Manual do Diretor Social

Transcrição

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE LIONS CLUBES
Distrito LC 5
AL 2013/2014
MANUAL DO DIRETOR SOCIAL – CERIMONIAL E PROTOCOLO LEONÍSTICO
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GOVERNADOR CL ROBERTO MANTOVANI
CaL DINA ERAS MANTOVANI
MANUAL DO DIRETOR SOCIAL DE LIONS CLUBE
CERIMONIAL E
PROTOCOLO
LEONÍSTICO
PESQUISA, ORGANIZAÇÃO, DESENVOLVIMENTO
E PROJETO GRÁFICO DESTA PUBLICAÇÃO:
CL PAULO ROGÉRIO e CaL PAULINHA ANDRADE
(11) 7810-7799
[email protected]
Lions Clube Mogi das Cruzes
COORDENAÇÃO DA ESCOLA DE DIRIGENTES:
PCC CL SÉRGIO PALANDRI
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PROPÓSITOS DE LIONS CLUBES
(anteriormente conhecidos como “objetivos”, estabelecidos na 3ª Convenção da Associação, em Chicago, em 1919)
CRIAR E INCENTIVAR o espírito de respeitosa consideração entre os povos do mundo, mediante o
estudo dos problemas das relações internacionais.
INCENTIVAR o estudo e prática de bom governo e boa cidadania.
INTERESSAR-SE ativamente pelo bem estar cívico, social e moral da comunidade.
MANTER os associados unidos pelos liames da amizade, do companheirismo e da compreensão mútua.
PROPORCIONAR condições favoráveis para a livre discussão de todos os assuntos de interesse público,
somente excetuando os da política e sectarismo religioso.
ENCORAJAR a eficiência e promover altos valores éticos no desempenho dos negócios e das profissões,
uma vez que Clube algum poderá portar-se de modo a atender ao benefício pessoal de seus associados.
CÓDIGO DE ÉTICA DO LEÃO
(adotado na 2ª Convenção, em 1918, em Saint Louis)
DEMONSTRAR FÉ nos méritos de minha profissão, esforçando-me para conseguir honrosa reputação,
mercê da excelência dos meus serviços.
LUTAR pelo êxito e pleitear toda a remuneração ou lucro que equitativa e justamente mereça,
recusando porém aqueles que possam acarretar diminuição de minha dignidade devida a vantagem
injusta ou ação duvidosa.
LEMBRAR que, para ser bem sucedido nos negócios ou empreendimentos, não é necessário destruir o
dos outros.
SER LEAL com os clientes e sincero comigo mesmo.
DECIDIR contra mim no caso de dúvida, quanto ao direito ou ética de meus atos perante meu próximo.
PRATICAR a amizade como um fim e não como um meio.
SUSTENTAR que a verdadeira amizade não é resultado de favores mutuamente prestados, dado que
não requer retribuição, pois recebe benefícios com mesmo espírito desinteressado com que os dá.
TER SEMPRE PRESENTE meus deveres de cidadão para com minha localidade, meu estado e meu país,
sendo-lhes constantemente leal em pensamento, palavras e obras, dedicando-lhes
desinteressadamente meu tempo, meu trabalho e meus recursos.
AJUDAR O PRÓXIMO consolando o aflito, fortalecendo o débil e socorrendo o necessitado.
SER COMEDIDO na crítica e generoso no elogio.
CONSTRUIR e não destruir.
DECLARAÇÃO DA VISÃO:
"Ser o líder global em serviços comunitários e humanitários".
DECLARAÇÃO DE MISSÃO:
"Dar poder aos voluntários para que possam servir suas comunidades e atender suas necessidades
humanas, fomentar a paz e promover a compreensão mundial através dos Lions Clubes".
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ORAÇÃO INICIAL (INVOCAÇÃO A DEUS)
AGRADECEMOS, SENHOR,
POR ESTARMOS AQUI REUNIDOS PARA NOS CONHECERMOS MELHOR
E ASSIM PODERMOS SERVIR AOS NOSSOS SEMELHANTES.
DAI-NOS, SENHOR, A HUMILDADE, A SABEDORIA, E A FORÇA NECESSÁRIAS
PARA CUMPRIR NOSSOS DEVERES COM ENTUSIASMO E TENACIDADE.
DAI-NOS, SENHOR, A BONDADE E A TOLERÂNCIA PARA RESPEITAR A OPINIÃO DOS DEMAIS
E ALIMENTAR A ASPIRAÇÃO DE TODOS PARA SERVIR A HUMANIDADE.
PROTEGEI, SENHOR, A NOSSA GRANDE FAMÍLIA LEONÍSTICA
QUE TRABALHA HOJE, COMO SEMPRE, PELO CULTO DA AMIZADE, DO AMOR AO PRÓXIMO
E DO SERVIÇO DESINTERESSADO.
BENDIZEI, SENHOR, O NOSSO TRABALHO.
ASSIM SEJA!
ORAÇÃO FINAL
AGRADECEMOS, SENHOR, A SUA PRESENÇA NESTE NOSSO ENCONTRO.
QUE O PARTILHAR DE HOJE SEJA PARA COM TODOS NÓS O ALIMENTO DE NOSSA UNIÃO
E A PROMESSA DE SERVIRMOS MAIS E MELHOR AMANHÃ.
PEDIMOS AINDA, SENHOR, QUE FAÇAS COM QUE CADA UM DE NÓS
SE ESFORCE PARA ESTAR AQUI NOVAMENTE NO PRÓXIMO ENCONTRO,
EVITANDO DAR AOS DEMAIS A TRISTEZA DE UMA AUSÊNCIA.
OBRIGADO, SENHOR!
ORAÇÃO PELO BRASIL
“Ó DEUS ONIPOTENTE, PRINCÍPIO E FIM DE TODAS AS COISAS,
INFUNDI EM NÓS BRASILEIROS, O AMOR AO ESTUDO E AO TRABALHO
PARA QUE FAÇAMOS DE NOSSA PÁTRIA UMA TERRA DE PAZ,
DE ORDEM E DE GRANDEZA.
VELAI, SENHOR, PELOS DESTINOS DO BRASIL.”
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Tem Clube que ainda confunde, mas
DIRETOR SOCIAL NÃO É DIRETOR DE ASSOCIADOS
O Diretor Social é responsável pelos objetos de propriedade do Clube,
desde os necessários para a realização de encontros e reuniões festivas até os de uso protocolar (bandeiras,
estandartes, sino, martelo, livros e quadros). Ele coloca os objetos necessários no lugar antes das reuniões e
depois guarda cada objeto em seu lugar próprio. O Diretor Social responde pelo perfeito andamento de
atividades que envolvem a integração do grupo, na promoção dos encontros e reuniões festivas, zelando pelo
conforto e satisfação dos Associados e convidados e pela manutenção do protocolo leonístico. Nas reuniões, ele
vê se todos estão sentados em lugares apropriados e, quando necessário, distribui boletins e outras publicações.
Assegura que os novos Associados sintam-se bem-vindos ao Clube, sentando-se junto a grupos diferentes em
cada reunião para permitir que se conheçam melhor. Atua como "dono da reunião", orientando posicionamento
de dirigentes nos lugares adequados, conforme precedência leonística e gerencia o serviço de alimentação a ser
servido.
O Diretor de Associados é o Presidente da "Comissão de Sócios", cujas
atribuições incluem desenvolver programas específicos de aumento de associados para o Clube, incentivar
constantemente nas reuniões do Clube o recrutamento de novos associados de qualidade, preparar e
implementar sessões de orientação, apresentar relatório à diretoria do Clube com ações para o aumento e
retenção de associados, coordenar os trabalhos com outras Comissões para o cumprimento das atividades
dessas atribuições e atender ao Comitê Assessor, às diretrizes e orientações da GMT (Global Membership Team)
e à Governadoria do Distrito.
O Diretor Social é uma das ferramentas do Diretor de Associados – e de
todos os outros membros da Diretoria Executiva do Clube – para que os associados sintam-se bem nos
encontros, simples, festivos e de atividades. Com seu trabalho, o Diretor Social acolhe os novos associados e
ajuda na tarefa de motivar – e consequentemente – reter os associados mais antigos.
E é sobre o Diretor Social, sua atividade, sua capacitação e sua
importância, que vamos tratar neste trabalho...
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O Manual da Equipe de Dirigentes de Clube (LA-15.PO 2013-2014, disponível em
http://www.lionsclubs.org/PO/common/pdfs/la15.pdf) descreve em sua página 10 das funções do
Diretor Social:
“O Diretor Social terá a seu cargo e sob a sua responsabilidade os
objetos de propriedade do Clube, tais como, bandeiras, estandartes,
sino, martelo, livros de canções e quadro de insígnias, etc. Ele deverá
ser responsável por colocar cada um desses objetos no lugar
apropriado antes de cada reunião, devendo guardá-los no devido lugar
após cada reunião. Ele deverá atuar como Mestre de Cerimônias nas
reuniões, providenciando para que todos estejam devidamente
acomodados, devendo distribuir os boletins, circulares e literatura,
conforme requerido nas reuniões do Clube e da diretoria. Deverá
oferecer atenção especial aos novos associados, fazendo com que
possam sentar-se com diferentes grupos em cada reunião, de modo a
se familiarizarem com todos os integrantes do Clube.”
Ainda, é o Diretor Social o responsável pela saudação e recepção aos convidados e visitantes nas
reuniões do Lions Clube, zelando pela correta execução do protocolo, adequada distribuição dos
presentes às reuniões e fiscalizando os serviços prestados nas mesmas.
O Diretor Social deve tomar o cuidado em providenciar com antecedência o local para a realização da
reunião e tomar as providências necessárias no sentido de que, quando o Presidente chegar, as
bandeiras já estejam colocadas no seu lugar bem como o sino, o malhete e o Colar (também conhecido
como Medalhão) para o Mestre de Cerimônias.
É MUITO IMPORTANTE QUE O DIRETOR SOCIAL CONHEÇA O LEONISMO,
SEUS DIRIGENTES E SUAS LIDERANÇAS, O PROTOCOLO, A ORDEM GERAL DE
PRECEDÊNCIA E DE COLOCAÇÃO DE BANDEIRAS.
As reuniões de Clube que primam pela excelência promove satisfação e conservação de Associados.
Em seu papel, o Diretor Social tem a oportunidade de fazer com que as reuniões do Clube e a
experiência em geral sejam gratificantes e significativas.
As reuniões de Clube são um aspecto chave da satisfação dos Associados. Essas reuniões oferecem
uma plataforma para o envolvimento, reconhecimento e companheirismo. As reuniões devem ser
positivas e informativas e contemplar todos os presentes. Incentive todos os Leões a participar.
Lembre-se de agendar algum tempo para companheirismo, socialização e contatos.
Mesmo que as discussões políticas e religiosas devam ser evitadas, as reuniões gerais representam
uma oportunidade ideal para os associados e convidados aprendam sobre a comunidade e questões
que se relacionam aos interesses diretos de todos.
Existem várias oportunidades para excelentes programas nas reuniões:
Líderes da comunidade local - prefeito, representantes governamentais, comandantes de polícia ou do
corpo de bombeiros, diretores de escolas, etc. Não só o seu Clube se beneficiará dos programas desses
líderes, mas você também terá a oportunidade de apresentar essas pessoas influentes ao seu Lions
Clube.
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Empresários da Comunidade Local - representantes de empresas, câmaras de comércio, ou bureaus
de convenções e de visitantes - formam um grupo diversificado que oferece programas variados.
Beneficiários dos serviços oferecidos pelo Clube - as histórias contadas pelos beneficiários dos
serviços do Clube tornam-se uma excelente maneira de motivar os Associados a perseverarem em sua
missão de servir os menos privilegiados.
Organizações culturais, assim como museus, teatros e orquestras - oferecem programas interessantes
e informativos, sendo uma excelente maneira de acrescentar variedade aos Clubes.
Organizações de ajuda aos deficientes - organizações de assistência social, agências para os
deficientes, grupos de assistência aos idosos, e outros. Mesmo que esses grupos normalmente
solicitem financiamento do Clube, eles também podem proporcionar uma oportunidade para
envolvimento direto.
