/01/2008 41 As variações de justo valor reconhecidas em ganhos e perdas e em capital próprio em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, decompõem-se conforme o quadro anexo: Valores em euros 2009 2008 Variação em Capital Próprio Ganhos e Perdas a) Variação Total Variação em Capital Próprio Ganhos e Perdas a) Variação Total VARIAÇÃO DE JUSTO VALOR DOS ACTIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS AO JUSTO VALOR POR GANHOS E PERDAS 0 104 813 104 813 0 (221 804) (221 804) Investimentos afectos às Provisões Técnicas 0 104 813 104 813 0 (221 804) (221 804) Terrenos e edifícios 0 0 0 0 (25 000) (25 000) De rendimento 0 0 0 0 (25 000) (25 000) Activos financeiros classificados ao justo valor por ganhos e perdas 0 104 813 104 813 0 (196 804) (196 804) Títulos de dívida 0 104 813 104 813 0 (196 804) (196 804) Obrigações 0 104 813 104 813 0 (196 804) (196 804) VARIAÇÃO DE JUSTO VALOR DE ACTIVOS DISPONÍVEIS PARA VENDA 1 122 094 223 612 1 345 706 (680 468) (2 942 918) (3 623 386) Investimentos afectos às Provisões Técnicas TIPO DE INSTRUMENTO 1 120 989 223 612 1 344 601 (681 573) (2 870 478) (3 552 051) Investimentos em outras participadas e participantes (13 534) 2 356 (11 177) (91 611) (3 282) (94 893) Obrigações (13 534) 2 356 (11 177) (91 611) (3 282) (94 893) 11 872 0 11 872 53 927 (2 024 583) (1 970 656) 0 0 0 51 851 (309 613) (257 762) 11 872 0 11 872 2 076 (1 714 970) (1 712 894) Instrumentos capital e unidades de participação Acções Unidades de Participação Títulos de dívida 1 122 651 221 255 1 343 906 (643 889) (842 613) (1 486 502) Obrigações do Tesouro (431 712) 504 321 72 608 833 109 51 767 884 876 Outros Emissores 1 554 363 (283 065) 1 271 298 (1 476 998) (894 380) (2 371 378) 1 105 (0) 1 105 1 105 (72 440) (71 335) Activos financeiros ao justo valor por ganhos e perdas detidos para negociação 0 0 0 0 (72 440) (72 440) Futuros 0 0 0 0 (72 440) (72 440) Instrumentos capital e Unidades de Participação 0 0 0 0 0 0 Acções 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida 1 105 (0) 1 105 1 105 0 1 105 Outros Emissores 1 105 (0) 1 105 1 105 0 1 105 1 122 094 328 425 1 450 519 (680 468) (3 164 722) (3 845 190) Investimentos não afectos às Provisões Técnicas VARIAÇÃO DE JUSTO VALOR TOTAL a) Inclui as variações de justo valor por ganhos e perdas e as mais e menos valias realizadas Os valores das variações de justo valor dos activos financeiros, foram apurados conforme o descrito no ponto 3.1.1. 42 Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o valor de balanço e o justo valor dos instrumentos financeiros valorizados ao custo amortizado ou ao custo histórico era o seguinte: Valores em euros 2009 2008 Valor de Balanço Justo Valor Diferença Valor de Balanço Justo Valor Diferença Activo Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 1 973 958 1 973 958 0 1 501 092 1 501 092 0 Activos disponíveis para venda 240 000 240 000 0 125 000 125 000 0 Empréstimos e contas a receber 8 329 794 8 329 794 0 12 884 473 12 884 473 0 Total 10 543 753 10 543 753 0 14 510 565 14 510 565 0 Depósitos recebidos de resseguradores 34 032 34 032 0 103 961 103 961 0 Total 34 032 34 032 0 103 961 103 961 0 Passivo As regras base utilizadas no cálculo do justo valor destes instrumentos financeiros foram os seguintes; • “Caixa e seus equivalentes e depósitos à Ordem” – Valor registado em balanço, dado que essa rubrica é constituída na grande maioria por depósitos à vista; • “Empréstimos e contas a receber”: – Depósitos a prazo – Valor de balanço, já que os depósitos que constituem esta rubrica são na grande maioria depósitos de curto prazo. – Depósitos junto de empresas resseguradas – Valor de balanço, já que os depósitos que constituem esta rubrica são na grande maioria depósitos de curto prazo. • “Depósitos recebidos de resseguradores – Valor de balanço, atendendo a que correspondem a depósitos, cujo valor é revisto segundo uma periodicidade mínima anual, os quais correspondem a provisões retidas a resseguradores. Risco de liquidez Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os cash-flows previonais (não descontados) dos instrumentos financeiros, segundo a sua maturidade contratual, apresentavam a seguinte distribuição: Valores em euros 2009 Até 1 mês Até 3 meses de 3 a 6 meses de 6 meses a 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Entre Entre 5 e 10 anos 10 e 20 anos Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 1 973 958 0 0 0 0 0 0 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 0 16 063 1 293 175 0 24 178 48 355 Indeterminado Total 0 0 1 973 958 412 089 0 0 1 793 860 Activo Activos disponíveis para venda 122 860 85 703 2 257 477 4 839 216 11 871 221 7 185 568 7 570 134 1 460 712 4 157 936 39 550 827 Empréstimos e contas a receber 8 329 794 0 0 0 0 0 0 0 0 8 329 794 Total 10 426 612 101 766 3 550 653 4 839 216 11 895 398 7 233 923 7 982 222 1 460 712 4 157 936 51 648 439 Depósitos recebidos de resseguradores 0 0 0 34 032 0 0 0 0 0 34 032 Total 0 0 0 34 032 0 0 0 0 0 34 032 Passivo 43 Valores em euros 2008 Até 1 mês Até 3 meses de 3 a 6 meses de 6 meses a 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Entre Entre 5 e 10 anos 10 e 20 anos Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 1 501 092 0 0 0 0 0 0 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 416 488 38 891 1 263 539 9 174 1 331 785 24 178 Indeterminado Total 0 0 1 501 092 448 355 0 0 3 532 410 Activo Activos disponíveis para venda 318 092 142 081 186 494 1 320 273 9 175 591 5 522 992 13 152 486 2 158 645 125 000 32 101 654 Empréstimos e contas a receber 12 884 473 0 0 0 0 0 0 0 0 12 884 473 Total 15 120 146 180 973 1 450 032 1 329 447 10 507 376 5 547 170 13 600 841 2 158 645 125 000 50 019 629 Depósitos recebidos de resseguradores 0 0 0 103 961 0 0 0 0 0 103 961 Total 0 0 0 103 961 0 0 0 0 0 103 961 Passivo Os saldos apresentados nos quadros não são comparáveis com os saldos contabilísticos, dado que incluem fluxos de caixa projectados e não se encontrarem descontados. O apuramento dos cash-flows previsionais dos instrumentos financeiros foi determinado por forma a cumprir os requisitos de divulgação aplicáveis. Os principais pressupostos que foram utilizados no apuramento dos fluxos previsionais, foram os seguintes: –As disponibilidades de caixa e depósitos à ordem foram classificadas como “liquidez imediata” e com maturidade “até 1 mês”; –Os instrumentos de capital foram classificados com maturidade “Indeterminado”; –Os fluxos de capital e juros relativos aos títulos de dívida foram alocados na maturidade consoante o seu vencimento, até uma maturidade máxima de 20 anos. Relativamente aos cash-flows dos títulos de dívida perpétua, apenas foram considerados os valores dos fluxos dos seus juros, respeitando o nível máximo de maturidade a reportar. –Os depósitos a prazo e os depósitos sobre empresas cedentes incluídos na rubrica “Empréstimos e contas a receber” foram considerados como “liquidez de curto prazo”, tendo sido classificados com maturidade “até 1 mês”; –Os depósitos recebidos de resseguradores correspondem a provisões retidas a resseguradores, no âmbito dos tratados de resseguro em vigor, renovados no início de cada exercício, pelo que foram classificados como maturidade de “6 meses a 1 ano”. 7.Investimentos em filiais e associadas. As demonstrações financeiras da COSEC são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Banco BPI, com sede na Rua Tenente Valadim, n.º 284, 4100-476 Porto, e da Euler Hermes SFAC, com sede na Rue Euler, n.º 1, 75008 Paris, França, através do método da Equivalência Patrimonial, correspondendo o valor da participação a uma percentagem do capital, reservas e resultados equivalente à percentagem da participação, directa ou indirecta, destas entidades na COSEC. 44 8.Caixa e equivalentes e depósitos à ordem. 8.1 Caixa e seus equivalentes de depósitos à ordem e sua reconciliação. A reconciliação dos componentes de caixa e seus equivalentes encontra-se detalhada na Nota n.º 30 deste Anexo. 9. Terrenos e edifícios. 9.1 Modelo de valorizado aplicado. Para os imóveis de uso próprio adoptou-se o modelo de Revalorização, sendo a determinação do justo valor efectuada por um avaliador independente. Para os imóveis de rendimento adoptou-se o modelo de Justo Valor sendo a determinação do seu justo valor efectuada por um avaliador independente. 9.2 Critérios utilizados para distinguir os imóveis de uso próprio dos imóveis de rendimento. Os imóveis de uso próprio são aqueles que são ocupados pelos serviços da COSEC, no âmbito da sua actividade. Encontram-se nesta situação os imóveis da Av. Da República, 58, em Lisboa, e da Rua Gonçalo Sampaio, no Porto. Os restantes imóveis da COSEC são considerados imóveis de rendimento. 9.3 Os imóveis de rendimento foram avaliados em 2009 por dois avaliadores independentes. 9.4 Para a determinação do Valor de Mercado dos imóveis, foram utilizados o Método do Custo, o Método Comparativo e o Método do Rendimento. 9.5 Reconciliação entre as quantias escrituradas dos terrenos e edifícios no início e no final do período. Em 1 de Janeiro de 2008, quer os imóveis de uso próprio, quer os imóveis de rendimento, foram mensurados pelo critério de justo valor, considerando o valor da última reavaliação efectuada como “deemed cost” de cada edifício à data de transição. As amortizações de imóveis de uso próprio foram calculadas com referência a 1 de Janeiro de 2004, data de transição considerada para o reporte aos accionistas com participação qualificada. A COSEC procede à amortização dos edifícios de uso próprio pelo método de quotas constantes, considerando que só é amortizável o coeficiente correspondente à parte edificada do imóvel. De acordo com a última avaliação realizada para os edifícios de uso próprio, foi apurado que a quota-parte do valor do terreno no total do valor dos edifícios era representativa de 40% do seu valor e estimou-se que a vida útil residual do imóvel corresponderia a 50 anos. Por conseguinte, a taxa de depreciação utilizada foi de 2% ao ano. 45 Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, a rubrica “Terrenos e Edifícios” apresenta a seguinte composição: Valores em euros 31/12/2007 Rubricas Reavaliações e Diminuições de Valor Valor de Balanço 31/12/2008 Reavaliações e Diminuições de Valor Valor de Balanço 31/12/2009 Valor de Balanço DE SERVIÇO PRÓPRIO TERRENOS 0 0 0 0 0 EDIFÍCIOS 9 422 000 0 9 422 000 0 9 422 000 Av. da República nº 58 8 592 000 0 8 592 000 0 8 592 000 Rua Gonçalo Sampaio - 3º. Dto 830 000 0 830 000 0 830 000 TERRENOS 0 0 0 0 0 EDIFÍCIOS 10 825 000 (25 000) 10 800 000 0 10 800 000 Av. 5 de Outubro 4 200 000 0 4 200 000 0 4 200 000 Rua Bernardo Lima 2 400 000 (25 000) 2 375 000 0 2 375 000 Entre-Cantos 2 750 000 0 2 750 000 0 2 750 000 Av. da República nº 60 1 475 000 0 1 475 000 0 1 475 000 TOTAL 20 247 000 (25 000) 20 222 000 0 20 222 000 DE RENDIMENTO Em 2009, o movimento de amortizações relativo aos imóveis de uso próprio da COSEC encontra-se detalhado no quadro seguinte: Valores em euros Saldo Inicial Rubricas Valor Balanço Amortizações do exercício Amortizações Acumuladas Reavaliações e Diminuições de Valor Alienações Reforço Regularizações Saldo Final EDIFÍCIOS 9 422 000 565 320 0 0 113 064 0 8 743 616 Av. da República nº 58 8 592 000 515 520 0 0 103 104 0 7 973 376 Rua Gonçalo Sampaio - 3.