necrose de cólon direito após lesão por arma branca em membro
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A ENFERMAGEM NA IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE MONITORAÇÃO NEUROLÓGICA E SEDAÇÃO EM PACIENTES COM LESÕES CRÂNIO ENCEFÁLICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA João Francisco Possari, Nilza Martins Ravazoli Brito, Patrícia Regiane da Silva, Wilson Jose da Silva Gualter. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo – Brasil O avanço tecnológico nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tem proporcionado maior sobrevivência aos pacientes desses setores. Entretanto, as intervenções terapêuticas invasivas e a monitoração contínua, se constitui um avanço terapêutico, podem proporcionar experiências desagradáveis, para muitos enfermos. Este trabalho tem o objetivo de implantar um instrumento de monitoração neurológica (Escala de Coma de Glasgow) e sedação (Escala de Ramsay) e avaliar o instrumento na assistência de enfermagem em pacientes com lesão crânio encefálicas internados em UTI. Participaram da avaliação do instrumento, 28 enfermeiros distribuídos em todos os plantões no período de 30 dias, em 10 leitos reservados para neurotrauma. Os resultados mostraram que 96,42% dos enfermeiros confirmaram que a utilização do instrumento minimizou a coleta de dados e auxiliou no processo de avaliação na assistência de enfermagem. Concluise que o instrumento é viável no que diz respeito a sua utilização. Palavras – chave: Instrumento de monitoração, Assistência de enfermagem, Escala de coma de Glasgow, Escala de Ramsay A Importância do Enfermermeiro na Sistematização da Sala de Trauma Autoras: Rosângela Bova Lu ; Lídia Kimura Feriani ;Luiz Humberto Piaccezzi Relator: Rosângela Bova Lu ; Lídia Kimura Feriani ;Luiz Humberto Piaccezzi Introdução :O trauma assumiu proporções endêmicas na atualidade , tornou-se a principal causa de morte da população. O resultado obtido na assistência dos pacientes vítimas de acidentes em termos de sobrevida está diretamente relacionado ao treinamento do pessoal envolvido no atendimento inicial. O envolvimento e capacitação da equipe multiprofissional na sala de trauma é fundamental. Existem determinados eventos que são classificados como Alto Risco, dependendo do número de pessoas envolvidas.Entre eles jogos de futebol e shows com grande número de participantes .Na prática observamos que é realizado o APH sistematizado,porém os hospitais, principalmente os particulares,não tem a sistematização para continuar esse atendimento.Por nossa instituição ter serviço pré-hospitalar,montamos um protocolo de sistematização na sala de trauma, para dar continuidade adequada no atendimento ao politraumatizado atendido ou não pelo APH . Métodos: Avaliação prática da equipe do Pronto Socorro do Hospital Paulistano, São Paulo,no recebimento e atendimento de uma vítima encaminhada de aeronave e outra com transporte terrestre no simulado de catástrofe realizado no Estádio do Pacaembu pelo corpo de Bombeiro . Resultado: As duas vítimas recebidas foram salvas , isso foi mérito da equipe de enfermagem que atendeu com tranqüilidade e segurança, seguindo o protocolo que utilizamos na sala de emergência (ATLS). Conclusão: A análise do atendimento revelou que o treinamento constante da equipe de enfermagem e a sistematização de enfermagem na sala de trauma,foi primordial para a atuação de toda equipe multiprofissional. Ficou evidenciado que o sucesso do simulado intra-hospitalar foi mérito da enfermagem, sendo que os casos foram conduzidos pelo profissional enfermeiro. Rosângela Bova Lu – Enfermeira, Supervisora do Pronto Socorro do Hospital Paulistano - Especialista em Administração Hospitalar- Atendimento Pré Hospitalar e Emergência E.Mail: [email protected] Telefones: 30161292 / 82327919 / 50846252 Lídia Kimura Feriani - Enfermeira do Pronto Socorro Hospital Paulistano – Residência em Emergência E.Mail: [email protected] Telefones: 30161111 / 84482931 / 22754474 Luiz Humberto Piaccezzi – Enfermeiro do Pronto Socorro Hospital Paulistano – Residência em Emergência E.Mail: [email protected] Telefones:30161111 / 94725765 / 33681355 A INTERFERÊNCIA DO ESTRESSE NA QUALIDADE DE SERVIÇO NO PRONTOSOCORRO Autores: Leila Valéria Penna Lourdes Lins Marques Alves Hollanda Maria Goreti Rodrigues Introdução:O mundo contemporâneo exige que o enfermeiro esteja preparado para intervir,no âmbito da assistência,gerencia ,ensino e pesquisa.Nesta visão o enfermeiro precisa ter iniciativa,bom senso,capacidade de liderança ,emprendedorismo e competividade.Isto significa oferecer uma gama de serviços seguros e eficazes que satisfaçam as necessidades e desejos do cliente,mobilizar pessoas para um trabalho em equipe mais produtiva e de qualidade. A qualidade da assistência de enfermagem esta ligada aos aspectos da interação com o profissional e não com a técnica,que é o calor humano e para nós o que importa são as pessoas. O ambiente de Pronto-Socorro e as principais causas de atendimento geram um ambiente desgastante comprovado por estudos que a profissão torna-se estressante e que o conceito de estresses manifestados por estes ,esta voltado para esfera biológica relacionados ao desgaste físico ,psíquico e ocorrências de doenças e pouco voltado para interação entre o individuo e o ambiente ,tendo o papel ativo no desencadeamento do estresse ,ocorrendo assim alterações na qualidade de atendimento desta unidade. Objetivo:Identificar a interferência do estresse na qualidade do serviço no ProntoSocorro. Método: Trata-se de um estudo prospectivo.Foi elaborado um instrumento de coleta de dados contendo duas partes com dados de identificação dos profissionais e principais questões relacionadas ao estresse.As questões foram semi-estruturadas e as respostas agrupadas por similaridade, e posteriormente foram aplicados testes estatísticos pertinentes. Resultados:Foram entrevistadas 10 enfermeiras,(100%) feminino,(50%) atuam em entidades Públicas e (50%) atuam em entidades Privadas,;quanto à faixa etária,(40%) idade entre 20-30 anos,(30%) idade entre 30-40 anos,(20%) idade entre 40-50 anos,(10%) idade acima de 50 anos.Quanto aos turnos ;(40%) manhã,(20%) tarde,(40%) noturno. 1-Das 10 enfermeiras entrevistadas: (90%) entendem que o estresse como uma reação a situações limites, que geram o desgaste mental e físico e qualidade de serviço como satisfação do cliente,(10%) não souberam definir estresse e qualidade de serviço. 2-Os fatores que resultaram em estresse foram;(27%) dos principais fatores estão relacionados à falta de funcionários,(19%) falta de organização da unidade,(19%) demanda exacerbada de pacientes,(19%) relacionamentos profissionais,(16%) inexperiência profissional. 3-Os resultados citados acima foram; (90%) concordam que há alteração na qualidade de serviço e (10%) discordam. 4-Quanto às sugestões (50%) referem que para melhorar o estresse na sua unidade resultando na qualidade de serviço,aumento do número de funcionários, (19%) melhoria nas condições de trabalho,(19%) orientação e distribuição adequada de pacientes (triagem),(12%) treinamento e capacitação profissional. 5-Quanto às empresas (70%) referiram que se preocupa com o bem estar do funcionário,acarretando a satisfação do cliente,resultando numa boa qualidade de atendimento ao paciente,(30%) não se preocupa com o bem estar do funcionário. Conclusão:As principais causas de interferência do estresse na qualidade do serviço no Pronto-Socorro foram: falta de relacionamento,demanda exacerbada de pacientes, insuficiência de funcionários, falta de organização da unidade, sobre carga de trabalho, sendo que estes mencionados atuam de uma maneira gerando o que classificamos como eustress, isto provoca uma melhora no ambiente do trabalho e motivação.Porém ressaltamos os mesmos fatores que resultam na melhora do ambiente e motivação podendo provocar o distress que é a forma negativa do estresse, o que prejudica a qualidade da assistência prestada e podendo haver repercussões na saúde dos profissionais e alteração na qualidade de serviço,ocorrendo à insatisfação do cliente.Concluímos após a aplicação do instrumento de pesquisa que todos os entrevistados sugeriram que o nível de estresse da equipe de trabalho poderia ser melhorado se ocorresse melhora do ambiente,orientação e triagem adequada,dialogo entre a equipe multiprofissional, mais a atuação da educação continuada com treinamento e capacitação profissional. A maior parte das empresas se preocupa com o “bem estar” do funcionário tenta minimizar os fatores estressantes por meio de cursos e palestras,semana de convivência,apoio psicológico,treinamento e atualizações gratuitas e uma minoria das empresas não se preocupa com o bem estar do funcionário,gerando insatisfação pessoal e profissional .Com isso torna-se necessário que nos ambientes de trabalho exista uma melhor compreensão do que é o estresse,seus sintomas e suas fases,pois ajudará o colaborador a saber utilizar favoravelmente a força geradora do mesmo,ainda que seja quase impossível evita-lo em ambientes corriqueiros e ou a adoção de um regime anti-stress com exercícios físicos, boa alimentação,relaxamento,são meios coerentes que podem ser assumidos no enfrentamento da situação estressante. Palavras-chaves:Estresse , Qualidade, Pronto-Socorro REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIANCHI,E.R.F. Enfermeiro hospitalar e o stress . São Paulo, Revista Escola Enfermagem, USP, V.34, n.4, p.390,dez.2000. _____________ Estresse em Enfermagem:análise da atuação do enfermeiro de Centro-Cirúrgico. SãoPaulo, Tese de doutorado,Universidade São Paulo, 1990 ______________ Comparação do nível de estresse do enfermeiro de Centro-Cirúrgico e de outras unidades fechadas. Ver. SOBECC, São Paulo,v.5, n.4, p.28-30, out/dez,2000(A) _____________Conceito de Stress:Evolução Histórica, Rev .Nursing , São Paulo, v.4, n.39, p.16-19, agosto,2001 CHAVES,E.C. Stress e trabalho do Enfermeiro:a influência de características individuais no ajustamento e tolerância ao turno noturno.São Paulo,1994. CHIAVENATO,I. Gestão de pessoas.10.ed.São Paulo:Atlas.1999. DEJOURS,D. A loucura do trabalho. São Paulo: Cortez,1999. MARTINO, M.Estado emocional de enfermeiros em el desempenho professional. Rev . Esc Enferm, USP, v.38, n.2, p.161,2004 SELYE,H. The stress of life.New York:McGraw-hill,1956 apud BIANCHI.E.R.F. Enfermeiro Hospitalar e o stress. Rev . Esc. Enf.,USP , v.34,n.4,p.390-4,dez.2000. SILVA,Mª .J.P.Qualidade na assistência de enfermagem:Visão de alunas de especialização.Rev .Acta Paulista de enfermagem SP.,v.14n° 1,p.82-88,2001 VECINA NETO,G.Evolução e perspectivas da assistência à saúde no Brasil.São Paulo:Ed.Atheneu,2000 Enfermeiras com Especialização - Pós-Graduação –LATO-SENSU em ProntoSocorro/2004 São Paulo. ABORDAGEM ÀS LESÕES VESICAIS EM CENTRO DE TRAUMA. Autores: Nogueira, Priscila Lara; Tomita, Elaine; Leal, Suelen; Nars, Adonis; Colaço, Ivan Augusto. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT), Disciplina do Trauma, Hospital do Trabalhador – Universidade Federal do Paraná – Curitiba, PR, Brasil Objetivo: Este estudo epidemiológico retrospectivo visa analisar os pacientes vítimas de trauma de bexiga enfatizando os fatores relaciondados à morbi-mortalidade. Materiais e Métodos: Foram analisados 39 pacientes com trauma de bexiga submetidos a tratamento cirúrgico (cistostomia/cistorrafia) entre janeiro de 2001 e maio de 2006, excluídos, portanto, tratamento conservador e lesões de outra natureza. Resultados: A média de idade foi de 31 anos, com maior prevalência do sexo masculino (92,3%). Ocorreram 21 casos (53,8%) de traumatismo penetrante - 95,3% destes por arma de fogo - e 41% dos casos decorrentes de trauma fechado - 81,2% deles por acidentes automobilísticos. O RTS médio foi de 7,7499. Os principais sinais clínicos apresentados foram: dor abdominal (58,9%), hematúria macroscópica (53,8%), rigidez abdominal (28,2%) e instabilidade pélvica (12,8%). Em 56,4% dos casos, o diagnóstico foi intra-operatório. Predominaram as lesões extraperitoneais (58,9%), intraperitoneais (17,9%) e combinadas (7,6%). A s utura primária foi realizada em 37 casos (94,8%). Cistostomia procedeu-se em 46,1% dos casos. Trinta pacientes (76,9%) apresentavam lesões associadas. As mais freqüentes: intestino grosso (33,3%), fratura pélvica (30,7%) e intestino delgado (23%). Dezesseis (41%) pacientes apresentaram complicações, 62,5% delas de origem urinária, sendo que apenas 1 destes evoluiu a óbito (mortalidade: 2,5%). Conclusões: Um achado destoante da literatura foi a maior prevalência de FAF em relação ao trauma automobilístico. Lesões associadas foram a principal causa de morbidade. A clínica do paciente ainda prevaleceu, neste estudo, como indicativo de tratamento cirúrgico. Fístula urinária foi a complicação mais prevalente associada ao trauma vesical. Palavras-chave: trauma vesical, cistostomia, cistorrafia ABORDAGEM DE LESÃO EM VEIA CAVA INFERIOR SUPRAHEPÁTICA POR FRENOTOMIA TRANSVERSA - RELATO DE CASO . Frederico Dallis, Helio Machado Vieira Jr, Cristiane Koizimi Martos Fernandes, Guilherme Durães Rabelo, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil Objetivo: o domínio de lesões venosas justa-hepáticas é um desafio para o cirurgião. Neste trabalho relatamos um caso de lesão por arma de fogo, da veia cava inferior suprahepática, em sua porção diafragmática, abordada por frenotomia transversa sem toracofrenolaparotomia ou esternotomia mediana. Material e métodos: relato de caso e revisão de literatura. Resultados: jovem, vítima de trauma toracoabdominal bilateral com transfixação do abdome superior por 2 projéteis, com Escore de Trauma Revisado (RTS) de 8. Realizada laparotomia mediana xifopúbica que evidenciou presença de hemoperitônio (1000ml). Diagnosticado sangramento de veia cava em seu segmento diafragmático, Grau V (AIS-90), com sangramento ativo tendo seu conteúdo aspirado parcialmente para tórax. Após tentativa sem sucesso de tamponamento foi realizado acesso direto à veia cava inferior supra-hepática e ao sítio de sangramento pelo orifício do projétil no diafragma 1 cm acima das veias hepáticas com comunicação com o hemitórax direito. Realizada frenotomia transversa ligeiramente curvilínea a 2 cm acima das veias hepáticas para controle vascular distal. Reparada inferiormente e rafiada a lesão venosa com diminuição expressiva do sangramento. Realizado tamponamento da lesão, e fechamento alternativo utilizando bolsa de Bogotá. Após 60 horas, as compressas foram retiradas sem intercorrências. Conclusão: as lesões venosas justahepáticas podem ser tratadas com tamponamento, realizando-se compressão do fígado por sobre a lesão. A rafia e o tamponamento peri-hepático pode ser uma solução em casos mais graves, como o descrito. Palavras-Chave: lesão de veia cava. ACIDENTE OFÍDICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASSISTIDOS NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO EM 2005 Autor: SILVA, F, F. Instituição/Estado: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)ILHÉUS-BAHIA E-mail: [email protected] Endereço: Rua Catucicaba, 434, 1º andar, Conceição, Itabuna/BA Co-autores: BANDEIRA J. R. P., OLIVEIRA C. V., RIBEIRO G. R., RIBEIRO, T, L., RICCIO, F, V, S., SALOMÃO, I, S. INTRODUÇÃO: Dentre os acidentes por animais peçonhentos, o ofidismo é o principal deles pela sua freqüência e gravidade. Além disso, pode ser considerado um grande problema coletivo, especialmente para aqueles que habitam regiões tropicais. OBJETIVO: Traçar o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes ofídicos atendidos no Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF), Ilhéus, Bahia. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo de 100 pacientes utilizando as fichas do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) com diagnóstico de acidente ofídico, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2005. RESULTADOS: Houve predominância no primeiro semestre (67%), principalmente em março (16%), abril (20%) e maio (13%). As características prevalentes foram: ser natural de Ilhéus (24%), do sexo masculino (75%), trabalhador rural (41%), na faixa etária entre 15 a 29 anos (35%), picado no membro inferior (63%), do gênero Bothrops (77%), na zona rural de sua cidade (85%) e com atendimento no intervalo de tempo entre 3 e 6 horas, após o acidente (34%). Quanto aos sintomas prevaleceu a dor (87%) e o edema (74%). Além disso, 59% apresentaram o tempo de coagulação alterado. Destes 19% apresentaram sangramento local e 5% gengivorragia. Observou-se que 10% apresentaram mialgia, 6% urina escura, 5% anúria, 2% oligúria. A soroterapia foi administrada em 88% dos pacientes sendo o antiveneno mais administrado o antibotrópico (87%) utilizando-se, em sua maioria (85%), menos de 12 ampolas por paciente. CONCLUSÃO: Os acidentes ofídicos acometem homens jovens agricultores em seu contexto de trabalho. A evolução dos casos não pôde ser analisada pelo baixo índice de preenchimento deste campo nas fichas de notificação, o que pode impedir que medidas importantes sejam tomadas em virtude da falta de informações sobre acidentes desta natureza. ACIDENTE OFÍDICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASSISTIDOS NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO EM 2005 Fernanda de Fátima Silva, Carlos Vitório Oliveira, Fernanda Verena de Sá Riccio, Gabriela Ribeiro e Ribeiro, Irany Santana Salomão, Job Rezende Paiva Bandeira, Thaísa Lima Ribeiro. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)-ILHÉUS-BAHIA Traçar o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes ofídicos atendidos no Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF), Ilhéus, BA. Trata-se de um estudo retrospectivo de 100 pacientes utilizando as fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) com diagnóstico de acidente ofídico, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2005. Houve predominância no 1º semestre (67%), principalmente em Março (16%), Abril (20%) e Maio (13%). As características prevalentes foram: ser natural de Ilhéus (24%), sexo masculino (75%), trabalhador rural (41%), faixa etária entre 15 a 29 anos (35%), picado no membro inferior (63%), gênero Bothrops (77%), zona rural de sua cidade (85%) e atendimento no intervalo de tempo entre 3 e 6 horas, após o acidente (34%). Quanto aos sintomas prevaleceu a dor (87%) e o edema (74%). Além disso, 59% apresentaram o tempo de coagulação alterado. Destes 19% apresentaram sangramento local, 5% gengivorragia, 10% mialgia, 6% urina escura, 5% anúria, 2% oligúria. A soroterapia foi administrada em 88% dos pacientes sendo o antiveneno mais administrado o antibotrópico (87%) utilizando-se, em sua maioria (85%), menos de 12 ampolas por paciente. Os acidentes ofídicos acometem homens jovens agricultores em seu contexto de trabalho. A evolução dos casos não pôde ser analisada pelo baixo índice de preenchimento deste campo nas fichas de notificação, o que pode impedir que medidas importantes sejam tomadas em virtude da falta de informações sobre acidentes desta natureza. Palavra-chave: acidente ofídico, epidemiologia e SINAN. ACIDENTES MOTOCICLISTICOS E DESPESAS DE ATENDIMENTO HOSPITALAR EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE TRAUMA William Augusto Casteleins Cecílio, Francisco José Gomes de Castro, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Fayruz Rodrigo Marcolini, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de acidentes motociclísticos em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de quedas e colisões envolvendo motocicletas, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos que não envolvessem motocicletas. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram incluídos 101 pacientes, sendo 58 vítimas de quedas com moto (57,4%) e 43 vítimas de colisões envolvendo motos (42,6%). A média de idade destes pacientes foi de 26,5 +/- 8,7 anos, sendo 84,1% do sexo masculino. O hospital recebeu por estes atendimentos R$58.390,73 (média de R$583,90/paciente). Noventa pacientes (89,1%) usavam capacete quando do acidente, tendo uma despesa média de R$558,48, inferior em comparação aos que não usavam esta proteção (R$789,61), não significativo (p=0,4383) no entanto. Apesar de ocorrerem em menor número, as colisões geraram maiores despesas (R$37.238,29) do que às quedas (R$21.152,44), sendo significativo estatisticamente (p=0,0049). Entre as colisões, as do tipo moto-auto foram a maioria (31 casos), também resultando na maior despesa (R$29.083,89), seguido das moto-bicicleta (02 casos, R$3.732,90), moto-moto (03 casos, R$2.132,90) e moto-anteparo (03 casos, R$1.453,73); não há diferença estatística comparando as médias desses valores (p=0,8043). Notou-se hálito etílico em 07 pacientes (6,9%), cujo valor financeiro médio despendido (R$872,05) foi superior, mas não significativo, à média observada para os que não o apresentavam (R$562,22; p=0,3967). Calculou-se a gravidade das lesões pelo Injury Severity Score (ISS), resultando em média ponderada de 2,85 pontos. O RTS (Revised Trauma Score) calculado teve média de 7,79 pontos, ocorrendo dois óbitos (2% dos casos). Conclusões: Relacionando as despesas intra-hospitalares dos atendimentos a trauma motociclístico, observamos que colisões tiveram maior impacto financeiro do que quedas de moto, embora ocorressem em menor freqüência. Entre os diversos tipos de colisões observados, não houve diferença estatística em relação às despesas geradas. O uso de capacetes foi preponderante na amostra, resultando num gasto médio menor em relação aos pacientes que não o utilizavam. A presença de hálito etílico resultou num maior gasto com o atendimento hospitalar. Palavras-Chave: trauma, motocicletas, despesas. ANÁLISE COMPARATIVA DO TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO CAUSADO POR ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO E DEMAIS MECANISMOS. Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil. Objetivo: Analisar comparativamente o trauma crânio encefálico (TCE) causado por trauma motociclísticos (TM) e mecanismos gerais (TG), avaliando as características de gravidade, morbi-mortalidade e epidemiológicas. Material e Métodos: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos na emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e junho de 2005. Selecionou-se todos pacientes com TCE (1401 pacientes) e os com TCE vitimas de acidentes motociclísticos (181 pacientes). Os dados analisados foram os obtidos através da ficha de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base. Resultados: Ao avaliarmos o TRISS dos grupos, encontramos as médias de 94 para TM e 95,5 para TG. O RTS médio foi de 7,3 em TM e 7,5 em TG e o ISS médio de TM 11,2 e de TG 8,8. Quando avaliamos índices para morbi-mortalidade, percebemos que 53,6% dos pacientes do grupo TM precisaram de internação, com média de permanência de 6 dias e 46,8% de TG com média de 4,5 dias. A necessidade de UTI entre TM foi de 19,3%, com permanência média de 7,5 dias e de TG foi de 16,5% com média de 5,3 dias. A necessidade de intervenção cirúrgica foi de 6% em ambos os grupos, enquanto que a mortalidade foi de 5,5% em TM e 5,2% em TG. Em relação à idade, a média em TM e TG foram, respectivamente 28,5 e 39,2 anos e em ambos os grupos, prevaleceram acidentes com vítimas masculinas, sendo 77% de TM e 76% de TG.Conclusões: Pacientes masculinos sofrem mais TCE que femininos, independente do mecanismo e em TM foram encontrados vítimas, em média, mais jovens. Além disso, há traumas mais severos e maior morbidade em TM. Palavras Chave: TCE, trauma motociclístico, gravidade. ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA AO TRAUMATIZADO – APLICAÇÃO DA METODOLOGIA TRISS André Luciano Baitello,Paulo César Espada,Rodrigo Escheverria, Roberto Kaoru Yagi, Thiago da Silveira Antoniassi, Yeda Mayumi Kuboki, Rodrigo Monteiro. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – HB/FAMERP – SP – Brasil INTRODUÇÃO: Existem diversos índices ou “scores” que são valores matemáticos ou estatísticos quantificados por valores numéricos que variam de acordo com a gravidade do traumatizado. Estes índices possibilitaram a comparação do desempenho entre instituições e regiões e o acompanhamento da evolução da mesma instituição ou região através do tempo, antes e após a introdução de novas sistemáticas, treinamentos ou incorporação de tecnologias. Dos diversos índices presentes na literatura, os mais freqüentemente utilizados, apesar de algumas críticas são: o Escore de Trauma Revisado (“Revised Trauma Score” - RTS), o Escore de Gravidade de Lesão (“Injury Severity Score – ISS”), o Escore de Trauma e de Gravidade de Lesão (“Trauma Score and Injury Severity Score – TRISS”). . O TRISS, método adotado neste trabalho, é capaz de estimar a Probabilidade de Sobrevivência (PS) A estatística Z compara o número atual de mortes ou sobreviventes em um determinado serviço com os números previstos no MTOS. OBJETIVO: Este estudo objetiva à análise dos resultados da assistência e gravidade do traumatizado atendido no Hospital Escola da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, centro de referência para atendimento a vítimas de trauma do interior do estado de São Paulo,comparado ao padrão MTOS(Major Trauma Outcome Study). CASUÍSTICA E MÉTODO:, foram analisados os dados, prospectivamente, de 1644 pacientes vítimas de trauma que deram entrada na emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto no período entre julho de 2004 a junho de 2005 e que permaneceram internados. Os dados foram analisados pela metodologia TRISS e comparados com o MTOS utilizando a estatística Z. RESULTADOS: Foi encontrado o valor de 3,7971 aplicando a estatística Z aos pacientes atendidos. CONCLUSÃO: O perfil das vítimas de trauma que são atendidas no Hospital de Base da FAMERP assemelha-se ao observado no MTOS. Este fato Indica que a assistência prestada ao paciente politraumatizado atendido no Hospital Escola da FAMERP está dentro dos padrões internacionais recomendados pela literatura. PALAVRAS-CHAVE: Major Trauma Outcome Score, Metodologia TRISS, Escore de Trauma, Escore de Gravidade de Lesão. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MECANISMOS DE TRAUMA, AS LESÕES E O PERFIL DE GRAVIDADE DAS VÍTIMAS, EM CATANDUVA-SP Raul José de Andrade Vianna Jr., Sandra Elisa Adami Batista; Juliana Govoni Baccani; Raquel Amarante de Paula e Silva; Kamila de Paula Ferlin Gualda Liga de Cirurgia de Urgência e Trauma “Luis Fernando de Almeida Maia” – Faculdade de Medicina de Catanduva - SP Objetivo: Realizar uma análise comparativa entre os principais mecanismos de trauma, a gravidade das vítimas e os principais ferimentos que proporcionaram. Método: Estudo randomizado de 1486 fichas de vítimas traumatizadas atendidas pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros em Catanduva – SP, no período de janeiro/1997 a dezembro/2003. Foi realizada uma avaliação a partir dos itens ferimentos, Revised Trauma Score e mecanismos de trauma, cujas variáveis foram expressas em porcentagens e correlacionadas pelo Teste X2. Resultados: Houve predomínio de acidentes motociclísticos em 42,2% dos traumas. As regiões corpóreas mais acometidas foram os membros inferiores/cintura pélvica (32,2%). Os ferimentos superficiais acometeram 88% das vítimas. Para todos os eventos, prevaleceram vítimas com RTS=6 excetuando-se os acidentes envolvendo veículos pesados em que 25% das vítimas obtiveram RTS<2. As quedas representaram 63,4% dos eventos quando excluímos da análise os acidentes de trânsito. Houve correlação estatística somente entre o mecanismo de trauma e a região corpórea lesada (p<0,01). Os membros inferiores/pelve foram mais acometidos em atropelamentos e acidentes de moto. Cabeça/pescoço foram lesados nas agressões, nas quedas e nos acidentes envolvendo veículos pesados e automóveis. Os ciclistas apresentaram similaridade de lesões em cabeça/pescoço e membros inferiores/pelve. Conclusões: Em Catanduva prevaleceram motociclistas traumatizados, e acometidos, principalmente, os membros inferiores e a pelve. A maioria das vítimas sofreu ferimentos superficiais, decorrentes de traumas leves. Palavras-chave: Acidentes de Trânsito, Ferimentos e Lesões, Primeiros Socorros. ANALISE DA SEGURANÇA DA SUSPENSÃO DA RANITIDINA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM TRAUMA Sérgio Diniz Guerra; Eduardo Frois Temponí; Vinícius Caldeira Quintão; Pedro Geraldo J_r.: Bruno Freire de Castro UT! Pediátrica do Hospital Joáo XXfJI - Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais / Centro de Pesquisa e Pós - Graduação da Faculdade de Ciências Médicas / Liga Mineira do Trauma. Belo Horizonte, Minas Gerais. OBJETIVOS: Analisar a segurança da suspensão da ranitidina em pacientes pediátricos com TCE atendidos em um hospital de referência em trauma. METODOLOGIA. Estudo coorte, prospectivo, incluindo pacientes pediátricos vítimas de TCE moderado e grave que fizeram uso da ranitidina durante a internação. RESULTADOS. No período de junho de 2005 a janeiro de 2006 foram admitidos 47 pacientes. Cinco pacientes não usaram ranitidina. Em 12 pacientes, a ranitidina não foi suspensa durante o estudo, por óbito ou aíta da UTl. Nenhum deles apresentou hemorragia digestiva Trinta pacientes tiveram a ranitidina suspensa durante o estudo. Destes, 25 (83,3%) eram do sexo masculino, com média de idade de 10,3, com Glasgow de admissão variando de três a 15 e sendo o atropelamento o principal mecanismo de trauma com 40%. A média de dias de internação foi de 2,8 dias. Todos receberam dietas gástricas, sendo 18 por sonda e 12 por via orai. Nenhum deles apresentou hemorragia digestiva durante o estudo. Dezessete foram submetidos à VM com média de 11,4 dias e 16 a mantiveram em média por 8,65 dias após a suspensão da ranitidina. Cinco pacientes usaram corticóide sern que estivessem em uso de ranitidina. Dois pacientes tiveram distúrbio de coagulação durante o estudo e nenhum apresentou IRA. CONCLUSÃO: No presente estudo, a suspensão da ranitídina em pacientes pediátricos com TCE moderado e grave foi segura, mesmo naqueles que mantiveram VM. PALAVRAS-CHAVE. TCE, ranitidina, Uti ANÁLISE DE ESTRESSE E ESTRESSORES NUMA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL ESCOLA Fabíola Ribeiro Torres. Nelson Iguimar Valério, Cléa Dometilde Rodrigues, Viviane Decicera Oliveira. FUNFARME/FAMERP, São José do Rio Preto, SP, Brasil Objetivo: identificar e comparar presença, fontes estressoras e sintomas de estresse em profissionais da enfermagem. Material e Método: foram avaliados 14 auxiliares de enfermagem, 7 enfermeiros e 3 técnicos de enfermagem, de ambos os sexos, na faixa etária de 23 a 48 anos, que atuam na emergência de um hospital Universitário do interior paulista. Foram utilizados para avaliação um protocolo de auto-avaliação que contém dados de identificação, condição de moradia e socioeconômica, fontes estressoras no ambiente de trabalho e vida pessoal e o Inventário de Sintoma de Stress para adulto (ISSL), instrumento que visa identificar a sintomatologia do paciente, se este possui sintomas de estresse, o tipo de sintoma e a fase em que se situa, dentro do "modelo quadrifásico" de estresse com as fases: (1) alerta, (2) resistência, (3) quase-exaustão e (4) exaustão. Resultados: verificou que 54,17% da amostra estavam com estresse, sendo 92,31% na fase de resistência e 7,69% na fase de quase-exaustão. Houve equilíbrio entre os sintomas físicos e psicológicos com 38,5% (5) respectivamente, e igualdade de sintomas, em 23% (3) dos sujeitos pesquisados. Com relação as fontes estressoras as categorias Fatores intrínsecos para o trabalho que compreendeu sobrecarga de trabalho, ambiente físico inadequado, alterações musculares, ergonomia, entre outras; e Relações interpessoais que compreendeu equipe médica, falta de coesão da equipe de enfermagem, paciente, nervosismo/angústia/ansiedade/irritabilidade, entre outras; foram as que apresentaram maior frequência de fontes tidas como causadoras de estresse. Quanto aos agentes estressores na vida pessoal no grupo físico predominou a falta de tempo para realizar necessidades fisiológicas e falta de atividade física/pouco lazer enquanto que no grupo psicológico prevaleceram problemas de casamento/familiar, problemas financeiros, emoção/sen sacão/sentimento. Conclusão: Levando em consideração os resultados encontrados, evidenciamos que esta equipe possui elementos de estresse ocupacional merecendo uma maior atenção por parte da instituição para um melhor enfrentamento destes problemas. Palavras-chave: 1. Estresse; 2. Estressores; 3. Emergência; 4. Enfermagem ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE RORAIMA NO ANO DE 2005. Ragly Wanessa Rossí. Lilian Mara Vieira Monsalve Moraga, Fernando Peres, Esteia Muniz, César Oliveira. Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-Roraima-Brasil OBJETIVOS: Realizar um estudo epidemiológico, caracterizando o perfil do paciente atendido pelo Corpo de Bombeiros de Roraima no ano de 2005. MATERIAL E MÉTODO: Foram analisados todos os Registros de Ocorrências de Trauma de pacientes atendidos pelo Corpo de Bombeiros durante o ano de 2005, caracterizando o perfil do paciente por idade, sexo, tipo de trauma, dia da semana, horário, gravidade (Glasgow Scale Coma-GSC) e local das lesões. RESULTADOS: Nesse período foram transportados 4.186 pacientes. O predomínio dos atendimentos foi: pacientes do sexo masculino com 66.9%, idade entre 21-45 anos com 56.7%. horário das 14h01 às 22hOO com 42.5% e Trauma Leve (>12-GSC) com 87.5% dos atendimentos. Os finais de semana (Sábado e Domingo) contribuíram com 40.4% das ocorrências. Sendo que 66.7% dos pacientes sofreram lesões corporais, a cabeça foi o segmento rnais lesionado com 30.7%, seguido do membro inferior (Ml) direito 28%, Ml esquerdo 25.3%, membro superior (MS) esquerdo 25%, MS direito 22%, lesão torácica 9%, abdominal 5% e dorsal 4.3%. Quanto o tipo de trauma foi: acidente de trânsito-motocicleta 34%, quedas 20%, agressão física 7.9%, acidente de trânsito-bicicleta 7.5%, ferimento por armabranca 7.3%, acidente de trânsito-carro 4.9% e atropelamento 4.8%.CONCLUSÃO:Comparativamente os dados estão de acordo com a literatura quando analisamos sexo, idade, dia da semana e horário de atendimento. Os tipos de trauma relatados com mais frequência demonstram o crescimento local e alertam a necessidade de maior conscientização no trânsito e segurança pública. Com estes resultados pode-se traçar um perfil de atendimento pré-hospitalar em Roraima, facilitando ações futuras para melhoria da Saúde Pública. Palavras-chaves: corpo de bombeiros; epidemiologia; atendimento pré-hospitalar. ANÁLISE DOS CUSTOS HOSPITALARES DEVIDO A ACIDENTES DE TRÂNSITO EM HOSPITAL DE NÍVEL TERCIÁRIO DO SUS, NA CIDADE DE BOA VISTA/RR. Gilberto Kocerginsky, Cristiano Almeida Pereira, Christiany Moreira Almeida, Janaína Fernandes de Melo Sousa. Universidade Federal de Roraima, Pronto Socorro do Hospital Geral Rubens de Souza Bento, Boa Vista, Roraima, Brasil. OBJETIVO Analisar o impacto econômico dos custos envolvidos no acidente de trânsito, em um hospital geral da rede pública do SUS, na cidade de Boa Vista/RR, verificando-se o tipo de trauma e veículos envolvidos nos acidentes e outras variáveis consideradas importantes, visando fornecer subsídios para a elaboração e avaliação de políticas públicas. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi realizado no Hospital Rubens de Souza Bento, único hospital de referência no Estado de Roraima, que recebe todos os tipos de pacientes, exceto obstétricos e pediátricos. As fontes de informação foram os prontuários dos pacientes internados por acidente de trânsito no 1º semestre do ano de 2006, que continham os valores da internação repassados pelo SUS e os formulários de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Utilizou-se a AIH 1, que contém registro de identificação do paciente, procedimentos, diagnóstico e tratamento realizado, acompanhado dos respectivos códigos das afecções diagnosticadas. Foram colhidos os dados referentes a acidentes de trânsito – em que se encontram os casos de colisão, atropelamentos e quedas de motos, dentre outros. Para determinar os custos hospitalares dos acidentes de trânsito, elegemos algumas variáveis que pudessem retratar esta dimensão, a saber: cirurgias executadas, os tipos de veículos envolvidos nos acidentes e a faixa etária das vítimas, bem como o tipo de trauma, a fim de se verificar os que implicaram em maiores custos no atendimento hospitalar. Tais informações foram registradas em uma ficha padrão previamente elaborada para posterior análise e comparação dos dados obtidos. RESULTADOS Foram analisados os prontuários de 50 pacientes, com faixa etária entre 14 e 85 anos, vítimas de acidente de trânsito internados no 1º semestre do ano de 2006, no Hospital Rubens de Souza Bento, em Boa Vista – Roraima. Destes, 36 eram do sexo masculino perfazendo 72% da amostra e 14 eram do sexo feminino, correspondendo a 28% do total. No geral, incluindo-se homens e mulheres, a faixa etária mais acometida foi a de adultos com 62% do total de vítimas (31 pacientes). O custo total dos internamentos para todas as faixas etárias, no período estudado, foi de R$ 29.164,16, sendo que o custo médio por paciente foi de R$ 583,28. Considerando-se apenas a faixa etária entre 28 e 63 anos, correspondente aos adultos, este valor foi de R$ 17.021,58. Em relação ao tipo de trauma, os maiores gastos foram com os pacientes politraumatizados, referente ao valor de 8.118,71, correspondendo a 27,83% do total dos gastos. Seguido por traumatismo de membros inferiores (27,14% dos custos), correspondendo ao valor de R$ 7.916,54, e trauma de membros superiores 23%, equivalente ao gasto de R$ 6.417,93. Dos pacientes analisados, 43 foram submetidos a cirurgias, perfazendo 91,34% dos custos hospitalares. Quanto ao tipo de veículo, os acidentes de moto foram os mais incidentes (26 pacientes) e os responsáveis por 50,85% dos gastos, atropelamentos 19,33%, automóveis 8,42% e bicicleta 1,51%. CONCLUSÃO No presente estudo, buscou-se verificar os gastos do SUS com as internações por acidentes de trânsito, sendo excluídos os atendimentos que não resultaram em hospitalizações. Os pacientes politraumatizados foram os que representaram os maiores custos hospitalares, representando 27,83% dos gastos totais. Em comparação com outros estudos nacionais, o traumatismo de membros inferiores também ficou como uma importante causa de gastos do sistema público de saúde, devido à sua maior incidência. O trabalho mostrou grande incidência de acidentes envolvendo motociclistas. A parcela de custos atribuída a esses acidentes corresponde a 50,85% do custo total. Sabendo-se que há um crescimento acelerado da frota de motocicletas este problema tende a agravar-se, por esse motivo propomos políticas específicas para a educação dos motociclistas no trânsito, através de campanhas educativas e das ações de fiscalização. Nossos achados indicaram ainda que a faixa etária de adultos e as cirurgias realizadas foram fatores que estavam relacionados com maiores custos hospitalares. A obtenção de dados econômicos associados com os acidentes de trânsito apresenta importantes razões, como a identificação precisa do seu impacto, incluindo um maior poder de sensibilização das lideranças políticas, sobretudo porque em Roraima, os acidentes de trânsito são os que mais contribuem com a mortalidade por causas externas e apresentam tendência crescente desde 1995, tanto em proporções (aumento de 6,3 %) quanto na taxa por cem mil habitantes (aumento de 9,4%), e estes acidentes corresponderam a 38,8 % do total das causas externas em 2001 com taxa de mortalidade 47,4% - maior que a média do país (18,4/100.000 habitantes). PALAVRAS- CHAVE Custos hospitalares; acidente de trânsito; traumatismo; SUS. Antibiótico-profilaxia: emprego em traumatismos superficiais tratados em hospital geral Fernanda Gabriela Figueiredo Pinto Fernanda Verena de Sá Riccio Gustavo Mendonça Duarte Luís Angelo Braga Morosini Rui Nei de Araújo Santana Jr Marta Araújo da Silva Universidade Estadual de Santa Cruz – Ilhéus – Bahia - Brasil Este estudo prospectivo realizou-se em um universo N= 15.394 atendidos entre julho de 2004 a dezembro de 2005, a partir da coleta de dados por protocolo, no momento da prescrição de antibióticos, numa amostra de n= 719 pacientes. Considerou-se o intervalo de confiança de 95,5% obtendo-se erro amostral de 3,65%. O uso de antibióticos foi observado em 13,4% da amostra (96 de 719). As indicações foram: feridas superficiais contaminadas e infectadas, feridas complexas e profundas, feridas em tecidos com vascularização comprometida, feridas em junções neuro-musculares e quaisquer feridas em pacientes imunossuprimidos. Conforme foi verificado no estudo , o serviço analisado apresentou índice satisfatório de utilização de antibioticoterapia durante o período estudado. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E MÉDICO-LEGAIS DE LESÕES TRAUMATICAS DE VITIMAS FATAIS DE ACIDENTES EM UM TRECHO DE RODOVIA DO INTERIOR PAULISTA. AUTOR: Josiene Germano1,2; Leandro Germano2; Gustavo Germano2; Maria Edith Gaspar Purkyt1; Marco Aurelio Guimarães1 . 1 Centro de Medicina Legal (CEMEL), Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2Médico credenciado do DETRAN, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Introdução: Cerca de 16.000 vítimas de lesões externas morrem diariamente no mundo. Entre as diversas etiologias de trauma, o acidente de tráfego é uma das mais importantes. No Brasil, mais de 30 mil pessoas morrem anualmente em ruas ou estradas do país. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico das vítimas de trauma num trecho de rodovia do interior paulista (SP 330 – Rodovia Anhangüera – Km 250 a 318) e seus aspectos médico-legais. Método: Avaliar dados de vítimas de acidente que foram a óbito no trecho determinado, entre 1999 e 2005, pela comparação da ficha de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e os laudos necroscópicos. Resultado: Analisou-se o registro de 90 óbitos, sendo 75% do sexo masculino, 73% na faixa de 18 a 45 anos, a maioria por atropelamento e capotamento, com maior incidência das 18 as 00h, sendo que 46% usava algum sistema de proteção. A maioria das causa mortis foram TCE, seguido por hemorragia interna (trauma torácico e/ou abdominal). Houve dificuldade na avaliação dos dados do IML por falha no arquivamento e laudos incompletos (na maioria das necropsias o corpo não é aberto para análise). Conclusão: A maioria dos óbitos ocorre em população jovem (idade produtiva) e sadia. A causa mortis não acompanha a distribuição trimodal relatada em estudos internacionais, talvez por demora no socorro ou maior gravidade dos acidentes. A legislação brasileira que autoriza legistas a não abrirem os corpos em caso de causa mortis evidente deveria ser revista, pois reduz a confiabilidade das estatísticas sobre acidentes de tráfego e prejudica estudos de melhoria de segurança veicular e vias públicas. Palavras-chave: Trauma, Acidente de Trânsito e Medicina Legal. ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO NO ESTADO DE RORAIMA Gilberto Kocerginsky, Cristiano Almeida Pereira, Christiany Moreira Almeida Universidade Federal de Roraima, Pronto Socorro do Hospital Geral Rubens de Souza Bento, Boa Vista, Roraima, Brasil OBJETIVOS O objetivo deste trabalho foi o de estudar o traumatismo torácico em seus aspectos clínicos e principalmente epidemiológicos, em pacientes atendidos no Pronto-socorro Francisco Elesbão e Hospital Rubens de Souza Bento, em Boa Vista Roraima no período de janeiro a dezembro de 2005. MATERIAIS E MÉTODOS Estudo retrospectivo realizado no período de 01 a 30 de junho de 2006 onde foram revisados prontuários de pacientes vítimas de traumatismo torácico atendidos no Pronto Socorro Francisco Elesbão do Hospital Rubens de Souza bento abrangendo o período de 01 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro deste mesmo ano, através de ficha protocolo padronizada. Os critérios de inclusão foram: trauma envolvendo toda a cavidade torácica em seus dois eixos, penetrante ou fechado. Os pacientes excluídos foram aqueles que tiveram tórax drenado de origem não-traumática. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, tipo de ferimento decorrente do trauma (fechado ou penetrante), a natureza do trauma (se ferimento por arma branca ou de fogo, acidente automobilístico entre outros), exames de imagem solicitados ainda na sala de trauma, o tempo decorrido entre o evento do trauma e o atendimento médico na sala de trauma, o quadro clínico e finalmente, o tempo de internação. Foram selecionados inicialmente 63 pacientes que tiveram como diagnóstico qualquer patologia que fizesse alusão a trauma torácico (hemotórax, pneumotórax com ou sem drenagem de tórax) já que o termo “trauma torácico” per si, não foi encontrado como diagnóstico isolado em nenhum paciente registrado nos livros de registro do ProntoSocorro. De posse do número do prontuário destes pacientes, extraídos dos livros de registro do Pronto-Socorro, o passo seguinte foi localizá-los nos arquivos do Setor de Arquivos Médicos do Hospital Rubens de Souza Bento (SAME/HRSB), onde os dados pertinentes a este estudo foram transcritos para uma ficha padrão elaborada previamente para posterior análise. Dos 63 pacientes inicialmente selecionados, foram incluídos apenas 48 pacientes, perfazendo 78,6% da amostra inicial. Os motivos de exclusão do restante foram os seguintes: não localização de 5 prontuários no SAME, referidos nos livros de registro do pronto-socorro e centro cirúrgico; 8 prontuários incompletos que não satisfaziam as necessidades deste estudo e dois atendimentos de emergência a menores de 13 anos que após suporte de vida inicial e estabilização no Pronto Socorro Francisco Elesbão foram transferidos para o Pronto Socorro-Infantil do Hospital Infantil Nossa Senhora de Nazaré, ficando portanto seus prontuários arquivados no SAME daquele hospital. Os dados foram analisados de forma descritiva simples com o percentual de pacientes vítimas de trauma torácico distribuídos nas diversas variáveis pesquisadas RESULTADOS Foram examinados os prontuários dos 48 pacientes vítimas de trauma torácico incluídos no estudo no período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro do mesmo ano, no Hospital Rubens de Souza Bento em Boa Vista - Roraima. Dos 48 pacientes, 37 eram do sexo masculino perfazendo 77% da amostra, com idade entre 14 e 75 anos, média de 44 anos. As mulheres abrangeram 23% da amostra e tinham idade entre 15 a 50 anos, com média de 32 anos. Figura 1. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, SEGUNDO O SEXO NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005 23% Masculino Feminino 77% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR No geral, incluindo-se homens e mulheres a faixa etária mais acometida foi a de jovens com 40% do total de vítimas (19 pacientes), seguido pela faixa etária correspondente aos adultos jovens com 15 pacientes perfazendo 31% do total. Figura 2. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005 8% 6% 15% 40% 14 a 21 anos 22 a 27 anos 28 a 45 anos 45 a 63 anos 31% 64 ou mais anos Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Quanto ao tipo da lesão, em 35% dos casos o traumatismo foi do tipo fechado e em 65% dos casos, as vítimas sofreram trauma penetrante (Figura 3). Quanto à natureza da lesão, a causa principal foi ferimento por arma branca, seguida de trauma automobilístico e por fim ferimento por arma de fogo (Figura 4). Figura 3. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, QUANTO AO TIPO DA LESÃO, NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. 35% Trauma fechado Trauma penetrante 65% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Figura 4. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, SEGUNDO A NATUREZA DA LESÃO, NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005 35% 55% Ferimento por arma branca Ferimento por arma de fogo Trauma automobilístico 10% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Do total de pacientes que sofreram trauma torácico fechado, 88% eram condutores ou passageiros de motocicleta (Figura 5). No restante, o trauma foi causado por acidente envolvendo automóvel sendo todos do sexo masculino e adultos jovens. Figura 5. PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO FECHADO ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO AO TIPO DE VEICULO ENVOLVIDO. 12% Motocicleta Automóvel 88% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Em relação aos pacientes envolvidos em acidente por motocicleta, 67% eram do sexo masculino e 33 % do sexo feminino (Figura 6), sendo a faixa etária de jovens a mais acometida com 60% do total seguida pela de adultos jovens com 20% do total de pacientes envolvidos em acidentes por motocicleta (Figura 7). Figura 6. PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO FECHADO ENVOLVIDOS EM ACIDENTE DE MOTOCICLETA ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO AO SEXO. 33% Masculino Feminino 67% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Figura 7. PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO FECHADO ENVOLVIDOS EM ACIDENTE DE MOTOCICLETA ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO À FAIXA ETÁRIA. 