Presidentes de Divisão e Região - aprenda sobre a situação dos projetos relevantes do distrito para
incentivar o apoio do Clube.
Programas para uso imediato – Mantenha alguns programas prontos, que possam ser colocados
imediatamente em ação, no momento de possíveis cancelamentos de última hora. Essas são algumas
ideias para programas rápidos: apresentação de vídeo do Programa Internacional e discussão sobre
como o seu Clube está contribuindo para o atingimento das metas anuais da Associação, notícias sobre
recrutamento de novos Associados e debates sobre maneiras criativas em que o Clube poderá recrutar
novos Associados e mantê-los no Clube.
O Diretor Social poderá também pedir ao Assessor de Relações Públicas que faça um relatório sobre a
situação das campanhas de divulgação e sobre a percepção da comunidade sobre o Lions Clube.
Mantenha uma lista desses programas "de emergência" em mãos, para que possa tomar providências
rapidamente.
AUMENTO DA FREQUÊNCIA ÀS REUNIÕES
- Certifique-se de que as datas, horários e locais das reuniões são convenientes para os Associados.
- Verifique se o local da reunião é confortável e atende às necessidades dos Associados.
- Use métodos múltiplos de comunicação para incentivar a participação, ou seja, e-mail, cartas e
telefonemas. A comunicação deverá ser feita em tom animado e motivante, incluindo uma descrição
positiva da reunião, destacando a importância da participação dos Associados nas atividades do Clube.
- Convide os Associados atuais e potenciais, incentivando-os a levarem seus amigos. Mesmo que
percam uma reunião, continue mantendo-os na sua lista de convidados.
- Telefone aos Associados que perderam mais que uma reunião para saber a razão de não estarem
comparecendo. Mantenha todos informados sobre o desenvolvimento e o progresso feito no tocante
aos projetos de serviço.
- Lembre-se sempre (citando em reuniões, enviando cartões, telefonando...) das datas de aniversário
natalício e de casamento.
- Ofereça um relatório detalhado sobre a situação de cada projeto do Clube e incentive os Associados a
participarem.
- Destaque um programa interessante ou apresentação em cada reunião.
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MONITORAMENTO E RECONHECIMENTO PELA PARTICIPAÇÃO
Os dirigentes de Clube têm a responsabilidade de manter o controle da frequência dos Associados,
estabelecerem regras de compensação de faltas e verificar se os Associados atenderam a todos os
requisitos de frequência.
Os Associados que não estão participando das reuniões devem ser incentivados a se envolver mais
com o Clube.
É também importante reconhecer os Associados que são atuantes, para que continuem se envolvendo
cada vez mais. Os prêmios de frequência perfeita estão disponíveis para Associados que participaram
de todas as reuniões regularmente agendadas por doze meses ou mais, recuperando a frequência de
acordo com as normas do Clube.
Este período pode ter início em qualquer mês. Os prêmios em reconhecimento à frequência perfeita e
outros prêmios de reconhecimento por serviços relevantes estão disponíveis no Catálogo de Materiais
para Clubes (www.lionsclubs.org).
PROTOCOLO LEONÍSTICO
O que se chama protocolo é uma coleção de regras que definem a utilização de formalidades nas
cerimônias. Lions Clube, como qualquer outra entidade, define suas regras protocolares sob a
influência no contexto de outros protocolos específicos, inserindo-se nas tradições existentes.
Uma lista de regras protocolares ordena o que se deve fazer em um encontro, elimina dúvidas acerca
de posições na mesa, sequências e roteiros de acontecimentos, e permite honrar a todos de modo a
que não haja ofensas involuntárias, desprestígios ou mágoas.
Os Clubes devem ter uma Comissão de Recepção, indicada pelo Presidente e organizada pelo Diretor
Social, que assista e recepcione os visitantes e os Associados, de modo a criar um clima adequado para
a reunião.
ORDEM DE PRECEDÊNCIA
Extraído e adaptado de trabalho de autoria do prof. Fredolino Antônio David
Precedência, primazia e presidência são vocábulos que todo bom profissional que lida com eventos,
cerimonial e protocolo, deve conhecer e ter a noção exata dos seus significados.
O dicionário Aurélio nos ensina que precedência se origina do latim “praecedentia”, que vem a ser a
qualidade ou condição de preferência, preeminência ou antecedência em uma ordem determinada; é
o conceito ou ordem pela qual se estabelece a ordem hierárquica de disposição de autoridades, de
Estados, de Símbolos Nacionais, de organizações, de todo corpo organizado ou grupo social. Para o
cerimonial e protocolo, precedência é estabelecer ordem hierárquica, em especial de autoridades e de
símbolos oficiais.
Primazia do latim “primatia”, de “primus” primeiro, ou seja, primeiro plano, primado, dignidade de
primaz, superioridade; os dicionários indicam primazia e precedência como sinônimas. Em cerimonial e
protocolo, no entanto os vocábulos indicam sutis diferenças; primazia é terminologia comumente
usada para designar a superioridade hierárquica de autoridades religiosas. Para o cerimonial e
protocolo, primazia é muito mais referência abstrata e imaginária ao lugar de honra ocupado por
alguém que detém um cargo de relevância, do que ao cargo propriamente dito. Primazia é a
prerrogativa de ocupar legitimamente a cadeira mais importante (cátedra); é o lugar destinado à
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decisão final da autoridade máxima ou a alguém que detém o mais alto saber e poder, cujas decisões e
opiniões são incontestáveis.
Presidência também do latim “praesidentia”, é o ato de dirigir, reger, regular, nortear uma nação, uma
organização, uma reunião ou uma atividade e tarefa qualquer. Para o cerimonial e o protocolo é o ato
de conduzir uma solenidade, ou seja, o responsável maior. É quem convida, recebe e despede em
eventos solenes. Nem sempre quem tem a precedência e ou a primazia, preside a cerimônia ou dirige
o evento.
A precedência sempre foi motivo de atrito, sempre foi e será polêmico. A administração pública é
muito dinâmica em criar e extinguir cargos. Como a legislação não acompanha esta dinamicidade, cabe
ao cerimonial, mesmo que oficiosamente, estabelecer estas novas precedências. O Diretor Social deve
desenvolver agilidade e habilidades comportamentais para saber administrar as polêmicas de ordem
de precedência, visto que precedência e vaidade humana não estão dissociadas.
No Brasil o Barão do Rio Branco, em 1903, elaborou a primeira regra escrita sobre precedência. Em
1918 foi editado pelo cerimonial da Presidência da República um livro, consolidando as práticas e
disposições de cerimonial e precedência usuais à época. Em 1927 foi baixado o primeiro documento
legal, regulando o cerimonial público e a ordem geral de precedência, base da atual legislação. Em
1965, o Brasil homologou o acordo da Convenção de Viena, como já vimos acima. Em 9 de março de
1972, foi assinado pelo Presidente da República o Decreto nº. 70.274, que aprova as normas do
Cerimonial Público e a Ordem Geral de Precedência. Instrumento legal que é base para a se
estabelecer a ordem geral de precedências, não só no cerimonial público, mas também no privado
com a presença de autoridades públicas.
Respeitado o acordo do Congresso de Viena de 1815 e a convenção também de Viena de 1961,
homologada pelo governo brasileiro através do Decreto nº. 56.435, de 8 de junho de 1965, em que
prevalece a precedência dos representantes diplomáticos pela ordem de entrega das credenciais ao
Chefe de Estado, bem como a Constituição de 1988 que dá autonomia aos Poderes, no Brasil, a
precedência está regulada pelo Decreto nº. 70.274, de 9 de março de 1972. Esta legislação, com mais
de três décadas de existência e uma Constituinte em 1988 foi atualizada em três oportunidades, e
destas uma só atualizou a precedência, o Decreto nº. 83.186, de 19 de fevereiro de 1979, que manda
inserir o Estado do Mato Grosso do Sul logo após o Acre e antes do Distrito Federal, na ordem de
precedência estabelecida no artigo oitavo. Foram criados quatro novos Estados, Rondônia, Tocantins,
Roraima e Amapá, e a legislação não foi atualizada, razão pela qual grande parte dos cerimonialistas se
vale da doutrina constitucional e suas disposições transitórias para estabelecer a precedência destes
quatro Estados.
Alguns cerimonialistas têm buscado respaldo na legislação militar em especial quanto ao uso e culto
dos Símbolos Nacionais e o cerimonial fúnebre. Aliás, o próprio decreto nº. 70.274, algumas vezes
remete e em outras sugere procedimentos de cerimonial militar a serem adotados no cerimonial civil.
A legislação de cerimonial militar tem como fundamento o Decreto nº. 6.806, de 25 de março de 2009,
regulamentado e detalhado pela Portaria Normativa nº 660-MD, de 19 de maio de 2009, conhecido
como RCONT (Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças
Armadas), cuja aplicação é detalhada no âmbito de cada Força por portarias dos respectivos
comandos. A Marinha do Brasil, pela sua peculiaridade, dispõe de legislação própria de cerimonial, o
Cerimonial da Marinha do Brasil, disciplinado pela Portaria nº 193/MB, de 22 de maio de 2009. Esta
legislação também nos traz alguns ensinamentos de precedências e de uso e culto dos Símbolos
Nacionais.
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A primazia do lugar central e o da direita deste, retratada na Bíblia e no decorrer da história, foi sendo
assimilada pelas autoridades laicas, em especial durante a idade média, por causa da ascendência que
os Papas tinham sobre os soberanos cristãos do ocidente. A legislação brasileira que disciplina o
cerimonial público acolheu esta doutrina, como podemos observar na simples leitura do artigo 19,
seus incisos e parágrafo único, da Lei nº. 5.700, de 1 de setembro de 1971 e o artigo 31, seus incisos e
parágrafo único, do Decreto nº. 70.274, de 9 de março de 1972. Os dispositivos citados têm a mesma
redação:
Art. 19(e 31). A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território nacional, ocupa
lugar de honra, compreendido como uma posição:
I – Central ou mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras, pavilhões
ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes;
II – Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles;
III – À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.
Parágrafo único – Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras, a direita de uma pessoa
colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou, de modo geral, para o público que observa
o dispositivo.
Note-se que o parágrafo único fala claramente em dispositivo de bandeiras, e não dispositivo de
mastros. Deve-se, portanto estar atento quando o número de mastros for maior do que o de bandeiras
a hastear; se os mastros forem móveis fica fácil, é só retirar os excedentes.
Observe-se também que o lugar de honra é caracterizado pelo posicionamento da bandeira, e não
pelo posicionamento e altura dos mastros.
O artigo nº. 94 da Portaria Normativa nº 660-MD, de 19 de maio de 2009 (RCONT), reza que nenhuma
bandeira deve ser posicionada acima da Bandeira Nacional.
O lugar de honra conceituado para o dispositivo de bandeiras é, por doutrina e analogia usado pelo
cerimonial e protocolo para o posicionamento das autoridades nas solenidades oficiais e protocolares.
Todo Diretor Social sabe que a precedência estabelece a ordem hierárquica das autoridades, de
lideranças, dirigentes, de organismos, de símbolos oficiais, de personalidades ou de grupos sociais.
PRECEDÊNCIA E PRESIDÊNCIA
Não se pode confundir presidência com precedência. Em solenidades e cerimônias quem tem a maior
precedência não tem necessariamente a presidência. O Presidente da República, como Chefe de
Estado, tem a precedência e por mandamento legal também a presidência nas cerimônias a que
comparecer. Não se cede a Presidência ao Presidente da República, como querem fazer crer alguns
cerimonialistas, ele a detém por força de lei; é o ônus de quem quer o prestígio da presença da
autoridade máxima do país.
Com a independência dos poderes prescrita na Constituição de 1988, as cerimônias dos Poderes
Legislativo e Judiciário, tanto a presidência como a precedência são dos respectivos Presidentes,
mesmo com a presença do Presidente da República. Nas cerimônias religiosas, independente de quem
convida ou ordem de precedência, a presidência da cerimônia é de autoridade religiosa. O mesmo
ocorre na cerimônia de colação de grau do ensino superior, quem a preside é o Reitor, que nem
sempre é a autoridade de maior precedência.