º Dto 830 000 49 800 0 0 9 960 0 770 240 Total 9 422 000 565 320 0 0 113 064 0 8 743 616 Em 2008, o movimento de amortizações relativo aos imóveis de uso próprio da COSEC encontra-se detalhado no quadro seguinte: Valores em euros Saldo Inicial Rubricas Valor Balanço Amortizações do exercício Amortizações Acumuladas Reavaliações e Diminuições de Valor Alienações Reforço Regularizações Saldo Final EDIFÍCIOS 9 422 000 452 256 0 0 113 064 0 8 856 680 Av. da República nº 58 8 592 000 412 416 0 0 103 104 0 8 076 480 Rua Gonçalo Sampaio - 3.º Dto 830 000 39 840 0 0 9 960 0 780 200 Total 9 422 000 452 256 0 0 113 064 0 8 856 680 10.Outros activos fixos tangíveis (excepto terrenos e edifícios). Os activos fixos tangíveis são registados pelo seu custo de aquisição e as amortizações são efectuadas por quotas constantes seguindo as regras enunciadas na Nota n.º 3. Os activos fixos tangíveis em curso só iniciam o processo de depreciação após a sua data de entrada em funcionamento na actividade da Companhia. 46 Em 2009, o movimento relativo aos activos fixos tangíveis da COSEC encontra-se detalhado no quadro seguinte: Valores em euros Saldo Inicial Rubricas Aumentos/ (Diminuições) Valor Bruto Amortizações Aquisições Reavaliações Transfe rências Abates Amortizações do exercício Transfe rências e abates Regulari zações Alienações Regulari zações Reforço Saldo Final EQUIPAMENTO 8 227 406 8 062 601 1 783 0 0 0 0 0 0 71 300 0 Máquinas e ferramentas Equipamento administrativo 572 962 516 070 521 0 (194) 5 631 0 5 437 0 22 694 (194) 40 351 Equipamento informático 685 224 436 216 19 498 0 (121 840) 190 396 0 68 556 0 161 851 (121 840) 297 052 Instalações interiores 1 481 145 856 937 2 775 0 0 0 0 0 0 76 486 0 550 498 Material de transporte 48 977 48 977 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 129 1 129 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 684 25 608 435 0 (554) 0 0 (554) 0 139 (554) 371 11 042 527 9 947 537 25 013 0 (122 589) 196 027 0 73 438 0 332 469 (122 589) 983 560 248 114 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 248 114 248 114 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 248 114 85 838 85 838 Equipamento hospitalar Outro Equipamento sub-total PATRIMÓNIO ARTÍSTICO sub-total 95 289 EQUIPAMENTO EM LOCAÇÃO FINANCEIRA Equipamento administrativo Máquinas e ferramentas 0 Equipamento informático 35 162 Instalações interiores 0 Material de transporte 159 844 Equipamento hospitalar 35 162 159 844 0 Outro Equipamento 0 sub-total 280 844 280 844 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (3 087) 0 0 (3 087) 0 0 (3 087) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (23 502) 0 0 (23 502) (51 600) 0 (75 102) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (26 588) 0 0 (26 588) (51 600) 0 (78 188) 0 ACTIVOS TANGÍVEIS EM CURSO Equipamento administrativo Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 631 0 0 0 0 (5 631) 0 (5 631) 0 0 0 0 117 846 0 561 610 0 0 (190 396) 0 (190 396) 0 0 0 489 060 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Material de transporte 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Equipamento hospitalar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outro Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 123 477 0 561 610 0 0 (196 027) 0 (196 027) 0 0 0 489 060 11 694 962 10 228 382 586 623 0 (149 177) 0 0 (149 177) (51 600) 332 469 (200 777) 1 720 734 sub-total Total 47 Em 2008, o movimento relativo aos activos fixos tangíveis da COSEC encontra-se detalhado no quadro seguinte: Valores em euros Saldo Inicial Rubricas Aumentos/ (Diminuições) Valor Bruto Amortizações Aquisições Reavaliações Transfe rências Abates Amortizações do exercício Transfe rências e abates Regulari zações Alienações Regulari zações Reforço Saldo Final EQUIPAMENTO 8 226 658 7 896 998 1 680 0 (932) 0 0 (932) 0 166 535 (932) Máquinas e ferramentas Equipamento administrativo 574 242 496 211 2 297 0 (3 578) 0 0 (3 578) 0 23 436 (3 578) 56 892 Equipamento informático 510 691 309 067 15 111 0 0 159 422 0 159 422 0 127 148 0 249 008 Instalações interiores 1 421 644 884 978 1 330 0 (104 354) 162 524 0 58 170 0 76 313 (104 355) 624 209 Material de transporte 90 938 79 232 0 0 0 0 0 0 (41 961) 11 707 (41 961) 0 1 129 1 129 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 684 25 537 0 0 0 0 0 0 0 71 0 76 sub-total 10 850 987 9 693 152 20 418 0 (108 864) 321 945 0 213 082 (41 961) 405 209 (150 825) 1 094 990 248 114 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 248 114 248 114 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 248 114 85 838 85 838 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Equipamento hospitalar Outro Equipamento PATRIMÓNIO ARTÍSTICO sub-total 164 805 EQUIPAMENTO EM LOCAÇÃO FINANCEIRA Equipamento administrativo Máquinas e ferramentas 35 162 35 162 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Instalações interiores Equipamento informático 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Material de transporte 575 013 545 257 0 0 (415 169) 0 0 (415 169) 0 29 756 (415 169) (0) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Equipamento hospitalar Outro Equipamento sub-total 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 696 013 666 257 0 0 (415 169) 0 0 (415 169) 0 29 756 (415 169) (0) 0 ACTIVOS TANGÍVEIS EM CURSO Equipamento administrativo 0 0 0 0 0 0 Máquinas e ferramentas 0 0 5 631 0 0 0 53 900 0 223 368 0 0 (159 422) 0 (159 422) 0 0 0 162 524 0 0 (162 524) 0 (162 524) 0 Equipamento informático Instalações interiores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 631 0 0 117 846 0 0 0 Material de transporte 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Equipamento hospitalar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outro Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 53 900 0 391 522 0 0 (321 945) 0 (321 945) 0 0 0 123 477 11 849 014 10 359 409 411 940 0 (524 033) 0 0 (524 033) (41 961) 434 965 (565 993) 1 466 580 sub-total Total 48 11. Afectação dos investimentos e outros activos. A 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, os investimentos e outros activos da COSEC apresentavam a seguinte afectação: Valores em euros Rubrica Caixa e seus equivalentes Terrenos e edifícios (Nota 9.5) 2009 2008 Seguros Não Vida Não Afectos Seguros Não Vida Não Afectos 1 973 958 0 1 501 092 0 19 543 616 0 19 656 680 0 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0 0 0 0 Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 1 634 790 0 3 207 663 0 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor através dos ganhos e perdas Derivados de cobertura 0 0 0 0 Activos financeiros disponíveis para venda 37 511 267 247 419 26 949 308 139 838 Empréstimos concedidos e contas a receber 8 329 794 0 12 884 473 0 0 0 0 0 1 720 734 0 1 466 580 0 20 736 0 29 217 0 70 734 895 247 419 65 695 012 139 838 Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final 870 020 289 399 0 1 159 420 617 298 Investimentos a deter até à maturidade Outros activos tangíveis Outros activos Total 12. Activos intangíveis. Não aplicável. 13.Outras provisões e ajustamentos de contas do activo. Valores em euros Ajustamentos e Provisões Por Recibos por Cobrar (Nota 38) Prémios em contencioso 469 565 147 733 0 Prémios em mora 400 456 141 666 0 542 122 Por Créditos de Cob. Duvidosa (Nota 38) 414 538 61 217 28 475 727 22 953 0 0 22 953 De outros devedores 391 585 61 217 28 452 774 Dev por emissores de obrigações 231 269 0 0 231 269 Resseguradores/ Ressegurados 77 194 0 28 77 165 Facturas em contencioso 71 585 29 617 0 101 202 Facturas em atraso 11 537 31 601 0 43 138 30 024 0 0 30 024 De outros tomadores de seguro Outras provisões Impostos (Nota 32) Total 30 024 0 0 30 024 1 314 582 350 617 28 1 665 171 49 14. Prémios de contratos de seguros. 14.1 Prémios reconhecidos resultantes de contratos de seguros. O montante de Prémios Brutos Emitidos, resultante de contratos de seguro directo, em 2009 e 2008, encontra-se distribuído da seguinte forma: Valores em euros 2009 2008 Var 2009/2008 Crédito 29 892 988 30 689 630 (796 641) -2,6% Caução 3 050 985 3 512 951 (461 966) -13,2% 32 943 973 34 202 581 (1 258 608) -3,7% Crédito 1 639 691 1 128 686 511 004 45,3% Caução 685 1 206 (521) -43,2% 1 640 376 1 129 892 510 484 45,2% Crédito 31 532 679 31 818 316 (285 637) -0,9% Caução 3 051 670 3 514 157 (462 487) -13,2% 34 584 349 35 332 473 (748 124) -2,1% Actividade em Portugal Total Actividade no estrangeiro Total Actividade global TOTAL GERAL Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o montante de prémios brutos emitidos inclui cerca de 168.175 Euro e 235.574 Euro, relativos a prémios de resseguro aceite. 14.3 Discriminação de alguns valores relativo ao seguro não-vida entre seguro directo e resseguro aceite. Conforme mapa Anexo 4. 15.Comissões recebidas de contratos de seguro. 15.1 Políticas de reconhecimento contabilístico e respectivos valores. As comissões de mediação são reconhecidas em ganhos e perdas de acordo com as taxas definidas para cada apólice de seguro directo, no momento em que são reconhecidos contabilisticamente os respectivos prémios. As comissões são colocadas à disposição para liquidação no momento em que se efectua a cobrança do prémio. Durante o exercício de 2009, o montante das Comissões de Seguro Directo reconhecidas em resultados ascendeu a 2.038.248 Euro (1.866.589 Euro em 2008). 16.Rendimentos / Créditos de investimentos. Os rendimentos de investimentos são reconhecidos contabilisticamente de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Assim, os rendimentos são reconhecidos em ganhos e perdas, em função do período a que respeitam independentemente do momento em que se efectuam os recebimentos. 