Guia de Regras – TGG
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Guia de Regras – TGG
Guia de Regras – TGG SIMULAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO – X EDIÇÃO SiEM - Edição X TEATRO DE GUERRA GLOBAL: O ápice da Segunda Guerra Mundial e a disputa decisiva pelos múltiplos campos de batalha continentais GUIA DE REGRAS Aos representantes: Leiam esse guia sem compromisso de interpretação para com seus personagens, uma vez que essa será a metodologia que será seguida e não a política que será respeitada, que fica a cargo de outros guias e das pesquisas dos senhores. Além disso, não é necessário memorizar nenhum aspecto aqui, uma vez que a todos será permitido ter o guia em mãos durante o comitê. Mesa Diretora. Guia de Regras – TGG 2 SiEM 2016 – Edição X Introdução: Caros delegados; Este guia é a referência da metodologia a ser seguida para tomar decisões e serve para explicar como ocorre qualquer ação dentro do comitê. Será válido para todos os gabinetes, com devidas ressalvas. Não deixem de comparecer à revisão de regras no primeiro dia da simulação para que seja possível explicar melhor o que está neste documento, e pesquisem de modo a se preparar para eventuais fatores que não foram colocados aqui de propósito. A mesa diretora se coloca a disposição caso surjam dúvidas ou para qualquer outro questionamento. Aguardamos-lhes em São Paulo, para os dias decisivos. 1 - Ordem de Autoridade, Modo de Debate e Trabalho Conjunto: 1.1 – Ordem de autoridade: Primeiramente, as patentes militares de cada membro serão exercidas de forma conjunta em todos os gabinetes, levando a comuns conflitos, uma vez que as movimentações militares deveriam ser decididas juntas, visando o sucesso de certa operação. Acima das patentes de cada general estará somente o líder nacional, sendo estes o Secretário Geral do Partido Comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Joseph Vissarionovich Stalin; o Führer Adolf Hitler; o Duce Benito Amilcare Andrea Mussolini; e o Imperador Shōwa. Há também as ressalvas do gabinete conjunto da Inglaterra e dos Estados Unidos, que são estritamente militares e separados da esfera de governo de Washington ou de Londres, e do gabinete chinês, que terá a liderança de dois líderes nacionais, o Generalíssimo Chiang Kai-shek e Mao Tse-tung. O efeito direto desse fato é que os generais não responderão uns aos outros, mas somente à superiores de cada organização de guerra. Se os representantes pretendem ou não seguir essa autoridade, ou se irão de fato obedecer tudo que lhes é dado, cabe a eles qualquer decisão, desde que arquem com as conseqüências caso sejam descobertos ou tragam desvantagens à estratégia global. 1.2 – Modo de debate: Cabe igualmente ressaltar que a mesa diretora representará o Comitê de Informação Estratégico de cada Guia de Regras – TGG 3 SiEM 2016 – Edição X gabinete, cuidando da intermediação de ordens e atualização da situação do fronte. A metodologia de discussão, a ordem dos discursos, e demais elementos que irão coordenar o debate entre os integrantes dos três gabinetes serão decididos de formas diferentes. Pode haver espaço para quebra do decoro préestabelecido, uma vez que decoro nenhum consta nas regras. Seja qual for o modo de debate, esse não deve ter interferência do corpo informativo de cada gabinete. No gabinete conjunto da Inglaterra e dos Estados Unidos, este será decidido conforme os representantes militares bem entenderem, por seus líderes em conjunto no gabinete chinês, e nos demais gabinetes deverá ser decidido por seus líderes nacionais. 1.3 – Trabalho conjunto: Em um gabinete militar, os debates objetivam forçar os delegados a tomar as decisões que virão a gerar as ordens do gabinete, sendo que essas podem ser tomadas em conjunto ou não. Se em um mapa estiverem estacionados três conjuntos de tropas, sendo cada uma delas comandadas por um personagem diferente do gabinete, cabe aos militares decidirem se irão tomar uma decisão coordenada ou não. Há espaço tanto para uma estratégia coordenada, quanto para movimentos isolados de tropas, quanto para discordâncias completas que podem gerar conflitos de ordens e levar os generais a agirem sozinhos de algum modo, cabendo mais uma vez aos mesmos decidir se isso poderá ser vantajoso ou não. Na falta de concordância entre os representantes, os líderes nacionais podem impor suas vontades sobre as autoridades de seus generais, cabendo ao general redigir a ordem de acordo com o que lhe foi imposto, ou não. Se os participantes trabalharão juntos ou uns contra os outros, será decidido nos dias da simulação; e se os mesmo trabalharão em prol de bens maiores ou objetivando ganhos de natureza mais pessoal, será decido por suas pesquisas de como o general que está sendo representado agiu ou agiria em determinado cenário. Até mesmo as ordens de seus superiores devem ser analisadas se devem ou não ser obedecidas, e cabe aos participantes lidar com as conseqüências. 