Nos Estados, embora o Governador presida as cerimônias a que comparecer, nas cerimônias militares
ser-lhe-á dado o lugar de honra; é outro exemplo em que a autoridade de maior precedência não é o
presidente da cerimônia. Obviamente, como Comandante em Chefe das Forças Militares Estaduais, o
Governador presidirá as cerimônias da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
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PRECEDÊNCIA NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Poderes da República: Com a independência dos poderes prevista na atual Constituição, o Presidente
e o Vice-Presidente da República, tem precedência em todos os eventos a que comparecerem, exceto
os dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, em que a precedência é dos respectivos Presidentes;
Ministérios: critério histórico;
Estados: critério histórico, que inclui símbolos estaduais, governantes e parlamentares, seguindo-se o
Distrito Federal;
Municípios (Prefeitos): o Decreto nº. 70.274 estabelece que o Prefeito da Capital do Estado tenha
precedência sobre os demais, para a precedência dos demais prefeitos sugere que seja pelo número
de habitantes o que convenhamos é inviável. O bom senso recomenda que seja utilizado um critério
mais prático, como a usual ordem alfabética.
Países: ordem alfabética, do país sede do evento;
Corpo diplomático: pela ordem de apresentação das credenciais, exceto o Núncio Apostólico, que terá
sempre precedência sobre os demais diplomatas;
Secretarias de Estado: critério histórico;
Parlamentares: pela data da diplomação e idade, em grande parte dos Estados os integrantes da Mesa
Diretora têm precedência sobre os demais parlamentares;
Magistrados: pela antiguidade;
Militares: Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícias Militares e Corpos de Bombeiro Militar.
PRECEDÊNCIA NA REPRESENTAÇÃO
A representação de autoridades é uma constante geradora de conflitos entre cerimonialistas e
representantes de autoridades, principalmente quando este se julga desprestigiado, ou pretende usar
a figura do representado para auto promover-se.
O representante do Presidente da República ocupa o lugar à direita da autoridade que presidir a
cerimônia. A simples leitura do Art. 18 do Dec. 70.274, já deixa claro que não cabe ao representante do
Presidente da República presidir a cerimônia. Os representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário
quando membros dos referidos poderes, terão o lugar que compete aos respectivos presidentes.
Nenhum convidado poderá fazer-se representar nas cerimônias a que comparecer o Presidente da
República.
Por analogia, nos Estados nenhuma autoridade estadual e municipal poderá fazer-se representar nas
cerimônias a que comparecer o Governador do Estado, exceto obviamente os Presidentes dos poderes
Legislativo e Judiciário, que poderão fazer-se representar por um de seus membros. O Governador do
Estado por sua vez quando se fizer representar naqueles poderes, deverá fazê-lo por um membro do
primeiro escalão.
A princípio autoridades do Poder Executivo são representadas por integrantes do executivo, as dos
Poderes Legislativo e Judiciário, por integrantes do respectivo poder. O Presidente da Câmara
Municipal poderá fazer-se representar por um dos vereadores. O Prefeito por sua vez deverá fazer-se
representar naquele poder por um integrante do primeiro escalão.
Lembre-se que “representante não é a pessoa”. Portanto, se o Prefeito estiver presente assumirá o
lugar de honra à direita do Presidente da Assembléia. Nos demais casos, o lugar a ser designado ao
representante depende do nível do próprio representante e a precedência das demais autoridades que
prestigiam o evento; prevalece aqui também, o bom senso do encarregado do cerimonial e o interesse
do anfitrião.
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Não se manda representante, quando o convite traz no seu texto o aviso “pessoal e intransferível”.
Também não se manda representante para eventos sociais tais como jantares, almoços, casamentos,
aniversários e recepções do gênero.
REGRAS DE PRECEDÊNCIA DIVERSAS
 PAÍSES: A precedência dos países, por convenção internacional, é feita por ordem alfabética do país
sede do evento, válida para todas as situações em que se estabelecer alguma hierarquia. Os países do
Mercosul concordaram que a precedência seja por ordem alfabética, só que a partir do país que detêm
a Presidência Pró-Tempore, cuja troca é feita a cada seis meses. A OEA também fez um pequeno
arranjo na ordem de precedência; à direita do anfitrião, o país sede da próxima reunião e à esquerda o
país que foi sede da reunião anterior.
 ESTADOS E DISTRITO FEDERAL: Com base na Constituição Federal e suas Disposições Transitórias
(Art. 13 e 14), no Decreto nº. 70.274, de 9 de março de1972 (Art. 8º), modificado pelo Decreto nº.
83.186, de 19 de fevereiro de 1979 (Art. 1º), a precedência das unidades federativas é esta: Bahia, Rio
de Janeiro, Maranhão, Pará, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do
Sul, Ceará, Paraíba, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe,
Amazonas, Paraná, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Roraima, Amapá e Distrito Federal.
 MUNICÍPIOS: O Decreto nº. 70.274 estabelece a precedência do município sede da Capital do Estado
sobre todos os municípios; para a precedência dos demais, sinaliza que seja pelo número de
habitantes ao colocar primeiro os Prefeitos com cidades de mais de um milhão de habitantes, depois
os de mais de 500 mil, seguido dos municípios com mais de 100 mil habitantes. O Brasil tem 5.561
municípios, destes, segundo o IBGE, 4.074 tem menos de 20 mil habitantes, tornando-se impraticável
estabelecer precedência pelo número de habitantes. O bom senso recomenda que seja utilizado outro
critério, e um dos mais práticos é a ordem alfabética. Não se pode ignorar o Presidente da
Confederação Brasileira de Municípios, os presidentes das Federações estaduais de municípios e os
presidentes das associações regionais de municípios.
 BANDEIRAS: Para estabelecer precedência das bandeiras dos países prevalece a regra de precedência
dos países, ou seja, ordem alfabética. A precedência das bandeiras dos Estados e do Distrito federal é
pela constituição histórica dos Estados seguida da do Distrito Federal. Para a precedência das
bandeiras municipais prevalece a orientação do item anterior. Com diversas bandeiras, a precedência é
dos países, seguido dos Estados, municípios e por último, as bandeiras das organizações.
 HINOS: O Hino Nacional estrangeiro precede o Hino Nacional brasileiro (questão de cortesia
internacional), seguindo-se o Hino Nacional, o Hino do Estado, o Hino do Município, os hinos pátrios
(Hino à Bandeira, Hino da Independência, Hino da Proclamação da República e outros) e finalmente os
hinos de organizações, instituições, clubes e outras entidades.
 PRONUNCIAMENTOS E DISCURSOS: Os oradores falam na ordem inversa de precedência. Numa
visita oficial do Governador, este é o último a falar; após o Governador, o anfitrião encerra a reunião.
Convém lembrar ainda que em igualdade de categoria, a precedência será nessa ordem: estrangeiras,
federais, nacionais e municipais.
Como podemos observar, conhecer e aplicar por si só a legislação, já exige do Diretor Social,
experiência, agilidade, presença de espírito, tranqüilidade, e profundo conhecimento do meio social
em que atua, para desempenhar a contento suas atribuições. Além destas, é importante saber lidar
com a personalidade, o caráter, as virtudes e as fraquezas humanas.
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A precedência é o ponto crucial e a base do cerimonial, complexa porque frequentemente administra
uma falsa expectativa de superioridade. Estabelecer precedência é, em muitos casos, administrar um
dos pecados capitais: a vaidade humana. Quanto mais vaga a legislação, maior a dificuldade, pois o
vaidoso encontrará sutis brechas legais para chamar a atenção de quem o rodeia. Não se deve
confundir vaidade com auto-estima; vaidade é ter a auto-imagem inflada, é querer aparecer passando
por cima de padrões éticos; auto-estima é ter consciência do lugar que lhe cabe, é ter a noção de sua
importância no contexto do evento. A linha entre vaidade e auto-estima é muito tênue. Reconhecer a
própria vaidade e exercitar a auto-estima é um desafio. Uma das habilidades do Diretor Social eficiente
é saber lidar com a vaidade das pessoas.
COMO “MONTAR” UMA MESA
A mesa diretiva dos trabalhos de um Lions Clube, também chamada de “Mesa Principal”, deve ser
preparada seguindo a Ordem de Precedência, que é a lista que reflete a diretriz oficial de protocolo da
Associação Internacional de Lions Clubes:
01. Presidente Internacional
02. Ex-Presidente Internacional Imediato
03. Vice-Presidentes Internacionais (de acordo com o cargo)
04. Diretores Internacionais*
05. Ex-Presidentes Internacionais*
06. Ex-Diretores Internacionais
07. Presidente do Conselho de Governadores*
08. Governadores de Distrito**
09. Diretor Executivo da Associação
10. Secretário da Associação
11. Tesoureiro da Associação
12. Ex-Presidentes de Conselho*
13. Ex-Governador Imediato de Distrito**
14. Primeiros Vice-Governadores Eleitos**
15. Segundos Vice-Governadores Eleitos**
16. Ex-Governadores de Distrito**
17. Secretários de Distrito Múltiplo (voluntários) **
18. Tesoureiros de Distrito Múltiplo (voluntários)**
19. Secretários de Distrito*
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20. Tesoureiros de Distrito**
21. Presidentes de Região**
22. Presidentes de Divisão**
23. Assessores Distritais**
24. Presidentes de Clube**
25. Ex-Presidentes de Clube Imediatos**
26. Secretários de Clube**
27. Tesoureiros de Clube**
28. Ex-Presidentes de Clube**
29. Secretários de Distrito Múltiplo (funcionários) **
30. Tesoureiros de Distrito Múltiplo (funcionários) **
* Quando mais de um estiver presente, aquele que desempenhou o cargo mais recentemente terá
precedência, e assim por diante.
** Quando houver mais de um presente, que tenham desempenhado o cargo no mesmo Ano
Leonístico, eles serão apresentados em ordem alfabética tendo por base seu sobrenome. No
improvável evento de dois nomes serem idênticos, a pessoa com mais tempo de afiliação à Associação
deverá ter precedência.
Deverá ser dada precedência aos visitantes que não pertencem ao Leonismo de acordo com o
protocolo ou costumes locais, tendo em mente que se o orador principal, sendo ou não Associado do
Lions Clube, deverá sentar-se diretamente à direita do Presidente da Reunião. Pode-se mesclar
autoridades civis, militares e políticas com lideranças leonísticas, desde que observada a ordem de
precedência.
O Secretário e o Tesoureiro do Clube anfitrião não tem lugar cativo na mesa principal, privilegiando os
demais participantes do encontro.
ABREVIATURAS (SEMPRE É BOM LEMBRAR...)
CL (Companheiro Leão), CaL (Companheira Leão) e DM (Domadora) são algumas das abreviaturas
simbólicas usadas no movimento. Outras abreviações muito usadas:
AL
CA
CD
CG
DG
VDG
PDG
IPDG
IP
PIP
ID
PID
CC
PCC
MJF
LCI
Ano Leonístico (compreendido de 1º de julho a 30 de junho)
Comitê Assessor
Conselho Distrital
Conselho de Governadores
Governador do Distrito (District Governor)
Vice-Governador do Distrito (Vice-District Governor)
Ex- Governador do Distrito (Past District Governor)
Ex- Governador Imediato do Distrito (Immediately Past District Governor)
Presidente Internacional (International President)
Ex-Presidente Internacional (Past International President)
Diretor Internacional (International Director)
Ex-Diretor Internacional (Past International Director)
Presidente Conselho Governadores (Chairman Concil)
Ex-Presidente Conselho de Governadores (Past Chairman Concil)
Companheiro Melvin Jones (Melvin Jones Fellow)
Lions Clube Internacional (Lions Club International)
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LCIF
Fundação Internacional de Lions Clubes (Lions Clubs Internacional Foundation)
DMLC Distrito Múltiplo L“C” (no Brasil pode ser também L”A”, L“B” ou L“D”, dependendo da
região geográfica)
Os plurais também são abreviados: CCLL (Companheiros Leão), CCaLL (Companheiras Leão) e DDMM
(Domadoras).