50 A 31 de Dezembro 2009 e de 2008 os rendimentos de investimentos apresentavam a seguinte composição pelas suas respectivas categorias: Valores em euros Rendimentos Categoria do investimento 2009 2008 Investimentos afectos às Provisões Técnicas 1 816 668 2 798 002 Terrenos e edifícios 501 106 488 019 De rendimento 501 106 488 019 Activos financeiros classificados ao justo valor por ganhos e perdas 43 470 268 969 Títulos de dívida 43 470 268 969 Obrigações 43 470 268 969 Activos disponíveis para venda 917 029 1 614 090 Investimentos em outras participadas e participantes 42 192 98 131 Títulos de dívida e Out. Empréstimos 42 192 98 131 Obrigações 42 192 98 131 Instrumentos capital e unidades de participação 0 83 188 Acções 0 83 188 Unidades de Participação 0 0 Títulos de dívida 874 837 1 432 771 Obrigações do Tesouro 475 477 333 066 Outros Emissores 399 360 1 099 706 Obrigações 389 693 932 870 Papel Comercial 9 667 166 836 Empréstimos concedidos e contas a receber 339 876 322 824 Dep. Junto de empresas cedentes 4 873 13 622 Depósitos a prazo 335 003 309 201 Depósitos à ordem em instituições de crédito 15 187 104 100 Investimentos não afectos às Provisões Técnicas 300 61 584 Activos financeiros ao justo valor por ganhos e perdas detidos para negociação 0 61 072 Futuros 0 157 Forwards Câmbiais 0 60 915 Activos disponíveis para venda 300 512 Instrumentos capital e Unidades Participação 0 0 Acções 0 0 Títulos de dívida 300 512 Outros Emissores 300 512 Obrigações 300 512 Total 1 816 969 2 859 586 51 17. Ganhos e perdas realizadas em investimentos. Nos exercícios de 2009 e 2008, o resultado das alienações de investimentos foi o seguinte: Valores em euros Categoria do título 2009 2008 Ganhos Perdas Saldo Ganhos Perdas Saldo 664 710 392 098 272 612 312 791 3 176 458 (2 863 667) Terrenos e edifícios 0 0 0 0 0 0 De rendimento 0 0 0 0 0 0 Activos financeiros classificados ao justo valor por ganhos e perdas 49 000 0 49 000 28 869 61 900 (33 031) Títulos de dívida 49 000 0 49 000 28 869 61 900 (33 031) Obrigações 49 000 0 49 000 28 869 61 900 (33 031) Activos disponíveis para venda 615 710 392 098 223 612 283 922 3 114 558 (2 830 635) Investimentos em outras participadas e participantes 2 356 0 2 356 0 3 282 (3 282) Títulos de dívida e Out. Empréstimos 2 356 0 2 356 0 3 282 (3 282) Obrigações 2 356 0 2 356 0 3 282 (3 282) Instrumentos capital e unidades de participação 0 0 0 222 439 2 247 022 (2 024 583) Acções 0 0 0 222 439 532 051 (309 613) Unidades de Participação 0 0 0 0 1 714 970 (1 714 970) Títulos de dívida 613 354 392 098 221 255 61 484 864 254 (802 770) Obrigações do Tesouro 525 604 21 283 504 321 55 839 4 072 51 767 87 750 370 815 (283 065) 5 644 860 182 (854 538) Investimentos não afectos às Provisões Técnicas 0 0 (0) 0 72 440 (72 440) Activos financeiros ao justo valor por ganhos e perdas detidos para negociação 0 0 0 0 72 440 (72 440) Futuros 0 0 0 0 72 440 (72 440) Activos disponíveis para venda 0 0 (0) 0 0 (0) Instrumentos capital e Unidades de Participação 0 0 0 0 0 0 Acções 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida 0 0 (0) 0 0 (0) Investimentos afectos às Provisões Técnicas Outros Emissores Outros Emissores Total 52 0 0 (0) 0 0 (0) 664 710 392 098 272 612 312 791 3 248 898 (2 936 107) 18. Ganhos e perdas provenientes de ajustamento de justo valor em investimentos. Nos exercícios de 2009 e 2008, os ganhos e perdas provenientes de ajustamento de justo valor em investimentos estavam relacionados com o ajustamento do justo valor dos imóveis (em 2008) e com o ajustamento do justo valor de obrigações de emitentes diversos, cuja parcela do rendimento incorpora uma componente de derivado embutido. Valores em euros Categoria do título 2009 2008 Ganhos Perdas Saldo Ganhos Perdas Saldo 55 813 0 55 813 1 968 190 741 (188 773) Terrenos e edifícios 0 0 0 0 25 000 (25 000) De rendimento 0 0 0 0 25 000 (25 000) Activos financeiros classificados ao justo valor por ganhos e perdas 55 813 0 55 813 1 968 165 741 (163 773) Títulos de dívida 55 813 0 55 813 1 968 165 741 (163 773) 0 1 968 165 741 (163 773) Investimentos afectos às Provisões Técnicas Obrigações Investimentos não afectos às Provisões Técnicas Total 0 0 0 0 0 0 55 813 0 55 813 1 968 190 741 (188 773) 19. Ganhos e perdas em diferenças de câmbio. Nos exercícios de 2009 e de 2008, registaram-se os seguintes ganhos e perdas com diferenças de câmbio: Valores em euros Categoria do título 2009 2008 Ganhos Perdas Saldo Ganhos Perdas Saldo Investimentos afectos às Provisões Técnicas 0 0 0 0 39 843 (39 843) Activos Disponíveis para venda 0 0 0 0 39 843 (39 843) Investimentos em outras participadas e participantes 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida e Out. Empréstimos 0 0 0 0 0 0 Obrigações 0 0 0 0 0 0 Instrumentos capital e unidades de participação 0 0 0 0 0 0 Acções 0 0 0 0 0 0 Unidades de Participação 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida 0 0 0 0 39 843 (39 843) Obrigações do Tesouro 0 0 0 0 0 0 Outros Emissores 0 0 0 0 39 843 (39 843) Investimentos não afectos às Provisões Técnicas 0 0 0 0 0 0 Activos disponíveis para venda 0 0 0 0 0 0 Instrumentos capital e Un. Participação 0 0 0 0 0 0 Acções 0 0 0 0 0 0 Títulos de dívida 0 0 0 0 0 0 Obrigações 0 0 0 0 0 0 83 450 (366) 32 146 39 244 (7 098) 2 030 5 785 (3 754) 605 2 159 (1 553) 2 114 6 235 (4 121) 32 751 81 245 (48 494) Diferenças de câmbio - Técnicas Diferenças de câmbio - Não Técnicas Total 53 Para efeitos de conversão em Euro dos elementos contidos nas contas anuais, foram utilizadas as “Taxas de Câmbio de Referência” do Banco Central Europeu, em 31 de Dezembro de 2009. Os custos e proveitos cambiais apurados nas diferentes moedas estrangeiras são convertidos para Euro ao câmbio do dia em que são reconhecidos contabilisticamente. 20.Custos de financiamento. Os custos de financiamento em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 encontravam-se alocados pelas seguintes sub-rubricas: Valores em euros Rubricas 2009 2008 Juros Suportados Depósitos recebidos de resseguradores Activos em locação financeira Activos em locação operacional Total 5 077 3 950 336 2 300 0 4 838 5 412 11 087 21. Gastos diversos por natureza e função. 21.1 Análise dos gastos por natureza: Valores em euros Custos por natureza imputados 2009 2008 Variação 2009/2008 Custos com o pessoal (Nota 22.2) 6 725 086 8 368 739 -19,6% Fornecimentos e serviços externos 2 623 075 2 636 105 -0,5% Impostos e taxas 134 429 137 065 -1,9% Amortizações (Notas 9 e 10) 445 533 548 029 -18,7% 5 412 11 087 -51,2% 279 665 196 067 42,6% 10 213 201 11 897 093 -14,2% Juros suportados Comissões Total A rubrica de custos com o pessoal em 2009 e 2008 inclui indemnizações de cessação de emprego líquidas de responsabilidades passadas no valor de, respectivamente, 664.846 Euro e 1.456.462 Euro. 21.2 Análise dos gastos por função Os gastos por natureza imputados às funções de Sinistros, Aquisição, Administrativa, Investimentos e Risco de Crédito com Garantia do Estado (RCGE), decompõe-se da seguinte forma: Valores em euros Custos imputados às funções 2009 2008 Sinistros 1 870 095 2 271 562 -17,7% Aquisição 1 705 333 1 910 003 -10,7% Administrativos 5 399 431 6 333 729 -14,8% 341 773 296 234 15,4% 896 570 1 085 564 -17,4% 10 213 201 11 897 093 -14,2% Investimento Estado Total 54 Variação 2009/2008 22. Gastos com pessoal. 22.1 Número de trabalhadores por categorias ao serviço em 31/12/09 e 31/12/08. Número de Colaboradores 2009 2008 Níveis de Qualificação CCT Quadros Superiores 17 19 109 113 Profissionais Qualificados 11 18 Profissionais Semi-Qualificados 0 0 137 150 2009 2008 Variação 2009/2008 Remunerações 4 954 642 5 470 372 -9,4% Orgãos Sociais 587 584 645 241 -8,9% Profissionais Altamente Qualificados Total 22.2 Discriminação dos custos com pessoal Valores em euros Rubrica Pessoal 4 367 059 4 825 131 -9,5% 937 451 1 068 646 -12,3% Benefícios pós-emprego (Nota 23) (64 276) 31 404 -304,7% Planos de contribuição definida 0 0 Planos de benefícios definidos (64 276) 31 404 0 0 Benefícios de cessação de emprego 664 847 1 456 462 -54,4% Seguros obrigatórios 127 620 170 107 -25,0% Encargos sobre remunerações Outros benefícios a longo prazo dos empregados -304,7% Gastos de acção social 81 187 75 931 6,9% Outros custos com o pessoal 23 615 95 816 -75,4% 6 725 086 8 368 739 -19,6% Total No âmbito do art. 3º da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, a remuneração auferida pelos Órgãos de Administração e de Fiscalização foi para os anos de 2009 e de 2008 a seguinte: Valores em euros 2009 Remunerações auferidas Fixas Variáveis Complementares Totais 132 680 24 705 19 902 177 287 118 714 21 397 17 807 157 918 120 000 13 500 18 000 151 500 Conselho de Administração Miguel Gomes da Costa Berta Dias da Cunha Cyrille Charbonnel Celeste Hagatong Agrellos 0 0 0 0 24 441 0 0 24 441 Michel Mollard 0 0 0 0 Ludovic Senecaut 0 0 0 0 395 835 59 602 55 709 511 146 Abel Pinto Reis 21 000 0 0 21 000 Mª Conceição Pizarro Monteiro 12 000 0 0 12 000 Tito Arantes Fontes 12 000 0 0 12 000 45 000 0 0 45 000 49 500 0 0 49 500 49 500 0 0 49 500 490 335 59 602 55 709 605 646 Maria Manuela Morgado Sub Total Conselho Fiscal Sub Total Revisor Oficial de Contas (ROC) Deloitte & Associados, SROC, S.A. Sub Total Total 55 Valores em euros 2008 Remunerações auferidas Fixas Variáveis Complementares Totais 132 680 38 430 19 902 191 012 Conselho de Administração Miguel Gomes da Costa Berta Dias da Cunha Cyrille Charbonnel Celeste Hagatong Agrellos 118 714 33 285 17 807 169 806 120 000 7 000 18 000 145 000 0 0 0 0 24 441 0 0 24 441 Michel Mollard 0 0 0 0 Ludovic Senecaut 0 0 0 0 395 835 78 715 55 709 530 259 Abel Pinto Reis 21 000 0 0 21 000 Mª Conceição Pizarro Monteiro 12 000 0 0 12 000 Tito Arantes Fontes 12 000 0 0 12 000 Sub Total 45 000 0 0 45 000 46 000 0 0 46 000 Maria Manuela Morgado Sub Total Conselho Fiscal Revisor Oficial de Contas (ROC) Deloitte & Associados, SROC, S.A. Sub Total Total 46 000 0 0 46 000 486 835 78 715 55 709 621 259 22.3 Informação relativa aos membros dos órgãos Sociais A COSEC não tem quaisquer compromissos em matéria de Pensões de Reforma, adiantamentos e créditos concedidos a actuais e antigos membros dos Órgãos Sociais. 23.Obrigações com benefícios dos empregados. De acordo com o regime previsto no contrato colectivo de trabalho para o sector segurador, a COSEC tem o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias para o complemento de reforma atribuído pela Segurança Social. Este complemento é elegível para todos os empregados do quadro de pessoal efectivo da COSEC cuja data de admissão na indústria seguradora tenha ocorrido até 22 de Junho de 1995. Para a cobertura das responsabilidades com serviços passados (benefícios pós-emprego), a COSEC efectuou dotações para dois Fundos de Pensões abertos geridos pela BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.. O valor dos fundos de pensões corresponde ao justo valor dos seus activos à data de balanço. Os fundos visam a cobertura das responsabilidades associadas às prestações complementares de velhice após os 65 anos de idade e as prestações complementares de invalidez desde o momento da invalidez até à idade de reforma. No que respeita aos colaboradores em situação de pré-reforma, o fundo visava a cobertura das responsabilidades com as prestações actuais de pré-reforma em pagamento e as respectivas contribuições para a Segurança Social até os colaboradores atingirem os 65 anos de idade. No ano de 2009 as responsabili- 56 dades da COSEC para com os seus trabalhadores em situação de pré-reforma extinguiram-se, pelo que a BPI Pensões, com a prévia autorização do ISP – Instituto de Seguros de Portugal, procedeu à extinção da participação da COSEC no Fundo BPI Segurança. 