2 - Movimentação e Prática da Estratégia Militar: A principio, cada sessão representará um mês ou ano diferente no fronte. Os delegados têm até o final da sessão para estabelecer uma ordem estratégica, com o objetivo que pretenderem (avançar, defender, recuar, atrasar o inimigo, invadir um fronte, etc). Ao final de cada sessão ocorrerá um salto temporal, iniciando a sessão seguinte em data Guia de Regras – TGG 4 SiEM 2016 – Edição X futura, onde apresentaremos os resultados das últimas ordens. Poderá ocorrer um ou mais saltos temporais em uma sessão. No caso, os delegados serão avisados previamente. A periodicidade dos saltos temporais acompanhará a dinâmica temporal do gabinete, criada pelas ordens e decisões estratégicas tomadas, dependendo da situação no momento. Por exemplo, avanços de teatros inteiros criarão saltos compridos, enquanto combates em menor escala, como é o caso do assalto a um território chave de um fronte, poderão gerar saltos menores. 3 – Documentos de Transmissão de Informações e Execução de Estratégia Militar: Os gabinetes militares não têm o objetivo de obter resoluções, mas sim de discutir praticas que levarão a decidir quais medidas que podem ser aplicadas a alguma situação do fronte de guerra. Para isso, serão necessários documentos que possam transmitir essas decisões em forma de ordens, concretizando as decisões dos personagens fora do comitê. Cada representando poderá liberar documentos que irão englobar diferentes aspectos de jurisdição do comando que este tem, correspondente a sua patente. Todas essas decisões serão direcionadas para o fronte de guerra, sendo enviadas para as tropas de diferentes modos e com os recursos que estiverem disponíveis no momento, sendo possível o roubo, perda ou vazamento de informações. Para tanto, haverá dois tipos de documentação: (demais tipos de documentação podem ser inseridos no comitê somente por necessidade formal) 3.1 - Documentos Gerais: esses serão utilizados mais em conjunto, servindo para os propósitos decididos pelo gabinete: - Ordens Militares: referentes a todo e qualquer assunto que englobe forças armadas, movimentação de guerrilha, usos de exércitos, organização de ataque, etc. Esse será utilizado para o comando de grupos armados de todo tipo. As ordens poderão ser enviadas em conjunto ou individualmente, uma vez que cada representante terá unidades a seu próprio comando. - Plano de Operação de Ataque: este documento será mais amplo que a ordem militar e servirá para estabelecer manobras militares em larga escola, tais como operações de invasão, manobras de captura, defesas de bolsões de tropas ou ataques coordenados por assaltos, dente outros. Essa espécie de operação requer planejamento detalhado e deve ter Guia de Regras – TGG 5 SiEM 2016 – Edição X sua coordenação e seus estágios pormenorizados neste documento. - Pronunciamento à Comunidade Externa: estes servirão para informar a comunidade internacional sobre decisões acatadas dentro de cada comitê, isso se os representantes assim desejarem ou não planejarem alguma outra forma de pronunciamento. Caso os participantes informem ao mundo a respeito das tensões pelo ponto de vista de sua posição, devem ter certeza que tais informações com certeza chegarão até partes aliadas ou inimigas. - Pronunciamento Interno: funcionarão como um parecer social/administrativo, decidindo aspectos estruturais internos ou de controle de informações da sociedade de cada país. Caso algum vazamento de informação ocorra, as sociedades precisarão de respaldo de seus líderes confirmando ou negando a mesma. Este documento será utilizado para comunicação direta com partidos políticos nacionais, objetivando anunciar ou requisitar o que for preciso, neste caso assinado como Comunicado ao Partido. - Parecer de Plano Econômico: tal documento terá o objetivo de estabelecer metas de produção e de alocação de recursos nos gabinetes em que o líder nacional esteja presente para exercer amplo controle sobre a produção direcionada á guerra. Deverá ser enviado tanto para alocar recursos quanto para solicitar investimentos em reforços, e será a manifestação prática do tópico 5 deste guia. - Para o Combined Chiefs of Staff, este documento terá o nome de Parecer de Lend-Lease, conforme especifica no tópico 5 deste guia. 3.2 - Documentos Pessoais: esses serão utilizados pelos representantes sozinhos, diretos à suas respectivas áreas de atuação. Podem até mesmo ser enviados sem a assinatura dos líderes de gabinete: --- Cartas: essas serão utilizadas pelos representantes sozinhos, diretos à suas respectivas áreas de atuação. Os representantes podem mandar cartas para o individuo ou organização que bem quiser em qualquer território, e ao longo do fronte. 