As abreviaturas oficiais acima foram aprovadas na XI Convenção do DMLC,
realizada em Guarapari/ES, em maio de 2010.
O tratamento Companheiro Leão é brasileiro. No exterior, o tratamento é simplesmente Leão. Para
evitar conotações políticas, muitos países da América Central e do Sul estão abolindo o termo
“Companheiro”. Alguns países acolhem o tratamento da formação acadêmica (professor, doutor). Da
mesma forma, Domadora é um termo usado apenas no Brasil. O termo foi instituído por Armando
Fajardo em maio de 1952, logo após a fundação do Leonismo, para substituir a expressão Leona, em
uso nos Clubes de idioma espanhol.
O TRATAMENTO DADO AOS ASSOCIADOS QUE ASSUMEM CARGOS NO LEONISMO
É “DIRIGENTE” OU “LIDERANÇA”. NUNCA USE O TERMO “AUTORIDADE LEONÍSTICA”.
Após iniciada a Reunião, com a mesa já composta, se um dirigente leonístico ou autoridade civil chegar
atrasado, sua presença deve ser registrada e divulgada, porém não deve ser encaminhado para a mesa
principal para não atrapalhar as atividades e favorecer a triste “dança de cadeiras”.
Da mesma forma, mesas muito extensas podem causar problemas na hora de sua composição, pois se
corre mais riscos de deixar dirigentes importantes de fora. O ideal são mesas de 7, 9 e até 11 lugares,
sempre número ímpar, para que o Presidente possa sentar-se ao centro, dividindo as atenções com os
convidados.
O dirigente ou coordenador da Reunião deve sempre se sentar no lugar mais central da mesa, indicado
como o assento número um. O orador principal deverá ocupar o lugar número dois e a seguir outros
dirigentes leonísticos de acordo com a ordem geral de precedência.
Quando o Clube estiver recebendo o Governador de Distrito, por exemplo, ele sentará no lugar
número dois, à direita do assento número um, que é reservado para o Presidente de Clube, dirigente
maior na ocasião.
Importante lembrar também que não se deve convidar mais de um orador para a mesma Reunião
festiva. Em uma visita oficial de Governador, por exemplo, ele deve ser o centro das atenções e o único
a discursar quando lhe for dada a palavra. Suas palavras também substituem a Instrução Leonística da
noite.
E por falar em Visita Oficial do Governador do Distrito...
Comemorações efusivas do Clube também precisam ser evitadas quando receber a Visita do
Governador de Distrito. Muitos Clubes, por exemplo, aproveitam a ocasião da Visita Oficial para
comemorar seu aniversário. É uma ótima oportunidade, mas... comemoram tanto, com tantas
lembranças, audiovisuais, entrega de prêmios, discursos de autoridades locais, emoções, choros,
leituras de atas e congratulações... que se esquecem do Governador!
Das duas, uma: ou o ilustre visitante tem que falar muito rápido, motivado pelo adiantado da hora, ou
a comemoração estende-se até altas horas, cansando a todos e causando um mal estar geral no Clube
e nos visitantes (lembre-se: alguns podem até nunca mais voltar!).
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Ao fazer o roteiro da Reunião, o Presidente e o Diretor Social precisam levar em conta essas situações,
prevendo inclusive algumas surpresas inesperadas – e indesejadas.
Lembre-se, por exemplo, que neste evento, não se faz Instrução Leonística (o discurso do Governador
já é a Instrução Leonística da Festiva). Também não se convida qualquer outro orador oficial ou
convidado especial. A personalidade mais importante deste encontro deve ser o Governador.
O ideal é que, se o Clube quiser comemorar sua data com a presença do Governador, se preocupe em
fazer uma Reunião mais “enxuta” e deixe a parte comemorativa para depois do expediente protocolar.
Assim, participa quem quer.
Dica importante: a maioria dos Clubes sente-se honrada em receber o Governador do Distrito com
uma festiva especial, convidando inclusive os Clubes do Distrito ou mais próximos. Na oportunidade,
também querem ofertar ao Governador um presente que marque sua visita e a data. Se esse for o caso
de seu Clube, alguns dias antes da Visita oficial do Governador, entre em contato com sua assessoria
ou coordenadoria de Gabinete e peça informações que possam ser valiosas para sua festiva (cardápio
que mais agrada ao ilustre convidado – ou que ele possa comer! – presente ou flores que mais
agradem ao casal, música predileta... e outros detalhes que farão a diferença no seu evento).
COM QUE ROUPA?
As roupas do cotidiano dão trabalho para serem organizadas, mas no dia-a-dia um erro não
compromete tanto. O problema é quando você recebe um convite para uma festiva que diz “traje
passeio completo” e não tem idéia do que isso quer dizer.
"Nada pior do que errar o tom e ir com uma roupa equivocada a uma festa ou cerimônia, ou seja, errar
o dress code. Você tem vontade de ficar invisível num canto da sala ou se atirar embaixo do tapete”. A
frase é do livro Chic[érrimo], de Gloria Kalil, e sintetiza bem o drama que todo mundo passa ao menos
uma vez na vida: que roupa usar (e como usar) em determinadas situações.
Quando se estabelece um padrão através da indicação de como deve se vestir impressa em um
convite, é justamente para garantir que todos se sintam bem e estejam adequados à ocasião. Quando
vamos a uma festa, temos a intenção de homenagear quem nos convidou. Por isso é simpático e
educado tentar cumprir com o código, da melhor maneira possível. Se, por acaso, você estiver algum
dia totalmente fora do código, avalie a situação.
Lembre-se: se a festa tem indicação de traje é porque alguma formalidade existe. Todo associado de
um Lions Clube deveria saber que a Visita do Governador, por exemplo, é um dos eventos de maior
formalidade e cumprimento do protocolo, não importa se acontece num jantar ou em um almoço.
Para solucionar estas e outras dúvidas, que podem surgir inclusive na hora do seu Clube fazer o
convite, reproduzimos um guia criado por Glória Kalil, exemplificando cada tipo de traje, geralmente
especificados nos convites formais.
Traje Esporte
Esse é o traje mais simples e mais informal, o traje que nós usamos no nosso dia-a-dia. É muito usado
para eventos diurnos e ao ar livre. Mas atenção: simples e informal não significa que seja qualquer
roupa. É sempre essencial vestir-se bem.
Traje Esporte Fino/Passeio
É o estilo mais intermediário, geralmente usado para ocasiões de certa importância, porém com um ar
um pouco descontraído. Deve-se tomar mais cuidado, pois existe certa formalidade presente.
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Para Homens: recomenda-se o uso de calças sociais ou de brim em conjunto com uma camisa de
tecido e um blazer. Se estiver frio, uma camisa de malha. Para os pés, um sapato com bico mais
arredondado.
Para Mulheres: se o evento vai até as 18 horas, túnicas, pantalonas, tailleur com calça ou saia. Para a
noite, o recomendável é o tão famoso “pretinho básico”. Os vestidos só vão até os joelhos (longuete),
com tecidos mais nobres. Brilhos devem ser usados com moderação. Bolsas e sapatos devem ser
médios.
Traje Passeio Completo/Social:
Estilo mais sério, usado em ocasiões de relevada importância como reuniões, encontros de negócios,
jantares, apresentações, festivas, posses de associados e de diretorias, entre outros com maior
formalidade.
Para Homens: terno e gravata, lisos ou de dois padrões, sapatos escuros.
Para Mulheres: vestidos, longos a noite e longuetes de dia, e tailleurs. Decotes, fendas e
transparências, devidamente moderados. Os tecidos são nobres, as jóias ganham mais espaço. Os
cabelos e a maquiagem tem que estar mais trabalhados.
Traje a Rigor/Gala/Black Tie:
São os trajes utilizados em bailes e eventos com muito glamour.
Para Homens: smoking, ideal na cor preta, gravata borboleta, sapatos pretos e podem ou não ser de
verniz.
Para Mulheres: vestidos longos, normalmente com bainha abaixo do tornozelo (talvez até uma
discreta cauda). Decotes, aberturas, transparências e brilhos podem ser usados. Saltos altos, meias
finas (de seda), carteira pequenas ou de metal. Jóias, estolas e echarpes devem ser usados. Não se usa
minissaia e os cabelos preferencialmente presos. A maquiagem é fundamental.
Traje Esporte
Traje Esporte
Fino/Passeio
Traje Passeio
Completo/Social
Traje a Rigor/
Gala/Black Tie
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FORMAÇÃO DA PANÓPLIA E USO DA BANDEIRA NACIONAL
O uso e exposição dos Símbolos Nacionais Brasileiros é regulamentado pela Lei n.º 5700, de 1º de
setembro de 1971, e pelo Decreto n.º 70274, de 9 de maio de 1972.
 Se o número de bandeiras for ímpar, a Bandeira Brasileira estará sempre no centro.
 Se for número par, a Bandeira Brasileira estará à direita de quem olha para a platéia, o mais próximo
possível do centro.
 Bandeiras de outros países terão precedência sobre as dos Estados brasileiros, sempre respeitando a
ordem alfabética, conforme seus nomes em idioma português.
 Bandeiras estaduais (sempre respeitando a data de fundação do estado) terão precedências sobre as
Municipais e estas terão precedências sobre a de Lions. A ordem de colocação de bandeiras pelos
estados é a seguinte: Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais,
Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte,
Santa Catarina, Alagoas, Sergipe, Amazonas, Paraná, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondonia, Tocantins,
Roraima, Amapá e Distrito Federal (conforme artigo 8º das Normas do Cerimonial Público – Decreto
70274, de 9 de maio de 1972 ).
 Se for colocada a Bandeira da ONU, ela virá depois das de outros países e antes das estaduais.
 No hasteamento, a Bandeira Brasileira deverá ser a primeira a atingir o topo do mastro e no
arriamento será a última a descer.
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- Se a festiva for fora das instalações de seu Clube (um restaurante, por exemplo), distribua um mapa
detalhado do local. Tenha também o cuidado de reservar um estacionamento próximo (se o local não
dispuser de um) e informe esse detalhe no convite, bem como telefones de contato. Esse detalhe
elimina todo o estresse de se achar o lugar e estacionar, oferecendo comodidade e segurança.
- Organize a entrada do local para que listas de presença não fiquem na mesma mesa do tesoureiro,
evitando acumulo de pessoas no local e difícil transito de pessoas.
- Ao repassar antecipadamente o roteiro da Assembléia, determine com o Presidente o horário para
início e fim do Protocolo. E cumpra esse acordo. Festivas que atrasam seu início (mesmo com a antiga
desculpa de “companheirismo”) estão fora de moda e afastam visitantes e Associados, criando a
imagem de algo cansativo e desgastante (e isso reflete na adesão de novos Associados ao movimento
leonístico!). Procure deixar as atividades de companheirismo para depois do encerramento do
Protocolo.
- Tenha em mãos o roteiro da Assembléia, com cópia para o Presidente e para o Mestre de
Cerimônias, e acompanhe atentamente o programa.
- O respeito ao horário é um princípio elementar de educação, interesse e deferência aos presentes. O
desrespeito ao horário tornou-se instituição nacional especialmente nas reuniões leonísticas. A
demora no início de uma reunião, festiva ou não, mesmo com a desculpa de se estar esperando
alguém, é prova de “respeito aos ausentes”, e não aos presentes. Embora aceito por alguns e praticado
por muitos, o não cumprimento aos horários já é considerado um dos motivos principais de
afastamento de associados e tem contribuído, e muito, para o não ingresso de novos associados, a
saída de outros ou a decisão de um visitante jamais voltar aquele Clube. Além de ser desrespeitoso,
representa uma desconsideração e uma falta de educação.
- Fique atento e sempre por perto! O Diretor Social e o Mestre de Cerimônias devem ficar próximos à
mesa principal, sempre atentos ao programa e às possíveis necessidades do Presidente ou outro
componente.
- Dê atenção a todos! Passe pelas mesas, procure saber se estão sendo bem atendidos ou se falta
alguma coisa. Você é o anfitrião e representa todo o seu Clube naquele momento.