23.1 Pressupostos e metodologia Os pressupostos utilizados no estudo actuarial do BPI Pensões para o cálculo das responsabilidades da COSEC em 31/12/2009, seguem o disposto na Norma Regulamentar nº 5/2007-R, de 27 de Abril, do Instituto de Seguros de Portugal: Método actuarial 2009 2008 Unit Credit projectado Unit Credit projectado Tábua de mortalidade (sexo masculino) TV 73 / 77 TV 73 / 77 Tábua de mortalidade (sexo feminino) TV 88 / 90 TV 88 / 90 Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80 Taxa de crescimento das pensões 2,50% 2,50% Taxa de rendimento do fundo 5,00% 5,00% Taxa de desconto 5,25% 6,00% Taxa de rotação do pessoal 0,00% 0,00% Taxa de crescimento salarial 3,00% 3,00% Os ganhos ou perdas actuariais resultantes das alterações de pressupostos actuariais e financeiros e das diferenças entre os pressupostos utilizados e os valores efectivamente verificados, são enquadráveis numa sub-rubrica do activo de “responsabilidades com benefícios pós-emprego” denominada “amortização do corredor”, sendo enquadráveis os ganhos e perdas actuariais acumulados que não excedam 10% das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior. Os custos correntes do exercício são reconhecidos em resultados, os valores que excedem o “corredor” poderão ser reconhecidos em resultados ou, em alternativa, o seu custo ou o seu proveito poderá ser diferido por um período de tempo determinado pela diferença entre a idade normal da reforma e a idade média actual dos participantes no fundo. A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os beneficiários abrangidos pelos Fundos de Pensões são os seguintes: Número de colaboradores 31/12/2009 31/12/2008 Reformados 37 36 Pré-Reformados 0 2 Trabalhadores no activo 71 80 Total 108 118 57 Nos últimos cinco exercícios a evolução das responsabilidades por serviços passados de reformados, pré-reformados e trabalhadores da COSEC e respectiva cobertura pelos fundos de pensões é a seguinte: Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Valorização” 2009 2008 2007 2006 2005 1 232 130 1 123 761 1 949 226 1 740 821 1 969 393 Responsabilidades com complementos de reforma: - Serviços passados de activos - Pensões em pagamento 1 637 556 1 630 291 1 815 681 1 683 335 1 795 775 2 869 686 2 754 052 3 764 907 3 424 156 3 765 168 4 838 524 4 641 564 5 228 452 5 183 174 4 982 347 168,6% 168,5% 138,9% 151,4% 132,3% 2009 2008 2007 2006 2005 Responsabilidades com pré-reformas 0 22 051 80 032 166 366 286 930 Valor do Fundo de Pensões 0 22 063 80 587 167 469 287 034 NA 100,1% 100,7% 100,7% 100,0% Valor do Fundo de Pensões Nível de financiamento Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Segurança” Nível de financiamento A evolução das responsabilidades dos fundos de pensões durante os exercícios de 2009 e 2008 foi a seguinte: Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Valorização” Valor das responsabilidades no início do exercício 31/12/2009 31/12/2008 2 754 053 3 764 907 Custo dos serviços correntes 45 468 77 274 Custo dos juros 163 011 188 181 (162 670) (159 071) (2 655) 0 Desvios actuariais (190 116) (730 844) Desvios actuariais por alterações dos pressupostos 262 595 (386 394) Valor das responsabilidades no final do exercício 2 869 686 2 754 053 Situação patrimonial do fundo de pensões 4 838 524 4 641 564 Excesso (Insuficiência) de cobertura 1 968 838 1 887 511 168,6% 168,5% Responsabilidades com pensões pagas no exercício Outros desvios Grau de cobertura das responsabilidades Na rubrica de desvios actuariais do Fundo de Pensões “BPI Valorização” em 2009 e 2008 estão incluídos, respectivamente, 99.829 Euro e 618.741 Euro correspondentes à redução de responsabilidades passadas relativas às saídas de trabalhadores. Estes valores foram considerados como proveitos dos exercícios respectivos, a abater à rubrica de benefícios de cessação de emprego. 58 Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Segurança” Valor das responsabilidades no início do exercício Custo dos serviços correntes Custo dos juros Responsabilidades com pensões pagas no exercício Desvios actuariais Desvios actuariais por alterações dos pressupostos 31/12/2009 31/12/2008 22 051 80 032 0 0 620 2 115 (20 504) (74 822) (620) 14 726 (1 547) 0 Valor das responsabilidades no final do exercício 0 22 051 Situação patrimonial do fundo de pensões 0 22 063 Excesso Insuficiência de cobertura 0 12 NA 100,1% Grau de cobertura das responsabilidades A evolução da situação patrimonial dos fundos de pensões durante os exercícios de 2009 e 2008 foi a seguinte: Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Valorização” 31/12/2009 31/12/2008 Valor do fundo no início do exercício 4 641 564 5 228 452 Rendimento esperado do fundo Responsabilidades com pensões pagas no exercício Desvios actuariais Contribuições efectuadas no exercício 273 534 257 494 (162 670) (159 071) 86 096 (685 311) 0 0 Valor do fundo no final do exercício 4 838 524 4 641 564 Fundo de Pensões “BPI Segurança” 31/12/2009 31/12/2008 22 063 80 587 Valores em euros Valor do fundo no início do exercício Rendimento do fundo Responsabilidades com pensões pagas no exercício Desvios actuariais Contribuições efectuadas no exercício Liquidação do fundo Valor do fundo no final do exercício (120) 2 096 (20 504) (74 822) 0 (2 846) 0 17 048 (1 439) 0 0 22 063 O movimento ocorrido em 2009 e 2008, relativo aos ganhos e perdas actuariais dentro do corredor, com impacte nas contas de balanço, e fora do corredor, com impacte em ganhos e perdas, foi o seguinte: Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Valorização” 31/12/2009 31/12/2008 (390 751) (307 194) Desvios actuariais Dentro do corredor Fora do corredor (reconhecido como custo) 0 0 (390 751) (307 194) Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Segurança” 31/12/2009 31/12/2008 Desvios actuariais Dentro do corredor NA (2 206) Fora do corredor (reconhecido como custo) NA (23 425) Valor do fundo no final do exercício NA (25 631) 59 Nos exercícios de 2009 e 2008, a evolução dos custos com pensões reflectidos na rubrica custos com pessoal e na rubrica “corredor” foi a seguinte: Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Valorização” 31/12/2009 31/12/2008 A Ganhos e (perdas) Custo dos serviços correntes (45 468) (77 274) Custo dos juros (163 011) (188 181) Retorno dos activos do plano 273 534 257 494 Benefícios pós emprego 65 055 (7 961) Responsabilidades passadas fundo de pensões 99 829 618 741 Benefícios de cessação de emprego 99 829 618 741 Amortização do corredor (Custo)/ Proveito total 0 0 164 884 610 780 Valores em euros Fundo de Pensões “BPI Segurança” 31/12/2009 31/12/2008 A Ganhos e (perdas) Custo dos serviços correntes (39) 0 Custo dos juros (620) (2 115) Retorno dos activos do plano (120) 2 096 Benefícios pós emprego (779) (19) 0 (23 424) (779) (23 443) Amortização do corredor (Custo)/ Proveito total Nos exercícios de 2009 e 2008, a taxa de rentabilidade efectiva dos activos dos planos foi a seguinte: Fundo de Pensões 2009 2008 BPI Valorização 8,2% -8,1% NA -2,5% BPI Segurança Em 31 de Dezembro de 2009, os activos do Fundo BPI Valorização estavam alocados por categorias de activos de acordo com a seguinte distribuição percentual: Tipo de Activo Dist % Acções 34,3% Obrigações de taxa fixa 37,3% Obrigações de taxa indexada 9,9% Retorno absoluto 6,7% Imobiliário 2,2% Liquidez Total 60 9,6% 100,0% Em 31 de Dezembro de 2009, o valor correspondente à quota da COSEC nos investimentos do fundo BPI Valorização encontrava-se repartida como segue: Valores em euros Tipo de Activo Valor Global Valor a) Acções 43 410 671,39 1 658 476,33 Obrigações de taxa fixa 47 190 684,62 1 802 889,27 Obrigações de taxa indexada 12 539 025,57 479 045,28 Retorno absoluto 8 452 587,59 322 925,59 Imobiliário 2 843 859,50 108 647,79 Liquidez 12 211 692,79 466 539,74 126 648 521,46 4 838 524,00 Total a) Corresponde a 337.974 Unidades de participação detidas no fundo. Para 2010, com base nos elementos fornecidos pela entidade gestora – BPI Pensões – estima-se que a taxa de rentabilidade esperada do Fundo de Pensões BPI Valorização irá variar entre 9,7% e -2,2%, com um valor central de 5,3. O efeito das principais categorias dos activos do plano em cada um dos cenários considerados, é apresentado na tabela seguinte: Tipo de activo Rentabilidade Esperada Anual Cenário Optimista Cenário Central Cenário Pessimista Acções 25,00% 8,00% -15,00% Obrigações Taxa Fixa -1,00% 4,50% 8,00% Obrigações Taxa Variável 4,00% 2,25% -0,50% Hedge Funds 11,00% 5,00% -3,00% Imobiliário 7,00% 4,00% 1,00% Liquidez 2,50% 2,00% 1,50% 24.Imposto sobre o rendimento. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor do activo e do passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados, como impostos diferidos activos. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo imposto activo e passivo. 61 A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o custo com impostos sobre os lucros reflectidos nos resultados e a respectiva carga fiscal pode ser sintetizado da seguinte forma: Valores em euros Rubrica 31/12/2009 31/12/2008 Impostos Correntes 866 740 339 120 Do exercício 869 213 347 397 Correcção de exercícios anteriores (2 473) (8 278) Impostos diferidos 38 614 (369) Registo e reversão de diferenças temporárias 38 614 (369) 905 354 338 751 3 611 494 417 266 25% 81% Total do imposto registado em resultados Resultado antes dos impostos Carga fiscal A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os impostos diferidos registados em ganhos e perdas e em reservas por impostos diferidos apresentavam a seguinte decomposição: Valores em euros Movimentos 2008 Rubricas Saldo em 31 de Dezembro de 2007 Variação por ganhos e perdas Movimentos 2009 Saldo em 31 de Dezembro de 2008 Por variação por reserva por impostos diferidos Variação por ganhos e perdas Saldo em 31 de Dezembro de 2009 Por variação por reserva por impostos diferidos Impostos diferidos Activos Provisões não aceites fiscalmente 62 992 66 229 0 129 221 45 390 0 174 611 432 558 (14 610) 187 154 605 103 (14 610) (297 355) 293 138 13 458 (12 078) 0 1 380 6 695 0 8 075 Perdas por imparidade não aceites fiscalmente 126 481 26 449 0 152 930 (113 904) 0 39 025 Valorização de imóveis de rendimento 186 890 69 012 0 255 902 91 353 0 347 255 Valorização de activos financeiros disponíveis para venda Valorização de activos financeiros ao justo valor por ganhos e perdas Valorização de imóveis de uso próprio Sub total 760 169 10 140 0 770 309 (25 822) 0 744 487 1 582 548 145 142 187 154 1 914 845 (10 898) (297 355) 1 606 592 1 891 561 (15 390) (4 771) 1 871 400 (15 390) (4 771) 1 851 239 Impostos diferidos Passivos Valorização de imóveis de uso próprio 422 021 160 164 0 582 185 43 106 0 625 291 Sub Total Benefícios pós-emprego 2 313 582 144 774 (4 771) 2 453 585 27 716 (4 771) 2 476 530 Saldo (731 034) 369 191 925 (538 740) (38 614) (292 584) (869 938) Impacto em Resultados (Custos) Proveitos 62 369 (38 614) A reconciliação entre a carga fiscal nominal e a taxa fiscal verificada nos exercícios de 2009 e 2008 encontra-se analisada no mapa seguinte: Valores em euros Rubrica 31/12/2009 Taxa Resultado antes dos impostos 31/12/2008 Valor Taxa 3 611 494 957 046 Valor 417 266 Imposto sobre o resultado líquido 26,5% 26,5% 110 575 Variações patrimoniais negativas 0,0% 0 -1,1% (4 518) Custos não aceites 0,8% 27 425 76,3% 318 437 Amortizações não aceites 0,5% 18 952 5,1% 21 281 Ajustamentos não aceites como custo 0,0% 0 -0,0% (0) Provisões não aceites como custo 0,0% 0 1,9% 7 956 Imparidades não aceites como custo 0,0% 0 7,0% 29 218 Diferença entre mais valias contabilisticas e Fiscais 0,0% 0 62,2% 259 607 0,2% 8 473 0,1% 375 Proveitos não tributados Outros custos não aceites -0,3% (11 291) -0,9% (3 759) Valorização de imóveis -2,7% (98 149) -24,5% (102 383) 0,0% 0 -3,4% (14 060) Benefícios fiscais (Dividendos não tributáveis) nº 2 do Art 46º Tributação autónoma 0,8% 30 322 8,3% 34 458 Total de impostos 25,1% 905 354 81,2% 338 751 25.Capital. O Capital Social da COSEC encontra-se representado por 1.500.000 acções com o valor nominal de 5 Euro. Não existem acções com direitos especiais. No final do exercício de 2009, o Banco BPI e a Euler Hermes SFAC eram detentores da totalidade do Capital Social da COSEC, detendo cada um 50% do mesmo, situação que já se verificava no final do exercício de 2008. Não foram subscritas quaisquer acções da COSEC durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009. 