7% 13% 60% 14 a 21 anos 22 a 27 anos 28 a 45 anos 20% 45 a 63 anos Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Em relação ao total de pacientes que sofreram trauma penetrante, 84% sofreram ferimento por arma branca e 16% por arma de fogo (Figura 8). Figura 8. PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO À NATUREZA DA LESÃO. 16% Arma branca Arma de fogo 84% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Dos pacientes vítima de trauma penetrante por arma branca, 81% eram do sexo masculino e 19% do sexo feminino (Figura 9), sendo a faixa etária mais acometida a de jovens com 46% seguida pela de adultos jovens com 25% destes pacientes (Figura 10). Dos pacientes vítima de trauma penetrante por arma de fogo 80% eram do sexo masculino e 20% do sexo feminino, 60% eram de adultos jovens e 40% de jovens. Figura 9. PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE POR ARMA BRANCA ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO AO SEXO. 19% Masculino Feminino 81% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Figura 10. PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE POR ARMA BRANCA ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO À FAIXA ETÁRIA. 8% 4% 19% 14 a 21 anos 46% 22 a 27 anos 28 a 45 anos 45 a 63 anos 23% 64 anos ou + Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Em relação ao tempo decorrido entre o trauma e o início do atendimento em ambiente hospitalar, verificou-se que 84% dos pacientes foram atendidos em menos de uma hora, dos 16% restantes que receberam atendimento depois de transcorrida 01 hora, todos tinham sido encaminhados do interior do Estado com atendimento final variando de 1 hora e 40 minutos a 6 horas. Figura 11. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO AO TEMPO DECORRIDO ENTRE O MOMENTO DO TRAUMA E O INÍCIO DO ATENDIMENTO MÉDICO. 8% 4% 4% 84% até 1hora até 2 horas até 4horas até 6 horas Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Quanto ao quadro clínico, verificou-se 56% casos de hemopneumotórax, 21% de hemotórax, 17% de pneumotórax e 6% de pneumotórax hipertensivo (Figura 11). Figura 11. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO AO QUADRO CLÍNICO. hemopneumotórax 17% 6% 56% hemotórax pneumotórax pneumotórax hipertensivo 21% Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Do total de pacientes, 40 realizaram radiografia de tórax no momento da admissão, e 2 que já tinham realizado radiografia de tórax, realizaram também Tomografia de tórax enquanto estavam ainda na sala de trauma. Do total de pacientes 05 foram submetidos à ultra-sonografia por suspeita de lesão abdominal associada. A média em dias de internação hospitalar foi de 13 dias. Ficando os pacientes internados entre quatro e vinte e dois dias. Sendo que o maior número de pacientes permaneceu hospitalizado até no máximo 04 dias, como mostrado na figura 12. Figura 12. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO, ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO AO TEMPO DE INTERNAÇÃO. 10% 4% 6 42% até 4 dias até 8 dias até12 dias até 16 dias 17% até 20 dias 21% até 22 dias Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR Dos 48 pacientes, 3 foram a óbito, sendo que 01 ainda na sala de trauma vítima de ferimento perfurante por arma branca (com lesão miocárdica) e dois durante laparotomia no centro cirúrgico (suspeita de lesão tóraco-abdominal), sendo 01 paciente vítima de ferimento por arma branca e outro por arma de fogo. DISCUSSÃO O trauma torácico é uma entidade em que o diagnóstico rápido e a intervenção imediata são imprescindíveis, tendo em vista a repercussão que este tipo de agravo traz à saúde do paciente. Assim, é necessário que o médico na sala de trauma avalie rapidamente as condições clínicas do paciente, dando ênfase à oxigenação, à presença ou não de choque hipovolêmico e uma vez tendo drenado o hemitórax atingido, observar se a drenagem torácica está sendo eficaz e se não há lesões orgânicas associadas que mereçam tratamento assim que haja estabilização respiratória e circulatória 6. A maior parcela dos vitimados por trauma torácico foi de pacientes do sexo masculino resultado que concordou com a literatura consultada4,7,8,9, confirmando a maior tendência por parte deste seguimento de apresentar comportamento de risco, se expondo a fatores precipitantes como direção perigosa 13,14, permanência em ambientes violentos, como bares de periferia das cidades, envolvimento em luta corpórea e embriaguez,15. Quanto à faixa etária predominante, nosso estudo diferiu de outros 4,7,8,9, já que a maior parcela foi representada pela faixa etária de jovens, seguida pela de adultos jovens. Somente no seguimento de pacientes vítimas de trauma fechado em que o tipo de veículo era automóvel observou-se prevalência da faixa etária de adultos jovens sobre a de jovens. Quanto ao tipo e a natureza da lesão, foi maior o número de pacientes vítimas de trauma penetrante por arma branca, resultado também encontrado em outros estudos realizados em nosso país7,8,9, divergindo de outro realizado nos EUA 4, , em que foi maior o número de pacientes vítimas de trauma fechado seguido de trauma penetrante por arma de fogo. Os números encontrados neste e em outros estudos realizados em nosso país pode ser explicado pela maior facilidade de se adquirir e portar uma arma branca em relação à arma de fogo em nosso meio 16. Vale salientar que durante a revisão dos prontuários deste seguimento de pacientes, foi encontrado em 95% dos casos, “indícios de embriaguez” e paciente apresentando “hálito alcoólico” no registro do atendimento inicial por parte do médico assistente. Estado que teoricamente pode facilitar a agressão física e o enfrentamento direto16. Em relação ao trauma fechado resultante de acidente automobilístico, a grande maioria dos pacientes eram condutores ou passageiros de motocicleta sendo que a maior parcela era composta de pacientes do sexo masculino e integrantes da faixa etária representada pelos jovens, seguida pela faixa etária de adultos jovens, resultados consoantes com estudos realizados em vítimas de trauma fechado em relação ao sexo mas diferindo em relação à faixa etária, salientando-se que nesses trabalhos estudouse o trauma em todas as regiões do corpo 10,11,13,14. Em relação ao tempo decorrido entre o trauma e o início do atendimento em ambiente hospitalar, verificou-se que 40 pacientes foram atendidos antes de uma hora, 04 foram atendidos entre 1 e 2 horas, 02 entre 2 e 4 horas e 02 acima de 04 horas, lembrando que todos pacientes atendidos após 01 hora eram doentes vindo do interior do estado. Em relação ao quadro clínico, verificou-se que os casos de hemopneumotórax foram maioria com 27 pacientes, seguidos de hemotórax com 10 pacientes, pneumotórax com 8 pacientes e pneumotórax hipertensivo com 3 pacientes resultado também encontrado, guardadas as proporções em estudo realizado em 2001 em Belém do Pará8. De todos os pacientes, 83% dos doentes (40 pacientes) com trauma fechado ou aberto que se encontravam estáveis tiveram documentação radiológica antes de qualquer intervenção. Dos pacientes restantes, 3% (1 paciente) não realizou nenhum exame de imagem porque veio a óbito ainda na sala de trauma por toracotomia de emergência (lesão miocárdica resultante de trauma perfurante por arma branca) e os 14% (7 pacientes) restantes por se encontrarem mais graves, hipóxicos ou chocados foram encaminhados diretamente ao centro cirúrgico para tratamento imediato. Em outro estudo, de 168 pacientes analisados 137 (81% do total) realizaram radiografia de tórax no momento da admissão 15% (26 pacientes) sofreram intervenção imediata ainda na sala de trauma ou no centro cirúrgico e 3% (5 pacientes) a gravidade foi diagnosticada clinicamente pelas próprias condições de hipóxia apresentadas pelos pacientes 7. Dos 48 pacientes 3 foram a óbito, sendo que 01 ainda na sala de trauma vítima de ferimento perfurante por arma branca e dois restantes, durante laparotomia no centro cirúrgico, 01 vítima de ferimento por arma branca e outro por arma de fogo. Dos óbitos ocorridos, 02 foram de pacientes atendidos com mais de 01 hora. Ficando provada a necessidade da manutenção dos programas de Resgate Motorizados e do atendimento precoce às vitimas de trauma em geral, sendo hoje inquestionável que a rapidez no atendimento, proporciona um o prognóstico muito melhor aos pacientes1,2,5,6. Os óbitos por trauma torácico neste estudo foram de aproximadamente 6%, valor dentro dos limites encontrados em outras literaturas 4,7,8,9,10,. É importante salientar que no único Pronto-Socorro existente em nosso Estado, não há um cirurgião em tempo integral na sala de trauma, ficando este de plantão no centrocirúrgico e chamado ao trauma para realizar avaliações quando solicitado. Não havendo especialista em cirurgia torácica em nosso Estado. Apesar disto, a mortalidade foi proporcionalmente igual à de outros centros, talvez pela pequena demanda resultante do número ainda reduzido de nossa população em relação aos grandes centros. CONCLUSÃO O trauma torácico é fator importante de morbimortalidade em todas as regiões e estados do Brasil, fato que também é verdadeiro em nosso estado. As feridas torácicas são responsáveis por 20% de todas as mortes por trauma e por mais de 30% das lesões traumáticas. A mortalidade dos pacientes hospitalizados com apenas uma lesão isolada do tórax varia de 4 a 8% porém aumenta para 25% quando outro órgão é atingido e para 35% quando há comprometimento de múltiplos sistemas orgânicos. Por isso faz-se necessário que o paciente vítima de trauma torácico, bem como os demais pacientes vítimas de outro tipo de trauma seja atendido com rapidez, com a identificação precoce e conduta adequada em relação às lesões encontradas na região torácica. Quanto aos aspectos clínicos, Roraima não diferiu do encontrado em estudos realizados em outras localidades de nosso país e até em outros países. Já no que diz respeito aos aspectos epidemiológicos, foi encontrado em nosso estudo, a predominância da faixa etária de jovens sobre a de adultos jovens na totalidade de pacientes vítimas de trauma torácico. Como nos outros estudos consultados, houve predomínio do sexo masculino sobre o sexo feminino na amostra estudada. É importante sem dúvida o reconhecimento dos aspectos cínicos e patológicos dos pacientes vitimados por trauma torácico por parte dos médicos não especialistas bem como dos cirurgiões. Não se deve, porém relegar a um segundo plano, os aspectos epidemiológicos envolvidos. Neste estudo verificou-se a importância de se implementar políticas de prevenção voltadas prioritariamente ao sexo masculino e à faixa etária de jovens, principal população vítima de trauma torácico em nosso estado. Cabe finalmente ressaltar a relevância de se realizar novo estudo envolvendo o trauma como um todo, a fim de verificar se os dados aqui expostos em relação ao trauma torácico se repetiriam. Palavras-chave: Trauma; Tórax; Traumatismos torácicos; aspectos clínicos e epidemiológicos. REFERÊNCIAS 1. Evandro F. Trauma: A Doença dos Séculos. 1ª Edição. São Paulo. Editora Ateneu, 2001. 2. Giannini JÁ, Soldá SC, Saad Júnior R – “Trauma de tórax”. In Coimbra RSM, Soldá SC, Casaroli AA, et al. – Emergências traumáticas e não traumáticas. São Paulo. Atheneu, 2001, pp. 57-69. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Subsistema de Informações sobre Mortalidade. Estatística de mortalidade: Brasil 2005. Disponível em: www.datasus.gov.br acessado em 19/05/2006. 4. Lo Cicero J, Mattox KL - Epidemiology of trauma. Surg Clin North Am. 2004, 69(1):1519. 5. American College of Surgeons. Manual de Suporte Avançado de Vida no Trauma – ATLS. 5ª Edição, ver. S. 1:Ministério da Saúde, 1993, 414 p. 6. Fragomeni LS, Pertuzzatti ML, Falleiro R, et al. –Trauma torácico: manejo clínicocirúrgico. Med Cir, 1994, 6(1):38-42. 7. Cuba, MBF et al. Traumatismo Torácico: Estudo Retrospectivo de 168 Casos. Rev. Col. Bras. Cir. Vol. 32 - Nº 2, Mar. / Abr. 2005. 8. Normando R, et al. Traumatismo torácico na cidade de Belém – Pará. Rev. Col. Bras. Cir, Vol. 25 - Nº 1, Mai. / Jun. 2001. 9. Silas MG, Belluzzo GR, Miguel EG, et al. Traumatismos torácicos: análise de 231 casos. Arq Méd ABC. 1990, 13(1/ 2):19-21. 10. Oliveira NLB, Sousa RMC. Diagnóstico de Lesões e Qualidade de Vida de Motociclistas, Vítimas de Acidentes de Trânsito. Rev Latino-am Enfermagem 2003 novembro-dezembro; 11(6):749-56 11. Hitosugi M, Takatsu A, Shigeta A. Injuries of motorcyclists and bicyclists examined at autopsy. Am J Forensic Med Pathol 1999 September; 20(3):251-5. 12. Calhoon JH, Trinkle JK - Pathophysiology of chest trauma. Chest Surg Clin North Am. 1997, 7(2):199-211. 13. Andrade SM, et al. Características das vítimas por acidentes de transporte terrestre em município da Região Sul do Brasil. Rev Saúde Pública, 34(2): 149-56, 2000. 14. Marin L, Queiroz MS. A atualidade de acidentes de trânsito na era da velocidade: uma visão geral. Cad Saúde Publica, 16(1): 7-21, 200. 15. Minayo MC, Souza ER.Violência e saúde como um campo interdisciplinar de ação coletiva. História, Ciência e Saúde. Manguinhos, 513-31, 1998. 16. Gianini RJ, Litovic J. Agressão física e classe social. Rev Saúde Pública, 33(2): 180-86, 1999. ATENDIMENTO DO SAMU 192 ARACAJU AO IDOSO VITIMA DE TRAUMA BRITO, C.M.S.; ALVES, F.S., BRASILEIRO, F.F.; SE ABRA. J D,; SANTOS, A.M. LIMA, H.J.S.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.CA, C.R.; COSTA, M.C.M.; SERVIÇO: SAMU 192 ARACAJU. ( íí ARACAJU ESTADO: SERGIPE BRASIL INTRODUÇÃO: O SAMU 192 Aracaju atende, todos os dias, pedidos de socorro medico trauma. Observando que a população de idosos está aumentando, e que o trauma se tornou uma importante causa de morbimortalidade nessa faixa etária, convém tomar conhecimento das características que envolvem o atendimento do SAMU 192 Aracaju ao idoso vítima de trauma. OBJETIVO: Caracterizar o atendimento realizado pelo SAMU 192 ARACAJU ao idoso vítima de trauma, no período entre Julho e Dezembro de 2005. Para tanto, analisamos o turno predominante, o dia da semana, o tipo de viatura mais frequentemente despachada, idade e sexo mais atingidos, além de quantificar a participação do trauma entre todos os idosos atendidos. MÉTODOS: Os dados foram coletados em fichas de regulação médica, geradas pela Central de Regulação 192 Aracaju, referentes ao período entre julho e dezembro de 2005. Posteriormente, eles foram analisados sob forma de gráficos e percentuais, através do programa Microsoft Excel. RESULTADOS: No período de Julho a Dezembro de 2005, o SAMU 192 Aracaju realizou 16158 atendimentos. O número de pessoas acima de 60 anos representou 17,4% (N=2818) desse total. Dentre os idosos, o trauma representou uma parcela de 8% (N=233) dos casos. Predominou a faixa etária com 80 anos ou mais, que representou 38% (N=88) dos traumas em idosos. O sexo feminino foi o mais atingido, representando 62% dos casos (N=144). O dia da semana com maior número de casos foi o sábado, 42 casos (18%), e o turno mais envolvido foi o diurno, com 73% (N=169) dos casos. A queda, representando 81% dos casos (N=189), foi o tipo de trauma predominante. O tipo de viatura mais utilizada foi a Unidade de Suporte Básico, que atendeu 80% dos casos (N=186). Quanto à origem da solicitação, 91% dos chamados (N=2I1) foram classificados como APH Móvel Primário. CONCLUSÕES: Apesar de os idosos representarem cerca de 7% da população de Aracaju, eles foram responsáveis por 17,4% de todos os atendimentos realizados pelo SAMU 192 Aracaju, no período estudado, tendo o trauma representado 8% dos atendimentos geriàtricos. O crescimento da população idosa, aliado às patologias inerentes a essa faixa etária, além da ampliação no tipo de suas atividades físicas, como dirigir, viajar, e exercitar-se, torna esse grupo mais susceptível a traumas, e menos apto a resistir às consequências do mesmo, ocasionando uma elevada taxa de mortalidade. Assim, torna-se extremamente necessário o entendimento das várias características envolvidas no trauma no idoso, para que o atendimento pré-hospitaiar a esses pacientes, no caso o SAMU 192 Aracaju, seja otimizado. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO PERDIDA donis Nasr, iwan Colíaço, Joana Bretãs Cabra! Rondon Guasque. is Juliane Guarezi Nasser, José Carlos Torrejais Miranda, Lauren Ias lurk, Thiara Daniele Diesel. Hospital do Trabalhador, niversidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil. trodução: A passagem de caso da equipe pré-hospitalar para a ^uipe hospitalar torna a avaliação inicial rnaís "rápida e precisa srmitindo um melhor manejo do poiítraumatizado, bjetivos: Analisar a passagem de caso na admissão hospitalar da tima de trauma, destacando as informações que são omitidas, étodos: Realizou-se um estudo prospectivo, que acompanhou 76 casos de trauma ocorridos na cidade de Curitiba (PR), ícaminhados ao Hospital do Trabalhador, durante o período de 3/05/06 e 10/06/06. A avaliação se deu através da observação assiva e descomprometida da passagem dos casos na chegada D paciente ao serviço, e posterior comparação entre as lesões •eviamente identificadas e aquelas diagnosticadas no hospital, esultados: Observou-se que a pressão aríeriaí sisíólica abaixo de DOmmHg não foi informada em 43,75%, desses 18,75% não •ram nem aferidos pelo atendimento pré-hospitalar, a frequência ïspiratória acima de 20 mpm em 75% dos casos , o pulso acima • 100bpm não foi informado em 72,88% dos casos, a Escala de oma Glasgow abaixo de 15 não foi informada em 69,23% e o •auma Score abaixo de 12 ern 80% sendo que desses, 40% nem legaram a ser calculados. Quanto às lesões apresentadas, o srviço pré-hospitalar identificou 571 lesões, dessas 29,42% não >ram informadas, sendo que quando se tratou de lesões de pelve, 3,82% dos casos não foram informados. onclusão: O presente estudo mostra uma discrepância importante >m omissão de dados que podem refleíir a gravidade real de uma tima de trauma. Estas informações podem interferir na avaliação icial e fazer com que o risco potencial seja subestimado. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E HOSPITALAR: ONDE A INFORMAÇÃO SE PERDE? Adonis Nasr, Iwan Collaço, Joana Bretas Cabral Rondon Guasque, Isis Juliane Guarezi Nasser, José Carlos Torrejais Miranda, Lauren Klas Iurk, Thiara Daniele Diesel. Hospital do Trabalhador, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil. Introdução: Quando o politraumatizado é recebido na unidade de emergência do hospital, onde o médico não visualizou a cena do acidente, é fundamental que a equipe de resgate repasse todas as informações possíveis, pois conhecer o mecanismo do acidente é indispensável para diagnóstico rápido e preciso. Objetivos: Analisar a qualidade da passagem dos casos entre as equipes préhospitalares e hospitalares de atendimento ao trauma. Método: Realizou-se um estudo prospectivo, que acompanhou 276 casos de trauma ocorridos em Curitiba (PR), encaminhados ao Hospital do Trabalhador, durante o período de 28/05/06 e 10/06/06. A avaliação se deu através da observação da admissão desses pacientes ao serviço. Resultados: Observou-se que em 33,11% dos casos não foram informadas as condições de segurança (cinto de segurança e capacete), assim como em 98,19% dos casos não foi informado o tempo transcorrido entre o acidente e a chegada ao hospital. Quanto aos dados vitais, a pressão arterial não foi informada em 74,27% dos casos, a freqüência respiratória em 80,07%,o pulso em 77,89%, a Escala de Coma Glasgow não foi informada em 85,87% dos casos e o Trauma Score 89,13% dos casos. Conclusão:O presente trabalho mostra a omissão das informações referentes ao trauma do paciente por parte da equipe responsável pelo seu resgate. Essas omissões são verificadas tanto em trauma leves como traumas graves. Sabendo-se da suma importância das informações como tempo transcorrido do trauma, condições de segurança e sinais vitais, esse repasse de dados deve ser preconizado para o melhor atendimento ao trauma multissistemico. AUMENTO SÉRICO DE sFAS E FNT- O NA LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA GRAVE ISOLADA EM HOMENS Caroline Zanoni , Greizy Modesto Gomes, Leonardo Borges, Junia Thirzah Gehrke, António Rogério T,P, Crespo, Ivana Grivicich, Adriana Brondar.i da Rocha, Rogério Fett Schneider, Andrea Regner Laboratório de Marcadores de Estresse Celular, Centro áe Pesquisa em Ciências Médicas, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazil Programa de Pós-Graduação em Diagnóstico Genético e Molecular, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazii Programa de Pós-Graduação em Genética e Toxicologia Aplicada, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazil Curso de Medicina, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazii A lesão cerebral grave que decorre do trauma Crânio-encefàlíco (TCE), lesão cerebral traumática (LCT) grave está associada a uma taxa de mortalidade que varia de 30% a 70%. A alta taxa de mortalidade tem sido o principal incentivo de estudos na busca de bioroarcadores, embora existam controvérsias, quanto ao seu valor prognóstico. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi determinar se níveis séricos de sFas e do fator de necrose tumoral alfa (FNT-a) apresentam correlação com o desfecho primário (morte/sobrevivênciaj em homens, vitimas de LCT isolada grave. Foram incluídos neste estudo prospectivo dezessete indivíduos consecutivos, do sexo masculino, vitimas de LCT grave isolada, classificadas pela pontuação obtida entre três e oito na Escala de Coroa de Glasgow (ECGla), e seis voluntários higidos, que constituíram o grupo controle. As variáveis de desfecho clinico investigadas foram: sobrevivência, tempo para alta do centro de terapia intensiva (CTI), e a avaliação neurológica na alta do CTI, para a qual foi utilizada a Escala de Evolução de Glasgow (EEGla). Durante a internação no CTI, foram obtidas duas amostras de sangue venoso dos indivíduos traumatizados incluídos RO estudo; a primeira, no moi&eixto do ingresso (admissão no estudo) e a segunda, 24 horas após. As concentrações séricas de sFas e FNT-a foram determinadas pelo tnétodo de ELISA íEnzyme Liked Imunosordent Assayí. Na admissão no estudo (tempo •nédio de 10,2 horas após o evento traumático), as concentrações médias de sFas e FNT-a foram significativamente mais altas no grupo constituído pelas vítimas com LCT (0,105 pg/L e 24,275 pg/1, respectivamente), quando comparadas ao grupo controle (0,047 pg/L e 15,475 pg/1, respectivamente). Contudo, não houve correlação entre concentrações mais altas de sFas ou FNT-a séricos e o desfecho fatai. Assim sendo, concluímos que niveis elevados de sFas e v FNT-a sérico na LCT grave isolada em homens podem indicar morte celular por apoptose, mas não predizem o desfecho fatal. GREIZYMODESTO GOMES Estudante de Medicina AVALIAÇÃO DA ATUALIZAÇÃO EM RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM WEB SITES ESPECIALIZADOS EM URGÊNCIA/EMERGÊNCIA Eulália Mª. Silveira P. Silva * Janaína Perpétua Morelli * Lillyane S. A. P. Novo * Patrícia Maria Massaroli * Rebeka da Silva K. Mussi *. (*) Acadêmicas do 4º ano de Enfermagem da faculdade Universidade Paulista (UNIP) campus JK, São José do Rio Preto/SP. Orientadora: Profª Mestre Cléa Dometilde Soares Rodrigues ** Co-orientadora: Profª Marcela Gonzales Ferreira **. (**) Docentes do 4º ano de Enfermagem da faculdade UNIP, campus JK, São José do Rio Preto/SP. Introdução: Segundo Costa, 1998, a parada cardiorespiratória (PCR) é definida como interrrupção de batimentos cardíacos necessários para uma atividade mecânica ventricular útil e ausência de respiração em que requer uma ressuscitação cardiorespiratória(RCR). São considerados prioritários e indispensáveis o diagnóstico precoce da PCR, a pronta instituição dos suportes básicos e avançados de vida, incluindo a desfibrilação elétrica e o uso precoce e agressivo de agentes farmacológicos vasopressores. Estes fatos associados contribuirão para o sucesso da RCR.Várias técnicas tem sido testadas nos últimos anos numa tentativa de melhorar o rendimento nas manobras de reanimação cardiorespiratórias. Em 13/12/2005 foram modificadas recomendações de BLS (Suporte básico de vida) para melhorar a qualidade de compressões torácicas. Objetivo: Verificar os web sites especializados em urgência/emergência se estes estão atualizados sobre o novo protocolo de atendimento da Ressuscitação Cárdio Pulmonar (RCP). Metodologia: O estudo compreende uma revisão bibliográfica de análise qualitativa; O estudo será realizado com busca ativa nos web sites do Brasil especializados em urgência/emergência. Por meio de leitura dos protocolos e busca manual nos acervos da biblioteca da UNIP e FAMERP. Os dados serão analisados e apresentados por meio de frequência numérica, gráficos e quadros. Palavra chave: Parada Cardiorespiratória; Resultados: 740 sites pesquisados no total; 10 sites com protocolos atualizados, 1,5% ; 27 sites com protocolos não atualizados, 3,5%; 703 sites que não contém protocolo, 95%. Conclusão: Segundo à conclusão da “Atualização em Reanimação Cardipulmonar: O que mudou com as novas Diretrizes!; rev. Brasileira de Terapia Intensiva, vol. 18 nº 2, Abril-junho,2006, O conhecimento e atualização quanto às novas diretrizes do IlCOR são fundamentais para o atendimento a PCR.”. Segundo a nossa pesquisa foi constatada que os webs sites encontrados precisam ser atualizados diante das novas diretrizes. AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO MODERADO Bruno Freire de Castro; Sérgio Diniz Guerra; Vinícius Caldeira Quintão; Christian Martins Macêdo; Rodrigo Costa dos Santos; Tatiana Teixeira de Souza UTI Pediátrica do Hospital João XXIII / FHEMIG – Centro de Pesquisa e Pósgraduação da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Liga Mineira do Trauma BeloHorizonte / MG A Escala de Coma de Glasgow (ECG) tem sido amplamente empregada para a análise de pacientes vítimas de TCE. Existem poucos estudos avaliando a evolução de pacientes pediátricos vítimas de TCE moderado. Objetivos: Analisar a evolução de pacientes pediátricos vítimas de TCE moderado. Metodologia: Estudo coorte, prospectivo, incluindo pacientes de zero a 18 anos admitidos no Hospital João XXIII vítimas de TCE moderado. A gravidade do TCE foi baseada na ECG, tendo sido considerado como TCE moderado aqueles pacientes com soma de 9 a 13. Resultados: No período de junho de 2005 a janeiro de 2006, foram analisados 27 pacientes, analisando-se a soma da ECG de admissão, de 24 horas, após 3 dias e após 7 dias. A média de idade foi de 8,62 anos. A soma da ECG da admissão teve média de 11; a média da ECG de 24 horas foi de 12,9; de 3 dias foi de 12,5; e de 7 dias foi de 12,8. Após o primeiro dia, 18 pacientes (81,81%) melhoraram a pontuação na ECG. Cinco (18,5%) pacientes foram intubados. Treze (48,14%) pacientes foram internados na UTI. Quatro (14,81) foram submetidos a neurocirurgia, e 2 (7,4%) tiveram monitorização de pressão intracraniana. Não houve hipertensão intracraniana e nenhum óbito. Conclusão: Todos os pacientes evoluíram com melhora. Não houve óbito ou hipertensão intracraniana no grupo estudado de pacientes com TCE moderado. Palavras-chave: Glasgow, TCE, pediatria AVALIAÇÃO DA GRADE DE REFERÊNCIA HOSPITALAR DA CIDADE DE SÃO PAULO Acad. Fábio Serra Barbosa da Silva. Profa. Dra. Simone de Campos Vieira Abib, Prof. Dr. José Honório de Almeida Palma da Fonseca, Prof. Dr. Luiz Francisco Poli de Figueiredo, Dra. Daniela Paoli de Almeida, Local de execução: Departamento de Cirurgia da UNIFESP, SAMU-SP e Corpo de Bombeiros de São Paulo Introdução A existência de um sistema organizado para o atendimento ao traumatizado por si só previne mortes no trauma.O atendimento a um politraumatizado inicia-se no préhospitalar. Na cidade de São Paulo, há dois sistemas públicos operantes, quais sejam: o 193 e o 192. O acionamento do sistema é feito por chamadas à Central de Operações do Corpo de Bombeiros (COBOM), que tem visão da disponibilidade de viaturas e leitos hospitalares, e um médico regulador. Os hospitais mandam fax informando a disponibilidade ou não de receber vítimas do pré-hospitalar. A grade de referência que consta no mapa deveria funcionar bem, mas devido à grande diversidade de problemas na saúde pública, sabemos que ela funciona até certo ponto. Objetivo Avaliar o funcionamento da grade de referência hospitalar vigente visando à melhoria do sistema, por meio da análise dos fax recebidos pelo COBOM. Material e Métodos Levantamento dos fax recebidos pelo COBOM num período de quatro meses. Para organização e tabulação das informações contidas em cada fax, dividimos a pesquisa em 3 fases: primeira, organização física dos fax (1); segunda, digitação no Excel (2); e por último, análise da base de dados formulada no programa SPSS (3). Resultados Foram levantados fax durante 4 meses, no período de 22/09/2005 à 25/01/2006, totalizando 6804 fax em 116 dias, configurado uma média de 58,7 fax/dia. Os hospitais que mais apresentaram problemas ao COBOM foram listados em ordem decrescente. As regiões Leste e Sudeste foram as mais problemáticas para o COBOM. Ambas, com grave problema no que se refere à falta de especialidade e superlotação. Discussão / Conclusões - Há necessidade de padronização dos fax e sugerimos um modelo. - Há necessidade do redimensionamento da grade de referência da cidade de São Paulo. - As regiões Leste e Sudeste são as mais problemáticas e merecem maior atenção. - O motivo de recusa rnais frequente é a superlotação. - Este estudo serve como base para um trabalho inter-institucional, visando a melhoria da grade de referência. AVALIAÇÃO DO EFEITO DO MANITOL NA PRESSÃO INTRACRANIANA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO MODERADO E GRAVE Thales Eduardo Caldeira Moraes ; Sérgio Diniz Guerra ; Pedro Geraldo Jr. ; Rodrigo Costa dos Santos ; Tatiana Teixeira Souza ; Thaylise Martins Sanabria - UTI Pediátrica - Hospital João XXIII / FHEMIG / Liga Mineira do Trauma / Centro de Pós-GraduaçãoFCMMG / Belo Horizonte/MG/Brasil INTRODUÇÃO: O traumatismo craniencefálico (TCE) em pediatria está associado corn elevada morbimortalidade. A hipertensão intracraniana (HIC) é causa conhecida de dano secundário em vítimas de TCE moderado e grave. O manitol tem sido usado no seu tratamento. No entanto, existe um número limitado de estudos pediátricos que documentem a eficácia de seu uso. OBJETIVO: Analisar o efeito do manitol na pressão intracraniana (PIC) em pacientes pediátricos com TCE moderado e grave, submetidos à rnonitoração da PIC. MÉTODOS: Estudo piloto de coorte, prospectivo, incluindo crianças e adolescentes entre zero e 18 anos completos, admitidos no HJXXIII, vítimas de traumatismo moderado e grave submetidos à rnonitoração da PIC e que necessitaram de manitol para HIC. A coleta de dados foi realizada no momento da infusão da medicação e durante os 60 minutos seguintes, em intervalos de 5, 10, 15, 30 e 60 minutos. RESULTADOS: No período de Junho de 2005 a Janeiro de 2006 foram admitidos no HJXXIII 85 pacientes com TCE moderado e grave, sendo que 29 tiveram rnonitoração da PIC. Destes 29 pacientes, 20 necessitaram de tratamento com manitol, e foi possível obter 23 medidas à beira do leito. Os valores da PIC antes da aplicação do manitol variaram de 21 a 52 mmHg (média de 34). Após 5 min, a média de redução da PIC foi de 7,7 mmHg (22,5%). Em 95,7% dos casos, houve redução da PtC após 10 min (redução média de 8,6 mmHg , 25,2%). Após 15 min, houve redução média de 6,3 mmHg (18,4%). Na média, a redução máxima da PIC ocorreu após 30 min (10,8 mrnHg - redução de 31,5% do valor inicial). Após 60 min da infusão da droga a redução média da PIC foi de 9,8 mmHg (28,6%). CONCLUSÃO: O manitol foi eficaz na redução da PIC, já tendo seu início de ação após 5 min, mas tendo sua a cão máxima após 30 min. TITULO: AVALIAÇÃO SOBRE O CONHECIMENTO DO 193 NA POPULAÇÃO SUL FLUMINENSE. AUTORES: Alex Pitzer Garcia; Taciana Paula de Souza; Vinicius Moraes Mariano; OBJETIVO: Através desta pesquisa temos como objetivo elucidar o conhecimento da população da região sul do estado do Rio de Janeiro na notificação de acidentes ao Corpo de Bombeiros, bem como a correlação ao número a ser ligado, no caso 193. METERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados questionários impressos contendo identificação com nome, data de nascimento, escolaridade, naturalidade, profissão e estado civil, com 3 perguntas relacionadas a iniciativa do leigo frente a uma vitima de acidente. A pesquisa foi realizada, em feiras de saúde, com moradores das cidades de Porto Real, Três Rios, Paracambi, Rio das Flores, Vassouras e Mendes, todas localizadas na região sul fluminense. Sendo oferecido panfleto explicativo após o preenchimento do questionário. RESULTADOS: Observou-se que em caso de acidente 1,33% (2 pessoas) não fariam nada, 8,66% (13 pessoas) socorreriam e 76,66% (115 pessoas) chamariam o socorro.Em relação a amostra de 115 entrevistados, os quais chamariam socorro, 1,74% (2 pessoas) acionariam o vizinho, 4,34% (5 pessoas) a policia, 39,13% (45 pessoas) o bombeiro e 54,78% (63 pessoas) a ambulância. Estes ao serem questionados para qual numero ligariam 11,30% (13 pessoas) 190, 6,95% (8 pessoas) 192, 20% (23 pessoas) 193, 19,13% (22 pessoas) outros e 42,60% (49 pessoas) não sabem. CONCLUSÃO: Analisando os resultados obtidos, verificou-se que dos 150 entrevistados 115 (76,66%) chamariam o socorro. Dentre estes observamos que 20% (23 pessoas) ligariam para o numero 193 e 39,13% (45 pessoas) acionariam o Corpo de Bombeiros. Desta forma evidenciamos que somente 18,26% (21 pessoas) dos que chamariam socorro correlacionaram o numero 193 com os bombeiros.Sendo assim este estudo tem o intuito de mostrar a falta de correlação entre a instituição (Bombeiros) e seu número (193) por parte da população. Com isso demonstra-se o despreparo da comunidade em chamar socorro de maneira adequada, já que as pessoas reconhecem que devem ligar para os bombeiros, porém desconhecem o número a ser discado. PALAVRAS CHAVES: 193; Bombeiros; Sul Fluminense. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. http://www.cbmerj.rj.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; 2. www.polmil.sp.gov.br/ccb/; CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO; 3. http://www.bombeiros.mg.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. TITULO: AVALIAÇÃO SOBRE O CONHECIMENTO DO 193 NO ENSINO MÉDIO, EM VASSOURAS-RJ. AUTORES: Vinicius Moraes Mariano; Taciana Paula de Souza; Milton Sant´Anna Freitas Filho; Hígor Vinicius Almeida Mirando; Vitor Torres Pacheco; ONG PROJETO VIDAS, UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA (USS), VASSOURAS – RJ – BRASIL. OBJETIVO: Através desta pesquisa temos como objetivo elucidar o conhecimento dos estudantes do ensino médio da rede publica na notificação de acidentes ao Corpo de Bombeiros, bem como a correlação ao número a ser ligado, no caso 193. METERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados questionários impressos contendo identificação com nome, data de nascimento, escolaridade, naturalidade, profissão e estado civil, com 3 perguntas relacionadas a iniciativa do leigo frente a uma vitima de acidente. Sendo oferecido panfleto explicativo após o preenchimento do questionário. A pesquisa foi realizada com alunos do 3º do ensino médio do Colégio Estadual Santa Rita, na cidade de Vassouras – RJ, com um universo de 62 alunos. RESULTADOS: Observou-se que em caso de acidente 0% não fariam nada, 9,68% socorreriam e 90,32% chamariam o socorro.Em relação a amostra de 56 alunos, os quais chamariam socorro, acionariam, 3,57% vizinho, 1,58% policia, 46,42% bombeiro, 57,14% ambulância e 1,58% não sabem. Estes ao serem questionados para qual numero ligariam 5,35% 190, 5,35% 192,83,92% 193, 7,14% outros e 8,92% não sabem. CONCLUSÃO: Analisando os resultados obtidos verificou-se que dos 62 alunos 56 chamariam o socorro. Dentre estes 83,92% (47 alunos) ligariam para o numero 193 e 46,42% (26 alunos) acionariam o Corpo de Bombeiros. Desta forma evidenciamos que menos da metade dos entrevistados, no caso 44,64% (25 alunos) dos que chamariam socorro, correlacionaram o número 193 com os bombeiros, assim mostrando a necessidade de promover projetos, principalmente nas escolas, que informem de maneira clara e elucidativa o número do telefone e a instituição a ser acionada em caso de emergência. PALAVRAS CHAVES: 193; Bombeiros; Leigo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 4. http://www.cbmerj.rj.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; 5. www.polmil.sp.gov.br/ccb/; CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO; 6. http://www.bombeiros.mg.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. CARNAJU 2006: ATUAÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU ALVES, F.S.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C.; BRASILEIRO, F.F.; COSTA, M.C.M.; FRANÇA, C.R.; BARRETTO, M.X.A.; LIMA, H.J.S.; SEABRA, J.D.; SANTOS, A.M.; KREMPSER, R.R. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE BRASIL Introdução: O Carnaju é um evento que ocorre nos dias do carnaval, na cidade de Aracaju, com o objetivo de comemorar a folia de momo. Ocorrem apresentações de grupos musicais, as quais são prestigiadas por grande número de populares, aumentando a possibilidade de ocorrências com danos à saúde. O SAMU 192 ARACAJU participou deste evento através da montagem de um Posto Médico Avançado (PMA), com equipe de profissionais com a finalidade de prestar assistência à população presente no evento. Objetivo: Traçar o perfil do atendimento desenvolvido pelo SAMU 192 ARACAJU durante o Carnaju 2006. Metodologia: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192 ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de gráfico para melhor visualização. Resultados: Nos 5 dias de evento, trabalharam 77 profissionais e foram realizados 93 atendimentos. Destes, 48,4% (N=45) clínicos; dentre os quais prevaleceram os casos de alcoolismo com 28,9% (N=13), e 51,6% (N= 48) traumáticos; os traumas diversos liderando com 29,2% (N=14). 29 (31,2%) eram do sexo feminino e 64 (68,8%) pertenciam ao sexo masculino. Oito (8,6%) pacientes necessitaram de remoção para unidades hospitalares e não-hospitalares de urgência, sendo todos encaminhados em Unidades de Suporte Básico. 85 pacientes tiveram seus agravos resolvidos no próprio posto, denotando um índice de resolutividade de 91,4%. Conclusão: A atuação do SAMU 192 ARACAJU, através de um PMA durante o Carnaju 2006 evitou o aumento da demanda hospitalar na rede de urgência e emergência nos dias do evento pelos casos gerados no local da festa. Do contrário, haveria uma sobrecarga do sistema, que normalmente é previsto em eventos desse porte. CAUSAS E LESÕES MAIS FREQUENTES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ACIDENTE COM BICICLETA Michelle Dornelles Santarém / Zoraide Immich Wagner / Porto Alegre-RS - Brasil Os acidentes na infância e na adolescência representam, cada vez mais, um maior número de vidas abreviadas e invalidadas. Os acidentes relacionados ao ciclismo tornam-se muito comuns por ser, este, um tipo de esporte popular de recreação entre crianças e adolescentes de diversas idades. Estes acidentes podem resultar em sequelas sérias, irreversíveis e até mesmo à rnorte. A falta de equipamentos de proteçâo como capacetes, roupas apropriadas, buzinas, joelheiras, cotoveleiras e protetores de pulso, acarretam, com frequência, lesões que podem comprometer a integridade física desta criança e ou adolescente. Este estudo é de caráter exploratório descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa dos dados. A população do estudo foram crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 5 e 17 anos, internadas no período de 01 de junho de 2003 a 01 de junho de 2004, na UTI Pediátrica do Hospital Municipal de Pronto-Socorro de Porto Alegre, apresentando causa maior de sua internação, lesões decorrentes de acidentes relacionados ao ciclismo. Trinta prontuários compuseram a amostra deste estudo. Esta pesquisa teve como principal objetivo, identificar as lesões mais frequentes e relacionar a multicausualidade dos acidentes com bicicleta em crianças e adolescentes, visando fornecer subsídios que possam contribuir para a elaboração de um Programa de Prevenção de Acidentes à população que utiliza a bicicleta como esporte ou diversão. A lesão mais frequente em crianças e adolescentes vítimas de acidentes de bicicleta foi o trauma de crânio (83,3%) seguida das lesões superficiais de pele (63,3%), lesões de extremidades (40%), trauma facial (30%), trauma abdominal e de tórax (13,3%) e trauma ocular (10%). As vítimas apresentaram lesões múltiplas na sua maioria. Os meninos foram os mais atingidos, totalizando 70% dos casos. A faixa etária com maior número de ocorrências foi a de 8 aos 10 anos. Os acidentes ocorreram em ruas e avenidas movimentadas, no final da tarde, início da noite. O verão e as estações com temperaturas mais amenas e agradáveis, como o outono e a primavera, são os períodos do ano em que estes acidentes mais aconteceram, totalizando 67% da amostra. Já no inverno podemos constatar que ocorreu uma diminuição do número de ocorrências (33%). A queda de bicicleta (46%) é a causa principal destes acidentes, seguida de colisões (37%) e atropelamentos (17%). Dentre os 30 casos analisados 77% tiveram alta hospitalar para casa, 13% transferência interna, 7% transferência externa e 3% óbito. Onze crianças tiveram sua alta inspirando cuidados mínimos, 13 com cuidados especiais e 5 crianças apresentaram sequelas definitivas, sendo que 4 delas apresentaram trauma de crânio. Acreditamos que a redução de incidência de acidentes na infância e adolescência pode somente ser alcançada com a implantação de programas de prevenção específicos, prevenção esta, que deve ser frequente, severa e praticável. Com certeza uma política educacional séria e bem elaborada, aliada a uma legislação rigorosa e que seja cumprida pêlos órgãos policiais e jurídicos, diminuirá estes assustadores dados. Palavraschavês:Causas - Lesões - Acidentes de Bicicleta - Prevenção. CIRURGIA DE URGÊNCIA E TRAUMA: PERFIL DOS PROCEDIMENTOS REALIZADOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Gustavo Pereira Fraga, Eliana Maria Souza A. Fernandes, Danielle Menezes Cesconetto, Jorge Carlos M. Curi, Mario Mantovani Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: Avaliar o perfil de procedimentos cirúrgicos realizados em um serviço universitário com residência médica voltada para a formação do cirurgião de urgência, com ênfase nos procedimentos realizados em vítimas de trauma. Método: Estudo descritivo em que foram avaliados todos os procedimentos cirúrgicos realizados no período entre janeiro de 1994 e dezembro de 2005, no centro cirúrgico de urgência de hospital universitário terciário, pelos cirurgiões de uma mesma equipe, incluindo urgências traumáticas, não-traumáticas e reoperações. Nesse período de 12 anos um total de 12.092 cirurgias foram realizadas e registradas em protocolo no programa EpiInfo. Resultados: A maioria dos procedimentos (81,5%) foi de urgências nãotraumáticas, sendo mais freqüentes as apendicectomias, traqueostomias e colecistectomias. Procedimentos cirúrgicos em vítimas de trauma foram realizados em 2.238 casos novos (18,5%), não incluindo reoperações. O ano de 1997 foi o que apresentou a maior casuística de cirurgias em trauma (276 casos, 24,3% das cirurgias daquele ano), sendo que a incidência desses procedimentos vem diminuindo nos últimos anos, sendo que em 2005 foram realizadas apenas 93 cirurgias. Em vítimas de trauma, os ferimentos por projétil de arma de fogo constituíram o mecanismo de trauma mais freqüente (44,7%) e a laparotomia foi o procedimento mais realizado (77,7%). Conclusões: O número de procedimentos cirúrgicos vem diminuindo no serviço, principalmente em vítimas de trauma. Os fatores que contribuem para isto são: redução da violência na região, criação de outros serviços habilitados para atender urgências cirúrgicas e a consolidação do tratamento não-operatório em diversas lesões traumáticas. Palavras-chave: cirurgia; urgências cirúrgicas; trauma; educação médica. COMPARAÇÃO ENTRE ÍNDICES DE GRAVIDADE DOS PACIENTES TRAUMATIZADOS INTERNADOS NA UTI-HEPA Louise Fontes Lima; Ricardo Alessandro Teixeira Gonsaga; Jorge Luís Santos Valliati; Raul José de Andrade Vianna Jr; Antônio Tonele Bafi; Bruno Peron Coelho da Rocha Hospital Escola Padre Albino, Faculdade de Medicina de Catanduva, Catanduva – SP Objetivo: Comparar a efetividade dos índices de risco “Revisited Trauma Score,”(RTS), “Trauma and Injury Severity Score”(TRISS) e “Acute Physiology and Chronic Health Evaluation”(APACHE) II na avaliação do prognóstico em pacientes vítimas de traumatismos graves. Materiais e Métodos: A amostra incluiu os pacientes admitidos na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Escola Padre Albino num período de 10 meses. Os dados foram obtidos dos prontuários médicos através de formulário padronizado e armazenados em um banco de dados computadorizado e posteriormente submetidos à análise estatística. Resultados: A maioria dos pacientes (76%) foi do sexo masculino. Encontrou-se a média de idade de 42,4 anos com desvio padrão (DP) de 19,06 e moda de 21 anos. O mecanismo de trauma foi trauma abdominal fechado em 80% dos casos e 92% apresentavam trauma crânio encefálico (TCE). O tempo médio de internação foi de 15 dias (DP= 13,02), 94% dos pacientes necessitaram de ventilação mecânica e 56% desenvolveram infecção por germe multi-resistente. A média dos valores dos índices prognósticos foram 5,95 do RTS (DP=1,77); 20,38 do ISS (DP=10,45); 79,67% do TRISS (DP=25,82); 20,44 do NISS (DP=10,36); e 15,58 do APACHE II (DP=7,22). A taxa de óbitos foi de 38,8% na população estudada. Conclusões: Foi possível verificar que a probabilidade de sobrevida de acordo com o TRISS e NTRISS esteve próxima à encontrada pelo APACHE II, cerca de 80%, em contraste com a mortalidade observada, justificada pela elevada prevalência de trauma contuso e TCE. Palavras-chave: trauma - índices prognósticos - UTI A EXPERIÊNCIA DO TRATAMENTO CONSERVADOR DE LESÃO ESPLÊNICA POR TRAUMA CONTUSO NO HOSPITAL JOÃO XXIII Helio Machado Vieira Jr., Franco Antônio Cordeiro Neves, Sizenando Vieira Starling, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil Objetivo: relatar a experiência do Hospital João XXIII na conduta conservadora de pacientes portadores de lesão esplênica, bem como relatar os resultados deste tipo de tratamento, e o protocolo desenvolvido no serviço. Material e métodos: trabalho prospectivo realizado através de coleta de dados em ficha especialmente desenvolvida para a pesquisa. Resultados: durante o período de novembro de 2004 a junho de 2006, o Hospital João XXIII tratou de forma conservadora 116 pacientes, dos 172 admitidos com lesões esplênicas, todos por trauma contuso de variados graus. Eles foram acompanhados 24 horas por dia por médico residente em Cirurgia do Trauma, em enfermaria específica com este propósito (SAT – Sala de Apoio ao Traumatizado), sendo monitorizado de forma contínua e realizando exames periódicos segundo protocolo rígido. Destes 116 pacientes, houve falha no tratamento em 9 pacientes durante a internação, e em 1 após receber alta. Conclusão: a adoção de tratamento conservador em pacientes com lesão esplênica deve ser acompanhada de um diagnóstico correto, de armamento propedêutico adequado, acompanhamento e avaliações periódicas e protocolo rígido e bem estabelecidos, além de estrutura humana e hospitalar eficientes. Os pacientes indicados para tratamento não operatório são aqueles estáveis hemodinamicamente à admissão ou após reposição volêmica, com ausência de irritação peritoneal, sendo todos submetidos a tomografia computadorizada para classificação da lesão e tomada de decisão de inclusão no protocolo. O índice de sucesso do tratamento não operatório foi considerável (91%), com 1 óbito não relacionado a lesão esplênica (síndrome da angústia respiratória aguda). Os resultados estão acima do esperado por algumas séries em se tratando de adultos, muito provavelmente em decorrência da sistematização adotada. Palavraschave: lesão esplênica, trauma abdominal contuso, tratamento conservador. COMPLICAÇÕES DO DIAGNÓSTICO TARDIO DE TRAUMA PANCREÁTICO CONTUSO – RELATO DE CASO Paula Eiko Takau Brino; Rui Henrique Coimbra de Siqueira; Diego Figueiredo Oliveira Sarasqueta; Maurício Godinho Hospital de Caridade São Vicente de Paula, Jundiaí, SP, Brasil Introdução: O trauma de pâncreas responde por 2-12% dos traumas abdominais. É resultado da atuação de forças de alta energia e se diagnosticado tardiamente pode contribuir com o aumento significativo da morbimortalidade. Objetivo: Demonstrar a necessidade do diagnóstico precoce do trauma pancreático associado a lesão de outros órgãos em pacientes vítimas de trauma abdominal contuso. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 16 anos, vítima de queda de motocicleta, trazido pelo serviço de resgate, apresentando trauma abdominal contuso, atendido e liberado em outro serviço com o diagnóstico de fratura de arco costal. Após quatorze dias procurou o serviço de referencia de trauma da cidade com fortes dores abdominais. Durante sua internação foi diagnosticado trauma pancreático grau III com auxílio de tomografia computadorizada. Desde sua internação evoluiu com complicações, como ascite, sepse, derrame pleural, fístula e necrose pancreática corpo caudal Foi submetido a duas laparotomias exploradoras para debridamento pancreático e orientação de fístula. Foi tratado com antibiótico, jejum, octreotide e nutrição parenteral, evoluindo bem até receber alta hospitalar. Conclusão: Devido sua localização retroperitoneal as manifestações clínicas do trauma pancreático podem ser sutis, retardando deste modo seu tratamento. Assim torna-se evidente a necessidade da avaliação do politraumatizado por profissionais experientes em hospitais de referência. COMPLICAÇÕES DO REPARO PRIMÁRIO DE LESÕES TRAUMÁTICAS PENETRANTES DO CÓLON Gustavo Pereira Fraga, Larissa Berbert Arias, Felipe Alberto Piva, Mario Mantovani Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: As lesões de cólon são freqüentes em traumas penetrantes e atualmente o reparo primário dessas lesões é a conduta adotada na maioria dos casos. As complicações infecciosas são relativamente freqüentes, e o objetivo do presente estudo é avaliar a morbidade dos pacientes tratados com reparo primário (sutura ou ressecção com anastomose) em nosso serviço. Método: Estudo descritivo em que se avaliou a morbidade geral e complicações diretamente relacionadas ao reparo primário (deiscência ou fístula de cólon, abscesso intra-cavitário e peritonite), em 220 pacientes com trauma penetrante de cólon tratados com sutura (199 casos) ou ressecção e anastomose imediata (21 casos), no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2003. Resultados: O reparo primário foi indicado em 68,5% dos traumas penetrantes de cólon. A maioria foi causada por ferimento por projétil de arma de fogo (182 casos 82,7%). Em 10 pacientes (4,5%) o intervalo de tempo entre o trauma e a cirurgia foi maior do que 6 horas. Outras lesões abdominais associadas estavam presentes em 84,5% dos casos e o ATI teve uma média de 23. A morbidade global foi de 34,5%. A incidência de fístula de cólon foi 5,5% (11 casos) no reparo primário e de 9,5% (2 casos) na ressecção com anastomose. A incidência de peritonite foi de 2% (4 casos) no reparo primário e de 9,5% (2 casos) na ressecção com anatosmose. Entre os 19 casos de óbito (8,6%), apenas um paciente teve esta evolução decorrente de complicação da sutura primária. Conclusões: O reparo primário pode ser indicado com segurança no tratamento do trauma de cólon. As taxas de complicações muito se assemelham às observadas na cirurgia eletiva do cólon, e a colostomia no trauma penetrante só é indicada em casos de exceção. Palavras-chave: trauma; cólon; sutura intestinal; fístula; complicação. CONCEPCÇÃO DA EQUIPE DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA SOBRE A SUA PRÁTICA **Ana Paula Casella **Daniela Sanches Attab **Fernanda da Silva **Márcio José Garcia Borges **Cristiane ***Cléa Dometilde Soares Rodrigues ***Marcela Gonzales Ferreira *Resultados parciais do Trabalho de Conclusão de Curso. **Acadêmicos do Curso de Graduação em enfermagem do 8° período da Universidade Paulista - campus JK-de São José do Rio Preto ** *Docentes do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paulista -campus JK-de São José do Rio Preto Introdução: Há muitos séculos a assistência no transporte de pessoas feridas constitui uma preocupação entre todos os povos. Assim, o atendimento préhospitalar é uma estratégia política de saúde implantada no Brasil nos últimos dez anos, conforme modelo francês, que visa através do Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU) atender urgências e emergências de diversas etiologias. Objetivo: O estudo visa avaliar a qualidade do serviço prestado pêlos profissionais que atuam no SAMU de São José do Rio Preto. Metodologia: estudo de campo transversal, descritivo exploratório com análise quantitativa, sendo utilizado como instrumento um questionário com questões abertas e fechadas. As variáveis de interesse para o estudo foram: sexo, idade, tempo de profissão, jornada dupla de trabalho, tempo de trabalho na área, qualificação do profissional de enfermagem para a área pré-hospitalar, liderança nos atendimentos, comunicação entre os profissionais durante o atendimento, perfil do enfermeiro para área pré-hospitalar e atendimento humanizado. O período de estudo compreendeu o mês de agosto. Resultados: dos 25 profissionais avaliados, nos revelou que 56% da população eram do sexo masculino, e 44% do sexo feminino. Em relação à variável idade observase que a faixa etária de 23 a 28 anos obteve um percentual de 40% ; 32% variaram de 29 a 33 anos e 28% da população com idade de 34 anos. Em relação a variável categoria profissional, 48% dos profissionais são técnicos de enfermagem, 28% são médicos 16% são enfermeiros e apenas 8% da população são auxiliares de enfermagem. Quanto ao tempo de formação profissional 32% de 4 a 6 anos, 24% tem de O a 3 anos de formados 12% de 7 a 9 anos, 4% mais de 10 anos deformação e 28% dos entrevistados não responderam a esta questão. Dos que respondentes 76% fazem jornada dupla de trabalho. Quanto à assistência prestada ao cliente, 68% consideram os procedimentos de enfermagem tecnicamente corretos e apenas 32% não os consideram, 60% afirmam que a história clínica é clara e objetiva. Em relação à interação durante os procedimentos prestados 96% consideram esta relação existente e 68% qualificam os profissionais de enfermagem para o atendimento pré-hospitalar; 76% afirmam que o enfermeiro lidera a equipe. Conclusão: Os resultados preliminares deste estudo revelaram que os procedimentos e atitudes prestadas pêlos profissionais de enfermagem do SAMU de SJRP são de qualidade, porém sabem da necessidade do aperfeiçoamento constante. Além disso, o papel do enfermeiro e da assistência de enfermagem sistematizada e humanizada tem fundamental importância para o serviço, devendo, porém aprimorar em alguns aspectos. Palavras-Chaves: Atendimento Pré-Hospitalar; Assistência de Enfermagem; SAMU. CONDUTA CONSERVADORA NO TRAUMA HEPÁTICO POR ARMA DE FOGO COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA: RELATO DE 2 CASOS Mateus Alves Borges Cristino, Conrado Leonel Menezes, Bruno Carlo Vieira Lemos, Tatiana Duarte, Leandro Toledo Carvalhido, Bruno de Freitas Belezia,. Hospital Municipal Odilon Behrens, Belo Horizonte/MG Objetivos: relatar dois casos de trauma hepático por arma de fogo (TAF) tratados de forma conservadora, apesar da instabilidade hemodinâmica. Materiais e Métodos: relato de 2 casos. Relato dos casos – Caso 1: Paciente masculino, 37 anos, vítima de TAF no hipocôndrio direito, admitido hemodinamicamente estável, com escala de coma de Glasgow de 15 e sem sinais de irritação peritoneal. A Tomografia Computadorizada (TC) inicial revelou lesão nos segmentos 5,6,7 e 8. Evoluiu com instabilidade hemodinâmica com pressão arterial sistólica de 70 mmHg, sem alteração do estado de consciência ou sinais de irritação peritoneal. Respondeu a infusão de 2000 ml de SF 0,9% e de 600 ml de concentrado de hemácias. Na enfermaria evoluiu com estabilidade hemodinâmica e febre no 6º dia de internação. Radiografia de tórax mostrou pneumonia em base. TC abdominal mostrou líquido livre na pelve e boa evolução da lesão hepática. Recebeu alta hospitalar no 14º dia de internação. Caso 2: Paciente do sexo feminino, 18 anos, vítima de TAF no hipocôndrio direito, admitido hemodinacamente instável com pressão arterial sistólica de 80 mmhg, freqüência cardíaca em 128 bpm, sem resposta verbal e agitada. Respondeu a infusão de soro fisiológico e 600ml de concentrado de hemácias. Evoluiu sem sinais de irritação peritoneal. TC revelou lesão nos segmentos 7 e 8. Não foi realizada TC de controle. Recebeu alta hospitalar no 7º dia de internação sem intercorrências. Conclusões: O tratamento não operatório do trauma hepático por arma de fogo com instabilidade hemodinâmica é possível de ser realizado em casos selecionados. A TC é essencial para o diagnóstico e classificação da lesão. Palavras-chave: trauma hepático; arma de fogo; não operatório; conservador. CONHECER O PREPARO E AS DIFICULDADES DO ENFERMEIRO QUE ATUA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR. Autor. BARBOSA, Juliano Augusto; COSTA, Daniela Silva Garcia; CUNHA. Fabiola Vieira: SILVA, Crisíiane G.; SOUZA, Gláucio Jorge; Faculdades Integradas Teresa D'Ávila, Lorena - São Paulo - Brasil. Introdução: A realidade nos mostra que o trauma e emergências clínicas assumiram proporções endémicas em todo o mundo, tornando uma das principais causas de mortalidade.Objetivo: Descrever o perfil, conhecer o preparo técnico e emocional, e as dificuldades de enfermeiros que atuam em APH (atendimento pré-hospitalar).Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória utilizando como instrumento para coleta de dados questionário com perguntas abertas e fechadas. Tal ferramenta foi aplicada a 10 Enfermeiros que atuam no serviço de APH de uma rodovia interestadual, no Vale do Paraíba. Resultados: Evidenciaram, que dois indfpduos possuem especialização, um está cursando, sete não tem especialização na área, 30% dessa população sentiam-se preparados tecnicamente e psicologicamente na contratação, 70% não se sentiam preparados, 10% passaram por treinamento e 90% não. Para manterem-se atualizados 20% vão á congressos, 17% realizam seminários, 20% palestras, 17% cursos e 26% leitura específica, 73% acharn necessário ter um preparo emocional maior quando atendem a crianças, 9% á idosos e 18% todas, 33% respondeu que necessitam de um preparo técnico maior quando atendem á atropelamento, 25% queda de veículo em ribanceira, 17% vítimas presas nas ferragens e 25% todas, 10% dos enfermeiro^|necessitam de apoio psicológico 90% não. Para amenizar o estresse após ocorrências desgastantes os enfermeiros encontraram diversas maneiras, 69% discute a ocorrências com membros da equipe, 23% brincam para descontrair e 8% isola-se e reflete. Considerações Finais: Para oferecei»uma assistência humanizada aos qjjentes é preciso criat estratégias que facilitem o preparo técnico desses profissionais. É importante a capacitação contínua através de cursos e treinamentos em serviço. Descritores: APH; Urgência; Emergência; Trauma % Resgate. CORRELAÇÃO ENTRE A ALCOOLEMIA E OS ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NA REGIÃO DE SOROCABA, SP EM 2005 Eduardo Bertolli; Luiz Henrique Mazzoneto Mestieri; Renata Ipolito Meneguette; Ingrid Helena Lopes de Oliveira; Raquel Radaelli de Figueiredo; Bruno Asprino Fiancio; Olivia Figueira; José Mauro da Silva Rodrigues. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DO CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS E BIOLÓGICAS DA PUC/SP Introdução: O álcool é uma droga lícita, que figura entre as mais consumidas no Brasil, e comumente associa-se a eventos traumáticos como os acidentes de trânsito, normalmente tendo o óbito de suas vítimas como desfecho. Objetivo: Identificar o consumo de álcool nos óbitos por acidentes de trânsito ocorridos na região de Sorocaba, SP. Material e métodos: Análise retrospectiva dos laudos das necropsias realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba durante o ano de 2005, identificando, entre os envolvidos com acidentes de trânsito, aqueles onde foi realizada a pesquisa de álcool no sangue. Resultados: Foram levantados 1107 laudos das necropsias realizadas pelo IML de Sorocaba em 2005, sendo 83,2% das vítimas do sexo masculino e uma média de 37,2 anos. Foi realizada a dosagem da alcoolemia em 659 casos (59,53%) e os acidentes de trânsito corresponderam a 33,38% desses óbitos. A dosagem mostrou-se positiva em 113 vítimas (51,36%), sendo a alcoolemia média de 1,85 g/dl. As principais causas de óbito, em ambos os grupos, foram as colisões (52,27%), atropelamentos (25,45%) e capotamentos (7,27%) Conclusão: O consumo de álcool está fortemente associado aos óbitos por acidentes de trânsito. A adoção de medidas para a redução do consumo de bebidas alcoólicas deve ser considerada como forma de diminuir esse quadro. Palavras-chave: Álcool, óbitos, acidentes CORRELAÇÃO ENTRE A ALCOOLEMIA E os ÓBITOS POR VIOLÊNCIA NA REGIÃO DE SOROCABA, SP EM 2005 Eduardo Bertollj; Luiz Henrique Mazzoneto Mestieri; Renata Ipolito Meneguette; Ingrid Helena Lopes de Oliveira; Raquel Radaelli de Figueiredo; Bruno Asprino Fiancio; Ouvia Figueira; José Mauro da Silva Rodrigues. FACULDADE DE CIÊNCÍAS MÉDICAS DO CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS E BIOLÓGICAS DA PUC/SP Introdução. Apesar do consumo de álcool ser socialmente aceito, sabe-se que a associação desta droga com eventos traumáticos, como a violência interpessoal, é bastante comum em nosso meio e causa frequente de óbitos. Objetivo: identificar o consumo de álcool nos óbitos por causas violentas ocorridos na região de Sorocaba, SP em 2005. Material e métodos: Análise retrospectiva dos íaudos das necropsias realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba durante o ano de 2005, identificando, entre os óbitos por causas violentas aqueles onde foi realizada a pesquisa de álcool no sangue. Resultados: Foram levantados 1107 laudos das necropsias realizadas peio IML de Sorocaba em 2005, sendo 83,2% das vítimas do sexo masculino e uma média de 37,2 anos. Foi realizada a dosagem da aícoolemia ern 659 casos (59,5%) e as causas violentas estiveram presentes em 44,8% desses óbitos, dividindo-se em dois grandes grupos: violência auíi-inflingida (14,2%) e violência interpessoal (85,8%). A dosagem de alcoolemia foi positiva em 45,4% das vítimas e o valor médio foi de 1,5 g/dl. O enforcamento foi a causa mais comum de óbito por violência auto-inflingída (45,2%). Já entre os casos de violência interpessoal, predominaram os ferimentos por projëtil de arma de fogo (FPAF), respondendo por 80,3% entre as vítimas com alcoolemia negativa e 70,2% entre aquelas com alcoolemia positiva. Conclusão: O consumo de álcool está fortemente associado aos óbitos por causas vioienias. A adoção de políticas sociais visando a redução do consumo de bebidas alcoólicas deve ser considerada como forma de diminuir esse quadro. Palavras-chave; Álcool, violência, óbitos CORRELAÇÃO ENTRE A CLASSIFICAÇÃO TOMOGRAFICA DE MARSHALL, A MONITORAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA E A OCORRÊNCIA DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANiENCEFÁUCO MODERADO Ë GRAVE Rodrigo de Oliveira Pinheiro Lopes; Chrisíian Martins Macedo; Tatiana Teixeira de Souza; Vinícius Caldeira Quintão; Sérgio Diniz Guerra, Bruno Freire de Castro UTI Pediátrica Hospital João XXI» - FHEMiG / Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais / Liga Mineira do Trauma / Belo Horizonte, Minas Gerais OBJET1VO: Correlacionar a apresentação tomográfica inicial de acordo com a cfassificação de Marshall com a monitoração da pressão intracraniana (PIC) e o desenvolvimento de hipertensão intracraniana (HIC). MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo coorte, prospectivo, descritivo, incluindo pacientes pediátricos, vitimas de traumatismo craniencefáüco (TCE) moderado e grave e submetidos à monitoração da pressão intracraniana. As lesões foram agrupadas segundo a classificação proposta por Marshall: Lesões Difusas (LD) tipos 1, 2, 3 e 4; Lesões Expansivas Evacuada (LEE) e Não-Evacuada (LENE). RESULTADOS: Dos 43 pacientes, 39 eram do sexo masculino. A média de idade foi de 9,9. A média da nota de Giasgow foi 8,7. Sete pacientes obtiveram classificação LD1 e não tiveram moniíoração da PIC. Dos 22 classificados como LD2, 4 foram monitorados, 3 (75%) desenvolveram HIC e 1 (25%), H\C refrataria (HiCr). Nove foram classificados como LD3, 8 receberam moniíoração, 6 (75%) desenvolveram HIC e 2 (25%), HlCr. O único paciente classificado como LD4, monitorado, desenvolveu HlCr. Quatro LENE, um com HIC. CONCLUSÃO: A ocorrência de H!C e HlCr foi muito frequente em todos os pacientes em que PiC foi monitorada, apesar da classificação 2, 3 ou 4. É evento mais frequente em pediatria do que se tem relatado. PALAVRAS-CHAVE: Traumatismo craniencefáüco, Tomografia Computadorizada. DEMANDA DE PACIENTES DE TRAUMA EM PRONTO-SOCORRO DE HOSPITALESCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Mariana Cremonesi, Sibele Fernandes, Wagner de Aguiar, Renata de Souza, Daniela Misawa, Sônia In, Carolina Lopes, Giane Leandro, Iveth Whitaker – Universidade Federal de Paulo – SP, Brasil. Objetivo: Caracterizar os pacientes de trauma atendidos na sala de emergência do pronto-socorro, de um hospital-escola da região sul do município de São Paulo, segundo variáveis demográficas, tipo de causa externa, tempo de permanência no hospital, desfecho e gravidade do trauma. Material e método: Trata-se de estudo descritivo realizado no Hospital São Paulo (HSP) da Universidade Federal de São Paulo. Os dados de outubro a dezembro de 2003 foram obtidos, restrospectivamente, das fichas de atendimento do pronto-socorro (PS) e do prontuário do paciente, em caso de internação. A gravidade do trauma foi mensurada por meio do cálculo do New Injury Severity Score (NISS). Resultados: O total de pacientes de trauma atendidos na sala de emergência (SE) do PS foi de 1085, com predomínio de homens até os 70 anos. As causas externas que mais ocasionaram a busca pela assistência no PS foram acidentes de transporte (48,7%), quedas (24,2%) e agressões (19,2%). Os acidentes de motocicleta e as quedas foram os eventos mais freqüentes em homens e, as quedas em mulheres. Do total, 91,8% dos pacientes foram acometidos por lesões de intensidade leve e moderada, resultando em permanência de até 24 horas no hospital para 94,7% e alta hospitalar em 92,5%. Conclusão: A demanda de pacientes de trauma na SE do PS no hospital-escola estudado constituiu-se, sobretudo, de jovens do sexo masculino, vítimas de acidentes de motocicleta e quedas, sem gravidade importante que receberam alta em 24h. Descritores: acidentes, violência, trauma, emergência. DESPESAS DE ATENDIMENTO HOSPITALAR RELACIONADAS A ATROPELAMENTOS NA CIDADE DE CURITIBA-PR Fayruz Rodrigo Marcolini, Francisco José Gomes de Castro, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, William Augusto Casteleins Cecílio, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Levantamento das despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de atropelamentos, atendidas em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de atropelamentos, trazidos para atendimento no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise acidentes de trânsito cujos mecanismos foram diferentes do citado. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se o teste de Kruskal-Wallis para 2 grupos e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram recebidos 35 pacientes no período considerado, sendo 18 masculinos (51,4%) e 17 femininos (48,6%), tendo média de idade de 45 +/- 22,3 anos. O valor total recebido pelo Hospital por estes atendimentos foi de R$12.431,29, com média de R$355,18/paciente. Três pacientes apresentavam hálito etílico (8,6%), todos homens, cujo valor médio do atendimento foi superior (R$1.928,77), mas não significativo (p=0,0875), em comparação aos que não apresentavam (R$207,65). Avaliando a gravidades das lesões pelo Injury Severity Score (ISS), obteve-se uma variação de 0 a 11 pontos, com média ponderada de 2,48. Comparando os valores gastos em relação ao ISS, não encontrou-se diferença estatisticamente significativa (p=0,6159) entre eles. O RTS (Revised Trauma Score) médio calculado foi de 7,841 para todos os pacientes, não ocorrendo óbitos. Tomando-se os valores do Glasgow isoladamente, estes variaram entre 15 e 13 pontos e os valores financeiros a eles relacionados também não diferiram estatisticamente (p=0,4522). Conclusões: A análise das despesas médicohospitalares relacionadas a atropelamentos evidenciou valores muito superiores em atendimentos a pacientes que apresentavam hálito etílico na sala de emergência, em comparação aos que não apresentavam. Estratificando separadamente os preditores de gravidade de lesões, ISS, RTS e escala de Glasgow, não foram observadas diferenças significativas nos gastos a eles relacionados. Palavras-chave: Atropelamentos, despesas hospitalares. DESPESAS HOSPITALARES RELACIONADAS A COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS ATENDIDAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE TRAUMA Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Francisco José Gomes de Castro, William Augusto Casteleins Cecílio, Fayruz Rodrigo Marcolini, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de colisões envolvendo primariamente automóveis. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de colisões automobilísticas, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador, durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise mecanismos envolvendo motocicletas. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e considerando-se p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram observadas 32 colisões que cumpriram os critérios de inclusão, sendo que 25 vítimas (78,1%) eram homens. A média de idade foi de 41,1 +/- 19,3 anos. As despesas totais destes atendimentos foram de R$9.303,61 (média de R$290,74/paciente). A maioria das vítimas, 17 pacientes (53,1%), não usava cinto de segurança no momento do acidente, sendo que nove destes eram condutores. Aproximadamente dois terços da despesa total (R$6.717,57) foi gasto com pacientes que não utilizavam cinto de segurança, apesar de não significativo estatisticamente (p=0,0672). Em relação aos motoristas, o valor gasto foi de R$6.319,18, representando 87,9% do total (p=0,1051). Dos tipos de colisões, 56,3% foram auto-auto, respondendo por R$3.693,02 da despesa, enquanto 21,9% foram auto-bicicleta (R$3.841,21) e 9,4% auto-anteparo (R$1.103,25), no entanto estas comparações não foram significativas (p=0,4272). Observou-se hálito etílico em três pacientes (9,4%), cuja despesa média (R$330,45) foi maior do que a média despedida nos outros 29 pacientes (R$286,63), também não significativa. A gravidade das lesões foi avaliada pelo Injury Severity Score (ISS), com média ponderada de 1,6 pontos. A comparação dos valores financeiros pela gravidade das lesões mostrou-se estatisticamente significante (p=0,0232). O RTS (Revised Trauma Score) calculado teve média de 7,83 pontos, não houve óbitos. Conclusões: Constatamos que as despesas médico-hospitalares no atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos, excluindo-se motocicletas, foram maiores nos pacientes que não usavam cinto de segurança, fato verificado na maioria dos casos. Além disso, a despesa média dos pacientes que apresentavam hálito etílico foi maior em comparação com os que não apresentavam. A gravidade das lesões foi considerada baixa, no entanto respondendo pela maior parte dos valores recebidos pelo hospital, o que foi considerado estatisticamente significativo. Palavras-chave: Colisões, despesas hospitalares. DESPESAS INTRA-HOSPITALARES COM TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO William Augusto Casteleins Cecílio, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Fayruz Rodrigo Marcolini, Francisco José Gomes de Castro, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de acidentes automobilísticos com traumatismo crânio-encefâlico (TCE), atendidas em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de acidentes automobilísticos que apresentavam TCE, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos que não envolvessem veículos automotivos terrestres e pacientes que não apresentassem TCE. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram identificados 25 pacientes que satisfizeram os critérios de inclusão, sendo 18 (72%) do sexo masculino. A média de idade foi de 31,2 +/- 17,3 anos. O valor total recebido pelo Hospital com estes pacientes foi de R$17.917,89, com média de R$716,72 por paciente. A gravidade das lesões foi avaliada pelo Injury Severity Score (ISS), resultando em média ponderada de 1,37. Os valores financeiros foram mais elevados nos pacientes que tiveram TCE leve (ISS=1), respondendo por R$13.975,15 do valor recebido, não estatisticamente significativo (p=0,9670). Em relação aos mecanismos de trauma que resultaram em TCE, 11 (44%) foram colisões, respondendo por 63.9% dos gastos (R$11.277,92, média de R$1.025,26/paciente). Em seguida vieram as quedas de motocicleta (07 casos, 28%), respondendo por 24,6% da despesa (R$4.411,77, média de R$630,25/paciente) e atropelamentos (também 07 casos), com gastos de R$2.228,20 (12,4% do total, média de R$318,32/paciente). Entre as quedas com moto, dois pacientes não utilizavam capacete, sendo que a média do valor gasto neste caso (R$635,99) foi superior à média do valor referente aos cinco outros que utilizavam (R$627,96), não significativo, no entanto. O Glasgow verificado na emergência variou de 15 a 12, observando-se uma média de R$1.090,82 para estes (02 casos) e R$601,72 para aqueles (16 casos), não significativo (p=0,7726). O RTS (Revised Trauma Score) calculado teve média de 1,734 pontos, ocorrendo apenas um óbito (4%). Conclusões: O impacto financeiro do atendimento intra-hospitalar de vítimas de acidentes automobilísticos apresentando traumatismo encefálico foi maior naqueles com TCE leve. Os mecanismos que resultaram em maiores despesas foram devidos a colisões diversas. Em relação à escala de Glasgow, os menores índices verificados na amostra tiveram maiores despesas financeiras. Palavras-chave: Traumatismo crânio-encefálico, despesas hospitalares. DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO DE APENDICITE EM PACIENTE ADOLESCENTE VÍTIMA DE TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO – RELATO DE CASO. William Augusto Casteleins Cecílio, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Marta Ângela de Souza Brandão, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil Objetivo: Relatar o caso de atendimento a vítima de trauma abdominal contuso, que evoluiu com abdômen agudo cirúrgico e diagnóstico per-operatório de apendicite aguda auto-amputada. Materiais e Métodos: Relato de caso cirúrgico atendido no Suporte Avançado de Vida, do Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador. Resultados: Paciente masculino, 14 anos, oriundo de Morretes, litoral do Paraná, apresentava dor abdominal intensa e história de trauma abdominal contuso ocorrido no mesmo dia. O mecanismo foi queda de 3 metros de altura e impacto direto do abdômen na superfície de um rio. Trouxe ultrassonografia abdominal feita em Morretes, com imagem sugestiva de hematoma e contusão hepática. Apresentava-se hemodinamicamente normal, abdômen pouco distendido, tensão voluntária aumentada, movimentos de defesa e ruídos hidroaéreos pouco diminuídos. A radiografia de tórax estava normal. Hemograma com 10.900 leucócitos (76% de bastões) e amilase normal (12 U/dl). Realizou-se tomografia axial computadorizada de abdômen e pelve, onde observou-se distensão hídrica de alças intestinais e líquido livre intra-peritoneal. Foi mantida conduta conservadora, com hidratação, analgesia, sondagem naso-gástrica e controle de diurese. Após 16 horas da admissão permanecia a dor abdominal, drenagem de 200ml de líquido bilioso pela sonda, dispnéia e parada de eliminação de fezes. Estava afebril, sonolento e taquipnéico. Optou-se por rotina radiológica para abdômen agudo, revelando presença de pneumoperitôneo, sendo encaminhado a laparotomia exploradora. A inspeção da cavidade abdominal mostrou-a ocupada por 2 litros de secreção purulenta, onde evidenciamos apendicite auto-amputada. Realizou-se apendicectomia e lavagem da cavidade. Não foi encontrado presença de fecalito na peça cirúrgica. Após 9 dias internado, recebeu alta hospitalar em boas condições. Conclusões: Poucos relatos existem sugerindo relação causal entre trauma abdominal fechado como etiologia de apendicite aguda, o que é controverso na literatura. Baseado nisso, enfatizamos que apenas altos índices de suspeição podem evitar evolução incipiente nestes casos, a despeito dos exames complementares disponíveis. Palavras-chave: trauma abdominal, trauma fechado, apendicite. DRENAGEM TORÁCICA SOB BLOQUEIO INTERCOSTAL POSTERIOR NO TRAUMA. Carlos Alberto da Silva Gomes; Érico Correia Nepomuceno; Marco Aurélio de Freitas Cabral; Rafael Fábio Maciel; Eduardo Luiz de Araújo Borges. Unidade de Emergência Dr. Armando Lages – Maceió/AL, Brasil. Os autores apresentam estudo que objetiva avaliar a aplicabilidade do bloqueio intercostal posterior como técnica anestésica para drenagem torácica no trauma. Trata-se de um estudo prospectivo realizado entre Janeiro de 2002 e Agosto de 2006 na Unidade de Emergência de Maceió, onde foram selecionados 42 pacientes, vítimas de traumatismo torácico, submetidos à técnica proposta que bloqueia todo hemitórax a ser drenado. O referido bloqueio anestésico foi alcançado com sucesso em 80,95% (n=34) destes pacientes. Não se atingiu o bloqueio em 08 pacientes, dos quais 06 (14,28%) ocorreram entre os 12 primeiros procedimentos – o que se atribui à curva de aprendizagem. A anestesia regional descrita para drenagem torácica é de fato um método aplicável sem maiores complicações e torna o procedimento muito mais confortável para o paciente. Unitermos: Bloqueio; Intercostal; Posterior; Trauma. É PACIENTES VÍTIMAS DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO EM CABEÇA E PESCOÇO AVALIADAS SEGUNDO RTS E DESFECHO Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil. Introdução: Os ferimentos por arma de fogo representam porcentagem significativa das causas de trauma em cabeça e pescoço. A possibilidade de quantificar sua gravidade através do Escore de Trauma Revisado (RTS) permite uma análise quanto ao prognóstico do paciente.Objetivos: Analisar a gravidade do trauma através do RTS, nos pacientes atendidos no Hospital Universitário Cajuru, vítimas de ferimento por arma de fogo (FAF) em cabeça e pescoço. Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários de pacientes vítimas de FAF em cabeça e pescoço, atendidos no hospital em Curitiba e Região Metropolitana, no período de janeiro a dezembro de 2005. Resultados: Os 62 pacientes atendidos com lesões exclusivas em cabeça e pescoço apresentaram RTS médio de 6,96. Com RTS entre O e 1 encontramos apenas um paciente que foi à óbito após tratamento conservador. RTS entre 1 e 2 tivemos 2 pacientes, um com óbito na sala de emergência e outro após internamento para observação apenas; RTS entre 4 e 5, foram 5 pacientes, 3 foram para cirurgia, um falecendo durante a cirurgia e 2 no pós-operatório e os outros 2 foram internados para tratamento conservador e evoluíram para óbito. Entre 6 e 7 tivemos 7 pacientes, sendo que 3 foram para cirurgia e 4 foram internados para tratamento conservador, todos receberam alta. Já entre 7 e 8, tivemos 43 pacientes com 23 indo para cirurgia e 20 internados para observação, todos os pacientes receberam alta. Conclusão: índices de trauma como RTS são importantes para avaliar gravidade e estabelecer prognóstico. Nos pacientes corn lesão em cabeça e pescoço o RTS mostrou-se de grande importância para avaliar a gravidade das lesões causadas por FAF, podendo assim ser utilizado para estabelecer a melhor conduta. EFEITO DO TIOPENTAL NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA REFRATÁRIA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM TCE MODERADO E GRAVE Vinícius Caldeira Quintão; Tatiana Teixeira de Souza; Rodrigo de Oliveira Pinheiro Lopes; Ricardo Nunes Borges de Paula; Thaylise Martins Sanabria; Sérgio Diniz de Guerra UTI Pediátrica do Hospital João XXIII – FHEMIG / Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais / Liga Mineira do Trauma / Belo Horizonte, Minas Gerais O uso de barbitúricos no TCE grave para controle da PIC elevada se remota a mais de 6 décadas. Cerca 21% a 42% das crianças com TCE irão evoluir com hipertensão intracraniana (HIC) refratária. Uma opção a esses casos é o uso de barbitúricos como o tiopental. Objetivos: Avaliar os efeitos do uso do tiopental para hipertensão intracraniana (HIC) refratária em pacientes pediátricos com TCE moderado e grave. Metodologia: Estudo coorte, prospectivo, incluindo pacientes pediátricos de uma UTI, vítimas de TCE moderado e grave que fizeram uso de tiopental. Resultados: No período de junho de 2005 a janeiro de 2006, foram admitidos 84 pacientes com TCE moderado e grave. Sexo masculino 65 (77,4%). A média e mediana da idade foram de 9,92 e 10,5, respectivamente. A média e mediana da nota de Glasgow à admissão foram de 7,9 e 7, respectivamente. O tipo de trauma mais prevalente foi o atropelamento. Em 28 (33,3%), dos 84 pacientes, houve monitoração da PIC, sendo que o coma barbitúrico, foi induzido em 12. Dos pacientes que usaram tiopental a média e mediana de idade foi de 9,1 e 9,5 anos, respectivamente. Seis, dos 12 pacientes, evoluíram para craniectomia. Nove pacientes necessitaram de vasopressores. Dez pacientes morreram por causa da HIC incontrolável. Somente dois pacientes sobreviveram, mas foram submetidos a craniectomia. Conclusão: O tiopental foi causa freqüente de hipotensão arterial sistêmica, não controlou a HIC refratária e não evitou os óbitos secundários a esta. Palavras-chave: Tiopental, hipertensão intracraniana Embolia Venosa Transtorácica por projétil de Arma de Fogo: Relato de caso Juliana Barcellos Dias Silva, Rafael Califani, Ricardo Estevam Martins, Francisco Américo, Gustavo Pereira Fraga Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Campinas, São Paulo, Brasil. Objetivo: relatar um caso de embolia venosa transtorácica por projétil de arma de fogo. Relato do Caso: paciente do sexo masculino, 55 anos, vítima de ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) com orifício de entrada em região deltóidea esquerda, sem orifício de saída. Hemodinamicamente estável, Glasgow 15. Realizado exames radiológicos, sem localizar o PAF e após 12 horas, foram repetidos os exames onde se detectou o PAF no abdome, em região para-vertebral direita com consecutivos deslocamentos, delineando um trajeto descendente entre os níveis de T12, L3 e L5. Após 48h, realizada tomografia de tórax e abdome que evidenciou PAF na topografia do músculo psoas direito. À celiotomia exploradora não foram observadas lesões viscerais ou retroperitôneais e o PAF não foi encontrado. No 2º dia pós-operatório (PO) o paciente apresentou trombose venosa profunda em membro inferior direito. Solicitada cavografia que evidenciou, à radioscopia, o PAF na topografia cardíaca. Realizada arteriografia pulmonar que demonstrou um PAF alojado no ventrículo direito. Submetido à cirurgia cardíaca, o PAF foi encontrado alojado no músculo papilar do ventrículo esquerdo. O paciente recebeu alta no 28º dia de internação hospitalar (19º PO da operação cardíaca). Conclusão: Nos casos onde não se encontra orifício de saída ou o projétil alojado, deve-se suspeitar de embalia. O embolismo vascular geralmente acompanha o fluxo sanguíneo, mas pode ocorrer embolização retrógrada quando, por exemplo, este sofre ação da gravidade, movimentos respiratórios e tamanho do projétil. A cirurgia para a retirada do projétil é indicada em pacientes sintomáticos, em casos de projéteis parcialmente alojados no miocárdio, próximo a artérias nobres ou na câmara cardíaca esquerda. A conduta não operatória é tomada quando o projétil está completamente incrustado no miocárdio, espaço pericárdico ou câmara cardíaca direita. Palavras chaves: embolia venosa transtorácica, embalia. EMBOLIZAÇÃO EM TRAUMA RENAL CONTUSO Mauricio Godinho(Faculdade de Medicina de Jundiaí);Raphael Francisco Vesterman Alcalde(FMJ); Tatiana Canavezzi(FMJ);Diego Sarasqueta(FMJ); Sandra Grossi(FMJ) O trauma renal é o dano mais comum do trato urinário. Sua incidência varia de acordo com a população estudada. Porém, o trauma renal representa aproximadamente 3% de todos os traumas admitidos e está presente em cerca de 10% dos pacientes com trauma abdominal. Quanto a sua etiologia, o trauma renal pode ser dividido em penetrante ou contuso. O trauma abdominal contuso corresponde a aproximadamente 70% dos traumas renais. A ultrassonografia e a urografia venosa podem ser usadas para diagnóstico, porém somente a TC pode nos informar efetivamente o estado do rim traumatizado e classificar o grau da lesão, assim com a arteriografia pode ser usada como parte do tratamento. O principal sinal presente no trauma renal é hematúria, e como sintoma a dor abdominal, com predomínio em flanco e região lombar.O objetivo do trabalho é mostrar a eficácia do tratamento conservador no trauma renal grau IV.Materiais e métodos: Relato de caso de paciente S.J.B., 19 anos, vítima de queda de moto, seguida de rolamento, trazido pelo SAMU.Avaliação inicial:A:VAP + colar, sat:98%; B:MV+ s/RA, FR: 22ipm; C:hemod. normal PA:110x60, p:92bpm; D: ECG:15, s/ sinais neurológicos; E: escoriações em ombro D (direito), flanco D e região lombar D. Avaliação secundária: dor abdominal em HCD e flancoD. Encaminhado para TC abdome com duplo contraste que evidenciou hematoma retroperitoneal à D, pequeno derrame pleural à D e lesão renal grau IV à D. Encaminhado para UTI, onde foi optado por tratamento conservador. Realizado arteriografia que evidencio ausência de contraste em pólo superior renal à D e extravasamento de contraste para sistema pielocalicial, sendo realizado embolização arterial da art. renal direita. Resultados:paciente teve alta após 14 dias de internação com preservação renal. Conclusões: Desde que bem indicado e bem conduzido, o trauma renal grau IV pode ser tratado conservadoramente, com preservação do orgão. ÊMBOLO BALÍSTICO EM VEIA CAVA INFERIOR, APÓS TRAUMA CARDÍACO Bruno Viana Nuss. Hélio Machado Vieira Jr., Eduardo Vergara, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte - MG/Brasi! Objetivo: relatar um caso raro de êmbolo balístico, em veia cava inferior(VCI) após trauma cardíaco penetrante, e seu manejo. Material e métodos: relato de caso. Resultados: paciente vítima de trauma torácico à direita, por projétil de arma de fogo, sendo submetido a exames de imagem que revelaram presença deste em câmara cardíaca e sinais de tamponamento ao ecocardiograma. À estemotomia verificou-se orifício de entrada em átrio direito, sem orifício de saída. Projétil não encontrado durante o ato cirúrgico. Exames de imagem no período pós-operatório revelaram o mesmo em VCI. A extração foi realizada de forma endovascular, peta veia femoral direita, sem íntercorrências. Conclusão: o trauma cardíaco penetrante é uma condição grave, que requer na maioria dos casos intervenção imediata. A possibilidade de investigação proporcionada pela estabilidade hemodinâmica do doente, permitiu o emprego de propedêutica adequada, levando ao correto diagnóstico. A intervenção cirúrgica foi então realizada em condições ideais, apesar da urgência. A possibilidade de retirada do projétil por via endovascular nos parece tática segura, oferecendo baixa morbidade e pronta recuperação do paciente. Palavras-chave: trauma cardíaco penetrante, êmbolo balístico. EPIDEMIOLOGIA DOS ÓBITOS POR TRAUMA TORÁCICO REGISTRADOS NO IML DE SÃO LUÍS-MA Clarissa Soares da Fonseca Carvalho, João Arnaud Diniz Neto, Renato Palácio de Azevedo, Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima.Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil. Introdução: No trauma torácico, as condições fisiológicas que se instalam são rapidamente progressivas, podendo em algumas situações levar à morte em questão de minutos. Nem sempre é possível obter uma história completa das condições na qual o trauma ocorreu.Objetivo: Demonstrar a prevalência do trauma torácico registrado no IML de São Luís-MA no ano de 2004, bem como identificar suas etiologias mais freqüentes e demais dados epidemiológicos relacionados.Material e Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo a consulta de registros de óbitos por trauma torácico nos anos de 2004 e 2005 do Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA . Foi criado um banco de dados no EPI INFO 2005 para análise estatística.Resultados: Dos 234 casos analisados na amostra, o trauma torácico foi predominante no sexo masculino (95,3%). A faixa etária mais acometida foi de 21-30 anos representada por 41,9%. O mês com maior registro foi outubro com 15,8%,sendo domingo o dia de maior ocorrência com 34,2%. Arma de fogo e arma branca são as principais etiologias, com 45,3% e 41,9% respectivamente. Lesão pulmonar e lesão cardíaca mostraram-se freqüentes com 29,6% e 28,6% respectivamente, sendo que a lesão de múltiplos órgãos foi da ordem de 26,8 %. O choque hipovolêmico esteve presente em 16,7% dos óbitos.Conclusão: Nesse estudo, o sexo predominante foi o masculino, a lesão por arma de fogo predominou sobre a lesão por arma branca e acidente de trânsito. O domingo é o dia com o maior número de ocorrências. A faixa etária de maior acometimento é entre 2130 anos, mostrando a relação entre os jovens e o trauma como resultado da violência interpessoal, principalmente urbana.Palavras-chave: trauma,tórax. EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES VITIMAS DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil. lntrodução:A violência nas suas mais variadas formas de manifestação,vem sendo referida nos últimos anos como urn grave e relevante problema em diversos países, inclusive no Brasil.Apesar das inúmeras formas com que a violência é praticada, este estudo limita-se aos casos de violência em que ocorreu lesão corporal devido ao uso de arma de fogo.Objetivos:determinar a epidemiologia das vítimas de ferimento por arma de fogo atendidas no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru,localizado em Curitiba-PR,durante o ano de 2005.Materiais e métodos:estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários.Foram revisados dados sobre sexo,idade,procedência,momento e local do acidente e meio de transporte até o hospital. Resultados:O espaço amostrai constou de 441 pacientes.O sexo predominante foi o masculino com 95,9%(423).A faixa etária com maior prevalência foi a de 16 a 25 anos, com 46,5%(243).O dia da semana de maior ocorrência foi domingo(123 - 27,9%).O horário de chegada ao hospital mais frequente foi período entre 21:00-00:00h com 28,2% dos casos (118).O meio de transporte mais utilizado para chegada ao hospital foi via SIATE(Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência)/SAMU,totalizando 56,7%(253).A maioria dos pacientes era procedente (263-59,63%) e foi ferida por arma de fogo na Região Metropolitana de Curitiba (223-50,56%),maior demanda proveniente do município de Colombo (15,6%).Conclusão:A violência atinge números crescentes na cidade de Curitiba e sua região metropolitana .Podemos ressaltar que a maioria das vítimas são do sexo masculino, adultos jovem, que representam uma grande parcela da população economicamente ativa. As agressões ocorrem na região metropolina no período noturno nos finais de semana. Esteja Preparado, pois uma CATÁSTROFE pode Acontecer a Qualquer momento RELATO DE EXPERIÊNCIA. Sueli Santos Oliveira;Vada, Adriana ;Sakô, Yara Kimiko; Vaidotas,Marina Introdução: Catástrofe é o resultado de um evento natural ou provocado pelo homem, que resulta em um número de vítimas que excede a capacidade de atendimento da assistência local. Em 1999, preocupado com a possibilidade da ocorrência de evento desta natureza e também cumprindo um padrão da Joint Commission Acreditation, o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) formulou um plano de catástrofe. Em maio de 2006 deflagramos o plano de catástrofe, devido um acidente de ônibus com 47 vítimas, todos funcionários do hospital. Destas 47 vítimas, 43 eram verdes, 04 amarelas, nenhuma vítima vermelha ou preta. O método usado foi Start. Os centros de comando local e de emergência foram acionados assim como, setores de apoio, para o atendimento as vítimas. A rotina de atendimento da unidade foi alterada, só atendemos as urgências e emergências, as demais foram encaminhadas para outros serviços. Comprovamos a efetividade do atendimento, o sincronismo a sinergia da equipe HIAE engajada no mesmo objetivo, bem como oportunidades de melhorias dentro do fluxo do atendimento de catástrofe. Objetivo: Apresentar o relato de experiência no atendimento de múltiplas vítimas, em uma situação real, envolvendo 47 funcionários que acionou o plano de catástrofe de um hospital particular de grande porte de São Paulo Resultados: As linhas mestras do plano de catástrofe do HIAE foram obedecidas e o esquema geral de atendimento proposto foi seguido. Mostrou-se factível dentro de um evento real, mas precisamos manter o Hospital alerta realizando simulados periódicos. Metodologia: Padrões da Joint Commission, orientações da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado – SBAIT. Utilizou-se o método start de triagem e os protocolos institucionais anexos Conclusão: Idealmente todo o hospital deveria ter o seu plano de catástrofe. A resolução do caos, no menor tempo possível, é um objetivo importante. É necessária a realização de simulados de situações que possam ocorrer para testar o plano de catástrofe e manter viva na mente das pessoas o seu papel, já que tudo isso foge da prática do dia- a- dia. O importante não é cuidado individual, mas as ações que irão salvar o maior número de vítimas possíveis. ESTENOSE BRÔNQUICA PÓS-TRAUMÁTICA RELATO DE CASO Conrado Leonel Menezes, Augusto Motta Neiva, Mateus Alves Borges Cristino, Bruno Carlo Vieira Lemos, Leandro Toledo Carvalhido, Carla Márcia Silva e Alves. Hospital Odilon Behrens e Hospital Júlia Kubitschek, BH, MG Introdução: As lesões traqueo-brônquicas após trauma torácico contuso são raras, mas potencialmente letais. Sua real incidência é difícil de se estimar, pois a maioria dos pacientes evolui para o óbito antes do atendimento hospitalar. O diagnóstico precoce é a chave para evitar complicações desastrosas. Objetivo: Ressaltar a importância do diagnóstico precoce desta e relatar uma apresentação incomum de ruptura brônquica. Método: Relato de caso. Relato de Caso: Trata-se de paciente do sexo feminino, 15 anos, vítima de acidente automobilístico (queda de motocicleta). Foi diagnosticado fratura de junção sacro-ilíaca à esquerda. Não apresentava queixas respiratórias e tinha radiografia de tórax normal. Evoluiu, após duas semanas de trauma, com dor torácica e velamento do hemitórax esquerdo à radiografia. Submetida à drenagem pleural em selo d’água. Apesar do tratamento, não houve re-expansão pulmonar, o dreno foi retirado e a paciente encaminhada ao nosso serviço. A radiografia sugeria atelectasia. A broncoscopia mostrou estenose completa do brônquio principal esquerdo. Submetida a toracotomia no H. Júlia Kubitschek, sendo o principal achado a ruptura completa do brônquio esquerdo e cicatrização dos cotos a uma distância de 2 cm. Realizada a re-anastomose. A paciente evoluiu sem intercorrências. Conclusão: A ruptura brônquica pós-traumática é evento raro, normalmente se apresenta como dispnéia, enfisema subcutâneo ou óbito na cena do trauma. É preciso estar atento para esta hipótese diagnóstica. A cirurgia é o tratamento de escolha mesmo que tardiamente. Palavras-chave: estenose brônquica pós-trauma. Ruptura brônquica no trauma. ESTRANGULAMENTO PENIANO: ABORDAGEM E TRATAMENTO Yeda Mayumi Kuboki, Thiago da Silveira Antoniassi, Danilo Alessandro Germini, Glauco Veloso Rodarte de Melo, Rogério Yukio Morioka, André Luciano Baitello .Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP. São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo relatar um trauma urológico raro. Material e Métodos: Homem, 44 anos, atendido no Serviço de Urologia do Hospital de Base com história de há três dias, ter colocado um anel de rolamento metálico (aço temperado) de 35mm de diâmetro por 27mm de largura, na base do pênis, sem ter conseguido retirá-lo sozinho. Durante a anamnese o paciente referiu ter colocado o anel com o intuito de manter a ereção e “proporcionar prazer à sua parceira”. Resultados: O pênis apresentava-se extremamente edemaciado, acianótico, com anel metálico em sua base o que promovia a presença de escaras, dor ausente e urinava sem dificuldades. Apresentava lesão em grau 2 (injúria da pele e constrição do corpo esponjoso sem evidência de lesão uretral) da Escala de Graduação de Injúria por Estrangulamento Peniano proposta por Bath e Gangwal (1981). Para retirada do anel, o paciente foi submetido à raquianestesia e sedação, sendo utilizado alicate pneumático de alta pressão que fragmentou o rolamento em três partes, sem lesão do órgão, num tempo inferior a um minuto. Conclusão: O trauma de pênis é uma injúria incomum, existindo pouco mais de 200 casos isolados publicados na literatura. Este foi um caso que desafiou as Equipes do Trauma e da Urologia do nosso Hospital. Palavra chave: Trauma peniano, trauma urológico, escala de Graduação de Injúria por Estrangulamento Peniano ESTUDO DA CASUÍSTICA DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO TENDIDOS NO PS DR. FRANCISCO ELESBÃO, NA CIDADE DE BOA VISTA RORAIMA. arimi da Silva Botelho do Amaral. Gilberto Kocerginsky; Universidade Federal de oraima, Boa Vista, RR, Brasil. BJETIVO: Coleta de uma amostra de dados e acompanhamento dos pacientes vítimas 3 acidentes de trânsito colocando em destaque as consequências ao traumatizado e ;sultados que podem refïetfr a qualidade dos serviços prestados peto Sistema Único de aúde. MATERiAIS E MÉTODOS; As coletas foram realizadas por meio de jestionários, revisão de prontuários, observações livres e busca nos sistemas de formação na Coordenação do Sistema Nacional de Estatística e Departamento stadual de Trânsito. Além de entrevistas, exame clínico, análise do prognóstico junto DS médicos assistentes ás vítimas. Totalizando uma amostra de 214 pacientes. ESULTADOS: Observou-se na amostra (p=214): prevalência do sexo masculino; 58% •am jovens;as rodovias estaduais foram os locais corn maior índice; a motocicleta fez iais vítimas estando envolvida em 68% dos acidentes, sendo que 87% dos pacientes ilatararn que estavam portando capacete ;o uso do álcool foi relatado em 22% dos ridentes. Quanto ás lesões: ern 44% lesão superficial; traumatismo crânio encefálico Drrespondeu a 12%, As infecções foram as principais comptícações ocorridas e a íeraçáo da marcha prevaleceu entre as sequelas; seguida de amputações. Foram jgistrados 12 óbitos. CONCLUSÃO: Esperamos contribuir para elaboração de um ano que normatíze o manejo ao traumatizado. Os acidentes podem ser considerados, D menos teoricamente, como 100% preveníveis, existe um fator de risco sobre o qual é Dssível atuar, modificando asstrn a ocorrência de eventos traumáticos, PALAVRAS-HAVE: trauma, acidente de trânsito, atendimento hospitalar. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PACIENTES VÍTIMAS DE QUEDA DE ALTURA E DE QUEDA DA MESMA ALTURA EM FORTALEZA, AGOSTO DE 2005 À MARÇO DE 2006 Gabriel Teixeira Montezuma Sales, Raquel Telles de Souza Quixadá, Germana Vasconcelos Mesquita Martiniano, Vanessa Pinho de Barros, Manuel Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federal do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil, Objetívos: O presente estudo visa analisar as diferenças no padrão das lesões ortopédicas que necessitam de tratamento cirúrgico decorrentes destes dois mecanismos de trauma, queda de mesma altura e queda de altura. Metodologia: Estudo transversal e descritivo realizado em período de oito meses, entre agosto de 2005 e março de 2006, em seíe hospitais de Fortaleza (públicos e privados) com atendimento íraumatológico pelo SUS. A análise dos dados foi realizada pelo Programa Epi Info® v. 6.04b. Resultados: Foram incluídos na pesquisa 1694 pacientes, sendo 677 (39,96%) deles vitimados por queda. Em 166 (71,86%) das 231 vítimas de queda de altura, as lesões foram de membro superior, ficando o membro inferior com 66 (28,57%) casos. Em relação ao sexo acometido, 70,9% eram homens e 29,1% mulheres. Os jovens de até 17 anos representaram 94 (41,40%) dos casos. A maioria dos traumas foram considerados moderados com 151 (68,94%) pacientes. Das 452 lesões secundárias às quedas de mesma altura, o acometimento de membro inferior representou 213 (47,12%) e de membro superior 200 (44,24%). Ao contrário do perfil de quedas de altura, houve prevalência das mulheres 253 (55,97%) e a faixa etária mais afetada foi acima de 65 anos, com 186 (41,05%) vítimas. Nestas quedas, os traumas foram considerados ieve em 91,70% pessoas. Conclusão: As lesões cirúrgicas por queda de altura decorrem de traumas com severidade moderada e acometem principalmente indivíduos jovens, do sexo masculino e membro superior. As vítimas de queda de mesma altura, entretanto, são geralmente idosas, do sexo feminino, com severidade de trauma leve, atingindo o membro inferior. Palavras-chave: Cirurgia Ortopédica, Queda, Epidemiologia. ESTUDO DO PERFÍL EPfDEMIOLÓGíCO E DAS CAUSAS DE MORTE DE PACIENTES POUTRAUMATIZADOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL ESCOLA Rodrigo Monteiro, André Luciano Baííeüo, Thiago da Silveira Antoniassi, Yeda Mayumi Kuboki, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP - SP - Brasi! OBJETíVOS. Q trauma exige consenso entre os cirurgiões e a cirurgia de urgência é uma modalidade terapêutica que se deve administrar com critério científico. As condutas e os instrumentos quando se trata de trauma são universais, A diferença técnica e de recursos entre uma sala de emergência brasileira e uma norte-americana, francesa, alemã, um centro cirúrgico é, rigorosamente, desprezível. A abordagem tem que ser em saber qual sisíema é o mais eficiente, qua! é o melhor modelo de atendimento ao politraumatizado, visto que este tipo de paciente é extremamente oneroso ao sistema de saúde. Pois, o trauma, aiém de envolver várias pessoas» de forma grave, ao mesmo tempo, cria-se um custo sob uma situação que poderia íer sido evitada. Visto a extrema necessidade de se criar consensos, de se obter evidências, de homogeneizar o atendimento médico, de se formutar o melhor sistema e sabendo que os fatores determinantes de protocolos de atendimento são alterados de acordo com a sazonalidade, regionaíidade e principalmente com o perfíí dos pacientes, o levantamento epidemiológico é viíaí para se construir sistemas eficazes de recuperação e promoção da saúde. Diante de tal necessidade esse trabalho propõe estudarmos o perfil epidemiológico dos politraumatizados que evoluem ao óbito e principalmente suas principais causas de morte, assim como outros achados. A população deste estudo representa a máxima extenuação do sistema de saúde e do paciente, pois, além de íer gerado gastos que poderiam ter sido evitados, sua vida não foi recuperada, em suma, visa-se em fazer o levantamento dos dados de todas as mortes de pacientes politraumatizados atendidos no pronto atendimento do Hospital de Base de São José do Rio Preto SP, registrados através de laudos de óbito. Compreendendo o período de julho de 2004 até junho de 2005; aplicar um protocolo aos dados dos pacientes politraumatizados com iaudos de óbito no período referido; contendo idade, sexo, tipo de trauma, tempo decorrido até o atendimento, atendimento pré-hosprtafar, Gíasgow, sinais vitais, se sofreu e qual tipo de cirurgia, tempo de internação, se usou UTI, cidade de procedência, mês e causa de morte e definir e estudar o perfil do paciente poSitraumatizado que evolui ao óbito, de forma geral e centrado nas principais causas de morte, correlacionando-se os dados encontrados. CASUÍSTiCA E MÉTODOS: Com a devida aprovação do Comiíê de Ética em Pesquisa da FAMERP, foram colhidos dados de maneira prospectiva de todos os pacientes politraumatizados atendidos peio Pronto-Atendimento do Hospital de Base de São José do Rio Preto no período de julho de 2004 a junho de 2005. Destes pacientes foram seíecionados iodos os pacientes que morreram e que tinham laudos de óbito, totalizando uma amostra de 109 pacientes, assim como 109 laudos de óbiío, aos quais foi aplicado o protocolo. Reunidos os dados foram feitas análises de frequência e correlações entre eles mesmos, usando-se testes de hipótese e significância como o T de síudent e P. RESULTADOS: Após análise dos dados de forma gerai, foi possível identificar as 3 principais causas de morte. Apesar de os médicos legais utilizaram a anatomia para dar o diagnóstico de morte, foi possível reunir vários diagnósticos em síndromes, mantendo uma íinha didática e o objetivo deste trabalho. As principais causas de morte foram. Traumatismo crânioencefálico(TCE), com 41 óbitos dos 109; Choque hemorrágico, com 31 óbitos e Choque traumático com 16 óbitos. Como essas causas representam 81% de todos os óbitos estudados foi definido o perfil especifico a esta população. Estes resultados representam uma média dos resultados das 3 principais causas de morte. Perfil específico princípa causas) IDADE (3 SEXO PROCEDÊNCIA TIPO DE TRAUMA RESULTADOS 76% 15-60 anos 77% masculino 74% S.J.R.P. 76% colisão atropelamento, carro/moto, queda, FAF, FAB, agressão ATENDIMENTO PRE-HOSP. 75% foram aíendidos resgate do corpo de Ambulâncias. TEMPO DE DESLOCAMENTO DADOS CLINÍCO/TECNICOS 73% entre 15 e 60 minutos 70% tiveram trauma fechado, 80% perda de consciência e apenas tiveram imobilização correta. GLASGOW 77% chegaram ao hospital com gfasgow < 8 CIRURGÍA 85% passaram por algum procedimento cirúrgico. 72% ficaram peio menos 1 dia e 25% de 2-10 dias. TEMPO DE INTERNAÇÃO e/ou transportados pelo Bombeiros e tiveram 57% UTl A grande maioria dos pacientes que usaram foram vítimas de TCE. Devido à gravidade os outros não usaram. TEMPO DE UT! 92%{TCE) ficaram entre 1 e 10 dias CONCLUSÃO: O perfil epidemioiógico dos pacientes politraumatizados que evoluíram a óbito pode ser definido assim: homem, entre 15-60 anos; procedente de São José do Rio Preto que se envolvem em eventos traumáticos do tipo colisão automobilística e motocidística e atropelamento, queda e ferimentos por arma de fogo; principalmente, em fevereiro e dezembro; atendidos e/ou transportados peto resgate do corpo de bombeiros e outros tipos de ambulâncias, que deslocam as vítimas entre 15-60 minutos até o hospital, são vítimas de traumas graves, com perda de consciência no loca! e vítimas de trauma fechado, que apesar de ter um ótimo atendimento pré-hospítaSar com imobilização correia, uso de colar cervical, dão entrada na emergência com hipotensão grave e giasgow menor que 8; são realizados para estes pacientes algum tipo de procedimento cirúrgico; com tempo de internação mínimo de 1 dia e máximo de 30, dos quais mais da metade não utilizam UTI e dos que usam tem tempo de permanência mínimo de 1 dia e máximo maior que 20; o traumatismo cranioencefálico, choque hemorrágico e choque traumático são as três principais causas de morte dos pacientes pofitraumatizados. representando 81% da população estudada;_o centro de trauma do Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP, assim como outros grandes centros nacionais e internacionais de trauma, é capaz de diminuir a morbi-mortalidade do segundo e terceiro picos da distribuição irimodal das mortes; a identificação do perfil epidemïológico e das causas de morte traumática é vítaí na tmpfantacão de medidas inteligentes, eficazes e dirigidas de prevenção ao trauma, o médico que atende trauma e o que não atende, são os responsáveis, devido ao poder de liderança e persuasão, peto planejamento, embasado em estudos regionalizados, de prevenção ao trauma(em todos os níveis) e educação médica preventiva ao trauma. PALAVRAS CHAVE: Trauma, causas de morte, epidemiologia regional, prevenção primária. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR AFOGAMENTO EM SÃO LUÍS-MA, DE 2004 A 2005 Edson Dener Zandonadi,Renato Palácio de Azevedo,João Arnaud Diniz Neto,Clarissa Soares da Fonseca Carvalho,Edem Moura de Matos Jr,Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima, Lucyane Rominger. Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil. Introdução:Dentre os diferentes tipos de trauma o afogamento está em sua maioria relacionado ao lazer familiar e é geralmente testemunhado por ela ou menos frequentemente se insere em seu contexto.Objetivo:Definir o perfil das vítimas de afogamento registrados em São Luís-MA.Material e Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo a consulta de registros de óbitos por afogamento de 2004 e 2005 do Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA. Foi criado um banco de dados no EPI INFO 2005 para análise estatística.Resultados:Foram analisados 125 casos. O sexo masculino foi mais expressivo com 77,6% dos óbitos.Destacam-se as faixas etárias de 11-20 anos com 30,4%, 21-30 anos com 24% e 0-10 anos com 16 %. O dia com o maior numero de registros foi o domingo com 35,2%. Os meses com maior freqüência foram setembro com 20,8%, seguidos de abril, maio e agosto com 14% cada um.Conclusão:O afogamento constitui parcela importante no número de óbitos. O dia da semana com mais casos registrados foi o domingo, e o perfil da vítima é caracterizado por jovens do sexo masculino.Palavras-chaves: afogamento,óbito. EXPERIENCIA DA FACULDADE DE EMERGÊNCIA LÍGA ACADÉMICA DO TRAUMA E ..creGÊNCIA DA MEDICINA DA UFJF NA FORMAÇÃO EM URGÊNCIA E Gustavo Ferreira da Mata; Maria Cristina vasconceíios Furtado: Julíano F. Castro; Leonardo H. de Faria .Martins, Lídia M. C. da Fonseca, Lucas F. da Silva; Lídia Maria Carneiro da Fonseca; Fred Assunção; Frederico A. Cortes; Diego D. S. de Campos. Universidade Federal de Juiz de Fora; Liga Académica de Trauma e Emergência -LATE/Universidade Federal de Juiz de Fora, SAMU - Juiz de Fora, MG, Brasil. As causas externas constituem importante causa de morte no Brasil e no mundo. A avaliação da gravidade do trauma e a instituição de manobras para manutenção básica da vida, no local do evento, podem representar a oportunidade de sobreviria para as vítimas de trauma até a sua chegada ao hospital. O atendimento pré-hospita!ar desempenha um papel cruciai nas estatísticas de morbi-mortalidade e deve conter segmentos teóricos e práticos solidamente edificados na formação médica. Além de altas taxas de incidência, prevalência e mortalidade, o trauma é extremamente oneroso ao SUS. Este contexto assinala a necessidade de intervenção na prevenção dos eventos traumáticos bem como na formação de profissionais que saibam utilizar tais recursos com austeridade e compromisso sócia!. Objetivos; Descrever a atuação da Liga Académica do Trauma e Emergência da faculdade de Medicina da UFJF (LATE) na capacitaçáo em urgência e emergência. Material e Método: A LATE promove cursos, palestras, workshops, treinamentos sequenciais com simulação de situações reais. Há, ainda, formação teórica com abordagem técnica e bioéíica do atendimento às urgências e emergências. Resultados: Desde sua criação em 2003, a LATE promoveu três seminários, capacitando cerca de 2000 pessoas. Realizou, aproximadamente, 45 reuniões científicas, possibilitou treinamento em PHTLS® para 40 profissionais de saúde, viabilizou convénio com o SAMU e trabalha em publicações e projetos de extensão e pesquisa. A atuação da Liga contribuiu para a criação da disciplina de Suporte de Vida no Trauma na Faculdade de Medicina. Conclusão: A LATE tem contribuído efetivamente para dinamizar o ensino, a pesquisa e a extensão em trauma, urgência e emergência por meio da capacitação teórica e prática de profissionais de saúde, académicos de medicina e áreas afins, atuando de forma integrada e comprometida com a comunidade e fomentando a produção científica. Palavras-Chaves Educação, Urgência, Emergência; Trauma. EXPERIÊNCIA DA CRIAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE TRAUMA E EMERGÊNCIAS MÉDICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA – UFBA AUTORES: Bruno Solano de Freitas Souza¹; Eduardo Enéas Dórea Coelho¹; Jamile Rosário Kalil¹; André Luís Nunes Gobatto¹; Luciana Pinto Muniz¹; Grazielle Cerqueira de Carvalho¹; Victor de Cerqueira e Silva Lisboa¹; Diogo Lago Morbeck¹; Antônio de Pádua Mesquita Maia Filho¹; Ediriomar Peixoto Matos². 1. Acadêmicos de Medicina da Liga Acadêmica do Trauma e Emergências Médicas – UFBA. 2. Professor Adjunto do Departamento de Cirugia da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBA. INTRODUÇÃO: A Liga Acadêmica de Trauma e Emergências Médicas (LAEME) foi criada em Novembro de 2004 como uma iniciativa de um grupo de 11 acadêmicos de medicina da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBA (FAMEB) que vêem nessa associação uma possibilidade de expandir os conhecimentos e estimular o estudo do trauma e das emergências médicas em toda comunidade acadêmica. A LAEME, como uma liga acadêmica, pretende desenvolver atividades nos 3 pilares da Universidade: ensino, pesquisa e extensão. OBJETIVO: Estimular o estudo do trauma e das emergências médicas, procurando enfocar a sua importância em promover a saúde e sanar as demandas da população, bem como expandir o conhecimento dos acadêmicos sobre o tema. Desenvolver, entre os membros, as principais habilidades necessárias em um serviço de emergências. MÉTODO: A LAEME possui um estatuto aprovado pelo diretório acadêmico de medicina (DAMED) da FAMEB. Os integrantes da LAEME reúnem-se 2 vezes por semana: um encontro para discutir questões administrativas da liga e outro encontro para as reuniões teórico-práticas, onde ocorre apresentação e discussão de temas e casos clínicos em trauma e emergências. Mensalmente são realizadas sessões especiais sobre temas relevantes para toda comunidade acadêmica contando com a participação de profissionais e professores ligados ao tema. A atividade prática de 6 horas semanais é oferecida para estudantes a partir do 5º semestre na emergência do HGESF. DISCUSSÃO: O contexto atual de formação médica exige um conjunto de habilidades mínimas para um bom desempenho do profissional. Dessa forma a LAEME torna-se um espaço para suplementar a necessidade acadêmica dos graduandos de medicina da FAMEB sobre o tema do trauma e das emergências médicas. A experiência de desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão pelos membros da liga visa o desenvolvimento de um senso critico sobre a construção do conhecimento cientifico e das necessidades da população geral. Palavras-chave: Liga acadêmica, Ensino, Pesquisa, Extensão, Emergência EXPERIÊNCIA PIONEIRA NO CONTROLE DE QUALIDADE DO SAMU – SÃO LUIS Daniel Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Julio César Oliveira Viegas, Renata Gabriela Miranda de Araújo Ribeiro, Silvana Helena Serra Muniz, Janaína Monteles Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil. Introdução: No serviço de atendimento pré-hospitalar de São Luis, o “Controle de Qualidade” é realizado desde agosto de 1999 ainda no modelo anterior (São Luis Urgente), mantido e aperfeiçoado no modelo SAMU-São Luis. Objetivo: Demonstrar o controle de qualidade e satisfação da clientela usuária do SAMU, desenvolvido pelo SAMU-São Luis através da visita domiciliar. Materiais e Métodos: Trabalho prospectivo, de campo, com abordagem quantitativa. A população estudada foram pacientes atendidos desde agosto de 2004 até fevereiro de 2006, através da aplicação pelo profissional enfermeiro (a) de formulários específicos para registro das opiniões emitidas sobre ações do processo geral de atendimento. O domicilio visitado é selecionado, através de critérios pré-estabelecidos, envolvendo o tipo de agravo, o acesso e a segurança do local. A visita é realizada em dias úteis (segunda a sexta), e durante o exercício, além da aplicação do formulário são realizadas orientações acerca de diferentes agravos de saúde, prestando informações sobre os Serviços de Saúde existente desde a atenção básica até a alta complexidade como forma de resoluções das demandas identificadas. Resultados: Avaliados e consolidados periodicamente, com dados estatísticos e conceituais. Durante o período foram realizadas 2.920 visitas sendo obtidos 28,1% de conceitos Ótimos, 52,9% Bom, 0,4% Regular. Conclusão: A referida atividade permite através da análise das respostas obtidas, um feedback dos serviços prestados o que possibilita subsídios para o redirecionamento do serviço como um todo.Demonstrando assim, a magnitude e a importância dessa atividade na vivencia do SAMU.Palavras-chave: samu, qualidade. EXPLOSÃO GÁSTRICA POR HIPERFAGIA: RELATO DE CASO. Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Roberto Pelegrini Coral, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. Objetivo: Relatar um caso raro de abdomen agudo perfurativo pós hiperfagia. Materiais e Métodos: Paciente masculino, branco, 31 anos, esquizofrênico, estava internado em uma instituição psiquiátrica há 4 meses. Após ser removido da instituição, extremamente emagrecido por falta de cuidados, o paciente apresentou quadro de ingesta compulsiva de grande quantidade de alimentos durante várias horas e iniciou com quadro de náuseas e vômitos. É levado ao Posto de Saúde onde é medicado e liberado. Após 24 h é levado ao Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre com grande distensão abdominal e com saturação de oxigênio de 30% (ar ambiente) e hipotensão arterial. Após intubação orotraqueal, ventilação mecânica e sondagem nasogástrica, houve melhora dos parâmetros clínicos e foi levado à tomografia computadorizada de abdomen que demostrou volumoso pneumoperitônio. Resultados: Foi realizado laparotomia exploradora com presença de grande quantidade de alimentos intra-abdominal e extensa perfuração gástrica anterior, com isquemia das paredes gástricas anterior e posterior. Realizado gastrectomia total, esofagostomia terminal com sonda de Malecot, com exteriorização abdominal, e jejunostomia. Foi reintervido por sangramento intra-abdominal, sem evidência de sangramento ativo, realizando-se a confecção de esofagostomia cervical, deixando-se drenado o esôfago distal. Evoluiu com nutrição parenteral total inicialmente e após com dieta por jejunostomia até o presente momento. Conclusão: O paciente apresentou um caso raro de ruptura gástrica por ingestão compulsiva de alimentos, não encontrado relato na literatura médica, com volumoso pneumoperitônio que prejudicou a função cardiopulmonar. Palavra Chave: Esquizofrenia, Explosão, Hiperfagia, Pneumoperitônio, Perfuração Gástrica, Ruptura Gástrica. FALHA NO TRATAMENTO CONSERVADOR DE QUILOTÓRAX POR TRAUMA PENETRANTE, COM DESFECHO CIRÚRGICO FAVORÁVEL. Helio Machado Vieira Jr., Thiago Carneiro Machado, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil Objetivo: relatar um caso de quilotórax de alto débito , que foi submetido a tratamento conservador por longo período, sem sucesso, sendo indicada então a cirurgia para tratamento, com desfecho favorável. Material e métodos: revisão da literatura, realizado na base de dados BIREME, buscando artigos redigidos na língua inglesa e portuguesa, com as palavras-chave: quilotórax, ligadura do ducto torácico, lesão do ducto torácico e quilo pleural. Resultados: o paciente do sexo masculino, com 18 anos, foi vítima de agressão por arma de fogo em região cervical e torácica, cuja complicação foi um quilotórax diagnosticado em 10/02/2006. Foi instituída dieta específica e drenagem torácica entre outros cuidados na tentativa de diminuição do débito fistuloso, inclusive com cuidados de terapia intensiva. Não houve boa resposta no tratamento conservador e fez-se necessária toracotomia para ligadura do ducto torácico. Apesar da drenagem de linfa ter sido predominante a esquerda, a decisão pela toracotomia direita foi tomada, com excelente resultado. Conclusão: o tratamento conservador em pacientes com quilotórax deve sempre ser tentado pela alta taxa de fechamento espontâneo do vazamento em até metade dos casos. Medidas de suporte como drenagem torácica e dieta adequada devem ser instituídas. A dificuldade está em reconhecer a falência do tratamento para se optar pelo tratamento cirúrgico, que tem em seu melhor momento de execução o desafio para o cirurgião assistente. Palavras-chave: quilotórax, ligadura do ducto torácico, lesão do ducto torácico e quilo pleural. Fratura pélvica em acidentes automobilísticos: Complicações hemorrágicas e conduta Lima, Rodolfo Godinho Souza Dourado¹ ; Lisboa, Victor de Cerqueira e Silva¹ ; Morbeck, Diogo Lago¹; Matos, Ediriomar Peixoto² 1. Acadêmicos de Medicina da Liga do Trauma e Emergências Médicas-UFBaSalvador-Bahia-Brasil 2. Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBa Palavras-chave: Fratura pélvica, trauma, automóvel, fator de risco, conduta. Introdução:Fraturas pélvicas constituem causa significante de morte em acidentes automobilísticos. Estão geralmente associadas a lesões importantes de partes moles e hemorragia pélvica, que pode evoluir para choque e óbito se não diagnosticada e tratada na emergência. A abordagem e classificação do trauma pélvico existente e das lesões adicionais são essenciais para acurácia diagnóstica e terapia efetiva. Objetivo: Identificar fatores de risco para hemorragia associada à fratura pélvica, facilitando a suspeita diagnóstica, e explicitar a conduta a ser adotada. Método: Por meio de pesquisa na base de dados do MEDLINE foi feita uma revisão da literatura acerca do tema. Foram pesquisados artigos originais, de revisão e estudos epidemiológicos, utilizando associações dos termos “pelvic fracture”, “hemorrhage”, “epidemiology” e “therapeutic”. Resultados: O estadiamento das fraturas de anel pélvico é dividido em 4 grandes grupos pelo mecanismo da lesão: (1) compressão antero-posterior; (2) compressão lateral; (3) esmagamento; (4) lesão mecânica combinada. As fraturas acetabulares sem lesão do anel pélvico são excluídas. Os principais órgãos afetados em acidentes que envolvem lesão de anel pélvico incluem: cérebro, intestino, baço, cólon, bexiga. Devido à rica vasculatura da região, complicações hemorrágicas também estão freqüentemente associadas ao trauma, sendo necessária a conduta adequada para evitar complicações como: choque circulatório e sepsis. A conduta a ser realizada depende inicialmente da estabilidade hemodinâmica do paciente e do padrão da fratura. Alguns exames como Raio-X, FAST e lavagem peritoneal diagnóstica são utilizados para detectar sangramentos. Para interromper a hemorragia existem alguns métodos muito controversos na literatura, como fixação externa, embolização angiográfica e fixações internas. Conclusão: A severidade das complicações da fratura pélvica em acidentes automobilísticos torna imprescindível a correta abordagem do paciente e conduta terapêutica. Neste sentido, é preciso saber identificar os sinais e sintomas associados às complicações e estadiar a lesão, propiciando subsídios para uma decisão imediata de qual tratamento adotar. HÉRNIA ABDOMINAL TRAUMÁTICA: RELATO DE CASO. Bruno Lorenzo Scolaro, Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne. Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Itajaí-SC, Brasil. Introdução: A hérnia abdominal traumática é condição rara, porém de grande importância em virtude dos altos índices de morbi-mortalidade que apresenta, acometendo principalmente indivíduos jovens. Tal condição requer elevada suspeição diagnóstica e manejo rápido e seguro. Objetivo: Apresentar caso de paciente portador de hérnia abdominal traumática e discutir conduta clínico-cirúrgica. Materiais e Métodos: Paciente admitido no Serviço Emergência, apresentando hérnia abdominal traumática, após colisão de motocicleta contra um muro. Resultados: Paciente deu entrada apresentando dor e abaulamento em linha média do abdome, sendo levado a laparotomia exploradora imediata que identificou ruptura da aponeurose anterior dos retos abdominais (linha alba) ao nível do umbigo, bem como ruptura transversal completa da parede abdominal à direita da linha média, do umbigo até a crista ilíaca ântero-superior direita, acometendo os músculos reto abdominal, oblíquo externo e interno e transverso, com suas respectivas aponeuroses. Apresentava também lesão da serosa de todo o cólon, do ceco até o ângulo esplênico e em segmento de delgado a 50 cm do ângulo de Treitz. O tratamento foi com ráfia das lesões viscerais com sutura sero-muscular invaginante com seda 3-0 e fechamento das aponeuroses da parede abdominal com polipropileno 0, pontos contínuos em dois planos. Paciente evoluiu bem, sem complicações ou recidiva após 4 meses de acompanhamento ambulatorial. Conclusões: O reconhecimento e tratamento precoces das hérnias abdominais traumáticas são de fundamental importância no intuito de se evitar complicações potencialmente mórbidas e até fatais, como estrangulamento intestinal. O uso de material protético (telas) é amplamente indicado em lesões extensas e com tensão ao fechamento, sendo contra-indicação relativa nos casos de contaminação abdominal por lesão de vísceras ocas. Palavras-Chave: Hérnia, Parede Abdominal, Trauma. HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA ESTRANGULADA: RELATO DE CASO. Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. Objetivo: Relatar um caso de hérnia diafragmática estrangulada. Materiais e métodos: Homem de 28 anos, mulato, com queixa de dispnéia e episódio de dor torácica súbita a esquerda. História de lesão por FPAF na transição tóraco-abdominal esquerda há dois anos, tendo sido tratado com drenagem pleural fechada. Ao exame apresentavase em bom estado geral, mucosas hipocoradas, hidratado, freqüência cardíaca de 91 bpm. Ausculta pulmonar normal e abdomen indolor à palpação. Radiografia de tórax evidenciando lesão cística na projeção retro-cardíaca. Radiografia contrastada de esôfago evidenciando hérnia diafragmática. A tomografia computadorizada de tórax apresentava laudo de seqüestro broncopulmonar. O paciente evoluiu com piora do padrão ventilatório e sepse. Resultados: Foi levado à laparotomia exploradora que evidenciou hérnia de fundo gástrico com necrose da parede sem perfuração. Realizada gastrectomia total com reconstrução do trânsito intestinal e anastomose do esôfago com o intestino delgado, em Y de Roux. Internação em UTI durante 20 dias, sem complicações cirúrgicas, mas com quadro de SARA, vindo a falecer no vigésimo oitavo dia de internação hospitalar. Conclusão: O tratamento inadequado e tardio das lesões na transição tóraco-abdominal pode trazer graves conseqüências. Nesse tipo de lesão sempre deve ser investigada a possibilidade de lesão diafragmática. A hérnia diafragmática é uma das complicações mais temidas nas lesões penetrantes da transição tóraco-abdominal. A real incidência dessa complicação não está bem definida na literatura. Palavras-chave: Hérnia diafragmática estrangulada, Transição tóraco-abdominal. HERNIA DIAFRAGMÁTICA POR TRAUMA CONTUSO RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Kutores: Federico LC: Ferreira CT; Tamura S; Cunha GRM; Kraujo NTN; - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Regional ia Ceilândia - HRC - SÉS, Ceilândia. DF, Brasil Dbjetivo: Relatar um caso de hérnia diafragmática traumática ibordando diagnóstico e tratamento. yiétodo: Relato de caso, paciente atendido no Hospital Regional da Ceilândia. Revisão de literatura. Resultado: EEC, 47 anos, masculino, branco, operador de ïmpilhadeira. Vítima de trauma abdominal contuso ern flanco lireito chega ao Pronto Socorro do HRC lúcido e orientado, 'erbalizando, apresentando paresia dos membros inferiores. o exame: hipocorado, sudoreico, acianótico, taquicárdico , ïipotenso, taquidispneico, com murmúrio vesicular abolido em erço inferior esquerdo e diminuído a direita com presença de infisema subcutâneo em terço médio. Abdome muito doloroso \ palpação difusa sem sinais de irritação peritonial. RX iemonstrando trauma raquimedular ao nível da quarta vértebra Dmbar, pneumotórax à direita e imagem sugestiva de conteúdo íbdominal em terço inferior de hemitórax esquerdo. Paciente >rontamente encaminhado ao centro cirúrgico onde foi iubmetido a laparotomia exploradora e evidenciado alças de lelgado e parte do fundo gástrico no hemitórax esquerdo. Após edução da hérnia e drenagem torácica bilateral o paciente foi emovido ao CTI onde permaneceu internado por 27 dias ïvoluindo ao óbito devido a sepse. Conclusão: Embora pouco comum, a lesão diafragmática ipresenta sinais clínicos e radiológicos que auxiliam no liagnóstico préoperatório. São geralmente produzidas por raumas de grande intensidade e acompanhadas de aumento Ia morbimortalidade na proporção d i ré ta ao número de órgãos icometidos. 3alavras-chave: Hérnia diafragmática; trauma abdominal. HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA: RELATO DE CASO Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa ,Daniel Souza Lima,Waston Gonçalves Ribeiro, Reginaldo Costa Gomes ,José Kleber Luz Araújo ,Abdias Rocha Santos,Lara Carneiro de Lucena ,Marcos Raíces da Silva ,José Armando Alves A. Silva.Hospital Municipal Clementino Moura, São Luis, MA,Brasil. INTRODUÇÃO:O diagnóstico da lesão diafragmática é um desafio e os sintomas e achados físicos podem ser divididos em torácicos e abdominais.RELATO DE CASO: masculino, 40 anos, foi admitido em hospital do interior do estado em abril de 2005 com perfuração por arma branca em tórax esquerdo ao nível do 7º espaço intercostal na linha axilar anterior. Foi informado que o paciente realizou radiografia de tórax e drenagem torácica esquerda. Recebeu alta 2 dias após a entrada. Em abril de 2006, deu entrada em hospital da capital, provindo do interior, apresentando quadro de obstrução intestinal.Radiografia de tórax mostra opacificação de base em hemitórax esquerdo. CT de abdome evidencia acentuada distensão de cólon por provável obstrução distal em cólon transverso. No ato cirúrgico foi observado perfuração em diafragma com grande segmento de cólon transverso herniado em tórax esquerdo com conteúdo purulento e esverdeado em torno da perfuração. Foi realizada hemicolectomia mais colostomia com a técnica de Hartmann.DISCUSSÃO:O diagnóstico imediato da ruptura diafragmática ainda é um desafio. O paciente com lesão não diagnosticada e não tratada de ruptura diafragmática pode permanecer assintomático ou oligossintomático por meses ou anos, existindo casos de até 50 anos de latência, que pode resultar em um quadro de estrangulamento de vísceras, com foi em nosso caso. O RX de tórax se mostrou pouco específico, o que corrobora com a literatura, pois em cerca de 50% dos pacientes este exame se apresenta normal. Uma boa anamnese, onde se levanta todos os antecedentes mórbidos pessoais do paciente deve ser valorizada, e, em caso de suspeita de hérnia diafragmática o tratamento é cirurgia de urgência.Palavras-chave: hérnia diafragmática,trauma abdominal. HIPOTERMIA NO TRAUMA: SINAIS CLÍNICOS E ELETROCARDIOGRÁFICOS. O PACIENTE SOMENTE ESTÁ MORTO, QUANDO ESTÁ QUENTE E MORTO – RELATO DE CASO. Bruno Carlo Vieira Lemos, Bruno de Freitas Belezia, Leonardo Carvalho da Paixão, Tatiana Duarte, Thomas Resende Diniz Introdução: Coma reversível simulando morte cerebral pode ser uma das manifestações clínicas da hipotermia. Arritmias durante a movimentaçao e o reaquecimento podem ocorrer, inclusive fibrilação ventricular. Os achados eletrocardiográficos da hipotermia são: bradicardia sinusal, ausência de atividade atrial (onda P), complexo QRS estreito e aumento do intervalo QT. A presença da onda J de Osborn é patognomônica e se relaciona com aumento da mortalidade. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 30 anos, vitima de agressão por arma de fogo em hemitórax esquerdo encaminhado para a sala de emergência após toracotomia + reanimação volêmica + clampagem do hilo pulmonar + pneumectomia total esquerda + parada cardiorrespiratória e cerca de 8 horas após atendimento em outra cidade. O tempo de transporte interhospitalar foi de cerca 1,5 horas . Admitido em hipotermia TA: 32º C, choque e midriático. Apresentou fibrilação ventricular que foi convertida com 2 choques. Iniciado protocolo com os princípios do Early Goal Direct Therapy (objetivos precoces): reanimação volêmica agressiva com soro aquecido até PVC 1115 cm H20 + PIA > 65 mmHg e Sat venosa central de O2 > 70% e reaquecimento externo ativo, passivo e interno, com melhora da acidose láctica, diurese clarae aumento progressivo da temperatura corporal. Apresentava sinais eletrocardiográficos de hipotermia entre eles a onda J Osborn. Apesar da melhora dos parâmetros clínicos, resolução da acidose láctica e TA alcançando 36º C, persistiu com midríase fixa. Iniciou protocolo de morte cerebral no 2º DPO e com óbito no 3º DPO. Alterações do ritmo proporcionais a diminuição da temp corporal Onda J relacionada com maior mortalidade Onda J: após onda S, para o alto e arrastada (slurred), melhor em D2 Morte por assistolia e FV pH < 6,6 maior mortalidade Hipotermia > 45-60 min. = necessita de reespansão volêmica devido o reaquecimento causar vasodilatação Reaquecimento central (tronco) x periférico (vasodilata e rouba fluxo central) Cateter central e intervenções podem propiciar FV Def TA < 35º C TA: 34º C leve TA < 30-34º C moderada TA < 30º C grave IDENTIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE VÍTIMAS ACOMETIDAS POR ARMA BRANCA Ariella Monique Dantas Nóbrega - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Ângela Amorim de Araújo - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Francileide de Araújo Rodrigues - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Josilene de Melo Buriti Vasconcelos - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Juliana Ataíde Melo de Pinho - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem Santa Emilia de Rodat - FASER João Pessoa - PB - Brasil; Larrissa Mariana Bezerra de França - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil. A arma branca é todo objeto constituído de lâmina com capacidade de perfurar ou cortar como facas, tesouras, chaves-de-fenda, canivetes ou navalha, outros objetos também podem ser utilizados para golpear, perfurar ou cortar como pedaços de madeira, canetas e cacos de vidro. São mais comuns os ferimentos causados sem premeditação do agressor, e os ferimentos que tem trajetória ascendente geralmente são causados por homens, enquanto que os descendentes por mulheres. A inexistência de licença para o porte de arma branca e a falta de legislação especifica favorece este tipo de trauma. Existe outros fatores como, marginalidade, pobreza, exclusão social, lazer-bebida alcoólica, baixo nível de escolaridade provoca o aumenta do número de vítimas de arma branca podendo ser fatais. O aumento das internações por causas externas não deixa dúvidas de que estamos diante de um dos maiores problemas de saúde pública. De um lado, a questão da violência exige mobilização política e social. De outro, no campo da saúde, esta questão exige adequação e resposta a prevenção dessa doença que é considerada a doença do século, o trauma. Atualmente, existe uma proposta de lei para ser votada a proibição do porte de arma branca em via pública. Este estudo busca identificar o número de vÍtimas acometidas por arma branca, apresentar os índices de casos de internação e a porcentagem de vitimas fatais, na cidade de João Pessoa, no período de 2002 a junho de 2006. Tratase de um estudo bibliográfico que teve como fontes literárias livros específicos, artigos científicos, referências online (Internet) e dados fornecidos pelo Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, no município de João Pessoa-PB. Os dados emitidos pelo hospital no período estudado revelam um total de 3.895 vítimas de arma branca, com 20% de casos que requereram internação para tratamento especializado e 1% de vitimas fatais. Estes dados mostram que a alta incidência é relacionada ao fator de que qualquer objeto pode se tornar uma arma branca. Percebemos que a ausência de uma política educativa eficaz voltada para a população favorece este tipo de acontecimento. Entendemos que para o combate destes acidentes é necessário que exista uma adoção de medidas de prevenção por parte da comunidade e estratégias educativas eficientes, que consiga reduzir os fatores de risco. Palavras-Chave: Arma Branca - Índice - Prevenção IMPACTO FINANCEIRO DOS ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE TRAUMA E ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES Francisco José Gomes de Castro, Fayruz Rodrigo Marcolini, William Augusto Casteleins Cecílio, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Apontar o impacto financeiro do atendimento intra-hospitalar de pacientes vítimas de acidentes automobilísticos e relacionar dados epidemiológicos, mecanismos de trauma, gravidade de lesões e sobrevida. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de acidentes automobilísticos, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador, durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise os pacientes cujos prontuários não informavam o mecanismo do trauma nem as lesões encontradas, bem como mecanismos que não envolveram veículos automotivos terrestres. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2. Resultados: Foram atendidas 195 vítimas de acidentes automobilísticos no período considerado, sendo que 178 cumpriram com os critérios de inclusão. Destas, 134 eram homens (75,3%) e a média de idade foi de 31,6 +/- 16,1 anos. Em relação aos mecanismos de trauma, 41,6% dos pacientes sofreram colisões diversas, 32% caíram de motocicleta, 19,7% foram atropelados, e 6,7% tiveram outros mecanismos. Observou-se hálito etílico em 14 pacientes (7,9%). O RTS (Revised Trauma Score) foi possível de ser calculado em 89 pacientes, variando entre 6,904 e 7,841 (média de 7,815). A gravidade das lesões foi avaliada pelo Injury Severity Score (ISS), cujo resultado variou de 0 a 48, com uma média ponderada de 3,8 pontos. O valor total recebido pelo hospital foi de R$82.077,75, com uma média de R$461,11 por paciente. Deste valor, as despesas com maior impacto foram referentes a honorários médicos (R$27.216,13) e taxas de diárias de hospital (R$24.651,52). Observamos que as colisões responderam por 56,7% da despesa total, seguido de quedas de moto (25,8%) e atropelamentos (15,1%). Fraturas de extremidades geraram R$39.591,69 em despesas, os traumatismos crânio-encefálicos geraram R$15.567,80 e as lesões tóraco-abdominais R$4.972,02. Dois pacientes foram a óbito (1,12%) durante a internação. Conclusões: O impacto financeiro médico-hospitalar, constatado nesta série de pacientes, é maior no que se refere às despesas com honorários médicos. Em relação aos mecanismos de trauma, colisões e quedas de moto correspondem pela maioria dos valores recebidos pelo Hospital. A maior parte das despesas observadas foram devidas a fraturas de extremidades. A taxa de óbitos está de acordo com o valor do RTS previsto para mortalidade. Palavras-chave: Trauma automobilístico, despesas hospitalares. IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR NO SISTEMA ANHANGÜERA-BANDEIRANTES - ANALISE DE CUSTO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE. Marcelo Teixeira, Agnaldo Píspico, Adriano Dias Trajano, Marco Aurélio da Costa Serruya, Waine Ciampi; AutoBAn, Jundiaí, São Paulo, Brasil. OBJETIVO: Verificar a viabilidade, impacto econômico e de qualidade obtidos após a implantação da Humanização no Atendimento Pré-Hospitalar no Resgate do Sistema Anhangüera-Bandeirantes. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os dados armazenados em protocolos de registro das vitimas das rodovias Anhangüera e Bandeirantes. (K-COR-Kria controle Operacional de Rodovias), banco de dados do departamento de ouvidoria, departamento financeiro e departamento de medicina ocupacional, referentes ao período de janeiro de 2002 à julho de 2006. A técnica utilizada fora a padronizada pelo Ministério da Saúde. RESULTADOS: Ocorreu aumento médio de 100 vezes no número de elogios provenientes dos usuários do sistema Anhangüera-Bandeirantes, um índice de satisfação plena dos colaboradores do setor de resgate de 99%, a redução das faltas e afastamentos médicos temporários da equipe de resgate em 82% e na redução do desperdício de material durável em 85%. CONCLUSÃO: A implantação do Projeto de Humanização em nossa instituição mostrou-se viável resultando em um aumento significativo na satisfação interna e externa, assim como redução orçamentária diminuição no número de afastamentos médicos do setor de resgate. PALAVRAS CHAVE: Humanização; Atendimento Pré-Hospitalar; Resgate IMPORTÂNCIA DO TEMPO DE INTERVENÇÃO CIRURGICA E DO MECÂNISMO DE TRAUMA NA MORBI-MORTALIDADE DA LESÃO DO INTESTINO DELGADO NO TRAUMA FECHADO DO ABDOME Felipe S. de Carvalho; Mateus A. B. Cristino; Cristiane C. M. Fernandes; Sizenando V. Starling; Domingos André F. Drumond. Hospital de Pronto Socorro João XXIII (FHEMIG) – Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma - Belo Horizonte, MG. OBJETIVO: estudar fatores que podem aumentar a morbi-mortalidade da lesão do intestino delgado no trauma fechado do abdome (TFA). MÉTODO: análise retrospectiva (jul/02 a dez/04). RESULTADOS: Foram admitidos 444 pacientes com TFA; 58 tiveram lesão do intestino delgado. Destes, 31 apresentavam lesão isolada. Neste grupo, 71% dos pacientes tiveram trauma localizado apenas no abdome, sendo o acidente automobilístico foi o principal mecanismo de trauma. O tempo médio entre o trauma e a admissão foi 7:46h; 51,61% dos pacientes foram operados nas primeiras 8h, 41,93% entre 8 – 24h e apenas 6,45% com mais de 24h. A mortalidade e a morbidade foram maior entre os pacientes operados com mais de 8 horas. No grupo dos 27 pacientes com lesão intra-abdominal associada, as mais comuns foram às lesões colônicas, hepáticas e esplênicas. O tempo médio entre o trauma e a admissão hospitalar foi de 4:09h; 66,7% operaram com menos de 8h de trauma, 29,6% entre 8h – 24h após o trauma e 3,7% após 24h de trauma. Os acidentes automobilísticos foram o principal mecanismo de trauma. A mortalidade aumentou de 27,78% entre os pacientes operados até 8h após o trauma para 55,55% naqueles operados após. A morbidade entre os pacientes operados até 8h do trauma foi de 55,55% e de 44,44% entre os pacientes operados após este período. CONCLUSÃO: O acidente automobilístico é o principal mecanismo de trauma. O intervalo de tempo entre o trauma e o tratamento é fator importante no aumento da morbi-mortalidade. Pacientes com lesão associada intra-abdominal têm uma morbi-mortalidade mais elevada. PALAVRAS-CHAVE: Trauma contuso; intestino delgado. INCIDÊNCIA DE LESÕES CORPORAIS EM MULHERES QUE REGISTRARAM DENÚNCIA NA DELEGACIA ESPECIAL DA MULHER EM SÃO LUÍS-MA NO ANO DE 2005. Clarissa Soares da Fonseca Carvalho, João Arnaud Diniz Neto, Renato Palácio de Azevedo, Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima.Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil. Introdução:Estima-se que, no Brasil, mais de 2 milhões de mulheres são agredidas anualmente. Atualmente, tem crescido a quebra do silêncio das mulheres em torno da violência a que são submetidas, sendo que a Delegacia Especial da Mulher é uma referência na assistência.Objetivos: Estimar a incidência de lesões corporais e traçar o perfil epidemiológico das mulheres que prestaram queixa na Delegacia Especial da Mulher (DEM) e realizaram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal do Maranhão em 2005. Material e métodos: Realizado estudo retrospectivo através da consulta dos laudos de exames de corpo de delito tipo “B” no IML do Maranhão por solicitação da DEM em 2005. Elaborou-se uma ficha protocolo para o grupo em estudo que compreende 433 mulheres, além disso, houve participação de dados estatísticos da DEM.Resultados: Em 2005 registraram 1622 mulheres com lesões corporais. Apenas 26,70% dessas realizaram exame de corpo de delito. Essa amostra revela que em 81,10% o agente agressor não foi informado, e entre os informados o mais freqüente foi o cônjuge (12,90%).A faixa etária mais envolvida nos episódios de lesão corporal foi a de 25 a 35 anos (43,94%), e a maioria das vítimas é solteira (79,90%).Conclusão: Um pequeno número de mulheres vítimas de lesões corporais fizeram registro na DEM e realizaram exame de corpo delito. A maior parte das mulheres não informou o seu agressor.Dessa forma, é necessário educar a população no sentido de prevenir a agressão física contra mulheres e incentivar a denúncia por parte das agredidas a órgãos especializados. Palavras-chave: Lesões corporais. Mulheres. ÍNDICE DE TRAUMA ABDOMINAL (ATI) E ASSOCIAÇÃO COM MORBIMORTALIDADE Gustavo Pereira Fraga, Camila N. Nogueira, Fernando Garcia, Waldemar Prandi Filho, Mario Mantovani Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: O ATI é um índice anatômico frequentemente utilizado na estratificação da gravidade de vítimas de trauma abdominal. Este estudo tem como objetivo avaliar a associação de diferentes pontuações do ATI com complicações e óbito em pacientes submetidos à laparotomia. Método: O ATI foi calculado, prospectivamente, em 1672 pacientes submetidos à laparotomia no período de janeiro de 1994 a dezembro de 2004. Os mecanismos de trauma foram: contuso - TC (504 casos; 30,1%), ferimento por projétil de arma de fogo - FPAF (795 casos; 47,5%) e ferimento por arma branca FAB (373 casos; 22,3%). Resultados: O ATI variou de 0 a 69, com média de 12,3. A média nos diferentes mecanismos de trauma foi de 10,7 em TC, 15,4 em FPAF e 7,9 em FAB. A incidência de complicações foi de 43,5% e a mortalidade de 16,5%. O ATI era maior que 25 em 223 pacientes (13,3%). A morbi-mortalidade em pacientes com ATI ≤ 25 foi de, respectivamente, 39,1% e 13%; contra 72,2% e 39% naqueles com ATI > 25 (p < 0,001 para complicações e mortalidade). Confrontando os diferentes mecanismos de trauma, em populações com ATI ≤ 25 e > 25, com a morbi-mortalidade, os valores de p foram estatisticamente significativos nos TC, FPAF e FAB. Entre os pacientes que morreram a média do ATI foi de 19,4 contra 10,9 nos sobreviventes. Nos 22 pacientes com ATI > 50 a mortalidade foi de 68,2%. Conclusões: O ATI é um índice que deve ser utilizado em serviços que atendem traumatizados pois padroniza a linguagem e quantifica a gravidade das lesões identificadas na laparotomia. Valores crescentes do ATI tem relação diretamente proporcional à morbi-mortalidade, independente do mecanismo de trauma. Palavras-chave: trauma; laparotomia; índice de trauma; complicações; mortalidade. INJURY SEVERITY SCORE E SUA NOVA VERSÃO: QUAL O MELHOR ÍNDICE? Regina Márcia Cardoso de Sousa, Cristiane de Alencar Domingues, Lilia de Souza Nogueira. Míriam de Araújo Campos. Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil Trata-se de revisão bibliográfica cujo objetivo é apresentar o panorama das pesquisas que comparam o Injury Severity Score (ISS) com o New Injury Severity Score (NISS). Foi realizada busca por palavra nas bases de dados Pubmed, Medline, Lilacs e Scielo utilizando-se o termo NISS. Foram localizados 39 artigos; desses, 20 não comparavam os índices em questão (12 utilizavam o NISS para caracterização da gravidade, 3 comparavam-no com outros índices, 4 utilizavam a pontuação NISS como critério de inclusão e 1 tratava-se de revisão de literatura). Dos 19 artigos selecionados, 2 não estavam disponíveis em âmbito nacional. Nos 17 trabalhos analisados, os eventos mais abordados, como variável dependente, foram morte, tempo de permanência hospitalar e admissão em Terapia Intensiva. A maioria afirmou que o NISS previu mais adequadamente esses eventos do que o ISS, principalmente em ferimentos graves e específicos (trauma crânioencefálico). Em estudos cuja amostra variava de 1.000 a 10.000 casos, observou-se resultado favorável ao NISS. Amostras maiores de 10.000 indicaram ora preferência ao NISS, ora equidade, dependendo do evento relacionado; amostras menores que 1.000 apontaram equivalência entre os índices. Observou-se que os estudos que incluíram trauma contuso e penetrante salientaram o NISS como melhor preditor, o mesmo não ocorreu nos que analisaram somente trauma contuso. A única pesquisa que enfocou exclusivamente o trauma penetrante mostrou igualdade entre os índices. Em nenhum estudo o ISS superou o NISS para prever os eventos analisados. Essas observações e a maior facilidade do cálculo do NISS em relação ao ISS direcionam a uma futura substituição do ISS pelo NISS, apesar de algumas resistências da comunidade científica. Palavraschave: índices de gravidade do trauma, escala de gravidade do ferimento, ferimentos e lesões. Investigação do cortiso sérico como marcador prognóstico no traumatismo crânio encefálico grave em homens Greizy Modesto Gomes, Carolina Zanoni, Leonardo Borges, Ivana Grivicich, Adriana Brondaní da. Rocha, Rogério Fett Schneidet, Andrea Regner Laboratório de Marcadores de Estresse Celular, Centro de Pesquisa em Ciências Médicas, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazil Programa de Pós-Graduaçâo em Diagnostico Genético e Molecular Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazil Programa de Pós-Graduacâo em Genética e Toxicologia Aplicada, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazil Curso de Medicina, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brazil O trauma crânio-encefálico grave (TCE) está associado com uma alta taxa de mortalidade em nossa sociedade. Marcadores hormonais de estresse/injúria celular tem sido propostos como ferramentas bioquímicas para o prognóstico de desfecho primário após a injúria cerebral traumática. O objetivo deste estudo foi correlacionar os níveis séricos de cortisol com o desfecho primário Imorte/ alta) cie homens vitimas de TCE grave. Quarenta e seis (n=46í vitimas com TCE fechado grave (GCS 3- 8] foram incluidos neste estudo prospectivo. Amostras de sangue venoso foram coletadas na admissão na UTI (entrada no estudo), 24h após, e 7 dias mais tarde. Um grupo controle de sezs {n=6) indivíduos masculinos higidos também foi incluído no estudo. Niveis médios de cortisol sêrico foram aferidos por iftét,odo inoinoenziniâtico. Houve uma taxa de 50% de mortalidade. As concentrações séricas médias de cortisol estavam elevadas de forma significativa no TCE (média de 11.38 mcg/dl em controles e 29.84 rocg/dl na primeira amostra do grupo com TCE!. Entretanto, apesar do aumento observado nos níveis' de cortisol após o TCE grave, não houve correlação entre cortisolemia e desfecho entre as vítimas de TCE, Portanto, apesar da elevada cortisolenua, o cortisol. sêrico não constitui um preditor de desfecho desfavorável em homens vítimas de TCE grave. GREIZY MODESTO GOMES Estudante de Medicina e-matl: [email protected] JANELA PERICÁRDICA NA DETECÇÃO DE LESÃO CARDÍACA Mario Mantovani, Juliana Pinho Spínola, Juliane G. Hortolam, Gustavo Pereira Fraga Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: Avaliar os resultados da janela pericárdica sub-xifóidea (JPSX) e transdiafragmática (JPTD), analisando comparativamente as duas técnicas empregadas. Método: No período de janeiro de 1994 a dezembro de 2004 a JP foi indicada em 245 casos com suspeita de trauma cardíaco penetrante, geralmente em pacientes já com outra indicação simultânea de tratamento cirúrgico. Realizou-se estudo retrospectivo descritivo destes casos, confrontando os achados dos procedimentos JPSX e JPTD. Resultados: Duzentos e sete pacientes (84,5%) foram submetidos à JPSX, e em 38 (15,5%) foi realizado JPTD. Dos pacientes submetidos à JPSX, 151 (72,9%) foram vítimas de ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) e 56 (27,1%) de ferimento por arma branca. Dos pacientes submetidos à JPTD, a indicação foi FPAF em 26 pacientes (68,4%). A JPSX teve uma sensibilidade de 97,5%, especificidade de 95,8% e acurácia de 96,1%. O método JPTD demonstrou uma sensibilidade de 100%, especificidade de 97% e acurácia de 97,4%. A janela pericárdica foi positiva em 44 casos (18%). Ocorreram oito casos (3,3%) de resultado falso-positivo. Houve um único caso de complicação diretamente relacionada à JPTD, num paciente que evoluiu com pericardite e foi submetido à drenagem pericárdica. Conclusões: Ambas técnicas apresentaram resultados satisfatórios, com elevada sensibilidade e especificidade. O procedimento precisa ser realizado com cuidado a fim de evitar resultados falso-positivos e toracotomia não-terapêutica. Palavras-chave: trauma cardíaco; ferimento tóraco-abdominal; janela pericárdica. LESÃO CARDÍACA EM FERIMENTO TRANSFIXANTE DE MEDIASTINO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO. RELATO DE CASO Eduardo Bertolli, Olivia Figueira, Cezar Fabiano Manabu Sato, Daniel Pedroso Palma, Alvaro Martins II, Marcio Barakat, Sergio Oliveira Jr., José Mauro da Silva Rodrigues. UNIDADE REGIONAL DE EMERGÊNCIA – CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA Introdução: Lesões cardíacas e de grandes vasos devem ser suspeitadas em ferimentos transfixantes do mediastino, pois geralmente exigem intervenção rápida e precisa. Objetivo: Relatar um caso de lesão cardíaca após ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) transfixante de mediastino. Relato de caso: LRS, 30a, sexo masculino, vítima de FPAF em hemitórax esquerdo, transferido em ambulância de outro serviço. Admitido com vias aéreas pérveas, murmúrio vesicular diminuído a esquerda, estável hemodinamicamente, Glasgow: 15, com orifício de entrada em 5º espaço intercostal esquerdo, linha axilar anterior, sem orifício de saída. Depois das medidas iniciais de reanimação, foi realizada a radiografia de tórax, que evidenciou um projétil abaixo da linha do diafragma, no hipocôndrio direito. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora, com janela pericárdica. Evidenciamos uma lesão de ventrículo direito, que foi suturada; uma lesão de diafragma, também suturada e uma lesão hepática, sem sinais de sangramento ativo. O paciente recebeu alta no 5º dia de pós-operatório, evoluindo sem intercorrências. Conclusão: Lesões transfixantes de mediastino, apesar de geralmente serem complexas, podem apresentar bons resultados, quando o tratamento sistematizado e preciso é realizado. Palavras-chave: Arma de fogo, coração, mediastino LESÃO DE VEIA CAVA INFERIOR (VCI): RELATO DE CASO Lorena Mendes Campos, Irany Santana Salomão, Rui Nei de Araújo Santana Jr., Marta Araújo da Silva, Job Rezende Paiva Bandeira, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil. O trabalho tem como objetivo relatar um caso de lesão de VCI com múltiplas lesões no intestino delgado. Paciente de 30 anos, masculino, faioderma, vítima de ferimento por arma de fogo (FAF), atingido por dois projéteis, com um dos orifícios de entrada no QSD do abdome e o outro na coxa E, encontrava-se hipocorado (+++/4+), com moderado nível de consciência, apresentando suspeita de abdome agudo hemorrágico e fratura do fêmur E. T-RTS 8 (PAS=75 mmHg, FR=30irpm, ECG=12) e seu ISS 25, confirmando assim sua gravidade. Realizou-se acesso venoso periférico para reposição volêmica com solução de Ringer Lactato. O intervalo de tempo entre o atendimento intra-hospitalar inicial e o início da cirurgia foi de 20 minutos. Sob anestesia geral, foi submetido a laparotomia onde foram identificados hemoperitonio de aproximadamente 800 mL, hematoma em zona I supramesocólico e lesões múltiplas de jejuno e íleo. Após realização das manobras de Cattell-Braasch e manobra de Kocher, identificou-se laceração da VCI, acima das renais, contida parcialmente por um hematoma. Optou-se pela sutura transversa utilizando polipropileno 5.0. Após o tratamento da lesão vascular, prosseguiu-se com o tratamento das lesões intestinais. O paciente permaneceu estável durante todo o procedimento cirúrgico. A cirurgia teve duração de 2 h, sendo o paciente encaminhado a UTI, onde permaneceu por 15 h com ótima evolução. Durante o período de internação (11 dias), o paciente permaneceu com a tração do fêmur E. Em bom estado geral, foi transferido para outra unidade hospitalar a fim de ser realizada uma cirurgia ortopédica. Apesar das lesões de grandes vasos abdominais, que ocorre entre 10 e 20% das lesões penetrantes, terem um alto índice de morbimortalidade, a rápida e correta abordagem do paciente foi de fundamental importância para a sua sobrevida. PALAVRAS-CHAVE: Veia Cava Inferior, Veia Cava Inferior [lesão]. LESÃO DE VEIA CAVA RETRO-HEPÁTICA: RELATO DA EXPERIÊNCIA DE UM ANO DE UM SERVIÇO DE TRAUMA COM ANÁLISE DOS RESULTADOS E REVISÃO DA LITERATURA Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Carlos Otavio Corso, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. A lesão de veia cava em sua porção retro-hepática é uma das mais temerosas e de abordagem e tratamento mais difíceis pelo cirurgião geral, com altos índices de morbimortalidade. Objetivo: Relatar a casuística de um serviço de trauma durante o período de um ano, comparando seus resultados com a literatura mundial. Materiais e Métodos: Foram admitidos no serviço 4 pacientes com lesão de veia cava retro-hepática, com abordagens cirúrgicas diferentes. Resultados: Os pacientes abordados eram 3 homens (2 ferimentos por projétil de arma de fogo, FPAF, e 1 ferimento por arma branca, FAB) e 1 mulher (FPAF), com idades de 16 a 26 anos (média 22,7 anos). Todos apresentavam escore de trauma de 7,6 (RTS) à admissão, sendo levados diretamente à laparotomia xifo-púbica. Em 2 casos (FPAF) ampliou-se para esternotomia, 1 caso optou-se por toracotomia esquerda, esternotomia e secção diafragmática completa antero-posterior, e em 1 caso a abordagem restringiu-se ao abdome (FAB). Dois pacientes foram a óbito no pós-operatório (PO) imediato (1 FPAF e 1 FAB), e os outros 2 sobreviveram com alta hospitalar no 19º e 22º PO, tendo como complicações pneumonia (nos 2 casos) e 1 fístula quilosa abdominal. A permanência em UTI foi de 12 e 10 dias. A perda sangüínea total média estimada no trans-operatório foi de 3.750 ml +/- 250 ml, com reposição média de 5.500 ml de cristalóides e 2.000 ml de sangue. Conclusões: O índice de sobrevida na casuística foi de 50%, com complicações respiratórias em 100% dos casos (n=2), um bom resultado se comparado com a literatura mundial (sobrevivência= 29%), concluindo-se que a abordagem rápida e agressiva é fundamental na sobrevida dos pacientes com esta lesão extremamente grave. Palavras-chave: Lesão, Trauma, Veia cava retro-hepática. LESÃO ESOFÁGICA POR BAROTRAUMA: RELATO DE CASO. Amarílio Vieira de Macedo Neto, Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, João Vicente Bassols, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre- RS, Brasil. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com explosão do esôfago torácico por traumatismo com gás, provindo de garrafa plástica. Materiais e Métodos: Menina de onze anos referindo dor torácica à direita, ventilatório dependente, com 12 horas de evolução. Ao tentar abrir com a boca uma garrafa plástica que continha suco de laranja, armazenado em congelador há dois anos, houve explosão da mesma. Veio ao Hospital para avaliação do cirurgião buco-facial por apresentar lesão corto-contusa no lábio inferior. Ao exame estava em regular estado geral, mucosas hipocoradas, secas, freqüência cardíaca de 136 bpm. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído a direita. Radiografia torácica com velamento de metade do hemitórax direito, associado à pneumotórax. Resultados: Foi submetida a toracocentese diagnóstica que evidenciou conteúdo alimentar. Nesse momento foi decidido pela abordagem por toracotomia lateral direita. Na cavidade torácica se encontrou grande quantidade de conteúdo alimentar e pus. A pleura mediastinal estava rompida em toda a sua extensão, assim como o esôfago torácico. Realizada ráfia do esôfago torácico, jejunostomia e esofagostomia cervical. A criança evoluiu com choque séptico refratário, mediastinite e drenagem de conteúdo alimentar pelo dreno pleural. No dia seguinte foi submetida à esofagectomia trans-torácica. Houve melhora após a segunda cirurgia, tendo alta hospitalar no décimo oitavo dia. Após 4 meses foi realizada reconstrução do trato digestivo com esôfago-coloplastia por via retro-esternal, apresentando evolução pós-operatória sem intercorrências. Conclusão: A morbimortalidade das lesões esofágicas intra-torácicas de diagnóstico tardio é muito alta. Lesões esofágicas por explosão têm poucos relatos na literatura, não havendo nenhum relato associado à barotrauma. Palavras-chave: Barotrauma, Perfuração esofágica. LESÃO ESOFAGOGÁSTRICA POR AGENTE QUÍMICO TRATADA POR ESOFAGOGASTRECTOMIA: RELATO DE CASO E O PROTOCOLO DO HOSPITAL JOÃO XXIII Helio Machado Vieira Jr., Luis Carlos Teixeira, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil Objetivo: a esofagogastrectomia é medida extrema nos casos de lesão cáustica. Neste trabalho, descrevemos o protocolo para o tratamento de lesões cáusticas no Hospital João XXIII e relatamos um caso de lesão aguda grave do trato digestivo cujo tratamento foi uma esofagogastrectomia. Material e métodos: revisão da literatura , realizado na base de dados BIREME, buscando artigos redigidos na língua inglesa e portuguesa, com as palavras-chave: lesões cáusticas de estômago e lesões cáusticas de esôfago, além de pesquisa em livros texto de medicina. Resultados: a paciente foi submetida a esofagogastrectomia com boa recuperação no pós-operatório, com curta estadia em nossa Unidade de Terapia Intensiva. Apresentava endoscopia digestiva alta com diagnóstico de esofagite cáustica grave e pangastrite cáustica grave, com áreas de necrose, sendo tratada de acordo com o protocolo vigente para este tipo de lesão em nosso hospital. Conclusão: a esofagogastrectomia é medida extrema de tratamento em um determinado grupo de pacientes que apresentam lesão cáustica esofagogástrica Grau III, com instabilidade hemodinâmica. A instituição de protocolos de acordo com as possibilidades terapêuticas disponíveis no serviço parece ser medida eficaz, facilitando a tomada de decisões e uniformizando o atendimento. Palavras-chave: cáusticas do esôfago. Lesões cáusticas do estômago. LESÃO ISOLADA DE JEJUNO E ILEO POR TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO Mateus A. B. Cristino; Felipe S. de Carvalho; Cristiane C. M. Fernandes; Sizenando V. Starling; Domingos André F. Drumond. Hospital de Pronto Socorro João XXIII (FHEMIG) – Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma - Belo Horizonte, MG OBJETIVO: Estudar as características das lesões isoladas de jejuno e íleo no trauma abdominal contuso. RESULTADOS: No período estudado (ago/02 a dez/04) foram admitidos 58 pacientes com lesão do intestino delgado por trauma abdominal contuso, dos quais 31 (53,44%) apresentavam lesão isolada, morbidade de 22,6% e mortalidade de 6,5%, permanência hospitalar em média 9,87 dias (1 –29 dias). A média de idade foi de 33,71anos, sendo 74,2% do sexo masculino. O abalroamento por carro foi o mecanismo responsável por 48,4% das lesões; 96,8% dos pacientes apresentavam alteração no exame físico inicial: dor (93,5%), defesa (67,74%), contratura (48,38%) e tatuagem traumática (35,48%). O Ultra-som foi realizado em 15 pacientes (48,38%), revelando liquido livre em 93,33%; a Tomografia Computadorizada foi realizada em 10 pacientes (32,25%), mostrando alterações em 90%. O tempo médio entre o trauma e a cirurgia foi de 11,5 horas (0,5 – 50horas). Os tipos de lesões encontradas foram: perfuração da alça, hemi-secção, secção total, lesão de mesentério e isquemia. A rafia primária foi empregada em 64,51% dos casos; ressecção com anastomose términoterminal em 41,93% e enterostomia com dreno em T em 3,22%. A presença de lesão associada extra-abdominal ocorreu em 29% dos pacientes. CONCLUSÃO: A lesão isolada do intestino delgado no trauma contuso é de difícil diagnóstico e apresenta um nível considerável de morbi-mortalidade. O exame clínico seriado associado ao US abdominal e tomografia computadorizada são ferramentas importantes para seu diagnóstico. PALAVRAS-CHAVE: trauma contuso, intestino delgado. LESÃO PENETRANTE DE ESÔFAGO DISTAL: RELATO DE CASO. Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. Introdução: A perfuração esofágica por trauma é uma condição grave que tem elevado índice de mortalidade e morbidade, que deve ser tratada com maior brevidade possível. Objetivo: Apresentar caso de paciente com ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) com lesão de esôfago distal. Materiais e métodos: Paciente deu entrada com FPAF com orifício de entrada no 7° espaço intercostal direito na linha axilar média e saída no 7° espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior. Realizada drenagem torácica direita no pré-hospitalar com hemotórax de 1200ml. Na chegada glasgow 15, pressão arterial 140/90 mmHg, saturação 98%, freqüência cardíaca 103 bpm, freqüência respiratória 23. Radiografia de tórax com hidropneumotórax bilateral e dreno mal posicionado à direita. Realizada re-drenagem direita e drenagem torácica esquerda com saída de 200ml e 400ml de sangue respectivamente. Pela suspeita de lesão esofágica fez radiografia contrastada de esôfago com extravasamento de contraste em esôfago distal. Resultados: Realizado laparotomia exploradora sem evidência de penetração do projétil na cavidade abdominal, diafragma sem lesão. Abertura do hiato esofágico, identificação de lesão transfixante de esôfago grau III. Realizado sutura em dois planos e fundoplicatura em 270° para proteção da sutura, com colocação de dreno sump no local e confecção de jejunostomia. Retirada de dreno de tórax esquerdo e direito no 4° e 5° pós-operatório (PO) respectivamente, 7° PO retirada de dreno de sump, 10° PO iniciada dieta via oral com alta hospitalar no 13° PO. Conclusão: As lesões esofágicas por trauma são pouco comuns e o diagnóstico depende de alto índice de suspeição da equipe cirúrgica. O sucesso do tratamento depende do tempo de evolução pós-trauma e o reparo primário da lesão é a principal forma de tratamento utilizando sempre um reforço da linha da sutura. Nas lesões de esôfago distal realiza-se uma fundoaplicatura esofágica, diminuindo assim complicações como fístula e mortalidade. Palavraschave: Esôfago Distal, Perfuração, Trauma. LESÕES ASSOCIADAS EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO PROVOCADOS POR ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS. Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil. Objetivo: Estudar as lesões associadas ao traumatismo crânio encefálico (TCE) em pacientes vítimas de acidentes motociclísticos. Material e Métodos: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos na emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e junho de 2005. Selecionou-se todos os pacientes com TCE (1401 pacientes) e os com TCE vitimas de acidentes motociclísticos (181 pacientes). Os dados analisados foram os obtidos através da ficha de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base. Resultados: O grupo de vítimas de trauma motociclísticos com TCE grave apresentou valores de AIS mais elevados que o com TCE leve, excluindo AIS de face, que foi 20% menor no TCE grave. Os valores médios obtidos demonstram que no TCE grave, o AIS de tórax é 3 vezes maior, AIS de abdome é 70% superior, AIS de extremidades é 10% maior e AIS de externa é 30%mais elevado que o do grupo com TCE leve. Comparando-se as vítimas de TCE geral com as de TCE por trauma motociclístico, percebemos importante associação de lesão de extremidades no último grupo, sendo esta 80% mais freqüente no motociclístico, se AIS maior que 1 e 90% se AIS maior que 2. Quando AIS maior que 3 em qualquer segmento, observou-se aumento importante na mortalidade. Conclusões: O TCE em vitimas de acidentes de moto possuem mais lesões de extremidades que os de mecanismos de trauma gerais. Quanto mais grave o TCE em trauma motociclístico, , mais severas são as lesões associadas.Palavras Chave: TCE, Motociclistico, lesões associadas. LESÕES DE BEXIGA EM TRAUMA PENETRANTE Gustavo Pereira Fraga, Nathália da Silva Braga, José Benedito Bortoto, Mario Mantovani Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: A literatura sobre lesões de bexiga descreve uma maior freqüência destas lesões em traumas contusos, estando associado com fratura de bacia. Nos traumas penetrantes, estas lesões não são freqüentes, e o objetivo do estudo é fazer uma análise do diagnóstico, tratamento e evolução dos pacientes tratados com lesão vesical após ferimento. Método: No período de janeiro de 1990 e dezembro de 2004, foram tratados 94 pacientes com trauma de bexiga, e destes, 51 (54,3%) foram vítimas de trauma penetrante. O estudo é descritivo baseado em protocolo estabelecido no programa Epi-Info. Resultados: Dos 51 pacientes estudados, 45 (88,2%) foram vítimas de ferimento por projétil de arma de fogo. O RTS teve uma média de 7,66 e 96,1% dos pacientes apresentaram hematúria na admissão. Em 12 pacientes foi realizado cistografia e o extravasamento de contraste foi observado em 91,7% destes casos. Três pacientes (5,9%) com lesão vesical extra-peritoneal foram submetidos a tratamento não-operatório, com cateterismo vesical. Nos 48 pacientes operados, a maioria das lesões era extra-peritoneal e todos os casos foram tratados com sutura primária, associado à citostomia em 2 pacientes. Outras lesões abdominais associadas foram identificadas em 38 casos (79,2%), sendo mais freqüentes as de reto (20 casos) e de delgado (18 casos). A média do ISS foi de 19,8 e do ATI de 14,2. A morbidade foi de 29,4%, geralmente decorrente de complicações não relacionadas ao trauma vesical. A mortalidade foi de 5,9%. Conclusões: Lesão de bexiga deve ser suspeitada em paciente com trauma penetrante, principalmente se apresentar hematúria. A maioria das lesões é identificada no intra-operatório, mas tratamento não-operatório é seguro em casos selecionados. Lesões associadas são freqüentes e contribuem para a morbimortalidade destes pacientes. Palavras-chave: bexiga; trauma penetrante; hematúria. LESÕES DE INTESTINO GROSSO NO TRAUMA CONTUSO Marcelo Portes Rocha Martins; Márcio Guilherme Macedo; Clarissa Santos Neto, Sizenando Vieira Starling, Domingos André Fernandes Drumond E-mail: [email protected] Objetivos: O objetivo deste trabalho é identificar o perfil dos pacien-tes com lesões de cólon decorrentes de trauma fechado, avaliando o grau das lesões e morbimortalidade. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários, de pacientes internados de 25/12/2004 a 12/05/2006. Resultados: Foram avaliados 15 casos de vítimas de trauma contuso com lesão de cólon, sendo 73,3% homens. O principal mecanismo de trauma foi o acidente automobilístico (60%). A média de idade foi de 31 anos. No exame físico admissional, o RTS variou de 4,36 a 7,84 (Mediana 7,84). A dor abdominal estava presente em 80% dos pacientes e, destes, 58,3% apresentaram irritação peritoneal. Foi necessária propedêutica em 86,6% dos casos. O intervalo de tempo entre a admissão e a cirurgia foi de 15 a 3000 minutos (86,6% < 12 horas). À laparotomia, evidenciou-se que 66,6% dos pacientes apresentava uma única lesão de cólon, 27,3% em cólon ascendente e transverso, associada, em 66,7%, a lesões de outras vísceras intra-abdominais (fígado e intestino delgado). Em 31,7% dos pacientes, as lesões de cólon eram classificadas em grau V. O ISS variou de 4 a 25 (Média 15,3). A ressecção com anastomose primária foi realizada em 53,3% dos pacientes. Oito pacientes (53,3%) apresentaram complicações, evoluindo para óbito em 33,3% dos casos, devido a sepse (60%) e choque hipovolêmico (20%). A média de permanência hospitalar foi de 13,1 dias. Conclusões: A maioria das lesões fechadas de cólon é decorrente de acidentes automobilísticos. Seu diagnóstico é difíci, exige alto índice de suspeita e realização de exame clínico seriado e de métodos de imagem. As lesões do intestino grosso apresentaram-se, principalmente, como rupturas traumáticas da parede colônica ou como lesões de avulsão do mesentério. O principal tratamento adotado foi ressecção sem o uso de colostomia. Complicações ocorreram em 53,3% e 33,3% evoluíram para o óbito. Palavras chave: trauma contuso, lesão de intestino grosso LESÕES POR ESPANCAMENTO: PERFIL EPIDEMiOLÓGICO DOS PACIENTES COM FRATURAS CIRÚRGICAS TRATADAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE EM FORTALEZA Gabriel Teixeira Monfezuma Sates, Vanessa Pinho de Barros, Raquel Telles de Souza Quixadá, Germana Vasconcelos Mesquita Martiniano, Manuel Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil. Objetivo: O presente estudo propõe-se a traçar o perfil epidemiológico e cirúrgico dos pacientes que sofreram fraturas em decorrência de espancamento e que foram submetidos a tratamento cirúrgico pelo SUS. Materiais e métodos: Estudo transversal e descritivo baseado na análise de prontuários e aplicação de questionário de pesquisa, O trabalho foi realizado no período de agosto de 2005 a março de 2006 e envolveu sete hospitais que atendem pelo SUS, quatro públicos e três privados. Resultados: Das 1694 fraíuras com tratamento cirúrgico, foram registrados 27 pacientes devido a espancamento. A média de idade foi de 31,64 anos, sendo os homens os mais acometidos, com 25 (92,59%). A faixa etária eníre 21 e 40 anos foi a mais acometida, com 19 (70,37%) pacientes. A maioria (70,37%) era procedente da capital. Em relação à região anatómica da fratura, 16 ocorreram no membro superior, sendo a u!na (7/27) a mais fraíurada. Já no membro inferior, apenas 3 fraturas ocorreram, sendo a tíbia o mais acometido. Ern reíaçáo ao período do dia, predominou a tarde e a madrugada, com oito cada. Dentre as 27 fraturas, 13 ocorreram em ambiente domiciliar. Quanto à severidade do trauma, 10 foram considerados graves. Dos 27 pacientes analisados, 18 tiveram assistência médica no mesmo dia, com uma média de 1 hora e 43 minutos. Quanto ao tempo de cirurgia, 66,6% duraram menos que 1 hora e a média foi de 41 minutos. Conclusão: As fraíuras decorrentes de espancamento são lesões eminentemente domiciliares, e os homens jovens representaram o grupo mais susceptível. O membro superior foi a região anatómica mais frequentemente lesionada e os pacientes procuraram assistência médica rapidamente. Palavras-chave: Epídemioíogía, cirurgia ortopédica, espancamento. LESÕES TORÁCICAS ENCONTRADAS EM PACIENTES VÍTIMAS DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO ATENDIDOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná,Brasil. lntrodução:O trauma torácico é responsável pela morte de um a cada quatro politraumatizados graves.sendo que muitos morrem antes de chegar ao hospital.Os ferimentos por arma de fogo representam a minoria das lesões traumáticas de tórax mas estão associados a uma maior taxa de mortalidade e lesões traumáticas.Objetivos:O objetivo deste estudo é analisar as lesões torácicas e em transição toraco abdominal encontradas em pacientes vítimas de ferimento por arma de fogo atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru(Curitiba-PR),em 2005.Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários(N=142).Foram revisados dados sobre o local da lesão,órgãos e estruturas lesadas e o desfecho do tratamento. Rés u liados: O orifício de entrada anterior foi mais comumente encontrado(48-33.80%) No quesito órgão ou estrutura lesada verificou-se que quando a lesão é torácica (90-63,38%) ou em transição toraco abdominal(52-36,62%), o acometimento mais comum foi o hemopneumotórax com 29,5% (42), seguido do hemotórax com 14,08% (20 casos) e pneumotórax com 8,45% dos casos (12). Houve lesões isoladas de partes moles em 16,19% dos casos (23).Foram encontradas lesões associadas em 53 casos. Dos pacientes com lesão em tórax, 89 foram para cirurgia e 82 receberam alta. Dos pacientes com lesão em transição, 43 foram operados e 37 receberam alta.A mortalidade encontrada foi de 10,56%.Conclusão:Devido a risco de vida que as lesões de tórax representam, e a necessidade de procedimentos cirúrgicos, os serviços de emergência devem estar preparados para uma intervenção rápida em benefício de um melhor prognostico ao paciente. LESÕES OCASIONADAS PELO REVESTIMENTO INTERNO DE VEÍCULOS DE PASSEIO - ESTUDO RETROSPECTIVO DE CASOS. Marcelo Teixeira, Adriano Dias Trajano, Marco Aurélio da Costa Serruya, Agnaldo Píspico, Waine Ciampi; AutoBAn, Jundiaí, São Paulo, Brasil. OBJETIVO: Demonstrar o potencial risco de lesões ocasionadas pelo dispositivo de revestimento interno dos veículos de passeio, bem como identificar os revestimentos potenciais ocasionadores das mesmas. MATERIAIS E MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente os dados armazenados em programa de registro de vítimas (K-COR – Kria Controle Operacional de Rodovias®), no período de Maio de 2004 a Junho de 2006, envolvendo pelo menos um veículo de passeio onde pelo menos uma vítima sofrera lesões ocasionadas pelo revestimento interno do veículo. RESULTADOS: Ocorreram 11 eventos onde 15 vítimas apresentaram lesões ocasionadas pelo revestimento interno do veículo sendo destas 3 vítimas fatais, 5 portadoras de lesões graves e 7 portadoras de lesões leves. As áreas atingidas foram: cabeça e pescoço (95%), tronco (3%) e Membros Superiores (2%). Os revestimentos que ocasionaram lesões foram: Cobertura plástica da coluna A (81,8%), cobertura plástica da fixação do cinto de segurança (9%), revestimento de fixação do acabamento do teto (9%). CONCLUSÃO: Os revestimentos internos de veículos podem ocasionar lesões nos ocupantes que variam de leves a fatais. O revestimento mais comumente envolvido fora à cobertura plástica da coluna A. PALAVRAS CHAVES: Revestimento interno de veículos; Lesões Graves. LEVANTAMENTO GERAL DO ATENDIMENTO REALIZADO PELO SAMU 192 ARACAJU EM 2005 BRASILEIRO, F.F.; ALVES, F.S.; BARROS, V CF.; NUNES, J.A.M.; ALMEIDA, J.C; NETO, A.F.M; SEABRA. J.D.: LIMA, H.J.S; COSTA, MC.M,; SANTOS, A.M.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. ARACAJU, SERGIPE, BRASIL Introdução: O SAMU 192 Aracaju , em funcionamento há quatro anos, tem hoje uma estrutura de três Unidades de Suporte Avançado(USA) e seis Unidades de Suporte Básico(USB) para atender uma população de em aproximadamente 500 mil habitantes disponibilizando uma gama de serviços como atendimento inicial ao enfermo, transferências inter-hospitalares, transporte social, atendimento psiquiátrico, pediátrico, obstétrico, todos eles em caráter pré-hospitalar. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo fazer um estudo descritivo e quantitativo do atendimento realizado pelo SAMU 192 Aracaju durante o ano de 2005. Metodologia: Para essa análise foram coleíados os dados referentes ao atendimento do SAMU 192 Aracaju, através das fichas de solicitação do serviço impressas após a ligação do solicitante. Nas fichas foram coletados os dados relativos ao sexo, idade e tipo de ocorrência. Resultados: Foi registrado um total de 34903 atendimentos no ano de 2005, dando uma média de 2908 atendimentos por mês, O mês de maior atendimento foi Maio com 3441 casos registrados. Aproximadamente 53% dos atendimentos foram direcionados aos pacientes clínicos acima de 12 anos, seguido pelo trauma acima de 12 anos com 18%. O atendimento pediátrico se deu 12,4% dos casos, obstétricos em 8% e psiquiátricos em 7,3% O índice de mortalidade registrada pelo atendimento do SAMU foi de 0,2%. As mulheres constituíram a maioria dos pacientes atendidos com 46,6% dos casos. Conclusão. O número de atendimentos mostra a representatividade do serviço prestado à população em que l em cada 14 habitantes de Aracaju foi atendido em 2005. A predominância da utilização de USBs demonstra a baixa gravidade da maior parte dos casos. E as urgências clínicas constituem-se em mais da metade dos atendimentos realizados pelo SAMU 192 Aracaju em 2005. LIGA DO TRAUMA: MODELO DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR REBOUÇAS, G. F., OLIVEIRA, C, V., SALOMÃO, I, S., PINTO, F. G., RODRIGUES, J. P., RICCIO, F. V. S. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)- ILHÉUS -BAHIA [email protected] INTRODUÇÃO: No Brasil, as dificuldades relativas à capacitação podem ser interpretadas pela análise do cenário decorrente da baixa qualidade de investimento nos recursos humanos, particularmente aqueles que atuam na ponta do Sistema de Saúde. Neste sentido, a busca pela qualidade da assistência à saúde passa pela possibilidade de construção de uma nova relação ensino-serviço-comunidade a partir de práticas interdisciplinares. OBJETIVO: Adotar práticas pedagógicas e metodológicas aos graduandos de Medicina, Enfermagem e Biomedicina da UESC em um projeto que ensina os princípios básicos das afecções que se relacionam com o Trauma, apoiados no tripé ensino - pesquisa - assistência. MATERIAL E MÉTODO: O Projeto desenvolve-se nas dependências da UESC e do Serviço de Urgência (SU) do Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF) conjuntamente à Liga do Trauma da UESC (LATE UESC), aplicada na execução, orientação e observação, se sustentando na combinação do aparato teórico com o trabalho prático, além de atividade de prevenção e educação com a comunidade, proporcionando ao graduando possibilidades de atuações em pesquisa e extensão. O módulo teórico é abordado sob forma de grupos de discussão baseado na nosologia prevalente no SU e o módulo prático através de plantões sob supervisão direta. RESULTADOS: O Projeto vem oferecendo aos graduandos uma vivência prática, multidisciplinar e integrada na abordagem ao paciente traumatizado, oferecendo também a oportunidade de se incorporar às atividades docentes, atuações em pesquisa principalmente na coleta de dados para realização de trabalhos científicos e na melhora substancial da qualidade assistencial no SU do HGLVF. CONCLUSÃO: A dificuldade do trabalho em grupo aparece de forma significativa, salientando a importância desta convivência como parâmetro para a responsabilidade do trabalho formal em equipe, que é uma condição básica para a implementação de ações de saúde. LIGA DO TRAUMA: MODELO DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR Geisa Fonseca Rebouças; Carlos Vitório Oliveira; Fernanda Gabriella Pinto; Fernanda Verena de Sá Riccio; João Paulo Rodrigues; Irany Santana Salomão. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC) – ILHÈUS – BA Adotar práticas pedagógicas e metodológicas aos graduandos de Medicina, Enfermagem e Biomedicina da UESC em um projeto que ensina os princípios básicos das afecções que se relacionam com o Trauma, apoiados no tripé ensino - pesquisa - assistência.O Projeto desenvolve-se nas dependências da UESC e do Serviço de Urgência (SU) do Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF) conjuntamente à Liga do Trauma da UESC (LATE UESC), aplicada na execução, orientação e observação, se sustentando na combinação do aparato teórico com o trabalho prático, além de atividade de prevenção e educação com a comunidade, proporcionando ao graduando possibilidades de atuações em pesquisa e extensão. O módulo teórico é abordado sob forma de grupos de discussão baseado na nosologia prevalente no SU e o módulo prático através de plantões sob supervisão direta.O Projeto vem oferecendo aos graduandos uma vivência prática , multidisciplinar e integrada na abordagem ao paciente traumatizado, oferecendo também a oportunidade de se incorporar às atividades docentes, atuações em pesquisa principalmente na coleta de dados para realização de trabalhos científicos e na melhora substancial da qualidade assistencial no SU do HGLVF. A dificuldade do trabalho em grupo aparece de forma significativa, salientando a importância desta convivência como parâmetro para a responsabilidade do trabalho formal em equipe, que é uma condição básica para a implementação de ações de saúde. Palavras-chave: interdisciplinaridade, práticas pedagógicas, trauma. MORBIDADE HOSPITALAR DECORRENTE DE TRAUMA: CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAIS-ESCOLA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Whitaker, Iveth; Adami, Nilce; Poggetti, Renato; Rasslan, Samir; Assef, Jose Cesar; Fonseca, Jose Honório;Koizumi, Maria Trata-se de resultados preliminares do estudo sobre análise de indicadores da qualidade da assistência em trauma. Objetivo: analisar a morbi-mortalidade hospitalar dos pacientes de trauma que foram internados após atendimento na sala de emergência (SE) do prontosocorro (PS) de três hospitais-escola. Material e método: Estudo descritivo, cuja população foi constituída de pacientes de trauma atendidos na SE do PS de três Hospitais-escola, referência para trauma, do município de São Paulo. Os dados, de junho a novembro de 2005, foram obtidos retrospectivamente dos prontuários dos pacientes, do laudo de necropsia e do atendimento pré-hospitalar. O Injury Severity Score (ISS) e o New Injury Severity Score (NISS) foram utilizados para mensurar a gravidade do trauma. Resultados: Do total de 720 pacientes, 45,28% foram internados em decorrência de acidente de transporte, 25,69% por quedas e 17,36% por agressões. A amostra foi constituída, predominantemente, por pacientes do sexo masculino (80,3%) e jovens entre 15 e 35 anos (49,82%).As quedas, atropelamento e acidente de moto foram os causas externas mais freqüentes tanto para homens quanto mulheres. A maioria dos pacientes (51,0%) recebeu atendimento pré-hospitalar, mas 27,2% foram transferidos de outros serviços. A mortalidade hospitalar foi de 16,4%, sendo o atropelamento a causa com o maior número de óbitos (33,9%) A cabeça foi a região corpórea mais frequentemente atingida e acometida por lesões de gravidade elevada. A média do ISS foi 15,05 e do NISS 20,61. Dos 602 pacientes que sobreviveram, 40,0% tinham ISS > 16. Dos 118 pacientes que não sobreviveram 95,0% também tinham ISS > 16, sendo a maioria (65,2%) com ISS > 25. Conclusão: A mortalidade dos pacientes de trauma internados nos hospitais deste estudo foi decorrente, sobretudo, de acidentes de transporte (52,5%), com destaque aos atropelamentos (33,9%). Essa porcentagem atinge 70,3% quando somada à taxa de mortalidade observada em quedas. Descritores: trauma, mortalidade, morbidade. MORDEDURA DE CÃO EM HÉRNIA INCISIONAL COM EVISCERAÇÃO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Iwan Augusto Collaço, Imad Izat el Tawil, Gustavo J. Schulz, Giórgio Baretta, Adonis Nasr, Fernanda C. Silva, Paula G. Colpo, Williiam Augusto Casteleins Cecílio. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT), Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador, Curitiba, Paraná, Brazil Introdução: Mordeduras por cães são um problema de saúde pública, estima-se que ocorram 12 milhões casos anualmente nos Estados Unidos. Os números verdadeiros são desconhecidos, pois nem todas as vítimas procuram atendimento hospitalar. Mordedura é definida como qualquer perda da integridade cutânea causada pelos dentes do animal, a despeito da intenção. Há três padrões de lesão: mordeduras não fatais - leves, graves ou ameaçadoras à vida -, mordeduras que direta ou indiretamente levam a óbito e lacerações pós-morte do corpo da vítima. As mordeduras são consideradas ferimentos contaminados, sendo indicado profilaxia antibiótica no caso de ferimentos grandes ou em face e mãos. A literatura relata poucos casos de comorbidades em pacientes vítimas de mordedura por cão, não havendo nenhum relato de mordedura sobre hérnia. Relata-se o caso de um paciente masculino, de 39 anos, vítima de mordedura por cão. Foi admitido hemodinamicamente estável, com diversos ferimentos por mordedura em membros superior e inferior esquerdo. Apresentava também mordedura em abdome sobre a região de uma hérnia incisional gigante. Houve evisceração de intestino delgado. Procedeu-se à laparotomia, com achado de duas lesões de jejuno grau III, a 70cm do ângulo de Treitz e quatro lesões grau II. Foi realizado enterectomia com enteroanastomose e enterorrafias, além de herniorrafia incisional. O paciente foi encaminhado à UTI e foi realizado profilaxia antitetânica e anti-rábica. Houve boa evolução do quadro séptico, com alta no 14° dia pós-operatório. Conclusão: Mordeduras são ferimentos potencialmente letais, se consideradas todas as complicações que podem advir de lesões como as relatadas acima. A prevenção através da orientação à população ainda é o melhor modo de evitar casos como este. Palavras-Chave: Mordedura, Hérnia Incisional, Evisceração. MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NA CIDADE DE SALVADOR, NO PERÍODO DE 1996-2004. AUTORES: Grazielle Cerqueira de Carvalho¹; Luciana Muniz Pinto¹; André Luís Nunes Gobatto¹; Caio Vinícius Menezes Nunes¹; Antônio de Pádua Mesquita Maia Filho¹; Iuri Santana Neville Ribeiro¹; Liv Aparicio Cerqueira¹; Rodolfo Godinho Souza Dourado Lima¹; Ediriomar Peixoto Matos². 3. Acadêmicos de Medicina da Liga Acadêmica do Trauma e Emergências Médicas – UFBA. 4. Professor Adjunto do Departamento de Cirugia da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBA. INTRODUÇÃO: Pode-se conceituar lesão ou trauma por causas externas qualquer dano intencional, ou não, infringido ao corpo humano. A morte por causas externas ocupa, hoje, o terceiro lugar em causas de morte declaradas nos atestados de óbito, crescendo principalmente nos grupos mais jovens da população, especialmente no sexo masculino. OBJETIVO: Analisar a evolução temporal das taxas de mortalidade por causas externas na cidade de Salvador, no período de 1996 – 2004. MÉTODO: Obteve-se o número de óbitos por causas externas segundo o local de residência da cidade de Salvador, no período de 1996-2004, através do download de arquivos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os dados foram analisados através do aplicativo TABWIN do DATASUS / Ministério da Saúde. RESULTADOS: A análise das estatísticas atuais mostra que causas externas são a terceira causa de morte na cidade de Salvador, sendo responsável por 55,4 mortes por 100.000 habitantes no ano de 2004. Entretanto na faixa etária de 10 a 39 anos representa a primeira causa. No período estudado observa-se uma diminuição na taxa de mortalidade, sendo esta de 61,4/100.000 em 1996 e 55,4/100.000 em 2004. O sexo masculino é o mais atingido, correspondendo a 84,4% dos casos registrados em 2004. Acidentes de transporte (7,1%) e agressões (44,6%) foram os principais tipos de violência, quando retirados os eventos indeterminados, responsáveis pelas mortes em 1996. No ano de 2004, observamos estas mesmas características, correspondendo às agressões por 39,6% e os acidentes de transporte por 39,6%. CONCLUSÕES: Devido à freqüência com que acontecem e por atingirem adolescentes e adultos jovens, ela se configura como a maior causa de anos potenciais de vida perdidos, sendo há muito tempo considerada como problema de saúde pública. Palavras-chave: Mortalidade; Trauma; Causas Externas; Séries de tempo. NECESSIDADES DAS FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS DE TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE). Edilene Curveio Hora Serna1 Regina Márcia Cardoso de Sousa2 UFS (Aracaju-Se-Brasil)1 USP (São Paulo-SP-Brasil)2 Objetivo: Identificar as necessidades das famílias das vítimas de TCE quanto ao grau de importância e atendimento. Casuística e Método: Estudo quantitativo e de campo, realizado com 161 familiares, por meio do Questionário de Necessidades da Família. Resultados A necessidade considerada mais importante foi "eu preciso ter as minhas perguntas respondidas com honestidade" (99.2%).Conclusão As necessidades mais importantes não são atendidas. Paiavraschave: Trauma craniocerebral, Enfermagem em trauma. NECROSE DE CÓLON DIREITO APÓS LESÃO POR ARMA BRANCA EM MEMBRO INFERIOR Hélio Machado Vieira Jr.. Clarissa Santos Neto, Frederico Dallis, Luís Carlos Teixeira, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIIi, Belo Horizonte - MG/Brasil. Objetivo: a necrose de cólon direito após choque hipovolêrnico é evento raro, com poucos relatos na literatura. Relatamos um caso que ocorreu após trauma penetrante por arma branca em membro inferior direito, atendido em nosso hospital, e o relacionamos com os demais casos já descritos. Materiais e métodos: revisão da literatura realizado na base de dados BIREME, com artigos redigidos na língua inglesa e portuguesa, com as palavras-chave: isquemia, necrose, cólon direito, choque hipovolêrnico e em livros de cirurgia. Resultados: o desenvolvimento de colite pós-choque em cólon direito, em paciente jovem e previamente sadio é evento raro, tendo nossa pesquisa encontrado apenas 17 casos descritos. A colite isquêmica é doença presente predominantemente em idosos com doenças associadas, e acomete principalmente o cólon esquerdo. O choque hipovolêrnico íeva a diversas complicações tidas como típicas, porém a colite isquêmica não é uma delas, devendo ser atribuída a variação anatómica vascular do cólon direito em alguns indivíduos, baixa capacidade de regulação do fluxo sanguíneo do cólon, que piora ainda mais em eventos que cursam com inatividade metabólica, influência do sistema renina-angiotensina, e por fim pela liberação de radicais livres tóxicos derivados de oxigénio após liberação do fluxo sanguíneo. Conclusão: o desenvolvimento de isquemia de cólon direito após choque hipovolêmico devido a trauma é evento raro, com poucas descrições na literatura, devendo seu aparecimento a alterações da irrigação colônica direita, presente em alguns pacientes, características da pouca capacidade de autoregulação de fluxo sanguíneo durante períodos de instabilidade deste segmento intestinal, liberação de radicais livres e dano sofrido após o processo de reperfusão, processo que acreditamos ter ocorrido com nosso paciente. Palavras-chave: choque hipovolêmico, colite isquêmica, necrose de cólon direito. NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE (NEP): MOTIVANDO QUALIDADE Daniel Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Julio César Oliveira Viegas, Renata Gabriela Miranda de Araújo Ribeiro, Silvana Helena Serra Muniz, Janaína Monteles Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil . Introdução: Institucionalizado e implantado desde setembro de 2005 o Núcleo de Educação Permanente-NEP vem desenvolvendo estratégias para promover adesão e motivação de seus profissionais para melhoria dos conhecimentos visando a qualidade do serviço. Objetivos: Descrever estratégias que viabilizaram a adesão e interesse dos profissionais na participação das atividades propostas. Materiais e Métodos: Trabalho descritivo, observacional, prospectivo, contemplado através da identificação das necessidades de conhecimento junto aos profissionais, reunião mensal da instrutoria para planejamento e aprimoramento das atividades a serem desenvolvidas bem como para avaliação do trabalho realizado anteriormente, realização semanal das atividades planejadas abrangendo a carga horária de 08 horas ofertada duas vezes por semana. Exposições teóricas abordando conteúdos atualizados considerando a necessidade de aplicação na prática profissional. Realização de estações práticas em ambientes internos e externos, com simulações o mais próximo do real. Registro e análise de situações problema para discussão e elucidação em grupo. Avaliação bimestral do aproveitamento dos participantes para promoção de destaques e premiação dos melhores classificados. Conclusão: Após os 6 meses de funcionamento observou-se adesão significativa, motivação crescente e forte integração entre os profissionais, conseqüentemente visível aprimoramento técnico e maior conscientização da importância do atendimento pré-hospitalar.Palavras-chave: samu, treinamento,capacitação. O PERFIL SÓCIO-SANITÁRIO DO CAMINHONEIRO E SUA RELAÇÃO COM ACIDENTES DE TRÁFEGO. AUTOR: Josiene Germano1,2,3; Leandro Germano2,3; Gustavo Germano2; Luciano Louzane3; Dalton Lage Guerra3; Marco Aurélio Guimarães1. 