- Esteja inteirado da lista de convidados para que não faltem acomodações evitando correrias de
última hora, conturbando a Assembléia e passando a impressão de desorganização. Lembre-se que a
ordem de precedência também se aplica às outras mesas que compõe o local da festiva, reservando
lugares para outros Dirigentes que possam não ir para a Mesa Principal ou para quando a parte
protocolar acabar e todos tiverem que se acomodar em mesas separadas. Para reservar lugares, deixe
um simpático aviso visível sobre a mesa. O recurso de tombar cadeiras sobre as mesas representa
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riscos de acidentes, causa mal estar, principalmente entre os convidados e visitantes, alem da falta de
cortesia.
- O que vai definir o cardápio da Festiva ou o som ambiente é o consenso do Clube ou a sugestão da
época e não o gosto pessoal do Diretor Social. A festiva tem que agradar a maioria.
- Em caso de convidados especiais (Governador, orador oficial, autoridade civil) procure saber com
antecedência os gostos pessoais com alimentação e bebidas. Uma consulta antecipada à equipe do
Governador, por exemplo, evita o constrangimento de oferecer um prato de frutos do mar para um
convidado especial que possa sofrer com alergias.
- Cuide da apresentação do serviço de buffet (visual, quantidade e variedade) para que fique
constante do início ao fim, evitando o triste aspecto de “restos” para aqueles que tardarem um pouco
mais a se servir.
- A animação musical ou projeção de audiovisuais, bem como o bom funcionamento de microfones,
exige que o Diretor Social tenha apoio de outro Associado, familiarizado com esses equipamentos.
Nada mais constrangedor do que a correria para saber como estão as coisas no buffet, ao mesmo
tempo em que é necessário modular a voz do orador oficial.
- Lembre-se que “som ambiente” não é a mesma coisa que “balada”: o fundo musical de uma
Assembléia deve ser em volume baixo, que possibilite o companheirismo através de animadas
conversas entre os participantes.
- Mimos e outras lembranças ao final da Assembléia são muito bem vindos, desde que sejam práticos
e fáceis de serem transportados. Arranjos exagerados de flores, por exemplo, podem causar
admiração por serem muito bonitos, mas gera dor de cabeça ao tentar se colocar em carros, ou
transportar em aviões.
- As Premiações às Caravanas são oportunidades de reconhecimento e valorização ao companheirismo
e, por isso mesmo, devem ser feitas com cuidado e dedicação. Providencie e entregue ao Presidente,
no momento adequado do protocolo, os troféus à Caravana Mais Distante e à Caravana Mais
Numerosa, reconhecendo e valorizando o fato de participarem de sua festiva. Alguns Clubes premiam
também a Caravana mais Numerosa da Divisão (ou Região). Se quiser premiar outras – ou todas – as
caravanas também presentes, providencie mimos diferentes dos troféus entregues, para não
caracterizar “premiação em baciada”.
- O Diretor Social é a “cara” do seu Clube. Por isso, desânimo, cara feia, dores nas costas, mau humor
e má vontade, devem ficar longe da Assembléia. O Diretor Social precisa estar bem, física e
emocionalmente, para circular pela festiva, sorrir sempre e transmitir aos convidados o prazer de
recebê-los. Algo vai mal quando o Diretor Social está sempre “afobado”, correndo de um lado para o
outro e sem tempo de cumprimentar ou dar atenção aos convidados. Será que o feijão queimou?
DIZER QUE O LIONS CLUBE É
“A MAIOR ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNDO”
NÃO SIGNIFICA NADA QUANDO A PRÓPRIA
REUNIÃO FESTIVA DE SEU CLUBE É DESORGANIZADA.
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O RESPEITO AO HORÁRIO É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DE UMA REUNIÃO LEONÍSTICA
Imagine a cena: um Associado acorda cedo, enfrenta o trânsito, tem um dia atribulado com suas
obrigações profissionais, provavelmente algumas decepções e dores de cabeça, se alimenta mal na
hora do almoço, continua com sua rotina a tarde, corre para casa para tomar um banho, trocar de
roupa e dirigir-se até o Clube para uma festiva marcada para as 20h30... e que só começa às 22h10... e
onde tanta gente fala (tudo bem... ele nem está prestando muita atenção ao que está sendo falado!...).
O jantar é então finalmente servido, por volta das 23h20... e nosso amigo pouco aprecia a refeição, por
que está preocupado em voltar para casa e dormir, pois vai ter que repetir toda sua rotina no dia
seguinte.
Colocou-se no lugar de nosso Companheiro? Quanto tempo você aguentaria repetir esse ciclo?
Muito se discute por que os encontros de Lions estão “se esvaziando”. E uma das razões é exatamente
a falta de atenção e respeito ao horário.
Quando o horário “começa a apertar”, o relógio passa a comandar o evento.
Neste momento, o Presidente (e os participantes) começa a ficar nervoso, a olhar constantemente
para o relógio, a fazer sinais com as mãos ou a cabeça, os presentes se dispersam, cochicham entre si
(alguns até cochilam), criam-se as conversas paralelas, tudo começa a ser mais rápido, o tempo
destinado aos visitantes que vão usar a palavra começa a ser cronometrado e, pior, muitas vezes o
próprio condutor do roteiro já avisa antecipadamente: “Você só tem um minuto!”...
É muito importante que o Diretor Social organize o evento de modo que o horário seja respeitado,
administrado e cumprido. Reuniões muito demoradas, com várias premiações e discursos
intermináveis, e consequente refeição servida fora de horário, afasta visitantes e os próprios
Associados, além de criar uma imagem muito negativa do Clube. Depois de algum tempo, quando
surge um convite para uma Festiva naquele Clube, é muito comum ouvir críticas históricas, que
desmotivam a participação
O USO DO MICROFONE
Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a
presença do microfone. Sua utilidade é
incontestável, permitindo que a comunicação seja
mais natural e espontânea, possibilitando falar a
grandes plateias da mesma forma como se
conversa com uma ou duas pessoas. Mesmo
possuindo todas essas qualidades, o microfone,
muitas vezes, é visto como um terrível inimigo,
chegando a provocar pânico em algumas pessoas,
principalmente naqueles menos habituados a falar
com o público. Percebe-se, de imediato, quando o
Diretor Social, o Mestre de Cerimônias ou o
Presidente da Assembléia têm conhecimento do
uso do microfone. Sabem usa-lo devidamente e
todos os participantes ouvem e entendem
corretamente. Mas algumas pessoas pensam que o
microfone é um “ser milagroso”, que supre
qualquer deficiência e que “busca a fonte da voz”.
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Há oradores que colocam o microfone no peito, distante da boca, ou colocam-se ao lado do microfone.
E vão falando. Ficam satisfeitos, pois julgam ser “bem entendidos pelo público”. Como muitas vezes o
público não reclama, mas simplesmente “se desliga”, eles nem desconfiam de que algo de errado está
acontecendo. E o público que não ouve bem se torna um público desinteressado.
Os microfones de televisão e de cinema são supersensíveis. Captam a voz a certa distância (tanto assim
que podem ficar acima da cabeça dos atores) e não prejudicam a clareza da voz. Mas esses microfones
supersensíveis são usados, em geral, em estúdios fechados onde não entra ruído nem passa o vento.
São canalizados apenas para a voz.
Os microfones usados em reuniões leonísticas são normais. E nem poderia ser de outra forma.
Nos locais onde nos reunimos para as reuniões, seja no seu Clube ou em restaurantes, há ruídos de
gente se movimentando, cadeiras sendo arrastadas, tosses, choro de crianças, vento e até simples
roçar de roupas.
Prevendo todos estes “invasores acústicos”, a maioria das reuniões de Lions Clubes usam microfones
comuns, que não deixam entrar estes ruídos indesejados.
Para ambientes muito ruidosos foram construídos microfones ainda menos sensíveis. É o caso, por
exemplo, dos aparelhos telefônicos que captam a voz do falante e não as conversas das pessoas que se
encontram no recinto.
Por vezes, porém, os oradores escolhidos para
conduzirem a reunião esquecem que os equipamentos
usados não são supersensíveis: falam fora do
microfone, às vezes do lado, deixam o microfone à
distância ou na altura dos olhos, abaixam a cabeça e
prosseguem firmes na leitura, não se aproximam nem
puxam o microfone para junto de si, falam a distância.
Alguns até gesticulam para todos os cantos com o
microfone nas mãos. Querem que o equipamento
“busque a voz”, como se fosse um microfone sensível,
sem se incomodar se o som está chegando aos
ouvintes. Eles ouvem um barulho de voz pelos altofalantes e julgam-se plenamente ouvidos pelo povo.
A tecnologia do som aprimora-se a cada dia. As grandes indústrias de aparelhos de rádio, televisão e
vídeo, fazem pesquisas e estudos constantes para conseguir o som mais perfeito possível, a fim de que
o público ouça com clareza e com grande comodidade a voz e a música.
Famílias mais simples têm aparelhos de som perfeito. Assim, o povo está acostumado a ouvir
corretamente, com clareza, sem nenhum esforço. Está “viciado” ou muito habituado em ouvir bem
tudo aquilo que é transmitido pelos meios de comunicação modernos.
Esse público acostumado ao som claro e perfeito, vai a uma reunião de Lions Clube e ali encontra um
som sofrível. Será que vai se esforçar para ouvir? Não. Ainda mais se sua vontade era a de estar em
casa, na comodidade de sua poltrona ou entretido nas suas ocupações e divertimentos.
Ninguém deve basear seu compromisso com o movimento leonístico na qualidade do som e no bom
uso que os oradores fazem do microfone. Mas todos nós concordamos que o microfone necessita ser
usado adequadamente e conta vários pontos a mais para favorecer os participantes e visitantes em
qualquer evento promovido pelo Clube.
Tudo aquilo que fazemos merece ser bem feito. O leonismo busca qualidade em tudo, inclusive na
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condução de nossas reuniões. O correto uso do microfone contribuirá para atrair o Associado, ativar
seu interesse e, consequentemente, motivar sua participação.
Observe alguns procedimentos elementares, mas de muita importância para um perfeito uso do
microfone:
- Fale com os lábios em direção ao microfone (e não com os lábios “grudados” ao microfone).
- Não fale próximo demais do microfone, para evitar o “soco” ou o som do sopro. Em geral, é bom falar
com os lábios de dez a quinze centímetros de distância do equipamento.
- Procure ouvir o retorno de sua voz. Se ouvir o retorno com distinção e clareza, é sinal certo que os
ouvintes também estão ouvindo com distinção e agradabilidade. Assim o locutor pode por si mesmo
controlar a eficiência do microfone, o volume de sua voz e a necessária aproximação ou não do
microfone na direção certa.
- O problema da microfonia pode ser evitado colocando-se as caixas de som em posições estratégicas.
Coloque o microfone de costas para as caixas. Não deixe o microfone captar o som emitido pela caixa
de som.
- Os sons graves são os que geralmente mais provocam microfonia. Reduzindo os sons graves no
amplificador diminui-se a possibilidade de microfonia. Consequentemente em caso de distúrbio de
som, não é certo diminuir o volume do aparelho, pois isto não vai resolver o problema da microfonia,
se ela for provocada pelo excesso de sons graves.
- Teste a sensibilidade do microfone para saber a que distância deverá falar. Normalmente a distância
indicada é de dez a quinze centímetros, mas cada microfone possui características distintas e é
prudente conhecê-las antecipadamente. Se durante o teste estiver acompanhado de alguém, peça que
fique no fundo da sala e diga qual a melhor distância e qual a altura ideal da sua voz.
- Os microfones deveriam ser testados antes que os convidados comecem a chegar ou a Assembléia
esteja reunida. No entanto, quando você estiver diante do microfone e não souber se está
funcionando, bata de leve com o dedo e espere a resposta. O público presente não perceberá que
você está testando nem se distrairá. Evite ficar falando “alô!” o tempo todo.
- Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar oradores segurando, enrolando, ou
torcendo o fio do microfone.
- É fundamental que o Diretor Social e mais algum Associado saibam lidar com o equipamento de som.