26.Reservas. 26.1 Descrição da natureza e finalidade das reservas do capital próprio A reserva de reavaliação de justo valor inclui o registo das diferenças positivas e negativas da variação do valor dos activos financeiros valorizados ao justo valor, nos quais estão incluídos os activos disponíveis para venda e os imóveis de uso próprio que são valorizados ao justo valor pelo modelo de revalorização. A reserva de reavaliação legal, constituída em 1992, no valor de 7.714.826 Euro, reflecte as diferenças de valorimetria dos edifícios de uso próprio e de rendimento da COSEC. Esta referida reserva só pode ser mobilizada para os fins previstos na legislação. A reserva por impostos diferidos inclui o registo das diferenças de imposto diferido temporárias de activos ou passivos do balanço, cujo valor se encontra registado nas reservas. Assim, estão registados nesta rubrica os impostos diferidos calculados sobre o valor da reserva de reavaliação de justo valor de activos disponíveis 63 para venda e ainda o imposto diferido calculado sobre as amortizações futuras dos imóveis de uso próprio na parte não aceite das reavaliações legais e na totalidade das restantes reavaliações que à data de transição se encontravam registadas nas reservas. A reserva legal corresponde a 10% do resultado líquido apurado em cada exercício, não podendo ser distribuída aos accionistas. As reservas livres são reservas que são constituídas livremente no âmbito da política de aplicação de resultados. A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os valores das reservas da COSEC apresentavam a seguinte composição: Valores em euros RESERVAS 31/12/2009 31/12/2008 (940 791) (2 062 886) (940 791) (2 062 886) 249 309 546 665 RESERVAS DE REAVALIAÇÃO Por ajustamento de justo valor Activos financeiros disponíveis para venda Sub Total RESERVAS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Por diferenças temporárias Activos financeiros disponíveis para venda De terrenos e edifícios de uso próprio (607 515) (612 286) (358 206) (65 622) Reavaliação Legal 7 714 826 7 714 826 Reserva legal 3 955 047 3 947 195 Reservas livres 10 472 301 10 401 638 22 142 174 22 063 659 20 843 177 19 935 151 Sub Total OUTRAS RESERVAS Sub Total TOTAL DAS RESERVAS 27.Resultados por acção. De acordo com o resultado líquido obtido em 2009, o resultado por acção corresponde a 1,8041 Euro. Valores em euros 31/12/2009 31/12/2008 Resultado líquido do exercício 2 706 140 78 515 Número de acções 1 500 000 1 500 000 1,8041 0,0523 Resultados por acção 28.Dividendos por acção. 28.1 Durante o exercício de 2009, a COSEC não efectuou distribuição de dividendos relativos ao resultado líquido obtido em 2008. 64 29. Transacções entre partes relacionadas. 29.1 Conforme as ligações existentes, em consequência de titularidade de partes de capital, a COSEC foi considerada no exercício de 2009 uma empresa associada quer do Banco BPI, com sede em Portugal, quer da Euler Hermes SFAC, empresa não residente, com sede em França. 29.2 Conforme Nota n.º 29.4. 29.3 Conforme Notas n.º 22.2, 29.4.1 e 29.4.2. 29.4 Identificação das operações efectuadas com empresas do Grupo 29.4.1 Grupo BPI Prestação de serviços realizados pelo Banco BPI à COSEC • Gestão da Carteira de Investimentos Financeiros O BPI Gestão de Activos, sociedade detida a 100% pelo Banco BPI, efectuou a gestão da carteira de Investimentos Financeiros da COSEC, tendo a COSEC pago comissões de gestão fixas e variáveis em 2009 e em 2008 de 232.067 Euro e de 158.739 Euro, respectivamente. • Gestão do Fundo de Pensões A BPI Pensões, sociedade detida a 100% pelo Banco BPI, efectuou a gestão e acompanhamento dos Fundos de Pensões da COSEC, facturou à COSEC durante o ano de 2009 o valor de 5.984 Euro de comissões variáveis. A COSEC efectuou durante o ano de 2008, uma dotação para o Fundo de Pensões BPI Segurança, no valor de 17.048 Euro. • Representação Fiscal da COSEC em Espanha O Banco BPI assegurou a representação fiscal em Espanha relativa à actividade da COSEC desenvolvida em regime de Livre Prestação de Serviços naquele país, não tendo cobrado qualquer comissão pela prestação desse serviço. • Cedência de Pessoal A COSEC mantém nos seus Órgãos Sociais dois representantes do Banco BPI. O Banco BPI redebitou à COSEC os custos suportados com os vencimentos e demais encargos suportados com esses colaboradores que, em 2009 e 2008 foram de 258.006 Euro e de 284.972 Euro, respectivamente • Colocação de produtos O Banco BPI, através dos seus canais de distribuição comerciais, coloca à disposição dos seus clientes produtos da COSEC. Como compensação desse serviço, o Banco BPI liquida uma comissão sobre os prémios cobrados, que ascendeu em 2009 e 2008 a 252.295 Euro e 304.884 Euro, respectivamente. • Cedência de espaço O Banco BPI cedeu instalações para os escritórios regionais da COSEC nas localidades de Aveiro, Braga, Faro, Leiria, Setúbal e Viseu. Como compensação, o Banco BPI liquidou em 2009 e 2008 o valor de 13.346 Euro e de 13.154 Euro, respectivamente. 65 Prestações de serviços realizados pela COSEC ao Banco BPI • Arrendamento de parte do Imóvel sito na Av. República n.º 60, em Lisboa Durante os exercícios de 2009 e de 2008 a COSEC recebeu do Banco BPI o valor de 39.248 Euro e 38.179 Euro, respectivamente, relativo às rendas devidas pelo arrendamento de parte do seu imóvel sito na Av. República, n.º 60 em Lisboa. • Activos detidos pela COSEC relacionados com o Banco BPI Em 31 de Dezembro de 2009, a Companhia detinha os seguintes activos relacionados com o Banco BPI: Obrigações emitidas pelo Banco BPI Depósitos à ordem no Banco BPI Total 1.369.268 1.867.139 3.236.407 Em 31 de Dezembro de 2008, a Companhia detinha os seguintes activos relacionados com o Banco BPI: Obrigações emitidas pelo Banco BPI Depósitos à ordem no Banco BPI Depósitos a prazo no Banco BPI Total 1.389.774 1.430.167 4.109.410 6.929.351 29.4.2 Grupo Euler Hermes Prestação de serviços realizados pela Euler Hermes SFAC e empresas do grupo à COSEC • Informações comerciais recebidas do Grupo Euler Hermes A COSEC, no âmbito da sua actividade corrente, recebeu do grupo Euler Hermes informações comerciais relativas a entidades externas. Estas prestações de serviços ascenderam em 2009 e em 2008 ao valor de 1.436.010 Euro e de 1.692.723 Euro, respectivamente. • Representação Fiscal da COSEC em França, Alemanha, Reino Unido e Holanda O grupo Euler Hermes assegurou, em regime de reciprocidade, a representação fiscal da COSEC relativa à actividade desenvolvida em regime de Livre Prestação de Serviços. • Comissões e outros serviços facturados pelo Grupo Euler Hermes O grupo Euler Hermes presta regularmente serviços à COSEC, nomeadamente os de cobrança e recuperação de sinistros no mercado externo e de apoio local na gestão das apólices. Nos anos de 2009 e de 2008, o grupo Euler Hermes facturou à COSEC 236.944 Euro e 174.388 Euro, respectivamente, no âmbito desses serviços. • Cedência de Pessoal A COSEC mantém nos seus Órgãos Sociais um representante da Euler Hermes SFAC que se encontrava ligado com vínculo contratual a esta Congénere. Em 2009, a Euler Hermes SFAC redebitou à COSEC os custos suportados com os vencimentos e demais encargos suportados com esse colaborador, no valor total de 138.000 Euro. Em 2008, a Euler Hermes SFAC redebitou à COSEC os custos suportados com os vencimentos e demais encargos suportados com esse colaborador, no valor total de 168.000 Euro (incluindo 23.000 Euro de custos do exercício de 2007) 66 • Resseguro Cedido O grupo Euler Hermes participou nos tratados de resseguro cedido quota-parte e excedente de sinistros da COSEC. Dos movimentos técnicos de resseguro cedido apurados durante o ano de 2009 resultou um saldo a favor do Grupo Euler Hermes no montante de 4.239.407 Euro. Dos movimentos técnicos de resseguro cedido apurados durante o ano de 2008 resultou um saldo a favor da COSEC no montante de 2.099.511 Euro. Prestação de serviços realizados pela COSEC à Euler Hermes SFAC e empresas do Grupo • Informações comerciais fornecidas ao grupo Euler Hermes Em 2009 e 2008, a COSEC facturou ao grupo Euler Hermes informações comerciais fornecidas no valor de, respectivamente, 1.311.105 e 1.464.358 Euro. • Resseguro Aceite A COSEC participou, até 31/12/2005, nos contratos de quota-parte de resseguro cedido de várias empresas do grupo Euler Hermes, nos ramos de crédito e caução. Dos movimentos técnicos de resseguro aceite apurados no ano de 2009, resultou um saldo a favor da COSEC, de 1.246 Euro. Dos movimentos técnicos de resseguro aceite apurados no ano de 2008, resultou um saldo a favor do grupo Euler Hermes de 138.032 Euro. • Comissões e outros serviços facturados pela COSEC A COSEC presta regularmente serviços ao grupo Euler Hermes, no âmbito de recuperações de sinistros por conta dos processos dessa entidade ao nível do mercado nacional e ainda diversos serviços de apoio local na gestão de apólices. Nos anos de 2009 e de 2008, a COSEC facturou às empresas do grupo Euler Hermes, respectivamente, 142.217 e 136.644 Euro, no âmbito desses serviços. • Representação Fiscal de Empresas do grupo Euler Hermes em Portugal A COSEC assegurou, em regime de reciprocidade, a representação fiscal em Portugal relativa à actividade desenvolvida em regime de Livre Prestação de Serviços pelas empresas do grupo Euler Hermes. 67 30.Demonstração dos fluxos de caixa. Valores em euros RUBRICAS 2009 2008 FLUXOS DE CAIXA OPERACIONAIS Antes das variações dos activos e passivos Prémios recebidos, líquidos de resseguro Sinistros pagos, líquidos de resseguro Comissões de contratos de seguro, de investimento e de prestação de serviços, líquidas Pagamentos participações resultados, líquidas de resseguro Pagamentos empregados fornecedores Contribuições para fundos de pensões 20 751 966 19 126 910 (15 517 268) (13 313 206) (81 742) 2 632 989 (430 194) (315 707) (10 438 963) (11 450 952) 1 439 (17 048) Impostos e taxas (134 429) (994 226) Outros 5 789 856 4 022 575 (59 334) (308 665) Devedores por operações de seguro directo e resseguro 792 544 (1 747 938) Devedores por outras operações (21 581) (679 422) 770 963 (2 427 360) Sub total (Aumentos) / diminuições de activos operacionais Sub total Aumentos / (diminuições) passivos operacionais Depósitos recebidos resseguradores (69 929) 14 604 665 361 371 742 1 710 342 (1 045 486) 2 305 774 (659 140) Sobre o rendimento (503 448) 265 828 Total 2 513 955 (3 129 336) 1 677 686 630 685 Activos financeiros disponíveis para venda 1 226 367 17 966 944 Empréstimos e contas a receber 4 482 385 0 0 0 Credores por operações de seguro directo e resseguro Credores por outras operações Sub total Impostos FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos resultantes da venda ou reembolso de: Activos financeiros justo valor através de ganhos e perdas Propriedades investimento Activos tangíveis e intangíveis Rendimentos de activos financeiros Outros recebimentos Sub total 2 582 89 178 1 812 385 2 860 178 17 074 13 423 9 218 478 21 560 408 Pagamentos resultantes da aquisição ou originação de: Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas Activos financeiros disponíveis para venda Empréstimos e contas a receber Activos tangíveis e intangíveis Outros 0 0 (10 697 466) (4 632 049) 0 (8 497 691) (578 142) (405 181) 16 041 179 249 (11 259 567) (13 355 672) (2 041 089) 8 204 736 Distribuição de Dividendos 0 (4 830 000) Total 0 (4 830 000) Sub total Total FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE FINACIAMENTO Variação de Caixa e Equivalentes 472 866 245 399 Caixa e equivalentes no início do período 1 501 092 1 255 693 Caixa e equivalentes no Final do período 1 973 958 1 501 092 68 31.Compromissos. 