4 - Simbologia Estratégica Militar: O uso de contingentes militares para variados objetivos deve ser planejado de um comando superior e repassado, via rádio ou ordem impressa, para uma instância inferior do exército, que esteja no local de prontidão para executar as ordens que forem minuciosamente analisadas. Guia de Regras – TGG 6 SiEM 2016 – Edição X Para tanto, é necessário que os integrantes de todos os gabinetes tenham em mãos os ícones que irão utilizar para visualizar, em sentido macroscópico, a movimentação de contingentes. Tal simbologia pode se subdividir por assuntos diferentes: 4.1 - Deve-se identificar a qual dos beligerantes de um cenário estratégico militar a unidade em questão está alinhada: Unidade com Alinhamento Desconhecido Unidade Amiga Unidade Neutra Unidade Inimiga 4.2 - Após indicar em qual lado do cenário o objeto ou grupo analisado está, deve-se indicar em qual plano do conflito esse mesmo opera: Unidades Aéreas ou Espaciais 4.3 - Uma diferenciar, represente: Guia de Regras – TGG Unidades em Nível de Superfície Unidades Abaixo da Superfície vez sabendo tais informações, cabe enfim, qual unidade de cada símbolo 7 SiEM 2016 – Edição X * Toda força complementar naval será representada pela união do símbolo tradicional com a âncora. ** Toda força complementar aérea será representada pela união do símbolo tradicional com as asas de gaivota. *** Utilizadas para métodos estratégicos paralelos ou aditivos às movimentações gerais do cenário. 4.4 - É importante também saber das unidades representadas, diferentes números dentro de (esses símbolos sempre virão de indicação no mapa): Guia de Regras – TGG 8 identificar o tamanho pois essas elencam uma tropa organizada forma menor, acima da SiEM 2016 – Edição X Indicadores de tamanho das unidades terrestres Símbolo Nomenclatura Tamanho Time 4 Esquadrão 8–13 Seção 8–13 Pelotão 26–55 I Companhia 80–225 II Batalhão 300–1.300 III Regimento ou Grupo 1.500–3.000 X Brigada 3.000–5.000 XX Divisão 10.000–30.000 XXX Corpo 40.000–80.000 XXXX Exército 100.000–200.000 XXXXX Fronte ou Grupo de Exércitos 400.000–1.000.000 XXXXXX Região 1.000.000– 10.000.000 ++ Comando Número variante* * O número de integrantes de um comando depende da tarefa a qual lhe é designada em combate 4.4.1 - No caso da aeronáutica, há menos símbolos e alguma alteração na nomenclatura. Cabe notar que um grupo de aviões será enviado a uma batalha para uma tarefa específica e não para seguir uma infantaria ou contingente mecanizado. Logo, os símbolos a seguir aparecerão e sumirão de formas mais rápidas nos mapa, se comparados à infantaria: Símbolo Nomenclatura Tamanho XXXXXX+ Força Aérea Toda a Força Aérea XXXXX Exército Aéreo Variável** XX Divisão Variável** Guia de Regras – TGG 9 SiEM 2016 – Edição X X Brigada 48–100 aeronaves III Regimento 17–48 aeronaves II Esquadra 7–16 aeronaves Esquadrilha 4–6 aeronaves Secção Menos de 4 aeronaves ** Pode ser determinado pelo comandante da força aérea, dependendo da situação em questão. 4.4.2 - No caso da marinha, não há simbologia, mas nomes específicos: Nomes Marinha Frota Força Tarefa Número de navios Tipo de navios Todos os navios da marinha Todas as frotas Todos os navios em um oceano ou região Dois ou mais Forças Tarefas Um grande número de navios de vários tipos Dois ou mais Grupos de Força Tarefa Grupo de Força Um grupo de Cruzadores, Duas ou mais Tarefa com acompanhamento de Esquadras Navais Destroiers* e afins Esquadra Naval Normalmente, Cruzadores Um número pequeno de navios Flotilha Elemento de Força Tarefa Normalmente não são Cruzadores** Um número pequeno de navios do mesmo tipo ou de tipos similares Qualquer navio Somente um * Um navio rápido, com manobrabilidade, mas resistente de qualquer modo, que escolta navios maiores e os defende contra ataques de curto alcance e quaisquer outros de navios ** Maior navio de guerra de qualquer Marinha, com extrema capacidade antiaérea e antinavio. Guia de Regras – TGG 10 SiEM 2016 – Edição X 4.5 - E por último, deve unir toda essa simbologia ao nome específico do elemento analisado (composto, em sua maioria, da letra que o denomina no órgão militar antes ou depois de algum outro e o número de sua formação), que se obtém de registros militares de seus comandantes e pode ser amplamente percebido em batalha. Em conclusão temos: Companhia A, 137ª Infantaria 8º Batalhão de Artilharia Brigada A, 1ª Divisão de tanques (visto que divisão também é o nome dado