Mas também esses responsáveis devem estar em “sintonia”... quando duas ou mais pessoas têm
acesso a este equipamento quase sempre os problemas tendem a aumentar.
- Os microfones merecem o máximo de cuidado. Dentro do microfone existe uma película muito
sensível que pode ser danificada facilmente. Por isso, nunca bata no microfone para testá-lo, tenha
muito cuidado em guarda-lo, não o deixe cair ou levar pancadas, não o carregue dependurado pelo fio,
guarde-o sempre em sua embalagem própria e adequada (normalmente protegida com espuma),
nunca o deixe em cima de mesas ou dentro de armários fora de sua caixa própria.
- Os fios devem ser enrolados de forma que não se forme dobra. Nunca devem ser dobrados, evitando
ser danificados.
- O microfone sem fio, muito comum, permite uma liberdade maior, mas exige maiores cuidados por
sua limitação ao campo de ação. Saiba até onde é seu limite para se deslocar o microfone.
- Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar na frente do rosto, permitindo que o auditório
veja o seu semblante. Deixe-o a um ou dois centímetros abaixo do queixo.
- Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando sobre o microfone; dessa forma o
direcionamento da voz será sempre captado: assim, quando falar com as pessoas localizadas nas
extremidades da sala, ou sentadas à mesa que dirige a reunião, normalmente posicionada no sentido
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lateral, gire o corpo de tal maneira que possa sempre continuar falando com os olhos sobre o
microfone.
- Aja como se estivesse conversando com um pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que
deverá falar baixinho, sem energia; ao contrário, transmita sua mensagem animadamente, com
vibração, mas sem gritar.
- Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na tribuna, o cuidado com o
direcionamento da voz deverá ser o mesmo; nesse caso não movimente a mão que segura o microfone
e deixe-o sempre à mesma distância.
- Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar ou recusar, analise algumas
condições do ambiente. Se os outros falaram sem microfone e se a sala não for muito ampla e permitir
que a voz chegue até os últimos ouvintes, sem dificuldade, poderá recusá-lo. Se alguns oradores se
apresentaram valendo-se do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a acústica impedirão sua
voz de chegar bem até as últimas pessoas da platéia, aceite-o.
- Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles persistirão, desligue-o e fale sem
microfone. Não procure culpados neste momento, nem fique se desculpando ou tentando acertar
botões. O microfone deve ajudar a exposição. Se, ao contrário, atrapalhar, é preferível ficar sem ele.
E, principalmente, ao usar o microfone amplificando sua voz para o público, cuidado com os
comentários, observações ou brincadeiras. Lembre-se que toda a platéia estará ouvindo o que você diz
- mesmo “sem querer” – e essa falta de cuidado pode gerar muitas interpretações diferentes e
constrangimentos.
RECEBENDO VISITANTES NAS FESTIVAS DO CLUBE
O próprio nome já diz: “FESTIVA”. É um momento de alegria, integração,
companheirismo, demonstrações de amizade e carinho, enfim... de FESTA!
E quando se fala “FESTA” não quer dizer arranjos suntuosos, cardápio
refinado, bebidas caras ou superproduções audiovisuais. O segredo da
“FESTA” está na atitude, na postura e na alegria dos participantes.
Algumas dicas importantes que o Diretor Social deve organizar:
- Convoque Associados previamente preparados para ficarem à porta do local do evento,
recepcionando calorosamente os visitantes, demonstrando atenção, carinho e alegria em recebê-los,
indicando os lugares de assinatura de listas, adesão e encaminhando-os ao ambiente.
- Oriente para que os Associados de seu Clube não se fechem em “rodinhas”, lembrando que estão
recebendo visitas na sua casa e é preciso mostrar-se aberto a todos, envolvendo-os no clima de Festiva
e na alegria de recebê-los.
- Evite assuntos polêmicos ou constrangedores ou que interessem apenas internamente ao Clube
anfitrião (balancetes, pendências e inadimplências de Tesouraria, por exemplo).
- Da mesma forma, receber visitantes com aquelas famosas frases: “Éééééé...vamos levando!”...”Tá
difícil!”...”Esse Clube não tem jeito!”... “Olha, eu só vim por que sabia que você viria!”...”Eu só continuo
nesse Clube por sua causa!”... e outros comentários negativos, são totalmente desnecessários e
improdutivos, que não são aplicáveis para a festa a que se propõe.
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SUGESTÃO DE ROTEIRO DE REUNIÃO LEONÍSTICA FESTIVA
Após a mesa montada, com convidados em seus lugares de acordo com a orientação do Diretor Social,
o Presidente inicia a solenidade:
“INVOCANDO A DEUS PELA GRANDEZA DA PÁTRIA E PELA PAZ ENTRE AS PESSOAS, DECLARO ABERTA
ESTA REUNIÃO FESTIVA DO LC TAL”.
Em seguida, após bater o sino, chama um convidado ou associado para que faça a Invocação a Deus,
também chamada de oração inicial.
Convida a seguir outra pessoa, Associada ou convidado, para que se poste ao lado da Bandeira
Nacional, guardando-a respeitosamente. Não se usa mais o “desfraldar o pavilhão nacional”, a não ser
que o Clube disponha de luvas brancas para que o convidado as use ao tocar na Bandeira.
Em seguida, o Presidente convida a todos para entoarem a primeira estrofe e o estribilho do Hino à
Bandeira:
Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.
Esta é a primeira parte protocolar da Reunião, onde o Clube manifesta o desejo de que seus associados
estejam unidos pelos laços da amizade, do companheirismo e da compreensão mútua e interessa-se
ativamente pelo bem estar cívico.
Neste momento, o Presidente convida um associado, previamente preparado e avisado com
antecedência, para ser o Mestre de Cerimônias, personagem que irá orientar a Reunião.
O Mestre de Cerimônias é peça importante de uma Assembléia leonística, cabendo-lhe parte da
direção dos trabalhos. Por isso, o Mestre de Cerimônias precisa ser um associado articulado, que
conheça as pessoas e o leonismo. Deve ter um bom timbre de voz, ler pausadamente e saber usar o
microfone, quando este estiver disponível. É bom que seja feito um rodízio entre os Companheiros
tenham a oportunidade de participar.
Suas intervenções facilitam o encaminhamento de cada um dos momentos que compõem a ocasião, e
seu trabalho é igual a de um maestro, que conduz e harmoniza a música da orquestra. O que o
diferencia do Presidente é o Medalhão de Mestre de Cerimônias. Ao receber o Medalhão, o Mestre de
Cerimônias deve simplesmente abaixar a cabeça, permitindo que o Presidente da Mesa lhe coloque a
galhardia. Não se deve tocar o Medalhão.
Investido das funções, sua primeira saudação é a guia de todo o seu trabalho e por isso merece
atenção especial. Brevidade, elegância, educação. Cuidado com as piadas e as frases de efeito. O
Mestre de Cerimônias precisa comunicar alegria, entusiasmo e simpatia, sem parecer “engraçadinho”.
Seu roteiro deve ser estudado com antecedência evitando embaraços, “surpresas” e improvisos. Não
deve ser um apresentador de telejornal, comentando toda notícia que divulga, nem animador de
programas de televisão, “balançando” a plateia.
Ao chamar alguém para os microfones, não deve fazer introduções sobre qualidades pessoais ou
relatos históricos.
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O Mestre de Cerimônias consciente sabe que não é o centro de uma Assembléia e sua participação é
tão somente como o executor de um ritual leonístico.
Um dos primeiros momentos do Mestre de Cerimônias é quando anuncia o Diretor Social para a leitura
das comunicações de sua pasta, normalmente voltadas para a lembrança de datas especiais para a
comunidade e para o Clube, como eventos da Governadoria e aniversariantes do mês.
Não se lê as correspondências daqueles que justificaram a ausência. Com raras exceções, somente se
anuncia seus nomes e funções, de modo a evitar a monotonia.
Também não se lê o expediente da Secretaria do Clube (salvo avisos de interesse geral) e, muito
menos, expediente e balancetes da Tesouraria, assuntos que devem ser restritos à Reuniões de
Diretoria ou Assembléia ordinária.
O Diretor Animador é o único que tem "licença" para fazer intervenções rápidas no decorrer das
reuniões sempre com senso de oportunidade e sem interromper oradores. Diretor Animador não é
“contador de piadas” e precisa evitar comentários que, por mais humorados que possam ser, causem
constrangimentos e, pior, possam “colidir” com a filosofia leonística (política, religião, homofobia,
discriminação...).
Ao encerrar sua pauta e entregar o Medalhão, o Mestre de Cerimônias também deve evitar tocar o
colar, exceto para facilitar que o Presidente o retire. Demonstrações de carinho ao Medalhão (beijá-lo,
por exemplo) não são aprovadas em um Mestre de Cerimônias, além de demonstrar sua falta de
conhecimento do protocolo leonístico.
De volta à condução dos trabalhos, o Presidente agradece a presença de todos, se possível nomeando
a lista de convidados, comunica avisos rápidos sobre atividades do Clube e, se houver tempo, anuncia
a “Jaula Aberta”, que é um espaço para que os Associados possam se expressar - desde que seu
tempo seja limitado a, no máximo, dois minutos.
Não havendo mais inscrições, se for adequado e solicitado que se dê a palavra a visitantes não
associados ao movimento leonístico, o Presidente deve “fechar a jaula” e anunciar a “Palavra Livre”.
A “JAULA ABERTA” É DESTINADA AOS ASSOCIADOS DE LIONS CLUBES.
SE ALGUM CONVIDADO QUE NÃO FAÇA PARTE DA ASSOCIAÇÃO
QUISER USAR A PALAVRA,
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DEVE “FECHAR A JAULA”
E ANUNCIAR A “PALAVRA LIVRE”.
Em seguida, se for apropriado para a festiva, faz a premiação de Caravanas, mais distante e mais
numerosa, que são prêmios de incentivo e reconhecimento à participação.
Ao final, solicita a presença de algum convidado para a leitura da oração final.
Em seguida, o Presidente solicita a todos uma calorosa salva de palmas, homenageando o pavilhão
nacional. Com a batida do sino, encerra a parte protocolar da Reunião, dando oportunidade aos
convidados para a prática do companheirismo.
Por isso, é sempre bom organizar o evento de modo que o horário seja administrado e cumprido.
Eventos muito demorados, com várias premiações e discursos intermináveis, e consequente refeição
servida fora de horário, afasta visitantes e os próprios Associados, além de criar uma imagem muito
negativa do Clube.
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SUGESTÃO DE ROTEIRO DE REUNIÃO LEONÍSTICA FESTIVA – VISITA OFICIAL DO GOVERNADOR
Segue-se o ROTEIRO DE REUNIÃO LEONÍSTICA FESTIVA normal, acrescentando-se:
- Mestre de Cerimônias nomeia as Caravanas participantes e convida um Associado de outro Clube
presente para que faça a Saudação ao Governador em nome dos Clubes Visitantes. Neste momento,
evidentemente, a Secretaria já deve ter a relação dos Clubes visitantes para evitar as cômicas cenas de
correria para se entregar as listas...
- Mestre de Cerimônias convida um Associado para saudar o Governador, lendo seu currículo, de
preferência breve e com os pontos principais de seu trabalho.
- Mestre de Cerimônias solicita ao Presidente que entregue ao Governador o presente do Clube e, se a
ocasião permitir, flores ou presentes às esposas dos visitantes.
SUGESTÃO DE ROTEIRO DE REUNIÃO LEONÍSTICA FESTIVA – POSSE DE NOVOS ASSOCIADOS
Segue-se o ROTEIRO DE REUNIÃO LEONÍSTICA FESTIVA normal, acrescentando-se:
- Mestre de Cerimônias: Chegou o momento de apresentar a todos os companheiros, companheiras,
domadoras e dirigentes leonísticos presentes o(a) novo(a) associado(a) do Lions Clube________.
Convido o(a) CL/CaL _______, para que venha à frente da mesa principal e acompanhe seu(sua)
afilhado(a), Sr(a)_________.