31.1 A COSEC não tem quaisquer compromissos contratuais referentes à aquisição de activos fixos tangíveis e intangíveis. 32. Passivos contingentes. Além dos passivos contingentes relacionados com a actividade normal da Companhia (sinistros), existe um passivo contingente relacionado com uma coima fiscal devida à falta de entrega por conta do IRC relativo a 2002 no valor de 30.024 Euro, o qual se encontra totalmente provisionado (Nota 13). A referida coima foi reclamada judicialmente, estando a aguardar decisão de Recurso Judicial. 33.Concentrações de actividades empresariais. Não aplicável. 34. Elementos extra patrimoniais. 34.1 A COSEC, a 31 de Dezembro de 2009, não tinha assumido qualquer compromisso por garantias prestadas, para além das que decorrem da actividade corrente (Seguro Caução). Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os títulos de resseguradores para caucionamento das provisões para sinistros de resseguro cedido, reflectidos em rubricas extra patrimoniais, ascendiam a 6.493.894 Euro e 8.651.812 Euro, respectivamente. Nestas datas, os depósitos recebidos de resseguradores para a mesma finalidade, ascendiam a 34.032 Euro e 103.961 Euro, respectivamente. 35. Ajustamentos de transição para o novo regime contabilístico e respectivos impactos. Não aplicável. 36. Acontecimentos após a data do balanço não descritos nos pontos anteriores. Não aplicável. 69 37.Outras informações. Em 2008, a COSEC procedeu pela primeira vez à especialização dos movimentos técnicos relativos ao exercício a processar nos exercícios seguintes (Run-off). O impacte líquido desses movimentos na conta técnica foi de -205.554 Euro, conforme o seguinte: Valores em euros Movimento Valor Seguro Directo Prémios Comissões de Mediação Provisão para Sinistros - IBNR Total 2 090 852 (125 451) (2 490 798) (525 397) Resseguro Cedido Prémios Tratado de Quota Parte Tratado de Excedente de sinistros (819 439) (38 344) Comissões de RC 181 308 Provisão para Sinistros - IBNR 996 319 Total Total (Custos) / Proveitos 319 843 (205 554) Em 2009, a análise do Run-off efectuada conduziu à especialização de um valor nulo (0) de prémios e respectivos movimentos técnicos, pelo que não houve lugar à constituição de qualquer especialização. Em 2008, a COSEC alterou o método de cálculo do IBNR, passando a considerar as diferenças positivas e negativas entre a taxa de sinistralidade estimada (ULR) e a taxa de sinistralidade real à data das demonstrações financeiras, aplicada aos prémios estimados (processados ou a processar) para cada ano de subscrição. Até esse exercício, o cálculo do IBNR apenas considerava as diferenças positivas. O novo método de cálculo gerou em 2008 uma redução líquida do IBNR no valor de 4.817.614 Euro, compensado por uma menor utilização da PDS no valor de 2.898.138 Euro. 70 Com o objectivo de facilitar a leitura das demonstrações financeiras da COSEC em 31 de Dezembro de 2009, apresentam-se, de seguida, algumas notas adicionais (Notas n.º 38 a 42), de publicação não obrigatória. 38.Devedores. Valores em euros DEVEDORES 2009 2008 Em cobrança normal 3 722 908 3 397 832 Em Contencioso 1 079 295 728 857 76 628 36 430 Devedores por operações de seguro directo Recibos por cobrar Outros 4 878 831 4 163 119 Provisão para recibos por cobrar (Nota 13) (617 298) (469 565) Provisão para créditos de cobrança duvidosa (Nota 13) (542 122) (400 456) (1 159 420) (870 020) 3 719 411 3 293 098 726 892 1 787 680 Devedores por operações de resseguro Contas correntes Provisão para créditos de cobrança duvidosa (Nota 13) (77 165) (77 194) 649 727 1 710 486 Devedores por outras operações Estudos efectuados para clientes Outros devedores Créditos de cobrança duvidosa Provisão para créditos de cobrança duvidosa (Nota 13) 726 498 713 183 913 513 943 512 375 609 337 344 2 015 620 1 994 039 (398 562) (337 344) 1 617 059 1 656 695 Impostos correntes 38 323 939 424 Impostos Diferidos 0 0 38 323 939 424 6 024 520 7 599 703 Activos por impostos Total Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa, associados à rubrica “Recibos por cobrar”, destinam-se a fazer face ao risco de cobrabilidade dos recibos por cobrar em situação de mora, relativos a contratos cujas garantias não foram ainda anuladas pela COSEC. 71 Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o valor registado em balanço para recibos de prémios por cobrar de segurados apresentava a seguinte decomposição: Valores em euros 2009 Em carteira Recibos vencidos há menos de 30 dias Recibos vencidos entre 30 e 90 dias Recibos vencidos entre 90 e 180 dias Recibos vencidos há mais de 180 dias Total Em contencioso Perdas por imparidade a) Valor líquido de balanço 1 180 028 1 035 532 489 051 398 685 3 103 296 824 051 (884 996) 3 042 351 Ramo não vida Crédito Caução Total 492 213 73 511 27 909 25 978 619 612 255 244 (274 424) 600 432 1 672 241 1 109 044 516 960 424 664 3 722 908 1 079 295 (1 159 420) 3 642 783 Em contencioso Perdas por imparidade a) Valor líquido de balanço 2008 Em carteira Recibos vencidos há menos de 30 dias Recibos vencidos entre 30 e 90 dias Recibos vencidos entre 90 e 180 dias Recibos vencidos há mais de 180 dias Total Ramo não vida Crédito 1 409 065 716 416 389 264 186 623 2 701 369 480 210 (623 830) 2 557 749 Caução 462 464 95 188 82 986 55 825 696 463 248 647 (246 191) 698 919 Total 1 871 529 811 605 472 250 242 448 3 397 832 728 857 (870 020) 3 256 669 a) ajustamentos de recibos por cobrar De acordo com o DL 31/2007, de 14 de Fevereiro, passou a ser possível afastar, por convenção, a aplicação das disposições do regime legal do pagamento dos prémios, aprovado pelo DL 122/2005, de 29 de Julho, aos contratos de seguro de créditos. Em conformidade com o disposto no referido DL, foram alteradas as condições gerais das apólices com vista a formalizar as soluções que as especificidades do ramo impunham. 72 39.Credores. A composição desta rubrica é a seguinte: Valores em euros CREDORES 2009 2008 Credores por operações de seguro directo Tomadores de seguro 1 414 139 815 616 Mediadores 379 604 312 765 4 006 4 006 1 797 749 1 132 387 Co-seguradores Credores por operações de resseguro Resseguradores Ressegurados 580 473 145 496 49 256 109 058 629 729 254 553 561 993 603 547 Credores diversos Fornecedores RCGE 271 765 192 856 1 802 691 978 264 2 636 449 1 774 667 627 396 265 828 84 329 110 567 Imposto sobre o valor acrescentado 106 903 73 458 Outros impostos e taxas 601 966 641 184 87 291 106 096 Outros credores Passivos por Impostos Imposto sobre o rendimento Imposto retido na fonte Segurança Social Impostos diferidos Total 869 938 538 740 2 377 823 1 735 873 7 441 750 4 897 481 73 40. Acréscimos e diferimentos. A composição destas rubricas é a seguinte: Valores em euros ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 2009 2008 ACTIVO Outros acréscimos de proveitos Estudos de clientes 350 762 431 034 Informações comerciais fornecidas 315 284 366 024 Participação nos resultados do resseguro cedido 456 306 669 165 0 2 090 852 0 181 308 391 955 0 Especialização de prémios seguro directo (Nota 37) Especialização de comissões de resseguro cedido (Nota 37) Apólices RCGE Outros 2 500 0 1 516 807 3 738 383 Gastos diferidos Seguros 41 580 183 933 Despesas de manutenção 169 702 177 486 211 282 361 419 Total 213 782 361 419 669 014 769 318 PASSIVO Acréscimos de Gastos Estimativa para férias e subsídio de férias Especialização de comissões de mediação (Nota 37) 0 125 451 Especialização de prémios resseguro cedido - QP (Nota 37) 0 819 439 Especialização de prémios resseguro cedido - XL (Nota 37) 0 38 344 Remuneração variável a pagar aos Colaboradores 373 975 351 458 Remuneração variável a pagar aos Orgãos Sociais 105 000 105 000 Outros custos a pagar 233 495 553 009 Informações comerciais recebidas 335 782 484 625 1 717 267 3 246 644 3 647 560 3 305 317 17 151 21 735 Proveitos diferidos Comissões de gestão RCGE Rendas e alugueres Total 3 664 711 3 327 051 5 381 978 6 573 696 A rubrica “Comissões de gestão RCGE” corresponde à especialização da remuneração relativa à gestão das apólices cujo risco é assumido pelo Estado Português. 74 41.Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro A composição desta rubrica da demonstração de ganhos e perdas é a seguinte: Valores em euros OUTROS PROVEITOS TÉCNICOS 2009 2008 Estudos de clientes 2 509 797 3 040 800 Comissões RCGE 2 357 498 1 373 908 Diferenças de câmbio favoráveis Penalidades Rec. Por conta de congéneres Informações comerciais fornecidas Outros Total 83 32 146 431 982 52 752 138 140 136 644 1 260 093 1 458 406 744 955 365 469 7 442 548 6 460 126 A rubrica “Comissões RCGE” corresponde à remuneração da COSEC pela gestão das apólices cujo risco é assumido pelo Estado Português, especializada pelo período de vigência das apólices. Valores em euros OUTROS CUSTOS TÉCNICOS 2009 2008 896 570 1 085 564 1 814 649 2 296 705 450 39 244 Recup. por conta de congéneres 111 320 107 276 Outros 44 848 38 325 2 867 836 3 567 114 Custos imputados RCGE Informações comerciais recebidas Diferenças de câmbio desfavoráveis Total A rubrica “Custos imputados RCGE” corresponde aos custos imputados pela COSEC à actividade de gestão de apólices por conta do Estado Português. 75 42. Gestão do Capital Margem de solvência Conforme a Norma Regulamentar nº 6/2007-R, de 27 de Abril, as empresas de seguros devem dispor e manter um fundo de garantia, que faz parte integrante da margem de solvência e que corresponde a uma terço do valor da margem de solvência exigida, não podendo ser inferior aos limites fixados no art.º 102º do Decreto-Lei nº 94-B/98, de 17 de Abril. Os elementos constitutivos do fundo de garantia são definidos no art.