a um conjunto de blindados) 5 – Sistema Econômico: Ao longo deste grande conflito mundial, os esforços de trabalho e recursos de cada nação têm servido somente um propósito: nutrir a máquina de guerra. Por todo o globo populações têm trabalhado em prol da indústria de armamentos e governos têm direcionados seus impostos para a produção em massa de aeronaves, navios, submarinos, balas, etc. Visto que a guerra demanda uma extrema reorganização dos recursos de um país, será introduzido um sistema econômico que permita utilizar os recursos de forma a atender às demandas da guerra. O sistema será dividido e numero por unidades de produção e de recursos, e irá atender a seja qual for o requisito de reforços ou de tropas que os militares de cada gabinete necessitarem. 5.1 – Esforço de Guerra: ao conjunto de investimentos em armamentos ou desenvolvimento tecnológico-científico direcionado ao bem estar das tropas ou à utilidade do poder de destruição nacional dáse prioridade máxima quando do momento do conflito armado. O ato de colocar suprimentos nacionais, produção pesada, trabalho humano, e, enfim, direcionar a sociedade e as políticas adotadas para o planejamento militar dá-se o nome de Esforço de Guerra de um país No comitê, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Alemanha, a China (que terá comando conjunto do Generalíssimo Chiang Kai-shek e de Mao TseGuia de Regras – TGG 11 SiEM 2016 – Edição X tung nessa questão também) a Itália e o Japão terão seu esforço de guerra sob o comando absoluta de seus líderes nacionais, que têm autoridade maior do que a militar de demais integrantes e podem requisitar que o país se dobre para a máquina de guerra, enfrentando as devidas conseqüências caso essa seja uma má escolha. Além de ordenar os reforços militares, ficarão disponíveis para os mesmos variáveis e resultados da produção do país, que poderão ser alocados da forma que acharem mais interessante. Assim ficará disponível uma tabela e uma variável que irão corresponder as duas unidades do sistema. 5.2 – Produção: trata-se da unidade que irá determinar os gastos necessários para que sejam destacados regimentos, construídas aeronaves ou produzidos navios, por exemplo. Manifestar-se-á na forma de uma tabela de gastos, e deverá refletir nas demandas de manobras militares que forem necessárias para o sucesso nacional na guerra. Cada pedido de reforço, por exemplo, ira demanda certa produção. 5.3 – Recursos: trata-se da unidade que irá determinar o que há de disponível para que a nação atenda às demandas exigidas pelos comandantes da guerra. Manifestar-se-á na forma de uma unidade com numeração específica, que englobará todos os elementos necessários a produção (ferro, força de trabalho, energia de cada maquinário, etc). cada vez que um pedido for atendido, ou cada vez que o gabinete quiser aumentar o seu arsenal, essa unidade irá diminuir. Essa unidade poderá ou não aumentar com o decorrer das sessões, de acordo com o salto temporal, sendo que isso dependerá de como a nação tem enfrentado a guerra. Essa unidade somente terá certeza de voltar a aumentar por meio de dominação territorial de área com recursos disponíveis. 5.4 – Gabinete conjunto americano e inglês e a Lei do Lend-Lease: pela separação entre as esferas militar e do poder executivo dessas nações, o sistema será aplicado de forma diferente. A Política do Lend-Lease entrou em vigor em 1941 e determinava que os Estados Unidos oferecessem ajuda financeira para o esforço de guerra de nações aliadas, diretamente com recursos ou disponibilizando armamentos. O Reino Unido aderiu à política pelo ato do Reverse Lend-Lease, e será integrado as decisões e ao esforço do programa americano para efeitos do comitê. Sendo essa espécie de medida um acordo de governo, o reflexo dessa política no Combined Chiefs of Staff manifestar-se-á de forma a exigir dos generais que os mesmos aloquem uma parte de suas unidades militares para serem cedidas para outras nações. Será elaborada uma Guia de Regras – TGG 12 SiEM 2016 – Edição X tabela diferenciada, com unidades de reforços que podem ser colocadas no mapa ou cedidas. Demais unidades que possam favorecer o esforço de guerra conjunto devem ser requisitadas aos governos por meio de cartas, que irão aprovar ou não procurando se basear na análise do Esforço de Guerra conveniente ou necessário. 5.4.1 – Reverse Lend-Lease: é possível solicitar o oposto por meio de carta de governo, enviada à liderança nacional de cada país, para que essa seja enviada aos países Aliados. Ou seja, é possível solicitar da União Soviética ou da China armamentos militares, sendo que estes países poderão conceder ou não. Guia de Regras – TGG 13 SiEM 2016 – Edição X