- Presidente: Sendo este um dos acontecimentos mais importantes para este novo associado e para
nosso Lions Clube, peço a atenção e o silencio de todos durante a cerimônia. Queiram abster-se de
qualquer aplauso ou demonstração até o termino da solenidade.
Peço ao(a) CL/CaL _______, padrinho/madrinha do(a) Sr(a). ______, que faça a leitura de um breve
currículo do(a) candidato(a).
- Presidente: (após a leitura do currículo): Em nome dos Dirigentes e Associados do Lions Clube ____,
expresso-lhe a nossa satisfação e orgulho por contarmos com sua presença nesta Assembléia Festiva.
Fizemos-lhe um convite para se tornar membro de nossa confraternidade e todos nós sentimos prazer
e orgulho por haver decidido ingressar no leonismo internacional.
Pertencer ao quadro associativo de um Lions Clube é um privilegio.
O(A) prezado(a) amigo(a) está prestes a ingressar em uma das mais importantes e eficientes
organizações de clubes de serviço do mundo.
O convite a esta confraternidade mundial é uma honra, a qual é ainda maior porque o(a) prezado(a)
amigo(a) não nos procurou, mas foi convidado por seu padrinho, escolhido dentre os vários
segmentos da sociedade.
Você foi apresentado e, após várias reuniões preparatórias, onde foram dadas as informações
necessárias para o bom entendimento da filosofia Leonística, o Lions Clube___________ então o
reconheceu e seu nome foi aprovado pela Diretoria.
Todos nós acreditamos que o(a) prezado(a) amigo(a) será um(a) grande Leão, como já o tem
demonstrado em suas atitudes familiares, profissionais e da vida em comunidade, e sua admissão ao
nosso quadro de associados será benéfico ao Distrito LC-5, para o engrandecimento do leonismo
internacional. Peço a todos os presentes para ficarem em pé.
- Presidente: Convido o(a) CL/CaL _____________, para ler os Propósitos do Lions Clube Internacional.
Leitura dos PROPÓSITOS DE LIONS CLUBES.
- Presidente: Convido o(a) CL/CaL _____________, para ler o Código de Ética do Leão.
Leitura do CÓDIGO DE ÉTICA DO LEÃO.
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- Presidente: Sr(a). _______________, você acabou de ouvir a leitura dos Propósitos do Lions Clubes
Internacional e o Código de Ética do Leão. Percebendo seus valores e sua importância, ainda assim
deseja tornar-se associado do Lions Clube ________________?
- Presidente: (após a resposta) Como o(a) prezado(a) amigo(a) expressou o desejo de pertencer ao
quadro de associados do Lions Clube ____________________ e do Lions Clubes Internacional, peçolhe a gentileza de repetir comigo o Compromisso de Posse do Leão:
“RECONHECENDO A IMPORTÂNCIA /
DE ESTABELECER AMIZADES ENTRE OS POVOS DO MUNDO, /
E EXPRESSAR MEUS SERVIÇOS À MINHA COMUNIDADE, /
EM COLABORAÇÃO COM OUTRAS PESSOAS /
INTERESSADAS NO BEM ESTAR PÚBLICO /
E AGRADECENDO A IMPORTÂNCIA /
QUE SE ME APRESENTA /
DE GOZAR DO BOM COMPANHEIRISMO /
E DO PRESTIGIO DO LEONISMO, /
PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE /
O CÓDIGO DE ÉTICA, /
OS ESTATUTOS /
E SEGUIR AS IDÉIAS/
QUE FLUEM DAS LETRAS /
QUE FORMAM A PALAVRA LIONS: /
LIBERDADE, /
IGUALDADE, /
ORDEM, /
NACIONALISMO /
E SERVIÇO.”
- Presidente: Em nome do Presidente Internacional Barry Palmer, do Governador do Distrito LC-5, CL
Roberto Mantovani, e em meu próprio nome como Presidente do Lions Clube________, declaro-o
empossado no quadro de associados do Lions Clube_________. Permita-me felicitá-los e dar-lhes as
boas vindas ao Leonismo Internacional e receba de todos nós uma calorosa salva de palmas.
- Presidente: Solicito agora para que seu padrinho/madrinha CL/CaL ______________coloque na lapela
do(a) novo(a) Companheiro(a) Leão __________ o distintivo que o identifica como Associado de um
Lions Clube.
- Presidente: Solicito ao(a) CL(CaL) Secretário(a) para que faça a entrega ao nosso novo(a) associado(a),
de um envelope com os documentos pertinentes ao movimento leonístico e ao Lions Clube _______.
- Presidente: Agora, quero ouvir de todos os Leões, Domadoras e convidados aqui presentes, que se
sentem orgulhos e felizes por tê-lo como integrante de nosso Lions Clube, um grande e tradicional
URRO LEONÍSTICO.
EM ALGUNS CLUBES, O URRO LEONÍSTICO FOI ABOLIDO
POR SE ASSEMELHAR A UMA VAIA, O QUE NÃO É SUA INTENÇÃO.
O URRO LEONÍSTICO É UMA SIMBOLOGIA DE BOAS VINDAS E DEVE SER FEITA DE FORMA ALEGRE,
ESPONTÂNEA,ACOMPANHADA POR UMA SALVA DE PALMAS E
SEM QUALQUER CONOTAÇÃO PEJORATIVA.
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SUGESTÃO DE ROTEIRO DE REUNIÃO DE DIRETORIA
Mais informais que as Reuniões Festivas, as Reuniões de Diretoria também exigem um protocolo, uma
ordem e um roteiro que contemplem, principalmente, a administração de tempo. É dirigida pelo
Presidente do Clube e tem suas atas escritas pelo Secretário.
O Presidente inicia as atividades com a invocação a Deus: “INVOCANDO A DEUS PELA GRANDEZA DA
PÁTRIA E PELA PAZ ENTRE AS PESSOAS, DECLARO ABERTA ESTA REUNIÃO DE DIRETORIA DO LC TAL”.
Em seguida, passa a palavra ao Secretário que faz a leitura da ata da Reunião anterior. Após essa
leitura, o Presidente coloca a ata em discussão e, não havendo ressalvas, coloca em aprovação.
Possíveis correções e observações devem ser anotadas pelo Secretário, que tem a palavra novamente,
desta vez apresentando a pauta da Reunião e as correspondências recebidas.
ATENÇÃO: é muito comum o Secretário querer ler toda a correspondência, item por item. Isso só
demanda tempo e pouca produtividade. O ideal é que faça um apanhado geral e liste os assuntos mais
importantes e atuais (ler convites de festivas passadas é perda de tempo!). Agenda do Governador,
por exemplo, pode ser apresentada com as visitas marcadas no mês, com datas, locais e taxas de
adesão, sem entrar na leitura específica de cada correspondência recebida de cada Clube a ser
visitado.
Ao final da palavra do Secretário, o Presidente deve perguntar aos participantes se alguém tem alguma
observação ou pergunta a ser feita, esclarecendo qualquer dúvida antes de entrar no próximo assunto
e dar a palavra ao Tesoureiro e assim sucessivamente.
A mesma rotina repete-se com os demais Diretores ao falarem de suas respectivas pastas e Comissões
de Trabalhos. Sempre, a cada deliberação da Assembléia, os assuntos devem ser colocados “em
discussão” e, em seguida, “em votação”, registrando-se as opiniões contrárias quando não houver
unanimidade.
A administração de tempo é importante para que se evite que alguns CCLL usem a palavra mais do que
o necessário, monopolizando as atenções e deixando os demais CCLL com uma pequena (ou nenhuma)
participação na Reunião.
Todos que quiserem devem falar, respeitando um tempo máximo determinado pelo Presidente.
Associados que não conseguem expor sua participação, acabam cansando-se e, na desmotivação, não
comparecem às novas Reuniões.
Para uma boa administração de tempo nas Reuniões de Diretoria:
-estabeleça os objetivos;
-prepare uma pauta fixando tempo para cada assunto;
-estabeleça hora para início e fim da Reunião; seja pontual, respeitando os presentes e não os
ausentes; defina prioridades;
-identifique as atividades que levam aos resultados e concentre-se nelas;
-mantenha o rumo da discussão no foco;
-identifique e neutralize os “Ladrões de Reunião” (participantes que, mesmo sem perceber, acabam
divagando, contando histórias de antigamente, comparando casos, fugindo do assunto, criando
conversas paralelas...)
No encerramento protocolar, o Presidente agradece a presença de todos e solicita uma calorosa salva
de palmas ao pavilhão nacional.
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CALENDÁRIO LEONÍSTICO
Comemorações e efemérides que podem ser lembradas pelo Diretor Social em suas atividades e na
organização dos roteiros das festivas do Clube, servindo inclusive como oportunidades de convites
externos ou eventos internos.