º 103º do mesmo Decreto-lei. A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a Margem de Solvência da COSEC apresentava a seguinte situação: Valores em euros 2009 2008 Capital Social Realizado 7 500 000 7 500 000 Reservas 20 843 177 19 935 152 Reservas de Reavaliação (940 791) (2 062 885) Reservas por impostos diferidos (358 206) (65 622) Outras Reservas 22 142 174 22 063 659 Resultados transitados 6 542 977 6 542 977 Margem de Solvência Disponível Resultados deduzidos de distribuições Resultado líquido do exercício Distribuição de dividendos proposta Sub Total Responsabilidade com benefícios pós-emprego Sub Total Total dos elementos constitutivos da margem de solvência Montante total da Margem de Solvência a constituir Montante total do Fundo de Garantia a constituir Excesso Insuficiência da margem de solvência Taxa de cobertura da Margem de Solvência O Técnico Oficial de Contas Carlos Sousa TOC n.º 13 064 76 270 614 7 852 2 706 140 78 515 (2 435 526) (70 663) 35 156 768 33 985 980 (390 751) (309 400) (390 751) (309 400) 34 766 017 33 676 580 4 119 712 4 199 086 3 500 000 3 500 000 30 646 305 29 477 494 843,89% 802,00% ANEXOS DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 Valores em euros DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO INTEGRAL RESULTADO LÍQUIDO 2009 2008 2 706 140 78 515 1 122 094 (680 468) RESULTADO NÃO RECONHECIDO NOS RESULTADOS Variação de justo valor de activos disponíveis para venda Instrumentos capital e unidades de participação 11 872 53 927 1 110 222 (734 395) Variação das reservas para impostos diferidos (292 584) 191 925 Por diferenças temporárias (292 584) 191 925 De activos financeiros disponíveis para venda (297 355) 187 154 4 771 4 771 829 510 (488 542) 3 535 650 (410 027) Instrumentos de dívida De terrenos e edifícios de uso próprio TOTAL RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 78 DEMONSTRAÇÃO DE VARIAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS Valores em euros Notas Demonstração de variações do do capital próprio Anexo Balanço de abertura a 01/01/2008 27 27 Outras Reservas Reserva por impostos diferidos Reserva Legal Outras Reservas Resultados Transitados Resultado do exercício Total do Capital Próprio 7 500 000 (1 382 418) (257 547) 3 409 673 18 108 765 6 542 977 5 375 220 39 296 671 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda 0 (680 468) 0 0 0 0 0 (680 468) Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos 0 0 191 925 0 0 0 0 191 925 Aumentos de reservas por aplicação de resultados 0 0 0 537 522 7 698 0 (545 220) 0 Distribuição de reservas 0 0 0 0 0 0 0 0 Distribuição de lucros/prejuízos 0 0 0 0 0 0 (4 830 000) (4 830 000) Total das variações do capital próprio 0 (680 468) 191 925 537 522 7 698 0 (5 375 220) (5 318 542) Resultado líquido do período 0 0 0 0 0 0 78 515 78 515 Distribuição antecipada de lucros 0 0 0 0 0 0 0 0 7 500 000 (2 062 885) (65 622) 3 947 195 18 116 464 6 542 977 78 515 34 056 644 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda 0 1 122 094 0 0 0 0 0 1 122 094 Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos 0 0 (292 584) 0 0 0 0 (292 584) Aumentos de reservas por aplicação de resultados 0 0 0 7 852 70 663 0 (78 515) 0 Distribuição de reservas 0 0 0 0 0 0 0 0 Distribuição de lucros/prejuízos 0 0 0 0 0 0 0 0 Total das variações do capital próprio 0 1 122 094 (292 584) 7 852 70 663 0 (78 515) 829 510 Resultado líquido do período 0 0 0 0 0 0 2 706 140 2 706 140 Distribuição antecipada de lucros 0 0 0 0 0 0 0 0 7 500 000 (940 791) (358 206) 3 955 047 18 187 127 6 542 977 2 706 140 37 592 294 Balanço a 31 de Dezembro de 2008 28 Reservas de reavaliação por ajustamentos Capital no justo valor social de activos financeiros disponíveis para venda Balanço a 31 de Dezembro de 2009 79 INVENTÁRIO DE PARTICIPAÇÕES E INSTRUMENTOS FINANCEIROS – anexo 1 Valores em euros Designação Quantidade Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total 1 - FILIAIS, ASSOCIADAS, EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E OUTRAS EMPRESAS PARTICIPADAS E PARTICIPANTES 1.1 - Títulos nacionais 1.1.1 - Partes de capital em filiais ... 1.1.2 - Partes de capital em associadas 1.1.3 - Partes de capital em empreendimentos conjuntos ... 1.1.4 - Partes de capital em outras empresas participadas e participantes ... sub-total 0,00 0,00 1.1.5 - Títulos de dívida de filiais ... 1.1.6 - Títulos de dívida de associadas ... 1.1.7 - Títulos de dívida de empreendimentos conjuntos ... 1.1.8 - Títulos de dívida de outras empresas participadas e participantes BPI RENDIMENTO MAIS TV17 1 026 1 026 000 98,510 1 000,00 1 026 000,00 985,845 1 011 476,69 ... sub-total 1 026 000,00 1 011 476,69 1.1.9 - Outros títulos em filiais ... 1.1.10 - Outros títulos em associadas ... 1.1.11 - Outros títulos em empreendimentos conjuntos ... 1.1.12 - Outros títulos de outras empresas participadas e participantes ... sub-total 0,00 0,00 sub-total 1 026 000,00 1 011 476,69 1.2 - Títulos estrangeiros 1.2.1 - Partes de capital em filiais ... 1.2.2 - Partes de capital em associadas ... (continua) 80 (continuação) Valores em euros Designação Quantidade Montante do valor nominal % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total 1.2.3 - Partes de capital em empreendimentos conjuntos ... 1.2.4 - Partes de capital em outras empresas participadas e participantes ... sub-total 0,00 0,00 1.2.5 - Títulos de dívida de filiais ... 1.2.6 - Títulos de dívida de associadas ... 1.2.7 - Títulos de dívida de empreendimentos conjuntos ... 1.2.8 - Títulos de dívida de outras empresas participadas e participantes BPI CAPITAL FINANCE TV - PERP 500 500 000 71,250 1 031,87 512 482,55 715,583 357 791,46 ... sub-total 512 482,55 357 791,46 1.2.9 - Outros títulos em filiais ... 1.2.10 - Outros títulos em associadas ... 1.2.11 - Outros títulos em empreendimentos conjuntos ... 1.2.12 - Outros títulos de outras empresas participadas e participantes ... sub-total 0,00 0,00 sub-total 512 482,55 357 791,46 1 538 482,55 1 369 268,15 Total 2 - OUTROS 2.1 - Títulos nacionais 2.1.1 - Instrumentos de capital e unidades de participação 2.1.1.1 - Acções LISGARANTE - SOC. GARANTIA MÚTUA, S.A 70 000 1 69 939,89 1,000 70 000,00 NORGARANTE - SOC. GARANTIA MÚTUA, S.A 25 000 1 24 939,89 1,000 25 000,00 SPGM - SOCIEDADE DE INVESTIMENTO NOM 75 000 1 74 819,67 1,000 75 000,00 70 000,00 1,000 GARVAL - SOC. GARANTIA MÚTUA, S.A 70 000 sub-total 239 699,46 70 000,00 240 000,00 (continua) 81 (continuação) Valores em euros Designação Montante do valor nominal Quantidade % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total 2.1.1.2 - Títulos de participação sub-total 0,00 0,00 sub-total 0,00 0,00 sub-total 239 699,46 240 000,00 Total 239 699,46 240 000,00 2.1.1.3 - Unidades de participação em fundos de investimento 2.1.1.4 - Outros 2.1.2 - Títulos de dívida 2.1.2.1 - De dívida pública OBRIGAÇÕES DO TESOURO 3,35% - 15/10/2015 91 400 000 914 000 100,071 0,01 917 354,92 0,010 921 108,29 OBRIGAÇÕES DO TESOURO 3,6% - 2014 64 000 000 640 000 102,171 0,01 643 293,93 0,010 658 754,89 OBRIGAÇÕES DO TESOURO 5% - 2012 93 000 000 930 000 106,658 0,01 989 868,65 0,011 1 017 271,45 150 000 000 1 500 000 104,957 0,01 1 572 950,76 0,011 OBRIGAÇÕES DO TESOURO 5,15% - 2011 1 616 472,12 sub-total 4 123 468,26 4 213 606,75 sub-total 0,00 0,00 2.1.2.2 - De outros emissores públicos 2.1.2.3 - De outros emissores PORTUCEL - TV - 2012 REDITUS 1991 SEMAPA - TV - 2016 BES -3,75% - 2010 436 436 000 99,600 1 000,00 436 000,00 999,826 435 924,12 10 000 8 455 86,929 0,846 8 454,51 0,742 7 418,97 8 400 000 94,000 50 000,00 400 000,00 47 237,200 377 897,60 1 000 1 000 102,874 1 036,70 1 031 307,86 1 064,288 1 064 287,95 sub-total 1 875 762,37 1 885 528,64 6 238 930,09 6 339 135,39 sub-total 0,00 0,00 sub-total 0,00 0,00 Total 2.2 - Títulos estrangeiros 2.2.1 - Instrumentos de capital e unidades de participação 2.2.1.1 - Acções 2.2.1.2 - Títulos de participação 2.2.1.3 - Unidades de participação em fundos de investimento CCAM EURO INFLATION 751 1,336,860 1 328,69 997 843,53 1 336,860 1 003 979,19 PIONEER EUR INF LINK 855 1,171,120 1 167,80 998 443,31 1 171,120 1 001 281,84 ODDO CONVERTIBLES 5 182 116,470 116,16 601 969,00 116,470 603 575,49 1 305 464,250 463,22 604 502,10 464,250 605 846,25 52 474 13,402 13,40 703 305,85 13,402 SAINT-HONORÉ CONVERTIBLES LODH CONVERT BD FD 703 253,37 sub-total 3 906 063,79 3 917 936,14 sub-total 0,00 0,00 total 0,00 0,00 2.2.1.4 - Outros (continua) 82 (continuação) Valores em euros Designação Montante do valor nominal Quantidade % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total 2.2.2 - Títulos de dívida 2.2.2.1 - De dívida pública BUNDES REPUB. DEUTSCHLAND 4% - 4/1/2018 38 734 600 387 346 BUNDES REPUB. DEUTSCHLAND 4,25% - 12/10/2012 50 000 000 500 000 BUNDES REPUB. DEUTSCHLAND 4,25% (04.01.2014) 44 549 128 445 491 105,663 0,01 416 406,45 0,011 424 605,44 106,977 0,01 534 330,97 0,011 539 542,53 107,546 0,01 446 441,51 0,011 497 833,94 BUNDES REPUB. DEUTSCHLAND 4,25% - SER 04-2014 140 000 000 1 400 000 107,748 0,01 1 414 112,47 0,011 1 537 814,47 BUNDES REPUB. DEUTSCHLAND 4,5% - 2013 102 000 000 1 020 000 107,682 0,01 1 035 756,93 0,011 1 143 753,39 BUNDES REPUB. DEUTSCHLAND 5% - 2011 186 000 000 1 860 000 105,785 0,01 1 955 812,03 0,011 2 013 464,01 50 000 000 500 000 99,905 0,01 500 189,44 0,010 499 595,00 BUONI POLIENNALI 4,25% - 1/08/2013 500 000 500 000 106,119 1,06 531 267,32 1,079 539 444,32 BUONI POLIENNALI 3,75% - 09/2011 300 000 300 000 103,674 1,04 311 299,46 1,048 314 319,95 1 800 1 800 000 101,363 990,57 1 792 967,96 1 021,692 1 839 044,96 BELGIUM KINGDOM - TV 2011 FINNISH GOVERNMENT 2,75% - 15/9/2010 FRANCE GOV OAT 3% - 25/10/2015 500 000 500 000 100,805 1,01 504 533,89 1,014 506 778,42 FRANCE GOV OAT 3% - 2012 600 000 600 000 125,563 1,11 648 547,23 1,269 761 220,90 FRANCE GOV OAT 4% - 4/2013 300 000 300 000 106,294 1,06 317 987,08 1,090 327 101,18 FRANCE GOV OAT 5,5% - 2010 40 000 40 000 101,452 1,03 40 294,14 1,052 42 087,65 1 750 000 1 750 000 107,317 1,03 1 793 107,23 1,093 1 912 484,14 NETHERLANDS GOVERNMENT 4% - 07/2018 600 000 600 000 104,373 1,05 627 784,85 1,062 637 350,32 NETHERLANDS GOVERNMENT 5% - 15/07/2011 500 000 500 000 105,817 1,06 528 537,01 1,081 540 660,34 500 500 000 100,110 1 004,28 500 495,03 1 022,758 NETHERLANDS GOVERNMENT 4,25% - 07/2013 REPÚBLICA DA GRÉCIA - 2010 -3,1% 511 378,77 sub-total 13 899 871,00 14 588 479,73 sub-total 0,00 0,00 2.2.2.2 - De outros emissores públicos 2.2.2.3 - De outros emissores ALLIANZ FINANCE II -6,125 B.V. 100 100 000 103,710 1 000,00 100 000,00 1 073,011 107 301,10 ANGLO IRISH 2,75% 500 500 000 100,362 998,81 499 600,37 1 013,565 506 782,60 B.C.P. FINANCE BANK LTD - TV - 06/2015 250 250 000 92,000 1 000,00 250 000,00 920,473 230 118,22 10 500 000 96,286 49 930,50 499 781,91 48 237,792 482 377,92 739 703,98 BANCO ITAU EUROPA S.A - TV 2011 BANCO ITAU EUROPA - TV 2010 745 745 000 99,262 1 000,03 745 006,36 992,891 BANIF FINANCE LTD. TV - 2010 200 200 000 98,235 999,25 199 968,48 984,074 196 814,78 BANIF FINANCE LTD. - TV 2012 360 360 000 95,251 998,16 359 533,83 928,251 334 170,50 BK IRELAND - 2010 250 250 000 99,850 1 000,00 250 000,00 998,595 249 648,71 BK IRELAND -3,75% - 2010 150 150 000 101,080 1 009,35 150 845,63 1 023,026 153 453,90 CAIXA GERAL DEPOSIT FIN TV. 02/12 400 400 000 79,110 1 029,03 408 704,01 791,828 316 731,06 16 800 000 84,000 50 000,00 800 000,00 42 028,078 672 449,24 CEMG-CAYMAN - MONTEPIO GERAL - TV 2011 16 800 000 98,405 49 937,25 799 365,45 49 215,861 787 453,78 CEMG-CAYMAN -MONTEPIO GERAL - TV 2010 744 744 000 99,525 998,99 743 678,24 995,275 740 484,72 20 