1Centro de Medicina Legal (CEMEL), Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2Médico credenciado do DETRAN, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 3Intervias, Araras, SP, Brasil. Introdução: Ao profissional motorista de caminhão é determinado um modo de trabalho considerado não-saudável, devido a privações do sono ou sono de má qualidade, carga horária excessiva, necessidade de atenção constante, horários incertos para refeições, isolamento familiar, sedentarismo, movimentos repetitivos, preocupação econômica e prazo de entrega da carga. A idade elevada da frota, o excesso de carga, a falta de manutenção dos veículos. O uso de drogas lícitas e ilícitas são outros fatores importantes habitualmente subestimados. Objetivo: Obter informações sobre o perfil de saúde / trabalho de caminhoneiros visando propor ações para redução de acidentes. Método: Levantamento dos acidentes envolvendo caminhões no trecho da Concessionária Intervias, no intervalo de janeiro a dezembro de 2005 e pesquisa de condições sócio-sanitárias de 632 caminhoneiros atendidos na Campanha Saúde na Boléia. Resultado: Dos entrevistados, 30,3% têm uma renda familiar abaixo de 03 salários mínimos, 78% dorme na boléia do caminhão, 65% dirige mais de 11 horas/dia, 16,3% refere fazer uso regular de bebida alcoólica e 10% uso de “rebite”, 15,2% são hipertensos, 82,5% estão acima do peso e 21,8% apresenta uma maior chance de se envolver em acidente. Dos caminhões e carretas envolvidos em acidentes, 40% tem uso acima de 10 anos e, de 1937 acidentes, 31% tiveram envolvimento destes veículos, a maior parte ocorrendo cerca de 19:00h e aos sábados. Conclusão: As condições sócio-sanitárias verificadas entre os caminhoneiros são causadoras de falhas humanas indutoras de acidentes de trânsito e, uma vez conhecidas, permitem a tomada de medidas preventivas para redução da incidência de acidentes. Palavras-chave: Trauma, Acidente de Trânsito e Caminhoneiro. O PACIENTE PEDIÁTRICO VÍTIMA DE TRAUMATISMO ATENDIDO PELO SAMU 192 ARACAJU EM 2005 BRASILEIRO, F.F.; ALVES, F.S.; BARROS, V.C.F.; NUNES, J.A.M.; ALMEIDA, J.C.; NETO, A.F.M.; SANTOS, A.M.; SEABRA, J.D.; BARRETTO, M.X.A.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C.; LIMA, H.J.S. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRASIL Introdução: A fragilidade da criança, a sua dependência dos pais e as constantes mudanças características do seu crescimento e desenvolvimento, tanto físico quanto mental, faz do paciente pediátrico um desafio para os profissionais da área de saúde. Corroborando essa hipótese o Estatuto da Criança e do adolescente de 1990 estabelece que deve ser dada prioridade no atendimento e proteção às crianças devido à sua fragilidade e dependência. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o paciente pediátrico vítima de trauma, atendido pelo SAMU 192 Aracaju através de variáveis como gênero, idade, mecanismo de trauma, tipo de transporte utilizado, destino do paciente. Metodologia: Foram analisadas de forma retrospectiva todas as fichas de atendimento durante o ano de 2005 e coletados os dados dos pacientes menores de 12 anos. Resultados: Durante o ano de 2005 foram atendidos 1123 pacientes pediátricos vítimas de trauma o que corresponde a 3,25% do total de atendimentos e 26% dos atendimentos pediátricos. Sessenta por cento das crianças atendidas foram do sexo masculino. A faixa etária de 7 a 12 anos concentrou o maior número de casos traumáticos com 480 casos. Foram utilizadas USBs em 98% dos atendimentos e 70% dos atendimentos se deu no período diurno. Oitenta e oito por cento dos atendimentos foram destinados a unidades hospitalares de atendimento. As quedas e os traumas músculo-esqueléticos foram as principais causas de atendimento à criança vítima de trauma representando juntas 48% do total das solicitações. Conclusão: As crianças do sexo masculino entre 7 e 12 anos, vítimas de quedas ou traumas músculo esqueléticos, no período diurno, foi o principal foco de atendimento do SAMU 192 Aracaju a população pediátrica em 2005. ÓBITOS EM DOMICÍLIO: SUICÍDIO, HOMICÍDIO OU ACIDENTE ? Edson Dener Zandonadi,Renato Palácio de Azevedo,João Arnaud Diniz Neto,Clarissa Soares da Fonseca Carvalho,Edem Moura de Matos Jr,Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima, Lucyane Rominger. Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil. Introdução: Os óbitos em domicílio apresentam diversas etiologias, assim como apresentam uma distribuição razoável pelas faixas etárias. Muitos dos casos são esclarecidos pela necropsia, contudo, vários casos apresentam diversas incoerências e impossibilidades de determinações precisas da situação que envolve o óbito.Objetivo: Analisar os casos de óbito em domicílio acontecidos em 2004 e 2005, bem como suas etiologias mais freqüentes, faixa etária, sexo e pontos intrigantes quem envolvem o óbito.Material e Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo a consulta de registros de óbitos e necropsias com procedência domiciliar nos anos de 2004 e 2005 do Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA.A coleta dos dados foi realizada através do preenchimento de uma ficha protocolo.Resultados: Foram estudados 62 casos,observamos a prevalência do sexo masculino (75,8%)sobre o feminino (24,2%). Entre as etiologias destacamos o enforcamento (17,7%), arma branca (12,9%), afogamento (11,3%) e indeterminada (24,2%). Destacam-se as faixas etárias de 21-30 anos com 19,4%, 31-40 anos com 17,7% e de 0-10 anos com 14,5%.Conclusão:Muitas das etiologias ,como arma branca e arma de fogo, refletem o sério problema da violência muitas vezes sendo causada por familiares. Outra importante constatação são dos constantes acidentes em domicílio com menores, vitimas principalmente de afogamento, demonstrando,em algumas situações, certo descuido dos pais, visto que ocorrem principalmente em suas próprias piscinas. Os registros mostram que geralmente pacientes utilizam o enforcamento como suicídio, predominando o sexo masculino.Palavras-chave: violência, trauma, domicílio. PACIENTE VITIMA DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO ATENDIDO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO QUE APRESENTOU LESÁO EM MEMBROS Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil. Introdução:O trauma em membros inferiores ou superiores por projéteis de armas de fogo é um dos mais comuns em todo o mundo.Estudos demonstram que os membros inferiores são acometidos três vezes mais do que os superiores.A maioria dos prejuízos funcionais são relacionadas ao dano neurológico e à isquemia tissular causada pela lesão vascular.Objetivos: Analisar as lesões em membros superiores e inferiores encontradas em pacientes vítimas de ferimento por arma de fogo atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru (Curitiba-PR) em 2005. Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários. Foram revisados dados sobre o local da lesão, órgãos e estruturas lesadas e o desfecho do tratamento. Resultados: Do total de 120 pacientes vítimas de armas de fogo em membros, 79 foram atingidos em membros inferiores (MMII) e 46 em membros superiores (MMSS). 83,33% necessitaram de cirurgia (100), 19 foram internados para observação e 01 obteve alta sem necessidade de internação. A tíbia apareceu como a estrutura mais lesada acometendo 26 pacientes (21,66%), 19 com lesão de mão (15,8%); lesões exclusivas em partes moles de MMII representam 14,16% dos casos (17); 15 com lesão em fémur (12,5%); 10 com lesão nos pés (8,33%). Partes moles de MMSS e lesão de ulna figuraram com 9 pacientes cada (7,5%); fíbula foi atingida em 08 pacientes (6,66%); 06 com lesão de úmero (5%) e 4 com lesão de artéria poplítea (3,33%) foram as estrutura mais acometidas. A média de dias de internamento foi de 4,97 dias, sem ocorrência de óbitos Conclusão: A maior parte dos pacientes apresentou lesão em MMII acometendo tíbia com necessidade de tratamento cirúrgico. Em MMSS as mãos foram a região mais afetada. Todos os pacientes receberam alta curados PACIENTE VÍTIMA DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO ATENDIDO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO QUE APRESENTOU LESÃO DE PESCOÇO Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná, Brasil. Introdução: As lesões causadas por armas de fogos vêm aumentando nos últimos tempos, apresentando em cabeça e pescoço a terceira região mais afetada. Objetivo: Analisar as lesões em pescoço encontradas em pacientes vítimas de ferimento por arma de fogo atendidas no pronto socorro do Hospital Universitário Cajuru em 2005. Materiais e método: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários. Foram revisados dados sobre local da lesão, órgãos e estruturas lesadas e o desfecho do tratamento.Resultados: Dos 35 pacientes com lesão em pescoço causados por ferida de arma de fogo, 14 apresentaram orifício de entrada em zona l, 9 em zona II, 6 em zona III e 5 em face. Apresentaram 22 lesões associadas, sendo que 10 em tronco e 12 em membros. No atendimento inicial 60% (21) dos pacientes foram para cirurgia e o restante foi internado para observação. Dos pacientes que foram para cirurgia 2 faleceram durante a cirurgia e dois no pós-operatório, já dos que foram internados para observação 2 foram à óbito. Os pacientes ficaram em média 9,45 dias internados, variando de O a 46 dias de internamento. Nove pacientes necessitaram de UTI, sendo que, quem ficou menos tempo foi 2 dias e quem ficou mais foi 13 dias, apresentando uma média de 6,2 dias. Sete pacientes necessitaram receber transfusão sanguínea com uma média de 4,57 bolsas de sangue por paciente, variando de 2 à 10 bolsas. Em relação à estrutura lesada, em 15 casos houve lesão exclusiva de partes moles, os órgãos lesados foram coluna cervical (10), traquéia (3), laringe (2), veia jugular externa (2), artéria carótida (1), artéria tireoidéia superior (1), osso hióide (1) e tireóide (1).Conclusão: As lesões em pescoço causadas por arma de fogo são de grande importância, pois tem um alto índice de mortalidade. Além de uma grande parte dos pacientes necessitar tratamento em terapia intensiva e de reposição de sangue. PACIENTES COM LESÃO TORÁCICA POR ARMA DE FOGO ANALISADOS SEGUNDO O RTS. Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná,Brasil. Introdução: O trauma torácico é responsável pela morte de um a cada quatro politraumatizados graves. Os índices de trauma avaliam a gravidade das lesões, sendo determinantes no prognóstico dos pacientes. O Escore de Trauma Revisado (RTS) foi utilizado nesse trabalho pela facilidade de sua aplicação e triagem correta dos casos para o hospital de destino. Objetivos: Analisar as lesões torácicas e o RTS dos pacientes vítimas de ferimento por arma de fogo atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru (Curitiba-PR), em 2005. Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários. Foram revisados dados sobre as estruturas lesadas no tórax e o RTS dos pacientes. Foram excluídos aqueles que não possuíam dados suficientes para o cálculo do RTS. Resultados: Do total de 35 pacientes, 30 apresentavam lesões exclusivamente em tórax, 04 com lesão em transição tóraco-abdominal e 01 paciente com lesão em ambos. O RTS médio foi de 7,5022. No nosso estudo, encontramos apenas 01 paciente com RTS entre 2 e 3, o qual faleceu durante a cirurgia. 04 com RTS entre 6 e 7, dos quais, apenas um morreu durante a cirurgia, os demais obtiveram alta após a intervenção cirúrgica. Com RTS entre 7 e 8 foram 30 pacientes, todos obtiveram alta hospitalar. Porém, 03 deles ficaram internados para tratamento conservador, enquanto o restante (27) necessitou de tratamento cirúrgico. Conclusão: 85,7% dos pacientes vítimas de FAF em tórax apresentam RTS acima de 7, o que traduz uma sobrevida de 90%, apesar da necessidade de tratamento cirúrgico em mais de 75% dos casos. A classificação dos pacientes segundo os índices de trauma é muito relevante, pois determina a severidade das lesões, permitindo uma avaliação rápida e agilidade no tratamento inicial, melhorando assim o prognóstico do paciente. PACIENTES VÍTIMAS DE FAF ABDOMINAL AVALIADOS SEGUNDO O RTS E DESFECHO Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná, Brasil. lntrodução:Os índices de trauma avaliam a gravidade das lesões e comparam a qualidade do atendimento de emergência nos hospitais.O Escore de Trauma Revisado (RTS) foi utilizado nesse trabalho por ser um índice fisiológico de fácil aplicação e por seus dados estarem disponíveis nos prontuários analisados.Objetivos:ldentificar o paciente atendido no Hospital Universitário Cajuru, vítima de ferimento por arma de fogo(FAF)em região abdominal.quantificar a gravidade do trauma através do RTS e analisar o seu desfecho (alta/óbito).Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários de pacientes vítimas de FAF em Curitiba e Região Metropolitana atendidos no hospital, no período de jan/dez de 2005 que apresentaram FAF abdominal.O critério de exclusão foi a falta de dados para o cálculo do RTS.Resultados:dos 97 prontuários analisados, encontramos um RTS médio de 7,40.Correlacionando RTS,atendimento inicial e desfecho encontramos: 2 pacientes com RTS entre O a 1, os quais sofreram intervenção cirúrgica e foram a óbito durante a cirurgia. Entre 2 e 3, apenas 01 paciente, que foi a óbito na sala de emergência. Com RTS de 4 a 5, os 2 pacientes encontrados sofreram intervenção cirúrgica e foram a óbito no pós operatório. Quando o RTS variou entre 5 e 6, encontramos 1 paciente que foi levado a cirurgia e recebeu alta. Na faixa de RTS de 6 a 7, encontramos 8 pacientes que foram levados a cirurgia, dos quais 4 receberam alta e 4 foram a óbito (2 durante a cirurgia e 2 no pós-operatório). Com o RTS entre 7 e 8, foram analisadas 83 vítimas. Dessas, 80 sofreram intervenção cirúrgica, 3 foram internadas para tratamento conservador, sendo que 77 receberam alta, 1 foi a óbito durante a cirurgia e 5 foram a óbito no pós operatório. Entre os intervalos de RTS de 1 a 2 e 3 a 4 não encontramos nenhum paciente.Conclusão:Todos os pacientes que apresentaram FAF em abdome e tiveram RTS de entrada abaixo de 5 evoluíram para óbito. Apenas 10,98% dos pacientes que apresentaram RTS acima de 6 não sobreviveram.Tais resultados diwhonstram que índices de trauma como o RTS são úteis para uma avaliação rápida,orientação e agilidade do tratamento inicial e para estabelecer de uma forma aproximada o prognostico e a sobrevida do paciente. PACIENTES VÍTIMAS DE FAF AVALIADOS SEGUNDO O RTS E À NECESSIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E REPOSIÇÃO DE HEMODERIVADOS. Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto, Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná.Brasil. Introdução: índices de Trauma são fatores importantes na determinação prognostica dos pacientes. O Escore de Trauma Revisado (RTS) foi adotado nesse trabalho pela facilidade de sua aplicação em avaliar a gravidade do trauma e por seus parâmetros estarem disponíveis no prontuário dos pacientes. Objetivos: Identificar o paciente atendido no Hospital Universitário Cajuru, vítima de ferimento por arma de fogo (FAF), quantificar a gravidade do trauma através do RTS e correlacionar com a necessidade de transfusão sanguínea e de UTI. Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de 362 prontuários de pacientes vítimas de FAF em Curitiba e Região Metropolitana atendidos no hospital, em 2005. Foram incluídos no estudo pacientes com dados sobre RTS, utilização de UTI e sangue. Resultados: Quanto ao RTS, este variou de O a 7,84. A maioria dos pacientes (318) apresentou RTS entre 7 e 8; 25 com RTS entre 6 e 7; 8 com RTS entre 5 e é; 7 com RTS entre 4 e 5; nenhum com RTS entre 3 e 4; 2 com RTS entre 2 e 3; 1 com RTS entre 1 e 2 e 1 com RTS entre O e 1. Os pacientes que receberam hemoderivados e ou tratamento em unidade de terapia intensiva, foram na maioria paciente com RTS menor que 6 (72,7) sendo 18,2% apenas UTI, 15,9% apenas bolsas de sangue e 38,6% os dois. Conclusão: O estado clínico do paciente avaliado pelo RTS na fase pré-hospitalar é um dado confiável para determinar maior agilidade no atendimento inicial. Em nosso estudo, a maioria dos pacientes que apresentaram RTS abaixo de 6 utilizaram intervenções especiais, como UTI e transfusão sanguínea, a fim de prevenir o agravamento do quadro e o surgimento de novas lesões. P.A.T.I. EM TRAUMA PENETRANTE ABDOMINAL Yeda Mayumi Kuboki,Danilo Alessandro Germini, Thiago Antoniassi, Glauco Veloso Rodarte, Rogério Yukio Morioka,Thais Barros de Souza, André Luciano Baitello. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP. São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil. Objetivos: O presente estudo realizou um levantamento estatístico e epidemiológico dos traumas abdominais penetrantes por armas de fogo e armas brancas atendidos no serviço de emergência do Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto – SP. Materiais e Métodos: Foram revisados os prontuários de 174 pacientes com trauma abdominal penetrante atendidos no serviço de emergência do HB incluídos em um protocolo previamente estabelecido no período de maio de 1998 a abril de 2001. Foi utilizado o índice de trauma abdominal penetrante, P.A.T.I. (Penetrating Abdominal Trauma Index), específico para lesões intra-abdominais. Este índice é importante para avaliarmos o prognóstico do paciente, a gravidade das lesões e a qualidade de atendimento inicial ao politraumatizado. Resultados: De um total de 174 casos, 125 (72%) foram ferimentos por arma branca (FAB) e 49 (28%) por arma de fogo (FAF). Dentre os FAB, 113 (90%) ocorreram em homens e 12 (10%) em mulheres; a média de idade foi de 29,4 anos; 68 pacientes (54,4%) eram procedentes de S.J.Rio Preto. Cento e dois pacientes (81%) chegaram hemodinamicamente estáveis; em 62 casos (50%) não houve comprometimento de qualquer órgão, 35 (28%) apresentaram um órgão acometido, 19 (15%) tiveram 2 órgãos lesados e 8 (7%) tiveram 3 ou mais órgãos atingidos. Os órgãos mais acometidos foram o intestino delgado (43,5%), fígado (30,6%) e intestino grosso (20,6%). Noventa pacientes (72%) foram submetidos a laparotomia exploradora (LE). Cem pacientes (81%) tiveram P.A.T.I. entre 1 e 10; a média do P.A.T.I. foi de 6,70 sendo que nos pacientes que evoluíram para óbito a média foi de 29,5 enquanto nos pacientes que sobreviveram esta foi de 5,86. Dentre os FAF, 45 (92%) ocorreram em homens e 4 (8%) em mulheres; a média de idade foi de 29,5 anos; a maioria dos indivíduos (46) era da cor branca (93,9%) e 35 (71,4%) eram procedentes de S.J.Rio Preto. Trinta e dois pacientes (66%) chegaram hemodinanicamente estáveis; em 12 casos (27%) não houve comprometimento de qualquer órgão, 12 (27%) apresentaram um órgão acometido, 7 (16%) tiveram 2 órgãos lesados e 13 (30%) tiveram 3 ou mais órgãos atingidos. Os órgãos mais acometidos foram o intestino grosso (53,1%), intestino delgado (34,4%) e o fígado (25,0%). Trinta e oito pacientes (77,6%) foram submetidos à LE. Dezenove pacientes (42%) tiveram P.A.T.I. entre 1 e 10; a média do P.A.T.I. foi de 16,23 sendo que nos pacientes que evoluíram para óbito, a média foi de 29,0 enquanto nos pacientes que sobreviveram a mesma foi de 15,29. Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos era composta por adultos jovens, brancos e procedentes de S.J.Rio Preto. Verificamos que os FAF, apesar de menos prevalentes, foram mais graves que os FAB, apresentando P.A.T.I. médio maior. Os órgãos mais atingidos foram o intestino delgado, o intestino grosso e o fígado. Palavra chave: Índice de trauma penetrante abdominal, Trauma penetrante abdominal, laparotomia exploradora, ferimento penetrante abdominal. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Nicelle Morais; Irany Santana Salomão; Marco Tsuno, Yara Aguiar; Thaisa Lima Ribeiro; Luís Angelo Braga Morosini. Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil. OBJETIVO. Analisar os aspectos epidemioíógicos do trauma em crianças e adolescentes internados no Hospital Geral Luiz Viana Filho, Ilhéus, Bahia. MATERIAL E MÉTODOS. Trata-se de um estudo retrospectivo onde foram analisados 127 pacientes com diagnóstico de trauma no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2004. Como critério de inclusão, foram analisados todos os pacientes na faixa etária entre O e 19 anos. RESULTADOS. Houve predomínio do sexo masculino em relação ao feminino (4:1). A faixa etária mais acometida foi dos 16 aos 19 anos (55,9%) e a maioria (74,8%) dos pacientes foram procedentes de Ilhéus, Bahia. O principal mecanismo de lesão traumática foi o ferimento por arma de fogo (FAF), 30,7%, seguido pelo ferimento por arma branca (FAB), 20,4%. O segmento corpóreo mais atingido em ferimentos por FAB foi o abdome-pélvicolombar (23,6%). A média de idade dos pacientes vítimas de FAF foi de 16,74 anos, situando-se na faixa etária dos adolescentes, enquanto que a média das idades dos pacientes vítimas de queda foi de 10,45 anos, que se situa na faixa etária de crianças. Os FAF acometeram principalmente a região abdome-pélvico-lombar (28,2%), como nos ferimentos por FAB. Nos traumas por quedas, a cabeça foi o segmento mais atingido (31,8%). A maioria dos pacientes (95,2%) obteve alta hospitalar em bom estado geral. CONCLUSÃO. Os adolescentes do sexo masculino, na faixa etária de 16 aos 19 anos foram as principais vítimas de trauma nesta casuística. Estes foram atingidos, principalmente, por FAF na região abdome-pélvico-Sombar, As causas externas, como a violência urbana, são um agente importante de lesões em nossa comunidade e a prevenção deve ser enfatizada. PALAVRAS-CHAVE; perfil epidemíológíco, trauma, crianças e adolescentes. PERFIL DO ADOLESCENTE ATENDIDO COM DOENÇA POR CAUSA EXTERNA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA (Miranda. Tatiane*; Guerra, Sérgio Diniz**; Ferreira, Roberto Assis***) *Médica pediatra do Hospital João XXIIl-Fhemig e aluna da pós-graduação da Faculdade de Medicina da UFMG **Médico pediatra coordenador da UTI pediátrica do Hospital João XXIIl-Fhemig ***Professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG Introdução A violência é hoje um dos principais problemas de saúde pública e provoca í um forte impacto sobre as taxas de morbimortalidade. As causas externas de hospitalização e morte constituem um bom referencial para inferir dados sobre a violência. No Brasil, houve um importante crescimento da mortalidade por causas externasnos grupos etários mais jovens. Segundo dados do DATASUS de 2000, 12,5% dos óbitos noBrasil ocorreram devido a causas externas de morte, sendo que 13,9% ocorreram na faixa etária de 10 a 19 anos. Obietivo Traçar e analisar o perfil dos adolescentes atendidos com doenças secundárias a causas externas em hospital de referência. Métodos Trata-se de estudo descritivo, com início em março de 2004 a março de 2005, em que foram aplicados questionários sob a forma de entrevista para adolescentes (10a 19 anos, segundo OMS) atendidos no Hospital João XXIII. Os dados foram coletados de forma aleatória, em dias previamente sorteados, e foram analisados no software Epi-lnfo. A amostra foi constituída por 139 adolescentes. Resultados A idade média do adolescente atendido no Hospital João XXIII é 14,15 anos com desvio padrão de G 2,43 anos. A renda familiar média é de 2,5 salários. Noventa e três por cento estudam e apenas nove por cento trabalham. Noventa e seis por cento moram com o pai e/ou com a mãe. Com relação ao motivo do atendimento (causas externas, segundo CID-10): 1)Queda 49%; 2)Acidente de transporte 24%; 3)Agressões 15%; 4)Envenenamento, intoxicação por ou exposição a substâncias nocivas 11%; 5)Lesões autoprovocadas voluntariamente 2%. Dos adolescentes atendidos por envenenamento, intoxicação por ou exposição a substâncias nocivas, 100% o fizeram como tentativa de suicídio. Das agressões, 57% foram física e 43% por arma de fogo. Quatro e meio por cento desses adolescentes foram ao óbito nas primeiras 24 horas. Conclusão No hospital de referência supracitado, a frequência de doenças devido a causas externas bem como o número de adolescentes lá atendidos vem aumentando a cada ano, mostrando a importância e a necessidade de estudos como este, a fim de que medidas preventivas de saúde pública sejam implementadas. Palavras-chave: Adolescentes, causas externas, trauma. Apresentadora: TATIANE MIRANDA E-mail: [email protected] PERFIL DO ATENDIMENTO AO IDOSO PELO SAMU 192 ARACAJU BOTO, M.A.F.M.; ALVES, F.S.; MATTOS, M.C.T.; BRASILEIRO, F.F; COSTA. M.C.M.; LIMA. H J. S.: FRANÇA, CR. BARRETTO, M.X.A.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRASIL Introdução. Os avanços na área de saúde e a adoção de estilo de vida mais saudável vêm íàvorecenda o aumento da expectativa de vida e, conseqüentemente, do número de idosos, o que termina por evidenciar a importância dessa faixa da população, cada vez mais necessitada de produtos e serviços direcionados às suas particularidades, incluindo os serviços de urgência e emergência, dentre estes os de atendimento pré-hospi£alar. Objetivos: Este trabalho visa caracterizar o atendimento ao idoso realizado pelo SAMU 192 Aracaju; caracterizar o idoso atendido (idade, sexo); verificar a prevalência dos casos; identificar a origem da solicitação; constatar o tipo de viatura utilizada; conhecer os dias e turnos de maior solicitação de atendimento ao idoso. Metodologia: Os dados da pesquisa foram obtidos através da análise das fichas de atendimento realizado pelo SAMU 192 Aracaju à população de idosos de Janeiro à Junho de 2005. Foram considerados idosos todos os pacientes com 60 anos ou mais. Resultados: Constituiu-se de 2794 atendimentos a idosos realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 ARACAJU - no período de janeiro a junho de 2005. Os atendimentos a idosos corresponderam a 15% do total de atendimentos prestados. A faixa etária que mais solicitou atendimento foi dos 60 aos 70 anos (41%); quanto ao sexo, o feminino correspondeu a 60% dos atendimentos; os casos clínicos prevaleceram em 89% das solicitações. Conclusão: Os idosos constituem parcela significativa dos atendimentos prestados pelo SAMU 192 ARACAJU, principalmente, no que concerne aos casos clínicos. Portanto, os serviços de atendimento pré-hospitalar devem atentar para os agravos da saúde dessa faixa etária, promovendo capacitação direcionada com o objetivo de melhor atender a esses usuários. PERFIL DO PACIENTE VÍTIMA DE FERIMENTO POR ARMA DE ATENDIDOS NO PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil. lntrodução:a violência causa preocupação no mundo inteiro pelo seu elevado número de vítimas, sobretudo aos profissionais envolvidos no atendimento dos seus efeitos.A mesma está inserida no cotidiano da população urbana e seus efeitos representam uma importante causa de mortalidade.Objetivos:O objetivo deste estudo é traçar o perfil do paciente vítima de ferimento por arma de fogo atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru(Curitiba-PR) em 2005.Materiais e métodos.-Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários.Foram revisados dados sobre sexo,idade,procedência.momento e local do acidente,meio de transporte até o hospital.topografia da lesão,órgãos e estruturas lesadas, necessidade de cirurgia.tempo de internamento.alta hospitalar/óbito. Resultados:N=441.0 sexo predominante foi o masculino(95,9%).A faixa etária com maior prevalência foi a de 16 a 25 anos, com 46,5%.A maior ocorrência foi registrada nos finais de semana(45,8%).O horário de chegada ao hospital mais frequente foi período entre 21:00-03:00h com 53,1% dos casos .O meio de transporte mais utilizado para chegada ao hospital foi via SIATE(Servico Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência)/SAMU,totalizando 56,7%.Quanto à topografia da lesão constatou-se que os locais mais acometidos foram os membros inferiores e superiores(51,5%).O órgão abdominal mais lesado foi o intestino delgado.com 44,4%.No tórax.a lesão mais comum foi o hemopneumotórax(29,5%).Na cabeça,as estruturas mais lesadas foram os ossos do crânio(29,62%).Nos membros os ossos mais atingidos foram tíbia(21,84%),fêmur(20,16%) e ossos da mão(31,48%).A maioria dos pacientes eram procedentes da Região Metropolitana de Curitiba(59,63%),a maior demanda proveniente do município de Colombo(15,6%).Quanto ao desfecho do tratamento,68 pacientes(83,4%) foram submetidos à intervenção cirúrgica com a maior parcela recebendo alta hospitalar após uma média de 8,3 dias de internamento.Conclusão:O perfil do paciente vítima de FAF atendido no HUCisexo masculino, adulto jovem.ferido no final de semana,nos horários entre 21:00h e 03:00h proveniente de cidades da região metropolitana.transportado por serviços de remoção como SIATE/SAMU.Atingido em membro superior ou inferior.submetido à cirurgia e recebendo alta hospitalar, curado. PERFIL DO SERVIÇO DE CIRURGIA DE EMERGÊNCIA EM UM HOSPITAL GERAL. Alexandre Ferreira Duarte, Alexandre Moreira Maia, Ernesto Carlos da Silva, José Mauro da Silva Rodrigues. HOSPITAL MODELO DE SOROCABA – SP. Introdução: As afecções cirúrgicas de urgência são freqüentes, mesmo em serviços de urgência de hospitais gerais de nível secundário. Objetivo: Analisar o perfil do Serviço de cirurgia de emergência de um Hospital Geral, estudando o perfil epidemiológico e a morbi-mortalidade dos pacientes atendidos nesse serviço. Material e métodos: Foram analisados todos os pacientes submetidos à cirurgia, provenientes do PA – Pronto Atendimento, do HMS – Hospital Modelo de Sorocaba, um hospital privado, de nível secundário, com 80 leitos. Os pacientes foram classificados por idade e sexo. Foram classificados todos os procedimentos cirúrgicos e acompanhada a evolução desses pacientes. Resultados: Durante o ano de 2005, foram atendidos 83.002 pacientes no PA – HMS. Desses pacientes, 178 foram submetidos a algum tipo de intervenção cirúrgica. 98 [56%] eram do sexo masculino e 77 [44%] do sexo feminino. A média de idade foi de 36 anos, tendo o mais jovem 12 anos e o mais velho 78 anos. Foram realizadas: 17 [9,6%] colecistectomias vídeo-laparoscópicas, 95 [53,3%] apendicectomias e 28 [15,7%] laparotomias exploradoras [12 enterectomias, 6 ulcerorrafias, 6 lises de bridas e 4 esplenectomias] e 17 [9,6%] procedimentos orificiais [14 drenagens de abscessos peri-anais e 3 hemorroidectomias por trombose]. Conclusão: A atenção para o diagnóstico e o rápido acionamento do plantão do serviço de cirurgia contribui para o atendimento adequado desses pacientes. . Palavras-chave: Cirurgia de emergência, pronto-atendimento, laparotomias. PERFIL DOS ATENDIMENTOS NO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO – HGLVF Lorena Mendes Campos, Irany Santana Salomão, Thayane Silveira Guimarães, Suzana Silva Leal, Natallie Nicolle Moreira Monteiro, Neila da Silva Amaral, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil. O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil epidemiológico dos atendimentos no ambulatório de Cirurgia Geral do HGLVF, no município de Ilhéus-BA. Este foi um estudo prospectivo, de 678 pacientes atendidos no referido serviço, realizado de jul/2004 a dez/2005. Para coleta de dados, formulou-se um protocolo baseado em entrevista estruturada. Os dados coletados foram: sexo; idade; local de residência; uso de drogas; tempo decorrido até o atendimento hospitalar; tipo de lesão e conduta terapêutica. A maioria dos pacientes atendidos foram do sexo masculino (74%), com menos de 35 anos de idade (74%), corroborando com dados previamente encontrados na literatura, mostrando uma notória participação de jovens, principalmente do sexo masculino, nos índices referentes a atendimentos cirúrgicos. 74% residiam no município de Ilhéus. 90% referiram não ter feito uso de drogas lícitas ou ilícitas. A predominância dos atendimentos foi a pacientes vítimas de trauma (83%), sendo arma branca o principal agente causal (16%), seguido dos atendimentos a pacientes com infecção de pele e tecido celular subcutâneo (11%). Apenas 1% dos pacientes foram vítimas de queimaduras. Em 72% dos pacientes o atendimento foi realizado em um período menor que 6 horas da ocorrência do traumatismo. Sutura foi o procedimento terapêutico mais utilizado, sendo realizada em 63% dos casos. Diante da escassez de dados regionais anteriores ao estudo, a avaliação desses dados identificou as principais causas de atendimento e suas características, servindo como instrumento para definição das ações de saúde necessárias à otimização do serviço. PALAVRAS-CHAVE: Cirurgia Ambulatorial, Cirurgia Geral, Hospital Regional. PERFIL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO ENVOLVIDOS EM ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil. Objetivo: Estudar o perfil dos pacientes vítimas de acidentes motociclísticos com trauma crânio encefálico (TCE) na Região de São José do Rio Preto-SP. Material e Métodos: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos na emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e junho de 2005. Selecionou-se pacientes com traumatismo crânio encefálico, vitimas de acidentes motociclísticos (181 pacientes). Os dados analisados foram os obtidos através da ficha de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base. Resultados: O valor médio da escala de coma de Glasgow foi de 13,4, a média de RTS 7,3, e o valor médio do AIS de cabeça 2,3. Quanto ao TRISS, obteve-se a média de 94. A mortalidade nesse grupo foi de 5,5%. Observamos que 77,3% dos pacientes estudados são do sexo masculino, e 22,7% do feminino. A média de idade foi de 28,5 anos, sendo de 28,3 para homens e 29,1 para mulheres. Conclusões: Há considerável prevalência de pacientes do sexo masculino entre os admitidos com TCE envolvidos em acidentes motociclísticos, alertando para prevenção. Os homens sofrem TCE, em média, 1 ano mais novos que as mulheres (contradizendo outros estudos). Palavras Chave: TCE, trauma motociclístico, perfil. PERFIL DOS TRAUMATISMOS SUPERFICIAIS ATENDIDOS NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO Irany Santana Salomão Luís Angelo Braga Morosini Marta Araújo Silva Rui Nei de Araújo Santana Jr Thayane Silveira Guimarães Universidade Estadual de Santa Cruz –Ilhéus – Bahia-Brasil O presente trabalho prospectivo visa avaliar os traumatismos superficiais de N= 15.394 pacientes atendidos através de amostra n= 719 colhidas através de protocolo entre julho de 2004 e dezembro de 2005. Desses 76,5% eram masculinos, 49,3% pardos. A média de idade em anos foi 26,6 ± 17,3 com mediana de 28 anos. A ocupação prevalente foi estudantes (36,8%). O horário das 18:00h às 23:59h (42,0%) e os sábados (26,2%) representam períodos de maior demanda. Foram atendidos 93,6% até 8 horas após o traumatismo e 54,6% afirmaram ser vacinados contra o tétano. Quanto à contaminação 84,4% dos traumatismos eram potencialmente contaminados. Armas brancas foram as origens mais comuns dos traumatismos (56,8%). O tipo predominante de lesão foi lácero-contusas (62,7%) e a região topográfica mais atingida foi membros superiores (36,0%). A conduta na maioria dos casos foi sutura (58,9%). Em 13,3% pacientes, utilizou-se antibioticoterapia. Os achados neste trabalho demonstram que o perfil dominante nos atendimentos é homem pardo e jovem e que a maior parte dos atendimentos foi de baixa complexidade. Palavras-chave: Perfil; Trauma; Traumatismo superficial. PERFIL EPfDEMÍOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS - SAMU -SÃO LUÍS Danie! Souza Lima, Riía Carreiro Neiva, Juiio César Oliveira Vieqas, Renata GabrieSa Miranda de Araújo Ribeiro, Silvana Helena Serra Muniz, Janaína Monteies Aguiar, Daísy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil. Introdução. O Município de São Luis, sofreu conversão de modeio de São Luis Urgente (Serviço Básico Pré-Hospitalar), para SAMU em agosto de 2004, tornando-se o principal serviço de atendimento pré-hospiíafar do município. Objetivo. Demonstrar a influência da teie-medicina e do atendimento domiciliar na mudança de perfil dos atendimentos realizados no SAMU - São Luis. Materiais e Métodos*. Realizou-se um estudo através da coïeta de dados registrado peia ficha individua! de regulação médica, compreendendo os atendimentos realizados de agosto de 2004 a dezembro de 2004 e íguaí período no ano de 2005.Resultados: O número de solicitações no período de agosto a dezembro de 2004 foi de 17 509, enquanto que em 2005 foi de 34.457, o que corresponde ao incremento de 50,8% nas chamadas para o 192. Das solicitações recebidas foram atendidas em 2004 com envio de ambulância 16.401 casos e em 2005 no mesmo período 20.776, o que corresponde 79,0% de acréscimo nas ocorrências analisadas. Dois fatores de grande importância que contribuíram na resolução das atividades do 192 foram; orientação por telefone que em 2004 atingiu 665 casos e no mesmo período do ano seguinte teve uma elevação de 682%, o que corresponde a 4.538 casos e o atendimento no íocaí da ocorrência (QTH) em 2004 foi apenas 400 casos e em 2005 2.758 atendimentos, o que corresponde a 689%. Conclusão: No perfil demonstrado evidencia-se que o SAMU através do uso da tele-medicina e do atendimento domiciliar, conseguiu reduzir a demanda de casos para rede fixa.Palavras-chave: samu,perfil. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MORTES VIOLENTAS NO IML EM SÃO LUÍS-MA Edem Moura de Matos Júnior, Bruno Santos Bogéa, Luís Rodolfo de Almeida e Silva e Souto, Edson Dener Zandonadi Ferreira,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima. Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil. Introdução: O trauma mais do que uma grave doença, tem sido considerado um sério problema médico, social e comunitário. É hoje um dos mais significativos problemas de toda área da saúde. A doença trauma é a principal causa de morte na faixa etária até os 45 anos, sendo a terceira causa geral de morte após as doenças cardíacas e o câncer.Objetivo: Apresentar o perfil epidemiológico da violência urbana na cidade de São Luís-MA.Material e Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo os anos de 2004 e 2005 registrados no Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA, vítimas da violência urbana. A coleta dos dados foi realizada através do preenchimento de uma ficha durante consulta dos livros de registros de óbitos. Foi criado um banco de dados no EPI INFO 2005 para análise estatística.Resultados: A amostra foi de 1511 óbitos. A faixa etária mais expressiva foi de 21-30 anos (33,5%) e o sexo masculino foi o mais acometido (82,7%). As principais causas de óbito foram acidente de trânsito (25,5%), arma de fogo (20,5%) e arma branca (18,2%). O TCE esteve em 31,3%, o trauma torácico em 15,5%, a asfixia com 11,4% e o politraumatismo em 9,7%. Setembro e dezembro foram os meses com maior índice de óbito (9,3%) e domingo foi o dia com o maior número de registros de óbito com 24,6%.Conclusão: O acidente de trânsito representa a principal causa de óbitos registrados no IML em São Luís-MA. O qual acomete, sobretudo, o indivíduo jovem do sexo masculino. A elevada amostra dos casos de acidente de trânsito revelam um sério problema social.Palavras-chave: violência, trauma. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS COM TCE LEVE E FATORES ASSOCIADOS A LESÕES INTRACRANIANAS Kênia de Castro Macedo, Fabiana Maria Kakehasi, Eugênio Marcos de Andrade Goulart. UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil. Objetivos: 1) descrever o perfil epidemiológico de crianças com traumatismo cranioencefálico (TCE) leve e a evolução clínica na primeira semana após o trauma; 2) identificar fatores associados à lesão intracraniana (LIC) e à fratura de crânio e 3) avaliar a validade da radiografia de crânio como teste de triagem no diagnóstico de LIC. Pacientes e métodos: trata-se de pesquisa do tipo coorte, prospectiva e observacional, realizada com 932 pacientes de O a 12 anos de idade, vítimas de TCE há menos de 24 horas e admitidas no hospital com pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG) igual a 14 ou 15. Os dados foram coletados no período de março de 2004 a março de 2005, por meio de entrevistas. Resultados e conclusões: O TCE leve ocorreu principalmente em lactentes e pré-escolares do sexo masculino, devido a quedas. Os sintomas mais relatados foram sonolência (64,7%), hematoma de escalpo (63,7%), cefaléia (53,3%), irritabilidade (38,2%) e vómito (32,2%). Realizou-se exames de imagem em 93,3% dos pacientes, sendo 69,5% submetidos apenas à radiografia de crânio, 9,3% apenas à tomografia computadorizada de crânio e 14,5% a ambos. Um número significativo de pacientes evoluiu com fratura de crânio (7,6%) e/ou LIC (3%). Foram internados 6,9% dos pacientes, entretanto apenas 4 pacientes necessitaram neurocirurgia e não ocorreram óbitos. Na primeira semana após a alta, os principais sintomas relatados foram cefaléia (24,1%) e irritabilidade (15,6%) e um paciente apresentou hematoma extradural, com resolução espontânea. Após regressão logística, os fatores associados à LIC foram fratura de crânio, ECG igual a 14, presença de lesão em outros segmentos corporais e confusão mental. Estes sintomas devem motivar a realização de tomografia. Os fatores associados à fratura de crânio foram idade < 1 ano, hematoma de escalpo, sinais de fratura de base, ECG igual a 14 e vómito. A fratura à radiografia de crânio apresentou sensibilidade de 60% e valor preditivo negativo de 90% para o diagnóstico de LIC, índices inadequados para ser utilizada como teste de triagem. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL LUIZ VIANA FILHO. EM Autores: Gustavo Mercês Campinho, estudante do terceiro ano da faculdade de medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Ilhéus, Bahia, Brasil; Irany Santana Salomão, docente do departamento de saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Bahia, Brasil; Fernanda Gabriela Pinto, cursando o quarto ano da faculdade de medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC; Thayane Silveira Guimarães, estudante do 4 ano da faculdade de medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC; Leandro Costa Menezes, aluno do terceiro ano do curso de medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC; Murilo Fagundes Castro, aluno de Biomedicina da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC. INTRODUÇÃO: Os traumas abdominais penetrantes afetam aproximadamente 35% dos pacientes atendidos em serviços urbanos de trauma, sendo o intestino delgado e o fígado a víscera oca e o órgão sólido mais acometidos, respectivamente. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de traumas abdominais penetrantes internados no Hospital Geral Luiz Viana Filho, Ilhéus, Bahia. MATERIAL E MÉTODO: Estudo longitudinal retrospectivo de 54 pacientes, vítimas de trauma abdominal penetrante, que foram submetidos a tratamento cirúrgico, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2003. Os dados foram obtidos por meio dos prontuários médicos a partir de protocolo previamente estabelecido. RESULTADOS: Observou-se maior freqüência no sexo masculino (94,44%) e na faixa etária de 20 a 30 anos (48,14%), em sua maioria, procedentes de Ilhéus. Todos os traumas analisados foram de origem violenta, sendo que 62,96% foram causados por ferimento por arma de fogo (FAF) e 37,04% por ferimento por arma branca (FAB). Quanto à topografia da lesão externa, 85,19% apresentavam apenas uma lesão, localizada principalmente em hipocôndrios direito (12,96%) e esquerdo (12,96%). Os órgãos mais acometidos foram intestino delgado (38,88%), cólon (31,48%) e fígado (27,77%). Quanto ao procedimento cirúrgico utilizado, todos os pacientes foram submetidos à laparotomia exploradora, com 18,94% enterorrafias, 17,89% cirurgias de cólon, 15,78% hepatorrafias e 11,57% gastrorrafias. A média de tempo de internamento dos pacientes foi de 10,2 dias para FAF e 10,3 dias para FAB. 31,48% dos pacientes necessitaram de transfusão sanguínea. A taxa de mortalidade foi de 3,70%. CONCLUSÃO: Os adultos jovens do sexo masculino foram mais acometidos por ferimentos penetrantes no abdome, todos originados por causas violentas. Os traumas provocados por FAF estão associados a um grau maior de comprometimento das vítimas em comparação com FAB. Visando diminuir a incidência desse tipo de trauma, deve-se enfatizar o combate à violência e a melhoria das condições de segurança. PALAVRAS CHAVE: Trauma abdominal; Perfil Epidemiológico; Ferimento por Arma de Fogo; Ferimento por Arma Branca. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO,INTERNADOS NO SETOR DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) DO HOSPITAL GERAL DO ESTADO (HGE), SALVADOR, BAHIA. Autores: Daniel Andrade Reis, Aline Costa Silva, Isabela Ferreira, Paula Viana Matos, Rafaela Barros Costa, Rodrigo Carvalho Santos, Vitor Rossi Bastos, Jayme Freire. Instituição: Setor de Trauma Raquimedular do HGE. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes internados no setor de TRM do HGE, vítimas de acidente automobilístico, para então agir junto à comunidade com medidas de caráter preventivo.MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo com 273 pacientes, vitimas de trauma raquimedular após acidente automobilístico, no período de janeiro de 1991 a junho de 2006. Os dados foram obtidos através da busca ativa em prontuários do setor de TRM do HGE.RESULTADOS: Foi constatado que 84,6% eram do sexo masculino, 80,6% procedia da zona urbana, 57,4% estavam na faixa etária de 20 a 39 anos, 53,5% eram solteiros, 41% foram vítimas de fratura e 48% de fratura-luxação, sendo o nível da lesão mais comum em C5 e C6 com 15,4% e 14,3% respectivamente, sendo seguidos por lesões em T12 (10,3%) e L1 (8,4%). A Escala de Frankel do membro superior classe E foi visto em 56% dos pacientes na admissão e 59,3% na saída. A classe A foi de 17,6% na admissão e 15% na saída. Enquanto que a Escala de Frankel dos membros inferiores classe E foi de 48,7% na admissão e 50,9% na saída e a classe A foi de 29,7% na admissão e 27,5% na saída.CONCLUSÃO: A avaliação desses dados permitiu caracterizar os grupos de risco, servindo como instrumento de base às políticas de saúde, cuja ação esteja centrada na prevenção do traumatismo raquimedular em pessoa vítimas de acidente automobilístico.PALAVRAS-CHAVE: Perfil epidemiológico, traumatismo raquimedular, acidente automobilístico. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE LESÕES POR PROJÉTEIS DE ARMA DE FOGO Soraya Soares de Almeida ; Irany Santana Salomão; Aritana Alves Pereira; Karine Matos Bispo; Jamille Freire da Silva; Thaísa Lima Ribeiro, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil. Este trabalho visa analisar o perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma por arma de fogo internados no Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF), Ilhéus, Bahia. Trata-se de um estudo retrospectivo, durante o período de Janeiro a dezembro de 2005, realizado por meio de busca ativa em prontuários onde foram analisadas 40 vítimas de lesão por projétil de arma de fogo. Os dados foram coletados seguindo um protocolo previamente elaborado presentes no arquivo do HGLVF. O protocolo foi subdividido em identificação da vítima, caracterização da lesão por arma de fogo, conduta adotada e evolução da vítima. Observou-se maior freqüência nas vítimas do sexo masculino (95%), com faixa etária predominante entre 20 e 29 anos (40%), com uma idade média de 24,5 anos. Quanto à topografia da lesão a região torácica foi a mais acometida (31%), seguida dos membros superiores (16%), membros inferiores (13%), abdome (11,5%), cabeça (10%), região cervical (6,5%), com 65% dos casos apresentando um só projétil. Em 87,5% dos casos analisados os ferimentos foram penetrantes, sendo as principais estruturas acometidas os pulmões (28%), seguido pelas alças intestinais (17,5%). Em 62,5%, o tratamento foi cirúrgico e 97,5% evoluíram com alta hospitalar. A violência por armas de fogo é um problema crescente no Brasil, sobretudo por atingir intensamente a população jovem. Novos estudos são imprescindíveis a respeito desse tema, podendo assim demonstrar o impacto que essas lesões causam às vítimas e a necessidade de se intervir sobre o assunto. PALAVRAS-CHAVE: Ferimentos por arma de fogo; Arma de fogo/lesões; Ferimentos penetrantes. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE MERGULHO EM ÁGUA RASA, INTERNADOS NO SETOR DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) DO HOSPITAL GERAL DO ESTADO (HGE) Autor(es): Helmut Alves Vetter, Leonardo Mascarenhas, Edilberto Amorim, Amanda Canário, Danilo Teodoro, Clarissa Gonçalves, Pablo Cal, Vitor Cruz, Jayme Freire e Joilda Gomes. HGE, Salvador, Bahia. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por lesões traumáticas da coluna vertebral com lesão raquimedular internados no setor de TRM do HGE. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo com 145 pacientes, vítimas de trauma raquimedular por mergulho em água rasa no período de janeiro de 1991 a agosto de 2006. Os dados foram obtidos através de busca ativa no banco de dados do setor de TRM do HGE. Foram avaliadas informações dos pacientes quanto ao sexo, idade, procedência, tratamento, escala de Frankel, ano, mês, estado civil e tempo de internamento. RESULTADOS: Observou-se um predomínio de homens jovens (70,8% até 29 anos), solteiros, procedentes de zona urbana. O número total de acidentes foi maior nos meses de verão, com pico em fevereiro (27 casos). Os principais diagnósticos das lesões foram fratura (51,7%) e fratura-luxação (34,5%), sendo as vértebras C5 (43,5%) e C6 (20,7%) as mais atingidas. A melhora da função neurológica no pósoperatório variou de acordo com a gravidade da lesão. O tratamento foi cirúrgico em 90,3% dos casos e em 45% dos casos o tempo de internamento foi de 31 a 60 dias. CONCLUSÃO: A avaliação dessa grande incidência de TRM por mergulho em água rasa fornece embasamento para que sejam realizadas campanhas educativas com o objetivo de prevenir esse tipo de lesão. PALAVRAS - CHAVE: Traumatismo raquimedular (TRM), mergulho, água rasa. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TRAUMAS HEPÁTICOS E ESPLÊNICOS NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO - HGLVF Lorena Marques Vaz; Fernanda Verena Sá Riccio; Irany Santana Salomão; Geysa Fonseca Rebouças; Luís Ângelo Braga Morosini; Thayanne Silveira Guimarães. Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil. OBJETIVO. Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por lesões hepáticas e/ou esplênicas atendidos no HGLVF, no município de Ilhéus, Bahia. MATERIAL E MÉTODOS. Trata-se de um estudo retrospectivo, com coleta de dados através da Busca Ativa em prontuários do Sistema de Arquivos Médicos e Estatística – SAME do HGLVF. Foram estudados os prontuários de 26 pacientes, vítimas de trauma abdominal, com lesão hepática e/ou esplênica, atendidos no HGLVF, de outubro de 2003 a setembro de 2005. RESULTADOS E DISCUSSÃO. A maioria dos pacientes atendidos era do sexo masculino (96%), de 11 a 39 anos de idade (85%), corroborando com dados previamente encontrados na literatura, mostrando uma notória participação de jovens, principalmente do sexo masculino, nos índices referentes a traumas. 70% residiam em bairros periféricos do município de Ilhéus, sugerindo uma provável relação entre baixo nível socioeconômico e trauma, principalmente de causas violentas. A maioria das admissões aconteceu de abril de 2004 a setembro de 2004 (54%), à noite (54%), e 69% dos pacientes não receberam atendimento pré-hospitalar. O método diagnóstico mais utilizado foi a associação de anamnese, exame físico e exames laboratoriais (50%). 81% dos traumas foram penetrantes, principalmente com lesões hepáticas isoladas (20 casos), seguidas das lesões esplênicas (5 casos) e apenas um caso de lesão hepática e esplênica associadas. Todos os pacientes foram submetidos à laparotomia exploradora, sendo então realizadas 21 hepatorrafias, 3 esplenorrafias e 3 esplenectomias totais. CONCLUSÃO. A avaliação desses dados identificou grupos de risco, além do perfil do serviço, servindo às autoridades e aos estudiosos na área como instrumento para definir ações de saúde necessárias ao adequado controle e prevenção do trauma abdominal.PALAVRAS-CHAVE: perfil epidemiológico, trauma, trauma hepático, trauma esplênico. PERFIL EPiDEMiOLÓGlCO DAS CRIANÇAS VÍTIMAS DE QUEDA QUE REALIZARAM CIRURGIA ORTOPÉDICA Gabrieí Teixeira Montezuma Sales, Raquel Teí/es de Souza Quixadá, Germana Vasconcelos Mesquita Maríiniano, Vanessa Pinho de Barros, Manuel Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federai do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil. Objetivo: Este estudo objeííva determinar o perfil epídemiológico das crianças menores que 15 anos vítimas de queda que realizaram cirurgia ortopédica. Materiais e Métodos: Estudo transversal e descritivo baseado na análise de prontuários em sete hospitais de Fortaleza que atendem peio SUS (quatro públicos e três particulares) por oito meses (agosto/2005 e rnarço/2006). Os dados foram analisados através do Programa Epi Info® v. 6.04b. Resultados: Das 1694 cirurgias ortopédicas realizadas no respectivo período em Fortaleza, grande parte, 677 (39,96%), tiveram como mecanismo de trauma as quedas. As crianças foram responsáveis por 174 destes casos cirúrgicos. Nessa faixa etária, ocorreu um equilíbrio entre as quedas de aftura e mesmo altura. Quanto ao sexo, o masculino foi o mais frequente com 124 (75,51%) casos. A média de idade das vítimas foi 9,26 anos (SD; + 3,31). O membro superior foi a região mais atingida com 162 casos (93,1%) e o osso mais atingido foi o rádio com 77 (44,2%). Considerando o período do dia, 50,00% aconteceram durante a tarde entre 14 e 19 horas Quanto à severidade do trauma, houve um equilíbrio entre os traumas considerados leves e moderados, representando juntos 90,80%. Em 123 pacientes, o material utilizado durante a cirurgia foi somente fio de aço, sendo o fio de Steimann o mais utiiízado com 95 casos. Conclusões: O perfil das crianças vítimas de queda submetidas à cirurgia ortopédica foi: meninos em que o acidente aconteceu predominanternente no membro superior (rádio), no período da tarde. Durante a cirurgia, em geral, somente foi necessário a utilização de fios de aço, em geral, procedimento simples. Palavras Chaves: Criança, EpidemioSogia, Cirurgia Ortopédica. PERIODICIDADE DE TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO CAUSADO POR ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil. Objetivo: Estudar os períodos do dia, semana e mês em que são atendidos pacientes vítimas de trauma crânio encefálico (TCE) causado por acidentes motociclísticos. Material e Métodos: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos na emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e junho de 2005. Dentre todos estes prontuários foram selecionados os pacientes com traumatismo crânio encefálico, vitimas de acidentes motociclísticos (181 pacientes). Os dados analisados foram os obtidos através da ficha de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base. Resultados: Houve mais atendimentos em janeiro (13,8%), maio (12,2%) e novembro(12,2%) e menos em setembro (2,2%).Durante a semana, o maior número de atendimentos ocorreu na sexta feira (17,7%) e sábado (16%) e o menor na quarta feira (11%). O período do dia com menos atendimentos foi o da manhã entre 7 e 11h (8,8%), e com mais foi o entre 19 e 23 h (28,7% dos atendimentos). Durante os finais de semana o volume de atendimento continuou alto após às 23h (38,8% dos atendimentos aconteceram entre as 23 e 6 h), enquanto que, durante a semana, houve um decréscimo no número de atendimentos nestes horários, e elevada incidência entre 11 e 18 h (36,8%). Conclusões: Há notável variação de mês, dias da semana e horário no número de atendimentos de TCE causado por trauma motociclístico, logo, medidas de prevenção podem ser melhor direcionadas. Palavras Chave: TCE, período, trauma motociclístico. POSTO MÉDICO AVANÇADO: OUTRA INTERFACE DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ALVES, F.S.; PIVA, D.; VIEIRA, R.C.A.; BRASILEIRO, F.F.; COSTA, M.C.M.; SANTOS A.M.; SEABRA, J.D.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C.; LIMA, H.J.S. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE BRASIL Introdução: O Atendimento Pré-hospitalar tem várias nuances que têm se apresentado à população. Na cidade de Aracaju, capital da menor estado do Brasil, o SAMU 192 ARACAJU tem marcado presença nos atendimentos de urgência e emergência, sob várias formas. Uma destas é a montagem de Postos Médicos Avançados em eventos festivos com aglomerados de pessoas, sempre com o objetivo de prestar atendimento qualificado a qualquer indivíduo que esteja participando do evento e que sofra agravo à sua saúde, evitando assim a superlotação das portas de entrada de urgência da cidade. Objetivos: Traçar um perfil do atendimento prestado pelo Posto Médico Avançado – PMA - do SAMU 192 ARACAJU no evento FORRÓCAJU 2006 Metodologia: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192 ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de gráfico para melhor visualização. Resultados: Nos 14 de evento foram realizados 367 atendimentos. Destes, 81% (N=297) foram casos clínicos e 19% (N= 70) traumáticos. Dentre os atendimentos clínicos, tiveram destaque o alcoolismo agudo, tonturas e cefaléias. Dentre os traumáticos, os traumas superficiais, e entorses. 46 (12,5%) pacientes necessitaram de remoção para unidades hospitalares e não-hospitalares de urgência, sendo que 3 (6,5%) destes foram removidos por Viaturas de suporte avançado. 321 pacientes tiveram seus agravos resolvidos no próprio posto, denotando um índice de resolutividade de 87,4%. Conclusão: Pelo volume de atendimento e alto índice de resolutividade do PMA, concluímos a necessidade de uma unidade de APH como esta, montada pelo SAMU 192 ARACAJU em eventos festivos de grande porte como o FORRÓCAJU 2006, evitando assim um aumento da demanda nos serviços hospitalares e de urgência da cidade. PREDETERMINANTES DE SOBREVIVÊNCIA EM VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO SUBMETIDAS A ATENDIMENTO PRÉ-HOSP1TALAR Marisa Amaro Malvestio, Regina Márcia Cardoso de Sousa SAMU São Paulo/Brasil, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo , São Paulo/Brasil. Objetivo : Identificar as variáveis da fase pré-hospitalar associadas à sobrevivência e avaliar o valor predeterminante dessas variáveis sobre o resultado obtido por vítimas de acidentes trânsito, com Revised Trauma Score (RTS) <11, atendidas por suporte avançado à vida (SAV) e encaminhadas a hospitais íerciários em São Paulo. Método: A "Análise de Sobrevivência de Kaplan Meier" e o "Modelo de Riscos Proporcionais de Cox" foram aplicados as variáveis: sexo, idade, mecanismos do acidente, procedimentos de suporte básico e SAV, RTS (parâmetros e flutuações), tempos no APH, gravidade do trauma pelo Injury Severity Score (ISS), Maximum Abbreviated Injury Scale (MAIS) e número de lesões. A variável dependente foi o tempo de sobrevivência após o acidente, considerando os intervalos determinados até o término da internação. Resultados: A análise revelou 24 fatores associados à sobrevivência de 175 vítimas, dentre eles: procedimentos respiratórios invasivos (PRl) e os circulatórios básicos,reposição de volume,variáveis relativas ao RTS,ISS,MAIS e ao número de lesões. No modelo final de Cox, ter sido submetido a PRI e compressões torácicas, apresentar lesão abdominal e ISS>25 foi associado a maior risco para o óbito até 48h após o trauma. Até 7 dias, a PÁS até 75mmHg substituiu as compressões torácicas no modelo. A reposição de volume foi o único fator com valor protetor em todos os intervalos de tempo. Conclusão: A necessidade de PRA e as alterações circulatórias da vítima já na cena pré-hospitalar, associadas a existência de lesão abdominal e a gravidade global, foram faíores predeterminantes para maior risco para o óbito na sobrevivência das vítimas desse estudo. O único fator da fase de APH com valor de proteção para o óbito foi a reposição de volume. Palavras chaves: Enfermagem no trauma, acidentes de trânsito, modelos de riscos proporcionais. PROGRAMA DE SUPORTE DE INFORMAÇÃO: UMA PROPOSTA VIÁVEL PARA TRABALHAR COM FAMÍLIAS APÓS O TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE). Edilene Curveio Hora Sema 1 Regina Márcia Cardoso de Sousa2 UFS (Aracaju-Se-Brasi/)1 USP (São PauJo-SP-Brasil)2 Objetivo Testar a eficácia de um programa de suporte de informação, eíaborado para intervir nas famílias após o TCE. Casuística e Método: Estudo experimenta), realizado com 60 familiares. Resultados Houve um aumento sígnífícante da variação das necessidades atendidas no grupo experimenta! (p<0,001) ern relação ao controle (p=0,326). Conclusão A informação oferecida no programa às famílias foi eficaz. Palavras-chave: Família, Intervenção da enfermagem. PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO SAMU: CUfDANDO DO CUIDADOR Eliandro Rômuío Cruz Araújo, Adriana Aroucha Briío, Daniel Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Juüo César Oliveira Víegas, Renata Gabriela Miranda de Araújo Ribeiro, Siivana Helena Serra Muniz, Janaína Monteies Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiíerman Uma Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil. Introdução: Segundo Seiligmann Silva (1994) "As aíividades dos profissionais de saúde são fortemente tensiogènicas, isso devido às prolongadas jornadas de trabalho, ao número limitado de profissionais, e ao desgaste psico-emocíonal na execução das tarefas".Objetivo: Avaliar o nível de stress apresentado pêlos colaboradores do SAMU; Desenvolver recursos pessoais nos profissionais da equipe, para lidar com questões referentes ao trabalho; Desenvolver o trabalho em equipe; Promover dentro do N.E.P. (Núcleo de Educação Permanente) a _educação em Psicologia e Fisioterapia. Materiais e Métodos; É utilizado pela Fisioterapia a Ginástica Labora! visando promover a saúde ocupacional; Sessões de massagens - mediante solicitação e queixas de dores corporais, Aplicação da Acupuntura para combater as afecções decorrentes do trabalho ou que prejudiquem o mesmo. Os procedimentos uttíizados peio profissional da Psicologia são a Dinâmica de Grupo, Os Encontros Vivenciais, (estes, utilizam-se de recursos lúdicos para serem discutidas e aprendidas questões como motivação, trabalho em equipe, emoções vivenciadas no trabalho, comunicação e resoluções de problemas),Resultados: Com os trabalhos realizados pela Fisioterapia e pefa Psicologia foi possível perceber uma adesão positiva da maioria dos profissionais; A diminuição de queixas de cefaléia decorrente da jornada de 12 horas trabalho; A mobilização e crescimento pessoal dos profissionais envolvidos, bem como solicitações para atendimento clínico. Conclusão: As atividades do Programa de Humanização tem permitido dar uma atenção maior aos profissionais de saúde, valorizando-os como profissionais e principalmente enquanto Seres Humanos. PaJavras-chave: samu, huimanização PROJETO VERÃO 2006: ATUAÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU ALVES, F.S.; CABRAL, J.G.C.; FRANÇA, A.C.B.; OLIVEIRA. C.G.S.: BRASILEIRO, F.F.; FRANÇA, CR.; BARRETTO, M.X.A.; LIMA, H.J.S Serviço. SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRSIL Introdução: O Projeto Verão é um evento que ocorre no período de férias, comumente no mês de Janeiro, na cidade de Aracaju. Acontecem shows de música, assistidos por grande número de populares com possibilidade de ocorrências com danos à saúde. O SAMU 192 ARACAJU participou deste evento através da montagem de um Posto Médico Avançado (PMA), com equipe de profissionais com a finalidade de prestar assistência à população presente no evento. Objefivos Traçar o perfil do atendimento desenvolvido pelo SAMU 192 ARACAJU durante o projeto verão 2006. Metodologia: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192 ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de gráfico para melhor visualização. Resultados: Nos 4 de evento, trabalharam 70 profissionais e foram realizados 52 atendimentos. Destes, 46,15% (N=24) clinicos; dentre os quais prevaleceram os casos de alcoolismo com 54,2% (N=13), e 53,85% (N= 28) traumáticos; os traumas diversos liderando com 35,7% (N=10) 20 (38,5%) eram do sexo feminino e 32 (61,5%) pertenciam ao sexo masculino. Três (5,75%) pacientes necessitaram de remoção para unidades hospitalares e não-hospitalares de urgência, sendo todos encaminhados em Unidades de Suporte Básico. 49 pacientes tiveram seus agravos resolvidos no próprio posto, denotando um índice de resolutividade de 94,25%. Conclusão: A atuação do SAMU 192 ARACAJU, através de um PMA durante o Projeto Verão 2006 evitou o aumento da demanda hospitalar na rede de urgência e emergência nos dias do evento pêlos casos gerados no local da festa. Do contrário, haveria uma sobrecarga do sistema, que normalmente é previsto em eventos desse porte. PROJETO VIDAS: ACÃO UNIVERSITÁRIA DE ESTUDO, TREINAMENTO E ENSINO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CIRURGIA DO TRAUMA AUTORES: Alex Pitzer Garcia; Bárbara Zanfelici Bevenuti da Silva Santos; Leonardo Souza Patrocínio; Lígia Theodoro da Silva, Mariana dos Santos Raposo Pimentel; Paula Yoshimura Coelho; Vinícius Moraes Mariano; ONG PROJETO VIDAS; UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA (USS), VASSOURAS - RJ - BRASIL. OBJETIVO: O Projeto Vidas é uma ONG formada por médicos e académicos da área da saúde da USS que visa promover, fomentar e desenvolver o estudo sobre o ambiente pré-hospitalar de emergência e cirurgia do trauma. MATERIAIS E MÉTODOS: Os membros da ONG se reúnem semanalmente para realizar pesquisas de caráter científico sobre a área de atuação; estimular, através do conhecimento do dia-a-dia, o autoconhecimento de seus membros em relação aos temas abrangidos. Visa promover ações básicas em atendimento pré-hospitalar, realização de cursos, seminários, mesas redondas, congressos e outros voltados às pessoas da comunidade e da área de saúde. RESULTADOS: Em seus 8 anos de existência o Projeto Vidas já treinou mais de 1500 pessoas em seus cursos de primeiros socorros e reanimação cardiopulmonar, atualização em APH e cirurgia do trauma, palestras à comunidade, além de ter promovido campanhas de prevenção a acidentes através de feiras de saúde e participação em SIPAT (Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho). CONCLUSÕES: O envolvimento académico, de modo interdisciplinar, quando proposto a fomentar e desenvolver ações de estudo e treinamento em APH e cirurgia do trauma, auxilia como método de prevenção de acidentes e integração da área da saúde. Desta maneira devemos promover o ensino de tais assuntos em todas as esferas educacionais com o intuito de que, em longo prazo, todos tenham conhecimentos básicos. PALAVRAS-CHAVE: Projeto Vidas, APH, Cirurgia Trauma REFERÊNCIAS: 1- 2005 American Heart Association Guídelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care 2- MARTINS, HS et ai, EMERGÊNCIAS CLÍNICAS: ABORDAGEM PRÁTICA. 2 Edição - Barueri- SP, Editora Manole, 2006. PROPOSTA DE AÇÕES EDUCATIVAS NA ABORDAGEM ÀS QUEIMADURAS Ariella Monique Dantas Nóbrega - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Ângela Amorim de Araújo - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Francileide de Araújo Rodrigues - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Josilene de Melo Buriti Vasconcelos - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Juliana Ataíde Melo de Pinho - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem Santa Emilia de Rodat - FASER João Pessoa - PB - Brasil Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição a chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção, corrente elétrica ou mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga). Elas podem ser classificadas quanto à profundidade em queimadura de 1º grau, onde a epiderme é destruída; queimadura de 2º grau, onde há a destruição da epiderme e camadas superficiais ou profundas da derme; e queimadura de 3º grau, que pode atingir todas as camadas da pele, tecidos adjacentes e profundos. Analisando a etiologia das queimaduras percebe-se que a falta do cuidado doméstico é a principal causa destes acidentes. Nestas situações, a dor causada pela lesão faz com que as pessoas utilizem pomadas e ungüentos, além de uma infinidade de outros produtos, que podem trazer sérios problemas e complicações para a vítima. Desta forma, ressalta-se a importância da disseminação de informações sobre prevenção e primeiros cuidados nas queimaduras como forma de contribuir para diminuição da incidência destes acidentes, bem como para minimizar as complicações decorrentes do tratamento inadequado. Este estudo busca analisar os índices de queimaduras na cidade de João Pessoa, no período de 2002 a junho de 2006; e elaborar uma proposta de ações educativas voltadas para prevenção e atendimento inicial a partir das causas mais freqüentes de queimaduras na realidade adscrita. Tratase de um estudo bibliográfico que teve como fontes literárias livros específicos, artigos de revistas, materiais da Internet e dados fornecidos pelo Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, referência no tratamento de queimados no município de João Pessoa-PB. Os dados emitidos pelo hospital no período estudado revelam um total de 6.268 vítimas de queimaduras, de causas diversas, com 38% de casos que requerem internação para tratamento especializado. A partir da análise destes dados, foi elaborada a proposta de ações educativas, que contempla informações essenciais para socializar o conhecimento à comunidade na prevenção e primeiros socorros nas queimaduras. Entendemos que é primordial no combate a estes acidentes que as ações educativas propostas sejam implementadas, considerando as particularidades de cada região. Palavras-Chave: Queimadura – Ações educativas – Prevenção PROTOCOLO “ONDA VERMELHA – ATENDIMENTO DE PACIENTE “IN EXTREMIS” NO HOSPITAL JOÃO XXIII – NOVOS NÚMEROS Helio Machado Vieira Jr., Bruno de Lima Rodrigues, Marcos Campos W. Reis, Natália Lage Bistene, Charles Simão Filho, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil Objetivo: descrever o protocolo Onda Vermelha” para atendimento de pacientes “in extremis” existente desde novembro 2004 no Hospital João XXIII, os motivos que levaram a sua criação, e os dados e resultados obtidos com esta sistematização de atendimento. Material e métodos: trabalho realizado de forma prospectiva, através de coleta de dados em formulários próprios, para todos os pacientes submetidos ao protocolo. Análise e armazenamento dos dados em planilha eletrônica. Revisão da literatura, realizado na base de dados BIREME, buscando artigos redigidos na língua inglesa e portuguesa, com as palavras-chave: toracotomia de urgência, ressucitative thoracotomy, emergency room thoracotomy, além de pesquisa em livros texto de medicina. Resultados: foram submetidos ao protocolo, criado em 2004, 98 pacientes, com predominância absoluta do sexo masculino ( aproximadamente 95%), e de adultos jovens ( em sua terceira década de vida). O mecanismo de trauma foi penetrante em aproximadamente 85% dos casos. Houve um aumento na taxa de sobrevida em 3 vezes o alcançado com os procedimentos realizados na sala de trauma, antes da instituição do protocolo (de 4% para 15%). Conclusão: a alta taxa de mortalidade apresentada pelos pacientes que chegam a sala de trauma em estado agônicos, e a exposição a que se submete a equipe, o paciente e os outros doentes, suscitaram a criação de um protocolo diferenciado de atendimento. O treinamento da equipe, de forma multidisciplinar, a disponibilização de uma sala exclusiva para pacientes “in extremis”, a adequação do banco de sangue, e a criação de uma sistematização de atendimento, podem proporcionar maior chance de sobrevida em um grupo de pacientes. Palavras-chave: toracotomia de urgência. Protocolo de Transporte Aeromédico do Paciente Critico. Waine Ciampi, Simone Lucia Contre. AMIL RESGATE SAÚDE – São Paulo; Brasil OBJETIVO: Estabelecer um protocolo de transporte aeromédico, do paciente crítico, direcionado ao atendimento de enfermagem. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os dados armazenados em registro de transportes aeromédicos em aeronave de asa fixa e rotativa. Devido ao grande numero de transportes em nossa instituição, sentimos a necessidade de direcionar e padronizar a assistência de enfermagem no transporte aeromédico. Foi utilizada uma pesquisa do tipo teórica exploratória realizada através de revisão bibliográfica. Iniciado no ano de 2004 o mesmo continua sendo aplicado até o presente, visando dar continuidade nos protocolos já estabelecidos pela maioria das grandes instituições, baseamos o protocolo de avaliação primária, preconizado pelo ATLS (A, B, C, D, E). RESULTADOS: Após a pesquisa e elaboração do protocolo de transporte aeromédico do paciente critico, detectamos uma assistência de enfermagem direcionada, pratica, objetiva e segura para o paciente e para a equipe, otimizando os cuidados prestados pela equipe de enfermagem. PALAVRAS-CHAVE: Transporte do paciente crítico; Protocolo; Aeromédico. PSEUDOANEURISMA GIGANTE DE ARTÉRIA ESPLÊNICA Gurgel GA; Souza EB; Carrilho DDR; Viana R; Rodrigues FAC, Da Silva MAN. HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL, NATAL/RN/BRASIL. INTRODUÇÃO: A artéria esplênica é a artéria visceral mais sujeita ao desenvolvimento de pseudoaneurismas, cuja incidência varia de 0,16% em autópsias não selecionadas a 7,1% em autópsias realizadas em pacientes com hipertensão porta por cirrose. Suas causas incluem traumas, cirurgia, inflamação, infecções, necrose da camada média, doenças do colágeno, arterites, arteriosclerose e anomalias congênitas. Embora a grande maioria apresente uma evolução assintomática, sua ruptura apresenta elevada mortalidade. OBJETIVO: Relatar um caso de pseudoaneurisma gigante de artéria esplênica tratado com sucesso por cirurgia e revisão de literatura. MATERIAIS E MÉTODOS: Paciente, MAM, 32 anos, M, etilista crônico, histórico de pancreatite de repetição, admitido no pronto socorro com forte epigastralgia há 5 dias. Ao exame físico apresentava estado geral regular, sinais vitais normais, hipocorado (++/4+). Abdômen plano, doloroso e com uma massa pulsátil palpável em abdome superior. Realizado USG abdominal e TC, confirmando o diagnóstico de pseudoaneurisma gigante de artéria esplênica. Submetido então a uma laparotomia exploradora com ligadura do vaso. CONCLUSÃO: A freqüência de pseudoaneurismas arteriais em pacientes com pancreatite é estimada em 10%, sendo a artéria esplênica a mais acometida. O mecanismo fisiopatológico baseia-se na lesão das paredes vasculares pelas enzimas liberadas na pancreatite. O tratamento cirúrgico convencional é preconizado em aneurismas maiores que 2,5 cm, gestantes, hipertensos ou em casos de pancreatites de repetição. Outra modalidade terapêutica é a embolização através de arteriografia. QUAL O PERFIL SOCIAL DO MOTOCICLISTA QUE UTILIZA ROTINEIRAMENTE UM TRECHO DE RODOVIA DO INTERIOR PAULISTA? AUTOR: Josiene Germano1,2,3; Leandro Germano2,3; Gustavo Germano2; Luciano Louzane3; Dalton Lage Guerra3; Marco Aurélio Guimarães1. 1Centro de Medicina Legal (CEMEL), Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2Médico credenciado do DETRAN, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 3 Intervias, Araras, SP, Brasil. Introdução: Dentre os anos de 2000 a 2003 verificou-se um crescimento de 43,7% no número de acidente com vítimas nas Rodovias Estaduais Paulistas. O acidente moto ciclístico representa 17,4% do total. Acredita-se que a redução de acidente está relacionada à responsabilidade do ser humano e não a boas condições da rodovia. Objetivo: Obter informações sobre o perfil social de motociclistas visando propor ações para redução de acidentes nas rodovias. Método: Pesquisa de condições social de 220 motociclistas atendidos na Campanha Viva Motociclista realizada em julho de 2006 na Rodovia Anhanguera (Km 181 pista sul – município de Leme) pela Concessionária Intervias. Resultado: Dos entrevistados, 96,4% é do sexo masculino, 23,6% tem mais de 40 anos de idade, 55% refere ser casado e pai de família, 45% ganha entre 03 a 05 salários mínimos, 27,7% refere tempo de habilitação entre 06 a 10 anos, 58,6% utiliza moto com 125 cilindradas, 45,9% utiliza este veículo com a finalidade de condução ao trabalho e 40,9% relata que adquiriram moto em substituição ao uso do carro ou ônibus. 38,6% referem já ter se envolvido em acidente com moto, sendo que destes 27% refere ter sido na rodovia. A maioria fazia uso de EPI (capacete, bota, luva e roupa clara), porém a maioria não possuía elemento refletivo nas motocicletas, capacetes ou roupas. Conclusão: As condições sociais verificadas entre os motociclistas são causadoras de falhas humanas de etiologia importante nos acidentes de trânsito. Campanhas de conscientização e orientação são medidas que devem ser adotadas no intuito de prevenir e reduzir a incidência de acidentes com motociclistas nas rodovias. Palavraschave: Trauma, Acidente de Trânsito e Motociclista. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR: UM CONHECIMENTO AO ALCANCE DE TODOS AUTORES: Bárbara Zanfelici Bevenuti da Silva Santos; Lígia Theodoro da Silva; Mariana dos Santos Raposo Pimentel; Melina Ramos Coelho; Rodrigo Lajovic Safatle; Vinicius Moraes Mariano; ONG PROJETO VIDAS; UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA (USS), VASSOURAS – RJ – BRASIL. OBJETIVO: Demonstrar que o conhecimento e prática sobre o protocolo básico de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) quando oferecido de maneira acessível está ao alcance de qualquer pessoa, independente da faixa etária, nível sócio-econômico e sua área de atuação. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi ministrado um curso básico de RCP para 55 alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Santa Rita, em Vassouras, Rio de Janeiro. O curso teve carga horária total de quatro horas, sendo estas dividas em duas horas de aula teórica e duas horas de aulas práticas. Para a aula teórica foi utilizado projetor de data show e para o curso prático foram utilizados manequins para treinamento de RCP adulto e pediátrico. Todas as aulas foram ministradas por acadêmicos da área da saúde da USS vinculados a ONG Projeto Vidas devidamente capacitados e atualizados para o Guideline de 2005 da American Heart Association para Reanimação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência Cardiovascular. Para avaliar o aproveitamento do curso os alunos foram submetidos a um teste contento 16 perguntas básicas sobre RCP antes e depois das aulas. RESULTADOS: Obteve-se no pré teste uma média de acerto de 25,18% correspondendo a 4,03 questões por prova. Já no pós teste houve um aproveitamento final de 67,81% equivalente a 10,85 questões. Comparando a média de acerto entre as duas provas, nota-se um aumento de 169,3% no aproveitamento final, o que corresponde a um acerto de 6,82 questões a mais em relação à prova inicial. CONCLUSÕES: O ensino básico do protocolo de RCP tem um aproveitamento satisfatório quando adaptado à realidade de determinado público alvo. Este estudo mostra que mesmo leigos os alunos do segundo grau são capazes de aplicar os conceitos do atendimento de suporte básico de vida fortalecendo assim os elos da cadeia de sobrevivência. Desta maneira notamos que a fácil aplicabilidade de ensino e aprendizado do protocolo o torna viável as diversas faixas etárias, nível sócioeconômico e áreas de atuação, sendo assim necessário apenas levar o conhecimento ao alcance de todos. PALAVRAS-CHAVE: RCP; Ensino; Leigo REFERÊNCIAS: 1- 2005 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care 2- MARTINS, HS et al, EMERGÊNCIAS CLÍNICAS: ABORDAGEM PRÁTICA. 2 Edição – Barueri- SP, Editora Manole, 2006. RELAÇÃO DAS DESPESAS MÉDICO-HOSPITALARES COM TRATAMENTO DE FRATURAS DE EXTREMIDADES DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO Fayruz Rodrigo Marcolini, William Augusto Casteleins Cecílio, Francisco José Gomes de Castro, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento intra-hospitalar prestado a vítimas de acidentes de trânsito apresentando fraturas, em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de acidentes de trânsito que apresentavam fraturas de extremidades, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos que não envolvessem veículos automotivos terrestres e pacientes que apresentassem lesões diferentes de fraturas. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: No período compreendido, foram atendidas 33 fraturas, 26 delas (78,8%) em homens. A média de idade destes pacientes foi de 32,7 +/- 18,5 anos. O valor total pago ao Hospital foi de R$39.741,72, com média de R$1.204,30 por paciente. Analisando o Injury Severity Score (ISS) para todas as fraturas, observamos média ponderada de 3,23 pontos. As fraturas foram estratificadas por tipo, resultando em 19 (57,6% - valor de R$13.021,95) em membros superiores, 13 (39,4% - valor de R$26.117,23) em membros inferiores e uma fratura concomitante de pelve e coluna, no mesmo paciente (3% - valor de R$602,54). Em relação aos mecanismos de trauma, 16 (48,5%) decorreram colisões diversas incluindo motos (R$25.391,44 – 63,9% do valor total), 08 (24,2%) de quedas de moto (R$7.270,00 - 18,3%), 07 (21,2%) de atropelamentos (R$6.415,98 – 16,1%) e 02 (6,1%) de capotamentos (R$664,30 – 1,7%). Observou-se hálito etílico em apenas 03 pacientes, no entanto a média de gastos com eles (R$2.755,84) foi superior ao despendido com aqueles em que este fato não foi observado (R$1.049,14), sendo significativo (p=0,0434). Entre os 19 motociclistas da amostra, 11 não utilizavam capacete e tiveram média de gastos (R$1.660,44) superior à média dos que utilizavam (R$908,75), mas não significativo (p=0,2783). Em relação aos acidentes envolvendo automóveis, em apenas um caso a vítima usava cinto de segurança, sendo que a média de gastos naqueles que não usavam (06 pacientes) foi praticamente duas vezes maior (R$1.223,10), não estatisticamente significativo (p=0,6713). O valor do RTS (Revised Trauma Score) calculado teve média de 7,821, não ocorreram óbitos. Conclusões: A maioria das fraturas foi observada em membro superior, no entanto o maior impacto financeiro se deu com as fraturas de membro inferior. As motocicletas foram responsáveis pela maior incidência de acidentes reportados, bem como pelo maior gasto intra-hospitalar com atendimento. A presença de hálito etílico no momento do atendimento resultou em valores significativamente maiores decorrentes de fraturas. Palavras-chave: Fraturas, despesas hospitalares. RELATO DE CASO DE ATROPELAMENTO COM INTRAHOSPITALAR DE TROMBOSE MESENTÉRICA DIAGNÓSTICO Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, William Augusto Casteleins Cecílio, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil Objetivo: Relatar o caso de um paciente que encaminhava-se para consulta em unidade básica de saúde quando foi atropelado, com posterior atendimento em um centro de trauma onde diagnosticou-se trombose mesentérica. Materiais e Métodos: Relato de caso cirúrgico atendido no Suporte Avançado de Vida, do Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador. Resultados: Paciente masculino, 45 anos, trazido de ambulância após atropelamento por automóvel, apresentando hálito etílico, Glasgow 14 e RTS (Revised Trauma Score) de 7,84 pontos. Investigação radiológica mostrou fratura escalonada de costelas e fratura de úmero direito. Ao exame, o paciente apenas referia dor abdominal difusa de grande intensidade. A tomografia axial computadorizada evidenciou distensão aérea em alças de intestino delgado, estase gástrica e pequeno hidropneumotórax à direita. Mantido em observação e analgesia durante a noite, apresentou parada cardio-respiratória após 2 horas, respondendo a manobras de reanimação e sendo mantido em ventilação mecânica. Pela manhã optou-se por realizar lavado peritoneal diagnóstico, com presença de secreção sanguinolenta escurecida, quando indicou-se laparotomia exploradora. Encontramos 300ml de líquido livre na cavidade abdominal e necrose de aproximadamente 90cm de extensão em alças intestinais, envolvendo íleo terminal e cólon ascendente. Foi realizada hemicolectomia direita com íleotransverso-anastomose, além de hemotransfusão. Evidenciou-se também pequeno sangramento pela veia porta, que foi suturada. O fechamento da cavidade se deu em Bolsa de Bogotá e o paciente foi admitido na UTI. Nos dois dias recebeu novas transfusões, evoluindo com oligúria, miose pupilar e crises convulsivas espaçadas, apresentando atividade elétrica sem pulso e mais duas paradas cardio-respiratórias. Foi a óbito 3 dias após admissão, antes de nova cirurgia para controle de danos (relaparotomia). Conclusões: A ocorrência de trombose de veias mesentéricas é uma entidade incomum, entre suas causas situamse trauma, infecção e coagulopatias. A mortalidade a ela relacionada permanece elevada, podendo evoluir de forma catastrófica, como no caso descrito. Enfatizamos sua importância tanto para o cirurgião geral quanto para o vascular, atentando para a etiologia traumática deste evento. Palavras-chave: trauma, trombose mesentérica. RELATO DE CASO DE FRATURA PANCREÁTICA POR TRAUMA CONTUSO Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. Objetivo: Relatar um caso raro de fratura pancreática completa traumática. Materiais e Métodos: Homem de 48 anos, branco, etilista crônico, com história de queda de aproximadamente quatro metros de altura e contusão lombar. Paciente chega à sala de emergência confuso, referindo dor na região lombar, pior a direita. Ao exame, mucosas hiperemiadas, úmidas, freqüência cardíaca de 135 bpm, pressão arterial de 100/80 mmHg. Abdomen distendido e doloroso. Realizada tomografia computadorizada que evidenciou fratura da região cervical do pâncreas, a direita dos vasos mesentéricos e fratura do corpo da segunda vértebra lombar. Resultados: A conduta inicial foi de manejo conservador. Nas primeiras 24h houve piora clínica evidente, com quadro de choque séptico. Nesse momento foi levado à laparotomia exploradora que evidenciou fratura completa da transição do corpo para a cauda pancreática, com necrose da região e lesão da veia porta, em sua origem. No momento da abordagem da lesão, houve sangramento de aproximadamente 2000 ml até ser realizada ráfia da lesão venosa, sendo realizado tamponamento com compressas e programação de reintervenção no dia seguinte, quando foram retiradas as compressas e feito debridamento da lesão pancreática. Nesse momento foi diagnosticada trombose da veia porta do segmento rafiado. Após 3 dias de internação em unidade de cuidados intensivos, paciente foi a óbito. Conclusão: As lesões pancreáticas tem alta morbimortalidade, muitas vezes são de difícil diagnóstico e manejo, necessitando de agressividade no diagnóstico e manejo, principalmente quando há lesão ductal. Palavras-chave: Fratura pancreática, Lesão de ducto pancreático, Trauma abdominal contuso. RESGATE AEROMÉDICO DE PACIENTE CRÍTICO VÍTIMA DE TRAUMA Leonardo Ribeiro Vasconcelos, Edvaldo Massariol jr, Claudia da Silva Amorim, Rosilene Imaculada de Souza. Samu, Betim, Minas Gerais, Brasil. Objetivos: Avaliar a Freqüência de resgate aeromédico do serviço Identificar os locais de maior freqüência da utilização do resgate aeromédico. Discutir as indicações do resgate aeromedico com vítimas de trauma. Avaliar a necessidade dos resgates eaeromédicos realizados. Materiais e métodos: estudo retrospectivo, utilizando estatísticas do Samu, Policia Rodoviária Federal, Policia Militar, Comando de rádio e patrulhamento aéreo dos pacientes transportados por helicóptero pelo Samu Betim em 1 ano por relatos em prontuários médicos de atendimento pré-hospitalar Resultado: O transporte aeromédico é realizado com freqüência no Samu Betim, os locais de início do transporte são definidos por trechos conhecidos no município e adjacências. Diminuição do tempo resposta do atendimento de suporte avançado na área de abrangência do Samu Betim. Conclusão:o resgate aeromédico pode ser utilizado com segurança, eficiência e benefício para o paciente, em lócus e distância definidas, com protocolos prévios discutidos entre os serviços que tornam o resgate aeromédico. Ocorre diminuição do tempo resposta ao tratamento definitivo do paciente crítico com o transporte aeromédico por helicóptero.Necessidade da criação de equipes de resgate aeromédico fixas com treinamento específico. Palavras chave: resgate aeromédico, Transporte aeromédico, Transporte de paciente crítico. RISCOS OCUPACIONAIS E ACIDENTES DE TRABALHO ENTRE BOMBEIROS DAS UNIDADES DE RESGATE DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Oswaldo Lourenço de Molla Neto Luiz Carlos Morrone Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo/SP – Brasil O Corpo de Bombeiros atua na assistência rápida aos cidadãos acometidos por agravos à saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar os riscos ocupacionais dos socorristas, identificar o tipo e as características dos acidentes de trabalho e as doenças que os acometem, verificar as providências adotadas e propor estratégias para diminuir os riscos ocupacionais. Participaram do estudo 30 bombeiros socorristas que trabalham em Unidades de Resgate da cidade de São Paulo. Utilizou-se como metodologia o estudo de caso, sendo a coleta de dados realizada por meio de entrevista e período observacional de dois anos. Os riscos mencionados foram os risco biológico, ergonômico, risco físico, risco de acidente com a viatura, atropelamento, estresse e trabalho em ambientes confinados. Entre os bombeiros entrevistados 43,30% relataram acidentes de trabalho com 16,66% afastamentos do trabalho devido às conseqüências destes acidentes. Dentre os acidentes de trabalho destacaram-se os ferimentos que acometem a mão e o punho. Dos bombeiros entrevistados 63,33% relataram doença com 13,33% afastamentos do trabalho, e a causa principal foi a dorsalgia. A melhora dos equipamentos de proteção, redução na jornada de trabalho, treinamento, triagem de ocorrências e disponibilização de atendimento médico qualificado foram as principais propostas para diminuir os riscos ocupacionais. No contexto estudado observou-se que não existem programas específicos no sentido de melhor as condições de saúde e segurança visando à redução dos riscos ocupacionais, acidentes de trabalho e as doenças relacionadas. palavras chave: riscos ocupacionais, bombeiros, pré-hospitalar, doenças do trabalho RUPTURA TRAUMÁTICA DE NËOBEXIGA: RELATO DE CASO iwan Augusto Coiíaço, Alexandre Vianna Soares, Adónis ísíasr, Osny Barros Júnior, Fernanda Cristina da Silva, WiJüam Augusto Casteleins Cediio. Liga Académica do Trauma (LIAT), Serviço de Cirurgia Geral doHospitai do Trabalhador, Curitiba, Paraná, Brasil Introdução: No decorrer das úítimas décadas, a derivação urinária evoluiu de simplesmente derivar o fluxo através de um conduto até a reconstrução ortoíópica, conhecida corno neobexiga. A reconstrução é feita uíiüzando-se íleo ou cólon, e é considerada a técnica mais sofisticada de derivação após cistectomia radicai. Não há, na literatura, relatos de ruptura traumática de neobexiga. A lesão vesica! traumática ocorre em associação com fratura de pe!ve na maioria dos casos (7083%), predominando as lesões por espícuias ósseas. O diagnóstico da lesão de uma neobexiga pode ser bastante difícil. Enquanto que nas lesões de bexiga a cisíografia tem uma precisão diagnostica de 85 a 100%, o mesmo não ocorre para a lesão de neobexiga. A tomografia também não é considerada um exame totalmente satisfatório, e os exames laboratoriais são inespecíficos. Resultados: Relata-se o caso de um paciente de 41 anos, vítima de coiisão auío-auto seguida de capotamento. Foi admitido hemodinamicamente estável, apresentando dor abdominal, com abdome flácido ao exame. O paciente foi mantido em observação, havendo piora da dor no decorrer das horas. Realizado tomografia, que evidenciou liquido septado na cavidade abdominal.O paciente apresentou retenção urinária e apresentava estenose de uretra; foi então realizada uma cístostomia, com presença de hematúria franca. Foi realizado laparotomia expíoradora, com achado de íesão de neobexiga. Procedeu-se à sutura da íesão e o paciente permaneceu com uma sonda uretra! de três vias e a cistostomia. Houve boa evolução, com alta no 5° dia pós-operaíório. Conclusão: A ruptura traumática de neobexiga è uma lesão rara nos centros de atendimento a trauma, e sua presença deve ser suspeitada em pacientes submetidos a este tipo de reconstrução que apresentam trauma abdominaf, mesmo na ausência de fratura de pelve. Palavras-Chave: Neobexiga, Trauma, Ruptura. SAMU 192 ARACAJU: PERFIL DE ATENDIMENTO EM EVENTO FESTIVO ALVES, F.S.; OLIVEIRA, D.P.; OLIVEIRA, D.A.; BRASILEIRO, F.F.; FRANÇA, C.R.; LIMA, H.J.S.; COSTA, M.C.M.; BARRETTO, M.X.A.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRASIL INTRODUÇÃO: Desde 1992 ocorre, a cada ano, na cidade de Aracaju, uma prévia carnavalesca que reúne multidões: o Pré-caju. A média de público por dia festa é de 280 mil pessoas. Nos dias de festa milhares de pessoas comparecem ao local e muitos são os agravos à saúde. O SAMU 192 ARACAJU, participa deste evento através da montagem de um Posto Médico Avançado (PMA) e viaturas descentralizadas pelo percurso da festa, que inclui blocos carnavalescos. O PMA objetiva o atendimento das vítimas que sofrem agravos à saúde na área do evento, evitando a superlotação nos pronto-socorros hospitalares e não-hospitalares, através de uma alta resolutividade dos casos. OBJETIVO: Traçar um perfil dos atendimentos no Posto Médico Avançado (Base Descentralizada) e calcular o índice de resolutividade desse posto. METODOLOGIA: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192 ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de gráfico para melhor visualização. RESULTADO: O Pré-Caju 2006 teve três dias de duração. Nesse período, foram atendidos 245 casos, sendo 132 traumáticos (53,88%) e 113 clínicos (46,12%); 55,1% do sexo masculino e 44,9% do sexo feminino. Dentre os casos clínicos, destaque para o alcoolismo agudo (44,25%). De todos os casos atendidos, apenas 72 foram removidos, o que significa uma resolutividade de 70,61%. Das remoções apenas uma necessitou Viatura de suporte avançado. CONCLUSÃO: A Participação do SAMU 192 ARACAJU em eventos com aglomerados de pessoas, como o PRÉCAJU, é fundamental para o bom andamento da festa no que concerne à assistência das pessoas que sofrem agravos à saúde na área do evento. O índice de resolutividade demonstra claramente a importância em se evitar o aumento da demanda nos serviços de urgência da cidade. SAT – SALA DE ATENDIMENTO A POLITRAUMATIZADOS. A EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL JOÃO XXIII EM TRATAMENTOS NÃO OPERATÓRIOS Helio Machado Vieira Jr., Sizenando Vieira Starling, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil Objetivo: descrever os objetivos, o funcionamento, critérios de admissão e protocolos de uma sala projetada para dar apoio a paciente politraumatizados, bem como relatar a evolução e os resultados obtidos nos pacientes submetidos a tratamento conservador em um hospital de referência para trauma. Material e métodos: trabalho realizado de forma prospectiva, através de coleta de dados em formulários próprios, para todos os pacientes internados na SAT, com vistas a serem tratados de forma conservadora. Análise e armazenamento dos dados em planilha eletrônica. Resultados: com uma média de 34 internações por mês na SAT, os pacientes, que são admitidos após preencherem critérios bem estabelecidos, são monitorizados de modo contínuo. As taxas de sucesso do tratamento conservador são animadoras, com sucesso em torno de 91% para lesões esplênicas por trauma contuso, 95% para lesões hepáticas por trauma contuso. A taxa de lesões renais tratadas com sucesso é de 85%% quando se trata de trauma contuso. Conclusão: a tentativa de se conduzir um paciente de maneira conservadora, exige do hospital e profissionais envolvidos um grau de diferenciação no que tange o aparelhamento, recursos humanos e propedêuticos. Por ser centro de referência em trauma, o Hospital João XXIII procura constantemente estar habilitado para este tipo de tratamento. A SAT possibilita uma observação rigorosa e criteriosa, por manter monitorização e vigilância contínuas através de exames e protocolos rígidos, com a presença constante de um médico residente em Cirurgia do Trauma na sala. O pronto diagnóstico de condições que possam ameaçar a vida do paciente, fica mais fácil e as intervenções cirúrgicas, quando necessárias, são prontamente indicadas, além de diminuir o número de lesões despercebidas. Palavras-chave: tratamento conservador, trauma abdominal fechado, trauma torácico. SIMULADO DE ATENÇÃO A DESASTRES: ATUAÇÃO DA LIGA DO TRAUMA Daniei Souza Lima,Edson Dener Zandonadi.Edem Moura de Matos Jr.Bruno Santos Boqèa.Waston Gonçalves Ribeiro. Liga Académica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil. lnírodução:A preparação para o enfreníamenío a eventos traumáticos que envolvem múltiplas vitimas deve ser prioridade por parte dos serviços de emergência pré-hospiia!ar e hospitalar. A redução de mortes e erros no atendimento a desastres é em parte alcançada pelo treinamento simulado com intuito de preparar as equipes médicas. Objetivos: Relatar a experiência da Liga Académica de Trauma e Emergência do Maranhão (LATE-MA) na organização de exercícios simulados de atenção a acidentes com múltiplas vítimas (AMV), desastres e catástrofes. Material e métodos: Realização de exercício simulado envolvendo 40 vítimas, no dia 07/10/2006 em São Luis-MA O cenário escolhido foi um ônibus e um carro de passeio colidindo em ama da ponte e caindo na pista de baixo. Outro carro de passeio que passava colidiu com o ônibus. Vários parceiros de relevância estadual participaram, o que incentivou a elaboração de pianos de ação de várias instituições atuantes no trauma. Desde antes do simulado e após, os parceiros vêm se reunindo para escreverem juntos o plano de ação municipal em caso de um evento do íipo desastre, AMV ou catástrofe. A LATE-MA se demonstrou atuante neste evento desde os seus primórdios Conclusão: Diversas instituições devem ser envolvidas nessa preparação, incluindo as Ligas do Trauma que é composta por académicos de saúde que desenvolvem pesquisa, ensino e extensão na área do trauma e emergência médica Palavra-chave: Liga do trauma, simulado, desastre. SOLUÇÃO HIPERTÔNICA COM HAES - UTILIZAÇÃO NO 'ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO POLITRAUMATIZADO COM CHOQUE HIPOVOLÊM1CO DESCOMPENSADO, Marco Aurélio da Costa Seraiva. Agnaldo Píspico, Fabiana Aparecida Sanches Romanato, Fernando dos Santos Paulo, Maurício Cury, Jorge Miranda Jr, Marcelo Teixeira, Adriano Dias Trajano, Waíne Cfampi, Marcos Aurélio Zuim, César Augusto Roldan dos Santos, Hamilton Jonas Amaro; AuíoBAn, Jundiaí, São Paulo, Brasil. OBJETIVOS: Demonstrar a evolução clínica em ambiente pré-hospitalar dos pacientes politraumatizados graves, com choque hipovolêmico descompensado, após infusão de solução hipertônica com HAES. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os dados armazenados em programa de registro de vítimas (K-COR - Kria Controle Operacional de Rodovias®) no período de 26 de outubro de 2005 a 01 de agosto de 2006, selecionando todas os pacientes adultos de ambos os sexos, vítimas de trauma fechado, no Sistema AnhangüeraBandeiraníes, portadoras de choque hipovolêmico classe 111 ou IV, comparando sinais vitais verificados à chegada da primeira viatura de resgate com os sinais vitais apresentados à admissão na sala de emergência do hospital. No trajeto foi realizada a administração precoce de 250ml da solução hipertônica NaCI 7,2% com HAES (poli O-2-hidroxietilico) em acesso venoso periférico. RESULTADOS: Protocolo fora realizado em 21 casos sendo que 20 pacientes evoluíram com estabilidade hemodinâmica, com pressão arterial sistólica acima de 90 mmHg, após a infusão da solução hipertônica com HAES, sendo que destes 7 necessitaram repetir a dose inicial e 1 não respondeu à terapêutica. CONCLUSÕES: A solução hipertônica com HAES demonstrou ser eficiente no tratamento inicial do politraumatizado portador de choque hipovoiêmico classe II) ou IV, resultando em estabilidade hemodinâmica, sendo uma boa opção terapêutica. PALAVRAS CHAVE: Solução Hipertônica com HAES, Politraumatizado Grave, Estabilidade Hemodinâmica SUPERVISÃO DE ENFERMAGEM: A DIFERENÇA QUE ACRESCENTA Danie! Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Juüo César Oliveira Viegas, Renata GabrieJa Miranda de Araújo Ribeiro. Silvana Helena Serra Muniz, Janaína Monteies Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão, Brasil. Introdução: A Supervisão de Enfermagem está presente no SAMU - São Luís desde a sua implantação como e!o técnico-administrativo que passa pêlos aspectos operacionais e organizacionais. Objetivos: Demonstrar a importância da supervisão de enfermagem no processo do controle e organização do trabalho no SAMU - São Luis. Materiais e Métodos: Representa um trabalho descritivo e observacional da supervisão de enfermagem que é mantida no SAMU, no período de 24 horas, tendo corno atribuições definidas que envolvem controle de materiais / equipamentos / insumos, manutenção da estrutura funcionai das viaturas e faz interface com a regulação médica, operação de frota, almoxarifado e farmácia e demais unidades do sistema de saúde tocai, como faciüíadores do processo de atuação do SAMU, frente aos atendimentos realizados. Resultados: Maior controle de materiais e medicamentos, diminuição dos custos, domínio sobre a situação do plantão de forma a isentar os demais profissionais de responsabilidades administrativas. Conclusão: A Supervisão de Enfermagem desenvolvida no SAMU, tem demonstrado em um ano e meio de funcionamento ser uma experiência exitosa, cujo trabalho, tem refletido visíveis melhorias na qualidade do serviço como um todo, proporcionando no día-a-dia condições de identificação e resolução de problemas, dando apoio à coordenação na implementação de medidas mais eficazes para o trabalho. Palavras-chaves: samu,enfermagem. TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES NO TRAUMA: Flutter e Fibrilação atrial - RELATO DE 2 CASOS Conrado Leonel Menezes, Mateus Alves Borges Cristino, Bruno Carlo Vieira Lemos, Leandro Toledo Carvalhido, Juliano de Oliveira Barbosa Guedes, Bruno de Freitas Belezia. Hospital Municipal Odilon Behrens, Belo Horizonte/MG Objetivos: relatar 2 casos de trauma torácico contuso que evoluíram com taquiarritimias supraventriculares e atentar para a superposição de problemas clínicos e cirúrgicos em pacientes vitimas de trauma, levando em consideração a fisiopatologia dessas complicações. Materiais e Métodos: relato de 2 casos de pacientes admitidos na emergência deste hospital. Relato dos casos – Caso 1: paciente do sexo masculino, 35 anos, vitima de colisão frontal, admitido consciente e queixando dor esternal. Radiografias de tórax sem alterações. Evoluiu com flutter atrial de resolução espontânea. Exames complementares sem alterações. Recebeu alta sem complicações. Caso 2: paciente do sexo feminino, 63anos, tabagista, hígida. Relato de trauma tórax há dois dias da internação. Radiografia na sala de emergência evidenciou hemotórax com drenagem de 1000ml apões toracostomia em selo d´água. Evoluiu com taquicardia após 6 horas de observação. Drenagem torácica de apenas 100ml neste período. ECG evidenciou fibrilação atrial que foi convertida com medicação digitalica. Recebeu 2 unidades de concentrado de hemácias. Evoluiu com hemotórax retido, encarceramento pulmonar, tratado com toracotomia. Recebeu alta em boas condições. Conclusões: É importante que o profissional que lida com trauma esteja apto a reconhecer essas alterações e possa instituir um tratamento adequado. Palavraschave: contusão cardíaca; trauma de tórax, fibrilação atrial e flutter. TÉCNICAS VERTICAIS E SALVAMENTO EM ALTURA NO PRÉ-HOSPITALAR Edvaldo Massariol Junior, Claudia da Silva Amorim, Leonardo Ribeiro Vasconcelos, Gildásio Dias da Silva. SAMU, Betim, Minas Gerais, Brasil. Objetivos: Demonstrar a necessidade e o treinamento da equipe do Samu Betim nas técnicas de salvamento em altura no atendimento pré-hospitalar. Materiais e métodos: treinamento voluntário dos integrantes da equipe de atendimento básico e avançado do Samu Betim, por profissionais qualificados e experientes, utilizando técnicas verticais, montanhismo, transposição de cordas, ascensão, nós e amarrações, resgate em altura, acento americano Resultados: o treinamento promove maior segurança para a equipe do Samu em situações especiais do resgate e salvamento, preparo técnico e psicológico para atenimento em altura e desnível, integração entre a equipe e desenvolvimento técnico e humano da equipe do Samu Betim Conclusão: A utilização de técnicas verticais e salvamento em altura podem melhorar a qualidade do atendimento às vítimas em situações especiais no ambiente pré-hospitalar, integração das equipes do Samu e outras equipes de salvamento e oferecer atendimento às vítimas em altura ou desnível. Palavra chave: Salvamento em alturaSituações especiais de atendimentoTécnicasverticais TENDÊNCIA ATUAL DAS LESÕES TRAUMÁTICAS DE CÓLON Marcelo Portes Rocha Martins, Thiago Carneiro Machado, Clarissa Santos Neto, Sizenando Vieira Starling, Domingos André Fernandes Drumond. E-mail: [email protected] Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar o perfil dos pacientes vítimas de lesão de cólon atendidos e avaliar sua evolução, considerando o mecanismo de trauma. Material e métodos: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários, de pacientes internados de 25/12/2004 a 12/05/2006. Resultados: Foram avaliados 159 casos de trauma abdominal com lesão de cólon, sendo que 89,93% eram do sexo masculino. A faixa etária variou de 13 a 72 anos (Média 27,5 anos). Cento e dezenove pacientes (74,8%) foram vítimas de agressão por arma de fogo, 25 (15,7%) por arma branca e 15 (9,4%) trauma contuso. Ao exame físico inicial, o RTS variou de 0 a 7,84 (Mediana 7,84). Em 111 pacientes (69,8%), foram realizados exames complementares antes do procedimento cirúrgico. O intervalo de tempo entre a admissão e a cirurgia variou de 6 a 3000 minutos (Média de 181,7). A maioria dos pacientes (55,9%) apresentou lesões múltiplas de cólon, e de outros órgãos intra-abdominais (84,3% PATI 4 a 61), sendo que os mais acometidos foram intestino delgado (33,2%) e fígado (16,8%). O tratamento utilizado com maior freqüência foi a rafia primária sem o uso de colostomia.Em 71 casos (44,6%) ocorreram complicações pós-operatórias, sendo a mais freqüente a infecção de ferida operatória. A permanência hospitalar foi em média de 12,2 dias, variando de 1 a 97 dias. Ocorreram 25 óbitos (15,7%). Conclusão: As lesões traumáticas do intestino grosso acometem mais frequentemente homens, adultos jovens e vítimas de agressão por arma de fogo. Os pacientes apresentam geralmente lesões múltiplas, sendo o seu tratamento atual a rafia primária sem colostomia. A evolução é satisfatória e a alta hospitalar ocorre com menos duas semanas. Palavras chave: lesão do intestino grosso, trauma TENTATIVAS DE SUICÍDIO ATENDIDAS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA Ragly Wanessa Rossi. Marcos Coelho. Renata Nascimento Duarte, César Neucamp, Lucy Nagm. Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-Roraima - Brasil. OBJETIVO: Estimar a prevalência e o perfil dos pacientes vitimas de Tentativas de Suicídio (TS) em nossos serviços de emergência. MATERIAIS E MÉTODOS: Investigação retrospectiva das fichas de pronto-atendimento de vítimas de TS atendidas no Pronto-Socorro Francisco Elesbáo, no período de janeiro de 2004 a março de 2006. RESULTADOS: De um total de 99 pacientes, as TS ocorreram sem predominância de sexo. A faixa etária mais acometida foi de 20-40 para homens e 20-30 para mulheres. Os métodos encontrados foram: enforcamento, preferido pêlos homens (49%); intoxicação, preferido pelas mulheres (55%); uso de arma branca e de arma de fogo. Nenhum paciente foi submetido à internação ou a encaminhamento ambulatorial psiquiátrico. Não houve documentação de avaliação psiquiátrica nas fichas. CONCLUSÃO: Durante a execução do trabalho verificou-se que a importância da atuação do médico emergencista onde lhe caberia, alérn dos procedimentos habituais de suporte à vida, servir de meio eficaz para o seguimento destes pacientes a um profissional adequado. Palavras-chaves: Tentativa de suicídio; Serviço de Emergência. TORACOTOMIA NA SALA DE EMERGÊNCIA: ESTUDO RETROSPECTIVO DA CASUÍSTICA DE UM HOSPITAL DE TRAUMA. Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Marcelo Coutinho Baú, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. Objetivo: Comparar os dados estatísticos das toracotomias realizadas na sala de emergência (TSE) dessa instituição com os dados da literatura existente. Materiais e Métodos: Realizado um estudo retrospectivo com revisão de prontuários num período de 30 meses com 45 TSE, houve perda de 4 prontuários que foram exclusos. As variáveis estudadas foram a idade, sexo, mecanismo do trauma, local das lesões, lesões anatômicas, sobrevida e mortalidade. Resultados: Dos 41 pacientes restantes, 37 eram homens e apenas 4 eram mulheres. A média de idade foi de 31,75 anos. O trauma penetrante foi responsável por 29 casos, sendo 26 vítimas de ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) e 3 vítimas de ferimento por arma branca (FAB). Em 7 casos houve trauma contuso. Em outros 5 casos não foi possível constatar o mecanismo do trauma envolvido pela análise dos prontuários. Dos 26 pacientes vítimas de FPAF, 13 foram atingidos no tórax, 5 no abdomen, 5 tiveram ferimentos múltiplos e em outros 3 não foi possível esclarecer o local na análise dos prontuários. Em 63,4% dos casos também não foi possível determinar o órgão anatômico atingido. Em 6 pacientes houve lesão cardíaca, 3 com lesões em grandes vasos, 1 com lesão em vasos ilíacos, 1 com fratura de bacia e outros 4 pacientes apresentaram lesão em hilo pulmonar. Quanto à sobrevida, 38 pacientes foram a óbito e 3 sobreviveram e estão sendo acompanhados no ambulatório de Cirurgia do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. A mortalidade foi de 100% nos pacientes com trauma contuso. Nos pacientes que sofreram lesões penetrantes o índice de sobrevida foi de 10,3%, sendo que nas lesões por FPAF essa taxa foi de 3,8% e nos FAB foi de 33,2%. Se excluirmos os pacientes com lesões múltiplas por arma de fogo a sobrevida sobe para 4,8%. Conclusão: Os dados obtidos são semelhantes com a literatura, as pequenas variações encontrada estão relacionadas à casuística restrita. Palavras-chave: Toracotomia na sala de emergência, Toracotomia, Trauma. TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS DE PATELA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE 36 CASOS Gabriel Teixeira Morttezuma Safes, Germana Vasconcelos Mesquita Martiniano, Raquel Telfes de Souza Quixadá, Vanessa Pinho de Barros, Manuel Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federal do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil, Objetivo: Este estudo visa traçar o perfil epidemioíógico das vítimas com fraturas de patela cujo tratamento realizado foi cirurgia ortopédica. Materiais e Métodos: Estudo transversal e descritivo baseado na análise de prontuários em sete hospitais de Fortaleza que atendem pelo SUS (quatro públicos e três particulares) por oito meses (agosto/2005 e março/2006). Os dados foram analisados através do Programa Epi ínfo® v. 6.04b. Resultados: Das 1694 fraturas com tratamento cirúrgico, 36 (2,12%) foram fraíuras da patela. Em relação ao sexo, os homens foram os mais atingidos (73,50%). A média de idade das vitimas foi 45,18 anos (SD: ± 16,83), sendo a faixa de idade entre 18 e 40 anos a mais acometida com 15 (45,50%) fraíuras. Quanto à cidade do acidente, 22 (61,1%) casos aconteceram na capitai do Ceará, Fortaíeza. Empatados com 10 pacientes cada, os horários cujos acidentes ocorriam mais frequentemente foram de manhã entre 7 e 12 horas e, à noite, entre 19 e 24 horas. Quanto a severidade do trauma, houve um certo equilíbrio entre os traumas considerados leves, moderados e graves. O mecanismo de trauma mais constante foi queda de altura com nove vítimas. Conclusões: O perfil das vítimas de fraíura de patela foram homens jovens cujo acidente ocorreu principalmente numa cidade urbana no período da manhã ou da noite. Os procedimentos cirúrgicos, em geral, foram simples, necessitando, somente do uso de tirantes em oito. Palavras Chaves: Patela, Cirurgia Ortopédica, Epidemiologia, Fratura. TRATAMENTO CONSERVADOR DA FÍSTULA PLEURO-BILIAR TRAUMÁTICA – RELATO DE CASO Bruno Carlo Vieira Lemos, Augusto Motta Neiva, Mateus Alves Borges Cristino, Conrado Leonel Menezes, Cristiane Vilaça C. Gomes, Bruno de Freitas Belezia. Hospital Odilon Behrens, Belo Horizonte, Minas Gerais. Introdução: As fístulas tóraco-biliares (pleuro-biliares e bronco-biliares) são complicações raras do trauma tóraco-abdominal, sendo mais comuns no trauma penetrante. Por essa razão, não existe na literatura consenso sobre seu manejo mais adequado. Objetivo: Relato de complicação rara do trauma hepático contuso. Método: Relato de caso e revisão da literatura. Relato de Caso: LFA, sexo masculino, 20 anos, vítima de colisão motocicleta x veículo. Admitido com estabilidade hemodinâmica, abdome com defesa voluntária, uretrorragia e tatuagem traumática lombar à direita. Propedêutica mostrou lesão hepática grau IV, hematoma retroperitoneal pélvico, fratura de pelve e lesão de uretra prostática. Radiografia de tórax era normal. Realizada cistostomia. No segundo dia de internação , apresentou queda da hemoglobina e foi conduzido ao CTI. Evoluiu com dispnéia e derrame pleural volumoso à direita. Drenado sob selo d’água, obteve-se 800ml de sangue de imediato, 2000ml em 12h e 3000ml em 24h. Evoluiu com melhora do quadro respiratório e sem instabilidade hemodinâmica, mas com necessidade de transfusão. Dosagem de bilirrubina da secreção do dreno torácico: Total- 26,9mg/dl, Direta-18,8 mg/dl, Indireta- 8,1 mg/dl, sugestivo de fístula pleuro-biliar. Recebeu alta do CTI após sete dias, necessitou de 1500ml de concentrados de hemácias ao todo para manter hemoglobina acima de 8g/dl, sem necessidade de ventilação mecânica. Retirado dreno de tórax no 12º dia. Radiografia de tórax normal 2 semanas após a alta. Conclusão: A fístula pleuro-biliar pós-traumática pode ser tratada com sucesso pela conduta conservadora. A cirurgia deve ser reservada aos casos refratários. Palavras-chave: fístula pleuro-biliar, conservador, trauma contuso. TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA HEPÁTICO CONTUSO. EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL JOÃO XXIII NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2002 A DEZEMBRO DE 2005. Sizenando Vieira Starling, Bruno Viana Nuss; Thiago Carneiro Machado; Domingos André Fernandes Drumond.. Hospital João XXII (FHEMIG)I, Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil. Objetivo: Relatar a experiência do Serviço de Cirurgia do Trauma do Hospital João XXXIII no tratamento não-operatório (TNO) das lesões hepáticas por trauma contuso. Método: Estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários dos pacientes com trauma hepático contuso que preencheram os critérios de tratamento não-operatório (estabelecidos por protocolo) no período de agosto de 2002 a dezembro de 2005, analisando dados demográficos, exame clínico, condição hemodinâmica, lesões associadas, resultados de exames de imagem, complicações, falha do TNO, óbitos e permanência hospitalar. Resultado: No período estudado, 135 pacientes com trauma hepático contuso preencheram os critérios para TNO. A média de idade foi 29,4 anos e 74,8% foram do sexo masculino. Ao exame clínico 58,5% apresentavam dor abdominal, localizada no hipocôndrio direito. Na admissão 87,4% dos pacientes estavam com estabilidade hemodinâmica. A ultra-sonografia abdominal foi realizada em 87,3% dos pacientes e evidenciou líquido livre em 89,8% dos exames. A tomografia computadorizada de abdome foi realizada em 97,8% dos pacientes. A lesão grau III foi encontrada em 41% dos casos e os segmentos VI e VII foram os mais acometidos. A falha do TNO (sangramento)ocorreu em 8,2% dos casos e apenas 3 pacientes apresentaram complicações do TNO. A mortalidade foi de 4,4% e a média de permanência hospitalar foi de 8,4 dias. Conclusão: O TNO do trauma hepático contuso é eficaz e seguro com baixa morbimortalidade. O principal critério de inclusão é a estabilidade hemodinâmica. O seguimento em local apropriado e por equipe médica experiente, além de protocolo rígido, são fatores essenciais do sucesso terapêutico Palavras-chave: Trauma contuso; Lesão hepática TRAUMA CERVICAL CONTUSO: RELATO DE CASO. Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Eduardo Ioschpe Gus, Geovani Luís Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Miguel Angelo Spinelli Varella, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil. Objetivo: Relatar um caso de trauma cervical contuso com lesão de esôfago e traquéia. Materiais e Métodos: Paciente masculino, branco, 20 anos vem ao Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre trazido pelo SAMU após um trauma cervical contuso contra um fio de aço, ao andar em motocicleta. Chega na sala de emergência, sedado e com um tubo traqueal número 8 inserido por traqueostomia traumática no local da lesão, com saturação de oxigênio de 82%, taquicárdico e taquipnéico, com adequada imobilização cervical. Escores do trauma foram: RTS 7,2, ISS de 32 e TRISS de 96%. Resultados: Paciente foi encaminhado ao centro cirúrgico e realizado exploração cervical onde se evidenciou lesão completa de traquéia com fratura de cartilagem cricóide e lesão transversa da parede anterior do esôfago. As lesões foram devidamente reparadas com ráfia primária. O paciente evoluiu bem, apresentando apenas disfonia. Endoscopia digestiva alta e esofagografia pós-operatórias (PO) foram normais, recebendo alta no 18º PO. Após 4 meses retornou com abscesso cervical, tratado com drenagem e clindamicina endovenosa, permanecendo com disfonia. Conclusão: Esse tipo de trauma cervical incomum necessita uma rápida abordagem pela equipe de resgate para manter a via aérea, pois apresenta alta mortalidade. A lesão do nervo laríngeo recorrente ocorre em 60% dos casos, quando associados a lesão traqueal completa, segundo a literatura mundial, podendo evoluir com disfonia ou até afonia. Palavra Chave: Cervical, Contusão, Esôfago, Traquéia, Trauma. TRAUMA CERVICAL: ESTUDO DOS CASOS ATENDIDOS EM 6 ANOS Diogo Alberto Ferreira Aboud, Edson Dener Zandonadi Ferreira, João Carlos Pereira dos Santos Júnior, Lívia Fernanda Alves Casimiro, Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima. Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil. INTRODUÇÃO: Relativamente raros, os traumatismos do pescoço explicam a pouca experiência individual dos cirurgiões, mesmo aqueles que militam ativamente em hospitais de emergência. Objetivos: Estabelecer o perfil dos pacientes acometidos pelo trauma cervical, analisando os aspectos referentes à etiologia, condutas, evolução, tempo de internação, faixa etária e sexo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo envolvendo pesquisa de pacientes atendidos, de 2000 a 2005 no Hospital Djalma Marques em São Luís – MA, vítimas de trauma cervical. A coleta de dados foi realizada através do preenchimento de uma ficha-protocolo durante consulta dos livros de registros de pacientes internados. Foi criado um banco de dados no EPI INFO 2000 para análise estatística. RESULTADOS: A amostra foi de 287 pacientes. Destes 60,4% o tipo de trauma era aberto. O sexo masculino predominou com 87% (n=248). Os meses de julho e dezembro foram os de maior número de ocorrências sendo o domingo o dia predominante com 27% dos casos. A mortalidade da amostra foi de 9,5%. A cervicotomia exploradora foi realizada em 33,3% dos pacientes. A lesão provocada por arma branca foi predominante como etiologia (29,1%). CONCLUSÃO: Embora não sendo freqüente, o trauma cervical retrata o perfil da vítima do trauma, envolvendo o paciente masculino, jovem e acometido pela violência interpessoal. Boa parte da conduta estabelece a realização de cervicotomia exploradora, exigindo do cirurgião habilidade no manejo destes pacientes. Palavras-chave: Trauma cervical. Epidemiologia. TRAUMA DE CÓLON POR ARMA DE FOGO Marcelo Portes Rocha Matins; Clarissa Santos Neto; Rômulo Andrade Soúli; Thiago Carneiro Machado; Sizenando Vieira Starling; Domingos André Fernandes Drumond. E-mail: [email protected] Objetivos: Determinar o perfil epidemiológico dos pacientes com trauma de cólon por arma de fogo, classificar as lesões, avaliar o tratamento e a presença de complicações. Materiais e métodos: estudo retrospectivo através da análise de prontuários médicos de pacientes atendidos com lesão do intestino grosso por arma de fogo entre dezembro de 2004 e junho de 2006. Resultados: Foram admitidos 119 pacientes com lesão de cólon por arma de fogo, dos quais 108 (90,7%) eram do sexo masculino. A idade variou de 13 a 70 anos (média 26). Índices de trauma: RTS entre 0 e 7,84 (média 7,14); ISS 4 a 34 (mediana9); TRISS 5 a 99% (média 93,44); PATI 4 a 61(média 22,79). O número de lesões no cólon oscilou entre 1 e 9, localizadas principalmente no cólon transverso (30,59%), sigmóide (18,72%), cólon ascendente (17,35%), ceco (9,13%), reto (6,39%), ângulo esplênico (6,39%) e ângulo hepático (5,47%). Elas foram classificadas em grau II em 53,98%, grau III em 29,64%, grau I em 12,38%, grau IV em 3,09% e grau V em 0,88%. As lesões associadas intra-abdominais estavam presentes em 105 pctes(88,2%). A rafia primária foi o tratamento usado em 94 pctes(78,99%), enquanto em 18(15,12%) houve necessidade de ressecção com anastomose primária. Exteriorização da lesão e grampeamento das alças para controle do dano foram outras técnicas utilizadas. A colostomia em alça foi empregada em 15 pacientes(13,39%). A permanência hospitalar oscilou entre 1 e 97 dias (mediana8). Dezenove pacientes (15,9%) faleceram. Conclusão: A ráfia primária é o tratamento empregado na maioria dos casos de lesão de cólon atualmente, sendo o emprego da colostomia cada vez menos freqüente. Palavras-chave: trauma de cólon; arma de fogo. TRAUMA DE PÂNCREAS: TRATAMENTO COM PANCREATECTOMIA DISTAL COM E SEM PRESERVAÇÃO ESPLÊNICA Gustavo Pereira Fraga, Juliane G. Hortolan, Amilton Santos Jr., Josie N. Iyeyasu, Marcelo Pinheiro Villaça, Mario Mantovani Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: Nas lesões complexas do pâncreas (grau ≥ III) a pancreatectomia corpo caudal é um procedimento freqüentemente indicado. O objetivo do presente estudo é analisar os resultados deste procedimento, associado ou não à preservação do baço. Método: O estudo descritivo, envolvendo 124 pacientes com trauma de pâncreas tratados cirurgicamente no período de janeiro de 1992 a dezembro de 2003. Lesões complexas ocorreram em 46 pacientes (37,1%) e 36 foram tratados com pancreatectomia distal, constituindo a casuística do estudo. Resultados: Trauma penetrante ocorreu em 23 casos (63,9%). A maioria das lesões era grau III (30 casos 83,3%) e localizadas no corpo do pâncreas (23 casos - 63,9%). Lesões abdominais associadas ocorreram em 80,6% dos casos e 12 pacientes (33,3%) tinham lesão no baço. A esplenectomia foi realizada em 25 pacientes (80,6%) e em apenas outros 10 pacientes (27,8%) houve preservação esplênica. A preservação do baço foi indicada em pacientes com menor incidência de lesões associadas (ATI médio de 20,3 e ISS médio de 11,8 contra respectivamente, 34,8 e 22,7 nos esplenectomizados). A morbidade global foi de 72,2% e 14 pacientes (38,9%) evoluíram com fístula pancreática. A mortalidade foi de 25% (9 casos). Embora a preservação esplênica tenha sido indicada em pacientes com menor gravidade de lesões, não houve diferença estatística da morbi-mortalidade se comparado com o grupo esplenectomia. Conclusões: Freqüentemente há outras lesões associadas ao trauma pancreático, que contribuem para uma elevada morbi-mortalidade, e a preservação esplênica, embora indicada em apenas 27,8% dos casos, também resultou em elevadas taxas de complicações. Palavras-chave: pâncreas; pancreatectomia; esplenectomia; baço. TRAUMA EM REGIÃO PERI-PERINEAL POR PROJEJIL DE ARMA DE FOGO RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Autores: Ferreira CT: Federico LC; Rosset EGG; Araújo NTN; Teixeira Filho G; Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Regional da Ceilândia HRC - SÉS, Ceilândia, DF, Brasil Objetivo: Relatar um caso de trauma por projetil de arma de ogo (PAF) em região peri-perineal abordando diagnóstico e ratamento. Método: Relato de caso, paciente atendido no Hospital Regional da Ceilândia. Revisão de literatura. Resultado: DAS, 30 anos, feminino, parda. Vítima de PAF em egião peri-perineal chega ao Pronto Socorro do HRC, com iproximadamente de quinze horas de evolução pós-trauma, ipresentando taquicardia, taquipnéia, sudorese, palidez :utâneo-mucosa, alteração do nível de consciência, dor ibdominal intensa com sinais de irritação peritonial, à adiografia do abdome foi evidenciado a presença de múltiplos projeteis em quadrantes superior e inferior direito. Paciente prontamente encaminhada ao centro cirúrgico onde foi ealizado laparotomia exploradora e evidenciado lesões de cólon e delgado e submetido a rafia primária de cólon, jnterectomia segmentar de íleo e amplo desbridamento de erida traumática. Paciente evoluiu bem no pós operatório tendo alta em bom istado após 9 dias de internação. Conclusão: Os ferimentos por PAF em região pélvica geralmente são associadas a outras lesões pélvicas ou abdominais de acordo com as características da arma e da nunição. O tratamento deve constar de amplo desbridamento ie ferida traumática além de correcão das lesões associadas. Palavras-chave: PAF peri-perineal; lesões de vísceras. TRAUMA EM REGIÃO TORÁCICA E ABDOMINAL DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO – ANÁLISE DO IMPACTO FINANCEIRO NO ATENDIMENTO MÉDICO-HOSPITALAR Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, William Augusto Casteleins Cecílio, Fayruz Rodrigo Marcolini, Francisco José Gomes de Castro, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil. Objetivos: Relacionar o impacto financeiro do atendimento a vítimas de acidentes automobilísticos apresentando trauma em região torácica e abdominal, em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de acidentes automobilísticos que apresentavam lesão em regiões torácica e/ou abdominal, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referemse ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos que não envolvessem veículos automotivos terrestres e pacientes que não apresentassem lesões nas regiões citadas, excluindo também coluna vertebral. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram incluídos no estudo 23 pacientes, 17 (73,9%) masculinos; a média de idade foi de 38,7 +/- 19,5 anos. Destes, 16 apresentaram trauma torácico, com um gasto de R$3.075,52 (média de R$192,22/paciente), ao passo que 07 apresentaram trauma abdominal, tendo um gasto de R$1.896,50 (média de R$270,92). Estratificando-se a gravidade das lesões pelo Injury Severity Score (ISS), obteve-se uma média ponderada de 3,49 para lesões em tórax e 1,83 para lesões em abdômen. Avaliando-se em conjunto ambas as regiões acometidas, a presença de hálito etílico, quando do atendimento, resultou em uma despesa média maior (R$532,41) do que na sua ausência (R$186,05), sendo estatisticamente significativo (p=0,0083). Considerando as lesões abdominais, o maior valor despendido ocorreu devido a colisões (R$1.146,81), seguido de atropelamentos (R$633,16) e quedas de moto (R$116,53). Para as lesões torácicas, o maior gasto também foi decorrente de colisões (R$1.729,73), seguido quedas de moto (R$699,25) e capotamentos (R$574,81). Obtivemos o valor do RTS (Revised Trauma Score) para ambas as regiões corporais afetadas, resultando em média de 7,799 para tórax e 7,841 para abdômen, não ocorrendo óbitos. Conclusões: Comparando trauma torácico com abdominal, provocado por acidentes de trânsito, verificamos um valor médio maior para o atendimento intra-hospitalar de lesões abdominais, apesar destas ocorrem em menor número. O impacto financeiro para o Hospital foi maior naquelas vítimas que apresentavam hálito etílico. Os mecanismos de trauma que resultaram em maiores despesas foram colisões, para ambas as regiões corporais analisadas. Palavraschave: Trauma torácico, trauma abdominal, despesas hospitalares. TRAUMA NO ESPORTE: ANALISE DE FRATURAS SUBMETIDAS A TRATAMENTO CIRÚRGICO Gabriel Teixeira Morrtezuma Sales, Vanessa Pinho de Barros, Germana Vasconcelos Mesquita Martiniano, Raquel Telles de Souza Quixadá, Manue! Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federa! do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil. Objetívo: Este estudo tem por objeíívo traçar o perffi epidemiológico das vítimas com fraíuras ocorridas no esporte tratadas cirurgicamente. Materiais e Métodos: Estudo transversal e descritivo baseado na análise de prontuários e apiicação de questionários em sete hospitais de Fortaleza que atendem pelo SUS (quatro públicos e três particulares) por oito meses (agosto/2005 a março/2006). Os dados foram analisados através do Programa Epi ínfo® v. 6.04b. Resultados: Das 1694 cirurgias ortopédicas desse período, foram registradas 77 lesões ocorridas no esporte, sendo 53 (68,83%) relacionadas a esportes com bóia. Em relação ao sexo, os homens foram os mais atingidos 71 (92,20%). A média de idade das vítimas foi 21,45 anos (SD: ± 13,20), sendo a faixa de idade ate 17 anos a mais acometida com 42 (54,54%) fraíuras, seguida da faixa dos 18 aos 40 anos, com 30 (38,96%). Em relação ao local anatómico da fratura, o membro superior foi a região mais acometida, com 39 casos, sendo o radio o osso mais acometido, com 13 fraturas isoladas e 6 associadas a ulna. A segunda região mais acometida foi o membro inferior, com 22, sendo a tíbia o osso mais frequentemente fraturado, com 10. Quanto ao mecanismo do trauma, 30 (38,96%) foram quedas da mesma altura, 11 (14,28%) foram quedas de altura e 20 (25,97%) foram por traumas diretos. A maioria das fraturas ocorreu à tarde, num total de 37. Quanto à severidade do trauma, houve prevalência de traumas leves com 55 (71,42%) cirurgias. Conclusões: O trauma no esporte ocorre predomínaníemeníe em crianças e adolescentes do sexo masculino e o principal osso acometido é o radio. As fraturas ocorrem principalmente por quedas da mesma altura e à tarde, e o principal tipo de esporte envolve bola. Palavras Chaves: Esporte, Cirurgia Ortopédica, Epidemíología. TRAUMA NO ÍDOSO; ASPECTOS EPIDEMiOLOGICOS EM 4 ANOS. Renato Palácio de Azevedo.João Arnaud Diniz Neto,Clarissa Soares da Fonseca Carvaiho.Edem Moura de Matos Jr,Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro.Danie! Souza Lima. Liga Académica do Trauma e Emergência do Maranhão - UFMA. INTRODUÇÃO: O aumento da população idosa, associado a uma forma de vida aíiva e saudável, faz com que este grupo esteja mais exposto a riscos de acidentes. As características fisiológicas próprias S do idoso, assim como a presença frequente de doenças associadas, fazem com que eles se comportem diferentemente e de forma mais complexa do que os demais grupos etários OBJETÍVO: Analisar os aspectos epidemioíógicos e a evolução hospitalar de pacientes idosos internados por trauma no Hospital Municipal Djaírna Marques em São Luís-MA. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado através de análise retrospectiva dos casos de pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, que foram admitidos no Hospital Municipal Djaíma Marques no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2005. Foi elaborada uma ficha protocolo para o registro das informações. O programa Epilnfo 2000 foi usado para a análise estatística dos dados.RESULTADOS: Urn total de 487 pacientes foi incluído no estudo, sendo 328 (67,4%) homens e 159 (32,6%) mulheres, A média da idade foi de 71,11 anos, O mês com maior incidência foi setembro, e o dia foi a segunda-feira. Entre as causas de trauma informadas, a queda foi a de maior ocorrência (24,2%). O tipo de trauma mais frequente foi o TCE, correspondendo a 52,7% dos casos, seguido peíos poiitraumatismos, 12,8%. O tratamento conservador foi empregado em 69,1% dos casos, enquanto em 38,9% o tratamento cirúrgico foi necessário. A rnaior parte dos pacientes ficaram internados 1 a 3 dias (47,3%). A mortalidade foi de 15%.CONCLUSÕES: O idoso traumatizado merece grande importância por tratar-se de um grupo com respostas orgânicas diferenciadas e presença de co-morbidades.Medidas de prevenção devem ser executadas para reduzir sua prevalência. Palavras-chave: idoso,trauma,prevenção. TRAUMA PENETRANTE DE URETER Gustavo Pereira Fraga, Gustavo Mendonça Borges, Larissa Berbert Arias, Mario Mantovani, Ubirajara Ferreira, Tiago Luders Laurito, Nelson Rodrigues Netto Jr. Disciplina de Cirurgia do Trauma e Disciplina de Urologia, FCM - Unicamp, Campinas - SP Objetivo: Reportar a experiência do serviço no tratamento das lesões traumáticas de ureter, enfocando a importância do diagnóstico precoce e o impacto das lesões associadas no tratamento e na morbi-mortalidade. Método: No período de janeiro de 1994 a dezembro de 2002, foram realizadas 1487 laparotomias após traumatismo abdominal e identificados 20 casos de lesão de ureter, todos secundários a trauma penetrante. Foram revisados os prontuários médicos e informações referentes ao mecanismo de trauma, métodos diagnósticos, tratamento e evolução destes pacientes. Resultados: O mecanismo de trauma foi ferimento por projétil de arma de fogo em 18 casos (90%) e por arma branca em dois (10%). Todas estes traumas abdominais penetrantes tiveram indicação imediata de laparotomia. O diagnóstico de lesão de ureter foi feito no intra-operatório em 17 casos (85%). Em dois pacientes (10%) a lesão ureteral passou inicialmente despercebida. Todos pacientes apresentavam lesões associadas. O tratamento foi realizado conforme a localização e extensão da lesão. A morbidade global foi de 55%. A presença de choque hipovolêmico na admissão, a demora para o diagnóstico, ATI > 25, ISS > 25 e lesão associada de cólon tiveram associação com maior morbidade, porém sem diferença estatisticamente significativa. Dois pacientes evoluíram com fístula urinária após o reparo. Não houve óbito neste grupo. Conclusões: Um elevado índice de suspeita é necessário para o diagnóstico de lesão de ureter. A exploração do hematoma de retroperitônio durante a laparotomia é um método eficaz para diagnóstico, porém falhou em 10% dos casos. A demora para diagnóstico e tratamento da lesão representou maior morbidade, embora sem significância estatística. Palavras-chave: ureter; lesões ureterais; fístula urinária. TRAUMA DE CÓLON - CARACTERÍSTICAS E COMPLICAÇÕES DOS PACIENTES DO HCSVP Diego Figueiredo Lívia Ferraz Accorsi, Marina Martini Cosia, Ana Caroüna Herrero, Danie! Kendi Fukuhara, Adriana Cristina do Nascimento, Maurício Godinho Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HCSVP), Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, São Paulo, Brasil Objeíivo: Estudar a evolução e as complicações apresentadas peios pacientes vítimas de trauma de cólon no serviço de cirurgia de urgência do HCSVP. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de 92 pacientes que avaliou a apresentação do paciente na saía de emergência, as medidas de ressuscitação utilizadas, o mecanismo de trauma, o teste diagnóstico empregado, /SS, os graus das lesões encontradas na laparotomia e a conduta optada, tesões associadas, o uso de preparo de cólon intraoperatóno, o tempo de internação e as complicações apresentadas. Resultados: Foram identificados 92 pacientes submetidos à laparotomia pela doença trauma, eníre os quais 24 apresentavam trauma de cóion. A média de idade foi de 27,4 ± 9,3 anos. A maioria dos mecanismos de trauma foi trauma abdominal contuso (37,5%), seguido de ferimento por projétil de arma de fogo (32,7%). O exame físico foi a principal meio diagnóstico para indicação de laparotomia (62,5%). Lesões grau l VA/ estiveram presentes em 37,5% sendo realizados resseccão do segmento, com anasíomose primária adotada em 87,5% dos pacientes. Nenhum paciente foi submetido a preparo de cólon intraoperatório e apenas 01 (4,2%) foi mantido em peritoneostomia. A média de tempo de internação foi de 12,1 dias variando entre 5 e 31 dias. Complicações estiveram presentes em 33,3% dos pacientes, em gera! associado a leões concomitantes, sendo o óbito a mais observada (17,6%). A média de tSS foi 19,2 ± 7,2. Conclusão: O trauma de cólon apresentou-se com frequência, gerando um a!to índice de morbidade, porém expectativa de sobrevivência esteve de acordo com a literatura. TRAUMA TORÁCICO: UMA ANÁLISE EPÍDEMfOLÓGICA DE 72 CASOS Autores: Priscilla Alvarenga Ferreira, írany Santana Salomão, Fernanda Gabrieia Pinto, Jana do Nascimento Conceição, Gustavo Campinho, Pâmeía Almeida Instituição: Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)llhéus-Bahia-Brasil Introdução: O número de casos de trauma torácico cresce a cada dia, representando uma das principais causas de morte relacionadas a traumatismos. O segmento torácico, quando atingido por agentes íisico-traumáticos pode ter funções vitais alteradas que, se agudamente comprometidas, levam o paciente rapidamente a morte. Objetivo: Analisar o perfil epidemioiógico dos traumas torácicos, no Hospital Geral Luiz Viana Füho (HGLVF), em l!héus-BA. Material e Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com um total de 72 pacientes vítimas de trauma torácico, no período de julho de 2002 a dezembro de 2003, respaídando-se nos prontuários médicos. Foram aplicados protocolos para coietar informações sobre as variáveis: idade, sexo, mecanismo de trauma, etiologia, presença de lesões associadas, dentre outros. Resultados: Observou-se um predomínio do sexo masculino (94,4%) e da faixa etária de 21 a 30 anos (44,4%). Quanto ao tipo do trauma verificou-se uma maior frequência de trauma aberto (87,5%). Os ferimentos por arma branca foram responsáveis peia maioria das lesões (47,2%), seguido do ferimento por arma de fogo (37,5%). A maioria dos pacientes (65,3%) não apresentou lesões associadas. O principal achado diagnóstico foi o hemopneumotórax (33,3%), seguido de hemoíórax (29,9%). A drenagem pleura! foi a principal conduta (76,4%), seguida do tratamento clínico (19,4%). Quanto ao tempo de internação, predominou de O a 5 dias (56,9%). Dois pacientes (2,7%) vieram a óbito, sendo um deles vitima de trauma fechado complicado por hemopneuïTiotórax e o outro acometido por trauma aberto seguido de hemoíórax. Conclusão: Conforme evidenciado nesse estudo, há uma maior frequência do trauma torácico aberto no HGLVF. A maioria dos óbitos por esta causa pode ser evitada por procedimentos simples, como medidas de reanimação e drenagem pleurai, o que corrobora com uma baixa íaxa de mortalidade para esse tipo de traumatismo. A avaliação desses dados enfatiza a importância de ações de saúde necessárias ao adequado controle e prevenção do trauma torácico, Palavras-chave: trauma torácico, pacientes, lesões, perfil epidemiotógico. TRAUMATISMO DOS CÓLONS: AINDA HÁ ESPAÇO PARA COLOSTOMIAS? Carlos Alberto da Silva Gomes; Érico Correia Nepomuceno; Marco Aurélio de Freitas Cabral; Eduardo Luiz de Araújo Borges. Unidade de Emergência Dr. Armando Lages – Maceió/AL, Brasil. Os autores apresentam estudo que objetiva comparar seus resultados pessoais aos expostos na Literatura no que diz respeito à conduta terapêutica no traumatismo dos cólons. Trata-se de um estudo retrospectivo mediante pesquisa por palavras-chaves em sites de busca e revisão de prontuários. Entre Janeiro de 2002 e Agosto de 2006, foram selecionados 46 pacientes vítimas de traumatismo dos cólons. Sua maioria ou 91,3% da amostra (n=42) sofreu lesões menores, classificadas em grau I, II ou III. Apenas 02 pacientes (4,34%) foram submetidos à colostomia. E dentre as complicações: houve 02 (4,34%) óbitos precoces devido à gravidade das lesões associadas e 05 (10,87%) evoluíram com infecções de ferida operatória. Não houve fístulas. Conclui-se que restritas situações necessitam colostomia. E observa-se que a conduta terapêutica no traumatismo dos cólons deve ser definida mediante a gravidade do quadro clínico do paciente e não apenas pelo tipo de lesão sofrida. Unitermos: Traumatismo; Cólon; Colostomia. UMA PROPOSTA DE ASSISTÊNCIA A VÍTIMAS DE ATROPELAMENTO EMBASADA NOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DA TAXONOMIA DA NANDA Ariella Monique Dantas Nóbrega - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Ângela Amorim de Araújo - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Francileide de Araújo Rodrigues - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Josilene de Melo Buriti Vasconcelos - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil; Juliana Ataíde Melo de Pinho - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem Santa Emilia de Rodat - FASER João Pessoa - PB - Brasil Considera-se trauma uma agressão externa resultando em uma ou várias lesões que ponham em risco a vida. Estas lesões determinam habitualmente alterações ósseas, articulares, dérmicas, vasculares e outras lesões internas. Quase todos os politraumatismos ocorrem em via pública (acidentes de carro, atropelamentos). Dá-se o atropelamento quando veículos automotores ou outras modalidades como bicicleta, entre outros, atingem uma ou mais pessoas em via pública. O trauma é mais que uma grave doença ele é considerado um sério problema social e comunitário, daí a importância de prestar uma assistência sistematizada e qualificada, para podermos tratar adequadamente estes clientes. O Processo de Enfermagem é um método que proporciona um direcionamento ao trabalho do enfermeiro e está voltado para a satisfação global das necessidades do cliente, família e comunidade. O Processo é composto por cinco fases: levantamento de dados, Diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação, na qual daremos ênfase a segunda etapa do processo, uma vez que através dos diagnósticos de enfermagem que se constitui a base para as demais fases do processo. Este estudo busca analisar os índices de atropelamentos na cidade de João Pessoa, no período de 2002 a junho de 2006; e proporcionar através dos principais diagnósticos de enfermagem, um maior entendimento a cerca dos cuidados necessários para a realização da assistência ao usuário, a fim de prevenir ou reduzir os riscos de complicações. Trata-se de um estudo bibliográfico que teve como fontes literárias livros específicos, artigos de revistas, materiais da Internet e dados fornecidos pelo Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, referência no tratamento de politraumatizados no município de João Pessoa-PB. Os dados emitidos pelo hospital no período estudado revelam um total de 6.552 vítimas de atropelamentos, com 24% de casos que requereram internação para tratamento especializado e 97 óbitos. A partir da análise destes dados, foi elaborado um plano de cuidados embasado nos principais diagnósticos de enfermagem. Entendemos que a determinação precisa e correta destes diagnósticos podem contribuir para uma melhora na recuperação do cliente, portanto, a equipe de enfermagem tem o papel de desenvolver uma assistência voltada para a promoção do bem-estar das vítimas de atropelamento. Palavras-Chave: Atropelamento – Diagnósticos de Enfermagem – Politraumatizado Cuidado ao VEÍCULO DE INTERCEPTAÇÃO RÁPIDA – A EXPERIÊNCIA DO SAMU-CONTAGEM Helio Machado Vieira Jr., Alessandra Marques Leite, Rômulo Andrade Souki SAMU Contagem– MG/Brasil Objetivo: descrever o que é qual o protocolo de funcionamento do Veículo de Interceptação Rápida (VIR), bem como os números e estatísticas relacionados com seu uso, na unidade do SAMU-Contagem. Material e métodos: estudo retrospectivo, através da coleta de dados nos computadores do Sistema SAMU-Contagem. Resultados: o SAMU-Contagem conta em sua frota com um VIR, também chamado de veículos rápidos ou veículos de ligação médica, que são utilizados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas ambulâncias básicas. O seu funcionamento exige protocolo diferenciado, e treinamento da equipe, ficando determinada a presença de uma outra viatura no local para que ele possa ser acionado. O tempo médio de resposta do VIR nos meses de maio e junho de 2006 (ínício de seu funcionamento) foi de 10 minutos e 28 segundos, contra 11 minutos e 8 segundos da unidade avançada. Conclusão: o VIR possibilita maior agilidade no deslocamento da equipe, chegando a locais onde a ambulância básica não tem acesso. Atribuímos a diferença pequena do tempo de resposta, a adequação da equipe com os protocolos e equipamentos envolvendo O VIR. A segurança para a equipe é maior, pela agilidade do veículo, e a interceptação de outros veículos já em deslocamento são pontos positivos de sua aplicação. Palavras-chave: atendimento pré-hospitalar, transporte pré-hospitalar.