EM JULHO
NO CALENDÁRIO LEONÍSTICO
Início do Ano Leonístico
Dia 01: Dia do Bancário, Internacional do Cooperativismo
Dia 02: Dia do Bombeiro, do Hospital
Dia 09: Dia do Soldado Constitucionalista
Dia 10: Dia da pizza
Dia 15/Julho: Dia do Homem
Dia 16/Julho: Dia do Comerciante
Dia 20/Julho: Dia da Amizade
Dia 26/Julho: Dia da Vovó
Dia 28/Julho: Dia do Agricultor
EM AGOSTO
NO CALENDÁRIO LEONÍSTICO
Mês dos Ex Presidentes
Segundo domingo: Dia dos Pais
Dia 11: Dia da TV, do Advogado e do "pindura", do Jurista
Dia 20: Dia do Maçom
Dia 22: Dia Mundial do Folclore
Dia 25: Dia do Exército Brasileiro, Dia do Soldado, do Feirante
Dia 27: Dia do Corretor de Imóveis, do Psicólogo
Dia 29: Dia Nacional de Combate ao Fumo
Dia 31: Dia internacional da solidariedade
EM SETEMBRO
NO CALENDÁRIO LEONÍSTICO:
Mês das Domadoras
Dia 07: Dia de Independência do Brasil
Dia 21:Dia da Árvore, do Rádio e do Radialista
Dia 27: Dia Internacional do Idoso
Dia 30: Dia da Secretária
EM OUTUBRO
Segunda quinta-feira: Dia Mundial da Visão
DIA 08: Dia Mundial do Leonismo e Dia Mundial da Visão
Dia 15: Dia Internacional da Bengala Branca
Dia 04: Dia da Ecologia, dos Animais e Dia Nacional da Adoção dos Animais
Dia 11: Dia do Deficiente Físico
Dia 12: Dia de N.Sra.Aparecida (Padroeira do Brasil), das Crianças
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Dia 15: Dia do Professor e do Educador
Dia 18: Dia do Médico
Dia 23: Dia da Aviação, de Santos Dumont, da Força Aérea Brasileira
Dia 28: Dia do Servidor Público
EM NOVEMBRO
Mês do Governador Distrital
Mês de Conscientização Acerca do Diabetes
2ª Reunião do Conselho Distrital
Dia 01: Dia de Todos os Santos
Dia 02: Dia de Finados
Dia 14: Dia da Alfabetização, Dia Mundial da Luta Contra o Diabetes
Dia 19: Dia da Bandeira
Dia 27: Dia Nacional de Combate ao Câncer
EM DEZEMBRO
Primeira Semana: Semana do Banco de Olhos de Lions
Segundo Domingo: Dia da Bíblia
Dia 01: Dia Mundial da Luta Contra a AIDS
Dia 05: Dia da Cruz Vermelha Brasileira, Internacional do Voluntário
Dia 11: Dia do Engenheiro, do Arquiteto
Dia 13: Dia do Marinheiro, do Cego e do Deficiente Visual
Dia 23: Dia do Atleta Amador, do Vizinho
Dia 24: Dia do Órfão, Internacional do Perdão
Dia 25: Natal
Dia 31: Dia da Esperança
EM JANEIRO
Consagração Leonística
Mês de Melvin Jones
Mês dos Associados Fundadores
Mês do Forum Latino Americano e Caribe - FOLAC
Dia 01: Dia da Confraternização Universal, Dia Mundial da Paz, o Município
Dia 08: Dia Nacional do Fotógrafo e da Fotografia
Dia 11: Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos
Dia 14: Dia Nacional do Enfermo, do Empresário de Contabilidade
Dia 20: Dia do Farmacêutico
Dia 24: Dia do Aposentado, da Previdência Social
Dia 25: Dia do Carteiro, dos Correios e Telégrafos, Fundação de São Paulo
Dia 29: Dia Mundial do Hanseniano, do Jornalista
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EM FEVEREIRO
Mês dos Ex-Governadores
3ª Reunião do Conselho Distrital
Dia 01: Dia do Publicitário
Dia 07: Dia Nacional do Gráfico
Dia 10: Dia do Atleta Profissional
Dia 16: Dia do Repórter
Dia 19: Dia do Esportista
Dia 23: Dia de Fundação do Rotary Internacional, do Rotariano, do Surdo-Mudo
Dia 27: Dia Nacional do Livro Didático, do Idoso
EM MARÇO
Mês da Prévia Eleitoral
Dia 08: Dia Internacional da Mulher
Dia 09: Dia das Sociedades de Amigos de Bairro
Dia 15: Dia do Circo, dos Animais, Mundial do Consumidor
Dia 19: Dia da Escola, do Carpinteiro e do Marceneiro, do Servidor Público Municipal
Dia 22: Dia Internacional da Água
Dia 24: Dia Internacional de Combate à Tuberculose
Dia 30: Dia Nacional da Saúde e da Nutrição
Dia 31: Dia da Integração Nacional
EM ABRIL
Eleições Leonísticas
Dia 16: Dia da Fundação de Lions Clube no Brasil
Dia 20: Dia Mundial da Posse de Leões
Mês da Convenção Distrital
Dia 08: Dia Mundial do Combate ao Câncer
Dia 13: Dia Internacional do Beijo, do Hino Nacional Brasileiro
Dia 14: Dia Pan-Americano
Dia 15: Dia Nacional de Conservação do Solo
Dia 18: Dia Nacional do Livro
Dia 19: Dia do Índio
Dia 21: Dia do Policial Civil e Militar, Dia de Tiradentes
Dia 22: Dia da Comunidade Luso-Brasileira, do Jornalista, do Descobrimento do Brasil
Dia 28: Dia da Sogra, da Educação
Dia 30: Dia Nacional da Mulher
EM MAIO
Mês da Convenção do Distrito Múltiplo
Segundo domingo: Dia das Mães
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Dia 01: Dia Mundial do Trabalho
Dia 05: Dia das Comunicações, do Expedicionário
Dia 07: Dia do Oftalmologista
Dia 08: Dia da Cruz Vermelha Internacional, do Artista Plástico, da Vitória
Dia 10: Dia da Cozinheira
Dia 12: Dia da Enfermagem
Dia 17: Dia Mundial da Comunicação e das Telecomunicações
Dia 18: Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Dia 23: Dia do Soldado Constitucionalista - MMDC
Dia 25: Dia da Indústria e do Industrial, do Trabalhador Industrial e Rural
Dia 31: Dia Mundial de Combate ao Fumo
EM JUNHO
Mês da Convenção Internacional
Dia 01: Dia de Helen Keller
Encerramento do Ano Leonístico
Dia 01: Dia Nacional do Jornalista
Dia 05: Dia Mundial do Meio Ambiente, da Ecologia
Dia 11: Dia da Marinha Brasileira, da Televisão
Dia 12: Dia do Correio Aéreo Nacional, dos Namorados
Dia 18: Dia do Imigrante Japonês
Dia 24: Dia de São João
Dia 26: Dia Mundial do Combate ao Tráfico de Drogas
Dia 29: Dia de São Pedro, do Papa, do Pescador, da Telefonista
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UMA REUNIÃO "MODELO"...?
Treze horas e quinze minutos de um belo domingo ensolarado!
Como é de hábito, o almoço festivo marcado inicialmente para as doze horas, vai começar com "aquele" atraso.
Afinal de contas, uma hora e quinze minutos até que não é muito atraso, não é mesmo?
Ainda mais se levarmos em conta que o Governador do Distrito está visitando oficialmente o Lions Clube local
naquele dia.
O Diretor Social dirige-se ao microfone (que, como de costume, não funciona a contento) e, no meio do
ensurdecedor vozerio dos presentes, dá início às suas funções. Vai ser composta a mesa principal.
Nesse exato momento, o Protocolo Leonístico começa a "sofrer", tendo, na maior parte das vezes, a Ordem de
Precedência de Autoridades a lhe fazer companhia. Como padecem os coitados!...
Mas a verdade é que a mesa principal, aos trancos e barrancos, foi composta e todos os demais presentes já
tomaram os seus lugares (ou melhor, quase todos, porque não estava prevista a presença de tantos
Companheiros de outros Clubes), primeiramente os companheiros do Clube anfitrião e depois os visitantes e
convidados...
O Presidente do Clube, dando uma sonora martelada no sino, que há muito tempo não é polido, abre a sessão
com as palavras de praxe, pede a um Companheiro que faça a "Invocação a Deus", a qual, ao seu término,
recebe uma estrondosa salva de palmas.
É a vez da saudação ao Pavilhão Nacional distendido na parede e parcialmente encoberto pelas pessoas que
ocupam a parte central da mesa. Todos cantam a primeira estrofe e o estribilho do Hino à Bandeira (para variar,
uns, no estribilho, cantam "juvenil" e outros "varonil"... fica mais bonita essa dissonância...).
Após a calorosa salva de palmas ao augusto símbolo da nossa Pátria, todos os circunstantes se sentam, com
aquela barulheira tão natural, e o Presidente nomeia o Mestre de Cerimônias (que leva um susto com a
nomeação inesperada), para dar prosseguimento ao programa estabelecido à última hora.
A primeira providência do Mestre de Cerimônias, depois de recuperar-se do susto, é "carregar" o sino e o
martelo, levando-os para a sua mesa, deixando o Presidente a ver navios. Em seguida, para ficar mais à vontade,
retira o paletó e inicia as suas funções, agradecendo o Presidente a lembrança "antecipada" de seu nome para
tão importante missão e informando que, para a "Jaula Aberta" (três minutos para cada Companheiro, no
máximo), diz que os Companheiros devem inscrever-se com ele.
Nesse ínterim, a refeição começa a ser servida, e os garçons se esforçam para que os componentes da mesa
principal sejam servidos por último, para demonstrar que em Leonismo não há essas coisas de protocolo,
etiqueta, etc.
O Diretor Social, convocado pelo Mestre de Cerimônias, faz sua saudação às autoridades, dirigentes leonísticos,
convidados e visitantes sem se importar, no início da mesma, com a ordem de precedência na enunciação dos
nomes dos componentes da mesa, pois isso seria desvirtuar a filosofia leonística que não admite hierarquia.
Naturalmente, como os Companheiros e Domadoras têm muito a conversar, não prestam a mínima atenção às
suas palavras. Mas, assim mesmo, ao término de sua saudação, as palmas se fazem ouvir.
Para animar a reunião e desinibir os tímidos, o Diretor Animador conta, em seguida, umas duas ou três "piadas",
daquelas que fazem até tomate ficar mais vermelho. Afinal de contas, estamos entre Companheiros,
Domadoras, autoridades, convidados e respectivas esposas, todos eles bastante esclarecidos e compreensivos.
Chegou a vez dos sorteios de brindes. O Diretor Social faz força para complicar o processo de sorteio, contando
para isso com a "inestimável colaboração" do Diretor Animador.
Por essas alturas, uma hora de reunião já transcorreu e muita gente aguarda ainda que o garçom passe pela sua
mesa, trazendo seus "apetitosos" petiscos.
Para variar, o Diretor Animador faz novamente funcionar seu "selecionado" repertório de piadas.
O Mestre de Cerimônias anuncia um número artístico de excepcionais méritos e convida um Companheiro para
executá-lo. Este, não se fazendo de rogado, dirige-se imediatamente ao velho e desafinado piano existente no
canto do salão, e, com sua voz rouquenha e não menos desafinada, começa a cantar uma "linda" e "moderna"
canção dos idos de mil e oitocentos e não sei quantos, sendo vivamente aplaudido ao final, o que o encoraja a
repetir a dose, que é "pra leão"...
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AL 2013/2014
Mais alguns sorteios e mais alguns "números artísticos" para acompanhar a sobremesa, seguidos da verificação
das delegações presentes à reunião (mais numerosa e mais distante). A delegação mais numerosa anuncia o
Mestre de Cerimônias, é a do Lions Clube de ... com dezesseis pessoas e meia (e explica que a "meia" vai por
conta da Domadora "fulana", que está esperando a cegonha). A delegação mais distante em linha reta é a de...
(protestos se fazem ouvir, mas o Mestre de Cerimônias se mantém irredutível).
Terminada a sua função, o Mestre de Cerimônias restitui os trabalhos ao Presidente, juntamente com o sino e o
martelo que lhe foram usurpados no início da reunião e este anuncia "Jaula Aberta", alertando que cada
Companheiro inscrito terá o direito de usar a palavra por três minutos (apesar de o Regulamento falar em dois
minutos).
Apenas dois Companheiros se inscreveram na "Jaula Aberta", o que deixa antever o final próximo da
"agradável" reunião festiva, após transcorridas três horas e meia de seu início. Mas os Companheiros inscritos
são partidários dos "dois minutos dos grandes" e, esquecendo-se de que vários Leões e Domadoras têm que
regressar ainda à suas distantes cidades ou bairros, resolvem, apesar, da barulheira reinante, depois de citar
nominalmente todos os componentes da mesa, falar para aqueles que ainda permanecem no local, a fim de
completar as "minguadas" quatro horas de reunião festiva.
Finalmente, vai falar o Governador do Distrito a quem o Presidente passa a palavra (palmas).
O microfone agora "pifou" definitivamente e, desse modo, outra alternativa não resta ao dirigente máximo do
Distrito, a não ser usar sua potente voz e a força total dos seus pulmões para romper a barreira do falatório dos
poucos Companheiros e Domadoras ainda presentes.
Mas, apesar dos pesares, ele consegue transmitir a sua mensagem e a Assembléia não poupa os seus aplausos.
Por último, o Presidente, após a "rápida" e "proveitosa" reunião, que serviu para estreitar ainda mais os laços de
companheirismo entre os Clubes do Distrito, agradece a presença de todos e pede uma salva de palmas ao
Pavilhão Nacional.
Meu Caro Companheiro Presidente, se seu Clube realiza reuniões pelo menos parecidas com a que foi descrita,
só lhe resta um caminho a seguir: desista enquanto é tempo e devolva com a maior urgência a Carta
Constitutiva à Associação Internacional de Lions Clubes, pois que, plagiando a gíria de nossa atual juventude,
seu Clube "já era".
CL Nelcy Pereira Guimarães
PDG 1972/73 do antigo L-20 (Sul de Minas Gerais), hoje incorporado ao LC-12.
BIBLIOGRAFIA:
ABC do Leonismo - Protazio Pacheco
As Leis do Leonismo - Zander Campos Silva
Chic[érrimo] - Gloria Kalil
Decreto Nº 70.274 - Normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência
Descobrindo o Protocolo - Georges El Haouli
Dicionário Enciclopédico do Leonismo - Áureo Rodrigues
Leão Sabido - Áureo Rodrigues
Leonismo - Jurisprudência, Interpretação e Prática - Magno C. Veras
Lions Clube: A Grande Idéia de Melvin Jones - Zander Campos da Silva
Lions Clube e Você – Zander Campos da Silva
Manual de Civismo - Cleber de Jesus Ferreira
O Leão Líder - Paulo Rogério
Orientação e Prática do Protocolo Leonístico - João Medeiros
O Serviço Leonístico no Limiar do Terceiro Milênio - Ayrton Pinassi
Pelos Meandros do Protocolo - Nelcy Pereira Guimarães
Precedências (Primazia e Presidências) - Fredolino Antônio David
Protocolo e Etiqueta - Ari Sérgio Del Fiol Módulo
Reuniões Leonísticas - Jacomo Armando Bonitatibus
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Manual do Diretor Social

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