200 000 98,570 9 996,84 199 958,86 9 931,041 198 620,82 CAJA AHORROS DE GALICIA - TV 2016 CGNU AVIVA (EX PLC) -5,75% CREDIT AGRICOLE SA - TV 2015 PERP 600 600 000 60,500 981,67 590 806,36 638,678 383 206,57 EDP FINANC - TV2010 500 500 000 99,790 1 000,51 500 216,62 998,308 499 154,00 EUROHYPO CAP. FUND TRUST1 -6,445% - 05/2013 250 250 000 41,375 1 003,64 250 702,09 452,950 113 237,43 IRISH NATIONWIDE -3,5% - 2010 600 600 000 100,980 1 008,99 603 338,20 1 019,389 611 633,42 26 1 289 600 97,000 50 362,90 1 298 960,00 48 519,207 1 251 310,34 IBOND ITRX - TV 2010 (continua) 83 (continuação) Valores em euros Designação Montante do valor nominal Quantidade % do valor nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço Unitário* Total LLOYDS TSB BANK PLC -6,25% - 2014 202 202 000 108,360 990,10 200 283,84 1 128,121 NATIONAL WESTMINSTER BK 1999 358 358 000 55,015 1 000,00 358 000,00 557,168 199 466,14 PEMEX 6,625% - 2010 250 250 000 101,030 1 032,29 251 653,21 1 059,488 264 872,09 POPULAR CAPITAL AS - TV 2009 - OB PERP 609 609 000 62,000 999,03 608 883,62 620,101 377 641,75 12 600 000 94,125 49 985,17 599 877,18 47 073,156 564 877,87 SANTANDER ISSUANCES TV 2017 SCH FINANCE S.A TV 2009 - OB PERP 227 880,35 675 675 000 60,000 996,23 674 500,54 608,817 410 951,81 SFEF - TV 2012 500 000 500 000 100,504 1,01 502 673,57 1,007 503 356,00 SWEDISH - TV 2011 500 000 500 000 99,751 1,00 499 255,19 0,998 498 785,75 400 400 000 93,280 996,50 398 600,00 958,698 383 479,32 30 300 000 92,690 10 000,00 300 000,00 9 269,000 278 070,00 835 835 000 106,196 996,65 832 636,09 1 071,404 THE GOLDMAN SACHS TV 2/3/2017 THE GOLDMAN SACHS TV 2015 (Variação anual taxas juro x 5,5) VEOLIA ENVIRONNEMENT 1,75% 2015 894 622,52 sub-total 14 476 829,65 13 178 656,69 Total 28 376 700,65 27 767 136,42 0,00 0,00 sub-total 0,00 0,00 Total 0,00 0,00 40 060 177,07 39 393 476,09 2.3 - Derivados de negociação sub-total 2.4 - Derivados de cobertura 3 - Total Geral * Inclui o valor dos juros decorridos 84 DESENVOLVIMENTO DA PROVISÃO PARA SINISTROS RELATIVA A SINISTROS OCORRIDOS* EM EXERCÍCIOS ANTERIORES E DOS SEUS REAJUSTAMENTOS (CORRECÇÕES) – Anexo 2 Valores em euros Provisão para sinistros em 31/12/2008 (1) Ramos / Grupos de Ramos Custos com sinistros * - Montantes pagos no exercício (2) Provisão para sinistros * em 31/12/2009 (3) Reajustamentos* (3) + (2) - (1) Não vida Acidentes e doença 0 0 0 0 Incêndio e outros danos 0 0 0 0 Automóvel 0 0 0 0 Responsabilidade civil 0 0 0 0 Outras coberturas 0 0 0 0 Marítimo, aéreo e transportes 0 0 0 0 Responsabilidade civil geral 0 0 0 0 Crédito e caução 38 258 894 22 905 996 24 268 695 8 915 796 Protecção jurídica 0 0 0 0 Assistência 0 0 0 0 Diversos 0 0 0 0 Total 38 258 894 22 905 996 24 268 695 8 915 796 Total Geral 38 258 894 22 905 996 24 268 695 8 915 796 * Sinistros do anos de subscrição de 2008 e anteriores 85 DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS COM SINISTROS – anexo 3 Valores em euros Montantes pagos (Custos de gestão de sinistros imputados) (2) Montantes pagos (Prestações) (1) Ramos / Grupos De Ramos Variação da provisão para sinistros (3) Custos com sinistros (4) = (1) + (2) + (3) Seguro directo Acidentes e doença 0 0 0 0 Incêndio e outros danos 0 0 0 0 Automóvel 0 0 0 0 Responsabilidade civil 0 0 0 0 Outras coberturas 0 0 0 0 Marítimo, aéreo e transportes 0 0 0 0 Responsabilidade civil geral 0 0 0 0 Crédito e caução 25 142 941 1 870 095 2 891 447 29 904 484 Protecção jurídica 0 0 0 0 Assistência 0 0 0 0 Diversos 0 0 0 0 Total 25 142 941 1 870 095 2 891 447 29 904 484 Resseguro aceite 317 475 0 (664 567) (347 093) Total Geral 25 460 416 1 870 095 2 226 880 29 557 391 DISCRIMINAÇÃO DE ALGUNS VALORES POR RAMOS – anexo 4 Valores em euros Prémios brutos emitidos Ramos / Grupos de Ramos Prémios brutos adquiridos Custos com sinistros brutos* Custos de exploração brutos* Saldo de resseguro Seguro directo Acidentes e doença 0 0 0 0 0 Incêndio e outros danos 0 0 0 0 0 Automóvel 0 0 0 0 0 Responsabilidade civil 0 0 0 0 0 Outras coberturas 0 0 0 0 0 Marítimo, aéreo e transportes 0 0 0 0 0 Responsabilidade civil geral 0 0 0 0 0 Crédito e caução 34 584 349 34 792 544 29 904 484 8 963 499 (1 085 711) Protecção jurídica 0 0 0 0 0 Assistência 0 0 0 0 0 Diversos 0 0 0 0 0 Total 34 584 349 34 792 544 29 904 484 8 963 499 (1 085 711) Resseguro aceite 168 175 185 051 (347 093) 233 633 0 Total Geral 34 752 524 34 977 595 29 557 391 9 197 132 (1 085 711) * Sem dedução da parte dos Resseguradores. 86 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL No âmbito das competências que lhe estão atribuídas e do mandato que lhe foi conferido, o Conselho Fiscal da Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. acompanhou a actividade da Companhia ao longo do exercício de 2009, verificou a exactidão dos documentos de prestação de contas e das políticas e práticas contabilísticas, fiscalizou o processo de preparação e divulgação da informação financeira e a revisão de contas, bem como a independência do Revisor Oficial de Contas. No que respeita aos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, o Conselho Fiscal acompanhou as principais alterações introduzidas bem como a respectiva implementação ao longo do exercício, com vista ao cumprimento da Norma Regulamentar Nº 14/2005‑R do Instituto de Seguros de Portugal, sendo de opinião que, sem prejuízo destes sistemas carecerem, ainda, de aperfeiçoamentos, respondem de forma adequada, nos aspectos materialmente relevantes, aos objectivos previstos na referida Norma. O Conselho acompanhou, igualmente, a actividade desenvolvida pela auditoria interna durante o exercício em análise. O Conselho Fiscal examinou, ainda, o Balanço em 31 de Dezembro de 2009, cujo activo e capitais próprios ascendem, respectivamente, a 99 790 m. Euros e 37 592 m. Euros, incluindo um resultado líquido de 2 706 m. Euros, a Conta de ganhos e perdas e as Demonstrações do rendimento integral, das alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa, bem como o Anexo às demonstrações financeiras. Examinou, igualmente, o Relatório do Conselho de Administração relativo ao exercício findo naquela data e, bem assim, a Certificação Legal de Contas emitida pelo Revisor Oficial de Contas, a qual não contem reservas, apresentando uma ênfase referindo as que constavam na Certificação relativa ao exercício de 2008. O Conselho tomou, também, conhecimento do Relatório e das Conclusões emitidos pelo Actuário ‑Responsável. Face ao exposto, o Conselho é de opinião que as demonstrações financeiras e o Relatório do Conselho de Administração, bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas. Uma nota final para expressar ao Conselho de Administração, aos Responsáveis Directivos da Companhia e a todos os seus colaboradores, o apreço e agradecimento por toda a colaboração prestada. Lisboa, 12 de Março de 2010 Abel Reis Tito Arantes Fontes Presidente Vogal Maria da Conceição Pizarro Monteiro 88 Vogal CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS Introdução 1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. (“Companhia”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2009 que evidencia um total de 99.790.918 Euros e capitais próprios de 37.592.294 Euros, incluindo um resultado líquido de 2.706.140 Euros, a Conta de ganhos e perdas e as Demonstrações do rendimento integral, das alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Companhia a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Companhia e o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. em 31 de Dezembro de 2009, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações nos seus capitais próprios e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector segurador. Ênfase 5. As demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 são apresentadas de forma a dar cumprimento aos requisitos de publicação de contas. Estas demonstrações financeiras foram por nós examinadas e a nossa Certificação Legal das Contas, datada de 23 de Março de 2009, continha ênfases relativas à alteração nesse exercício da metodologia de cálculo da provisão para sinistros já ocorridos e não declarados e à transição para o novo plano de contas para as empresas de seguros. Lisboa, 11 de Março de 2010 90 Deloitte & Associados, SROC S.A. Representada por João Carlos Henriques Gomes Ferreira CONCLUSÕES DO RELATÓRIO DO ACTUÁRIO RESPONSÁVEL CONCLUSÕES DO RELATÓRIO DO ACTUÁRIO-RESPONSÁVEL Apresentam‑se de seguida as principais conclusões e recomendações do relatório anual do Actuário ‑Responsável do ano de 2009, efectuado de acordo com a legislação em vigor, nomeadamente o estipulado, no Decreto‑Lei nº 94‑B/98 de 17 de Abril, na Portaria do Ministério das Finanças nº 111/94 de 30 de Junho e nas Normas nº 15/00‑R de 23 de Novembro e nº 06/02‑R de 11 de Março emitidas pelo Instituto de Seguros de Portugal. Provisões Técnicas A análise da evolução das provisões técnicas revelou a suficiência das mesmas após o seu cálculo via métodos estatísticos, estando os valores apresentados de acordo com a legislação em vigor. Gestão de Activos e Passivos A empresa apresenta uma política de investimentos adequada e um equilíbrio aceitável entre activos e passivos, em virtude das reservas livres existentes e da duração implícita na sua carteira de investimentos e responsabilidades. Esta conclusão tanto abrange os fluxos financeiros previstos como o “gap” que possa ser gerado pela evolução do valor dos activos face ao dos passivos. A política de gestão de activos e passivos é consentânea com os princípios orientadores estabelecidos pelo Instituto de Seguros de Portugal. Subscrição e Tarifas Apesar de 2009 ter sido um ano de acentuada crise económica, registou‑se um aumento das margens técnicas da empresa. Para isto contribuíu, sobretudo, a reestruturação efectuada, no que diz respeito a tarifas praticadas e a riscos subscritos. Apesar de se ter consumido uma parte da provisão para desvios de sinistralidade, tal foi feito em menor quantidade do que no ano anterior, ao que acresce que os resultados técnicos obtidos seriam sempre positivos se tal não tivesse acontecido. Resseguro A empresa tem os seus riscos distribuídos por tratados de resseguro, sendo a generalidade das resseguradoras de elevado rating internacional. O nível de resseguro adquirido pela empresa é compatível com a sua experiência histórica. Solvência A empresa apresenta um grau de cobertura das suas responsabilidades elevado. Do ponto de vista dinâmico a três anos e a manterem‑se as tendências actuais, a empresa apresenta um grau de cobertura das responsabilidades compatível com as conclusões do parágrafo anterior. Lisboa, 22 de Fevereiro de 2010 Actuarial – Consultadoria Lda. 92 Sócio‑Director Luís Portugal ACCIONISTAS accionistas Bancos Banco BPI, SA Congéneres EULER HERMES SFAC 94 Sede Av. da República, 58 1069-057 LISBOA Delegação Rua Gonçalo Sampaio, 329 – 3º Dtº 4150-367 PORTO Número de Contribuinte e de matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa n.º 500 726 000 Capital Social: € 7.500.000 Avenida da República, 58 1069-057 LISBOA Telef.: (+351) 21 791 37 00 Fax: (+351) 21 791 37 20 e-mail: [email protected] www.cosec.pt